UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAO FSICA E FISIOTERAPIA DE GOIS CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAO FSICA

Matheus Novais Lima

Fichamento do Projeto Pedaggico do Curso de Licenciatura em Educao Fsica.

Projeto Pedaggico do Curso de Licenciatura em Educao Fsica. ESEFFEGO. Ano 2009. 264 pginas.

Palavras-Chave: Educao Fsica; Licenciatura ampliada; Currculo; Campo Escolar; Campo No escolar.

A histria da Educao Fsica na sua formao no Brasil pode ser compreendida em quatro momentos, considerando que o seu inicio foi na 2a metade do sculo XX ao incio deste sculo. (p. 8)

O segundo momento historio da Educao Fsica teve seu inicio no Parecer do Conselho Federal de EducaoCFE 894/1969, que gerou a Resoluo CFE 69/1969, onde foi que ficaram estabelecidas as primeiras diretrizes curriculares para a Educao Fsica no Brasil.(p.8)

[...] dando incio ao terceiro momento, que interviu significativamente na formao da rea, efetivando alguns avanos como: o fim da licenciatura curta, uma compreenso mais ampla sobre o currculo, exigncias mais estreitas sobre o currculo mnimo, determinao de 04 anos e 2.880 horas mnimas para a integralizao curricular. (p.8) O perodo atual que surge a partir do Parecer do Conselho Nacional de Educao CNE 09/01 e Resolues CNE 01/02 e 02/02 que tratam da formao docente em geral e, a partir do Parecer CNE 058/04 e Resoluo CNE 07/04 os quais traam as diretrizes para a formao especfica em Educao Fsica, nos encaminha a um momento de incerteza [...] (p. 8) Nas ltimas revises curriculares que este curso desenvolveu (incio e final da dcada de 1990) os questionamentos estavam sobre os conceitos epistemolgicos, contedos, metodologias e objetivos, caracterizando uma crise de referncias que desencadeou um processo de reflexo crtica no mbito acadmico, pedaggico e institucional. (p.9)

2 Desde sua criao, a ESEFFEGO tem tido com um papel social da grande importncia juntamente sociedade goiana, pois tem os cursos que tm enorme importncia no mundo do trabalho, pois durante dcadas foi nica instituio superior em formava professores de Educao Fsica para as redes de ensino das prefeituras goianas, da Secretaria de Estado da Educao, das instituies de ensino privadas e dos campos no escolares. (p. 11)

Os conhecimentos eles se verticalizam, se horizontalizam e se transversalizam, assim trazendo o acumulo para que se consiga dar conta da compreenso do conhecimento como um processo de totalidade, dando condies aos acadmicos a competncia intelectual, e assim consolidando-os como agentes crticos e transformadores do contexto social em que vivem. (p. 11)

O Curso de Licenciatura em Educao Fsica que administrado na ESEFFEGO que tem por finalidade proporcionar uma formao abrangendo conhecimento para os diversos campos do saber e os conhecimentos especficos da Educao Fsica e, atravs deste possa contribuir para o amadurecimento crtico, cientfico, cultural e poltico do contexto social. (p. 12)

Portanto assim se tem uma formao ampliada para que seus egressos possam estar em todas as reas e assim trabalhando na construo do conhecimento e transformao da prtica social, sendo nos espaos escolares e tambm nos espaos no escolares. (p. 12)

Porem a proposta de criao da UEG no recente. A mobilizao entre diversos segmentos da sociedade para que se implante uma Instituio de Ensino Superior pblica, sendo ela gratuita e ainda de qualidade no Estado de Gois tem seus primeiros registros datados da dcada de 1950. (p. 12)

Um projeto de Universidade Estadual elaborado pela Assembleia Legislativa, ainda no governo de Ary Ribeiro Valado, atravs da Lei n 8.772 de 15 de janeiro de 1980, delegava ao Poder Executivo autorizao para criar a Universidade do Estado de Gois com sede em Anpolis, sob a forma de Fundao; porm, o Decreto somente foi assinado pelo governador Henrique Antnio Santillo, que instituiu a Fundao Estadual de Anpolis, mantenedora da UNIANA, sob o n 3.355 de 9 de fevereiro de 1990.(p. 14)

