PENSADORES DA EDUCAO (HISTORIA DA EDUCAO)

JOHANN HEINRICH PESTALOZZI (De 1746 a 1827) Zurique, Sua

Considerado o pai da pedagogia moderna, Pestalozzi inspirou Froebel e Herbart, e seu
nome vincula-se a todos os movimentos de reforma da educao no sculo XIX.
Precursor do mtodo intuitivo de ensino, que assume uma perspectiva indutiva, partindo
do particular para o geral, do concreto para o abstrato.
Frase
As faculdades do homem tm de ser desenvolvidas de tal forma que nenhuma delas
predomine sobre as outras; A natureza melhor da criana deve ser encorajada o mais
cedo possvel a combater a fora prepotente do
ANSIO TEIXEIRA (De 1900 a 1971) Caetit, BA, Brasil
Ansio Teixeira pensava a educao escolar como um direito que deveria ser estendido a
toda a populao, o que demandaria escolas gratuitas de todos os nveis de ensino. Alm
disso, acreditava que a educao seria o meio para acabar com as diferenas sociais
existentes na sociedade brasileira.
Difundiu os ideais da escola nova no Brasil
Frase
A educao e a sociedade so dois processos fundamentais da vida, que mutuamente se
influenciam.
FRIEDRICH NIETZSCHE (De 1844 a 1900) Rcken, Alemanha
Criticava o sistema escolar por ser um reforo da moral de rebanho: uniformizando o
conhecimento e os prprios alunos, a instituio se curva s exigncias externas do
mercado e do Estado. Em lugar da massificao e do utilitarismo, propunha o
aprimoramento individual e uma "Educao para a cultura".
Frase
"Ns, homens do conhecimento, no nos conhecemos; de ns mesmos somos
desconhecidos".
No caso do indivduo, a tarefa da educao a seguinte: torn-lo to firme e seguro
que, como um todo, ele j no possa ser desviado de sua rota.
ERASMO DE ROTERD (De 1469 a 1536) Roterd, Holanda
Erasmo, escritor humanista, criticou a educao do seu tempo, que considerava
excessivamente severa. Escreveu tratados de civilidade, defendendo uma educao da
criana voltada para a valorizando disciplina do corpo, dos comportamentos, e o jogo e
a brincadeira no decorrer do processo de aprendizagem.

Frase
Ningum pode escolher os prprios pais ou a ptria, mas cada um pode moldar sua
personalidade pela educao;
Toda educao saudvel uma educao sem controle religioso
FLORESTAN FERNANDES (De 1920 a 1995) So Paulo, Brasil
Florestan Fernandes considerava a escola pblica, laica, gratuita, universal e de boa
qualidade como meio para reduzir as desigualdades sociais. Para ele, as cincias sociais
deveriam contribuir para desvendar os mecanismos pelos quais nas sociedades
capitalistas essas desigualdades se produzem e reproduzem.
Frase
Na sala de aula, o professor precisa ser um cidado e um ser humano rebelde Hoje se
trata mais concretamente de colocar o cidado no eixo da reflexo pedaggica
transformadora.
MARTINHO LUTERO (De 1483 a 1546) Eisleben, Alemanha
Rompendo com o tradicional monoplio da Igreja Catlica sobre a educao escolar,
Lutero defendeu a institucionalizao do Estado como o responsvel pelo ensino. Para
ele, as escolas deveriam ser crists e de frequncia obrigatria. A educao seria para
todos, independentemente do gnero e classe social, embora tivesse objetivos diferentes
para os distintos grupos sociais.
Frase
Quando a escola progride tudo progride
JOHN DEWEY (De 1859 a 1952) Burlington, Vermont, EUA
Expoente mximo da escola progressiva americana. Para Dewey, o pensamento no
existe isolado da ao. A educao deve servir para resolver situaes da vida e a ao
educativa tem como elemento fundamental o aperfeioamento das relaes sociais.
Percussor da Escola nova nos EUA
Frase
O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma
soma de mtodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter;
A meta da vida no a perfeio, mas o eterno processo de aperfeioamento,
amadurecimento, refinamento.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (De 1712 a 1778) Genebra, Sua

Para Rousseau, as instituies educativas corrompem o homem e tiram-lhe a liberdade.

