Revista Brasileira de Sexualidade Humana 3 - 1
Revista Brasileira de Sexualidade Humana 3 - 1
Revista Brasileira de Sexualidade Humana 3 - 1
Brasileira
de
Sexualidade
Humana
Opinião
1. Da força e da Fragilidade dos Sexos ............................... 15
Nelson Vitiello
2. Os Profissionais da Saúde e a Educação Sexual ............. 23
Gerson Pereira Lopes; Leonardo G. do Nascimento;
Wanêssa C. de Rezende
3. Sexualidade e Enfermagem .............................................. 27
Cristina M. L. Miranda; Very Regina S. Sobral
4. Inadequação Sexual Feminina - Causas Psicossociais.... 35
Odete Fiorda
5. Farmacoterapia na Disfunção Erétil ................................... 39
Luiz Otávio Torres
6. Proposta de um Programa de Orientação Sexual para
Escolas Infantis e de 1 ° e 2° Graus ................................ 46
Maria Helena B. V. Gherpelli; Keiko Ogura Burali;
Cornélio Pedroso Rosenburg
7. Alguns Aspectos da História da Sexologia no Brasil...... 56
Ricardo C. Cavalcanti
Trabalhos de Pesquisa
1. Avaliação da Ejaculação Prematura.................................. 69
Oswaldo M. Rodrigues Júnior; Helena Peinado Freire;
Moacir Costa; Ângelo Almansa Monesi
2. Ejaculação Precoce: Análise dos Resultados de Trata-
mento ................................................................................. 83
Walkiria F. M. Silva
3. Autoconfiança Sexual em Estudantes Universitários: Um
Estudo Piloto Descritivo de Prevalência.......................... 92
Oswaldo M. Rodrigues Júnior; Maricy Zampieri de
Lima; Carla Vanecha Cecarello
4. Erotismo y Pornografia: ¿ Una Cueston Objetiva o Sub-
jetiva?.................................................................................. 100
Pérez-Conchillo, M.; Borrás-Valls, J. J. y Moro-Ipola, M.
5. Inibição do Desejo Sexual: Estudo Descritivo da
Ocorrência e Implicação na Disfunção Erétil ................. 109
Oswaldo M. Rodrigues Júnior; Teresa C. M. Amaral;
Moacir Costa
Resumos Comentados
1. Individuals Presenting without Partners at a Sexual
Dysfunction Clinic: Psychological and Physical Morbi-
dity and Treatment Offered.............................................. 123
Catalan, J.; Hawton, K. e Day, A., resumo e comen-
tários de Oswaldo Martins Rodrigues Júnior
2. Relação entre o Modo de Masturbação da Mulher e a
Atividade do Coito por um Orgasmo................................ 126
Leff, J. J. e Israel, M., resumo e comentários de Gerson
Pereira Lopes
3. Gender-Role Orientation and Preference for an Intimate
Partner ............................................................................... 128
D’Agostinho, J. V. e Day, S. K., resumo e comentários
de Oswaldo Martins Rodrigues Júnior
4. Ajustamento do Casal, Ciclo Menstrual e Conduta
Sexual Feminina................................................................ 130
Edmon, A. e Vitaro, F., resumo e comentários de Ger-
son Pereira Lopes
Editorial
A CRISE NOSSA DE CADA DIA E OUTROS TEMAS
Nelson Vitiello
Editor .
Opinião
Da Força e da Fragilidade dos Sexos
1
Nelson Vitiello1
ser liberal nas palavras, nas opiniões e até mesmo quando a pessoa
sobre quem estamos tratando não é “nossa” filha, ou “nossa” mulher.
Está mesmo na moda, é “moderninho”, exibir de público um discur-
so liberado e liberalizante, discorrendo sobre a “fragilidade” do
homem. Quando porém estamos lidando com situações que nos
atingem diretamente é muito difícil para todos nós, homens e mu-
lheres, manter esses conceitos.
