Livro - Delta Do Parnaíba - Completo
Livro - Delta Do Parnaíba - Completo
Livro - Delta Do Parnaíba - Completo
Cadeia produtiva
da pesca no interior do
Delta do Parnaíba
e área marinha adjacente
COORDENAÇÃO DA PESQUISA
Alexandre Holanda Sampaio
(Professor UFC – Departamento de Engenharia de Pesca)
COLABORADORES
Oscarina V. Sousa
(Professor UFC – Instituto de Ciências do Mar)
Katiane Barbosa Guimarães
(Bolsita DTI - Engenheira de Pesca UFC)
Anísio Pereira Neto
(Bolsita DTI – Engenheiro de Pesca UFPI)
BOLSISTAS
Alessandra Oliveira Vasconcelos
(Bolsita ITI – Engenharia de Pesca UFPI)
Tiago Bruno Sales Paiva
(Bolsita ITI – Engenharia de Pesca UFPI)
Victor Monteiro
(Bolsita ITI – Engenharia de Pesca UFPI)
ESTUDANTES VOLUNTÁRIOS
Moacir Ramos dos Santos
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
Nickoly Maria Veras dos Santos
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
João Venceslau Lopes Netto
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
José Rafael Fonseca
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
Darlan Alves Rodrigues
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
Ítalo Nascimento
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
Luiz Gustavo do Nascimento Oliveira
(Estudante de Engenharia de Pesca UFPI)
Alessandra Cristina da Silva Farias
Antonio Adauto Fonteles Filho
Carlos Tassito Corrêa Ivo
Cezar Augusto Freire Fernandes
Francisca Edna de Andrade Cunha
Cadeia produtiva
da pesca no interior do
Delta do Parnaíba
e área marinha adjacente
Fortaleza
2015
Cadeia produtiva da pesca no interior do Delta do Parnaíba e área marinha adjacente
Copyrigth © 2015 by Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho,
Carlos Tassito Corrêa Ivo, Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha.
Revisão de textos:
Autores
Ficha Catalográfica:
Bibliotecária Nadsa Maria Araújo Cid
Impressão:
RDS Gráfica e Editora
ISBN: 978-85-7997-144-0
CDD 333.955 54
AGRADECIMENTOS
José Gerardo
(Professor Engenharia de Pesca UFPI)
Michelle Vetorelli
(Professor Engenharia de Pesca UFPI)
Paterson Araújo
(Empresário do ramo turístico)
10
INTRODUÇÃO GERAL
11
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
a b
c d
e f
g h
Figura 1.1 - Principais representantes da categoria “peixes” na produção pesqueira do Delta do
Parnaíba. a – serra, Scomberomorus brasiliensis; b – cururuca, Micropogonias furnieri; c – bonito,
Euthynnus alleterattus; d – bagre-cangatan, Aspistor quadriscutis; e – bagre-uritinga, Sciades proops;
f - ariacó. Lutjanus synagris; g - raia – Dasyatis guttata; h - robalo-flecha, Centropomus undecimalis.
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INTRODUÇÃO GERAL
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 1.3 – Ostras do gênero Crassostrea em seu ambiente natural no Delta do Parnaíba.
14
INTRODUÇÃO GERAL
Figura 1.4 – Espécies de ostra que compõem a produção pesqueira no Delta do Parnaíba: (a) ostra-
-de-pedra (Crassostrea brasiliana) e (b) ostra-de-raiz (Crassostrea rhizophorae). Foto: Beto Oliveira.
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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INTRODUÇÃO GERAL
Caranguejo-uçá
Camarão 17%
20%
Ostra
3%
Peixe
60%
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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INTRODUÇÃO GERAL
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
20
INTRODUÇÃO GERAL
21
CAPÍTULO DESCRIÇÃO DA ÁREA DE
II
ESTUDO
ano todo é o cenário com que se depara o turista. Trata-se de uma área
formada por uma série de baías e estuários ligados por canais naturais
através dos manguezais (Figura 2.1), e se origina num ponto em que o
fluxo do rio se bifurca para formar dois braços, Igaraçu e Santa Rosa.
Desse processo resultam igarapés que vão, entremeados a inúmeras ilhas,
terminar no oceano por meio de cinco grandes bocas com o seguinte po-
sicionamento de leste para oeste: Tutóia, Melanciera (também chamada
de Carrapato), Ilha do Caju, Ilha das Canárias e Igaraçu. O Santa Rosa se
situa no Maranhão e se extende por 90 km; o Canárias fica na divisa Piauí/
Maranhão e tem extensão de 28 km; o Igaraçu situa-se no Piauí e separa a
Ilha Grande de Santa Isabel do continente, com extensão de 32 km.
Baia da Melancieira
Braço 4
OCEANO ATLÂNTICO
do Delta
Braço 5 Baia do Caju
do Delta Ilha Grande
do Paulino Braço 3
Baia do Feijão Bravo
Baia de Tutóia do Delta
dos
IIha do IIhaldros Baia das Canárias
Ilha do Caju Caiçara Po Braço 2 do Delta
Tutóia Papagaio Ilha das
Canárias Pontal
l
So
Ba Jesu do
Ilha do
açu
ra
Igoronhon Ilha Grande
Bo Ped
ia d s
gar
de Sta. Izabel oI
Ilha do
m
Braço 1
Barracoa do Delta
Água Doce Ilha do Tatus
CARNAUBEIRAS Manguinho
LUIS CORREIA
N. Sra. da Ilha de
Sta. Cruz Morro da
CONCEIÇÃO Mariana
çu
PARNAÍBA
ra
ARAIOSES
ga
oI
Ri
Figura 2.1 – Mapa do Delta do Parnaíba, nos estados do Piauí e Maranhão, com destaque para suas
ilhas principais.
