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Topografia - 2 - Planimetria 1

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Topografia Planimetria 1

Engenharia Civil

Alexandre Souza Eng. Agrimensor MSc.


alexandre0363@gmail.com
Unidades de Medidas
Sistema de Unidades
No Brasil o Mtrico Decimal
O Americano Ps/Polegadas
Medida de Grandeza Fator Mltiplos Unidade Submltiplos

Capacidade Litro 10 kl hl dal l dl cl ml

Metro
Volume 1000 km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Cbico

Metro
rea 100 km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quadrado

Comprimento Metro 10 km hm dam m dm cm mm

Massa Grama 10 kg hg dag g dg cg mg


Unidades de Medidas
Unidade principal de comprimento (METRO);
Situaes em que essa unidade deixa de ser prtica:
Grandes extenses ela muito pequena;
Extenses muito "pequenas", a unidade metro muito grande.

Regras Prticas:
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer
uma
multiplicao por 10. Ex: 1 m = 10 dm
Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer
uma diviso por 10. Ex: 1 m = 0,1 dam
Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas
vezes uma das regras anteriores.
Ex: 1 m = 100 cm
1 m = 0,001 km
Unidades de Medidas
Relao entre unidade s de Medida Linear
Polegada = 2,75 cm = 0,0275 m
Polegada inglesa = 2,54 cm = 0,0254 m
P = 30,48cm = 0,3048 m
Jarda = 91,44cm = 0,9144m
Milha brasileira = 2200 m
Milha terrestre/inglesa = 1609,31 m
Unidades de Medidas
Relao entre unidades de Medida Angular
360 = 400 grd = 2 rad
Onde = 3,141592.
Unidades de Medida de Superfcie
are = 100 m2
acre = 4.046,86 m2
hectare (ha) = 10.000 m2
alqueire paulista (menor) = 2,42 ha = 24.200 m2
alqueire mineiro (geomtrico) = 4,84 ha = 48.400 m2
Unidades de Medida de Volume
m3
litro = 0,001 m3
Unidades de Medidas
Unidades de rea

Regras Prticas:
Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior
devemos fazer uma multiplicao por 100.
Ex: 1 m = 100 dm
Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior,
devemos fazer uma diviso por 100.
Ex: 1 m = 0,01 dam
Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar
sucessivas vezes uma das regras anteriores.

Transformaes m, km e ha
Unidades de Medidas
Unidade Sexagesimal
Reviso de Trigonometria Plana

RELAES TRIGONOMTRICAS NO TRINGULO RETNGULO


Reviso de Trigonometria Plana
Reviso de Trigonometria Plana
Tringulo qualquer
LEI DOS SENOS

LEI DOS COSSENOS


ESCALAS
Principais escalas e suas aplicaes
ESCALAS
Escala Grfica
Utilizada para facilitar a leitura de um mapa;
Consiste em um segmento de reta dividido de modo a mostrar
graficamente a relao entre as dimenses de um objeto no desenho e
no terreno.

Uma forma para apresentao final da escala grfica apresentada


a seguir.
Grandezas de Medidas
Dois tipos : angulares e lineares.
Grandezas Angulares
ngulo Horizontal (Hz) - medido entre as projees de dois
alinhamentos do terreno, no plano horizontal.
Grandezas de Medidas
Grandezas Angulares
ngulo Vertical (a) - medido entre um alinhamento do terreno
e o plano do horizonte. Pode ser ascendente (+) ou
descendente (-), conforme se encontre acima (aclive) ou abaixo
(declive) deste plano.
Grandezas de Medidas
Grandezas Angulares
ngulo Vertical (a) - Em teodolito ou estao total, pode ser
medido a partir da vertical do lugar (com origem no Znite ou
Nadir), da o ngulo denominar-se ngulo Zenital (V ou Z) ou
Nadiral (V ou Z)
Grandezas de Medidas
Grandezas Lineares
Distncia Vertical ou Diferena de Nvel (DV ou DN): a
distncia medida entre dois pontos, num plano vertical que
perpendicular ao plano horizontal.
Grandezas de Medidas
Grandezas Lineares
Distncia Inclinada (DI): a distncia medida entre dois
pontos, em planos que seguem a inclinao da superfcie do
terreno.
Diviso
O levantamento topogrfico pode ser dividido
em:
- Levantamento topogrfico PLANIMTRICO, compreendendo o
conjunto de operaes necessrias para a determinao de
pontos e feies do terreno que sero projetados sobre um plano
horizontal de referncia atravs de suas coordenadas X e Y
(representao bidimensional) e
Levantamento topogrfico ALTIMTRICO onde o objetivo
determinar a cota ou altitude de um ponto (coordenada Z).
A realizao simultnea dos dois levantamentos d
origem ao chamado levantamento
PLANIALTIMTRICO.
Diviso
Diviso

Desenho representando o resultado de


um levantamento planialtimtrico
Planimetria
Um alinhamento topogrfico um segmento de reta
materializado por dois pontos nos seus extremos.
Tem extenso, sentido e orientao.