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O artigo 2 da Lei Estadual n 13.456 de 16 de abril de 1999, ao transformar a UNIANA e as demais faculdades da UEG, com sede em Anpolis, procedeu tambm transformao da Fundao Universidade Estadual de Anpolis em Fundao Universidade Estadual de Gois. (p. 14)

De acordo com as peculiaridades regionais cumprem suas finalidades estratgicas, dando uma oportunidade para vrios jovens no acesso ao ensino superior publico e gratuito, elevando o nvel de formao tcnico-profissional e cultural do povo goiano, contribuindo para a formao ampla, alem da modernizao e desenvolvimento. (p. 15)

A UEG, atravs de suas Unidades Universitrias e Plos, atuam em todas as reas do conhecimento, segundo a classificao do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico CNPq, apresentando 35 cursos regulares que se desdobram em 131; 3 cursos de ensino distncia, desdobrados em 12; e 10 cursos de graduao tecnolgica, desdobrados em 19. Oferece ainda cursos de graduao para formao de professores, por meio de programas especiais de valorizao dos Profissionais de Educao, alm de prestar outros servios relevantes sociedade. (p. 15)

A funo que se tinha originalmente ao criar o Estatuto da Fundao Universidade Estadual de Gois era de pesquisar, desenvolver, organizar, divulgar e partilhar conhecimentos, cincias e percepes, ampliando o saber e a formao do ser humano para a atuao scio-profissional solidria e assim de acordo com as necessidades e a cultura regional. (p. 15)

Portanto a Reitoria composta por Reitor e Pr-Reitores, sendo o rgo executivo superior da UEG cabendo-lhe represent-la, coorden-la, fiscaliz-la, bem como acompanhar e tambm supervisionar o desenvolvimento dos trabalhos de suas Unidades Universitrias. (p.17) O Conselho Acadmico da Universidade supervisiona e delibera, tcnica e administrativamente, sobre Graduao, Pesquisa, Ps-Graduao, Extenso, Cultura, Assuntos Estudantis e Cursos Sequenciais. (p. 17)

A Pr-Reitoria de Graduao, parte integrante da Reitoria, tem como papel principal implementar, no mbito da graduao, aes que viabilizem o cumprimento da misso institucional da UEG, no que diz respeito produo e socializao do conhecimento cientfico e do saber, realizando aes e procedimentos que busquem desenvolver a cultura e a formao integral dos alunos [...] (p. 17)

4 A responsabilidade da Pr-Reitoria e fazer com que o ensino de graduao seja excelente com grande nfase construo do conhecimento e contribuio com a transformao dos sujeitos e da sociedade. (p. 17)

A Pr-Reitoria de Graduao e composta pela Coordenao Geral de Legislao e Normas, Coordenao Geral de Acompanhamento e Registro Acadmico e Coordenao Geral de Gesto Curricular e Acadmica. (p. 18)

Como Escola, destinou-se formao de professores e monitores para atuarem na rea de Educao Fsica, pois, poca, o Estado mostrava-se extremamente carente de profissionais nessa rea. (p. 22)

No ano seguinte, pela Lei 4.640 de 8/10/1963, foi criada a Escola Superior de Educao Fsica de Gois, como entidade autrquica jurisdicionada Secretaria Estadual da Educao e Cultura. (p. 22)

Foi exatamente em 14 de janeiro de 1994 que se iniciou o Curso de Fisioterapia, reconhecido pelo Conselho Estadual de Educao em abril de 2000, e pelo Decreto Estadual n 5.219. (p. 24)

O curso de Educao Fsica nos tempos atuais oferece disciplinas que engloba o ensino de prticas corporais sendo indicadas pela literatura para crianas, jovens, adultos e idosos. (p. 26)
A relevncia do curso se projeta tambm pela sua proposta de qualidade no trato com os conhecimentos da rea especfica, articulados com os saberes mais amplos, pela sua luta de manuteno pblica e laica construda ao longo de mais de quatro dcadas, [...] (p. 27)