Para a criao de um novo homem e de uma nova sociedade, seria preciso educar a
criana de acordo com a natureza, desenvolvendo progressivamente seus sentidos e a
razo com vistas liberdade e capacidade de julgar.
Frase
A instruo das crianas um ofcio em que necessrio saber perder tempo, a fim de
ganh-lo; Que a criana corra, se divirta, caia cem vezes por dia, tanto melhor,
aprender mais cedo a se levantar Que se destine o jovem para a espada, para a Igreja,
para advocacia, pouco importa. Antes da vocao dos pais, a natureza o chama para a
vida. VIVER O OFCIO QUE EU LHE QUERO ENSINAR.
FRIEDRICH FROEBEL (De 1782 a 1852) Oberweissbach, Alemanha
Criador dos jardins da infncia, Froebel considerava o incio da infncia como uma fase
de importncia decisiva na formao humana e que, portanto, mereceria cuidados. Para
ele, a PERCEPO era o ponto de partida da educao da primeira infncia, que
deveria ser preferencialmente de responsabilidade das mulheres.
Frase
Por meio da educao, a criana vai se reconhecer como membro vivo do todo
MICHEL DE MONTAIGNE (De 1533 a 1592) perto de Bordeaux, Frana
Montaigne criticou a educao livresca e mnemnica, propondo um ensino voltado para
a experincia e para a ao. Acreditava que a educao livresca exigiria muito tempo e
esforo, o que afastaria os jovens dos assuntos mais urgentes da vida. Para ele, a
educao deveria formar indivduos aptos ao julgamento, ao discernimento moral e
vida prtica.
Frase
Entre os estudos, comecemos por aqueles que nos faam livres; Uma cabea bemfeita vale mais do que uma cabea cheia.
SANTO AGOSTINHO (De 354 a 430) Tagaste, atual Arglia
Reinterpretou a tradio antiga, grega, romana e helenstica, sob a tica do cristianismo.
Considerava o saber como o caminho para a compreenso da palavra sagrada. Por isso,
os estudos teriam como finalidade o acesso Verdade expressa no texto bblico.
Frase
No se deve esperar da criana inteligncia nem aspirar a ela. O mais importante a
conscincia, a disciplina; No se aprende pelas palavras, que repercutem
exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente.

TOMS DE AQUINO (De 1224 a 1225 a 1274) Perto da cidade de Aquino, Siclia,
Itlia.
Numa poca em que a Igreja Catlica ainda buscava em Santo Agostinho e seus
seguidores grande parte da sustentao doutrinria, Aquino formulou um sistema
filosfico que conciliava a f crist com o pensamento de Aristteles, algo que parecia
impossvel, at hertico, para boa parte dos telogos da poca. Aquino elaborou a
sntese entre a f e a razo. Defendeu que um ensino enfadonho seria um obstculo para
a aprendizagem.
Frase
A sabedoria a maior perfeio da razo e sua principal funo perceber a ordem nas
coisas;
JOHN LOCKE (De 1632 a 1704) Wrington, Inglaterra
Para John Locke, o indivduo era uma tabula rasa, podendo e devendo ser
condicionado e modelado pela educao. A formao do indivduo deveria abarcar a
educao do corpo, a educao moral e a educao intelectual de forma integrada.
Frase
"Os homens so bons ou maus, teis ou inteis, graas a sua educao"; "Um esprito
so em um corpo so uma descrio breve, porm completa, de um estado feliz neste
mundo".
MARIA MONTESSORI (De 1870 a 1952) Chiaravalle, Itlia
Destacou a importncia da liberdade, da atividade e do estmulo para o desenvolvimento
fsico e mental das crianas. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, no sendo
possvel conquistar uma sem a outra. Adotou o princpio da autoeducao, que consiste
na interferncia mnima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espao
escolar e o material didtico.
FRASE
"A tarefa do professor preparar motivaes para atividades culturais, num ambiente
previamente organizado, e depois se abster de interferir".
HERBERT SPENCER (De 1820 a 1903) Derby, Inglaterra
Para Spencer, havia uma correspondncia entre o desenvolvimento biolgico e o
progresso social. Compreendia a cincia como o conhecimento mais relevante, mais
til, com aplicao no trabalho, na arte e na vida cotidiana. Defendia uma educao que
abarcasse corpo e esprito, em conformidade com as leis da natureza e a cincia, que
possibilitaria o desenvolvimento fsico, intelectual e moral.
Frase

