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APOSTILA IMPORTAÇÃO vFINAL

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0

SUMRIO
1

GUERRA DOS PORTOS - PANORAMA GERAL..................3

ALQUOTA INTERESTADUAL UNIFICADA (4%) - Aspectos


Gerais e Abrangncia Conforme Resoluo n 13/2012 e
Ajuste SINIEF n 19/2012...........................................4

2.1

Operaes Excludas da Alquota de 4%..............................4

2.1.1

Bens e Mercadorias sem Similar Nacional......................5

2.1.2

Bens Produzidos na Zona Franca e Outros Incentivos


Excludos.........................................................................6

2.1.3

Aplicabilidade dos Benefcios Fiscais - Regras para no


Aplicao da Alquota de 4% (Convnio ICMS 123/2012)
........................................................................................6

2.2

Obrigaes Acessrias.........................................................6

2.2.1

Ficha de Contedo de Importao FCI..........................6

2.2.2

Emisso da Nota Fiscal Eletrnica..................................8

2.2.3

Novos Cdigos de Situao Tributria CST...................8

NOVOS
TTDs
RELATIVOS

IMPORTAO
DE
MERCADORIAS EM SC DEVIDO S ALTERAES DA
RESOLUO N 13/2012 DO SENADO FEDERAL.............9

3.1

Migrao dos TTDs Antigos, tais como o Pr-Emprego e


DIAT, para os Novos TTDs com Incio de Vigncia a partir
de 01/01/2013......................................................................9

3.2

Aplicabilidade do Tratamento Tributrio Diferenciado........10

3.3

Dos Tratamentos Tributrios Diferenciados........................11

3.3.1
3.3.1.1
3.3.2
3.3.2.1
3.3.2.1.1

Diferimento do ICMS no Desembarao Aduaneiro........11


Hipteses de Antecipao do ICMS no Desembarao
em Substituio Garantia...................................12
Diferimento Parcial do ICMS na Sada Subsequente da
Mercadoria Importada...................................................14
Destaque do ICMS Alquota Direta de 10% Hipteses de Aplicao..........................................14
Obrigao do Aviso do Estorno de Crdito
Excedente ao Destinatrio..............................15

3.3.2.2

Destaque do ICMS Alquota Direta de 4% Hiptese de Aplicao...........................................17

3.3.2.3

Destaque do ICMS Alquota Direta de 12% Hiptese de Aplicao...........................................18

3.3.2.4

Hipteses do Recolhimento do ICMS Diferido pelo


Adquirente da Mercadoria Importada....................18

3.3.2.5

3.3.3

Formao da Base de Clculo do ICMS relativo


sada subseqente nas importaes por conta e
ordem....................................................................19
Crdito Presumido Relativo Sada Subsequente de
Mercadoria Importada para Fins de Comercializao. . .20

3.3.3.1

Hipteses para Utilizao do Crdito Presumido nas


Sadas Interestaduais - Regra Geral e Alternativas21

3.3.3.2

Hipteses para Utilizao do Crdito Presumido nas


Sadas Internas - Regra Geral e Alternativas.........23

3.3.3.3

Hipteses de Reduo da Base de Clculo do ICMS


...............................................................................24

3.3.3.4

Hipteses do Estorno do Crdito Presumido..........24

3.4

Do Estoque em 31/12/2012...............................................24

3.5

Das Obrigaes Gerais e Condies do TTD......................25

3.5.1

Das Obrigaes Gerais..................................................25

3.5.2

Documentao a ser Enviada para a SEF/SC................26

3.5.3

Planilha Eletrnica a ser Elaborada pelo Estabelecimento


Importador....................................................................26

3.5.4

Contribuio Mensal aos Fundos Estaduais (Fundo


Estadual de Defesa Civil, Fundo de Apoio Manuteno
e ao Desenvolvimento da Educao Superior e Fundo
Pr-Emprego)................................................................27

3.5.5

Dos demais Compromissos...........................................28

3.5.6

Da Revogao do TTD...................................................29

3.6

Da Vigncia........................................................................29

1 GUERRA DOS PORTOS - PANORAMA GERAL


Atualmente o Brasil vivencia a chamada Guerra dos Portos,
expresso que vem sendo utilizada para conceituar a exacerbao de
prticas competitivas entre entes de uma mesma federao em
busca de investimentos privados. A principal arma dessa guerra a
reduo do ICMS para os produtos importados.
Alm de Santa Catarina outros estados abdicam de uma
prerrogativa que a Constituio lhes confere, que a autonomia que
cada estado possui de estabelecer as alquotas de ICMS para as
operaes de importao, tornando-os assim mais competitivos e
atraindo investimentos para o seu territrio. Porm, a concesso de
benefcios fiscais na tributao de ICMS sobre os produtos importados
deu inicio a chamada guerra dos portos, uma vez que estes
benefcios so concedidos revelia da LC n 24/1975 sem a anuncia
da CONFAZ. Vale lembrar que as redues de impostos unilaterais
para produtos importados so parte integrante de um cenrio mais
abrangente de guerra fiscal, o que motivo de disputas judiciais
interminveis. Os benefcios so concedidos revelia do CONFAZ,
rgo que, em tese, teria a palavra final sobre o assunto.
Sendo o Brasil uma repblica federativa, cada uma das 27
unidades da federao (estados e o Distrito Federal), tem a
competncia para criar sua prpria legislao, no que diz respeito s
prticas de comrcio realizadas em seu territrio. O tema em questo
se prende exclusivamente ao Imposto Sobre Circulao de
Mercadorias e Servios ICMS, devidamente institudo pela
Constituio Federal de 1988.
Entretanto, visando a harmonia entre os entes federados, a carta
magna tambm definiu que benefcios, isenes e incentivos fiscais
sero concedidos e revogados atravs de regulamentao em lei
complementar.
Nesse universo, o Conselho Nacional de Poltica Fazendria
CONFAZ, rgo ligado ao Ministrio da Fazenda, tem a misso de
intermediar os interesses dos estados.
fato que a arrecadao tributria financia a mquina pblica e
que o bem-estar dos brasileiros depende dos tributos que,
diariamente, alavancam o impostmetro. Portanto, os governos
estaduais precisam desenvolver suas regies, atravs da instalao
das indstrias, das centrais de distribuio e do comrcio em geral.
Por essa razo, alguns estados menos favorecidos, tais como Santa
Catarina, Esprito Santo e Gois, prejudicados pela concentrao de
renda em regies mais beneficiadas pelo desenvolvimento, decidiram
revelia do CONFAZ, atrair investimentos atravs de incentivos
fiscais que, na prtica, contraria os entes vizinhos e estimula a
chamada guerra fiscal.

Tentando por um fim nesta disputa entre estados e nos benefcios


concedidos, que j fora adotado por mais de 10 estados, o Senado
Federal aprovou a unificao do ICMS interestadual em 4% para
produtos importados, por meio da Resoluo SENADO FEDERAL n
13/2012, em vigor desde 1 de janeiro de 2013.

2 ALQUOTA INTERESTADUAL UNIFICADA (4%)


- Aspectos Gerais e Abrangncia Conforme
Resoluo n 13/2012 e Ajuste SINIEF n
19/2012
A alquota do ICMS de 4% (quatro por cento) aplica-se nas
operaes interestaduais destinadas a contribuintes do ICMS com
bens e mercadorias importados do exterior que, aps o desembarao
aduaneiro:
no tenham sido submetidos a processo de industrializao;
ainda
que
submetidos
a
processo
de
transformao,
beneficiamento,
montagem,
acondicionamento,
reacondicionamento, renovao ou recondicionamento, resultem
em mercadorias ou bens com Contedo de Importao superior a
40% (quarenta por cento).
Contedo de Importao o percentual correspondente ao
quociente entre o valor da parcela importada do exterior e o valor
total da operao de sada interestadual da mercadoria ou bem
submetido a processo de industrializao.
O Contedo de Importao dever ser recalculado sempre que,
aps sua ltima aferio, a mercadoria ou bem objeto de operao
interestadual tenha sido submetido a novo processo de
industrializao.
Considera-se:
I - valor da parcela importada do exterior, o valor da importao
que corresponde ao valor da base de clculo do ICMS incidente na
operao de importao conforme descrito no art. 13, inciso V, da Lei
Complementar n 87, de 13 de setembro de 1996;
II - valor total da operao de sada interestadual, o valor total do
bem ou da mercadoria includos os tributos incidentes na operao
prpria do remetente.