24
42°10’0’’W 42°50’0’’W 41°50’0’’W
2°40’0’’S
2°40’0’’S
ILHA DO
CAJU
Ilha das Ilha dos
ILHA GRANDE Axixá Porto da
DO PAULINO Barreiras Poldros Poldros
Caiçara
Morro do Meio
Porto do Caiçara Porto do
AxixaILHA DAS CANÁRIAS Passarinho
TUTÓIA Ilha do Ilha da
PORTO Ilha do Torto Passarinho Canárias
TUTÓIA Ilha do Papagaio Desgraça
Enforcado Ilha do Ilha da
Ilha do João Coroatá Carrapato
Ilha da Trindade
Pachilar Correia Ilha das Ilha do
Pombas Caieira Ilha do Ilha do ILHA GRANDE
Igoronhon Ilha das Bagre Assado Ilha do Serrote SANTA ISABEL
Porto de Areia Graças Guara
Ilha do Ilha Croatá Ilha do
Estiva Ilha do São Bernardo Ilha da de Dentro Ilha das Ilha do Guirindó
25
Raimundo Torquato Ignez Porto do Barrocas Cardoso
Bom Gosto Porto de Bolacha PORTO DOS
Cajueiro Guajuru Água DocePedrinhas Barreirinha
Cajazeiras Ilha das TATUS
ÁGUA DOCE Bolacha Carnaubeiras Ilha do Batatas
2°50’0’’S
2°50’0’’S
Figura 2.2 - Mapa geral do Delta do Parnaíba, no qual se inclui as Zonas 1 e 2, relativas a distribuição dos desembarques de pescado.
dos recursos pesqueiros capturados pela frota artesanal. (Figura 2.2).
desembarcada principalmente no Porto dos Tatus, ponto de escoamento
MAPA GERAL
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DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
600 40,0
P %DP/MA 35,0
500
30,0 Proporção delta/MA (%)
400
Produção (t)
25,0
300 20,0
15,0
200
10,0
100
5,0
0 0,0
Bonito
Cavala
Serra
Tainha
Enchova
Sardinha
Cação
Beijupirá
Tibiro
Guarajuba
Uriacica
Xaréu
Arraia
Bgre
Bandeirado
Bagre cabeçudo
Camurim
Bagre-cangatá
Carapeba
Corvina
Cururuca
Gurijuba
Pacamão
Peixe-pedra
Pescada-amarela
Pescada-branca
Pescada-gó
Sirigado
Uritinga
Espécies
Figura 2.4 – Produção das principais espécies de peixes capturados no Delta do Parnaíba, em termos
absolutos e como proporção da produção total no estado do Maranhão, no período 1999 – 2006.
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Espécies Pelágicas
Bonito: janeiro-março/junho
Cavala: janeiro-maio
Serra: fevereiro-junho
Tainha: janeiro/abril/agosto/novembro-dezembro
Uriacica: abril/julho-dezembro
Espécies Demersais
Raias: maio-setembro
Bagres: janeiro/março-junho
Bandeirado: janeiro/março/junho-julho
Cangatan: maio-julho/setembro/novembro
Corvina: março-agosto
Cururuca: fevereiro-março/julho-setembro
Gurijuba: janeiro-março/junho
Pescada-amarela: junho-julho
30
DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Pescada-branca: janeiro-março/novembro-dezembro
Pescada-gó: abril-agosto
Uritinga: janeiro-março/novembro
Tabela 2.1 – Época de safra das principais espécies de peixes pelágicos e demersais do
Maranhão (valores mensais da produção calculados como proporção das respectivas
médias), no período 1999 – 2006.
Espécies Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
PELÁGICO
Bonito 1,76 1,35 1,89 1,02 0,71 1,14 0,67 0,93 0,46 0,63 0,82 0,63
Cavala 2,24 1,40 1,12 1,27 1,41 0,95 0,47 0,66 0,51 0,71 0,79 0,47
Serra 0,77 1,33 1,80 1,06 1,81 1,69 0,70 0,60 0,56 0,55 0,52 0,62
Tainha 1,06 0,97 0,87 1,05 0,89 1,01 0,97 1,03 0,94 0,98 1,21 1,02
Uriacica 0,91 0,62 0,87 1,08 0,51 0,95 1,06 1,20 1,18 1,10 1,34 1,18
Média 1,01 1,07 1,29 1,03 1,23 1,27 0,95 0,88 0,79 0,78 0,89 0,80
DEMERSAL
Raia 0,65 0,63 0,86 0,71 1,57 1,25 2,21 1,05 1,11 0,71 0,67 0,59
Bagre 1,10 0,87 1,09 1,22 1,41 1,24 1,00 0,75 0,78 0,70 0,91 0,93
Bandeirao 1,14 0,88 1,09 0,86 0,99 1,34 1,19 0,82 0,98 0,95 0,96 0,81
Cangatan 0,81 0,69 1,00 0,99 1,04 1,24 1,08 0,97 1,17 0,99 1,09 0,92
Corvina 0,90 0,79 1,12 1,32 1,16 1,08 1,12 1,08 0,92 0,89 0,77 0,86
Cururuca 0,84 1,19 1,81 0,88 0,54 0,70 1,11 1,06 1,22 0,92 0,90 0,84
Gurijuba 1,85 1,09 2,52 0,77 0,59 1,22 0,82 0,70 0,62 0,44 0,84 0,54
P. Amarela 0,81 0,76 0,86 1,00 0,96 1,86 1,30 1,00 0,86 0,75 0,94 0,90
P. Branca 1,62 1,44 1,30 0,84 0,60 0,73 0,69 0,79 0,74 0,90 1,09 1,26
Pescada-gó 0,75 0,75 0,97 1,25 1,47 1,21 1,31 1,09 0,91 0,76 0,94 0,59
Uritinga 1,16 1,18 1,13 0,92 1,04 1,02 0,81 0,99 0,89 0,96 1,06 0,84
Média 0,95 0,86 1,08 1,07 1,13 1,29 1,16 0,96 0,92 0,83 0,93 0,83
31
CAPÍTULO
FATORES DA PRODUÇÃO:
III PESCADOR
34
FATORES DA PRODUÇÃO: PESCADOR
25,0
20,0
15,0
(%)
10,0
5,0
0,0
15-20 20-25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 50-55 55-60 60-65 65-70 70-75 75-80
Idade (anos)
Figura 3.2 - Estrutura etária do contingente de pescadores de peixe em atuação no Delta do Parnaíba.
25
20
15
(%)
10
0
15-20 20-25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 50-55 55-60 60-65
Idade (anos)
40,0
35,0
30,0
25,0
(%)
20,0
15,0 Figura 3.4 - Estrutura etária
10,0 do contingente de pesca-
5,0 dores de camarões, Macro-
0,0 brachium sp., em atuação
15-25 25-35 35-45 45-55 55-65 65-75 no Delta do Parnaíba.
