O Livro Didático e o Ensino de História
O Livro Didático e o Ensino de História
O Livro Didático e o Ensino de História
qual esto
inseridos.
Hoje, muitos se preocupam com a formao dos professores de
histria e tambm com a realidade do ensino em nossos dias. Esta
preocupao se estende em muitas reas diferentes nas universidades.
Como nos afirma Da Fenelon (1985):
o historiador se julga distanciado do social,
concretizando assim a distoro entre o fazer e o
escrever. O conhecimento visto como algo passivo
despolitizado e sempre intelectualizado e a histria se
produz dentro desses limites institucionais L'0111 esta
perspectiva no consegue mais do formar profissionais
que sero os reprodutores destas percepes.
A grande maioria dos estudantes no compreendem a histria que
estudam e muito menos a finalidade talvez esse seja o motivo do
desinteresse
professores
dos
em
estudantes
apontar
aumentando
caminhos
para
novos
responsabilidade
criar
interesse
dos
pelo
conhecimento.
O livro didtico o material que prope a uma ao educativa cujo
contedo pensado e elaborado tendo em vista as concepes e os valores
que o autor considera desejveis
3-Como as imagens mostradas nos livros didticos contribuem para
atividades
3-A coleo didtica na abordagem da coleo Ararib
3.1-Anlise da coleo e discursso
4-Imagens e grficos
5- A mulher sendo definida conforme esteretipos
Segundo Michelle Perrot, para escrever a histria so necessrias fontes, documento e vestgios
mas isso uma dificuldade quando se trata da histria das mulheres com sua presena frequentemente
apagada, seus vestgios, desfeitos, seus arquivos destrudos por um dficit h essa falta de vestgios. Por
uma ausncia de registro, na prpria lngua, a gramatica contribui para isso quando h misturas de
gneros usa-se o masculino plural: eles dissimulam elas, no caso de greves mistas, por exemplo, ignora-se
quase sempre o nmero de mulheres.
As estatsticas quase sempre so assexuadas principalmente no domnio econmico, nas
estatsticas industriais ou naquelas do trabalho com a sexuao das estatsticas relativamente recente que
tenha sido demandada por socilogas do trabalho feminista, no necessrio conhecer para analisar que
atualmente problemas anlogos quanto s origens tnicas cuja identificao causa graves divises entre os
demgrafos.
Como, exemplo no casamento as mulheres perdiam seu sobrenome, o que ocorria na Frana,
mas somente nesse pas, sendo bastante difcil reconstruir linhagens femininas com a pesquisa
demogrfica chamada TRA iniciada por Jacques Dupquier que estabeleceu a genealogia das famlias
cujo patrinmico comea por 75a para estudar os fenmenos de mobilidade social desistiu de incluir as
mulheres por causa disso com o recuo do casamento, a possibilidade de escolher seu patrinimico tanto
para aquele que se lega aos filhos provavelmente comprometero o trabalho futuro dos demgrafos e dos
genealogistas, essa revoluo de nomes rica em sentido
De uma maneira geral, quando as mulheres aparecem em um espao pblico os observadores
ficam desconcertados, eles as veem em massa ou em grupo, o que alis, corresponde ao seu modo de
interveno coletiva manifestando na qualidade de mes, de donas de casa, de guardis dos viveres etc.
Usando esteretipos para design-las ou qualifica-las. A psicologia das multides empresta a estas uma
identidade feminina, suscetvel de paixo, de nervosismo, de violncia e mesmo de selvageria. A
ausncia de fontes no sobre as mulheres nem sobre a mulher mas sobre sua existncia concreta e sua
histria singular, no teatro da memria, as mulheres so uma leve sombra.
Em compensao segundo a autora Michelle Perrot existe um excesso de abundncia e mesmo
um excesso de discursos sobre mulheres com avalanches de imagens, literrias ou plsticas na maioria
das vezes obra dos homens ignorando quase sempre o que as mulheres pensavam a respeito, viam ou
sentiam. Das mulheres muito de fala de maneira obsessiva para dizer o que elas so ou deveriam fazer.
Isso ocorre com os filsofos Franoise Collin, Evelyne Pisier e Elenir Varikas realizaram uma
antropologia crtica de texto que no tratam tanto da diferena de sexos, pouco abordadas pela filosofia,
quanto das mulheres , com a questo da sexuao apresenta-se no texto filosfico sempre com uma
questo das mulheres e a respeito das mulheres porque a diferena vem delas de seu afastamento de
normas masculinas. O sexo delas nosso, como diz Rousseau, ns e elas. Textos de homens em sua
maioria 55 homens para 4 mulheres o que corresponde dissimetria sexual do discurso filosfico.
Aristteles, de todos os diversos autores gregos, ele que estabelece de maneira mais radical a
superioridade masculina, com as mulheres se movendo nas fronteiras de civilidade e selvageria, do
humano e do animal sendo uma ameaa para a vida harmoniosa da coletividade. Como mant-las
afastadas se as mulheres so apenas diferente na modelagem inacabada, homem incompleto, falta-lhes
algumas coisa, so defeituosas. O pensamento de Aristteles modela por muito tempo o pensamento da
diferena entre os sexos, sendo retomado com modulaes pela medicina grega de Galiano. E na Idade
Mdia, pelo telogo Toms de Aquino.