2.1 Operaes Excludas da Alquota de 4%


As operaes excludas da aplicao da alquota interestadual de
4% compem-se de:
Bens e Mercadorias sem Similar Nacional;
Bens Produzidos na Zona Franca e Outros Incentivos Excludos; e

Iseno do ICMS ou Reduo da Base de Clculo do ICMS em que a


carga tributria resultante fique menor do que 4%.

2.1.1

Bens e Mercadorias sem Similar Nacional

A Resoluo CAMEX n. 79/12, DOU de 07 de novembro de 2012,


dispe sobre a lista de bens sem similar nacional a que se refere o
inciso I do 4 do art. 1 da Resoluo do Senado n. 13, de 25 de abril
de 2012.
A lista de bens e mercadorias importados do exterior sem similar
nacional compe-se de:
bens e mercadorias sujeitos a alquota de zero ou dois por cento
do Imposto de Importao, conforme previsto nos anexos I, II e III
da Resoluo Camex n. 94/11, e que estejam classificados nos
captulos 25, 28 a 35, 37 a 40, 48, 54 a 56, 68 a 70, 72 e 73, 84 a
88 e 90 da NCM ou nos cdigos 2603.00.10, 2613.10.10,
2613.10.90, 8101.10.00, 8101.94.00, 8102.10.00, 8102.94.00,
8106.00.10, 8108.20.00, 8109.20.00, 8110.10.10, 8112.21.10,
8112.21.20, 8112.51.00.
bens e mercadorias relacionados em destaques "Ex" constantes do
anexo da Resoluo Camex n. 71, de 14 de setembro de 2010; e
bens e mercadorias objeto de concesso de ex-tarifrio em vigor
estabelecido na forma das Resolues Camex n. 35, de 22 de
novembro de 2006, e n. 17, de 3 de abril de 2012.
O regime de Ex-tarifrio consiste na reduo temporria da
alquota do imposto de importao dos bens assinalados como BK
e/ou BIT na Tarifa Externa Comum do Mercosul, quando no houver a
produo nacional. Ou seja, ele representa uma reduo do custo na
aquisio de bens de capital (BK) e de informtica e telecomunicao
(BIT) quando trazido do exterior.
A importncia desse regime consiste em trs pontos fundamentais:
viabiliza aumento de investimentos em bens de capital (BK) e de
informtica e telecomunicao (BIT) que no possuam produo no
Brasil;
possibilita aumento da inovao tecnolgica por parte de
empresas de diferentes segmentos da economia conforme
preconizado nas diretrizes da Plano Brasil Maior - PBM;
produz um efeito multiplicador de emprego e renda sobre
segmentos diferenciados da economia nacional.
A concesso do regime dada por meio de Resoluo n 17 da
Cmara de Comrcio Exterior (Camex) aps parecer do Comit de
Anlise de Ex-Tarifrios (Caex).
Tambm sero considerados sem similar nacional os bens e
mercadorias cuja inexistncia de produo nacional tenha sido
atestada pela Secretaria de Comrcio Exterior do Ministrio do
Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior em procedimento
especfico de licenciamento de importao de bens usados ou
6

beneficiados pela iseno ou reduo do imposto de importao a


que se refere o art. 118 do Decreto n 6.759, de 5 de fevereiro de
2009.

2.1.2

Bens Produzidos na Zona Franca e Outros


Incentivos Excludos

Excetuam-se tambm da aplicao da alquota interestadual de


4% prevista na Resoluo 13/12:
aos bens produzidos em conformidade com o Processo Produtivo
Bsico (PPB), exigido das empresas instaladas na Zona Franca de
Manaus ou beneficiadas pela Lei da Informtica ou, ainda, pelo
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnolgico da Indstria
de Semicondutores; e
s operaes que destinem gs natural importado do exterior a
outros Estados.

2.1.3

Aplicabilidade dos Benefcios Fiscais - Regras


para no Aplicao da Alquota de 4%
(Convnio ICMS 123/2012)

Na operao interestadual com bem ou mercadoria importados do


exterior, ou com contedo de importao, sujeitos alquota do ICMS
de 4% (quatro por cento) prevista na Resoluo do Senado Federal n
13, de 25 de abril de 2012, no se aplica benefcio fiscal,
anteriormente concedido, exceto se:
de sua aplicao em 31 de dezembro de 2012 resultar carga
tributria menor que 4% (quatro por cento);
tratar-se de iseno.
Nos casos de reduo da base de clculo do ICMS em que a carga
tributria fique menor que 4% dever ser mantida a carga tributria
prevista na data de 31 de dezembro de 2012.

2.2 Obrigaes Acessrias


Diante a este novo cenrio e como forma de controle/fiscalizao,
foram institudas algumas novas obrigaes acessrias aos quais os
contribuintes devero ficar atentos, tais como a FCI - Ficha de
Contedo de Importao, informaes adicionais na NF-e e a criao
dos novos CSTs de origem.

2.2.1

Ficha de Contedo de Importao FCI

No caso de operaes com bens ou mercadorias importadas que


tenham sido submetidos a processo de industrializao, o
contribuinte industrializador dever preencher a Ficha de Contedo
de Importao - FCI, conforme modelo do Anexo nico, na qual
dever constar:
descrio da mercadoria ou bem resultante do processo de
industrializao;

o cdigo de classificao na Nomenclatura Comum do MERCOSUL NCM/SH;


cdigo do bem ou da mercadoria;
o cdigo GTIN (Numerao Global de Item Comercial), quando o
bem ou mercadoria possuir;
unidade de medida;
valor da parcela importada do exterior;
valor total da sada interestadual;
contedo de importao calculado nos termos da clusula quarta.
A FCI dever ser preenchida e entregue:
de forma individualizada por bem ou mercadoria produzidos;
utilizando-se o valor unitrio, que ser calculado pela mdia
aritmtica ponderada, praticado no ltimo perodo de apurao.
Dever ser apresentada nova FCI toda vez que houver alterao
em percentual superior a 5 % (cinco por cento) no Contedo de
Importao ou que implique alterao da alquota interestadual
aplicvel operao.
O contribuinte sujeito ao preenchimento da FCI dever prestar a
informao unidade federada de origem por meio de declarao em
arquivo digital com assinatura digital do contribuinte ou seu
representante legal, certificada por entidade credenciada pela InfraEstrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil.
O arquivo digital dever ser enviado via internet para o ambiente
virtual indicado pela unidade federada do contribuinte por meio de
protocolo de segurana ou criptografia, com utilizao de software
desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela
administrao tributria.
Uma vez recepcionado o arquivo digital pela administrao
tributria, ser automaticamente expedido recibo de entrega e
nmero de controle da FCI, o qual dever ser indicado pelo
contribuinte nos documentos fiscais de sada que realizar com o bem
ou mercadoria descrito na respectiva declarao.
A informao prestada pelo contribuinte ser disponibilizada para
as unidades federadas envolvidas na operao.
A recepo do arquivo digital da FCI no implicar reconhecimento
da veracidade e legitimidade das informaes prestadas, ficando
sujeitas homologao posterior pela administrao tributria.
Recentemente, por meio da publicao do Ato COTEPE n 61/2012,
foi divulgado o Manual de Orientao para a entrega da FCI, com
especificao do leiaute dos arquivos digitais para a gerao, entrega
e consulta dos dados relativos FCI, dentre outras especificaes.

Cabe destacar que atendendo ao apelo de parcela significativa do


empresariado nacional, prorrogou-se, por meio do Ajuste SINIEF
27/12, o incio da obrigatoriedade de preenchimento e entrega da FCI,
que passaro a ser obrigatrios somente em 01/05/2013.
Tal norma tambm estipulou que a fiscalizao inicial (at
01/04/2013) ocorrer em carter orientador.

10

2.2.2

Emisso da Nota Fiscal Eletrnica

Para o atendimento de toda esta nova sistemtica, no momento da


emisso da NF-e dever ser informado em campo prprio do
documento fiscal eletrnico:
I - o valor da parcela importada do exterior, o nmero da FCI e o
Contedo de Importao expresso percentualmente, no caso de bens
ou mercadorias importadas que tenham sido submetidos a
processo de industrializao no estabelecimento do emitente;
II - o valor da importao, no caso de bens ou mercadorias
importados que no tenham sido submetidos a processo de
industrializao no estabelecimento do emitente.
Enquanto no forem criados campos prprios na NF-e devero ser
informados no campo Informaes Adicionais, por mercadoria ou
bem o valor da parcela importada, o nmero da FCI e o Contedo de
Importao ou o valor da importao do correspondente item da NF-e
com a expresso: Resoluo do Senado Federal n 13/12, Valor da
Parcela Importada R$ ________, Nmero da FCI_______, Contedo de
Importao ___%, Valor da Importao R$ ____________.

