Apostila - MÉTODOS ESPECTROANALÍTICOS PDF
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DEPARTAMENTO DE QUMICA - DQ
MTODOS
ESPECTROANALTICOS
Mtodos Quantitativos
Mtodos Espectroanalticos
Eletroanalticos
Radioanalticos
Termoanalticos
Cromatogrficos
de Massa
de Raio X
Mtodos Espectroanalticos
So aqueles baseados em medidas da absoro e da emisso da
radiao UV-Visvel por espcies qumicas atmicas ou moleculares.
Espectrometria de Absoro Molecular
e Emisso Atmica
Mtodos Eletroanalticos
So aqueles baseados em medidas de propriedades eltricas (corrente,
tenso e resistncia) das espcies qumicas.
Potenciometria
Coulometria
Voltametria
Condutometria
Eletrogravimetria
Mtodos Radioanalticos
So os que se baseiam em medidas das radioatividades emitidas por
espcies qumicas.
Anlise por Ativao Neutrnica
Anlise por Diluio Isotpica
Mtodos Termoanalticos
Baseiam-se em medidas de calor emitido ou absorvido por espcies
qumicas.
Termogravimetria
Calorimetria Diferencial Exploratria
Mtodos Cromatogrficos
Terminologias:
ANLISE QUMICA - consiste na aplicao de um processo ou de uma srie de
processos para identificar (anlise qualitativa) ou quantificar
(determinar a quantidade, a concentrao, o teor, etc) de
uma espcie qumica (analito) presente em uma amostra.
AMOSTRA ANALTICA pequena poro do material objeto da anlise qumica
que representa a composio mdia qualitativa e
quantitativa da populao.
AMOSTRAGEM conjunto de operaes que nos permite obter, partindo de uma
grande quantidade de material, uma pequena poro
(amostra)
realmente representativa da composio mdia do todo.
OBS.: Posteriormente ser feita uma descrio quantitativa (matemtica) do significado dos
termos sensibilidade, limites de deteco e quantificao, bem como de outros termos cujo
significado ser introduzido oportunamente
ETAPAS DE UMA ANLISE QUANTITATIVA TPICA
(1) Amostragem (homognea ou heterognea);
(2) Escolha do mtodo analtico (instrumental ou clssico);
(3) Preparao da amostra (triturao, dissoluo, etc);
(4) Medida da propriedade do analito (ptica, eltrica, massa, etc);
(5) Tratamento de dados (calibrao por curva analtica, clculos, estatstico, etc);
(6) Resultados (interpretao e apresentao)
SELEO DE UM MTODO ANALTICO
A escolha de um mtodo apropriado para a abordagem do problema
analtico requer respostas para as questes:
Que exatido e preciso so necessrias? Qual a quantidade de amostra
disponvel? Qual o intervalo de concentrao do analito? Que componentes
da amostra podero causar interferncia? Quais as propriedades fsicas e
qumicas da matriz?
Anlise Qumica
Mtodo Qualitativo
Identifica
Atmicas
espcies
Moleculares
Anlise
Elementar
Identificao
de compostos
Mtodo Quantitativo
Atmica
Moleculares
Determinao
de elementos
Determinao
de compostos
Elucidao
Estrutural
Mtodos Analticos
Mtodos Clssicos
Gravimtricos
Titulomtricos
Mtodos Instrumentais
Veja a seguir!
( y i b0 b1 x i )2
DOMNIO DE DADOS
Um conceito relevante no contexto dos mtodos instrumentais o de
domnio de dados. De fato, para entender como os instrumentos analticos
operam, fundamental compreender como a informao codificada. Nesse
sentido, pode-se definir domnio de dados como sendo as vrias maneiras de
SINAL E RUDO
Sabe-se que toda medida analtica constituda de dois componentes: o
sinal e o rudo. O primeiro contm informao sobre o analito e o rudo a parte
indesejada, pois constituda de informao espria. Esta pode degradar a
exatido e a preciso de um mtodo, bem como prejudicar o limite inferior da
quantidade do analito que pode ser detectada (o limite de deteco).
Na figura a seguir (parte a), mostra-se o efeito do rudo sobre um sinal de
uma corrente contnua pequena de aproximadamente 10-15 A. Na parte b, mostrase um grfico terico da mesma corrente na ausncia de rudo.
Note que a diferena entre os dois grficos corresponde ao rudo, cuja
presena parece ser inevitvel nas medidas experimentais. De fato, dados livres
de rudos nunca podem obtidos experimentalmente, pois alguns tipos de rudos se
originam de efeitos qunticos e termodinmicos cuja manifestao impossvel de
ser evitada.
Via de regra, a intensidade mdia do rudo, N, constante e no depende
da magnitude do sinal analtico, S. Conseqentemente, o efeito do rudo sobre o
erro relativo de uma medida diminui com o aumento da magnitude da quantidade
medida. Por isso, a relao sinal-rudo, S/N (do ingls: Signal-to-Noise Ratio),
um parmetro mais til que o rudo sozinho para descrever qualidade de um
mtodo analtico ou a performance de um instrumento.
Descrio quantitativa de S/N
A intensidade do rudo apropriadamente descrita pelo desvio-padro s
de vrias medidas do sinal analtico S, cuja magnitude determinada pela mdia
x das medidas. Assim, a relao sinal-rudo S/N dada por
S
mdia
x
=
= .