Idade (anos)
35
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
25,0
20,0
15,0
(%)
10,0
5,0
0,0
15-20 20-25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 50-55 55-60
Idade (anos)
36
FATORES DA PRODUÇÃO: PESCADOR
(%)
10,0
pesca de peixe é pouco signifi-
cativa, sendo os intervalos de 5,0
15,0
tante significativa (Figura 3.6a). 10,0
Os pescadores de peixe são fi- 5,0
liados à Colônia, um pouco 0,0
1-10 10-20 20-30 30-40 40-50
mais da metade recebem o se- Tempo de trabalho (anos)
guro desemprego e possuem
40,0
carteira de pescador como do-
35,0
c
cumento básico para o exer-
cício da profissão. Por sua vez, 30,0
20,0
37
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
38
FATORES DA PRODUÇÃO: PESCADOR
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
40
FATORES DA PRODUÇÃO: PESCADOR
41
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
42
CAPÍTULO FATORES DA PRODUÇÃO:
IV EMBARCAÇÃO
a
Figura 4.1 – Embarcações pesqueiras usa-
das na região do Delta: a) canoa com pro-
pulsão a vela;
b
b) canoa com propulsão por motor-de-rabeta.
44
FATORES DA PRODUÇÃO: EMBARCAÇÃO
45
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
2) Biana – essa canoa tem a mesma proa chata que o boião, mas
difere deste pelo maior porte (5,5 – 9,0 metros) e pelo fato de possuir
uma curvatura longitudinal menor e uma pequena quilha de seção
triangular, adaptada para pescarias em mar aberto (Figura 4.3). As se-
ções no fundo são mais chatas do que aquelas encontradas no bote. As
46
FATORES DA PRODUÇÃO: EMBARCAÇÃO
bianas maiores podem ter seções mais largas, terminando num amplo
espelho de popa e normalmente são fechadas com convés e munidas
de um porão isolado, para peixe, com capacidade de 1,5 a 2,5 t de gelo.
Opera sob os meios de propulsão a vela ou a motor, fator que deter-
mina a duração da viagem de pesca, raio de ação da pescaria, compri-
mento da embarcação, duração da viagem de pesca e capacidade de
estocagem de pescado. Esse tipo de embarcação pode ser construído
com convés aberto ou fechado: as bianas abertas, geralmente são me-
nores e variam de 5 a 6 metros, com motores de até 18 HP e a esto-
cagem do pescado é feita em caixas geleiras isotérmicas sobre o convés;
as fechadas têm comprimento de 7 - 9 metros e motores de 18 a 36 HP
e utilizam urnas geleiras internas com capacidade para estocar até
1.500 kg de pescado.
47
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 4.5 – Exemplares de lancha motorizada utilizado em pescarias de peixe na plataforma interna
adjacente ao Delta do Parnaíba.
48
FATORES DA PRODUÇÃO: EMBARCAÇÃO
49
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Tabela 4.1 – Valores anuais sobre a produção, esforço de pesca e índices de rendimento
por embarcações veleiras e motorizadas nos municípios de Tutóia, Araioses, Ilha Grande
e Parnaíba, como médias do periodo 1999-2006 (fonte: IBAMA, 2008).
Produção Esforço Rendimento
Município Embarcação
(kg) (emb.) (kg/emb.)
Tutoia Lancha de madeira 565,0 37 15,410
Biana motorizada 54,6 14 3,998
Canoa a remo 194,2 94 2,059
Canoa a vela 1012,6 382 2,653
Canoa a motor 70,1 9 7,507
Total 1896,5 535 3,545
Araioses Lancha de madeira 129,5 10 12,950
Biana motorizada 10,4 1 15,550
Canoa a remo 30,8 17 1,850
Canoa a vela 742,5 280 2,649
Canoa a motor 691,8 43 16,215
Total 1605,0 350 4,586
Ilha Grande Canoa 104,6 36 2,916
Lancha pequena 349,9 8 45,148
Lancha média 416,3 11 39,650
Lancha grande 189,5 1 189,457
Total 1060,4 56 18,934
Parnaíba Canoa 98,6 29 3,399
Lancha pequena 7,7 1 12,320
Lancha média 249,7 24 10,513
Lancha grande 7,8 1 13,700
Total 364,0 56 6,500
50
FATORES DA PRODUÇÃO: EMBARCAÇÃO
51
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
52
CAPÍTULO FATORES DA PRODUÇÃO:
V APETRECHO DE PESCA
Rede-de-espera
Sinalização
Bóias
Chumbadas
54
FATORES DA PRODUÇÃO: APETRECHOS DE PESCA
55
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Linha-grozeira
Linha de Linha
bóia principal
linha
secundária
Anzol
Garatéia
Figura 5.2 – Desenho esquemático da linha-grozeira ressaltando a posição das bóias, das linhas se-
cundárias dos anzóis iscados, utilizada no Delta do Parnaíba.
56
FATORES DA PRODUÇÃO: APETRECHOS DE PESCA
57
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
58
FATORES DA PRODUÇÃO: APETRECHOS DE PESCA
Figura 5.4 – Modus operandi do apetrecho arrastão-de-praia em pescaria de peixe no Delta do Parnaíba.
59
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 5.6 - Aspecto geral de um curral para captura de peixes, em operação no Delta do Parnaíba.
60
FATORES DA PRODUÇÃO: APETRECHOS DE PESCA
Figura 5.7 - Aspecto geral de uma zangaria para captura de peixes, em operação no Delta do Parnaíba.
61
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 5.8 - Características do jiqui utilizado para captura de camarões no Delta do Parnaíba.
Comprimento 80 cm
62
FATORES DA PRODUÇÃO: APETRECHOS DE PESCA
Figura 5.10 - Jereré, armadilha móvel para captura do siri no Delta do Parnaíba.
63
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
64
A CATA DO
CAPÍTULO
VI
CARANGUEJO-UÇÁ NO
DELTA DO PARNAÍBA
6.1 Introdução
66
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
Família Ocypodidae,
Subfamília Ocypodinae
Gênero Ucides
Espécie Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) – Figura 6.1.
67
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
U. cordatus cordatus/
U. cordatus occidentalis
U. cordatus cordatus/
U. cordatus occidentalis
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A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 6.3 – (a) área de mangue de maior inundação mostrando fauna mais frequente de mangue ver-
melho e (b) área de mangue de maior inundação mostrando fauna mais frequente de mangue branco.