2.2.3

Novos Cdigos de Situao Tributria CST

A partir de 01/01/2013 os contribuintes do ICMS ao emitirem a


nota fiscal devero atentar-se aos novos cdigos de situao
tributria (CST), institudos pelo Ajuste SINIEF n 20, de 01/11/2012
(DOU de 09/11/2012):
0 - Nacional, exceto as indicadas nos cdigos 3 a 5;
1 - Estrangeira - Importao direta, exceto a indicada no cdigo 6;
2 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, exceto a indicada
no cdigo 7;
3 - Nacional, mercadoria ou bem com Contedo de Importao
superior a 40% (quarenta por cento);
4 - Nacional, cuja produo tenha sido feita em conformidade com
os processos produtivos bsicos de que tratam o Decreto-Lei n
288/67, e as Leis ns 8.248/91, 8.387/91, 10.176/01 e 11.484/07;
5 - Nacional, mercadoria ou bem com Contedo de Importao
inferior ou igual a 40% (quarenta por cento);
6 - Estrangeira - Importao direta, sem similar nacional,
constante em lista de Resoluo CAMEX;
7 - Estrangeira - Adquirida no mercado interno, sem similar
nacional, constante em lista de Resoluo CAMEX.".

11

3 NOVOS TTDs RELATIVOS IMPORTAO DE


MERCADORIAS
EM
SC
DEVIDO
S
ALTERAES DA RESOLUO N 13/2012 DO
SENADO FEDERAL
Atualmente, segundo informaes extra oficiais do grupo do
GESCOMEX, j esto sendo aceitos os novos pedidos de TTDs
referente aos benefcios fiscais relacionados importao de
mercadorias do exterior para fins de comercializao. Para efetuar o
pedido, o interessado deve acessar o SAT, e no Perfil Contabilista
Servios, acessar a aplicao TTD - Efetuar um Pedido de Tratamento
Tributrio Diferenciado.

3.1 Migrao dos TTDs Antigos, tais como o PrEmprego e DIAT, para os Novos TTDs com
Incio de Vigncia a partir de 01/01/2013
A SEF/SC, atravs da Diretoria de Administrao Tributria e da
Gerncia de Sistemas e Informaes Tributrias, enviou no dia 11 de
dezembro de 2012 os Correios Eletrnicos Circulares SEF/DIAT ns 44
(dirigido aos contabilistas) e 45 (dirigido aos empresrios), com o
ASSUNTO: MIGRAO TTD - IMPORTAO PARA COMERCIALIZAO,
informando que, a partir de 1 de janeiro de 2013 entraria em vigor a
Resoluo n 13, do Senado Federal, fixando a alquota do ICMS em
4% (quatro por cento), nas operaes interestaduais com bens e
mercadorias importados do exterior.
Em razo desse fato, e conforme as disposies do art. 6-A, do
Anexo 6 do RICMS/SC-01 (introduzido pela Alterao n 3127), todas
as empresas que possussem Tratamentos Tributrios Diferenciados
(TTD) relativos importao de mercadorias para comercializao
deveriam migrar para um novo sistema de benefcio.
Segundo estas Circulares SEF/DIAT o processo de migrao deveria
ser feito at o dia 31.12.2012. Contudo, segundo informaes extraoficiais do grupo do GESCOMEX os pedidos de migrao estaro
sendo aceitos at 31/01/2013, podendo ser novamente
prorrogado a critrio do fisco.
COMO FAZER A MIGRAO
Para migrar, o interessado deve acessar o SAT, e no Perfil
Contabilista Servios, acessar a aplicao TTD - Efetuar um Pedido de
Tratamento Tributrio Diferenciado.
L deve preencher os dados da empresa (Passos 1 e 2),
lembrando-se de anotar o Nmero do Pedido gerado que exibido
no quadro Leia-me para retomar a migrao posteriormente, se
necessrio.

12

No Passo 3, na aba Todos os TTDs, deve abrir os Benefcios do


Grupo: IMPORTAO - MANUTENO E EXPANSO DE ATIVIDADES, e
selecionar um dos seguintes tipos de TTD, conforme a situao atual
de seu TTD / Regime Especial na importao para comercializao:
- TTD 409, caso possua atualmente tratamento tributrio
diferenciado com dispensa de garantia, mediante pagamento
antecipado do imposto devido na sada subsequente;
- TTD 410, caso possua atualmente tratamento tributrio
diferenciado com dispensa de garantia, sem a obrigatoriedade de
promover pagamento antecipado do imposto devido na sada
subsequente; ou
- TTD 411, caso possua atualmente tratamento tributrio
diferenciado com garantia apresentada e aprovada e cujo vencimento
seja posterior a Dezembro/2012.
Se o SAT exibir mensagem informando que o tipo de TTD
selecionado no o caso do estabelecimento requerente, no ser
possvel fazer a migrao. Neste caso, retorne o Passo e selecione o
tipo de TTD adequado.
Aps a seleo do tipo de TTD adequado ao caso da empresa,
fundamental acessar o link que exibe a minuta do Termo de
Concesso do TTD correspondente ao novo sistema de benefcio.

3.2 Aplicabilidade
Diferenciado

do

Tratamento

Tributrio

Para que os tratamentos tributrios diferenciados concedidos ao


importador possam ser aplicados dever ser observado o seguinte:
as mercadorias
comercializao;

devero

ser

importadas

para

fins

de

ser enquadrado expresso para fins de comercializao a


mercadoria destinada a outro estabelecimento da empresa
importadora situado em outra unidade da Federao. (Item 1.8 da
Minuta)
Este tratamento tributrio diferenciado somente aplicvel a
mercadoria importada pelo prprio estabelecimento, por
intermdio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira
alfandegados, situados no estado de SC, salvo nas situaes
seguintes (Item 1.9 e 1.10 da Minuta):
a) na hiptese de importao de mercadoria originria de pases
membros ou associados ao Mercosul, cuja entrada ocorra em outra
unidade da Federao, desde que realizada exclusivamente por
via terrestre; e
b) no caso de desembarque de mercadoria em aeroportos
internacionais localizados em outras unidades da Federao,
desde que o desembarao aduaneiro ocorra em recinto
13

alfandegado localizado em territrio catarinense, enquanto os


aeroportos do Estado no receberem diretamente do exterior vos
internacionais de carga (Portaria SEF n 090, de 13/05/2010).
Para efeitos da alnea "a" supra dever ser considerado como
originria dos pases do Mercosul, a mercadoria que os tenha como
"pas de origem", nos termos do art. 9 do Decreto-Lei n 37, de 1966.
Este tratamento tributrio diferenciado no ser aplicado em
relao s operaes com:
a) mercadorias relacionadas ou que vierem a ser relacionadas no
Decreto n 2.128, de 20/02/2009, ou em legislao superveniente;
b) bens e mercadorias usados, nos termos da Lei n 14.605, de
2008, ou em legislao superveniente.

3.3 Dos Tratamentos Tributrios Diferenciados


Em resumo, sero trs os tratamentos tributrios diferenciados
concedidos ao importador: o diferimento do ICMS no desembarao
aduaneiro, o diferimento parcial do ICMS na sada subsequente da
mercadoria importada e o crdito presumido relativo sada
subsequente de mercadoria importada para fins de comercializao.