N desvio padro s
Note que S/N corresponde ao inverso do desvio-padro relativo, RSD (do
ingls, Relative Standard Desviation). Ento,
S
1
=
N RSD
Para o sinal ruidoso apresentado na figura anterior, o desvio padro pode
ser estimado (com o nvel de 99 % de confiana) pela expresso:
sin almx sin almn
s=
5
Ao adotar o valor 5 estamos assumindo que as flutuaes em torno da
mdia so aleatrias e que seguem uma distribuio normal. A curva normal
mostra que 99 % dos dados se encontram entre 2,5 (desvio-padro
populacional) de sorte que podemos admitir que a diferena entre o valor mximo
e o mnimo, com 99 % de certeza, de 5 . Logo, o valor de s dado pela
expresso anterior uma estimativa razovel para o desvio-pado.
importante salientar que, em regra, impossvel detectar um sinal quando
S/N menor que cerca de 2 ou 3. Para ilustrar esse fato, apresentamos, na figura
mostrada a seguir, o espectro de RMN para a progesterona com S/N de cerca de
4,3 (grfico A) e 43 (grfico B).
Nota-se facilmente nos grficos A e B que quanto menor a relao sinalrudo, menor o nmero de picos que podem ser reconhecidos com certeza nos
espectros do progesterona.
Em concluso, podemos considerar que a relao sinal-rudo a matriaprima fundamental dos mtodos instrumentais. Se essa matria-prima tiver boa
qualidade, o mtodo analtico
10
Fontes de Rudos
Os rudos que afetam uma anlise qumica podem se enquadrar em duas
classes:
Rudo Qumico
Rudo Instrumental
Critrio
Figura de Mrito
1. Preciso
2. Tendncia
3. Sensibilidade
4. Limite de
deteco
11
Coeficiente de seletividade
SENSIBILIDADE
Segundo a IUPAC a sensibilidade de calibrao dada pela inclinao
(b1) da curva analtica (y = b0 + b1 x), mas essa definio falha por no considerar
a preciso das medidas individuais.
Para resolver esse problema, Mandel e Stiehler propuseram a
sensibilidade analtica , g, definida por
= b1 / sonde s o desvio-padro da medida e b1 representa a inclinao da
curva analtica.
Sensibilidade Analtica x Sensibilidade de Calibrao Como vantagens da
sensibilidade analtica destacam-se:
menor susceptibilidade aos fatores de amplificao do sinal
seu valor independe das unidades de medida de s.
12
Limite de Quantificao
O limite de quantificao, em termos de concentrao, pode ser determinado
por uma expresso anloga do limite de deteco, ou seja,
CQ = = 10 sbr / b1
A figura mostrada a seguir ilustra graficamente a faixa dinmica, bem como
os limites de deteco, quantificao e de linearidade.
de modo que
MTODOS ESPECTROMTRICOS
- Introduo
QualitativaInformao
LUZ
Quantitativa
qumica
13
14
onde:
c a velocidade de propagao da REM no vcuo;
o comprimento de onda (1 nm = 10-9 m = 103 pm)
15
O ESPECTRO ELETROMAGNTICO
O que o espectro eletromagntico? o arranjo ordenado das REM em
relao a seus comprimentos de onda ou suas freqncias.
A tabela abaixo apresenta as faixas para cada regio com algumas
subdivises,bem como as transies atmicas ou moleculares estudadas.
FAIXAS
TRANSIES
RADIAO
Unidade
Metro
Hertz
Usual
- eltrons de
-2
2 o
-12
-8
20
16
Raio-X
10 - 10 A
10 - 10
10 - 10
orbitais internos
(1s, 2s, etc.)
- eltrons das
-8
-7
16
15
10
U. V.
2x10
10
10
camadas
10 - 200 m
Afastado
intermedirias
- eltrons de
-7
-7
15
valncia
U. V. prximo 200 - 400 m 2x10 - 4x10
10 7,5x1014
- eltrons de
-7
14
7,5x10 valncia
Visvel
4x10 400 - 750 m
-7
14
7,5x10
4x10
16
I.V. Prximo
I.V.Intermedi
rio
0,75 - 2,5 m
2,5 - 50 m
-7
- vibraes
moleculares
14
4x10 1,2x1014
7,5x10 2,5x10-6
-6
- vibraes
moleculares
14
2,5x10 5x10-5
1,2x10 6x1012
- rotaes
I.V. Afastado 50 - 1000 m 5x10 - 1x10
6x10 - 10
moleculares e
vibraes
fracas
- rotaes
-3
11
8
Microondas 0,1 - 100 cm
1x10 - 1
10 - 10
moleculares
OUTROS CONCEITOS ASSOCIADOS RADIAO ELETROMAGNTICA
i) Radiao monocromtica - aquela que contm um nico .
-5
-3
12
11
17
400 - 465
465 - 482
482 - 487
487 - 493
493 - 498
498 - 530
530 - 559
violeta
azul
azul-esverdeado
turquesa
verde-azulado
verde
verde-amarelado
verde-amarelo
amarelo
alaranjado
vermelho-alaranjado
vermelho
vermelho-prpura
prpuraavermelhado
prpura
violeta
azul
azul
azul-esverdeado
turquesa
turquesa
559 - 571
amarelo-verde
571 - 576
amarelo-esverdeado
576 - 580
amarelo
580 - 587
laranja-amarelado
587 - 597
alaranjado
597 - 617
laranja-avermelhado
617 780
Vermelho
Como surgem as cores complementares?
Surgem devido ao fato de que quando um feixe de luz branca (radiaes
com todos os ) incide sobre uma superfcie contendo uma substncia
absorvente, a radiao emergente ser um complemento da radiao
branca menos a radiao absorvida pela substncia.
Assim, a cor de uma soluo colorida que nossos olhos percebem uma
cor complementar da radiao absorvida.
Por exemplo, a cor vermelho-prpura das solues de KMnO4 encontra-se
relacionada a uma absoro mais intensa desta substncia na regio verde
( = 525 nm).
A cor azul-turquesa das solues de CuSO45H2O (AZUL PISCINA) est
relacionada a uma absoro mais intensa desta substncia na regio
vermelha.