O racional nos diz que a tão propalada superioridade mas-
culina é um mito; o nosso emocional, no entanto, tem ainda muita
dificuldade em se adaptar a essas novas situações. Não nos
esqueçamos que somos todos frutos do meio, e que muitas das
maiores “machistas”... são as próprias mães, que ensinam a seus
rebentos masculinos que “homem não chora” e que juram que meni-
nos preferem brincadeiras mais ativas e mesmo violentas por instin-
to, porque “homem é assim mesmo”. Aliás, num parêntese, é uma
experiência comum a nós ginecologistas do sexo masculino ouvirmos
de nossas pacientes que elas nos procuraram por sermos homens, já
que não confiam em médicas mulheres !
No tocante às atividades profissionais essa divergência entre
discurso e ação é muito visível. Na maioria das empresas, por exem-
plo, existe um patamar máximo de carreira ao qual mulheres podem
aspirar; acima desse nível, quaisquer que sejam suas capacidades
ou méritos, nunca serão promovidas, por serem... “simples mu-
lheres”.
O simples fato de mulheres progredirem em suas carreiras pro-
fissionais, galgando postos um pouco mais elevados ou sendo con-
vidadas a exercer cargos de maior responsabilidade é suficiente para
que sejam alvo de suspeição. Amigos e colegas logo começam a
lançar dúvidas sobre os reais motivos dessa promoção e, pasmos, já
ouvimos de outra mulher comentários do tipo “certamente dormiu
com o chefe”, referindo-se a uma colega recém-convidada a chefiar
um departamento.
Até o relacionacento profissional fica muito difícil quando “o
chefe” é uma mulher e o subordinado um homem. Mesmo dentro de
um núcleo familiar, se a esposa ocupa um cargo melhor ou se ganha
mais do que o marido, o casamento periclita!
Em termos de desempenho sexual, a maior liberdade que (teo-
ricamente) vem sendo concedida às mulheres tem desencadeado
uma verdadeira onda de pânico nas hostes machistas. Antes de mais
nada existe uma total impossibilidade em aceitar que a mulher possa
ter o mesmo “direito” de ser infiel; embora em situação de conflito e
de culpa, a imensa maioria dos homens, bem lá no fundo de sua
consciência, arroga apenas para si essa prerrogativa. A própria atitude
R.B.S.H. III(1):1992 21
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
2 - METODOLOGIA
seu leito. Ele estendeu a mão para mim. Peguei na sua mão e ele
apertou a minha. Perguntei como ele estava se sentindo. Ele conti-
nuou me olhando e depois de alguns segundos disse: É, tá bom. Sorriu
e soltou a minha mão. Eu sorri também. Uma aluna se aproximou,
olhou para mim e sorriu também.”
“quando estão dando banho no leito a maioria (das alunas) fala que
...’a senhora ou o senhor vai ficar mais fresquinho, limpinho,
cheiroso’ - mas não tem sabonete e nenhum perfume. O paciente se
remexe, faz caretas, já se passaram vinte minutos e a aluna justifica:
‘está quase acabando’ - mas ainda falta a metade...”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. GERMANO, R. M. Educação a Ideologia de Enfermagem no Brasil. 2ª ed.
São Paulo, Cortez, 1985.
2. SILVA, G. B. Enfermagem Profissional, Análise Crítica. São Paulo, Cortez,
1986.
3. ALMEIDA, M. C. P. & ROCHA, J. C. O Saber da Enfermagem a sua
Dimensão Prática. São Paulo, Cortez, 1986.
4. REZENDE, A. L. M., Saúde, Dialética do Pensar e do Fazer. São Paulo,
Cortez, 1986.
5. LOYOLA, C. M., Os Do(ce)is Corpos do Hospital. Rio de Janeiro, U.F.R.J.,
1988.
6. PIRES, D. Hegemonia Médica na Saúde e na Enfermagem. São Paulo,
Cortez, 1986.
7. FOUCAULT, M. História da Sexualidade I - A Vontade do Saber. Rio de
Janeiro, Graal,1979.