3.3.1

Diferimento
Aduaneiro

do

ICMS

no

Desembarao

Fica concedido diferimento do ICMS devido por ocasio do


desembarao aduaneiro de mercadoria importada pelo prprio
estabelecimento, para fins de comercializao, para a etapa seguinte
a da entrada no estabelecimento importador. (Item 1.1 da Minuta)
Desembarque fsico das Mercadorias em outras Unidades da
Federao
O diferimento do desembarao aduaneiro, desde que previamente
autorizado pela Secretaria de Estado da Fazenda, poder tambm ser
aplicado no caso de utilizao de portos ou aeroportos situados em
outras unidades da Federao em decorrncia de limitaes fsicas de
desembarque de mercadorias ou, ainda, em casos fortuitos alheios
vontade do importador, desde que o desembarao seja efetuado no
Estado (art. 33 da Lei n 14.967, de 2009). (Item 1.12 da Minuta)
H de se ressaltar ainda que, desde que o desembarao aduaneiro
seja realizado no Estado de SC, fica autorizada a aplicao deste
tratamento tributrio diferenciado s importaes realizadas por
intermdio de portos, aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados
localizados em outras unidades da Federao, at o limite de 2% (dois
por cento) do valor aduaneiro total das importaes realizadas pelo
estabelecimento importador a cada ano-calendrio, consideradas
para fins de aplicao do limite somente as importaes alcanadas
pelo benefcio de que trata este tratamento tributrio diferenciado,

14

prevalecendo o limite previsto na legislao tributria, caso mais


benfico (art. 15 da Lei n 15.510, de 2011). (Item 1.13 da Minuta)
O ICMS diferido no desembarao subsumir-se- tributado na
operao subsequente promovida pelo estabelecimento importador,
observado o disposto nos 2, 4 e 5 do art. 1 do Anexo 3 do
RICMS/SC-01 - Regulamento do ICMS do Estado de Santa Catarina,
aprovado pelo Decreto n 2.870, de 27/08/2001. (Item 1.5 da Minuta)
importante destacar que o diferimento do ICMS devido por
ocasio do desembarao aduaneiro ter sua utilizao condicionada
regularidade fiscal da empresa frente ao Estado, regularidade esta
aplicvel, concomitantemente, a todos os seus estabelecimentos.
(Item 7.5 da Minuta)
Alm disso, para que o ICMS do desembarao seja diferido, o
estabelecimento importador dever obter a liberao da mercadoria
por meio eletrnico, nos termos do art. 193, I ou seu 6, do Anexo 6
do RICMS/SC-01 ou, excepcionalmente, nas Gerncias Regionais da
Fazenda Estadual, por ocasio da importao, mediante visto prvio
na GLME - Guia para Liberao de Mercadoria Estrangeira sem
Comprovao do Recolhimento do ICMS, na hiptese do art. 193, 10
do Anexo 6 do RICMS/SC-01. (Item 7.6 da Minuta)
A GLME - Guia para Liberao de Mercadoria Estrangeira sem
Comprovao do Recolhimento do ICMS, o PLMI - Protocolo de
Liberao de Mercadoria ou Bem Importado e o Comprovante de
Verificao Eletrnica do ICMS - Recintos de Outras UFs, bem como os
demais documentos relativos importao, devero ser mantidos
arquivados pelo prazo decadencial disposio do Fisco Estadual.
(Item 7.7 da Minuta)
Em todos os documentos relativos entrada de mercadorias
importadas no estabelecimento importador, emitidos com base neste
tratamento tributrio diferenciado, dever ser consignado o seguinte:
"ICMS diferido". (Item 7.12 da Minuta)

3.3.1.1

Hipteses
de
Antecipao
do
ICMS
Desembarao em Substituio Garantia

no

Para que o importador possa obter o TTD 409, este fica


condicionado apresentao de garantia, real ou fidejussria, exceto
nos seguintes casos (Item 6.1 da Minuta):
em substituio exigncia de garantia real ou fidejussria, fica o
estabelecimento importador autorizado a recolher, a cada
desembarao aduaneiro, a ttulo de antecipao do imposto devido
pela sada subsequente da mercadoria, importncia equivalente a
1,0% (um por cento) da base de clculo definida no art. 9, IV, do
RICMS/SC-01, considerando-se como incidente a alquota de 4%
(quatro por cento): Cdigo de Receita 1759 (ICMS antecipado regime especial de diferimento na importao). (Item 6.2 da
Minuta)
15

No caso de operaes de importao de cobre e ao, o valor do


recolhimento antecipado ser de importncia equivalente a 0,6%
(seis dcimos por cento). (Item 6.3 da Minuta)
O valor recolhido a ttulo de antecipao dever ser lanado a
crdito no Livro de Registro de Apurao do ICMS e informado no
DCIP, o qual ser registrado no Quadro 46 da DIME, para efeito de
apurao do imposto devido no prprio perodo de apurao em que
efetuado referido recolhimento ou nos perodos subsequentes. (Item
6.4 da Minuta)
J no que se refere ao TTD 410, fica dispensada a apresentao de
garantia, sem a obrigatoriedade de recolhimento a ttulo de
antecipao do imposto devido pela sada subsequente da
mercadoria.
Por fim, no caso do importador obter TTD 411, dever observar o
seguinte:
Houve aprovao da garantia em relao ao tratamento tributrio
diferenciado relativo importao de mercadoria para
comercializao concedido ao estabelecimento importador e
vigente at o incio da vigncia deste tratamento tributrio
diferenciado.
A garantia aprovada citada anteriormente fica vlida para este
tratamento tributrio diferenciado.
O montante do ICMS diferido no desembarao aduaneiro fica
limitado a 2/3 do valor da garantia aprovada.
No caso de insuficincia da garantia aprovada, enquanto no
reforada, fica o estabelecimento importador autorizado a
recolher, a cada desembarao aduaneiro, a ttulo de antecipao
do imposto devido pela sada subsequente da mercadoria,
importncia equivalente a 1,0% (um por cento) da base de clculo
definida no art. 9, IV, do RICMS/SC-01, considerando-se como
incidente a alquota de 4% (quatro por cento).
No caso de operaes de importao de cobre e ao, o valor do
recolhimento antecipado ser de importncia equivalente a 0,6%
(seis dcimos por cento).
O valor recolhido a ttulo de antecipao dever ser lanado a
crdito no Livro de Registro de Apurao do ICMS e informado no
DCIP, o qual ser registrado no Quadro 46 da DIME, para efeito de
apurao do imposto devido no prprio perodo de apurao em que
efetuado referido recolhimento ou nos perodos subsequentes.

16

3.3.2

Diferimento Parcial do ICMS na


Subsequente da Mercadoria Importada

Sada

Aps o desembarao aduaneiro, por ocasio da eventual sada


subseqente interna das mercadorias importadas, ser concedido ao
importador o diferimento parcial do ICMS de acordo com os
percentuais a serem estudados no subtpicos seguintes.
Importante ressaltar que o diferimento parcial no ser aplicvel:
sada com destino a contribuinte enquadrado no Simples
Nacional (Lei Complementar federal n 123, de 2006);
sada a consumidor final, exceto quando se tratar de operao
que destine a contribuinte do ICMS mercadoria a ser integrada ao
seu ativo permanente ou para seu uso ou consumo;
quando a operao for contemplada:
1. com reduo de base de clculo, exceto quando se tratar de
sada interna enquadrada na faculdade da aplicao da alquota
direta do ICMS de 4% no qual dever preponderar o tratamento
tributrio do diferencial parcial e no da reduo da base de
clculo do ICMS;
2. com iseno; ou
3. com diferimento previsto na legislao tributria ou no
tratamento tributrio diferenciado concedido ao destinatrio.

3.3.2.1

Destaque do ICMS Alquota Direta de 10% Hipteses de Aplicao

Por ocasio da eventual sada interna com mercadorias importadas


de Contedo de Importao superior a 40% e no excludas da
alquota interestadual de 4% (ver quais so as hipteses em que a
mercadoria excluda da aplicao da alquota interestadual de 4%
no tpico 2.1 desta apostila) dever ser diferido parcialmente o
destaque do ICMS, salvo se a operao enquadrar-se em uma das
hipteses descritas no tpico anterior em que no pode ser aplicado o
diferimento do ICMS.
Ficam diferidas as parcelas correspondentes aos seguintes
percentuais do imposto relativo s operaes internas praticadas pelo
estabelecimento importador:
[...]
c) nos demais casos:
1. 60% (sessenta por cento), quando incidente a alquota de 25%
(vinte e cinco por cento);
2.41,18 % (quarenta e um inteiros e dezoito centsimos por
cento), quando incidente a alquota de 17% (dezessete por cento);

17

3. 16,66 % (dezesseis inteiros e sessenta e seis centsimos por


cento), quando incidente a alquota de 12% (doze por cento). (Item
1.14 da Minuta)
Nestas sadas ser obrigatria a aplicao da alquota direta do
ICMS de 10%, salvo se a operao enquadrar-se em uma das
hipteses descritas no tpico anterior em que no pode ser aplicado o
diferimento do ICMS.
Convm ressaltar que, se a operao for contemplada com
benefcio fiscal de reduo da base de clculo do ICMS ou iseno,
no ser aplicvel o tratamento do diferimento parcial do ICMS, ou
seja, dever preponderar o tratamento do benefcio fiscal.
Na emisso da NF-e, modelo 55, dever ser consignado no
documento fiscal a seguinte expresso: "Diferimento parcial do
imposto".