Paulo na primeira Epstola a Timteo prescreve o silncio das mulheres: A mulher aprenda em
silncio, toda sujeio no permitindo que a mulher ensine nem use de autoridade sobre o marido mas que
permanea em silncio.
Para Bossuet, existe uma analogia entre o absolutismo conjugai e o absolutismo real: Eva
infeliz e maldita em todo o seu sexo. E a ttulo de consolao: Cabe as mulheres lembrar-se de sua
origem; no vangloriar-se de sua delicadeza e pensar, afinal, que tm origem num osso acessrio cuja
beleza se limita que Deus houve e por bem lhe conferir, relacionando suas origens religiosas coma
hierarquia sexual.
AS luzes e as cincias nem sempre so as melhores conselheiras e muitos filsofos encontramnas cincias sociais e na medicina argumentos suplementares para demonstrar a inferioridade das
mulheres. De Rousseau a Augusto Conte:
[...] no se pode, hoje, contestar-se seriamente a evidncia da
inferioridade relativa da mulher, muito mais imprpria do que o homem
indispensvel continuidade, tanto quanto alta intensidade, do trabalho
mental, seja em virtude da menor fora intrnseca de sua inteligncia, seja em
razo de sua maior suscetibilidade moral e fsica.
Para Proudhon, a diferena hierrquica ainda mais sistemtica, havendo vozes consoladoras
ente elas a de Condorcet a mais igualitria que preconiza a admisso das mulheres cidadania e a
cincia:
As mulheres tm os mesmos direitos que os homens, logo, elas devem poder usufruir das
mesmas facilidades para obter as mesmas luzes, pois, s estas podem lhe proporcionar exercer realmente
esses direitos com a mesma independncia e a mesma amplitude.
Mas o propsito de estudar o pensamento filosfico dos sexos segundo Autora Michelle Perrot
uma questo imensa, mas sim destacar a presena das mulheres no discurso letrado, no discurso
popular, romanesco ou potico, no qual se fala muito delas.
Para isso, demais valioso que se pense como que o livro didtico e
toda a configurao que ele traz, o uso de imagens principalmente,
contribui para o reforo de esteretipos, tidos como verdades,
impostos pela sociedade. Percebe-se que as relaes de gneros
veiculados nos livros-didticos cumprem fielmente o papel que a
sociedade designou ao homem e mulher separando suas atividades,
lugares de atuao, questes relacionadas profisso e outros.
Assim, demais importante a discusso da questo gnero em sala
de aula quando se constata que em termos de identidade sexual, a
escola e a sociedade tm expectativas definidas em relao ao papel
do menino e da menina. As questes relacionadas a gnero
decididamente passam pelos costumes e prticas de uso, adoo e
utilizao do livro-didtico em nossas escolas.
6-A anlise da histria das mulheres nas relaes humanas
A categoria gnero tem histria recente na historiografia
contempornea com a anlise histrica sobre a histria das mulheres
e pela histria social. Desde do sculo XIX, a histria passou a ser
vista como uma disciplina cientfica, o papel das mulheres sempre foi
subordinado presena de representao dos homens que por muito
tempo foram os nicos historiadores dando nfase aos assuntos
polticos enfatizando a figura dos militares, dos imperadores, reis
presentes e atuantes numa histria pblica e nacional.
Fazendo uma anlise de como o gnero est presente nas relaes
humanas e consequentemente acaba gerando um sentido a
organizao e percepo do conhecimento histrico direcionando
questo do gnero a temtica da construo social fazendo
necessrio pensar que a questo do gnero muito instvel por
consequncia dependente de vrias determinaes e relaes de
poder percebendo que essas relaes e suas respectivas construes
de gneros podem apontar vrias possibilidade de mudanas de
paradigmas j devidamente estabelecidos e legitimados. Segundo
Maria Odila Leite da Silva Dias, em teoria e mtodos dos estudo
feministas na perpectiva histrica e hermenutica do cotidiano
aponta que o primrdio dessa temtica foi colocado atravs da Escola
dos Annales.
Com a preocupao de resgatar a imagem da mulher como sujeitos
histricos vlidos Lucien Febvre e Marc Bloch ampliaram as
possibilidades para a histria das mulheres proporcionando o
Figura A manifestao do Dia Internacional da Mulher, 1917, em Pitsburgo na Rssia, marcou o incio
da Revoluo de Fevereiro.
Fonte: A foto integra o caderno de imagens do livro Mulher, Estado e Revoluo, de Wendy Goldman.
http://blogdaboitempo.com.br/tag/historia/
Neste mesmo captulo quando o livro trabalha com o conceito dos
tempos da juventude observa-se a transcrio do depoimento de uma
jovem estudante de Braslia e a partir desse relato vrias questes
so abordadas finalizando com exerccios para possibilitar aos
educandos uma reflexo mais aprofundada sobre o tema em questo.
P.16/16
No mesmo captulo, aparece uma imagem de uma escrava negra,
quando o tema da discusso a impossibilidade da criana ou jovem.
Outra representao das mulheres est presente na imagem de
manifestao pelo impeachment do Collor, em 1992.
O captulo 2 trata da questo dos jovens em outras culturas, em
especial indgenas e africanas. P.35, esse captulo descreve os rituais
das meninas e
meninos nas sociedades indgenas, e tambm
trabalha com a questo de ser jovem na sociedade africana.
O captulo
4.Consideraes Finais
Referencias