70
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
CC
LC
71
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
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A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
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Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
80
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
25
20
Porcentagem
15
10
0
17,5 27,5 37,5 47,5 57,5
81
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
40
30
Porcentagem
20
10
Figura 6.7 – Frequência relativa do con-
tingente de catadores de caranguejo-
0 -uçá (Ucides cordatus), de acordo com
5 15 25 35 o tempo de dedicação a essa atividade
no Delta do Parnaíba.
Tempo de trabalho (anos)
82
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
83
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 6.7 – Catador de caranguejo no momento da cata: (a) procurando a melhor posição para
a introdução do braço na toca; (b) com o braço dentro da toca; (c) segurando o caranguejo após
retirá-lo da toca e mostrando o cambito; (d) limpando o caranguejo capturado.
84
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
85
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Delta retornando ao porto por volta das 19 horas (Figura 6.10). As pe-
quenas embarcações trazem a produção dos catadores até as embarca-
ções de médio porte, encontrando-as em locais previamente acertados
no interior do delta. Os catadores guardam elevado grau de fidelidade
com os mestres das embarcações de médio porte garantindo-lhes a en-
trega de sua produção; em troca de sua fidelidade é comum os atraves-
sadores adiantarem numerários aos caranguejeiros por conta de pro-
duções futuras quando estes estão em dificuldade, por exemplo, sem
recurso para a compra de combustível para o barco, e, comumente
prestarem algum tipo de ajuda ao catador e seus familiares, a exemplo
do transporte de pessoas e materiais diversos, entre o porto dos Tatus
e o local de moradia do catador de caranguejo-uçá.
86
42°10’0’’W 42°50’0’’W 41°50’0’’W
2°40’0’’S
2°40’0’’S
ILHA DO
CAJU
Ilha das Ilha dos
ILHA GRANDE Barreiras Poldros Poldros
DO PAULINO
Morro do Meio
ILHA DASCANÁRIAS
TUTÓIA
PORTO Ilha da Torto
Desgraça Passarinho Canárias
TUTÓIA Ilha do Porto Melado (Torto) Ilha da
Carrapato Trindade
Ilha do Periquito
Igoronhon Ilha do Ilha do ILHA GRANDE
Bagre Assado Ilha do Serrote SANTA ISABEL
Guara
Ilha do Ilha do
São Bernardo
87
Ilha das Ilha do
Barrocas Cardoso Guirindó
PORTO DOS
Ilha das TATUS
ÁGUA DOCE Carnaubeiras Lamarão
Ilha do Batatas
2°50’0’’S
2°50’0’’S
Figura 6.10 - Mapa da rota seguida pelos catadores do caranguejo-uçá, Ucides cordatus, no Delta do Parnaíba.
MAPA rota
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
88
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
Figura 6.11 – Caranguejeiro no interior do manguezal: (a) catador posicionado entre as raízes do
mangue; (b) aguardando o barqueiro para transportá-lo ao local de comercialização do caranguejo.
89
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
90
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
91
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
a
Figura 6.12 – Transporte de caranguejo-
-uçá: (a) Disposição do amarrado no
convés da embarcação; (b) medição de
caranguejo-uçá.
92
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
93
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
94
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
95
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
96
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
300
Número de caranguejos
250
200
150
100
50
0
60,5 64,5 68,5 72,5 76,5 80,5 84,5 88,5 92,5 96,5 100,5
Largura cefalotoráxica (mm)
25
nova
Frequência relativa (%)
20
cheia
15
minguante
10
0
60 65 70 75 80 85 90 95 100
Largura cefalotoráx (mm)
97
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
98
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
99
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
a
Figura 6.19 – Seleção do caranguejo-uçá: (a)
produto selecionado para comercialização;
(b) indivíduos acomodados em basquetas
para transporte. b
100
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
Total Sudeste
12000
x Nordeste Norte
10000
Produção (toneladas)
8000
6000
x
x x x x
4000
x
2000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007
Anos
Figura 6.20 - Produção nacional e regional de caranguejo-uçá, para o período 2002 - 2007
(fonte: IBAMA, 2011).
101
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
16
14
Produção anual (103 t)
12
10
4
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Anos
Figura 6.21 – Comportamento da produção anual do caranguejo-uçá no Brasil de 1994 a 2007 (fonte:
IBAMA, 2011).
102
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
6000,0
5000,0
Produção (toneladas)
4000,0
3000,0
2000,0
1000,0
0,0
rá o uí hia íba as e e o o s
ort buc aul ona eir
o
Pa anhã Pia Ba ra go gip
ra Pa Ala Ser do N nam São P maz e Jan
M G. Pe
r A od
Ri
R.
Estados
Figura 6.22 – Produção anual do caranguejo-uçá no Brasil, por estado (fonte: IBAMA, 2011).
103
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
120 400
Produção (nº de cordas x 1000)
Produção Pluviosidade
350
100
300
Pluviosidade (mm)
80 250
60 200
150
40
100
20 50
0 0
out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
Meses
Figura 6.23 – Valores da produção controlada (número de cordas) desembarcada no Porto dos
Tatus e pluviosidade (mm) na região do Delta do Parnaíba no período outubro/2013 – setem-
bro/2014.
104
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
- 150.936 kg com média de 55.391 kg, para uma produção total contro-
lada de 664.691 kg (Figura 6.25).
80
Desembarque (nº de cordas x 1.000)
70
60
50
40
30
20
10
0
o s e o s s a o o o ó l u a a a o i a o
uit oldo Doc nard beira nária irinh ond aleg squit irind Ponta Biri gueir birab Galç Tort Podo Curic rinh
riq P re au Ca rre imb G u Gu n a ssa
Pe B rn Ba Mar M Ma Gu Pa
São Ca
Localidades
Figura 6.24 – Desembarque de caranguejo-uçá no Porto dos Tatus por localidade de origem da produção.
160
140
Produção (kg de caranguejos x 1000)
120
100
80
60
40
20
0
out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
Meses
Figura 6.25 – Produção controlada mensal do caranguejo-uçá no Delta do Parnaíba.