8. __________. Microfsica do Poder. Rio de Janeiro, Graal, 1980.
9. KRIZINOFSKI, M. T., Sexualidade Humana y Practica de la Enfermeria In:
Clinical de Enfermeria de Norte America. Interamericana, México.
34 R.B.S.H. III(1):1992
Disfunções do orgasmo
São, na maioria das vezes (90%), originadas por causas psicos-
sociais, podendo classificar-se em:
Anorgasmia primária: freqüentemente ocasionada por re-
pressão (paterna ou sociocultural), desconhecimento da anatomofi-
siologia sexual e pela busca compulsiva do orgasmo, muito ligada a
mitos. O mito do orgasmo é freqüentemente alvo das mais delirantes
fantasias, sendo comum a expectativa de orgasmos múltiplos, de sen-
sações como “subir pelas paredes”, orgasmos que duram horas, etc.
Na verdade, a sensação orgásmica é absolutamente pessoal; essa
busca compulsiva, entretanto, provoca o desvio da atenção, deixan-
do a mulher de concentrar-se nas próprias sensações, no jogo amo-
roso, nas carícias a na troca de emoções.
Anorgasmia secundária: a causa mais comum desta dis-
função é a relacional, conseqüente a uma relação inadequada e a
falta de comunicação entre os parceiros.
Farmacoterapia na Disfunção Erétil
5
Luiz Otávio Torres1
1- Hormónios(3)
2 - Cloridrato de Yobimbina(4)
3 - Prasozin + Yobimbina(4)
4 - Miscelânia
- Prostaglandina E 1;
- Peptídeo Vasointestinal Ativo (VIP);
- Fenoxibenzamina;
- Histamina, etc.
Dessas, sem dúvida alguma, as mais utilizadas, isoladas ou em
associação são as três primeiras, que discutiremos com mais detalh-
es.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ABOSEIF, S. R.; BREZA, J.; RUUD, J. L., et alli., Local and Systemic Effects
of Chronic Intracavernous Injection of Papaverine, Prostaglandin E 1, and
Saline in Primates. J. Urol. 142:403-408, 1989.
2. MONTAGUE et allí, Drug Therapy for Erectile Disfunction. AUA Post-
graduate Course on Impotence, 1990.
3. MORALES A.; CONDRA, M.; FENEMORE J.; SURRIDGE, D. H. Oral and
Transcutaneous Pharmacologic Agents for the Treatment of Impotence.
In: Tanagho E. A.: Contemporary Management of Impotence and
Infertility, p. 178.
4. REINATO, J. A. S. “Tratamento Farmacológico da Impotência: Seleção dos
Pacientes, Resultados, Contra-indicações”. Curso de Pós-Graduação em
Impotência. XII Congresso Brasileiro de Urologia, 1989.
5. SERAPHIN, L. A.; SAFATLE, A. M. F.; MANSUR, A. P.; SAFATLE, N.
Septicemia após Injeção Intracavernosa e Papaverina. J. Bras. 16:266,
1990.
Proposta de um Programa
de Orientação Sexual para Escolas
Infantis e de 1° e 2° Graus
6
Maria Helena Brandão Vilela Gherpelli1
Keiko Ogura Buralli2
Cornélio Pedroso Rosenburg3
RESUMO
METODOLOGIA DO PROGRAMA
ORIENTAÇÃO OCASIONAL
ORIENTAÇÃO INTERATIVA
ACONSELHAMENTO INDIVIDUAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Crescimento Auto-Imagem
Delineamento A importância da performance
Desenv. dos seios Interesse p/mesmo sexo
Desenv. dos órgãos genitais Interesse p/sexo oposto
Espermatogênese Relacionamento com os amigos
Ovulação Convívio em grupos
Menstruação A conquista
Polução noturna Paixão
Pêlos pubianos
Transpiração
Acne
Masturbação
Relacionamento Sexual
Reprodução Humana
Fecundação Casamento
Fertilização Família
Gravidez Significado de um filho
Parto Expectativas sociais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃ0
METODOLOGIA
CONCLUSÕES
ANEXO I
INSTTTUTO H. ELLIS
Centro Multidisciplinar para o Diagnóstico e Tratamento em
Sexualidade-SP
Avaliação Psicológica
Inventário I.H.E. de Sexualidade Masculina- Forma E.P. I
c) grande demais;
d) bonito;
e) faz-me sentir homem;
f) fico com vergonha dele;
g) procuro não pensar sobre ele.