A ESSEFFEGO constituiu-se como a primeira graduao em Educao Fsica do Centro Oeste brasileiro, portanto com a demanda consistente, mantendo desde a metade da dcada de 1970 dois cursos (matutino e vespertino) e nestes ltimos anos uma mdia acima de 20 candidatos por vaga. (p. 27)

Foi em 1963 que o Curso de Educao Fsica se consagrou como licenciatura, onde que o seu Currculo em que se tinha uma formao com dupla habilitao: Na primeira metade dos anos 1970, o currculo sofreu mudana de regime, passando de anual para

5 semestral por crditos, uma exigncia dos militares, ainda que velada por justificativas outras. (p. 29)

A ESEFFEGO criou e aprovou um currculo novo em 1993, assimilando a legislao e buscando subsdios em propostas dos cursos da USP e UNICAMP. (p. 29)

O aspecto crtico foi ampliado, as concepes beberam da fonte da Cultura Corporal, os olhares desenvolvimentistas foram abrandados e as vertentes tecnicistas passaram a ocorrer mais fortemente pelas vias do currculo oculto. (p. 30)

O curso de Licenciatura com Formao Ampliada em Educao Fsica da ESEFFEGO tem como objetivo formar sujeitos para desenvolver intervenes profissionais nos campos de trabalho escolar e no escolar. (p. 33)

As polticas pblicas nacionais sobre currculo, que se apresentam pelas diretrizes curriculares para os cursos de graduao tm colocado no centro essas duas categorias. Assim, as atuais diretrizes que orientam a formao em Educao Fsica (Parecer CNE-09/2001 com as Resolues CNE-01 e 02/2002 e o Parecer CNE-058/2004 com a Resoluo CNE-07/2004) trazem essa preocupao, as quais veladamente traduzem a vontade da sociedade mercantil, ou seja, uma formao que busque uma Pedagogia de Resultados, que se preocupe com o saber demonstrar sem saber contextualizar e um saber fazer descolado de um saber terico ou, dito de outra forma, um fazer sem saber, uma educao tcnica de resultados. (p. 34) O modelo de competncias protagonizado pelas polticas pblicas cortam na mesma lgica, encaminha a responsabilidade individual para o acadmico na formao profissional, ignorando as concepes pedaggicas crticas que defendem o trabalho coletivo. (p. 34)

Quando entendemos a produo cultural como componente de insero do homem e seu metabolismo junto natureza, capaz de produzir pelo movimento do trabalho, possibilidades de alterao dos elementos da corporalidade, adequando, adaptando, criando e recriando sua forma de existncia humana. (p. 35)

Todos os elementos at ento apresentados tem como base o materialismo histrico dialtico, representado na Educao Fsica pela vertente CrticoSuperadora, enquanto eixo balizador e orientador da interveno no lcus da prtica social educativa, possibilitando fazer uma aproximao epistemolgica com o Paradigma Dinmico-Dialgico apresentado por Domingues (apud Moreira, 1990), cujo interesse predominante se concentra na emancipao humana e que influencia consideradamente esta rea de estudo no Brasil. (p. 36)

6 Tem-se a discusso sobre a questo da teoria-prtica que vem sendo alimentada por conceitos e pr-conceitos ora trazidos a partir das anlises pragmticas do senso comum, e assim acadmicos tem tentado ampliar a compreenso sobre essa contradio. (p. 37)

Quando falamos que o curso de formao de professor constitui de uma licenciatura, e no sentido que as disciplinas no busquem num processo dinmico e contextualizador aproximar-se deste objeto. (p. 37)

Tambm se tem a questo que se vem como possibilidade na formao o campo da pesquisa na graduao no somente como dimenso formativa, mas como um constituinte para o dilogo com a realidade. (p. 38)
Para isso, espera-se que o coletivo docente da instituio se atente para critrios normativos e formativos em suas relaes com os acadmicos, em cada disciplina. Entre eles, por exemplo, os critrios que constituem as concepes e prticas do processo avaliativo, tendo-o como espao de aprendizagem individual e coletiva; mas, tambm a mediao para o contexto da pesquisa e do levantamento de dados da realidade para aproximar a formao do professor e as diversas dimenses de sua interveno no mundo do trabalho; considere-se ainda a busca dos referenciais epistemolgicos norteadores das concepes crticas da Educao e da Educao Fsica, que vm sendo acumulados ao longo das ltimas dcadas. (p. 38-39)