105
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
160 8,0
Nº de caranguejos (x 1000)
140 7,0
Nº de catadores (x 1000)
120 Série 1 Série 2 6,0
100 5,0
80 4,0
60 3,0
40 2,0
20 1,0
0 0,0
out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
Meses
mês out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
Produção 754.682,6 211.737,6 418.039,2 178.797,6 253.814,4 56.649,6 296.193,6 185.241,6 177.602,4 202.910,4 154.504,8 433.281,6
Esforço 7.106,2 1.993,8 3.936,3 1.683,6 2.390,0 533,4 2.789,0 1.744,3 1.672,3 1.910,6 1.454,8 4.079,9
Figura 6.26 – Variação da produção e esforço mensal do caranguejo-uçá no interior do Delta, desem-
barcado no Porto dos Tatus.
106
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
700
800.000
600
600.000 500
400
400.000
300
200
200.000
100
0 0
Nova crescente cheia minguante
Fases da lua
Figura 6.27 – Valores da produção desembarcada no Porto dos Tatus e esforço por fase da lua no
interior do Delta.
107
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
108
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
109
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
110
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
111
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
112
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
produz 17,1 cordas por dia de trabalho que gera uma receita de
R$ 47,84. Nos 44 desembarques com produção no estado do Piauí em
média 4,6 catadores produziram 78,5 cordas de caranguejo por dia de
trabalho com duração de 5,0 horas por dia e venderam a corda por
R$ 2,63. A média de corda/catador foi de 17,1 gerando uma receita
média de R$ 45,00 por dia de trabalho. Não se observa diferença no
número de cordas por catador obtido nos dois estados com pequena
diferença na receita obtida com leve superioridade para os catadores
do Maranhão, devido ao melhor preço de venda.
Na tentativa de se conhecer o efeito da fase da lua sobre a pro-
dução de caranguejo-uçá foi controlada a produção de 52 embarcações
nas fases da lua cheia, minguante e nova (Tabela 6.7), toda ela prove-
niente do delta maranhense.
113
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
114
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
115
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
116
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
117
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
118
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
119
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Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
120
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
6.7 Processamento/beneficiamento
121
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Figura 6.28 – Processamento: (a) cozinheiro matando um caranguejo; (b) catado resultando do
beneficiamento.
122
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
123
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
124
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
Fase 1
Tem início quando um grupo de até 8 caranguejeiros se desloca
em embarcações motorizadas de pequeno porte no interior do Delta
até atingir as camboas onde teoricamente estão as áreas de maior pro-
dutividade de caranguejo (Figura 6.30). Nesse ponto os caranguejeiros
125
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Ilha Grande do
Paulino Ilha do
Caju Ilha dos
Ilha das Canárias Poldros
Tutóia
Ilha Grande
Santa Isabel
Figura 6.30 – Distribuição espacial dos principais pontos de coleta manual do caranguejo-uçá, Ucides
cordatus, no Delta do Parnaíba.
Fase 2
As embarcações retornam ao interior do Delta, e, a partir daí
tomam duas direções: (1) deslocam-se para pequenos cais no Delta ou
mais comumente para o Porto dos Tatus (principal porto de desem-
barque), onde comercializam sua produção e (2) encontram-se com
embarcações motorizadas de médio porte no interior do Delta para a
venda do caranguejo; estas embarcações levam o produto da compra
para o Porto dos Tatus. Nas duas oportunidades aparece a figura do
Primeiro Atravessador (ATR-1). Seja nos pequenos portos ou nas em-
126
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
Tutoia
Araioses
Delta do Parnaíba
127
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Fase 3
Do Porto dos Tatus, parte do caranguejo que ali é aportado (em
geral os menores indivíduos) é direcionada para beneficiamento; pro-
dução de carne e patinha. Esses produtos são trazidos novamente para
o Porto e exportados ou vendidos para consumidores locais, principal-
mente de Parnaíba e Luiz Correia. Neste ponto surge a figura do
Segundo Atavessador (ATR-2). Do Porto dos Tatus o caranguejo do
Delta do Parnaíba e seus derivados são exportados, em geral pelo
ATR-1 para algumas localidades no Piauí (Parnaíba, Luis Correia e
Teresina) e no Ceará (Fortaleza), esta a maior consumidora de caran-
guejo-uçá do Delta, seguida por Teresina. Nas cidades de Luis Correia
e Parnaíba surge um Terceiro Atravessador (ATR-3) que distribui o ca-
ranguejo e seus derivados para barracas, bares e restaurantes, e, ainda
para venda em pontos fixos das cidades.
Vendedores
Carne ATR-1
Luiz Correia locais
Patinhas ATR-2 ATR-3
ATR-2 ATR-1 Parnaíba Bares
Restaurantes
ATR-1 Fortaleza
ATR-1
Teresina
Porto dos Tatus
128
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
Fase 4
Nas cidades receptoras de Fortaleza e Teresina o caranguejo-uçá,
ainda vivo, e seus derivados, em geral enviado pelo ATR-1, é recebido e
comercializado pelo Quarto Atravessador (ATR-4) para barracas, restau-
rantes e bares em Fortaleza, na região de praia e restaurantes do subúrbio
e para restaurantes em Teresina; em Fortaleza e Teresina os caranguejos
também são enviados para comercialização pelo Quinto Atravessador
(ATR-5) em pontos fixos das cidades receptoras. Os proprietários dos
estabelecimentos comerciais são responsáveis pela preparação das igua-
rias do caranguejo-uçá servidas ao consumidor final. Em Fortaleza o ca-
ranguejo preparado e não comercializado tem 2 destinos: (1) armaze-
nado em freezer ou câmara frigorífica para oportunamente ser servido e
(2) liberado para beneficiamento com produção de carne e patinha.
Barraca
Fortaleza ATR-5
Consumidor
Restaurante final
ATR-1 Cidade
ATR-4
receptora
Bar
Congelamento
Beneficiamento
Teresina ATR-5 Restaurante
Vendedores
fixos
129
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
6.9.2.2 Ecológicos
•• Recuperar e conservar os manguezais e os ecossistemas asso-
ciados; Promover a utilização sustentável desses ecossistemas.