15 - Em relação a namoradas:
a) nunca tive namoradas;
b) casei-me com a minha primeira e única namorada;
c) sempre foi muito difícil arranjar namoradas;
d) eu tinha dificuldade em arrumar namoradas;
e) sempre foi fácil arrumar namoradas.
16 - Quantos anos você tinha quando da sua primeira relação sexual? (res-
ponda na folha de respostas).
24 - Sobre homossexuais:
a) tenho curiosidade a respeito de homossexuais;
b) tenho fantasias sexuais com homens;
c) tenho fantasias a respeito de homossexuais femininos (lésbicas);
R.B.S.H. III(1):1992 79
f) a vagina dela fica fechada toda vez que tento penetrar, e não pode-
mos ter relação, se tento ela sente muita dor,
g) ela sente dores com o ato sexual;
h) acho que ela tem algum problema, mas não consigo explicar o que é;
i) não sei se ela tem algum problema sexual;
j) minha parceira não tem problemas sexuais;
k) eu não tenho parceira fixa.
30- Você acha que sua parceira (esposa, noiva, namorada, ou se você não
tem parceira fixa, as outras mulheres) tem alguma responsabilidade no
seu problema?
a) acho que ela é responsável (escreva como é isso);
b) talvez ela tenha alguma responsabilidade mas eu não sei dizer;
c) ainda não tive nenhuma relação sexual, então não sei dizer;
d) minha parceira (ou as mulheres) não é responsável pelo meu pro-
blema.
32 - Quando você está tendo, ou vai ter uma relação sexual, você fica ner-
voso, ansioso ou preocupado?
a) fico nervoso sempre;
b) fico nervoso, depende da parceira (escreva qual parceira na sua
folha de respostas);
R.B.S.H. III(1):1992 81
34 - Como você se sente se sua parceira estimula seu pênis com a mão ou
boca?
a) eu gosto;
b) não gosto;
c) nunca aconteceu, mas não gostaria que acontecesse;
d) nunca aconteceu, mas eu gostaria que acontecesse;
e) não é próprio que seja assim;
f) gozo mais rápido sob sexo oral.
35 - Na relação sexual, você acha que vocês têm tantas preliminares quanto
gostaria?
a) sim, acho o suficiente;
b) não, gostaria que tivéssemos mais carícias, é muito pouco e rápido;
c) minha parceira não permite que tenhamos mais carícias;
d) acho que não é necessário, gosto de ir direto ao assunto.
37 - O que vocé acha que tem interferido na sua vida sexual, impedindo-a
de ser satisfatória?
a) o trabalho, tenho trabalhado demais;
b) o cansaço, tenho me sentido muito cansado ultimamente;
c) doença (escreva na sua folha de respostas qual doença, explicando
porque acha isso);
82 R.B.S.H. III(1):1992
d) a preocupação com o ato sexual, às vezes acho que não vou conse-
guir;
e) o desinteresse pela minha parceira (ou pelas mulheres), não tenho
vontade de ter sexo;
f) a minha parceira, não nos entendemos mais;
g) o problema de minha parceira (explique qual é este problema);
h) acho que deve haver algum fator, mas não sei dizer;
i) não creio que haja alguma coisa que esteja interferindo no meu rela-
cionamento sexual;
j) algum problema psicológico (emocional).