Entendemos por administrao acadmica, todo o processo de gesto pedaggica e administrativa da unidade, compreendendo tambm o registro dos dados referentes vida acadmica discente, docente e dos tcnico-administrativos desta IES. (p. 40)

Sendo que registros acadmicos so realizados na Secretaria Acadmica desta Unidade Universitria de Goinia pelo Sistema Acadmico de Gesto Unificada (SAGU), que dispe de uma central, onde ficam armazenados os dados de todas as Unidades Universitrias da UEG. (p. 41)

Quanto ao acesso s informaes sobre sua situao acadmica, esto dispostas na Secretaria que lhe possibilita a visualizao de sua situao no SAGU, alm de dispor de murais para publicao de notas, podendo ainda, consultar seu dossi com o acompanhamento de um funcionrio da Secretaria. Alm destes recursos,

7 disponibilizado ao aluno declaraes e histrico escolar, quando por ele solicitado, atravs de requerimento. (p. 41)

O processo de ensino-aprendizagem com os procedimentos didticos metodolgicos, assim como, sua insero na totalidade de envolvimentos tericos educacionais, assumimos a condio de estarmos imersos s contradies societrias, de uma sociedade balizada pelo conflito capital versus trabalho. (p. 44)

As relaes Trabalho, Educao e Educao Fsica trazem tona a discusso de eixos paradigmticos formativos distintos e antagnicos. O primeiro deles, realiza uma relao direta junto s demandas imediatas e perenes do mercado, a viso mercadolgica, portanto, ditar os contedos e as formas comumente mais dominantes aos currculos acadmicos das escolas de formao de professores de Educao Fsica, provocando a ritualizao, como supracitado, dos determinantes reguladores do capital. (p. 44)

Pensando na construo de uma dimenso terico-prtica no currculo do curso de formao de professores de Educao Fsica, entende-se que todas as disciplinas necessitam dialogar entre si e com a realidade que circunda os campos de interveno do professor de Educao Fsica, realidade essa que sinalizada pelo recorte epistemolgico do currculo. (p. 46)
Poderamos pensar ainda, que o currculo do curso de formao de professores de Educao Fsica deveria refletir as concepes dos atores da instituio acerca do homem, da sociedade e da educao almejados, ainda que, sob a tutela do Capital. Deveramos ento fazer perguntas como: Que sociedade temos e qual almejamos? Que sujeito temos e qual queremos formar? Que escola temos e qual queremos construir? Tambm preciso ter clareza que tal desafio de todos os docentes e os desdobramentos de seus trabalhos nas disciplinas, cada uma situando-se nesse contexto e sinalizando suas possibilidades, limites e aproximaes. (p. 47) Quanto avaliao fica recomendado que nossos docentes no se prendam apenas s histricas provas utilizadas no processo educativo tradicional, mas que utilizem de formas criativas j desenvolvidas no interior das universidades brasileiras e divulgadas em trabalhos acadmicos. Especialmente, como recomenda este projeto, buscando articular-se com trabalhos que desenvolvam no acadmico a reviso bibliogrfica e a sistematizao do apreendido; em outras palavras, leitura e escrita, para alm de incentivar a contextualizao dos conhecimentos aos campos de interveno da Educao Fsica. (p. 51)

Surgido na Europa em 1960 o movimento interdisciplinar foi em consequncia dos movimentos estudantis em busca de novos paradigmas para a universidade. (p. 52)