A educao deve formar seres aptos para governar a si mesmos e no para ser
governados pelos outros
OVIDE DECROLY ( 1871 a 1932) Renaix, Blgica.
Decroly postulou o interesse como pressuposto bsico para a aprendizagem. Para ele, o
interesse estaria na base de toda atividade, incitando a criana a observar, associar,
expressar. Acreditava que aprendizagens ocorreriam de maneira espontnea pelo contato
com o meio, de onde proviriam estmulos aos interesses das crianas e para onde elas
direcionariam suas questes.
Frase
Convm que o trabalho das crianas no seja uma simples cpia; necessrio que seja
realmente a expresso de seu pensamento; O meio natural o verdadeiro o material
intuitivo capaz de estimular foras escondidas da criana.
PAULO FREIRE (1921 a 1997) Recife (PE), Brasil
Desenvolveu um pensamento pedaggico assumidamente poltico. Para Freire, o
objetivo maior da educao conscientizar o aluno. Isso significa, em relao s
parcelas desfavorecidas da sociedade, lev-las a entender sua situao de oprimidas e
agir em favor da prpria libertao. Freire entedia que a educao deveria se dar num
processo dialgico que possibilitasse o desenvolvimento da conscincia crtica para a
formao da personalidade democrtica.
Frase
No no silncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ao
reflexo.
PLATO (Nasceu por volta de 427 a. C e morreu por volta de 347 a.C.) Atenas, Grcia
Plato foi considerado o primeiro pedagogo, por ter concebido um plano geral de
educao e disciplina para a juventude de seu tempo e por t-lo integrado a uma
dimenso tica e poltica. Para ele, o objetivo final da educao era a formao do
homem moral, vivendo em uma cidade virtuosa.
Frase
A educao deve propiciar ao corpo e alma toda a perfeio e a beleza que podem
ter; Ao longo dos anos, os antigos encontraram uma boa receita para a educao:
ginstica para o corpo e msica para a alma.
SCRATES (De 469 a.C a 399 a.C) Atenas, Grcia5555
Scrates, orientado por um orculo que lhe teria dito: conhece-te a ti mesmo, usava o
dilogo para parir as ideias de seus interlocutores a respeito de temas como a virtude e
o amor. Acreditava que nada sabia, e que o verdadeiro saber o autoconhecimento.

FRASE
sbio o homem que ps em si tudo que leva felicidade ou dela se aproxima; O
princpio dos raciocnios constitudo pela essncia das coisas do mundo.
ARISTTELES
Para, Aristteles a educao visa virtude, ou excelncia moral, que corresponderia
ideia de uma razo relativa s questes da conduta. Tal disposio supe a precedncia
de uma escolha dos atos a serem praticados e de um hbito construdo e firmado pela
repetio, da, a importncia da educao.
Frase
O fim da arte e da educao substituir a natureza e completar aquilo que ela apenas
comeou; Onde quer que se descuide da educao, o estado sofre um golpe nocivo.
CLESTIN FREINET (De 1896 a 1966) Gars, Frana
Freinet foi adepto das pedagogias ativas e colocava o trabalho como elemento central na
organizao das aprendizagens escolares. Sua pedagogia baseava-se na cooperao
entre os alunos e os educadores, e os tempos e espaos escolares deveriam ser
estabelecidos em funo do interesse dos alunos.
Frase
A democracia de amanh se prepara na democracia da escola; Se no encontrarmos
respostas adequadas a todas as questes sobre educao, continuaremos a forjar almas
de escravos em nossos filhos.
COMNIO (De 1592 a 1670) Nivnice, Moravia (Atualmente Repblica Tcheca)
Acreditava que pela educao o homem se prepararia para a vida eterna. Afirmava que
pela imitao da natureza seria possvel criar um mtodo eficiente para ensinar TUDO
A TODOS. Foi um dos precursores do mtodo simultneo (um professor para vrios
alunos), do calendrio escolar e do livro didtico. Autor da Didtica Magna
Frase
Deve-se comear a formao muito cedo, pois no se deve passar a vida a aprender,
mas a fazer; Age idiotamente aquele que pretende ensinar aos alunos no quanto eles
podem aprender, mas quanto ele prprio deseja.
FILOSOFIA DA EDUCAO
MICHEL FOUCAULT (De 1926 a 1984) Poitiers, Frana