6.9.2.3 Sociais
•• Manter a pesca do caranguejo-uçá em níveis aceitáveis de tra-
balho e de renda; Melhorar a qualidade de vida dos dependentes
do recurso; Reduzir os conflitos socioambientais;
•• Proposta de Gestão para o Uso Sustentável do Caranguejo-uçá
nas Regiões Norte e Nordeste;
•• Promover o fortalecimento da organização social das comuni-
dades dos pescadores envolvidos com o recurso; Integrar os atores
sociais no processo de gestão participativa dos recursos e Aumentar
o nível de escolaridade da população envolvida no processo;
•• Buscar o rendimento máximo econômico da pescaria sem, con-
tudo, comprometer a recuperação do recurso e a sustentabili-
130
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
6.9.3.1 Biológico-pesqueiros
• Manter a medida de tamanho mínimo de captura, de 6 cm de
largura da cefalotórax, estabelecida na legislação em vigor; Manter,
além dos métodos de braceamento e tapeamento, os petrechos
cambito e gancho, já permitidos pela legislação em vigor. Manter a
paralisação da captura nos períodos de andada nos meses de ja-
neiro, fevereiro e março.
6.9.3.2 Ecológicos
• Incentivar a criação de reservas extrativistas; Desenvolver es-
tratégias de manejo de áreas de exploração; Desenvolver estudos
para a definição de áreas de exclusão da pesca.
6.9.3.3 Sociais
• Buscar alternativas de trabalho e de renda; Interromper a de-
pleção dos estoques e manter a sustentabilidade da cata; Não per-
131
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
132
A CATA DO CARANGUEJO-UÇÁ NO DELTA DO PARNAÍBA
6.9.6 Pesquisas
•• Elaborar e manter um programa de pesquisa e de monitora-
mento para a obtenção dos melhores dados científicos para sub-
sidiar a implantação e a execução do plano de gestão; Incentivar
e apoiar pesquisas que abordem os seguintes aspectos:
133
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
- Estudos socioeconômicos;
- Estudos etnoecológicos;
- Diagnóstico das cadeias produtivas;
- Mapeamento das áreas de crescimento, de reprodução e de re-
crutamento da espécie;
- Hábitos alimentares e interações tróficas;
- Dispersão e recrutamento larval;
- Desenvolvimento de tecnologias de pesca e do beneficiamento
do pescado.
134
CAPÍTULO ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE
VII CAPTURA: PEIXES
16.000,0
14.000,0
12.000,0
Produção (Kg)
10.000,0
8.000,0
6.000,0
4.000,0
2.000,0
0,0
Estuarinho Marinho Rio
Ambiente
Figura 7.1 – Produção de peixes por tipo de ambiente no Delta do Rio Parnaíba.
14.000,0
12.000,0
10.000,0
Produção (Kg)
8.000,0
6.000,0
4.000,0
2.000,0
0,0
Camurim Tainha Bagres Corvina Sardião Outros
Espécie
Figura 7.2 – Produção de espécies de peixe com destaque no Delta do Parnaíba, no período outu-
bro/2013 – setembro/2014.
136
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
6000,0
5000,0
Produção (Kg)
4000,0
3000,0
2000,0
1000,0
0,0
Integral Noite Dia
Período de pesca
Figura 7.3 – Produção de peixes em função do tempo de exposição das redes de espera nas pescarias
realizadas no Delta do Rio Parnaíba.
137
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Tutóia
58% Tutóia
79%
Figura 7.4 – Distribuição da produção de peixes Figura 7.5 – Distribuição da produção de peixes cap-
capturados por redes-de-espera nos municípios turados por apetrechos de linha e anzol nos municí-
costeiros onde se encontra o Delta do Parnaíba. pios costeiros onde se encontra o Delta do Parnaíba.
Ilha Grande
0%
Araioses Parnaíba
14% 0%
Tutóia
86%
138
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
25000
20000
Produção (Kg)
15000
10000
5000
0
Rede Grozeira Tarrafa Anzol Landuá
Arte de pesca
Figura 7.7 – Produção de peixe por tipo de apetrecho no interior do Delta do Parnaíba, no
período outubro/2013 – setembro/ 2014.
139
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
14.000
12.000
Produção (Kg)
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
na
im
ais
ião
es
ba
o
bir
ur
aú
gr
pe
m
rd
m
m
Ba
De
/S
Sa
ra
Ti
Ca
Ca
inha
Ta
Espécies
Figura 7.8 – Produção das principais espécies de peixes capturadas com rede-de-espera no Delta
do Parnaíba.
140
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
141
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Malha 7 cm
90 78,5
80
70
Produção (kg)
60 52
50 39,5 39 34,5
40
30 25
22
20 16 13 10 9 8,8 7,7
10 5 4,5 3 2,5
0
lha
Sa o
ião
Ca biro
ba
La ró
ba uca
E a
rá ada
Pa r
ta
a
Su ibu
Co m
M ina
a
ã
inh
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Pe atub
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bi
pis
m
e Co
m
pe
Ve
rd
rv
Ro mb
ru
Ro lo p
Ba fle
Tim
Bu
Ca sp
ad
ca
do
ra
ar
a
lo
Pa
sc
e
gr
Ne
gr
e
Ba
gr
Ba
Malha 12 cm
10000
7675,5
8000
Produção (kg)
6000
4000
2000 1101,5
33,5
0
Robalo flecha Robalo peva Pescada amarela
Figura 7.9 – Produção (kg) por espécies capturadas com rede de emalhar com diferentes aberturas
de malha no Delta do Rio Parnaíba durante o período de outubro de 2013 a setembro de 2014.
142
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
Malha 4 cm
800 743
593,5
600
Produção (kg)
400
200 176
3
0
Deriva Arrasto Rede de Fundo Tapagem
Malha 12 cm
10000 8631
8000
Produção (kg)
6000
4000
2000
0
Deriva
Figura 7.10 – Produção (kg) por técnica de pesca usada com as redes de emalhe com diferentes aber-
turas de malha no Delta do Rio Parnaíba durante o período de outubro de 2013 a setembro de 2014.
143
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
144
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
145
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Malha 4 cm
1000
304,5
800
Produção (kg)
532,5,5
600
400
200 149,5
0
Estuário Marinho Rio
Ambiente de pesca
Malha 12 cm
10000
8810,5
9000
8000
7000
Produção (kg)
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
Estuarino
Ambiente de pesca
Figura 7.11 - Ambiente de pesca em função da variação de comprimento das malhas empregadas
nas redes de emalhe.