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Para ento consolidarmos um processo interdisciplinar, precisamos afastar algumas prticas histricas nesse campo: por exemplo, a ideia de que para fazer interdisciplinaridade, preciso me juntar a outro professor e sua disciplina. Um professor pode estabelecer uma desfragmentao em sua prpria disciplina. No se est aqui fazendo apologia ao individualismo, mas deixando claro que podemos fazer acontecer uma relao, ainda que no se encontre parcerias. Mas, evidente que se coletivo, o trabalho ter outra dimenso. (p. 54)

Na ESEFFEGO se tem a interdisciplinaridade para que se possam os professores do Curso de Formao em Educao Fsica possam articular entre disciplinas deste currculo nas diversas possibilidades apontadas e na compreenso de que a interdisciplinaridade tem o seu objeto aumentar a possibilidade de apreenso do conhecimento, na sua totalidade; a compreenso dos conhecimentos na relao com o contexto social; a articulao dos conhecimentos especficos com os mais amplos. (p. 55)
A partir da clara e compulsria situao colocada pelas Diretrizes Curriculares para a formao de professores (resoluo CNE 01 e 02/2002) e ratificada pelas Diretrizes da rea de Educao Fsica (resoluo CNE 07/2004), percebemos na organizao dos currculos dos cursos de licenciaturas e de bacharelados, a insero das 200 horas de atividades cientfico-culturais, com o objetivo de atender a um antigo debate no campo da formao profissional no Brasil sobre o currculo mnimo e a necessidade de flexibilizao curricular, dando ao/ acadmico/a possibilidades de buscar, interna ou externamente a instituio de vnculo, conhecimentos de seu interesse no tratados pelo currculo de seu curso. (p. 56)

Quando se trata de formao devemos ter a compreenso de que a construo do conhecimento deve ter uma mo dupla, numa relao dialtica e no dicotmica, entre instituio e sociedade proporcionando uma retro/alimentao entre as partes. Ento para isso no podemos pensar uma IES subtrada, desarticulada com seu meio. Deve se buscar proporcionar o processo dialtico, preconizamos a relao indissocivel ensinopesquisa-extenso, como representao do eixo mestre da IES.

Potencializar a funo da universidade por meio da construo e da socializao do conhecimento produzido pelo ensino e pesquisa, incrementa a extenso e forma uma base equilibrada, para a devida sustentao de um corpo acadmico socialmente comprometido. Tal processo conduz para a emancipao intelectual, ideia consolidada por Freire (1977) ao afirmar que ... conhecer tarefa de sujeitos, no de objetos. E como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer. Entendemos ser esta a condio para o desenvolvimento pleno de uma instituio de ensino superior inserida e atuante na sociedade, sendo esta, a razo de sua existncia. (p. 57-58)

9 A sociedade e educao esto ligadas num contexto complexo ditado, sendo assim arraigados pelos pensamentos da sociedade capitalista, no qual o conhecimento se torna um objeto de consumo sem a realizao da prxis, sendo que este currculo estabelece uma relao prxima entre pesquisa, extenso, academia e mercado, possibilitando a consolidao de uma formao integral, capaz de atender e se diferenciar no mundo do trabalho. (p.58)

Na rea da pesquisa, j tivemos eixos definidos e registrados em pocas passadas, em rgos de fomento pesquisa ao redor dos quais diversas investigaes passaram a se vincular. No entanto, o processo se estagnou tendo em vista que um bom nmero de projetos ficou represado no meio do caminho, pelo fato de que, ao se necessitar de financiamento no obtiveram respaldo devido s dificuldades expostas pela realidade econmica do pas, bem como tambm na questo de bolsas de iniciao cientfica para os acadmicos pesquisadores. Como so fatores essenciais para a continuidade de um projeto de pesquisa acadmico, inevitavelmente, a maioria deles foi interrompida. Os que prosseguiram, foram sustentados por seus componentes, especialmente os docentes. (p. 58)

A formalizao sedimentar na Educao Fsica se realiza atravs da formao de ncleos de pesquisa, isto se consolida como meio para a formalizao da relao ensino/pesquisa ou ao materializada da teoria/prtica. Foi assim que se deu origem criao do Ncleo de Estudos e Pesquisas sobre a Cultura Corporal NEPECCO. (p. 59)

