Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Boletim 100

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 154

GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

P'L JJ-21
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO /{?/5/j?/7
COORDENADORIA DA PESQUISA AGROPECURIA f7Y?
INSTITUTO AGRONMICO
c2 _-"'?Z'_ -1.R v oXe-c p-'r
Mrio Covas
Governador do Estado

Francisco Graziano
Secretrio de Agricultura e Abastecimento

Ondino C/eante Bataglia


Coordenador da Pesquisa Agropecuria

INSTITUTO AGRONMICO

Otvio Tisse!li Filho


Diretor-Geral

Eduardo Antonio Bulisani


Diviso de Plantas Alimentcias Bsicas

Henrique Mazotini, Joo Paulo Feijo Teixeira


e Luiz D'Artagnan de Almeida
Assistncia Tcnica de Programao

E/i Sidney Lopes


Sistema de Planejamento Cientifico

Maria Camila Carvalhaes Gianini


Diviso de Administrao

Afonso Peche Filho


Diviso de Engenharia Agrcola

Orlando Melo de Castro


Diviso de Estaes Experimentais

Edera/do Jos Chiavegato


Diviso de Plantas Industriais

Mrio Jos Pedro Jnior


Diviso de Solos

Ana Maria Magalhes Andrade Laga


Servio de Divulgao Tcnico-Cientfica
GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
COORDENADORIA DA PESQUISA AGROPECURIA

BOLETIM TCNICO N.o 100


2."edio
revisada e atualizada

RECOMENDAES DE ADUBAO E CALAGEM


PARA O ESTADO DE SO PAULO

Editores

Bernardo van Raij


Heitor Cantarella
Jos Antonio Quaggio
ngela Maria Cangiani Furlani

ISSN 0100-3100

Boletim Tcnico, IAC Campinas, SP n. 0 100 285p.


AUTORES

Instituto Agronmico
Ademar Spironello
Laura Maria M. Meletti
Aildson Pereira Duarte
Luiz Antonio F. Matthes
Instituto Agronmico, Campinas ngela Maria C. Furlani
Luiz A. Junqueira Teixeira
Recomendaes de adubao e calagem para o Estado ngelo Savy Filho
de So Paulo, por B. van Raij, H. Cantarella, J.A. Ouaggio Marcelo Tavares
Antonio Fernando C. Tombolato
& A.M.C. Furlani. 2.ed.rev.atual. Campinas, Instituto Agro- Marcos Guimares de A. Landell
Antonio Luiz de Barros Salgado
nmico/Fundao IA C, 1997.
Arlete Marchi Tavares de Melo Maria Luiza Sant'Anna Tucci
285p. (Boletim tcnico, 100)
Bernardo van Raij Maria Regina G. Ungaro
Carlos Eduardo de o. Camargo Marilene Leo Alves Bovi
1. a edio: 1985
2." edio: 1996 Carlos Eduardo F. de Castro Mario Ojima
Celi Teixeira Feitosa Maurilo Monteiro Terra
Cleide Aparecida de Abreu Mauro Sakai
CDD 633
Domingos Antonio Monteiro Nelson Machado da Silva
CDD 631-8
Edmlson J. Ambrosano Nelson Raimundo Braga
Eduardo A. Bulisani Nilberto B. Soares
Eduardo Sawasaki
Nilson Borlina Maia
Elaine B. Wutke .. Ody Rodriguez
Fernando Antonio c. Daii'Orto
Ondino Cleante Bataglia
E permitida a reproduo parcial, desde que citada a fonte. A reproduo Fernando Romariz Duarte
PauJo Bolle~ Gallo
total depende de anuncia expressa do Instituto Agronmico. Francisco Antonio Passos
Paulo Espndola Trani
Gensio S. Cervellini
As eventuais citaes de produtos e de marcas comerciais no implicam
Heitor Cantarella Pedro Roberto Furlan
em recomendaes da Instituio.
Hilrio da Silva Miranda Filho Raffaella Rosseto

Hiplito A. A. Mascarenhas Roberto Tetsuo Tanaka


Hiroshi Nagai Romeu Benatti Jnior
Igncio J. de Godoy Ronaldo S. Berton
Incio de Barros Rui Ribeiro dos Santos
2. edio: 1 a tiragem (outubro- 1996): 5.000 exemplares Joaquim A. de Azevedo Filho Tais Tostes Graziano
2" ti ra,le(rr(llZimil Joaquim Tefilo Sobrinho Valdemir Antonio Peressin
Jos Antonio Ouaggio Walkyria B. Scivitarro
Jos Guilherme de Freitas Walter Jos Siqueira
Jos Osmar Lorenzi
Wilson Barbosa
APRESENTAO

CENA-USP MA-Pr-Caf A agricultura paulista bastante singular quanto utilizao de tecnologia,


nela coexistindo desde a emprica de subsistncia, at a do limiar do conheci-
Eurpedes Malavolta Durval R. Fernandes mento cientfico e tecnolgico. De modo geral, ela conservadora quanto aos
sistemas de produo, considera pouco relevantes a preservao do ambiente
C ATI rural, a eficcia produtiva e a qualidade do produto, para atendimento de um
CCA UFSCar mercado cada vez mais exigente e diversificado. Pode-se consider-la como
Clvis de Toledo Piza Junior
Jos Orlando Filho uma atividade de altas perdas, dos insumos aos produtos e, regionalmente,
Edson Gil de Oliveira pouco homognea quanto adoo de tcnicas adequadas. Lado a lado,
Joo Alves de Toledo Filho convivem reas em explorao produtiva, competitiva e ecologicamente corre-
Jos Dagoberto De Negri tas, com outras de baixa produtividade, alto risco econmico e, principalmente,
Grupo Zillo Lorenzetti
Luis Carlos Esteves Pereira em acelerado processo de degradao.
Jorge L. Morelli
Newton de Oliveira Andrade O solo, substrato onde as plantas se desenvolvem, nem sempre assegura
Roberto Antonio Thomaziello o pleno fornecimento dos minerais e outras substncias de que elas necessi-
Ruy Bonini tam, nem lhes garante a expresso de seu potencial produtivo. Altamente
Cia. de Cafs Bom Retiro
Ryosuke Kavati complexo, podendo at ser considerado como um organismo vivo, o solo
Toms Eliodoro da Costa fornecedor de nutrientes s plantas, fator de produo tecnicamente de fcil
modificao e ajuste. Conhecer os limites desses ajustes, as suas relaes
COPERSUCAR com a produo e com a qualidade do produto e do ambiente fundamental
Claudimir Pedro Penatti CESP ao exerccio da arte da agricultura, ou da agricultura como arte.
Jnio Carlos Gonalves O Instituto Agronmico (IAC) tem desempenhado, na rea da nutrio das
EMBRAPA/CPAC plantas e da adubao e correo do solo, um extenso, continuado e profcuo
Alberto Carlos de Queiroz Pinto trabalho de definio de como, quanto e quando modificar o solo para o alcance
Indstrias Maguary dos objetivos produtivos.

EMBRAPA/IAC Jos Rafael da Silva Assim, o IAC apresenta esta nova edio do Boletim 100, que traz de
forma organizada, as informaes bsicas e necessrias ao entendimento das
Paulo de Souza Gonalves
respostas das plantas ao ambiente solo e, pragmaticamente, recomenda a sua
Autnomos e produtores correo e adubao. Este trabalho representa o somatrio da experincia e
ESALQ-USP vivncia da maioria do corpo tcnico do IAC e de colaboradores da C ATI,
Antonio C. Sanches
Godofredo C. Vitti CCA-UFSCar, CENA-USP, COPERSUCAR, EMBRAPA, ESALO/USP, Instituto
Edmundo E. A. Blasco de Zootecnia (IZ), MA-Pr-Caf, alm de especialistas da iniciativa privada.
Jos Leonardo de M. Gonalves
Acompanhando a vocao da agricultura paulista e por causa da sua
Universidade do Sudoeste diversificao, no poderia ser diferente este Boletim, que contm recomenda-
Instituto de Zootecnia
da Bahia es tcnicas sobre mais de uma centena de espcies, recomendaes essas
Joaquim Carlos Werner tambm vlidas e aplicveis a outras regies com condies edafoclimticas
Valdinei Tadeu Paulino Abel Rebouas So Jos semelhantes.

INSTITUTO AGRONMICO
SUMRIO
Pgina

RESUMO .. 1
ABSTRACT . 2

1. INTRODUO 2

2. AMOSTRAGEM DE SOLO . . . . . . . . . 3
2.1 Escolha de glebas para amostragem 3
2.2 Ferramentas e coleta de amostras . . 4
2.3 Freqncia e poca de amostragem . . 5
2.4 Local e profundidade de amostragem . 5
2.5 Envio da amostra de solo ao laboratrio 6

3. REPRESENTAO DOS RESULTADOS DE ANLISE DE SOLOS,


FOLHAS, FERTILIZANTES E CORRETIVOS . 6
3.1 Unidades de representao de resultados . 6
3.2 Solos. . . . . . . . . 6
3.3 Folhas . . . . . . . . 7
3.4 Corretivos da acidez 7
3.5 Fertilizantes . . . . . 7
3.6 Converso de unida~es 8

4. INTERPRETAO DE RESULTADOS DE ANLISE DE SOLO 8


4.1 Nitrognio . . . . . 9
4.2 Fsforo e potssio . . . . . 9
4.3 Acidez . . . . . . . . . . . . 1O
4.4 Clcio, magnsio e enxofre 11
4.5 Micronutrientes . . . . . . . 12
4.6 Matria orgnica e argila . 12
4. 7 Interpretao de resultados de anlise de amostras do subsolo 13

5. PRODUTIVIDADE ESPERADA . . . 13

6. CORREO DA ACIDEZ DO SOLO 14


6.1 Corretivos da acidez . . . . . . . 14
6.2 Clculo da necessidade de calagem 16
6.3 Incorporao do corretivo . . . . . . 17
6.4 Reduo da acidez do subsolo .. . 17
6.5 Clculo da necessidade de calagem usando o Sistema Interna-
cional de Unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
13.7 Milho para gro e silagem 56
7. ADUBAO FOSFATADA .. 19 13.8 Milho "Safrinha" . . . . . . 60
7.1 Fertilizantes fosfatados 19 13.9 Milho pipoca . . . . . . . . 62
7.2 Adubao fosfatada ... 21 13.1 O Milho verde e milho doce 64
13.11 Sorgo granfero, forrageiro e vassoura 66
8. ADUBAO COM NITROGNIO, POTSSIO E ENXOFRE 22
13.12 Trigo de sequeiro e triticale de sequeiro . 68
8.1 Nitrognio 22
13.13 Trigo e triticale irrigados ........ . 70
8.2 Potssio 25
26 . 14. ESPECIARIAS, AROMTICAS E MEDICINAIS 73
8.3 Enxofre .
14.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . . . 75
9. ADUBAO COM MICRONUTRIENTES . . . 27 14.2 Camomila . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
9.1 Fertilizantes contendo micronutrientes 27 14.3 Capim-limo ou erva-cidreira, Citronela-de-java, palma-rosa . 77
9.2 Adubao com micronutrientes 29 14.4 Cardamomo 78
14.5 Confrei . 79
10. ADUBAO ORGNICA . .. . 30
14.6 Curcuma .. 80
10.1 Adubos orgnicos . . . . . 30
14.7 Digitlis .. 81
10.2 Estercos de origem animal . 30
14.8 Erva-doce ou funcho 82
10.3 Compostos . . . . . . . . . . 32
14.9 Estvia . . . . . . . 83
10.4 Resduos urbanos e industriais 32
14.1 O Gengibre . . . . . 84
10.5 Adubos verdes . . . . . . 32
14.11 Menta ou hortel . 85
10.6 Adubos organominerais . . . . . 32
14.12 Pimenta-do-reino 86
35 14.13 Pretro 87
11. COMPOSIO QUMICA DE PLANTAS E DIAGNOSE FOLIAR
35 14.14 Urucum 88
11.1. Composio qumica das plantas
35 14.15 Vetiver 90
11 .2. Diagnose folia r . . . . . . . . . .
15. ESTIMULANTES 91
12. IMPLEMENTAO DAS RECOMENDAES 37
15.1 Informaes gerais .. 93
12.1 Adubos simples . . . . . . . . . . . . . . . 38
15.2 Composio qumica e diagnose foliar 94
12.2 Frmulas NPK . . . . . . . . . . . . . . . 38
15.3 Cacau 96
12.3 Adio de enxofre e de micronutrientes .. 38
15.4 Caf 97
12.4 Modos e pocas de aplicao . . . . . . . 39
15.5 Ch . 102
12.5 Frmulas NPK com o Sistema Internacional de Unidades 40
15.6 Fumo 103
12.6 Apresentao de resultados e recomendaes 41
16. FIBROSAS .. 105
13. CEREAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 43 16.1 Informaes gerais .. 107
13.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . . . . . 45 16.2 Composio qumica e diagnose foliar do algodoeiro 108
13.2 Composio qumica, amostragem de folhas e diagnose foliar 46 16.3 Algodo .... . 109
13.3 Arroz de sequeiro 48 16.4 Bambu . . . . . . 112
13.4 Arroz irrigado . 50 16.5 Crotalria jncea 113
13.5 Aveia e centeio 52 16.6 Juta . . . . . . . . 114
16.7 Linho txtil 115 18.12 Brcolos, couve-flor e repolho 175
16.8 Ouenafe 116 18.13 Cebola (sistema de mudas) .. 176
16.9 Rami . 117 18.14 Cebola (sistema de bulbinhos) 177
16.10 Sisal. 118 18.15 Chuchu . . . . . . . . . . . . . 178
17. FRUTFERAS 119 18.16 Couve manteiga e mostarda . 179
17.1 Informaes gerais 121 18.17 Feijo-vagem, feijo-fava, feijo-de-lima e ervilha torta (ou
ervilha-de-vagem) 180
17.2 Teores de macronutrientes primrios em frutas 122
18.18 Melo e melancia 181
17.3 Amostragem de folhas e diagnose foliar 123
18.19 Morango . . . . . 182
17.4 Abacate . . . . . . . . . . . . . 126
18.20 Quiabo . . . . . . 183
17.5 Abacaxi . . . . . . . . . . . . . . 128
18.21 Tomate (estaqueado) 184
17.6 Acerola ou cereja-das-antilhas . 129
18.22 Tomate rasteiro (industrial) irrigado 185
17.7 Banana . . . . . . . . . . . . . . 131
17.8 Citros: laranja, limo, tangerina e murcote 133 19. LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS .. . 187
17.9 Frutas de clima temperado - 1: ameixa, pssego, nspera, 19.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . 189
nectarina e damasco-japons (um) . . . . . . . . . . . . . . 137 19.2 Composio qumica e diagnose foliar 189
17.10 Frutas de clima temperado- 11: figo, ma, marmelo, pra e 19.3 Amendoim . . . .
pssego em pomar compacto . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
139
19.4 Ervilha-de-gros . . . . . . . . 193
17.11 Frutas de clima temperado- 111: caqui, ma, macadmia, pec
19.5 Feijo . . . . . . . . . . . . . . 194
e pra . 141
19.6 Feijo-adzuki e feijo-mungo 196
17.12 Goiaba 143
19.7 Gergelim .. . 197
17.13 Mamo 145
19.8 Girassol .. . 198
17.14 Manga 146
19.9 Gro-de-bico . 199
17.15 Maracuj 148
19.1 O Leguminosas adubos verdes: crotalria, chcharo ou ervilhaca,
17.16 Uvas finas para mesa e passa 150
feijo-de-porco, feijo-guandu, lablabe;mucuna, !remoo . 200
17.17 Uvas rsticas para mesa, vinho e suco 152 19.11 Mamona. 201
18. HORTALIAS . . . . . . . . . . . . . . . . 155 19.12 Soja . . . . . . . . . . . . . . . . 202
18.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . 157 20. ORNAMENTAIS E FLORES . . . . . 205
18.2 Composio qumica e diagnose foliar 160 20.1 Informaes gerais e diagnose foliar 207
18.3 Abobrinha ou abbora de moita; abbora rasteira, moranga e 20.2 Amarlis .. 209
hbridos; bucha e pepino . 164
20.3 Antrio . . . 210
18.4 Aipo ou salso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 20.4 Crisntemo. 211
18.5 Alcachofra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 20.5 Gladolo .. 212
18.6 Alface, almeiro, chicria, escarola, rcula e agrio d'gua 168 20.6 Gloxnia .. 213
18.7 Alho . . . . . . . . . . . 170 20.7 Gypsophila . 214
18.8 Alho-porre e cebolinha 171 20.8 Plantas ornamentais arbreas 215
18.9 Aspargo ....... . 172 20.9 Plantas ornamentais arbustivas e herbceas . 216
18.1 O Berinjela, jil, pimenta-hortcola e pimento 173 20.10 Rosa . . . . . . 217
18.11 Beterraba, cenoura, nabo, rabanete e salsa 174 20.11 Violeta-africana ............... . 218
21. RAZES E TUBRCULOS ........ . . .......... 219 RECOMENDAES DE ADUBAO E CALAGEM
21.1-lnformaes gerais . . . . .. . . . . . . . . . ' .
221 PARA O ESTADO DE SO PAUL0( 1)
21.2 composio mineral, amostragem de folhas e diagnose foliar 222
224
21.3 Araruta industrial .
225 Bernardo van Raij( 2 3 ), Heitor Cantarella( 2 3 ),
21.4 Batata ...... .
226 Jos Antonio Quaggio( 2 3 ) e ngela Maria Cangiani Furlanif 3 )
21 .5 Batata-doce e car
227
21.6 lnhame . . . .
228
21.7 Mandioca .. . ili RESUMO
229
21.8 Mandioquinha
Esta publicao contm informaes para a prtica da calagem e da
231 adubao de culturas para o Estado de So Paulo. Nos doze primeiros
22. OUTRAS CULTURAS INDUSTRIAIS
233 captulos so descritos aspectos gerais de avaliao da fertilidade do solo
22.1 Informaes gerais . . . . . . . . e do estado nutricional de plantas, calagem, adubao e organizao das
234 informaes em tabelas de adubao. Aspectos caractersticos so as
22.2 Composio qumica e diagnose foliar
237 anlises de fsforo em solos pelo mtodo da resina trocadora de ions, o
22.3 Cana-de-acar . . . . . . . . . . . clculo da calagem para elevar a saturao por bases a valores preesta~
240 belecidos por cultura e a determinao do pH em soluo de cloreto de
22.4 Pupunha para extrao de palmito
243 clcio. So introduzidas as anlises de solo para enxofre e micronutrientes,
22.5 Seringueira no ltimo caso usando extrao com gua quente para boro e DTPA para
245 zinco, mangans, ferro e cobre. Outra inovao a anlise de amostras do
23. FLORESTAIS . subsolo e sua interpretao para a prtica da gessagem. Os resultados so
247 indicados dentro do Sistema Internacional de Unidades. So fornecidas
23.1 Informaes gerais
248 informaes sobre contedo mineral de plantas, amostragem de folhas e
23.2 contedo de macronutrientes em Eucalyptus e Pinus . limites de interpretao <;ie teores de nutrientes nas folhas. Para diversas
250 culturas introduzido o oncelto de resposta esperada a nitrognio, com
23.3 Diagnose foliar . . . . . . . .
251 base no histrico de uso anterior da gleba, para culturas anuais, e no teor
23.4 Sistema de produo de mudas . .. de nitrognio nas folhas, para algumas culturas perenes. As recomendaes
252
23.5 Viveiro de mudas de Eucalyptus e Pinus de adubao, para as culturas mais importantes, le\.tam em"onta metas de
23.6 Viveiro de mudas de essncias florestais de Mata Atlntica 254 produtividade esperada das culturas. So dadas informaes sobre correo
255 do solo e adubao, inclusive com especificaes de corretivos e fertilizao~
23.7 Florestamentos homogneos com Eucalyptus e Pinus . tes. Os outros captulos apresentam informaes especficas sobre nutrio
23.8 Reflorestamentos mistos com espcies tpicas da Mata de plantas, calagem e adubao, em forma de tabelas. As culturas foram
258 agrupadas em: cereais; especiarias, aromticas e medicinais; estimulantes;
Atlntica ..
fibrosas; frutferas; hortalias; leguminosas e oleaginosas; ornamentais e
261 flores; razes e tubrculos; outras culturas industriais; florestais; e forragei~
24. FORRAGEIRAS ras. A 2. 8 edio revisada e atualizada, em 1997, apresenta modificaes
263 nos captulos sobre maracuj e hidroponia.
24.1 Informaes gerais .
24.2 composio qumica, amostragem de folhas e limites de mter Termos de indexao: nutrientes, anlise de solo, adubao, calagem,
264 recomendao.
prelao . . . . . . . .
267
24.3 Recomendao de adubao e calagem
277
25. HIDROPONIA . . .
25.1 Sais e fertilizantes recomendados .
277 e) A incluso de muitas informaes sobre micronutrientes s foi possvel com a realiza-
o do projeto temtico da FAPESP "Micronutrientes e microelementos txicos na agricultura
279 de So Paulo".
25.2 Sugesto de soluo nutritiva
2
( ) Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas, Instituto Agronmico (IAC). Caixa
281 Postal 28, 13001970 Campinas (SP).
ndice alfabtico das culturas . . . . . . . (3) C:nm hr.!<:><> ,-.~,.., r-r~o~o ...
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

ABSTRACT Todos os resultados de anlises de solo e de plantas apresentam-se no


FERTILIZER ANO LIME RECOMMENDATION Sistema Internacional de Unidades. No caso de corretivos e fertilizantes isso
FOR THE STATE OF SO PAULO, BRAZIL ainda no possvel e as recomendaes so dadas nos moldes antigos.
Apenas nos captulos mais gerais avana-se um pouco em indicar contedos
This publication presents the lime and fertilizar recommendations for e clculos para corretivos e fertilizantes com base no Sistema Internacional de
crops for the State of So Paulo, Brazil. In lhe first twelve chapters lhe Unidades.
subjects deal with general aspects of liming and ferti!izer use, interpretation
of soil and plant analysis and the organization of lime and fertilize r recom- A produtividade esperada introduzida como um importante critrio nas
mendation in tables. Specific features are the analysis of soi! pho'sphorus recomendaes de adubao. Para o nitrognio ainda no se usa a anlise de
with an ion-exchange resin procedure, the increase of the base saturation to solo, mas a previso de respostas esperadas ao nutriente feita para diversas
specific va!ues for crops as criteria for lime recommendation and the deter- culturas anuais, com base no histrico de uso anterior da gleba; para algumas
mination of pH in calei um chloride solution. The soil analysis of sulfur and culturas perenes, a resposta a nitrognio inferida pelo teor folia r. Para muitas
micronutrients is introduced, using hot waterextraction for boron, and DTPA culturas, a diagnose foliar includa como instrumento complementar de
extraction for zinc, manganese, iron and copper. Another novelty is the
avaliao do estado nutricional.
recommendation of gypsum as an acid subsoil amendment based on the
chemical analysis of subsoil samples. lnformation on nutrient contents of Ampliaram-se as culturas contempladas, com a incluso de diversas de
crops, leal sampling and interpretation of leal analysis is also provided. The responsabilidade do Instituto Agronmico que ficaram fora da primeira edio.
results of soil and plant analysis are presented using the lnternational System Alm disso, desta vez so apresentadas as recomendaes de adubao para
of Units. For some crops the criteria of expected yield response to nitrogen pastagens e forrageiras e para essncias florestais. Tambm a hidroponia
is used, based on former soil use for annual crops and on nitrogen leaf recebeu ateno nesta publicao.
content for some perennial crops. For the most important crops, fertilize r
Os 12 primeiros captulos tratam de aspectos gerais, relacionados s
recommendation takes into consideration the expected yields. lnformation is
given on the correcton of soil acidity and fertilization and also on amend-
anlises de solos e plantas; os outros captulos cuidam de recomendaes
ments and fertilizers. In the other 13 chapters the recommendation of lime especficas para culturas, grupadas em diversas categorias.
and fertilizer is presented in tab!es. The crops are grouped under: cereais;
spices, aromatic and medicinal crops; stimulants; fiber plants; fruits; vegeta-
2. AMOSTRAGEM DE SOLO
bles; !eguminous and oil crops; ornamentais and flowers; roots and tubers;
other industrial crops; forest trees; and forage crops. This second edition, A amostragem de solo a primeira etapa em um bom programa de
revised and updated in 1997, presents modifications concerned with passion adubao e calagem. Nunca demais lembrar que, por melhor que seja a
fruit production and commercial hydroponics. anlise qumica, ela no pode corrigir falhas na retirada da amostra ou na sua
lndex terms: nutrients, soil analysis, fert11ization; !iming, recommendation. representatividade.
Detalhes sobre amostragem de solo, tais' como 'definio de glebas,
1. INTRODUO retirada de amostras compostas, ferramentas utilizadas, local e profundidade
de amostragem e outros, so apresentados em impressos distribudos pelos
Nesta Segunda Edio do Boletim Tcnico n. 0 100, a base de anlise de laboratrios. Contudo, alguns aspectos especficos so lembrados aqui, visan-
solo para calagem e macronutrientes continua sendo a mesma da Primeira do a maior uniformidade no procedimento.
Edio. As determinaes bsicas so a matria orgnica, o pH em cloreto de
clcio, o fsforo extrado do solo com resina trocadora de ons, os teores
2.1 Escolha das glebas para amostragem
trocveis de clcio, magnsio e potssio e a acidez total a pH 7. Os valores
calculados so a soma de bases, a capacidade de troca de ctions e a Dividir a propriedade em glebas homogneas, nunca superiores a 20
saturao por bases. A recomendao de calagem passou a ser feita visando hectares, amostrando cada rea isoladamente. Separar as glebas com a
a elevao da saturao por bases dos solos a valores variveis por culturas. mesma posio topogrfica (solos de morro, meia encosta, baixada, etc.), cor
O uso da anlise de solo ampliado nesta publicao, incluindo-se as do solo, textura (argilosos, arenosos), cultura ou vegetao anterior (pastagem,
determinaes de enxofre, boro, cobre, ferro, mangans e zinco, para amostras caf, milho, etc.) e adubao e cal agem anteriores. Em culturas perenes, levar
da camada arvel do solo, e argila e alumnio trocvel para amostras do em conta, tambm, a variedade e a idade das plantas. reas com uma mesma
subsolo. Alm disso, passa a ser usada a anlise foliar para muitas culturas, cultura, mas com produtividade diferente, devem ser amestradas separada-
incluindo todos os macronutrientes e os micronutrientes boro, cobre, ferro, mente. Identificar essas glebas de maneira definitiva, fazendo um mapa para
mangans e zinco. o acompanhamento da fertilidade do solo com o passar dos anos.

Boletim Tcnico. 100. JAC. 1997 Boletim Tcnico. 100. IA C. 1997


B. van RAIJ et al.
Recomendaes de adubao e calagem

Se a propriedade for muito grande, no sendo possvel amostr-la Identificar a amostra de solo . , .
completamente, prefervel amostrar apenas algumas glebas, no muito ex- identificao da gleba amostrada e ~o~ o;ome do propnetano, propriedade,
tensas, representando situaes diferentes. com o ma a d . , a a. notar em um caderno, juntamente
retirada.lssas~~~~n~~=~: o numero de cada amostra e o local de onde foi
2.2 Ferramentas e coleta de amostras aplicao de calcrioe fertili~~~ie'::t~~~: ~~:=~d~nti:.i~ar o local para posterior
da evoluo da fertilidade do solo de um a ' ac,' am o acompanhamento
A coleta de amostras pode ser feita com enxado, p reta ou, preferivel- no para outro.
mente, com trado. O trado- tipo holands, tubo ou de caneco- torna a operao
mais fcil e rpida. Alm disso, permite a retirada das amostras na profundidade
correta e das mesmas quantidades de terra de todos os pontos amestrados.
Todas as ferramentas, bem como recipientes, utilizados na amostragem
e embalagem da terra, devem estar limpos e, principalmente, no conter
resduos de calcrio ou fertilizantes. Para amostras nas quais se pretende
analisar micronutrientes, usar trado de ao e evitar baldes de metal galvanizado.
De cada gleba devem ser retiradas diversas subamostras para se obter
uma mdia da rea amostrada. Para isso, percorrer a rea escolhida em
ziguezague e coletar 20 subamostras por gleba homognea. Em culturas
perenes, tais como caf, citros, seringueira etc., a amostragem deve ser feita
em toda a faixa de solo adubada, que reflete melhor os tratamentos aplicados
nos anos anteriores.
Em cada ponto afastar, com o p, detritos e restos de culturas. Evitar
pontos prximos a cupinzeiros, formigueiros, casas, estradas, currais, estrume 2.4 Local e profundidade de amostragem
de animais, depsitos de adubo ou calcrio ou manchas no solo. Introduzir o
Nos casos de culturas anua d
Irado no solo at a profundidade de 20 em. A terra coletada representa uma retirar as amostras simples que for~ a~- e cu turas perenes a serem instaladas,
1
poro de solo na profundidade de 0-20 em. Raspar a terra lateral do trado, no e na profundidade de 20 ao a amostra composta em todo o terreno
caso de trado tipo holands, aproveitando apenas a poro central. em fertilidade do solo esscam~a~~~a~ada camada arvel. Para Iins de clculos
possvel, tambm, amostrar adequadamente o solo com um enxado para uma rea de um' hectare. a em um volume de 2.000.000 dm3 de terra,
ou p reta. Os cuidados e nmeros de subamostras so os mesmos descritos
para o trado. Aps a limpeza superficial do terreno, fazer um buraco em forma Par_a cultu_ras perenes, que recebem aplicaes lca/izadas
de cunha, na profundidade de 0-20 em, deixando uma das paredes o mais reta ~ommboo cale e frutJferas, retirar as amostras dos locais onde o adubo d=p~~~~~
ra nesses casos os adubos n
possvel. Cortar, com o enxado, uma fatia de cima at embaixo e tranferir para gem igualmente feita na profundidaod!eJ~~~ncorporados ao solo, a amostra-
o balde. Para evitar encher demasiadamente o balde, dificultando a mistura das interpreta o d em, para manter a coerncia da
amostras, cada fatia coletada pode ser destorroada dentro do prprio buraco, direto, recomened~ensdu~:~~o~~ A :.esma observao vale para cultivo sob plantio
retirando-se uma poro dessa terra para o balde. importante coletar uma , , m em, a amostragem na profundidade de O a 20
mesma poro de terra em cada um dos pontos amostrados. em, ate que, eventualmente, a pesquisa indique alternativa melhor.
Amostras compostas podem t b - .
Transferir a terra de cada subamostra para um balde ou outro recipiente 20 a 40 . . ' am em, ser retiradas na profundidade de
limpo. Repetir a amostragem do mesmo modo em cada um dos 20 pontos. em, pnnclpalmente para avaliar a acidez do subsolo be
Quebrar os torres de terra dentro do balde, retirar pedras, gravetos ou outros ~~~t~~addoos ~~i~!~:~ ceo~~~~;eae:~~!~~od: ~~~ta
deve ser feita, 'de p~e~e~~~ci~~
resduos, e misturar muito bem. Se a amostra estiver muito mida, deixar a da superfcie - em e em segu1da ret1rar a terra
amostra secar ao ar. em Antes de~~= ~alu de~tro do buraco, para depois aprofundar o trado at 40
Retirar cerca de 300 g de terra do balde e tranferir para uma caixinha de reti~ar tambm 2 n ~nr ad erra para o balde, raspar a terra lateral do trado e
papelo apropriada para anlise de solo ou saco plstico limpo. Essa poro contaminao co~ t~r~a :ap=~~ee~f~pen~. Isso tudo importante para evitar a
de terra ser enviada ao laboratrio. Jogar fora o resto da terra do balde e para a amostra e ICJe. s trados tipo tubo so convenientes
recomear a amostragem em outra rea. para a de 20-40g c~. profunda, podendo-se utilizar um tubo de menor dimetro

Rlll'ltim T6rnif'r. if'll IA(' 1007


Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAIJ et ai.

volumtricas de solo, o que costuma ser o caso da anlise de solo para fins de
2.5 Envio da amostra de solo ao laboratrio
fertilidade. Assim sendo, essa representao, em ppm, tem sido usada de forma
A amostra de solo deve ser acompanhada da Folha de Informaes, ambgua e, por isso, o seu uso deve ser descontinuado. De qualquer forma os
preenchida com dados referentes a cada uma das glebas amestradas. Cada nmeros no mudaro.
amostra deve ser identificada, da mesma maneira, na caixinha ou em outra Os resultados de matria orgnica (MO) sero apresentados em g/dm3,
embalagem que a contiver, na Folha de Informaes e no mapa da propriedade. sendo os valores 1o vezes maiores que a representao anterior, em porcen-
As amostras podem ser enviadas pelo correio ou entregues a qualquer tagem(%), que corresponde a g/1 00 cm3, j que a medida de solo no laboratrio
um dos laboratrios que utilizam os mtodos de anlise de solo desenvolvidos volumtrica.
no IA C. Esses laboratrios tm seus resultados identificados por uma etiqueta A saturao por bases (V) e a saturao por alumnio (m), sero expres-
do ano do programa de controle de qualidade do sistema IAC de anlise de sos em porcentagem (%). Note-se que estes so ndices calculados e no
solo. representaes de concentraes ou teores. Nesses casos, admitido o uso
Caso haja interesse em recomendao de calagem e adubao, o usu- da porcentagem.
rio deve especificar a cultura e o cdigo correspondente, completando, alm
disso, o solicitado na Folha de Informaes para Anlise de Solo. 3.3 Folhas
A porcentagem (%) deixa de ser usada para macronutrientes e substi-
3. REPRESENTAO DOS RESULTADOS DE ANLISES tuda por g/kg, com nmeros 1O vezes maiores.
DE SOLOS, FOLHAS, FERTILIZANTES E CORRETIVOS
Tambm a representao em partes por milho (ppm) no mais ser
A adoo do Sistema Internacional de Unidades (SI), nesta edio, usada, dando lugar a mg/kg. Neste caso, os nmeros no mudaro.
implica em alterao nas representaes e nos valores de parte dos resultados.
3.4 Corretivos da acidez
3.1 Unidades de representaQ de resultados Os teores, tanto das fraes granulomtricas, como de clcio e de
As bases de representao sero o quilograma (kg) ou o decmetro magnsio, sero apresentados em g/kg.
cbico (dm3) para slidos e o litro (L) para lquidos. O poder de neutraliz,ao ser dado em molcfkg.
Os contedos sero expressos em quantidade de matria, podendo ser Para os corretivos ser impossvel adotar imediatamente o SI, j que o
usados moi de carga (mole) ou milimol de carga (mmolc), ou em massa, com as comrcio desses produtos no feito usando essa representao.
alternativas de grama (g) ou miligrama (mg). O milimol de carga corresponde
No captulo de corretivos e fertilizantes, ~ero presentadas as duas
ao milieqivalente, que no ser mais empregado. alternativas e feitas comparaes.
-A porcentagem no dever mais ser utilizada para representar teor ou
concentrao e, assim, dar lugar a uma representao combinando as unida- 3.5 Fertilizantes
des acima.
No caso dos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S) os resultados sero
apresentados em g/kg, em substituio porcentagem. Os resultados sero 10
3.2 Solos
vezes maiores, em se tratando dos elementos.
Os resultados de ctions trocveis, clcio (Ca2+), magnes10 (Mg2+), Para fsforo e potssio h, ainda, o problema das representaes em
potssio (K+), alumnio (AI3+), de acidez total a pH 7 (H++ A13+), de soma de P2o 5 e em K20, que tambm no podero ser abandonadas. Para fertilizantes,
bases (SB) e de capacidade de troca de ctions (CTC) sero apresentados em ser preciso usar a representao do SI juntamente com a indicao tradicio-
mmolcfdm3. Os valores so 1O vezes maiores do que a representao anterior, nal.
em meq/1 00 cm3.
Os micronutrientes sero representados em mg/kg, ao invs de ppm. Os
Os resultados de fsforo (P), de enxofre (S-S042-) e dos micronutrientes nmeros no mudaro.
boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe), mangans (Mn) e zinco (Zn), sero apresen-
tados em mg/dm3. Na prtica, os resultados tm sido apresentados, por muitos No caso de adubos fluidos, as representaes dos teores de macro e
laboratrios, em partes por milho (ppm), mesmo para o caso de medidas micronutrientes sero feitas, respectivamente, em g/L e em mg/L.

Rn!Atim T~ni~n 1 ()I) I A f'. 1 QQ7 7


Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAlJ et ai.

4.1 Nitrognio
3.6 Converso de unidades
As representaes antigas podem ser convertidas nas novas, conside- Ainda no se tem, para So Paulo, um critrio confivel de recomenda-
o da adubao nitrogenada com base na anlise de solo. Est-se adotando,
rando as relaes indicadas no quadro 3.1.
para diversas culturas anuais, um critrio de classes de resposta esperada que,
Nos casos da porcentagem(%) e de partes por milho {ppm), percebe-se
associado s recomendaes por produtividade esperada, dever resultar em
como essas representaes no tm significado preciso, podendo ser difere~
adubaes mais coerentes com as necessidades em cada caso. Para algumas
tes, conforme a base de representao. J no sistema novo, a representaao
culturas perenes, as classes de resposta esperada a nitrognio so estabele-
explcita e no deixa margem a dvidas. cidas com resultados de teores de N em folhas.
Tambm fica claro que o milieqivalente (meq) s mudou de nome, As classes de resposta esperada so assim conceituadas:
passando a ser conhecido como milimol de carga (mmolc). O fator de conv_erso Alta resposta esperada - Solos corrigidos, com muitos anos de plantio
1o, mostrado no quadro 3.1, deve-se mudana da base de representaao, de contnuo de gramneas ou outras culturas no leguminosas; primeiros anos de
100 para 1.000, da mesma maneira como foi feito para a porcentagem. plantio direto; solos arenosos, sujeitos a altas perdas por lixiviao. Culturas
A unidade de condutividade eltrica o deci-siemen por metro (dS/m), perenes com teores baixos de N nas folhas.
que passa a substituir o milimho/cm. Neste caso os valores numricos perma- Mdia resposta esperada - Solos muito cidos, que sero corrigidos; ou
necem os mesmos. plantio anterior espordico de leguminosas; ou solo em pousio por um ano; ou
uso de quantidades moderadas de adubos orgnicos. Culturas perenes com
Quadro 3.1. Fatores para converso de unidades antigas em unidades do teores mdios de N nas folhas.
Sistema Internacional de Unidades Baixa resposta esperada- Solos em pousio por dois ou mais anos; cultivo
aps pastagem (exceto solos arenosos); ou solos com cultivo anterior intenso
Unidade nova (N) Fator de converso (F) de leguminosas; ou adubao verde com leguminosas ou rotao permanente
Unidade antiga (A) (N ~A x F) com leguminosas; uso constante de quantidades elevadas de adubos orgni-
cos. Culturas perenes com teores altos de N nas folhas.
% g/kg, g/dm 3 , g/L 10
ppm mg/kg, mg/dm 3 , mg/L 1 4.2 Fsforo e potssio
3 3 10
meq/100 cm mmo1Jdm Os resultados de fsforo e de potssio so divididos em cinco classes
meq/100g mmoiJkg 10 de teores. Os limites de classes foram estabelecidos com ensaios de calibra-
meq/L mmoiJL o, realizados principalmente para culturas anuais em c.ondies de campo e
p 0,437 levando em conta as respostas aos elementos aplicados na adubao, expres-
P20s sos em termos de produo relativa. Assim, a correspondncia dos limites de
K20 K 0,830 classes de teores com os respectivos limites de produo relativa, so os
c ao Ca 0,715 apresentados no quadro 4.1.
MgO Mg 0,602 Quadro 4.1. Limites de interpretao de teores de potssio e de fsforo em solos
mmho/cm dS/m 1
P resina
Teor Produo K+ trocvel
relativa
Florestais Perenes Anuais Hortalias
4. INTERPRETAO DE RESULTADOS DE ANLISE DE SOLO
% mmo!c;dm 3 mg/dm 3
Alm da interpretao da anlise de solo para P, K, Mg e calag~m, n_e~ta Muito baixo 0- 70 0,00,7 0- 2 0- 5 O 6 O 10
edio esto sendo introduzidas interpretaes para_ respostas a n1trogen10, Baixo 71- 90 0,8-1,5 3- 5 6-12 7-15 11- 25
teores de clcio, enxofre, micronutrientes e, lambem, para res_ultados da Mdio 91-100 1,6-3,0 6- 8 13-30 16-40 26- 60
anlise qumica de amostras do subsolo. A tabela de interpretaao de!' foi Alto >100 3,1-6,0 9-16 31-60 41-80 61-120
subdividida para quatro grupos de culturas, de acordo com o grau de ex1genc1a Muito alto >100 >6,0 >16 >60 >80 >120
a fsforo.

RniAtim T~ni~" 1 00 I Ar: 1 QQ7 n


o R"l""tim T6~ni~" 100 IA('; 1QQ7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

No caso do fsforo, os limites de interpretao so dados para quatro quantidades de sais que podem ocorrer nas amostras de solo que chegam ao
grupos de culturas, com exigncias crescentes de maior disponibilidade de laboratrio, em conseqncia de adubaes, perodos de seca ou da minerali-
fsforo: florestais, perenes, anuais e hortalias. Trata-se de uma classificao zao que acontece em amostras de solo midas acondicionadas em sacos
feita para fins prticos de organizar a adubao fosfatada por grupos de plsticos.
culturas. A tabela de interpretao de parmetros da acidez, indicada no quadro
Note-se que o limite superior da classe de teores altos duas vezes 4.2, tem o objetivo tcnico de servir de base para a organizao de informa-
maior que o limite superior da classe de teores mdios. es, como o caso de acompanhar a evoluo da fertilidade do solo. As
No caso do potssio, bem como de outros ctions trocveis, os diversos culturas variam muito e, desse modo, as classes apresentadas podem ter
extratores usados em laboratrios de anlise de solo do resultados compar- significado diverso para grupos de plantas com caractersticas diferenciadas
veis, significando que, em geral, no importante mencionar o mtodo usado quanto acidez.
na extrao. Alm disso, para potssio, o teor do nutriente no solo um ndice
melhor para avaliar a disponibilidade do que a relao com outros ctions ou
a porcentagem da CTC. A relao com a CTC pode, eventualmente, ser usada 4.4 Clcio, magnsio e enxofre
como um critrio auxiliar, mas no em substituio ao critrio bsico dado no
quadro 4.1. Para clcio, magnsio e enxofre so estabelecidas trs classes de
J no caso do fsforo, muito importante o extrator usado. Para So teores, com a interpretao apresentada no quadro 4.3.
Paulo, pesquisas realizadas no Instituto Agronmico, confirmando informaes A interpretao de magnsio bastante consistente com os dados
de diferentes pases, mostraram que o processo de extrao com resina de experimentais disponveis e as tabelas de interpretao de diferentes institui-
troca de ons um mtodo que avalia melhor a disponibilidade do nutriente es. H bastante polmica, tanto para o magnsio, como para o potssio sobre
para as culturas. De forma geral, o mtodo da resina apresenta correlaes a interpretao em termos da porcentagem da CTC, ao invs dos teores,
mais estreitas com ndices de disponibilidade de fsforo em solos, determina- conforme apresentado no quadro 4.3. Tambm aqui a experimentao agron-
dos com plantas, do que outros extratores usuais, permitindo uma diagnose mica aponta para o uso dos teores absolutos como o melhor critrio. Na prtica,
mais apurada do grau de deficincia de P em solos. se houver magnsio suficiente, no dever ocorrer deficincia. Porm, se os
teores de magnsio forem baixos, a adubao potssica poder agravar a
deficincia.
4.3 Acidez Para o clcio, os valores apresentados, so os mnimos desejveis para
Os parmetros relacionados acidez dos solos, pH em CaCI2 e saturao culturas, sendo o limite superior o necessrio quelas mais exigentes no
por bases, apresentam estreita correlao entre si, para amostras retiradas da nutriente, independentemente da questo da c<;~lagem,_ Nesse caso, embora
camada arvel. A interpretao adotada para valores de pH em CaCI2, e da haja respaldo em resultados experimentais, j que deficincias de clcio so
saturao por bases, apresentada no quadro 4.2. raras em condies de campo, os limites apresentados so bem mais baixos
A determinao do pH em uma soluo 0,01 moi/L de cloreto de clcio, do que os adotados por vrias organizaes no Brasil. Uma das grandes
permite obter resultados mais consistentes do que a determinao do pH em dificuldades isolar a questo da deficincia de clcio do problema da acidez
gua. Isto porque, esta ltima determinao mais afetada por pequenas excessiva, j que solos deficientes em clcio so, em geral, muito cidos.
Nesses casos, a calagem corrige a acidez e supre clcio em teores mais do
Quadro 4.2. Limites de interpretao das determinaes relacionadas com a que suficientes.
acidez da camada arvel do solo
Quadro 4.3. Limites de interpretao de teores de Ca 2+, Mg 2+ e S042- em solos
pH em Saturao
Acidez CaCI2 por bases
v
Teor Ca 2+ trocvel Mg 2+ trocvel S-S042.
%
Muito alta At 4,3 Muito baixa 0-25 mmolc1dm 3 mg/dm 3
Alta 4,4-5,0 Baixa 26-50
51-70 Baixo 0-3 04 04
Mdia 5,1-5,5 Mdia
5,6-6,0 Alta 71-90 Mdio 4-7 58 510
Baixa
Muito baixa > 6,0 Muito alta >90 Alto >7 >8 >10

<n RillAtim TAr:nir:o. 100. IAC. 1997 Onlotirn T.!...-n;,.,.,... 1f\f\ IAf"' 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Um assunto que tem ocasionado polmica a necessidade de estabele- importante obter determinaes dos teores de argila do solo, no
cer, no solo, uma determinada relao Ca/Mg. H abundante informao na somente da camada arvel, mas tambm em profundidade. Os resultados so
literatura, a qual mostra que as produes de culturas no so afetadas por expressos em g/kg.
essa relao entre valores que variam de um mnimo ao redor de 0,5 at valores
acima de 30, desde que nenhum dos dois elementos esteja presente em teores 4.7 Interpretao de resultados de anlise de amostras do subsolo
deficientes.
A anlise de amostras retiradas na profundidade de 20-40 em serve para
O enxofre extrado do solo com soluo de CaH 2 P0 4 0,01 moi/L, que
diagnosticar possveis condies desfavorveis ao desenvolvimento radicular,
extrai principalmente a forma de sulfato, considerada disponvel. A interpreta-
o apresentada no quadro 4.3 refere-se camada arvel. Convm ressaltar principalmente de culturas menos tolerantes acidez. Essas condies so
dadas por:
que comum haver acmulo de sulfato abaixo da camada arvel e, assim, uma
Ca2+ < 4 mmolc/dm3
diagnose mais apurada sobre a disponibilidade de enxofre deve levar em conta,
tambm, os teores da camada de 20-40 em de profundidade. Al3+ > 5 mmolc/dm3, associado com saturao por alumnio (m) > 40%.
A anlise de amostras de subsolos tambm til para avaliar a disponi-
4.5 Micronutrientes bilidade de enxofre, pois o sulfato tende a acumular no subsolo.
Outra informao importante pode ser obtida com a anlise de potssio
A interpretao adotada apresentada no quadro 4.4. que, acusando resultados altos, indica lixiviao do nutriente.
O importante na interpretao da anlise qumica de micronutrientes em
solos o uso de extratores adequados para avaliar a sua disponibilidade. Os Bernardo van Raij, Jos Antonio Quaggio,
extratores que se revelaram mais eficientes, nos estudos realizados no Instituto Heitor Cantare/la e C/eide A. de Abreu
Agronmico, foram a gua quente para boro e a soluo do complexante DTPA Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
para zinco, ferro, cobre e mangans.
A interpretao da anlise de solo para micronutrientes pode ser aprimo-
rada pela considerao de diferentes espcies vegetais. Nas tabelas de adu-
bao, a interpretao da anlise de solo includa para aquelas culturas em 5. PRODUTIVIDADE ESPERADA
que tm sido constatadas deficincias freqentes.
O conceito de produtividade esperada est sendo introduzido para diver-
Quadro 4.4. Limites de interpretao dos teores de micro nutrientes em solos sas culturas como um dos critrios para alterar nveis de adubao. H razes
objetivas para considerar a produtividade esperada nas adubaes: a) culturas
B Cu Fe Mn Zn
Teor
DTPA mais produtivas requerem maior quantidade de nutriefltes; b) com maiores
gua quente
produes, h maior renda, o que permite a aquisio de maiores quantidades
mg/dm 3 de fertilizantes.
Baixo 0-0,20 0-0,2 0- 4 0-1,2 0-0,5 importante entender que a produtividade esperada no funo
Mdio 0,21-0,60 0,3-0,8 5-12 1,3-5,0 0,6-1,2 apenas das doses aplicadas de fertilizantes, dependendo de diversos fatores,
Alto >0,60 >0,8 >12 >5,0 >1 ,2 tais como solo, potencial gentico da planta cultivada, condies climticas
durante o ciclo da cultura e o manejo, incluindo neste o controle de pragas,
molstias e plantas daninhas e o fornecimento ou no de gua de irrigao. o
4.6 Matria orgnica e argila solo pode, em parte, ser melhorado com o manejo, fator este sob o controle do
O teor de matria orgnica do solo no revelou ser, no Estado de So produtor, mas tambm apresentar limitaes intrnsecas impossveis de ser
Paulo, um ndice adequado para predizer a disponibilidade de nitrognio em alteradas, como textura, por exemplo.
solos e, conseqentemente, no tem sido usado para essa finalidade. Portanto, produtividade esperada no deve ser confundida com produti-
O teor de matria orgnica til para dar idia da textura do solo, com vidade desejada.
valores at de 15 g/dm3 para solos arenosos, entre 16 e 30 g/dm3 para solos A definio de uma determinada produtividade esperada deve levar em
de textura mdia e de 31 a 60 g/dm3 para solos argilosos. Valores muito acima conta, sempre que houver informaes, as colheitas passadas dos ltimos
de. 60 g/dm3 indicam acmulo de matria orgnica no solo por condies anos. Assim, a meta de produtivi<;lade esperada deve ser colocada entre a
localizadas, em geral por m drenagem ou acidez elevada. mdia dos ltimos anos e a maior produtividade obtida. Dessa maneira, garan-

RAlAtim TP.nninA 1 ()() I Ar. 1 007 10


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

te-se o suprimento adequado de nutrientes para produes crescentes. Se as Quanto granulometria, a legislao exige que pelo menos, 95% do
metas de produtividade esperada forem sendo atingidas, convm aument-las material corretivo passe em peneira de 2 mm (ABNT n-o 1O), 70% em peneira
para as colheitas seguintes. de 0,84 mm (ABNT n. 0 20) e 50% em peneira de 0,30 mm (ABNT no 50).
Embora a escolha de uma produtividade esperada seja um difcil exerc- Do ponto de vista qumico, de acordo com a natureza do material, os
cio de adivinhar o futuro, no h alternativa melhor para adubar em condies mnimos exigidos pela legislao so os apresentados no quadro 6.1.
de produtividade muito diversa das culturas. melhor errar um pouco para
mais, para no deixar de ganhar em anos bons, lembrando que os aumentos Quadro 6.1. Valores mnimos, do poder de neutralizao (PN) e da soma dos
de produo, geralmente, tm valores muitas vezes maiores que o gasto com teores de clcio e de magnsio, exigidos pelo Ministrio da Agricultura, e
adubos. Alm disso, fsforo e potssio permanecem no solo, no caso de menor valores correspondentes com o uso do Sistema Internacional de Unidades
utilizao em anos de produtividades inferiores s previstas, no ocorrendo Poder de neutralizao Soma de clcio e magnsio
perdas desses nutrientes. Material
Equiv. CaC03 Moi CaO + MgO Ca + Mg
O problema maior passa a ser o nitrognio, que no se acumula no solo
em formas minerais, sendo sujeito lixiviao, alm de no existir mtodo de % moldkg % g/kg
anlise de solo para o nutriente em nossas condies. Por outro lado, como a Calcrio modo 67 13 38 250
aplicao do nitrognio feita de forma parcelada, com as maiores doses Calcrio calcinado agrcola 80 16 43 280
aplicadas quando o desenvolvimento da cultura j est em estado adiantado, Cal virgem agrcola 125 25 68 450
possvel alterar a sua dosagem mesmo aps o plantio, nas adubaes de Cal hidratada agrcola 94 19 50 330
cobertura, caso se preveja produtividade esperada menor do que a inicialmente
Escria 60 12 30 200
prevista. Para algumas culturas perenes, como caf e citros, por exemplo,
possvel utilizar um critrio mais tcnico, que a anlise foliar, mas tambm Outros 67 13 38 250
vinculado produtividade esperada.
O histrico das glebas , conseqentemente, um fator muito importante O poder de neutralizao (PN), expresso atualmente em porcentagem
para a melhor definio de um programa de adubao. Espera-se que, com o de "equivalente carbonato de clcio", representa o teor contido de neutralizan-
tempo, a previso de produtividade possa basear-se, de forma crescente, em tes. Seu valor pode ser determinado no laboratrio ou calculado, nos casos em
elementos tcnicos cada vez melhores, que incluem modelos agroclimticos, que a totalidade do clcio_e do magnsio esteja na forma de xidos, hidrxidos
levantamentos detalhados de solos etc. ou carbonatos, o que lhes garante o poder neutralizante dos compostos. O
clculo feito por:
6. CORREO DA ACIDEZ DO SOLO PN = CaO% x 1,79 + MgO% x 2,48':
A necessidade de correo da acidez, ou de cal agem, ser indicada nas Como as partculas mais grosseiras dos corretivos da acidez no dissol-
tabelas especficas de cada cultura, apenas como uma meta de saturao por vem no solo, no perodo de alguns meses, usa-se uma outra expresso, que
bases a se atingir. O clculo da calagem explicado neste captulo dentro de deprecia as partculas menos reativas. Trata-se do poder relativo de neutrali-
duas alternativas, ou seja, com base em representao dos corretivos em zao total (PRNT), calculado por:
porcentagem de xidos de clcio e magnsio ou considerando os teores desses
elementos em gramas por quilograma, dentro do Sistema Internacional de PRNT = (PN x RE)/1 00.
Unidades. O uso do gesso para a melhoria do ambiente radicular de solos O PRNT representa, assim, o valor do PN multiplicado porRE, que indica
cidos tambm discutido. a reatividade de partculas de calcrio de diferentes tamanhos, em relao ao
carbonato de clcio finamente modo, em um perodo de trs meses. A eficin-
6.1 Corretivos da acidez cia relativa calculada por:

Os corretivos da acidez do solo mais utilizados no Brasil so as rochas RE = 0,2x + 0,6y + z.


calcrias modas, chamados simplesmente de "calcrios", classificados, de sendo x a porcentagem do material retido na peneira ABNT n. o 20, y o material
acordo com a concentrao de MgO, em calcticos (menos de 5%), magnesia- retido na peneira ABNT n. 0 50 e z o material que passa pela peneira ABNT n. 0
nos (5 a 12%) e dolomticos (acima de 12%). Tambm existem os calcrios 50. O material retido na peneira ABNT n.o 10 considerado como tendo
calcinados. reatividade nula.

14 Ro!Atim Tr:nic:o. 100_ !AC. 1997


B. van RA!J et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

O gesso um material que vem sendo usado para aumentar os teores Outro aspecto a observar que o PRNT uma medida de teor ou
de clcio e reduzir a saturao de alumnio em subsolos cidos. Trata-se, contedo n~utralizante do corretiv.o e no de sua qualidade, como tem sido por
basicamente, de sulfato de clcio e as exigncias para comercializao so vezes considerado. Ass1m, o ma1s aconselhvel, na escolha do corretivo,
teores mnimos de 13% de S e 16% de Ca. O gesso tem ao totalmente considerar o custo do produto aplicado.
diferente dos corretivos do quadro 6.1, e por no ter ao direta sobre a acidez,
no se aplicam a ele os conceitos discutidos acima.
6.3 Incorporao do corretivo

6.2 Clculo da necessidade de calagem Os corretivos tm efeito principal sobre a acidez, a curto prazo restrito
a uma distncia pequena do local de aplicao. Assim, o benefcio ~ximo
A quantidade de calcrio a aplicar, para elevar a saturao por bases do p:incipallllente. para a primeira cultura, obtm-se com a aplicao antecipada:
solo de um valor atual, V1 , a um valor maior, V 2, calculada pela expresso distnbUJao un1forme e a mais profunda incorporao.
seguinte: Uma regra importante que a calagem deve ser realizada com a maior
CTC (V2- V1)
NC antecedncia possvel ao plantio. Contudo, prefervel aplicar o calcrio
10 PRNT prximo semeadura que deixar de faz-lo.
na qual NC a necessidade de calagem, dada em t/ha, e CTC a capacidade O corretivo deve ser espalhado da forma mais uniforme possvel sobre
de troca de ctions do solo, expressa em mmo1Jdm3. Os demais smbolos j o terreno e inco~porado. Os arados, tanto de disco como de aiveca, proporcio-
foram explicados. nam mcorporaoes ma1s profundas que as grades aradoras. Melhor uniformi-
Para calcrios modos, quando o PRNT no determinado, pode-se dade de incorporao consegue-se com a aplicao do calcrio de uma s vez,
adotar um valor mdio para o PRNT de 67%. Os resultados devem ser arredon- realizando uma pr-mistura com grade semipesada e, a seguir, de preferncia
dados em nmeros inteiros, no se aplicando menos de 1 t/ha, j que difcil com o solo mido, arao profunda para completar a incorporao. Uma
aplicar quantidades menores com os equipamentos disponveis no mercado. segunda opo, talvez mais apropriada para pequenas e mdias propriedades
A escolha dos valores de V a serem atingidos com a calagem (V 2) consiste na aplicao de metade da dose antes da arao e metade antes d~
depende da cultura, e esto indicados nas respectivas tabelas. Por exemplo, gradeao.
para o arroz irrigado recomenda-se atingir V 2 ~50% e, para alfafa, V2 ~ 80%. . Para cult~ras perenes formadas, a incorporao profunda nem sempre
Nesta edio do Boletim 100, houve alterao dos valores preconizados para e poss1v~l e ha algumas :Particularidades a serem observadas. Assim, para
diversas culturas. A importncia do mtodo de clculo da necessidade de c1tros, a epoca de aplicaao mais favorvel no incio da estao seca (maio
calagem descrito est na considerao das diferenas de tolerncia acidez a junho) e a incorporao deve ser feita com grade. Para o caf, o perodo mais
entre culturas. apropriado logo aps a colheita.
Alm de corrigir a acidez, a cal agem deve garantir teores suficientes de Os problemas mais srios que vm ocorrendo com a calagem so a
magnsio no solo, admitidos como 5 mmolcidm3 para a maioria das culturas e aplicao muito prxima ao plantio ou a incorporao muito rasa. No primeiro
9 mmo1Jdm3 de Mg2+ para culturas muito adubadas com potssio. O clcio , caso, a conseqncia uma reduo do efeito da calagem sobre a produo,
normalmente, suprido em quantidades suficientes pela calagem, j que os pelo pouco tempo para a reao do corretivo com o solo. No segundo, ocorre
teores necessrios so baixos, conforme explicado no captulo 4. uma "supercalagem" em uma camada superficial, o que pode agravar deficin-
Dessas consideraes resulta que a relao Ca/Mg tambm no um cias de micronutrientes, e um efeito da cal agem em apenas uma camada rasa
fator que precisa ser levado em conta na calagem, desde que seja garantido do solo, o que limita o desenvolvimento radicular e, conseqentemente, 0
um teor adequado de Mg. A importncia do equilbrio entre as bases no solo melhor aproveitamento da gua do solo, com reflexos negativos na produti-
para a produo das culturas tem sido muito discutida, nos ltimos anos, no vidade.
Pas. Existem recomendaes tcnicas para se ajustar a relao Ca/Mg para
valores entre 3 e 4, sem nenhuma sustentao experimental. Ao contrrio, os 6.4 Reduo da acidez do subsolo
resultados experimentais sobre este assunto, tanto nacionais como internacio-
nais, tm demonstrado que a relao Ca/Mg tem pouca importncia para a . A acidez do subsolo dificulta ou impede, em muitos casos, a penetrao
produo das culturas dentro de um amplo intervalo de 0,5:1 at 30:1, desde de ra1zes. Os fatores envolvidos so teores baixos de clcio ou teores elevados
que os teores desses nutrientes no solo no estejam prximos aos limites de de alumnio. Freqentemente, esses dois problemas ocorrem concomitante-
deficincia. mente em solos muito cidos.

Boletim Tcnico. 100. !AC. 1997


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Calagens elevadas e adubaes freqentes contribuem para reduzir Quadro 6.2. Exemplo de comparao do clculo da necessidade de calagem,
significativamente esses problemas de acidez, promovendo o desenvolvimento usando o sistema atual e o Sistema Internacional de Unidades
profundo das razes no subsolo, em decorrncia da lixiviao de sais atravs
do perfil do solo.
Parmetro Sistema atual Sistema novo
O gesso, um sal solvel em gua, outro insumo que tem apresentado
efeito favorvel no desenvolvimento do sistema radicular no subsolo, devido Corretivo
ao aumento dos teores de clcio, reduo da saturao de alumnio e, em Clcio CaO 23% Ca = 164 glkg
alguns casos, reduo efetiva da acidez. Magnsio MgO = 19% Mg = 115 glkg
As condies em que o gesso pode ter efeito positivo na produo de Frao peneira 20 X =12% X= 120 g/kg
culturas dependem da acidez ou deficincia de clcio do subsolo, alm do grau Frao peneira 50 (y) y:;;;:; 35% y = 350 glkg
de tolerncia de cultivares toxidez de alumnio e deficincia de clcio. De Frao passa peneira 50 (z) z 55% z = 550 glkg
maneira geral, em solos com teores de Ca2+ inferiores a 4 mmolcfdm3 e/ou com Poder de neutralizao total PN = 88,9% Equiv. CaC03 PN = 17.63 mmolclkg
saturao de alumnio acima de 40%, pode-se esperar efeito, desde que os Reatividade RE = 77,2% RE 0,772
teores de alumnio no sejam muito elevados. As quantidades a aplicar depen-
Poder de neutralizao efetivo PRNT = 68,6% Equiv. CaC03 PNE 13,61 mmolclkg
dem da textura, e podem ser estimadas por: NG = 6 x argila; onde, NG a
necessidade de gesso em kg/ha, e o teor de argila dado em g/kg. O efeito Solo
residual do gesso, como o do calcrio, perdura por vrios anos, em solos que CTC 73 mmolcldm 3 73 mmolc/dm 3
nunca receberam aplicaes desse insumo. v, 23% 23%
Vz 60% 60%
Necessidade de calagem 3,94 !lha 3,97 !lha
6.5 Clculo da necessidade de calagem usando o Sistema Interna-
cional de Unidades
Para adequar os clculos dos valores de PN, RE e PRNT ao Sistema
Internacional de Unidades, necessrio expressar os teores de clcio e Jos Antonio Quaggio e Bernardo van Raij
magnsio e as diferentes fraes granulomtricas em gramas por quilograma Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
(g/kg). Os clculos so feitos pelas seguintes expresses:
PN = Ca/20,0 + Mg/12,2
PNE = PN x RE 7. ADUBAO FOSFATfi.DA
RE = (0,2x + 0,6y + z)/1.000 Nas tabelas de adubao, a recomendao de adubao fosfatada, ser
Nesse caso, o PN expresso em molcfkg e os teores de Ca e Mg devem feita em termos de P20 5, j que esta representao est profundamente
estar em g/kg. O poder de neutralizao efetivo, ou PNE, que corresponde ao arraigada nos meios agronmicos, no comrcio e na legislao. Contudo,
PRNT, tambm expresso em mol 0 /kg do corretivo. A eficincia relativa das sempre que possvel, a representao nova, em termos de P, ser tambm
partculas calculada com as fraes granulomtricas indicadas tambm em indicada para permitir comparaes.
g/kg do corretivo. O clculo da cal agem feito por:
NC = [2 CTC (Vz- Vt)] I 100 PNE 7.1 Fertilizantes fosfatados
Um exemplo comparativo do clculo da calagem, usando os dois siste- Os principais fertilizantes fosfatados comercializados no Brasil apresen-
mas de unidades, dado no quadro 6.2. Note-se que na anlise de solo j foi tam-se no quadro 7.1. A caracterizao desse material feita de duas maneiras.
decidida a mudana de unidades; assim, no apresentado o clculo usando No caso dos fosfatos solveis em gua, so indicados os teores de fsforo
miliequivalentes, que no mais recomendado. J no caso de corretivos, no solvel em citrato neutro de amnia + gua e apenas o teor solvel em gua;
, ainda, possvel, utilizar o Sistema Internacional de Unidades, pois a legisla- para os fosfatos insolveis em gua, indica-se o teor total e o teor solvel em
o e o comrcio ainda empregam as representaes antigas. De qualquer cido ctrico a 2% (20 g/L).
forma, o exemplo mostra que os clculos pelo Sistema Internacional de Unida- As exigncias mnimas de teores de fsforo, medidos por cada uma
des so mais simples. dessas determinaes, variam com a natureza do fosfato. Assim, os teores

18 Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 RnlAtim TP.nir.A 1 00 I Ar. 1 QQ7 1Q


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

apresentados no quadro 7.1 so a garantia mnima exigida pelo Ministrio da Nas adubaes, aplica-se maior parte do fsforo atravs de frmulas
Agricultura, o que no impede que a comercializao se d com garantias NPK, preparadas com diversas matrias-primas, predominando os fosfatos
superiores. solveis em gua. No caso das frmulas, os clculos de adubao devem levar
O quadro 7.1 apresenta os teores de fsforo, na representao usual, em conta os teores solveis em. citrato de amnio + gua. Existem muitos
em porcentagem (%) de P2 0 5 e em gramas de P por quilograma de produto adubos fosfatados, mas o princpio de caracterizao e de uso similar.
(g/kg). So tambm indicados os teores de N e S contidos nos adubos.
A interpretao dos teores de fsforo em adubos fosfatados varia com a 7.2 Adubao fosfatada
sua solubilidade em gua. Os chamados fosfatos solveis - superfosfatos e
fosfatos de amnio - tm a maior parte do fsforo solvel em gua, o que Nas recomendaes de adubao, as quantidades de fsforo a aplicar
significa pronta disponibilidade. Nesses casos h, tambm, uma frao relati- dependem dos teores de fsforo no solo, determinados pelo mtodo de extra-
vamente pequena de fosfato insolvel em gua, mas solvel em citrato de o com resina de troca inica e para diversas culturas a produtividade
amnio, tambm considerado disponvel, embora no imediatamente. Os de- esperada tambm levada em conta.
mais fosfatos mostrados no quadro 7.1 so insolveis em gua: O fsforo o nutriente que mais limita a produtividade na maioria dos
Alm do "fosfato natural", que representa material de origem nacional, solos nunca ou pouco adubados. Com adubaes freqentes, os teores tendem
de baixa eficincia, o hiperfosfato um fosfato natural importado, de alta a subir, em razo do efeito residual, mas a quantidade exigida para atingir
eficincia, chamado tambm de fosfato natural de alta reatividade. Na aduba- teores altos na anlise de solo bastante elevada, maior para solos mais
o fosfatada com esses adubos, os clculos devem ser feitos considerando argilosos.
apenas os teores totais de fsforo; os teores solveis em cido ctrico servem Em So Paulo, existem poucas reas novas a serem cultivadas e, assim,
to somente para caracterizar produtos de diferentes origens. O termofosfato no se pratica normalmente a chamada adubao corretiva com fsforo, em-
caracterizado da mesma maneira, mas os teores de fsforo solvel em cido bora ela possa ser vantajosa em culturas de alto retorno, em solos muito
ctrico so mais elevados. deficientes. Prefere-se a adubao localizada, em sulcos ou covas, ou sobre o
solo, no caso de culturas perenes, embora essa maneira de aplicar seja menos
Quadro 7.1. Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mnimas, eficiente.
de acordo com o Ministrio da Agricultura As recomendaes das tabelas de adubao pressupem fsforo solvel
Outros
em citrato neutro de amqoio + gua. Em solos deficientes, que iro receber
Fertilizante Representao Teores de fsforo nutrientes quantidades moderadas de fsforo, e tambm em culturas de crescimento
rpido, importante usar adubos com elevada proporo de fsforo solvel em
Fosfatos solveis em gua Citrato de gua.
amnia +gua gua
Termofosfatos e osfatos naturais so mais eficientes se usados em
Superfosfato simples PzOs,% 18 16 10% de S
forma de p fino e incorporados em solos cidos, principalmente os ltimos.
P, g/kg 80 70 100 g/kg de S
Mesmo nessas condies, os fosfatos naturais de baixa solubilidade em cido
Superfosfato triplo PzOs,% 41 37
180 160
ctrico, freqentemente produzem efeitos modestos e incertos sobre o desen-
P, g/kg
volvimento das culturas. Melhores resultados so obtidos com o termofosfato
Fosfato diamnico PzOs,% 45 38 16% de N
P, g/kg 200 170 160 g/kg de N e os fosfatos naturais de alta reatividade.
(DAP)
Fosfato monoam- P20s,% 48 44 9% de N O fsforo praticamente imvel no solo. Assim, sempre que possvel,
nico (MAP) P, g/kg 210 190 90 g/kg de N esse nutriente deve ser colocado dentro do solo, em sulcos ou covas, no caso
de fosfatos solveis em gua. Para as culturas perenes, deve-se aproveitar a
Fosfatos insolveis em gua
Total cido ctrico fase de instalao para aplicar o fsforo em profundidade no solo, nas covas
Fosfato natural Pzs,% 24 4 ou sulcos. No se deve aplicar fsforo em cobertura para plantas de ciclo curto,
P, g/kg 100 20 a no ser que o adubo seja coberto por terra, para possibilitar a absoro do
Hiperfosfato em p PzOs,% 30 12 nutriente pelas razes.
P, g/kg 130 50
Termofosfato Pzs,% 17 14 7% de Mg Bernardo van Raij
P, g/kg 70 60 70 g/kg de Mg
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC

00 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 Boletim Tc:nico. 100. lAC. 1!=1~7 01
8, van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

8. ADUBAO OM NITROGNIO, POTSSIO E ENXOFRE

8.1 Nitrognio
A recomendao de nitrognio, nas tabelas de adubao desta publica- o
o, um dos poucos casos em que a anlise do solo no , praticamente, """"
levada em conta. So considerados o manejo e o histrico da gleba, a produ- ~
tividade esperada e, para algumas culturas, o teor de N folia r. .2"'
o
8.1.1 Fertilizantes nitrogenados
Os principais fertilizantes nitrogenados comercializados no Brasil so
listados no quadro 8.1. O nitrognio pode estar nas formas amdica (uria),
amoniacal ou ntrica e todas as fontes so solveis em gua. Uma vez no solo, 000
em poucas semanas, a maior parte do N amdico ou amoniacal passa para a
forma ntrica, pouco retida no complexo de troca, e sujeita a perdas por (/) ' '
"'"'"'
~ "'
g
lixiviao. Estimativas de caminhamento de nitrato no solo indicam valores de
0,5 mm/mm de chuva para solos argilosos a mais de 3 mm/mm de chuva para
solos arenosos. 1'--.::I'('I)C\IlO
~ "'"""'"'"" cn
Para minimizar perdas por lixiviao, os adubos nitrogenados so parce- (/)
N ' ' tbN 6
(\J ~(\J
lados de modo que as plantas os recebam nos perodos em que o N possa ser
prontamente absorvido. Para as culturas perenes, o N aplicado em 3 a 5 vezes
no perodo das chuvas. Nas culturas anuais, o N parcelado em duas ou trs
vezes, sendo uma pequena parte no plantio, dependendo do ciclo da cultura,
dose recomendada e tipo de solo. A maior parte do N, cerca de 2/3, aplicada
em uma ou duas vezes, a partir do perodo em que a planta inicia a fase de
ativo crescimento.
Em solos com pH acima de 7, adubos contendo N na forma amonaca!,
aplicados na superfcie do solo, esto sujeitos a perdas de N por volatilizao
de amnia. No entanto, solos nessas condies so pouco comuns no Estado z
de So Paulo. A uria, porm, quando aplicada na superfcie est sujeita a
perdas de amnia mesmo em solos cidos. As perd'!S a campo so variveis,
mas estima-se que possam chegar a 20% ou mais do N aplicado se as
z
condies favorecerem a volatilizao. As perdas so maiores se a uria for
aplicada em solo mido, seguido de vrios dias de sol, quando a evaporao
de gua favorecida, ou se a uria for colocada sobre resduos de plantas, tais
como a palhada formada em plantio direto. A uria aplicada sobre solo seco
no se hidrolisa e, portanto, no perde amnia, at que condies de umidade
permitam a hidrlise. Por outro lado, chuva ou irrigao de 1O a 20 mm
geralmente so suficientes para levar a uria para o interior do solo e prevenir
as perdas. O enterrio ou cobertura da uria com 5 em de solo normalmente
suficiente para controlar as perdas.
Em solos de vrzea, que permanecem inundados durante parte ou todo .

o ciclo da cultura, no se deve empregar adubos com nitrognio na forma o


ntrica. As condies redutoras do solo provocam rpida desnitrificao, que "'
c
{'!
resulta na produo de N2 ou NzO que so perdidos por volatilizao. Para o
Q.

esses solos, recomenda-se adubos contendo N amoniacal ou amdico.

22 Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 Rr.lctirn Tf'ni,-.r. 1(\(\ IA(" 1007
8. van RAlJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

A nitrificao de adubos contendo N amoniacal produz H+, e provoca a 1 - Alta resposta esperada: solos bem corrigidos e com mdia ou alta
acidificao dos solos. A intensidade de acidificao depende do adubo utiliza- disponibilidade de P e K e que tenham sido cultivados com gramneas como o
do (Quadro 8.2). Culturas que recebem altas doses de N localizadas, como o milho, arroz, trigo, ou culturas no fixadoras de N, como o algodo; reas
caf e os citros, podem ter uma intensa acidificao na zona adubada e irrigadas com alto potencial de produo, sujeitas a maior lixiviao; reas nos
necessitar de aplicaes mais constantes de calcrio. primeiros anos de plantio direto; solos arenosos mais sujeitos a lixiviao ou
solos arenosos em regies quentes, onde a decomposio dos resduos de
Quadro 8.2. Equivalentes de acidez(-) ou de alcalinidade(+) dos principais cultura muito rpida;
fertilizantes nitrogenados
2 - Mdia resposta esperada: solos muito cidos e que sero corrigidos
Equivalente em kg de CaC03 com calcrio, com produtividade limitada no primeiro ano e onde se espera
Fertilizante
Por kg de N Por 100 kg do produto maior mineralizao do N do solo devido correo do solo; solos com plantio
anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
Amnia anidra -1,80 -148
Uria 1 ,80 -79 3 - Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
-1,80 -58 aps pastagens; cultivo intenso de leguminosas ou plantios de adubo verde
Nitrato de amnia
precedendo a cultura a ser adubada.
Nitroclcio o o
-107 Os critrios para definir classes de resposta no so rgidos e, em
Sulfato de amnio -5,35
algumas situaes, pode-se preferir uma classe diferente daquela escolhida
MAP -5,00 -45
pela aplicao das normas acima. Por exemplo, em solos muito arenosos, onde
Cloreto de amnio -5,60 -140
a decomposio da matria orgnica fresca (pastagens ou adubaes verdes
Nitrato de clcio +1 ,35 +19 incorporadas ao solo) rpida, a classe de resposta baixa deve ser mudada
Nitrato de sdio +1 ,80 +27 para classe de mdia ou alta resposta.
Nitrato de potssio +2,00 +26
8.2 Potssio

8.1.2 Adubao nitrogenada O potssio , geralmente, o segundo elemento extrado em maior quan-
tidade pelos vegetais. O potssio trocvel representa a frao disponvel s
Para a maioria das culturas, o nitrognio o nutriente absorvido em
plantas, embora, em alguns solos, formas no-trocveis tambm possam con-
maiores quantidades, dai sua alta exigncia. tribuir para o fornecimento a curto prazo deste n)Jtriente"
Cerca de 95% ou mais do N do solo faz parte da matria orgnica, que
O potssio presente nos tecidos vegetais no incorporado frao
constitui o grande reservatrio desse nutriente. No entanto, a capacidade do orgnica, permanecendo como on. Assim, quando parte do material vegetal
solo de fornecer N s culturas depende da mineralizao do N orgnico, funo reciclado aps a colheita, o K presente pode voltar rapidamente ao solo, em
de fatores climticos, de difcil previso. Assim, a anlise de solo tem pouca forma prontamente disponvel. Quando o solo amostrado com vegetao
utilidade, at o momento, para ajudar a definir a adubao nitrogenada. exuberante, o resultado da anlise pode subestimar o teor de K disponvel, pois
As doses de N recomendadas para as principais culturas neste boletim uma parte substancial deste nutriente pode estar na biomassa vegetal. Isso
foram determinadas com base na classe de resposta a N, definida conforme o pode ter alguma importncia, principalmente em solos pobres.
manejo e histrico da gleba, no rendimento esperado e nos teores foliares. A
produtividade esperada um importante parmetro para recomendao de 8.2.1 Fertilizantes potssicos
adubao com nutrientes como N e K pois, em vista da suas altas concentra- Os fertilizantes potssicos mais comuns so listados no quadro 8.1. Nas
es nas plantas, a necessidade da cultura varia muito com o potencial de pro- formas de cloreto, sulfatos ou nitratos, so todos solveis em gua e pronta-
dutividade. O teor de N nas folhas tem se revelado um bom critrio para ajustar mente disponveis s plantas. As concentraes do nutriente nos fertilizantes
as recomendaes de N em plantas perenes, tais como citros, caf e manga. so indicadas em % de K20, como na atual legislao, e tambm em g/kg de K.
A capacidade do solo para fornecer N e, conseqentemente, a necessi- O cloreto de potssio a fonte mais barata e mais utilizada. Devido ao
dade de adubao nitrogenada varia conforme o manejo do solo e a cultura alto teor de cloro, no recomendado seu uso em altas doses em culturas
anterior. Neste boletim, foram definidas trs classes de resposta a N, as quais sensveis ao excesso desse elemento, tais como o fumo. No entanto, esta
podem ser ajustadas conforme a cultura a ser adubada: restrio no se aplica maioria das espcies.

R"l"'tim T,..nif'f'\ 1(\(\ ltd'. 1007


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

8.2.2 Adubao potssica necessidades de S podem ser satisfeitas pela adubao com N e P. Essa
estratgia quase sempre a mais econmica, uma vez que as necessidades
A anlise de solo fornece informaes seguras para se avaliar a dispo-
de S para as culturas so, geralmente, pequenas.
nibilidade de potssio s culturas e o principal parmetro utilizado para definir
a recomendao das doses de fertilizantes potssicos nas tabelas desta publi- A gessagem, realizada com o propsito de minimizar problemas de
cao. Outro parmetro importante a produtividade esperada, que reflete a acidez e falta de clcio em subsuperfcie (vide captulo 6), geralmente fornece
extrao do nutriente pela cultura e a remoo pelas colheitas. S alm das necessidades das culturas e, por isso, pode resolver o problema
de suprimento de S como nutriente por vrios anos.
As tabelas de recomendao geralmente prevm a aplicao dos fertili-
zantes potssicos no sulco de plantio, embora esta tambm possa ser feita a O enxofre elementar (8), ou flor de enxofre, com 95 g/kg de S, tambm
lano, antes do plantio. Em solos pobres, a aplicao no sulco mais vantajosa uma fonte eficiente deste nutriente para as plantas, embora de solubilidade
pois, com doses menores, possvel garantir maior quantidade de nutrientes bastante baixa. A disponibilidade do S dessa fonte depende da oxidao a
prximo do sistema radicular. Em solos com teores altos, a influncia do modo sulfato, cuja velocidade funo da granulometria: quanto mais fina, mais
de aplicao menor. rpida a oxidao. No entanto, o forte poder acidificante do enxofre elementar
A aplicao de altas doses de potssio no sulco de plantio deve ser deve ser levado em considerao (32 kg de S necessitam de 100 kg de CaC0 3
puro para neutralizar a acidez produzida).
evitada devido ao efeito salino e, em alguns casos, para diminuir perdas por
lixiviao. O excesso de sais prximo s sementes e plntulas pode provocar- 8.3.2 Adubao com enxofre
-lhes a morte e reduzir o "stand", prejudicando a produo. Alm disso, em solos A extrao de enxofre pelas culturas corresponde geralmente a 1O a 15%
arenosos, h o risco de perdas por lixiviao, pois a quantidade de colides do da de nitrognio. No entanto, o uso de frmulas concentradas, pobres em
solo na zona de aplicao do adubo pode no ser suficiente para reter grandes enxofre, por longos perodos de tempo, pode colaborar para o empobrecimento
doses do nutriente. Assim, para culturas anuais, recomenda-se no exceder 60 do solo e provocar deficincia desse nutriente. Por isso, recomenda-se que a
kg/ha de K2 0 no sulco de plantio. O restante deve ser aplicado em cobertura aplicao de enxofre no seja negligenciada nos programas de adubao.
no incio da fase de maior desenvolvimento das plantas, lembrando que apli- Nas tabelas desta publicao, geralmente a recomendao da dose de
caes tardias ou em solos muito argilosos, podem no ser eficientes. Para S no est amarrada anlise do solo, pois poucos laboratrios fazem a
doses maiores que 100 kg/ha de K20, a aplicao a lano, com incorporao determinao desse nutriente em solo. No entanto, os resultados da anlise de
antes do plantio, tambm uma alternativa. S-sulfato tm sido usados com relativo sucesso para prever a disponibilidade
desse nutriente s plantas:
8.3 Enxofre
Heitor Cantare/la
A maior parte do S do solo est na forma orgnica e necessita passar Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
por processo de mineralizao para se tornar disponvel s plantas. A forma
inorgnica predominante em solos bem drenados a do sulfato, cuja determi-
9. ADUBAO COM MICRONUTRIENTES
nao bastante utilizada para avaliar a disponibilidade desse nutriente. Em
muitos solos, o sulfato mais retido nas camadas subsuperficiais com reao As deficincias de micronutrientes em culturas representam uma preo-
cida, devido presena de cargas positivas e menores teores de nions como cupao crescente, j que elas vm-se acentuando, podendo acarretar srios
o fosfato, que competem por esses stios de adsoro. Assim, a amostragem prejuzos na produtividade. O cultivo em solos de baixa fertilidade, a calagem
do solo para anlise de sulfato deve tambm ser feita na camada de 20 a 40 em, e o aumento da produtividade, so fatores que tm favorecido o aumento das
quando a profundidade do sistema radicular assim o justificar. deficincias de micronutrientes. A anlise de solo para micro nutrientes, intro-
duzida nesta publicao, dever ser importante instrumento para orientar a
8.3.1 Fertilizantes contendo enxofre adubao, principalmente se for usada em conjunto com informaes espec-
ficas sobre as espcies ou variedades cultivadas.
Os principais fertilizantes minerais contendo enxofre so apresentados
no quadro 8.1. Em quase todas as fontes, o S est na forma de sulfato,
9.1 Fertilizantes contendo micronutrientes
prontamente disponvel, mesmo na forma de sulfato de clcio, de solubilidade
relativamente baixa, presente no gesso e no superfosfato simples. Este nutrien- Sais e xidos inorgnicos, silicatos fundidos e quelatos - so usados
te faz parte de importantes fontes de nitrognio, como o sulfato de amnia, e como fontes de micronutrientes, isoladamente ou incorporados em formulaes
de fsforo, como o superfosfato simples, de modo que, muitas vezes, as com macronutrientes.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

O quadro 9.1 apresenta os principais produtos comercializados no Brasil, 9.2 Adubao com micronutrientes
com os teores mnimos exigidos pelo Ministrio da Agricultura. Na prtica, Existem grandes diferenas de comportamento de espcies vegetais e
podem ser encontrados produtos com teores bem mais elevados. A solubilidade at mesmo de variedades dentro das mesmas espcies, na suscetibilidade a
ou no em gua um dos importantes atributos utilizados para orientar o modo deficincias de micronutrientes. Assim, nas tabelas de adubao das culturas,
de aplicao. a anlise de solo para micronutrientes considerada naqueles casos em que
Os principais fertilizantes so os sais inorgnicos solveis dos elemen- ocorreram deficincias, em So Paulo, principalmente para zinco e boro e, em
tos. Tambm so utilizados xidos, insolveis em gua. Os chamados silicatos, poucos casos, para cobre e mangans. Ainda no est sendo feita anlise de
conhecidos como "fritas", so obtidos por fuso de silicatos com os micronu- solos para molibdnio.
trientes. Eles so comercializados com grande diversidade de nutrientes, no As recomendaes de adubao de micronutrientes, quando indicadas
mnimo dois, e com os teores mnimos apresentados no quadro 9.1. Os nas tabelas de adubao das culturas, so para aplicaes localizadas, no
quelatos so produtos solveis que mantm os metais neles contidos fo~temen sulco ou em covas, ou mesmo na superfcie do solo, para culturas perenes,
te complexados, em muitos casos protegendo os elementos de reaoes que exceto naqueles casos em que prescrita a aplicao !aliar.
poderiam reduzir sua disponibilidade no solo. Em aplicaes localizadas, as formas solveis em gua so mais pron-
Tem havido uma tendncia crescente de incorporao dos micronutri- tamente disponveis, principalmente para culturas de crescimento rpido. As
entes em formulaes NPK, principalmente por causa da dificuldade de aplica- fontes insolveis so favorecidas pelo maior contato com o solo, propiciado por
o das pequenas quantidades normalmente necessrias nas adubaes. incorporao em rea total ou com a terra de sulcos ou covas.
Quadro 9.1. Principais fontes de micronutrientes utilizados no Brasil e garantias Dos micronutrientes, apenas o cloro e o boro apresentam mobilidade
mnimas exigidas pelo Ministrio da Agricultura acentuada no solo, entretanto, no existe registro de ocorrncia de deficincias
de cloro nas condies de So Paulo. J o boro, pela sua mobilidade, pode ser
Garantia mnima Solubilidade aplicado em adubao de cobertura, at em culturas anuais.
Nutriente Fertilizante (cone. do elemento) em gua Os micronutrientes, com exceo do ferro, apresentam efeito residual
% g/kg das adubaes que podem estender-se por vrios anos, dependendo das
Brax 11 110 Solvel quantidades aplicadas. Assim, a anlise de solo pode ser usada para acompa-
Boro
cido brico 17 170 Solvel nhar as variaes sendo, em geral, bastante fcil atingir valores altos. Essa
Silicato 1 10 Insolvel uma informao especialmente importante, no caso de culturas intensivas que
recebem vrias aplicaes por ano, possibilitando, com o monitoramento pela
Cobre Sulfato 13 130 Solvel
anlise de solo, evitar acmulos que podem tornar-se txicos, o que mais
xido cprico (CuO) 75 750 Insolvel
Insolvel provvel de ocorrer para boro.
Silicato 2 20
Quelato 5 50 Solvel O molibdnio pode ser aplicado, de maneira muito eficiente, junto com
as sementes. Isso possvel pelas baixas quantidades do nutriente exigidas
Ferro Sulfato ferroso 19 190 Solvel
pelas plantas, o que no ocorre com os demais micronutrientes.
Sulfato frrico 23 230 Solvel
Quelato 5 50 Solvel A aplicao fali ar pode ser utilizada para os micronutrientes, com soluo
de sais inorgnicos solveis em gua. Nos casos em que isso recomendado,
Mangans Sulfato manganoso 26 260 Solvel as concentraes preconizadas so dadas nas tabelas de adubao. Para
xido manganoso 41 410 Insolvel
diversas culturas perenes, a pulverizao foliar com micronutrientes uma
Silicato 2 20 Insolvel
rotina, aproveitando-se a aplicao de pesticidas. Para as hortalias, a prtica
Quelato 5 50 Solvel
tambm bastante comum, mas para culturas anuais extensivas, a adubao
Molibdnio Molibdato de sdio 39 390 Solvel foliar de micronutrientes em geral s se justifica em situaes de emergncia.
Molibdato de amnia 54 540 Solvel Em todas as situaes, quando houver deficincia de zinco e mangans,
Sllicato 0,1 Insolvel recomendvel a aplicao ao solo, de preferncia no plantio.
Zinco Sulfato de zinco 20 200 Solvel
xido 50 500 Insolvel Cleide Aparecida de Abreu
Silicato 3 30 Insolvel
e Bernardo van Raij
Quelato 7 70 Solvel
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-IA C

Cl..-.1.-.+l....-. T.:. .... .-.1.-." if\f'l 11\f'"' i00'7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

10. ADUBAO ORGNICA pelos adubos para manter uma quantidade fixa de 100 kg/ha de N mineralizado
por ano. Com rela~ ao P e a_o K, pode-se assumir que 70% do p e pratica-
H um interesse crescente na utilizao de adubos orgnicos, pelo seu
mente todo o K estarao dJsponJveJs no primeiro ano de aplicao.
reconhecido efeito benfico na produtividade das culturas. Neste captulo, so
dadas informaes, no s sobre adubos orgnicos mais tradicionais, mas Quadro 1 0.1. Composio tpica de vrios materiais orgnicos de origem animal
tambm sobre o uso de resduos diversos na agricultura, considerando que sua vegetal e agroindustrial (sem secar) '
aplicao ao solo , muitas vezes, uma maneira conveniente de reciclagem
desses materiais orgnicos. Materiais orgnicos CIN Umidade c N p K Ca

10.1 Adubos orgnicos g/kg


Esterco bovino fresco 20 620 100 5 2,6 6
O principal efeito da adubao orgnica a melhoria das propriedades 2
Esterco bovino curtido 21 340 320 15 12 21 20
fsicas e biolgicas do solo. Embora os adubos orgnicos mais utilizados
Esterco de galinha 10 550 140 14 8 7 23
possuam nutrientes em teores geralmente baixos e desbalanceados, necessi-
Esterco de porco 9 780 60 7 2 5 12
tando de suplementao com fertilizantes minerais para a maioria das culturas,
Composto de lixo 27 410 160 6 2 3 11
as aplicaes carreiam nutrientes que devem ser considerados nas adubaes.
lodo de esgoto 11 500 170 16 8 2 16
Os nutrientes presentes em adubos orgnicos, principalmente o nitrog-
nio e o fsforo, possuem uma liberao mais lenta que a dos adubos minerais,
Vinhaa in natura 17 950 10 0,6 o, 1 3
dependente da mineralizao da matria orgnica, proporcionando disponibili- Torta de filtro 27 770 80 3 2 0,6 5
Torta de mamona 10 90 450 45 7 11 18
dade ao longo do tempo, o que muitas vezes favorece um melhor aproveita-
Mucuna 20 870 60 3 0,6 3 2
mento.
Crotalria jncea 25 860 70 2,8 0,4 3 2
Uma composio tpica de vrios adubos orgnicos, usados para melho-
rar a fertilidade do solo, apresentada no quadro 10.1. Milho 46 880 60 1,3 0,2 3 0,5
Aguap 20 940 20 1 o, 1
Algumas caractersticas importantes das principais prticas utilizadas no
manejo da matria orgnica do solo, com respeito adio e liberao de
nutrientes s plantas so consideradas a seguir. Materiais orgnicos Mg s Zn Cu Cd Ni Pb
-g/kg- mg/kg
10.2 Estercos de origem animal Esterco bovino fresco 33 6 o 2 2
So os mais importantes adubos orgnicos, merecendo assim uma Esterco bovino curtido 6 2 217 25 .. o 2
ateno parte. Esterco de galinha 5 2 138 14 2 2 17
Embora os estercos possuam praticamente todos os elementos neces- Esterco de porco 3 242 264 o 2 3
srios ao desenvolvimento das plantas, as quantidades normalmente aplicadas Composto de lixo 1 2 255 107 2 25 111
no so suficientes para suprir as necessidades das culturas. Os estercos so lodo de esgoto 6 2 900 435 11 362 360
considerados, em geral, como fontes de nitrognio, seu constituinte mais Vinhaa in natura 0,4 0,5 3 5
importante, mas outros nutrientes no podem ser desprezados, tais como Torta de filtro 0,8 3 20 13
fsforo e potssio, alm de cobre e zinco nos estercos de galinha e de porco. Torta de mamona 5 128 73
O nitrognio dos estercos e de outros materiais orgnicos pode ser Mucuna 0,4 6 3
manejado mediante as denominadas "sries de decaimento", que expressam Crotalria jncea 0,4 2 1
a porcentagem de mineralizao do N que ocorre a cada ano aps a aplicao Milho 0,2 0,2 3 1
do resduo. Como exemplo, um adubo orgnico com uma srie de decaimento Aguap 0,2 0,2 3 2 o 2
de 0,30; o, 1 O; 0,05 indica que, para o primeiro ano, 30% do seu contedo total
Os valores no so absolutos, servindo apenas para uma avaliao de ordem de grandeza.
em N estar mineralizado, 1 O% do total restante no segundo ano e 5% do
Para converter as quantidades dos elementos da tabela para quantidades no material seco
restante do N no mineralizado no primeiro e segundo anos estar disponvel {base seca), usar a relao: concentrao no resduo seco em g/kg ou mg/kg =concentrao
no terceiro e assim sucessivamente. O quadro 10.2 apresenta as sries de no material sem secar em g/kg ou mg/kg x 1000 I (1 000 umidade em g/kg). Para converter
decaimento para alguns adubos orgnicos e os totais de Na serem adicionados g/kg em%, dividir o valor do quadro por 1O.

Rr.l.,.tim TA~ni~n 100 !Ar. 1997 RniAtim Tf':nir.n 100 !Ar. 1AQ7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

A mistura de adubos fosfatados com esterco, alm de aumentar a dispo- elevados de fsforo, s vezes superiores ao nitrognio, e mais de 80% do P
nibilidade de fsforo, ajuda a reter amnia, reduzindo as perdas de nitrognio. pode estar disponvel no primeiro ano de aplicao. O composto de lixo urbano
Para seu uso prtico, importante curtir os estercos, para .evitar danos s tem-se comportado de forma similar ao esterco de curral, obtendo-se um efeito
plantas. significativo na produo j no primeiro ano com dosagens de 401/ha.
As quantidades normalmente aplicadas, variam de 1O a 100 Ilha de O composto de lixo urbano e o lodo de esgoto, por apresentarem risco
esterco bovino e pelo menos 4 vezes menos de esterco de galinha. As quanti- de conter patgenos, compostos orgnicos de difcil decomposio no solo e
dades dependem da cultura e do grau de pureza do esterco. metais pesados, como o cdmio, o nquel e o crmio, devem ser empregados
Quadro 10.2. Quantidade total de N necessria para manter uma taxa de preferencialmente em parques e jardins e em culturas que no sejam de
mineralizao de 100 kg N/ha por ano durante um perodo de 15 anos para consumo direto, como o algodo, a seringueira, a cana de acar e os cereais,
trs tipos de material orgnico( 1) a fim de que a cadeia alimentar fique protegida de contaminao. Todos os
resduos com teores elevados em metais pesados devem ser de aplicao
Tempo em anos restrita, a fim de se evitar o acmulo no solo.
Material orgnico
srie de decaimento O quadro 10.3 indica os limites adotados por alguns pases da Europa e
2 3 4 5 10 15
pela Comunidade Econmica Europia para a concentrao de metais pesados
N, kg/ha por ano no composto de lixo urbano e no lodo de esgoto. A legislao dos EUA j
Esterco de galinha 111 110 109 109 108 106 105 restringe as quantidades mximas a serem aplicadas por ano e as acumuladas
0,90; O, 1O; 0,05 no solo, no caso do lodo de esgoto conter quantidades elevadas de metais
pesados (Quadro 10.4). Assim, a utilizao de resduos urbanos na agricultura
Esterco de curral seco, 1,0% N 500 300 290 244 218 138 112
deve prever um monitoramento constante, para evitar a contaminao tanto do
0,20; O, 1O; 0,05
solo como do aqufero, principalmente quando o material orgnico contiver
Lodo de esgoto lquido, 2,5% N 286 232 218 203 189 145 122
teores de um ou mais elementos txicos prximos aos limites mostrados nos
0,35; O, 1O; 0,05
quadros 10.3 e 10.4. No Brasil, ainda no h valores definidos para teores de
metais txicos ou de quantidades mximas a aplicar para culturas.
(1) Informao da Universidade da Ca!ifornia, Riverside, EUA.
A vinhaa , principalmente, uma fonte de potssio, com disponibilidade
similar ao cloreto de potssio, e tambm contribui com quantidades apreciveis
10.3 Compostos de N, Ca, Mg, Zn, Cu e Mn.sua aplicao aumenta o pH e a atividade biolgica
Qualquer material vegetal pode ser utilizado para a produo de com- do solo. As dosagens recomendadas variam com a fertilidade do solo e o tipo
posto. O uso de estercos de animais ou de terra retirada da camada superficial de composio do mosto que deu origem ao resduo. A torta de filtro libera cerca
do solo, ricos em microrganismos, ou de corretivos e adubos como calcrio, . de 20% de seu contedo em N, no primeiro ano de aplicao, e apresenta uma
uria e os superfosfatos, aceleram a decomposio dos restos vegetais e
enriquecem o produto final. Condies adequadas de aerao, umidade (60%) Quadro 10.3. Limites para a concentrao de metais pesados no composto de
lixo urbano e no lodo de esgoto, adotados por alguns pases da Europa para
e de temperatura tambm auxiliam a ao dos microorganismos na estabiliza-
o uso agrcola, com base no material seco (m.s.)
o do composto.
Compostos com relao C/N menor que 25 e relao C/P menor que 200, Composto de lixo Lodo de esgoto
em geral, liberam a maior parte do N e do P no primeiro ano de aplicao. As Elemento Blgica
dosagens de composto variam de 30 a 50 t/ha, em rea total. Astria Itlia Holanda Alemanha Sucia C.E.E
(1) (2)
mg/kg de m.s.
10.4 Resduos urbanos e industriais Cdmio 6 10 5 5 5 15 15 20
Crmio 300 500 500 150 200 900 1.000 750
Enquadram-se nessa classificao o lixo urbano, o lodo de esgoto, a Cobre 1.000 600 600 100 500 800 3.000 1.000
vinhaa, a torta de filtro, as borras, os resduos de laticnios, etc. Em geral, os Mercrio 4 10 5 5 5 8 8 16
produtos so desbalanceados quanto aos teores de nutrientes neles contidos, Nquel 200 200 100 50 100 200 500 300
necessitando uma suplementao na adubao, com fontes minerais. Os lodos, Chumbo 900 500 500 600 1.000 900 300 750
geralmente, so pobres em potssio devido ao seu processo de obteno que Zinco 1.500 2.500 2.000 1.000 1.500 2.500 10.000 2.500
perde esse nutriente em soluo. Em compensao, podem apresentar teores 1 2
( ) Culturas alimentcias. ( ) Culturas ornamentais.

32 Boletim Tcnico. 100.1AC. 1996 RniRtim Tr:nir.n 100 !Ar. 1QQh


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

elevada capacidade de reteno de gua a baixas tenses. As quantidades fixao de P pela frao coloidal do solo; reter ctions, principalmente o K da
aplicadas por hectare esto em torno de 3 a 1O toneladas da torta seca no sulco frmula; fornecer os macro- e micronutrientes contidos na matria orgnica
de plantio e de 30 a 50 t do resduo seco em rea total. empregada na formulao e diminuir as perdas de nitrognio pela lixiviao por
As tortas vegetais, como a torta de mamona indicada no quadro 1, so apresentar uma solubilidade mais lenta. Alm disso, os adubos organominerais,
tambm adubos orgnicos de grande interesse, embora de disponibilidade em geral diminuem o ndice salino da mistura e apresentam menor empedra-
limitada no comrcio. Outros produtos, como farinha de sangue, farinha de mento que as formulaes minerais quando ensacados. Esses adubos tambm
ossos, etc., tem uso muito restrito na adubao. possuem maior friabilidade, proporcionando distribuio mais uniforme no solo.
Constituem-se numa excelente alternativa para a reciclagem de resduos urba
Quadro 10.4. Quantidades mximas de metais pesados permitidas no lodo de nos na agricultura.
esgoto e taxa mxima de aplicao anual e acumulada no solo agrcola, de
acordo com a legislao 40 CFR parte 503, regulamentadora do uso do lodo
Ronaldo S. Berton
de esgoto nos EUA, com base na matria seca, a partir de 1993
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
Quantidade mxima Taxa mxima de Taxa mxima de
Elemento no lodo aplicao anual aplicao acumulada

mg/kg kg/ha/ano kg/ha 11. COMPOSIO QUMICA DE PLANTAS E DIAGNOSE FOLIAR


Arsnio 75 2,0 41
As plantas tm aproximadamente 5% de nutrientes minerais na matria
Cdmio 85 1,9 39
seca, mas h grandes diferenas entre espcies e, alm disso, as quantidades
Crmio 3.000 150 3.000 totais exigidas por uma cultura dependem da produtividade. Assim, importan-
Cobre 4.300 75 1.500 te conhecer o contedo em nutrientes das plantas, principalmente da parte
Chumbo 840 15 300 colhida, para poder avaliar a remoo de nutrientes da rea de cultivo. Tambm
Mercrio 57 0,85 17 importante avaliar se o estado nutricional das plantas adequado, o que pode
Molibdnio 75 0,90 18 ser feito pela diagnose foliar. Esses dois assuntos so tratados neste captulo.
Nquel 420 21 420
Selnio 100 5,0 100 11.1 Composio qum.ca das plantas
Zinco 7.500 140 2.800
Para as principais plantas cultivadas, so apresentadas tabelas com a
composio qumica, para os nutrientes nitrogni, fsforo, potssio e enxofre,
10.5 Adubos verdes para a planta inteira e a parte colhida, ou apenas para a parte colhida de
As leguminosas incorporam o nitrognio do ar atmosfrico ao solo atra- culturas perenes. Em ambos os casos, os valores referem-se sempre a uma
vs da fixao simbitica. A produo de massa vegetal chega a conter de 16 tonelada de produto colhido.
a 25 kg/ha de N por tonelada de matria seca, dos quais uma cultura subse- As informaes fornecidas nesta publicao permitem confrontar as
qente pode aproveitar de 10 a 50%. Dependendo das condies edafoclim adubaes com as extraes e exportaes de nutrientes pelas culturas e
,.,, .... ticas, a decomposio do material vegetal incorporado pode-se dar preparar balanos nutricionais, que podem ser teis, juntamente com outras
rapidamente, com perdas do nitrognio por lixiviao, anteriores ao perodo de informaes, para redirecionar as adubaes.
necessidade mxima da cultura subseqente. Deve-se lembrar que as quantidades de nutrientes necessrias para as
As leguminosas em rotao de culturas incorporam nitrognio ao siste recomendaes econmicas de adubao no dependem apenas da reposio
ma, reduzindo as necessidades nas adubaes. do que exportado pelas colheitas. No desenvolvimento das culturas, quanti
dades importantes de nutrientes so necessrias formao da parte vegeta-
10.6. Adubos organominerais tiva das plantas e para rgos que concentram nutrientes, tais como frutos e
gros, razes e tubrculos, etc. Alm disso, h a interao dos nutrientes com
Tais adubos, de acordo com a legislao, precisam conter no mnimo 25% o solo, como fixao ou lixiviao, entre outros processos. Resulta, assim, um
de matria orgnica total na frmula. A adio de matria orgnica humificada sistema complexo, em que a composio qumica da parte area das plantas
formulao mineral proporciona vrias vantagens mistura como: diminuir a apenas um dos componentes ..

34 Boletim Tcnico. 100.IAC. 1996


B. van RAJJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ..

De qualquer forma, a composio qumica das plantas pode ser uma A interpretao correta da anlise qumica das plantas est associada
indicao til, desde que no seja usada isoladamente como critrio de reco- principalmente amostragem e cuidados no envio do material para o laborat-
mendao de fertilizantes. rio. Os procedimentos de amostragem so apresentados para cada cultura. No
caso de possveis distrbios nutricionais, retirar amostras pareadas, ou seja,
uma amostra de plantas afetadas e outra de plantas sadias. No caso de plantas
11.2 Diagnose foliar ainda no contempladas com recomendaes de amostragem e interpretao,
seguir as indicaes para plantas que mais se assemelham, retirando folhas
A folha o rgo da planta na qual as alteraes fisiolgicas, em razo recm-maduras.
de distrbios nutricionais, tornam-se mais evidentes, Por essa razo, quase Enviar as amostras em sacos de papel, evitando que o material demore
sempre os diagnsticos nutricionais das plantas so feitos atravs das folhas, mais de 48 horas entre a coleta e o processamento no laboratrio. Se houver
pela tcnica que, de forma ampla, denomina-se diagnose foliar. necessidade, as folhas podem ser armazenadas em geladeira por algum tempo
A diagnose foliar pode ser feita atravs da observao visual de sintomas at completar a amostragem. Esse tempo, entretanto, no pode ser muito
de distrbios nutricionais (diagnose visual) ou atravs de procedimentos mais longo, para evitar a deteriorao do material.
sofisticados, envolvendo, por exemplo, a anlise qumica das folhas. A diagno- Os limites de interpretao para a diagnose foliar basearam-se nos
se visual possvel apenas quando os sintomas de deficincia ou excesso se dados de arquivo da Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas e em
manifestam visualmente. Nesse estgio, muitas vezes inevitvel a perda de vrios livros, destacando-se:
produo.
A diagnose foliar, via anlise qumica, permite a avaliao do estado INTERNATIONAL FERTILIZER INDUSTRY ASSOCIATION. IFA World fertilizar
nutricional, isto , permite identificar o nvel de comprometimento da produtivi- use manual. Paris, IFA, 1992. 632p.
dade, em funo da situao nutricional, principalmente em casos extremos.
JONES Jr., J.B.; WOLF, B. & MILLS, H.A. Plant analysis habdbook. Athens,
A interpretao correta dos resultados de uma anlise depende de muita
Micro-Macro, 1991. 213p.
experimentao para o estabelecimento de ndices de calibrao que reflitam
o estado nutricional das plantas. Na prtica, os critrios para isso variam MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C. & OLIVEIRA, S.A. de. Avaliao do estado
bastante, mas tem havido acmulo de informaes na literatura mundial, em nutricional das planta~, Piracicaba, POTAFS. 1989. 201 p.
geral reproduzidas de uma publicao para outra, com acrscimo de informa-
es regionais. No caso desta publicao, foram utilizados limites de teores da MARTIN-PRVEL, P.; GAGNARD, J. & GAUTIER, P. Plant analysis: as a guide
literatura e do prprio acervo de dados do Instituto Agronmico. to lhe nutrient requirements of temperate and tropical crops. New York,
Geralmente se estabelecem um ou mais nveis crticos ou faixas de Lavoisier, 1987. 722p. '
concentrao que permitem definir se a concentrao do nutriente adequada,
deficiente ou excessiva. Neste Boletim Tcnico, so apresentadas faixas de Ondino C/eante Batag/ia
teores considerados adequados. Seo de Fertilidade d Solo e Nutrio de Plantas-/A C

A composio das folhas afetada por diversos fatores. Para que a


interpretao dos resultados no seja prejudicada essencial a padronizao
12. IMPLEMENTAO DAS RECOMENDAES
da amostragem. Alm disso, contaminaes por pulverizaes podem prejudi-
car a interpretao. Para a diagnose de micronutrientes em folhas, no devem
Uma das etapas crticas da adubao a sua implementao. Ao nmero
ser feitas aplicaes foliares no perodo do ano agrcola que antecede
muito grande de recomendaes derivadas das tabelas de adubao, contra-
amostragem de folhas.
pem-se a existncia de grande diversidade de insumos. Resulta que a conci-
Para diversos grupos de culturas, so apresentadas as tabelas de inter- liao entre as quantidades recomendadas de nutrientes e as efetivamente
pretao, visando servir de subsdio para o acompanhamento dos resultados aplicadas em geral no fcil. Contudo, considerando que a adubao no
da adubao. Os resultados so usados para a recomendao quantitativa de precisa ser feita com grande preciso, pode-se chegar a implementaes
fertilizantes apenas para nitrognio em algumas culturas perenes. Nos demais prticas muito mais simples do que se imagina. Sero discutidos os casos dos
casos, a diagnose foliar usada para avaliar se as adubaes esto sendo adubos simples, das frmulas NPK e da aplicao de enxofre e de micronu-
adequadas e ela pode ser usada para alterar as rotinas de adubao. trientes.

Boletim Tcnico. 100. tAC. 1996 Boletim Tcnir.n. 100 lAr. Hl~7 07
B. van RAIJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ...

12.1 Adubos simples Para determinar o teor desses nutrientes, contidos na frmula, multiplicar
No caso de adubos simples, a quantidade a aplicar calculada multipli- a quantidade necessria por 100 e dividir pela quantidade da frmula que ser
cando a dose recomendada do nutriente por 100 e dividindo pelo teor do aplicada. Resulta em 0,23% de B e 0,45% de Zn. Ou seja, a frmula deve conter
nutriente, em porcentagem, no adubo escolhido. em torno de 0,25% de B e 0,5% de Zn.
Como exemplo, considere-se a adubao, em kg/ha de N, P20s e K20,
de 20-130-70. Pretende-se utilizar os seguintes fertilizantes: sulfato de amnia 12.4 Modos e pocas de aplicao
(20% de N); superfosfato triplo (41% de P20s) e cloreto de potssio (58% de As tabelas, em geral, indicam pocas e modos de aplicao de corretivos
K20). As quantidades a aplicar sero as seguintes (arredondando em dezenas): e fertilizantes. O modo de aplicao tambm discutido nos captulos que
sulfato de amnia - 100 kg/ha tratam da correo do solo e dos diferentes nutrientes. Aqui ser feita uma
superfosfato triplo - 320 kg/ha discusso resumindo os aspectos mais importantes.
cloreto de potssio - 120 kg/ha O calcrio deve ser incorporado ao solo com a maior antecedncia
possvel ao plantio, para melhor reao do corretivo. importante um bom
contato do calcrio com o solo e, para isso, recomenda-se a pr-incorporao
12.2 Frmulas NPK com grade e depois a arao profunda ou aplicar metade antes da arao e
Para utilizar frmulas NPK, o primeiro passo estabelecer a relao metade depois, para incorporao com gradagem. A incorporao profunda
aproximada de nutrientes e procurar uma frmula com a mesma relao ou tambm importante. No aconselhvel a incorporao rasa, com grade,
prxima. No exemplo dado acima, a relao 1-6-3 bastante prxima, sendo principalmente em solos que esto sendo corrigidos pela primeira vez, pois
representada, como uma opo possvel, pela frmula 5-30-15. pode resultar em excesso de calagem prximo superfcie do solo, acarretar
A quantidade necessria encontrada multiplicando a soma dos nutrien- deficincias de micronutrientes E! limitar o aprofundamento do sistema radicular.
tes recomendados por 100 e dividindo pela soma dos nutrientes da frmula. Em culturas perenes formadas ou em sistemas de plantio direto, nos quais
Para atender a recomendao de 20 kg/ha de N, 130 kg/ha de P20s e 70 kg/ha no vai ser feita a arao, o calcrio deve ser aplicado em rea total e, quando
de K20, o clculo o seguinte: possvel, em quantidades maiores nas partes adubadas do terreno. Se possvel,
incorporar levemente com grade, sem danificar as razes das plantas. impor-
(20 + 130 + 70) X 100 220 X 100 tante lembrar que preciso incorporar muito bem o calcrio na formao de
= 440 kg/ha culturas perenes ou no ineo de sistemas de produo em plantio direto, j que
(5+30+15) 50
aplicaes superficiais atuam lentamente nas camadas mais profundas do solo
e um solo mal corrigido no incio comprometer a produtividade por muito tempo.
Para conferir as quantidades de nutrientes que sero aplicadas com 440
A adubao, em culturas anuais, aplicada 5 em "ao lado e abaixo das
kg/ha da frmula 5-30-15, multiplicar o teor de cada nutriente na frmula pela
sementes. Normalmente se aplica pouco nitrognio, quantidades altas de P e
quantidade correspondente e dividir por 100. Obtm-se 22 kg/ha de N, 132
moderadas de K, dependendo da anlise de solo. Aplicaes elevadas de
kg/ha de P20s e 66 kg/ha de K20, muito prximas das recomendadas.
cloreto de potssio no sulco de plantio podem causar dano s plantas, pelo alto
12.3 Adio de enxofre e de micronutrientes ndice salino desse adubo. Cabe ressaltar a importncia da aplicao localiza-
da do fsforo, principalmente em solos com teores baixos do nutriente. Nesses
A adio de enxofre pode ser feita por adubos simples ou frmulas. Nos casos, a fonte deve ter predominncia de fsforo solvel em gua. Fosfatos
dois casos, necessrio conhecer a recomendao de S e o teor do nutriente insolveis em gua so mais eficientes em mistura com o solo e em condies
contido no adubo, e o clculo similar ao mostrado para N, P e K. Exemplifi- de maior acidez. Embora no se recomende, nas tabelas, a adubao fosfatada
cando com o caso acima, a adio de 100 kg/ha de sulfato de amnia (22% de corretiva pode ser feita quando se pretende, no primeiro ano, alta produtividade
S), resulta na aplicao de 22 kg/ha de S. em solos muito deficientes em fsforo. Isso no ser conseguido apenas com
No caso dos micronutrientes para adio ao solo, as necessidades em a adubao no sulco de plantio, havendo a necessidade de incorporao prvia
adubos simples tambm feita por clculo similar ao mostrado para NPK. Para de P no solo, em rea total.
aplicao em formulaes NPK, preciso calcular o teor aproximado que a O nitrognio de qualquer fonte aplicada ao solo, converte-se rapidamente
frmula deve conter dos micronutrientes. Suponha-se que a adubao acima em nitrato, forma extremamente mvel, sujeita a perdas por lixiviao, em
- 440 kg/ha de 5-30-15- necessite carrear para o solo 1 kg/ha de B e 2 kg/ha perodos do ano em que o regime hdrico favorece a percolao do excesso de
de Zn. gua. Por essa razo, a adubao nitrogenada feita normalmente em caber-

RniAtim T P~ni~n 1 ()(} I Ar. 1 007


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

tura aps o plantio de culturas anuais, em pocas nas quais as plantas j 12.6 Apresentao de resultados e recomendaes
possuem sistema radicular bem desenvolvido, portanto, em condies de
absorver rapidamente as formas minerais do nutriente. Em culturas perenes, a A figura 12.1 apresenta o formulrio bsico para resultados de anlise
aplicao parcelada em vrias vezes, com mais aplicaes em solos de de solo, recomendaes de calagem e adubao e um balano nutricional. Este
textura mais leve. formulrio poder ser personalizado. Como a tendncia ser o preenchimento
H uma tendncia, para algumas culturas, de parte do potssio ser por computador, preciso ateno nos detalhes. Os resultados devem ser
dados nas unidades apropriadas.
aplicado em cobertura. Esse adubo no se movimenta com facilidade no solo
e, assim, a cobertura ser mais eficiente se as aplicaes forem bastante Para a recomendao de calagem e adubao, preciso definir a cultura,
elevadas e de forma localizada no terreno, ou se a adubao for acompanhada inclusive cdigo (a ser fornecido pelo laboratrio), a faixa de produtividade
de uma operao que enterre o adubo. Em solos argilosos e deficientes, esperada e, quando for o caso, a classe de resposta esperada a N. As
prefervel fazer a incorporao de potssio antes do plantio. Em plantas recomendaes de adubao podero ser em kg/ha, g/planta ou g/metro linear.
perenes, a tendncia aplicar os trs nutrientes parceladamente, mas pode-se O balano nutricional informa os valores de N, P, K e S indicados na
aplicar o fsforo de uma s vez no incio das guas, e tambm o potssio, adubao, a quantidade prevista de remoo pelas colheitas e a diferena entre
mantendo apenas o parcelamento do nitrognio. Isso resulta em diversas esses dois valores, constituindo o balano.
opes que flexibilizam a prtica da adubao. Em seguida, viro as descries pertinentes s recomendaes, tais
Os micronutrientes como boro, cobre, mangans, molibdnio e zinco como poca de aplicao, cuidados etc.
podem ser aplicados ao solo, atravs de diferentes fontes. A aplicao folia r O programa de computador, se utilizado, far a escolha de adubos, de
adequada para corrigir problemas de deficincias durante o ciclo da cultura. O relao previamente inserida no computador, e calcular as quantidades a usar
boro pode, tambm, ser aplicado em cobertura e o molibdnio, juntamente com e at o custo. Ser possvel, tambm, deduzir da adubao mineral os nutrien-
as sementes. tes a serem aplicados em adubao orgnica.

12.5 Frmulas NPK com o Sistema Internacional de Unidades


Ser mostrado o mesmo exemplo dado em 12.2. Neste caso, no
utilizada a representao de fsforo e potssio em termos de xidos, empre-
gando-se diretamente os teores dos nutrientes. Assim, usando a representao
dos teores dos nutrientes, dentro do novo sistema de unidades, resulta a
seguinte recomendao, em termos de kg/ha de N, P e K: 20-57-58.
A frmula correspondente a 5-30-15, com o Sistema Internacional de
Unidades , ento, 50-130-120, arredondando para dezenas e lembrando que
os teores dos nutrientes so dados em g/kg.
O clculo das quantidades feito como no exemplo acima, com a
diferena do fator 1 .000 ao invs de 100. Resulta:
(20 + 57 + 58) X 1000 135 X 1000
= --::-::-::--- = 450 kg/ha
(50+ 130 + 120) 300
A diferena de 1 O kg/ha deve-se ao arrendondamento de nmeros.
As quantidades dos nutrientes, aplicadas com 450 kg/ha da frmula
50-130120 so obtidas multiplicando o teor de cada nutriente pela quantidade
da frmula e dividindo por 1.000. Resulta 23 kg/ha de N, 59 kg/ha de P e 59
kg/ha de K. Compare-se com a recomendao, no novo sistema de unidades,
de 20-57-58.
A escolha de frmulas ou mesmo o clculo das quantidades de adubos
simples a aplicar envolvem clculos simples, porm tediosos. importante que
sejam feitos por computador.

Rf\ll'>tim T.,-.nif'f\ 1()f\ ltJ.r'. 1007


Proprietrio:
Propriedade:
Municpio: U.F.:
Gleba:
ldent. Amostra:
Amostra n Cd. Cliente Data emisso
RESULTADO DA ANLISE DE SOLO
M.O. p pH Ca Na AI S.B. H+AI CTC V
I Mg
Matria Orgnica Fsloro Resina Soluo CaCh Pot~sio I Clcio Magnsio Sdio Alumnio Soma de Bases Ac. Potencial Cap. Troca Cat. Sat. Bases

gldm" mgtdm 3 mmolddm 3 %

s B Cu Fe Mn I Zn C.E. Argila
Enxofre Boro Cobre Fer'ro I Mangans Zinco Cond. Eletr.

mg/dm 3 dS/m g/dm 3


)
METODOS: P - resina; 8 - gua quente; Cu, Fe, Mn, Zn - DTPA.

RECOMENDAES DE CALAGEM E ADUBAO 1


Cdigo Produtividade Resposta '

da cultura
I.Nome
da cultura esperada: esperada a N:
Calcro ADUBAO BSICA ADUB. DE COBERTURA Adubao
PRNT 100 expressa
Vha N P20s K,o s B Cu Mn Zn N K,O em:
I I I I I I
./

BALANO NUTRICIONAL
N (kg/ha) P20s (kg/ha) K20 (kg/ha) S (kglha)
Adubao Exportao ! Balano Adubao ! Exportao I Balano Adubao I Exportao I Balano Adubao I Exportao Balano
I
/
'
Figura 12.1 Formulrio para resultados de anlise de solo e recomendao de calagem e adubao

~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~

~ ~
!"'
~ ~
"' "' 01 ~
~
"' "' "' "'...., "' "' ..."' !"' "' "'
o
"'-i -i"' (j)
"' "'
;;: ;;: : ;;:
"' "' "' () )> )> )> ()
o ~ ~
~
<D < ~ o
<O <O ::r ::r 5' ::r < "o
"o "o <O ~. o o 3 ~
o o o o N N
<D <D
o
<O < "O "O
o.
"' "' ~
~
o.
"O
o
-
3
~ <D <D
~ "O "' o <D
~ o
"r "' <O <5.
"'
a. "' iil~ "'"'O
<D o "'<D <D
-""c; -c;
<O
(i)
""'
~
~
<D ::r
"
- ~
"i
'
o.
"'
o .o
c
o
"''
.o "'
<O
"'
~
"'(i) .o
o. ~
"' "', o"'' ~. c <D
~
JJ
~
<D ::r
<. "'<D
~ o
o 3'c; "'w ""o
<D 3
iil g.
<O
"'oo. .o"'c "'> ."'
<D o <O "-
""
~. ~ <D <D 3"' ~
"' ~ o 3 o ... O<
o (o) "'
<D
< iil
-"' ""-"'
<O o
<D m "~
3 "-
"'"'o"' ::0 c
c o. m o-
<D ~
iil )>
Q: (J)
"'o~
::r
~
""
"'<D"' ill
...o.
<O
"'"3
"o
<D
"'
Q:
;;;
~

"C
...., 01 01 01 01
o o
... ... ... :;"'' 01
"'"' "'"' "'... "'"' "'o "' ... "' "' "' "'
"'
Recomendaes de adubao e calagem ...

13. CEREAIS

Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas IAC

Carlos Eduardo de Oliveira Camargo


Seo de Cereais - IAC

13.1 Informaes gerais

Os cereais tm enorme importncia entre as principais culturas alimenta-


res do mundo. sendo responsveis por mais da metade do consumo de
fertilizantes. Caracterizam-se por grande resposta a nitrognio, que se tornou
possvel, em parte, graas aos avanos da gentica e melhoramento vegetal,
aplicados a arroz, trigo e milho. O consumo de potssio pelas plantas
igualmente alto, mas, ao contrrio do nitrognio, grande parte do elemento
devolvido ao solo aps as colheitas. Essas caractersticas, de altas exigncias
em nitrognio e elevada reciclagem de potssio, so favorveis rotao com
culturas leguminosas, que se beneficiam tambm das relaes C/N contrastan-
tes, baixa em leguminosas e alta em gramneas, contribuindo para a melhoria
da qualidade da matria orgnica do solo.

Os principais cereais cultivados no Brasil, como o milho, o arroz e o trigo,


tm comportamento bem caracterstico frente acidez do solo, sendo o arroz
muito tolerante e o trigo e milho apresentando aruplas diferenas varietais, o
que permite opes de acordo com a acidez dos solos. O milho e, particular-
mente, o arroz, so culturas bastante suscetveis deficincia de zinco.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.2 Composio qumica, amostragem de folhas e diagnose foliar No quadro 13.2 so descritas as amostragens de folhas para os cereais
e o quadro 13.3 indica as faixas de interpretao de teores de macro- e
O quadro 13.1 apresenta os teores de N, P, K e S nas culturas e as faixas
micronutrientes nessas mesmas folhas. Para os cereais de inverno, as reco-
de produtividades mais comuns no Estado de So Paulo.
mendaes de amostragem foliar no so uniformes: em alguns pases a parte
area coletada e, em outros, as folhas bandeiras ou as duas imediatamente
Quadro 13.1. Teores dos macronutrientes em cereais, na planta inteira e nos
abaixo destas.
gros, por tonelada de produto colhido

Planta inteira Parte colhida (gros) Quadro 13.3. Faixas de teores adequados de macro- e micronutrientes em folhas
Cultura de cereais
N p K s N p K s
Cultura Faixas de teores
kg/t de gros kg/t de gros

Arroz 22 4 25 2,2 12 3 3 0,7 Macronutrientes, g/kg


Aveia 27 4 24 2,3 20 3 7 1,O N p K Ca Mg s
Centeio 26 4 25 2,3 22 3 5 1,O Arroz ( 1
) 27-35 1,8-3,0 13-30 2,5-10,0 1,5-5,0 1,4-3,0
Cevada 25 4 24 2,0 20 3 7 1,o Aveia 20-30 2,0-5,0 15-30 2,5- 5,0 1,5-5,0 1,5-4,0
Milho 28 5 18 2,6 17 4 5 1,2 Centeio 25-35 2,0-5,0 19-23 2,5- 6,0 1,5-5,0
1,5-5,0
Sorgo 30 6 23 2,7 17 4 5 1,2 Cevada 17-30 2,0-5,0 15-30 2,5- 6,0 1,5-5,0 1,5-4,0
Trigo 29 6 23 2,3 23 5 5 1,o Milho 27-35 2,0-4,0 17-35 2,5- 8,0 1 ,5-5,0 1,5-3,0
Triticale 25 4 24 2,1 21 3 6 1,0 Sorgo 25-35 2,0-4,0 14-25 2,5- 6,0 1 ,5-5,0 1,5-3,0
Trigo 20-34 2,1-3,3 15-30 2,5-10,0 1,5-4,0 1,5-3,0
Quadro 13.2. Instrues para amostragem de folhas de cereais Micronutrientes, mg/kg

Cultura Descrio da amostragem B Cu Fe Mn Mo Zn

Arroz Folha bandeira, coletada no incio do florescimento. Mnimo 50 folhas.


Arroz 4-25 3-25 70-200 70;400 0,1-0,3 10- 50
Aveia 5-20 5-25 40-150 25-100 0,2-0,3 15- 70
Aveia Folha bandeira, coletada no incio do florescimento. Mnimo de 50 folhas.
Centeio 5-20 5-25 25-200 14-150 0,2-2,0 15- 70
Centeio Folha bandeira, coletada no incio do florescimento. Mnimo de 50 folhas. Cevada 5-20 5-25 25-100 20-100 0,1-0,2 15 -70
Cevada Folha bandeira, coletada no incio do florescimento. Mnimo de 50 folhas. Milho 10-25 6-20 30-250 20-200 O, 1-0,2 15-100
Sorgo 4-20 5-20 65-100 10-190 0,1-0,3 15- 50
Milho Tero central da folha da base da espiga, na fase de pendoamento (50% das
Trigo 5-20 5-25 10-300 25-150 0,3-0,5 20- 70
plantas pendoadas).
1
Sorgo Folha + 4 ou quarta folha com a bainha visvel, contada a partir do pice, no ( ) Para o arroz irrigado, o teor de sflicio na palhada em plantas maduras normalmente est
florescimento. acima de 50 g/kg.

Trigo Folha bandeira, coletada no incio do florescimento. Mnimo de 50 folhas.

Triticale Folha bandeira, coletada no incio do florescimento. Mnimo de 50 folhas.

Para o arroz e os cereais de inverno, considera~se o incio do florescimento, para fins de coleta
de folhas, quando 50% das flores estiverem visveis.

4 Rnl""tim Ti>.rnirn 1()() lll.r. 1007


B. van RA!J et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.3 Arroz de sequeiro 2. Mdia a baixa resposta esperada: solos cultivados com leguminosas
ou adubo verde; solos em pousio por longos perodos ou reas recm-abertas
Espaamento: 40 a 50 em entre linhas, com 50 a 70 sementes-por metro linear e que receberam calcrio recentemente.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o mag- Aplicar o nitrognio aos 30-40 dias aps a emergncia das plantas ou na
nsio a um teor mnimo de 5 mmolcidms. No aplicar mais de 3 t/ha. fase de incio da diferenciao da pancula. Em solos arenosos e para as doses
mais altas de N, pode-se fazer dois parcelamentos: o primeiro cerca de 30 dias
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as aps a emergncia e o segundo 20 dias depois.
quantidades indicadas na seguinte tabela:
Heitor Cantare/la e Pedro R- Furlani
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm 3 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
Nitro-
da de gnio
esperada 0-6 7-15 15-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,5-3,0 >3,0

ti ha N, kg/ha P20 5 , kg/ha K20, kg/ha

1,5-2,5 10 60 40 20 o 40 20 o o
2,5-4,0 10 80 50 20 o 60 40 20 o

Aplicar 20 kg/ha de S.
'
Aplicar 3 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3.

Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo


das sementes.

Adubao mineral de cobertura: Aplicar nitrognio de acordo com a produtivi-


dade esperada e a tabela abaixo:

Classe de resposta esperada a N


Produtividade
esperada
1. Alta 2. Mdia a baixa

ti ha - - - - - kg/ha de N - - - - - -
1-2,5 40 20
2,5-4,0 60 40

As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:

1. Alta resposta esperada: solo de boa fertilidade mas cultivado continua-


mente com gramneas (milho, arroz, sorgo, trigo etc); solos muito arenosos;
reas irrigadas por asperso.

48 Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 Rnlotim T6,..nil'n 1/V\ l!J.r> 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.4 Arroz irrigado As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:

1. Alta resposta esperada: solos de textura mdia; solos permeveis;


Espaamento: 30 em entre linhas, com 90 a 100 sementes por metro linear; ou solos com sistematizao e camada de gua irregular.
a lano com 120 a 150 kg/ha de sementes; ou 3 a 5 mudas por cova,
espaadas de 0,20 x 0,30 m. 2. Mdia a baixa: solos argilosos, bem sistematizados, aos quais foram
incorporadas, com antecedncia, grandes quantidades de matria orgnica de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o resduo vegetal; solos com manejo adequado de gua.
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolc/dm3. No aplicar mais de 3 t/ha
de calcrio. Parcelar o N de cobertura em duas vezes, aplicando metade na fase de
perflhamento (cerca de 30 dias aps a semeadura) e metade no incio da
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as diferenciao da pancula (ponto de algodo). O N de cobertura pode ser
quantidades indicadas na tabela seguinte: aplicado somente no incio da diferenciao da pancula quando as doses forem
iguais ou menores que 60 kg/ha de N e a cultura apresentar bom desenvolvi-
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm 3 mento inicial e perfilhamento.
Nitro-
da de
gnio No empregar adubos contendo N ntrico pouco antes ou aps a inunda-
esperada 0-6 7-15 15-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,5-3,0 >3,0
o do terreno. O uso de sulfato de amnio em doses altas (acima de 80 kg/ha)
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha pode, em alguns casos, em solos com teores altos de matria orgnica e longos
perodos de inundao, provocar toxicidade s plantas por gs sulfdrico.
2-4 10 60 40 20 o 60 40 20 o
4-6 20 70 50 30 o 80 50 30 o Se for vivel, drenar o terreno antes da aplicao das coberturas de N e
6-8 30 80 60 30 20 100 70 40 20 reinundar dois dias depois, para favorecer a incorporao do fertilizante nitro-
genado e aumentar sua eficincia de uso.
Aplicar 1 O kg/ha de S.
Heitor Cantare/la e Pedro R. Furlani
Aplicar 5 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - /AC
0,6 mg/dm3 e 3 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3.

A adubao pode ser aplicada no sulco de plantio- especialmente quando


o estabelecimento da cultura for feito em condies de sequeiro - antes da
inundao, ou a lano seguido de incorporao. No aplicar mais que 60 kg/ha
de K20 no sulco de plantio.

Adubao mineral de cobertura: Aplicar nitrognio de acordo com a meta de


produtividade e a tabela abaixo:
Classe de resposta esperada a N
Produtividade
esperada
Mdia a baixa( 2)

t/ha - - - - - - kg/ha de N - - - - - -
2-4 60 40
4-6 80 50
6-8 100 70

Boletim Tcnico. 100. !AC. 1997


B. van RAIJ et ai.
r Recomendaes de adubao e calagem ...

13.5 Aveia, centeio 2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
. . com leguminosa (soja) .
Espaamento: 17 em entre linhas, com 40 a 60 sementes viveis por metro linear.
3. Baixa resposta esperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% para aveia mente soja de alta produtividade ou plantio de adubos verdes.
branca e 50% para aveia preta e centeio, e o magnsio a um teor mnimo
O nitrognio deve ser aplicado cerca de 30-40 dias aps a emergncia.
de 5 mmolcfdm3. O efeito da calagem depende da aplicao e incorpora- Em anos secos, o potencial de produtividade menor e a adubao com N, em
o do calcrio com antecedncia; assim, recomendvel realizar essa cobertura, pode no ser eficiente.
operao antes da cultura de vero. No ultrapassar 4 t/ha de calcrio por ano.

Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: Seo de Cereais - IAC
Heitor Cantare/la
Produtivi- P resiQa, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Nitro-
da de
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
ti ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha

1-2 20 80 50 30 20 40 30 20 10
2-3 30 90 60 40 20 60 40 20 10

Aplicar 1o kg/ha de S.

Em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 mg/dm3, aplicar 3 kg/ha


de Zn. Aplicar 1 ,O kg/ha de Bem soios com teores de B (gua quente) inferiores
a 0,21 mg/dm3.

Adubao de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura, de acordo com a


classe de resposta e a produtividade esperada.

Produti- Classe de resposta esperada a N


vidade
esperada Alta(') Mdia( 2) Baixa(")
t!ha kg/ha de N
1-2 20 o o
2-3 40 20 o

As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:

1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, cultivados anteriormente


com gramneas (arroz, milho, sorgo); solos arenosos, primeiros anos de plantio
direto.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.6 Cevada 2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
com legummosa (so;a).

Espaamento: i 7 em entre linhas, com 50 a 60 sementes viveis por metro linear. 3. Baixa resposta ~sperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
mente so;a de alta produtiVIdade ou plantio de adubos verdes.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. O efeito da cal agem depende O nitrognio deve s~r aplicado cerca de 30-40 dias aps a emergncia.
da aplicao e incorporao do calcrio com antecedncia; assim, Em anos secos, o potencial de produtividade menor e a adubao com N em
recomendvel realizar essa operao antes da cultura de vero. No cobertura pode no ser eficiente.
ultrapassar 4 t/ha de calcrio por ano.
A_cevada para_uso_ na indstria cervejeira deve ter baixo teor de protena
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordt> com a anlise de solo e a nos graos. Ass1m, nao sao aconselhveis aplicaes tardias de N (aps 30 dias)
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: ou ?abertura com esse nutriente quando a planta apresentar indcios de que
esta bem supnda (crescimento vegetativo vigoroso, folhas com tonalidade
verde-escura).
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
Nitro-
da de
gnio Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Seo de Cereais - IAC
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Heitor Cantare/la
1-2 20 80 50 30 20 40 30 20 10 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
2-3 30 90 60 40 20 60 40 20 10

Aplicar 1O kg/ha de S.

Em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 mg/dm3, aplicar 3 kg/ha


de Zn. Aplicar 1 ,O kg/ha de Bem solos com teores de B (gua quente) inferiores
a 0,21 mg/dm3.

Adubao de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura de acordo com a


classe de resposta e a produtividade esperada.
Produti- Classe de resposta esperada a N
vidade
esperada Alta(') Mdia( 2) Baixa e)
ti ha kg/ha de N
1-2 20 o o
2-3 30 o o

As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:

1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, cultivados anteriormente


com gramneas (arroz, milho, sorgo); solos arenosos, primeiros anos de plantio
direto.

RnlAtim T~nitv' 10f'l !Ar 1007


8. van RAIJ et al. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.7. Milho para gros e silagem Adubao mineral de cobertura: Deve ser aplicada levando em conta a classe
de resposta esperada a nitrognio, o teor de potssio no solo e a produ-
tividade esperada, de acordo com a seguinte tabela:
Espaamento - para a produo de gros e si/agem: 0,80 0,90 m entre
linhas com 5 plantas por metro de linha. Produtivi- Classe de resposta a nitrognio K+ trocvel, mmolcidm 3
da de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. Em solos com teores de t/ha N, kg/ha K20, kg/ha
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases
a 50%. 2- 4 40 20 10 o o o
4- 6 60 40 20 20 o o
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo-com a anlise de solo e a 6- 8 90 (",6() 40 60 20:
/
o
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: 8-1 o 120 90 50 90(') 60 20
10-12 140 11 o 70 110( 1) 80( 1} 40
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
da de
Nitro-
gnio
e} Em solos argilosos, o K aplicado em cobertura pode no ser eficiente. Assim, principalmente
7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 nesses solos, quando os teores de K forem muito baixos ou baixos (<1 ,5 mmolc/dm 3 ) e as
esperada 0-6
doses recomendadas em cobertura, iguais ou superiores a 80 kg/ha de K20, aconselhvel
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha e)-- transferir a adubao potssica de cobertura para a fase de pr~plantio, aplicando o fertilizante
a lano e incorporando~o ao solo. Nesse caso, acrescentar mais 20 kg/ha de K20 dose
2- 4 10 60 40 30 20 50 40 30 o recomendada.

4- 6 20,--, 80 60 40 30 50 50 40 20
i9o i 70 50 30 50 50' 50 30 As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
6- 8 30
1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
8-10 30 (') 90 60 40 50 50 50 40
50 50 contnuo de milho ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
10-12 30 100 70 50 50 50
plantio direto; solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviao.
C) improvvel a obteno de alta produtividade de milho em
2
solos com teores muito baixos
2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
de P, independentemente da dose de adubo empregada. ( ) Para evitar excesso de sais, no
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores que 50 kg/ha de K20 est
parcelada, prevendo~se a aplicao em cobertura.
ou uso de quantidades moderadas de adubos orgnicos.
3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
cultivo de milho aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
Aplicar 20 kg/ha de S para metas de produtividade at 6 t/ha de gros e leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do milho; uso constante de
40 kg/ha de S para produtividades maiores. quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Utilizar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 Aplicar o nitrognio ao lado das plantas, com 6 a 8 folhas totalmente
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem entre 0,6 e 1,2 mg/dm3. desdobradas (25-30 dias aps a germinao}, em quantidades at de 80 kg/ha
e o restante cerca de 15-20 dias depois. Aplicar o potssio juntamente com a
Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo primeira cobertura de nitrognio, pois aplicaes tardias desse elemento so
das sementes. pouco eficientes.
Em reas irrigadas, o N pode ser parcelado em trs ou mais vezes, at o
florescimento, e aplicado com a gua de irrigao.
As doses de N podem ser reduzidas em condies climticas desfavor-
veis, baixo estande ou em lavouras com grande crescimento vegetativo.

Boletim Tcnico. 100.IAC. 1997


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Milho para silagem A ap~icao do potssio em cobertura deve ser feita at 30 dias aps a
germmaao, JUnto com a adubao nitrogenada de cobertura recomendada
Em razo da colheita de toda a parte area da planta, o milho para silagem para a produo de gros. Aplicaes tardias desse nutriente so pouco
efet1vas.
remove grandes quantidades de nutrientes do terreno (vide quadro 13.1 ),
principalmente de potssio. Assim, as recomendaes de potssio para milho . As produtividades ~speradas de matria seca e matria fresca da parte
silagem so maiores que aquelas adotadas para a produo de gros. Para os aerea, correspondentes a produo de gros so:
demais nutrientes, inclusive micronutrientes, as recomendaes so as mesmas.
Adubao potssica de plantio: Recomenda-se a aplicao desse nutriente, Gros Matria seca Matria fresca
juntamente com as doses de N e P indicadas para gros de milho, levando da parte area da parte area(')
em conta a produtividade esperada e a anlise do solo, de acordo com a
seguinte tabela: !lha
2- 4 4- 8 13-26
4- 6 8-12 26-39
Produtividade K+ trocvel, mmol 0 /dm 3 6- 8 12-16
esperada 39-52
(matria seca) 0-0,7 0,8-1,5 t ,6-3,0 >3,0 8-1 o 16-20 52-65
1
K2 0, kg/ha ( ) Com 31% de matria seca.
t/ha
4- 8 60 60 40 20
8-12 60 60 60 40
Em solos cultivado.s.seguidamente com milho para a produo de silagem,
12-16 60 60 60 60
recomenda-se nova analise do solo aps a colheita, a fim de melhor dimensio-
16-20 60 60 60 60 nar a adubao para a cultura subseqente.

Adubao potssica de cobertura: Aplicar, em funo da produtividade Bernardo van Raij e Heitor Cantare/la
esperada e da anlise do solo, de acordo com a seguinte tabela: Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC

Produtividade K+ trocvel, mmol,idm 3


esperada
(matria seca) 0-0,7 0,8-1,5 1 ,6-3,0 >3,0

t/ha K2 0, kg/ha
4- 8 20 o o o
8-12 60 20 o o
12-16 100(') 60 40 o
16-20 160( 1) 100( 1) 60 20

{1) Em solos argilosos, o K aplicado em cobertura pode no ser eficiente. Assim, principal~
3
mente nesses solos, quando os teores de K forem muito baixos ou baixos (<1 ,5 mmolc/dm )
e as doses recomendadas em cobertura, iguais ou superiores a 100 kg/ha de K20,
aconselhvel transferir a adubao potssica de cobertura para a fase de pr~p!antio, aplican~
do o fertilizante a lano e incorporando~o ao solo. Nesse caso, acrescentar mais 20 kg/ha de
K20 dose recomendada.

RfliAtim Tr.nir.fl_ 100. IAC. 1997


B. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...

13.8 Milho "safrinha" Adubao de cobertura: Aplicar no estdio de 6 a 8 folhas totalmente desdo-
bradas (cerca de 30 dias aps a germinao), levando em conta a classe
O milho "safrinha" semeado entre os meses de janeir e abril, sem de resposta a N e a produtividade esperada:
irrigao, como opo de cultura para o outono-inverno. Nessa poca, o
Produti- Classe de resposta esperada a N
potencial de produtividade menor e h maiores riscos em virtude de pouca vidade
disponibilidade de gua e baixa temperatura. Assim, recomenda-se o plantio esperada
do milho safrinha em solos de boa fertilidade que exigem menores investimen-
tos. t/ha - - - - - - N, k g / h a - - - - - -

Espaamento - para a produo de gros: 0,90 m entre linhas, com 3 a 4


2-3 o o
plantas por metro de linha. 3-4 20 10
4-6 30 20
Calagem: recomenda-se fazer o plantio em solos corrigidos (V% <: 50%) uma
vez que no h tempo para a correo do solo com calcrio, o que deve
ser feito antes da cultura de vero.
As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a 1. Mdia resposta esperada: milho aps outra gramnea no vero, ou em
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: solos arenosos.

Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 2. Baixa resposta esperada: milho aps soja ou outra leguminosa no
Nitro- vero.
da de
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha Aildson Pereira Duarte
Estao Experimental de Assis - IAC
2-3 30 50 30 10 o 40 30 20 o Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij
3-4 30 160'\
. 40 20 10 50 r4) 30 10 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
4-6 30 ,n /

60 40 30 -(1)
\.._
50 40 20
1
( ) pouco provvel que esse nvel de produtividade seja atingido em solos com teores muito
baixos de P e K. Para as doses de K recome_ndadas no necessrio o parcelamento desse
nutriente em cobertura.

A dose de N recomendada para o plantio permite dispensar aplicaes de


N em cobertura para produtividades at 3 t/ha. Opcionalmente, pode-se reduzir
a quantidade de N no plantio e acrescentar a diferena dose em cobertura,
porm, devido ao risco de seca, esse parcelamento pode no ser vantajoso.

60 Boletim Tcnico. 100.1AC. 1997


8. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...

13.9 Milho pipoca


Adubao mineral de cobertura: Aplicar, levando em conta a classe de
resposta esperada a nitrognio, o teor de potssio no solo e a produtivi-
Espaamento: 0,80 m entre linhas, com 5 plantas por metro. dade esperada, de acordo com a seguinte tabela:

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o Produtivi- Classe de resposta a nitrognio K+ trocvel, mmolcidm 3
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. Em solos com teores de da de
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa 0-0,7 >0,8
a 50%.
tlha N, kg/ha - - K20, kg/ha - -
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a 2-4 60 40 20 20 o
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: 4-6 100 70 40 40 o
Produtivi P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
Nitro-
da de
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
tlha N, kg/ha P20 5 , kg/ha K20, kg/ha( 1) - - 1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
2-4 20 80 60 40 30 50 50 40 20 contnuo de milho ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
4-6 plantio direto; solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviao.
20 90 70 50 30 50 50 40 30
1 2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
( )Para evitar excesso de sais no sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores
que 50 kg/ha de K20 est parcelada, prevendo-se a aplicao em cobertura.
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
ou uso de quantidades moderadas de adubos orgnicos.

Aplicar 20 kg/ha de S com a adubao de plantio. 3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
cultivo de milho aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
Aplicar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6
leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do milho; uso constante de
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3.
quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Os adubos devem ser aplicados, no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo
das sementes. Aplicar o nitrognio ao lado das plantas, no estdio de 6 a 8 folhas
totalmente desdobradas (cerca de 25-30 dias aps a germinao). Em solos
arenosos, doses iguais ou maiores que 60 kg/ha de N podem ser parceladas
em duas vezes, aplicando-se a segunda parte cerca de 15 a 20 dias depois. O
potssio deve ser colocado juntamente com a primeira cobertura de nitrognio.

Em reas irrigadas, o N pode ser parcelado em 3 ou mais vezes, at o


florescimento, e aplicado com a gua de irrigao.

As doses de N podem ser reduzidas em condies climticas desfavor-


veis, baixo estande ou em lavouras com grande crescimento vegetativo.

Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Eduardo Sawazaki
Seo de Cereais - IAC

62
8, van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

13.10 Milho verde e milho doce Adubao mineral de cobertura: Aplicar, levando em conta a classe de
resposta esperada a nitrognio, o teor de potssio no solo e a produtivi-
Espaamento: 0,9 a 1,0 m entre linhas, com 5 plantas por metro linear. dade esperada de espigas, de acordo com a seguinte tabela:
Produtivi- Classe de resposta a nitrognio K+ trocvel, mmolcldm 3
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o da de
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcldm3. Em solos com teores de esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases
a 50%. t!ha N, kg/ha K20, kg/ha
4- 8 50 30 20 20
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a 8-12 70 50 20 40 20
produtividade esperada de espigas verdes, conforme a seguinte tabela: 12-16 120 80 40 60 30
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
16-20 140 100 50 100( 1) 80 40
Nitro-
da de 1
gnio ( )Em solos argilosos, o K aplicado em cobertura pode no ser eficiente. Assim, principalmente
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
nesses solos, quando os teores de K forem muito baixos ou baixos (< 1,5 mmolc/dm 3) e as
doses recomendadas em cobertura, iguais ou superiores a 80 kg/ha de K20, aconselhvel
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha( 1)
transferir a adubao potssica de cobertura para a fase de pr-plantio, aplicando o fertilizante
4- 8 10 80 60 40 20 50 50 40 o a lano e incorporando-o ao solo. Nesse caso, acrescentar mais 20 kg/ha de K20 dose
recomendada.
8-12 20 100 80 40 30 50 50 50 20
12-16 30 11 o 90 50 30 50 50 50 40
As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
16-20 30 (2) 100 60 40 50 50 50 50
1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
1
( )Para evitar excesso de sais no sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores contnuo de milho ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
que 50 kg/ha de K20 est parcelada, prevendo-se a aplicao em cobertura. {2 ) improvvel plantio direto; solos arenoso~ sujeitos a altas perdas por lixiviao.
a obteno de alta produtividade de milho em solos com teores muito baixos de P, inde-
pendentemente da dose de adubo empregada. 2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
ou uso de quantidade moderada de adubos orgnicos.
Aplicar 20 kg/ha de S para produtividade esperada at 12 t!ha de espigas
e 40 kg/ha de S para produtividades maiores. 3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
cultivo de milho aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
Aplicar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do milho; uso constante de
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3. quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo Aplicar o nitrognio ao lado das plantas, no estdio de 6 a 8 folhas
das sementes. totalmente desdobradas (cerca de 25-30 dias aps a germinao), em quanti-
dades at de 80 kg/ha, e o restante 15 a 20 dias depois. Aplicar o potssio
juntamente com a primeira cobertura de nitrognio. Aplicaes tardias de
potssio so pouco efetivas.

As doses de N podem ser reduzidas em condies climticas desfavor-


veis, baixo estande ou em lavouras com grande crescimento vegetativo.

Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.11 Sorgo-granfero, forrageiro e vassoura Adubao mineral de cobertura: Aplicar nitrognio e o potssio em cobertura
de acordo com a meta de produtividade e a tabela abaixo:
Espaamento - granfero: 50 a 70 em entre linhas, com 1 O plantas por metro
Produtividade esperada Classe de resposta a N K+ trocvel, mmolc/dm 3
linear; forrageiro: 70 a 90 em entre linhas, com 12 a 15 plantas por metro
(150 a 200 plantas por hectare); vassoura: 0,9 a 1 ,O m entre linhas, com Gros Mat. verde Vassoura 1. alta 2. mdia 3. baixa 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5
1O plantas por metro.
!lha N, kg/ha - - K20, kg/ha--
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o 2-4 20-30 1-2 40 20 10 o o o
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcldm3. Em solos com teores de
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases
4-6 30-40 2-4 60 40 20 20 o o
a 50%. Se o sorgo for plantado em fevereiro-maro, aplicar o calcrio
6-8 40-60 90 70 40 40 20 o
antes da cultura de primavera-vero.
As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela: 1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
contnuo de gramneas ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
Meta de produtividade P resina, mg/dm 3
Nitro- plantio direto; solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviao.
gnio
Gros Matria verde Vassoura 0-6 7-15 15-40 >40 2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
!lha N, kg/ha P20s, kg/ha
ou uso de quantidade moderada de adubos orgnicos.
2-4 20-30 1-2 10 60 40 30 20 3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
4-6 30-40 2-4 20 80 60 40 20 cultivo de sorgo aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
6-8 40-60 30 90 80 50 30 leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do sorgo; uso constante de
quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Meta de erodutividade K+ trocvel, mmolcfdm 3
1,5-3,0 >3,0 Aplicar o nitrognio ao lado das plantas 30 dias aps a germinao. Doses
Gros Matria verde Vassoura 0-0,7 0,8-1,5
acima de 60 kg/ha de N podem ser parceladas em duas -11ezes, especialmente
!lha K20, kg/ha( 1) em solos arenosos e plantios precoces, aplicando metade cerca de 30 dias
aps a germinao e metade, 20 dias depois.
2-4 20-30 1-2 50 40 20 o
4-6 30-40 2-4 50 50 40 20 Em plantios tardios de sorgo para gros ou forragem (fevereiro-maro), o
6-8 40-60 50 50 50 30 potencial de produo reduzido. conveniente, neste caso, fazer o plantio
aps soja ou outra leguminosa. Aumentar a dose de N no plantio para 20 kg/ha
C) Para evitar excesso de sais no sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores e, em condies de seca, dispensar a adubao de cobertura.
que 50 kg/ha de K20, est parcelada, prevendo-se a aplicao em cobertura.
Aplicar o potssio em cobertura at 30 dias aps a germinao, junta-
Aplicar 20 kg/ha de S para produtividade esperada at 6 t/ha de gros ou I mente com a primeira cobertura de nitrognio. Em plantios tardios, sem irriga-
40 t/ha de matria verde e 40 kg/ha de S para produtividade maior. ! o, a aplicao de potssio em cobertura s ser eficiente se houver
ocorrncia de chuvas.
Empregar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a I Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij
0,6 mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1 ,2 mg/dm3 I Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo li Eduardo Sawazaki
das sementes. Seo de Cereais - IAC
li
Rn!Atim Tr.nir.n 100 IAC: Hl!=l7 _u,li RnlAtim Tr.nir.n 100 IAC: HI!H
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.12 Trigo e triticale de sequeiro As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:

1. Alta resposta esperada: cultivares de porte baixo, plantados em solos


Espaamento: 17 em entre linhas, com 60 a 80 sementes viveis por metro corrigidos, cultivados anteriormente com gramneas (arroz, milho, sorgo); solos
linear. arenosos, primeiros anos de plantio direto.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% para o trigo 2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
e 60% para o triticale; e o magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. com leguminosa (soja).
Para cultivares de trigo tolerantes acidez (trigo IAC-24, IAC-120) a
correo pode ser feita para V=60%. O efeito da calagem depende da 3. Baixa resposta esperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
aplicao e incorporao do calcrio com antecedncia; recomendvel mente soja de alta produtividade ou plantio de adubos verdes; cultivares de
realizar essa operao antes da cultura de vero. No ultrapassar 4 !lha porte alto.
de calcrio por ano. O triticale, pela tolerncia ao Al3+ recomendado para
reas marginais cultura do trigo (solos cidos e vrzeas bem drenadas O nitrognio deve ser aplicado cerca de 30-40 dias aps a emergncia.
em sucesso ao arroz). Em anos secos, o potencial de produtividade menor e a adubao com N em
cobertura pode no ser eficiente.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela:
Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3 Seo de Cereais - fAC
Nitro-
da de Heitor Cantare/la
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
tlha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha

1-2 20 80 50 30 20 40 30 20 10
2-3 30 90 60 40 20 60 40 20 10

Aplicar 1O kg/ha de S.
Em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 mg/dm3, aplicar 3 kg/ha
de Zn. Aplicar 1 ,O kg/ha de Bem solos com teores de B (gua quente) inferiores
a 0,21 mg/dm3.

Adubao de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura de acordo com a


classe de resposta e a produtividade esperada.

Produti- Classe de resposta esperada a N


vida de
esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa

t/ha N, kg/ha
1-2 20 o o
2-3 40 20 o

Rn!o:~tim T f'nir.n 1 00 I Ar. 1 QQ7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

13.13 Trigo e triticale irrigados Adubao de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura de acordo com a
classe de resposta e a produtividade esperada.

Espaamento: 17 em entre linhas, com 60 a 80 sementes viveis por metro Produti- Classe de resposta esperada a N
linear. vida de
esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% para o trigo
t/ha N, kg/ha
e 60% para o triticale, e o magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcidm3.
Para cultivares tolerantes acidez (trigo IAC-24, IAC-120) a correo 2,5-3,5 60 40 20
pode ser feita para V = 60%. O efeito da cal agem depende da aplicao 3,5-5,0 90 50 20
e incorporao do calcrio com antecedncia; assim, recomendvel
realizar essa operao antes da cultura de vero. No ultrapassar 4 tlha
de calcrio por ano. O triticale, pela tolerncia ao Al3+ recomendado para As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
reas marginais cultura do trigo (solos cidos e vrzeas bem drenadas
em sucesso ao arroz). 1. Alta resposta esperada: cultivares de porte baixo, plantados em solos
corrigidos, cultivados anteriormente com gramneas (arroz, milho, sorgo); solos
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a arenosos, primeiros anos de plantio direto.
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela:
2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
Produtivi- P resina, mg/dm 3
K+ trocvel, mmolc/dm 3 com leguminosa (soja).
Nitro-
da de
gnio 3. Baixa resposta esperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
mente soja de alta produtividade ou plantio de adubos verdes.
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha

2,5-3,5 20 80 60 40 20 60 40 20 10 Para doses at 40 kg/ha de N, aplicar o fertilizantes 30-40 dias aps a


emergncia. Doses maiores podem ser divididas em duas pores, especial-
. 3,5-5,0 30 90 60 40 20 90( 1) 60 40 20
mente em solos arenosos, aplicando metade aos 30 dias aps a emergncia
1
( )Doses altas de potssio no sulco de plantio podem provocar reduo no estande; recomen~
e metade, cerca de 20 ou 30 dias depois.
daMse manter o solo com umidade adequada at o estabelecimento da cultura. Em solos
arenosos, aplicar 60 kg/ha de K20 no plantio e o restante em cobertura, junto com o N, at 30
Cultivares de porte alto respondem menos a~ nitrognio e podem acamar
dias aps a germinao. com doses altas do nutriente

Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas


Aplicar 20 kg/ha de S. Seo de Cereais - fAC
Em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 mg/dm3, aplicar 3 kg/ha Heitor Cantare/la
de Zn. Aplicar 1,O kg/ha de Bem solos com teores de B (gua quente) inferiores Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
a 0,21 mg/dm3.

Boletim Tcnico. 100. JAC. 1997 71


Recomendaes de adubao e calagem ...

14. ESPECIARIAS, AROMTICAS E MEDICINAIS

Pgina

14.1 Informaes gerais 75


14.2 Camomila . . . . . 76

14.3 Capim-limo ou erva cidreira, citronela-de-java, palma-rosa . 77

14.4 Cardamomo 78

14.5 Confrei . . 79

14.6 Curcuma . 80

14.7 Digitlis . 81

14.8 Erva-doce ou funcho 82

14.9 Estvia . . 83

14.1 O Gengibre . 84

14.11 Menta ou hortel 85

14.12 Pimenta-do-reino 86

li
,.
14.13 Pretro . 87
14.14 Urucum 88
i! 14.15 Vetiver . 90
li

Bo!Atim Tr:nic:o. 100. !AC. 1997 73


Recomendaes de adubao e calagem ...

14. ESPECIARIAS, AROMTICAS E MEDICINAIS

Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC

Angela Maria Cangiani Fur/ani


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

14.1 Informaes gerais

Trata-se de um agrupamento de culturas com poucas informaes sobre


adubao e nutrio, o que decorre de sua pequena expresso no Estado de
So Paulo. Dessa forma, sero apresentadas apenas tabelas de adubao de
carter geral, utilizando a anlise de solos para as recomendaes de calagem,
fsforo e potssio.

Contudo, no caso de suspeitas de distrbios nutricionais, utilizar tcnicas


de anlises de micronutrientes em solos, bem como a diagnose foliar usando
amostras pareadas (com e sem sintomas visuais), para a anlise qumica de
macro- e micronutrientes.

Rnl""'tim T&r>nit'n 111n IAf': 1007


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

14.2 Camomila 14.3 Capim-limo ou erva-cidreira, citronela-de-java e palma-rosa

Espaamento: 0,30 x 0,25 m no campo. Espaamento: 1,0 a 1,2 m x 0,5 a 0,6 m (13.000 a 20.000 mudas/ha);
palma-rosa- 0,8 a 1,2 m x 0,4 a 0,6 m (15.000 a 32.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 40%.
Adubao orgnica: 20 a 40 Ilha de esterco de curral curtido.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela:
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Nitrognio
Nitrognio 0-15 >15 0-1,5 >1,5
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha - P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha--
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha 10 60 30 60 30

30 120 50 20 80 50 20
Adubao mineral de cobertura: Aplicar, 30 dias aps o plantio, 60 kg/ha de N
e, a cada corte, 60 kg/ha de N e 30 a 60 kg/ha de K 2 0, dependendo da
Adubao mineral de cobertura: 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio. anlise inicial do solo.

Observao: Devolver ao solo a rama destilada, logo aps cada corte.


Nilson Borlina Maia
Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
e ngela Maria Cangiani Furlani Nilson Borlina Maia
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do So/d e Nutrio de Plantas - IAC

RniAtim Tr:ni~n 100. IAC. 1997 Boletim Tcnico_ 100 IAC: 1AA7 77
B. van RA!J et ai.
Recomendaes de adubao e ca!agem ...

14.4 Cardamomo 14.5 Confrei

Espaamento: 3 x 3m ou 3 x 2,5 m (1.150 a 1.350 mudas/ha). Espaamento: 0,6 x 0,6 m; 0,8 x 0,6 m (20.800 a 27.800 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Espaamento: 60 x 60 em; 80 x 60 em
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela: Calagem: Aplicar calcrio para aumentar a saturao por bases a 60%.

Adubao orgnica: Aplicar 50 tlha de esterco de curral curtido.


P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio Adubao mineral de plantio: Aplicar nas covas, em mistura com o esterco,
0-15 >15 0-1,5 >1 ,5
em quantidades com base na anlise de solo:
N, kg/ha - PzOs, kg/ha-- --KzO, kg/ha--
10 60 30 60 30 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3
Nitrognio
0-15 16-40 >40 0-1,5 1 ,6-3,0 >3,0
Adubao mineral de cobertura: Aplicar, 30 dias aps o plantio, 60 kg/ha de
N, kg/ha PzOs, kg/ha KzO, kg/ha
N e, a cada corte, 60 kg/ha de N e 30 a 60 kg/ha de K20, dependendo da
anlise inicial do solo. 60 150 100 50 150 80 40

Nilson Borlina Maia Adubao mineral de cobertura: Aplicar 60 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio
Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC e, a cada corte, repetir a adubao com N e K20.
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Nilson Bor/ina Maia
Seo de Plant?S Arorl].ticas e Fumo - IAC
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

7R Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997


T
8. van RAJJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ...

14.6 Curcuma i 14.7 Digitlis

Espaamento: 0,7 x 0,3 m (45.000 a 47.000 rizomas/ha). Espaamento: 0,5 x 0,4 m (50.000 mudas/ha).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%.

Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol,/dm 3 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3


Nitrognio Nitrognio
0-15 >15 0-1,5 >1 ,5 0-15 16-40 >40 0-1,5 1 ,6-3,0 >3,0

N, kg/ha -P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha-- N, kg/ha P20s, kg/ha ---K20, kg/ha - - -
20 100 40 80 40
20 120 80 40 100 60 30

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio.


Adubao mineral de cobertura: Aplicar duas vezes 20 kg/ha de N, aos 30
e 60 dias aps o plantio.

Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
Nilson Borlina Maia
e ngela Maria Cangiani Furlani Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo .de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

QO A1
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

14.8 Erva-doce ou funcho 14.9 Estvia

Espaamento: 0,4 x 0,2 m ou 0,25 x 0,20 m (125.000 a 200.000 plantas/ha).


Espaamento: 1 ,2 x 0,6 m. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Adubao orgnica: Quando disponvel, aplicar 40 a 60 t/ha de esterco de
curral curtido antes do plantio.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela:
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
3 3
P resina, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm
Nitrognio P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol,/dm 3
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Nitrognio
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha P20s, kg/ha ---K20, kg/ha---
N, kg/ha P205, kg/ha - - - K20, kg/ha - - -
10 100 60 30 60 40 30
20 120 80 40 100 60 30

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 50 kg/ha de N, parcelando em duas


vezes, aos 20 e 60 dias aps o plantio. Repetir a adubao nitrogenada Adubao mineral de cobertura: Aplicar, 30 dias aps o plantio, 40 kg/ha de
nos anos seguintes. N e, a cada corte, 20 kg/ha de N e 20 kg/ha de K20.

Nilson Borlina Maia Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC Seo de Plantas Aromticas e Fumo - fAC
e ngela Maria Cangiani Furlani e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

82 Boletim Tcnico_ 100. IAC. 1997 Ro!Atim T6f'nif'r. 1{){) lAr 1aa7
B. van RAIJ et a!. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

14.10 Gengibre 14.11 Menta ou hortel

Espaamento: 1 ,O x 0,4 m (25.000 rizomas/ha). Espaamento: 0,7 a 1 ,O x 0,3 m.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao orgnica: Sempre que possvel, aplicar adubo orgnico, na base de
30 a 40 t/ha de esterco de curral curtido ou composto, no sulco, antes do
P resina, mg/dm 3 plantio e, em cobertura, aps cada terceiro corte.
Nitrognio
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.

N, kg/ha P20s, kg/ha ---K20, kg/ha - - -


P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
20 240 150 60 120 80 40
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

Adubao mineral de cobertura: Em cada uma das trs amontoas, aplicar 30 N, kg/ha P20s, kg/ha ---K20, kg/ha - - -
kg/ha de N e 70 kg/ha de K20. 20 120 80 40 90 60 30

Nilson Borlina Maia Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio
Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC e, a cada corte, 30 kg/ha de N e 30 kg/ha de K20.
e ngela Maria Cangiani Fur/ani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Observao: Aps cada c9rte, devolver a rama destilada ao campo, em
cobertura.

Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - fAC
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

84 BolP.tim TP.c.nico. 100. !AC. 1997


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

14.12 Pimenta-do-reino 14.13 Pretro

Espaamento: 2 x 2,5 m ou 2 x 2 m (2.000 a 2.500 plantas por hectare). Espaamento: 0,6 a 0,8 x 0,4 m.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%.
Adubao de plantio e de formao: Aplicar 1o kg/cova de esterco de curral Adubao mineral de plantio: Aplicar, segundo os resultados da anlise de
curtido ou 3 kg de esterco de galinha ou 0,8 kg de torta de mamona, solo, as doses da tabela abaixo:
juntamente com 300 g de calcrio e 50 g de P20s.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Antes do florescimento, em outubro ou novembro, aplicar em cobertura Nitrognio
por planta, 60 g de N; 15 g de P20s e 45 g de K20. 0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Adubao mineral de produo: Aplicar, de acordo com anlise de solo N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
realizada pelo menos a cada dois anos:
10 90 60 30 80 50 30
3 3
P resina, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm
Nitrognio
0-15 >15 3,0 >3,0
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 45 kg/ha de N, parcelando em trs
N, kg/ha - P20s, kg/ha- - - K20, kg/ha-- aplicaes, aos 30, 60 e 90 dias aps o plantio.

90 80 50 80 50

Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
Parcelar a adubao em trs aplicaes, nos meses de outubro, dezembro
e fevereiro, o que equivale a antes, durante e aps o florescimento. e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC

Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC

RnlAtim Tr.nir-o 100 !Ar._ 1!=1l7


8, van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

14.14 Urucum Adubao mineral de produo (a partir do 4,o ano): Aplicar, com base nos
resultados da anlise de solo, as seguintes quantidades de nutrientes:
Espaamento: Varivel, de acordo com o desenvolvimento e a variedade. O
espaamento comumente usado em lavouras paulistas de 7 x 3 m ou P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmol 0 /dm3
Nitrognio
6 x 3m. 0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Adubao orgnica: Sempre que possvel utilizar adubo orgnico curtido, na
base de 5 litros por cova, misturando com a adubao mineral de plantio.
50 40 20 o 60 40 20

Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:


Aplica~ o adubo em cobertura, em um crculo cujo raio exceda em um tero
P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmol 0 /dm3 o da pro]eao da copa, parcelando em duas vezes, aps a colheita e antes do
Nitrognio incio das chuvas.
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, g/cova P20s, g/cova ---K20, g/cova--- Fernando Romariz Duarte


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
10 120 80 50 60 40 20

Aplicar em cobertura e de cada vez 1O g/cova de N, aos 30, 60 e 90 dias


aps o plantio.

Adubao mineral de formao (2. 0 e 3. 0 anos): Aplicar, com base na anlise


de solo da amostra retirada antes do plantio:

P resina, mg/dms K+ trocvel, mmol 0 /dm3


Nitrognio
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, g/planta P20s, g/planta - - - K20, g/planta

60 60 40 20 45 30 o

Aplicar a adubao, em trs vezes, no perodo de setembro a maro.


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

14.15 Vetiver

Espaamento: 0,9 a 1,2 m x 0,3 a 0,5 m (18.000 a 39.000 mudas/ha).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. 15. ESTIMULANTES
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
Pgina
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
1,6-3,0 15.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . 93
0-15 16-40 >40 0-1,5 >3,0
15.2 Composio qumica e diagnose foliar 94
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
15.3 Cacau 96
o 60 40 20 40 30 20
15.4 Caf 97

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio. 15.5 Ch 102
15.6 Fumo 103
Observao: Incorporar as razes destiladas e decompostas e as folhas pica-
das ao solo.

Nilson Borlina Maia


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC

AnlAtim Tr.nir.n 100 IAC. 1997 RniAtim Tr.nir.o 100 IAC: HUl? 91
Recomendaes de adubao e calagem ...

15. ESTIMULANTES

Bernardo van Raij, Heitor Cantare/la e Jos Antonio Quaggio


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas- IAC

15.1 Informaes gerais

O caf j foi a cultura que mais consumia adubo no Brasil mas, nos ltimos
anos, pela reduo da rea cultivada no Estado e pelos baixos preos do
produto no mercado internacional, houve uma drstica reduo na utilizao
de fertilizantes. Atualmente, o cafeeiro responde apenas por cerca de 6% do
consumo nacional. Em cafezais formados, as necessidades maiores so de
nitrognio e potssio, porm a cultura precisa de outros nutrientes, sendo
bastante comuns as deficincias de enxofre, boro, zinco e mangans.

Os principais problemas que tm ocorrido com a adubao do cafeeiro so


os seguintes: acidificao excessiva, causada pela adubao nitrogenada e
calagem insuficiente; uso ae frmulas NPK concentradas, principalmente 20-
5-20, sem atentar para o acmulo de potssio no solo e no aplicao de
enxofre; aplicao insuficiente de fsforo na formao e uso rotineiro de
micronutrientes sem atentar para as reais necessidades~

O cacau e o fumo so culturas importantes em outras regies do Brasil,


mas de pequena importncia no Estado de So Paulo e, assim, o consumo de
adubos insignificante. J o ch tem importncia regional no Vale do Ribeira,
sendo cultura que necessita alta quantidade de nitrognio e potssio.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

15.2 Composio qumica e diagnose foliar A interpretao dos resultados, ou diagnose foliar, feita considerando os
limites de interpretao apresentados no quadro 15.3.

A composio de cada uma das culturas, em nitrognio, fsforo, enxofre Quadro 15.3. Limites de interpretao de teores de macro- e micronutrientes em
e potssio contidos em uma tonelada da parte colhida, apresentada no quadro folhas de plantas estimulantes
15.1.
Cultura Faixas de teores adequados na matria seca das folhas
Quadro 15.1. Contedo de alguns macronutrientes nas partes colhidas de
plantas estimulantes
Macronutrientes, g/kg
Nutrientes na parte colhida
Cultura Parte da planta considerada N p K Ca Mg s
N p K s
Cacau 20-25 1,8-2,5 13-23 8-12 3,0-7,0 1,6-2,0
kg/t Caf 26-32 1,2-2,0 18-25 10-15 3,0-5,0 1,5-2,0
Cacau Frutos (para 1 t de amndoas) 32 6 48 Ch 38-48 1 ,9-2,5 18-20 4-6 1,5-3,0 1,0-3,0
Caf Caf coco (para 1 t de caf beneficiado) 34 4 52 3 Fumo 30-45 2,5-5,0 25-40 15-30 2,0-6,5 2,0-6,0
Ch Folhas 40 5 20
Fumo Folhas 30 6 50 10 Micronutrientes, mg/kg
B Cu Fe Mn Mo Zn
Esses dados podem ser usados para calcular a remoo de nutrientes.
Cacau 25-60 8-15 60-200 50-250 0,50-1,50 30-80
pelas colheitas.
Caf 50-80 10-20 50-200 50-200 o, 10-0,20 10-20
J a anlise foliar tem a finalidade de avaliar o estado nutricional das Ch 30-50 500-1000 30-50
culturas, servindo para introduzir ajustes no plano de adubao. A amostragem Fumo 20-50 5-60 50-200 20-230 20-80
padronizada e deve ser feita como descrito no quadro 15.2.

Quadro 15.2. Amostragem de folhas de plantas estimulantes

Cultura Descrio das amostragem Ao interpretar os resultados da anlise qumica d~ folhas, princi-
palmente para o cafeeiro, deve-se considerar que os valores sero
Cacau Amostrar 25 plantas, 8 semanas aps o florescimento principal; cole- altos se houver aplicao de adubao foliar antes da amostra-
tar 2.a e 3.as folhas verdes, a partir do pice do ramo, da altura mdia gem. Isso mais comum para boro, cobre e zinco e, eventualmen-
da planta, 4 folhas por rvore. te, mangans. Uma diagnose foliar mais realista desses nutrientes
s ser obtida se no forem feitas aplicaes foliares no ano
Caf Retirar amostras de ramos frutferos no incio do vero (dezembro e
agrcola, at a retirada das folhas para anlise.
janeiro), de talhes homogneos, amostrando 50 plantas, 2 folhas por
planta, 3. 0 par a partir do pice dos ramos, da altura mdia da planta,
igual nmero de folhas de cada um dos lados das linhas de cafeeiros.
Plantas anmalas no devem ser amestradas ou podem ser amostra-
das parte.
Ch Amostrar 25 plantas, de maio a junho, retirando as 2.as folhas, a partir
dos ramos no lignificados.
Fumo Amostrar 30 plantas, folha superior totalmente desenvolvida, no flo-
rescimento.

Rnlotirn TI'nif'n ~IV\ lAr' 1007


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

15.3 Cacau 15.4 Caf

Espaamento: Solos de mdia fertilidade: 3,5 x 2,5 m; solos de alta fertili- Espaamento: Algumas opes so: 4,0 x 0,5 a 1,5 m (5.000 a 1.675 co-
dade: 3,5 x 3,0 m (i.i43 ou 952 plantas por hectare). vas/ha); 3,5 x 0,5 a 1,5 m (5.800 a 1.943 covas/ha); 1 ,O a 2,5 x 0,5 a 1,5
m ( 2.680 a 20.000 covas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%, garantindo
no mnimo 5 mmol 0 /dm3 de magnsio. Amostragem de solo: Antes da formao do cafezal, retirar amostra composta
da rea total. Em cafezal formado, a amostragem deve ser feita pelo
Adubao de plantio: Com antecedncia de 60 dias ao plantio, incorporar, por
menos a cada 2 anos, na faixa de solo onde so aplicados os adubos.
cova, 2 a 4 L de esterco de galinha, 1 kg de calcrio dolomtico ou
Essas amostras devem ser retiradas a uma profundidade de 0-20 em. A
magnesiano, i 00 g de P20 5 e 30 g de K20. Acrescentar 3 g de Zn por cova
cada 4 anos, retirar amostras compostas de 20 a 40 em de profundidade.
se a anlise de solo apresentar teor no solo inferior a 0,6 mg/dm3. Acres-
centar 4 parcelas de i O g/planta de Nem cobertura, de dois em dois meses. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases da camada arvel
a 50% e o teor de magnsio a um mnimo em 5 mmolcfdm3.
Adubao mineral de formao: Aplicar, em cobertura ao redor das plantas,
em trs parcelas no perodo das chuvas, as seguintes quantidades de Na formao do cafezal, distribuir o corretivo uniformemente sobre o
nutrientes N-P 20 5-K20, em gramas por planta: terreno e incorpor-lo ao solo o mais profundamente possvel. Alm da calagem
em rea total, aplicar 400 g de calcrio modo ou 200 g de calcrio calcinado
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Idade Nitrognio por metro linear de sulco.
0-12 13-30 >30 0-1,5 1 ,6-3,0 >3,0
Em cafezal j formado, distribuir o corretivo sobre o solo, de preferncia
Anos N, g/planta - - P20s, g/planta - - - - K20, g/planta-- no incio da estao chuvosa, com maior quantidade na faixa de terreno que
recebe a adubao.
40 60 40 20 60 40 20
2 80 90 60 30 90 60 30 A saturao por bas~_s para a ca/agem a da parte do terreno que
3 120 120 80 40 120 80 40 recebe a adubao. Os valores so, de forma geral, mais elevados
nas entrelinhas.

Adubao mineral de produo: Aplicar de acordo com a anlise de solo, O calcrio calcinado pode trazer problemas'"para as mudas se no
realizada de trs em trs anos, as seguintes quantidades de nutrientes: for muito bem incorporado ao solo. Com a aplicao do produto
sobre a superfcie do solo, pode ocorrer a formao de grumos,
P resina, mg/dm 3 K trocvel, mmolc/dm 3 Zn, mg/dm 3 difceis de separar dos gros de caf aps a colheita.
Nitrognio
0-12 13-30 >12 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,6 0,7-1,5 >1,5 Gessagem: Se houver interesse, aplicar gesso, com base na anlise de solo
da camada de solo de 20-40 em, se for constatado teor de Ca2+ inferior a
N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha-- --Zn, kg/ha- 4 mmolcfdm3 e/ou saturao de alumnio acima de 50%. O gesso deve ser
50 90 60 30 60 40 20 4 2 o distribudo sobre o terreno, no havendo necessidade de incorporao
profunda, j que o material solvel em gua. As quantidades podem ser
Parcelar em trs vezes a adubao, aplicando em cobertura, nos meses dimensionadas de acordo com a textura do solo, usando a seguinte
de outubro, dezembro e maro. frmula:

Bernardo van Raij Argila (em g/kg) x 6 = kg/ha de gesso a aplicar


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC O efeito do gesso perdura por vrios anos, no havendo necessi-
e Maria Luiza Sant'Anna Tucci dade de aplicaes freqentes. O gesso pode ser aplicado como
Seo de Plantas Tropicais - fAC fonte de enxofre, podendo suprir o nutriente por vrios anos.

oe RoiAtim Tr.nir.n. 100 IA C:. 1 j!7 Boletim Tr.nlr.n_ 100 lAr. 1QQ7 07
8. van RAIJ et ai.
f
I
Recomendaes de adubao e calagem ...

Substrato para preparo de mudas: Misturar, na base de volume, 1/3 de ! Aps o pegamento das mudas, aplicar 4 g/cova de N, repetindo essa
esterco de curral curtido e 2/3 de terra. Adicionar mistura, 5 kg/m3 de aplicao em intervalos de aproximadamente 30 dias, at o fim do perodo
superfosfato simples, 0,5 kgfm3 de cloreto de potssio e -2 kgfm3 de chuvoso. Utilizar o adubo nitrogenado em cobertura, em torno das plantas.
calcrio modo.

Adubao orgnica: Se disponvel, aplicar, por metro de sulco, um dos Adubao mineral de formao: No 2. 0 ano agrcola (1.o aps o plantio), fazer
seguintes adubos orgnicos: 20 litros de esterco de curral, 5 litros de quatro aplicaes de 8 g/cova de N, com intervalos de 45 dias, no perodo
esterco de galinha (com cama, reduzindo a 2 litros se for esterco puro), de setembro a maro. Repetir a adubao potssica de plantio, parcelando
1O litros de palha de caf ou 2 litros de torta de mamona. Utilizar produtos juntamente com o nitrognio. O adubo deve ser aplicado em cobertura,
em volta das plantas.
curtidos ou aplicar com 45 dias de antecedncia no caso de materiais no
curtidos.
Adubao mineral de produo: Aplicar os adubos minerais, a partir do 30
A adubao orgnica do cafeeiro, por ocasio do plantio, ben- ano agrcola (2 ano aps o plantio), em funo do teor de N nas folhas,
fica para o desenvolvimento das plantas. As cascas de caf so dos teores de P, K, B, Mn e Zn, revelados pela anlise de solo e da
ricas em nutrientes, contendo, em g/kg, cerca de 15 de N, O, 1 de produtividade esperada, de acordo com as tabelas seguintes:
P e 25 de K, sendo do maior interesse retorn-las ao cafezal.
Produtivi~ Teor de N nas P resina, mg/dm3 K+ trocve!, mmolddm3
da de folhas, g/kg
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: esperada(') 0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
<26 26-30 >30

P resina P205 K+ trocvel K20 B no solo B kg/ha --N, kg/ha- P20s, kg/ha-- K20, kg/ha--
mg/dm3 g/m mmolc/dm3 gim mg/dm3 g/m <600 150 100 50 40 20 20 o 150 100 50 20

0-5 60 0-0,7 30 0-0,20


600-1200 180 120 70 50 30 20 o 180 120 70 30
6-12 45 0,8-1,5 20 0,21-0,60 0,5
1200-1800 210 140 90 60 40 20 o 210 140 90 40
1800-2400 240 160 110 70 50 30 o 240 160 11 o 50
13-30 30 1,5-3,0 10 >0,60 o 2400-3600 300 200 140 80 60 40 20 300 200 140 80
>30 15 >3,0 o 3600-4800 360 250 170 90 70 50 30 360 250 170 100
Cu no solo Cu Mn no solo Mn Zn no solo Zn >4800 450 300 200 100 80 60 40 450 300 200 120
mg/dm3 g/m mg/dm3 g/m mg/dm3 gim 1
{ } Caf beneficiado.
0-0,2 0-1,5 2 0-0,5 2
>0,2 o >1,5 o 0,6-1,2 1
Acrescentar S adubao, na base de aproximadamente 1/8 do N aplica-
>1 ,2 o
do. Essa adubao pode ser dispensada se a anlise de solo revelar teores no
solo acima de 1O mg/dm3 de S.
Reduzir a quantidade de boro pela metade em solos arenosos ou de
textura mdia (com menos de 35% de argila).

Misturar muito bem o calcrio, os adubos minerais e o adubo orgnico,


quando utilizado, com a terra do sulco de plantio.

importante misturar bem os adubos com a terra dos sulcos por


ocasio do plantio, para evitar problemas de salinidade com o
cloreto de potssio e de toxicidade com o boro.

OQ RniP.tim Tcnico. 100. !AC. 1997 Rr.!ctirn Tl"'nil"'n 1nn !Ar 1007 ao
B. van RA!J et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Acrescentar boro, mangans e zinco de acordo com a anlise de solo: c) Se for feita fertirrigao, mais indicada para nitrognio e potssio, deve ser
aumentado o nmero de aplicaes.
Boro no solo 8 Mangans no solo Mn Zn no solo .. Zn
d) conveniente proceder incorporao ocasional dos insumos aplicados na
mg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha superfcie do solo, como calcrio, fsforo, mangans e zinco. Isso pode ser
feito, por exemplo, por ocasio da recepa ou de uma subsofagem.
0-0,20 2 0- 1,5 2 0-0,5 2
0,21-0,60 1 >1,5 o 0,6-1,2 1 e) Se for aplicada adubao orgnica no cafezal em produo, descontar
>0,60 o >1 ,5 o metade do nitrognio e o total do potssio aplicados da adubao mineral.

Grupo Paulista de Adubao do Cafeeiro


A produtividade esperada deve ser estimada com realismo, de
Bernardo van Raij (Coordenador) - fAC
preferncia por pessoa familiarizada com o histrico e o potencial de
Durval R. Fernandes - MAARA, Pr-Caf
produo do cafezal.
Edson Gil de Oliveira - DEXTRU, CATI
A anlise foliar deve ser feita para reavaliar o nitrognio a ser
Eurpedes Ma/avo/ta - CENA, USP
aplicado no restante do ano agrcola e no incio do seguinte, at
nova anlise. Os resultados dos demais nutrientes podem ser Gensio S. Cerve/lini- fAC
utilizados para adequar o seu uso na adubao. Heitor Cantare/la - fAC
Incio de Barros - fAC
Parcelar a aplicao do nitrognio, em trs ou quatro vezes, no perodo Joo Alves de To/edo Filho - DEXTRU, CATI
chuvoso (setembro a maro), realizando a aplicao na superfcie do solo, ao Luis Carlos Esteves Pereira - D.A. So Jos do Rio Pardo, CATI
redor da planta e sob a copa. Em solos arenosos, o nmero de aplicaes pode Paulo Boller Gal/o - IAC
ser ampliado. Fsforo, enxofre, boro, mangans e zinco podem ser aplicados Roberto Antonio Thomaziel/o- DEXTRU, CATI
de uma s vez, no incio das chuvas; o potssio, em duas ou mais vezes, ou
todos os nutrientes aplicados juntamente com o nitrognio. Ruy Bonini - DIRA Marlia, CATI
Toms Eliodoro da Costa - Cia. Cafs Bom Retiro
Aplicar os adubos, espalhando em faixas largas, atingindo em sua maior
parte o solo abaixo das copas.

Em cafezais deficientes em zinco, aplicar, em novembro e fevereiro,


pulverizaes !aliares com o nutriente, em soluo contendo 6 g/L de sulfato
de zinco. Se houver deficincia de mangans, aplicar via !aliar soluo conten-
do 1o g/L de sulfato de mangans. Se no for aplicado boro no solo, maneira
preferida para esse nutriente, empregar soluo com 3 g/L de cido brico.

Observaces:

a) O uso de adubos fludos, opo vantajosa em certas situaes, pode ser


feito considerando a mesma tabela acima.

b) Em geral no necessrio adubar cafezais no primeiro ano aps recepa.


Contudo, se a brotao for lenta, aplicar 1/3 da dose de nitrognio recomen-
dada para caf adulto.

1M
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

15.5 Ch 15.6 Fumo

Espaamento: 1,5 a 1,8 m x 0,5 a 0,8 m (6.700 a 11.000 mudas/ha). Espaamento: Fumo-de-corda - 1,3 x 0,8 m (9.600 plantas/ha); fumo-de-
-estufa- 1,2 x 0,5 m (16.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 40% e manter
o teor de magnsio no mnimo em 5 mmolc/dm3. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de
magnsio a um mnimo de 5 mmo1Jdm3.
Adubao de plantio: Aplicar 1 litro de esterco de curral curtido e 15 g de P20s
por cova, misturando com a terra frtil da superfcie. Adubao orgnica: Aplicar, para fumo-de-corda, 20 a 30 t/ha de esterco de
curral ou composto.
Adubao mineral de formao: Aplicar, de acordo com a produtividade
prevista, a metade das doses da tabela abaixo. Parcelar os adubos em Adubao mineral de plantio: Aplicar em funo dos resultados de anlise de solo.
trs aplicaes, iniciando 30 a 40 dias aps a brotao das mudas.
P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmolc/dm3
Adubao mineral de produo: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a Cultura Nitrognio
produtividade esperada. 0-7 8-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1,5
N, kg/ha --p20s, kg/ha-- --K20, kg/ha--
Produti- P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmol 0 /dm3
vida de Nitrognio
esperada( 1 ) 0-12 13-30 >30 0-1,5 i ,5-3,0 >3,0 Fumo-de corda 10 90 60 30 60 40 20
Fumo-de estufa 10 90 60 40 90 50 30
t/ha N, kg/ha - - P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha--

<2,0 150 60 40 20 80 60 30
Adubao mineral de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura de acordo
2,0-3,0 200 80 60 30 100 80 40 com a classe de resposta esperada a nitrognio.
>3,0 250 120 80 40 150 100 50
Classe de resposta esperada a N
1
( ) Ch beneficiado. Alta Mdia Baixa
I !
. I - - - - - - - N, k g / h a - - - - - - -
i I Aplicar, no primeiro ano, a metade das doses indicadas, conforme a
produtividade prevista. 50 30 o
Acrescentar, anualmente, 40 kg/ha de S.
I '

Na fase de produo, parcelar as aplicaes dos fertilizantes, em agosto, Alta resposta esperada a N: Solos corrigidos, cultivados anteriormente com
dezembro e maro. culturas no-leguminosas ou solos arenosos.

Mauro Sakai Mdia resposta a N: Solos muito cidos, que sero corrigidos; ou com plantio
Estao Experimental de Pariquera-Au - IAC anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano; ou uso
de quantidades moderadas de adubos orgnicos.
e Jos Antonio Quaggio
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Baixa resposta esperada a N: Solo em pousio ou pastagem por dois ou mais
anos; ou com plantio anterior de leguminosas ou adubos verdes; uso
constante de quantidades elevadas de adubos orgnicos.

10? Rn!P.fim TP.r.ni~n. 100. IAC. 19J7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Observaes:

a) Os fertilizantes no devem conter cloreto.


16. FIBROSAS
b) Suspender a adubao nitrogenada se o fumo estiver com desenvolvimento
vegetativo muito luxuriante.
Pgina

Nilson Borlina Maia 16.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107


Seo de Plantas Aromticas e Fumo - fAC 16.2 Composio qumica e diagnose folia r do algodoeiro . 108
e Bernardo van Raij 16.3 Algodo
109
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
16.4 Bambu . 112
16.5 Crotalria jncea 113
16.6 Juta .... 114
16.7 Linho txtil . 115
16.8 Quenafe 116
16.9 Rami 117
16.10 Sisal 118

i.i
i!
I "

I !I

104
Recomendaes de adubao e calagem ...

16. FIBROSAS

Nelson Machado da Silva


Seo de Algodo IAC

Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

16.1 Informaes gerais

Do grupo das plantas fibrosas, o algodo destaca-se das demais pela


importncia econmica da cultura e, em conseqncia disso, pela existncia
de um grande volume de resultados de pesquisa sobre nutrio, calagem e
adubao. So indicadas informaes sobre composio qumica e diagnose
foliar, alm de uma tabela de adubao com detalhes tcnicos.

As demais culturas tm importncia restrita no Estado de So Paulo e h


poucas informaes regionais disponveis. Assim, so apresentadas apenas as
tabelas de adubao.

i:
l;,,11

RoiAtim TA~nir.n 100 lAr. 1QQ7 107


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

16.2 Composio qumica e diagnose foliar do algodoeiro 16.3 Algodo

O contedo de nutrientes do algodoeiro para a produo de uma tonelada Espaamento: 0,70 a 1,10 m x 0,10 a 0,20 m (45.500 a 143.000 plantas/ha).
de algodo em caroo , aproximadamente, o seguinte:
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Planta inteira (kg/t de algodo em caroo): N - 59; P - 1 O; K - 50 magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3. Aplicar o corretivo o mais cedo
Parte colhida (kg/t de algodo em caroo): N - 23; P- 4; K- 16 possvel, procurando incorpor-lo muito bem ao solo
Adubao mineral de plantio: As quantidades a aplicar so baseadas na
Para a dignose foliar, as instrues para amostragem de folhas so as
anlise de solo e na produtividade esperada de algodo em caroo, de
seguintes:
acordo com o seguinte:
Amostrar 30 plantas, no florescimento, coletando os limbos das
5. as folhas a partir do pice da haste principal. Produti- P resina, mg/dm 3
vidade Nitrognio
esperada 0-6 7-15 16-40 41-aO >80
Os limites de interpretao so definidos pelas seguintes faixas de teores
adequados na matria seca: N, kg/ha P20s, kg/ha
t/ha
.
g/kg mg/kg 1,5-2,0
2,0-2,4
10
10
. ao
100
60
ao
40
60
30
40
20
30
N 35-43 B 30-50
p 2,5-4,0 Cu 5-25 >2,4 10 120 100 ao 60 40
K 15-25 Fe 40-250
Ca 20-35 Mn 25-300 Produti- CTC K+ trocvel, mmolcidm 3
vidade
Mg 3-8 Mo mmolc/dm 3
esperada 0-0,7 o,a-1,5 1 ,6-3,0 3,1-6,0 >6,0
s 4-8 Zn 25-200
t/ha K20, kg/ha
1,5-2,0 At 60 60 40 30 20 20
>60 ao 60 40- 30 20
2,0-2,4 At 60 ao 60 40 20 20
>60 ao
. ao 60 40 30
>2,4 At 60 ao ao 60 40 30
>60 ao ao ao 60 40
i !111

Complementar com a adubao de cobertura indicada na prxima tabela.

Zinco: Na fase de correo de solos de cerrado, aplicar 3 kg/ha de Zn se


o teor no solo for inferior a 0,6 mg/dm3, visando evitar o aparecimento de
eventuais sintomas de deficincia.

Boro: Em solos corrigidos e freqentemente adubados com NPK, aplicar


na mistura de plantio pelo menos 0,5 kg/ha de B, se o teor do elemento no solo
for inferior a 0,61 mg/dm3 Em glebas arenosas, pobres em matria orgnica,
com teores de B no solo inferiores a 0,21 mg/dm3, empregar 1 ,O kg/ha do

RiliAtim T~nirn HH1 lAr. 1007


108
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

nutriente, aumentando esta quantidade para 1,2 kg/ha, caso algum sintoma de Boro em cobertura: Caso no seja possvel a aplicao no plantio,
deficincia j se tenha evidenciado.Em faixa intermediria, de 0,21 a 0,60 incorporar boro em cobertura juntamente com o adubo nitrogenado, em dosa-
mg/dm3 de B no solo, utilizar de 0,5 a 1,O kg/ha de B na mistura dos adubos gem at 25% mais elevada do que a indicada para o plantio.
de plantio. Dentro desses nveis, as necessidades bsicas do algodoeiro sero
satisfeitas e no haver risco de intoxicao. Nitrognio em pulverizao: A pulverizao foliar alternativa para
corrigir eventuais deficincias que ocorram na fase de frutificao. Usar uria
Enxofre: Em solos de explorao recente, nunca ou pouco adubados ou a 5%, a baixo volume, em mistura com inseticida, aplicando nas horas mais
naqueles j corrigidos e freqentemente adubados com misturas concentradas, frescas do dia.
utilizar pelo menos um adubo contendo enxofre, no plantio ou em cobertura,
fornecendo de 20 a 40 kg/ha de S, dependendo da produtividade esperada. Boro em pulverizao: A pulverizao foliar alternativa para corrigir
eventuais deficincias. Nesse caso, devem ser feitas no mnimo quatro aplica-
es sucessivas, fornecendo de O, 15 a O, 18 kg/ha de B por vez (a baixo
Adubao mineral de cobertura: Aplicar de acordo com a produtividade volume), durante o florescimento da cultura.
calculada de algodo em caroo, a classe de resposta esperada a nitro-
gnio e a anlise de solo para potssio, conforme a seguinte tabela:
Nelson Machado da Silva
Produtivi- Classe de resposta a N K+ trocvel, mmolc/dm 3 Seo de Algodo - IAC
da de CTC
esperada Alta Mdia Baixa mmolc/dm 3
0-0,7 0,8-1,5
!lha N, kg/ha --K20, kg/ha--
1,5-2,0 40 30 15
2,0-2,4 50 40 20 > 60 20
> 2,4 70 50 30 At 60 20
> 60 40 20

';,,, Alta resposta esperada a N: Solos intensamente cultivados e adubados, ou


1
i;;, desgastados, erodidos.

Mdia resposta esperada a N: Solos cidos ou em vias de correo, modera-


damente adubados.
lilll

Baixa resposta esperada a N: Solos de derrubada recente, em pousio prolon-


gado ou aps rotao com leguminosas. Nesses casos, incorporar os
restos vegetais com pelo menos dois meses de antecedncia ao plantio.

Aplicar a cobertura com N aps o desbaste, cerca de 30 a 40 dias da


emergncia, cobrindo o adubo na operao "chegamento de terra". Aplicar o
K, quando recomendado, nesta ocasio. Coberturas superiores a 40 kg/ha de
N devem ser parceladas, especialmente em solos arenosos; a segunda aplica-
o, de cerca de 1/3 da dose recomendada, deve ser feita durante a fase de
pleno florescimento (50 a 70 dias da emergncia). Utilizar regulador de cresci-
mento onde se espera grande desenvolvimento das plantas.

110
B. van RAIJ et al. Recomendaes de adubao e calagem ...

16.4 Bambu 16.5 Crotalria jncea

Espaamento: 1O x 1O m ou 5 x 5 m (1 00 a 400 plantas/ha) Espaamento: 0,60 m entre linhas, com 30 a 40 sementes viveis por metro
linear (500.000 a 670.000 plantas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo,
utilizando a seguinte tabela: Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo,
usando a seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Nitrognio
0-15 >15 0-1,5 >1,5 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha--
25 - - - - P20s, kg/ha---- - - - - - K 2 0 , kg/ha----
15 50 40 20
80 60 40 20 70 60 40 20

Antonio Luiz de Barros Salgado Observao: A cultura recomendada em rotaes, para melhoria das condi-
Seo de Plantas Fibrosas - fAC es do solo.

Antonio Luiz de Barros Salgado


Seo de Plantas Fibrosas - fAC
'''"

'
lilll
1
1flli
'I'"

'"il'
""I
lilll.

11? RA!o:~tim T6rnirn 1 f'lf'l I Ar. 1 QQ7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

16.6 Juta 16.7 Linho txtil

Espaamento: 0,20 a 0,30 m x 0,05 m (67.000 a 100.000 plantas/ha). Espaamento: O, 1 O a O, 15 m entre linhas.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.

Adubao orgnica: No plantio, incorporar 1o t/ha de esterco de curral curtido Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
ou 3 t/ha de esterco de galinha.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Adubao mineral de plantio: Aplicar as quantidades indicadas pela anlise Nitrognio
de solo, misturando com o esterco: 0-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5

N, kg/ha PzOs, kglha KzO, kglha


P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Nitrognio
0-15 >15 0-0,7 >0,7 50 70 50 20 70 40 20
N, kg/ha - P20s, kg/ha- - - KzO, kglha--

15 60 30 40 20

Antonio Luiz de Barros Salgado


Seo de Plantas Fibrosas - IAC
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 50 kglha de N, 30 dias aps o plantio.

Romeu Benatti Jnior


Seo de Plantas Fibrosas - IAC

'11'i '~:'-
Ir,,,
]111'

1 11111:

8o1Atim Tcnico. 100. IAC. 1997


B. van RAIJ et a!. Recomendaes de adubao e calagem ...

16.8 Quenafe 16.9 Rami

Espaamento: 0,60 m x 0,04 a 0,05 m (333.000 a 420.000 plantas/ha). Espaamento: 1,O m x 0,5 m (20.000 rizomas/ha).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%.

Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao orgnica: Incorporar 1O tlha de esterco de curral curtido ou 3 t/ha
de esterco de galinha. Repetir essa aplicao anualmente.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio Adubao mineral de plantio: Misturar com o esterco, em quantidades basea-
0-15 >15 0-1,5 >1,5
das na anlise de solo e na seguinte tabela:
N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha---
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
10 50 25 40 20 Nitrognio
0-15 >15 0-1,5 >1 ,5

N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/h


20 80 40 60 30
Antonio Luiz de Barros Salgado
Seo de Plantas Fibrosas - fAC

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 50 kg/ha de N aps cada colheita.

A mesma adubao deve ser repetida, anualmente, com base em nova


anlise de solo.

Romeu Benatti Jnior


Seo de Pfantas Fibrosas - IAC

1 11111:1

11R RniAfim Tr.nir.n 100 !Af:. 1AQ7


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

16.10 Sisal

Espaamento: Fileiras duplas de 1 m x 1 m, espaadas entre si em 3 m. 17. FRUTFERAS


Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmolcidm3.

Adubao mineral de plantio: Aplicar com base na anlise de solo e na


Pgina
seguinte tabela:
17.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . . . . . 121
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm 3
Nitrognio 17.2 Teores de macronutrientes primrios em frutas
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 122
17.3 Amostragem de folhas e diagnose foliar 123
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kglha
17.4 Abacate
126
o 60 40 20 70 50 30
17.5 Abacaxi
128
17.6 Acerola ou cereja-das-antilhas 129

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha aps o completo pagamento


17.7 Banana ............. 131
das mudas. 17.8 Citros: laranja, limo, tangerina e murcote . 133
Repetir a adubao, anualmente, com as mesmas quantidadades, dividi- 17.9 Frutas de clima temperado- 1: ameixa, pssego, nspera,
das em duas parcelas, no perodo das chuvas, coincidindo, pelo menos uma, nectarina e damaso-japons . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
com a colheita de folhas. Se aparecer necrose na base das folhas, aumentar a
dosagem de adubo potssico. 17.10 Frutas de clima temperado- 11: figo, ma, marmelo, pra
e pssego . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139
" ....
Antonio Luiz de Barros Salgado 17.11 Frutas de clima temperado -111: caqui, ma, macadmia,
Seo de Plantas Fibrosas - IAC pec e pra
': ;j]~j: 141
' 'I'
HI 17.12 Goiaba . 143
I illl!:li
17. 13 Mamo . 145
17. 14 Manga . 146
17.15 Maracuj . 148
17.16 Uvas finas para mesa e passa 150
17.17 Uvas rsticas para mesa, vinho e suco . 152

P.n!cti"" T6rnir"n 1 {)() lAr'. 1 QQ7


Recomendaes de adubao e calagem ...

17. FRUTFERAS

Jos Antonio Quaggio e Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas- IAC

Clvis de Toledo Piza Junior


DEXTRU-CATI

17.1 Informaes gerais

As frutferas constituem um grupo de culturas de importncia crescente e


a demanda por informaes sobre calagem e adubao tem aumentado muito.
A nutrio, em muitos casos, alm de afetar de forma marcante a produtividade,
tem efeito tambm sobre a qualidade dos frutos, conservao ps-colheita e
suscetibilidade das plantas a molstias. Dessa maneira, da maior importncia
a formulao de adubaes adequadas para as culturas produtoras de frutas.

Como para outras culturas, as informaes experimentais obtidas regio-


nalmente so de muito valor para equacionar a adubao e a correo do solo
para as frutferas. Contudo, para a maioria das espcies, muito limitada a
experimentao com adubao no Estado de So Paulo, e menor ainda em
outros Estados. Isso explica porque as informaes sobre a nutrio das
plantas frutferas tm surgido de forma esparsa em todo o mundo e transferidas
de uma regio para outra. Embora isso no seja o ideal, os resultados so
aceitveis, desde que ancorados em elementos tcnicos, tais como composi-
o qumica das culturas, anlise de solo e diagnose foliar.

Procurou-se, com base nas informaes existentes no Pas, na literatura


'
1 !1111:1!1 mundial e na experincia dos autores, reunir um conjunto de informaes que
devero servir aos tcnicos na tomada de decises. H uma predominncia de
dados de pesquisa para citros e pouco para a maioria das outras frutferas.
8. van RA!J et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

17.2 Extrao de macronutrientes primrios por frutos na colheita 17.3 Amostragem de folhas e diagnose foliar

Os contedos de nitrognio, fsforo e potssio apresenfam-se no quadro A diagnose foliar uma tcnica importante para a fruticultura. Embora
17.1. So indicadas tambm as faixas de produtividade mais comuns. Esses existam dificuldades de interpretao, principalmente decorrentes de variaes
dados servem para estimar a retirada dos macronutrientes primrios pelas nas pocas e posies das folhas amestradas, o que leva a resultados diferen-
colheitas em pomares formados. claro que, antes de ter um pomar em tes, j h informaes que permitem estimar faixas de interpretao para
produo, necessrio formar as rvores, o que exige quantidades consider- diversas fruteiras.
veis de nutrientes, podendo-se estimar, grosseiramente, que o contedo da
vegetao de um pomar de alta produtividade representa cerca de 3 a 4 vezes O quadro 17.2 apresenta as descries de amostragens de folhas de
a quantidade extrada em uma colheita elevada. fruteiras. sempre importante coletar folhas de todos os lados das rvores.

Os limites de interpretao de macro- e micronutrientes esto no quadro


Quadro 17.1 Contedo aproximado de macronutrientes primrios em frutos e
17.3.
faixas de produtividade normalmente obtidas
Em fruteiras no includas nos quadros 17.2 e 17.3, utilizar como regra
Teor de nutrientes bsica a coleta de folhas recm-maduras, ou totalmente expandidas. No caso
Cultura Produ- de suspeita de problemas nutricionais, obter amostras pareadas, das plantas
N p K s tividade normais e das plantas afetadas, para comparar os resultados.

kg/t !lha
Abacate 2,8 0,3 2,0 0,2 12-18
Abacaxi 0,7 o, 1 0,9 o, 1 30-50
Acerola 1,8 0,3 2,6 0,2 30-50
BananaMnanico 2,1 0,3 5,0 O, 1 20-60
Banana-prata 1,7 0,3 4,8 O, 1 10-25
Caqui 2,3 0,3 2,9 0,2 15-30
Figo 3,1 0,5 4,0 0,3 20-22
Goiaba 1,3 0,2 0,7 0,2 20-50
I li. Laranja 2,4 0,2 2,0 o, 1 20-60
Ma 0,7 O, 1 1,2 O, 1 15-30
Macadmia 8,8 0,6 4,3 0,8 5
I !I Mamo 1,8 0,3 1,6 0,2 30-40
Manga 1,3 0,2 1,6 0,2 10-12
Maracuj 1,9 0,6 3,6 0,2 20-40
Nectarina 2,9 0,3 1,9 o, 1 20-22
Nspera 1,2 0,2 1,5 0,2 10-15
Pec 10,5 1,3 3,6 0,9 1
Pra 0,6 O, 1 1,O o, 1 12-25
Pssego 3,6 0,3 2,1 0,2 20-22
Uva Itlia 2,2 0,6 3,3 0,2 20-35
Uva niagara 0,9 0,3 1,9 0,2 15-25

1??
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Quadro 17.2 Instrues para amostragem de folhas de frutferas Quadro 17.3 Faixas de teores adequados de macro- e micronutrientes em
folhas de plantas frutferas
Cultura Descrio da amostragem
Cultura Faixas de teores de nutrientes considerados adequados

Abacate Coletar, em fevereiro ou maro, folhas recm~expandidas com idade Macronutrientes, g/kg
entre 5 a 7 meses, da altura mdia das copas. Amostrar 50 rvores.
N p K Ca Mg s
Abacaxi Amostrar, pouco antes da induo floral, uma folha recm~madura "O"
Abacate 16-20 0,8-2,5 7-20 10-30 2,5-8 2,0-6,0
(normalmente a 4. 2 folha a partir do pice). Cortar as folhas em
pedaos de 1 em de largura, eliminando a poro basal sem clorofila. Abacaxi 15-17 0,8-1,2 22-30 8-12 3-4
Homogeneizar e separar cerca de 200 g para envio ao laboratrio. Acerola 20-24 0,8-1,2 15-20 15-25 1 ,5-2,5 4,0- 6,0
Amostrar 50 plantas. Banana 27-36 1,8-2, 7 35-54 3-12 3-6 2,5-8,0
Acerola Amostrar nos quatro lados da planta, folhas jovens totalmente expan~ Figo 20-25 1,0-3,0 10-30 30-50 7,5-10 1,5-3,0
didas, de ramos frutferos. Amostrar 50 plantas. Goiaba 13-16 1,4-1,6 13-16 9-15 2,4-4,0
Banana Retirar os 5~10 em centrais da 3.a folha a partir da inflorescncia, Laranja 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0
eliminando a nervura central e metades perifricas. Amostrar 30 plantas. Ma 19-26 1,4-4,0 15-20 12-16 2,5-4,0 2,0-4,0
Citros Coletar a 3.a folha a partir do fruto, gerada na primavera, com 6 meses Macadmia 15-25 1,0-3,0 5-15 5-1 o 1 ,0-3,0 1,0-2,5
de idade, em ramos com frutos de 2 a 4 em de dimetro. Amostrar 4 Mamo 10-25 2,2-4,0 33-55 10-30 4,0-12,0
folhas por planta, num total de 25 rvores por talho. Manga 12-14 0,8-1,6 5-10 20-35 2,5-5,0 0,8-1,8
Figo Coletar folhas recm~maduras e totalmente expandidas, da poro Maracuj( 1 ) 42-52 1,5-2,5 20-30 17-27 3,0-4,0 3,2-4,0
mediana dos ramos, trs meses aps a brotao. Amostras de 25 Maracuj( 2) 33-43 1,3-2, 1 22-27 12-16 2,5-3,1
plantas por talho, num total de 100 folhas.
Pssego 30-35 1,4-2,5 20-30 18-27 3,0-8,0 1,5-3,0
Goiaba Coletar o 3. 0 par de folhas completamente desenvolvidas, de ramos Uva 30-35 2,4-2,9 15-20 13-18 4,8-5,3 3,3-3,8
,.,,,..., com frutos terminais. Amostrar 30 rvores.
IJi~!!il Ma Coletar 4 a 8 folhas recm-maduras e totalmente expandidas. Amostrar
Micronutrientes, mg/kg
l<iil'
1;1'!!
1
25 plantas por talho, num total de 100 folhas. B Cu Fe Mn Mo Zn
~ i j!11 :
Macadmia Coletar folhas recm~maduras e totalmente expandidas, no meio do Abacate 50-100 5-15 50-200 30-100 " 0,05-1,0 30-100
ltimo fluxo de vegetao. Amostrar 25 plantas por talho, num total Abacaxi 20-40 5-10 100-200 50-200 5-15
de 100 folhas.
Acerola 25-100 5-15 50-100 15-50 30-50
Mamo Coletar 15 pecolos de folhas jovens, totalmente expandidas e madu- Banana 10-25 6-30 80-360 200-2000 20-50
ras (17.a a 20.a folhas a partir do pice), com uma flor visvel na axila.
Figo 30-75 2-1 o 100-300 100-350 50-90
Manga Coletar folhas no florescimento, do meio do ltimo fluxo de vegetao, Goiaba
de ramos com flores na extremidade. Amostrar 4 folhas por rvore, 20
Laranja 36-100 4-1 o 50-120 35-300 0,1-1,0 25-100
plantas por talho.
Ma 25-50 6-50 50-300 25-200 O, 1- 20-100
Maracuj Coletar no outono a 3.a ou 4.a folha, a partir do pice de ramos no Macadmia 25-50 6-12 25-200 100-400 0,5-2,5 15-50
sombreados. Alternativamente, coletar a folha com boto floral na
axila, prestes a se abrir. Amostrar 20 plantas. Mamo 20-30 4-10 25-1 ao 20-150 15-40
Manga 50-100 10-50 50-200 50-100 20-40
Pssego Coletar 26 folhas recm-maduras e totalmente expandidas, da poro
Maracuj 40-60 5-20 100-200 100-250 1,0-1,2 50-80
mediana dos ramos. Amostrar 25 plantas por talho, num total de 100
folhas. Pssego 20-60 5-16 100-250 40-160 20-50
Uva 45-53 18-22 97-105 67-73 30-35
Uva Amostrar a folha recm~ madura mais nova, contada a partir do pice
dos ramos da videira, retirando um total de 100 folhas. 1
( } 3.a ou 4.a folha de maracuj coletada no outono. e} Folha de maracuj com boto floral na
axila.

1?A 0.-.1~~:..., o.::.~~:~.-. ~ f\f\ I 1\,.... ~ f\f\"'7 ...... ..


_
8. van RAJJ et al. Recomendaes de adubao e calagem ...

17.4 Abacate Pulverizar, durante os fluxos de vegetao da primavera e do vero, com


soluo contendo, por litro: uria, 5 g; sulfato de zinco, 5 g; sulfato de manga-
Espaamento: 1o x 8 m ou 1o x 6 m. ns, 2,5 g; e cido brico, 1 g.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmol 0 /dm3. Nilberto B. Soares
Seo de Fruticultura Tropical- fAC
Adubao de plantio: Aplicar de 15 a 20 litros de esterco de curral, ou 4 litros e Jos Antonio Quaggio
de esterco de galinha por cova, em mistura com 250 g de P20 5 e a melhor Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
terra de superfcie, 30 dias antes do plantio.
Utilizar 3 vezes 20 g de N por planta, aos 30, 90 e 150 dias aps o
pegamento das mudas.

Adubao de formao: Aplicar os adubos de acordo com a anlise de solo


inicial da gleba, em trs parcelas, no incio, meado e final da estao das
chuvas, ao redor das plantas e na projeo das copas.

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3


Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

Anos N, g/planta --P20s, g/planta-- --K20, g/planta---


1-2 100 100 80 40 50 20 o
2-3 100 200 160 80 100 50 o
3-4 300 300 240 120 200 100 o

Adubao de frutificao: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a


produtividade esperada, as seguintes quantidades de nutrientes por ano:

Produti- N nas folhas, g/kg P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3


vida de
esperada <16 16-20 >20 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

tlha - - N, kg/ha-- --P 20 5 , kg/ha- - - K 20, kg/ha--

<6 80 60 30 60 40 o 60 40 20
6-1 o 100 80 40 80 50 20 90 60 30
11-20 120 100 50 100 60 40 120 90 50
>20 140 120 60 120 70 60 150 120 70

Dividir a dose anual em trs parcelas, aplicando no incio, meado e final


do perodo chuvoso, em faixas, nos dois lados das plantas.

RnlAtim T~ni~n 1 nn I Ar. 1 QQ7 1?7


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

17.5 Abacaxi 17.6 Acerola ou cereja-das-antilhas

Espaamento: Fileiras duplas de 40cm de largura, distanciadas de 120 em, Espaamento: 4 x 4m a 5 x 5m (650 a 500 plantas/hectare)
com 2,5 plantas por metro de linha (31.250 plantas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de magnsio ao mnimo de 9 mmolcidm3.
magnsio a um mnimo de 5 mmolcidm 3. Quantidades acima de 5 t/ha
requerem cuidados especiais, com incorporao profunda ao solo. Adubao de plantio: Aplicar 20 litros de esterco de curral e 1 kg de torta de
mamona por cova, em mistura com 200 g de P20 5 e 3 g de Zn, misturando
Adubao mineral: Na tabela a seguir, so indicadas as quantidades totais de com a terra da superfcie, 20 dias antes do plantio.
nitrognio, fsforo e potssio para a primeira produo, de acordo com a
anlise de solo e da produtividade esperada. Adubao de formao: Aplicar, de acordo com a anlise de solo inicial do
terreno, a seguinte adubao anual:
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
da de N P resina, mg/dm 3 K1 trocvel, mmol 0 /dm 3
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha Anos N, g/cova - - P20s, g/cova - - - - K20, g/cova - - -
<30 300 80 60 40 300 200 100
30-40
0-1 60 o o o 80 60 40
400 100 80 60 400 300 200 1-2 120 120 90 60 160 100 80
40-50 500 120 100 80 500 400 300 2-3 180 180 120 90 240 160 120
>50 600 140 120 100 600 500 400

Aplicar os adubos em cobertura, em trs parcelas, no inicio, meado e fim


da poca das chuvas, ao redor das plantas e em toda rea sob a projeo das
Aplicar o fsforo no sulco de plantio, em maro ou abril, misturando-o ao copas.
solo, e o nitrognio e o potssio em cobertura ao lado das linhas, procurando
atingir as axilas mais velhas, nas seguintes propores: 1O% em abril-maio,
Adubao de produo: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, realizada
20% em novembro, 40% em janeiro e 30% em maro-abril. Em plantios de anualmente, e a produtividade esperada:
outubro-novembro, aplicar 1O% em novembro-dezembro, 30% em janeiro e
60% em maro-abril. A ltima adubao nitrogenada deve ocorrer, no mximo, Produti- P resina, mg/dm 3 K1 trocvel, mmol 0 /dm 3
vida de Nitrognio
60 dias antes da aplicao do regulador de florescimento. esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Para a segunda safra (soca), aplicar a metade do indicado para a primeira, ti ha N, kg/ha - - P20s, kg/ha K20, kg/ha - - -
sendo parte em maro-abril e parte em outubro-novembro.
<15 40 40 30 20 80 60 40
Observao: Para melhor qualidade dos frutos, dar preferncia a potssio na 15-20 60 60 40 30 100 80 60
forma de sulfato ou nitrato. 21-30 80 80 60 40 160 120 80
31-40 120 120 80 60 200 160 120
Adernar Spironelfo >40 140 140 100 70 260 200 140
Seo de Fruticultura Tropical - fAC
e Pedro Roberto Furtani Aplicar os adubos em trs parcelas, no inicio, meado e fim da poca das
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC chuvas, em toda rea da projeo das copas.

128 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 BoiAtim Tr.nir.n 100 1Ar. 1 QQ7 100
B. van RAIJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ...

Pulverizar, durante os fluxos de vegetao da primavera e do vero, com 17.7 Banana


uma soluo contendo por litro: uria, 5 g; sulfato de zinco, 3 g e cido brico,
1 g.
Espaamento: Cultivares de porte baixo e mdio: 2 x 2m ou 2 x 2,5 m (2.500
a 2.000 famlias/ha). Cultivares de porte alto: 2,5 x 3 ou 3 x 3m (1.111
a 1.333 famlias/ha).
Clvis de Toledo Piza Junior
DEXTRU- CATI Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e manter
e Jos A. Quaggio o teor de magnsio acima de 9 mmolcidm 3. Doses de calcrio superiores
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC a 5 t/ha requerem cuidados especiais para sua incorporao ao solo.
Adubao de plantio: Aplicar por cova 1O litros de esterco de curral ou 2 litros
de esterco de aves e a metade das doses de fsforo da tabela abaixo,
estabelecidas pela anlise de solo e produtividade esperada. Em solos
com menos de 1 ,3 mg/dm 3 de Zn, aplicar, no plantio, 5 kg/ha de Zn.

Adubao de formao: Aos 30-40 dias aps o plantio, utilizar 20% das doses
de N e K recomendadas na tabela abaixo. Aos 70-90 dias, aplicar o
restante da adubao fosfatada e 50% da doses de N e K e aos 120-150
dias, o restante da adubao N e K. Aplicar os fertilizantes em crculos de
100 em de dimetro ao redor da planta.
Utilizar fontes de N ou P capazes de fornecer, anualmente, 30 kg/ha de S.

Adubao de formao e de produo: Aplicar, em funo dos resultados da


.,,,,, ..... anlise de solo e da produtividade esperada, as doses de fertilizantes
abaixo.

Produti- Nitro- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3


vidade gnio
11"'
li'"
':
,llh''" esperada 0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
11'" "

t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha


<20 120 80 60 40 20 330 330 130 o
20-30 190 100 80 50 30 410 310 210 150
30-40 270 140 11 o 70 40 490 390 290 210
40-50 350 180 140 90 50 570 470 370 270
50-60 430 220 170 110 60 650 550 450 330
>60 500 260 200 130 70 730 630 530 390

1~n
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Adubao de produo: As adubaes anuais de N, P e K, por famlia, devero 17.8 Citros: laranja, limo, tangerina e murcote
ser ajustadas em funo da produtividade esperada, e teores de P e K
revelados pela anlise de solo. Em reas sujeitas a perodos de seca Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
sazonais, parcelar a adubao em trs aplicaes, no incio, meado e final o teor de magnsio no mnimo em 9 mmol 0 /dm3. Antes da formao do
do perodo chuvoso. Em reas irrigadas ou sem dficit hdrico, parcelar a pomar, o calcrio dever ser aplicado na rea total com bastante antece-
adubao em seis vezes. dncia ao plantio das mudas, procurando incorpor-lo o mais profunda-
mente possvel. Para pomares j instalados, o calcrio dever ser aplicado
Distribuir os adubos em semicrculos de 100 em de raio, na frente do tambm na rea total, de abril a junho, e incorporado com grade.
rebento mais jovem (sentido do deslocamento da famlia).
Adubao de plantio: Aplicar os fertilizantes, em sulcos com 25 a 30 em de
Utilizar fontes de N ou P capazes de fornecer anualmente 30 kg/ha de S. profundidade, de acordo com a anlise de solo e para todas variedades
de copas:
Adubao com micronutrientes: Aplicar anualmente 25 g de sulfato de zinco P resina, mg/dm 3 B (gua quente) Zn (DTPA)
(quando for constatada a deficincia de zinco nas folhas) e 1O g de cido
0-5 6-12 13-30 >30 0-0,20 >0,20 0-1,2 >1 ,2
brico no orifcio aberto no rizoma, por ocasio do desbaste. Parcelar as
doses acima em duas vezes, uma na primavera, outra no vero. P20s( 1) --Zn( 1) -
80 60 40 20 2 o
Luiz A. Junqueira Teixeira e Adernar Spironello
1
( ) gim linear de sulc~:L
Seo de Fruticultura Tropical - IAC
Adubao de formao: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a idade
e Jos A. Quaggio e Pedro Roberto Furlani
das rvores, as doses de nutrientes indicados, para todas variedades de
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
copas, na seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0/dm 3
Idade Nitrognio
0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1 ,5-3,0 >3,0
Anos N, g/planta P20s, g/planta-- K20, g/planta
0-1 80 o o o o 20 o o o
1-2 160 160 100 50 o 80 60 o o
2-3 200 200 140 70 o 150 100 50 o
3-4 300 300 210 100 o 200 140 70 o
4-5 400 400 280 140 o 300 210 100 o

Empregar o P de preferncia em dose nica, no perodo de julho-agosto.


Parcelar N e K em quatro vezes, entre setembro e maro.
Em plantas com idade de 0-1 ano, localizar os adubos ao redor da coroa,
num raio de 0,5 m; em plantas com idade de 1 a 2 anos, aumentar o raio para
1,5 m. Em plantas com idade superior a 2-3 anos, aplicar os fertilizantes nos
dois lados da planta, em faixas, de largura igual ao raio da copa, sendo 2/3
dentro e 1/3 fora dela.
Em plantas da variedade Valncia, com idade superior a 3 anos, reduzir
as doses de K em 20%, para melhorar a qualidade dos frutos.

Rr.l.:>tim T6rnif'n 1 ()fi I Ar. 1 007 Rn!atim T,-..n;,..,., 1flf"l lAf" 1007
1 :i?
B. van AAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Adubao de produo para laranjas ou limo Taiti: As quantidades a aplicar "


-o 000000 oooooo 000000
baseiam-se no teor total de N nas folhas, nos teores de P e K em solos, ~o "'E
para diferentes classes de produtividade e valor da caixa de laranja de
2 ~
40,8 kg (Quadro 17.4). o ~
"'
o
c E cb
E
000000
..--C\I('I)"<tlO<O

Adubao de produo para limes e tangerinas: As quantidades a aplicar


baseiam-se no teor total de N nas folhas, nos teores de P e K em solos,
"'~
.<:: 000000
: -.:;t -lO <O 00 o C\1
para diferentes classes de produtividade (Quadro 17.5).
~
c
o oo o"l
poca e modo de aplicao para citros em produo: Parcelar os fertilizan- z o:i <'i ~
tes em trs aplicaes: 40% em setembro-outubro, 30% em dezembro- "'
-o
r--

~000000
::) <Of'-..0>~~~
:z
::)
000000
lO<OOO;::::::!~::)
~ 000000
(")(")lO<OOOO>
-janeiro e 30% em maro-abril. Opcionalmente, o P pode ser aplicado de ~ v
o
2 "' "'X "'
uma s vez em setembro-outubro.
o
c o .~ "'
o;><
Aplicar os adubos, nos dois lados da planta, em faixas de largura igual ao
""' "'
A ,!oooooo :[ 0 0 0 0 0 0 ~000000

raio da copa, sendo 2/3 dentro e 1/3 fora dela.


"'E
-"
e e e
o
"o
~ "o
.2 "o
.2
Adubao folia r com micronutrientes: Preparar uma mistura, utilizando ferti-
o
E
oooooo
C\1 ('I) "<t lO co r--- e 000000
C\JC\1('1)-.:;t-L()<O e
lizantes de boa qualidade, com a seguinte composio: "' .-.,><
-"'
~ ..,
;;;
.;;;.,
2 E E E
Sulfato de zinco 3,5 g/L
~000000
Sulfato de mangans 2,5 g/L '" Cl')-.:;t<OCOO>O
Q. ~

cido brico 1 ,O g/L o


Uria 5,0 g/L -!1
000000 '
l.t) 000000

Em pomares com idade inferior a 4 anos, realizar 3 a 4 aplicaes anuais.


"'o lO<OOON"<t<O
.,.... ...-.,....
0N
a.
-.:;tlOf'-..ONM

Naqueles em produo, duas. Aplicar no periodo das chuvas, quando houver z'
brotao das plantas. o
Em pomares com sintomas intensos de deficincia de boro, mais eficien-
"'
A

te aplicar no solo 2 kg/ha de B, na forma de cido brico, juntamente com os


herbicidas de contato, parcelando em duas aplicaes anuais. 000000 000000 000000
<Ot--O>(")<OOO ll)<OO>C\Ilf)f".. l{)<Of'-..OC")"'>t
~ ~ ~

Grupo Paulista de Adubao de Citros


Jose A. Quaggio (coordenador), Bernardo van Raij, Heitor Cantare/la, Joaquim 000000
f'-..OOC\I<OOC\1
000000
r---co~lOm..
000000
<0f'-..0')('1)<0C0
..-..-C\IC\1 ~ ...... ~C\1
Tefilo Sobrinho, Ody Rodriguez (aposentado) e Ondino C. Bataglia - /AC
Antonio C. Sanches - Consultor
000000
Edmundo E. A. 8/asco - Citricultor "'v
C\l
000000
OOOl('I)COC")lf)
..-..-C\,1(\J
f'-..CQ..-1.{)0')~
..-~~C\1

Jos Dagoberto De Negri- DEXTRU, CATI


Eurpedes Ma/avo/ta - CENA, USP coooooo coOOOOO (000000
~NM"'>tlOl{) ,.-C\1(")-.:;tlOL() ~(\JC")-.:;tlf)lf)

V cu cu cu cu A V CU CU CU CU A V CU CU CU CU A
Godolredo C. Vitti- ESALQ, USP r--...-~... r--.~ ...... ~ r--...-~..
..-C\]('1)-.:;t ..-C\]('1)-.:;t ,.-(\J('I)-.:;t

134 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

o
- "'"'"
Q)
"O

"'o~ "'"OE
~
"'
A
o o o
- "' o o
(') .,.o 000 000 17.9 Frutas de clima temperado: I. ameixa, nspera, pssego, necta-
ri na e damasco-japons (um)
2 o o
o .,.o
"'""' --
Espaamentos:
"'oc
Q)
E
E "'cb o
"'
o
"'
o
,._ o
o
o
"'
000 000
r--ON
Ameixa e damasco japons (um): 6 x 5 m (330 plantas/hectare);
(i)
"'"' Nspera: 8 x 6 m (200 plantas/hectare);
.c
~
"'"'c
>
'g"o' -
"C
,.:.
ci
00 00 00
Nr--
"'"' r--cn _.,..,
"'"'"' ---
000 000
Pssego e nectarina: bsico- 7 x 5 m (285 plantas/hectare); tendncia atual
-6 x 4 m (410 plantas/hectare).
~

z ,._ Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
Q)
ci
o 000 00 .,.,._ 000 000
1'--CO;: (00(\J
"O
o v "'o""'
"'"' -"'"' o teor de Mg no mnimo em 9 mmolcfdm 3. Na formao do pomar, o
2 corretivo aplicado a lano por todo o terreno, antes do plantio, e
o o incorporado mediante arao e gradagem.
c
Q)
"'
A 000000 000000

"'"'
.o
Adubao de instalao: Aplicar, por cova de 50 x 50 x 50 em, 2 kg de esterco
E "'E o o " de galinha ou 1O kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcrio
o(.) ~ (.)
"O
"'00 ;; 00 o .,. o o ,._
o ~
000 000
"'"',._
dolomtico, 200 g de P 20s e 60 g de K 20. Com antecedncia de pelo menos

." "'"'"
~

ui Ol "O
ca "'"' "' "' :;: 30 dias do plantio, incorporar muito bem esses adubos terra retirada da
c"'
E
~"' "'
.c ~ superfcie quando da abertura das covas, usando a mistura para preen-
;:: ~

"c"'~"'"' "'
c
Ol
"" ">o "'"'<:: ch-las.
."'
'ii)

-"'
"' o. "' "'
~

0.. cb - 00 00 o
'"'E ""' r--o
"'
.,.o ;: .,..,,._
000

--- 000
0<\l.,. A partir do incio da brotao das mudas, aplicar em cobertura, ao redor
da planta, 60 g de N, em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses.
"'"' "'"'
:.:; c
{J.
"'""
o"'
E:s!
=>
(\1+=
~ "
"'""
o. o
~ ~
"'6
o ,._
"'
o o o
"'
(')
00
"'"'
000 o
<Or--O>
---
"'"'"'
o o Adubao de formao: Aplicar anualmente, por planta, as seguintes quanti-
dades de nutrientes, de acordo com a anlise de solo, conforme a idade
da planta:
"' o. o
.,. P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
:a.
o -c
"'
"'"' "'~
"'
A
o o
(')
o ,._
"'
o o o
o
"'
000 000

--
""'"' "'-"' Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
"'"' "'"' ""
EU
Ol
~ o
.,. Anos N, g/planta
--
Q)
;::

"c c
"'
Q)

~
"'-
"'
.c
Ol
"'a,
"'
o 00 00 o
"'"' --
ON (')
000 000
"'"',._
0""'
--- 1-2 100 120
P20s, g/planta - -

80 40
--K20, g/planta--

120 80 40
"' "' ~"' ,._ 2-3 200 240 160 80 240 160 80
'"0:-t:::
"'00
"'"" "'c
"' "' z
"O

"' "'
:!::!C.
E
~

oo~
"'
o o o
"' "' "' "'""' ---
000 000 000
cor--cn <'lr--0>
--- 3-4
4-5
300
400
360
480
240
320
120
160
360
480
240
320
120
160

"' o
a"o"' "'"'v 000000
<.01'-0'<t<.OO
T""T""T""C\l
000 000
f'-. CO::= COO(')
-"'"' Aplicar o adubo em quatro parcelas, de dois em dois meses, a partir do
"' E
.-.:
-~
"' ' "'
incio da brotao. Pode-se, tambm, parcelar apenas o nitrognio, aplicando
o fsforo e o potssio na primeira adubao.
0 0 .,.
:;::::; Q)"'C
2 o o o (000 ooo
Q)
"""'
"O"'~
"' v"' ,.__
"'"' -"'"'
"' "' "' :;:"'"' "' ""'"'
"Jo.. ou<D .c A >
v ,.__
,_._ Cl..
:;, A <1l
"' "'
a" 0.. >"'
-"' -"' ;;:;
"'
(')

o ....1.... *'""' T..;,.,.,._;,...,.., 11\A lll.f"' -1oo7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e cal agem ...

Adubao de produo: Aplicar, anualmente, 3 t/ha de esterco de galinha ou 17.10 Frutas de clima temperado: 11. figo, ma, marmelo, pra e
15 t/ha de esterco de curral bem curtido, e as seguintes quantidades de pssego em pomar compacto
nutrientes, de acordo com a anlise de solo e a produtiVidade esperada:
Espaamentos:
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Figo: 3,5 x 2 m (1.400 plantas/hectare);
vida de Nitrognio
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Ma enxertada sobre cavalo ananicante: 4 x 2m (1.250 plantas/hectare);
Marmelo: 5 x 3m (650 plantas/hectare);
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha--- --K20, kg/ha
Pra enxertada sobre marmeleiro: 4 x 2 m (1.250 plantas/hectare).
Ameixa e damasco japons (um) Pssego enxertado sobre pessegueiro "Okinawa" (pomar adensado) ou
<15 100 60 40 20 90 60 30 sobre umezeiro: 4 x 2m (1250 plantas/hectare).
15-25 150 90 60 30 120 80 40
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
>25 200 120 80 40 150 100 50
o teor de Mg, no mnimo em 9 mmolcfdm3. Aplicar o corretivo a lano em
Pssego e nectarina - espaamento bsico todo o terreno, antes do plantio, incorporando-o atravs de arao e
40 20 90 60 30 gradagem.
<10 90 60
10-20 140 90 60 30 120 80 40
Adubao de instalao: Aplicar, por cova de 50 x 50 x 50 em, 2 kg de esterco
>20 180 120 80 40 150 100 50
de galinha, ou 1O kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcrio
Pssego e nectarina - espaamento tendncia atual dolomtico, 200 g de P20 5e 60 g de K20. Com antecedncia de pelo menos
60 30 30 dias do plantio, incorporar muito bem esses adubos terra retirada da
<12 120 90 60 30 90
superfcie quando da abertura das covas, usando a mistura para preen-
12-22 180 120 80 40 150 100 50
ch-las.
>22 240 150 100 50 180 120 60
A partir do incio da brotao das mudas, aplicar em cobertura ao redor
Nspera da planta, 60 g de N, em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses.
<8 60 40 30 20 60 40 20
8-12 90 60 40 20 90 60 30 Adubao de formao: Aplicar anualmente, por planta, as seguintes quanti-
>12 120 90 60 30 100 70 40 dades de nutrientes, de acordo com a anlise de solo, conforme a idade
das plantas:

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3


Aps a colheita, distribuir esterco, fsforo e potssio, na dosagem anual, Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
misturados terra da superfcie em coroa larga, acompanhando a projeo da
copa da planta no solo. Anos N, g/planta P20s, g/planta-- --K20, g/planta--
Dividir o nitrognio em quatro parcelas, aplicadas em cobertura, de dois
1-2 40 60 40 20 60 40 20
em dois meses, a partir do incio da brotao. Tambm pode ser usada frmula
2-3 80 100 60 40 100 60 40
NPK que se aproxime mais da proporo indicada e, nesse caso, parcelar em
3-4 120 150 100 50 150 100 50
quatro aplicaes, como indicado para o nitrognio.
4-5 160 200 120 70 240 160 . 80

Mrio Ojima, Fernando Antonio Campo-Daii'Orto e Wilson Barbosa


Seo de Fruticultura de Clima Temperado - fAC Aplicar os adubos em quatro parcelas, de dois em dois meses, a partir do
e Bernardo van Raij incio da brotao. Se desejado, parcelar apenas o nitrognio, aplicando o
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC fsforo e o potssio na primeira adubao.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Adubao de produo: Aplicar, anualmente, 3 t/ha de esterco de galinha, ou 17.11 Frutas de clima temperado: 111. caqui, ma, macadmia, pec
15 t/ha de esterco de curral bem curtido, e as seguintes quantidades de e pra
nutrientes, de acordo com a anlise de solo e a produtiviaade esperada:
Espaamentos:
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
v idade Nitrognio Caqui (bsico): 7 x 5 m (285 plantas/hectare);
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Caqui "amagaki": 6 x 4 m (41 O plantas/hectare);
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha --K20, kg/ha Ma enxertada sobre cavalo semivigoroso: 6 x 4 m (410 plantas/hectare);
Macadmia: 8 x 8 m (156 plantas /hectare);
Figo Pec: 14 x 12m (60 plantas/hectare);
<10 140 100 70 40 120 80 40 Pra enxertada sobre pereira: 7 x 5 m (285 plantas/hectare).
10-20 210 150 100 50 150 100 50
>20 280 200 140 70 240 160 80 Calagem: Aplicar, calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
o teor de Mg no mnimo em 9 mmolcfdm3. O corretivo deve ser aplicado a
Ma, pra e pssego (pomar compacto) lano por todo o terreno, antes do plantio, e incorporado mediante arao
<15 120 90 60 30 100 70 40 e gradagem.
15-25 180 150 100 50 150 100 50
Adubao de instalao: Aplicar por cova de 50 x 50 x 50 em, 2 kg de esterco
>25 240 180 120 60 200 140 70
de galinha ou 1O kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcrio
Marmelo dolomtico, 160 g de P20 5 e 60 g de K 20. Com antecedncia de pelo menos
<8 70 60 40 20 60 40 20 30 dias do plantio, incorporar muito bem esses adubos terra retirada da
8-12 110 80 50 30 90 60 30 superfcie quando da abertura das covas, usando a mistura para preen-
ch-las.
>12 140 100 70 40 120 80 40
A partir do incio da brotao das mudas, aplicar em cobertura, ao redor
da planta, quatro parcelasde 15 g de N, de dois em dois meses.
Aps a colheita, distribuir esterco, fsforo e potssio na dosagem anual,
misturados terra da superfcie em coroa larga, acompanhando a projeo da Adubao de formao: Aplicar anualmente as seguintes quantidades de
copa da planta no solo. nutrientes, de acordo com a anlise de solo. e a idade das plantas:
Dividir o nitrognio em quatro parcelas, aplicando em cobertura de dois
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
em dois meses, a partir do incio da brotao. Tambm pode ser utilizada Idade Nitrognio
frmula NPK que se aproxime mais da proporo indicada de nutrientes e, 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
nesse caso, a aplicao se dar em quatro parcelas, como descrito para o
nitrognio. Anos N, g/planta --P20s, g/planta - - --K20, g/planta--
1-2 50 60 40 20 60 40 20
2-3 100 120 80 40 120 80 40
Fernando Antonio Campo-Daii'Orto, Wilson Barbosa e Mrio Ojima
Seo de Fruticultura de Clima Temperado - IAC 3-4 150 180 120 60 180 120 60
4-5 200 240 160 80 240 160 80
e Bernardo van Raij
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC

Aplicar os adubos em quatro parcelas, de dois em dois meses, a partir do


incio da brotao. Se desejar, parcelar apenas o nitrognio, aplicando o fsforo
e o potssio na primeira adubao.

Boletim Tt!nir.n 1nn J Ar. 1 QQ7


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Adubao de produo: Aplicar, anualmente, 2 tlha de esterco de galinha ou 17.12 Goiaba


1O tlha de esterco de curral bem curtido, e as seguintes quantidades de
nutrientes, de acordo com a anlise de solo e produtividade esperada: Espaamento: Para indstria, 5 x 8 m ou 7 x 7 m (250 ou 204 plantas/hectare)
3
e, para mesa, 5 x 6 m (330 plantas/hectare}.
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0/dm
vidade Nitrognio
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1 ,6-3,0 >3,0 Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e 0
magnsio ao teor mnimo de 9 mmolcidma
!lha N, kg/ha P20s, kg/ha--- --K20, kg/ha
Adubao de plantio: Aplicar 20 litros de esterco de curral, ou 4 litros de
Caqui (bsico, "shibugaki") e pra
esterco de galinha bem curtidos, ou 1 kg de torta de mamona por cova,
<15 70 60 40 20 60 40 20 em mistura com 200 g de P20s e 3 g de Zn, misturando com a terra da
15-25 110 70 50 30 80 50 30 superfcie, 20 dias antes do plantio.
>25 140 90 60 30 100 70 40
Adubao de formao: Aplicar, de acordo com a anlise de solo inicial do
Caqui ("amagaki") e ma terreno, a seguinte adubao anual:
<12 100 60 40 20 70 50 30
12-20 150 90 60 30 110 70 40 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Idade Nitrognio
>20 200 120 80 40 140 90 50 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Macadmia Anos N, g/cova - - - P20s, g/cova - - - - K20, g/cova - - -
<5 50 40 30 20 40 30 20
40 20
0-1 80 o o o 40 o o
5-8 80 60 40 20 60
>8 100 80 50 30 80 50 30
1-2 160 160 100 50 80 60 o
2-3 200 200 150 80 150 100 50
Pec 3-4 300 300 200 100 200 140 70
50 40 30 20 40 30 20 <i
Aplicar os adubos em cobertura, em trs parcelas, no incio, meado e fim
da poca das chuvas, espalhando os fertilizante,s na projeo das copas.
- ' ....
Aps a colheita, distribuir esterco, fsforo e potssio, na dosagem anual,
misturados terra da superfcie em coroa larga, acompanhando a projeo da Adubao de produo: Aplicar, de acordo com a anlise de solo realizada
i
copa da planta no solo. Dividir o nitrognio em quatro parcelas, aplicadas em anualmente e a produtividade esperada: I
cobertura, de dois em dois meses, a partir do incio da brotao. Pode ser usada
frmula NPK, em relao prxima aos dos nutrientes aplicados, em quatro Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0/dm 3
vidade Nitrognio
parcelas, de acordo com o esquema para nitrognio. esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
!lha N, kg/ha ---P20s, kg/ha--- --K20, kg/ha---
Wilson Barbosa, Mrio Ojima e Fernando Antonio Campo-Daii'Orto
Seo de Fruticultura de Clima Temperado - IAC <20 80 60 40 20 80 60 30
e Bernardo van Raij 20-30 100 80 60 30 100 70 40
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC 30-40 120 100 70 40 120 90 60
40-50 140 120 80 50 140 11 o 70
>50 160 140 100 60 160 120 80

RnlAtim Tr.nir.n. 100. !AC. 1997 RnlAtim Tr.nir.n 1 nn I Ar. 1 QQ7


'. ''
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

Aplicar os adubos em trs parcelas, no incio, meado e fim da poca das 17.13 Mamo
chuvas, em toda a rea da projeo das copas.
Espaamento: 3 x 2m, 3 x 3m ou 4,5 x 2m (1.000 a 1.700 plantas hectare).
Rui Ribeiro dos Santos
Estao Experimental de Monte Alegre do Sul- IAC Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
o teor de magnsio no mnimo em 9 mmolcfdma
e Jos A. Quaggio
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Adubao de plantio e formao: Aplicar 5 litros de esterco de curral curtido,
ou 2 litros de esterco de galinha por cova, em mistura com 60 g de P2 0 5,
30 g de K2 0 e a melhor terra da superfcie, 30 dias antes do plantio.
Aplicar duas vezes 1O g de N por planta, sendo metade um ms aps o
plantio e metade dois meses mais tarde.

Adubao de produo: Aplicar de acordo com a anlise de solo inicial do


terreno e a produtividade esperada.

Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmo1Jdm 3 B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3


vidade N
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,20 >0,20 0-0,5 >0,5

t/ha N, kg/ha ~P205, kg/ha~ ~K20, kg/ha- -B, kg/ha- Zn, kg/ha

<25 90 60 40 20 100 80 40 1,O o 3 o


25-50 120 90 60 30 150 100 60 1,5 o 4 o
>50 160 120 90 50 200 150 100 2,0 o 5 o

Utilizar, em solos arenosos, 5 Ilha de esterco de- galinha. Parcelar a


adubao em trs vezes: setembro, dezembro e maro. Os adubos devem ser
aplicados em faixas de 1 ,5 m de largura, a partir do caule, nos dois lados da
planta.

Definir a adubao do segundo ano aps nova anlise de solo, utilizando


a tabela acima.

Observao: Empregar o potssio de prcfernc!:J na forma de sulfato.

Nilberto B. Soares
Seo de Fruticultura Tropical- /AC

e Jos A. Quaggio
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

Boletim T~ni~n 1 {)() I Ar. 1 QQ7


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

17.14 Manga Aplicar o fsforo, preferivelmente em dose nica, antes do florescimento.


Quando utilizar formulao NPK, parcelar o P juntamente com N e K. As doses
Espaamento: 10 x10 m, 10 x 8 me 8 x 6 m (100 a 208 plantas/hectare). de nitrognio e potssio devem ser aplicadas na superfcie do solo, em trs
parcelas, sendo a primeira no incio das chuvas e as outras aps a colheita,
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. at o final do perodo chuvoso.

Adubao de plantio: Aplicar 1O litros/cova de esterco de curral curtido ou 3


litros de esterco de galinha, em mistura com 200 g de P20s, 5 g de Zn e Adubao foliar: Por ocasio do primeiro tratamento fitossanitrio, visando
a melhor terra da superfcie, 30 dias antes do plantio. proteo da florada, antes da emisso da pancula, acrecentar calda de
pulverizao 3 g/L de sulfato de zinco e 1 g/L de cido brico. Essa
Adubao de formao: Aplicar de acordo com a anlise de solo inicial da aplicao de micronutrientes deve ser repetida quando houver um fluxo
gleba e a idade das plantas. novo de brotao nas plantas.

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Observao: Em pomares com incidncia de colapso interno dos frutos,
Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 sugere-se a aplicao, em maro-abril, de 2 t!ha de gesso, em solos at com
30% de argila e 3 t!ha para solos argilosos. Repetir a aplicao aps 3 anos,
Anos N, g/planta - - P20s, g/planta-- K20, g/planta dependendo do resultado de anlise da amostra de solos da camada de solo
0-1 30 o o o 40 o o o a 20-40 em de profundidade.
1-2 60 160 80 60 80 40 o o
2-3 120 240 160 100 160 120 80 40
3-4 160 320 240 120 240 180 120 80
Jos A. Quaggio (Coordenador), Nilberto 8. Soares,
Pedro R. Furlani e Bernardo van Raij - IAC
Utilizar o adubo em trs parcelas, no incio, meado e final da estao das
Clvis de Toi(JdO Piza Junior e Ryosuke Karati - DEXTRU, CATI
chuvas, ao redor das plantas e na projeo das copas.
Alberto Carlos de Queiroz Pinto-EMBRAPA!CPAC
Adubao de produo: Aplicar anualmente, de acordo com a anlise de
folhas realizada no florescimento, a anlise de solo realizada pelo menos
a cada 2 anos e a produtividade esperada:

3
Produti- N nas folhas, g/kg P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm
vidade
esperada
<10 10-12 >12 0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0

t/ha - N, kg/ha-- P20s, kg/ha - - - K20, kg/ha


<10 20 10 o 30 20 10 o 30 20 10 o
10-15 30 20 o 40 30 20 o 50 30 20 o
15-20 40 30 o 60 40 30 o 60 40 30 o
>20 50 40 o 80 60 40 o 80 50 40 o

RniAtim TF!r.nir.n. 100. IAC. 1997 Rn!otlrY'I T6,-.nil'n 1f\() IAf' 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

17.15 Maracuj Em outubro-novembro aplicar, juntamente com a adubao mineral,


2 kg/ha de B e 4 kg/ha de Zn, em solos deficientes nesses micronutrientes (B
Espaamento: 6 x 4 m, 6 x 3 m ou 6 x 2,5 m (420 a 670 plants/hectare). <0,21 mg/dm3 e Zn <0,6 mg/dm3). A aplicao de micronutrientes tambm pode
ser feita por via foliar, com cinco pulverizaes, nos meses de outubro a abril,
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o utilizando calda com 300 g de sulfato de zinco, 100 g de cido brico e 500 g
magnsio a um teor mnimo de 9 mmolcfdm 8 de uria por 100 litros de gua. Se for constatada deficincia de molibdnio
pulverizar com soluo contendo 1O g de molibdato de amnia por 100 litro~
Adubao de plantio: Aplicar, por cova, 40 litros de esterco de curral curtido de gua.
ou composto ou 8litros de esterco de galinha, 200 g de calcrio dolomtico,
200 g de P20s, 4 g de Zn e 1 g de B. Misturar o adubo orgnico, o calcrio
e os adubos minerais com a terra, com antecedncia mnima de 30 dias
do transplante. Clvis de To/edo Piza Junior (Coordenador) - DEXTRU/CATI
Jos Antonio Quaggio - IAC
Adubao de formao: Aplicar por planta 1O g de N 30 dias aps o plantio;
15 g de N aos 60 dias; 50 g de N e 50 g de K20 aos 90 dias. Os adubos Laura Maria M. Meletti- IAC
devem ser espalhados em um crculo de 0,5 m de dimetro. No plantio de Jos Rafael da Silva-Indstrias Maguary
outono, a adubao dever ser feita em conjunto com a irrigao. Quando Abel Rebouas So Jos-Universidade do Sudoeste da Bahia
a planta alcanar o suporte sobre o qual ir se desenvolver, utilizar as
doses de nutrientes da tabela de adubao de produo, conforme a Ryosuke Karati-DEXTRU/CATI
expectativa de produtividade.

Adubao de produo: Aplicar as quantidades abaixo, de acordo com a


anlise inicial do solo e a produtividade esperada.

Produti- P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3


vidade- Nitrognio
esperada 0-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0

t/ha N, kg/ha - - P20s, kg/ha- K20, kg/ha

<15 60 40 20 10 180 130 80 40


15-20 80 60 40 10 240 180 120 60
20-25 100 80 40 20 300 230 160 80
25-30 120 100 50 40 360 280 200 100
30-35 140 120 80 60 420 330 240 120
>35 160 140 100 80 480 380 280 140

As doses de nutrientes devero ser aplicadas antes dos principais fluxos


de florao. Para tanto, parcelar em 4 a 5 aplicaes, geralmente nos meses
de setembro, novembro, janeiro e maro. Aplicar os adubos numa faixa de 2 m
de comprimento por 1 m de largura, nos dois lados da planta, 20 a 30 em a
partir do tronco.

1AA Rnlo:::~tim TP.niP.n 1 ()() I Ar. 1 QQ7


B. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...

17.16 Uvas finas para mesa e passa Adubao de produo: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a produ-
tividade esperada, conforme a seguinte tabela:
Cultivares: Itlia, Rubi, Benitaka, Patrcia, Maria, Paulistinha, Centennial See-
dless (sem sementes) e Red Globe. Meta de P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
produti- Nitrognio
Espaamento: 4 x 3m ou 4 x 4 m ou 5 x 3m (833, 625 ou 666 plantas/hectare). vidade 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a satur~o por bases a 80%. ~ntes da t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha-- - - K20, kg/ha
formao do vinhedo, incorpor-lo o ma1s profundamente poss1vel. Em
vinhedos j instalados, aplicar o calcrio em rea total, antes da poda, <23 200 400 240 120 320 200 120
incorporando-o ligeiramente ao solo. 23-35 250 500 300 150 400 250 150
>35 300 600 360 180 480
Adubao de implantao: Aplicar, por cova, 40 litros de esterco de curral 300 180
curtido ou 1o litros de esterco de galinha, ou 2 kg de torta de mamona e
1 kg d~ calcrio dolomtico, em mistura com a terra da superfcie e com a
adubao mineral, de acordo com a anlise de solo: Na poda do primeiro ano de produo, utilizar a metade da dose da tabela
acima.

p resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Aplicar 40 tiha de esterco de curral curtido, ou 6 t/ha de esterco de
galinha,ou 2,5 t/ha de torta de mamona, enterrando em covas ao lado das
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 plantas, um ms antes da poda de produo.

P20s, g/cova K20, g/cova Em caso de deficincia de boro, ou quando o teor de B no solo for inferior
a 0,21 mg/dm3, aplicar no solo 1,5 kg/ha de B, logo aps a poda.
300 200 100 150 100 50
Aplicar 1/2 doPe do K e 1/3 do N, juntamente com o adubo orgnico, um
ms antes da poda. Aplicar o restante do P, 30 dias aps a poda. Parcelar o
Em cobertura, aos 60 e 120 dias aps o plantio dos porta-enxertos, aplicar
restante do N e do K em trs vezes iguais, aos 30 dias aps a poda, na fase
30 g de N por planta, por vez. de chumbinho e na fase de meia baga, espalhando os adubos ao redor das
plantas.
Adubao de formao (aps a enxertia): Aplicar, de acordo com a anlise
de solo, a seguinte adubao:
Observaes:

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3


Nitrognio a) O boro tambm pode ser aplicado em pulverizao com uma soluo
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
contendo 1 g!litro por vez de cido brico, aplicada em trs vezes antes
do florescimento, de 7 em 7 dias.
N, g/planta - - - P20s, g/planta K20, g/planta

60 150 100 50 100 70 50 b) Colheita precoce: Para a regio oeste do Estado de So Paulo acrescentar,
em cobertura, 80 kglha de N e 80 kg/ha de K2 0 aps a poda de formao,
parcelando em duas ou trs vezes, de novembro a fevereiro. Se dispon-
vel, aplicar tambm 30 Ilha de esterco de curral curtido, antes da poda.
Aplicar em cobertura, ao redor das plantas, parcelando em trs vezes, a
primeira 30 dias aps a brotao e as demais at dezembro.

Mau rifo Monteiro Terra


Seo de Viticultura - IAC

RniAtim Tr.nir.n_ 100. IA C. 1997


B. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...

17.17 Uvas rsticas para mesa, vinho e suco


Adubao de produo: Aplicar a adubao mineral de acordo com a anlise
de solo e a meta de produtividade.
Cultivares: Niagara Branca ou Rosada, Isabel, Seibel-2, IAC. i 38-22 e Con-
cord.
Meta de P resina, mg/dm 3
produti- Nitrognio K+ trocvel, mmolc/dm 3
Espaamento: 2 x 1 m (5.000 plantas/hectare).
vidade 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. Antes da
formao do vinhedo, aplicar o calcrio em rea total, mcorporando_oma1s t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha-- - - K20, kg/ha
profundamente possvel. Em vinhedos j instalados, empregar calcano em <13 135 320 180 80 225
rea total, antes da poda, misturando ligeiramente ao solo. 110 60
13-22 180 400 250 100 300 150 75
Adubao de implantao: Aplicar, por cova, 1O litros de esterco de curral, ou >22 230 500 310 120 380 190 90
3 litros de esterco de galinha, ou 500 g de torta de mamona e 1 kg de
calcrio dolomtico, em mistura com a melhor terra da superfcie e com a
adubao mineral, de acordo com a anlise de solo e a seguinte tabela: Na poda do primeiro ano de produo, utilizar metade da dose da tabela
acima.

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Aplicar 30 t/ha de esterco de curral curtido, ou 8 t/ha de esterco de galinha
ou 2 t/ha de torta de mamona, enterrando em sulcos ao lado das plantas, um
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 ms antes da poda.

P20s, g/cova K20, g/cova Em caso de deficincia de boro, quando o teor no solo for inferior a 0,21
mg/dm3, aplicar 2,5 kg/ha de B , logo aps a poda.
80 60 40 40 30 20
Aplicar 1/2 doPe do K e 1/3 do N, juntamente com o adubo orgnico, um
ms antes da poda. Aplicar o restante do P, 30 dias aps a poda. Parcelar o
restante do N e do K em trs vezes iguais, aos 30 dias aps a poda, na fase
Aplicar, em cobertura, aos 60 e 120 dias aps o plantio dos porta-enxertos,
de chumbinho e na fase de meia baga, espalhando os adubos ao lado das
20 g de N por planta, por vez. plantas.

Adubao de formao (aps a enxertia): Utilizar, de acordo com a anlise Observao: O boro tambm pode ser aplicado em pulverizao, antes do
de solo, a seguinte adubao: florescimento, em trs vezes, empregando soluo contendo 1 g!!itro de
cido brico.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Maurilo Monteiro Terra ' 1

Seo de Viticultura - IAC


N, g/planta --P205, g/planta K20, g/planta
20 30 20 10 30 20 10

Aplicar em cobertura, ao lado das plantas, parcelando em trs vezes, a


primeira 30 dias aps a brotao e as demais at dezembro.
Recomendaes de adubao e calagem ...

18. HORTALIAS

Pgina

18.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . .


157
18.2 Composio qumica e diagnose foliar
160
18.3 Abobrinha ou abbora de moita; abbora rasteira, moranga e
hbridos; bucha e pepino . 165
18.4 Aipo (salso) 166
18.5 Alcachofra . . 167
18.6 Alface, almeiro, chicria, escarola, rcula e agrio d'gua 168
18.7 Alho . . . . . . . . . . 170
18.8 Alho-porre e cebolinha 171
1.8.9 Aspargo . . . . . . . . 172
18.1 O Berinjela, jil, pimenta-hortcola e pimento 173
18.11 Beterraba, cenoura, nabo, rabanete e salsa 174
18.12 Brcolos, couve-flo( repolho . 175
18.13 Cebola (sistema de mudas) .. 176
18.14 Cebola (sistema de bulbinhos) 177
18.15 Chuchu ........... . 178
18.16 Couve-manteiga e mostarda . 179
18.17 Feijo-vagem, feijo-fava, feijo-de-lima e ervilha torta
(ou ervilha-de-vagem) 180
18.18 Melo e melancia . 181
18.19 Morango 182
18.20 Quiabo . 183
18.21 Tomate estaqueado . 184
18.22 Tomate rasteiro (industrial) irrigado . 185

BoiAtim Ttinnif'n 1 nn I Af' 1 ao7


Recomendaes de adubao e calagem ...

18. HORTALIAS

Paulo Espndola Trani


Seo de Hortalias IAC

Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas- IAC

18.1 Informaes gerais

As hortalias constituem um grupo de plantas com caractersticas prprias


de cultivo, pelo uso intensivo do solo com dois ou trs cultivos por ano, em
geral sob irrigao, requerendo utilizao de quantidades elevadas de calcrio
e fertilizantes orgnicos e minerais, que podem representar de 20 a 30% dos
custos de produo.

Recomenda-se a anlise de solo, anualmente, ou com maior freqncia,


quando se fizer a sucesso ou rotao de hortalias e outras culturas. Alm da
anlise qumica, importante tambm obter uma anlise granulomtrica (tex-
tura) da rea no incio da explorao do terreno com hortalias.

A anlise qumica foliar til durante o desenvolvimento das hortalias,


pois permite a cmparaoentre o estado nutricional de plantas com sintomas
e o de plantas normais.

Calagem
'1,,.,_
:;::'1..!:
1r" o:m A incorporao do calcrio deve, sempre que possvel, ser feita at 20 a
''::lfi.Pii 30 em de profundidade pois, ao contrrio do que se pensa, diversas hortalias
r:I;;;Ji'J
;f ~1:w; tm o sistema radicular to profundo quanto culturas extensivas. Dentre as
I 'ilt1llil~l: hortalias de sistema radicular profundo pode-se citar: abbora, alcachofra,
aspargo, batata doce, melancia e tomate. Com o sistema radicular moderada-
mente profundo destacam-se: beterraba, berinjela, cenoura, ervilha, feijo-
-vagem, melo, nabo, pimento e pepino. Naturalmente, a profundidade das
razes influencida pelo solo, sendo difcil uma classificao do comprimento
do sistema radicular de maneira padronizada.

A escolha do tipo de calcrio depender de fatores locais, devendo-se


garantir a neutralizao da acidez e a adio de magnsio, quando necessria.
A aplicao deve ser feita com pelo menos 20 a 30 dias de antecedncia ao
plantio, para permitir uma ao adequada na correo da acidez do solo. A
irrigao do solo aps a aplicao do calcrio tornar mais rpida a sua ao
corretiva.
Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAIJ et ai.

o .espaamento :mtre linha~ e planta~, a textura do solo e tipo de irrigao


Adubao orgnica
uttlizada (~spersao, mftltraao ou goteJo). Em solos argilosos ou orgnicos, os
Apesar do custo crescente do transporte, a aplicao de fertilizantes adubos_ mmerats devem ser aplicados nas linhas de plantio ou em covas. A
orgnicos em hortalias altamente econmica. So usados estercos de aplicaao localizada melhora o efeito do fsforo, pela menor fixao pelo solo.
animais, material vegetal triturado, compostos, adubos verdes, tortas vegetais, etc.
.Em solos arenosos, a concentrao inicial de fertilizantes de efeito salino
fundamental a aplicao de material j fermentado ou "curtido", com ou causttco nos sulcos de plantio pode ser danosa ao desenvolvimento inicial
pouca umidade e peneirado, para facilidade de aplicao de maneira uniforme de algumas hortalias, razo pela qual, quando aplicados em altas doses
sobre a rea a ser instalada com hortalias. A aplicao dos fertilizantes recomenda-se a esparramao em rea total dos canteiros. '
orgnicos deve ser feita na rea total dos canteiros, sulcos ou covas, incorpo-
rando-se uniformemente, com antecedncia de 30 a 40 dias ao plantio das
hortalias.
Adubao mineral em cobertura

O preparo e utilizao do composto orgnico pelo agricultor deve ser C: p~rcelamento , em geral, realizado com nitrognio ou com nitrognio
incentivado ao mximo, j que este tem-se mostrado freqentemente superior e potassto. De manetra geral, a aplicao de fsforo no recomendada em
a outros adubos orgnicos. Isso pode ser devido ao fato que a com postagem cobertura para culturas tradicionais.
inviabiliza a germinao de sementes de plantas daninhas e diminui a ao de
alguns patgenos, como por exemplo fusarium e rizoctonia, muitas vezes Para hortalias, as recomendaes de fsforo so, em alguns casos,
presentes em materiais vegetais crus. Alm desses efeitos, o processo e tempo ele~ad':s, chegando a 600 kg/ha de P20 5 ou mais. Nesses casos, admite-se
de fermentao de diversos tipos de material orgnico, diminui a ao de aplicaao de parte do nutriente em cobertura, na proporo de 1/4 at 1/3 das
resduos de herbicidas, antibiticos e hormnios, por vezes presentes nesses quantidades de N e K como, por exemplo, com as frmulas 12-4-12 20-5-20
materiais, contribuindo tambm para eliminar vermes e outros agentes causa- ou similares. A aplicao do fsforo em cobertura mais eficaz se 0 ~dubo for
dores de doenas em seres humanos. enterrado ou coberto com terra, como acontece, por exemplo, com 0 tomateiro.
Nessas condies, pode haver estmulo a maior desenvolvimento radicular.
Recomenda-se o preparo do composto com utilizao de 3 a 4 partes de No recomendvel a utilizao de frmulas em cobertura que contenham
material com alta relao C/N (bagacilho de cana, casca de arroz, entre outros), elevados teores de fsforo, em que o nutriente se encontre em relaes
para uma parte com baixa relao C/N (estercos, plantas leguminosas, etc.), semelhantes ou superiores ao nitrognio ou ao potssio, tais como 1:1:1 ou
alternando-se em camadas de 20 em aproximadamente de cada um, at uma 1 :2:1. A maior parte do fsforo deve ser sempre aplicada no plantio.
altura de cerca de 1 ,5 m. A largura das camadas varia de 3 a 4 m e o
comprimento, conforme a disponibilidade da rea. Tal material, irrigado e
revirado inicialmente a cada 3 a 5 dias e, no final, a cada 1 O a 15, leva em Uso de micronutrientes
mdia 60 a 90 dias para estar preparado.
Em cada tabela de recomendao de cal agem e adubao, so recomen-
dados aqueles micronutrientes cujas deficincias so mais provveis de ocor-
Adubao mineral rer. O conhecimento especfico da rea, utilizao da anlise de solo e
diagnose foliar, alm da exigncia nutricional da hortalia, auxiliam na reco-
As quantidades de nutrientes recomendadas baseiam-se na anlise de mendao dos micronutrientes. A aplicao pode ser feita no solo ou nas folhas.
solo. As tabelas levaram em conta as exigncias nutricionais das culturas,
produtividade esperada, resultados de experimentos regionais, quando exis- Sempre que possvel utilizar frmulas NPK que contenham os micronu-
trientes. No caso da aplicao desses produtos separadamente por ocasio do
tentes, e informaes da literatura.
plantio, devido s baixas quantidades necessrias, recomenda-se a mistura
com areia ou terra seca peneirada, ou ainda com o prprio fertilizante NPK de
Adubao mineral de plantio granulometria semelhante, para uniformidade de distribuio.

No caso das hortalias, particularmente importante a localizao dos Quanto aplicao via foliar, evitar a mistura dos micronutrientes com
fertilizantes. Deve-se levar em considerao a distribuio do sistema radicular, defensivos sem a orientao do fabricante quanto compatibilidade.

Boletim TP.r.nir.n 100 lAr. 1 QQ7


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Os defensivos contendo micronutrientes (oxicloreto de cobre, mancozeb, Quadro 18.1_. Contedo dos macronutrientes primrios na parte fresca colhida
zineb, etc.) tm-se mostrado fontes alternativas desses elementos para as de hortal1as e produtividade mdia
plantas.
Produti-
Cultura N p K vidade
18.2 Composio qumica e diagnose folia r mdia
-----kg/1----- t/ha
O quadro 18.1 apresenta os contedos de macronutrientes primrios - N,
P e K - na parte colhida de hortalias, bem como as produtividades mdias Abobrinha 1 '1 0,3 1,8 10-20
obtidas. Esses dados permitem calcular, aproximadamente, as quantidades Abbora rasteira 1' 1 0,3 1,8 10-15
desses nutrientes que so removidos pelas colheitas, dando ainda idia das
Alcachofra 3,1 0,5 5,3 4-6
necessidades das culturas.
Alface 1,6 0,2 2,0 20-30
Instrues especficas para amostragem de folhas das diferentes espcies
Alho 6,8 1 '1 4,7 4-8
de hortalias so indicadas no quadro 18.2. Para maior eficincia da diagnose
foliar, importante que essas instrues sejam seguidas da melhor maneira Aspargo 2,4 0,4 5,3 4-7
possvel. Berinjela 2,2 0,3 2,3 30-60
A interpretao dos resultados da anlise qumica das folhas de hortalias Beterraba 2,4 0,5 4,2 15-30
pode ser feita consultando o quadro 18.3, para macronutrientes e o quadro Brcolos 3,6 0,7 3,3 10-30
18.4, para micronutrientes. Cebola 1,8 0,5 2,8 20-40
Cabe frisar que h variaes substanciais nos teores de nutrientes em Cenoura 2,6 0,4 4,3 25-45
folhas pelas diferenas de pocas de amostragem, posio das folhas ou, Couve-flor 3,1 0,5 2,0 8-16
ainda, diferenas de cultivares. Assim, os nmeros apresentados devem ser Ervilha 4,8 0,7 6,4 1,5-2,0
considerados apenas como um subsdio para a identificao de problemas
Feijo-vagem 2, 1 0,4 2,0 20-25
nutricionais. importante recorrer a amostras pareadas, amostrando separa-
damente plantas normais e com problemas, analisando tambm o solo, obtendo Jil 2,3 0,4 2,9 16-20
indicaes sobre adubaes utilizadas e, com base nesse conjunto de informa- Melancia 1,5 0,2 30-50
- 1 '1
es, realizar a diagnose de problemas nutricionais. Melo 2,0 0,5 2,4 20-40
Moranga 1,3 0,2 3,4 10-15
Morango 1,3 0,3 1,5 30-35
Nabo 1,7 0,3 2,6 6-8
Pepino 1 '1 0,3 1,7 20-50
Pimenta 2,0 0,4 2,0 4-16
Pimento 1,6 0,3 0,7 30-40
Quiabo 2,2 0,5 2,8 15-22
Rabanete 1,9 0,3 2,7 15-30
Repolho 1,7 0,3 1,5 30-60
Tomate estaqueado 1,4 0,2 1,7 50-100
Tomate rasteiro 1,5 0,2 1,8 30-50

o .... ln+...., T.r"nir"r. 1(1(\ lAr. 1QQ7 RnlAtim Ttf"!nif"!n 1(1(1 lAr. 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Quadro 18.2. Recomendaes de amostragem de folhas de hortalias Quadro 18.3. Faixas de teores adequados de macronutrientes em folhas de
hortalias
Cultura Descrio da amostragem
Cultura N p
Abbora 9. 3 folha a partir da ponta, no incio da frutificao: 15 plantas. K Ca Mg s
Agrio Folhas compostas do topo da planta: 25 plantas.
Aipo Parte area; 70 dias aps o transplante: 20 plantas. --------g/kg---------
Abbora 30-40 4-6
Alcachofra Folhas desenvolvidas, aos 180 dias aps a brotao: 15 plantas. 25-45 25-45 5-1 o 2-3
Alface Folhas recm-desenvolvidas, de metade a 2/3 do ciclo: 15 plantas. Agrio 40-60 7-13 40-80 10-20 2-5 2-4
Alho Folha recm-desenvolvida, poro no branca, no incio da bulbificao: 15 Aipo 20-30 4-6 60-80 25-40 3-6 2-3
plantas Alcachofra 25-35 4-5 25-40 20-25 5-15
Aspargo Folha superior mais recm-desenvolvida: 15 plantas. Alface 30-50 4-7 50-80 15-25 4-6 1,5-2,5
Berinjela Pecolo da folha recm-desenvolvida: 15 plantas. Alho 35-50 3-5 35-50 6-12 2-4 4-6
Beterraba Folha recm-desenvolvida: 20 plantas.
Aspargo 30-50 3-6 20-40 10-20 3-7
Brcolo Folha recm-desenvolvida, na formao da cabea: 15 plantas. 2-4
Berinjela 40-60 3-12 35-60 10-25 3-1 o
Cebola Folha mais jovem, metade do ciclo de crescimento: 20 plantas.
Beterraba 30-50 2-4 20-40 25-35 3-8 2-4
Cenoura Folha recm-madura, metade a 2/3 do crescimento: 20 plantas.
Brcolos 30-55 3-8 20-40 12-25 2,5-6
Chicria Folha mais velha, na formao da 8. a folha, 15 plantas. 3-8
Folha recm-desenvolvida: 15 plantas. Cebola 25-35 2-4 30-50 15-30 3-5
Couve 5-8
Couve-flor Folha recm-desenvolvida, formao da cabea: 15 plantas. Cenoura 20-30 2-4 40-60 25-35 4-7 4-8
Ervilha Fololo recm-desenvolvido, no florescimento: 50 fololos. Chicria 40-50 4-7 50-60 15-25 2,5-5
Espinafre Folha recm-desenvolvida, 30 a 50 dias, 20 plantas. Couve 30-55 3-7 20-40 13-25 2,5-7
Feijo-vagem 4. 3 folha a partir da ponta, do florescimento ao incio da formao das vagens: Couve-flor 40-60 4-8 25-50 20-35 2,5-5
30 plantas. Ervilha 40-60 3-8 20-35 12-20 3-7
Jil Folha recm-desenvolvida, no florescimento: 15 plantas.
3
Espinafre 30-60 3-7 30-60 25-40 6-10 4-7
Melancia 5. folha a partir da ponta, excluindo o tufo apical, da metade at 2/3 do ciclo
da planta: 15 plantas. Feijo-vagem 40-60 3-7 25-40 15-30 ~ 3-8 2-5
Melo 5. 3 folha a partir da ponta, excluindo o tufo apical da metade at 2/3 do ciclo Jil 45-60 3-7 20-50 12-25 2,2-5
da planta: 15 plantas. Melancia 25-50 3-7 25-40 25-50 5-12 2-3
Morango 3. 3 ou 4. 3 folha recm-desenvolvida (sem pecfolo), no incio do florescimento: Melo 25-50 3-7 25-40 25-50 5-12 2-3
30 plantas. Morango 15-25 2-4 20-40 10-25 6-1 o 1-5
Nabo Folha recm-desenvolvida, no incio do engrossamento das razes: 20 plantas.
Nabo 35-40 3-6 35-50 15-40 3-10
Pepino 5' 3 folha a partir da ponta, excluindo o tufo aplcal, no incio do florescimento:
Pepino 45-60 3-12 35-50 15-35 3-1 o 4-7
20 plantas.
Pimenta Folha recm-desenvolvida, do florescimento at a metade do final do ciclo: 25 Pimenta 30-45 3-7 30-50 15-35 3-12
plantas. Pimento 30-60 3-7 40-60 10-35 3-12
Pimento Folha recm-desenvolvida, do florescimento metade do ciclo: 25 plantas. Quiabo 35-50 3-5 25-40 35-45 6-9 2,5-4
Quiabo Folhas recmdesenvolvidas, no incio da frutificao (4050 dias): 25 plantas. Rabanete 30-60 3-7 40-75 30-45 5-12
Rabanete Folhas recm-desenvolvidas: 30 plantas. Repolho 30-50 4-7 30-50 15-30 4-7 3-7
Repolho Folha envoltria, 2 a 3 meses: 15 plantas.
Salsa 30-50 4-8 25-40 7-20 2-5
Salsa Parte area: 30 plantas.
Tomate 40-60 4-8 30-50 14-40 4-8 3-10
Tomate Folha com pecolo, por ocasio do 1.0 fruto maduro: 25 plantas.

Dnln+l...., TA.-.ninn ~(\(\ IA/'"' ~007


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Quadro 18.4. Faixas de teores adequados de micronutrientes em folhas de 18.3 Abobrinha ou abbora de moita; abbora rasteira, moranga e
hortalias hbridos; bucha e pepino

Cultura B Cu Fe Mn Mo Zn Espaamentos: Abobrinha- 1 ,O a 1,2 x 0,6 a 0,8 m; abbora rasteira- 4 x 2 a


4 m; moranga - 3 x 3 m; hbridos - 3 x 2 m; bucha- 3 x 2 m; pepino - 1 ,o
mg/kg x 0,3 a 0,6 m.

Abbora 25-60 10-25 60-200 50-250 0,5-0,8 5-100 Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
Agrio 25-50 6-15 50-100 50-250 20-40 o teor de magnsio no mnimo em 9 mmolcfdma
Aipo 20-80 5-10 50-130 40-130 25-80
0,5-1,0 25-60 Adubao orgnica: Aplicar de 20 a 40 t/ha de esterco de curral curtido, ou
Alcachofra 40-80 10-20 60-200 50-250
um quarto dessas quantidades em esterco de galinha, cerca de 30 dias
Alface 30-60 7-20 50-150 30-150 0,8-1,4 30-100
antes da semeadura. Pode-se ainda utilizar um dcimo dessa dose como
Alho 30-60 5-10 50-100 30-100 30-100 torta de mamona fermentada. Neste caso, aplicar nas covas.
Aspargo 50-120 7-20 50-300 50-250 20-100
Berinjela 25-75 7-60 50-300 40-250 20-250 Adubao mineral de plantio: Aplicar o adubo misturando-o com a terra dos
20-100
sulcos ou covas, cerca de 1 o a 15 dias antes da semeadura. As quantida-
Beterraba 40-80 5-15 70-200 70-200
des so determinadas pela anlise de solo.
Brcolos 30-100 5-15 70-300 25-200 35-200
Cebola 30-50 10-30 60-300 50-200 30-100 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
Cenoura 30-80 5-15 60-300 60-200 0,5-1,5 25-100 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Chicria 25-75 5-25 40-150 15-250 30-250
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Couve 30-100 4-25 60-300 30-250 0,1-0,15 30-250
Couve-flor 30-80 4-15 30-200 25-250 0,5-0,8 20-250 40 400 300 200 200 150 100
"-1"'
4>11' 25-60 7-25 50-300 30-400 0,6-1,0 25-100
!~' ~I'
Ervilha
B, mg/dm 3 Cu, mg/dm 3
f''~1!1:1
Espinafre 40-100 5-25 60-200 30-250 25-100 Zn, mg/dm 3

lli't
~-...-
Feijo-vagem
Jil
20-60
50-80
10-30
11-25
50-300
50-300
50-300
70-250
0,4-0,8
0,5-1 ,O
30-100
20-200
0-0,20 >0,20 0-0,2 0,3-1,0 '>1 ,o - 0-0,5 >0,5
k '4l~l!
20-60 -B,kg/ha-- Cu, kg/ha -Zn, kg/ha-
Melancia 30-80 10-15 50-300 50-250
''~W"
~~~~~i' Melo 30-80 10-15 50-300 50-250 20-100 o
1~W!i
4 2 o 3 o
Morango 35-100 5-20 50-300 30-300 0,51,0 20-50
i!\lt
... .;.,. Nabo 40-100 6-25 40-300 40-250 20-250
Pepino 25-60 7-20 50-300 50-300 0,81 ,3 251 00 Adubao mineral de cobertura: Aplicar 100 a 150 kg/ha de N e 60 a 120
Pimenta 301 00 820 50-300 30-250 30-100 kg/ha de K20, parcelando em trs aplicaes: a primeira aos 15 a 20 dias
30-100 aps a germinao e as demais a cada: 15 a 20 dias. As quantidades
Pimento 30-100 8-20 50-300 30250
maiores ou menores dependero da anlise de solo, foliar, cultivar utiliza-
Quiabo 40-80 15-25 60-120 40-80 0,5-0,8 40-80 do e produtividade esperada.
Rabanete 25-125 5-25 50-200 50-250 20-250
Repolho 25-75 8-20 40-200 35-200 0,5-0,8 301 00
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos,
Salsa 301 00 5-15 50-300 25-250 25-100 Arlete Marchi Tavares de Melo, Wa/kyria B. Scivittaro e Hiroshi Nagai
Tomate 301 00 5-15 100-300 50-250 0,4-0,8 30-100 Seo de Hortalias - IAC

RniAtim T~ni~n- 100. IAC. 1997 RniAtim Tnnif'A 1 ()() I !J.f"'._ 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

18.4 Aipo ou salso 18.5 Alcachofra

Espaamentos: 0,9 x 0,3 m (mesa) e 0,5 x 0,2 m (indstria). Espaamento: 2,0 a 2,5 x 1,O a 1,5 m (2.666 a 5.000 plantas/h a).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. Calagem: Aplicar calcrio para soo',o
. . , .elevar a saturao por bases a e man t e r
O teor de magnes1o no mm1mo em 5 mmolcfdm3.
Adubao orgnica: Aplicar, 1O a 20 dias antes do transplante das mudas, 30
a 50 t/ha de esterco de curral curtido ou 1/4 dessas doses de esterco de Adubao orgnica: Aplicar de 40 a 50 t/ha de esterco de curral curtido ou 1o
galinha, ou 2,5 a 4,0 t/ha de torta de mamona fermentada, sendo as doses a 12 t/ha de esterco de galinha curtido.
maiores para solos arenosos.
Adubao mineral de plantio: Aplicar os nutrientes com base na anlise de
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a solo e a tabela seguinte:
seguinte tabela:
3 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 B, mg/dm 3
P resina, mg/dm
3 K+ trocvel, mmolc/dm Nitrognio
Nitrognio 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,20 0,21-0,60 >0,60
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha - P20s, kg/ha - --K20, kg/ha-- B, kg/ha--
N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
40 400 200 100 160 100 40 2 o
20 360 240 180 180 120 60

B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3


Adubao mine~al d_e cobertura: Aplicar de 50 a 100 kg/ha de N, dividindo
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,5 >0,5
em duas apl1c~o:s, aos 30 e 60 dias aps o plantio. Em solos com teores
ba1xos de potass1o (<1 ,5 mmolcf1 00 dm3), aplicar 50 kg/ha de K2 o em
- - - - - B, k g / h a - - - - - - --Zn, kg/ha---
cobertura.

3,0 1 ,5 o 3 o
Paulo Espndola Trani e Fran~isco Antonio Passos
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 120 kg/ha de N e 60 kg/ha de K20, Seo de Hortalias - fAC
parcelando em duas vezes, aos 20 e 40 dias aps o transplante das
mudas.

Observao: Se a cultura apresentar sintomas de deficincia de boro, pulve-


rizar uma vez por ms, durante o crescimento do aipo, com uma soluo
de cido brico a 0,3 gllitro ou brax a 0,5 gl/itro (dissolver este produto
em gua quente). O sintoma tpico de deficincia de boro no aipo o
aparecimento de rachaduras de colorao castanha nos pecolos, tornan-
do o produto sem valor comercial.

Paulo Espndola Trani e Joaquim A. de Azevedo Filho


Seo de Hortalias - fAC

Rn!Atim Tilr.nir.n. 100. IAC. 1997


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

18.6 Alface, almeiro, chicria, escarola, rcula e agrio d'gua Observao: As m;:nore~ ~u maiores quantidades de N dependero de fatores
~o~~i~:~~~~~~::gamca e verde anteriores, anlise de solo, anlise foliar
Espaamentos: 0,20 a 0,30 m x 0,20 a 0,30 m (alface); O, 15 ao,25 m x O, 1O
a 0,20 m (almeiro); 0,40 x 0,30 m (chicria e escarola); 0,20 a 0,25 m x
0,05 m (rcula) e O, 15 a 0,20 m x o, 15 a 0,20 m (agrio d'gua).
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% para alface
e Joaquim A. de Azevedo Filho
rcula, e agrio, e a 70% para almeiro, chicria e escarola.
Seo de Hortalias - fAC
Adubao orgnica: Utilizar 60 a 80 tlha de esterco de curral ou um quarto
dessa quantidade de esterco de galinha. O material deve ser bem curtido.

Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as


quantidades indicadas na seguinte tabela:

3 3
P resina, mgldm K+ trocvel, mmolcidm
Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, kglha P20s, kglha K20, kglha

40 400 300 200 150 100 50

Misturar os adubos minerais ao solo, juntamente com o adubo orgnico,


pelo menos 1O dias antes da semeadura ou transplante das mudas.

Acrescentar, adubao mineral de plantio a ser aplicada com a adubao


orgnica, 1 kglha de B para todas as hortalias acima citadas.

Adubao mineral de cobertura:


1. Alface de semeadura direta 60 a 90 kglha de N, parcelando em 3
aplicaes, aos 15, 30 e 45 dias aps a germinao. No sistema de transplante
de mudas, parcelar o N aos 10, 20 e 30 dias aps o transplante.
2. Almeiro 60 a 90 kglha de N, parcelando aos 1O, 20 e 30 dias aps
a germinao.
3. Chicria e escarola- 60 a 90 kglha de N, parcelando aos 1O, 20 e 30
dias aps o transplante das mudas.
4. Rcula - 120 kglha de N, parcelando aos 7, 14 e 21 dias aps a
germinao.
5. Agrio d'gua 60 a 90 kglha de N, parcelando essas doses em 3 a 4
aplicaes, a cada 1O dias.

RniAtim T61"nil'n 1 IV\ 1A f"' ~ on"?


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

18.7 Alho 18.8 Alho-porra e cebolinha

Espaamento: 0,20 a 0,30 m x 0,07 a O, 15m. Espaamento: 0,40 x O, 15m (alho porra); 0,25 x O, 15 m (cebolinha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%.
o teor de magnsio no mnimo em 9 mmol 0 /dm 3.
Adubao orgnica: Aplicar, cerca de 30 dias antes do transplante das mudas,
Adubao orgnica: Aplicar de 20 a 40 t!ha de esterco de curral bem curtido, 40 a 60 t/ha de esterco de curral bem curtido ou 1/4 dessa quantidade de
ou 5 a 1o t!ha de esterco de galinha curtido, 15 a 30 dias antes do plantio. esterco de galinha curtido.

Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo. Adubao mi~_eral_de plantio: Empregar de acordo com a anlise de solo e
as espec1f1caoes da seguinte tabela:
3 3
P resina, mgldm 3 K+ trocvel, mmolcldm Zn, mgldm
Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1 ,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,5 0,6-1,2 > 1,2 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
---Zn, kglha-- 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kglha - P20s, kglha- - - K20, kglha

20 360 240 120 120 80 40 5 3 o N, kg/ha - - - P20s, kg/ha - - - ---K20, kg/ha---

40 360 240 120 160 120 80


Acrescentar adubao mineral de plantio, 3 kg/ha de B, cerca de 1O dias
antes do plantio.
Utilizar os adubos pelo menos 1O dias antes do transplante das mudas,
acrescentando 1 kg/ha de B.
Adubao mineral de cobertura:

1) Alho comum ou "semi nobre" (Lavnia, Chins, Amarante, etc.) - de 40 Adubao mineral de_cobertura: Empregar 120 kg/ha de N e 60 kg/ha de K2 o,
a 80 kg/ha de N e 40 kglha de K2 0, parcelando aos 30 e 50 dias aps a parcelando em tres vezes, aos 15, 30 e 45 dias aps o transplante.
brotao. Utilizar a menor ou maior dose de nitrognio, conforme o estado
vegetativo da cultura no campo.
Paulo Espndola Trani e Marcelo Tavares
2)' Alho "nobre vernalizado" (Chonan, Roxo Prola de Caador, Quitria, Seo de Hortalias - fAC
etc.)- de 20 a 60 kg/ha de N e 40 kg/ha de K20, parcelando essas doses e Walter Jos Siqueira
aos 30 e 50 dias aps a brotao. Utilizar a menor ou a maior dose de Seo de Gentica - fAC
nitrognio, conforme o estado vegetativo da cultura no campo.

Paulo Espndo/a Trani e Marcelo Tavares


Seo de Hortalias - fAC
e Walter Jos Siqueira
Seo de Gentica - fAC

Rnlt:~tim Tilr.nir.n. 100. IAC. 1997


B. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e ca!agem ...

18.9 Aspargo 18.1 O Berinjela, jil, pimenta-hortcola e pimento


Espaamento: 2,0 x 0,3 m.
Espaamentos: 1,2 a 1,5 m x 0,8 a 1 ,O m (berinjela); 1,2 a 1,8 m x 0,8 a 1 ,O m
Calagem: Aplicar calcrio par~ .elevar a saturaao
- po r bases a 80% e manter (jil); 1,2 a 1,4 m x O, 7 a 0,9 m (pimenta); e, 1 ,O a 1,2 m x 0,4 a 0,6 m
(pimento).
o teor de magnsio no mlrumo em 9 mmolcidm 3.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
Adubao orgnica: Aos 1o a 20 dias ant~s do transplante das ~~d::;;~~cda; magnsio a um mnimo de 9 mmolddm3.
40 a 80 t/ha de esterco de curral curtidO ou 1/3 dessa dose
galinha curtido.
Adubao orgnica: Utilizar de 1O a 20 t/ha de esterco de curral curtido, ou
Adubao mineral de plantio: As quantidades de nutrientes so indicadas 1/4 dessas quantidades como esterco de galinha curtido.
pela anlise de solo, com o uso da seguinte tabela:
Adubao mineral de plantio: Aplicar os fertilizantes, cerca de 1O dias antes
p resina, mg/dm 3
K+ trocvel, mmolc/dm 3 do transplante das mudas, no sulco de plantio, em quantidades de acordo
Nitrognio com a anlise de solo, e a tabela seguinte:
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, kg/ha K20, kg/ha


P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm 3
Nitrognio Zn, mg/dm 3
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0,6 >0,6
30 750 500 250 250 150 100
N, kg/ha --P20s, kg/ha-- - K 2 0 , kg/ha--
3 3
-zn, kg/ha-
B, mg/dm Zn, mg/dm
40 600 320 160 180 120 60
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,5 >0,5 3 o
- - - - - 8 , kg/ha------ - - Zn, kg/ha
Acrescentar adubao de plantio 1 kg/ha de B e de 1O a 30 kg/ha de S.
3,0 1 ,5 o 3 o
Adubao mineral de cobertura: Aplicar de 80 ~ 120 kg/ha de N e de 80 a
120 kg/ha de K20, parcelando em 4 a 6 vezes. As quantidades menores
de K20' parcelando essas doses em 3 vezes, aos ' 1
Adubao mineral de cobertura: Utilizar 90 a 150 kg/ha ~e ~ e :~~~;a~ k~~~:
5 ou maiores dependero da anlise de solo, anlise foliar, cultivar, produ-
tividade esperada e sistema de cultivo (campo ou protegido).
o transplante. 11
I'
fi
. Ih t
aplicar metade da adubao de
Obser~~~!o~:7~~::~;t;~i~~~=r:. ~~co~~~~ar os fertilizantes fosfatados junto Pauto Espndo/a Trani, Arlete M. Tavares de Melo,
~feira.' prximo ao rizoma, cobrindo com terra. Francisco Antonio Passos, Marcelo Tavares,
Hiroshi Nagai e Walkyria 8. Scivittaro
Seo de Hortalias - IAC
Paulo Esplndo/a Trani
Seo de Hortalias - fAC
Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAIJ et ai.

18.12 Brcolos, couve-flor e repolho


18.11 Beterraba, cenoura, nabo, rabanete e salsa
Espaamento: 0,8 a 1,O m x 0,4 a 0,5 m.
Espaamentos: 0,25 a 0,30 m x 0,10 a 0,15 m (beterraba); o;2o x 0,06 m
(cenoura); 0,40 x O, 15m (nabo); o, 15 a 0,20 m x 0,08 a O, 1Om (rabanete);
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teo d
e, 0,20 a 0,25 m x O, 1O a O, 15 m (salsa). magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3. r e
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
Adubao orgnica: Aplicar de 40 a 60 t/ha de esterco de curral ou a quarta
magnsio a um mnimo de 9 mmolc/dm3.
parte dessa quantidade de esterco de galinha. '
Adubao orgnica: Aplicar 30 a 50 t/ha de esterco de curral bem curtido ou
Adubao mineral de plantio: Aplicar as quantidades indicadas pela anlise
composto orgnico, sendo a maior dose para solos arenosos. Pode-se
de solo:
utilizar 1/4 dessas quantidades de esterco de galinha.

Adubao mineral de plantio: Aplicar, cerca de 1o dias antes da semeadura, P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
de acordo com a anlise de solo e a seguinte tabela:
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
3 3
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm Zn, mg/dm
N, kg/ha - - - P20s, kg/ha - - - - - - K20, kg/ha,---
Nitrognio 0-0,5 >0,5
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
60 600 400 200 240 180 120
N, kg/ha - - P20s, kg/ha-- - - K20, kg/ha - - - Zn, kg/ha-

20 360 240 180 180 120 60 3 o


Aplicar 3 a 4 kg/ha de B, juntamente com os demais adubos minerais de
plantio. Acrescentar de 30 a 60 kg/ha de S.
Utilizar, juntamente com N, P e K, 2 a 4 kg/ha de B para beterraba e 1 a
2 kg/ha de B para cenoura, nabo e rabanete, sendo as maiores doses em solos
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 15 a 200 kg/ha de N e 60 a 120 kg/ha
deficientes em boro ou pobres em matria orgnica. Para a beterraba, aplicar
de K20, parcelando em quatro vezes, aos 15, 30, 45 e 60 dias aps 0
em pulverizao, aos 15 e 30 dias aps a semeadura ou o transplante das transplante. ' -
mudas, 5 g de molibdato de amnia, em 1 O litros de gua.
Adub:'o foHar: Pulverizar as folhas por trs vezes, no ciclo, com soluo de
Adubao mineral de cobertura: (a) Beterraba, cenoura e nabo - de 60 a ac1do borico (1. g/litro de gua). Aplicar molibdnio em pulverizao,
120 kg/ha de N e 30 a 60 kg/ha de K20, parcelando esses totais em trs qumze d1as apos o transplante, utilizando 0,5 g/litro de molibdato de
aplicaes, aos 15, 30 e 50 dias aps a germinao, (b) Rabanete- aplicar amnia.
as mesmas quantidades de N e K, porm parcelando aos 7, 14 e 21 dias
aps a germinao. Utilizar as menores ou maiores doses conforme a Paulo Espndota Trani, Francisco Antonio Passos
anlise de solo, anlise foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada. Joaquim A. de Azevedo e Marcelo Tavares

Observao: Aplicar, para salsa, a metade das doses dos nutrientes (plantio Seo de Hortalias - fAC
e cobertura) indicadas para as demais hortalias.

Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos, Marcelo Tavares


e Joaquim A. de Azevedo Filho

Seo de Hortalias - IAC

BolAtim Tcnir:n 100 !Ar: 1AA7 17<;


8. van RAIJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ...

18.13 Cebola (sistema de mudas) 18.14 Cebola (sistema de bulbinhos)

Espaamento: 0,4 a 0,5 m x 0,05 a 0,10 m. Espaamento: 0,30 a 0,40 m x O, 10m (bulbinho para bulbo)

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0
magnsio a um mnimo de 9 mmolcidm 3. magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3.

Adubao orgnica: Aplicar 15 t/ha de esterco de curral bem curtido, ou 5 !lha Adubao orgnica: A adubao orgnica para formao de bulbinhos depen-
de esterco de galinha curtido, ou ainda 500 kg/ha de torta de mamona, dera do uso :'~tenor e textum do solo, tomando-se o cuidado de empregar
cerca de 15 dias antes da semeadura ou plantio das mudas. ad~bos orgamcos com ba1xos teores de nitrognio. Em solos pobres
aplicar 1O t/ha de esterco de curral curtido ou 3 t/ha de cama de frango.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
Adubao mineral: Aplicar os adubos de acordo com a anlise de solo.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 P resina, mg/dm 3
Nitrognio K+ trocvel, mmolcfdm 3
Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
60 30 300 150 90 150 120 60
30 300 150 90 150 120
B, mg/dm 3 Cu, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
Cu, mg/dm 3
3
B, mg/dm 3 Zn, mg/dm
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-1,0 >1 ,O 0-0,5 0,6-1 ,2 > 1,2
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-1 ,O >1 ,o 0-0,5 0,6-1,2 >1 ,2
- - - B, kg/ha - - - - Cu, kg/ha - - --Zn, kg/ha--
B, kg/ha-- - - Cu, kg/ha - - --Zn, kg/ha--
2 0 - 4 2 o 5 3 o
2 o 4 2 o 5 3 o
Acrescentar 30 a 50 kg/ha de S.

Adubao mineral de cobertura: Para formao do bulbinho, aplicar no


Acrescentar de 30 a 50 kg/ha de S.
mximo 1O kg/ha de N, visando atingir bulbinhos com 1 a 2 em de dimetro.
Para formao do bulbo, aplicar de 1O a 20 kg/ha de N logo aps a brotao
Adubao mineral de cobertura: Utilizar de 30 a 60 kg/ha de N e 30 a 60 do bulbinho (5 dias) e, aps 20 a 25 dias, mais 20 a 40 kg/ha de N.
kg/ha de K2 0, parcelando os totais em duas aplicaes, aos 20 a 30 e aos
45 a 55 dias aps o transplante de mudas. As maiores ou menores Adubao foliar: Em solos pobres em potssio, recomenda-se pulverizar, por
quantidades de N ou K dependero do estado vegetativo das plantas no ocasio da colheita, com soluo contendo 1o g/litro de sulfato de potssio.
campo e do cultivar utilizado.
Observaes: (a) Considerou-se um perodo mdio de 80 dias entre o plantio
do bulbinho e a produo do bulbo. (b) Os autores agradecem a colabo-
Paulo Espndola Trani e Marcelo Tavares
rao do Professor Cyro Paulino da Costa (ESALQ!USP) pelas informa-
Seo de Hortalias - IAC
es sobre adubao para produo de cebola no sistema de bulbinhos.
Walter Jos Siqueira
Paulo Espndola Trani e Marcelo Tavares
Seo de Gentica - IAC Seo de Hortalias - IAC
Walter Jos de Siqueira
Seo de Gentica - fAC

RniAtim T~nir.n 10() !l!.r. 1007


B. van RAIJ et al. Recomendaes de adubao e calagem ...

18.15 Chuchu 18.16 Couve-manteiga e mostarda

Espaamento: 4 a 5 m x 3 a 5 m. Espaamento: 1,O x 0,5 m (couve-manteiga) e 0,3 a 0,4 m x 0,2 m (mostarda).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmolcidm3.
Adubao orgnica: Cerca de 30 a 40 dias antes do plantio, aplicar 1O tlha
de esterco de curral curtido ou composto, ou 2,5 t/ha de esterco de galinha, Adubao orgnica: Utilizar 40 tlha de esterco de curral, ou 1/4 de esterco de
sendo fundamental essa adubao. galinha, bem curtidos. A aplicao deve ser feita em mistura com o solo e
com os adubos minerais, 15 dias antes do transplante das mudas.
Adubao mineral de plantio: Aplicar cerca de_30 a 40 di~s antes do plantio,
juntamente com o adubo orgnico, os fertilizantes mmera1s conforme a Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as
anlise de solo: quantidades indicadas na seguinte tabela:

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3


Nitrognio Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,63,0 >3,0 025 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha

180 120 60 60 40 20 40 400 320 160 200 160 80


10

Durante o preparo das covas, incorporar mistura dos adubos orgnicos


Adubao de cobertura: Aplicar mensalmente 60 kg/ha de N, 30 kg/ha deP20s e minerais e 2 kg/ha de B.
e 30 kg/ha de K20.

Observaes: Adubao mineral de cobertura: Aplicar, a cada 15 dias, 40 kg/ha de N e 20


kg/ha de K2 0.
a) No perodo de frutificao, utilizar de preferncia adubos contendo clcio em
formas solveis, tais como nitroclcio ou superfosfato Simples. Adubao foliar: Aplicar molibdnio, em pulverizao, 20 dias aps o trans- I''
plante, utilizando 0,5 g/litro de molibdato de amnia. Repetir, para a couve, I'
b) No zo e 3.o anos repetir a ca/agem, a adubao orgnica e a adu~ao a pulverizao a cada 20 a 30 dias, aps a colheita das folhas mais li'
mineral de plantio com N, P e K, chegando terra. Repetir, tambem, a desenvolvidas. I
adubao de cobertura recomendada para o primeiro ano.
Paulo Espndola Trani e Marcelo Tavares
Seo de Hortalias IAC
Paulo Espndo/a Trani, Francisco Antonio Passos
Arlete M. Tavares de Melo e Hiroshi Nagai
Seo de Hortalias IAC
Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAIJ et a!.

18.18 Melo e melancia


18.17 Feijo-vagem, feijo-fava, feijo-de-lima e ervilha torta (ou
ervilha-de-vagem) Espaamento: 2,0 x 1 ,O m para melo e 2,5 a 3,0 m x 1 ,5 a 2,0 m para melancia.
Espaamento: 1 ,O x 0,5 m para cultivares trepadores e 0,5 x 0,2 m para Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70 o,0
cultivares anes; 1 ,O x 0,5 m para feijo-fava; 1 ,O x 0,5 m para feijo-de- melanc1a e 80%o para o melao
- e o teor de magnsio a um mnimo' dpara
g
lima trepado r e 0,5 x 0,5 m para cultivar ano; e, 1 ,O x 0,2 m para ervilha mmolc/dm3. e
torta.
Adubao orgnica: Aplicar 20 a 40 t/ha de esterco de curral curtido ou 5 a
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de 1O t/ha de esterco de galinha, cerca de 30 dias antes da semeadura.
magnsio a um mnimo de 8 mmolc/dm3.
Adubao_ mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: quantidades md1cadas pela seguinte tabela:

P resina, mg/dm 3
3
3 K+ trocvel, mmolc/dm
3 Zn, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm 3
P resina, mg/dm Nitrognio
Nitrognio 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,5 >0,5 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
0-25 26-60 >60
Zn, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
- - P20s, kg/ha-- K20, kg/ha - -
N, kg/ha
30 240 180 120 90 60 30
450 250 150 150 100 75 3 o
50
B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
Aplicar, tambm, 1 kg/ha de B em solos deficientes (B no solo at 0,20 0-0,20 >0,20 0-0,5 >0,5
mg/dm3).
B, kg/ha Zn, kg/ha
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 120 kg/ha de N e 60 kg/ha de K20, o 3 o
parcelando essas quantidades, aos 30 e 60 dias aps a emergncia das
plntulas.
Acrescentar no plantio, juntamente com N, P e K, 20 kg/ha de s.
Observaes:
a) Dispensar a adubao de plantio se a cultura suceder outras normalmente Adubao mineral de cobertura: Utilizar de 50 a 100 kg/ha de N e 50 a j 00
bem adubadas, como as de tomate e batatinha. Manter a adubao de kg/ha d~ K20, divi~indo essas doses em trs aplicaes, aos 15, 30 e 50
cobertura. d1as apos a emergencia das plntulas. As quantidades maiores ou meno-
res dependero da anlise de solo, foliar, cultivar utilizado e produtividade
b) Efetuar duas aplicaes, por via folia r, de soluo de molibdato de amnio esperada.
a 0,2 g!litro, at a florao, para os feijes (vagem, fava e lima).
Observao: Para ~e/ancia, preferir adubos contendo parte do nitrognio na
Paulo Espndola Trani e Francisco Antonio Passos forma nttnca, ta1s como nitroclcio, nitrato de amnia e nitrato de potssio.
Seo de Hortalias - fAC
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos
Hiroshi Nagai e Arlete Marchi Tavares de Mel~

Seo de Hortalias - fAC


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

18.19 Morango 18.20 Quiabo

Espaamento: 0,25 x 0,25 m para 'IAC Guarani (para industrializao); 0,30 x Espaamento:1 ,00 x 0,50 m (2 plantas/cova).
0,30 m para 'IAC Campinas e demais cultivares (mercado in natura e
indstria), correspondendo a cerca de 80.000 mudas por hectare. Calagem: ~plicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teor de
magnes1o do solo ao mnimo de 9 mmolcfdm3.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3. Adubao orgnica: Utilizar de 40 a 60 t/ha de esterco de curral curtido ou a
quarta parte no caso de esterco de galinha. '
Adubao orgnica: Utilizar de 15 a 30 t/ha de esterco de curral curtido, ou
1/4 desse total de esterco puro de galinha (poedeira); as maiores quanti- Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
dades para solos arenosos. O esterco deve ser aplicado em mistura com
os adubos minerais de plantio, 25 a 30 dias antes do transplante das P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
mudas, nos canteiros de produo. Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as N, kg/ha P20s, kg/ha KzO, kg/ha
quantidades indicadas na seguinte tabela:
40 360 180 120 180 120 60
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
0-10 11-25 26-60 >60
0-0,20 >020 0-0,5 >0,5
N, kg/ha - - - P20s, kg/ha - - - - - - - - K20, kg/ha - - - -
B, kg/ha Zn, kg/ha
900 600 450 300 400 300 200 100
40
o 3 o

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 180 kg/ha de N e 90 kg/ha de KzO, Adubao mineral de cobertura: Aplicar de 80 a '120 kg1ha de N e 40 a 80
parcelando em seis aplicaes espaadas de um ms, a partir do plantio kg/ha ?e
KzO, pa;celando em 3 vezes, aos 20, 40 e 60 dias aps a
das mudas. e_mergenc~a das plantulas. As quantidades menores ou maiores depende-
ra o da analise de solo, foliar, cultivar utlizado e produtividade esperada.
Adubao foliar: Sugere-se, tambm, quatro aplicaes de soluo de uria
a 5 g/L, uma vez por semana, a partir do plantio. recomendada, tambm,
a aplicao de soluo de micronutrientes, contendo boro, zinco e cobre,
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos
a cada trs semanas. Alm disso, na fase de frutificao, vantajoso o
e Hiroshi Nagai
uso de potssio, na forma de sulfato de potssio, e clcio, via foliar, para
Seo de Hortalias - fAC
melhor firmeza dos frutos.

Observaes: Aplicar o potssio de preferncia na forma de sulfato de potssio.

Francisco Antonio Passos e Paulo Espndola Trani


Seo de Hortalias - fAC
T
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

18.21 Tomate {estaqueado) 18.22 Tomate rasteiro {industrial) irrigado

Espaamento: 1 ,o x 0,8 m (12.500 covas por hectare}. Espaamento: 0,8 a 1,2 m x 0,3 a 0,4 m.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de Calagmeam: ~plicar ca~crio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
magnsio ao mnimo de 9 mmolcfdm 3 . gnes10 ao mmimo de 9 mmolcfdm3.

Adubao orgnica: Empregar de 20 a 30 t/ha de esterco de curral bem curtido Adubao ?rgnica: Empregar, cerca de 30 dias antes do plantio quando
ou composto, ou 5 a 8 !lha de esterco de galinha curtido. disponivel, 20 t/ha de esterco de curral bem curtido ou composto ~rgnico
ou 5 t/ha de esterco de galinha curtido. '
Adubao mineral: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, nos sulcos, 8 a
1o dias antes do transplante, as quantidades constantes da seguinte Adubao. mineral de plantio: Utilizar, cerca de 1o dias antes do plantio as
tabela: quantidades constantes da tabela abaixo: '
3
P resina, mg/dm
3 K+ trocvel, mmolc/dm P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
Nitrognio 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-25 26-60 >60
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
P20s, kg/ha K20, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/h
N, kg/ha K20, kg/ha

500 300 300 200 100 30 400 200 100 180 120
60 800 60

B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3 B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3


>0,60 0-0,5 0,5-1,2 >1,2 0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,6
0-0,20 0,21-0,60 >0,6

B, kg/ha Zn, kg/ha B, kg/ha --Zn, kg/ha

3 o 5 3 o 1,5 1 ,o o 3 o

Acrescentar adubao de plantio 20 a 40 kg/ha de S. Acrescentar. com a adubao mineral de plantio, 30 kg/ha de s.
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 60 a 120 kg/ha de N e 60 a 120 kg/ha
Adubao mineral de cobertura: Aplicar de 200 a 300 kg/ha de N e 120 a 240
de K20, parcelando_ essas doses em duas aplicaes, aos 25-30 dias e
kg/ha de K20, parcelando de 4 a 6 vezes, com intervalos de 15 a 20 dias
aos 50-6~ dias a~os o plantio. As quantidades menores ou maiores
entre as aplicaes. As quantidades menores ou maiores dependero da
dependerao da analise de solo, foliar, cultivar utilizado e produtividade
anlise de solo, foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada. esperada.

Observao: Utilizar de preferncia parte do nitrognio na forma ntrica,


aplicando fertilizantes como nitroclcio, nitrato de amnia e nitrato de Paulo Espndola Trani, Hiroshi Nagai
potssio. e Francisco Antonio Passos
Seo de Hortalias - fAC
Paulo Espndola Trani, Hiroshi Nagai
e Francisco Antonio Passos
Seo de Hortalias - fAC
Recomendaes de adubao e calagem ...

19. LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS

Pgina

19.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . 189

19.2 Composio qumica e diagnose foliar 189

19.3 Amendoim . . . . 192

19.4 Ervilha-de-gros 193

19.5 Feijo . . . . . . 194

19.6 Feijo-adzuki e feijo-mungo 196

19.7 Gergelim. 197

19.8 Girassol . 198

19.9 Gro-de-bico 199

19.1 O Leguminosas adubos verdes - Crotalria, chcharo, feijo-de-


-porco, feijo-guandu,.l_ablabe, mucuna, !remoo 200

19.11 Mamona 201


19.12 Soja .. 202
Recomendaes de adubao e calagem ...

19. LEGUMINOSAS E OLEAGINOSAS

Edmlson J. Ambrosano, Roberto T. Tanaka e Hplto A.A. Mascarenhas


Seo de Leguminosas - fAC

Bernardo van Raj, Jos Antonio Quaggo e Heitor Cantarei/a


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC

19.1 Informaes gerais

Este grupo de culturas apresenta duas divises, mas a soja e o amendoim


pertencem a ambas, ou seja, so leguminosas e tambm oleaginosas. As
leguminosas caracterizam-se pela fixao simbitica do nitrognio. As oleagi-
nosas, como o prprio nome indica, so plantas que acumulam apreciveis
quantidades de leo, sendo exploradas por isso, embora a parte protica
tambm tenha importncia.

As leguminosas e oleaginosas pertencem, juntamente com os cereais, s


culturas da agricultura extensiva, prestando-se a sistemas de rotao, tanto
para fins fitossanitrios, como para a melhoria das propriedades fsicas do solo.
As leguminosas, quando introduzidas nas rotaes, aumentam a disponibilida-
de de nitrognio para as culturas subseqentes.

Uma das caractersticas relevantes da soja a sua-alta adaptabilidade


aos solos de baixa fertilidade, quando devidamente corrigidos, inclusive solos
arenosos, o que tem permitido o uso da cultura, desde o primeiro cultivo, na
expanso da fronteira agrcola.

19.2 Composio qumica e diagnose foliar

O quadro 19.1 apresenta os contedos dos macronutrientes de parte das


culturas consideradas neste captulo. Os dados so apresentados na base de
uma tonelada de produto colhido, nos casos em que o interesse pela colheita
de gros, indicando-se os valores para plantas inteiras e, tambm, somente
para a parte colhida. Para adubos verdes apresenta-se apenas o contedo das
plantas inteiras.

As instrues para amostragem de folhas so apresentadas no quadro


19.2 e, no quadro 19.3, as faixas de teores de macro- e micronutrientes
considerados normais s culturas listadas.
Quadro 19.1. Contedo de macronutrientes primrios em leguminosas e oleaginosas e faixas de produtividade mais comuns

Parte Planta inteira Parte colhida Produti-


Cultura considerada vidade(1)
N p K s N p K s
- - - - - - - - - k g / t da parte c o l h i d a - - - - - - - - - t!ha

Amendoim Com casca 87 8 48 8 52 5 24 5 1,5-3,0


Crotalria paulnea Planta inteira 18 2 6 No se aplica 7-10
Crotalria spectabilis Planta inteira 18 10 No se aplica 4-6 ~
Chcharo ou ervilhaca Planta inteira 22 1 29 No se aplica 4-6 :0
::D
"'
Feijo Gros 96 8 78 6 35 3 14 2 0,9-2,5 )>
<::
Feijo-de-porco Planta inteira 22 1 11 No se aplica 5-8 ;!'.
Feijo-guandu Planta inteira 13 1 5 No se aplica ~
8-12
Girassol Gros 37 11 92 19 7 20 1,5-2,8
Lablabe Planta inteira 14 1 5 No se aplica 5-7
Mucuna~an Planta inteira 35 3 16 No se aplica 4-6
Mucuna-preta Planta inteira 26 3 6 No se aplica 6-8
Soja Gros 167 16 114 8 60 5 19 2 2,0-3,0
Tremoo Planta inteira 14 24 No se aplica ,1,0-1,5
e) No caso das leguminosas adubos verdes, a produtividade dada em termos de matria seca das plantas inteiras. No apresentada a produo
de gros para sementes. Nos demais casos, a produtividade de gros.

--- . ---J

:5' (I) Gl -, )> (I) Gl -, )>


o - (J) 3 o (I) -, )>
~ ~- ~- _g: ~ 1' ) ..:: C!> !:. 2 .2. 0. o o
C/) tl)! :::1
3 C/) {lU :J 3 lll O> ;;; 3 !:. c
U> o Q. U> Q.
2' ~;
" o lll
o U>
2. o ;;; U> o :0 -c.
li! 2. o "-c. Q.
" ;;; (!) ~
g 3' o o~ 2. o
3' ::J ~
~o
3' 3'
o S.~ :;- ~
::::!, :l o.
(D'
z wm a.z z U>
lll"'
1\) w ..... 1\) ~-, o o 'm m o o U>
"" .s;:.. w (..r.) w :D
I> ..... 'f 'f 'f o o o o (!) "' w- (!)
~ OJ o "'ro
i:Pcn oo
<.n o 1\) O>
o, o, o, .;:..
~ o o <.n
z
-,
~ ~-
3 U>
c;;
- ;:;. !),) "2.. )
o
c;; o"
" <.n o O'> o U> U>
O> m m (J} ::D
lll (J} o- :::1 o
;; c. 3(!)
" <!>
,oo O> <O"' 3' . s= 6>~3' "
3' ::J n
U> c~ c. o
1\) w 1\) 1\)
Q. 3 (!) ::J "'
O> U>
' "
::J ::J lll 3
? 'f ~ 'f1 o moc.no " o() <!>
"' c: 9 O" - " :0
o, c], .f,. o, U>
"'~ (!) "' p Q.
w o 1\) 1\) "'' "
c; ,., ;;;
o o o o oooo o o ,., o 'o"'
-"' ~
(!) 0 ~ U> c.
(ti <e o" n. 0
3' " (!) "'"O
<!>
i!: U> c ::J o <">
U> .g.
r; O> 3 U> "' Q.
"'
0'1 co ~ C11 .,i!: 3' n. <!>
-, (') Q. 3' : 3' "'
3
'? w "' O> -l" o
(!)
(1.)
'? ......
? .....
'? w o "'
N o~ N "' ;>; .o o
U> ~
U>
~ " "'' o 1i
n.
o W o "'
<.n 1\) ~ o " c" 0'1 c.n .J::>. o c: lll lll
E o O>
$. c
o o o o ~
O> U> c. o
" o ;;; O'
"c Q. o 'O O>
a;
- ~
3 (Q
o (!) ~
" ii>"'
3 3 (!)
a; U> 'O O> :0 o
1\)
o o
_... ......
<.n
1\)
o
- :0
O>
2-ro
(!) c.
g
o()
'O
i
U>
$. 3
"'o""'
<!>
s: !!' ~ co o ,)\) i lll (!) '
""' ;;; n. n
~
' . '
~ w' :0
-""' o !!'" 3 (Q.O .!: '
"" (!) O>
o f\) o 01 3 "'"'(\,'r\, O> :;c o i>
o 1\) 01 o _o
o o o o o lll n. :0
'!1.. "' "' ro:
~ U> c. o
"'"3 2: <!>
O> :r
;;; w
"'3
cE i "' o
U> U>
" 'O
l o 3
o o w w 1\) w U>
'O 'O
-o
c;; O> ' U>
"'
o lll U> Q. !'!.
c.n:... s: ;;;- c.
' ' ...:.... I I I (!)
o
ooc.no <Os:: O>
"" ;;; :0 U> Q.
o ~ "'
o co Ol 00 Q. "
3' "' o
eno O> o :0 ro
"' oco o U> U> ~ :0
"' o ;;;
c; 3 c:
"'
J~ o
1\) c.v ..... 1\) 1\) ...... f\) 1\) 3' 3 o(l
o o co o N O> o 'Q ::J
:0 :....o,oo (/) U> 3
"' 3 3'

o
o, 00 o, > "' o U>
o o o o ~ N W W U>
9" / 2: .g.
OOO.n U>
(!) ir "'
~ -o :-
"' (!)
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

19.3 Amendoim 19.4 Ervilha-de-gros

Espaamento: 0,60 m entre as linhas, 15 a 20 sementes por metro linear de Espaamento: 0,20 a 0,40 m entre as linhas, 1 Oa 15 sementes por metro linear.
sulco.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. magnsio a um mnimo de 5 mmolcfdm3.

Adubao mineral de plantio: De acordo com a anlise de solo e a tabela Adubao orgnica: indicada a rotao de culturas e a incorporao de
seguinte: restos vegeta1s ou, amda, adubao verde.

Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Adubao mineral de plantio: Empregar de acordo com a anlise de solo e a
vidade N produtividade esperada:
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0

Produti- P resina, mg/dm 3


t/ha P205, kg/ha K20, kg/ha vida de K+ trocvel, mmolc/dm 3
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5
<1,5 o 60 40 20 o 20 20 o o 1,6-3,0 >3,0
1,5-3,0 o 80 60 40 20 40 30 20 20
t/ha P205, kg/ha K20, kg/ha
>3,0 o 100 80 50 20 60 40 20 20
0,5-1,0 60 40 20 o 30 20 o o
Aplicar 20 kg/ha de S na forma de superfosfato simples ou gesso. 1,0-1,5 80 60 40 20 40 30 20 o
Inocular as sementes com Bradyrhizobium sp. quando plantar em locais 1,5-2,0 100 ao 60 40 60 40 30 20
nunca cultivados anteriormente com amendoim ou adubos verdes. Acrescentar,
durante a inoculao, 100 g de molibdato de amnio para cada lote de 100 a
Aplicar 20 kg/ha de S . ..
120 kg de sementes, quantidade necessria para o plantio de 1 ha.

Adubao mineral de cobertura: Na ausncia de. inoculao, aplicar 30-40


Observaes: kg/ha de N, 15 a 25 dias aps a emergncia ds planas.
a) o amendoim vale-se da fixao simbitica do nitrognio, dispensando a
aplicao deste nutriente;
Edmlson J. Ambrosano, Elaine B. Wutke
b) o amendoim aproveita bem o efeito residual de adubaes anteriores, sendo e Eduardo A. Bulsani
excelente para rotaes com outras culturas anteriormente adubadas, Seo de Leguminosas - fAC
notadament cana-de-acar.

Jos Antonio Quaggio


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
e Igncio J. de Godoy
Seo de Gentica - fAC

1Q? Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 RnlAtim T61"'nil'n 1 An 111,.... ~ nn.,.
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

19.5 Feijo No empregar mais de 50 kg/ha de K20 no sulco de plantio, principalmente


em lavouras de sequeiro. A quantidade recomendada que exceder esse valor,
Espaamento: 0,50 a 0,60 m entre as linhas, 10 plantas por metrlinear. deve ser aplicada em cobertura, junto com o N, no mais de 25 dias aps a
emergncia das plantas.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm3. Submeter as sementes de feijo ao inoculante especfico.

Adubao orgnica: indicada a rotao de culturas e a incorporao de Adubao mineral de cobertura:


restos vegetais ou, ainda, a adubao verde. A aplicao de estercos, se
disponveis, tambm desejvel. Se aplicar estercos ou compostos, Produti- Classe de resposta a N
reduzir, da adubao recomendada, o contedo de nutrientes presente vidade
nesse material, considerando um fator de aproveitamento de 50% para o esperada Alta Mdia e baixa
N e o P, e 80% para o K. !/h a N, kg/ha
Adubao mineral de plantio: Deve ser feita de acordo com a anlise de solo 1,0-1,5 40 20
e a seguinte tabela: 1,5-2,5 50 30
2,5-3,5 70 40
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
vidade N 3,5-4,5 90 50
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
!/h a N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Classes de resposta:
Feijo de vero (guas e seca)
Plantio em julho-outubro e dezembro-abril Alta: culturas irrigadas; solos arenosos; cultivo aps gramneas; solo compac-
tado;
1,0-1,5 o 60 40 20 o 40 30 20 o
1,5-2,5 10 70 50 30 10 50 30 20 10 Mdia e baixa: cultivo aps leguminosas; cultivo aps adubo verde (neste
2,5-3,0 10 90 60 30 20 60 40 30 20 caso, se a quantidade de massa incorporada ao solo for grande, pode-se
reduzir metade a dose de N recomendada); solos.em pousio por dois ou
Feijo de inverno irrigado mais anos; solos que recebem adubaes orgnicas elevadas e freqentes.
Plantio em maro-julho
1,0-1,5 o 60 40 20 o 40 20 o o Aplicar o N de cobertura 15 a 30 dias aps a emergncia das plantas. Em
50 30 20 o solos arenosos no perodo das guas ou em lavouras irrigadas, doses de N
1,5-2,5 10 70 50 30 10
iguais ou maiores que 60 kg/ha podem ser parceladas em duas vezes, aplican-
2,5-3,5 10 90 60 40 20 80 50 30 20 do-se a ltima at, no mximo, 40 dias aps a emergncia. O N pode tambm
3,5-4,5 20 (') 80 40 20 100 60 40 20 ser aplicado atravs da gua de irrigao, parcelado em trs vezes, no intervalo
entre 15 e 45 dias aps a emergncia.
C) pouco provvel a obteno de alta produo em solos deficientes em P.
Edmilson J. Ambrosano, Elaine 8. Wutke, Eduardo A. Bulisani
Aplicar 20 kg/ha de S para produo at 2 tlha de gros e 30 kg/ha de S Seo de Leguminosas - fAC
para lavouras com maiores metas de produtividade. e Heitor Cantare/la
Aplicar 3 kg/ha de Zn quando o teor de Zn-DTPA no solo for menor que Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
0,6 mg/dm3 e 1 kg/ha de B quando o teor de B (gua quente) for inferior a 0,21
mg/dm3.
19.6 Feijo-adzuki e feijo-mungo
8. van RAIJ et ai.
I
li
i
19.7 Gergelim
Recomendaes de adubao e calagem ...

_i
Espaamento: 0,50 a 0,60 m entre as linhas, 1 o a 12 plantas por metro linear. I Espaamento: 0,40 a 0,60 m, 20 a 25 sementes por metro linear.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de I Calagem: ~plicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o t d
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm3. I! magnes!O a um mnimo de 5 mmolcfdm3. eor e

Adubao orgnica: indicada a rotao de culturas ou, ainda, a adubao Adubao orgnica: Se possvel, aplicar de 2 a 3 t!ha de adubo - .
verde, principalmente com mucuna preta ou crotalria, devido ao seu fazer rotao com leguminosas. orgamco ou
efeito sobre os nematides.
Adubao mineral de plantio: Deve ser feita de acordo com a anlise de solo
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a e a segumte tabela:
seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
3 3 Nitrognio
P resina, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm
Produti- 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
vida de 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
esperada 0-6 7-15 16-40 >40
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
P20s, kg/ha K20, kg/ha
t!ha 10 80 60 40 20 60 40 20 20
50 30 20 10 30 20 10 o
1,5

Adubao mineral de cobertura: Aplicar 20 kg/ha de N, 30 dias aps a


Adubao mineral de cobertura: Na ausncia de inoculao, aplicar 30 kg/ha germinao.
de N, 15 a 25 dias aps a emergncia, na superfcie do solo, ao lado das
plantas.
Angelo Savy Filho
Edmilson Jos Ambrosano, Elaine B. Wutke Se de Oleaginosas - IAC
e Eduardo Antonio Bulisani
Seo de Leguminosas - fAC

Boletim Tcnico. 100. JAC:. Hl!7 107


8. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...

19.8 Girassol 19.9 Gro-de-bico


Espaamento: 0,50 a 0,90 m entre as linhas, por 0,20 a 0,40 m entre as
Espaamento: 0,50 m entre as linhas, 15 a 20 sementes por metro linear.
plantas.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
magnsio a um mnimo de 5 mmolcfdm3.
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm 3.
Inoculao: Submeter as sementes inoculao com Bradyrhizobium sp.,
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
especfico para gro-de-bico, na base de 200 g de inoculante turfoso para
seguinte tabela: 50 kg de sementes.

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com anlise de solo e a
Nitrognio seguinte tabela:
0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
N, kg/ha P20s, kg/ha ----K20, kg/ha,-,---- vidade
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
10 70 50 30 20 60 50 30 20
t/ha - - - P20s, kg/ha - - - ----K20, kg/ha----

Acrescentar 20 kg/ha de S. At 1,5 60 50 40 o 40 30 20 o


Aplicar 1 kg/ha de B para teores de B no solo entre O e 0,20 mg/dm 3 e 0,5
>1,5 80 60 40 o 60 40 20 o
kg/ha de B para valores de B no solo entre 0,21 e 0,60 mg/dm 3.

Adubao mineral de cofertura: Na ausncia de inoculao, aplicar 50 kg/ha


Adubao mineral de cobertura: Utilizar 40 kg/ha de N, 30 dias aps a de N em cobertura, aos 30 dias aps a semeadura, para cultivares
emergncia das plantas. precoces, e aos 50 dias para cultivares tardios.
'

Jos Antonio Quaggio


Nelson Raimundo Braga
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Seo de Leguminosas - fAC
e Maria Regina G. Ungaro
Seo de Oleaginosas - fAC

HIA Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

19.10 Leguminosas adubos verdes- Crotalria, chcharo ou ervilhaca, 19.11 Mamona


feijo-de-porco, feijo-guandu, lablabe, mucuna, tremoo
Espaamento: Porte alto: 3,00 x 1,00 m; porte baixo: 1,50 x 0,50 m.
Espaamento: Crotalrias- 0,40 a 0,60 m x 25 a 40 sementes por metro linear;
feijo-guandu, tremoo e lablabe- 0,50 a 0,60 m x 1 O a 15 sementes por Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e 0 teor de
metro linear; feijo-de-porco- 0,50 a 0,60 m x 7 sementes por metro linear; magnsio a um mnimo de 5 mmolcfdma
mucuna- 0,40 a 0,60 m x 7 a 12 sementes por metro linear.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com anlise de solo e a
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de seguinte tabela:
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm 3.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3
Inoculao: Havendo disponibilidade de Rhizobium especfico, submeter as Nitrognio
sementes inoculao para a primeira semeadura, na base de 200 g de 0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1,5
inoculante turfoso para 50 kg de sementes.
N, kg/ha P20s, kg/ha ----K20, kg/ha----
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela: 15 80 60 40 40 30 20
3 3
P resina, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm

0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0


Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 a 60 kg/ha de N, aos 30 a 40 dias
- - - P20s, kg/ha--- ----K20, kg/ha--- aps a germinao.

40 20 o 30 20 o
Observao:

A mamona sensvel acidez do solo e exigente em nutrientes, apresen-


Observao: tando boa resposta, em produtividade, correo do solo com calcrio e
fertilizantes. '
Os adubos verdes (leguminosas) aproveitam o adubo residual da cultura
anterior. Se a saturao por bases estiver prxima a 60% e a cultura anterior
tiver recebido adubao, pode-se dispensar a calagem e a adubao mineral. Angelo Savy Filho
Seo de Oleaginosas - IAC

Edmilson J. Ambrosano e Elaine 8. Wutke


Seo de Leguminosas - fAC
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Observaes:
19.12 Soja

Espaamento: 0,50 m entre as linhas, 16 a 20 sementes pr metro linear, a) A m distribuio e/ou a incorporao muito rasa do calcrio pode causar ou
agravar a deficincia de mangans, resultando em queda de produtivida-
dependendo do cultivar.
de.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de
b) No cultivo de primavera-vero, a inoculao das sementes dispensa a
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm 3.
adubao nitrogenada. Entretanto, no cultivo de outono-inverno devido
Inoculao: Submeter as sementes inoculao com Bradyrhizobium espec- b~ixa atividade simbitica, recomenda-se, alm da inoculao.' a aplica-
fico para soja, de boa qualidade quanto estirpe, conservao e viabili- ao de 50 kg/ha de N, sendo 114 dessa dose com adubao no sulco de
dade. Em glebas j cultivadas com soja, utilizar 250 g de inoculante por semeadura e o restante em cobertura antes do florescimento.
saca de sementes, e o dobro em reas de primeiro cultivo de soja.
c) Em solos arenosos cidos pode ocorrer deficincia de Mo, o que acarreta
Adubao mineral de semeadura: As quantidades a aplicar variam com a m fixao biolgica de nitrognio. A deficincia deve ser resolvida pela
anlise de solo e a produtividade esperada, de acordo com a seguinte calagem, que aumenta a disponibilidade do nutriente. Na impossibilidade
tabela: de aplicar o calcrio, empregar 50 glha de molibdato de amnio misturado
s sementes.

Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3


d) Deficincias de micronutrientes na soja so raras no Estado de So Paulo.
vida de Na suspeita de sua ocorrncia, realizar anlise de solo e foliar e, uma vez
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
constatada a deficincia, pode-se aplicar, com a adubao de semeadura,
as seguintes quantidades: 5 kglha de Zn, e/ou 2 kglha de Cu, e/ou 1 kg/ha
t/ha PzOs, kg/ha KzO, kg/ha
deB.

1,5-1,9 50 40 30 20 60 40 20 o
40 20 70 50 30 20 ..Hiplito A.A. Mascarenhas e RobertoTetsuo Tanaka
2,0-2,4 60 50
50 50 20 Seo de Leguminosas - fAC
2,5-2,9 80 60 40 20 70
r:::'\
50 30
!li 3,0-3,4 (9()' 70 50 30 80 ~
3,5-4,0 80 50 40 80 60 60 40
I".li
* No possvel obter essa produtividade com aplicao localizada de fsforo em solos com
teores muito baixos de P.

Empregar 15 kg/ha de S para cada tonelada de produo esperada.

Em solos deficientes em mangans (Mn no solo at 1,5 mg/dm3), aplicar


5 kg/ha de Mn .
Nas dosagens de K20 acima de 50 kg/ha, utilizar a metade da dose em
cobertura, principalmente em solos arenosos, 30 ou 40 dias aps a germinao,
respectivamente para cultivares de ciclo mais precoce e mais tardio.
w--

Recomendaes para adubao e calagem ...

20. ORNAMENTAIS E FLORES

Pgina

20.1 Informaes gerais e diagnose foliar 207


20.2 Amarilis 209
20.3 Antrio . 210
20.4 Crisntemo 211
20.5 Gladolo 212
20.6 Gloxnia 213
20.7 Gypsophila 214
20.8 Plantas ornamentais arbreas . 215
20.9 Plantas ornamentais arbustivas e herbceas 216
20.10 Rosa . . . . . . 217
20.11 Violeta-africana 218
Recomendaes para adubao e calagem ...

20. ORNAMENTAIS E FLORES

Antonio Fernando C. Tombo/ato, Carlos Eduardo F. de Castro,


Tas Tostes Graziano e Luiz Antonio F. Matthes
Seo de Fruticultura e Plantas Ornamentais - IAC

ngela Maria C. Fur/ani


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

20.1 Informaes gerais e diagnose foliar

Este o grupo de culturas que abrange o maior nmero de espcies e


variedades. Alm disso, o cultivo feito em condies das mais diversas, ao
ar livre ou em ambientes fechados, em solos ou nos mais diferentes substratos.
Assim, as informaes dadas neste captulo abrangem apenas uma pequena
parte desse grupo de culturas.

A diagnose foliar, para avaliar o estado nutricional de algumas plantas


ornamentais, com base nas folhas maduras totalmente expandidas, pode ser
feita com os limites de interpretao indicados no quadro 20.1.

I:I'
liil

Boletim TP.r.nir.n 100 lAr. 1QQ7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes para adubao e calagem ...

Quadro 20.1. Faixas de teores de nutrientes considerados adequados para 20.2 Amarlis
algumas plantas ornamentais, com base em folhas maduras totalmente
expandidas Espaamento: 0,30 m entre linhas por 0,10 m entre bulbos, em canteiros de
1 ,o a 1,2 m de largura por 0,30 m de altura (350.000 bulbos/ha).
Planta Teores de nutrientes nas folhas totalmente expandidas
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e garantir
um teor mnimo de Mg no solos de 9 mmolddm3.
Macronutrientes, g/kg
N p K Ca Mg s Adubao orgnica: Aplicar 5 a 1O t/ha de esterco de galinha curtido.

Antrio 16-30 2,0-7,0 10-35 12-20 5-10 1,6-7,5 Adubao mineral de plantio: Para canteiros de 30 em de altura, aplicar de
Azalia 15-25 2,0-5,0 5-15 5-15 2,5-10 2,0~5,0 acordo com a seguinte tabela, com base na anlise de solo:
Begnia 40-60 3,0-7,5 25-60 10-25 3,0~7,0 3,0-7,0
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Crisntemo 40-60 2,5-10 40-60 10-20 2,5-10 2,5-7,0 Nitrognio
1,5-3,0 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Gladolo 30-55 2,5-10 25-40 5-45
Gloxnia 30-50 2,5-7,0 25-50 10-30 3,5-7,0 2,5-7,0 N, kg/ha ---P20s, kg/ha - - - - - - K 2 0 , kg/ha---
Gypsophila 43-60 3-7 35-45 26-40 4-10 2,5-7,0
40 240 160 80 240 160 80
Hibiscus 25-45 2,5-10 15-30 10-30 2,5-8,0 2,0-5,0
Palmeira (areia) 25-35 1,5-8,0 14-40 10-25 2,5-8,0 2,1~7,5

Rosa 30-50 2,5-5,0 15-30 10-20 2,5-5,0 2,5-7,0 B, mg/dm 3 Mn, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
Schefflera 25-35 2,0-5,0 23-40 10-15 2,5~7,5 2,0-8,0 0-0,60 >0,60 0-1,2 >1 ,2 0-1,2 >1,2
Violeta~afrlcana 30-60 3,0-7,0 30-65 10-20 3,5-7,5 3,0-7,0
.,,,,, - - 8 , kg/ha-- --Mn, kg/ha-- --Zn, kg/ha--
Micronutrientes, mg/kg 1 o 6 o 4 o
B Cu Fe Mn Zn
l!llil
1111!.
;!i! Antrio 25-75 6-30 50-300 50-200 Adubao de cobertura: Durante 8 meses, a cada 20 dias, aplicar 35 kg/ha
Azalia 25-75 6-25 50-250 40-200 20-200 de N (total de 420 kg/ha de N). Do 4 ao 8. 0 ms, aplicar, juntamente com
Begnia 20-75 7-30 50-200 50-200 25-200 o nitrognio, 80 kg/ha de K20 (total de 480 kg/ha de K20). Em cultivos
sucessivos, fazer anlise de solo do canteiro, para evitar acidificao
Crisntemo 25-75 6-30 50-250 50-250 20-250
excessiva e acmulo de sais pela adubao elevada.
Gladolo 25-100 8-20 50-200 50-200 20-200
Gloxnia 25-50 8-25 50-200 50-300 20-50
Gypsophila 25-100 9-25 50-200 50-200 25-200 Tais Tostes Graziano, Antonio Fernando C. Tombo/ato,
Hibiscus 25-100 6-50 50-200 40-200 20-200 Luiz Antonio F. Matthes e Carlos Eduardo F. de Castro
Palmeira (areia) 15-60 6-50 50-250 50-250 25-200 Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC
Rosa 30-60 7-25 60-200 30-200 18-100
e ngela Maria C. Furlani
Schefflera 20-60 10-60 50-300 40-300 20-200
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas- IAC
Violeta~africana 25-75 8-35 50-200 40-200 25-200

Rr.lotirn Tf'nil"'r. 1(\() ll!.r. 1007


B. van RAIJ et ai. Recomendaes para adubao e calagem ...

20.3 Antrio 20.4 Crisntemo

Espaamento: 0,40 x 0,40 m, em canteiros de 1,O a 1,5 m de largura e Espaamento: 12,5 x12,5 em entre plantas no vero e 12,5 x 15 em no inverno,
distribudos em trs linhas. Manter distncia mnima entre canteiros de em canteiros de 1,20 m de largura x 0,20 m de altura (70 plantasfm2 de
0,40 m (40.000 a 43.000 mudas/ha). canteiro ou 700.000 plantas/ha).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 40%, no Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
aplicando mais de 3 t/ha. o teor de Mg do solo no mnimo em 9 mmol 0 /dm3.

Adubao orgnica: Aplicar 40 litrosfm2 de canteiro, de .palha da arroz carbo-


O antrio requer solos cidos.
nizada ou produto similar, misturando muito bem com o solo.

Adubao orgnica: 30 a 40 Ilha de esterco de curral curtido. Adubao mineral de plantio: Aplicar, com base na anlise de solo e a
seguinte tabela:

,, . ,.
Parcelar a adubao mineral em quatro aplicaes por ano. Adubao mineral de cobertura: Aplicar 320 kg/ha de N e 150 kg/ha de K20,
da seguinte forma: 30 dias aps o plantio, 60 kg/ha de N e 50 kg/ha de
Repetir, anualmente, a adubao orgnica e a adubao mineral K20; 60 dias aps o plantio, mais 60 kg/ha de N; a partir dos 40 dias aps
li o plantio, usar fertirrigao a cada dez dias (4 vezes}, aplicando 51itrosfm2
de canteiro de uma soluo contendo, por litro, 1,o g de N, 0,5 g de K20,
li 1O mg de Mn, 2 mg de B e 1 mg de Zn. Em plantios sucessivos, efetuar
Luiz Antonio F. Matthes, Carlos Eduardo F. de Castro, anualmente anlise de solo dos canteiros.
e Antonio Fernando C. Tombo/ato
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - fAC
Antonio Fernando C. Tombo/ato, Tais Tostes Graziano,
e Celi Teixeira Feitosa e Carlos Eduardo F. de Castro
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC

e ngela Maria C. Furlanl


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
B. van RAIJ et ai. Recomendaes para adubao e ca!agem ...

20.5 Gladolo 20.6 Gloxnia

Espaamento: 8 a 1O em na linha, por 40 a 60 em entre linhas (300.000 Envasamento: Vasos de 15 a 16 em de dimetro, para as variedades maiores,
bulbos/ha). e vasos de 1O a 12 em de dimetro, para as menores, para mudas com 60
dias de idade, em 3. 0 transplante. Mudas em estufa.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%.
Calagem: aplicar calcrio dolomtico, de acordo com a anlise de solo, para
Adubao orgnica: 1O t/ha de esterco de curral curtido, ou 3 t/ha de esterco elevar a saturao por bases a 80%.
de galinha ou 1 t/ha de torta de mamona.
Substrato para o 2. 0 e 3. 0 transplantes: Mistura de 1 m3 de hmus, 1 m3 de
Adubao mineral de plantio: Aplicar os adubos em sulcos, antes do trans- vermiculita ou p de xaxim e 1 m3 de areia.
plante, nas quantidades indicadas na seguinte tabela:
Adubao mineral: Aplicar os adubos de acordo com anlise de solo do
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 substrato e a seguinte tabela:
Nitrognio
0-30 >30 0-3,0 >3,0
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
N, kg/ha - - P20s, kg/ha - - --K20, kg/ha--- 0-25 > 25 0-3,0 >3,0
30 150 80 100 60 N, g/m 3 - - P20s, g/m 3 - - K20, g/m 3
50 500 250 500 250
B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,5 0,6-1,2 >1 ,2
Renovar o substrato a cada transplante e aps o envasamento. Trinta dias
,,,,,. - - - - B, kg/ha,----- - - - - Z n , kg/ha----- depois, irrigar as plantas com uma soluo contendo, por litro, 100 mg de N,
2 o 4 2 o 100 mg de K20, 2 mg de s e 1 mg de Zn. No reaproveitamento do substrato,
fazer nova anlise qumica.

Adubao mineral de cobertura: Aplicar trs vezes 30 kg/ha de N, nos


illll seguintes estdios: plantas com duas a trs folhas; emergncia da inflo- Antonio Fernando C. Tombo/ato
rescncia; duas semanas aps o florescimento. Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC

e ngela Maria C. Fur/ani


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Carlos Eduardo F. Castro, Antonio Fernando C. Tombo/ato,
Tas Tostes Graziano e Luiz Antonio F. Matthes
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC
r
8. van RAIJ et ai. Recomendaes para adubao e calagem ...

20.7 Gypsophila 20.8 Plantas ornamentais arbreas

Espaamento: 5 em entre plantas, em canteiros e 40 x 50 em entre plantas, Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%.
no campo.
Adubao de formao: Aplicar, por cova, em mistura com terra da superfcie,
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. 200 g de P20s e 50 g de K20. Aplicar trs vezes 20 g de N em cobertura,
30 dias aps o plantio e, depois, de dois em dois meses.
Adubao orgnica: Aplicar, 30 dias antes do plantio, juntamente com o
calcrio, 5 a 1O Ilha de esterco de curral curtido, se disponvel. Adubao de manuteno: Aplicar, anualmente, de acordo com a anlise de
solo inicial ou realizada de trs em trs anos.
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3
Nitrognio
0-12
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 >12 0-1,5 >1 ,5
Nitrognio N, kg/ha
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 - - P205, kg/ha - - ---K20, kg/ha---

100 100 50 100 50


N, kg/ha P205, kg/ha K20, kg/ha

30 180 120 60 60 40 20

Carlos Eduardo F. Castro, Antonio Fernando C. Tombo/ato,


Adubao mineral de cobertura: Aplicar 120 kg/ha de N e 120 kg/ha de K20, Tas Tostes Graziano e Antonio F. Matthes
parcelando em trs vezes, aos 30, 60 e 90 dias aps o plantio. Fazer Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - fAC
anlises de solo anuais para reavaliar a necessidade de calagem e
adubao.

Antonio Fernando C. Tombo/ato


Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC

e ngela Maria C. Furtani


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
B. van RAIJ et ai. Recomendaes para adubao e calagem ...

20.9 Plantas ornamentais arbustivas e herbceas 20.10 Rosa

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. No caso Espaamento: No campo, linhas duplas de 1 ,O x 0,5 x 0,5 m, para mudas
da azalia, a calagem deve ser calculada para elevar a saturao por enxertadas, e linhas simples de 1 ,o x O, 12 m para ps francos; na estufa
bases a 40%, no ultrapassando, porm, a adio de 2 !lha. 1 ,3 x 0,3 x 0,2 m (25 a 43 mil mudas/ha). '
Adubao mineral: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a seguinte Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
tabela: o teor de Mg, no mnimo, em 9 mmolcfdm3.

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Adubao orgnica: No plantio, empregar 1O tlha de esterco de curral bem
Nitrognio curtido, ou 3 t/ha de esterco de galinha, ou 1 t/ha de torta de mamona.
0-30 >30 0-3,0 >3,0

N, kg/ha --P20s, kg/ha - - ---K20, kg/ha--- Adubao mineral de formao: Incorporar, nos sulcos de plantio, as seguin-
tes quantidades de nutrientes, de acordo com a anlise de solo:
120 180 90 120 60
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
Parcelar a adubao em trs vezes, aplicando os fertilizantes no incio, 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
meado e fim da estao das chuvas.
N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha

20 300 200 100 120 80 40


Carlos Eduardo F. Castro, Antonio Fernando C. Tombo/ato,
Tais Tostes Graziano e Luiz Antonio F. Matthes

.,., ..
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - fAC Adubao mineral de cobertura: Aplicar 80 kg/ha de N, parcelando as apli-
caes em quatro vezes, durante o ano.

Adubao de manuteno: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a


seguinte tabela:

P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3


Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha

300 180 120 60 300 200 100

Parcelar em quatro ou cinco vezes, iniciando aps a poda e aplicando


mensalmente.

Carlos Eduardo F. Castro, Antonio Fernando C. Tombo/ato,


Tais Tostes Graziano e Luiz Antonio F. Matthes
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - fAC

Rnlotim T6rnif'n 1 ()() I A f': 1 AA7 RniAtim T6~ni~n 100 lAr: 1QQ7
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

20.11. Violeta-africana

Envasamento: Vasos de 12 em de dimetro, para mudas de 2: 0 tranplante com


4 a 6 meses de idade. 21. RAZES E TUBRCULOS
Calagem do substrato para vasos: aplicar calcrio dolo mtico, de acordo com
a anlise de solo, para elevar a saturao por bases a 80%.
Pgina
Substrato para o 2 e 3. 0 transplantes: Mistura de 1 m3 de hmus, 1 m3 de
vermiculita ou p de xaxim e 1 m3 de areia. 21.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . 221

Adubao mineral: Aplicar, de acordo com a anlise de solo do substrato e a 21.2 Composio qumica e diagnose foliar . 222
seguinte tabela: 21.3 Araruta industrial 224
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 21.4 Batata . . . . . . 225
Nitrognio
0-25 >25 0-3,0 >3,0 21.5 Batata-doce e car . 226
N, g/m 3 - - P205, g/m 3 - - K20, g/m 3
21.6 lnhame . 227
50 500 250 500 250 21.7 Mandioca 228

Trinta dias aps o envasamento, aplicar em irrigao, uma soluo con- 21.8 Mandioquinha 229
tendo, por litro, 100 mg de N, 100 mg de K2 0, 2 mg de B e 1 mg de Zn .

.... "'"
Antonio Fernando C. Tombo/ato, Carlos Eduardo Ferreira de Castro e
Luiz Antonio F. Matthes
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - /AC

Angela Maria C. Fur/ani e Celi Teixeira Feitosa


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

218 Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997


Recomendaes de adubao e calagem ...

21. RAZES E TUBRCULOS

Jos Osmar Lorenzi, Domingos A. Monteiro e Hilrio da Silva Miranda filho


Seo de Razes e Tubrculos - IAC

Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

21.1 Informaes gerais

Este grupo de culturas caracteriza-se pela elevada extrao de nitrognio


e, principalmente, de potssio, pelas plantas, com elevada exportao pelas
partes colhidas, razes ou tubrculos. Contudo, o excesso de nitrognio , em
geral, prejudicial, acarretando desenvolvimento vegetativo exagerado, reduzin-
do assim as colheitas e a qualidade dos produtos. Alm disso, aumenta a
predisposio das plantas s doenas.

Sob o ponto de vista econmico, a batata a cultura mais importante do


grupo, e tambm a mais exigente em adubao. Por essa razo, adota-se para
.,,,,, ... ela a tabela de interpretao de fsforo das hortalias .

A anlise de micronutrientes em solos includa na tabela de adubao


da batata para boro e na tabela da mandioca para zinco. Isso porque essas
culturas apresentam comumente deficincias para es,_as dois elementos. Para
os demais micronutrientes, mesmo quando em teores baixos no solo, essas
culturas normalmente no respondem s suas aplicaes.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

21.2 Composio mineral, amostragem de folhas e diagnose foliar Quadro 21.3. Faixas de teores adequados de macro- e micronutrientes em
folhas de batata, batata-doce e mandioca
O quadro 21.1 apresenta a produtividade mais comum para as culturas
tratadas neste captulo, bem como o contedo de nutrientes exportados, para Cultura Faixas de teores considerados adequados
aqueles casos com disponibilidade de dados, ou seja, batata, batata-doce e
mandioca. Os contedos apresentados para as trs culturas so bastante Macronutrientes, g/kg
prximos. Na falta de dados especficos s demais culturas, os teores indicados
N p K Ca Mg s
podem ser usados para estimativas de exportao de nutrientes pelas colhei-
tas.
Batata 40-50 2,5-5,0 40-65 10-20 3-5 2,5-5,0
Batata-doce 33-45 2,3-5,0 31-45 7-12 3-12 4-7
Quadro 21.1. Contedo de macronutrientes na planta inteira (extrao) e nas
Mandioca 45-60 2,0-5,0 10-20 5-15 2-5 3-4
razes e tubrculos (exportao), para uma tonelada de produto colhido, e
produtividade comumente observada
Micronutrientes, mg/kg
Planta inteira Razes e tubrculos Produti- B Cu Fe Mn Mo Zn
Cultura
N p K s N p K s vida de
Batata 25-50 7-20 50-100 30-250 20-60
Batata-doce 25-75 10-20 40-100 40-250 20-50
kg/t de razes e tubrculos t/ha
Mandioca 15-50 5-25 60-200 25-100 0,11-0,18 35-100
Batata 5 0,5 7 0,3 3 0,3 4 o, 1 20-30
Batata-doce 5 0,4 6 3 0,3 3 20-30
Mandioca 6 0,7 6 4 0,4 4 15-35

Para a dignose folia r, tambm s h informaes para essas trs culturas.


No quadro 21.2 so descritos os procedimentos para amostragem de folhas.
No quadro 21.3 so apresentadas as faixas de teores considerados adequa-
dos.

Quadro 21.2. Recomendaes de amostragem de folhas para batata, batata-


doce e mandioca

Cultura Descrio da amostragem

Batata Amostrar 30 plantas, aos 30 dias, retirando a 3a folha a partir


do tufo apical.

Batata-doce Amostrar 15 plantas, aos 60 dias aps o plantio, retirando as


folhas mais recentes totalmente desenvolvidas.

Mandioca Amostrar 30 plantas, retirando o limbo (fololo) das folhas mais


jovens totalmente expandidas, 3-4 meses aps o plantio.

Boletim Tcnico. 100. IAC_ Hl)7


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

21.3 Araruta industrial 21.4 Batata

Espaamento: 0,70 x 0,80 m x 0,30 x 0,40 m. Espaamento: O, 75 a 0,80 m x 0,20 x 0,40 m.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de
magnsio a um mnimo de 8 mmo1Jdm3.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
Para cultivares mais suscetveis deficincia de clcio (Aracy, Baraka,
Panda), aplicar fontes solveis de clcio. Pode ser aplicado at 2 Ilha de gesso
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3 (sulfato de clcio) juntamente com o calcrio ou adubos que contenham o
Nitrognio fsforo como superfosfato simples, que contm gesso.
0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5

N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a produtividade espera-
da e a anlise de solo, com base na seguinte tabela:
o 80 60 40 60 40 20

Nitro- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol~/dm 3 B gua quente, mg/dm 3


Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha de N, 30 60 dias aps o gnio 0-25 25-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,20 0,21-0,60 >0,60
plantio.
N, kg/ha --P20s, kg/ha- - - K20, kg/ha-- B, kg/ha
Observao:
40-80 300 200 100 250 150 100 2 o
A araruta aproveita bem adubos aplicados em culturas anteriores, podendo
,,,.,.....
dispensar, nesses casos, a adubao de plantio.
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 40-80 kg/ha de N antes da amontoa.

Domingos Antonio Monteiro e Valdemir Antonio Peressin Observaes:


Seo de Razes e Tubrculos - fAC
a) A dose de N, tanto no plantio como em cobertura, depende da poca de
plantio. Aplicar menores doses em pocas de temperatura mais elevada.

b) A resposta adubao , tambm, influenciada por outros fatores, principal-


mente cultivar e tubrculo-semente. Cultivares de ciclo curto e tubrculos
sementes menores exigem maiores doses de fertilizantes.

Hilrio da Silva Miranda Filho


Seo de Razes e Tubrculos - IAC

224 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 l=lnlotirn Tf"ni,-.,... 1 1\f'l I Ar 1007
B. van RA!J et al. Recomendaes de adubao e calagem ...

21.5 Batata-doce e car 21.61nhame

Espaamento: 0,90 x 0,40 m (indstria); 0,80 x 0,30 m (mes). Espaamento: 0,80 a 1,00 m x 0,40 a 0,60 m (17.000 a 30.000 mudas/ha).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de
magnsio a um mnimo de 4 mmolc/dm3. magnsio a um mnimo de 4 mmo1Jdm3.

Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
06 7-15 >15 00,7 0,81 ,5 >1 ,5 Nitrognio
0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Batata-doce para mesa
o 80 60 40 60 40 20
20 100 80 60 120 90 60

Batata-doce forrageira e industrial Adubao mineral de cobertura: Aplicar 20 kg/ha de N, 30 a 60 dias aps o
plantio e a mesma quantidade, 120 a 150 dias aps o plantio.
20 80 60 40 100 70 40

Car
.,.,,, .... Domingos Antonio Monteiro e Va/demir Antonio Peressin
20 100 70 50 100 70 40 Seo de Razes e Tubrculos . IAC

Adubao mineral de cobertura: Trinta dias aps a brotao, aplicar 30 kg/ha


de N para batata-doce de mesa ou car, ou 20 kg/ha de N para batata-doce
forrageira e industrial.

Observao: A adubao pode ser dispensada se as culturas forem feitas em


rotao, aps outras culturas adubadas.

Domingos Antonio Monteiro e Valdemir Antonio Peressin


Seo de Razes e Tubrculos fAC
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

21.7 Mandioca 21.8 Mandioquinha

Espaamento:1 ,O a 1,2 m x 0,6 m. Espaamento: 0,70 a 0,80 m x 0,30 m (40.000 a 50.000 mudas/ha).

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teor de
magnsio a um mnimo de 5 mmolcfdm3. No aplicar mais de 2 t/ha de magnsio a um mnimo de 8 mmolcfdm3.
calcrio.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e as
quantidades indicadas na tabela seguinte:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0/dm 3 8, mg/dm 3
Nitrognio
Nitro- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Zn DTPA, mg/dm 3 0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5 0-0,20 0,21-0,60 >0,60
gnio 0-0,7 0,7-1,5 >1,5 <0,6 0,6-1,2 >1 ,2 N, kg/ha
0-6 7-15 16-40 >40 -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha-- - - 8 , kg/ha

N, kg/ha --P20s, kg/ha-- ---K20, kg/ha-- --Zn, kg/ha-- Cultura irrigada

o 80 60 40 20 60 40 20 4 2 o o 150 100 70 120 90 60 2 1 o


Cultura no-irrigada
Adubao mineral de cobertura: Aplicar de O a 40 kg/ha de N, aos 30 a 60 o 120 80 40
dias aps a brotao; menores aplicaes, no caso de plantas muito
80 60 40 2 1 o
verdes, em reas recm-desbravadas ou pousio.

Observao: A adubao pode ser dispensada se a mandioca for plantada,


Adubao mineral de cobertura: Na cultura irrigada, aplicar 60 kg/ha de N,
em rotao, aps cultura adubada. sendo metade aos 30 dias e metade aos 60 dias. Na cultura no-irrigada,
aplicar 40 kg/ha de .N, parcelando em duas vezes, a: os 20 e 60 dias aps
o plantio.
Jos Osmar Lorenzi
Seo de Razes e Tubrculos - fAC
Domingos Antonio Monteiro e Valdemir Antonio Peressin
Seo de Razes e Tubrculos - fAC

??R RniAtim Tr.niP.n 100 IAC: 1!=l!=l7 Bo!P.tim Tr.nir" 1nn IA f" 1007
Recomendaes de adubao e calagem ...

22. OUTRAS CULTURAS INDUSTRIAIS

Pgina

22.1 Consideraes gerais . . . . . . . . . . 233


22.2 Composio qumica e diagnose foliar . 234
22.3 Cana-de-acar ........... . 237
22.4 Pu punha para a extrao de palmito . 240
22.5 Seringueira . . . . . . . . . . . . . . . 243
Recomendaes de; adubao e calagem ...

22. OUTRAS CULTURAS INDUSTRIAIS

Bernardo van Raij e Heitor Cantare/la


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

22.1 Consideraes gerais

As culturas aqui apresentadas no se enquadram nos grupos anteriormen-


te discutidos. No h afinidade entre elas que sirva de denominador comum.

A cultura mais importante do grupo a cana-de-acar, que ocupa a maior


rea cultivada do Estado, proporcionando maior renda e tambm maior consu-
mo de fertilizantes. Por outro lado, as demais culturas tm pouca expresso no
Estado de So Paulo, embora o palmito e a seringueira passem por perodo de
expanso.

Boletim Tcnico. 100 !Af'. 1QQ7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

22.2 Composio qumica e diagnose foliar Quadro 22.2. Instrues para amostragem de folhas de cana-de-acar pu-
punha e seringueira '
A composio em macronutrientes das trs culturas apresentada no
quadro 22.1, bem como a produtividade mais comum. Cultura
Descrio da amostragem
A planta de pupunha extrai grande quantidade de nutrientes, parte dos
quais reciclada no local, aps o corte da palmeira para retirada do palmito. Cana-de-acar Amostrar 30 plantas durante a fase de maior desenvolvimento
Os nutrientes exportados representam cerca de 14, 21, 27 e 13% do N, P, K e vegetativo da cana-de-acar, retirando os 20 em centrais da
S, respectivamente, do nutriente contido na parte da planta cortada. A taxa de folha +1 (folha mais alta com colarinho visvei-"TVD"), exclu-
reciclagem do P e do K relativamente alta, mas o N est sujeito a perdas da a nervura central.
maiores no processo de decomposio dos restos da planta que permanecem
Pupunha
na superfcie do solo. An:ostra~ 20 plantas com altura superior a 1,6 m (do solo at
a mserao da folha mais nova), durante a fase de maior
Quadro 22.1. Contedo de alguns macronutrientes nos produtos colhidos de desenvolvimento vegetativo (novembro a maro). Retirar os
cana-de-acar, pu punha e seringueira e produtividade mais comum fololos da parte mediana da folha +2 (segunda folha mais
nova com limbo totalmente expandido).
Teor de nutrientes Produti- Seringueira
Cultura Produto Amostrar 25 plantas no vero. Em rvores at de 4 anos
vidade
N p K s retimr dua~ folhas mais desenvolvidas da base de um buqu
termmal s1tuado no exterior da copa e em plena luz. Em
kg/t tlha
rvores de mais de 4 anos, colher duas folhas mais desen-
Cana-de-acar Calmos industriais 0,9 0,2 1'1 0,3 60-120 volvidas no ltimo lanamento maduro em ramos baixos na
Pu punha Palmito + pontas (') 12,0 2,5 17,6 1,5 1,5-3,0( 2 ) copa em reas sombreadas.

...,.,,..... Seringueira Borracha seca 11 ,O 2,3 10,0 1,0-1,5


Quadro 22.3. Faixa de teores adequados de macro- e micronutrientes de
cana-de-acar, pupunha e seringueira
e) Partes da planta removidas do campo para a extrao do palmito; o restante reciclado
no local. A parte area cortada da planta de pupunha que permanece no campo contm 73,
10,48 e 10 kg/ha de N, P, K e S, respectivamente, para cada tonelada de palmito produzido. Cultura
2
( ) Matria fresca de palmito de primeira+ corao (picado). Os valores indicados se referem
Faix~ de teores foliares de nutrientes coRsiderados adequados
aos nutrientes removidos do campo.
Macronutrientes, g/kg

N p K Ca Mg s
Cana-de-acar 18-25 1,5-3,0 10-t 6 2,0-8,0 1,0-3,0 1,5-3,0
O quadro 22.2 indica as instrues para amostragem de folhas e o quadro Pupunha 22-35 2,0-3,0 9-15 2,5-4,0 2,0-4,5 2,0-3,0
22.3, as faixas de teores considerados adequados de macro- e micro nutrientes. Seringueira 29-35 1,6-2,5 10-17 0,7-0,9 1,7-2,5 1,8-2,6

Os limites de teores !aliares considerados adequados so apresentados Micronutrientes, mg/kg


no quadro 22.3.
B Cu Fe Mn Mo Zn
Cana-de-acar t0-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,20 10-50
Pu punha 12-30 4-10 40-200 30-150 15-40
Seringueira 20-70 10-15 50-120 40-150 20-40

RoiP.tim Tc:nr.o. 100. IAC. 1997 Boletim Tcnico 1oo 1Are 1 an7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

No caso da cana-de-acar, a diagnose foliar uma tcnica que ainda no 22.3 Cana-de-acar
se firmou, no Brasil. Dentre os principais fatores que interferem na composio
qumica da folha, destacam-se: variedade, solo, clima e poca de amostragem. Amostragem de solo: Antes do plantio da cana-de-acar, retirar amostra
Assim, os limites apresentados so fornecidos como referncia, indicando faixa composta da rea total. Em soqueiras, retirar amostras no meio das ruas.
de teores comuns em canaviais bem supridos de nutrientes. Teores menores Amostrar de 20-40 em de profundidade para avaliao da acidez.
que os limites mnimos indicados devem ser tomados como indcio de possvel
deficincia, e no como uma certeza. Alm disso, teores acima do limite Espaamento: 1 ,O a 1 ,5 m entre as linhas (12 a 18 gemas/metro linear de
superior da faixa podem indicar suficincia do nutriente, mas no excesso que sulco).
prejudique a produtividade.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%, porm no
menos que 1 t/ha e mais do que 5 t/ha do corretivo (PRNT = 100). Aplicar
pelo menos 1 t/ha de calcrio dolomtico, se o teor de Mg2+ trocvel for
inferior a 5 mmolcfdm3.
Controlar a acidez do solo das soqueiras, com amostragem a cada dois
anos, aplicando calcrio antes dos tratos culturais, quando necessrio, para
elevar a saturao por bases a 60%.

Embora a cana-de-acar seja uma cultura tolerante acidez, a


aplicao de calcrio tem-se revelado econmica, principalmente
se forem consideradas as colheitas de vrios anos. Assim, a
calagem preconizada, para saturao por bases de 60% e aplica-
o mxima de 5 tlha (PRNT 100), garante a correo adequada
da acidez e o fornecimento de clcio e magnsio para vrios anos
de soqueiras, alm de evitar dosagens excessivas em solos de
CTC alta.

Gessagem: O gesso deve ser aplicado com base na anlise da amostra


composta de solo retirada de 20-40 em de profundidade. Sua aplicao
se far quando constatado teor de Ca2+ inferior 4 mmolcfdm3 e/ou
saturao por alumnio acima de 40%. As quantidades a aplicar, de acordo
com a textura do solo, podem ser calculadas pela frmula seguinte:

Argila (em g/kg) x 6 = kg/ha de gesso a aplicar

O efeito do gesso no solo d-se abaixo da camada arvel e perdura


por vrios anos, no havendo necessidade de reaplicao.

Uso de resduos da agroindstria canavieira: A vinhaa aplicada em


quantidades que podem variar de 60 a 250 m3fha , dependendo da
concentrao de K20. A quantidade de potssio adicionada pela vinhaa
deve ser deduzida integralmente da adubao mineral.
A torta de filtro (mida) pode ser aplicada em rea total (80-1 00 t/ha), em
pr-plantio, no sulco de plantio (15-30 t/ha) ou nas entrelinhas (4050 t!ha).
Metade do fsforo a contido pode ser deduzido da adubao fosfatada reco-
mendada.

Rr"llt:t.tim Tr.nir.fl 100 IA(;_ Hl97 8o1Atim Tilr.nir.o 100 I Ar. 1 QQ7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Adubao verde: Na reforma do canavial pode-se realizar o plantio de adubo Adubao mineral da cana-soca: Aplicar de acordo com a anlise de solo e
verde. As espcies mais utilizadas so: a crotlaria jncea e a mucuna preta. a produtividade esperada.

Adubao mineral de plantio: Na tabela seguinte, so indicadas as quantida- Produti- P resina, mg/dm 3
vidade K+ trocvel, mmolc/dm 3
des de nitrognio, fsforo e potssio a aplicar, com base na anlise de Nitrognio
esperada 0-15 >15 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
solo e na produtividade esperada:
!lha N, kg/ha - P20s, kg/ha- K20, kg/ha
Produti- P resina, mg/dm 3
vida de Nitrognio <60 60 30 o 90 60 30
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 60-80 80 30 o 110 80 50
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha
80-100 100 30 o 130 100 70
<100 30 180 100 60 40
>100 120 30 o 150 120 90
100-150 30 180 120 80 60
>150 30 <') 140 100 80 Aplicar os adubos ao lado das linhas de cana, superficialmente e mistura-
dos ao solo, no mximo a 1O em de profundidade.

Produti- K+ trocvel, mmolc/dm 3


vida de
esperada 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 3,1-6,0 >6,0
Grupo Paulista de Adubao de Cana-de-Acar
!lha K20, kg/ha (em ordem alfabtica)
<100 100 80 40 40 o
Adernar Spironello - fAC
,,..'"""''' 100-150 150 120 80 60 o Bernardo van Raij (coordenador) - fAC
>150 200 160 120 80 o Cfaudimir Pedro Penatti - COPERSUCAR
Heitor Cantare/la - fAC
e) No provvel obter a produtividade dessa classe, com teor muito baixo de P no solo. Jorge L. More/li - Grupo Zillo Lorenzetti
Jos d"rtando f=ifho - CCA - UFSCar
Se for constatada deficincia de cobre ou de zinco, de acordo com anlise Marcos Guimares de Andrade Lande/1 - fAC
de solo, aplicar os nutrientes com a adubao de plantio, nas quantidades Raffael/a Rossetto - fAC
indicadas pela seguinte tabela:

Zinco no solo Zn Cobre no solo Cu

mg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha


0-0,5 5 0-0,2 4
>0,5 o >0,2 o
Adubao mineral de cobertura da cana-planta: Utilizar 30 a 60 kg/ha de N,
de acordo com a meta de produtividade, aplicando 30 a 60 dias aps o
plantio (maro-abril) ou no final do perodo das chuvas. Em solos arenosos
ou de textura mdia, aplicar apenas 100 kg de K20 no plantio, acrescen-
tando o restante em cobertura, juntamente com o nitrognio.
8, van RAIJ et al. Recomendaes de adubao e calagem ...

22.4 Pupunha para extrao de palmito Alm da adubao acima, aplicar em cobertura, ao redor da muda, inician-
do cerca de 30 dias aps o transplante, 20 kg/ha de N a cada 60 dias, at os
22.4.1 Adubao para a formao de mudas 5 meses. Essa adubao, ou parte dela, pode ser suspensa caso tenha sido
utilizado adubo orgnico no sulco ou cova e o desenvolvimento das plantas
O substrato para a formao de mudas deve ser elaborado misturando esteja satisfatrio.
material de solo ou subsolo e matria orgnica, na proporo de 3+ 1 at 1 + 1,
em volume. Bons resultados so obtidos com esterco de curral bem curtido ou 22.4.3 Adubao de produo
composto de lixo peneirado.
A adubao de produo tem incio 6 meses aps o transplante das mudas.
A calagem deve ser feita para elevar a porcentagem de saturao por
bases (V%) do solo, antes da mistura com o material orgnico, a 60%, utilizando Calagem: Em culturas implantadas, analisar o solo pelo menos a cada 3 anos
a frmula abaixo, onde NC a dose de calcrio em kgfm3 de solo: e aplicar calcrio dolomtico para elevar a saturao por bases a 50%.
(V2-V1) x CTC Adubao para a produo de palmito: Aplicar, por ano, as doses indicadas
NC ~
PRNT x 20 na tabela abaixo conforme a anlise de solo e a produtividade esperada
Para a adubao do substrato adicionar 500 g de P20s (superfosfato de matria fresca de palmito de primeira+ picado (palmito+ resduo basal
e apical):
simples ou triplo, termofosfato ou hiperfosfato) e 100 g de K20 (cloreto ou
sulfato de potssio) por metro cbico do substrato. Aplicar 90 g de K20 por
metro cbico do substrato j envasado, parcelado em trs vezes, em plantas a
Produti- Classe de resposta a N P resina, mg/dm 3
vidade
partir do 4.o ms, dissolvendo o adubo na gua de irrigao. Geralmente, o esperada 2 0-12 12-30 >30
adubo orgnico fornece N suficiente para a formao da muda e a aplicao
desse nutriente, nesta fase, produz efeitos negativos. t/ha - - - N , kg/ha--- -----P20s, kg/hai----
1,0-2,0 160 11 o 40 20 o
22.4.2 Adubao de implantao (at 6 meses aps o transplante das 2,0-3,0 230 180 60 30 o
mudas no campo)
3,0-4,0 300 80 50 o
Espaamento: 2 x 1 m; 2 x 1 x 1 m; 1,5 x 1,0 m (reas com declive acentuado).
Produti- K+ trocvel, mmolc/dm 3
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%, utilizando vidade
calcrio dolomtico. esperada 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0

Adubao orgnica: aplicar, se disponvel, 1O a 20 t/ha de esterco de curral ti h a K20, kg/ha


ou composto de lixo curtidos, distribuindo o adubo no sulco de plantio ou 1,0-2,0 100 70 40 20
cova, misturado com o adubo mineral fosfatado e potssico. 2,0-3,0 180 100 60 30
Adubao mineral de plantio: Aplicar, no sulco de plantio ou cova, de acordo 3,0-4,0 260 140 100 50
com a anlise de solo, as seguintes doses:
.. Produtividade pouco provvel de ser obtida em locais sem abundncia de gua.
p resina, mn/~"'
0 3
K+ trocvel, mmolc/dm
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Classes de resposta a N: (1) regies com precipitao anual igual ou acima
de 1.800 mm ou com irrigao complementar; (2) regies com precipitao
----P20s, kg/ha--- - - - - K 2 0 , kg/ha---- menor que 1.800 mm.

140 100 70 60 30 o A partir do quarto ano, se a reciclagem das folhas, estipes e bainhas
deixadas no terreno for adequadamente realizada, reduzir as doses de N em 30%.

Rr.l.otirn Tr'nir'r. 1 flfl I Ar'. 1 QQ7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Aplicar, por ano, 20 a 50 kg/ha de S, conforme a faixa de produtividade 22.5 Seringueira


esperada.
Se o teor de B no solo for igual ou menor que 0,21 mg/dm3, aplicar Espaamento: 8 x 2,5 m (500 plantas/hectare)
anualmente 2,0 kg/ha de B e, se estiver entre 0,21 e 0,60 mg/dm3, 1 ,O kg/ha
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. No usar
de B. mais de 2 t/ha de calcrio dolomtico a cada trs anos.

Cerca de 70 a 80% dos nutrientes contidos na parte cortada da Adubao de plantio: Incorporar na cova 30 g de P20 5 , 30 g de K2 0 e, em
planta permanecem nas folhas e restos aps a remoo da ponta solos deficientes, com teores de Zn inferiores a 0,6 mg/dm3, 5 g de Zn.
para a extrao do palmito. Assim, a reciclagem dos resduos no Quando disponvel, usar 20 litros de esterco de curral curtido. Aplicar
campo ajuda a enriquecer o solo e economizar fertilizantes. nitrognio em cobertura, em 3 parcelas de 30 g/planta durante o primeiro
ano.
Modo de aplicao: Aplicar o adubo em faixas, em ambos os lados da linha,
a cerca de 30 a 50 em da planta, parcelados em 3 a 5 aplicaes anuais, Adubao de formao e explorao: Aplicar os nutrientes de acordo com a
durante a fase de maior desenvolvimento vegetativo. anlise de solo inicial da rea e, depois, a cada trs anos.

Observao: plantas com adubao desequilibrada, alta em P e baixa em N,


apresentam palmito com maior teor de fibra e colorao amarelada, de menor P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Idade Nitrognio
valor comercial. 0-12 >12 0-1,5 >1,5

anos N, kg/ha - P20s, kg/ha- K20, kg/ha--


Marilene Leo Alves Bovi 2 3 40 40 20 40 20
Seo de Plantas Tropicais - IAC
4- 6 60 60 30 60 30
e Heitor Cantare/la 7-15 60 50 30 60 30
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC >16 50 40 20 50 30

Utilizar metade da adubao no incio e metade no fim das guas, distri-


buindo ao redor das rvores.

Ondino C/eante Bataglia


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC

e Paulo de Souza Gonalves


Seo de Plantas Tropicais - IAC
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

23. FLORESTAIS

Pgina

23.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247

23.2 Contedo de macronutrientes em Euca/yptus e Pinus 248

23.3 Diagnose foliar . . . . . . . . . . 250

23.4 Sistema de produo de mudas 251

23.5 Viveiro de mudas de Eucalyptus e Pinus 252

23.6 Viveiro de mudas de essncias florestais tpicas da Mata Atlntica 254

23.7 Florestamentos homogneos com Eucalyptus e Pinus . . . . . 255

23.8 Reflorestamentos mistos com espcies tpicas da Mata Atlntica 258

?44 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 Rnlotirn T .;,..,..;,..,.. 1 t'\f\ I A I"' i nn..,.
Recomendaes de adubao e calagem ...

23. FLORESTAIS

Jos Leonardo de Moraes Gonalves


Departamento de Cincias Florestais - ESALQ-USP

Bernardo van Raij


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

Jnio Carlos Gonalves


Diviso de Implantao de Projetos Fsico-Botnicos - CESP

23.1 Informaes gerais

As espcies dos gneros Eucalyptus e Pinus e as naturais da Mata


Atlntica apresentam exigncias nutricionais bastante distintas entre si, com
grande repercusso sobre ilS diretrizes a serem adotadas no planejamento das
recomendaes de adubao, prtica fundamental para a produo de mudas
de boa qualidade silvicultura/ e para que as plantaes florestais alcancem
nveis adequados de crescimento no campo.

A necessidade de adubao decorre do fato de que nem sempre o solo


capaz de fornecer todos os nutrientes que as plantas precisam para um
adequado crescimento. As caractersticas e quantidades de adubos a aplicar
dependero da fertilidade do solo, das necessidades nutricionais das espcies
florestais, da reao dos adubos com o solo, da eficincia dvs adubos e de
fatores de ordem econmica. As recomendaes de adubao devem ser, de
preferncia, definidas em nvel regional para as espcies e tipos de solo mais
representativos, com base em experimentao de campo. Assim, essas reco-
mendaes devem ser consideradas como diretrizes gerais, que podero ser
alteradas de acordo com a experincia regional.

A grande maioria das reas de florestamento ocupadas com pinus e


eucaliptos est sobre solos muito intemperizados e lixiviados, portanto, com
baixa disponibilidade de nutrientes para as rvores. Como fator complicante, o
atendimento da demanda nutricional bastante prejudicado pelos altos ndices
de deficincia hdrica que ocorrem na maior parte das reas, como as da regio
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

dos cerrados, onde esto os maiores blocos de florestamentos com eucaliptos comeam a perder suas folhas devido s limitaes de luminosidade. Antes da
e pinus. queda das folhas, grande parte dos nutrientes migram para os tecidos mais
jovens das rvores. Com a deposio de folhas, galhos e outros resduos
Com relao aos macronutrientes, os sintomas visuais de deficincia e ~s
vegetais, forma-se a serapilheira sobre a superfcie do solo que, ao se decom-
maiores respostas adubao tm sido observados no campo, com ma1s
por, libera nutrientes para as rvores, os quais so imediatamente aproveitados
freqncia, na seguinte ordem: P > N 2 K > Ca > Mg; e, para os micronutrientes,
pelo emaranhado de radicelas que se misturam com os componentes da
B 2 Zn. Em geral, para solos mais arenosos e deficientes no fornecimento de
serapilheira. Sob tais condies, quanto mais velho for o povoamento florestal,
gua, observa-se, mais freqentemente, maiores respostas adubao. menor sua dependncia da fertilizao, pois a ciclagem de nutrientes, por si
Contudo, graas s baixas exigncias em fertilidade do solo e tambm ao s, atende grande parte das exigncias nutricionais das rvores. Da porque,
programa de melhoramento gentico desenvolvido no Brasil, em que se procura esperam-se melhores relaes entre a disponibilidade de nutrientes no solo e
adaptar as espcies s condies edafoclimticas de cada regio, as flores:as o crescimento nos estgios iniciais de desenvolvimento das rvores, quando a
de eucaliptos e pinus tm-se mostrado produtivas, mesmo com recomendaoes anlise de solo serve de importante ferramenta de diagnose.
de adubao muito aqum daquelas utilizadas para as culturas agrcolas.
importante avaliar as quantidades de nutrientes exportadas do terreno
A situao das espcies nativas da Mata Atlntica bem diferente. O atravs da madeira removida, as quais, em geral, so muito maiores para as
reflorestamento de reas anteriormente ocupadas pela Mata Atlntica tem espcies de Eucalyptus relativamente s de Pinus, principalmente para os
aumentado dia a dia. Atualmente, a legislao exige que 20% da rea das nutrientes K, Ca e Mg. A ordem dos nutrientes mais acumulados bastante
propriedades rurais seja conservada com sua vegetao natural, c:>mo uma distinta entre esses gneros. Para o Eucalyptus observa-se a ordem Ca > N >
reserva legal, bem como as reas consideradas como de preservaao perma- K > Mg > P e para Pinus N > Ca > K > Mg (Quadro 23.1).
nente, que compreendem terrenos com mais de 45% de declividade, topos de A quantidade de nutrientes contidos na casca muito significativa, parti-
morros, matas ciliares, nascentes, margens de reservatrios de gua, dentre cularmente para o eucalipto, que tem o Ca como o nutriente mais acumulado
outras, que devem ser mantidas com 100% da vegetao natural. Em razo da neste componente. Assim, o descascamento da madeira no campo resulta na
degradao ou remoo anterior dessa floresta, faz-se necessrio o enrique- reduo de exportao de nutrientes, com elevada repercusso sobre o poten-
cimento ou o reflorestamento das reas. cial produtivo.
A maioria das espcies florestais nativas da Mata Atlntica, apresentam No apresentada a composio qumica das essncias nativas, que
mdia a alta demanda nutricional, exigindo, para seu estabelecimento, pelo muito variada.
menos solos de mdia fertilidade e com boas condies hdricas, sem longos
perodos de estiagem. Dada grande diversidade das espcies e, conseqen- Quadro 23.1. Contedo de macronutrientes nos gneros Eucalyptus (6-10 anos)
temente, s exigncias nutricionais, fica difcil indicar recomendaes de adu- e Pinus (8-24 anos)
bao especficas para cada espcie. O problema tem sido contornado
mediante recomendaes de adubao que assegurem o supnmento de nu- Campo- . Quantidade de nutrientes
trientes s espcies mais exigentes, de forma que as demais espcies tambm Gneros nentes Biomassa
N p K Ca
tenham suas demandas nutricionais atendidas.
t!ha kg/t
Na descrio das recomendaes sero consideradas, separadamente,
as adubaes de viveiro e de campo. Eucalyptus Madeira 60-250 1,0-2,5 O, 15-0,60 0,5-1,5 0,5-1,5 0,2-0,6
Casca 8-25 3,0-3,5 0,30-1,50 3,0-6,0 3,0-10,0 1,0-4,0
23.2 Contedo de macro nutrientes em Euca/yptus e Pinus Pnus Madeira 70-400 1,0-1,5 0,07-0,12 0,3-0,9 O, 1-0,6 o, 1-0,2
Casca 15-65 1 ,5-3,0 0,15-0,20 0,6-1,2 0,5-1,5 0,1-0,3
A ciclagem de nutrientes responde pelo atendimento da maior parte da
demanda nutricional das rvores, dependendo do estgio de desenvolvimento
da floresta. A magnitude dos fluxos de nutrientes via ciclagem aumenta consi-
deravelmente na fase de fechamento de copas, quando as partes inferiores
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

23.3 Diagnose foliar O quadro 23.2 indica as faixas de concentrao de nutrientes em folhas
~e espcies de Eucalyptus e Pnus consideradas adequadas, ou seja, para
O contedo dos nutrientes na planta reflete o seu estado nutricional, arvores que apresentam boas taxas de crescimento, no mostrando sintomas
servindo para o ajuste dos programas de adubao. Deve-se ressaltar, contudo, de deficincia nutricional. Quanto mais distante dessas faixas forem os teores
que as deficincias nutricionais identificadas pela anlise de tecido dificilmente dos nutrientes, maior o grau de deficincia ou consumo de luxo/toxicidade
podem ser corrigidas em tempo, sem que o crescimento das rvores seja respectivamente, para valores inferiores ou superiores aos das faixas. '
prejudicado.
. No so apresentadas as faixas de concentrao de nutrientes das esp-
A composio qumica dos tecidos afetada por fatores internos e exter- Cies ocorrentes na Mata Atlntica por falta de informaes e, tambm, pela
nos s rvores. Por isso, a amostragem precisa ser bem definida quanto grande diversidade de espcies.
poca, tipo de tecido, posio na rvore e representatividade da populao de
rvores.

O tecido mais utilizado neste mtodo o foliar. A poca de amostragem


23.4 Sistemas de produo de mudas
deve ser aquela em que haja maior estabilidade dos teores dos nutrientes no
interior das rvores. As folhas a serem amestradas devem ser recm-maduras, Atualmente, os recipientes mais utilizados para a produo de mudas de
normalmente o penltimo ou antepenltimo lanamento de folhas dos ltimos eucaliptos e pinus so os sacos plsticos e os tubetes de polipropileno. Os
12 meses. Para as variedades mais responsivas adubao NPK, recomenda- primeiros, mais antigos, normalmente utilizam como substrato a terra de sub-
-se a amostragem de uma folha de cada ponto cardeal do tero superior da solo, preferencialmente, com teores de argila entre 20 a 35%. Com isso,
copa, no antepenltimo lanamento de folhas dos galhos. A amostragem dever assegura-se boa permeabilidade e estruturao do substrato no interior do saco
ser feita no fim do inverno e contemplar pelo menos 20 rvores de cada gleba. plstico e, conseqentemente, boa drenagem e resistncia ao manuseio. o
Essas glebas devem ser bem homogneas quanto ao tipo de solo, topografia, segundo sistema, que se difundiu muito pelo Brasil nos ltimos 1 o anos, utiliza,
condies climticas e histrico de manejo anterior. Cada gleba no deve ter predominantemente, substratos orgnicos simples ou misturados.
mais de 50 ha.
Os compostos orgnicos mais utilizados so o esterco de curral curtido,
hmus de minhoca, cascas- de eucalipto e pinus decompostas, bagacilho de
Quadro 23.2. Faixas de teores de macro- e micronutrientes considerados cana decomposto, entre outros. Esses substratos so geralmente utilizados
adequados, na matria seca de folhas de Eucalyptus e Pnus (plantas como os principais componentes de misturas, que incluem tambm palha de
adultas) arroz carbonizada, vermiculita e terra de subsolo arenosa' Os trs ltimos so
utilizados, fundamentalmente, para melhorar as condies de drenagem do
Faixas de teores adequados na matria seca das folhas substrato.
Gnero
N P K Ca Mg S
Algumas composies de substratos que tm dado bons resultados:

Eucalyptus 13-18 0,9-1,3 9-13 6-10 3,5-5,0 1,5-2,0 a) 80% de composto orgnico ou hmus de minhoca + 20% de casca de
arroz carbonizada;
Pinus 11-13 0,8-1,2 6-1 o 3- 5 1,3-2,0 1,3-1,6
b) 60% de composto orgnico ou hmus de minhoca+ 20% de casca de
Faixas de teores adequados na matria seca das folhas arroz carbonizada + 20% de terra arenosa;
Gnero
B Cu Fe Mn Mo Zn
Os mtodos, as doses e as pocas de incorporao de adubos nos
---------mg/kg--------- substratos de cultivo devem ser bastante criteriosos, pois, alm de garantir o
Eucalyptus 30-50 7,0-10,0 150-200 400-600 0,5-1 ,O 35-50 bom crescimento e qualidade das mudas, a adubao o principal meio que o
250-600 30-45 viveirista tem para "segurar" ou "adiantar" o crescimento no viveiro. Isso d
Pinus 12-25 4,0- 7,0 100-200
maior flexibilidade de tempo para o plantio das mudas no campo, sem perdas
significativas da qualidade tcnica.

tlnlotim T,-.nif"'r. 1(1(1 lfJ.r. 1QQ7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

Na fase de viveiro, os adubos mais recomendados, pelas caractersticas Geralmente, as adubaes de cobertura devem ser feitas em intervalos
fsicas e qumicas e a facilidade de aquisio, so o sulfato de amnio, o de 7 a 1O dias; a primeira, necessariamente, 15 a 30 dias aps a germinao
superfosfato simples e o cloreto de potssio, de preferncia na forma de p, das plantas. A poca de aplicao das demais, poder ser melhor determinada
de modo a facilitar a homogeneizao dos adubos com o substrato de cultivo pelo viveirista, ao observar as taxas de crescimento e as mudanas de colora-
das mudas. o das mudas. menor perda de vio das mudas, com o aparecimento de
cores desbotadas, que variam de tons avermelhados a amarelados para o
eucalipto e simplesmente amarelados para o pinus, fazer a adubao de
cobertura.
23.5. Viveiro de mudas de Euca/yptus e Pinus
Quando as mudas j estiverem formadas, portanto, prontas para serem
Produo de mudas no sistema de sacos plsticos plantadas no campo, recomenda-se, antes da expedio, fazer a "rustificao",
para amenizar os estresses no campo. Na fase de "rustificao", que dura de
A melhor forma de fazer a aplicao de adubos neste sistema consiste no 15 a 30 dias, reduz-se as regas e suspende-se a adubao de cobertura. No
parcelamento das doses recomendadas dos adubos. Cerca de 50% das doses incio desta fase, recomenda-se uma adubao contendo apenas K, para
de N e de K20, e 100% das doses de P2 0 5 e micronutrientes so misturados aumentar o potencial inico interno das mudas, fazendo com que elas sejam,
com terra de subsolo, antes do enchimento dos sacos plsticos, comumente fisiologicamente, mais capazes de regular suas perdas de umidade, alm de
denominado adubao de base. O restante dos adubos aplicado, parcelada- facilitar o engrossamento do caule, fatores muito importantes para a adaptao
mente, em cobertura, na forma de solues ou suspenses aquosas. das mudas s condies adversas de campo.

Recomenda-se as seguintes dosagens de adubos: Produo de mudas no sistema de tubetes de polipropileno

a) adubao de base: 150 g de N, 700 g de P20 5, 100 g de K20 e 200 g Similarmente s recomendaes feitas para o sistema de produo de
de "fritas" BR-12 (silicato fundido contendo vrios micronutrientes) ou produto mudas em sacos plsticos, a melhor forma de aplicao de adubos nos
equivalente para cada 1 m3 de terra de subsolo. Com 1 m3 desse substrato substratos utilizados no sistema de tubetes de polipropileno a parcelada,
possvel encher cerca de 4.800 saquinhos de 250 g de capacidade, os mais parte como adubao de base e parte como adubao de cobertura.
utilizados para produo de mudas de eucalipto e pinus. Normalmente, os
teores de Ca e de Mg, em amostras de subsolos, so muito baixos e, por esta a) adubao de base: 150 g de N, 300 g de P2 0 5, 100 g de K2 0 e 150 g
razo, recomenda-se, tambm, a incorporao de 500 g de calcrio dolo mtico de "fritas" BR-12 ou material similar para cada 1 m3 de substrato. Com 1 m3
por m3 de terra. desse substrato possvel encher cerca de 20.000tubetes.com capacidade de
50 cm3 cada um. Geralmente, o pH e os nveis de Ca e Mg nos substratos
utilizados neste sistema so elevados, de modo que a aplicao de calcrio
oportuno ressaltar que o uso de calcrio visa suprir Ca e Mge
no recomendada, evitando-se assim problemas como a volatilizao de N e
no corrigir a acidez, uma vez que Eucaliptus e Pinus toleram altos
deficincia de micronutrientes.
nveis de AI e Mn.
b) adubao de cobertura: Devido grande permeabilidade do substrato,
b) adubao de cobertura: Aplicar 100 g de N mais 100 g de K20, que facilita as lixiviaes, e ao pequeno volume de espao destinado a cada
parcelando em 3 ou 4 aplicaes, para 4.800 saquinhos de 250 g de capacida- muda, so necessrias adubaes de cobertura mais freqentes do que no
de. Para a aplicao desses nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato caso de formao de mudas em sacos plsticos. Para a aplicao dos nutrien-
de amnio e/ou 300 g de cloreto de potssio em 100 litros de gua. Com a tes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato de amnio e/ou 300 g de cloreto
soluo obtida, regar 10.000 saquinhos. Para esta adubao recomenda-se de potssio em 100 litros de gua. Com a soluo obtida, regar 10.000 tubetes
alternar as aplicaes de K20, ou seja, em uma utilizar N e K20, na seguinte em intervalos de 7 a 1O dias, at que as mudas atinjam o tamanho desejado.
apenas N, e assim por diante.
A alternncia das aplicaes de K, bem como as demais recomen-
As aplicaes devero ser feitas no final da tarde, ou ao amanhecer, daes feitas no sistema de produo de mudas em sacos plsti-
seguidas de leves irrigaes, apenas para diluir ou remover os resduos de cos, descritos anteriormente, devem ser aqui tambm conside-
adubo que ficam depositados sobre as folhas. radas.
B. van RAiJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

23.6 Viveiro de mudas de essncias florestais tpicas da Mata Atlntica saquinhos de 1 kg de capacidade, os recipientes mais usados para produo
de mudas das essncias florestais nativas das matas brasileiras.
De modo geral, as espcies florestais da Mata Atlntica so muito mais
exigentes nutricionalmente que as espcies de Euca/yptus e Pinus. Ess~s Para evitar a incorporao de calcrio ao substrato, recomenda-se o uso
espcies, principalmente as das classes secundrias e clmax da sucess~o de terra de subsolo que apresente, naturalmente, pH elevado e altos nveis de
Ca e Mg.
florestal so sensveis acidez e aos altos nveis de AI e Mn dos solos, alem
de muit; exigentes em macro- e micronutrientes. Normalmente, ~ssas espcies
tm um tempo de permanncia no viveiro maior que o eucalipto e o pmus,
b) adubao de cobertura: 100 g de N mais 100 g de K2o em cada
comumente, superior a 6 meses. aplicao. Para a aplicao desses nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de
sulfato de amnia e/ou 300 g de cloreto de potssio em 100 litros de gua. Com
Adubao de mudas produzidas no sistema de sacos plsticos
esta soluo, regar 2.500 saquinhos de 1 kg de capacidade cada um. Reco-
Aqui tambm vlida a maior parte das recomenda~s feitas par~ a menda-se a intercalao das aplicaes de K20, ou seja, em uma utilizar N e
K20, na seguinte, apenas N, e assim por diante.
formao de mudas de eucaliptos e pinus. As grandes diferenas estao,
apenas, nas dosagens das adubaes, que so maiores - geralmente conse- Geralmente, as adubaes de cobertura devem ser feitas em intervalos
guidas com um nmero maior de adubaes de cobertur~- e na necessi~ade de 7 a 1O dias; a primeira comumente 15 a 30 dias aps a emergncia das
de se fazer a calagem da terra de subsolo, caso sejam baixos o pH e os niveis plantas. A poca de aplicao das demais adubaes de cobertura podero ser
de ca e Mg, e altos os nveis de AI e Mn, o que deve ser verificado previamente, melhor determinadas pelo viveirista, ao observar as taxas de crescimento e as
com a anlise qumica do substrato. mudanas de colorao das mudas.
Recomenda-se as seguintes dosagens de calcrios e adubos:

a) adubao de base: normalmente o pH e os nveis de Ca e Mg nas Adubao de mudas produzidas no sistema de tubetes de poli-
terras de subsolo so muito baixos. Por esta razo, o primeiro passo a ser dado propileno
a calagem da terra de subsolo. Desta forma, ficam garantidos o pH adequado
e 0 suprimento de Ca e Mg para as mudas. As espcies das classes ecolgicas Com exceo do maior nmero de aplicaes de adubos em cobertura,
denominadas secundrias e clmax so bem mais exigentes nutricionalmente todos os demais procedimentos e recomendaes feitas para a produo de
que as pioneiras. A faixa ideal de pH (em CaCI2 0,01 moi/L) do substrato ~aria mudas de eucalipto e pinus so tambm vlidas aqui.
de 55 a 6,0. o calcrio deve ser incorporado terra de subsolo, de preferencia
15 d'ias antes de ser usado. A dose de calcrio dolomtico a aplicar pode ser
calculada pela frmula: 23.7 Florestamentos homogneos com Eucalyptus e Pnus

CTC(V2-V1)
N.C.= Amostragem do solo: Retirar amostras compostas de, pelo menos, 20
20 PRNT amostras simples da camada 0-20 em de profundidade, de glebas homogneas
de no mximo 50 ha. Opcionalmente, retirar, tambm, amostras nas profundi-
onde:
dades de 20-40 ou 40-60 em.
N.C. = necessidade de calcrio em kg/m3 de terra;
C.T.C. = capacidade de troca de ctions, em mmolcidm3 de terra; A camada de solo que tem mostrado teores de nutrientes mais
v2 =saturao por bases desejada, 60%; relacionados com o crescimento das rvores a de 0-20 em de
v1 = saturao por bases encontrada na terra de subsolo; profundidade, onde ocorrem, com mais intensidade os processos
de absoro pelas razes. Todavia, a amostragem das camadas de
PRNT = Poder relativo de neutralizao do calcrio, em % Equiv. CaCOs.
20-40 ou 40-60 em de profundidade fornece informaes sobre
Aps a incorporao do calcrio, aplicar 150 g de N, 700 g de P20s, 100 restries qumicas atividade radicular.
g de K20 e 200 g de "fritas" BR- 12 ou material equivalente para 1 m3 de terra
de subsolo. Com 1 m3 desse substrato possvel encher cerca de 1 .200

Rn!Qtim T6rnif"'n 1()() !Ar. 1r.:IA7


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a soma dos teores de clcio e


Argila P resina, mg/dm 3
magnsio, utilizando a expresso: Gnero
0-2 3-5 6-8 >8
NC = 1O [X- (Ca + Mg)]/ PRNT) g/kg P20s, kg/ha
<150 Euca/yptus 60 40
em que a necessidade de calagem, NC, dada em toneladas por hectare e X 20 o
tem um valor de 20 para Eucalyptus, os teores de Ca e Mg so dados em termos Pinus 30 20 o o
de mmolcfdm3 e o PRNT em porcentagem de equivalente CaC03. 150-350 Euca/yptus 90 70 50 20
Distribuir o calcrio a lano, em rea total ou em faixas de 1 ,O a 1 ,5 m de Pinus 45 35 o o
largura sobre as linhas de plantio. No necessrio a incorporao. >350 Eucalyptus 120 100 60 30
As espcies Eucalyptus e Pinus plantadas no Brasil so adapta- Pinus 60 50 o o
das a baixos nveis de fertilidade do solo. As espcies so pouco
sensveis acidez do solo e tolerantes a altos nveis de AI e Mn.
Assim, a calagem visa garantir a quantidade de clcio removida- As maiores recomendaes de fsforo para solos com teores mais
pela colheita, da ordem de 300 a 500 kglha de Capara Eucalyptus altos de argila esto relacionadas s maiores demandas nutricio-
e bem menos que isso no caso de Pinus. nais nesses nutrientes em solos argilosos, por serem, normalmen-
te, mais produtivos, alm de apresentarem maior interao
Adubao mineral: Aplicar as quantidades totais de N, P20s e K20 dos adubos fosfatados com o solo.
recomendadas para o estabelecimento de florestamentos com eucaliptos e
pinus, com base em resultados de anlises de solo de matria orgnica, fsforo
e potssio e as tabelas seguintes: K+ trocvel, mmol 0 /dm 3
Argila Gnero
0-0,7 0,8-1,5 >1,5
Matria orgnica, g/dm 3
Gnero g/kg K20, kg/ha
0-15 16-40 >40

~ il!
<150 Eucalyptus 50 39 :i:
N, kg/ha o
Pinus 30 ~- ;!
20
20 o
Eucalyptus 60 40
150-350 Eucalyptus
Pinus 30 20 o 60 40 o
Pinus 40 30 o
>350 Eucalyptus 80 60 o
Essa recomendao de nitrognio, baseada no teor de matria Pinus 50 40 o
orgnica no solo, parte da suposio de que, em solos com teores
mais elevados de matria orgnica, o estoque de nitrognio Tambm neste caso, maior teor de argila est associado com
maior. Alm disso, solos com mais matria orgnica so, de modo produtividade mais alta e, conseqentemente, maior necessidade
geral, mais argilosos, o que significa, comumente, maior potencial de potssio.
de produtividade das essncias florestais.

Acrescentar, em solos com teores baixos de boro (B < 0,21 mg/dm3),


1 kg/ha de B. Em solos com teores baixos de zinco (Zn < 0,6 mg/dm3), aplicar
1,5 kg/ha de Zn.

RolAtim T~ni~n 100_ IAC. 1997 Bo!Atim Tilr.nir.n 1nn lAr. 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e catagem ...

Adubao de plantio: Empregar 1/3 das doses de N e K20 e 100% do P20s, A calagem uma prtica que encarece muito a implantao de
do B e do Zn e aplicar os adubos em filetes contnuos, no interior dos povoamentos m1stos com essas espcies. Por esta razo, deve ser
sulcos de plantio ou, alternativamente, em covas bastante criteriosa e s utilizada em solos muito degradados.

A adubao de plantio tem como finalidade principal promover o


desenvolvimento inicial das mudas- basicamente nos primeiros 6 Adubao mineral: Aplicar de acordo com anlise de solo e a seguinte tabela:
meses ps-plantio, suplementando o solo com quantidades adicio-
nais de nutrientes, que iro atender demanda nutricional das M.O., g/dm 3 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
mudas. Ela tanto mais importante quanto maior for a deficincia 0-15 16-40 >40 0-5 6-12 >12 0-0,7 0,8-1,5 >1,5
de nutrientes no solo.

Adubao de cobertura: Aplicar o restante da adubao recomendada em 2 ---N, kg/ha--- --P20s, kg/ha--- - - K20, kg/ha--
a 4 vezes. Para definir as pocas de aplicao dos fertilizantes, funda-
mental considerar as fases de crescimento da floresta: antes, durante e 60 40 20 80 50 o 60 30 o
aps o fechamento das copas, o que tem estreita relao com as deman-
das nutricionais das rvores.
Aplicar 1 kg/ha de Bem solos com teores de B < 0,21 mg/dm3 e 1 kg/ha
Para florestas de rpido crescimento, com ciclos de corte de at 1O anos, de Zn em solos com teores de Zn < 0,6 mg/dm3.
parcelar, equitativamente, as adubaes de cobertura, aplicando aos 3 a 6
meses, entre 6 e 12 meses e, o restante, entre 12 e 24 meses ps-plantio. A
melhor forma de definir a poca das adubaes por meio do acompanhamento Adubao de plantio: Aplicar todo o fsforo, o zinco e o boro e, de preferncia
visual ou por medies dendromtricas do crescimento da floresta, o que 50% do nitrognio e do potssio por ocasio do plantio, nos sulcos 0 ~
covas de plantio.
permite caracterizar seu estgio de desenvolvimento.

A aplicao dos adubos pode ser feita em meia-lua ou em filetes contnuos Adubao de cobertura: O restante de N e K20 deve ser aplicado entre 3 a 6
na projeo das copas, e, aps o fechamento, em faixas de 30 em ou mais, meses aps o plantio . na forma de filetes contnuos, ao redor da projeo
entre as linhas de plantio. As aplicaes no devem coincidir com os perodos das co~as ou no me10 do espaamento entre as linhas de plantio. As
de intensas chuvas, tampouco quando os nveis de umidade do solo estiverem apiJcaoes de adubos em cobertura no devem coincidir com os perodos
muito baixos. de mtensas chuvas, tampouco quando os nveis de umidade do solo
estiverem muito baixos.

23.8 Reflorestamentos mistos com espcies tpicas da Mata Atlntica

Inicialmente, importante ressaltar que as essncias florestais tpicas da


Mata Atlntica so muito mais exigentes em fertilidade do solo que as da regio
dos Cerrados. O plantio dessas espcies no deve ser feito em solos original-
mente cobertos por cerrado, os quais apresentam caractersticas qumicas
limitantes para seu desenvolvimento. Portanto, a escolha de espcies para o
reflorestamento de determinada rea deve se basear no tipo florestal existente
originalmente.

Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%,


quando esta for menor que 40%. No aplicar, porm, mais que 2 t/ha.

A aplicao dever ser feita a lano, em rea total, pelo menos 30 dias
antes do plantio. No necessria a incorporao.

Boletim Tcnico. 100. !Ar: 1AA7


Recomendaes de adubao e ca!agem ...
1

24. FORRAGEIRAS

Pgina

24.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263

24.2 Composio qumica, amostragem de folhas e limites de interpre-


tao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264

24.3 Recomendao de adubao e calagem . . . . . . . . . . . . . 267


Recomendaes de adubao e calagem ...

24. FORRAGEIRAS

Joaquim Carlos Werner - Instituto de Zootecnia ( IZ)


Va/dinei Tadeu Pau/ino - Instituto de Zootecnia ( IZ)
Heitor Cantare/la - Instituto Agronmico (IAC)
Newton de O. Andrade - Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral (CATI)
Jos Antonio Quaggio - Instituto Agronmico (IAC)

24.1. Informaes gerais

As recomendaes de adubao e calagem so fornecidas para dez


diferentes situaes de cultivo de forrageiras. Os agrupamentos adotados para
as plantas forrageiras do mesmo tipo, baseiam-se em exigncias de fertilidade
do solo.

Tipo de explorao Forrageira

1. Gramneas para pasto exclusivo Panicum maximum (Aruana, Centenrio, Colo~


Grupo 1: nio, IZ-1, Tanznia, Tobiat, Vencedor); Cyno-
don (Coast-cross, Tiftons); Pennisetum purpu-
reum (Cameron, Elefante, Guau, Napier, Uru-
ckuami); Chloris (Rhodes); Hyparrenia rufa (Ja-
ragu); Digitaria decumbens (Pangola, Trans-

2. Gramneas para pasto exclusivo


' -
vala); Pennisetum cla.ndestinum (Quicuio) etc.

Brachiaria brizantha (Braquiaro, Marandu); P.


Grupo 11: maximum (Green-panic, Mombaa); Andropo-
gon gayanus (Andropogon); Cynodon plectosta-
chyus (Estrelas); Paspalum guenoarum (Rami-
rez) ele.

3. Gramneas para pasto exclusivo: Bra.chiaria decumbens (Braquiria, lpean, Aus~


Grupo 111: traliana); 8. humidicola (Quicuio da Amaznia);
Paspa.lum notatum (Batatais ou Gramo, Pensa~
cola); Melinis minutiflora (Gordura); Selaria an-
ceps (Setria) etc.
4. Leguminosas exclusivas Neonotonia wightii (Soja-perene); Leucaena
Grupo 1: leucocepha.la (Leucena); Desmodium intortum e
D. ova/ifolium (Desmdio); Arachis pintai (Ara-
chis); Lotononis bainesii (Lotononis); Trifolium
(Trevo Branco, Vermelho e Subterrneo) etc.

Continua
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Quadro 24.1. Quantidade de nutrientes (N, P e K) extrados na matria seca da


Tipo de explorao Forrageira parte area de gramneas

5. Leguminosas exclusivas Stylosanthes (Estilosantes); Ca/opogonium mu-


Forrageira N p K
Grupo 11: cunoides (Calopognio); Centrosema pubes-
cens (Centrosema); Macroptlum atropur-
pureum (Siratro); Macrotiloma axllare (Macroti- - - - - - - - kg/t - - - - - - - -
loma ou Guat) Pueraria phaseo/oides (Kudzu
tropical); Cajanus cajan (Guandu); Ga/actia
Gramneas do Grupo I
striata (Galxia) etc.
Colonio 14 1,9 17
6. Capineiras: Elefante, Napier; Tripsacum /axum (Guatemala)
Napier 14 2,0 20
7. Gramneas para fenao: Coast-cross, Tifton, Pangola, Rhodes, Green- Coast-cross 16 2,5 20
panic, Transvala etc.

8. Pasto consorciado Grupo 1: Gramnea + leguminosas do Grupo I. Gramneas do Grupo 11

9. Pasto consorciado Grupo 11: Gramnea + leguminosas do Grupo 11 B. brzantha 13 1,o 18


Andropogon 13 1 '1 20
10. Leguminosa para explorao Medcago saliva (Alfafa)
intensiva:
Gramneas do Grupo 111

B. decumbens 12 0,9 13
Batatais 12 1,5 15
24.2 Composio qumica, amostragem de folhas e limites de inter-
Gordura 11 1,2 15
pretao
leguminosas do Grupo I
A extrao aproximada de nitrognio, fsforo e potssio, pela parte area
colhida ou pastejada de forrageiras importantes no Estado de So Paulo, Soja perene 26 2,0 21
apresenta-se no quadro abaixo, cujos dados podem ser utilizados para calcular Leucena 31 1,5 20
a remoo de nutrientes pelo pastejo ou corte das forrageiras como capine iras
ou para fenao. Leguminosas do Grupo 11
As quantidades de nutrientes extradas podem variar, dependendo da Sty/osanthes 21 1,5 18
idade e estdio de desenvolvimento da planta, tipo de solo, adubao, entre
outros (Quadro 24.1 ).
Leguminosa para explorao intensiva
A composio !aliar para efeito de avaliao do estado nutricional das Alfafa 35 2,9 28
forrageiras apresentada para algumas espcies importantes do Estado de
So Paulo (Quadro 24.2). Para as gramneas, a parte da planta escolhida
aquela que simula a que o animal pasteja (brotao nova e folhas verdes),
amostrada durante a fase de crescimento ativo (novembro a fevereiro). A
amostragem de plantas de espcies leguminosas deve ser feita tambm de
novembro a fevereiro. Para a soja perene, a parte amostrada a ponta dos
ramos desde o pice at a 3. -4.folhas desenvolvidas; para o estilosantes, o
ponteiro da planta (cerca de 15 em); para a leucena, ramos novos com dimetro
at 5 mm; para a alfafa, o tero superior da planta no incio do florescimento.

R"lotim T ,,..n;,..,.. 1 l'lf'l I Ar'. 1007


B. van RAIJ et ai. T Recomendaes de adubao e caJagem ...

00 000 o o o
c
N "'"'
66 "'"'"'
666 "'"'
66 "'6 24.3 Recomendao de adubao e calagem
""' "'"'"' ""' "'
Calagem: aplicar calcrio para elevar a saturao por bases, conforme o
00
f6~g tipo de forrageira, de acordo com a tabela:
"'"'
"'"'
.,..,.
66 "'"'"'
.,..,..,.
666
Saturao por bases Dose mxima a aplicar
Forrageira
0000 00 000 00 Formao Manuteno Formao Manuteno
,' 0000
NNNC\J "'"' "'"'"' "'"'
"'
E
6666
lO I.() lO lO
"'"'
66 "'"'"'
666 "'"
~$ -------V%------- - - - t/ha----
"'"' "'"'"' Gramneas do Grupo I 70 60 7 3
:J
'<::tt-.."Q"O
.,... ..... ...- C\J
Gramneas do Grupo 11 60 50 6 3
~~~..;. Gramneas do Grupo 111 40 40 5 3
Leguminosas do Grupo I 70 60 7 3
Leguminosas do Grupo li 50 40 5 3
01.01.00
C')C\J(\JC")
666tb
LOO

"'"'
66
"'"'"'
NNN
666
00
"'"'
6tb
Capineiras 70 60 7 3
~ ~ ~ ~ ~

"'"' Gramneas para fenao


Pasto Consorciado do Grupo I
70
70
60 7 3
60 7 3
o
0000
(")C')c:Q(")
=o lO lO
,,,r N
o
D.
o o
(") (')
Pasto Consorciado do Grupo 11 50 40 5 3
({J g. qqq~ c.. cb cb 2 0, J,_ Leguminosa p/explorao intensiva 80 80 10 5
lo.. .... ...- .... ,... 2 cio Cl
Cl Cl o
o "C Na formao da pastagem, aplicar o calcrio uniformemente sobre a
"C ~ superfcie do terreno e incorpor-lo ao solo o mais profundamente possveL Em
solos com teor baixo de Mg, empregar calcrio dolomtico. Em locais onde esse
tipo de calcrio no facilmente disponvel, utilizar pelo menos 1 t/ha de
calcrio dolomtico se o teor de Mg no solo for inferior a 4 mmolcfdm3 para as
00 00
gramneas dos Grupos 11 e 111, ou 2 t/ha se o teor de Mg no solo for inferior a 8
"'"
t.htD "' "'
tbt.h
mmolcfdm3 para as gramneas do Grupo I e leguminosas.

0000
("')("')C')(!)
Em forrageiras j estabelecidas, aplicar o calcrio, com base na anlise
tbLblbtb de solo, na superfcie do terreno aps o rebaixamento do pasto ou corte da
.............. ,....
planta, de preferncia no incio da estao chuvosa. Promover a incorporao
quando a espcie permitir o revolvimento do solo.
0000 qqq
c<:) C') C') C"}
a. ~q0_~
,... ..- ..........
"' ''""
~qq
o~~
Pastos degradados, com a superfcie do solo exposta e endurecida,
devem ser recuperados ao invs de receber tratamento de manuteno. Para
isso, aplicar o calcrio separadamente do fertilizante fosfatado e potssico
ONN
'}!C}! '}I .,..,.
O <X> <O
(recomendados para a formao) e incorpor-/os simultaneamente, no incio
z 66 "';!;
"'"'"' "'"'
da estao chuvosa.

Para a maioria das forrageiras, recomenda-se doses maiores de calcrio


na fase de formao devido ao efeito residual da calagem, pois a cultura deve
"c permanecer no campo por vrios anos. Para forrageiras j formadas, as doses
"~ "'
c de calcrio podem ser menores, pois leva-se em conta a tolerncia da maioria
"""
"'o .,
~ (.)
:J das espcies forrageiras a algum grau de acidez no solo e tambm pela
({J..J dificuldade de se promover uma boa incorporao.

Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 Rr.l.atim T.,.. .. ;,.." 1f\A 1111" i007
8. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...

Gessagem: para alfafa e leguminosas do Grupo I, pode-se aplicar gesso


com base na anlise de solo da camada de 20-40 em, quando o teor de Ca2+ Quadro 1. Adubao de formao para forrageiras
for inferior a 4 mmolcidm3 e/ou saturao de alumnio acima de 50%. O gesso N N aos P no solo, mg/dm 3 K no solo, mmolc/dm 3
deve ser distribudo uniformemente sobre o terreno, no havendo a necessida- no 30-40
de de sua incorporao. As quantidades podem ser dimensionadas de acordo plantio dias 0-6 7-15 15-40 >40 00,7 0,81 ,5 1,63,0 >3,0
s
com a textura do solo, usando a seguinte frmula para o clculo:
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha - - S, kg/ha
Argila (em g/kg) x 6 = kg/ha de gesso a aplicar
Gramneas para pasto exclusivo, Grupo 1
A aplicao do gesso no substitui a calagem.
o 40(') 100 70 40 o 60 40 o o 20
Para as outras forrageiras, o benefcio ou retorno econmico da
gessagem com o intuito de melhorar o subsolo no garantido. Gramneas para pasto exclusivo, Grupo 11
No entanto, o gesso pode ser empregado como fonte de enxofre. 4o( 1)
Para isso, doses de 500 a 1.000 kg!ha devem ser suficientes para
o
.8~ 60 40 o 50 f3' o o 201
garantir o suprimento desse nutriente pelo perodo de 3 a 5 anos. Gramneas para pasto exclusivo, Grupo 111
o 40( 1) 60 40 20 o 40 20 o o 20
Adubao de formao: aplicar as quantidades de nutrientes abaixo, de
acordo com os grupos de forrageiras e as caractersticas qumicas do solo, Leguminosas exclusivas, Grupo 1
conforme o quadro 1.
o o 100 80 60 30 60 40 30 o 30
As doses de adubo, especialmente de P, esto dimensionadas levando
em considerao o retorno econmico mdio da atividade. No entanto, as Leguminosas exclusivas, Grupo 11
pastagens podem responder, com aumento de produo, a doses de P cerca
de 30% maiores que as recomendadas. o o 80 60 40 20 60 40 30 o 20

Para a formao de pastos com gramneas, distribuir os adubos com P Capineiras


e K separados das sementes, com semeadeira-adubadeira apropriada para o 50 120
pastagem. Quando usar fosfato solvel em gua, dar preferncia forma
100 60 30 80 60 30 o 20
granulada. Se houver necessidade de aplicar apenas fsforo, esse adubo pode Gramneas para fenao
ser juntado semente, desde que a mistura seja feita, no mximo, na vspera
do plantio (no misturar adubo potssico semente). o 50( 1) 120 100 60 30 60 40 30 o 20

Opcionalmente, pode-se empregar, como fonte de fsforo, termofosfatos Pasto consorciado, Grupo I
ou fosfatos naturais sedimentares (ex. hiperfosfato). Quando utilizar fosfato
o o 100 80 60 30 60 40 30 o 30
natural no sedimentar, de menor solubilidade, no substituir com essa fonte,
mais de 40% da dose total de P20s recomendada. Esse adubo deve ser Pasto consorciado, Grupo 11
aplicado e incorporado ao solo 30-60 dias antes da calagem.
o o 80 60 40 20 60 40 30 o 20
Para as leguminosas, recomenda-se o uso de fosfato solvel, termofos-
fato ou fosfato sedimentar (ex. hiperfosfato). Estes dois ltimos devem ser Alfafa para explorao intensiva
aplicados a lano e incorporados ao solo. No misturar superfosfato ou KCI s
sementes. Para a alfafa, que pode necessitar doses altas de K na formao,
o o 150 130 100 50 160 130 100 60 50
no aplicar mais de 60 kg/ha de K2 0 no sulco de plantio. Se a dose exceder 1
( )Aplicar nitrognio em cobertura cerca de 30 dias aps a germinao, somente quando as
esse valor, aplicar o restante do K em cobertura, cerca de 30 a 40 dias aps a
plantas apresentarem sintomas de deficincia desse nutriente, caracterizados por crescimento
emergncia das plantas. lento, colorao verde plida ou amarelecimento generalizado.

OCO RoiP.tim TP.r.nk:o. 100. IAC. 1997


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Em pasto de gramneas consorciadas com leguminosas, devem-se


adotar algumas prticas visando favorecer o estabelecimento desta ltima. Zn no solo, mg/dm 3 Cu no solo, mg/dm 3 B no solo, mg/dm 3
Forrageira
Recomenda-se uma adubao diferenciada para plantas das duas famlias. 0-0,5 0,6-1,2 >1 ,2 0-0,2 0,3-0,8 >0,8 0,20 0,21-0,60 >0,60
Usar, de preferncia, fontes de P solvel. Aplicar 213 da dose de P e todo o K
no sulco de plantio da leguminosa e 1/3 na gramfnea. Se usar parte do P (at - - Zn, kg/ha-- --Cu, kg/ha - - - - B , kg/ha--
40%) como fosfato natural aplicado a lano, usar o P solvel somente na Leguminosas o o
leguminosa. No misturar adubo com as sementes de leguminosas. Rebaixar
3 2 2 1,0 0,5 o
o pasto assim que o capim comear a sombrear a leguminosa.
Pasto consorciado 3 2 o 2 o 1,O 0,5 o
Alfafa 5 3 o 3 o 1,5 1 ,O o
Para pastagens de gramneas exclusivas, aplicar as doses de zinco de
acordo com a anlise do solo, conforme tabela abaixo:
Adubao de manuteno: em forrageiras estabelecidas, aplicar os nutrientes
conforme a tabela abaixo, para sistemas em pastejo direto ou corte,
Zn no solo, mg/dm 3 respectivamente.
Forrageira
0-0,5 0,6-1,2 >1,2
P no solo, mg/dm 3 K no solo, mmolcfdm 3
Zn, kg/ha
N
0-6 7-15 15-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0
s
>3,0
Gramneas Grupo I 3 2 o
Gramneas Grupo li 3 2 o N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha S, kg/ha
Gramneas Grupo 111 2 o o
Gramneas para pasto exclusivo, Grupo 1
Capineiras 5 3 o
Gramneas para fenao 5 3 o 80 50 40 20 o 50 40 30 o 20

Gramneas para pasto exclusivo, Grupo 11


Os micronutrientes podem ser aplicados com os demais adubos de formao.
60 40 30 20 o 40 30 20 o 20
Para leguminosas exclusivas, pasto consorciado ou alfafa para explorao Gramneas para pasto exclusiv,o, Grup..o 111
intensiva, aplicar micronutrientes conforme a anlise de solo, de acordo com a
tabela a seguir. Aplicar tambm 50 g/ha de Mo.
40 30 20 o o 30 20 o o 20

Os micronutrientes podem ser aplicados em mistura com os demais Leguminosas exclusivas, Grupo I
adubos de formao. o 50 40 30 o 50 40 30 o 30
Aplicar o molibdnio, de preferncia, com as sementes das legumino-
Leguminosas exclusivas, Grupo 11
sas.
o 40 30 20 o 40 30 20 o 20

Pasto Consorciado, Grupo I

o 50 40 20 o 60 50 40 o 20

Pasto Consorciado, Grupo 11

o 40 30 20 o 50 40 30 o 20
Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAIJ et ai.

Em capineiras e gramneas f -
Para pastos exclusivos de gramneas, aplicar a adubao PK de prefe- da dose de micronutrientes recom~~~~denaao, reaplicar, anualmente, metade
rncia no incio da estao das guas, aps o rebaixamento do pasto. A com a adubao de manuteno feita noa p~ra adfase de ~armao, juntamente
IniCIO a estaao chuvosa.
aplicao de adubo, especialmente de N, pressupe um nvel adequado de
manejo e utilizao do pasto. Recomenda-se aplicar o N no final da estao
chuvosa (fevereiro-maro) a fim de estender o perodo de produo do pasto.
I Para a alfafa se a fixao biol d
40 kg de N!t de matria seca ap . ~glca e N na- o se mostrar eficiente, aplicar
de falta de fixao de N - os ca a corte, juntamente com o K. Os sintomas
reduzido e a ausncia de n~~~loosaemf atreleciment~ das folhas, o crescimento
Em exploraes intensivas, se houver necessidade de aumento de produo
de forragem durante o perodo de chuvas, aplicar 50 kglha de N por vez, aps e tvos nas rarzes.
cada pastejo. Se usar uria, aplic-la quando a chuva possa incorpor-/a ao
solo em 2-3 dias para evitar perdas por volatilizao.
I Para a alfafa, repetir como adubao d -
de micronutrientes recom~ndadas para a las: ~an,utena~, as mesmas doses
Para as leguminosas exclusivas, empregar adubos solveis, de prefe-
rncia, no inicio da estao das guas, aps o rebaixamento do pasto.
li ~~~:a:o, com os adubos recomendados para u:o o;~~~~~~ :~~~~~a~;~ ~=:
Forrageiras para corte: aplicar as quantidades de nutrientes abaixo. As doses I
de nitrognio, potssio e enxofre devem ser calculadas conforme a extra-
o de matria seca, e as de fsforo, conforme a anlise de solo.
I
3 K no solo, mmolcidm
3 i
I
P no solo, mg/dm s !!
N 7-15 15-40 >40 0-1,5 1,5-3,0 >3,0
0-6 I
1 --P20s, kg ha- 1 ano- 1- - --K20, kg/t MS-- S, kg/t MS
,,"'
N, kg/t MS( ) i
'
Capineiras I"i
15 3
o 20 15
20 80 50 30
I
Gramneas para fenao !
15 3
20 80 50 30 o 20 15

Alfafa !
35 30 15 4
100 80 40
o 100

( 1) MS: matria seca colhida. Para capineiras, considerar MS = matria fresca x 0,20; para
feno, MS= feno x 0,85.
,-
1,
Para as capineiras, gramneas para fenao e alfafa, a adubao
tos/atada deve ser feita uma vez por ano, aps o corte das plantas, de l-
preferncia no incio da estao das guas, ou, opcionalmente, parcelada junto
com o N e o K. As doses de N e K (s K para a alfafa) devem ser aplicadas em
I
cobertura, aps cada corte. OS pode ser aplicado de uma s vez, junto com o I
P, ou parcelado junto com o N e o K. Em caso de devoluo de todo o esterco I
capineira, as doses de nutrientes recomendadas podem ser reduzidas
metade.
!!.
lL Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 273
8. van RAIJ et ai.

25. HIDROPONIA

Pgina

25.1 Sais e fertilizantes recomendados 277


25.2 Sugesto de soluo nutritiva .. 279

Boletim Tcnico, 1oo. IAC, 1997 275


Recomendaes de adubao e calagem ...

25. HIDROPONIA

Pedro Roberto Furlani


Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC

O cultivo hidropnico, isto , o cultivo de plantas na ausncia de terra,


uma das alternativas de uso na plasticultura e tem como justificativas:
(a) melhor aproveitamento de espao fsico, por permitir cultivos sucessivos;
(b) incidncia reduzida de pragas e molstias e, portanto, menor uso de
tratamentos fitossanitrios; (c) melhor controle do meio nutritivo para cresci-
mento das plantas; (d) menor contaminao do lenol fretico por nitrognio
ntrico e outros elementos qumicos, uma vez que a soluo nutritiva recircu-
lada; e) melhor aproveitamento de gua e de nutrientes.

O sistema hidropnico mais utilizado denomina-se NFT (nutrient film


technique), ou seja, a tcnica do fluxo laminar de nutrientes. Nesse sistema,
as razes das plantas so apoiadas em canais estreitos e inclinados, banhadas,
de forma contnua ou intermitente, por soluo nutritiva armazenada em um
depsito e movimentada ciclicamente por meio de uma bomba de recalque. Em
resumo, o sistema NFT possui os seguintes componentes: (a) reservatrio para
soluo nutritiva dimensionada de acordo com a cultura que ser cultivada
(1 L/planta cultivada); (b) conjunto moto-bomba dimensionado de acordo com
o volume de soluo a ser circulada (Liseg); (c) canais de cultivo com inclinao
de 2-3%; (d) encanamentos de PVC para irrigao e drenagem; (e) temporiza-
dor para fornecimento intermitente da soluo nutritiva; (f) placas de isopor
(15 mm de espessura) ou plstico de dupla face (0,2 mm de espessura) para
cobertura dos canais de cultivo e sustentao das plantas. Detalhes sobre
montagem e instalaes necessrias a esse sistema de cultivo so descritos
em publicaes especializadas em hidroponia.

25.1 Sais e fertilizantes recomendados

Qualquer sal solvel pode ser usado para o preparo de soluo nutritiva,
desde que fornea o nutriente requerido e no contenha em sua composio
outro elemento qumico que possa prejudicar o desenvolvimento das plantas.
Da mesma forma, deve-se evitar mistura de sais que promovam precipitao
ou reaes qumicas que tornem um nutriente no disponvel planta. Por
exemplo, a mistura de solues concentradas de nitrato de clcio com sulfato
de magnsio produz a formao de precipitado de sulfato de clcio. Por outro
lado, a uria produz, em soluo aquosa, N amoniacal, que pode ser fitotxico
maioria das espcies cultivadas por hidroponia.

Rr.lotirn Tf'nil"'n 1 f'l(l 1/J.f": 1 007 077


8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Os sais usados para o cultivo comercial no necessitam de excessiva 25.2 Sugesto de soluo nutritiva
pureza qumica, o que inviabilizaria o cultivo hidropnico, pelo custo elevado.
Sais com grau tcnico e fertilizantes tm sido utilizados no cultivo hidropnico A soluo nutritiva utilizada na Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de
comercial sem maiores problemas (Quadro 25.1 ). Plantas do Instituto Agronmico para o cultivo de diferentes espcies vegetais,
inclusive hortalias, possui a seguinte composio qumica, em mg/L: N-N03
(174), N-NH 4 (24), P (39), K (180), Ca (143), Mg (36), S (48), B (0,26), Cu (0,04),
Zn (O, 11 ), Mn (0,38), Mo (0,08) e Fe (2,0).

Quadro 25.1. Relao de sais e fertilizantes recomendados ao preparo de Para o preparo de 1 .000 L dessa soluo so necessrios 750 g de nitrato
solues nutritivas usadas em hidroponia e suas concentraes de nutrientes de clcio, 500 g de nitrato de potssio, 150 g de MAP purificado, 400 g de sulfato
(entre parnteses) de magnsio, 50 mL de soluo de micronutrientes (30 g de cido brico + 30
g de sulfato de mangans + 3 g de sulfato de cobre + 3 g de molibdato de
Sal ou fertilizante Nutriente e concentrao amnio + 1O g de sulfato de zinco dissolvidos em 1.000 mL) e 16,5 g de
Dissolvine ou 33 g de Ferrilene ou TensoFe ou 400 mL de soluo de FeEDTA.
g/kg A condutividade eltrica dessa soluo possui valor ao redor de 2,0 dS/m. Para
hortalias de folhas, recomenda-se usar CE de 1,5 dS/m e, portanto, as
Nitrato de clcio Ca (190), N-NOs (145), e N-NH4 (10) quantidades de sais fornecedores dos macronutrientes so reduzidas em 25%.
Nitrato de potssio K (360) e N-N03 (130) Normalmente, esse volume de soluo (1.000 L) suficiente para cultivar
P (260) e N-NH4 (110) 150-200 plantas de hortalias folhosas sem a necessidade de adicionar nutrien-
Fosfato monoamnio purificado (MAP)
tes, apenas gua para repor as perdas por evapotranspirao.
Sulfato de magnsio Mg (90) e S (120)
Cloreto de potssio K (520) Quando se utilizam menores volumes de soluo nutritiva por planta, h
B (170) necessidade de proceder a adio dos nutrientes absorvidos pelas plantas. A
cido brico
maneira mais correta e recomendada feita mediante resultados de anlise
Brax B (11 O) qumica peridica da soluo nutritiva. O uso de condutivmetro para adicionar
Sulfato de cobre Cu (240) nutrientes na mesma proporo da soluo nutritiva inicial, desaconselhvel
Sulfato de mangans Mn (250) por perodo superior a 2 semanas, uma vez que este equipamento apenas
Cloreto de mangans Mn (270) indica quantidade total de sais, no discriminando nutrientes individualmente.
Zn (220) Para utilizar o mtodo da condutivdade eltrica por p.erodos mais longos,
Sulfato de zinco
recomenda-se o uso de soluo nutritiva de ajuste que contenha uma relao
Cloreto de zinco Zn (450)
entre os nutrientes, a qual se assemelhe extrada pelas plantas em cultivo.
Molibdato de amnio Mo (540) No captulo 18 deste boletim encontram-se os dados da composio qumica
Quelatos de ferros de folhas de diversas hortalias, a qual poder ser usada para a formulao da
Dissolvine (FeEDTA) Fe (120) soluo de ajuste.
Ferrilene (FeEDDHA Fe (60) O pH da soluo nutritiva s deve ser manipulado se atingir valores
TensoFe (FeEDDHMA) Fe (60) inferiores a 4,5 ou superiores a 7,5, usando-se solues de hidrxido de
Soluo de FeEDTA( 1) Fe (5 mg/L) potssio para pH baixo ou de cido fosfrico ou cido ntrico para pH elevado.
Quando o pH se eleva freqentemente, deve-se ter ateno redobrada para as
e) Dissolver, separadamente, em 400 m! de gua, 25 g de sulfato ferroso heptahidratado possveis deficincias de ferro (reconhecida por amarelecimento e clorose
internerval das folhas novas) e mangans (tambm por amarelecimento e
(20% de Fe) e 30 g de etileno diamino tetraacetato dissdico (Na2EDTA). Aps a dissoluo
de cada sal, misturar, acrescentando a soluo de Na2EDTA soluo de sulfato ferroso. clorose), com a adio do nutriente soluo nutritiva; nesse caso mais
Completar o volume a 1000 ml com gua e homogeneizar. Efetuar o borbulhamento de ar conveniente renovar a soluo nutritiva completamente. Quando se utiliza gua
nessa soluo at completa dissoluo de algum precipitado. Normalmente 18 horas so alcalina, com pH superior a 7,5, conveniente substituir, parcial ou totalmente,
suficientes para que o complexo Fe~EDTA seja formado. Esta soluo possui colorao o fosfato monoamnio (MAP) por cido fosfrico (370 mg P/kg) at baixar o pH
vermelho~tijolo. da soluo nutritiva para o intervalo de 5,0-5,5.

070
Recomendaes de adubao e calagem ...

NDICE ALFABTICO DAS CULTURAS


Abacate 126
Abacaxi. 128
Abbora de moita 165
Abbora rasteira 165
Abobrinha 165
Acerola .. 129
Agrio d'gua 168
Aipo . . . . 166
Alcachofra 167
Alface .. 168
Algodo 109
Alho . . . 170
Alho-porre 171
Almeiro 168
Amarlis 209
Ameixa . 137
Amendoim 192
Antrio .. 210
Araruta industrial 224
Arroz irrigado .. ' ~- 50
Arroz de sequeiro 48
Aspargo 172
Aveia . 52
Bambu 112
Banana . 131
Batata 225
Batata-doce 226
Berinjela 173
Beterraba 174
Brcolos 175
Bucha. 175
Cacau 96

RoiAtim T~ni~n 100 I Ar:. 1 QQ7 OO<


B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...

Caf ... 97 Essncias florestais da Mata Atlntica . 254 e 258


Camomila 76 Estvia . 83
Cana-de-acar . 237 Eucalipto . 252 e 255
Capim-limo 77 Feijo .. 194
Capineiras 267 Feijo-adzuki 196
Caqui .. . 141 Feijo-de-lima 180
Car .. . 226 Feijo-de-porco 200
Cardamomo 78 Feijo-fava .. 180
Cebola .. 176 e 177 Feijo-guandu 200
Cebolinha 171 Feijo-mungo 186
Cenoura 174 Feijo-vagem 180
Centeio. 52 Figo .. 139
Cevada. 54 Fumo . 103
Ch . . . 102 Funcho 82
Chicria 168 Gengibre 84
Chuchu . 178 Gergelim 197
Citronela-de-java 77 Girassol 198
Citros . 133 Gladolo 212
Confrei 79 Gloxnia 213
Couve-manteiga . 179 Goiaba . 143
Couve-flor . 175 Gramneas para fenao . 267
Crisntemo 211 Gramneas para pasto exclusivo 267
Crotalria . 200 Gro-de-bico . 199
Crotalria-jncea 113 Gypsophila. 214
Curcuma . . . . . 80 Hortel 85
Damasco-japons . 137 lnhame 227
Digitlis ... 81 Jil . 173
Erva-doce .. 82 Juta . 114
Erva-cidreira . 77 Lablabe. 200
Ervilha-de-gros 193 Laranja . 133
Ervilha-torta . . . 180 Leguminosas adubos verdes 200
Ervilha-de-vagem 180 Leguminosas-forrageiras . 267
Ervilhaca . 200 Limo . . . 133
Escarola . 168 Linho txtil 115

P:nlotit'Y'O T.6f'nil'n 1 ()() I Ar:. 1 QQ7 Boletim Tcnic:o. 100. IA!"! 1 tA7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...

Ma . . . . .139 e 141 Pretro . . . . . . . . . . . . . . 87


Macadmia 141 Plantas ornamentais arbreas . 215
Mamo. 145 Plantas ornamentais arbustivas e herbceas 216
Mamona 201 Pupunha para extrao de palmito 240
Mandioca 228 Ouenafe 116
Mandioquinha 229 Quiabo . 183
Manga .. 146
Rabanete. 174
Maracuj . 148
Rami .. 117
Marmelo 139
Repolho 175
Melancia 181
Rosa . 217
Melo. 181
Rcula 168
Menta. 85
Salsa . 174
Milho para gros e silagem 56
Sal so 166
Milho "safrinha" . . . . . . . 60
Seringueira 243
Milho pipoca . . . . . . . . 62
Sisal 118
Milho verde e milho doce 64
Soja. 202
Moranga . 165
182 Sorgo-forrageiro . 66
Morango .
179 Sorgo-granfero 66
Mostarda .
200 Sorgo~vassoura 66
Mucuna.
133 Tangerina ... 133
Murcote
Nabo .. 174 Tomate (estaqueado) 184
Nectarina. 137 Tomate rasteiro (industrial) . 185
Nspera . 137 Tremoo . . . . . 200
Palma-rosa 77 Trigo de sequeiro 68
Pasto consorciado 267 Trigo irrigado .. 70
Pec . 141 Triticale de sequeiro 68
Pepino 165 Triticale irrigado . 70
Pra . .139 e 141 Urucum . . . . . . 88
Pssego .137 e 139 Uvas finas para mesa e passa . 150
Pimenta-do-reino 86 Uvas rsticas para mesa, vinho e suco . 152
Pimenta-hortcola 173 Vetiver . . . . . 90
Pimento. 173 Violeta-africana 218
Pinus . . . 252 e 255

Rnll::im Tr.nico. 100. IAC. 1997


OUTRAS PUBLICAES EDITADAS PELO IAC

PERIDICOS
BRAGANTJA- Revista de Cincias Agronmicas

Peridico semestral de divulgao cientfica, tendo por objetivo publicar, em


portugus ou ingls, trabalhos cientficos originais que contribuam para o desen-
volvimento das cincias agronmicas no Brasil.

O AGRONMICO- Boletim Tcnico-informativo


Divulga a Instituio e fatos correlatos, em linguagem clara e informal.

LIVROS E BOLETINS
O Melhoramento de Plantas no Instituto Agronmico - 1.

Boletins tcnicos
156 - Delineamentos experimentais para as reas tecnolgicas.
157 ~ Insetos e caros associados mamoneira no Brasil.

158- Maracuj: produo e comercializao em So Paulo.


159 - Caracterizao agroclimtica: Estao Experimental de Mococa (Microbacia)
160 - Fotografias areas verticais para estimativa do nmero de algumas frutfe-
ras perenes.

161- Caracterizao agroclimtica da microbacia"Crrego Santo Anastcio".


162 - Variedades de mandioca para o Estado de So Paulo.
163 - Variedades de trigo para o Estado de So Paulo.
164 - Variedades de pra para o Estado de So Paulo.
165 - Variedades de alho para o Estado de So Paulo.
166 - Variedades de uva para o Estado de So Paulo.

167 - Recomendaes da Comisso Tcnica de Trigo para 1996 - Secretaria de


Agricultura e Abastecimento do Est3.do de So Paulo .
.>' 168 - Instrues para o cultivo de hortalias de folhas pela tcnica de hidroponia.
169 - Novas variedades de cana-de-acar.
170 - Cultura do alho: recomendaes para seu cultivo no Estado de So Paulo.
171 - Bambu: material alternativo para construes rurais.
Boletins cientficos
31 - Sistema vascular do caule e da folha do amendoim: tipo Botnico Valncia.
32 - Efeito residual de leguminosas sobre rendimento fsico e ecOnmico da
cana-planta.
33 - Solos da folha e municpio de Guara.
34 - Tabelas para determinao do nmero de repeties no planejamento
de experimentos.
35 - Tcnicas laboratoriais para identificao de cultivares de trigo.
36- Delineamento (1/2)43 em bloco de oito unidades.
37 - Zoneamento agroclimtico e probabilidade de atendimento hdrico para as
culturas de soja, milho, arroz de sequeiro e feijo no Estado de So Paulo.
38- Delineamentos experimentais para as reas tecnolgicas- li.

Boletim
200- Instrues agrcolas para as principais culturas econmicas (Boletim 200).
213 - A mandioca na cozinha brasileira (receitas).

DOCUMENTOS IAC
51 - Produo de sementes de hortalias em pequenas reas.
52 - Melhoramento do pessegueiro para regies de clima subtropical-temperado:
realizaes do Instituto Agronmico.
53 - Melhoramento do milho pipoca.
54 - Melhoramento gentico da seringueira: uma reviso.
56 - Caracterizao edafoclimtica e avaliao de cultivares de milho
no Estado de So Paulo.
57 - Regimento interno do sistema de avaliao e recomendao
de cultivares de feijoeiro para o Estado de So Paulo.

PEDIDO DE PUBLICAES
INSTITUTO AGRONMICO
SEO DE PUBLICAES
CAIXA POSTAL 28
13001-970 CAMPINAS (SP)
Fone/fax: (019) 231-5422 ramal116
Editora-Ch
Editora-As
E,.a Cerrados

DATA DE DEVOLUO
(IAC)
Editores a' .i=t-},Q).J.i irl,!L
A/tino Aldo .;18 jJl/ o~> .ndr Luiz Lou-
reno (IA
(UNESP/Bc
.:W/JJ I o h tonio Rosolem
, Cleide Apare-
cidade Abr 116/17'1 V/J<i a Regina Forni
Martins (U
(IAC), Jairc
'1'1-rn. h&~ Maria Corra

Juarez Ante r.
- .ciiQs>I'.')<)
(ESALQ/USP),
, Marcos Mi/an
(ESALQ/ U:
cabal), Ma
J'9LioL o JNESP/Jaboti-

(IAC), Nels ~liOB- 1\i\ trva/ho Carelli


o Filho (IAC),
Robert Deu :2(:, \~[\ 12. Snia Carmela
Falei Dechc

Revisores 1

Herculano Jos Usberti


Filho (IAC)

Revisoras 1

Lgia Abrat {li


Revisoras 1
.
Eunice Sa~

EQUIPE PARTICIPANTE DESTA PUBUCAAO


SERVIO DE DIVULGAO TCNICO-CIENTFICA - SDT-C

Reviso de vernculo: Maria Angela Manzi da Silva e Eunice Sassi

BIBLIOTECA Coordenao da editorao eletrnica: Ana Maria da Silva Oliveira

Editorao eletrnica: Ana Maria da Silva Oliveira e Raquel de O. Ferreira

Capa - criao: Jos Carlos Nogueira, Luiz Gustavo Person de Oliveira,


Roberto Parducci Camargo, Salvador Parducci e Valter Roberto Poleto

Impresso pela - SOLICITA-SE INTERCMBIO


., 1
- PIDESE CANJE
- ON DEMANDE L'CHANGE
BANDEIRANTES
~-RIA GOA;ICA - WE ASK FOR EXCHANGE
Sua Bandeira de Contlan~a
MANN BITTET UM AUSTAUSCH
- SI RICHIEDE LO SCAMBIO

Você também pode gostar