Orientao: 45
Sentido: de A para B.
Extenso: x metros
Planimetria
Definio de Rumo, Azimute e ngulo interno.
Rumo. o menor ngulo formado entre a linha Norte-
Sul e o alinhamento em questo. O Rumo varia de 0 a
90 e necessita a indicao do quadrante em que se
encontra o alinhamento.
Planimetria
Definio de Rumo, Azimute e ngulo interno.
Rumo.

ROA = 35 NE
ROB = 35 SE
ROC = 70 SW
ROD = 20 NW
Planimetria
Definio de Rumo, Azimute e ngulo interno.
Azimute o ngulo formado entre o Norte e o
alinhamento em questo. medido a partir do Norte,
no sentido horrio, podendo variar de 0 a 360

AzP1 = 30 15
AzP2= 120 45
AzP3 = 210 15
AzP4 = 310 15
Planimetria
Medidas Angulares
Converso de Rumo em Azimute e vice-versa
Quadrante NE: Az = R = Az
Quadrante SE: Az = 180 - R R = 180 - Az
Quadrante SW: Az = 180 + R R = Az - 180
Quadrante NW: Az = 360 - R R = 360 - Az
Planimetria
Rumos e azimutes, magnticos e verdadeiros.
Planimetria
Rumos e azimutes, magnticos e verdadeiros.

Quando medido a partir da linha


Quando o azimute medido Norte-Sul magntica, o azimute
a partir da linha Norte-Sul magntico. O mesmo se d para os
verdadeira ou geogrfica, o rumos.
azimute verdadeiro.
Planimetria
Rumos e azimutes, magnticos e
verdadeiros.
A diferena angular entre o Norte verdadeiro e o Norte
magntico a Declinao magntica local.
A declinao magntica sempre medida do Norte
verdadeiro para o magntico.
Planimetria
Rumos e azimutes, magnticos e
verdadeiros.
As agulhas imantadas colocadas em bssolas
fornecem os azimutes magnticos; para transform-los
em verdadeiros necessrio que se conhea a
declinao magntica local e fazer a transformao
adequada.
Planimetria
Rumos e azimutes, magnticos e
verdadeiros.
A posio do Norte verdadeiro pode ser conhecida,
diretamente, atravs de observaes aos astros (sol e
estrelas), obtendo-se assim o azimute verdadeiro.
Declinao Magntica

Terra pode ser considerado um


gigantesco im;
Ncleo ferro e nquel;
Campo exerce fora de atrao sobre
a agulha da bssola;
Eixo magntico no coincide com
eixo geogrfico;
O ngulo formado entre o eixo
geogrfico e o magntico denomina-
se declinao magntica.
Fonte: Veiga et al, 2007
Declinao Magntica

Varia com base em dois parmetros:


com tempo;

posio geogrfica;

Podendo ser :
ocidental (dW) (negativa);

oriental (dE) (positiva).

No Brasil declinao negativa.


Representada por curvas de igual valor (cartas
de declinao):
Fonte: Veiga et al, 2007
Variao anual em graus = Isognicas;

Variao anual em minutos = Isopricas.


Declinao Magntica
Para o caso do Brasil, onde a declinao magntica negativa (o
Norte magntico situa-se a oeste do Norte verdadeiro e o azimute
verdadeiro obtido da seguinte forma: AzV = Azm + (-
D)
Onde : Azv = Azimute Verdadeiro;
Azm = Azimute Magntico;
D = Declinao Magntica

Logo: Azv = Azm + (- D)

Azv = 5500 1000 =


4500
Declinao Magntica

Fonte: Observatrio Nacional

Observatrio Nacional elabora as cartas a cada 10 anos;


No site, programa para clculo da declinao.
Declinao Magntica
Atualizao da Declinao Magntica em uma Carta Topogrfica

DAT =DCARTA + va . Nanos + va . Nmeses


12
onde:
DAT = Declinao atual;
DCARTA = Declinao da carta;
va = variao anual;
Nanos= n de anos;
Nmeses= n de meses -1.