43 - Escreva como você gostaria que fosse sua vida sexual (sobre o seu dese-
jo sexual, o seu desempenho durante a atividade sexual, com que pes-
soas, com que freqüência e que tipos de atividades sexuais você dese-
ja ter). Seja bastante específico e direto, escreva sobre cada um dos pon-
tos acima. Obrigado.
84 R.B.S.H. III(1):1992
INSTITUTO H. ELLIS
Centro Multidisciplinar para o Diagnóstico e de Tratamento em Sexualidade
Avaliação Psicológica
Inventário I.H.E. de Sexualidade Masculina- Forma E.P. I
Folha de Respostas
Nome:....................................Idade:..........Nasc.:......./......./.......Local:................
Escolaridade:.........................Profissão:................................................................
Religião:.................pratica? sim ( ) não ( )
Estado civil:...................Nome do cônjuge (noiva, namorada):........Idade:.......
Filhos:..............Quantos?..............Idades e sexos:................................................
Escreva nests folha as suas respostas ao questionário que the foi entregue;
sinta-se à vontade para escrever outras coisas que também achar conve-
niente; utilize-se do verso desta folha para fazer suas observações; uso ou-
tras folhas se necessário.
Primeiro: descreva com suss palavras o motivo que o trouxe a esta clínica,
cont como começou o problema, e diga qual é a causa que você acha que
resultou neste problema.
01 - 23 -
02 - 24 -
03 - 25 -
04 - 26 -
05 - 27 -
06 - 28 -
07 - 29 -
08 - 30 -
09 - 31 -
10 - 32 -
11 - 33 -
12 - 34 -
13 - 35 -
14 - 36 -
15 - 37 -
16 - 38 -
17 - 39 -
18 - 40 -
19 - 41 -
20 - 42 -
21 - 43 -
22 -
R.B.S.H. III(1):1992 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
RESUMO
SUMMARY
From 160 men with sexual complaints seen in office, after androlog-
ic evaluation, in 1990, 65 made a complaint of premature ejaculation, total-
ing 40,07%. From these patients, 70,76% presented primary premature ejacu-
lation and 58,46% presented it as their main complaint. Only 18,46% of
patients concluded the treatment of which 91,66% reached satisfatory results.
There was an evasion of 81,54% of patients.
INTRODUÇÃO
MÉTODO
RESULTADOS
ainda não chegaram a iniciar a terapia proposta, sendo que uma par-
te desses nem chegou a concluir a fase de avaliação.
Os critérios usados para indicação dos tipos de terapia foram
os seguintes:
Para a psicoterapia breve individual foram indicados aqueles
pacientes que apresentaram conflitos intrapsíquicos ligados à queixa
sexual, ou que não tinham uma parceira fixa, ou ainda para aqueles
que a parceira não apresentou disponibilidade para participar de
outro tipo de terapia com o paciente. Deve-se levar em conta a apti-
dão desses pacientes para a introspecção a conhecimento de sua vida
emocional.
92 R.B.S.H. III(1):1992
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
ABSTRACT
Self-efficacy is defined as the belief that one can master a certain task
or perform adequately in a given situation, where cognitions mediate beha-
vioral change.
In order to recognize sexual self-efficacy (SSE) in non sexually dys-
functioning men, 100 college male students with average age of 28 years,
through the Sexual Self-efficacy Scale, form E.
SSE was high for no sexual performance auxiety (78,9 and 79,6%) and
for sexual desire (84,7 and 85,9%). Penile erection had also high SSE, but for
capability for achieving second erection once first one were lost (65,8%).
Ejaculatory control had low SSE (48,2%) as also assertive behavior on sexu-
al situation (51,6 and 57,8%).
Lower self-confidence related to obtation of sexual pleasure without
penetration, when compared to confidence to obtain erection when the goal
is penetration, seems to be part of the western male.
Self-confidence on sexual behavior may have a serial of cognitions
socially implanted that will determine the male sexual behavior before any
sexual contact. This knowledge may be use full for the profissional that
intends to work with human sexuality.