Por meio de uma anlise histrica inovadora, o filsofo viu na educao moderna
atitudes de vigilncia e adestramento do corpo e da mente. Para Foucault, a escola
uma das "instituies de sequestro", como o hospital, o quartel e a priso. Espaos que
moldam o pensamento e conduta do homem.
Frase
As luzes que descobriram as liberdades inventaram tambm as disciplinas. Todo
sistema de educao uma maneira poltica de manter ou de modificar a apropriao
dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.
ANTNIO GRAMSCI (De 1892 a 1937) Ales, Sardenha, Itlia
Gramsci criticou a escola dita tradicional que separava o ensino para formar
especialistas e dirigentes do que seria destinado formao de operrios (ensino
profissional). Defende uma escola nica, crtica e criativa, que desenvolvesse tanto
competncias predominantemente intelectuais quanto manuais (tcnicas), possibilitando
a autonomia dos sujeitos.
Frase
A tendncia democrtica de escola no pode consistir apenas em que um operrio
manual se torne qualificado, mas em que cada cidado possa se tornar governante.
PSICOLOGIA DA EDUCAO
LEV VYGOTSKY (De 1896 a 1934) Orsha, antiga Bielo-Rssia
Para Vygotsky, a aprendizagem um processo social e, por isso, deve ser mediada.
Nessa concepo, o papel da escola orientar o trabalho educativo para estgios de
desenvolvimento ainda no alcanados pelo aluno, impulsionando novos conhecimentos
e novas conquistas a partir do que j sabe, constituindo uma ao colaborativa entre o
educador e o aluno.
Segundo esse pesquisador russo dos processos de aprendizagem, O PROCESSO
PELO QUAL O INDIVDUO ADQUIRE INFORMAES, HABILIDADES,
ATITUDES, VALORES, ETC. A PARTIR DE SEU CONTATO COM A REALIDADE,
O MEIO AMBIENTE E COM AS OUTRAS PESSOAS. Ele diz que o aprendizado
que possibilita o despertar de processos internos do indivduo, ligando o
desenvolvimento da pessoa sua relao com o ambiente scio-cultural em que vive, e
reconhece que a situao do homem como organismo no desenvolve plenamente sem o
suporte de outros indivduos de sua espcie.
As caractersticas de cada indivduo vo sendo formadas a partir das inmeras e
constantes interaes do indivduo com o meio, compreendido como contexto fsico e
social, que inclui as dimenses interpessoal e cultural. Nesse processo dinmico, ativo e
singular, o indivduo estabelece, desde o seu nascimento e durante toda a sua vida,