Ex: Atualizar carta para julho de 1990.


Nanos=1990-1986= 4 anos
Nmeses=7-1= 6

D90 = -14 30 +(-7) . 4 + (-7) . 6


12
D90 =-15 01 30
Declinao Magntica
Convergncia Meridiana
O grid UTM no alinhado de forma exata aos meridianos e paralelos;
As linhas UTM no apontam exatamente para o norte;
A convergncia meridiana indica o quando esto deslocados para leste ou
oeste do norte verdadeiro.

Convergncia Meridiana
nos 4 Quadrantes
Declinao Magntica
Convergncia Meridiana
ngulo formado entre o Norte da Quadrcula e o Norte
Verdadeiro.

NM NV NQ

-14 30 0 21 42

Negativa A declinao magntica


Positiva
cresce -7 anualmente
Declinao Magntica

Os 3 Nortes

Norte Verdadeiro
definido pelo eixo de rotao da Terra (plo geogrfico)

Norte Magntico
definido pelo plo magntico, que no coincidente com o plo
geogrfico, sendo obtido atravs de bssolas.
Norte da Quadrcula
definido pelo norte da carta, ou seja, pela direo norte do
quadriculado de coordenadas planas do mapa.
Declinao Magntica

Aplicaes
Os servios realizados na topografia devem ser
referenciados, preferencialmente pelo Norte
VERDADEIRO;
Os softwares de desenho tcnico (Autocad,
Microstation, Topocal, Topograph, DataGeosis,
Posio...) agilizam bastante o processo de obteno
de coordenadas em servios topogrficos, contudo faz-
se necessrio conhecer ao menos um azimute
verdadeiro e as coordenadas deste ponto de
referncia.
Medida direta de distncias

MEDIO COM TRENA


Alguns autores afirmam que o processo de
medida de distncias direto, quando esta
distncia determinada em comparao a
uma grandeza padro previamente
estabelecida; outros autores, porm,
afirmam que a medio direta quando o
instrumento de medida utilizado aplicado
diretamente sobre o terreno.
Medio com Trena
Segundo ESPARTEL (1987) os principais dispositivos
utilizados na medida direta de distncias, tambm
conhecidos por DIASTMETROS, so os seguintes:
Medio com Trena

Durante a medio de uma distncia utilizando


uma trena, comum o uso de alguns acessrios
como: piquetes, estacas testemunhas, balizas e
nveis de cantoneira.
Medio com Trena
CUIDADOS NA MEDIDA DIRETA DE DISTNCIAS
A qualidade com que as distncias so obtidas
depende, principalmente de:
-acessrios;
-cuidados tomados durante a operao, tais como:
- manuteno do alinhamento a medir;
- horizontalidade da trena;
- tenso uniforme nas extremidades.
Medio com Trena
Preciso e Cuidados na Medida Direta de
Distncias.

Trena Preciso

Fita e trena de ao 1cm/100m

Trena plstica 5cm/100m

Trena de lona 25cm/100m


Medio com Trena
Mtodos de Medida com Trena.
Lance nico - Pontos Visveis
Na medio da distncia horizontal entre os pontos A e B,
procura-se, na realidade, medir a projeo de AB no plano
horizontal, resultando na medio de AB,
Medio com Trena
Mtodos de Medida com Trena.
Vrios Lances Pontos Visveis
Quando no possvel medir a distncia entre dois pontos
utilizando somente uma medio com a trena (quando a distncia
entre os dois pontos maior que o comprimento da trena),
costuma-se dividir a distncia a ser medida em partes, chamadas
de lances. A distncia final entre os dois pontos ser a somatria
das distncias de cada lance.
Medio com Trena

ERROS NA MEDIDA DIRETA DE DISTNCIAS.