Este Ncleo foi criado com o objetivo de estudar, discutir, pesquisar e analisar os diferentes elementos da Cultura Corporal, tendo como referncia, a histria, o desenvolvimento, as metodologias de ensino/aprendizagem, a formao profissional e o treinamento e seus efeitos, nas dimenses sociais, psicolgicas e biolgicas do Ser Humano, bem como, o impacto na sade, na esttica, no lazer, no mundo do trabalho e treinamento corporal que podem ser realizados atravs da ginstica, das lutas, dos jogos, dos esportes e da dana, assim como, as discusses relativas ao corpo e corporalidade nos diferentes espaos de interveno do professor de Educao Fsica. (p. 59) Objetiva o estudo especfico das relaes existentes entre a Educao Fsica e os aspectos do trabalho em geral, o lazer, a mdia, a histria e os movimentos sociais, que contribuem para a reflexo sobre o papel destas categorias para a determinao, ampliao e transformao deste Campo do Conhecimento Cientfico, partindo de uma anlise ampliada da realidade para que se possam compreender as vinculaes estabelecidas entre essas categorias de anlise e a Cultura Corporal, como objeto de estudo da Educao Fsica em seu processo histrico. (p.59)

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Possui como foco de debate e investigao a discusso sobre o papel e as contribuies da epistemologia, das metodologias de ensino e da formao profissional para o desenvolvimento dos elementos da Cultura Corporal, assim como, para a sua aplicao nos diferentes espaos de interveno profissional. Discute sobre as influncias das teorias (matrizes) do conhecimento e seu impacto sobre as concepes de corpo e a corporalidade, manifestas na Educao Fsica em seu contexto mais amplo. Pag59, 60

A pesquisa Cultura Corporal e sua Relao com a Sade e o Treinamento Corporal tem como foco central a anlise da contribuio do esporte, do jogo, da ginstica, da luta e da dana, para que se possa atravs deste se desenvolver as diversas formas de solicitao motora para o rendimento de alto nvel e da sade em diferentes contextos da vida humana. (p. 60)

As atividades de pesquisa so aquelas relacionadas produo de conhecimentos cientficos bsicos, aplicados e tecnolgicos. Os projetos da IES so coordenados por professores com experincia acadmica, podendo ou no contar com professores colaboradores. (p. 60)

Sendo que o desenvolvimento dos projetos de pesquisa acompanhado pelo Comit Institucional de Pesquisa (CIP) da UEG, atravs da anlise e avaliao de Relatrios Parciais e Finais de Acompanhamento das Atividades de Pesquisa. (p. 60)

Os Projetos Externos so projetos de pesquisa coordenados por professores da UEG-ESEFFEGO, cujas atividades receberam apoio financeiro de agncias de fomento como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico), FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), SECTEC-GO (Secretaria de Cincia e Tecnologia de Gois) e FAPEG (Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Gois). A seguir encontramse listados os Projetos de Pesquisa Externos que foram cadastrados na PrP e seus respectivos valores financiados e destino da verba.(p. 61)

A direo da ESEFFEGO com o objetivo de promover a interdisciplinaridade entre os Cursos de Fisioterapia e Educao Fsica, a direo da Unidade ESEFFEGO aprovou em 2006 a criao do Ncleo Interdisciplinar de Pesquisa da ESEFFEGO (NIPE). O NIPE consiste em um espao fsico destinado ao desenvolvimento de projetos de pesquisa dentro da Unidade, trazendo a interao entre os alunos e professores dos cursos de Fisioterapia e Educao Fsica para a produo do conhecimento. (p. 71)

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A sala do NIPE possui infraestrutura fsica favorvel para o desenvolvimento de atividades de pesquisa, montagem e armazenamento de banco de dados, anlise estatstica de dados e redao de textos, artigos e relatrios cientficos. Alm disso, o espao permite a realizao de reunies de orientao entre professores e alunos para a o efetivo andamento das atividades de pesquisa.(p. 71) O NIPE possui uma rea de 50m2, contendo uma bancada de trabalho com 04 computadores conectados rede wireless; 02 impressoras, 01 grande mesa de estudo; 20 cadeiras e 04 armrios, e constitui-se como um espao destinado s atividades dos alunos de mestrado e iniciao cientfica. (p. 72)