20
21
22
Spin Eletrnico
Segundo Pauli, no mais que 2 eltrons podem ocupar o mesmo orbital, os quais
devem ter, ainda, spins opostos (emparelhados). Logo, a configurao eletrnica do Mg
(Z=12) no estado fundamental : [Ne] 3s2.
Estados de Spin Eletrnico
Estado singlete aquele em que todos os spins encontram-se emparelhados.
Estado multiplete ocorre quando existe(m) spin(s) desemparelhados (dupleto: 1
spin; triplete: 2 spins; quadrupletes: 3 spins; e assim por diante.
Orientaes e estados de spin dos eltrons de valncia do tomo de Mg:
O estado tripleto tem menor energia devido a correlao de spins, segundo a qual
os eltrons com spins paralelos (ou desemparelhados) se comportam como se
tendessem a permanecer o mais afastado possvel um do outro, reduzindo a repulso
coulmbica.
OB
OBS: Para detalhes, consultar: Atikns, Fsico-Qumica, vol. 2.
Termos Espectroscpicos
O conceito de termo espectroscpico muito til para a descrio das
trans ies que originam os espectros atmicos. O smbolo de um termo
espectroscpic o oferece trs informaes:
23
24
S = s1 + s2, s1 + s2 - 1, . . . , | s1 s2|
Exemplo:
Na (Z=11): [Ne] 3s1 (estado fundamental)
Como s = S = M = 2 (dupleto)
Na (Z=11): [Ne] 3p 1 (estado excitado)
Como s = S = M = 2 (dupleto)
Onde M a multiplicidade do termo: M = 2 S + 1
Nmero qu ntico do momento angular total (J)
O valor de J (um nmero inteiro no-negativo ou semi-inteiro no-negativo)
tambm dado pela srie de Clebsch-Gordan:
J = L + S, L + S - 1, . . . , | L S|
Exemplo:
Na (Z=11): [Ne] 3s 1 (estado fundamental)
Como L = 0 e S = s = 1/2 J = (no h acoplamento spin-rbita)
Na (Z=11): [Ne] 3p 1 (estado excitado)
Como L = l = 1 e S = s = 1/2 J = L + S = 3/2 e J = L S = 1/2 (neste caso,
h acopla mento spin-rbita)
Regras de seleo e smbolos dos termos
possvel a ocorr ncia de transies S P, P D e D F mas, em
condies normais, no ocorrem as tran sies S D, S F ou P F. As regras
de seleo da mecnica quntica so:
S = 0, L = 0, 1 (l = 1) e J = 0, 1
OBS: As regras de seleo acima so vlidas apenas para tomos leves (onde o
acoplamento spin-rbita fraco).
25
26
27
A razo para a formao das raias D do sdio ser explicada mais adiante
por ocasio da discusso sobre o acoplamento spin-rbita.
RAIA DE RESSONNCIA
A raia de ressonncia corresponde raia de absoro ou de emisso mais
intensa associada transio de um eltron de valncia para a um nvel
energtico imediatamente superior que apresente uma maior probabilidade de
transio.
28
OBS.:
29
(i)
30
ou em termos de ,
N = (2/2c) (1/i + 1/j)
onde, i e j so os tempos de vida mdio dos estados i e j envolvidos na transio.
As raias mais estreitas so as raias de ressonncia. Por exemplo, o N
para a raia de ressonncia do mercrio (253,7 nm) de 0,00003 nm.
Alargamento Devido ao Efeito Doppler
A freqncia da radiao absorvida ou emitida por um tomo que se move
rapidamente aumenta se o tomo se aproxima do fototransdutor (detector) e
diminui quando ele se afasta do fototransdutor. Esse fenmeno conhecido como
efeito ou deslocamento Doppler. So tpicos alargamentos Doppler na faixa: 0,001
a 0,005 m.
Alargamento Devido ao Efeito de Presso
Ocorre devido s pequenas variaes de energia decorrentes de colises
entre tomos absorvedores ou emissores de radiao e outros tomos, radicais,
ons, etc, presentes no meio aquecido.Para concentraes baixas, a meia-largura
de uma raia est relacionada, principalmente, ao efeito Dopper. Entretanto, no
caso de altas concentraes prevalece o efeito de presso.
O efeito Doppler e de presso esto relacionado forma de uma raia no
ponto de emisso ou absoro. Contudo, a radiao emitida tem que atravessar a
regio de excitao at atingir o detector. Assim, a forma da raia pode sofrer
modificaes relacionadas com os problemas de auto-absoro e auto-reverso
discutidos mais adiante.
26
s
ESPECTROMETRIA DE EMISSO ATMICA
Fundamentos tericos
Este mtodo baseia-se na introduo de uma amostra em soluo em uma
chama ou plasma na forma de um aerossol.A chama ou plasma induz a amostra a
emitir radiao eletromagntica na regio UV-VIS; a intensidade da luz emitida
proporcional concentrao desta espcie qumica de interesse, ou seja:
I Ci
Na medida da intensidade de uma determinado analito tem-se os seguintes
processos representados diagramaticamente na figura abaixo:
N0 P0
kT
onde:
T a temperatura em Kelvin.
A tabela abaixo apresenta os valores da relao Ne / N0 para as raias de
ressonncia de alguns elementos a diferentes temperaturas.
Nj/No
Raia de Ressonncia
gj/g0
2000k
3000k
4000k
-4
-3
2
4,44.10
7,24.10
2,98.10-2
Cs 852,1 m
2
9,86.10-6
5,88.10-4
4,44.10-3
Na 589,0m
3
1,21.10-7
3,69.10-5
6,03.10-4
Ca 422,7m
3
7,20.10-15
5,58.10-10
1,48.10-7
Zn 213,9m
27
28
AR
1700-1900
2000-2100
2100-2400
-
OXIGNIO
2700-2800
2550-2700
3050-3150
4.550
XIDO NITROSO
2600-2800
-
29
P
LASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO OU PLASMA ICP
Chama-se plasma um gs em que uma frao significativa de seus tomos
ou molculas encontra-se ionizada. O plasma mais comumente utilizado na anlise
por de emisso atmica o plasma ICP (Inductively Coupled Plasma) de argnio.