146
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
147
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Malha 4 cm
30,00
CPUE (kg/ por pescador)
25,00
25,00
20,00
15,00 13,33 13,77
9,67 10,00
10,00 5,30
3,65 5,06 4,36
5,00 0,63 2,00
0,00
13 /1
3
/1
4 14 /1
4
/1
4 /1
4
/1
4 /1
4
/1
4
/1
4
t/ z v/ ar r ai jul t
ou de jan fe m ab m jun ag
o se
Meses
Malha 11 cm
8,00
7,00
7,00
CPUE (kg/pescador)
6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
2,00
1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
13 13 13 /1
4 14 /1
4 14 /1
4
/1
4 /1
4
/1
4 14
t/ v/ z/ v/ ar r/ ai jul t/
ou no de jan fe m ab m jun ag
o se
Meses
Figura 7-12 - Captura por unidade de esforço (CPUE) em função da variação de comprimento das
malhas empregadas nas redes-de-espera.
148
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
149
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
16.000,0
14.000,0
12.000,0
Produção (Kg)
10.000,0
8.000,0
6.000,0
4.000,0
2.000,0
0,0
Deriva Rede de fundo Arrasto
Tipo de rede
Figura 7.13 – Técnicas de pesca utilizadas com a rede de emalhe para captura de peixes no Delta do
Parnaíba no período de outubro de 2013 a Setembro de 2014.
150
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
3500
3000
2500
Produção (Kg)
2000
1500
1000
500
0
out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
Meses
Figura 7.14 – Produção de peixes capturados com redes de espera no Delta do Parnaíba no período de
outubro de 2013 a setembro de 2014.
151
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Pluviosidade (mm)
300
2500
Produção (Kg)
250
2000
200
1500
150
1000 100
500 50
0 0
t
jun
z
jan
fev
set
ou
o
jul
r
ab
ma
de
ma
no
ag
Meses
Figura 7.15 – Produção mensal das redes-de-espera em função da pluviosidade no Delta do Parnaíba
no período de outubro de 2013 a setembro de 2014.
152
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
vereiro a maio, sinal de que não existe uma pesca dirigida para espé-
cies-alvos, ou seja, não se verifica tendência de concentração espaço-
-temporal do esforço em relação à distribuição dos recursos pesqueiros,
uma característica muito comum em pescarias artesanais de pequena
escala (Figura 7.16).
CPUE (Produção/canoa)
Quantidade de canoas
250,00
14
12 200,00
10
150,00
8
6 100,00
4
50,00
2
0 0,00
t
jun
z
jan
fev
set
ou
o
jul
r
ab
ma
de
ma
no
ag
Meses
Figura 7.16 – Variação mensal do esforço de pesca (número de canoas) e da CPUE (kg/canoa), refe-
rentes à pesca com rede-de-espera realizada no Delta do Parnaíba no período de outubro de 2013 a
setembro 2014.
153
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
180,0
160,0
140,0
120,0
Produção (Kg)
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0,0
a
rro
ró
açú
os
vo
rá
nso
de
dó
l
nta
inh
Bo
Bo
ári
No
an
irin
Mo
Igu
Ga
Po
rac
an
Gr
do
do
Gu
Rio
do
aG
Rio
sC
Rio
rra
Rio
ida
do
éd
Ba
Ca
rra
rap
Ba
Ga
Pontos de pesca
Figura 7.17 – Produção (Kg) de bagres por ponto de pesca utilizando linha-grozeira.
154
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
Pluviosidade (mm)
300
Produção (Kg)
150 250
200
100 150
100
50
50
0 0
t
jun
z
jan
fev
set
ou
o
jul
r
ab
ma
de
ma
no
ag
Meses
Figura 7.19 – Variação mensal da produção de bagres capturados por linha-grozeira e da pluviosidade
no Delta do Parnaíba, no período outubro/2013 – setembro/2014.
155
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
450
400
350
Produção (Kg)
300
250
200
150
100
50
0
Porto dos Tatus Porto dos Morros Porto da Ponte Porto Mãe da Lua
Localidades
156
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
Pluviosidade (mm)
140 350
Produção (Kg)
120 300
100 250
80 200
60 150
40 100
20 50
0 0
t
jun
z
jan
fev
set
ou
o
jul
r
ab
ma
de
ma
no
ag
Meses
250
200
Produção (Kg)
150
100
50
0
ovo
as
utia
de
rá
bo
s
l
nta
tro
nh
ort
Bo
ári
ran
Bra
N
aC
Ou
aci
oC
Po
an
do
G
Rio
Gr
ijão
ia d
sC
Rio
rra
Rio
da
Fe
da
Pra
Ba
Rio
do
rra
rra
Ba
Ba
Ponto de pesca
Figura 7.22 – Produção de bagres em pesqueiros do Delta do Parnaíba.
157
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
500
450
400
Produção (Kg)
350
300
250
200
150
100
50
0
usa
atã
ha
ias
lo
a
ting
ub
eir
lh
are
cin
em
ng
Ve
mb
ruj
nd
Uru
Am
rra
Ca
Jer
Gu
Ba
gra
La
Bo
gre
gre
gre
gre
gre
Ne
gre
gre
gre
Ba
Ba
Ba
Ba
Ba
Ba
Ba
gre
Ba
Ba
Espécies
Figura 7.23 – Composição da produção, por espécies de bagre capturadas com rede-de-espera no
Delta do Parnaíba.
250,0
200,0
Produção (Kg)
150,0
100,0
50,0
0,0
4 4,6 5 6 7 8 9 11
Malha
Figura 7.24 – Produção de bagres de acordo com a abertura das malhas das redes-de-espera.
158
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
450
400
350
300
Produção (Kg)
250
200
150
100
50
0
P. dos P. dos P. Batista Casa P. do Cal P. da P. do
Morros Tatus Pedro Ponte Baixão
Portos
Figura 7.25 – Principais portos que desembarcam a produção (Kg) dos bagres da rede-de-espera.
159
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
50 46
Rede / tarrafa
40
Produção (Kg)
30
Tarrafa / anzol
Tarrafa
20
10
0
out nov dez jan fev mar abr mai jun jul
Meses
Figura 7.26 – Produção (kg) mensal de pescado capturado com tarrafa e pelas associações “tarrafa/
rede” e “tarrafa/anzol”, no período outubro/2013 – julho/2014, no Delta do Parnaíba.