O Seminrio de Iniciao Cientfica (SIC) e a Jornada de Pesquisa e Ps-Graduao (JPPG) so organizados anualmente pela Pr-Reitoria de Pesquisa da UEG. Sendo o SIC tem o objetivo de divulgar e avaliao das pesquisas vinculadas iniciao cientfica. Aps o SIC, ocorre a JPPG para se promover a integrao entre discentes de graduao e ps-graduao, docentes e pesquisadores das diferentes Unidades Universitrias da UEG e outras IES. (p. 73)

O objetivo geral da extenso tornar acessvel comunidade e sociedade o conhecimento promovido pela Instituio de Ensino Superior, seja pela produo, como pela sistematizao do estudo universal disponvel. (p. 75) Atividades Extracurriculares na formao em Educao Fsica entende-se como todas as atividades vivenciadas pelos acadmicos no processo de sua formao, sendo que uma vez estes complementam a relao teoria/prtica tratada no currculo do curso. As normativas so prprias da UnU Goinia/ESFFEGO e contempladas por orientaes dos cursos.(p. 81) O estgio curricular supervisionado a partir deste entendimento passou-se a desdobr-lo como obrigatrio quele que est inserido na grade curricular e no obrigatrio, a experincia vivida nos diversos campos de trabalho da rea de conhecimento que fazem parcerias e convnios com as universidades e/ou com entidades mediadores deste processo. (p. 83)

[...] especialmente no estgio no obrigatrio, o qual aparece luz como uma tbua de salvao para o/a acadmico/a, mas que na verdade proliferam os diversos campos de trabalho com estagirios desenvolvendo o papel que deveria ser de profissionais, por um custo muito menor para o empregador, que paga uma bolsa no lugar de um salrio, no tem responsabilidade com vale transporte, ajuda na alimentao, no paga 13 salrio, no paga 1/3 de

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frias, no recolhe nenhuma contribuio social como FGTS, Previdncia, etc.(p.84)

Conforme as legislaes predisposta no PPP que dispe sobre a formao de professores em geral e sobre a formao em Educao Fsica em especfico, os cursos de licenciatura devem ter 400 horas mnimas de estgio curricular obrigatrio. (p. 85)
A Prtica como Componente Curricular (PCC) deste currculo consolidada como o meio de produo de conhecimento no mbito do ensino, integrando o processo formativo que envolve aprendizagens e competncias do professor, possibilitando que os acadmicos vivenciem, durante toda a sua formao, o desenvolvimento de competncias necessrias para atuao profissional, possibilitando assim, situaes didticas nas quais possam refletir, experimentar e agir a partir dos conhecimentos cientfico-acadmicos adquiridos.(p. 87)

Na perspectiva de consolidar eixos pedaggicos deste projeto, especialmente no que se refere produo do conhecimento, o trabalho final do curso de licenciatura em Educao Fsica da ESEFFEGO ser formalizado como uma Monografia [...] (p. 90)

No que se refere avaliao do processo de aprendizagem na graduao, objetiva-se que o sujeito capaz de apreender os diversos conhecimentos a partir de uma dinmica que se estabelece na exigncia da leitura, da investigao [...] (p. 93)

Ao iniciarmos a discusso e sistematizao do projeto curricular, na verdade estamos afunilando toda a discusso terica j aprovada, a qual dar o tom da materializao da grade, ou seja, ao pensarmos como ser desenvolvida a prtica curricular, no podemos nos afastar dos indicativos e determinantes do constructo terico. (p. 97)

No faz muito tempo que o entendimento sobre currculo era o de que ele constitui-se pela grade curricular. (Pg. 97) [...] ao pensarmos como ser desenvolvida a prtica curricular, no podemos nos afastar dos indicativos e determinantes do constructo terico. (Pg.97)

13 Ento, chegar ao conjunto de disciplinas torna-se a questo preferida da maioria dos atores escolares que se predispe a fazer a interlocuo sobre reviso ou elaborao curricular. (Pg. 97)