3.3.2.1.1

Obrigao do Aviso do Estorno de Crdito


Excedente ao Destinatrio

Na hiptese em que o destinatrio receba do importador


mercadorias tributadas alquota de 10%, incidindo quando da sada
da mercadoria importada do estabelecimento destinatrio, situado no
Estado de SC, a alquota de 4% (quatro por cento), dever este
destinatrio estornar eventual saldo credor proporcional decorrente
de sua entrada, apurado levando em considerao apenas os valores
de crdito e dbito correspondentes s respectivas operaes de
entrada e sada da mercadoria importada. (Item 1.17 da Minuta)
ATENO
O destinatrio dever estornar o eventual saldo credor, no sentido em
que o dbito da sada destas mercadorias no consiga superar o
crdito da entrada destas mesmas mercadorias, e no o crdito
proporcional a sada tributada. Observe o exemplo:
Importador efetivou uma venda no valor de R$1.000 em mercadorias
alquota do ICMS em 10%, no qual, no momento da entrada, gerou
um crdito para o adquirente de R$100,00. Supondo que o
destinatrio v vender para um contribuinte localizado em outra
unidade da federao exatamente os mesmos R$1.000 de
mercadorias pelo valor de R$2.000, ou seja, o dbito do ICMS desta
sada ser de R$80,00 (2000 x 4%). Logo, o saldo credor a ser
estornado relativo a esta operao em conta grfica ser de R$20,00
(100C 80D), j que o dbito da sada, diante do preo de venda, no
gerou um dbito suficiente para compensar com o crdito da entrada.
Se, por exemplo, a venda, ao invs de ser feita no valor de R$2.000,
fosse feita no valor de R$2.500,00, nesta situao no haveria saldo
credor a ser estornado, uma vez que o dbito de R$100 (2.500 x 4%)
abateria os exatos R$100 de crditos da entrada.
Este estorno do crdito a ser feito pelo destinatrio aplica-se
inclusive no caso (Item 1.18 da Minuta):
18

de a mercadoria importada vir a compor produto industrializado,


sobre cuja sada incidir a alquota de 4% (quatro por cento);
de incidir a alquota de 4% (quatro por cento) sobre a operao de
sada promovida por qualquer estabelecimento do mesmo titular
ou de empresa interdependente, situado no Estado, que tenha
recebido a mercadoria importada ou o produto do qual esta faa
parte.
Importante ressaltar que caber ao estabelecimento importador
informar ao destinatrio situado neste Estado sobre a obrigao de
estorno, observado o seguinte (Item 1.19 da Minuta):
a comunicao dever ser enviada mediante carta registrada com
AR - Aviso de Recebimento, ou por meio eletrnico, hiptese em
que imprescindvel a confirmao de recebimento pelo
destinatrio, por ocasio da primeira sada para o respectivo
destinatrio, em operao que se enquadre na hiptese da alnea
"b" do item 1.2.;
o AR - Aviso de Recebimento, ou a comunicao feita por meio
eletrnico e a respectiva confirmao de recebimento, devem ser
arquivados pelo estabelecimento importador pelo prazo
decadencial;
a comunicao deve conter, alm da qualificao completa do
estabelecimento importador e do ttulo (ou "Assunto", caso a
comunicao seja feita por meio eletrnico): "COMUNICAO AO
DESTINATRIO - OBRIGAO DE ESTORNO", o seguinte texto:
"Em razo de tratamento tributrio diferenciado concedido a este
estabelecimento
importador,
informamos
a
V.Sa
que,
relativamente aos documentos fiscais de sada de mercadoria
importada emitidos por este estabelecimento e remetidos para
esse estabelecimento destinatrio, com destaque de imposto de
10% (dez por cento) sobre a base de clculo, em decorrncia de
diferimento parcial do ICMS, ou com utilizao de reduo de base
de clculo que tenha resultado em destaque de imposto com
alquota efetiva entre 4% (quatro por cento) e 10% (dez por cento),
deve-se observar o seguinte:
1. se esse estabelecimento destinatrio efetuar sada da
mercadoria recebida atravs dos documentos fiscais acima
referidos, em operao sobre a qual incida a alquota de 4%
(quatro por cento), esse estabelecimento destinatrio dever
estornar eventual saldo credor proporcional decorrente da entrada
da referida mercadoria, apurado levando em considerao apenas
os valores de crdito e dbito correspondentes s respectivas
operaes de entrada e sada da mercadoria importada;
2. A obrigao de estorno, calculado conforme indicado o item 1,
aplica-se tambm:

19

2. 1. caso a mercadoria, recebida atravs dos documentos fiscais


de sada emitidos por este estabelecimento importador, acima
referidos, venha a compor produto industrializado, sobre cuja sada
desse estabelecimento destinatrio incida a alquota de 4%
(quatro por cento);
2.2. caso a mercadoria, recebida atravs dos documentos fiscais
de sada emitidos por este estabelecimento importador, acima
referidos, ou o produto do qual esta faa parte, venha a ser
enviada(o) por esse estabelecimento destinatrio a qualquer
estabelecimento
do
mesmo
titular
ou
de
empresa
interdependente, situado no Estado, e, sobre a operao de sada
promovida por tal estabelecimento incidir a alquota de 4% (quatro
por cento);
3. O estorno deve ser feito no ms em que ocorrer a sada sobre a
qual incida a alquota de 4% (quatro por cento);
4. Deve-se manter, pelo prazo decadencial, relatrio mensal,
preferencialmente sob a forma
de planilha eletrnica,
correspondente s operaes que demandam o estorno de crdito
mencionado nesta comunicao, a fim de exibi-lo ao Fisco
Estadual, quando solicitado."
caso a comunicao ao destinatrio no seja efetuada, o
estabelecimento importador responder pelo pagamento do
imposto, no valor correspondente ao estorno devido, exceto se
comprovar que o destinatrio efetuou o referido estorno.

3.3.2.2

Destaque do ICMS Alquota Direta de 4% Hiptese de Aplicao

Facultativamente ao diferimento parcial visto anteriormente


(alquota de 10%), poder o importador, por ocasio da eventual
sada interna com mercadorias importadas de Contedo de
Importao superior a 40% e no excludas da alquota interestadual
de 4% (ver quais so as hipteses em que a mercadoria excluda da
aplicao da alquota interestadual de 4% no tpico 2.1 desta
apostila), optar por este diferimento parcial do ICMS, exceto se a
operao enquadrar-se em uma das hipteses descritas no tpico
anterior em que no pode ser aplicado o diferimento do ICMS.
Ficam diferidas as parcelas correspondentes aos seguintes
percentuais do imposto relativo s operaes internas praticadas pelo
estabelecimento importador (Item 1.14 da Minuta):
a) quando utilizada a faculdade prevista no item 1 da alnea "b" do
item 1.3.:
1. 84% (oitenta e quatro por cento), quando incidente a alquota
de 25% (vinte e cinco por cento);

20

2. 76,47 % (setenta e seis inteiros e quarenta e sete centsimos


por cento), quando incidente a alquota de 17% (dezessete por
cento);
3. 66,66 % (sessenta e seis inteiros e sessenta e seis centsimos
por cento), quando incidente a alquota de 12% (doze por cento);
Nestas sadas, caso o importador opte por este diferimento parcial
ao invs de utilizar o diferimento da alquota de 10%, ser obrigatria
a aplicao da alquota direta do ICMS de 4%, salvo se a operao for
contemplada com o benefcio fiscal de iseno do ICMS ou em alguma
hiptese especfica de diferimento do ICMS.
Cabe destacar que se a empresa optar pela aplicao desta
alquota, ainda que a operao seja contemplada com benefcio fiscal
de reduo da base de clculo do ICMS, o benefcio fiscal de reduo
da base de clculo no poder ser utilizado, ou seja, ir preponderar o
diferimento do ICMS.
Na emisso da NF-e, modelo 55, dever ser consignado no
documento fiscal a seguinte expresso: "Diferimento parcial do
imposto".