Dentre os erros que podem ser cometidos na
medida direta de distncia, destacam-se:
- falta de verticalidade da baliza ;
- erro relativo ao comprimento nominal da trena;
- erro de catenria.
Medio com Trena
Falta de verticalidade da baliza
Medio com Trena
- Erro relativo ao comprimento nominal da trena;
A distncia horizontal correta (DHc) entre dois pontos
ser dada dividindo-se o comprimento aferido do
diastmetro (a) pelo seu comprimento nominal () e
multiplicando-se pela distncia horizontal medida (DHm):
Medio com Trena
- Erro de catenria;
curvatura ou barriga que se forma ao tencionar o
diastmetro e que funo do seu peso e do seu
comprimento. Para evit-la, necessrio utilizar
diastmetro leves, no muito longos e aplicar tenso
apropriada (segundo normas do fabricante) s suas
extremidades.
Medio com Trena
- Erro de catenria;
O erro devido catenria, para um nico lance, pode
ser encontrado atravs da relao.
Medio com Trena
- Erro de catenria;
Este erro cumulativo, provoca uma reduo do
diastmetro e, consequentemente, resulta numa medida
de distncia maior que a real. Assim, a distncia
horizontal correta (DHc) entre dois pontos ser
encontrada subtraindo-se da distncia horizontal medida
(DHm), o erro da catenria (Cc) multiplicado pelo nmero
de lances (N) dado com o diastmetro:
Medidas Eletrnicas Erros
Erro linear de centragem do instrumento;
Medidas Eletrnicas Erros
Erro linear de centragem do instrumento;

Relao entre os eixos dos teodolitos e


Estao total: Eixo vertical

-o eixo principal deve ficar na vertical


quando a bolha dos nveis estiver
calada (VV);
L
-o eixo secundrio (horizontal) deve ficar na
horizontal quando o instrumento estiver
calado e normal ao eixo principal
(KK VV).
L
- o eixo de colimao deve ser normal
ao eixo secundrio (ZZ KK);
Medidas Eletrnicas Erros
Erro linear de centragem do sinal-refletor: ocorre
quando a projeo do centro do sinal no coincide
com a posio do ponto sobre o qual est
estacionado. Evita-se este tipo de erro utilizando um
bip para o correto posicionamento do sinal sobre o
ponto.
Erro zero ou constante aditiva (Zo): consiste na no
coincidncia do centro eletrnico do MED com o
centro mecnico do teodolito, materializado pelo
eixo principal do mesmo, gerando desta forma um
pequeno comprimento entre os centros, chamado de
constante aditiva ou erro zero.
Medidas Eletrnicas Erros
Erro de calagem ou
nivelamento do instrumento;

Erro de pontaria: centro do retculo do


aparelho (cruzeta) no coincide com o
centro do prisma que compe o sinal
refletor;
Medidas Eletrnicas Erros
Erro de operao do instrumento: ocorre quando o operador no
est familiarizado com as funes, programas e acessrios
informatizados (coletores) que acompanham o instrumento.
Fator de escala (m) erro oriundo da freqncia de modulao,
causado principalmente pelo envelhecimento do cristal. Neste
sentido incide diretamente na medida da distncia e linearmente
proporcional ao comprimento da distncia medida.
Erro cclico (Ei) erro proveniente de falhas na determinao da
diferena de fase, surge em consequncia de variaes bruscas da
fase, entre a emisso e recepo do sinal. Sua determinao
realizada atravs do conhecimento da amplitude e o ngulo de
fase.
Erros de Observao

Classificao
Todas as observaes topogrficas se reduzem na
medida de uma distncia, de um ngulo ou de uma
diferena de nvel as quais podem ser afetadas de
erros ocasionados pelos aparelhos, pelas condies
exteriores e pelo observador.
Os erros podem ser classificados em duas grandes
categorias: sistemticos e acidentais.
Erros de Observao
Erros Sistemticos
Aparecem numa medida com absoluta constncia ou
variando segundo uma lei determinada;
Poder ser eliminado quando sua causa for definida;
Apresentam sempre o mesmo sinal, que poder ser
positivo ou negativo;
Exemplo de erros sistemticos, que podem ser
corrigidos atravs de frmulas especficas:
Efeito da temperatura e presso na medio de
distncias com medidor eletrnico de distncia;
Correo do efeito de dilatao de uma trena em
funo da temperatura.
Erros de Observao
Erro Acidental ou Aleatrio
Devidos s aes simultneas e independentes de
causas diversas e desconhecidas;
Podero apresentar ora valor positivo, ora valor
negativo para a mesma situao;
Apresentam sempre o mesmo sinal, que poder ser
positivo ou negativo;
Exemplo de erros acidentais:
Inclinao da baliza na hora de realizar a medida;
Erro de pontaria na leitura de direes horizontais.
Erros de Observao
Erros Grosseiros
Causados por engano na medio, leitura errada nos
instrumentos, identificao de alvo, etc.,
Normalmente relacionados com a desateno do
observador ou uma falha no equipamento.
A repetio de leituras uma forma de evitar erros grosseiros.

Alguns exemplos de erros grosseiros:


Anotar 196 ao invs de 169;
Engano na contagem de lances durante a medio de
uma distncia com trena.
EXERCCIO
PRTICO

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