trocas recprocas com o meio, j que, ao mesmo tempo que internaliza as formas
culturais, as transforma e intervm no universo que o cerca.
Assim, as caractersticas do funcionamento psicolgico como o comportamento de cada
ser humano so, nesta perspectiva, construdos ao longo da vida do indivduo atravs de
um processo de interao com o seu meio social, que possibilita a apropriao da
cultura elaborada pelas geraes precedentes.
Vygotsky enfatizava o processo histrico-social e o papel da linguagem no
desenvolvimento do indivduo. Sua questo central a aquisio de conhecimentos pela
interao do sujeito com o meio. Para o terico, o sujeito INTERATIVO, pois adquire
conhecimentos a partir de relaes intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir
de um processo denominado mediao.
Para Vygotsky(2001), NO SUFICIENTE TER TODO O APARATO BIOLGICO
da espcie para realizar uma tarefa se o indivduo no participa de ambientes e prticas
especficas que propiciem esta aprendizagem. No podemos pensar que a criana vai se
desenvolver com o tempo, pois esta no tem, por si s, instrumentos para percorrer
sozinha o caminho do desenvolvimento, que depender das suas aprendizagens
mediante as experincias a que foi exposta.
A teoria desenvolvida por Vygotsky tem como base a construo SCIO-HISTRICA
ou histrica-cultural da mente humana. O seu enfoque centrava-se na questo de como
os fatores sociais e culturais influenciavam o desenvolvimento intelectual, a aquisio
de conhecimentos pela interao do sujeito com o meio. O ncleo central de sua teoria
trata de como os indivduos, interagindo com colegas e com instrutores, constroem e
internalizam o conhecimento.
Vygotsky enfatizou como o papel da linguagem, um sistema simblico dos grupos
humanos, representa um salto qualitativo na evoluo da espcie. ela que fornece os
conceitos, as formas de organizao do real e a mediao entre o sujeito a o objeto do
conhecimento. por meio dela que as funes mentais so formadas e transmitidas.
Os fatores sociais, de acordo com Vygotsky (1991,) desempenham um papel
fundamental no desenvolvimento intelectual. Quando o conhecimento existente na
cultura internalizado pelas crianas, as funes e as habilidades intelectuais so
provocadas ao desenvolvimento desse conhecimento. Sabendo-se que o aprendizado
leva ao desenvolvimento, ento esse crculo leva ao desenvolvimento contnuo, a partir
do conhecimento acumulado.
Na concepo de Vygotsky, todo ser humano se constitui um "ser" pelas relaes que
estabelece com os outros seres humanos. O sujeito interativo, porque forma
conhecimentos e se constitui a partir de relaes intra e interpessoais. na troca com
outros sujeitos e consigo prprio que se vo internalizando conhecimentos, papis e
funes sociais, o que permite a formao do conhecimento e da prpria conscincia. A
aprendizagem o processo pelo qual o indivduo adquire informaes, habilidades,

atitudes e valores a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com
pessoas. Em Vygotsk (1991), ao contrrio de Piaget, o desenvolvimento psicolgico e
mental, que promovido pela convivncia social, alm das maturaes orgnicas,
depende tambm da aprendizagem na medida em que se d por processos de
internalizao de conceitos que so promovidos pela aprendizagem social.
Frase
O saber que no vem da experincia no realmente saber; O caminho do objeto at
a criana e desta at o objeto passa por outra pessoa.
JEAN PIAGET(BIOLOGIA) (De 1896 a 1980) Neuchtel, Sua
Desenvolveu a EPISTEMOLOGIA GENTICA uma teoria do conhecimento centrada
no desenvolvimento natural da criana. Segundo ele, o pensamento infantil passa por
quatro estgios, desde o nascimento at o incio da adolescncia, quando a capacidade
plena de raciocnio atingida.
Piaget sempre rejeitou a posio inatista, que se apoia em fatores hereditrios e
maturacionais para o desenvolvimento da inteligncia, e a posio ambientalista, que
apoiada em fatores ambientais como determinantes para a constituio da inteligncia.
Com uma posio interacionista, Piaget diz que a inteligncia se apia em fatores
hereditrios e maturacionais, MAS que depende da interao com o ambiente para se
desenvolver.
Piaget demonstrou que a aprendizagem um processo cognitivamente ativo e interativo,
que o conhecimento algo a ser construdo, e no passivamente recepcionado.
Defendendo a idia de que a estrutura cognitiva funciona atravs do movimento
contnuo, onde a aprendizagem assimilada, filtrada e interpretada segundo a
capacidade da estrutura cognitiva interna do indivduo.
Por defender a idia de que a inteligncia construda pelo indivduo, por meio da
interao com o ambiente, sua teoria recebeu a denominao de Construtivismo. Teoria
que diz que uma criana interage com o mundo diferentemente de um adulto, pelo
simples motivo de que suas estruturas cognitivas so qualitativamente diferentes.
Segundo Piaget(1971), o processo de interao/construo da inteligncia compreende a
influncia de quatro fatores:
MATURAO ORGNICA o desenvolvimento do sistema nervoso e suas
conexes nervosas so de extrema relevncia para a formao das estruturas cognitivas,
embora condio necessria, mas no suficiente; Experincia -as manipulaes fsicas e
cognitivas do sujeito sobre os objetos permite a construo do conhecimento e a
possibilidade de operar mentalmente com ele; Transmisso social as informaes
advindas do meio fazem a criana e o adolescente interrogarem os acontecimentos da
realidade; Equilibrao o desenvolvimento da inteligncia caracteriza-se pelo
movimento contnuo de um estado de desequilbrio para um estado de equilbrio.