O plasma ICP aquele produzido em uma corrente de argnio mediante
aquecimento por induo, em uma tocha de quartzo colocado dentro de uma
bobina ligada a um gerador de rdio-freqncia.
A figura mostrada a seguir ilustra uma configurao esquemtica de uma
tocha para a produo de um plasma indutivo de argnio. Inicialmente, o argnio
passa atravs do interior de um tubo de quartzo em cuja extremidade circundada
por uma bobina de induo por onde flui uma corrente alternada de 4-50mhz com
nveis de potncia de 2-5KW.
A iniciao do plasma produzida por uma centelha eltrica que produz
ctions e eltrons e estes so acelerados pelo campo magntico da bobina em um
fluxo circular e perpendicular direo do fluxo de argnio. Este fluxo circular
conhecido como corrente de remoinho. Esta corrente de remoinho colide com os
tomos do fluxo de argnio para produzir uma posterior ionizao, havendo
aquecimento por efeito Joule e a formao do plasma. As temperaturas no plasma
variam 6000 a 10000K.
30
31
NEBULIZADORES-COMBUSTORES-ATOMIZADORES
Na espectrofotometria de emisso atmica so conhecidos comumente dois
tipos de nebulizador-queimador-atomizador:
mistura prvia
consumo total.
Nebulizador-Queimador-Atomizador de Mistura Prvia
32
33
espectrais;
qumicas;
fsicas.
INTERFERNCIAS ESPECTRAIS
Essas interferncias encontram-se relacionadas com as radiaes de outros
componentes que se inserem na faixa de comprimentos de onda isolada pelo
instrumento para o elemento de interesse (analito).
Podem ocorrer principalmente os seguintes tipos de interferncia
espectral:
sobreposio espectral direta de raias ou bandas; sobreposio por
emisso de radiao contnua; espalhamento de luz; auto-absoro; emisso
de radiao de fundo (auto-emisso)
34
35
36
37
Uma vez que o mtodo por curva analtica j foi discutido anteriormente,
discutiremos aqui o mtodo do padro interno e o mtodo por adies de
padro.
Mtodo do padro interno
No mtodo do padro interno uma quantidade conhecida de uma espcie de
referncia (o padro interno) adicionada nas amostras, nas solues-padro e no
branco. A curva analtica construda lanando:
38
39
Curva de Adies-Padro
40
s
O Procedimento das Adies-Padro sem Partio da Amostra
Em que consiste este procedimento?
41
42
43
44
INSTRUMENTAO
Os componentes bsicos de um espectrofotmetro de absoro atmica
so:
um detector de radiao;
45
46
47
48
Hoje em dia, o carbono grafite vem sendo substitudo (ou revestido) pelo
carbono piroltico, que elimina a perda de amostra devido difuso atravs das
paredes porosas do carbono grafite e diminui a formao de carbetos. Outros
materiais de alto ponto de fuso, como W, Ta e Pt, tm sido tambm utilizados.
Programas de Temperatura dos Atomizadores Eletrotrmicos
O forno de grafite opera em trs programas de temperatura para trs
diferentes etapas de atomizao:
1o) - Etapa de secagem ou evaporao do solvente, na qual a corrente do forno
ajustada de modo a fornecer uma temperatura moderada para evaporar a
umidade ou o solvente (cerca de 110 oC para solues aquosas);
2o) - Etapa de incinerao, na qual a corrente do forno aumentada a fim de
fornecer uma temperatura mais elevada (350 1200 oC) para incinerar matria
orgnica e, quando necessrio, evaporar compostos inorgnicos volteis;
49
50
Uma outra reao pode ter lugar durante a formao do borohidreto dos
elementos:
BH 4 + 3H 2O + H + H3BO3 + 4H 2
51
MH x + xH. M + xH 2
52
53
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55
56
MTODOS DE AVALIAO
As anlises quantitativas por absoro atmica envolvem dois tipos de
mtodos de avaliao:
57
FONTES DE EXCITAO
Como a potncia de fluorescncia funo da intensidade da radiao
excitadora, desejvel que as fontes sejam de alta intensidade.
As lmpadas de ctodo oco comuns so de baixa intensidade, todavia as
que usam eletrodos auxiliares emitem uma radiao mais intensa, mas no so
comercialmente disponveis para muitos elementos.
As lmpadas de descarga sem eletrodos so mais usadas em virtude da alta
intensidade das raias emitidas, todavia as lmpadas de arco de xennio so fontes
intensas que oferecem a vantagem de operao com uma nica fonte.
CONSIDERAES ANALTICAS
Por ser a fluorescncia atmica uma funo da fonte de excitao, ela
capaz de uma maior sensibilidade do que a espectroscopia de absoro atmica.
58
59
* e
60
Fundamentos tericos
A energia associada s bandas normalmente observadas nos espectros UVVis de uma molcula poliatmica compreende:
61
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Cromforos
So grupos insaturados covalentes responsveis pela absoro eletrnica
(ex. C=C, C=O, NO2, etc)
Deslocamentos Batocrmico e Hipsocrmico
63
hipsocrmico
de
absoro
AUXOCRMICOS
Grupos saturados que, quando ligados a um cromforo, modificam o
comprimento e a intensidade da absoro. Ex.: OH, NH2, Cl, etc).
Este efeito pode ser verificado quando tais grupos substituem tomos de
hidrognio no anel benznico conforme mostra a tabela abaixo:
CROMFORO
Benzeno
Tolueno
Clorobenzeno
Fenol
Anilina
Tiofenol
GRUPO AUXOCROMO
-H
-CH3
-Cl
-OH
-NH2
-SH
SOLVENTE
Ciclohexano
Ciclohexano
Etanol
gua
gua
Hexano
mx. (m)
204
207
210
211
230
236
7900
7000
7600
6200
8600
103
64
[Fe(SCN)6]3-
[Fe(CN)6]3-
[Fe(fen)3]2+
65
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APROVEITAMENTO ANALTICO
Anlise Qualitativa
Baseia-se na inspeo e caracterizao dos detalhes do espectro de
absoro, envolvendo pontos de mximos, mnimos e inflexo. Todavia, essa
aplicao bastante limitada devido s bandas de absoro nessas regies
serem, geralmente, muito alargadas e carentes de detalhes.
Apresentao dos Espectros de Absoro
Espectro grfico de intensidades de absoro versus comprimentos de
onda (freqncias). Nos comprimentos de onda so lanados na abscissa e na
ordenada:
a transmitncia;
a absorbncia;
o logartmo da absorbncia;
o logartmo da absortividade.
Na anlise quantitativa, usa-se comumente o grfico das absorbncias
versus o comprimento de onda, conforme mostra a figura abaixo:
67
68
ESPECTROS DERIVATIVOS
Os espectros so obtidos por plotar a primeira (dA/d ) ou a segunda
derivada (d2A/d2 ) da absorbncia com relao os comprimentos de onda.
A figura abaixo mostra um espectro normal (A x ) e os espectros derivativos
(dA/d x e d2A/d2 x ) da albumina bovina na regio UV.
gua
Metanol
Etanol
i - Propanol
Butanol
Acetona
Clorofrmio
CCl4
CS2
Dioxano
DMF
SOLVENTE
Benzeno
Tolueno
Hexano
Ciclohexano
ClCH2CH2Cl
Diclorometano
Nitrometano
ter Etlico
Acetonitrila
Piridina
CH3COOH
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Anlise Quantitativa
A espectrofotometria de absoro UV-VIS uma ferramenta muito til para
anlise quantitativa. As aplicaes so numerosas e cobrem os mais variados
tipos de materiais. Estima-se, por exemplo, que 95% das anlises quantitativas no
campo da sade (3 milhes por dia) so realizadas usando essa tcnica
instrumental. Estima-se que quase todos os elementos da tabela peridica podem
ser determinados por essa tcnica usando uma metodologia adequada.
Muitas espcies orgnicas e inorgnicas so absorventes e, portanto,
susceptveis de determinao direta. As espcies que no so absorventes podem
ser quantificadas aps converso em espcies absorventes por reagentes
apropriados.
Para espcies inorgnicas so particularmente importantes os reagentes
quelantes que formam complexos corados, estveis com ctions metlicos.
Muitas espcies absorventes apresentam absortividades molares de 10.000
a 40.000 L.cm-1.mol-1, tornando comum a determinao de concentraes na faixa
de 10-4 a 10-5 mol L-1, podendo muitas vezes ser estendida, com tcnicas
apropriadas, at 10-6 ou mesmo 10-7 mol L-1.
Os mtodos espectrofotomtricos quantitativos esto sujeitos a erros
relativos de 1 a 3% e possuem seletividade desde moderada a elevada. Todavia,
esta seletividade est condicionada a vrios fatores experimentais tais como:
- escolha do instrumento adequado;
- especificidade dos reagentes;
- escolha adequada do comprimento de onda para a medida da absorbncia.
A LEI FUNDAMENTAL DA ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORO UV-Vis
Os mtodos espectrofotomtricos so baseados nas medidas da
transmitncia ou absorbncia de uma radiao monocromtica que atravessa
uma soluo contendo uma espcie absorvente e a relao entre estas medidas
e a concentrao da espcie absorvente.
A relao matemtica entre a transmitncia ou absorbncia e a
concentrao conhecida como Lei de Lambert - Beer ou simplesmente Lei de
Beer.
Transmitncia - T
Quando um feixe de radiao monocromtica atravessa uma soluo que
contm uma espcie absorvente, uma parte da energia radiante absorvida e a
outra transmitida.
A razo da potncia radiante do feixe transmitido, P, pela potncia radiante
do feixe incidente, Po, conhecida como transmitncia, T. Assim:
T = P/Po
70
Po
Absorbncia - A.
o logaritmo decimal do inverso da transmitncia.
A = log(1/T) = -log(T) = log(Po/P)
LEI DE BEER
A lei de Beer estabelece uma relao entre a absorbncia ou transmitncia
com a concentrao de uma espcie absorvente quando um feixe de radiao
monocromtica atravessa um recipiente (no absorvente) contendo a espcie
absorvente. A expresso matemtica :
A = log(1/T) = -log(T) = abC
onde a uma constante denominada de absortividade (quando a concentrao C
dada em gramas por litro) e b o comprimento do percurso tico da REM.
Quando a concentrao for expressa em mols por litro, a absortividade
denominada de absortividade molar .e a lei de Beer escrita como:
A=bC
A absortividade molar uma parmetro caracterstico de uma espcie
absorvente em um meio, a um determinado . expressa em L mol-1 cm-1.
A sensibilidade de um mtodo espectrofotomtrico (ou fotomtrico)
governada pela absortividade molar da espcie absorvente. Nos valores tabelados
especifica-se o e o meio onde se encontra a espcie absorvente.
Na realidade a absortividade molar, , depende do(a):
estrutura eletrnica da molcula absorvente, ou seja, dos tipos de
transies possveis ( *, *, etc) que ela pode sofrer.
probabilidade de transio;
comprimento de onda da radiao incidente ();
natureza solvente;
ndice de refrao do meio (ni).