CONSIDERAES FINAIS

O Projeto Poltico Pedaggico do curso de Educao Fsica 2007/2 inicia introduzindo a Educao Fsica no Brasil que entendida em quatro perodos, sendo o primeiro que foi o momento em que se tinha a habilitao tcnica, e o segundo momento se constitui da criao da habilitao de Licenciatura curta e Licenciatura plena, e o fim deste foi quando teve o fim da licenciatura curta e assim tivemos apenas habilitao em Licenciatura e originando a habilitao em bacharelado. Estes momentos foram essenciais para chegar a Educao Fsica no momento atual, pois tem muitos debates ocorrendo em torno da habilitao em bacharel que seria apenas mais uma formao para ocupao no mundo capitalista, e com isso possvel compreender como foi construda a formao de professores de Educao Fsica que temos hoje e todas as prerrogativas que temos em cerca dela. indispensvel que todos os acadmicos ao iniciar a formao em Educao Fsica devem estudar e compreender a origem e todo o percurso que se correu para se tornar o curso atual. J adiante traz a concepo do curso de Educao Fsica que proposto na ESEFEGO que a licenciatura ampliada, e vemos que ela tem garantido historicamente sua luta pela autonomia cientfica e poltica na formao de professores e na relao com o mundo do trabalho, sendo ela uma das escolas de Educao Fsica pioneira em Gois e tendo um papel de grande importncia ao formar futuros professores na rea escolar e no escolar, e a partir de 1994 passando a IES formar Fisioterapeutas, tornando-se Escola Superior de Educao e Fisioterapia de Gois. Mas diante do entendimento do curso de Educao fsica tinha vrios conflitos internos do curso com a relao Habilitao de Licenciatura e Bacharelado, onde que esse tema discutido em diversos congressos. Mas diante disso tambm temos a

14 questo que na atualidade ainda existem profissionais que trabalham como tcnico na rea no escolar apenas com um curso tcnico que foi transmitido pelo CREF-GO. Sabendo da importncia que se tem a cerca da formao das crianas nas mos de profissionais que no possuem o devido conhecimento acadmico com o intuito de pesquisar e nem entender os psicolgicos e biolgicos de uma criana ou adolescente, neste momento que percebe a necessidade de um currculo do curso seja bem pensando e discutido para se chegar a um denominador comum e abranja a necessidade para se iniciar e satisfaa a necessidades para se tornar um bom profissional. Como tratado no PPP o currculo ele colocado na prtica na ESEFFEGO uma transversalizao, verticalizao e horizontalizao do conhecimento, onde o trato com o corpo. Fica evidenciado o diferencial do curso de Educao Fsica na ESEFFEGO em que no currculo busca a formao de um sujeito crtico que pense e repense na pratica do seu trabalho no futuro, ou seja, atravs da teoria-pratica o acadmico pensa numa forma de trabalhar nova, sendo sujeitos pensantes na sociedade, o que necessitamos atualmente na sociedade brasileira. Sendo que no currculo perceptvel que a ESEFFEGO trabalha na perspectiva de fazer com os alunos faam pesquisas cientficas e formulem os projetos cientficos com o aparato de um professor especializado na rea. Outra questo de grande importncia que tratado no PPP o estgio supervisionado que tem uma grande importncia na vida acadmica, sendo ela como uma base para compreender como ser a sua atuao na vida profissional uma pratica do pensa e repensar, e quando se formar j o profissional ter sua base que foi com aparato de um professor e isso far com que seja um bom profissional. O trabalho de Monografia que o aluno instigado a fazer pesquisa para a concluso de curso deveria ser tratado com maior importncia pela sociedade acadmica e ser utilizada para outros meios. Portanto foi possvel compreender que o Projeto Poltico Pedaggico da ESEFFEGO do curso de Educao Fsica abrange todos os aspectos necessrios para a formao de bons profissionais que o mercado de trabalho atualmente necessita, e assim este currculo s precisa se atualizar de acordo com as necessidades da sociedade.