Segundo o construtivismo, teoria desenvolvida por Piaget, o conhecimento se constri

na interao do sujeito com o objeto. As estruturas no esto Pr-formadas dentro do
sujeito, mas so construdas, ocorrendo uma construo contnua de estruturas variadas.
Para Piaget (1971), dentro da reflexo construtivista sobre desenvolvimento e
aprendizagem, esse processo se d principalmente considerando-se a maturao das
funes biolgicas. J na perspectiva scio-interacionista, ou scio-histrica, abordada
por Vygotsky(1991), a relao entre o desenvolvimento e a aprendizagem est atrelada
ao fato de o ser humano viver em meio social.
3.2.1 Estgios do desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget
Desenvolver, no sentido cognitivo e orgnico, significa estabelecer uma relao de
aprendizado, troca e comunicao intensa entre o organismo e o ambiente no qual esse
organismo vive.
A aprendizagem, decorrente da interao adaptativa do sujeito com o objeto,
construda segundo diversos estgios do desenvolvimento cognitivo:
Senso-motor (0-24 meses) neste estgio a criana desprovida de linguagem,
interagindo com os objetos a partir de suas sensaes e aes motoras;
Pr-operatrio (2 a 7 anos) a criana desenvolve a capacidade simblica,
caracterizando-se pelo egocentrismo, onde a criana ainda no se mostra capaz de
colocar-se na perspectiva do outro;
Operaes concretas (7 a 11 ou 12 anos) neste perodo, a criana adquire a
capacidade de estabelecer relaes e coordenar pontos de visa diferentes, prprios e do
outro, e de integr-los de modo lgico e coerente;
Operaes formais (11 ou 12 anos em diante) nesta fase a criana amplia as
capacidades conquistadas anteriormente, conseguindo raciocinar sobre hipteses,na
medida em que ela capaz de formar esquemas conceituais abstratos, e atravs desses
esquemas, executar operaes mentais dentro de princpios da lgica formal.
De acordo com a tese piagentina, ao atingir a fase de operaes formais, o indivduo
adquire sua forma final de equilbrio, alcanando o padro intelectual que persistir
durante a idade adulta, e que seu desenvolvimento posterior consistir numa ampliao
de conhecimentos, e no na aquisio de novos modos e funcionamento mental.
Frase
Pensar agir sobre o objeto e transform-lo.
O ideal da educao no aprender ao mximo, maximizar os resultados, mas antes
de tudo aprender a aprender, aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se
HOWARD GARDNER (Nascido em 1943) Scranton, Pensilvnia, EUA

Formado no campo da psicologia e da neurologia, o cientista norte-americano Howard

Gardner causou forte impacto na rea educacional com sua teoria das
INTELIGNCIAS MLTIPLAS. Segundo Gardner, as inteligncias so potenciais para
processar informao que podero ou no ser ativados, dependendo dos valores de uma
cultura, das oportunidades de aprendizagens e das experincias.
Frase
A educao precisa justificar-se realando o entendimento humano;
Todos os indivduos tm potencial para ser criativos, mas s sero se quiserem
EDGAR MORIN
Nascido em 1921 em Paris, Frana. Morin prope o conceito de pensamento complexo
em lugar da simplificao e da fragmentao do conhecimento. Para ele, os saberes
foram submetidos a um processo reducionista que acarretou a perda das noes de
MULTIPLICIDADE E DIVERSIDADE. A sala de aula seria o lugar ideal para comear
essa reforma.
Frase
A escola, em sua singularidade, contm em si a presena da sociedade como um todo;
A cincia nunca teria sido cincia se no tivesse sido transdisciplinar
B. F. SKINNER (De 1904 a 1990) Susquehanna, Pensilvnia, EUA
A educao deve ser um processo planejado, pois um dos meios de controle do
comportamento humano, destinado a estabelecer comportamentos teis e desejveis aos
indivduos e a seu grupo.
BAHAVEORISMO
Frase
A educao o estabelecimento de comportamentos que sero vantajosos para o
indivduo e para outros em algum tempo futuro;
Quando houver domnio sobre a cincia do comportamento, ela ser a nica alternativa
para a sociedade planejada.
HENRI WALLON (De 1879 a 1962) Paris, Frana
A escola, meio fundamental para o desenvolvimento pessoal, deve proporcionar uma
formao integral (cognitiva, afetiva e social). Fundamentou suas idias em elementos
bsicos que se comunicariam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligncia e
a formao pessoal.
Frase