21

3.3.2.3

Destaque do ICMS Alquota Direta de 12% Hiptese de Aplicao

Por fim, terceira e ltima hiptese de aplicao do diferimento


parcial, por ocasio da eventual sada interna com mercadorias
importadas em que o Contedo de Importao seja inferior ou igual a
40% ou que sejam excludas da alquota interestadual de 4% (ver
quais so as hipteses em que a mercadoria excluda da aplicao
da alquota interestadual de 4% no tpico 2.1 desta apostila) ser
aplicvel esta hiptese do diferimento parcial do ICMS, exceto se a
operao enquadrar-se em uma das hipteses impeditivas para
aplicao do diferimento do ICMS.
Ficam diferidas as parcelas correspondentes aos seguintes
percentuais do imposto relativo s operaes internas praticadas pelo
estabelecimento importador (Item 1.14 da Minuta):
b) quando utilizada a faculdade prevista no item 2 da alnea "b" do
item 1.3.:
1. 52 % (cinquenta e dois por cento), quando incidente a alquota
de 25% (vinte e cinco por cento);
2. 29,41 % (vinte e nove inteiros e quarenta e um centsimos por
cento), quando incidente a alquota de 17% (dezessete por cento);
Nestas sadas ser obrigatria a aplicao da alquota direta do
ICMS de 12%, salvo se a operao for contemplada com benefcio
fiscal de reduo da base de clculo do ICMS ou iseno, ou em
alguma hiptese especfica do diferimento do ICMS.
Convm ressaltar que, se a operao for contemplada com
benefcio fiscal de reduo da base de clculo do ICMS ou iseno,
no ser aplicvel o tratamento do diferimento parcial do ICMS, ou
seja, dever preponderar o tratamento do benefcio fiscal.
Na emisso da NF-e, modelo 55, dever ser consignado no
documento fiscal a seguinte expresso: "Diferimento parcial do
imposto".

3.3.2.4

Hipteses do Recolhimento do ICMS Diferido


pelo Adquirente da Mercadoria Importada

Na hiptese de operao interna, praticada pelo estabelecimento


importador, que destine a contribuinte do ICMS mercadoria a ser
integrada ao seu ativo permanente ou para seu uso ou consumo, o
imposto devido pelo destinatrio em razo do diferimento parcial,
poder ser compensado, no mesmo perodo de apurao, com
crditos registrados na conta grfica do destinatrio. (Item 1.21 da
Minuta)

22

3.3.2.5

Formao da Base de Clculo do ICMS relativo


sada subseqente nas importaes por conta e
ordem

Tratando-se de importao por conta e ordem de terceiros, o


imposto incidente sobre a operao de sada da mercadoria com
destino ao adquirente ser calculado tendo como base de clculo o
valor da mercadoria importada, tal como definido no art. 9, IV, "a",
do RICMS/SC-01, acrescido dos seguintes valores (Item 1.16 da
Minuta):
a) parcelas indicadas nas alneas "b", "d" e "e" do inciso IV do art.
9 do RICMS/SC-01;
b) demais importncias debitadas ou cobradas do adquirente,
inclusive a ttulo de comisso (art. 22, 11, do RICMS/SC-01);
c) montante do IPI destacado no respectivo documento fiscal de
sada, exceto quando a operao estiver enquadrada na hiptese
prevista no art. 23, I, do RICMS/SC-01; e
d) montante do prprio imposto devido na respectiva operao de
sada, j considerados os efeitos do diferimento parcial, quando for o
caso (art. 22, I, do RICMS/SC-01).

23

3.3.3

Crdito
Presumido
Relativo

Sada
Subsequente de Mercadoria Importada para
Fins de Comercializao

Ser concedido ao estabelecimento importador crdito presumido


para apropriao em conta grfica de acordo com o percentuais a
serem analisados dos subtpicos seguintes, levando-se em
considerao as sadas subsequentes entrada da mercadoria
importada pelo prprio estabelecimento, para fins de comercializao.
(Item 1.2 da Minuta)
Cabe destacar que fica facultado ao estabelecimento importador,
em substituio apropriao de crdito presumido relativo sada
subsequente entrada da mercadoria importada pelo prprio
estabelecimento, o lanamento de estorno de dbito, observadas
todas as disposies deste tratamento tributrio diferenciado que
fazem referncia a crdito presumido. (Item 1.4 da Minuta)
O crdito presumido, ou o estorno de dbito quando utilizada a
faculdade descrita no pargrafo anterior, dever ser lanado no Livro
de Registro de Apurao do ICMS; informado em DCIP - Demonstrativo
de Crdito Informado Previamente - especfico, o qual ser registrado
no Quadro 46 da DIME. (Item 1.22 da Minuta)
ATENO
Importante ressaltar que o crdito presumido ser utilizado em
substituio a qualquer outro crdito relativo mercadoria importada
ou ao seu transporte (Item 2.1 da Minuta):
I - no cumulativo com qualquer outro crdito presumido previsto
na legislao
tributria;
II - no poder ser compensado com o ICMS devido na condio de
substituto tributrio relativo s operaes subsequentes; e
III - no se aplica:
1. na sada de produto resultante da industrializao da
mercadoria importada, exceto quando o processo de industrializao
desenvolvido neste Estado no alterar as caractersticas originais do
produto importado, e desde que o produto resultante mantenha-se na
mesma posio da NBM/SH - NCM; e
2.
nas
sadas
internas
em
transferncia
para
outro
estabelecimento do mesmo titular, exceto se o tratamento tributrio
diferenciado concedido ao estabelecimento importador, vigente em
31/12/2012, dispor em contrrio.
No poder ser apropriado o crdito presumido tambm o
importador que possuir dbito para com a Fazenda Estadual inscrito
em dvida ativa, salvo se o dbito estiver (Item 2.3 da Minuta):
a) garantido na forma da lei;

24

b) parcelado e sem nenhuma parcela em atraso.


O importador que no esteja apropriando o crdito presumido por
estar em dbito junto SEF-SC inscrito em dvida ativa poder voltar
utiliz-lo a partir do primeiro dia subsequente quele em que o dbito
tiver sido regularizado, vedada, entretanto, a utilizao de qualquer
valor relativo s operaes de sada praticadas no perodo em que o
contribuinte esteve impedido de utilizar o benefcio. (Item 2.4 da
Minuta)

3.3.3.1

Hipteses para Utilizao do Crdito Presumido


nas Sadas Interestaduais - Regra Geral e
Alternativas

Conforme j visto anteriormente, ser concedido ao importador um


crdito presumido para ser apropriado em conta grfica, de acordo
com as sadas subseqentes entrada de mercadorias importadas.
No que se refere s sadas interestaduais, so trs as hipteses de
percentuais para a apropriao do crdito presumido de modo a
resultar em uma carga tributria efetiva de ICMS, a regra geral e as
alternativas, quais sejam:
REGRA GERAL
1 Hiptese
Em relao s operaes interestaduais abrangidas pela
aplicao da alquota interestadual de 4% fica concedido crdito
presumido de modo a resultar em uma tributao do ICMS
equivalente a:
a) 1,0% (um por cento) da base de clculo integral relativa
operao prpria; ou
b) 0,6% (seis dcimos por cento) da base de clculo integral
relativa operao prpria com cobre e ao.
2 Hiptese
Em relao s operaes interestaduais no abrangidas pela
aplicao da alquota interestadual de 4% ser concedido crdito
presumido de modo a resultar em uma tributao do ICMS
equivalente a 3,6% (trs inteiros e seis dcimos por cento) da base de
clculo integral relativa operao prpria. (Item 1.2 da Minuta)
REGRA ALTERNATIVA
3 Hiptese
Facultativamente utilizao do crdito presumido da 2
Hiptese da Regra Geral supra, o importador pode optar pela
utilizao do crdito presumido relativo ao percentual apurado
mediante aplicao da seguintes frmula de modo a resultar em uma
tributao do ICMS equivalente a:
A + B + C + D + [(% ICMS destacado - A) x (E + F)] - 0,4%

25

Todos os percentuais correspondentes s letras "A" a "F" devem


ser obtidos a partir do tratamento tributrio diferenciado concedido
ao estabelecimento importador, vigente em 31/12/2012, observandose que, sempre que no houver, no referido tratamento tributrio
diferenciado, previso de contribuio para algum dos fundos
conforme indicado nas letras "B" a "F" da frmula, a respectiva letra
deve ser substituda por 0% (zero por cento), a saber:
A = percentual de tributao efetiva, correspondente ao
percentual indicado expressamente no respectivo tratamento
tributrio diferenciado - quer sob a designao de "tributao
equivalente", "carga tributria final", ou designao semelhante - se
for o caso; ou ao percentual de tributao obtido mediante a
aplicao dos percentuais de crdito presumido, previstos no
respectivo tratamento tributrio diferenciado, sobre o valor do
imposto devido pela operao prpria, se for o caso;
B = percentual de contribuio para o Fundo Pr-Emprego (Lei
Complementar n 249, de 2003), calculado sobre o valor da operao
prpria, se for o caso;
C = percentual de contribuio para o Fundo Estadual de Defesa
Civil (Lei n 8.099, de 1990), calculado sobre o valor da operao
prpria, se for o caso;
D = percentual de contribuio para o Fundo Social (Lei n 13.334,
de 2005), calculado sobre o valor da operao prpria, se for o caso;
E = percentual de contribuio para o Fundo Pr-Emprego (Lei
Complementar n 249, de 2003), calculado sobre o crdito presumido
ou exonerao tributria, se for o caso;
F = percentual de contribuio para o Fundo de Apoio
Manuteno e ao Desenvolvimento da Educao Superior (Lei
Complementar n 407, de 2008), calculado sobre o crdito presumido
ou exonerao tributria, se for o caso;
% ICMS destacado = percentual de ICMS destacado no
documento fiscal correspondente sada sobre cuja base de clculo
integral o percentual a ser apurado na frmula ser aplicado.