R.B.S.H. III(1):1992 97
INTRODUÇAO
MATERIAL E MÉTODO
RESULTADOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUCCIÓN
METODOLOGIA
RESULTADOS Y DISCUSIÓN
1. Variables de personalidad
Figura 5 - Correlaciones entre Ias medidas en los factores del test de perso-
nalidad y Ias cali&caciones otorgadas a los textos.
2. Variables sociales
CONCLUSIONES
BIBLIOGRAFIA
RESUMO
SUMMARY
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
16. RODRIGUES Jr., O. M.; LIMA Fo.; A. S.; MELD, S. F. R.; NOGUEIRA, E. A.
Primeiro Coito e a Opinião sobre esta Influéncia em Universitárias
Paulistanas. RBSH 11(2):162-71, 1991.
17. SONDA, L. P.; MAZO, R.; CHANCELLOR, M. B. The Role of Yohimbine
for the Treatment of Erectile Impotence. Journal of Sex & Marital Therapy
16(1):15-21, 1990.
Resumo
Comentado
Individuals Presenting Without Partners at a
Sexual Dysfunction Clinic: Psychological and
Physical Morbidity and Treatment Offered
1
Resumo e Comentários de Oswaldo Martins Rodrigues Júnior1
com suas parceiras. A maioria dos pacientes foi referida por clínicos
gerais (58%), ginecologistas (10%), psiquiatras (6%) e médicos de
hospitais (8%). Entre os homens, 69% queixavam-se de disfunção
erétil e 22% de ejaculação prematura; entre as mulheres, 44% quei-
xavam-se de disfunção orgásmica e 31% de inadequação quanto ao
desejo sexual. 0 problema sexual durou mais.
nas mulheres (9 anos) que nos homens (5 anos). A motivação
das mulheres sem parceria sexual, com queixa do desejo sexual,
aparentou ser maior do que aquelas com parceria sexual (que tinham
mais motivação com queixa de vaginismo). Não se encontraram dife-
renças significativas quanto a relacionamento conjugal e status psiquiá-
trico, apesar das mulheres aparentemente serem menos psicopato-
lógicas que os homens sem parceria sexual. Desordens orgânicas
foram mais comuns em homens (28%) e raras nas mulheres. Em ambos
os segmentos havia a mesma proporção de pessoas sob medicação,
embora as mulheres o faziam por contracepção (pílula).
O paciente que se apresenta para tratamento em sexualidade
em clínica na Inglaterra tem o mesmo perfil, venha com ou sem sua
parceira sexual usual. Pertencem a classe econômica mais alta e pro-
curam mais facilmente por ajuda de forma direta e verbalizada, o que
os conduz a um especialista. Devido à popularização do tratamento
de casais em terapia sexual, indivíduos sem parceria sexual devem
procurar menos tratamento.
Há mais homens do que mulheres procurando tratamento para
problemas sexuais sem a presença de parceria sexual. Talvez porque
o homem tenha mais facilidades em procurar ajudar profissional do
que a mulher, a qual talvez procure soluções para problemas mais
abrangentes que, e que também venham a resolver seu problema
sexual.
A maior proporção de mulheres com queixas orgásmicas pode
ser explicada pela divulgação da possibilidade de se treinar alcançar
orgasmos através da imprensa leiga.
O aconselhamento breve individual foi o tratamento mais indi-
cado por não haverem alternativas pela ausência de parcerias.
Os autores concluem pela necessidade de atenção dos
terapeutas aos pacientes que se apresentam sós para terapia sexual,
da utilização de técnicas para estes pacientes e de informações às
fontes de referência (médicos clínicos gerais e outros), de que é pos-
sível tratá-los sem a presença de suas parceiras sexuais.
Os autores ponderam o quadro sociocultural para entenderem
um grupo proporcionalmente pequeno (19%) que procura tratamen-
to para disfunções sexuais. Tais explicações parecem inverter-se em
nossa população brasileira, onde em clínica particular a maioria de
R.B.S.H. III(1):1992 125
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS