Boletim 100
Boletim 100
Boletim 100
P'L JJ-21
SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO /{?/5/j?/7
COORDENADORIA DA PESQUISA AGROPECURIA f7Y?
INSTITUTO AGRONMICO
c2 _-"'?Z'_ -1.R v oXe-c p-'r
Mrio Covas
Governador do Estado
Francisco Graziano
Secretrio de Agricultura e Abastecimento
INSTITUTO AGRONMICO
Editores
ISSN 0100-3100
Instituto Agronmico
Ademar Spironello
Laura Maria M. Meletti
Aildson Pereira Duarte
Luiz Antonio F. Matthes
Instituto Agronmico, Campinas ngela Maria C. Furlani
Luiz A. Junqueira Teixeira
Recomendaes de adubao e calagem para o Estado ngelo Savy Filho
de So Paulo, por B. van Raij, H. Cantarella, J.A. Ouaggio Marcelo Tavares
Antonio Fernando C. Tombolato
& A.M.C. Furlani. 2.ed.rev.atual. Campinas, Instituto Agro- Marcos Guimares de A. Landell
Antonio Luiz de Barros Salgado
nmico/Fundao IA C, 1997.
Arlete Marchi Tavares de Melo Maria Luiza Sant'Anna Tucci
285p. (Boletim tcnico, 100)
Bernardo van Raij Maria Regina G. Ungaro
Carlos Eduardo de o. Camargo Marilene Leo Alves Bovi
1. a edio: 1985
2." edio: 1996 Carlos Eduardo F. de Castro Mario Ojima
Celi Teixeira Feitosa Maurilo Monteiro Terra
Cleide Aparecida de Abreu Mauro Sakai
CDD 633
Domingos Antonio Monteiro Nelson Machado da Silva
CDD 631-8
Edmlson J. Ambrosano Nelson Raimundo Braga
Eduardo A. Bulisani Nilberto B. Soares
Eduardo Sawasaki
Nilson Borlina Maia
Elaine B. Wutke .. Ody Rodriguez
Fernando Antonio c. Daii'Orto
Ondino Cleante Bataglia
E permitida a reproduo parcial, desde que citada a fonte. A reproduo Fernando Romariz Duarte
PauJo Bolle~ Gallo
total depende de anuncia expressa do Instituto Agronmico. Francisco Antonio Passos
Paulo Espndola Trani
Gensio S. Cervellini
As eventuais citaes de produtos e de marcas comerciais no implicam
Heitor Cantarella Pedro Roberto Furlan
em recomendaes da Instituio.
Hilrio da Silva Miranda Filho Raffaella Rosseto
EMBRAPA/IAC Jos Rafael da Silva Assim, o IAC apresenta esta nova edio do Boletim 100, que traz de
forma organizada, as informaes bsicas e necessrias ao entendimento das
Paulo de Souza Gonalves
respostas das plantas ao ambiente solo e, pragmaticamente, recomenda a sua
Autnomos e produtores correo e adubao. Este trabalho representa o somatrio da experincia e
ESALQ-USP vivncia da maioria do corpo tcnico do IAC e de colaboradores da C ATI,
Antonio C. Sanches
Godofredo C. Vitti CCA-UFSCar, CENA-USP, COPERSUCAR, EMBRAPA, ESALO/USP, Instituto
Edmundo E. A. Blasco de Zootecnia (IZ), MA-Pr-Caf, alm de especialistas da iniciativa privada.
Jos Leonardo de M. Gonalves
Acompanhando a vocao da agricultura paulista e por causa da sua
Universidade do Sudoeste diversificao, no poderia ser diferente este Boletim, que contm recomenda-
Instituto de Zootecnia
da Bahia es tcnicas sobre mais de uma centena de espcies, recomendaes essas
Joaquim Carlos Werner tambm vlidas e aplicveis a outras regies com condies edafoclimticas
Valdinei Tadeu Paulino Abel Rebouas So Jos semelhantes.
INSTITUTO AGRONMICO
SUMRIO
Pgina
RESUMO .. 1
ABSTRACT . 2
1. INTRODUO 2
2. AMOSTRAGEM DE SOLO . . . . . . . . . 3
2.1 Escolha de glebas para amostragem 3
2.2 Ferramentas e coleta de amostras . . 4
2.3 Freqncia e poca de amostragem . . 5
2.4 Local e profundidade de amostragem . 5
2.5 Envio da amostra de solo ao laboratrio 6
5. PRODUTIVIDADE ESPERADA . . . 13
Se a propriedade for muito grande, no sendo possvel amostr-la Identificar a amostra de solo . , .
completamente, prefervel amostrar apenas algumas glebas, no muito ex- identificao da gleba amostrada e ~o~ o;ome do propnetano, propriedade,
tensas, representando situaes diferentes. com o ma a d . , a a. notar em um caderno, juntamente
retirada.lssas~~~~n~~=~: o numero de cada amostra e o local de onde foi
2.2 Ferramentas e coleta de amostras aplicao de calcrioe fertili~~~ie'::t~~~: ~~:=~d~nti:.i~ar o local para posterior
da evoluo da fertilidade do solo de um a ' ac,' am o acompanhamento
A coleta de amostras pode ser feita com enxado, p reta ou, preferivel- no para outro.
mente, com trado. O trado- tipo holands, tubo ou de caneco- torna a operao
mais fcil e rpida. Alm disso, permite a retirada das amostras na profundidade
correta e das mesmas quantidades de terra de todos os pontos amestrados.
Todas as ferramentas, bem como recipientes, utilizados na amostragem
e embalagem da terra, devem estar limpos e, principalmente, no conter
resduos de calcrio ou fertilizantes. Para amostras nas quais se pretende
analisar micronutrientes, usar trado de ao e evitar baldes de metal galvanizado.
De cada gleba devem ser retiradas diversas subamostras para se obter
uma mdia da rea amostrada. Para isso, percorrer a rea escolhida em
ziguezague e coletar 20 subamostras por gleba homognea. Em culturas
perenes, tais como caf, citros, seringueira etc., a amostragem deve ser feita
em toda a faixa de solo adubada, que reflete melhor os tratamentos aplicados
nos anos anteriores.
Em cada ponto afastar, com o p, detritos e restos de culturas. Evitar
pontos prximos a cupinzeiros, formigueiros, casas, estradas, currais, estrume 2.4 Local e profundidade de amostragem
de animais, depsitos de adubo ou calcrio ou manchas no solo. Introduzir o
Nos casos de culturas anua d
Irado no solo at a profundidade de 20 em. A terra coletada representa uma retirar as amostras simples que for~ a~- e cu turas perenes a serem instaladas,
1
poro de solo na profundidade de 0-20 em. Raspar a terra lateral do trado, no e na profundidade de 20 ao a amostra composta em todo o terreno
caso de trado tipo holands, aproveitando apenas a poro central. em fertilidade do solo esscam~a~~~a~ada camada arvel. Para Iins de clculos
possvel, tambm, amostrar adequadamente o solo com um enxado para uma rea de um' hectare. a em um volume de 2.000.000 dm3 de terra,
ou p reta. Os cuidados e nmeros de subamostras so os mesmos descritos
para o trado. Aps a limpeza superficial do terreno, fazer um buraco em forma Par_a cultu_ras perenes, que recebem aplicaes lca/izadas
de cunha, na profundidade de 0-20 em, deixando uma das paredes o mais reta ~ommboo cale e frutJferas, retirar as amostras dos locais onde o adubo d=p~~~~~
ra nesses casos os adubos n
possvel. Cortar, com o enxado, uma fatia de cima at embaixo e tranferir para gem igualmente feita na profundidaod!eJ~~~ncorporados ao solo, a amostra-
o balde. Para evitar encher demasiadamente o balde, dificultando a mistura das interpreta o d em, para manter a coerncia da
amostras, cada fatia coletada pode ser destorroada dentro do prprio buraco, direto, recomened~ensdu~:~~o~~ A :.esma observao vale para cultivo sob plantio
retirando-se uma poro dessa terra para o balde. importante coletar uma , , m em, a amostragem na profundidade de O a 20
mesma poro de terra em cada um dos pontos amostrados. em, ate que, eventualmente, a pesquisa indique alternativa melhor.
Amostras compostas podem t b - .
Transferir a terra de cada subamostra para um balde ou outro recipiente 20 a 40 . . ' am em, ser retiradas na profundidade de
limpo. Repetir a amostragem do mesmo modo em cada um dos 20 pontos. em, pnnclpalmente para avaliar a acidez do subsolo be
Quebrar os torres de terra dentro do balde, retirar pedras, gravetos ou outros ~~~t~~addoos ~~i~!~:~ ceo~~~~;eae:~~!~~od: ~~~ta
deve ser feita, 'de p~e~e~~~ci~~
resduos, e misturar muito bem. Se a amostra estiver muito mida, deixar a da superfcie - em e em segu1da ret1rar a terra
amostra secar ao ar. em Antes de~~= ~alu de~tro do buraco, para depois aprofundar o trado at 40
Retirar cerca de 300 g de terra do balde e tranferir para uma caixinha de reti~ar tambm 2 n ~nr ad erra para o balde, raspar a terra lateral do trado e
papelo apropriada para anlise de solo ou saco plstico limpo. Essa poro contaminao co~ t~r~a :ap=~~ee~f~pen~. Isso tudo importante para evitar a
de terra ser enviada ao laboratrio. Jogar fora o resto da terra do balde e para a amostra e ICJe. s trados tipo tubo so convenientes
recomear a amostragem em outra rea. para a de 20-40g c~. profunda, podendo-se utilizar um tubo de menor dimetro
volumtricas de solo, o que costuma ser o caso da anlise de solo para fins de
2.5 Envio da amostra de solo ao laboratrio
fertilidade. Assim sendo, essa representao, em ppm, tem sido usada de forma
A amostra de solo deve ser acompanhada da Folha de Informaes, ambgua e, por isso, o seu uso deve ser descontinuado. De qualquer forma os
preenchida com dados referentes a cada uma das glebas amestradas. Cada nmeros no mudaro.
amostra deve ser identificada, da mesma maneira, na caixinha ou em outra Os resultados de matria orgnica (MO) sero apresentados em g/dm3,
embalagem que a contiver, na Folha de Informaes e no mapa da propriedade. sendo os valores 1o vezes maiores que a representao anterior, em porcen-
As amostras podem ser enviadas pelo correio ou entregues a qualquer tagem(%), que corresponde a g/1 00 cm3, j que a medida de solo no laboratrio
um dos laboratrios que utilizam os mtodos de anlise de solo desenvolvidos volumtrica.
no IA C. Esses laboratrios tm seus resultados identificados por uma etiqueta A saturao por bases (V) e a saturao por alumnio (m), sero expres-
do ano do programa de controle de qualidade do sistema IAC de anlise de sos em porcentagem (%). Note-se que estes so ndices calculados e no
solo. representaes de concentraes ou teores. Nesses casos, admitido o uso
Caso haja interesse em recomendao de calagem e adubao, o usu- da porcentagem.
rio deve especificar a cultura e o cdigo correspondente, completando, alm
disso, o solicitado na Folha de Informaes para Anlise de Solo. 3.3 Folhas
A porcentagem (%) deixa de ser usada para macronutrientes e substi-
3. REPRESENTAO DOS RESULTADOS DE ANLISES tuda por g/kg, com nmeros 1O vezes maiores.
DE SOLOS, FOLHAS, FERTILIZANTES E CORRETIVOS
Tambm a representao em partes por milho (ppm) no mais ser
A adoo do Sistema Internacional de Unidades (SI), nesta edio, usada, dando lugar a mg/kg. Neste caso, os nmeros no mudaro.
implica em alterao nas representaes e nos valores de parte dos resultados.
3.4 Corretivos da acidez
3.1 Unidades de representaQ de resultados Os teores, tanto das fraes granulomtricas, como de clcio e de
As bases de representao sero o quilograma (kg) ou o decmetro magnsio, sero apresentados em g/kg.
cbico (dm3) para slidos e o litro (L) para lquidos. O poder de neutraliz,ao ser dado em molcfkg.
Os contedos sero expressos em quantidade de matria, podendo ser Para os corretivos ser impossvel adotar imediatamente o SI, j que o
usados moi de carga (mole) ou milimol de carga (mmolc), ou em massa, com as comrcio desses produtos no feito usando essa representao.
alternativas de grama (g) ou miligrama (mg). O milimol de carga corresponde
No captulo de corretivos e fertilizantes, ~ero presentadas as duas
ao milieqivalente, que no ser mais empregado. alternativas e feitas comparaes.
-A porcentagem no dever mais ser utilizada para representar teor ou
concentrao e, assim, dar lugar a uma representao combinando as unida- 3.5 Fertilizantes
des acima.
No caso dos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S) os resultados sero
apresentados em g/kg, em substituio porcentagem. Os resultados sero 10
3.2 Solos
vezes maiores, em se tratando dos elementos.
Os resultados de ctions trocveis, clcio (Ca2+), magnes10 (Mg2+), Para fsforo e potssio h, ainda, o problema das representaes em
potssio (K+), alumnio (AI3+), de acidez total a pH 7 (H++ A13+), de soma de P2o 5 e em K20, que tambm no podero ser abandonadas. Para fertilizantes,
bases (SB) e de capacidade de troca de ctions (CTC) sero apresentados em ser preciso usar a representao do SI juntamente com a indicao tradicio-
mmolcfdm3. Os valores so 1O vezes maiores do que a representao anterior, nal.
em meq/1 00 cm3.
Os micronutrientes sero representados em mg/kg, ao invs de ppm. Os
Os resultados de fsforo (P), de enxofre (S-S042-) e dos micronutrientes nmeros no mudaro.
boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe), mangans (Mn) e zinco (Zn), sero apresen-
tados em mg/dm3. Na prtica, os resultados tm sido apresentados, por muitos No caso de adubos fluidos, as representaes dos teores de macro e
laboratrios, em partes por milho (ppm), mesmo para o caso de medidas micronutrientes sero feitas, respectivamente, em g/L e em mg/L.
4.1 Nitrognio
3.6 Converso de unidades
As representaes antigas podem ser convertidas nas novas, conside- Ainda no se tem, para So Paulo, um critrio confivel de recomenda-
o da adubao nitrogenada com base na anlise de solo. Est-se adotando,
rando as relaes indicadas no quadro 3.1.
para diversas culturas anuais, um critrio de classes de resposta esperada que,
Nos casos da porcentagem(%) e de partes por milho {ppm), percebe-se
associado s recomendaes por produtividade esperada, dever resultar em
como essas representaes no tm significado preciso, podendo ser difere~
adubaes mais coerentes com as necessidades em cada caso. Para algumas
tes, conforme a base de representao. J no sistema novo, a representaao
culturas perenes, as classes de resposta esperada a nitrognio so estabele-
explcita e no deixa margem a dvidas. cidas com resultados de teores de N em folhas.
Tambm fica claro que o milieqivalente (meq) s mudou de nome, As classes de resposta esperada so assim conceituadas:
passando a ser conhecido como milimol de carga (mmolc). O fator de conv_erso Alta resposta esperada - Solos corrigidos, com muitos anos de plantio
1o, mostrado no quadro 3.1, deve-se mudana da base de representaao, de contnuo de gramneas ou outras culturas no leguminosas; primeiros anos de
100 para 1.000, da mesma maneira como foi feito para a porcentagem. plantio direto; solos arenosos, sujeitos a altas perdas por lixiviao. Culturas
A unidade de condutividade eltrica o deci-siemen por metro (dS/m), perenes com teores baixos de N nas folhas.
que passa a substituir o milimho/cm. Neste caso os valores numricos perma- Mdia resposta esperada - Solos muito cidos, que sero corrigidos; ou
necem os mesmos. plantio anterior espordico de leguminosas; ou solo em pousio por um ano; ou
uso de quantidades moderadas de adubos orgnicos. Culturas perenes com
Quadro 3.1. Fatores para converso de unidades antigas em unidades do teores mdios de N nas folhas.
Sistema Internacional de Unidades Baixa resposta esperada- Solos em pousio por dois ou mais anos; cultivo
aps pastagem (exceto solos arenosos); ou solos com cultivo anterior intenso
Unidade nova (N) Fator de converso (F) de leguminosas; ou adubao verde com leguminosas ou rotao permanente
Unidade antiga (A) (N ~A x F) com leguminosas; uso constante de quantidades elevadas de adubos orgni-
cos. Culturas perenes com teores altos de N nas folhas.
% g/kg, g/dm 3 , g/L 10
ppm mg/kg, mg/dm 3 , mg/L 1 4.2 Fsforo e potssio
3 3 10
meq/100 cm mmo1Jdm Os resultados de fsforo e de potssio so divididos em cinco classes
meq/100g mmoiJkg 10 de teores. Os limites de classes foram estabelecidos com ensaios de calibra-
meq/L mmoiJL o, realizados principalmente para culturas anuais em c.ondies de campo e
p 0,437 levando em conta as respostas aos elementos aplicados na adubao, expres-
P20s sos em termos de produo relativa. Assim, a correspondncia dos limites de
K20 K 0,830 classes de teores com os respectivos limites de produo relativa, so os
c ao Ca 0,715 apresentados no quadro 4.1.
MgO Mg 0,602 Quadro 4.1. Limites de interpretao de teores de potssio e de fsforo em solos
mmho/cm dS/m 1
P resina
Teor Produo K+ trocvel
relativa
Florestais Perenes Anuais Hortalias
4. INTERPRETAO DE RESULTADOS DE ANLISE DE SOLO
% mmo!c;dm 3 mg/dm 3
Alm da interpretao da anlise de solo para P, K, Mg e calag~m, n_e~ta Muito baixo 0- 70 0,00,7 0- 2 0- 5 O 6 O 10
edio esto sendo introduzidas interpretaes para_ respostas a n1trogen10, Baixo 71- 90 0,8-1,5 3- 5 6-12 7-15 11- 25
teores de clcio, enxofre, micronutrientes e, lambem, para res_ultados da Mdio 91-100 1,6-3,0 6- 8 13-30 16-40 26- 60
anlise qumica de amostras do subsolo. A tabela de interpretaao de!' foi Alto >100 3,1-6,0 9-16 31-60 41-80 61-120
subdividida para quatro grupos de culturas, de acordo com o grau de ex1genc1a Muito alto >100 >6,0 >16 >60 >80 >120
a fsforo.
No caso do fsforo, os limites de interpretao so dados para quatro quantidades de sais que podem ocorrer nas amostras de solo que chegam ao
grupos de culturas, com exigncias crescentes de maior disponibilidade de laboratrio, em conseqncia de adubaes, perodos de seca ou da minerali-
fsforo: florestais, perenes, anuais e hortalias. Trata-se de uma classificao zao que acontece em amostras de solo midas acondicionadas em sacos
feita para fins prticos de organizar a adubao fosfatada por grupos de plsticos.
culturas. A tabela de interpretao de parmetros da acidez, indicada no quadro
Note-se que o limite superior da classe de teores altos duas vezes 4.2, tem o objetivo tcnico de servir de base para a organizao de informa-
maior que o limite superior da classe de teores mdios. es, como o caso de acompanhar a evoluo da fertilidade do solo. As
No caso do potssio, bem como de outros ctions trocveis, os diversos culturas variam muito e, desse modo, as classes apresentadas podem ter
extratores usados em laboratrios de anlise de solo do resultados compar- significado diverso para grupos de plantas com caractersticas diferenciadas
veis, significando que, em geral, no importante mencionar o mtodo usado quanto acidez.
na extrao. Alm disso, para potssio, o teor do nutriente no solo um ndice
melhor para avaliar a disponibilidade do que a relao com outros ctions ou
a porcentagem da CTC. A relao com a CTC pode, eventualmente, ser usada 4.4 Clcio, magnsio e enxofre
como um critrio auxiliar, mas no em substituio ao critrio bsico dado no
quadro 4.1. Para clcio, magnsio e enxofre so estabelecidas trs classes de
J no caso do fsforo, muito importante o extrator usado. Para So teores, com a interpretao apresentada no quadro 4.3.
Paulo, pesquisas realizadas no Instituto Agronmico, confirmando informaes A interpretao de magnsio bastante consistente com os dados
de diferentes pases, mostraram que o processo de extrao com resina de experimentais disponveis e as tabelas de interpretao de diferentes institui-
troca de ons um mtodo que avalia melhor a disponibilidade do nutriente es. H bastante polmica, tanto para o magnsio, como para o potssio sobre
para as culturas. De forma geral, o mtodo da resina apresenta correlaes a interpretao em termos da porcentagem da CTC, ao invs dos teores,
mais estreitas com ndices de disponibilidade de fsforo em solos, determina- conforme apresentado no quadro 4.3. Tambm aqui a experimentao agron-
dos com plantas, do que outros extratores usuais, permitindo uma diagnose mica aponta para o uso dos teores absolutos como o melhor critrio. Na prtica,
mais apurada do grau de deficincia de P em solos. se houver magnsio suficiente, no dever ocorrer deficincia. Porm, se os
teores de magnsio forem baixos, a adubao potssica poder agravar a
deficincia.
4.3 Acidez Para o clcio, os valores apresentados, so os mnimos desejveis para
Os parmetros relacionados acidez dos solos, pH em CaCI2 e saturao culturas, sendo o limite superior o necessrio quelas mais exigentes no
por bases, apresentam estreita correlao entre si, para amostras retiradas da nutriente, independentemente da questo da c<;~lagem,_ Nesse caso, embora
camada arvel. A interpretao adotada para valores de pH em CaCI2, e da haja respaldo em resultados experimentais, j que deficincias de clcio so
saturao por bases, apresentada no quadro 4.2. raras em condies de campo, os limites apresentados so bem mais baixos
A determinao do pH em uma soluo 0,01 moi/L de cloreto de clcio, do que os adotados por vrias organizaes no Brasil. Uma das grandes
permite obter resultados mais consistentes do que a determinao do pH em dificuldades isolar a questo da deficincia de clcio do problema da acidez
gua. Isto porque, esta ltima determinao mais afetada por pequenas excessiva, j que solos deficientes em clcio so, em geral, muito cidos.
Nesses casos, a calagem corrige a acidez e supre clcio em teores mais do
Quadro 4.2. Limites de interpretao das determinaes relacionadas com a que suficientes.
acidez da camada arvel do solo
Quadro 4.3. Limites de interpretao de teores de Ca 2+, Mg 2+ e S042- em solos
pH em Saturao
Acidez CaCI2 por bases
v
Teor Ca 2+ trocvel Mg 2+ trocvel S-S042.
%
Muito alta At 4,3 Muito baixa 0-25 mmolc1dm 3 mg/dm 3
Alta 4,4-5,0 Baixa 26-50
51-70 Baixo 0-3 04 04
Mdia 5,1-5,5 Mdia
5,6-6,0 Alta 71-90 Mdio 4-7 58 510
Baixa
Muito baixa > 6,0 Muito alta >90 Alto >7 >8 >10
<n RillAtim TAr:nir:o. 100. IAC. 1997 Onlotirn T.!...-n;,.,.,... 1f\f\ IAf"' 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Um assunto que tem ocasionado polmica a necessidade de estabele- importante obter determinaes dos teores de argila do solo, no
cer, no solo, uma determinada relao Ca/Mg. H abundante informao na somente da camada arvel, mas tambm em profundidade. Os resultados so
literatura, a qual mostra que as produes de culturas no so afetadas por expressos em g/kg.
essa relao entre valores que variam de um mnimo ao redor de 0,5 at valores
acima de 30, desde que nenhum dos dois elementos esteja presente em teores 4.7 Interpretao de resultados de anlise de amostras do subsolo
deficientes.
A anlise de amostras retiradas na profundidade de 20-40 em serve para
O enxofre extrado do solo com soluo de CaH 2 P0 4 0,01 moi/L, que
diagnosticar possveis condies desfavorveis ao desenvolvimento radicular,
extrai principalmente a forma de sulfato, considerada disponvel. A interpreta-
o apresentada no quadro 4.3 refere-se camada arvel. Convm ressaltar principalmente de culturas menos tolerantes acidez. Essas condies so
dadas por:
que comum haver acmulo de sulfato abaixo da camada arvel e, assim, uma
Ca2+ < 4 mmolc/dm3
diagnose mais apurada sobre a disponibilidade de enxofre deve levar em conta,
tambm, os teores da camada de 20-40 em de profundidade. Al3+ > 5 mmolc/dm3, associado com saturao por alumnio (m) > 40%.
A anlise de amostras de subsolos tambm til para avaliar a disponi-
4.5 Micronutrientes bilidade de enxofre, pois o sulfato tende a acumular no subsolo.
Outra informao importante pode ser obtida com a anlise de potssio
A interpretao adotada apresentada no quadro 4.4. que, acusando resultados altos, indica lixiviao do nutriente.
O importante na interpretao da anlise qumica de micronutrientes em
solos o uso de extratores adequados para avaliar a sua disponibilidade. Os Bernardo van Raij, Jos Antonio Quaggio,
extratores que se revelaram mais eficientes, nos estudos realizados no Instituto Heitor Cantare/la e C/eide A. de Abreu
Agronmico, foram a gua quente para boro e a soluo do complexante DTPA Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
para zinco, ferro, cobre e mangans.
A interpretao da anlise de solo para micronutrientes pode ser aprimo-
rada pela considerao de diferentes espcies vegetais. Nas tabelas de adu-
bao, a interpretao da anlise de solo includa para aquelas culturas em 5. PRODUTIVIDADE ESPERADA
que tm sido constatadas deficincias freqentes.
O conceito de produtividade esperada est sendo introduzido para diver-
Quadro 4.4. Limites de interpretao dos teores de micro nutrientes em solos sas culturas como um dos critrios para alterar nveis de adubao. H razes
objetivas para considerar a produtividade esperada nas adubaes: a) culturas
B Cu Fe Mn Zn
Teor
DTPA mais produtivas requerem maior quantidade de nutriefltes; b) com maiores
gua quente
produes, h maior renda, o que permite a aquisio de maiores quantidades
mg/dm 3 de fertilizantes.
Baixo 0-0,20 0-0,2 0- 4 0-1,2 0-0,5 importante entender que a produtividade esperada no funo
Mdio 0,21-0,60 0,3-0,8 5-12 1,3-5,0 0,6-1,2 apenas das doses aplicadas de fertilizantes, dependendo de diversos fatores,
Alto >0,60 >0,8 >12 >5,0 >1 ,2 tais como solo, potencial gentico da planta cultivada, condies climticas
durante o ciclo da cultura e o manejo, incluindo neste o controle de pragas,
molstias e plantas daninhas e o fornecimento ou no de gua de irrigao. o
4.6 Matria orgnica e argila solo pode, em parte, ser melhorado com o manejo, fator este sob o controle do
O teor de matria orgnica do solo no revelou ser, no Estado de So produtor, mas tambm apresentar limitaes intrnsecas impossveis de ser
Paulo, um ndice adequado para predizer a disponibilidade de nitrognio em alteradas, como textura, por exemplo.
solos e, conseqentemente, no tem sido usado para essa finalidade. Portanto, produtividade esperada no deve ser confundida com produti-
O teor de matria orgnica til para dar idia da textura do solo, com vidade desejada.
valores at de 15 g/dm3 para solos arenosos, entre 16 e 30 g/dm3 para solos A definio de uma determinada produtividade esperada deve levar em
de textura mdia e de 31 a 60 g/dm3 para solos argilosos. Valores muito acima conta, sempre que houver informaes, as colheitas passadas dos ltimos
de. 60 g/dm3 indicam acmulo de matria orgnica no solo por condies anos. Assim, a meta de produtivi<;lade esperada deve ser colocada entre a
localizadas, em geral por m drenagem ou acidez elevada. mdia dos ltimos anos e a maior produtividade obtida. Dessa maneira, garan-
te-se o suprimento adequado de nutrientes para produes crescentes. Se as Quanto granulometria, a legislao exige que pelo menos, 95% do
metas de produtividade esperada forem sendo atingidas, convm aument-las material corretivo passe em peneira de 2 mm (ABNT n-o 1O), 70% em peneira
para as colheitas seguintes. de 0,84 mm (ABNT n. 0 20) e 50% em peneira de 0,30 mm (ABNT no 50).
Embora a escolha de uma produtividade esperada seja um difcil exerc- Do ponto de vista qumico, de acordo com a natureza do material, os
cio de adivinhar o futuro, no h alternativa melhor para adubar em condies mnimos exigidos pela legislao so os apresentados no quadro 6.1.
de produtividade muito diversa das culturas. melhor errar um pouco para
mais, para no deixar de ganhar em anos bons, lembrando que os aumentos Quadro 6.1. Valores mnimos, do poder de neutralizao (PN) e da soma dos
de produo, geralmente, tm valores muitas vezes maiores que o gasto com teores de clcio e de magnsio, exigidos pelo Ministrio da Agricultura, e
adubos. Alm disso, fsforo e potssio permanecem no solo, no caso de menor valores correspondentes com o uso do Sistema Internacional de Unidades
utilizao em anos de produtividades inferiores s previstas, no ocorrendo Poder de neutralizao Soma de clcio e magnsio
perdas desses nutrientes. Material
Equiv. CaC03 Moi CaO + MgO Ca + Mg
O problema maior passa a ser o nitrognio, que no se acumula no solo
em formas minerais, sendo sujeito lixiviao, alm de no existir mtodo de % moldkg % g/kg
anlise de solo para o nutriente em nossas condies. Por outro lado, como a Calcrio modo 67 13 38 250
aplicao do nitrognio feita de forma parcelada, com as maiores doses Calcrio calcinado agrcola 80 16 43 280
aplicadas quando o desenvolvimento da cultura j est em estado adiantado, Cal virgem agrcola 125 25 68 450
possvel alterar a sua dosagem mesmo aps o plantio, nas adubaes de Cal hidratada agrcola 94 19 50 330
cobertura, caso se preveja produtividade esperada menor do que a inicialmente
Escria 60 12 30 200
prevista. Para algumas culturas perenes, como caf e citros, por exemplo,
possvel utilizar um critrio mais tcnico, que a anlise foliar, mas tambm Outros 67 13 38 250
vinculado produtividade esperada.
O histrico das glebas , conseqentemente, um fator muito importante O poder de neutralizao (PN), expresso atualmente em porcentagem
para a melhor definio de um programa de adubao. Espera-se que, com o de "equivalente carbonato de clcio", representa o teor contido de neutralizan-
tempo, a previso de produtividade possa basear-se, de forma crescente, em tes. Seu valor pode ser determinado no laboratrio ou calculado, nos casos em
elementos tcnicos cada vez melhores, que incluem modelos agroclimticos, que a totalidade do clcio_e do magnsio esteja na forma de xidos, hidrxidos
levantamentos detalhados de solos etc. ou carbonatos, o que lhes garante o poder neutralizante dos compostos. O
clculo feito por:
6. CORREO DA ACIDEZ DO SOLO PN = CaO% x 1,79 + MgO% x 2,48':
A necessidade de correo da acidez, ou de cal agem, ser indicada nas Como as partculas mais grosseiras dos corretivos da acidez no dissol-
tabelas especficas de cada cultura, apenas como uma meta de saturao por vem no solo, no perodo de alguns meses, usa-se uma outra expresso, que
bases a se atingir. O clculo da calagem explicado neste captulo dentro de deprecia as partculas menos reativas. Trata-se do poder relativo de neutrali-
duas alternativas, ou seja, com base em representao dos corretivos em zao total (PRNT), calculado por:
porcentagem de xidos de clcio e magnsio ou considerando os teores desses
elementos em gramas por quilograma, dentro do Sistema Internacional de PRNT = (PN x RE)/1 00.
Unidades. O uso do gesso para a melhoria do ambiente radicular de solos O PRNT representa, assim, o valor do PN multiplicado porRE, que indica
cidos tambm discutido. a reatividade de partculas de calcrio de diferentes tamanhos, em relao ao
carbonato de clcio finamente modo, em um perodo de trs meses. A eficin-
6.1 Corretivos da acidez cia relativa calculada por:
O gesso um material que vem sendo usado para aumentar os teores Outro aspecto a observar que o PRNT uma medida de teor ou
de clcio e reduzir a saturao de alumnio em subsolos cidos. Trata-se, contedo n~utralizante do corretiv.o e no de sua qualidade, como tem sido por
basicamente, de sulfato de clcio e as exigncias para comercializao so vezes considerado. Ass1m, o ma1s aconselhvel, na escolha do corretivo,
teores mnimos de 13% de S e 16% de Ca. O gesso tem ao totalmente considerar o custo do produto aplicado.
diferente dos corretivos do quadro 6.1, e por no ter ao direta sobre a acidez,
no se aplicam a ele os conceitos discutidos acima.
6.3 Incorporao do corretivo
6.2 Clculo da necessidade de calagem Os corretivos tm efeito principal sobre a acidez, a curto prazo restrito
a uma distncia pequena do local de aplicao. Assim, o benefcio ~ximo
A quantidade de calcrio a aplicar, para elevar a saturao por bases do p:incipallllente. para a primeira cultura, obtm-se com a aplicao antecipada:
solo de um valor atual, V1 , a um valor maior, V 2, calculada pela expresso distnbUJao un1forme e a mais profunda incorporao.
seguinte: Uma regra importante que a calagem deve ser realizada com a maior
CTC (V2- V1)
NC antecedncia possvel ao plantio. Contudo, prefervel aplicar o calcrio
10 PRNT prximo semeadura que deixar de faz-lo.
na qual NC a necessidade de calagem, dada em t/ha, e CTC a capacidade O corretivo deve ser espalhado da forma mais uniforme possvel sobre
de troca de ctions do solo, expressa em mmo1Jdm3. Os demais smbolos j o terreno e inco~porado. Os arados, tanto de disco como de aiveca, proporcio-
foram explicados. nam mcorporaoes ma1s profundas que as grades aradoras. Melhor uniformi-
Para calcrios modos, quando o PRNT no determinado, pode-se dade de incorporao consegue-se com a aplicao do calcrio de uma s vez,
adotar um valor mdio para o PRNT de 67%. Os resultados devem ser arredon- realizando uma pr-mistura com grade semipesada e, a seguir, de preferncia
dados em nmeros inteiros, no se aplicando menos de 1 t/ha, j que difcil com o solo mido, arao profunda para completar a incorporao. Uma
aplicar quantidades menores com os equipamentos disponveis no mercado. segunda opo, talvez mais apropriada para pequenas e mdias propriedades
A escolha dos valores de V a serem atingidos com a calagem (V 2) consiste na aplicao de metade da dose antes da arao e metade antes d~
depende da cultura, e esto indicados nas respectivas tabelas. Por exemplo, gradeao.
para o arroz irrigado recomenda-se atingir V 2 ~50% e, para alfafa, V2 ~ 80%. . Para cult~ras perenes formadas, a incorporao profunda nem sempre
Nesta edio do Boletim 100, houve alterao dos valores preconizados para e poss1v~l e ha algumas :Particularidades a serem observadas. Assim, para
diversas culturas. A importncia do mtodo de clculo da necessidade de c1tros, a epoca de aplicaao mais favorvel no incio da estao seca (maio
calagem descrito est na considerao das diferenas de tolerncia acidez a junho) e a incorporao deve ser feita com grade. Para o caf, o perodo mais
entre culturas. apropriado logo aps a colheita.
Alm de corrigir a acidez, a cal agem deve garantir teores suficientes de Os problemas mais srios que vm ocorrendo com a calagem so a
magnsio no solo, admitidos como 5 mmolcidm3 para a maioria das culturas e aplicao muito prxima ao plantio ou a incorporao muito rasa. No primeiro
9 mmo1Jdm3 de Mg2+ para culturas muito adubadas com potssio. O clcio , caso, a conseqncia uma reduo do efeito da calagem sobre a produo,
normalmente, suprido em quantidades suficientes pela calagem, j que os pelo pouco tempo para a reao do corretivo com o solo. No segundo, ocorre
teores necessrios so baixos, conforme explicado no captulo 4. uma "supercalagem" em uma camada superficial, o que pode agravar deficin-
Dessas consideraes resulta que a relao Ca/Mg tambm no um cias de micronutrientes, e um efeito da cal agem em apenas uma camada rasa
fator que precisa ser levado em conta na calagem, desde que seja garantido do solo, o que limita o desenvolvimento radicular e, conseqentemente, 0
um teor adequado de Mg. A importncia do equilbrio entre as bases no solo melhor aproveitamento da gua do solo, com reflexos negativos na produti-
para a produo das culturas tem sido muito discutida, nos ltimos anos, no vidade.
Pas. Existem recomendaes tcnicas para se ajustar a relao Ca/Mg para
valores entre 3 e 4, sem nenhuma sustentao experimental. Ao contrrio, os 6.4 Reduo da acidez do subsolo
resultados experimentais sobre este assunto, tanto nacionais como internacio-
nais, tm demonstrado que a relao Ca/Mg tem pouca importncia para a . A acidez do subsolo dificulta ou impede, em muitos casos, a penetrao
produo das culturas dentro de um amplo intervalo de 0,5:1 at 30:1, desde de ra1zes. Os fatores envolvidos so teores baixos de clcio ou teores elevados
que os teores desses nutrientes no solo no estejam prximos aos limites de de alumnio. Freqentemente, esses dois problemas ocorrem concomitante-
deficincia. mente em solos muito cidos.
Calagens elevadas e adubaes freqentes contribuem para reduzir Quadro 6.2. Exemplo de comparao do clculo da necessidade de calagem,
significativamente esses problemas de acidez, promovendo o desenvolvimento usando o sistema atual e o Sistema Internacional de Unidades
profundo das razes no subsolo, em decorrncia da lixiviao de sais atravs
do perfil do solo.
Parmetro Sistema atual Sistema novo
O gesso, um sal solvel em gua, outro insumo que tem apresentado
efeito favorvel no desenvolvimento do sistema radicular no subsolo, devido Corretivo
ao aumento dos teores de clcio, reduo da saturao de alumnio e, em Clcio CaO 23% Ca = 164 glkg
alguns casos, reduo efetiva da acidez. Magnsio MgO = 19% Mg = 115 glkg
As condies em que o gesso pode ter efeito positivo na produo de Frao peneira 20 X =12% X= 120 g/kg
culturas dependem da acidez ou deficincia de clcio do subsolo, alm do grau Frao peneira 50 (y) y:;;;:; 35% y = 350 glkg
de tolerncia de cultivares toxidez de alumnio e deficincia de clcio. De Frao passa peneira 50 (z) z 55% z = 550 glkg
maneira geral, em solos com teores de Ca2+ inferiores a 4 mmolcfdm3 e/ou com Poder de neutralizao total PN = 88,9% Equiv. CaC03 PN = 17.63 mmolclkg
saturao de alumnio acima de 40%, pode-se esperar efeito, desde que os Reatividade RE = 77,2% RE 0,772
teores de alumnio no sejam muito elevados. As quantidades a aplicar depen-
Poder de neutralizao efetivo PRNT = 68,6% Equiv. CaC03 PNE 13,61 mmolclkg
dem da textura, e podem ser estimadas por: NG = 6 x argila; onde, NG a
necessidade de gesso em kg/ha, e o teor de argila dado em g/kg. O efeito Solo
residual do gesso, como o do calcrio, perdura por vrios anos, em solos que CTC 73 mmolcldm 3 73 mmolc/dm 3
nunca receberam aplicaes desse insumo. v, 23% 23%
Vz 60% 60%
Necessidade de calagem 3,94 !lha 3,97 !lha
6.5 Clculo da necessidade de calagem usando o Sistema Interna-
cional de Unidades
Para adequar os clculos dos valores de PN, RE e PRNT ao Sistema
Internacional de Unidades, necessrio expressar os teores de clcio e Jos Antonio Quaggio e Bernardo van Raij
magnsio e as diferentes fraes granulomtricas em gramas por quilograma Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
(g/kg). Os clculos so feitos pelas seguintes expresses:
PN = Ca/20,0 + Mg/12,2
PNE = PN x RE 7. ADUBAO FOSFATfi.DA
RE = (0,2x + 0,6y + z)/1.000 Nas tabelas de adubao, a recomendao de adubao fosfatada, ser
Nesse caso, o PN expresso em molcfkg e os teores de Ca e Mg devem feita em termos de P20 5, j que esta representao est profundamente
estar em g/kg. O poder de neutralizao efetivo, ou PNE, que corresponde ao arraigada nos meios agronmicos, no comrcio e na legislao. Contudo,
PRNT, tambm expresso em mol 0 /kg do corretivo. A eficincia relativa das sempre que possvel, a representao nova, em termos de P, ser tambm
partculas calculada com as fraes granulomtricas indicadas tambm em indicada para permitir comparaes.
g/kg do corretivo. O clculo da cal agem feito por:
NC = [2 CTC (Vz- Vt)] I 100 PNE 7.1 Fertilizantes fosfatados
Um exemplo comparativo do clculo da calagem, usando os dois siste- Os principais fertilizantes fosfatados comercializados no Brasil apresen-
mas de unidades, dado no quadro 6.2. Note-se que na anlise de solo j foi tam-se no quadro 7.1. A caracterizao desse material feita de duas maneiras.
decidida a mudana de unidades; assim, no apresentado o clculo usando No caso dos fosfatos solveis em gua, so indicados os teores de fsforo
miliequivalentes, que no mais recomendado. J no caso de corretivos, no solvel em citrato neutro de amnia + gua e apenas o teor solvel em gua;
, ainda, possvel, utilizar o Sistema Internacional de Unidades, pois a legisla- para os fosfatos insolveis em gua, indica-se o teor total e o teor solvel em
o e o comrcio ainda empregam as representaes antigas. De qualquer cido ctrico a 2% (20 g/L).
forma, o exemplo mostra que os clculos pelo Sistema Internacional de Unida- As exigncias mnimas de teores de fsforo, medidos por cada uma
des so mais simples. dessas determinaes, variam com a natureza do fosfato. Assim, os teores
apresentados no quadro 7.1 so a garantia mnima exigida pelo Ministrio da Nas adubaes, aplica-se maior parte do fsforo atravs de frmulas
Agricultura, o que no impede que a comercializao se d com garantias NPK, preparadas com diversas matrias-primas, predominando os fosfatos
superiores. solveis em gua. No caso das frmulas, os clculos de adubao devem levar
O quadro 7.1 apresenta os teores de fsforo, na representao usual, em conta os teores solveis em. citrato de amnio + gua. Existem muitos
em porcentagem (%) de P2 0 5 e em gramas de P por quilograma de produto adubos fosfatados, mas o princpio de caracterizao e de uso similar.
(g/kg). So tambm indicados os teores de N e S contidos nos adubos.
A interpretao dos teores de fsforo em adubos fosfatados varia com a 7.2 Adubao fosfatada
sua solubilidade em gua. Os chamados fosfatos solveis - superfosfatos e
fosfatos de amnio - tm a maior parte do fsforo solvel em gua, o que Nas recomendaes de adubao, as quantidades de fsforo a aplicar
significa pronta disponibilidade. Nesses casos h, tambm, uma frao relati- dependem dos teores de fsforo no solo, determinados pelo mtodo de extra-
vamente pequena de fosfato insolvel em gua, mas solvel em citrato de o com resina de troca inica e para diversas culturas a produtividade
amnio, tambm considerado disponvel, embora no imediatamente. Os de- esperada tambm levada em conta.
mais fosfatos mostrados no quadro 7.1 so insolveis em gua: O fsforo o nutriente que mais limita a produtividade na maioria dos
Alm do "fosfato natural", que representa material de origem nacional, solos nunca ou pouco adubados. Com adubaes freqentes, os teores tendem
de baixa eficincia, o hiperfosfato um fosfato natural importado, de alta a subir, em razo do efeito residual, mas a quantidade exigida para atingir
eficincia, chamado tambm de fosfato natural de alta reatividade. Na aduba- teores altos na anlise de solo bastante elevada, maior para solos mais
o fosfatada com esses adubos, os clculos devem ser feitos considerando argilosos.
apenas os teores totais de fsforo; os teores solveis em cido ctrico servem Em So Paulo, existem poucas reas novas a serem cultivadas e, assim,
to somente para caracterizar produtos de diferentes origens. O termofosfato no se pratica normalmente a chamada adubao corretiva com fsforo, em-
caracterizado da mesma maneira, mas os teores de fsforo solvel em cido bora ela possa ser vantajosa em culturas de alto retorno, em solos muito
ctrico so mais elevados. deficientes. Prefere-se a adubao localizada, em sulcos ou covas, ou sobre o
solo, no caso de culturas perenes, embora essa maneira de aplicar seja menos
Quadro 7.1. Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mnimas, eficiente.
de acordo com o Ministrio da Agricultura As recomendaes das tabelas de adubao pressupem fsforo solvel
Outros
em citrato neutro de amqoio + gua. Em solos deficientes, que iro receber
Fertilizante Representao Teores de fsforo nutrientes quantidades moderadas de fsforo, e tambm em culturas de crescimento
rpido, importante usar adubos com elevada proporo de fsforo solvel em
Fosfatos solveis em gua Citrato de gua.
amnia +gua gua
Termofosfatos e osfatos naturais so mais eficientes se usados em
Superfosfato simples PzOs,% 18 16 10% de S
forma de p fino e incorporados em solos cidos, principalmente os ltimos.
P, g/kg 80 70 100 g/kg de S
Mesmo nessas condies, os fosfatos naturais de baixa solubilidade em cido
Superfosfato triplo PzOs,% 41 37
180 160
ctrico, freqentemente produzem efeitos modestos e incertos sobre o desen-
P, g/kg
volvimento das culturas. Melhores resultados so obtidos com o termofosfato
Fosfato diamnico PzOs,% 45 38 16% de N
P, g/kg 200 170 160 g/kg de N e os fosfatos naturais de alta reatividade.
(DAP)
Fosfato monoam- P20s,% 48 44 9% de N O fsforo praticamente imvel no solo. Assim, sempre que possvel,
nico (MAP) P, g/kg 210 190 90 g/kg de N esse nutriente deve ser colocado dentro do solo, em sulcos ou covas, no caso
de fosfatos solveis em gua. Para as culturas perenes, deve-se aproveitar a
Fosfatos insolveis em gua
Total cido ctrico fase de instalao para aplicar o fsforo em profundidade no solo, nas covas
Fosfato natural Pzs,% 24 4 ou sulcos. No se deve aplicar fsforo em cobertura para plantas de ciclo curto,
P, g/kg 100 20 a no ser que o adubo seja coberto por terra, para possibilitar a absoro do
Hiperfosfato em p PzOs,% 30 12 nutriente pelas razes.
P, g/kg 130 50
Termofosfato Pzs,% 17 14 7% de Mg Bernardo van Raij
P, g/kg 70 60 70 g/kg de Mg
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
00 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 Boletim Tc:nico. 100. lAC. 1!=1~7 01
8, van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
8.1 Nitrognio
A recomendao de nitrognio, nas tabelas de adubao desta publica- o
o, um dos poucos casos em que a anlise do solo no , praticamente, """"
levada em conta. So considerados o manejo e o histrico da gleba, a produ- ~
tividade esperada e, para algumas culturas, o teor de N folia r. .2"'
o
8.1.1 Fertilizantes nitrogenados
Os principais fertilizantes nitrogenados comercializados no Brasil so
listados no quadro 8.1. O nitrognio pode estar nas formas amdica (uria),
amoniacal ou ntrica e todas as fontes so solveis em gua. Uma vez no solo, 000
em poucas semanas, a maior parte do N amdico ou amoniacal passa para a
forma ntrica, pouco retida no complexo de troca, e sujeita a perdas por (/) ' '
"'"'"'
~ "'
g
lixiviao. Estimativas de caminhamento de nitrato no solo indicam valores de
0,5 mm/mm de chuva para solos argilosos a mais de 3 mm/mm de chuva para
solos arenosos. 1'--.::I'('I)C\IlO
~ "'"""'"'"" cn
Para minimizar perdas por lixiviao, os adubos nitrogenados so parce- (/)
N ' ' tbN 6
(\J ~(\J
lados de modo que as plantas os recebam nos perodos em que o N possa ser
prontamente absorvido. Para as culturas perenes, o N aplicado em 3 a 5 vezes
no perodo das chuvas. Nas culturas anuais, o N parcelado em duas ou trs
vezes, sendo uma pequena parte no plantio, dependendo do ciclo da cultura,
dose recomendada e tipo de solo. A maior parte do N, cerca de 2/3, aplicada
em uma ou duas vezes, a partir do perodo em que a planta inicia a fase de
ativo crescimento.
Em solos com pH acima de 7, adubos contendo N na forma amonaca!,
aplicados na superfcie do solo, esto sujeitos a perdas de N por volatilizao
de amnia. No entanto, solos nessas condies so pouco comuns no Estado z
de So Paulo. A uria, porm, quando aplicada na superfcie est sujeita a
perdas de amnia mesmo em solos cidos. As perd'!S a campo so variveis,
mas estima-se que possam chegar a 20% ou mais do N aplicado se as
z
condies favorecerem a volatilizao. As perdas so maiores se a uria for
aplicada em solo mido, seguido de vrios dias de sol, quando a evaporao
de gua favorecida, ou se a uria for colocada sobre resduos de plantas, tais
como a palhada formada em plantio direto. A uria aplicada sobre solo seco
no se hidrolisa e, portanto, no perde amnia, at que condies de umidade
permitam a hidrlise. Por outro lado, chuva ou irrigao de 1O a 20 mm
geralmente so suficientes para levar a uria para o interior do solo e prevenir
as perdas. O enterrio ou cobertura da uria com 5 em de solo normalmente
suficiente para controlar as perdas.
Em solos de vrzea, que permanecem inundados durante parte ou todo .
22 Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 Rr.lctirn Tf'ni,-.r. 1(\(\ IA(" 1007
8. van RAlJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...
A nitrificao de adubos contendo N amoniacal produz H+, e provoca a 1 - Alta resposta esperada: solos bem corrigidos e com mdia ou alta
acidificao dos solos. A intensidade de acidificao depende do adubo utiliza- disponibilidade de P e K e que tenham sido cultivados com gramneas como o
do (Quadro 8.2). Culturas que recebem altas doses de N localizadas, como o milho, arroz, trigo, ou culturas no fixadoras de N, como o algodo; reas
caf e os citros, podem ter uma intensa acidificao na zona adubada e irrigadas com alto potencial de produo, sujeitas a maior lixiviao; reas nos
necessitar de aplicaes mais constantes de calcrio. primeiros anos de plantio direto; solos arenosos mais sujeitos a lixiviao ou
solos arenosos em regies quentes, onde a decomposio dos resduos de
Quadro 8.2. Equivalentes de acidez(-) ou de alcalinidade(+) dos principais cultura muito rpida;
fertilizantes nitrogenados
2 - Mdia resposta esperada: solos muito cidos e que sero corrigidos
Equivalente em kg de CaC03 com calcrio, com produtividade limitada no primeiro ano e onde se espera
Fertilizante
Por kg de N Por 100 kg do produto maior mineralizao do N do solo devido correo do solo; solos com plantio
anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
Amnia anidra -1,80 -148
Uria 1 ,80 -79 3 - Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
-1,80 -58 aps pastagens; cultivo intenso de leguminosas ou plantios de adubo verde
Nitrato de amnia
precedendo a cultura a ser adubada.
Nitroclcio o o
-107 Os critrios para definir classes de resposta no so rgidos e, em
Sulfato de amnio -5,35
algumas situaes, pode-se preferir uma classe diferente daquela escolhida
MAP -5,00 -45
pela aplicao das normas acima. Por exemplo, em solos muito arenosos, onde
Cloreto de amnio -5,60 -140
a decomposio da matria orgnica fresca (pastagens ou adubaes verdes
Nitrato de clcio +1 ,35 +19 incorporadas ao solo) rpida, a classe de resposta baixa deve ser mudada
Nitrato de sdio +1 ,80 +27 para classe de mdia ou alta resposta.
Nitrato de potssio +2,00 +26
8.2 Potssio
8.1.2 Adubao nitrogenada O potssio , geralmente, o segundo elemento extrado em maior quan-
tidade pelos vegetais. O potssio trocvel representa a frao disponvel s
Para a maioria das culturas, o nitrognio o nutriente absorvido em
plantas, embora, em alguns solos, formas no-trocveis tambm possam con-
maiores quantidades, dai sua alta exigncia. tribuir para o fornecimento a curto prazo deste n)Jtriente"
Cerca de 95% ou mais do N do solo faz parte da matria orgnica, que
O potssio presente nos tecidos vegetais no incorporado frao
constitui o grande reservatrio desse nutriente. No entanto, a capacidade do orgnica, permanecendo como on. Assim, quando parte do material vegetal
solo de fornecer N s culturas depende da mineralizao do N orgnico, funo reciclado aps a colheita, o K presente pode voltar rapidamente ao solo, em
de fatores climticos, de difcil previso. Assim, a anlise de solo tem pouca forma prontamente disponvel. Quando o solo amostrado com vegetao
utilidade, at o momento, para ajudar a definir a adubao nitrogenada. exuberante, o resultado da anlise pode subestimar o teor de K disponvel, pois
As doses de N recomendadas para as principais culturas neste boletim uma parte substancial deste nutriente pode estar na biomassa vegetal. Isso
foram determinadas com base na classe de resposta a N, definida conforme o pode ter alguma importncia, principalmente em solos pobres.
manejo e histrico da gleba, no rendimento esperado e nos teores foliares. A
produtividade esperada um importante parmetro para recomendao de 8.2.1 Fertilizantes potssicos
adubao com nutrientes como N e K pois, em vista da suas altas concentra- Os fertilizantes potssicos mais comuns so listados no quadro 8.1. Nas
es nas plantas, a necessidade da cultura varia muito com o potencial de pro- formas de cloreto, sulfatos ou nitratos, so todos solveis em gua e pronta-
dutividade. O teor de N nas folhas tem se revelado um bom critrio para ajustar mente disponveis s plantas. As concentraes do nutriente nos fertilizantes
as recomendaes de N em plantas perenes, tais como citros, caf e manga. so indicadas em % de K20, como na atual legislao, e tambm em g/kg de K.
A capacidade do solo para fornecer N e, conseqentemente, a necessi- O cloreto de potssio a fonte mais barata e mais utilizada. Devido ao
dade de adubao nitrogenada varia conforme o manejo do solo e a cultura alto teor de cloro, no recomendado seu uso em altas doses em culturas
anterior. Neste boletim, foram definidas trs classes de resposta a N, as quais sensveis ao excesso desse elemento, tais como o fumo. No entanto, esta
podem ser ajustadas conforme a cultura a ser adubada: restrio no se aplica maioria das espcies.
8.2.2 Adubao potssica necessidades de S podem ser satisfeitas pela adubao com N e P. Essa
estratgia quase sempre a mais econmica, uma vez que as necessidades
A anlise de solo fornece informaes seguras para se avaliar a dispo-
de S para as culturas so, geralmente, pequenas.
nibilidade de potssio s culturas e o principal parmetro utilizado para definir
a recomendao das doses de fertilizantes potssicos nas tabelas desta publi- A gessagem, realizada com o propsito de minimizar problemas de
cao. Outro parmetro importante a produtividade esperada, que reflete a acidez e falta de clcio em subsuperfcie (vide captulo 6), geralmente fornece
extrao do nutriente pela cultura e a remoo pelas colheitas. S alm das necessidades das culturas e, por isso, pode resolver o problema
de suprimento de S como nutriente por vrios anos.
As tabelas de recomendao geralmente prevm a aplicao dos fertili-
zantes potssicos no sulco de plantio, embora esta tambm possa ser feita a O enxofre elementar (8), ou flor de enxofre, com 95 g/kg de S, tambm
lano, antes do plantio. Em solos pobres, a aplicao no sulco mais vantajosa uma fonte eficiente deste nutriente para as plantas, embora de solubilidade
pois, com doses menores, possvel garantir maior quantidade de nutrientes bastante baixa. A disponibilidade do S dessa fonte depende da oxidao a
prximo do sistema radicular. Em solos com teores altos, a influncia do modo sulfato, cuja velocidade funo da granulometria: quanto mais fina, mais
de aplicao menor. rpida a oxidao. No entanto, o forte poder acidificante do enxofre elementar
A aplicao de altas doses de potssio no sulco de plantio deve ser deve ser levado em considerao (32 kg de S necessitam de 100 kg de CaC0 3
puro para neutralizar a acidez produzida).
evitada devido ao efeito salino e, em alguns casos, para diminuir perdas por
lixiviao. O excesso de sais prximo s sementes e plntulas pode provocar- 8.3.2 Adubao com enxofre
-lhes a morte e reduzir o "stand", prejudicando a produo. Alm disso, em solos A extrao de enxofre pelas culturas corresponde geralmente a 1O a 15%
arenosos, h o risco de perdas por lixiviao, pois a quantidade de colides do da de nitrognio. No entanto, o uso de frmulas concentradas, pobres em
solo na zona de aplicao do adubo pode no ser suficiente para reter grandes enxofre, por longos perodos de tempo, pode colaborar para o empobrecimento
doses do nutriente. Assim, para culturas anuais, recomenda-se no exceder 60 do solo e provocar deficincia desse nutriente. Por isso, recomenda-se que a
kg/ha de K2 0 no sulco de plantio. O restante deve ser aplicado em cobertura aplicao de enxofre no seja negligenciada nos programas de adubao.
no incio da fase de maior desenvolvimento das plantas, lembrando que apli- Nas tabelas desta publicao, geralmente a recomendao da dose de
caes tardias ou em solos muito argilosos, podem no ser eficientes. Para S no est amarrada anlise do solo, pois poucos laboratrios fazem a
doses maiores que 100 kg/ha de K20, a aplicao a lano, com incorporao determinao desse nutriente em solo. No entanto, os resultados da anlise de
antes do plantio, tambm uma alternativa. S-sulfato tm sido usados com relativo sucesso para prever a disponibilidade
desse nutriente s plantas:
8.3 Enxofre
Heitor Cantare/la
A maior parte do S do solo est na forma orgnica e necessita passar Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
por processo de mineralizao para se tornar disponvel s plantas. A forma
inorgnica predominante em solos bem drenados a do sulfato, cuja determi-
9. ADUBAO COM MICRONUTRIENTES
nao bastante utilizada para avaliar a disponibilidade desse nutriente. Em
muitos solos, o sulfato mais retido nas camadas subsuperficiais com reao As deficincias de micronutrientes em culturas representam uma preo-
cida, devido presena de cargas positivas e menores teores de nions como cupao crescente, j que elas vm-se acentuando, podendo acarretar srios
o fosfato, que competem por esses stios de adsoro. Assim, a amostragem prejuzos na produtividade. O cultivo em solos de baixa fertilidade, a calagem
do solo para anlise de sulfato deve tambm ser feita na camada de 20 a 40 em, e o aumento da produtividade, so fatores que tm favorecido o aumento das
quando a profundidade do sistema radicular assim o justificar. deficincias de micronutrientes. A anlise de solo para micro nutrientes, intro-
duzida nesta publicao, dever ser importante instrumento para orientar a
8.3.1 Fertilizantes contendo enxofre adubao, principalmente se for usada em conjunto com informaes espec-
ficas sobre as espcies ou variedades cultivadas.
Os principais fertilizantes minerais contendo enxofre so apresentados
no quadro 8.1. Em quase todas as fontes, o S est na forma de sulfato,
9.1 Fertilizantes contendo micronutrientes
prontamente disponvel, mesmo na forma de sulfato de clcio, de solubilidade
relativamente baixa, presente no gesso e no superfosfato simples. Este nutrien- Sais e xidos inorgnicos, silicatos fundidos e quelatos - so usados
te faz parte de importantes fontes de nitrognio, como o sulfato de amnia, e como fontes de micronutrientes, isoladamente ou incorporados em formulaes
de fsforo, como o superfosfato simples, de modo que, muitas vezes, as com macronutrientes.
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
O quadro 9.1 apresenta os principais produtos comercializados no Brasil, 9.2 Adubao com micronutrientes
com os teores mnimos exigidos pelo Ministrio da Agricultura. Na prtica, Existem grandes diferenas de comportamento de espcies vegetais e
podem ser encontrados produtos com teores bem mais elevados. A solubilidade at mesmo de variedades dentro das mesmas espcies, na suscetibilidade a
ou no em gua um dos importantes atributos utilizados para orientar o modo deficincias de micronutrientes. Assim, nas tabelas de adubao das culturas,
de aplicao. a anlise de solo para micronutrientes considerada naqueles casos em que
Os principais fertilizantes so os sais inorgnicos solveis dos elemen- ocorreram deficincias, em So Paulo, principalmente para zinco e boro e, em
tos. Tambm so utilizados xidos, insolveis em gua. Os chamados silicatos, poucos casos, para cobre e mangans. Ainda no est sendo feita anlise de
conhecidos como "fritas", so obtidos por fuso de silicatos com os micronu- solos para molibdnio.
trientes. Eles so comercializados com grande diversidade de nutrientes, no As recomendaes de adubao de micronutrientes, quando indicadas
mnimo dois, e com os teores mnimos apresentados no quadro 9.1. Os nas tabelas de adubao das culturas, so para aplicaes localizadas, no
quelatos so produtos solveis que mantm os metais neles contidos fo~temen sulco ou em covas, ou mesmo na superfcie do solo, para culturas perenes,
te complexados, em muitos casos protegendo os elementos de reaoes que exceto naqueles casos em que prescrita a aplicao !aliar.
poderiam reduzir sua disponibilidade no solo. Em aplicaes localizadas, as formas solveis em gua so mais pron-
Tem havido uma tendncia crescente de incorporao dos micronutri- tamente disponveis, principalmente para culturas de crescimento rpido. As
entes em formulaes NPK, principalmente por causa da dificuldade de aplica- fontes insolveis so favorecidas pelo maior contato com o solo, propiciado por
o das pequenas quantidades normalmente necessrias nas adubaes. incorporao em rea total ou com a terra de sulcos ou covas.
Quadro 9.1. Principais fontes de micronutrientes utilizados no Brasil e garantias Dos micronutrientes, apenas o cloro e o boro apresentam mobilidade
mnimas exigidas pelo Ministrio da Agricultura acentuada no solo, entretanto, no existe registro de ocorrncia de deficincias
de cloro nas condies de So Paulo. J o boro, pela sua mobilidade, pode ser
Garantia mnima Solubilidade aplicado em adubao de cobertura, at em culturas anuais.
Nutriente Fertilizante (cone. do elemento) em gua Os micronutrientes, com exceo do ferro, apresentam efeito residual
% g/kg das adubaes que podem estender-se por vrios anos, dependendo das
Brax 11 110 Solvel quantidades aplicadas. Assim, a anlise de solo pode ser usada para acompa-
Boro
cido brico 17 170 Solvel nhar as variaes sendo, em geral, bastante fcil atingir valores altos. Essa
Silicato 1 10 Insolvel uma informao especialmente importante, no caso de culturas intensivas que
recebem vrias aplicaes por ano, possibilitando, com o monitoramento pela
Cobre Sulfato 13 130 Solvel
anlise de solo, evitar acmulos que podem tornar-se txicos, o que mais
xido cprico (CuO) 75 750 Insolvel
Insolvel provvel de ocorrer para boro.
Silicato 2 20
Quelato 5 50 Solvel O molibdnio pode ser aplicado, de maneira muito eficiente, junto com
as sementes. Isso possvel pelas baixas quantidades do nutriente exigidas
Ferro Sulfato ferroso 19 190 Solvel
pelas plantas, o que no ocorre com os demais micronutrientes.
Sulfato frrico 23 230 Solvel
Quelato 5 50 Solvel A aplicao fali ar pode ser utilizada para os micronutrientes, com soluo
de sais inorgnicos solveis em gua. Nos casos em que isso recomendado,
Mangans Sulfato manganoso 26 260 Solvel as concentraes preconizadas so dadas nas tabelas de adubao. Para
xido manganoso 41 410 Insolvel
diversas culturas perenes, a pulverizao foliar com micronutrientes uma
Silicato 2 20 Insolvel
rotina, aproveitando-se a aplicao de pesticidas. Para as hortalias, a prtica
Quelato 5 50 Solvel
tambm bastante comum, mas para culturas anuais extensivas, a adubao
Molibdnio Molibdato de sdio 39 390 Solvel foliar de micronutrientes em geral s se justifica em situaes de emergncia.
Molibdato de amnia 54 540 Solvel Em todas as situaes, quando houver deficincia de zinco e mangans,
Sllicato 0,1 Insolvel recomendvel a aplicao ao solo, de preferncia no plantio.
Zinco Sulfato de zinco 20 200 Solvel
xido 50 500 Insolvel Cleide Aparecida de Abreu
Silicato 3 30 Insolvel
e Bernardo van Raij
Quelato 7 70 Solvel
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-IA C
10. ADUBAO ORGNICA pelos adubos para manter uma quantidade fixa de 100 kg/ha de N mineralizado
por ano. Com rela~ ao P e a_o K, pode-se assumir que 70% do p e pratica-
H um interesse crescente na utilizao de adubos orgnicos, pelo seu
mente todo o K estarao dJsponJveJs no primeiro ano de aplicao.
reconhecido efeito benfico na produtividade das culturas. Neste captulo, so
dadas informaes, no s sobre adubos orgnicos mais tradicionais, mas Quadro 1 0.1. Composio tpica de vrios materiais orgnicos de origem animal
tambm sobre o uso de resduos diversos na agricultura, considerando que sua vegetal e agroindustrial (sem secar) '
aplicao ao solo , muitas vezes, uma maneira conveniente de reciclagem
desses materiais orgnicos. Materiais orgnicos CIN Umidade c N p K Ca
Rr.l.,.tim TA~ni~n 100 !Ar. 1997 RniAtim Tf':nir.n 100 !Ar. 1AQ7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
A mistura de adubos fosfatados com esterco, alm de aumentar a dispo- elevados de fsforo, s vezes superiores ao nitrognio, e mais de 80% do P
nibilidade de fsforo, ajuda a reter amnia, reduzindo as perdas de nitrognio. pode estar disponvel no primeiro ano de aplicao. O composto de lixo urbano
Para seu uso prtico, importante curtir os estercos, para .evitar danos s tem-se comportado de forma similar ao esterco de curral, obtendo-se um efeito
plantas. significativo na produo j no primeiro ano com dosagens de 401/ha.
As quantidades normalmente aplicadas, variam de 1O a 100 Ilha de O composto de lixo urbano e o lodo de esgoto, por apresentarem risco
esterco bovino e pelo menos 4 vezes menos de esterco de galinha. As quanti- de conter patgenos, compostos orgnicos de difcil decomposio no solo e
dades dependem da cultura e do grau de pureza do esterco. metais pesados, como o cdmio, o nquel e o crmio, devem ser empregados
Quadro 10.2. Quantidade total de N necessria para manter uma taxa de preferencialmente em parques e jardins e em culturas que no sejam de
mineralizao de 100 kg N/ha por ano durante um perodo de 15 anos para consumo direto, como o algodo, a seringueira, a cana de acar e os cereais,
trs tipos de material orgnico( 1) a fim de que a cadeia alimentar fique protegida de contaminao. Todos os
resduos com teores elevados em metais pesados devem ser de aplicao
Tempo em anos restrita, a fim de se evitar o acmulo no solo.
Material orgnico
srie de decaimento O quadro 10.3 indica os limites adotados por alguns pases da Europa e
2 3 4 5 10 15
pela Comunidade Econmica Europia para a concentrao de metais pesados
N, kg/ha por ano no composto de lixo urbano e no lodo de esgoto. A legislao dos EUA j
Esterco de galinha 111 110 109 109 108 106 105 restringe as quantidades mximas a serem aplicadas por ano e as acumuladas
0,90; O, 1O; 0,05 no solo, no caso do lodo de esgoto conter quantidades elevadas de metais
pesados (Quadro 10.4). Assim, a utilizao de resduos urbanos na agricultura
Esterco de curral seco, 1,0% N 500 300 290 244 218 138 112
deve prever um monitoramento constante, para evitar a contaminao tanto do
0,20; O, 1O; 0,05
solo como do aqufero, principalmente quando o material orgnico contiver
Lodo de esgoto lquido, 2,5% N 286 232 218 203 189 145 122
teores de um ou mais elementos txicos prximos aos limites mostrados nos
0,35; O, 1O; 0,05
quadros 10.3 e 10.4. No Brasil, ainda no h valores definidos para teores de
metais txicos ou de quantidades mximas a aplicar para culturas.
(1) Informao da Universidade da Ca!ifornia, Riverside, EUA.
A vinhaa , principalmente, uma fonte de potssio, com disponibilidade
similar ao cloreto de potssio, e tambm contribui com quantidades apreciveis
10.3 Compostos de N, Ca, Mg, Zn, Cu e Mn.sua aplicao aumenta o pH e a atividade biolgica
Qualquer material vegetal pode ser utilizado para a produo de com- do solo. As dosagens recomendadas variam com a fertilidade do solo e o tipo
posto. O uso de estercos de animais ou de terra retirada da camada superficial de composio do mosto que deu origem ao resduo. A torta de filtro libera cerca
do solo, ricos em microrganismos, ou de corretivos e adubos como calcrio, . de 20% de seu contedo em N, no primeiro ano de aplicao, e apresenta uma
uria e os superfosfatos, aceleram a decomposio dos restos vegetais e
enriquecem o produto final. Condies adequadas de aerao, umidade (60%) Quadro 10.3. Limites para a concentrao de metais pesados no composto de
lixo urbano e no lodo de esgoto, adotados por alguns pases da Europa para
e de temperatura tambm auxiliam a ao dos microorganismos na estabiliza-
o uso agrcola, com base no material seco (m.s.)
o do composto.
Compostos com relao C/N menor que 25 e relao C/P menor que 200, Composto de lixo Lodo de esgoto
em geral, liberam a maior parte do N e do P no primeiro ano de aplicao. As Elemento Blgica
dosagens de composto variam de 30 a 50 t/ha, em rea total. Astria Itlia Holanda Alemanha Sucia C.E.E
(1) (2)
mg/kg de m.s.
10.4 Resduos urbanos e industriais Cdmio 6 10 5 5 5 15 15 20
Crmio 300 500 500 150 200 900 1.000 750
Enquadram-se nessa classificao o lixo urbano, o lodo de esgoto, a Cobre 1.000 600 600 100 500 800 3.000 1.000
vinhaa, a torta de filtro, as borras, os resduos de laticnios, etc. Em geral, os Mercrio 4 10 5 5 5 8 8 16
produtos so desbalanceados quanto aos teores de nutrientes neles contidos, Nquel 200 200 100 50 100 200 500 300
necessitando uma suplementao na adubao, com fontes minerais. Os lodos, Chumbo 900 500 500 600 1.000 900 300 750
geralmente, so pobres em potssio devido ao seu processo de obteno que Zinco 1.500 2.500 2.000 1.000 1.500 2.500 10.000 2.500
perde esse nutriente em soluo. Em compensao, podem apresentar teores 1 2
( ) Culturas alimentcias. ( ) Culturas ornamentais.
elevada capacidade de reteno de gua a baixas tenses. As quantidades fixao de P pela frao coloidal do solo; reter ctions, principalmente o K da
aplicadas por hectare esto em torno de 3 a 1O toneladas da torta seca no sulco frmula; fornecer os macro- e micronutrientes contidos na matria orgnica
de plantio e de 30 a 50 t do resduo seco em rea total. empregada na formulao e diminuir as perdas de nitrognio pela lixiviao por
As tortas vegetais, como a torta de mamona indicada no quadro 1, so apresentar uma solubilidade mais lenta. Alm disso, os adubos organominerais,
tambm adubos orgnicos de grande interesse, embora de disponibilidade em geral diminuem o ndice salino da mistura e apresentam menor empedra-
limitada no comrcio. Outros produtos, como farinha de sangue, farinha de mento que as formulaes minerais quando ensacados. Esses adubos tambm
ossos, etc., tem uso muito restrito na adubao. possuem maior friabilidade, proporcionando distribuio mais uniforme no solo.
Constituem-se numa excelente alternativa para a reciclagem de resduos urba
Quadro 10.4. Quantidades mximas de metais pesados permitidas no lodo de nos na agricultura.
esgoto e taxa mxima de aplicao anual e acumulada no solo agrcola, de
acordo com a legislao 40 CFR parte 503, regulamentadora do uso do lodo
Ronaldo S. Berton
de esgoto nos EUA, com base na matria seca, a partir de 1993
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas-fAC
Quantidade mxima Taxa mxima de Taxa mxima de
Elemento no lodo aplicao anual aplicao acumulada
De qualquer forma, a composio qumica das plantas pode ser uma A interpretao correta da anlise qumica das plantas est associada
indicao til, desde que no seja usada isoladamente como critrio de reco- principalmente amostragem e cuidados no envio do material para o laborat-
mendao de fertilizantes. rio. Os procedimentos de amostragem so apresentados para cada cultura. No
caso de possveis distrbios nutricionais, retirar amostras pareadas, ou seja,
uma amostra de plantas afetadas e outra de plantas sadias. No caso de plantas
11.2 Diagnose foliar ainda no contempladas com recomendaes de amostragem e interpretao,
seguir as indicaes para plantas que mais se assemelham, retirando folhas
A folha o rgo da planta na qual as alteraes fisiolgicas, em razo recm-maduras.
de distrbios nutricionais, tornam-se mais evidentes, Por essa razo, quase Enviar as amostras em sacos de papel, evitando que o material demore
sempre os diagnsticos nutricionais das plantas so feitos atravs das folhas, mais de 48 horas entre a coleta e o processamento no laboratrio. Se houver
pela tcnica que, de forma ampla, denomina-se diagnose foliar. necessidade, as folhas podem ser armazenadas em geladeira por algum tempo
A diagnose foliar pode ser feita atravs da observao visual de sintomas at completar a amostragem. Esse tempo, entretanto, no pode ser muito
de distrbios nutricionais (diagnose visual) ou atravs de procedimentos mais longo, para evitar a deteriorao do material.
sofisticados, envolvendo, por exemplo, a anlise qumica das folhas. A diagno- Os limites de interpretao para a diagnose foliar basearam-se nos
se visual possvel apenas quando os sintomas de deficincia ou excesso se dados de arquivo da Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas e em
manifestam visualmente. Nesse estgio, muitas vezes inevitvel a perda de vrios livros, destacando-se:
produo.
A diagnose foliar, via anlise qumica, permite a avaliao do estado INTERNATIONAL FERTILIZER INDUSTRY ASSOCIATION. IFA World fertilizar
nutricional, isto , permite identificar o nvel de comprometimento da produtivi- use manual. Paris, IFA, 1992. 632p.
dade, em funo da situao nutricional, principalmente em casos extremos.
JONES Jr., J.B.; WOLF, B. & MILLS, H.A. Plant analysis habdbook. Athens,
A interpretao correta dos resultados de uma anlise depende de muita
Micro-Macro, 1991. 213p.
experimentao para o estabelecimento de ndices de calibrao que reflitam
o estado nutricional das plantas. Na prtica, os critrios para isso variam MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C. & OLIVEIRA, S.A. de. Avaliao do estado
bastante, mas tem havido acmulo de informaes na literatura mundial, em nutricional das planta~, Piracicaba, POTAFS. 1989. 201 p.
geral reproduzidas de uma publicao para outra, com acrscimo de informa-
es regionais. No caso desta publicao, foram utilizados limites de teores da MARTIN-PRVEL, P.; GAGNARD, J. & GAUTIER, P. Plant analysis: as a guide
literatura e do prprio acervo de dados do Instituto Agronmico. to lhe nutrient requirements of temperate and tropical crops. New York,
Geralmente se estabelecem um ou mais nveis crticos ou faixas de Lavoisier, 1987. 722p. '
concentrao que permitem definir se a concentrao do nutriente adequada,
deficiente ou excessiva. Neste Boletim Tcnico, so apresentadas faixas de Ondino C/eante Batag/ia
teores considerados adequados. Seo de Fertilidade d Solo e Nutrio de Plantas-/A C
Boletim Tcnico. 100. tAC. 1996 Boletim Tcnir.n. 100 lAr. Hl~7 07
B. van RAIJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ...
12.1 Adubos simples Para determinar o teor desses nutrientes, contidos na frmula, multiplicar
No caso de adubos simples, a quantidade a aplicar calculada multipli- a quantidade necessria por 100 e dividir pela quantidade da frmula que ser
cando a dose recomendada do nutriente por 100 e dividindo pelo teor do aplicada. Resulta em 0,23% de B e 0,45% de Zn. Ou seja, a frmula deve conter
nutriente, em porcentagem, no adubo escolhido. em torno de 0,25% de B e 0,5% de Zn.
Como exemplo, considere-se a adubao, em kg/ha de N, P20s e K20,
de 20-130-70. Pretende-se utilizar os seguintes fertilizantes: sulfato de amnia 12.4 Modos e pocas de aplicao
(20% de N); superfosfato triplo (41% de P20s) e cloreto de potssio (58% de As tabelas, em geral, indicam pocas e modos de aplicao de corretivos
K20). As quantidades a aplicar sero as seguintes (arredondando em dezenas): e fertilizantes. O modo de aplicao tambm discutido nos captulos que
sulfato de amnia - 100 kg/ha tratam da correo do solo e dos diferentes nutrientes. Aqui ser feita uma
superfosfato triplo - 320 kg/ha discusso resumindo os aspectos mais importantes.
cloreto de potssio - 120 kg/ha O calcrio deve ser incorporado ao solo com a maior antecedncia
possvel ao plantio, para melhor reao do corretivo. importante um bom
contato do calcrio com o solo e, para isso, recomenda-se a pr-incorporao
12.2 Frmulas NPK com grade e depois a arao profunda ou aplicar metade antes da arao e
Para utilizar frmulas NPK, o primeiro passo estabelecer a relao metade depois, para incorporao com gradagem. A incorporao profunda
aproximada de nutrientes e procurar uma frmula com a mesma relao ou tambm importante. No aconselhvel a incorporao rasa, com grade,
prxima. No exemplo dado acima, a relao 1-6-3 bastante prxima, sendo principalmente em solos que esto sendo corrigidos pela primeira vez, pois
representada, como uma opo possvel, pela frmula 5-30-15. pode resultar em excesso de calagem prximo superfcie do solo, acarretar
A quantidade necessria encontrada multiplicando a soma dos nutrien- deficincias de micronutrientes E! limitar o aprofundamento do sistema radicular.
tes recomendados por 100 e dividindo pela soma dos nutrientes da frmula. Em culturas perenes formadas ou em sistemas de plantio direto, nos quais
Para atender a recomendao de 20 kg/ha de N, 130 kg/ha de P20s e 70 kg/ha no vai ser feita a arao, o calcrio deve ser aplicado em rea total e, quando
de K20, o clculo o seguinte: possvel, em quantidades maiores nas partes adubadas do terreno. Se possvel,
incorporar levemente com grade, sem danificar as razes das plantas. impor-
(20 + 130 + 70) X 100 220 X 100 tante lembrar que preciso incorporar muito bem o calcrio na formao de
= 440 kg/ha culturas perenes ou no ineo de sistemas de produo em plantio direto, j que
(5+30+15) 50
aplicaes superficiais atuam lentamente nas camadas mais profundas do solo
e um solo mal corrigido no incio comprometer a produtividade por muito tempo.
Para conferir as quantidades de nutrientes que sero aplicadas com 440
A adubao, em culturas anuais, aplicada 5 em "ao lado e abaixo das
kg/ha da frmula 5-30-15, multiplicar o teor de cada nutriente na frmula pela
sementes. Normalmente se aplica pouco nitrognio, quantidades altas de P e
quantidade correspondente e dividir por 100. Obtm-se 22 kg/ha de N, 132
moderadas de K, dependendo da anlise de solo. Aplicaes elevadas de
kg/ha de P20s e 66 kg/ha de K20, muito prximas das recomendadas.
cloreto de potssio no sulco de plantio podem causar dano s plantas, pelo alto
12.3 Adio de enxofre e de micronutrientes ndice salino desse adubo. Cabe ressaltar a importncia da aplicao localiza-
da do fsforo, principalmente em solos com teores baixos do nutriente. Nesses
A adio de enxofre pode ser feita por adubos simples ou frmulas. Nos casos, a fonte deve ter predominncia de fsforo solvel em gua. Fosfatos
dois casos, necessrio conhecer a recomendao de S e o teor do nutriente insolveis em gua so mais eficientes em mistura com o solo e em condies
contido no adubo, e o clculo similar ao mostrado para N, P e K. Exemplifi- de maior acidez. Embora no se recomende, nas tabelas, a adubao fosfatada
cando com o caso acima, a adio de 100 kg/ha de sulfato de amnia (22% de corretiva pode ser feita quando se pretende, no primeiro ano, alta produtividade
S), resulta na aplicao de 22 kg/ha de S. em solos muito deficientes em fsforo. Isso no ser conseguido apenas com
No caso dos micronutrientes para adio ao solo, as necessidades em a adubao no sulco de plantio, havendo a necessidade de incorporao prvia
adubos simples tambm feita por clculo similar ao mostrado para NPK. Para de P no solo, em rea total.
aplicao em formulaes NPK, preciso calcular o teor aproximado que a O nitrognio de qualquer fonte aplicada ao solo, converte-se rapidamente
frmula deve conter dos micronutrientes. Suponha-se que a adubao acima em nitrato, forma extremamente mvel, sujeita a perdas por lixiviao, em
- 440 kg/ha de 5-30-15- necessite carrear para o solo 1 kg/ha de B e 2 kg/ha perodos do ano em que o regime hdrico favorece a percolao do excesso de
de Zn. gua. Por essa razo, a adubao nitrogenada feita normalmente em caber-
tura aps o plantio de culturas anuais, em pocas nas quais as plantas j 12.6 Apresentao de resultados e recomendaes
possuem sistema radicular bem desenvolvido, portanto, em condies de
absorver rapidamente as formas minerais do nutriente. Em culturas perenes, a A figura 12.1 apresenta o formulrio bsico para resultados de anlise
aplicao parcelada em vrias vezes, com mais aplicaes em solos de de solo, recomendaes de calagem e adubao e um balano nutricional. Este
textura mais leve. formulrio poder ser personalizado. Como a tendncia ser o preenchimento
H uma tendncia, para algumas culturas, de parte do potssio ser por computador, preciso ateno nos detalhes. Os resultados devem ser
dados nas unidades apropriadas.
aplicado em cobertura. Esse adubo no se movimenta com facilidade no solo
e, assim, a cobertura ser mais eficiente se as aplicaes forem bastante Para a recomendao de calagem e adubao, preciso definir a cultura,
elevadas e de forma localizada no terreno, ou se a adubao for acompanhada inclusive cdigo (a ser fornecido pelo laboratrio), a faixa de produtividade
de uma operao que enterre o adubo. Em solos argilosos e deficientes, esperada e, quando for o caso, a classe de resposta esperada a N. As
prefervel fazer a incorporao de potssio antes do plantio. Em plantas recomendaes de adubao podero ser em kg/ha, g/planta ou g/metro linear.
perenes, a tendncia aplicar os trs nutrientes parceladamente, mas pode-se O balano nutricional informa os valores de N, P, K e S indicados na
aplicar o fsforo de uma s vez no incio das guas, e tambm o potssio, adubao, a quantidade prevista de remoo pelas colheitas e a diferena entre
mantendo apenas o parcelamento do nitrognio. Isso resulta em diversas esses dois valores, constituindo o balano.
opes que flexibilizam a prtica da adubao. Em seguida, viro as descries pertinentes s recomendaes, tais
Os micronutrientes como boro, cobre, mangans, molibdnio e zinco como poca de aplicao, cuidados etc.
podem ser aplicados ao solo, atravs de diferentes fontes. A aplicao folia r O programa de computador, se utilizado, far a escolha de adubos, de
adequada para corrigir problemas de deficincias durante o ciclo da cultura. O relao previamente inserida no computador, e calcular as quantidades a usar
boro pode, tambm, ser aplicado em cobertura e o molibdnio, juntamente com e at o custo. Ser possvel, tambm, deduzir da adubao mineral os nutrien-
as sementes. tes a serem aplicados em adubao orgnica.
s B Cu Fe Mn I Zn C.E. Argila
Enxofre Boro Cobre Fer'ro I Mangans Zinco Cond. Eletr.
da cultura
I.Nome
da cultura esperada: esperada a N:
Calcro ADUBAO BSICA ADUB. DE COBERTURA Adubao
PRNT 100 expressa
Vha N P20s K,o s B Cu Mn Zn N K,O em:
I I I I I I
./
BALANO NUTRICIONAL
N (kg/ha) P20s (kg/ha) K20 (kg/ha) S (kglha)
Adubao Exportao ! Balano Adubao ! Exportao I Balano Adubao I Exportao I Balano Adubao I Exportao Balano
I
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Figura 12.1 Formulrio para resultados de anlise de solo e recomendao de calagem e adubao
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Recomendaes de adubao e calagem ...
13. CEREAIS
13.2 Composio qumica, amostragem de folhas e diagnose foliar No quadro 13.2 so descritas as amostragens de folhas para os cereais
e o quadro 13.3 indica as faixas de interpretao de teores de macro- e
O quadro 13.1 apresenta os teores de N, P, K e S nas culturas e as faixas
micronutrientes nessas mesmas folhas. Para os cereais de inverno, as reco-
de produtividades mais comuns no Estado de So Paulo.
mendaes de amostragem foliar no so uniformes: em alguns pases a parte
area coletada e, em outros, as folhas bandeiras ou as duas imediatamente
Quadro 13.1. Teores dos macronutrientes em cereais, na planta inteira e nos
abaixo destas.
gros, por tonelada de produto colhido
Planta inteira Parte colhida (gros) Quadro 13.3. Faixas de teores adequados de macro- e micronutrientes em folhas
Cultura de cereais
N p K s N p K s
Cultura Faixas de teores
kg/t de gros kg/t de gros
Para o arroz e os cereais de inverno, considera~se o incio do florescimento, para fins de coleta
de folhas, quando 50% das flores estiverem visveis.
13.3 Arroz de sequeiro 2. Mdia a baixa resposta esperada: solos cultivados com leguminosas
ou adubo verde; solos em pousio por longos perodos ou reas recm-abertas
Espaamento: 40 a 50 em entre linhas, com 50 a 70 sementes-por metro linear e que receberam calcrio recentemente.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o mag- Aplicar o nitrognio aos 30-40 dias aps a emergncia das plantas ou na
nsio a um teor mnimo de 5 mmolcidms. No aplicar mais de 3 t/ha. fase de incio da diferenciao da pancula. Em solos arenosos e para as doses
mais altas de N, pode-se fazer dois parcelamentos: o primeiro cerca de 30 dias
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as aps a emergncia e o segundo 20 dias depois.
quantidades indicadas na seguinte tabela:
Heitor Cantare/la e Pedro R- Furlani
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm 3 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
Nitro-
da de gnio
esperada 0-6 7-15 15-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,5-3,0 >3,0
1,5-2,5 10 60 40 20 o 40 20 o o
2,5-4,0 10 80 50 20 o 60 40 20 o
Aplicar 20 kg/ha de S.
'
Aplicar 3 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3.
ti ha - - - - - kg/ha de N - - - - - -
1-2,5 40 20
2,5-4,0 60 40
48 Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 Rnlotim T6,..nil'n 1/V\ l!J.r> 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
t/ha - - - - - - kg/ha de N - - - - - -
2-4 60 40
4-6 80 50
6-8 100 70
13.5 Aveia, centeio 2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
. . com leguminosa (soja) .
Espaamento: 17 em entre linhas, com 40 a 60 sementes viveis por metro linear.
3. Baixa resposta esperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% para aveia mente soja de alta produtividade ou plantio de adubos verdes.
branca e 50% para aveia preta e centeio, e o magnsio a um teor mnimo
O nitrognio deve ser aplicado cerca de 30-40 dias aps a emergncia.
de 5 mmolcfdm3. O efeito da calagem depende da aplicao e incorpora- Em anos secos, o potencial de produtividade menor e a adubao com N, em
o do calcrio com antecedncia; assim, recomendvel realizar essa cobertura, pode no ser eficiente.
operao antes da cultura de vero. No ultrapassar 4 t/ha de calcrio por ano.
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: Seo de Cereais - IAC
Heitor Cantare/la
Produtivi- P resiQa, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Nitro-
da de
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
ti ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
1-2 20 80 50 30 20 40 30 20 10
2-3 30 90 60 40 20 60 40 20 10
Aplicar 1o kg/ha de S.
13.6 Cevada 2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
com legummosa (so;a).
Espaamento: i 7 em entre linhas, com 50 a 60 sementes viveis por metro linear. 3. Baixa resposta ~sperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
mente so;a de alta produtiVIdade ou plantio de adubos verdes.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. O efeito da cal agem depende O nitrognio deve s~r aplicado cerca de 30-40 dias aps a emergncia.
da aplicao e incorporao do calcrio com antecedncia; assim, Em anos secos, o potencial de produtividade menor e a adubao com N em
recomendvel realizar essa operao antes da cultura de vero. No cobertura pode no ser eficiente.
ultrapassar 4 t/ha de calcrio por ano.
A_cevada para_uso_ na indstria cervejeira deve ter baixo teor de protena
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordt> com a anlise de solo e a nos graos. Ass1m, nao sao aconselhveis aplicaes tardias de N (aps 30 dias)
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: ou ?abertura com esse nutriente quando a planta apresentar indcios de que
esta bem supnda (crescimento vegetativo vigoroso, folhas com tonalidade
verde-escura).
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
Nitro-
da de
gnio Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Seo de Cereais - IAC
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Heitor Cantare/la
1-2 20 80 50 30 20 40 30 20 10 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
2-3 30 90 60 40 20 60 40 20 10
Aplicar 1O kg/ha de S.
13.7. Milho para gros e silagem Adubao mineral de cobertura: Deve ser aplicada levando em conta a classe
de resposta esperada a nitrognio, o teor de potssio no solo e a produ-
tividade esperada, de acordo com a seguinte tabela:
Espaamento - para a produo de gros e si/agem: 0,80 0,90 m entre
linhas com 5 plantas por metro de linha. Produtivi- Classe de resposta a nitrognio K+ trocvel, mmolcidm 3
da de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. Em solos com teores de t/ha N, kg/ha K20, kg/ha
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases
a 50%. 2- 4 40 20 10 o o o
4- 6 60 40 20 20 o o
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo-com a anlise de solo e a 6- 8 90 (",6() 40 60 20:
/
o
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: 8-1 o 120 90 50 90(') 60 20
10-12 140 11 o 70 110( 1) 80( 1} 40
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
da de
Nitro-
gnio
e} Em solos argilosos, o K aplicado em cobertura pode no ser eficiente. Assim, principalmente
7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 nesses solos, quando os teores de K forem muito baixos ou baixos (<1 ,5 mmolc/dm 3 ) e as
esperada 0-6
doses recomendadas em cobertura, iguais ou superiores a 80 kg/ha de K20, aconselhvel
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha e)-- transferir a adubao potssica de cobertura para a fase de pr~plantio, aplicando o fertilizante
a lano e incorporando~o ao solo. Nesse caso, acrescentar mais 20 kg/ha de K20 dose
2- 4 10 60 40 30 20 50 40 30 o recomendada.
4- 6 20,--, 80 60 40 30 50 50 40 20
i9o i 70 50 30 50 50' 50 30 As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
6- 8 30
1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
8-10 30 (') 90 60 40 50 50 50 40
50 50 contnuo de milho ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
10-12 30 100 70 50 50 50
plantio direto; solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviao.
C) improvvel a obteno de alta produtividade de milho em
2
solos com teores muito baixos
2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
de P, independentemente da dose de adubo empregada. ( ) Para evitar excesso de sais, no
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores que 50 kg/ha de K20 est
parcelada, prevendo~se a aplicao em cobertura.
ou uso de quantidades moderadas de adubos orgnicos.
3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
cultivo de milho aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
Aplicar 20 kg/ha de S para metas de produtividade at 6 t/ha de gros e leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do milho; uso constante de
40 kg/ha de S para produtividades maiores. quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Utilizar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 Aplicar o nitrognio ao lado das plantas, com 6 a 8 folhas totalmente
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem entre 0,6 e 1,2 mg/dm3. desdobradas (25-30 dias aps a germinao}, em quantidades at de 80 kg/ha
e o restante cerca de 15-20 dias depois. Aplicar o potssio juntamente com a
Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo primeira cobertura de nitrognio, pois aplicaes tardias desse elemento so
das sementes. pouco eficientes.
Em reas irrigadas, o N pode ser parcelado em trs ou mais vezes, at o
florescimento, e aplicado com a gua de irrigao.
As doses de N podem ser reduzidas em condies climticas desfavor-
veis, baixo estande ou em lavouras com grande crescimento vegetativo.
Milho para silagem A ap~icao do potssio em cobertura deve ser feita at 30 dias aps a
germmaao, JUnto com a adubao nitrogenada de cobertura recomendada
Em razo da colheita de toda a parte area da planta, o milho para silagem para a produo de gros. Aplicaes tardias desse nutriente so pouco
efet1vas.
remove grandes quantidades de nutrientes do terreno (vide quadro 13.1 ),
principalmente de potssio. Assim, as recomendaes de potssio para milho . As produtividades ~speradas de matria seca e matria fresca da parte
silagem so maiores que aquelas adotadas para a produo de gros. Para os aerea, correspondentes a produo de gros so:
demais nutrientes, inclusive micronutrientes, as recomendaes so as mesmas.
Adubao potssica de plantio: Recomenda-se a aplicao desse nutriente, Gros Matria seca Matria fresca
juntamente com as doses de N e P indicadas para gros de milho, levando da parte area da parte area(')
em conta a produtividade esperada e a anlise do solo, de acordo com a
seguinte tabela: !lha
2- 4 4- 8 13-26
4- 6 8-12 26-39
Produtividade K+ trocvel, mmol 0 /dm 3 6- 8 12-16
esperada 39-52
(matria seca) 0-0,7 0,8-1,5 t ,6-3,0 >3,0 8-1 o 16-20 52-65
1
K2 0, kg/ha ( ) Com 31% de matria seca.
t/ha
4- 8 60 60 40 20
8-12 60 60 60 40
Em solos cultivado.s.seguidamente com milho para a produo de silagem,
12-16 60 60 60 60
recomenda-se nova analise do solo aps a colheita, a fim de melhor dimensio-
16-20 60 60 60 60 nar a adubao para a cultura subseqente.
Adubao potssica de cobertura: Aplicar, em funo da produtividade Bernardo van Raij e Heitor Cantare/la
esperada e da anlise do solo, de acordo com a seguinte tabela: Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
t/ha K2 0, kg/ha
4- 8 20 o o o
8-12 60 20 o o
12-16 100(') 60 40 o
16-20 160( 1) 100( 1) 60 20
{1) Em solos argilosos, o K aplicado em cobertura pode no ser eficiente. Assim, principal~
3
mente nesses solos, quando os teores de K forem muito baixos ou baixos (<1 ,5 mmolc/dm )
e as doses recomendadas em cobertura, iguais ou superiores a 100 kg/ha de K20,
aconselhvel transferir a adubao potssica de cobertura para a fase de pr~p!antio, aplican~
do o fertilizante a lano e incorporando~o ao solo. Nesse caso, acrescentar mais 20 kg/ha de
K20 dose recomendada.
13.8 Milho "safrinha" Adubao de cobertura: Aplicar no estdio de 6 a 8 folhas totalmente desdo-
bradas (cerca de 30 dias aps a germinao), levando em conta a classe
O milho "safrinha" semeado entre os meses de janeir e abril, sem de resposta a N e a produtividade esperada:
irrigao, como opo de cultura para o outono-inverno. Nessa poca, o
Produti- Classe de resposta esperada a N
potencial de produtividade menor e h maiores riscos em virtude de pouca vidade
disponibilidade de gua e baixa temperatura. Assim, recomenda-se o plantio esperada
do milho safrinha em solos de boa fertilidade que exigem menores investimen-
tos. t/ha - - - - - - N, k g / h a - - - - - -
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 2. Baixa resposta esperada: milho aps soja ou outra leguminosa no
Nitro- vero.
da de
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha Aildson Pereira Duarte
Estao Experimental de Assis - IAC
2-3 30 50 30 10 o 40 30 20 o Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij
3-4 30 160'\
. 40 20 10 50 r4) 30 10 Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
4-6 30 ,n /
60 40 30 -(1)
\.._
50 40 20
1
( ) pouco provvel que esse nvel de produtividade seja atingido em solos com teores muito
baixos de P e K. Para as doses de K recome_ndadas no necessrio o parcelamento desse
nutriente em cobertura.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o Produtivi- Classe de resposta a nitrognio K+ trocvel, mmolcidm 3
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. Em solos com teores de da de
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa 0-0,7 >0,8
a 50%.
tlha N, kg/ha - - K20, kg/ha - -
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a 2-4 60 40 20 20 o
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela: 4-6 100 70 40 40 o
Produtivi P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
Nitro-
da de
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
tlha N, kg/ha P20 5 , kg/ha K20, kg/ha( 1) - - 1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
2-4 20 80 60 40 30 50 50 40 20 contnuo de milho ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
4-6 plantio direto; solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviao.
20 90 70 50 30 50 50 40 30
1 2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
( )Para evitar excesso de sais no sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores
que 50 kg/ha de K20 est parcelada, prevendo-se a aplicao em cobertura.
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
ou uso de quantidades moderadas de adubos orgnicos.
Aplicar 20 kg/ha de S com a adubao de plantio. 3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
cultivo de milho aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
Aplicar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6
leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do milho; uso constante de
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3.
quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Os adubos devem ser aplicados, no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo
das sementes. Aplicar o nitrognio ao lado das plantas, no estdio de 6 a 8 folhas
totalmente desdobradas (cerca de 25-30 dias aps a germinao). Em solos
arenosos, doses iguais ou maiores que 60 kg/ha de N podem ser parceladas
em duas vezes, aplicando-se a segunda parte cerca de 15 a 20 dias depois. O
potssio deve ser colocado juntamente com a primeira cobertura de nitrognio.
62
8, van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e ca!agem ...
13.10 Milho verde e milho doce Adubao mineral de cobertura: Aplicar, levando em conta a classe de
resposta esperada a nitrognio, o teor de potssio no solo e a produtivi-
Espaamento: 0,9 a 1,0 m entre linhas, com 5 plantas por metro linear. dade esperada de espigas, de acordo com a seguinte tabela:
Produtivi- Classe de resposta a nitrognio K+ trocvel, mmolcldm 3
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o da de
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcldm3. Em solos com teores de esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases
a 50%. t!ha N, kg/ha K20, kg/ha
4- 8 50 30 20 20
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a 8-12 70 50 20 40 20
produtividade esperada de espigas verdes, conforme a seguinte tabela: 12-16 120 80 40 60 30
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
16-20 140 100 50 100( 1) 80 40
Nitro-
da de 1
gnio ( )Em solos argilosos, o K aplicado em cobertura pode no ser eficiente. Assim, principalmente
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
nesses solos, quando os teores de K forem muito baixos ou baixos (< 1,5 mmolc/dm 3) e as
doses recomendadas em cobertura, iguais ou superiores a 80 kg/ha de K20, aconselhvel
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha( 1)
transferir a adubao potssica de cobertura para a fase de pr-plantio, aplicando o fertilizante
4- 8 10 80 60 40 20 50 50 40 o a lano e incorporando-o ao solo. Nesse caso, acrescentar mais 20 kg/ha de K20 dose
recomendada.
8-12 20 100 80 40 30 50 50 50 20
12-16 30 11 o 90 50 30 50 50 50 40
As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
16-20 30 (2) 100 60 40 50 50 50 50
1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
1
( )Para evitar excesso de sais no sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores contnuo de milho ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
que 50 kg/ha de K20 est parcelada, prevendo-se a aplicao em cobertura. {2 ) improvvel plantio direto; solos arenoso~ sujeitos a altas perdas por lixiviao.
a obteno de alta produtividade de milho em solos com teores muito baixos de P, inde-
pendentemente da dose de adubo empregada. 2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
ou uso de quantidade moderada de adubos orgnicos.
Aplicar 20 kg/ha de S para produtividade esperada at 12 t!ha de espigas
e 40 kg/ha de S para produtividades maiores. 3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
cultivo de milho aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
Aplicar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do milho; uso constante de
mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1,2 mg/dm3. quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo Aplicar o nitrognio ao lado das plantas, no estdio de 6 a 8 folhas
das sementes. totalmente desdobradas (cerca de 25-30 dias aps a germinao), em quanti-
dades at de 80 kg/ha, e o restante 15 a 20 dias depois. Aplicar o potssio
juntamente com a primeira cobertura de nitrognio. Aplicaes tardias de
potssio so pouco efetivas.
13.11 Sorgo-granfero, forrageiro e vassoura Adubao mineral de cobertura: Aplicar nitrognio e o potssio em cobertura
de acordo com a meta de produtividade e a tabela abaixo:
Espaamento - granfero: 50 a 70 em entre linhas, com 1 O plantas por metro
Produtividade esperada Classe de resposta a N K+ trocvel, mmolc/dm 3
linear; forrageiro: 70 a 90 em entre linhas, com 12 a 15 plantas por metro
(150 a 200 plantas por hectare); vassoura: 0,9 a 1 ,O m entre linhas, com Gros Mat. verde Vassoura 1. alta 2. mdia 3. baixa 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5
1O plantas por metro.
!lha N, kg/ha - - K20, kg/ha--
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o 2-4 20-30 1-2 40 20 10 o o o
magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcldm3. Em solos com teores de
matria orgnica acima de 50 g/dm3, basta elevar a saturao por bases
4-6 30-40 2-4 60 40 20 20 o o
a 50%. Se o sorgo for plantado em fevereiro-maro, aplicar o calcrio
6-8 40-60 90 70 40 40 20 o
antes da cultura de primavera-vero.
As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela: 1. Alta resposta esperada: solos corrigidos, com muitos anos de plantio
contnuo de gramneas ou outras culturas no-leguminosas; primeiros anos de
Meta de produtividade P resina, mg/dm 3
Nitro- plantio direto; solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviao.
gnio
Gros Matria verde Vassoura 0-6 7-15 15-40 >40 2. Mdia resposta esperada: solos muito cidos, que sero corrigidos;
ou com plantio anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano;
!lha N, kg/ha P20s, kg/ha
ou uso de quantidade moderada de adubos orgnicos.
2-4 20-30 1-2 10 60 40 30 20 3. Baixa resposta esperada: solo em pousio por dois ou mais anos, ou
4-6 30-40 2-4 20 80 60 40 20 cultivo de sorgo aps pastagem (exceto em solos arenosos); cultivo intenso de
6-8 40-60 30 90 80 50 30 leguminosas ou plantio de adubos verdes antes do sorgo; uso constante de
quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Meta de erodutividade K+ trocvel, mmolcfdm 3
1,5-3,0 >3,0 Aplicar o nitrognio ao lado das plantas 30 dias aps a germinao. Doses
Gros Matria verde Vassoura 0-0,7 0,8-1,5
acima de 60 kg/ha de N podem ser parceladas em duas -11ezes, especialmente
!lha K20, kg/ha( 1) em solos arenosos e plantios precoces, aplicando metade cerca de 30 dias
aps a germinao e metade, 20 dias depois.
2-4 20-30 1-2 50 40 20 o
4-6 30-40 2-4 50 50 40 20 Em plantios tardios de sorgo para gros ou forragem (fevereiro-maro), o
6-8 40-60 50 50 50 30 potencial de produo reduzido. conveniente, neste caso, fazer o plantio
aps soja ou outra leguminosa. Aumentar a dose de N no plantio para 20 kg/ha
C) Para evitar excesso de sais no sulco de plantio, a adubao potssica para doses maiores e, em condies de seca, dispensar a adubao de cobertura.
que 50 kg/ha de K20, est parcelada, prevendo-se a aplicao em cobertura.
Aplicar o potssio em cobertura at 30 dias aps a germinao, junta-
Aplicar 20 kg/ha de S para produtividade esperada at 6 t/ha de gros ou I mente com a primeira cobertura de nitrognio. Em plantios tardios, sem irriga-
40 t/ha de matria verde e 40 kg/ha de S para produtividade maior. ! o, a aplicao de potssio em cobertura s ser eficiente se houver
ocorrncia de chuvas.
Empregar 4 kg/ha de Zn em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a I Heitor Cantare/la e Bernardo van Raij
0,6 mg/dm3 e 2 kg/ha de Zn quando os teores estiverem de 0,6 a 1 ,2 mg/dm3 I Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Os adubos devem ser aplicados no sulco de plantio, 5 em ao lado e abaixo li Eduardo Sawazaki
das sementes. Seo de Cereais - IAC
li
Rn!Atim Tr.nir.n 100 IAC: Hl!=l7 _u,li RnlAtim Tr.nir.n 100 IAC: HI!H
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
13.12 Trigo e triticale de sequeiro As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% para o trigo 2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
e 60% para o triticale; e o magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcfdm3. com leguminosa (soja).
Para cultivares de trigo tolerantes acidez (trigo IAC-24, IAC-120) a
correo pode ser feita para V=60%. O efeito da calagem depende da 3. Baixa resposta esperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
aplicao e incorporao do calcrio com antecedncia; recomendvel mente soja de alta produtividade ou plantio de adubos verdes; cultivares de
realizar essa operao antes da cultura de vero. No ultrapassar 4 !lha porte alto.
de calcrio por ano. O triticale, pela tolerncia ao Al3+ recomendado para
reas marginais cultura do trigo (solos cidos e vrzeas bem drenadas O nitrognio deve ser aplicado cerca de 30-40 dias aps a emergncia.
em sucesso ao arroz). Em anos secos, o potencial de produtividade menor e a adubao com N em
cobertura pode no ser eficiente.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela:
Carlos Eduardo de Oliveira Camargo e Jos Guilherme de Freitas
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3 Seo de Cereais - fAC
Nitro-
da de Heitor Cantare/la
gnio
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
tlha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
1-2 20 80 50 30 20 40 30 20 10
2-3 30 90 60 40 20 60 40 20 10
Aplicar 1O kg/ha de S.
Em solos com teores de Zn (DTPA) inferiores a 0,6 mg/dm3, aplicar 3 kg/ha
de Zn. Aplicar 1 ,O kg/ha de Bem solos com teores de B (gua quente) inferiores
a 0,21 mg/dm3.
t/ha N, kg/ha
1-2 20 o o
2-3 40 20 o
13.13 Trigo e triticale irrigados Adubao de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura de acordo com a
classe de resposta e a produtividade esperada.
Espaamento: 17 em entre linhas, com 60 a 80 sementes viveis por metro Produti- Classe de resposta esperada a N
linear. vida de
esperada 1. Alta 2. Mdia 3. Baixa
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% para o trigo
t/ha N, kg/ha
e 60% para o triticale, e o magnsio a um teor mnimo de 5 mmolcidm3.
Para cultivares tolerantes acidez (trigo IAC-24, IAC-120) a correo 2,5-3,5 60 40 20
pode ser feita para V = 60%. O efeito da cal agem depende da aplicao 3,5-5,0 90 50 20
e incorporao do calcrio com antecedncia; assim, recomendvel
realizar essa operao antes da cultura de vero. No ultrapassar 4 tlha
de calcrio por ano. O triticale, pela tolerncia ao Al3+ recomendado para As classes de resposta esperada a nitrognio tm o seguinte significado:
reas marginais cultura do trigo (solos cidos e vrzeas bem drenadas
em sucesso ao arroz). 1. Alta resposta esperada: cultivares de porte baixo, plantados em solos
corrigidos, cultivados anteriormente com gramneas (arroz, milho, sorgo); solos
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a arenosos, primeiros anos de plantio direto.
produtividade esperada, conforme a seguinte tabela:
2. Mdia resposta esperada: solo em pousio por um ano, cultivo anterior
Produtivi- P resina, mg/dm 3
K+ trocvel, mmolc/dm 3 com leguminosa (soja).
Nitro-
da de
gnio 3. Baixa resposta esperada: cultivo intenso de leguminosas, especial-
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
mente soja de alta produtividade ou plantio de adubos verdes.
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Pgina
14.4 Cardamomo 78
14.5 Confrei . . 79
14.6 Curcuma . 80
14.7 Digitlis . 81
14.9 Estvia . . 83
14.1 O Gengibre . 84
14.12 Pimenta-do-reino 86
li
,.
14.13 Pretro . 87
14.14 Urucum 88
i! 14.15 Vetiver . 90
li
Espaamento: 0,30 x 0,25 m no campo. Espaamento: 1,0 a 1,2 m x 0,5 a 0,6 m (13.000 a 20.000 mudas/ha);
palma-rosa- 0,8 a 1,2 m x 0,4 a 0,6 m (15.000 a 32.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 40%.
Adubao orgnica: 20 a 40 Ilha de esterco de curral curtido.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela:
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Nitrognio
Nitrognio 0-15 >15 0-1,5 >1,5
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha - P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha--
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha 10 60 30 60 30
30 120 50 20 80 50 20
Adubao mineral de cobertura: Aplicar, 30 dias aps o plantio, 60 kg/ha de N
e, a cada corte, 60 kg/ha de N e 30 a 60 kg/ha de K 2 0, dependendo da
Adubao mineral de cobertura: 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio. anlise inicial do solo.
RniAtim Tr:ni~n 100. IAC. 1997 Boletim Tcnico_ 100 IAC: 1AA7 77
B. van RA!J et ai.
Recomendaes de adubao e ca!agem ...
Espaamento: 3 x 3m ou 3 x 2,5 m (1.150 a 1.350 mudas/ha). Espaamento: 0,6 x 0,6 m; 0,8 x 0,6 m (20.800 a 27.800 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Espaamento: 60 x 60 em; 80 x 60 em
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a seguinte tabela: Calagem: Aplicar calcrio para aumentar a saturao por bases a 60%.
Nilson Borlina Maia Adubao mineral de cobertura: Aplicar 60 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio
Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC e, a cada corte, repetir a adubao com N e K20.
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Nilson Bor/ina Maia
Seo de Plant?S Arorl].ticas e Fumo - IAC
e ngela Maria Cangiani Furlani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
Espaamento: 0,7 x 0,3 m (45.000 a 47.000 rizomas/ha). Espaamento: 0,5 x 0,4 m (50.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
N, kg/ha -P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha-- N, kg/ha P20s, kg/ha ---K20, kg/ha - - -
20 100 40 80 40
20 120 80 40 100 60 30
QO A1
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
82 Boletim Tcnico_ 100. IAC. 1997 Ro!Atim T6f'nif'r. 1{){) lAr 1aa7
B. van RAIJ et a!. Recomendaes de adubao e ca!agem ...
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao orgnica: Sempre que possvel, aplicar adubo orgnico, na base de
30 a 40 t/ha de esterco de curral curtido ou composto, no sulco, antes do
P resina, mg/dm 3 plantio e, em cobertura, aps cada terceiro corte.
Nitrognio
0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
Adubao mineral de cobertura: Em cada uma das trs amontoas, aplicar 30 N, kg/ha P20s, kg/ha ---K20, kg/ha - - -
kg/ha de N e 70 kg/ha de K20. 20 120 80 40 90 60 30
Nilson Borlina Maia Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio
Seo de Plantas Aromticas e Fumo - IAC e, a cada corte, 30 kg/ha de N e 30 kg/ha de K20.
e ngela Maria Cangiani Fur/ani
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Observao: Aps cada c9rte, devolver a rama destilada ao campo, em
cobertura.
Espaamento: 2 x 2,5 m ou 2 x 2 m (2.000 a 2.500 plantas por hectare). Espaamento: 0,6 a 0,8 x 0,4 m.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%.
Adubao de plantio e de formao: Aplicar 1o kg/cova de esterco de curral Adubao mineral de plantio: Aplicar, segundo os resultados da anlise de
curtido ou 3 kg de esterco de galinha ou 0,8 kg de torta de mamona, solo, as doses da tabela abaixo:
juntamente com 300 g de calcrio e 50 g de P20s.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Antes do florescimento, em outubro ou novembro, aplicar em cobertura Nitrognio
por planta, 60 g de N; 15 g de P20s e 45 g de K20. 0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Adubao mineral de produo: Aplicar, de acordo com anlise de solo N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
realizada pelo menos a cada dois anos:
10 90 60 30 80 50 30
3 3
P resina, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm
Nitrognio
0-15 >15 3,0 >3,0
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 45 kg/ha de N, parcelando em trs
N, kg/ha - P20s, kg/ha- - - K20, kg/ha-- aplicaes, aos 30, 60 e 90 dias aps o plantio.
90 80 50 80 50
14.14 Urucum Adubao mineral de produo (a partir do 4,o ano): Aplicar, com base nos
resultados da anlise de solo, as seguintes quantidades de nutrientes:
Espaamento: Varivel, de acordo com o desenvolvimento e a variedade. O
espaamento comumente usado em lavouras paulistas de 7 x 3 m ou P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmol 0 /dm3
Nitrognio
6 x 3m. 0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Adubao orgnica: Sempre que possvel utilizar adubo orgnico curtido, na
base de 5 litros por cova, misturando com a adubao mineral de plantio.
50 40 20 o 60 40 20
60 60 40 20 45 30 o
14.15 Vetiver
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. 15. ESTIMULANTES
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
Pgina
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
1,6-3,0 15.1 Informaes gerais . . . . . . . . . . . . 93
0-15 16-40 >40 0-1,5 >3,0
15.2 Composio qumica e diagnose foliar 94
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
15.3 Cacau 96
o 60 40 20 40 30 20
15.4 Caf 97
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 30 kg/ha de N, 30 dias aps o plantio. 15.5 Ch 102
15.6 Fumo 103
Observao: Incorporar as razes destiladas e decompostas e as folhas pica-
das ao solo.
AnlAtim Tr.nir.n 100 IAC. 1997 RniAtim Tr.nir.o 100 IAC: HUl? 91
Recomendaes de adubao e calagem ...
15. ESTIMULANTES
O caf j foi a cultura que mais consumia adubo no Brasil mas, nos ltimos
anos, pela reduo da rea cultivada no Estado e pelos baixos preos do
produto no mercado internacional, houve uma drstica reduo na utilizao
de fertilizantes. Atualmente, o cafeeiro responde apenas por cerca de 6% do
consumo nacional. Em cafezais formados, as necessidades maiores so de
nitrognio e potssio, porm a cultura precisa de outros nutrientes, sendo
bastante comuns as deficincias de enxofre, boro, zinco e mangans.
15.2 Composio qumica e diagnose foliar A interpretao dos resultados, ou diagnose foliar, feita considerando os
limites de interpretao apresentados no quadro 15.3.
A composio de cada uma das culturas, em nitrognio, fsforo, enxofre Quadro 15.3. Limites de interpretao de teores de macro- e micronutrientes em
e potssio contidos em uma tonelada da parte colhida, apresentada no quadro folhas de plantas estimulantes
15.1.
Cultura Faixas de teores adequados na matria seca das folhas
Quadro 15.1. Contedo de alguns macronutrientes nas partes colhidas de
plantas estimulantes
Macronutrientes, g/kg
Nutrientes na parte colhida
Cultura Parte da planta considerada N p K Ca Mg s
N p K s
Cacau 20-25 1,8-2,5 13-23 8-12 3,0-7,0 1,6-2,0
kg/t Caf 26-32 1,2-2,0 18-25 10-15 3,0-5,0 1,5-2,0
Cacau Frutos (para 1 t de amndoas) 32 6 48 Ch 38-48 1 ,9-2,5 18-20 4-6 1,5-3,0 1,0-3,0
Caf Caf coco (para 1 t de caf beneficiado) 34 4 52 3 Fumo 30-45 2,5-5,0 25-40 15-30 2,0-6,5 2,0-6,0
Ch Folhas 40 5 20
Fumo Folhas 30 6 50 10 Micronutrientes, mg/kg
B Cu Fe Mn Mo Zn
Esses dados podem ser usados para calcular a remoo de nutrientes.
Cacau 25-60 8-15 60-200 50-250 0,50-1,50 30-80
pelas colheitas.
Caf 50-80 10-20 50-200 50-200 o, 10-0,20 10-20
J a anlise foliar tem a finalidade de avaliar o estado nutricional das Ch 30-50 500-1000 30-50
culturas, servindo para introduzir ajustes no plano de adubao. A amostragem Fumo 20-50 5-60 50-200 20-230 20-80
padronizada e deve ser feita como descrito no quadro 15.2.
Cultura Descrio das amostragem Ao interpretar os resultados da anlise qumica d~ folhas, princi-
palmente para o cafeeiro, deve-se considerar que os valores sero
Cacau Amostrar 25 plantas, 8 semanas aps o florescimento principal; cole- altos se houver aplicao de adubao foliar antes da amostra-
tar 2.a e 3.as folhas verdes, a partir do pice do ramo, da altura mdia gem. Isso mais comum para boro, cobre e zinco e, eventualmen-
da planta, 4 folhas por rvore. te, mangans. Uma diagnose foliar mais realista desses nutrientes
s ser obtida se no forem feitas aplicaes foliares no ano
Caf Retirar amostras de ramos frutferos no incio do vero (dezembro e
agrcola, at a retirada das folhas para anlise.
janeiro), de talhes homogneos, amostrando 50 plantas, 2 folhas por
planta, 3. 0 par a partir do pice dos ramos, da altura mdia da planta,
igual nmero de folhas de cada um dos lados das linhas de cafeeiros.
Plantas anmalas no devem ser amestradas ou podem ser amostra-
das parte.
Ch Amostrar 25 plantas, de maio a junho, retirando as 2.as folhas, a partir
dos ramos no lignificados.
Fumo Amostrar 30 plantas, folha superior totalmente desenvolvida, no flo-
rescimento.
Espaamento: Solos de mdia fertilidade: 3,5 x 2,5 m; solos de alta fertili- Espaamento: Algumas opes so: 4,0 x 0,5 a 1,5 m (5.000 a 1.675 co-
dade: 3,5 x 3,0 m (i.i43 ou 952 plantas por hectare). vas/ha); 3,5 x 0,5 a 1,5 m (5.800 a 1.943 covas/ha); 1 ,O a 2,5 x 0,5 a 1,5
m ( 2.680 a 20.000 covas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%, garantindo
no mnimo 5 mmol 0 /dm3 de magnsio. Amostragem de solo: Antes da formao do cafezal, retirar amostra composta
da rea total. Em cafezal formado, a amostragem deve ser feita pelo
Adubao de plantio: Com antecedncia de 60 dias ao plantio, incorporar, por
menos a cada 2 anos, na faixa de solo onde so aplicados os adubos.
cova, 2 a 4 L de esterco de galinha, 1 kg de calcrio dolomtico ou
Essas amostras devem ser retiradas a uma profundidade de 0-20 em. A
magnesiano, i 00 g de P20 5 e 30 g de K20. Acrescentar 3 g de Zn por cova
cada 4 anos, retirar amostras compostas de 20 a 40 em de profundidade.
se a anlise de solo apresentar teor no solo inferior a 0,6 mg/dm3. Acres-
centar 4 parcelas de i O g/planta de Nem cobertura, de dois em dois meses. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases da camada arvel
a 50% e o teor de magnsio a um mnimo em 5 mmolcfdm3.
Adubao mineral de formao: Aplicar, em cobertura ao redor das plantas,
em trs parcelas no perodo das chuvas, as seguintes quantidades de Na formao do cafezal, distribuir o corretivo uniformemente sobre o
nutrientes N-P 20 5-K20, em gramas por planta: terreno e incorpor-lo ao solo o mais profundamente possvel. Alm da calagem
em rea total, aplicar 400 g de calcrio modo ou 200 g de calcrio calcinado
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Idade Nitrognio por metro linear de sulco.
0-12 13-30 >30 0-1,5 1 ,6-3,0 >3,0
Em cafezal j formado, distribuir o corretivo sobre o solo, de preferncia
Anos N, g/planta - - P20s, g/planta - - - - K20, g/planta-- no incio da estao chuvosa, com maior quantidade na faixa de terreno que
recebe a adubao.
40 60 40 20 60 40 20
2 80 90 60 30 90 60 30 A saturao por bas~_s para a ca/agem a da parte do terreno que
3 120 120 80 40 120 80 40 recebe a adubao. Os valores so, de forma geral, mais elevados
nas entrelinhas.
Adubao mineral de produo: Aplicar de acordo com a anlise de solo, O calcrio calcinado pode trazer problemas'"para as mudas se no
realizada de trs em trs anos, as seguintes quantidades de nutrientes: for muito bem incorporado ao solo. Com a aplicao do produto
sobre a superfcie do solo, pode ocorrer a formao de grumos,
P resina, mg/dm 3 K trocvel, mmolc/dm 3 Zn, mg/dm 3 difceis de separar dos gros de caf aps a colheita.
Nitrognio
0-12 13-30 >12 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,6 0,7-1,5 >1,5 Gessagem: Se houver interesse, aplicar gesso, com base na anlise de solo
da camada de solo de 20-40 em, se for constatado teor de Ca2+ inferior a
N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha-- --Zn, kg/ha- 4 mmolcfdm3 e/ou saturao de alumnio acima de 50%. O gesso deve ser
50 90 60 30 60 40 20 4 2 o distribudo sobre o terreno, no havendo necessidade de incorporao
profunda, j que o material solvel em gua. As quantidades podem ser
Parcelar em trs vezes a adubao, aplicando em cobertura, nos meses dimensionadas de acordo com a textura do solo, usando a seguinte
de outubro, dezembro e maro. frmula:
oe RoiAtim Tr.nir.n. 100 IA C:. 1 j!7 Boletim Tr.nlr.n_ 100 lAr. 1QQ7 07
8. van RAIJ et ai.
f
I
Recomendaes de adubao e calagem ...
Substrato para preparo de mudas: Misturar, na base de volume, 1/3 de ! Aps o pegamento das mudas, aplicar 4 g/cova de N, repetindo essa
esterco de curral curtido e 2/3 de terra. Adicionar mistura, 5 kg/m3 de aplicao em intervalos de aproximadamente 30 dias, at o fim do perodo
superfosfato simples, 0,5 kgfm3 de cloreto de potssio e -2 kgfm3 de chuvoso. Utilizar o adubo nitrogenado em cobertura, em torno das plantas.
calcrio modo.
Adubao orgnica: Se disponvel, aplicar, por metro de sulco, um dos Adubao mineral de formao: No 2. 0 ano agrcola (1.o aps o plantio), fazer
seguintes adubos orgnicos: 20 litros de esterco de curral, 5 litros de quatro aplicaes de 8 g/cova de N, com intervalos de 45 dias, no perodo
esterco de galinha (com cama, reduzindo a 2 litros se for esterco puro), de setembro a maro. Repetir a adubao potssica de plantio, parcelando
1O litros de palha de caf ou 2 litros de torta de mamona. Utilizar produtos juntamente com o nitrognio. O adubo deve ser aplicado em cobertura,
em volta das plantas.
curtidos ou aplicar com 45 dias de antecedncia no caso de materiais no
curtidos.
Adubao mineral de produo: Aplicar os adubos minerais, a partir do 30
A adubao orgnica do cafeeiro, por ocasio do plantio, ben- ano agrcola (2 ano aps o plantio), em funo do teor de N nas folhas,
fica para o desenvolvimento das plantas. As cascas de caf so dos teores de P, K, B, Mn e Zn, revelados pela anlise de solo e da
ricas em nutrientes, contendo, em g/kg, cerca de 15 de N, O, 1 de produtividade esperada, de acordo com as tabelas seguintes:
P e 25 de K, sendo do maior interesse retorn-las ao cafezal.
Produtivi~ Teor de N nas P resina, mg/dm3 K+ trocve!, mmolddm3
da de folhas, g/kg
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: esperada(') 0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
<26 26-30 >30
P resina P205 K+ trocvel K20 B no solo B kg/ha --N, kg/ha- P20s, kg/ha-- K20, kg/ha--
mg/dm3 g/m mmolc/dm3 gim mg/dm3 g/m <600 150 100 50 40 20 20 o 150 100 50 20
OQ RniP.tim Tcnico. 100. !AC. 1997 Rr.!ctirn Tl"'nil"'n 1nn !Ar 1007 ao
B. van RA!J et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Acrescentar boro, mangans e zinco de acordo com a anlise de solo: c) Se for feita fertirrigao, mais indicada para nitrognio e potssio, deve ser
aumentado o nmero de aplicaes.
Boro no solo 8 Mangans no solo Mn Zn no solo .. Zn
d) conveniente proceder incorporao ocasional dos insumos aplicados na
mg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha mg/dm 3 kg/ha superfcie do solo, como calcrio, fsforo, mangans e zinco. Isso pode ser
feito, por exemplo, por ocasio da recepa ou de uma subsofagem.
0-0,20 2 0- 1,5 2 0-0,5 2
0,21-0,60 1 >1,5 o 0,6-1,2 1 e) Se for aplicada adubao orgnica no cafezal em produo, descontar
>0,60 o >1 ,5 o metade do nitrognio e o total do potssio aplicados da adubao mineral.
Observaces:
1M
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Espaamento: 1,5 a 1,8 m x 0,5 a 0,8 m (6.700 a 11.000 mudas/ha). Espaamento: Fumo-de-corda - 1,3 x 0,8 m (9.600 plantas/ha); fumo-de-
-estufa- 1,2 x 0,5 m (16.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 40% e manter
o teor de magnsio no mnimo em 5 mmolc/dm3. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de
magnsio a um mnimo de 5 mmo1Jdm3.
Adubao de plantio: Aplicar 1 litro de esterco de curral curtido e 15 g de P20s
por cova, misturando com a terra frtil da superfcie. Adubao orgnica: Aplicar, para fumo-de-corda, 20 a 30 t/ha de esterco de
curral ou composto.
Adubao mineral de formao: Aplicar, de acordo com a produtividade
prevista, a metade das doses da tabela abaixo. Parcelar os adubos em Adubao mineral de plantio: Aplicar em funo dos resultados de anlise de solo.
trs aplicaes, iniciando 30 a 40 dias aps a brotao das mudas.
P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmolc/dm3
Adubao mineral de produo: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a Cultura Nitrognio
produtividade esperada. 0-7 8-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1,5
N, kg/ha --p20s, kg/ha-- --K20, kg/ha--
Produti- P resina, mg/dm3 K+ trocvel, mmol 0 /dm3
vida de Nitrognio
esperada( 1 ) 0-12 13-30 >30 0-1,5 i ,5-3,0 >3,0 Fumo-de corda 10 90 60 30 60 40 20
Fumo-de estufa 10 90 60 40 90 50 30
t/ha N, kg/ha - - P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha--
<2,0 150 60 40 20 80 60 30
Adubao mineral de cobertura: Aplicar o nitrognio em cobertura de acordo
2,0-3,0 200 80 60 30 100 80 40 com a classe de resposta esperada a nitrognio.
>3,0 250 120 80 40 150 100 50
Classe de resposta esperada a N
1
( ) Ch beneficiado. Alta Mdia Baixa
I !
. I - - - - - - - N, k g / h a - - - - - - -
i I Aplicar, no primeiro ano, a metade das doses indicadas, conforme a
produtividade prevista. 50 30 o
Acrescentar, anualmente, 40 kg/ha de S.
I '
Na fase de produo, parcelar as aplicaes dos fertilizantes, em agosto, Alta resposta esperada a N: Solos corrigidos, cultivados anteriormente com
dezembro e maro. culturas no-leguminosas ou solos arenosos.
Mauro Sakai Mdia resposta a N: Solos muito cidos, que sero corrigidos; ou com plantio
Estao Experimental de Pariquera-Au - IAC anterior espordico de leguminosas; solo em pousio por um ano; ou uso
de quantidades moderadas de adubos orgnicos.
e Jos Antonio Quaggio
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Baixa resposta esperada a N: Solo em pousio ou pastagem por dois ou mais
anos; ou com plantio anterior de leguminosas ou adubos verdes; uso
constante de quantidades elevadas de adubos orgnicos.
Observaes:
i.i
i!
I "
I !I
104
Recomendaes de adubao e calagem ...
16. FIBROSAS
i:
l;,,11
O contedo de nutrientes do algodoeiro para a produo de uma tonelada Espaamento: 0,70 a 1,10 m x 0,10 a 0,20 m (45.500 a 143.000 plantas/ha).
de algodo em caroo , aproximadamente, o seguinte:
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Planta inteira (kg/t de algodo em caroo): N - 59; P - 1 O; K - 50 magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3. Aplicar o corretivo o mais cedo
Parte colhida (kg/t de algodo em caroo): N - 23; P- 4; K- 16 possvel, procurando incorpor-lo muito bem ao solo
Adubao mineral de plantio: As quantidades a aplicar so baseadas na
Para a dignose foliar, as instrues para amostragem de folhas so as
anlise de solo e na produtividade esperada de algodo em caroo, de
seguintes:
acordo com o seguinte:
Amostrar 30 plantas, no florescimento, coletando os limbos das
5. as folhas a partir do pice da haste principal. Produti- P resina, mg/dm 3
vidade Nitrognio
esperada 0-6 7-15 16-40 41-aO >80
Os limites de interpretao so definidos pelas seguintes faixas de teores
adequados na matria seca: N, kg/ha P20s, kg/ha
t/ha
.
g/kg mg/kg 1,5-2,0
2,0-2,4
10
10
. ao
100
60
ao
40
60
30
40
20
30
N 35-43 B 30-50
p 2,5-4,0 Cu 5-25 >2,4 10 120 100 ao 60 40
K 15-25 Fe 40-250
Ca 20-35 Mn 25-300 Produti- CTC K+ trocvel, mmolcidm 3
vidade
Mg 3-8 Mo mmolc/dm 3
esperada 0-0,7 o,a-1,5 1 ,6-3,0 3,1-6,0 >6,0
s 4-8 Zn 25-200
t/ha K20, kg/ha
1,5-2,0 At 60 60 40 30 20 20
>60 ao 60 40- 30 20
2,0-2,4 At 60 ao 60 40 20 20
>60 ao
. ao 60 40 30
>2,4 At 60 ao ao 60 40 30
>60 ao ao ao 60 40
i !111
nutriente, aumentando esta quantidade para 1,2 kg/ha, caso algum sintoma de Boro em cobertura: Caso no seja possvel a aplicao no plantio,
deficincia j se tenha evidenciado.Em faixa intermediria, de 0,21 a 0,60 incorporar boro em cobertura juntamente com o adubo nitrogenado, em dosa-
mg/dm3 de B no solo, utilizar de 0,5 a 1,O kg/ha de B na mistura dos adubos gem at 25% mais elevada do que a indicada para o plantio.
de plantio. Dentro desses nveis, as necessidades bsicas do algodoeiro sero
satisfeitas e no haver risco de intoxicao. Nitrognio em pulverizao: A pulverizao foliar alternativa para
corrigir eventuais deficincias que ocorram na fase de frutificao. Usar uria
Enxofre: Em solos de explorao recente, nunca ou pouco adubados ou a 5%, a baixo volume, em mistura com inseticida, aplicando nas horas mais
naqueles j corrigidos e freqentemente adubados com misturas concentradas, frescas do dia.
utilizar pelo menos um adubo contendo enxofre, no plantio ou em cobertura,
fornecendo de 20 a 40 kg/ha de S, dependendo da produtividade esperada. Boro em pulverizao: A pulverizao foliar alternativa para corrigir
eventuais deficincias. Nesse caso, devem ser feitas no mnimo quatro aplica-
es sucessivas, fornecendo de O, 15 a O, 18 kg/ha de B por vez (a baixo
Adubao mineral de cobertura: Aplicar de acordo com a produtividade volume), durante o florescimento da cultura.
calculada de algodo em caroo, a classe de resposta esperada a nitro-
gnio e a anlise de solo para potssio, conforme a seguinte tabela:
Nelson Machado da Silva
Produtivi- Classe de resposta a N K+ trocvel, mmolc/dm 3 Seo de Algodo - IAC
da de CTC
esperada Alta Mdia Baixa mmolc/dm 3
0-0,7 0,8-1,5
!lha N, kg/ha --K20, kg/ha--
1,5-2,0 40 30 15
2,0-2,4 50 40 20 > 60 20
> 2,4 70 50 30 At 60 20
> 60 40 20
110
B. van RAIJ et al. Recomendaes de adubao e calagem ...
Espaamento: 1O x 1O m ou 5 x 5 m (1 00 a 400 plantas/ha) Espaamento: 0,60 m entre linhas, com 30 a 40 sementes viveis por metro
linear (500.000 a 670.000 plantas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo,
utilizando a seguinte tabela: Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo,
usando a seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Nitrognio
0-15 >15 0-1,5 >1,5 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha--
25 - - - - P20s, kg/ha---- - - - - - K 2 0 , kg/ha----
15 50 40 20
80 60 40 20 70 60 40 20
Antonio Luiz de Barros Salgado Observao: A cultura recomendada em rotaes, para melhoria das condi-
Seo de Plantas Fibrosas - fAC es do solo.
'
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1
1flli
'I'"
'"il'
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lilll.
Espaamento: 0,20 a 0,30 m x 0,05 m (67.000 a 100.000 plantas/ha). Espaamento: O, 1 O a O, 15 m entre linhas.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%.
Adubao orgnica: No plantio, incorporar 1o t/ha de esterco de curral curtido Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
ou 3 t/ha de esterco de galinha.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Adubao mineral de plantio: Aplicar as quantidades indicadas pela anlise Nitrognio
de solo, misturando com o esterco: 0-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5
15 60 30 40 20
'11'i '~:'-
Ir,,,
]111'
1 11111:
Espaamento: 0,60 m x 0,04 a 0,05 m (333.000 a 420.000 plantas/ha). Espaamento: 1,O m x 0,5 m (20.000 rizomas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao orgnica: Incorporar 1O tlha de esterco de curral curtido ou 3 t/ha
de esterco de galinha. Repetir essa aplicao anualmente.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio Adubao mineral de plantio: Misturar com o esterco, em quantidades basea-
0-15 >15 0-1,5 >1,5
das na anlise de solo e na seguinte tabela:
N, kg/ha -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha---
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
10 50 25 40 20 Nitrognio
0-15 >15 0-1,5 >1 ,5
1 11111:1
16.10 Sisal
17. FRUTFERAS
17.2 Extrao de macronutrientes primrios por frutos na colheita 17.3 Amostragem de folhas e diagnose foliar
Os contedos de nitrognio, fsforo e potssio apresenfam-se no quadro A diagnose foliar uma tcnica importante para a fruticultura. Embora
17.1. So indicadas tambm as faixas de produtividade mais comuns. Esses existam dificuldades de interpretao, principalmente decorrentes de variaes
dados servem para estimar a retirada dos macronutrientes primrios pelas nas pocas e posies das folhas amestradas, o que leva a resultados diferen-
colheitas em pomares formados. claro que, antes de ter um pomar em tes, j h informaes que permitem estimar faixas de interpretao para
produo, necessrio formar as rvores, o que exige quantidades consider- diversas fruteiras.
veis de nutrientes, podendo-se estimar, grosseiramente, que o contedo da
vegetao de um pomar de alta produtividade representa cerca de 3 a 4 vezes O quadro 17.2 apresenta as descries de amostragens de folhas de
a quantidade extrada em uma colheita elevada. fruteiras. sempre importante coletar folhas de todos os lados das rvores.
kg/t !lha
Abacate 2,8 0,3 2,0 0,2 12-18
Abacaxi 0,7 o, 1 0,9 o, 1 30-50
Acerola 1,8 0,3 2,6 0,2 30-50
BananaMnanico 2,1 0,3 5,0 O, 1 20-60
Banana-prata 1,7 0,3 4,8 O, 1 10-25
Caqui 2,3 0,3 2,9 0,2 15-30
Figo 3,1 0,5 4,0 0,3 20-22
Goiaba 1,3 0,2 0,7 0,2 20-50
I li. Laranja 2,4 0,2 2,0 o, 1 20-60
Ma 0,7 O, 1 1,2 O, 1 15-30
Macadmia 8,8 0,6 4,3 0,8 5
I !I Mamo 1,8 0,3 1,6 0,2 30-40
Manga 1,3 0,2 1,6 0,2 10-12
Maracuj 1,9 0,6 3,6 0,2 20-40
Nectarina 2,9 0,3 1,9 o, 1 20-22
Nspera 1,2 0,2 1,5 0,2 10-15
Pec 10,5 1,3 3,6 0,9 1
Pra 0,6 O, 1 1,O o, 1 12-25
Pssego 3,6 0,3 2,1 0,2 20-22
Uva Itlia 2,2 0,6 3,3 0,2 20-35
Uva niagara 0,9 0,3 1,9 0,2 15-25
1??
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Quadro 17.2 Instrues para amostragem de folhas de frutferas Quadro 17.3 Faixas de teores adequados de macro- e micronutrientes em
folhas de plantas frutferas
Cultura Descrio da amostragem
Cultura Faixas de teores de nutrientes considerados adequados
Abacate Coletar, em fevereiro ou maro, folhas recm~expandidas com idade Macronutrientes, g/kg
entre 5 a 7 meses, da altura mdia das copas. Amostrar 50 rvores.
N p K Ca Mg s
Abacaxi Amostrar, pouco antes da induo floral, uma folha recm~madura "O"
Abacate 16-20 0,8-2,5 7-20 10-30 2,5-8 2,0-6,0
(normalmente a 4. 2 folha a partir do pice). Cortar as folhas em
pedaos de 1 em de largura, eliminando a poro basal sem clorofila. Abacaxi 15-17 0,8-1,2 22-30 8-12 3-4
Homogeneizar e separar cerca de 200 g para envio ao laboratrio. Acerola 20-24 0,8-1,2 15-20 15-25 1 ,5-2,5 4,0- 6,0
Amostrar 50 plantas. Banana 27-36 1,8-2, 7 35-54 3-12 3-6 2,5-8,0
Acerola Amostrar nos quatro lados da planta, folhas jovens totalmente expan~ Figo 20-25 1,0-3,0 10-30 30-50 7,5-10 1,5-3,0
didas, de ramos frutferos. Amostrar 50 plantas. Goiaba 13-16 1,4-1,6 13-16 9-15 2,4-4,0
Banana Retirar os 5~10 em centrais da 3.a folha a partir da inflorescncia, Laranja 23-27 1,2-1,6 10-15 35-45 2,5-4,0 2,0-3,0
eliminando a nervura central e metades perifricas. Amostrar 30 plantas. Ma 19-26 1,4-4,0 15-20 12-16 2,5-4,0 2,0-4,0
Citros Coletar a 3.a folha a partir do fruto, gerada na primavera, com 6 meses Macadmia 15-25 1,0-3,0 5-15 5-1 o 1 ,0-3,0 1,0-2,5
de idade, em ramos com frutos de 2 a 4 em de dimetro. Amostrar 4 Mamo 10-25 2,2-4,0 33-55 10-30 4,0-12,0
folhas por planta, num total de 25 rvores por talho. Manga 12-14 0,8-1,6 5-10 20-35 2,5-5,0 0,8-1,8
Figo Coletar folhas recm~maduras e totalmente expandidas, da poro Maracuj( 1 ) 42-52 1,5-2,5 20-30 17-27 3,0-4,0 3,2-4,0
mediana dos ramos, trs meses aps a brotao. Amostras de 25 Maracuj( 2) 33-43 1,3-2, 1 22-27 12-16 2,5-3,1
plantas por talho, num total de 100 folhas.
Pssego 30-35 1,4-2,5 20-30 18-27 3,0-8,0 1,5-3,0
Goiaba Coletar o 3. 0 par de folhas completamente desenvolvidas, de ramos Uva 30-35 2,4-2,9 15-20 13-18 4,8-5,3 3,3-3,8
,.,,,..., com frutos terminais. Amostrar 30 rvores.
IJi~!!il Ma Coletar 4 a 8 folhas recm-maduras e totalmente expandidas. Amostrar
Micronutrientes, mg/kg
l<iil'
1;1'!!
1
25 plantas por talho, num total de 100 folhas. B Cu Fe Mn Mo Zn
~ i j!11 :
Macadmia Coletar folhas recm~maduras e totalmente expandidas, no meio do Abacate 50-100 5-15 50-200 30-100 " 0,05-1,0 30-100
ltimo fluxo de vegetao. Amostrar 25 plantas por talho, num total Abacaxi 20-40 5-10 100-200 50-200 5-15
de 100 folhas.
Acerola 25-100 5-15 50-100 15-50 30-50
Mamo Coletar 15 pecolos de folhas jovens, totalmente expandidas e madu- Banana 10-25 6-30 80-360 200-2000 20-50
ras (17.a a 20.a folhas a partir do pice), com uma flor visvel na axila.
Figo 30-75 2-1 o 100-300 100-350 50-90
Manga Coletar folhas no florescimento, do meio do ltimo fluxo de vegetao, Goiaba
de ramos com flores na extremidade. Amostrar 4 folhas por rvore, 20
Laranja 36-100 4-1 o 50-120 35-300 0,1-1,0 25-100
plantas por talho.
Ma 25-50 6-50 50-300 25-200 O, 1- 20-100
Maracuj Coletar no outono a 3.a ou 4.a folha, a partir do pice de ramos no Macadmia 25-50 6-12 25-200 100-400 0,5-2,5 15-50
sombreados. Alternativamente, coletar a folha com boto floral na
axila, prestes a se abrir. Amostrar 20 plantas. Mamo 20-30 4-10 25-1 ao 20-150 15-40
Manga 50-100 10-50 50-200 50-100 20-40
Pssego Coletar 26 folhas recm-maduras e totalmente expandidas, da poro
Maracuj 40-60 5-20 100-200 100-250 1,0-1,2 50-80
mediana dos ramos. Amostrar 25 plantas por talho, num total de 100
folhas. Pssego 20-60 5-16 100-250 40-160 20-50
Uva 45-53 18-22 97-105 67-73 30-35
Uva Amostrar a folha recm~ madura mais nova, contada a partir do pice
dos ramos da videira, retirando um total de 100 folhas. 1
( } 3.a ou 4.a folha de maracuj coletada no outono. e} Folha de maracuj com boto floral na
axila.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmol 0 /dm3. Nilberto B. Soares
Seo de Fruticultura Tropical- fAC
Adubao de plantio: Aplicar de 15 a 20 litros de esterco de curral, ou 4 litros e Jos Antonio Quaggio
de esterco de galinha por cova, em mistura com 250 g de P20 5 e a melhor Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
terra de superfcie, 30 dias antes do plantio.
Utilizar 3 vezes 20 g de N por planta, aos 30, 90 e 150 dias aps o
pegamento das mudas.
<6 80 60 30 60 40 o 60 40 20
6-1 o 100 80 40 80 50 20 90 60 30
11-20 120 100 50 100 60 40 120 90 50
>20 140 120 60 120 70 60 150 120 70
Espaamento: Fileiras duplas de 40cm de largura, distanciadas de 120 em, Espaamento: 4 x 4m a 5 x 5m (650 a 500 plantas/hectare)
com 2,5 plantas por metro de linha (31.250 plantas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de magnsio ao mnimo de 9 mmolcidm3.
magnsio a um mnimo de 5 mmolcidm 3. Quantidades acima de 5 t/ha
requerem cuidados especiais, com incorporao profunda ao solo. Adubao de plantio: Aplicar 20 litros de esterco de curral e 1 kg de torta de
mamona por cova, em mistura com 200 g de P20 5 e 3 g de Zn, misturando
Adubao mineral: Na tabela a seguir, so indicadas as quantidades totais de com a terra da superfcie, 20 dias antes do plantio.
nitrognio, fsforo e potssio para a primeira produo, de acordo com a
anlise de solo e da produtividade esperada. Adubao de formao: Aplicar, de acordo com a anlise de solo inicial do
terreno, a seguinte adubao anual:
Produtivi- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
da de N P resina, mg/dm 3 K1 trocvel, mmol 0 /dm 3
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha-- --K20, kg/ha Anos N, g/cova - - P20s, g/cova - - - - K20, g/cova - - -
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30-40
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40-50 500 120 100 80 500 400 300 2-3 180 180 120 90 240 160 120
>50 600 140 120 100 600 500 400
128 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 BoiAtim Tr.nir.n 100 1Ar. 1 QQ7 100
B. van RAIJ et aL Recomendaes de adubao e calagem ...
Adubao de formao: Aos 30-40 dias aps o plantio, utilizar 20% das doses
de N e K recomendadas na tabela abaixo. Aos 70-90 dias, aplicar o
restante da adubao fosfatada e 50% da doses de N e K e aos 120-150
dias, o restante da adubao N e K. Aplicar os fertilizantes em crculos de
100 em de dimetro ao redor da planta.
Utilizar fontes de N ou P capazes de fornecer, anualmente, 30 kg/ha de S.
1~n
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Adubao de produo: As adubaes anuais de N, P e K, por famlia, devero 17.8 Citros: laranja, limo, tangerina e murcote
ser ajustadas em funo da produtividade esperada, e teores de P e K
revelados pela anlise de solo. Em reas sujeitas a perodos de seca Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
sazonais, parcelar a adubao em trs aplicaes, no incio, meado e final o teor de magnsio no mnimo em 9 mmol 0 /dm3. Antes da formao do
do perodo chuvoso. Em reas irrigadas ou sem dficit hdrico, parcelar a pomar, o calcrio dever ser aplicado na rea total com bastante antece-
adubao em seis vezes. dncia ao plantio das mudas, procurando incorpor-lo o mais profunda-
mente possvel. Para pomares j instalados, o calcrio dever ser aplicado
Distribuir os adubos em semicrculos de 100 em de raio, na frente do tambm na rea total, de abril a junho, e incorporado com grade.
rebento mais jovem (sentido do deslocamento da famlia).
Adubao de plantio: Aplicar os fertilizantes, em sulcos com 25 a 30 em de
Utilizar fontes de N ou P capazes de fornecer anualmente 30 kg/ha de S. profundidade, de acordo com a anlise de solo e para todas variedades
de copas:
Adubao com micronutrientes: Aplicar anualmente 25 g de sulfato de zinco P resina, mg/dm 3 B (gua quente) Zn (DTPA)
(quando for constatada a deficincia de zinco nas folhas) e 1O g de cido
0-5 6-12 13-30 >30 0-0,20 >0,20 0-1,2 >1 ,2
brico no orifcio aberto no rizoma, por ocasio do desbaste. Parcelar as
doses acima em duas vezes, uma na primavera, outra no vero. P20s( 1) --Zn( 1) -
80 60 40 20 2 o
Luiz A. Junqueira Teixeira e Adernar Spironello
1
( ) gim linear de sulc~:L
Seo de Fruticultura Tropical - IAC
Adubao de formao: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a idade
e Jos A. Quaggio e Pedro Roberto Furlani
das rvores, as doses de nutrientes indicados, para todas variedades de
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
copas, na seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0/dm 3
Idade Nitrognio
0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1 ,5-3,0 >3,0
Anos N, g/planta P20s, g/planta-- K20, g/planta
0-1 80 o o o o 20 o o o
1-2 160 160 100 50 o 80 60 o o
2-3 200 200 140 70 o 150 100 50 o
3-4 300 300 210 100 o 200 140 70 o
4-5 400 400 280 140 o 300 210 100 o
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B. van AAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Naqueles em produo, duas. Aplicar no periodo das chuvas, quando houver z'
brotao das plantas. o
Em pomares com sintomas intensos de deficincia de boro, mais eficien-
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Pssego e nectarina: bsico- 7 x 5 m (285 plantas/hectare); tendncia atual
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o o incorporado mediante arao e gradagem.
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Adubao de instalao: Aplicar, por cova de 50 x 50 x 50 em, 2 kg de esterco
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da planta, 60 g de N, em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses.
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dades de nutrientes, de acordo com a anlise de solo, conforme a idade
da planta:
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incio da brotao. Pode-se, tambm, parcelar apenas o nitrognio, aplicando
o fsforo e o potssio na primeira adubao.
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Adubao de produo: Aplicar, anualmente, 3 t/ha de esterco de galinha ou 17.10 Frutas de clima temperado: 11. figo, ma, marmelo, pra e
15 t/ha de esterco de curral bem curtido, e as seguintes quantidades de pssego em pomar compacto
nutrientes, de acordo com a anlise de solo e a produtiVidade esperada:
Espaamentos:
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Figo: 3,5 x 2 m (1.400 plantas/hectare);
vida de Nitrognio
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Ma enxertada sobre cavalo ananicante: 4 x 2m (1.250 plantas/hectare);
Marmelo: 5 x 3m (650 plantas/hectare);
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha--- --K20, kg/ha
Pra enxertada sobre marmeleiro: 4 x 2 m (1.250 plantas/hectare).
Ameixa e damasco japons (um) Pssego enxertado sobre pessegueiro "Okinawa" (pomar adensado) ou
<15 100 60 40 20 90 60 30 sobre umezeiro: 4 x 2m (1250 plantas/hectare).
15-25 150 90 60 30 120 80 40
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
>25 200 120 80 40 150 100 50
o teor de Mg, no mnimo em 9 mmolcfdm3. Aplicar o corretivo a lano em
Pssego e nectarina - espaamento bsico todo o terreno, antes do plantio, incorporando-o atravs de arao e
40 20 90 60 30 gradagem.
<10 90 60
10-20 140 90 60 30 120 80 40
Adubao de instalao: Aplicar, por cova de 50 x 50 x 50 em, 2 kg de esterco
>20 180 120 80 40 150 100 50
de galinha, ou 1O kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcrio
Pssego e nectarina - espaamento tendncia atual dolomtico, 200 g de P20 5e 60 g de K20. Com antecedncia de pelo menos
60 30 30 dias do plantio, incorporar muito bem esses adubos terra retirada da
<12 120 90 60 30 90
superfcie quando da abertura das covas, usando a mistura para preen-
12-22 180 120 80 40 150 100 50
ch-las.
>22 240 150 100 50 180 120 60
A partir do incio da brotao das mudas, aplicar em cobertura ao redor
Nspera da planta, 60 g de N, em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses.
<8 60 40 30 20 60 40 20
8-12 90 60 40 20 90 60 30 Adubao de formao: Aplicar anualmente, por planta, as seguintes quanti-
>12 120 90 60 30 100 70 40 dades de nutrientes, de acordo com a anlise de solo, conforme a idade
das plantas:
Adubao de produo: Aplicar, anualmente, 3 t/ha de esterco de galinha, ou 17.11 Frutas de clima temperado: 111. caqui, ma, macadmia, pec
15 t/ha de esterco de curral bem curtido, e as seguintes quantidades de e pra
nutrientes, de acordo com a anlise de solo e a produtiviaade esperada:
Espaamentos:
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
v idade Nitrognio Caqui (bsico): 7 x 5 m (285 plantas/hectare);
esperada 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Caqui "amagaki": 6 x 4 m (41 O plantas/hectare);
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha --K20, kg/ha Ma enxertada sobre cavalo semivigoroso: 6 x 4 m (410 plantas/hectare);
Macadmia: 8 x 8 m (156 plantas /hectare);
Figo Pec: 14 x 12m (60 plantas/hectare);
<10 140 100 70 40 120 80 40 Pra enxertada sobre pereira: 7 x 5 m (285 plantas/hectare).
10-20 210 150 100 50 150 100 50
>20 280 200 140 70 240 160 80 Calagem: Aplicar, calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e manter
o teor de Mg no mnimo em 9 mmolcfdm3. O corretivo deve ser aplicado a
Ma, pra e pssego (pomar compacto) lano por todo o terreno, antes do plantio, e incorporado mediante arao
<15 120 90 60 30 100 70 40 e gradagem.
15-25 180 150 100 50 150 100 50
Adubao de instalao: Aplicar por cova de 50 x 50 x 50 em, 2 kg de esterco
>25 240 180 120 60 200 140 70
de galinha ou 1O kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg de calcrio
Marmelo dolomtico, 160 g de P20 5 e 60 g de K 20. Com antecedncia de pelo menos
<8 70 60 40 20 60 40 20 30 dias do plantio, incorporar muito bem esses adubos terra retirada da
8-12 110 80 50 30 90 60 30 superfcie quando da abertura das covas, usando a mistura para preen-
ch-las.
>12 140 100 70 40 120 80 40
A partir do incio da brotao das mudas, aplicar em cobertura, ao redor
da planta, quatro parcelasde 15 g de N, de dois em dois meses.
Aps a colheita, distribuir esterco, fsforo e potssio na dosagem anual,
misturados terra da superfcie em coroa larga, acompanhando a projeo da Adubao de formao: Aplicar anualmente as seguintes quantidades de
copa da planta no solo. nutrientes, de acordo com a anlise de solo. e a idade das plantas:
Dividir o nitrognio em quatro parcelas, aplicando em cobertura de dois
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
em dois meses, a partir do incio da brotao. Tambm pode ser utilizada Idade Nitrognio
frmula NPK que se aproxime mais da proporo indicada de nutrientes e, 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
nesse caso, a aplicao se dar em quatro parcelas, como descrito para o
nitrognio. Anos N, g/planta --P20s, g/planta - - --K20, g/planta--
1-2 50 60 40 20 60 40 20
2-3 100 120 80 40 120 80 40
Fernando Antonio Campo-Daii'Orto, Wilson Barbosa e Mrio Ojima
Seo de Fruticultura de Clima Temperado - IAC 3-4 150 180 120 60 180 120 60
4-5 200 240 160 80 240 160 80
e Bernardo van Raij
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - fAC
Aplicar os adubos em trs parcelas, no incio, meado e fim da poca das 17.13 Mamo
chuvas, em toda a rea da projeo das copas.
Espaamento: 3 x 2m, 3 x 3m ou 4,5 x 2m (1.000 a 1.700 plantas hectare).
Rui Ribeiro dos Santos
Estao Experimental de Monte Alegre do Sul- IAC Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
o teor de magnsio no mnimo em 9 mmolcfdma
e Jos A. Quaggio
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Adubao de plantio e formao: Aplicar 5 litros de esterco de curral curtido,
ou 2 litros de esterco de galinha por cova, em mistura com 60 g de P2 0 5,
30 g de K2 0 e a melhor terra da superfcie, 30 dias antes do plantio.
Aplicar duas vezes 1O g de N por planta, sendo metade um ms aps o
plantio e metade dois meses mais tarde.
t/ha N, kg/ha ~P205, kg/ha~ ~K20, kg/ha- -B, kg/ha- Zn, kg/ha
Nilberto B. Soares
Seo de Fruticultura Tropical- /AC
e Jos A. Quaggio
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Observao: Em pomares com incidncia de colapso interno dos frutos,
Idade Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 sugere-se a aplicao, em maro-abril, de 2 t!ha de gesso, em solos at com
30% de argila e 3 t!ha para solos argilosos. Repetir a aplicao aps 3 anos,
Anos N, g/planta - - P20s, g/planta-- K20, g/planta dependendo do resultado de anlise da amostra de solos da camada de solo
0-1 30 o o o 40 o o o a 20-40 em de profundidade.
1-2 60 160 80 60 80 40 o o
2-3 120 240 160 100 160 120 80 40
3-4 160 320 240 120 240 180 120 80
Jos A. Quaggio (Coordenador), Nilberto 8. Soares,
Pedro R. Furlani e Bernardo van Raij - IAC
Utilizar o adubo em trs parcelas, no incio, meado e final da estao das
Clvis de Toi(JdO Piza Junior e Ryosuke Karati - DEXTRU, CATI
chuvas, ao redor das plantas e na projeo das copas.
Alberto Carlos de Queiroz Pinto-EMBRAPA!CPAC
Adubao de produo: Aplicar anualmente, de acordo com a anlise de
folhas realizada no florescimento, a anlise de solo realizada pelo menos
a cada 2 anos e a produtividade esperada:
3
Produti- N nas folhas, g/kg P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm
vidade
esperada
<10 10-12 >12 0-5 6-12 13-30 >30 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
RniAtim TF!r.nir.n. 100. IAC. 1997 Rn!otlrY'I T6,-.nil'n 1f\() IAf' 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
17.16 Uvas finas para mesa e passa Adubao de produo: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a produ-
tividade esperada, conforme a seguinte tabela:
Cultivares: Itlia, Rubi, Benitaka, Patrcia, Maria, Paulistinha, Centennial See-
dless (sem sementes) e Red Globe. Meta de P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
produti- Nitrognio
Espaamento: 4 x 3m ou 4 x 4 m ou 5 x 3m (833, 625 ou 666 plantas/hectare). vidade 0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a satur~o por bases a 80%. ~ntes da t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha-- - - K20, kg/ha
formao do vinhedo, incorpor-lo o ma1s profundamente poss1vel. Em
vinhedos j instalados, aplicar o calcrio em rea total, antes da poda, <23 200 400 240 120 320 200 120
incorporando-o ligeiramente ao solo. 23-35 250 500 300 150 400 250 150
>35 300 600 360 180 480
Adubao de implantao: Aplicar, por cova, 40 litros de esterco de curral 300 180
curtido ou 1o litros de esterco de galinha, ou 2 kg de torta de mamona e
1 kg d~ calcrio dolomtico, em mistura com a terra da superfcie e com a
adubao mineral, de acordo com a anlise de solo: Na poda do primeiro ano de produo, utilizar a metade da dose da tabela
acima.
p resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Aplicar 40 tiha de esterco de curral curtido, ou 6 t/ha de esterco de
galinha,ou 2,5 t/ha de torta de mamona, enterrando em covas ao lado das
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 plantas, um ms antes da poda de produo.
P20s, g/cova K20, g/cova Em caso de deficincia de boro, ou quando o teor de B no solo for inferior
a 0,21 mg/dm3, aplicar no solo 1,5 kg/ha de B, logo aps a poda.
300 200 100 150 100 50
Aplicar 1/2 doPe do K e 1/3 do N, juntamente com o adubo orgnico, um
ms antes da poda. Aplicar o restante do P, 30 dias aps a poda. Parcelar o
Em cobertura, aos 60 e 120 dias aps o plantio dos porta-enxertos, aplicar
restante do N e do K em trs vezes iguais, aos 30 dias aps a poda, na fase
30 g de N por planta, por vez. de chumbinho e na fase de meia baga, espalhando os adubos ao redor das
plantas.
Adubao de formao (aps a enxertia): Aplicar, de acordo com a anlise
de solo, a seguinte adubao:
Observaes:
60 150 100 50 100 70 50 b) Colheita precoce: Para a regio oeste do Estado de So Paulo acrescentar,
em cobertura, 80 kglha de N e 80 kg/ha de K2 0 aps a poda de formao,
parcelando em duas ou trs vezes, de novembro a fevereiro. Se dispon-
vel, aplicar tambm 30 Ilha de esterco de curral curtido, antes da poda.
Aplicar em cobertura, ao redor das plantas, parcelando em trs vezes, a
primeira 30 dias aps a brotao e as demais at dezembro.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Aplicar 30 t/ha de esterco de curral curtido, ou 8 t/ha de esterco de galinha
ou 2 t/ha de torta de mamona, enterrando em sulcos ao lado das plantas, um
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 ms antes da poda.
P20s, g/cova K20, g/cova Em caso de deficincia de boro, quando o teor no solo for inferior a 0,21
mg/dm3, aplicar 2,5 kg/ha de B , logo aps a poda.
80 60 40 40 30 20
Aplicar 1/2 doPe do K e 1/3 do N, juntamente com o adubo orgnico, um
ms antes da poda. Aplicar o restante do P, 30 dias aps a poda. Parcelar o
restante do N e do K em trs vezes iguais, aos 30 dias aps a poda, na fase
Aplicar, em cobertura, aos 60 e 120 dias aps o plantio dos porta-enxertos,
de chumbinho e na fase de meia baga, espalhando os adubos ao lado das
20 g de N por planta, por vez. plantas.
Adubao de formao (aps a enxertia): Utilizar, de acordo com a anlise Observao: O boro tambm pode ser aplicado em pulverizao, antes do
de solo, a seguinte adubao: florescimento, em trs vezes, empregando soluo contendo 1 g!!itro de
cido brico.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
0-12 13-30 >30 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 Maurilo Monteiro Terra ' 1
18. HORTALIAS
Pgina
18. HORTALIAS
Calagem
'1,,.,_
:;::'1..!:
1r" o:m A incorporao do calcrio deve, sempre que possvel, ser feita at 20 a
''::lfi.Pii 30 em de profundidade pois, ao contrrio do que se pensa, diversas hortalias
r:I;;;Ji'J
;f ~1:w; tm o sistema radicular to profundo quanto culturas extensivas. Dentre as
I 'ilt1llil~l: hortalias de sistema radicular profundo pode-se citar: abbora, alcachofra,
aspargo, batata doce, melancia e tomate. Com o sistema radicular moderada-
mente profundo destacam-se: beterraba, berinjela, cenoura, ervilha, feijo-
-vagem, melo, nabo, pimento e pepino. Naturalmente, a profundidade das
razes influencida pelo solo, sendo difcil uma classificao do comprimento
do sistema radicular de maneira padronizada.
O preparo e utilizao do composto orgnico pelo agricultor deve ser C: p~rcelamento , em geral, realizado com nitrognio ou com nitrognio
incentivado ao mximo, j que este tem-se mostrado freqentemente superior e potassto. De manetra geral, a aplicao de fsforo no recomendada em
a outros adubos orgnicos. Isso pode ser devido ao fato que a com postagem cobertura para culturas tradicionais.
inviabiliza a germinao de sementes de plantas daninhas e diminui a ao de
alguns patgenos, como por exemplo fusarium e rizoctonia, muitas vezes Para hortalias, as recomendaes de fsforo so, em alguns casos,
presentes em materiais vegetais crus. Alm desses efeitos, o processo e tempo ele~ad':s, chegando a 600 kg/ha de P20 5 ou mais. Nesses casos, admite-se
de fermentao de diversos tipos de material orgnico, diminui a ao de aplicaao de parte do nutriente em cobertura, na proporo de 1/4 at 1/3 das
resduos de herbicidas, antibiticos e hormnios, por vezes presentes nesses quantidades de N e K como, por exemplo, com as frmulas 12-4-12 20-5-20
materiais, contribuindo tambm para eliminar vermes e outros agentes causa- ou similares. A aplicao do fsforo em cobertura mais eficaz se 0 ~dubo for
dores de doenas em seres humanos. enterrado ou coberto com terra, como acontece, por exemplo, com 0 tomateiro.
Nessas condies, pode haver estmulo a maior desenvolvimento radicular.
Recomenda-se o preparo do composto com utilizao de 3 a 4 partes de No recomendvel a utilizao de frmulas em cobertura que contenham
material com alta relao C/N (bagacilho de cana, casca de arroz, entre outros), elevados teores de fsforo, em que o nutriente se encontre em relaes
para uma parte com baixa relao C/N (estercos, plantas leguminosas, etc.), semelhantes ou superiores ao nitrognio ou ao potssio, tais como 1:1:1 ou
alternando-se em camadas de 20 em aproximadamente de cada um, at uma 1 :2:1. A maior parte do fsforo deve ser sempre aplicada no plantio.
altura de cerca de 1 ,5 m. A largura das camadas varia de 3 a 4 m e o
comprimento, conforme a disponibilidade da rea. Tal material, irrigado e
revirado inicialmente a cada 3 a 5 dias e, no final, a cada 1 O a 15, leva em Uso de micronutrientes
mdia 60 a 90 dias para estar preparado.
Em cada tabela de recomendao de cal agem e adubao, so recomen-
dados aqueles micronutrientes cujas deficincias so mais provveis de ocor-
Adubao mineral rer. O conhecimento especfico da rea, utilizao da anlise de solo e
diagnose foliar, alm da exigncia nutricional da hortalia, auxiliam na reco-
As quantidades de nutrientes recomendadas baseiam-se na anlise de mendao dos micronutrientes. A aplicao pode ser feita no solo ou nas folhas.
solo. As tabelas levaram em conta as exigncias nutricionais das culturas,
produtividade esperada, resultados de experimentos regionais, quando exis- Sempre que possvel utilizar frmulas NPK que contenham os micronu-
trientes. No caso da aplicao desses produtos separadamente por ocasio do
tentes, e informaes da literatura.
plantio, devido s baixas quantidades necessrias, recomenda-se a mistura
com areia ou terra seca peneirada, ou ainda com o prprio fertilizante NPK de
Adubao mineral de plantio granulometria semelhante, para uniformidade de distribuio.
No caso das hortalias, particularmente importante a localizao dos Quanto aplicao via foliar, evitar a mistura dos micronutrientes com
fertilizantes. Deve-se levar em considerao a distribuio do sistema radicular, defensivos sem a orientao do fabricante quanto compatibilidade.
Os defensivos contendo micronutrientes (oxicloreto de cobre, mancozeb, Quadro 18.1_. Contedo dos macronutrientes primrios na parte fresca colhida
zineb, etc.) tm-se mostrado fontes alternativas desses elementos para as de hortal1as e produtividade mdia
plantas.
Produti-
Cultura N p K vidade
18.2 Composio qumica e diagnose folia r mdia
-----kg/1----- t/ha
O quadro 18.1 apresenta os contedos de macronutrientes primrios - N,
P e K - na parte colhida de hortalias, bem como as produtividades mdias Abobrinha 1 '1 0,3 1,8 10-20
obtidas. Esses dados permitem calcular, aproximadamente, as quantidades Abbora rasteira 1' 1 0,3 1,8 10-15
desses nutrientes que so removidos pelas colheitas, dando ainda idia das
Alcachofra 3,1 0,5 5,3 4-6
necessidades das culturas.
Alface 1,6 0,2 2,0 20-30
Instrues especficas para amostragem de folhas das diferentes espcies
Alho 6,8 1 '1 4,7 4-8
de hortalias so indicadas no quadro 18.2. Para maior eficincia da diagnose
foliar, importante que essas instrues sejam seguidas da melhor maneira Aspargo 2,4 0,4 5,3 4-7
possvel. Berinjela 2,2 0,3 2,3 30-60
A interpretao dos resultados da anlise qumica das folhas de hortalias Beterraba 2,4 0,5 4,2 15-30
pode ser feita consultando o quadro 18.3, para macronutrientes e o quadro Brcolos 3,6 0,7 3,3 10-30
18.4, para micronutrientes. Cebola 1,8 0,5 2,8 20-40
Cabe frisar que h variaes substanciais nos teores de nutrientes em Cenoura 2,6 0,4 4,3 25-45
folhas pelas diferenas de pocas de amostragem, posio das folhas ou, Couve-flor 3,1 0,5 2,0 8-16
ainda, diferenas de cultivares. Assim, os nmeros apresentados devem ser Ervilha 4,8 0,7 6,4 1,5-2,0
considerados apenas como um subsdio para a identificao de problemas
Feijo-vagem 2, 1 0,4 2,0 20-25
nutricionais. importante recorrer a amostras pareadas, amostrando separa-
damente plantas normais e com problemas, analisando tambm o solo, obtendo Jil 2,3 0,4 2,9 16-20
indicaes sobre adubaes utilizadas e, com base nesse conjunto de informa- Melancia 1,5 0,2 30-50
- 1 '1
es, realizar a diagnose de problemas nutricionais. Melo 2,0 0,5 2,4 20-40
Moranga 1,3 0,2 3,4 10-15
Morango 1,3 0,3 1,5 30-35
Nabo 1,7 0,3 2,6 6-8
Pepino 1 '1 0,3 1,7 20-50
Pimenta 2,0 0,4 2,0 4-16
Pimento 1,6 0,3 0,7 30-40
Quiabo 2,2 0,5 2,8 15-22
Rabanete 1,9 0,3 2,7 15-30
Repolho 1,7 0,3 1,5 30-60
Tomate estaqueado 1,4 0,2 1,7 50-100
Tomate rasteiro 1,5 0,2 1,8 30-50
o .... ln+...., T.r"nir"r. 1(1(\ lAr. 1QQ7 RnlAtim Ttf"!nif"!n 1(1(1 lAr. 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Quadro 18.2. Recomendaes de amostragem de folhas de hortalias Quadro 18.3. Faixas de teores adequados de macronutrientes em folhas de
hortalias
Cultura Descrio da amostragem
Cultura N p
Abbora 9. 3 folha a partir da ponta, no incio da frutificao: 15 plantas. K Ca Mg s
Agrio Folhas compostas do topo da planta: 25 plantas.
Aipo Parte area; 70 dias aps o transplante: 20 plantas. --------g/kg---------
Abbora 30-40 4-6
Alcachofra Folhas desenvolvidas, aos 180 dias aps a brotao: 15 plantas. 25-45 25-45 5-1 o 2-3
Alface Folhas recm-desenvolvidas, de metade a 2/3 do ciclo: 15 plantas. Agrio 40-60 7-13 40-80 10-20 2-5 2-4
Alho Folha recm-desenvolvida, poro no branca, no incio da bulbificao: 15 Aipo 20-30 4-6 60-80 25-40 3-6 2-3
plantas Alcachofra 25-35 4-5 25-40 20-25 5-15
Aspargo Folha superior mais recm-desenvolvida: 15 plantas. Alface 30-50 4-7 50-80 15-25 4-6 1,5-2,5
Berinjela Pecolo da folha recm-desenvolvida: 15 plantas. Alho 35-50 3-5 35-50 6-12 2-4 4-6
Beterraba Folha recm-desenvolvida: 20 plantas.
Aspargo 30-50 3-6 20-40 10-20 3-7
Brcolo Folha recm-desenvolvida, na formao da cabea: 15 plantas. 2-4
Berinjela 40-60 3-12 35-60 10-25 3-1 o
Cebola Folha mais jovem, metade do ciclo de crescimento: 20 plantas.
Beterraba 30-50 2-4 20-40 25-35 3-8 2-4
Cenoura Folha recm-madura, metade a 2/3 do crescimento: 20 plantas.
Brcolos 30-55 3-8 20-40 12-25 2,5-6
Chicria Folha mais velha, na formao da 8. a folha, 15 plantas. 3-8
Folha recm-desenvolvida: 15 plantas. Cebola 25-35 2-4 30-50 15-30 3-5
Couve 5-8
Couve-flor Folha recm-desenvolvida, formao da cabea: 15 plantas. Cenoura 20-30 2-4 40-60 25-35 4-7 4-8
Ervilha Fololo recm-desenvolvido, no florescimento: 50 fololos. Chicria 40-50 4-7 50-60 15-25 2,5-5
Espinafre Folha recm-desenvolvida, 30 a 50 dias, 20 plantas. Couve 30-55 3-7 20-40 13-25 2,5-7
Feijo-vagem 4. 3 folha a partir da ponta, do florescimento ao incio da formao das vagens: Couve-flor 40-60 4-8 25-50 20-35 2,5-5
30 plantas. Ervilha 40-60 3-8 20-35 12-20 3-7
Jil Folha recm-desenvolvida, no florescimento: 15 plantas.
3
Espinafre 30-60 3-7 30-60 25-40 6-10 4-7
Melancia 5. folha a partir da ponta, excluindo o tufo apical, da metade at 2/3 do ciclo
da planta: 15 plantas. Feijo-vagem 40-60 3-7 25-40 15-30 ~ 3-8 2-5
Melo 5. 3 folha a partir da ponta, excluindo o tufo apical da metade at 2/3 do ciclo Jil 45-60 3-7 20-50 12-25 2,2-5
da planta: 15 plantas. Melancia 25-50 3-7 25-40 25-50 5-12 2-3
Morango 3. 3 ou 4. 3 folha recm-desenvolvida (sem pecfolo), no incio do florescimento: Melo 25-50 3-7 25-40 25-50 5-12 2-3
30 plantas. Morango 15-25 2-4 20-40 10-25 6-1 o 1-5
Nabo Folha recm-desenvolvida, no incio do engrossamento das razes: 20 plantas.
Nabo 35-40 3-6 35-50 15-40 3-10
Pepino 5' 3 folha a partir da ponta, excluindo o tufo aplcal, no incio do florescimento:
Pepino 45-60 3-12 35-50 15-35 3-1 o 4-7
20 plantas.
Pimenta Folha recm-desenvolvida, do florescimento at a metade do final do ciclo: 25 Pimenta 30-45 3-7 30-50 15-35 3-12
plantas. Pimento 30-60 3-7 40-60 10-35 3-12
Pimento Folha recm-desenvolvida, do florescimento metade do ciclo: 25 plantas. Quiabo 35-50 3-5 25-40 35-45 6-9 2,5-4
Quiabo Folhas recmdesenvolvidas, no incio da frutificao (4050 dias): 25 plantas. Rabanete 30-60 3-7 40-75 30-45 5-12
Rabanete Folhas recm-desenvolvidas: 30 plantas. Repolho 30-50 4-7 30-50 15-30 4-7 3-7
Repolho Folha envoltria, 2 a 3 meses: 15 plantas.
Salsa 30-50 4-8 25-40 7-20 2-5
Salsa Parte area: 30 plantas.
Tomate 40-60 4-8 30-50 14-40 4-8 3-10
Tomate Folha com pecolo, por ocasio do 1.0 fruto maduro: 25 plantas.
Quadro 18.4. Faixas de teores adequados de micronutrientes em folhas de 18.3 Abobrinha ou abbora de moita; abbora rasteira, moranga e
hortalias hbridos; bucha e pepino
Abbora 25-60 10-25 60-200 50-250 0,5-0,8 5-100 Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
Agrio 25-50 6-15 50-100 50-250 20-40 o teor de magnsio no mnimo em 9 mmolcfdma
Aipo 20-80 5-10 50-130 40-130 25-80
0,5-1,0 25-60 Adubao orgnica: Aplicar de 20 a 40 t/ha de esterco de curral curtido, ou
Alcachofra 40-80 10-20 60-200 50-250
um quarto dessas quantidades em esterco de galinha, cerca de 30 dias
Alface 30-60 7-20 50-150 30-150 0,8-1,4 30-100
antes da semeadura. Pode-se ainda utilizar um dcimo dessa dose como
Alho 30-60 5-10 50-100 30-100 30-100 torta de mamona fermentada. Neste caso, aplicar nas covas.
Aspargo 50-120 7-20 50-300 50-250 20-100
Berinjela 25-75 7-60 50-300 40-250 20-250 Adubao mineral de plantio: Aplicar o adubo misturando-o com a terra dos
20-100
sulcos ou covas, cerca de 1 o a 15 dias antes da semeadura. As quantida-
Beterraba 40-80 5-15 70-200 70-200
des so determinadas pela anlise de solo.
Brcolos 30-100 5-15 70-300 25-200 35-200
Cebola 30-50 10-30 60-300 50-200 30-100 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
Cenoura 30-80 5-15 60-300 60-200 0,5-1,5 25-100 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Chicria 25-75 5-25 40-150 15-250 30-250
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Couve 30-100 4-25 60-300 30-250 0,1-0,15 30-250
Couve-flor 30-80 4-15 30-200 25-250 0,5-0,8 20-250 40 400 300 200 200 150 100
"-1"'
4>11' 25-60 7-25 50-300 30-400 0,6-1,0 25-100
!~' ~I'
Ervilha
B, mg/dm 3 Cu, mg/dm 3
f''~1!1:1
Espinafre 40-100 5-25 60-200 30-250 25-100 Zn, mg/dm 3
lli't
~-...-
Feijo-vagem
Jil
20-60
50-80
10-30
11-25
50-300
50-300
50-300
70-250
0,4-0,8
0,5-1 ,O
30-100
20-200
0-0,20 >0,20 0-0,2 0,3-1,0 '>1 ,o - 0-0,5 >0,5
k '4l~l!
20-60 -B,kg/ha-- Cu, kg/ha -Zn, kg/ha-
Melancia 30-80 10-15 50-300 50-250
''~W"
~~~~~i' Melo 30-80 10-15 50-300 50-250 20-100 o
1~W!i
4 2 o 3 o
Morango 35-100 5-20 50-300 30-300 0,51,0 20-50
i!\lt
... .;.,. Nabo 40-100 6-25 40-300 40-250 20-250
Pepino 25-60 7-20 50-300 50-300 0,81 ,3 251 00 Adubao mineral de cobertura: Aplicar 100 a 150 kg/ha de N e 60 a 120
Pimenta 301 00 820 50-300 30-250 30-100 kg/ha de K20, parcelando em trs aplicaes: a primeira aos 15 a 20 dias
30-100 aps a germinao e as demais a cada: 15 a 20 dias. As quantidades
Pimento 30-100 8-20 50-300 30250
maiores ou menores dependero da anlise de solo, foliar, cultivar utiliza-
Quiabo 40-80 15-25 60-120 40-80 0,5-0,8 40-80 do e produtividade esperada.
Rabanete 25-125 5-25 50-200 50-250 20-250
Repolho 25-75 8-20 40-200 35-200 0,5-0,8 301 00
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos,
Salsa 301 00 5-15 50-300 25-250 25-100 Arlete Marchi Tavares de Melo, Wa/kyria B. Scivittaro e Hiroshi Nagai
Tomate 301 00 5-15 100-300 50-250 0,4-0,8 30-100 Seo de Hortalias - IAC
RniAtim T~ni~n- 100. IAC. 1997 RniAtim Tnnif'A 1 ()() I !J.f"'._ 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Espaamentos: 0,9 x 0,3 m (mesa) e 0,5 x 0,2 m (indstria). Espaamento: 2,0 a 2,5 x 1,O a 1,5 m (2.666 a 5.000 plantas/h a).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. Calagem: Aplicar calcrio para soo',o
. . , .elevar a saturao por bases a e man t e r
O teor de magnes1o no mm1mo em 5 mmolcfdm3.
Adubao orgnica: Aplicar, 1O a 20 dias antes do transplante das mudas, 30
a 50 t/ha de esterco de curral curtido ou 1/4 dessas doses de esterco de Adubao orgnica: Aplicar de 40 a 50 t/ha de esterco de curral curtido ou 1o
galinha, ou 2,5 a 4,0 t/ha de torta de mamona fermentada, sendo as doses a 12 t/ha de esterco de galinha curtido.
maiores para solos arenosos.
Adubao mineral de plantio: Aplicar os nutrientes com base na anlise de
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a solo e a tabela seguinte:
seguinte tabela:
3 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 B, mg/dm 3
P resina, mg/dm
3 K+ trocvel, mmolc/dm Nitrognio
Nitrognio 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,20 0,21-0,60 >0,60
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha - P20s, kg/ha - --K20, kg/ha-- B, kg/ha--
N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
40 400 200 100 160 100 40 2 o
20 360 240 180 180 120 60
3,0 1 ,5 o 3 o
Paulo Espndola Trani e Fran~isco Antonio Passos
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 120 kg/ha de N e 60 kg/ha de K20, Seo de Hortalias - fAC
parcelando em duas vezes, aos 20 e 40 dias aps o transplante das
mudas.
18.6 Alface, almeiro, chicria, escarola, rcula e agrio d'gua Observao: As m;:nore~ ~u maiores quantidades de N dependero de fatores
~o~~i~:~~~~~~::gamca e verde anteriores, anlise de solo, anlise foliar
Espaamentos: 0,20 a 0,30 m x 0,20 a 0,30 m (alface); O, 15 ao,25 m x O, 1O
a 0,20 m (almeiro); 0,40 x 0,30 m (chicria e escarola); 0,20 a 0,25 m x
0,05 m (rcula) e O, 15 a 0,20 m x o, 15 a 0,20 m (agrio d'gua).
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% para alface
e Joaquim A. de Azevedo Filho
rcula, e agrio, e a 70% para almeiro, chicria e escarola.
Seo de Hortalias - fAC
Adubao orgnica: Utilizar 60 a 80 tlha de esterco de curral ou um quarto
dessa quantidade de esterco de galinha. O material deve ser bem curtido.
3 3
P resina, mgldm K+ trocvel, mmolcidm
Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Espaamento: 0,20 a 0,30 m x 0,07 a O, 15m. Espaamento: 0,40 x O, 15m (alho porra); 0,25 x O, 15 m (cebolinha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%.
o teor de magnsio no mnimo em 9 mmol 0 /dm 3.
Adubao orgnica: Aplicar, cerca de 30 dias antes do transplante das mudas,
Adubao orgnica: Aplicar de 20 a 40 t!ha de esterco de curral bem curtido, 40 a 60 t/ha de esterco de curral bem curtido ou 1/4 dessa quantidade de
ou 5 a 1o t!ha de esterco de galinha curtido, 15 a 30 dias antes do plantio. esterco de galinha curtido.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo. Adubao mi~_eral_de plantio: Empregar de acordo com a anlise de solo e
as espec1f1caoes da seguinte tabela:
3 3
P resina, mgldm 3 K+ trocvel, mmolcldm Zn, mgldm
Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1 ,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,5 0,6-1,2 > 1,2 P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
---Zn, kglha-- 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kglha - P20s, kglha- - - K20, kglha
1) Alho comum ou "semi nobre" (Lavnia, Chins, Amarante, etc.) - de 40 Adubao mineral de_cobertura: Empregar 120 kg/ha de N e 60 kg/ha de K2 o,
a 80 kg/ha de N e 40 kglha de K2 0, parcelando aos 30 e 50 dias aps a parcelando em tres vezes, aos 15, 30 e 45 dias aps o transplante.
brotao. Utilizar a menor ou maior dose de nitrognio, conforme o estado
vegetativo da cultura no campo.
Paulo Espndola Trani e Marcelo Tavares
2)' Alho "nobre vernalizado" (Chonan, Roxo Prola de Caador, Quitria, Seo de Hortalias - fAC
etc.)- de 20 a 60 kg/ha de N e 40 kg/ha de K20, parcelando essas doses e Walter Jos Siqueira
aos 30 e 50 dias aps a brotao. Utilizar a menor ou a maior dose de Seo de Gentica - fAC
nitrognio, conforme o estado vegetativo da cultura no campo.
Adubao mineral de plantio: Aplicar, cerca de 1o dias antes da semeadura, P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
de acordo com a anlise de solo e a seguinte tabela:
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
3 3
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcfdm Zn, mg/dm
N, kg/ha - - - P20s, kg/ha - - - - - - K20, kg/ha,---
Nitrognio 0-0,5 >0,5
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
60 600 400 200 240 180 120
N, kg/ha - - P20s, kg/ha-- - - K20, kg/ha - - - Zn, kg/ha-
Observao: Aplicar, para salsa, a metade das doses dos nutrientes (plantio Seo de Hortalias - fAC
e cobertura) indicadas para as demais hortalias.
Espaamento: 0,4 a 0,5 m x 0,05 a 0,10 m. Espaamento: 0,30 a 0,40 m x O, 10m (bulbinho para bulbo)
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0
magnsio a um mnimo de 9 mmolcidm 3. magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3.
Adubao orgnica: Aplicar 15 t/ha de esterco de curral bem curtido, ou 5 !lha Adubao orgnica: A adubao orgnica para formao de bulbinhos depen-
de esterco de galinha curtido, ou ainda 500 kg/ha de torta de mamona, dera do uso :'~tenor e textum do solo, tomando-se o cuidado de empregar
cerca de 15 dias antes da semeadura ou plantio das mudas. ad~bos orgamcos com ba1xos teores de nitrognio. Em solos pobres
aplicar 1O t/ha de esterco de curral curtido ou 3 t/ha de cama de frango.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
Adubao mineral: Aplicar os adubos de acordo com a anlise de solo.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 P resina, mg/dm 3
Nitrognio K+ trocvel, mmolcfdm 3
Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
60 30 300 150 90 150 120 60
30 300 150 90 150 120
B, mg/dm 3 Cu, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
Cu, mg/dm 3
3
B, mg/dm 3 Zn, mg/dm
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-1,0 >1 ,O 0-0,5 0,6-1 ,2 > 1,2
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-1 ,O >1 ,o 0-0,5 0,6-1,2 >1 ,2
- - - B, kg/ha - - - - Cu, kg/ha - - --Zn, kg/ha--
B, kg/ha-- - - Cu, kg/ha - - --Zn, kg/ha--
2 0 - 4 2 o 5 3 o
2 o 4 2 o 5 3 o
Acrescentar 30 a 50 kg/ha de S.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmolcidm3.
Adubao orgnica: Cerca de 30 a 40 dias antes do plantio, aplicar 1O tlha
de esterco de curral curtido ou composto, ou 2,5 t/ha de esterco de galinha, Adubao orgnica: Utilizar 40 tlha de esterco de curral, ou 1/4 de esterco de
sendo fundamental essa adubao. galinha, bem curtidos. A aplicao deve ser feita em mistura com o solo e
com os adubos minerais, 15 dias antes do transplante das mudas.
Adubao mineral de plantio: Aplicar cerca de_30 a 40 di~s antes do plantio,
juntamente com o adubo orgnico, os fertilizantes mmera1s conforme a Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as
anlise de solo: quantidades indicadas na seguinte tabela:
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
P resina, mg/dm 3
3
3 K+ trocvel, mmolc/dm
3 Zn, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm 3
P resina, mg/dm Nitrognio
Nitrognio 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,5 >0,5 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
0-25 26-60 >60
Zn, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
- - P20s, kg/ha-- K20, kg/ha - -
N, kg/ha
30 240 180 120 90 60 30
450 250 150 150 100 75 3 o
50
B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
Aplicar, tambm, 1 kg/ha de B em solos deficientes (B no solo at 0,20 0-0,20 >0,20 0-0,5 >0,5
mg/dm3).
B, kg/ha Zn, kg/ha
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 120 kg/ha de N e 60 kg/ha de K20, o 3 o
parcelando essas quantidades, aos 30 e 60 dias aps a emergncia das
plntulas.
Acrescentar no plantio, juntamente com N, P e K, 20 kg/ha de s.
Observaes:
a) Dispensar a adubao de plantio se a cultura suceder outras normalmente Adubao mineral de cobertura: Utilizar de 50 a 100 kg/ha de N e 50 a j 00
bem adubadas, como as de tomate e batatinha. Manter a adubao de kg/ha d~ K20, divi~indo essas doses em trs aplicaes, aos 15, 30 e 50
cobertura. d1as apos a emergencia das plntulas. As quantidades maiores ou meno-
res dependero da anlise de solo, foliar, cultivar utilizado e produtividade
b) Efetuar duas aplicaes, por via folia r, de soluo de molibdato de amnio esperada.
a 0,2 g!litro, at a florao, para os feijes (vagem, fava e lima).
Observao: Para ~e/ancia, preferir adubos contendo parte do nitrognio na
Paulo Espndola Trani e Francisco Antonio Passos forma nttnca, ta1s como nitroclcio, nitrato de amnia e nitrato de potssio.
Seo de Hortalias - fAC
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos
Hiroshi Nagai e Arlete Marchi Tavares de Mel~
Espaamento: 0,25 x 0,25 m para 'IAC Guarani (para industrializao); 0,30 x Espaamento:1 ,00 x 0,50 m (2 plantas/cova).
0,30 m para 'IAC Campinas e demais cultivares (mercado in natura e
indstria), correspondendo a cerca de 80.000 mudas por hectare. Calagem: ~plicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teor de
magnes1o do solo ao mnimo de 9 mmolcfdm3.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
magnsio a um mnimo de 9 mmolcfdm3. Adubao orgnica: Utilizar de 40 a 60 t/ha de esterco de curral curtido ou a
quarta parte no caso de esterco de galinha. '
Adubao orgnica: Utilizar de 15 a 30 t/ha de esterco de curral curtido, ou
1/4 desse total de esterco puro de galinha (poedeira); as maiores quanti- Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
dades para solos arenosos. O esterco deve ser aplicado em mistura com
os adubos minerais de plantio, 25 a 30 dias antes do transplante das P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
mudas, nos canteiros de produo. Nitrognio
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, as N, kg/ha P20s, kg/ha KzO, kg/ha
quantidades indicadas na seguinte tabela:
40 360 180 120 180 120 60
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
0-10 11-25 26-60 >60
0-0,20 >020 0-0,5 >0,5
N, kg/ha - - - P20s, kg/ha - - - - - - - - K20, kg/ha - - - -
B, kg/ha Zn, kg/ha
900 600 450 300 400 300 200 100
40
o 3 o
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 180 kg/ha de N e 90 kg/ha de KzO, Adubao mineral de cobertura: Aplicar de 80 a '120 kg1ha de N e 40 a 80
parcelando em seis aplicaes espaadas de um ms, a partir do plantio kg/ha ?e
KzO, pa;celando em 3 vezes, aos 20, 40 e 60 dias aps a
das mudas. e_mergenc~a das plantulas. As quantidades menores ou maiores depende-
ra o da analise de solo, foliar, cultivar utlizado e produtividade esperada.
Adubao foliar: Sugere-se, tambm, quatro aplicaes de soluo de uria
a 5 g/L, uma vez por semana, a partir do plantio. recomendada, tambm,
a aplicao de soluo de micronutrientes, contendo boro, zinco e cobre,
Paulo Espndola Trani, Francisco Antonio Passos
a cada trs semanas. Alm disso, na fase de frutificao, vantajoso o
e Hiroshi Nagai
uso de potssio, na forma de sulfato de potssio, e clcio, via foliar, para
Seo de Hortalias - fAC
melhor firmeza dos frutos.
Espaamento: 1 ,o x 0,8 m (12.500 covas por hectare}. Espaamento: 0,8 a 1,2 m x 0,3 a 0,4 m.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de Calagmeam: ~plicar ca~crio para elevar a saturao por bases a 80% e o teor de
magnsio ao mnimo de 9 mmolcfdm 3 . gnes10 ao mmimo de 9 mmolcfdm3.
Adubao orgnica: Empregar de 20 a 30 t/ha de esterco de curral bem curtido Adubao ?rgnica: Empregar, cerca de 30 dias antes do plantio quando
ou composto, ou 5 a 8 !lha de esterco de galinha curtido. disponivel, 20 t/ha de esterco de curral bem curtido ou composto ~rgnico
ou 5 t/ha de esterco de galinha curtido. '
Adubao mineral: Aplicar, de acordo com a anlise de solo, nos sulcos, 8 a
1o dias antes do transplante, as quantidades constantes da seguinte Adubao. mineral de plantio: Utilizar, cerca de 1o dias antes do plantio as
tabela: quantidades constantes da tabela abaixo: '
3
P resina, mg/dm
3 K+ trocvel, mmolc/dm P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
Nitrognio 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-25 26-60 >60
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
P20s, kg/ha K20, kg/ha N, kg/ha P20s, kg/h
N, kg/ha K20, kg/ha
500 300 300 200 100 30 400 200 100 180 120
60 800 60
3 o 5 3 o 1,5 1 ,o o 3 o
Acrescentar adubao de plantio 20 a 40 kg/ha de S. Acrescentar. com a adubao mineral de plantio, 30 kg/ha de s.
Adubao mineral de cobertura: Aplicar 60 a 120 kg/ha de N e 60 a 120 kg/ha
Adubao mineral de cobertura: Aplicar de 200 a 300 kg/ha de N e 120 a 240
de K20, parcelando_ essas doses em duas aplicaes, aos 25-30 dias e
kg/ha de K20, parcelando de 4 a 6 vezes, com intervalos de 15 a 20 dias
aos 50-6~ dias a~os o plantio. As quantidades menores ou maiores
entre as aplicaes. As quantidades menores ou maiores dependero da
dependerao da analise de solo, foliar, cultivar utilizado e produtividade
anlise de solo, foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada. esperada.
Pgina
--- . ---J
Espaamento: 0,60 m entre as linhas, 15 a 20 sementes por metro linear de Espaamento: 0,20 a 0,40 m entre as linhas, 1 Oa 15 sementes por metro linear.
sulco.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. magnsio a um mnimo de 5 mmolcfdm3.
Adubao mineral de plantio: De acordo com a anlise de solo e a tabela Adubao orgnica: indicada a rotao de culturas e a incorporao de
seguinte: restos vegeta1s ou, amda, adubao verde.
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Adubao mineral de plantio: Empregar de acordo com a anlise de solo e a
vidade N produtividade esperada:
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
1Q? Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 RnlAtim T61"'nil'n 1 An 111,.... ~ nn.,.
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
_i
Espaamento: 0,50 a 0,60 m entre as linhas, 1 o a 12 plantas por metro linear. I Espaamento: 0,40 a 0,60 m, 20 a 25 sementes por metro linear.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o teor de I Calagem: ~plicar calcrio para elevar a saturao por bases a 70% e o t d
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm3. I! magnes!O a um mnimo de 5 mmolcfdm3. eor e
Adubao orgnica: indicada a rotao de culturas ou, ainda, a adubao Adubao orgnica: Se possvel, aplicar de 2 a 3 t!ha de adubo - .
verde, principalmente com mucuna preta ou crotalria, devido ao seu fazer rotao com leguminosas. orgamco ou
efeito sobre os nematides.
Adubao mineral de plantio: Deve ser feita de acordo com a anlise de solo
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a e a segumte tabela:
seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
3 3 Nitrognio
P resina, mg/dm K+ trocvel, mmolc/dm
Produti- 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
vida de 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
esperada 0-6 7-15 16-40 >40
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
P20s, kg/ha K20, kg/ha
t!ha 10 80 60 40 20 60 40 20 20
50 30 20 10 30 20 10 o
1,5
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com anlise de solo e a
Nitrognio seguinte tabela:
0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
Produti- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcidm 3
N, kg/ha P20s, kg/ha ----K20, kg/ha,-,---- vidade
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
10 70 50 30 20 60 50 30 20
t/ha - - - P20s, kg/ha - - - ----K20, kg/ha----
40 20 o 30 20 o
Observao:
Observaes:
19.12 Soja
Espaamento: 0,50 m entre as linhas, 16 a 20 sementes pr metro linear, a) A m distribuio e/ou a incorporao muito rasa do calcrio pode causar ou
agravar a deficincia de mangans, resultando em queda de produtivida-
dependendo do cultivar.
de.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de
b) No cultivo de primavera-vero, a inoculao das sementes dispensa a
magnsio a um mnimo de 5 mmolc/dm 3.
adubao nitrogenada. Entretanto, no cultivo de outono-inverno devido
Inoculao: Submeter as sementes inoculao com Bradyrhizobium espec- b~ixa atividade simbitica, recomenda-se, alm da inoculao.' a aplica-
fico para soja, de boa qualidade quanto estirpe, conservao e viabili- ao de 50 kg/ha de N, sendo 114 dessa dose com adubao no sulco de
dade. Em glebas j cultivadas com soja, utilizar 250 g de inoculante por semeadura e o restante em cobertura antes do florescimento.
saca de sementes, e o dobro em reas de primeiro cultivo de soja.
c) Em solos arenosos cidos pode ocorrer deficincia de Mo, o que acarreta
Adubao mineral de semeadura: As quantidades a aplicar variam com a m fixao biolgica de nitrognio. A deficincia deve ser resolvida pela
anlise de solo e a produtividade esperada, de acordo com a seguinte calagem, que aumenta a disponibilidade do nutriente. Na impossibilidade
tabela: de aplicar o calcrio, empregar 50 glha de molibdato de amnio misturado
s sementes.
1,5-1,9 50 40 30 20 60 40 20 o
40 20 70 50 30 20 ..Hiplito A.A. Mascarenhas e RobertoTetsuo Tanaka
2,0-2,4 60 50
50 50 20 Seo de Leguminosas - fAC
2,5-2,9 80 60 40 20 70
r:::'\
50 30
!li 3,0-3,4 (9()' 70 50 30 80 ~
3,5-4,0 80 50 40 80 60 60 40
I".li
* No possvel obter essa produtividade com aplicao localizada de fsforo em solos com
teores muito baixos de P.
Pgina
I:I'
liil
Quadro 20.1. Faixas de teores de nutrientes considerados adequados para 20.2 Amarlis
algumas plantas ornamentais, com base em folhas maduras totalmente
expandidas Espaamento: 0,30 m entre linhas por 0,10 m entre bulbos, em canteiros de
1 ,o a 1,2 m de largura por 0,30 m de altura (350.000 bulbos/ha).
Planta Teores de nutrientes nas folhas totalmente expandidas
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e garantir
um teor mnimo de Mg no solos de 9 mmolddm3.
Macronutrientes, g/kg
N p K Ca Mg s Adubao orgnica: Aplicar 5 a 1O t/ha de esterco de galinha curtido.
Antrio 16-30 2,0-7,0 10-35 12-20 5-10 1,6-7,5 Adubao mineral de plantio: Para canteiros de 30 em de altura, aplicar de
Azalia 15-25 2,0-5,0 5-15 5-15 2,5-10 2,0~5,0 acordo com a seguinte tabela, com base na anlise de solo:
Begnia 40-60 3,0-7,5 25-60 10-25 3,0~7,0 3,0-7,0
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
Crisntemo 40-60 2,5-10 40-60 10-20 2,5-10 2,5-7,0 Nitrognio
1,5-3,0 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
Gladolo 30-55 2,5-10 25-40 5-45
Gloxnia 30-50 2,5-7,0 25-50 10-30 3,5-7,0 2,5-7,0 N, kg/ha ---P20s, kg/ha - - - - - - K 2 0 , kg/ha---
Gypsophila 43-60 3-7 35-45 26-40 4-10 2,5-7,0
40 240 160 80 240 160 80
Hibiscus 25-45 2,5-10 15-30 10-30 2,5-8,0 2,0-5,0
Palmeira (areia) 25-35 1,5-8,0 14-40 10-25 2,5-8,0 2,1~7,5
Rosa 30-50 2,5-5,0 15-30 10-20 2,5-5,0 2,5-7,0 B, mg/dm 3 Mn, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
Schefflera 25-35 2,0-5,0 23-40 10-15 2,5~7,5 2,0-8,0 0-0,60 >0,60 0-1,2 >1 ,2 0-1,2 >1,2
Violeta~afrlcana 30-60 3,0-7,0 30-65 10-20 3,5-7,5 3,0-7,0
.,,,,, - - 8 , kg/ha-- --Mn, kg/ha-- --Zn, kg/ha--
Micronutrientes, mg/kg 1 o 6 o 4 o
B Cu Fe Mn Zn
l!llil
1111!.
;!i! Antrio 25-75 6-30 50-300 50-200 Adubao de cobertura: Durante 8 meses, a cada 20 dias, aplicar 35 kg/ha
Azalia 25-75 6-25 50-250 40-200 20-200 de N (total de 420 kg/ha de N). Do 4 ao 8. 0 ms, aplicar, juntamente com
Begnia 20-75 7-30 50-200 50-200 25-200 o nitrognio, 80 kg/ha de K20 (total de 480 kg/ha de K20). Em cultivos
sucessivos, fazer anlise de solo do canteiro, para evitar acidificao
Crisntemo 25-75 6-30 50-250 50-250 20-250
excessiva e acmulo de sais pela adubao elevada.
Gladolo 25-100 8-20 50-200 50-200 20-200
Gloxnia 25-50 8-25 50-200 50-300 20-50
Gypsophila 25-100 9-25 50-200 50-200 25-200 Tais Tostes Graziano, Antonio Fernando C. Tombo/ato,
Hibiscus 25-100 6-50 50-200 40-200 20-200 Luiz Antonio F. Matthes e Carlos Eduardo F. de Castro
Palmeira (areia) 15-60 6-50 50-250 50-250 25-200 Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC
Rosa 30-60 7-25 60-200 30-200 18-100
e ngela Maria C. Furlani
Schefflera 20-60 10-60 50-300 40-300 20-200
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas- IAC
Violeta~africana 25-75 8-35 50-200 40-200 25-200
Espaamento: 0,40 x 0,40 m, em canteiros de 1,O a 1,5 m de largura e Espaamento: 12,5 x12,5 em entre plantas no vero e 12,5 x 15 em no inverno,
distribudos em trs linhas. Manter distncia mnima entre canteiros de em canteiros de 1,20 m de largura x 0,20 m de altura (70 plantasfm2 de
0,40 m (40.000 a 43.000 mudas/ha). canteiro ou 700.000 plantas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 40%, no Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
aplicando mais de 3 t/ha. o teor de Mg do solo no mnimo em 9 mmol 0 /dm3.
Adubao orgnica: 30 a 40 Ilha de esterco de curral curtido. Adubao mineral de plantio: Aplicar, com base na anlise de solo e a
seguinte tabela:
,, . ,.
Parcelar a adubao mineral em quatro aplicaes por ano. Adubao mineral de cobertura: Aplicar 320 kg/ha de N e 150 kg/ha de K20,
da seguinte forma: 30 dias aps o plantio, 60 kg/ha de N e 50 kg/ha de
Repetir, anualmente, a adubao orgnica e a adubao mineral K20; 60 dias aps o plantio, mais 60 kg/ha de N; a partir dos 40 dias aps
li o plantio, usar fertirrigao a cada dez dias (4 vezes}, aplicando 51itrosfm2
de canteiro de uma soluo contendo, por litro, 1,o g de N, 0,5 g de K20,
li 1O mg de Mn, 2 mg de B e 1 mg de Zn. Em plantios sucessivos, efetuar
Luiz Antonio F. Matthes, Carlos Eduardo F. de Castro, anualmente anlise de solo dos canteiros.
e Antonio Fernando C. Tombo/ato
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - fAC
Antonio Fernando C. Tombo/ato, Tais Tostes Graziano,
e Celi Teixeira Feitosa e Carlos Eduardo F. de Castro
Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas - IAC Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - IAC
Espaamento: 8 a 1O em na linha, por 40 a 60 em entre linhas (300.000 Envasamento: Vasos de 15 a 16 em de dimetro, para as variedades maiores,
bulbos/ha). e vasos de 1O a 12 em de dimetro, para as menores, para mudas com 60
dias de idade, em 3. 0 transplante. Mudas em estufa.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%.
Calagem: aplicar calcrio dolomtico, de acordo com a anlise de solo, para
Adubao orgnica: 1O t/ha de esterco de curral curtido, ou 3 t/ha de esterco elevar a saturao por bases a 80%.
de galinha ou 1 t/ha de torta de mamona.
Substrato para o 2. 0 e 3. 0 transplantes: Mistura de 1 m3 de hmus, 1 m3 de
Adubao mineral de plantio: Aplicar os adubos em sulcos, antes do trans- vermiculita ou p de xaxim e 1 m3 de areia.
plante, nas quantidades indicadas na seguinte tabela:
Adubao mineral: Aplicar os adubos de acordo com anlise de solo do
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 substrato e a seguinte tabela:
Nitrognio
0-30 >30 0-3,0 >3,0
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
N, kg/ha - - P20s, kg/ha - - --K20, kg/ha--- 0-25 > 25 0-3,0 >3,0
30 150 80 100 60 N, g/m 3 - - P20s, g/m 3 - - K20, g/m 3
50 500 250 500 250
B, mg/dm 3 Zn, mg/dm 3
0-0,20 0,21-0,60 >0,60 0-0,5 0,6-1,2 >1 ,2
Renovar o substrato a cada transplante e aps o envasamento. Trinta dias
,,,,,. - - - - B, kg/ha,----- - - - - Z n , kg/ha----- depois, irrigar as plantas com uma soluo contendo, por litro, 100 mg de N,
2 o 4 2 o 100 mg de K20, 2 mg de s e 1 mg de Zn. No reaproveitamento do substrato,
fazer nova anlise qumica.
Espaamento: 5 em entre plantas, em canteiros e 40 x 50 em entre plantas, Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%.
no campo.
Adubao de formao: Aplicar, por cova, em mistura com terra da superfcie,
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80%. 200 g de P20s e 50 g de K20. Aplicar trs vezes 20 g de N em cobertura,
30 dias aps o plantio e, depois, de dois em dois meses.
Adubao orgnica: Aplicar, 30 dias antes do plantio, juntamente com o
calcrio, 5 a 1O Ilha de esterco de curral curtido, se disponvel. Adubao de manuteno: Aplicar, anualmente, de acordo com a anlise de
solo inicial ou realizada de trs em trs anos.
Adubao mineral de plantio: Aplicar, de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3
Nitrognio
0-12
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 >12 0-1,5 >1 ,5
Nitrognio N, kg/ha
0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 - - P205, kg/ha - - ---K20, kg/ha---
30 180 120 60 60 40 20
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%. No caso Espaamento: No campo, linhas duplas de 1 ,O x 0,5 x 0,5 m, para mudas
da azalia, a calagem deve ser calculada para elevar a saturao por enxertadas, e linhas simples de 1 ,o x O, 12 m para ps francos; na estufa
bases a 40%, no ultrapassando, porm, a adio de 2 !lha. 1 ,3 x 0,3 x 0,2 m (25 a 43 mil mudas/ha). '
Adubao mineral: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a seguinte Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e manter
tabela: o teor de Mg, no mnimo, em 9 mmolcfdm3.
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Adubao orgnica: No plantio, empregar 1O tlha de esterco de curral bem
Nitrognio curtido, ou 3 t/ha de esterco de galinha, ou 1 t/ha de torta de mamona.
0-30 >30 0-3,0 >3,0
N, kg/ha --P20s, kg/ha - - ---K20, kg/ha--- Adubao mineral de formao: Incorporar, nos sulcos de plantio, as seguin-
tes quantidades de nutrientes, de acordo com a anlise de solo:
120 180 90 120 60
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio
Parcelar a adubao em trs vezes, aplicando os fertilizantes no incio, 0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
meado e fim da estao das chuvas.
N, kg/ha P20s, kg/h K20, kg/ha
.,., ..
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - fAC Adubao mineral de cobertura: Aplicar 80 kg/ha de N, parcelando as apli-
caes em quatro vezes, durante o ano.
Rnlotim T6rnif'n 1 ()() I A f': 1 AA7 RniAtim T6~ni~n 100 lAr: 1QQ7
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
20.11. Violeta-africana
Adubao mineral: Aplicar, de acordo com a anlise de solo do substrato e a 21.2 Composio qumica e diagnose foliar . 222
seguinte tabela: 21.3 Araruta industrial 224
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 21.4 Batata . . . . . . 225
Nitrognio
0-25 >25 0-3,0 >3,0 21.5 Batata-doce e car . 226
N, g/m 3 - - P205, g/m 3 - - K20, g/m 3
21.6 lnhame . 227
50 500 250 500 250 21.7 Mandioca 228
Trinta dias aps o envasamento, aplicar em irrigao, uma soluo con- 21.8 Mandioquinha 229
tendo, por litro, 100 mg de N, 100 mg de K2 0, 2 mg de B e 1 mg de Zn .
.... "'"
Antonio Fernando C. Tombo/ato, Carlos Eduardo Ferreira de Castro e
Luiz Antonio F. Matthes
Seo de Floricultura e Plantas Ornamentais - /AC
21.2 Composio mineral, amostragem de folhas e diagnose foliar Quadro 21.3. Faixas de teores adequados de macro- e micronutrientes em
folhas de batata, batata-doce e mandioca
O quadro 21.1 apresenta a produtividade mais comum para as culturas
tratadas neste captulo, bem como o contedo de nutrientes exportados, para Cultura Faixas de teores considerados adequados
aqueles casos com disponibilidade de dados, ou seja, batata, batata-doce e
mandioca. Os contedos apresentados para as trs culturas so bastante Macronutrientes, g/kg
prximos. Na falta de dados especficos s demais culturas, os teores indicados
N p K Ca Mg s
podem ser usados para estimativas de exportao de nutrientes pelas colhei-
tas.
Batata 40-50 2,5-5,0 40-65 10-20 3-5 2,5-5,0
Batata-doce 33-45 2,3-5,0 31-45 7-12 3-12 4-7
Quadro 21.1. Contedo de macronutrientes na planta inteira (extrao) e nas
Mandioca 45-60 2,0-5,0 10-20 5-15 2-5 3-4
razes e tubrculos (exportao), para uma tonelada de produto colhido, e
produtividade comumente observada
Micronutrientes, mg/kg
Planta inteira Razes e tubrculos Produti- B Cu Fe Mn Mo Zn
Cultura
N p K s N p K s vida de
Batata 25-50 7-20 50-100 30-250 20-60
Batata-doce 25-75 10-20 40-100 40-250 20-50
kg/t de razes e tubrculos t/ha
Mandioca 15-50 5-25 60-200 25-100 0,11-0,18 35-100
Batata 5 0,5 7 0,3 3 0,3 4 o, 1 20-30
Batata-doce 5 0,4 6 3 0,3 3 20-30
Mandioca 6 0,7 6 4 0,4 4 15-35
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%. Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de
magnsio a um mnimo de 8 mmo1Jdm3.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo:
Para cultivares mais suscetveis deficincia de clcio (Aracy, Baraka,
Panda), aplicar fontes solveis de clcio. Pode ser aplicado at 2 Ilha de gesso
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0 /dm 3 (sulfato de clcio) juntamente com o calcrio ou adubos que contenham o
Nitrognio fsforo como superfosfato simples, que contm gesso.
0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a produtividade espera-
da e a anlise de solo, com base na seguinte tabela:
o 80 60 40 60 40 20
224 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 l=lnlotirn Tf"ni,-.,... 1 1\f'l I Ar 1007
B. van RA!J et al. Recomendaes de adubao e calagem ...
Espaamento: 0,90 x 0,40 m (indstria); 0,80 x 0,30 m (mes). Espaamento: 0,80 a 1,00 m x 0,40 a 0,60 m (17.000 a 30.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60% e o teor de Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de
magnsio a um mnimo de 4 mmolc/dm3. magnsio a um mnimo de 4 mmo1Jdm3.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo: Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e a
seguinte tabela:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3
Nitrognio P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolcldm 3
06 7-15 >15 00,7 0,81 ,5 >1 ,5 Nitrognio
0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
N, kg/ha P20s, kg/ha K20, kg/ha
Batata-doce para mesa
o 80 60 40 60 40 20
20 100 80 60 120 90 60
Batata-doce forrageira e industrial Adubao mineral de cobertura: Aplicar 20 kg/ha de N, 30 a 60 dias aps o
plantio e a mesma quantidade, 120 a 150 dias aps o plantio.
20 80 60 40 100 70 40
Car
.,.,,, .... Domingos Antonio Monteiro e Va/demir Antonio Peressin
20 100 70 50 100 70 40 Seo de Razes e Tubrculos . IAC
Espaamento:1 ,O a 1,2 m x 0,6 m. Espaamento: 0,70 a 0,80 m x 0,30 m (40.000 a 50.000 mudas/ha).
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50% e o teor de Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 80% e 0 teor de
magnsio a um mnimo de 5 mmolcfdm3. No aplicar mais de 2 t/ha de magnsio a um mnimo de 8 mmolcfdm3.
calcrio.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo.
Adubao mineral de plantio: Aplicar de acordo com a anlise de solo e as
quantidades indicadas na tabela seguinte:
P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmol 0/dm 3 8, mg/dm 3
Nitrognio
Nitro- P resina, mg/dm 3 K+ trocvel, mmolc/dm 3 Zn DTPA, mg/dm 3 0-6 7-15 >15 0-0,7 0,8-1,5 >1 ,5 0-0,20 0,21-0,60 >0,60
gnio 0-0,7 0,7-1,5 >1,5 <0,6 0,6-1,2 >1 ,2 N, kg/ha
0-6 7-15 16-40 >40 -P20s, kg/ha- --K20, kg/ha-- - - 8 , kg/ha
??R RniAtim Tr.niP.n 100 IAC: 1!=l!=l7 Bo!P.tim Tr.nir" 1nn IA f" 1007
Recomendaes de adubao e calagem ...
Pgina
22.2 Composio qumica e diagnose foliar Quadro 22.2. Instrues para amostragem de folhas de cana-de-acar pu-
punha e seringueira '
A composio em macronutrientes das trs culturas apresentada no
quadro 22.1, bem como a produtividade mais comum. Cultura
Descrio da amostragem
A planta de pupunha extrai grande quantidade de nutrientes, parte dos
quais reciclada no local, aps o corte da palmeira para retirada do palmito. Cana-de-acar Amostrar 30 plantas durante a fase de maior desenvolvimento
Os nutrientes exportados representam cerca de 14, 21, 27 e 13% do N, P, K e vegetativo da cana-de-acar, retirando os 20 em centrais da
S, respectivamente, do nutriente contido na parte da planta cortada. A taxa de folha +1 (folha mais alta com colarinho visvei-"TVD"), exclu-
reciclagem do P e do K relativamente alta, mas o N est sujeito a perdas da a nervura central.
maiores no processo de decomposio dos restos da planta que permanecem
Pupunha
na superfcie do solo. An:ostra~ 20 plantas com altura superior a 1,6 m (do solo at
a mserao da folha mais nova), durante a fase de maior
Quadro 22.1. Contedo de alguns macronutrientes nos produtos colhidos de desenvolvimento vegetativo (novembro a maro). Retirar os
cana-de-acar, pu punha e seringueira e produtividade mais comum fololos da parte mediana da folha +2 (segunda folha mais
nova com limbo totalmente expandido).
Teor de nutrientes Produti- Seringueira
Cultura Produto Amostrar 25 plantas no vero. Em rvores at de 4 anos
vidade
N p K s retimr dua~ folhas mais desenvolvidas da base de um buqu
termmal s1tuado no exterior da copa e em plena luz. Em
kg/t tlha
rvores de mais de 4 anos, colher duas folhas mais desen-
Cana-de-acar Calmos industriais 0,9 0,2 1'1 0,3 60-120 volvidas no ltimo lanamento maduro em ramos baixos na
Pu punha Palmito + pontas (') 12,0 2,5 17,6 1,5 1,5-3,0( 2 ) copa em reas sombreadas.
N p K Ca Mg s
Cana-de-acar 18-25 1,5-3,0 10-t 6 2,0-8,0 1,0-3,0 1,5-3,0
O quadro 22.2 indica as instrues para amostragem de folhas e o quadro Pupunha 22-35 2,0-3,0 9-15 2,5-4,0 2,0-4,5 2,0-3,0
22.3, as faixas de teores considerados adequados de macro- e micro nutrientes. Seringueira 29-35 1,6-2,5 10-17 0,7-0,9 1,7-2,5 1,8-2,6
RoiP.tim Tc:nr.o. 100. IAC. 1997 Boletim Tcnico 1oo 1Are 1 an7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
No caso da cana-de-acar, a diagnose foliar uma tcnica que ainda no 22.3 Cana-de-acar
se firmou, no Brasil. Dentre os principais fatores que interferem na composio
qumica da folha, destacam-se: variedade, solo, clima e poca de amostragem. Amostragem de solo: Antes do plantio da cana-de-acar, retirar amostra
Assim, os limites apresentados so fornecidos como referncia, indicando faixa composta da rea total. Em soqueiras, retirar amostras no meio das ruas.
de teores comuns em canaviais bem supridos de nutrientes. Teores menores Amostrar de 20-40 em de profundidade para avaliao da acidez.
que os limites mnimos indicados devem ser tomados como indcio de possvel
deficincia, e no como uma certeza. Alm disso, teores acima do limite Espaamento: 1 ,O a 1 ,5 m entre as linhas (12 a 18 gemas/metro linear de
superior da faixa podem indicar suficincia do nutriente, mas no excesso que sulco).
prejudique a produtividade.
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 60%, porm no
menos que 1 t/ha e mais do que 5 t/ha do corretivo (PRNT = 100). Aplicar
pelo menos 1 t/ha de calcrio dolomtico, se o teor de Mg2+ trocvel for
inferior a 5 mmolcfdm3.
Controlar a acidez do solo das soqueiras, com amostragem a cada dois
anos, aplicando calcrio antes dos tratos culturais, quando necessrio, para
elevar a saturao por bases a 60%.
Rr"llt:t.tim Tr.nir.fl 100 IA(;_ Hl97 8o1Atim Tilr.nir.o 100 I Ar. 1 QQ7
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
Adubao verde: Na reforma do canavial pode-se realizar o plantio de adubo Adubao mineral da cana-soca: Aplicar de acordo com a anlise de solo e
verde. As espcies mais utilizadas so: a crotlaria jncea e a mucuna preta. a produtividade esperada.
Adubao mineral de plantio: Na tabela seguinte, so indicadas as quantida- Produti- P resina, mg/dm 3
vidade K+ trocvel, mmolc/dm 3
des de nitrognio, fsforo e potssio a aplicar, com base na anlise de Nitrognio
esperada 0-15 >15 0-1,5 1,6-3,0 >3,0
solo e na produtividade esperada:
!lha N, kg/ha - P20s, kg/ha- K20, kg/ha
Produti- P resina, mg/dm 3
vida de Nitrognio <60 60 30 o 90 60 30
esperada 0-6 7-15 16-40 >40 60-80 80 30 o 110 80 50
t/ha N, kg/ha P20s, kg/ha
80-100 100 30 o 130 100 70
<100 30 180 100 60 40
>100 120 30 o 150 120 90
100-150 30 180 120 80 60
>150 30 <') 140 100 80 Aplicar os adubos ao lado das linhas de cana, superficialmente e mistura-
dos ao solo, no mximo a 1O em de profundidade.
22.4 Pupunha para extrao de palmito Alm da adubao acima, aplicar em cobertura, ao redor da muda, inician-
do cerca de 30 dias aps o transplante, 20 kg/ha de N a cada 60 dias, at os
22.4.1 Adubao para a formao de mudas 5 meses. Essa adubao, ou parte dela, pode ser suspensa caso tenha sido
utilizado adubo orgnico no sulco ou cova e o desenvolvimento das plantas
O substrato para a formao de mudas deve ser elaborado misturando esteja satisfatrio.
material de solo ou subsolo e matria orgnica, na proporo de 3+ 1 at 1 + 1,
em volume. Bons resultados so obtidos com esterco de curral bem curtido ou 22.4.3 Adubao de produo
composto de lixo peneirado.
A adubao de produo tem incio 6 meses aps o transplante das mudas.
A calagem deve ser feita para elevar a porcentagem de saturao por
bases (V%) do solo, antes da mistura com o material orgnico, a 60%, utilizando Calagem: Em culturas implantadas, analisar o solo pelo menos a cada 3 anos
a frmula abaixo, onde NC a dose de calcrio em kgfm3 de solo: e aplicar calcrio dolomtico para elevar a saturao por bases a 50%.
(V2-V1) x CTC Adubao para a produo de palmito: Aplicar, por ano, as doses indicadas
NC ~
PRNT x 20 na tabela abaixo conforme a anlise de solo e a produtividade esperada
Para a adubao do substrato adicionar 500 g de P20s (superfosfato de matria fresca de palmito de primeira+ picado (palmito+ resduo basal
e apical):
simples ou triplo, termofosfato ou hiperfosfato) e 100 g de K20 (cloreto ou
sulfato de potssio) por metro cbico do substrato. Aplicar 90 g de K20 por
metro cbico do substrato j envasado, parcelado em trs vezes, em plantas a
Produti- Classe de resposta a N P resina, mg/dm 3
vidade
partir do 4.o ms, dissolvendo o adubo na gua de irrigao. Geralmente, o esperada 2 0-12 12-30 >30
adubo orgnico fornece N suficiente para a formao da muda e a aplicao
desse nutriente, nesta fase, produz efeitos negativos. t/ha - - - N , kg/ha--- -----P20s, kg/hai----
1,0-2,0 160 11 o 40 20 o
22.4.2 Adubao de implantao (at 6 meses aps o transplante das 2,0-3,0 230 180 60 30 o
mudas no campo)
3,0-4,0 300 80 50 o
Espaamento: 2 x 1 m; 2 x 1 x 1 m; 1,5 x 1,0 m (reas com declive acentuado).
Produti- K+ trocvel, mmolc/dm 3
Calagem: Aplicar calcrio para elevar a saturao por bases a 50%, utilizando vidade
calcrio dolomtico. esperada 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0
140 100 70 60 30 o A partir do quarto ano, se a reciclagem das folhas, estipes e bainhas
deixadas no terreno for adequadamente realizada, reduzir as doses de N em 30%.
Cerca de 70 a 80% dos nutrientes contidos na parte cortada da Adubao de plantio: Incorporar na cova 30 g de P20 5 , 30 g de K2 0 e, em
planta permanecem nas folhas e restos aps a remoo da ponta solos deficientes, com teores de Zn inferiores a 0,6 mg/dm3, 5 g de Zn.
para a extrao do palmito. Assim, a reciclagem dos resduos no Quando disponvel, usar 20 litros de esterco de curral curtido. Aplicar
campo ajuda a enriquecer o solo e economizar fertilizantes. nitrognio em cobertura, em 3 parcelas de 30 g/planta durante o primeiro
ano.
Modo de aplicao: Aplicar o adubo em faixas, em ambos os lados da linha,
a cerca de 30 a 50 em da planta, parcelados em 3 a 5 aplicaes anuais, Adubao de formao e explorao: Aplicar os nutrientes de acordo com a
durante a fase de maior desenvolvimento vegetativo. anlise de solo inicial da rea e, depois, a cada trs anos.
23. FLORESTAIS
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?44 Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 Rnlotirn T .;,..,..;,..,.. 1 t'\f\ I A I"' i nn..,.
Recomendaes de adubao e calagem ...
23. FLORESTAIS
dos cerrados, onde esto os maiores blocos de florestamentos com eucaliptos comeam a perder suas folhas devido s limitaes de luminosidade. Antes da
e pinus. queda das folhas, grande parte dos nutrientes migram para os tecidos mais
jovens das rvores. Com a deposio de folhas, galhos e outros resduos
Com relao aos macronutrientes, os sintomas visuais de deficincia e ~s
vegetais, forma-se a serapilheira sobre a superfcie do solo que, ao se decom-
maiores respostas adubao tm sido observados no campo, com ma1s
por, libera nutrientes para as rvores, os quais so imediatamente aproveitados
freqncia, na seguinte ordem: P > N 2 K > Ca > Mg; e, para os micronutrientes,
pelo emaranhado de radicelas que se misturam com os componentes da
B 2 Zn. Em geral, para solos mais arenosos e deficientes no fornecimento de
serapilheira. Sob tais condies, quanto mais velho for o povoamento florestal,
gua, observa-se, mais freqentemente, maiores respostas adubao. menor sua dependncia da fertilizao, pois a ciclagem de nutrientes, por si
Contudo, graas s baixas exigncias em fertilidade do solo e tambm ao s, atende grande parte das exigncias nutricionais das rvores. Da porque,
programa de melhoramento gentico desenvolvido no Brasil, em que se procura esperam-se melhores relaes entre a disponibilidade de nutrientes no solo e
adaptar as espcies s condies edafoclimticas de cada regio, as flores:as o crescimento nos estgios iniciais de desenvolvimento das rvores, quando a
de eucaliptos e pinus tm-se mostrado produtivas, mesmo com recomendaoes anlise de solo serve de importante ferramenta de diagnose.
de adubao muito aqum daquelas utilizadas para as culturas agrcolas.
importante avaliar as quantidades de nutrientes exportadas do terreno
A situao das espcies nativas da Mata Atlntica bem diferente. O atravs da madeira removida, as quais, em geral, so muito maiores para as
reflorestamento de reas anteriormente ocupadas pela Mata Atlntica tem espcies de Eucalyptus relativamente s de Pinus, principalmente para os
aumentado dia a dia. Atualmente, a legislao exige que 20% da rea das nutrientes K, Ca e Mg. A ordem dos nutrientes mais acumulados bastante
propriedades rurais seja conservada com sua vegetao natural, c:>mo uma distinta entre esses gneros. Para o Eucalyptus observa-se a ordem Ca > N >
reserva legal, bem como as reas consideradas como de preservaao perma- K > Mg > P e para Pinus N > Ca > K > Mg (Quadro 23.1).
nente, que compreendem terrenos com mais de 45% de declividade, topos de A quantidade de nutrientes contidos na casca muito significativa, parti-
morros, matas ciliares, nascentes, margens de reservatrios de gua, dentre cularmente para o eucalipto, que tem o Ca como o nutriente mais acumulado
outras, que devem ser mantidas com 100% da vegetao natural. Em razo da neste componente. Assim, o descascamento da madeira no campo resulta na
degradao ou remoo anterior dessa floresta, faz-se necessrio o enrique- reduo de exportao de nutrientes, com elevada repercusso sobre o poten-
cimento ou o reflorestamento das reas. cial produtivo.
A maioria das espcies florestais nativas da Mata Atlntica, apresentam No apresentada a composio qumica das essncias nativas, que
mdia a alta demanda nutricional, exigindo, para seu estabelecimento, pelo muito variada.
menos solos de mdia fertilidade e com boas condies hdricas, sem longos
perodos de estiagem. Dada grande diversidade das espcies e, conseqen- Quadro 23.1. Contedo de macronutrientes nos gneros Eucalyptus (6-10 anos)
temente, s exigncias nutricionais, fica difcil indicar recomendaes de adu- e Pinus (8-24 anos)
bao especficas para cada espcie. O problema tem sido contornado
mediante recomendaes de adubao que assegurem o supnmento de nu- Campo- . Quantidade de nutrientes
trientes s espcies mais exigentes, de forma que as demais espcies tambm Gneros nentes Biomassa
N p K Ca
tenham suas demandas nutricionais atendidas.
t!ha kg/t
Na descrio das recomendaes sero consideradas, separadamente,
as adubaes de viveiro e de campo. Eucalyptus Madeira 60-250 1,0-2,5 O, 15-0,60 0,5-1,5 0,5-1,5 0,2-0,6
Casca 8-25 3,0-3,5 0,30-1,50 3,0-6,0 3,0-10,0 1,0-4,0
23.2 Contedo de macro nutrientes em Euca/yptus e Pinus Pnus Madeira 70-400 1,0-1,5 0,07-0,12 0,3-0,9 O, 1-0,6 o, 1-0,2
Casca 15-65 1 ,5-3,0 0,15-0,20 0,6-1,2 0,5-1,5 0,1-0,3
A ciclagem de nutrientes responde pelo atendimento da maior parte da
demanda nutricional das rvores, dependendo do estgio de desenvolvimento
da floresta. A magnitude dos fluxos de nutrientes via ciclagem aumenta consi-
deravelmente na fase de fechamento de copas, quando as partes inferiores
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
23.3 Diagnose foliar O quadro 23.2 indica as faixas de concentrao de nutrientes em folhas
~e espcies de Eucalyptus e Pnus consideradas adequadas, ou seja, para
O contedo dos nutrientes na planta reflete o seu estado nutricional, arvores que apresentam boas taxas de crescimento, no mostrando sintomas
servindo para o ajuste dos programas de adubao. Deve-se ressaltar, contudo, de deficincia nutricional. Quanto mais distante dessas faixas forem os teores
que as deficincias nutricionais identificadas pela anlise de tecido dificilmente dos nutrientes, maior o grau de deficincia ou consumo de luxo/toxicidade
podem ser corrigidas em tempo, sem que o crescimento das rvores seja respectivamente, para valores inferiores ou superiores aos das faixas. '
prejudicado.
. No so apresentadas as faixas de concentrao de nutrientes das esp-
A composio qumica dos tecidos afetada por fatores internos e exter- Cies ocorrentes na Mata Atlntica por falta de informaes e, tambm, pela
nos s rvores. Por isso, a amostragem precisa ser bem definida quanto grande diversidade de espcies.
poca, tipo de tecido, posio na rvore e representatividade da populao de
rvores.
Eucalyptus 13-18 0,9-1,3 9-13 6-10 3,5-5,0 1,5-2,0 a) 80% de composto orgnico ou hmus de minhoca + 20% de casca de
arroz carbonizada;
Pinus 11-13 0,8-1,2 6-1 o 3- 5 1,3-2,0 1,3-1,6
b) 60% de composto orgnico ou hmus de minhoca+ 20% de casca de
Faixas de teores adequados na matria seca das folhas arroz carbonizada + 20% de terra arenosa;
Gnero
B Cu Fe Mn Mo Zn
Os mtodos, as doses e as pocas de incorporao de adubos nos
---------mg/kg--------- substratos de cultivo devem ser bastante criteriosos, pois, alm de garantir o
Eucalyptus 30-50 7,0-10,0 150-200 400-600 0,5-1 ,O 35-50 bom crescimento e qualidade das mudas, a adubao o principal meio que o
250-600 30-45 viveirista tem para "segurar" ou "adiantar" o crescimento no viveiro. Isso d
Pinus 12-25 4,0- 7,0 100-200
maior flexibilidade de tempo para o plantio das mudas no campo, sem perdas
significativas da qualidade tcnica.
Na fase de viveiro, os adubos mais recomendados, pelas caractersticas Geralmente, as adubaes de cobertura devem ser feitas em intervalos
fsicas e qumicas e a facilidade de aquisio, so o sulfato de amnio, o de 7 a 1O dias; a primeira, necessariamente, 15 a 30 dias aps a germinao
superfosfato simples e o cloreto de potssio, de preferncia na forma de p, das plantas. A poca de aplicao das demais, poder ser melhor determinada
de modo a facilitar a homogeneizao dos adubos com o substrato de cultivo pelo viveirista, ao observar as taxas de crescimento e as mudanas de colora-
das mudas. o das mudas. menor perda de vio das mudas, com o aparecimento de
cores desbotadas, que variam de tons avermelhados a amarelados para o
eucalipto e simplesmente amarelados para o pinus, fazer a adubao de
cobertura.
23.5. Viveiro de mudas de Euca/yptus e Pinus
Quando as mudas j estiverem formadas, portanto, prontas para serem
Produo de mudas no sistema de sacos plsticos plantadas no campo, recomenda-se, antes da expedio, fazer a "rustificao",
para amenizar os estresses no campo. Na fase de "rustificao", que dura de
A melhor forma de fazer a aplicao de adubos neste sistema consiste no 15 a 30 dias, reduz-se as regas e suspende-se a adubao de cobertura. No
parcelamento das doses recomendadas dos adubos. Cerca de 50% das doses incio desta fase, recomenda-se uma adubao contendo apenas K, para
de N e de K20, e 100% das doses de P2 0 5 e micronutrientes so misturados aumentar o potencial inico interno das mudas, fazendo com que elas sejam,
com terra de subsolo, antes do enchimento dos sacos plsticos, comumente fisiologicamente, mais capazes de regular suas perdas de umidade, alm de
denominado adubao de base. O restante dos adubos aplicado, parcelada- facilitar o engrossamento do caule, fatores muito importantes para a adaptao
mente, em cobertura, na forma de solues ou suspenses aquosas. das mudas s condies adversas de campo.
a) adubao de base: 150 g de N, 700 g de P20 5, 100 g de K20 e 200 g Similarmente s recomendaes feitas para o sistema de produo de
de "fritas" BR-12 (silicato fundido contendo vrios micronutrientes) ou produto mudas em sacos plsticos, a melhor forma de aplicao de adubos nos
equivalente para cada 1 m3 de terra de subsolo. Com 1 m3 desse substrato substratos utilizados no sistema de tubetes de polipropileno a parcelada,
possvel encher cerca de 4.800 saquinhos de 250 g de capacidade, os mais parte como adubao de base e parte como adubao de cobertura.
utilizados para produo de mudas de eucalipto e pinus. Normalmente, os
teores de Ca e de Mg, em amostras de subsolos, so muito baixos e, por esta a) adubao de base: 150 g de N, 300 g de P2 0 5, 100 g de K2 0 e 150 g
razo, recomenda-se, tambm, a incorporao de 500 g de calcrio dolo mtico de "fritas" BR-12 ou material similar para cada 1 m3 de substrato. Com 1 m3
por m3 de terra. desse substrato possvel encher cerca de 20.000tubetes.com capacidade de
50 cm3 cada um. Geralmente, o pH e os nveis de Ca e Mg nos substratos
utilizados neste sistema so elevados, de modo que a aplicao de calcrio
oportuno ressaltar que o uso de calcrio visa suprir Ca e Mge
no recomendada, evitando-se assim problemas como a volatilizao de N e
no corrigir a acidez, uma vez que Eucaliptus e Pinus toleram altos
deficincia de micronutrientes.
nveis de AI e Mn.
b) adubao de cobertura: Devido grande permeabilidade do substrato,
b) adubao de cobertura: Aplicar 100 g de N mais 100 g de K20, que facilita as lixiviaes, e ao pequeno volume de espao destinado a cada
parcelando em 3 ou 4 aplicaes, para 4.800 saquinhos de 250 g de capacida- muda, so necessrias adubaes de cobertura mais freqentes do que no
de. Para a aplicao desses nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato caso de formao de mudas em sacos plsticos. Para a aplicao dos nutrien-
de amnio e/ou 300 g de cloreto de potssio em 100 litros de gua. Com a tes, recomenda-se dissolver 1 kg de sulfato de amnio e/ou 300 g de cloreto
soluo obtida, regar 10.000 saquinhos. Para esta adubao recomenda-se de potssio em 100 litros de gua. Com a soluo obtida, regar 10.000 tubetes
alternar as aplicaes de K20, ou seja, em uma utilizar N e K20, na seguinte em intervalos de 7 a 1O dias, at que as mudas atinjam o tamanho desejado.
apenas N, e assim por diante.
A alternncia das aplicaes de K, bem como as demais recomen-
As aplicaes devero ser feitas no final da tarde, ou ao amanhecer, daes feitas no sistema de produo de mudas em sacos plsti-
seguidas de leves irrigaes, apenas para diluir ou remover os resduos de cos, descritos anteriormente, devem ser aqui tambm conside-
adubo que ficam depositados sobre as folhas. radas.
B. van RAiJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
23.6 Viveiro de mudas de essncias florestais tpicas da Mata Atlntica saquinhos de 1 kg de capacidade, os recipientes mais usados para produo
de mudas das essncias florestais nativas das matas brasileiras.
De modo geral, as espcies florestais da Mata Atlntica so muito mais
exigentes nutricionalmente que as espcies de Euca/yptus e Pinus. Ess~s Para evitar a incorporao de calcrio ao substrato, recomenda-se o uso
espcies, principalmente as das classes secundrias e clmax da sucess~o de terra de subsolo que apresente, naturalmente, pH elevado e altos nveis de
Ca e Mg.
florestal so sensveis acidez e aos altos nveis de AI e Mn dos solos, alem
de muit; exigentes em macro- e micronutrientes. Normalmente, ~ssas espcies
tm um tempo de permanncia no viveiro maior que o eucalipto e o pmus,
b) adubao de cobertura: 100 g de N mais 100 g de K2o em cada
comumente, superior a 6 meses. aplicao. Para a aplicao desses nutrientes, recomenda-se dissolver 1 kg de
sulfato de amnia e/ou 300 g de cloreto de potssio em 100 litros de gua. Com
Adubao de mudas produzidas no sistema de sacos plsticos
esta soluo, regar 2.500 saquinhos de 1 kg de capacidade cada um. Reco-
Aqui tambm vlida a maior parte das recomenda~s feitas par~ a menda-se a intercalao das aplicaes de K20, ou seja, em uma utilizar N e
K20, na seguinte, apenas N, e assim por diante.
formao de mudas de eucaliptos e pinus. As grandes diferenas estao,
apenas, nas dosagens das adubaes, que so maiores - geralmente conse- Geralmente, as adubaes de cobertura devem ser feitas em intervalos
guidas com um nmero maior de adubaes de cobertur~- e na necessi~ade de 7 a 1O dias; a primeira comumente 15 a 30 dias aps a emergncia das
de se fazer a calagem da terra de subsolo, caso sejam baixos o pH e os niveis plantas. A poca de aplicao das demais adubaes de cobertura podero ser
de ca e Mg, e altos os nveis de AI e Mn, o que deve ser verificado previamente, melhor determinadas pelo viveirista, ao observar as taxas de crescimento e as
com a anlise qumica do substrato. mudanas de colorao das mudas.
Recomenda-se as seguintes dosagens de calcrios e adubos:
a) adubao de base: normalmente o pH e os nveis de Ca e Mg nas Adubao de mudas produzidas no sistema de tubetes de poli-
terras de subsolo so muito baixos. Por esta razo, o primeiro passo a ser dado propileno
a calagem da terra de subsolo. Desta forma, ficam garantidos o pH adequado
e 0 suprimento de Ca e Mg para as mudas. As espcies das classes ecolgicas Com exceo do maior nmero de aplicaes de adubos em cobertura,
denominadas secundrias e clmax so bem mais exigentes nutricionalmente todos os demais procedimentos e recomendaes feitas para a produo de
que as pioneiras. A faixa ideal de pH (em CaCI2 0,01 moi/L) do substrato ~aria mudas de eucalipto e pinus so tambm vlidas aqui.
de 55 a 6,0. o calcrio deve ser incorporado terra de subsolo, de preferencia
15 d'ias antes de ser usado. A dose de calcrio dolomtico a aplicar pode ser
calculada pela frmula: 23.7 Florestamentos homogneos com Eucalyptus e Pnus
CTC(V2-V1)
N.C.= Amostragem do solo: Retirar amostras compostas de, pelo menos, 20
20 PRNT amostras simples da camada 0-20 em de profundidade, de glebas homogneas
de no mximo 50 ha. Opcionalmente, retirar, tambm, amostras nas profundi-
onde:
dades de 20-40 ou 40-60 em.
N.C. = necessidade de calcrio em kg/m3 de terra;
C.T.C. = capacidade de troca de ctions, em mmolcidm3 de terra; A camada de solo que tem mostrado teores de nutrientes mais
v2 =saturao por bases desejada, 60%; relacionados com o crescimento das rvores a de 0-20 em de
v1 = saturao por bases encontrada na terra de subsolo; profundidade, onde ocorrem, com mais intensidade os processos
de absoro pelas razes. Todavia, a amostragem das camadas de
PRNT = Poder relativo de neutralizao do calcrio, em % Equiv. CaCOs.
20-40 ou 40-60 em de profundidade fornece informaes sobre
Aps a incorporao do calcrio, aplicar 150 g de N, 700 g de P20s, 100 restries qumicas atividade radicular.
g de K20 e 200 g de "fritas" BR- 12 ou material equivalente para 1 m3 de terra
de subsolo. Com 1 m3 desse substrato possvel encher cerca de 1 .200
~ il!
<150 Eucalyptus 50 39 :i:
N, kg/ha o
Pinus 30 ~- ;!
20
20 o
Eucalyptus 60 40
150-350 Eucalyptus
Pinus 30 20 o 60 40 o
Pinus 40 30 o
>350 Eucalyptus 80 60 o
Essa recomendao de nitrognio, baseada no teor de matria Pinus 50 40 o
orgnica no solo, parte da suposio de que, em solos com teores
mais elevados de matria orgnica, o estoque de nitrognio Tambm neste caso, maior teor de argila est associado com
maior. Alm disso, solos com mais matria orgnica so, de modo produtividade mais alta e, conseqentemente, maior necessidade
geral, mais argilosos, o que significa, comumente, maior potencial de potssio.
de produtividade das essncias florestais.
RolAtim T~ni~n 100_ IAC. 1997 Bo!Atim Tilr.nir.n 1nn lAr. 1007
B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e catagem ...
Adubao de plantio: Empregar 1/3 das doses de N e K20 e 100% do P20s, A calagem uma prtica que encarece muito a implantao de
do B e do Zn e aplicar os adubos em filetes contnuos, no interior dos povoamentos m1stos com essas espcies. Por esta razo, deve ser
sulcos de plantio ou, alternativamente, em covas bastante criteriosa e s utilizada em solos muito degradados.
Adubao de cobertura: Aplicar o restante da adubao recomendada em 2 ---N, kg/ha--- --P20s, kg/ha--- - - K20, kg/ha--
a 4 vezes. Para definir as pocas de aplicao dos fertilizantes, funda-
mental considerar as fases de crescimento da floresta: antes, durante e 60 40 20 80 50 o 60 30 o
aps o fechamento das copas, o que tem estreita relao com as deman-
das nutricionais das rvores.
Aplicar 1 kg/ha de Bem solos com teores de B < 0,21 mg/dm3 e 1 kg/ha
Para florestas de rpido crescimento, com ciclos de corte de at 1O anos, de Zn em solos com teores de Zn < 0,6 mg/dm3.
parcelar, equitativamente, as adubaes de cobertura, aplicando aos 3 a 6
meses, entre 6 e 12 meses e, o restante, entre 12 e 24 meses ps-plantio. A
melhor forma de definir a poca das adubaes por meio do acompanhamento Adubao de plantio: Aplicar todo o fsforo, o zinco e o boro e, de preferncia
visual ou por medies dendromtricas do crescimento da floresta, o que 50% do nitrognio e do potssio por ocasio do plantio, nos sulcos 0 ~
covas de plantio.
permite caracterizar seu estgio de desenvolvimento.
A aplicao dos adubos pode ser feita em meia-lua ou em filetes contnuos Adubao de cobertura: O restante de N e K20 deve ser aplicado entre 3 a 6
na projeo das copas, e, aps o fechamento, em faixas de 30 em ou mais, meses aps o plantio . na forma de filetes contnuos, ao redor da projeo
entre as linhas de plantio. As aplicaes no devem coincidir com os perodos das co~as ou no me10 do espaamento entre as linhas de plantio. As
de intensas chuvas, tampouco quando os nveis de umidade do solo estiverem apiJcaoes de adubos em cobertura no devem coincidir com os perodos
muito baixos. de mtensas chuvas, tampouco quando os nveis de umidade do solo
estiverem muito baixos.
A aplicao dever ser feita a lano, em rea total, pelo menos 30 dias
antes do plantio. No necessria a incorporao.
24. FORRAGEIRAS
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24. FORRAGEIRAS
Continua
8. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
B. decumbens 12 0,9 13
Batatais 12 1,5 15
24.2 Composio qumica, amostragem de folhas e limites de inter-
Gordura 11 1,2 15
pretao
leguminosas do Grupo I
A extrao aproximada de nitrognio, fsforo e potssio, pela parte area
colhida ou pastejada de forrageiras importantes no Estado de So Paulo, Soja perene 26 2,0 21
apresenta-se no quadro abaixo, cujos dados podem ser utilizados para calcular Leucena 31 1,5 20
a remoo de nutrientes pelo pastejo ou corte das forrageiras como capine iras
ou para fenao. Leguminosas do Grupo 11
As quantidades de nutrientes extradas podem variar, dependendo da Sty/osanthes 21 1,5 18
idade e estdio de desenvolvimento da planta, tipo de solo, adubao, entre
outros (Quadro 24.1 ).
Leguminosa para explorao intensiva
A composio !aliar para efeito de avaliao do estado nutricional das Alfafa 35 2,9 28
forrageiras apresentada para algumas espcies importantes do Estado de
So Paulo (Quadro 24.2). Para as gramneas, a parte da planta escolhida
aquela que simula a que o animal pasteja (brotao nova e folhas verdes),
amostrada durante a fase de crescimento ativo (novembro a fevereiro). A
amostragem de plantas de espcies leguminosas deve ser feita tambm de
novembro a fevereiro. Para a soja perene, a parte amostrada a ponta dos
ramos desde o pice at a 3. -4.folhas desenvolvidas; para o estilosantes, o
ponteiro da planta (cerca de 15 em); para a leucena, ramos novos com dimetro
at 5 mm; para a alfafa, o tero superior da planta no incio do florescimento.
00 000 o o o
c
N "'"'
66 "'"'"'
666 "'"'
66 "'6 24.3 Recomendao de adubao e calagem
""' "'"'"' ""' "'
Calagem: aplicar calcrio para elevar a saturao por bases, conforme o
00
f6~g tipo de forrageira, de acordo com a tabela:
"'"'
"'"'
.,..,.
66 "'"'"'
.,..,..,.
666
Saturao por bases Dose mxima a aplicar
Forrageira
0000 00 000 00 Formao Manuteno Formao Manuteno
,' 0000
NNNC\J "'"' "'"'"' "'"'
"'
E
6666
lO I.() lO lO
"'"'
66 "'"'"'
666 "'"
~$ -------V%------- - - - t/ha----
"'"' "'"'"' Gramneas do Grupo I 70 60 7 3
:J
'<::tt-.."Q"O
.,... ..... ...- C\J
Gramneas do Grupo 11 60 50 6 3
~~~..;. Gramneas do Grupo 111 40 40 5 3
Leguminosas do Grupo I 70 60 7 3
Leguminosas do Grupo li 50 40 5 3
01.01.00
C')C\J(\JC")
666tb
LOO
"'"'
66
"'"'"'
NNN
666
00
"'"'
6tb
Capineiras 70 60 7 3
~ ~ ~ ~ ~
0000
("')("')C')(!)
Em forrageiras j estabelecidas, aplicar o calcrio, com base na anlise
tbLblbtb de solo, na superfcie do terreno aps o rebaixamento do pasto ou corte da
.............. ,....
planta, de preferncia no incio da estao chuvosa. Promover a incorporao
quando a espcie permitir o revolvimento do solo.
0000 qqq
c<:) C') C') C"}
a. ~q0_~
,... ..- ..........
"' ''""
~qq
o~~
Pastos degradados, com a superfcie do solo exposta e endurecida,
devem ser recuperados ao invs de receber tratamento de manuteno. Para
isso, aplicar o calcrio separadamente do fertilizante fosfatado e potssico
ONN
'}!C}! '}I .,..,.
O <X> <O
(recomendados para a formao) e incorpor-/os simultaneamente, no incio
z 66 "';!;
"'"'"' "'"'
da estao chuvosa.
Boletim Tcnico. 100. IAC. 1997 Rr.l.atim T.,.. .. ;,.." 1f\A 1111" i007
8. van RAIJ et ai.
Recomendaes de adubao e calagem ...
Opcionalmente, pode-se empregar, como fonte de fsforo, termofosfatos Pasto consorciado, Grupo I
ou fosfatos naturais sedimentares (ex. hiperfosfato). Quando utilizar fosfato
o o 100 80 60 30 60 40 30 o 30
natural no sedimentar, de menor solubilidade, no substituir com essa fonte,
mais de 40% da dose total de P20s recomendada. Esse adubo deve ser Pasto consorciado, Grupo 11
aplicado e incorporado ao solo 30-60 dias antes da calagem.
o o 80 60 40 20 60 40 30 o 20
Para as leguminosas, recomenda-se o uso de fosfato solvel, termofos-
fato ou fosfato sedimentar (ex. hiperfosfato). Estes dois ltimos devem ser Alfafa para explorao intensiva
aplicados a lano e incorporados ao solo. No misturar superfosfato ou KCI s
sementes. Para a alfafa, que pode necessitar doses altas de K na formao,
o o 150 130 100 50 160 130 100 60 50
no aplicar mais de 60 kg/ha de K2 0 no sulco de plantio. Se a dose exceder 1
( )Aplicar nitrognio em cobertura cerca de 30 dias aps a germinao, somente quando as
esse valor, aplicar o restante do K em cobertura, cerca de 30 a 40 dias aps a
plantas apresentarem sintomas de deficincia desse nutriente, caracterizados por crescimento
emergncia das plantas. lento, colorao verde plida ou amarelecimento generalizado.
Os micronutrientes podem ser aplicados em mistura com os demais Leguminosas exclusivas, Grupo I
adubos de formao. o 50 40 30 o 50 40 30 o 30
Aplicar o molibdnio, de preferncia, com as sementes das legumino-
Leguminosas exclusivas, Grupo 11
sas.
o 40 30 20 o 40 30 20 o 20
o 50 40 20 o 60 50 40 o 20
o 40 30 20 o 50 40 30 o 20
Recomendaes de adubao e calagem ...
B. van RAIJ et ai.
Em capineiras e gramneas f -
Para pastos exclusivos de gramneas, aplicar a adubao PK de prefe- da dose de micronutrientes recom~~~~denaao, reaplicar, anualmente, metade
rncia no incio da estao das guas, aps o rebaixamento do pasto. A com a adubao de manuteno feita noa p~ra adfase de ~armao, juntamente
IniCIO a estaao chuvosa.
aplicao de adubo, especialmente de N, pressupe um nvel adequado de
manejo e utilizao do pasto. Recomenda-se aplicar o N no final da estao
chuvosa (fevereiro-maro) a fim de estender o perodo de produo do pasto.
I Para a alfafa se a fixao biol d
40 kg de N!t de matria seca ap . ~glca e N na- o se mostrar eficiente, aplicar
de falta de fixao de N - os ca a corte, juntamente com o K. Os sintomas
reduzido e a ausncia de n~~~loosaemf atreleciment~ das folhas, o crescimento
Em exploraes intensivas, se houver necessidade de aumento de produo
de forragem durante o perodo de chuvas, aplicar 50 kglha de N por vez, aps e tvos nas rarzes.
cada pastejo. Se usar uria, aplic-la quando a chuva possa incorpor-/a ao
solo em 2-3 dias para evitar perdas por volatilizao.
I Para a alfafa, repetir como adubao d -
de micronutrientes recom~ndadas para a las: ~an,utena~, as mesmas doses
Para as leguminosas exclusivas, empregar adubos solveis, de prefe-
rncia, no inicio da estao das guas, aps o rebaixamento do pasto.
li ~~~:a:o, com os adubos recomendados para u:o o;~~~~~~ :~~~~~a~;~ ~=:
Forrageiras para corte: aplicar as quantidades de nutrientes abaixo. As doses I
de nitrognio, potssio e enxofre devem ser calculadas conforme a extra-
o de matria seca, e as de fsforo, conforme a anlise de solo.
I
3 K no solo, mmolcidm
3 i
I
P no solo, mg/dm s !!
N 7-15 15-40 >40 0-1,5 1,5-3,0 >3,0
0-6 I
1 --P20s, kg ha- 1 ano- 1- - --K20, kg/t MS-- S, kg/t MS
,,"'
N, kg/t MS( ) i
'
Capineiras I"i
15 3
o 20 15
20 80 50 30
I
Gramneas para fenao !
15 3
20 80 50 30 o 20 15
Alfafa !
35 30 15 4
100 80 40
o 100
( 1) MS: matria seca colhida. Para capineiras, considerar MS = matria fresca x 0,20; para
feno, MS= feno x 0,85.
,-
1,
Para as capineiras, gramneas para fenao e alfafa, a adubao
tos/atada deve ser feita uma vez por ano, aps o corte das plantas, de l-
preferncia no incio da estao das guas, ou, opcionalmente, parcelada junto
com o N e o K. As doses de N e K (s K para a alfafa) devem ser aplicadas em
I
cobertura, aps cada corte. OS pode ser aplicado de uma s vez, junto com o I
P, ou parcelado junto com o N e o K. Em caso de devoluo de todo o esterco I
capineira, as doses de nutrientes recomendadas podem ser reduzidas
metade.
!!.
lL Boletim Tcnico, 100, IAC, 1997 273
8. van RAIJ et ai.
25. HIDROPONIA
Pgina
25. HIDROPONIA
Qualquer sal solvel pode ser usado para o preparo de soluo nutritiva,
desde que fornea o nutriente requerido e no contenha em sua composio
outro elemento qumico que possa prejudicar o desenvolvimento das plantas.
Da mesma forma, deve-se evitar mistura de sais que promovam precipitao
ou reaes qumicas que tornem um nutriente no disponvel planta. Por
exemplo, a mistura de solues concentradas de nitrato de clcio com sulfato
de magnsio produz a formao de precipitado de sulfato de clcio. Por outro
lado, a uria produz, em soluo aquosa, N amoniacal, que pode ser fitotxico
maioria das espcies cultivadas por hidroponia.
Os sais usados para o cultivo comercial no necessitam de excessiva 25.2 Sugesto de soluo nutritiva
pureza qumica, o que inviabilizaria o cultivo hidropnico, pelo custo elevado.
Sais com grau tcnico e fertilizantes tm sido utilizados no cultivo hidropnico A soluo nutritiva utilizada na Seo de Fertilidade do Solo e Nutrio de
comercial sem maiores problemas (Quadro 25.1 ). Plantas do Instituto Agronmico para o cultivo de diferentes espcies vegetais,
inclusive hortalias, possui a seguinte composio qumica, em mg/L: N-N03
(174), N-NH 4 (24), P (39), K (180), Ca (143), Mg (36), S (48), B (0,26), Cu (0,04),
Zn (O, 11 ), Mn (0,38), Mo (0,08) e Fe (2,0).
Quadro 25.1. Relao de sais e fertilizantes recomendados ao preparo de Para o preparo de 1 .000 L dessa soluo so necessrios 750 g de nitrato
solues nutritivas usadas em hidroponia e suas concentraes de nutrientes de clcio, 500 g de nitrato de potssio, 150 g de MAP purificado, 400 g de sulfato
(entre parnteses) de magnsio, 50 mL de soluo de micronutrientes (30 g de cido brico + 30
g de sulfato de mangans + 3 g de sulfato de cobre + 3 g de molibdato de
Sal ou fertilizante Nutriente e concentrao amnio + 1O g de sulfato de zinco dissolvidos em 1.000 mL) e 16,5 g de
Dissolvine ou 33 g de Ferrilene ou TensoFe ou 400 mL de soluo de FeEDTA.
g/kg A condutividade eltrica dessa soluo possui valor ao redor de 2,0 dS/m. Para
hortalias de folhas, recomenda-se usar CE de 1,5 dS/m e, portanto, as
Nitrato de clcio Ca (190), N-NOs (145), e N-NH4 (10) quantidades de sais fornecedores dos macronutrientes so reduzidas em 25%.
Nitrato de potssio K (360) e N-N03 (130) Normalmente, esse volume de soluo (1.000 L) suficiente para cultivar
P (260) e N-NH4 (110) 150-200 plantas de hortalias folhosas sem a necessidade de adicionar nutrien-
Fosfato monoamnio purificado (MAP)
tes, apenas gua para repor as perdas por evapotranspirao.
Sulfato de magnsio Mg (90) e S (120)
Cloreto de potssio K (520) Quando se utilizam menores volumes de soluo nutritiva por planta, h
B (170) necessidade de proceder a adio dos nutrientes absorvidos pelas plantas. A
cido brico
maneira mais correta e recomendada feita mediante resultados de anlise
Brax B (11 O) qumica peridica da soluo nutritiva. O uso de condutivmetro para adicionar
Sulfato de cobre Cu (240) nutrientes na mesma proporo da soluo nutritiva inicial, desaconselhvel
Sulfato de mangans Mn (250) por perodo superior a 2 semanas, uma vez que este equipamento apenas
Cloreto de mangans Mn (270) indica quantidade total de sais, no discriminando nutrientes individualmente.
Zn (220) Para utilizar o mtodo da condutivdade eltrica por p.erodos mais longos,
Sulfato de zinco
recomenda-se o uso de soluo nutritiva de ajuste que contenha uma relao
Cloreto de zinco Zn (450)
entre os nutrientes, a qual se assemelhe extrada pelas plantas em cultivo.
Molibdato de amnio Mo (540) No captulo 18 deste boletim encontram-se os dados da composio qumica
Quelatos de ferros de folhas de diversas hortalias, a qual poder ser usada para a formulao da
Dissolvine (FeEDTA) Fe (120) soluo de ajuste.
Ferrilene (FeEDDHA Fe (60) O pH da soluo nutritiva s deve ser manipulado se atingir valores
TensoFe (FeEDDHMA) Fe (60) inferiores a 4,5 ou superiores a 7,5, usando-se solues de hidrxido de
Soluo de FeEDTA( 1) Fe (5 mg/L) potssio para pH baixo ou de cido fosfrico ou cido ntrico para pH elevado.
Quando o pH se eleva freqentemente, deve-se ter ateno redobrada para as
e) Dissolver, separadamente, em 400 m! de gua, 25 g de sulfato ferroso heptahidratado possveis deficincias de ferro (reconhecida por amarelecimento e clorose
internerval das folhas novas) e mangans (tambm por amarelecimento e
(20% de Fe) e 30 g de etileno diamino tetraacetato dissdico (Na2EDTA). Aps a dissoluo
de cada sal, misturar, acrescentando a soluo de Na2EDTA soluo de sulfato ferroso. clorose), com a adio do nutriente soluo nutritiva; nesse caso mais
Completar o volume a 1000 ml com gua e homogeneizar. Efetuar o borbulhamento de ar conveniente renovar a soluo nutritiva completamente. Quando se utiliza gua
nessa soluo at completa dissoluo de algum precipitado. Normalmente 18 horas so alcalina, com pH superior a 7,5, conveniente substituir, parcial ou totalmente,
suficientes para que o complexo Fe~EDTA seja formado. Esta soluo possui colorao o fosfato monoamnio (MAP) por cido fosfrico (370 mg P/kg) at baixar o pH
vermelho~tijolo. da soluo nutritiva para o intervalo de 5,0-5,5.
070
Recomendaes de adubao e calagem ...
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B. van RAIJ et ai. Recomendaes de adubao e calagem ...
PERIDICOS
BRAGANTJA- Revista de Cincias Agronmicas
LIVROS E BOLETINS
O Melhoramento de Plantas no Instituto Agronmico - 1.
Boletins tcnicos
156 - Delineamentos experimentais para as reas tecnolgicas.
157 ~ Insetos e caros associados mamoneira no Brasil.
Boletim
200- Instrues agrcolas para as principais culturas econmicas (Boletim 200).
213 - A mandioca na cozinha brasileira (receitas).
DOCUMENTOS IAC
51 - Produo de sementes de hortalias em pequenas reas.
52 - Melhoramento do pessegueiro para regies de clima subtropical-temperado:
realizaes do Instituto Agronmico.
53 - Melhoramento do milho pipoca.
54 - Melhoramento gentico da seringueira: uma reviso.
56 - Caracterizao edafoclimtica e avaliao de cultivares de milho
no Estado de So Paulo.
57 - Regimento interno do sistema de avaliao e recomendao
de cultivares de feijoeiro para o Estado de So Paulo.
PEDIDO DE PUBLICAES
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reno (IA
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cidade Abr 116/17'1 V/J<i a Regina Forni
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Juarez Ante r.
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(ESALQ/USP),
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(ESALQ/ U:
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