A criana responde s impresses que as coisas lhe causam com gestos dirigidos a
elas;
O indivduo social no como resultado de circunstncias externas, mas em virtude de
uma necessidade interna.
CARL ROGERS (De 1902 a 1987) Oak Park, EUA
Considerado uma das figuras mais influentes da psicologia norte-americana, Carl
Rogers tambm se dedicou ao campo da educao, propondo uma pedagogia
experimental, centrada no aluno. Para ele, os estudantes so mais criativos, aprendem
melhor e se tornam mais capazes de solucionar problemas quando os professores atuam
como facilitadores do aprendizado.
Frase
Toda a nossa cultura procura insistentemente manter os jovens afastados do contato
com os problemas reais. Ser possvel inverter essa tendncia?;
ANTNIO NVOA
Nasceu em 1955 em Portugal. Nvoa sustenta que o desafio dos profissionais da rea
escolar manterem-se atualizados sobre as novas metodologias de ensino e
desenvolverem prticas pedaggicas eficientes. Para ele, nenhuma reforma educacional
tem valor se a formao de docentes no for encarada como prioridade.
Frase
O aprender se concentra em dois pilares: a prpria pessoa, como agente, e a escola,
como lugar de crescimento profissional permanente.
PHILIPPE PERRENOUD
Nascido em 1955 em Bienne, Sua. Criou as dez novas competncias para ensinar.
Entre elas: organizar e dirigir situaes de aprendizagem; administrar a progresso das
aprendizagens; envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho e trabalhar
em equipe. Tambm trata dos temas: avaliao, pedagogia diferenciada e formao.
Frase
Competncia a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes,
capacidades, informaes etc.) para solucionar uma srie de situaes
MIKHAIL BAKHTIN (De 1895 a 1975) Orel, Rssia
Entendeu a linguagem como produto da interao social e da interao dos
interlocutores. Para ele, a lngua no pode ser considerada uma estrutura abstrata, sem
realizao concreta, tampouco mero reflexo da realidade material. Os contedos da
conscincia so tanto materiais como sociais.

Frase
"A lngua materna, seu vocabulrio e sua estrutura gramatical, no conhecemos por
meio de dicionrios ou manuais de gramtica, mas graas aos enunciados concretos que
ouvimos e reproduzimos na comunicao efetiva com as pessoas que nos rodeiam"
ROGER CHARTIER
Nascido em 1945 em Lyon, Frana. Para o campo do ensino da leitura e da escrita, a
obra do pesquisador traz grandes contribuies, na medida em que ilumina os diferentes
interesses e usos que aproximam leitores, autores, missivistas, escribas etc. de gneros e
formatos de textos tambm variados.
Frase
(...) necessrio recordar vigorosamente que no existe nenhum texto fora do suporte
que o d a ler, que no h compreenso de um escrito, qualquer que ele seja, que no
dependa das formas atravs das quais ele chega ao seu leitor.
EMLIA FERREIRO
Nascida em 1937 na Argentina. Dedicou-se ao estudo da alfabetizao, deslocando o
foco educativo dos processos de ensino para os de aprendizagem, dos mtodos
preconcebidos para a construo do saber na prtica pedaggica. Discpula de Piaget na
investigao dos processos de aquisio e elaborao de conhecimento pela criana, seu
nome est ligado ao construtivismo.
Frase
Quem tem muito pouco, ou quase nada, merece que a escola lhe abra horizontes;
preciso sermos enfticos: a escrita importante na escola pelo fato de que importante
fora da escola, no o contrrio.
SOCIOLOGIA DA EDUCAO
mile Durkheim (pinal, 15 de abril de 1858 - Frana 15 de novembro de 1917). Para
Durkheim, a educao uma funo coletiva, que visa ao bem social. Por isso,
sociedade caberia determinar quais as ideias e os sentimentos a imprimir na criana para
que se tornasse um cidado adaptado. Foi um dos fundadores da sociologia moderna e
o responsvel pela considervel expanso da sociologia francesa a partir do final do
sculo XIX. Dedicou-se primordialmente analise social sob a tica de grupo, e sob a
perspectiva individual, por meio do estudo das relaes sociedade-instituies e das
relaes interindividuais. Um dos seus mais famosos e importantes objetos de estudo foi
o fato social..
O pensador define "fato social" como uma entidade sui generis, ou seja, como no
redutvel soma de todas as suas partes. Esta definio permite-lhe separar o indivduo
do coletivo social e psicolgico, e encontrar logicamente as condies de possibilidade