Relao entre Transmitncia, Absorbncia e Concentrao.
A lei de Beer pode ser expressa simplesmente como:
A absorbncia de uma espcie absorvente, em um determinado meio,
com percurso tico e comprimento de onda fixos, varia linearmente com a
concentrao da espcie absorvente (A=bc), ou a transmitncia, nas mesmas
condies, varia exponencialmente com a concentrao da espcie
absorvente (T = 10-bc).
As figuras a seguir mostram os grficos destas relaes:
71
ESCALA DE ABSORBNCIA
Os instrumentos mais modernos so digitais com medidas diretas em
absorbncia.
DESVIOS DA LEI DE BEER
As medidas de absorbncia em sistemas qumicos reais no conduzem
a uma completa linearidade sobre todos as faixas de concentrao, pois podem
ocorrer desvios conforme mostra a figura a seguir:
72
,
= '
2 + 2 2
Desvios Instrumentais
So desvios que esto relacionados com os limites dos instrumentos usados
na medida da absorbncia. Dentre as principais limitaes temos:
73
max = 350m
max = 375m
Este equilbrio afetado pela concentrao de ons H+ (pH), com Cr2O7=
predominando em soluo cida e CrO4= em soluo bsica. Em solues
tamponadas, o equilbrio deslocado na direo de Cr2O7= em tampo cido ou na
direo de CrO4= em tampo bsico. Nestes casos, a relao de concentrao de
Cr(VI) como Cr2O7= ou como CrO4= no afetada por diluio. Em solues notamponadas a concentrao de H+ varia com a diluio, deslocando o equilbrio e
variando a relao de Cr(VI) como Cr2O7=ou CrO4=. Variaes da absorbncia com
as concentraes de Cr(VI) como Cr2O7= e como CrO4=, nos seus comprimentos
de onda de absoro, em solues tamponadas (linhas tracejadas) e notamponadas (linhas cheias) so mostradas nas figuras a seguir.
74
MEDIDAS DE ABSORBNCIAS
As medidas de absorbncia so realizadas em recipientes transparentes (de
vidro ou quartzo) denominados de cubetas. Algumas observaes devem ser
levadas em conta, pois a equao A = log(Po/P) = bC no diretamente
aplicvel, tendo em vista que as quantidades Po e P no podem ser facilmente
medidas por problemas conforme procura ilustrar a figura abaixo:
75
3)
potncia
radiante
76
77
78
Monocromador de Bunsen
79
Monocromador de Fastie-Ebert
As redes de difrao requerem aparelhos de alta preciso para a sua
manufatura e so, por isso, muito caras quando original. Presentemente, usam-se
rplicas mais baratas. A matriz de uma rede de transmisso usada como molde
para produzir rplicas com material plstico.
FENDAS
As fendas cumprem um papel importante na determinao da qualidade do
monocromador. Cada fenda consiste em duas peas de metal com extremidades
aguadas conforme mostra a figura abaixo:
80
81
TIPOS DE TRANSDUTORES
Os tipos de detectores de radiao para operar nas regies UV-VIS so:
82
TUBOS FOTOMULTIPLICADORES
So clulas fotoeltricas em mltiplos estgios. Eles combinam a emisso
fotocatdica com uma enorme amplificao interna da fotocorrente primria,
atravs de um processo multiplicativo de fluxo eletrnico em mltiplos estgios.
Conforme mostra a figura abaixo, o tubo consiste em um ctodo (0), uma
srie de, por exemplo, nove dinodos (1 a 9) e um nodo (10).
83
84
- os Tubos de NESSLER
- o Comparador de DUBOSCQ
- Os Papis Indicadores de pH, etc
Tubos de Nessler
So tubos cilndricos de vidro com uma marca gravada onde uma srie de
solues-padro colocada at a altura exata da marca. A amostra preparada nas
mesmas condies colocada em outro tubo e comparada com os padres
olhando-se atravs das solues na direo de uma fonte de luz difusa uniforme.
Comparador de Duboscq
O procedimento visual envolve uma variao da profundidade do lquido
atravs do qual a luz deve passar para alcanar o olho, de modo que a intensidade
da cor se igualar do padro.
Nesse instrumento, mostrado na figura abaixo, as solues da amostra e do
padro so colocadas em celas de fundo de vidro montadas em um suporte que
permite mov-los verticalmente por um dispositivo de coroa e pinho, munido de
uma escala milimtrica. Os Cilindros de vidro fixos com extremidades polidas
penetram nas celas por cima. A luz de baixo passa atravs do fundo das celas
atravessa os lquidos e os cilindros. A profundidade dos cilindros ajustada at
que as duas cores se igualem.
85
Comparador de Duboscq
A partir da posio das escalas de profundidade (igual aqui ao comprimento
do percurso tico) e da concentrao da soluo do padro, a concentrao da
amostra pode ser obtida, se a Lei de Beer obedecida, por:
AA = A P
AbAcA = BbBcB
como A = B
bAcA = bBcB
Deve-se destacar que a relao obedecida com mais exatido se o feixe
de luz monocromtica (obtida com um filtro de cor adequada) for usado, e no a
luz branca.
OS INSTRUMENTOS FOTOELTRICOS
Uma classificao dos instrumentos fotoeltricos considera o tipo de
dispositivo usado para selecionar a radiao eletromagntica para as medidas de
transmitncia ou absorbncia. Assim:
86
FOTMETRO OU FOTOCOLORMETRO
So instrumentos simples, baratos e de fcil manuteno. Eles so usados
convenientemente sempre que no se requeiram faixas espectrais muito estreitas.
No costumam operar fora da regio visvel e no alcanam o grau de preciso
dos espectrofotmetros. Os fotocolormetros so construdos segundo modelos de
feixe simples ou duplo.