26

3.3.3.2

Hipteses para Utilizao do Crdito Presumido


nas Sadas Internas - Regra Geral e Alternativas

No que se refere s sadas internas, so trs as hipteses de


percentuais para a apropriao do crdito presumido, a regra geral e
as alternativas, quais sejam:
REGRA GERAL
1 Hiptese
Em relao s operaes internas que no estejam sujeitas
alquota de 4% fica concedido crdito presumido, por ocasio da
sada subsequente entrada da mercadoria importada pelo prprio
estabelecimento, para fins de comercializao, de modo a resultar em
uma tributao do ICMS equivalente a 3,6% (trs inteiros e seis
dcimos por cento) da base de clculo integral relativa operao
prpria. (Item 1.2 da Minuta)
REGRAS ALTERNATIVAS
Facultativamente a regra geral anterior, desde que a operao
seja destinada a um contribuinte do ICMS no optante pelo
Simples Nacional, o importador, de acordo com a condio da
mercadoria, pode optar pela utilizao do crdito presumido de um
dos seguintes percentuais de modo a resultar em uma tributao do
ICMS equivalente a:
2 Hiptese: mercadoria com Contedo de Importao superior
a 40% e no excluda da alquota interestadual de 4% (ver
quais so as hipteses em que a mercadoria excluda da aplicao
da alquota interestadual de 4% no tpico 2.1 desta apostila):
a) 1,0% (um por cento) da base de clculo integral relativa
operao prpria; ou
b) 0,6% (seis dcimos por cento) da base de clculo integral
relativa operao prpria com cobre e ao.
3 Hiptese: mercadoria com Contedo de Importao seja
inferior ou igual a 40% ou que sejam excludas da alquota
interestadual de 4% (ver quais so as hipteses em que a
mercadoria excluda da aplicao da alquota interestadual de 4%
no tpico 2.1 desta apostila:
a) ao percentual apurado mediante aplicao da seguintes
frmula:
A + B + C + D + [(% ICMS destacado - A) x (E + F)] - 0,4%

27

3.3.3.3

Hipteses de Reduo da Base de Clculo do


ICMS

Para efeitos do clculo do crdito presumido de modo que resulte


uma carga tributria efetiva do ICMS, dever ser considerada a base
de clculo integral, sem aplicao de qualquer reduo prevista na
legislao tributria. (Item 1.6 da Minuta)
Na hiptese de a operao prpria subsequente entrada da
mercadoria no estabelecimento importador ser contemplada com
reduo da base de clculo prevista na legislao tributria (Item 1.7
da Minuta):
a) a utilizao do crdito presumido no poder resultar carga
tributria final incidente sobre a operao menor que aquela apurada
sem aplicao da reduo da base de clculo prevista na legislao
tributria;

3.3.3.4

Hipteses do Estorno do Crdito Presumido

O estabelecimento importador dever estornar, no Livro de


Registro de Apurao do ICMS, o crdito presumido que for apropriado
por ocasio da sada de mercadorias, nos casos de desfazimento da
venda ou no recebimento de mercadorias em devoluo, devendo ser
registrado o valor do estorno na DIME - Declarao de Informaes do
ICMS e Movimento Econmico - correspondente ao perodo de
referncia em que ocorrer o desfazimento ou a devoluo, no Item
060 (Outros Estornos de Crdito) do Quadro 04 (Resumo da Apurao
dos Dbitos). (Item 1.20 da Minuta)

3.4 Do Estoque em 31/12/2012


O disposto neste tratamento tributrio diferenciado aplica-se s
mercadorias existentes no estoque do estabelecimento importador na
data anterior ao incio de sua vigncia, desde que as mesmas tenham
sido importadas para comercializao em conformidade com as
disposies do tratamento tributrio diferenciado concedido ao
estabelecimento importador, vigente em 31/12/2012. (Item 3.1 da
Minuta)

28

3.5 Das Obrigaes Gerais e Condies do TTD


O importador beneficirio de um dos TTDs dever ficar atento
para o cumprimento das obrigaes gerais e condies do TTD.

3.5.1

Das Obrigaes Gerais

A utilizao deste tratamento tributrio diferenciado fica


condicionada a que o estabelecimento importador possua habilitao
no Sistema de Rastreamento da Atuao dos Intervenientes
Aduaneiros - Radar. (Item 7.4 da Minuta)
O campo destinado s informaes complementares da DI
Declarao de Importao, dever, obrigatoriamente, mencionar qual
a destinao da mercadoria importada, a saber (Item 7.8 da Minuta):
destinada utilizao como matria-prima, material intermedirio
ou material secundrio em processo de industrializao em
territrio catarinense; ou
destinada comercializao.
O estabelecimento importador dever observar, na emisso dos
documentos fiscais de sada das mercadorias importadas, o CST
Cdigo de Situao Tributria adequado a cada caso, conforme
estabelecido no Convnio s/n, de 15/12/1970, e no Ajuste SINIEF
20/2012. (Item 7.9 da Minuta)
Em todos os documentos relativos entrada de mercadorias
importadas no estabelecimento importador, emitidos com base neste
tratamento tributrio diferenciado, dever ser consignado o seguinte:
"ICMS diferido". (Item 7.12 da Minuta)
A fruio do TTD fica condicionado (Item 7.13 da Minuta):
a) ao cumprimento das obrigaes tributrias acessrias previstas
na legislao, em especial as que regem a regularidade na entrega de
informaes de natureza cadastral e econmico-fiscais; e
b) regularidade na emisso dos documentos fiscais e na
respectiva escriturao dos livros fiscais, bem como sua guarda.
O TTD fica sujeito s disposies do art. 80 do Anexo 6 do
RICMS/SC-01. (Item 7.14 da Minuta)
Com o incio de vigncia deste tratamento tributrio diferenciado
cessam os efeitos de qualquer outro concedido ao estabelecimento
importador relacionado a mercadoria importada para fins de
comercializao, exceto aqueles previstos nos artigos 146 e 196 do
Anexo 2 do RICMS/SC-01. (Item 9.1 da Minuta)
Vale enfatizar que o TTD somente pode ser utilizado enquanto o
estabelecimento importador mantiver o regime de apurao do
imposto como "normal" e o enquadramento fiscal como empresa
"normal". (Item 9.2 da Minuta)

29

Aplica-se, no que no for contrrio ao previsto neste tratamento


tributrio diferenciado, o disposto na legislao tributria vigente por
ocasio da realizao da operao sujeita ao ICMS. (Item 9.3 da
Minuta)

3.5.2

Documentao a ser Enviada para a SEF/SC

O estabelecimento importador dever encaminhar Gerncia de


Regimes Especiais, no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogvel
mediante pedido fundamentado, contados do incio da vigncia deste
tratamento tributrio diferenciado, certido negativa de dbitos
previdencirios. (Item 7.1 da Minuta)
A CND previdenciria deve ser encaminhada, pelos Correios,
mediante carta registrada com AR - Aviso de Recebimento, para o
endereo (Item 7.2 da Minuta):
Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Administrao
Tributria Gerncia de Regimes Especiais Rod. SC 401, Km 05, n
4.600 Florianpolis/SC CEP 88.032-000
O no encaminhamento da CND no prazo estabelecido implicar a
cassao deste tratamento tributrio diferenciado, com efeitos data
de incio de sua vigncia. (Item 7.3 da Minuta)