de ligao da sociedade com os indivduos. Externalidade, generalidade e coercitividade

caracterizam o fato social, o qual ser especificado mais adiante. O desenvolvimento
desta tese fez dele o verdadeiro fundador da sociologia como disciplina cientfica e
autnoma.
Durkheim tambm deu origem a vrios termos que so agora bem conhecidos como
anomia e conscincia coletiva. Segundo Durkheim, a sociologia da educao
serviria para os futuros professores para uma nova moral laica e racionalista, sem
influncia religiosa.
A sociologia da educao comeou a se consolidar por Marx e Engels, como o
pensamento sobre as sociedades de seu tempo, criando uma relao de educao e
produo. As concepes deles tm como incio a revoluo industrial, criando a
educao politcnica, que combina a instituio escolar com o trabalho produtivo,
acreditando que dessa relao nasceria um dos mais poderosos meios de transformao
social.
Em suma, a educao foi criada pela necessidade do sistema capitalista, fazendo a
juno do conhecimento ao trabalho para assim ter uma obteno maior de lucro no
trabalho e na produo. A importncia da Sociologia para os futuros docentes est,
especialmente, em fornecer-lhes instrumentos para a anlise da sociedade, ajud-los a
pensar o lugar da educao na ordem social e a compreender as vinculaes da
educao com outras instituies (famlia, comunidade, igrejas, dentre outras). Isso
significa tornar mais claros os horizontes de sua prtica profissional e sua relao com a
sociedade histrica e contempornea.
Segundo durkheim, a educao um processo pelo qual passam as crianas a fim de
serem moldadas para viver em sociedade. alm disso, a educao teria duas finalidades
na socializao: homogeneizar ou ou diferenciar as pessoas, Durkheim acreditava que a
sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo, para ele a educao uma
socializao da jovem gerao pelo gerao adulta, e quanto mais eficiente for o
processo, melhor ser o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja
inserida. Segundo ele,a escola deveria preparar os jovens, por meio dos preceitos
bsicos, para a convivncia na sociedade.
A educao tem por objetivo suscitar e desenvolver na criana estados fsicos e morais
que so requeridos pela sociedade poltica no seu conjunto; A sociedade e cada meio
social particular determinam o ideal que a educao realiza
KARL MARX (De 1818 a 1883) Trier, Alemanha
Marx criticou a escola de seu tempo, apontando-a como instrumento de dominao
ideolgica da burguesia. Para ele, uma educao integral deveria ser destinada a todas
as crianas e jovens sem distino de classe social, possibilitando-lhes conhecer tanto as
cincias quanto as atividades produtivas.
Frase

A unio entre trabalho, instruo intelectual, exerccio fsico e treino politcnico

elevar a classe operria
AUGUSTE COMTE (De 1798 a 1857) Montpellier, Frana
Pai do positivismo, que, em linhas gerais, sistematizou as cincias humanas. Comte
tinha como valor supremo a ordem. Para ele, era fundamental que os membros de uma
sociedade aprendessem desde cedo a importncia da disciplina, da obedincia e da
hierarquia, funo primordial da escola.
Frase
Toda Educao humana deve preparar cada um a viver para os outros
PIERRE BOURDIEU (De 1930 a 2002) Denguin, Frana
Empreendeu uma investigao sociolgica do conhecimento que detectou um jogo de
dominao e reproduo de valores. No livro A Reproduo, analisou o funcionamento
do sistema escolar francs e concluiu que, em vez de ter uma funo transformadora, ele
reproduzia e reforava as desigualdades sociais.
Frase
No h democracia efetiva sem um verdadeiro poder crtico; Nada mais adequado
que o exame para inspirar o reconhecimento dos vereditos escolares e das hierarquias
sociais que eles legitimam.