FOTMETROS DE FEIXE SIMPLES
A figura abaixo representa um diagrama de um instrumento deste tipo:
87
88
89
90
91
Titulaes fotomtricas
A titulao fotomtrica consiste em se medir a variao da absorbncia do
titulante, do titulado ou do produto entre ambos, a cada incremento do titulante. No
caso em que nenhuma dessas espcies absorva, por exemplo, numa titulao
cido-base, um indicador adicionado e mede-se, a cada incremento do titulante,
a variao da absorbncia do produto entre o indicador e o titulante ou entre o
indicador e o titulado.
A figura abaixo mostra algumas das diferentes possveis curvas de titulao
fotomtrica.
92
V
onde, AM a absorbncia medida a cada volume vi da soluo titulante
adicionada e V o volume inicial do titulado.
A correo de volume pode ser ignorada quando se utiliza a concentrao
do titulante muito concentrada em comparao com a concentrao do titulado.
Por exemplo, no caso em que o volume do titulado V maior do que 10 ml, o
titulante adicionado usando volumes na faixa de microlitros.
ACORR = AM
93
94
CM =
95
Transmitncia
(T)
Absorbncia
(A)
1,00
0,95
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,05
0,01
0
0,022
0,046
0,097
0,155
0,222
0,301
0,399
0,523
0,699
1,000
1,301
2,000
(c / c).100 para
T = 0,01 (1,0%) T = 0,005 (0,5%)
20,5
10,6
5,60
4,00
3,26
2,88
2,72
2,77
3,11
4,34
6,70
21,7
10,2
5,30
2,80
2,00
1,63
1,44
1,36
1,38
1,55
2,17
3,35
10,8
96
95
Fluorescncia
A luminescncia instantnea (cerca de 1 ns) da matria aps excitao com
radiao UV ou visvel.
Fosforescncia
A luminescncia retardada da matria aps excitao com energia de uma
radiao UV ou visvel.
Quimiluminescncia
A luminescncia promovida por uma reao qumica.
Bioluminescncia
A luminescncia resultante da excitao com energia associada a uma
reao bioqumica. Ex.: luminescncia do vaga-lume.
Radioluminescncia
A luminescncia produzida pela irradiao do sistema com partculas gama.
Triboluminescncia
Luminescncia produzida excitando o sistema com energia mecnica.
Ocorre quando, por exemplo, um mineral esmagado, riscado ou esfregado.
A maioria dos minerais que tm esta propriedade do tipo no metlico,
anidro e com clivagens.
96
97
98
99
100
Excitao Molecular
Conforme o diagrama, excitao da molcula pode ser feita pela absoro
de radiao UV-Vis cujas bandas so centradas em:
1 promove a transio eletrnica: S0 S1
2 provoca a transio eletrnica: S0 S2
Contudo, a molcula pode ser levada para qualquer um dos estados
excitados vibracionais ilustrados na figura.
digno de nota salientar que a excitao da molcula para o estado triplete
no foi mostrada no diagrama, pois essa transio no ocorre de modo
significativo. De fato, esse processo envolve uma mudana de spin, cuja
probabilidade de ocorrer to baixa que a transio considerada proibida de
acordo com a Mecnica Quntica.
Velocidades de Absoro e Emisso
Absoro de ftons processo extremamente rpido (10-14 a 10-15 s)
Fluorescncia ocorre em 10-9 a 10-7 s (pico de absoro: 103 a 105)
ocorre em 10-6 a 10-5 s (pico de absoro < 103)
Fosforescncia requer tempos na faixa de: 10-4 a 10s ou mais
Processos de Desativao
A molcula pode voltar ao estado fundamental devolvendo a energia ganha
na absoro por meio de:
um processo radiativo: fotoluminescncia que compreende a
fluorescncia e a fosforescncia;
um processo no-radiativo:
- relaxao vibracional;
- converso interna;
- converso externa;
- cruzamento intersistema
OBS.: O mecanismo pelo qual a molcula libera a energia aquele que minimiza
tempo de vida do estado excitado. Assim, se a fluorescncia for mais rpida que
os processos no-radiativos ento ela ir ocorrer. Caso contrrio, a fluorescncia
no ocorre ou pouco intensa.
Relaxao Vibracional
significativa em soluo, pois essas condies favorecem maiores
interaes entre a molcula excitada e a do solvente.
Nesse caso, a energia vibracional em excesso perdida imediatamente
tendo em vista a alta eficincia desse processo. De fato, o tempo de vida mdio
estimado de uma molcula excitada vibracionalmente da ordem de 10-12 s.
101
102
103
* decorrente da absoro n
transio 10-7 a 10-5 s
* proveniente da absoro
kf
kf + ki + kce + kci + kd + k pd
104
105
106
Ex. 1:
CH2
Fluoreno: 1
Difenil: 0,2
Influncia do Solvente
Desativao no-radiativa
Menor Fotoluminescncia
Interaes spin-rbita
Cruzamento intersistemas
Desativao no-radiativa
107
Influncia do pH
notvel a influncia do pH na intensidade de fluorescncia de um
composto orgnico cuja estrutura contm grupos cidos ou bsicos. Com efeito,
tanto o como a intensidade de fluorescncia sero diferentes para as formas
protonada e desprotonada.
Composto
Frmula
Fenol
on fenolato
Anilina
on anilnio
C6H5OH
C6H5O C6H5NH2
C6H5NH3+
Comprimento de Onda
da Fluorescncia, nm
285 365
310 400
310 405
Intensidade Relativa
da Fluorescncia
18
10
20
0
Influncia da Temperatura
Maior temperatura
Converso externa
Diminuio da fotoluminescncia
Influncia do Oxignio Dissolvido
A propriedade paramagntica da molcula de oxignio propicia o
cruzamento intersistema, acarretando uma atenuao da fluorescncia.