3.5.3

Planilha Eletrnica a ser


Estabelecimento Importador

Elaborada

pelo

Fica o estabelecimento importador obrigado a elaborar,


preferencialmente sob a forma de planilha eletrnica, at o 10
(dcimo) dia do ms subsequente, e manter a disposio do Fisco
Estadual pelo prazo decadencial, relatrio mensal correspondente
(Item 7.10 da Minuta):
a todas as operaes de entrada e de sada praticadas com a
utilizao deste tratamento tributrio diferenciado;
ao clculo do crdito presumido apropriado;
ao recolhimento das contribuies a serem estudadas em tpico
infra;
ao
estorno
do
crdito
presumido
devoluo/desfazimento, quando houver; e

nos

casos

de

ao crdito das contribuies nos casos de devoluo/desfazimento,


quando houver.
A planilha deve apresentar as informaes de maneira analtica, de
forma a permitir (Item 7.11 da Minuta):
a demonstrao objetiva da devida correlao entre
documentos fiscais de entrada e de sada e as respectivas Dls;

os

a identificao dos documentos fiscais de sada cuja base de


clculo integral fora considerada para fins de:

30

1. apurao do crdito presumido apropriado, apresentando


separadamente as sadas conforme o respectivo percentual de
tributao efetiva aplicado, bem como a respectiva memria de
clculo;
2. apurao das contribuies, bem como a respectiva memria de
clculo;
a identificao dos documentos fiscais de sada objeto de
desfazimento de venda ou devoluo e dos respectivos
documentos fiscais de devoluo recebidos, bem como a memria
de clculo do estorno de crdito presumido, quando houver; e
a demonstrao do clculo do credito das contribuies nos casos
de devoluo/desfazimento, quando houver.

3.5.4

Contribuio Mensal aos Fundos Estaduais


(Fundo Estadual de Defesa Civil, Fundo de
Apoio Manuteno e ao Desenvolvimento da
Educao Superior e Fundo Pr-Emprego)

A utilizao deste tratamento tributrio diferenciado est


condicionada ao compromisso do estabelecimento importador de
contribuir mensalmente para os seguintes fundos (Item 8.3 da
Minuta):
Fundo Estadual de Defesa Civil, institudo pela Lei n 8.099, de
1990, em montante equivalente a 0,05 % (cinco centsimos por
cento) do valor da base de clculo integral utilizado para fins de
apurao do imposto relativo s sadas subsequentes da
mercadoria importada, alcanadas por este tratamento tributrio
diferenciado;
Fundo de Apoio Manuteno e ao Desenvolvimento da Educao
Superior no Estado de Santa Catarina, institudo pela Lei
Complementar n 407, de 2008, em montante equivalente a 2,0%
(dois por cento) do valor mensal do crdito presumido decorrente
da aplicao deste tratamento tributrio diferenciado; e
Fundo Pr-Emprego, institudo pela Lei Complementar n 249, de
2003, em montante equivalente ao que resultar da aplicao da
seguinte frmula: (0,4% x SC) - F, sendo:
1. BC = valor da base de clculo integral utilizado para fins de
apurao do imposto relativo s sadas subsequentes da
mercadoria importada, alcanadas por este tratamento tributrio
diferenciado; e
2. F = somatrio das contribuies referente ao mesmo ms para
os fundos a que se referem as alneas "a" e "b" deste item.
As contribuies observaro o seguinte (Item 8.4 da Minuta):

31

sero recolhidas em nome do estabelecimento importador atravs


de DARE-SC - Documento de Arrecadao de Receitas Estaduais sob os seguintes Cdigos de Receita:
1. 7145 (Fundo Estadual de Defesa Civil Contribuio);
2. 7137 (Fundo de Apoio Manuteno
e ao
Desenvolvimento da Educao Superior no Estado de Santa
Catarina); e
3. 7110 (Contribuio para o Fundo Pr-Emprego);
para efeitos do clculo dos fundos, dever ser considerada a base
de clculo integral, sem aplicao de qualquer reduo prevista na
legislao tributria.
no podero ser compensadas com o ICMS devido pelo
estabelecimento importador em relao a suas operaes prprias
ou na condio de substituto tributrio relativo s operaes
subsequentes;
no sero objeto de restituio, mesmo nos casos de desfazimento
da venda ou no recebimento de mercadorias em devoluo;
a gerao do DARE-SC dever ser feita, preferencialmente, atravs
de aplicativo prprio disponibilizado no SAT - Sistema de
Administrao Tributria, na pgina oficial da Secretaria de Estado
da Fazenda, na Internet, aps a apresentao da respectiva DIME.
No caso da contribuinte do Fundo de Apoio Manuteno e ao
Desenvolvimento da Educao Superior no Estado de Santa Catarina,
o percentual nela indicado deve ser calculado sobre o valor do
estorno de dbito, caso tenha sido utilizada a faculdade de que trata
o item 1.4. (Item 8.5 da Minuta)
Na hiptese de devoluo/desfazimento de venda, poder ser
lanado a crdito do ICMS valor equivalente s contribuies
recolhidas, relativamente venda desfeita ou devoluo. (Item 8.9
da Minuta)
Este crdito ser lanado no Livro de Registro de Apurao do
ICMS e informado no DCIP, o qual dever ser registrado no Quadro 46
da DIME. (Item 8.10 da Minuta)
ATENO
Este tratamento tributrio diferenciado ter seus efeitos
automaticamente suspensos, sem necessidade de prvia notificao
da Secretaria de Estado da Fazenda, na hiptese do no recolhimento
das contribuies at o 20 (vigsimo) dia do ms subsequente
apropriao do crdito presumido e realizao das sadas
subsequentes, observado o seguinte:
a) a suspenso prevalecer at a data em que regularizada a
situao;

32

b) na hiptese de recolhimento da contribuio acrescida de juros


aplicveis aos tributos estaduais (art. 69 da Lei n 5.983, de 1981),
fica restabelecida, com efeitos retroativos desde o incio da
suspenso, a aplicao do tratamento tributrio diferenciado.
Com relao s contribuies, a Secretaria de Estado da Fazenda
poder alterar a destinao de qualquer uma delas, inclusive
mediante incorporao de montante equivalente contribuio ao
dbito tributrio, procedendo, para tal fim, a recomposio deste
tratamento tributrio diferenciado. (Item 8.7 da Minuta)
O disposto no pargrafo anterior tambm se aplica na hiptese de
extino de qualquer dos fundos. (Item 8.8 da Minuta)

3.5.5

Dos demais Compromissos

Alm do compromisso do recolhimento para os fundos, a utilizao


deste tratamento tributrio diferenciado est condicionada ao
compromisso do estabelecimento importador de (Item 8.11 da
Minuta):
utilizar, preferencialmente, servios de operadores logsticos
(armazenagem,
manuseio,
movimentao
e
distribuio)
estabelecidos no Estado, devidamente habilitados pelos rgos
anuentes; e
contratar:
1. preferencialmente, a prestao de servio de transporte
rodovirio de cargas com empresa transportadora estabelecida no
Estado; e
2. servio de comissria de despacho aduaneiro estabelecido no
Estado.
Ocorrendo o desembarao aduaneiro em outra Unidade da
Federao, o estabelecimento importador fica dispensado do
compromisso de contratar servio de comissria de despacho
aduaneiro estabelecido no Estado de SC, sempre que o atendimento
ao referido compromisso for operacionalmente invivel.

3.5.6

Da Revogao do TTD

Ser revogado o presente tratamento tributrio diferenciado, caso


o estabelecimento importador (Item 8.13 da Minuta):
no realize desembarao de mercadoria nos 6 (seis) meses
subsequentes sua concesso; ou
proceda a alterao de seu quadro societrio antes de decorridos
12 (doze) meses de sua concesso, exceto se apresentadas as
devidas justificativas para a alterao, as quais sero analisadas
pela Secretaria de Estado da Fazenda, e se, da referida anlise,
ficar evidenciado que a alterao no implica efeitos negativos
para a economia catarinense ou para a arrecadao estadual.

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Este tratamento tributrio diferenciado (Item 9.4 da Minuta):


constitui ato unilateral e discricionrio do Estado, podendo,
observada a legislao aplicvel, ser revisado ou cancelado a
qualquer tempo, sem prejuzo de aplicao do tratamento
concedido s operaes realizadas, at a data de sua reviso ou
cancelamento, com observncia das condies e exigncias nele
previstas

3.6 Da Vigncia
Os TTDs 409 e 410 entram em vigor na data indicada no
Despacho Concessrio, produzindo efeitos at 31/12/2016. (Item 4.1
da Minuta)
J o TTD 411, por sua vez, entra em vigor na data indicada no
Despacho Concessrio, produzindo efeitos at a data de trmino nele
estabelecida. (Item 4.1 da Minuta)

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