Influncia da Concentrao do Fluorforo
A relao entre a potncia da emisso de Fluorescncia (F) e a
Concentrao (c) do fluorrofo pode ser escrita como:
108
F = k (P0 P ) = k P0 1 10 .b.c
P0
= 10 .b.c
P
onde:
- K depende do rendimento quntico da fluorescncia;
- P0 a potncia do feixe incidente (radiao excitadora);
- P a potncia aps atravessar uma distncia b do meio.
A expresso 1 10-bc pode ser expandida em uma srie de Maclaurin como:
2
2
(
2,303 .b.c ) (2,303 .b.c )
+
F = k P0 2,303 .b.c
2!
3!
F = 2,3k .bcP0
Se P0 for mantido constante
F = K c
onde K um coeficiente de proporcionalidade que depende:
- da absortividade () associada ao pico de absoro;
- do rendimento quntico () da fluorescncia;
- da potncia do feixe incidente (P0) da radiao excitadora;
- do percurso ptico (b).
Desvios da linearidade
medida que a concentrao do fluorforo aumenta, dois fatores podem
provocar um desvio da linearidade na relao entre F e c, a saber:
auto-supresso resulta da transferncia de energia no-radiativa entre
molculas excitadas decorrente de colises, cuja probabilidade tende a aumentar
com o aumento da concentrao do fluorforo;
auto-absoro esse tipo de interferncia ocorre quando h uma
superposio entre o da radiao emitida com o do pico de absoro. Neste
109
ii)
Anlise Quantitativa
Os mtodos fotoluminescentes quantitativos tm oferecido resultados
satisfatrios, sobretudo por apresentar sensibilidade e faixas dinmicas melhores
que os mtodos baseados em medidas de absoro UV-Vis.
As curvas analticas fluorimtricas so construdas com base na relao
F =Kc
e num planejamento experimental que minimize problemas de desvios da
linearidade decorrentes da auto-supresso e auto-absoro.
Para aumentar a sensibilidade das medidas fluorimtricas, basta aumentar a
potncia da radiao excitadora (P0). Contudo, o mesmo no se pode conseguir
para as medidas de absoro, pois um aumento de P0 implica tambm um
aumento de P. Assim, a medida da transmitncia (e portanto de absorbncia) no
afetada.
Instrumentao para Medidas de Fotoluminescncia
Os fluormetros so semelhantes ao fotmetros de absoro, tendo em vista
que usam filtros para selecionar tanto a radiao para excitao como a da
emisso fluorescente.
Por outro lado, os espectrofluormetros, embora similares aos
especrofotmetros, podem ser de dois tipos, a saber:
o primeiro utiliza um filtro para selecionar a radiao excitadora e um
monocromador para produzir os espectros de emisso de fluorescncia.
A figura da pgina seguinte ilustra um modelo desse tipo de instrumento.
110
111
Figura Esquema de um espectrofluormetro autntico.
Fosformetros
Os fosformetros so idnticos aos instrumentos utilizados para medidas de
fotoluminescncia, exceto pelo fato de usar dois componentes adicionais:
um dispositivo mecnico (ou eletrnico) usado para alternadamente
irradiar a amostra e medir a intensidade de fosforescncia aps um certo tempo. O
atraso necessrio para distinguir entre a emisso de fosforescncia e a de
fluorescncia que tem um tempo de vida curto.
um frasco de Dewer com janelas de quartzo usado com nitrognio lquido
para realizar medidas em baixas temperaturas a fim de reduzir a supresso de
fosforescncia por colises.
Quando na temperatura de N2 lquido, o analito um soluto em um vidro ou
solvente slido. Neste caso, usa se habitualmente a seguinte mistura de solventes:
ter etlico, pentano e etanol.
Ambos os componentes mencionados so ilustrados na figura mostrada a
seguir.
112
TURBIDIMETRIA E NEFELOMETRIA
FUNDAMENTOS TERICOS
Esses mtodos baseiam-se no fenmeno do espalhamento da REM por
partculas em suspenso com dimenses de 1 m a 1m.
Quando se faz passar um feixe de radiao atravs de uma suspenso
no-absorvente, uma parte deste feixe de radiao espalhada e isto faz com
que ocorrra uma atenuao na potncia do feixe incidente. Tanto a atenuao e a
potncia da radiao espalhada podem ser relacionadas concentrao das
partculas do precipitado (ou suspenso) envolvendo o analito.
De acordo com a Figura abaixo, a turbidimetria utiliza a medida da
atenuao na potncia do feixe incidente e a nefelometria utiliza a medida da
potncia da radiao espalhada (em um ngulo de 90, 75 ou 135 com feixe
incidente). Ambas as tcnicas, relacionam estas medidas com a concentrao da
espcie qumica em suspenso.
P0
= log
= kbC
P
onde, a turbidncia, P0 a potncia do feixe incidente e P a potncia do
feixe transmitido. C a concentrao de partculas em suspenso, b o caminho
113
114
ser
REAGENTE
Ag
As
Te
Se
Au
NaCl
NaH2PO2
NaH2PO2
SnCl2
SnCl2
Cl
K
Na
Ca
AgNO3
Na3Co(NO2)6
Zn(OAc)2 e
UO2(OAc)2
H 2C 2O 4
SO4 -2
BaCl2
SUSPENSO
MTODO
nefelometria
AgCl
turbidimetria
As
nefelometria
Te
turbidimetria
Se
nefelometria
Au
turbidimetria
nefelometria
AgCl
turbidimetria
K2NaCo(NO2)6
turbidimetria
nefelometria
NaZn(OAc2)3(OAc)9 turbidimetria
CaC2O4
turbidimetria
nefelometria
BaSO4
turbidimetria
115