160
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
50
45
40
35
Produção (Kg)
30
25
20
10
5
0
Rio dos Rio dos Rio dos Tatus, Caída do Morro
Morros Tatus Caída do Morro
Locais de Pesca
Figura 7.27 – Produção de peixes capturados com tarrafa em pesqueiros do Delta do Parnaíba.
161
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
162
Tabela 7.2 – Dinâmica das pescarias de peixe em frente a Tutóia, Maranhão no período outubro/2013 – fevereiro/2014.
Produção
Local da Pescaria Desembarque Destino Apetrecho Preço (R$)
(kg)
Barra das Canárias/ Pontal Porto dos Tatus Conceição - Araioses – MA Espera 191,5 10,53
Barra das Canárias/ Pontal Porto das Canárias/Tatus Brasilia-DF Espera 600 14,00
Barra das Canárias/ Pontal Porto dos Morros Comunidade-Ilha Grande Lance 23,5 10,75
Barra das Canárias/ Pontal Porto dos Tatus Comunidade-Ilha Grande Lance 45 10,67
Barra das Canárias Porto dos Tatus Brasília Espera 520 14,00
Barra das Canárias Porto dos Tatus Teresina-PI Espera 400 13,00
Barra das Canárias Porto das Canárias/Tatus Teresina-PI Espera 300 17,00
163
Garapé do Periquito Porto dos Tatus Comunidade – Ilha Grande Lance 18,5 11,67
Barra do Feijão Brabo Porto dos Tatus Comunidade – Ilha Grande Lance 142 10,58
Pontal/Cutia Em Casa Comunidade – Ilha Grande Espera 61 13,71
Baixo do Cutia Em Casa Comunidade - Ilha Espera 5,9 8,67
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
Pontal Porto dos Morros Comunidade - Ilha Lance/ Espera 132 10,00
Pontal Porto dos Tatus Comunidade-Ilha Grande Espera 77 9,50
Rio Novo Porto dos Tatus Comunidade-Ilha Grande Lance 21 11,50
Rio das Canárias Porto dos Tatus Comunidade-Ilha Grande Espera 21 12,50
Barra do Pontal Casa Comercio Local Lance 14 17,00
MÉDIA -- -- -- 160,78 12,19
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
164
42°10’0’’W 42°50’0’’W 41°50’0’’W
2°40’0’’S
2°40’0’’S
ILHA DO
CAJU
Ilha das Ilha dos
ILHA GRANDE Barreiras Poldros Poldros
DO PAULINO
Morro do Meio
ILHA DASCANÁRIAS
TUTÓIA
PORTO Ilha da Torto
Desgraça Passarinho Canárias
TUTÓIA Ilha do Porto Melado (Torto) Ilha da
Carrapato Trindade
Ilha do Periquito ILHA GRANDE
Igoronhon Ilha do Ilha do
Bagre Assado Ilha do Serrote SANTA ISABEL
Guara
Ilha do Ilha do
São Bernardo Ilha das Ilha do
Guirindó
165
Barrocas Cardoso
PORTO DOS
Ilha das TATUS
ÁGUA DOCE Carnaubeiras Lamarão
Ilha do Batatas
2°50’0’’S
2°50’0’’S
0 2,5 5 10 ARAIOSES
km
Figura 7.28 - Mapa de localização dos principais pesqueiros destinados à captura de peixes no Delta do Parnaíba.
MAPA PEIXES
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Produção (Kg)
Principais pesqueiros
Figura 7.29 – Produção de peixes, de acordo com os pesqueiros em que é capturada no Delta
do Parnaíba.
166
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: PEIXES
Produção (Kg)
Portos
Figura 7.30 – Principais destinos primários da produção de peixes capturados no Delta do Parnaíba,
no período outubro/2013 – setembro/2014.
167
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
Produção (Kg)
Localidades
Figura 7.31 - Principais pontos de destino secundário da produção de peixes capturados no Delta do
Parnaíba, no período outubro/2013 – setembro/2014.
Figura 7.32 – Estocagem do pescado capturado com rede-de-espera, antes de sua destinação ao mer-
cado consumidor.
168
ESTRATÉGIA E TÁTICAS
CAPÍTULO
VIII DE CAPTURA: OUTROS
RECURSOS PESQUEIROS
2°40’0’’S
2°40’0’’S
ILHA DO
CAJU
Ilha das Ilha dos
ILHA GRANDE Barreiras Poldros Poldros
DO PAULINO
Morro do Meio
ILHA DASCANÁRIAS
TUTÓIA
PORTO Ilha da Torto
Desgraça Passarinho Canárias
TUTÓIA Ilha do Porto Melado (Torto) Ilha da
Carrapato Trindade
Ilha do Periquito ILHA GRANDE
Igoronhon Ilha do Ilha do
Bagre Assado Ilha do Serrote SANTA ISABEL
Guara
Ilha do Ilha do
São Bernardo Ilha das Ilha do
170
Barrocas Cardoso Guirindó
PORTO DOS
Ilha das TATUS
ÁGUA DOCE Carnaubeiras Lamarão
Ilha do Batatas
2°50’0’’S
2°50’0’’S
Disponível em:https://maps.google.com.br
Recurso Explotados: BRASIL Acesso: 15/08/2015
- Cartas DSG MI-553 e MI-554
Camarão Ostra MA - ICMBio - Mapa RESEX Delta do Parnaíba
PI Organização:
Siri Marisco Janaina Sales Holanda
Figura 8.1 - Mapa de localização dos principais pesqueiros destinados à captura de crustáceos e muluscos no Delta do Parnaíba.
MAPA outros
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
1600 330
300
1400
270
1200 240
Precipitação (mm)
1000 210
Produção
180
800
150
600 120
400 90
60
200 30
0 0
out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
Meses
Figura 8.2 – Variação mensal da produção de camarões do gênero Macrobrachium e do índice pluvio-
métrico, no Delta do Parnaíba, de outubro/2013 a setembro/ 2014.
171
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
85
M. amazonicum M. acanthurus
80
75
Comprimento total (mm)
70
65
60
56
50
45
abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar
Meses
Figura 8.4 - Distrbiuição de comprimento dos camarões de água doce, Macrobrachium amazonicum e
Macrobrachium acanthurus, no Delta do Parnaíba, no período de abril/2014 – março/2015.
172
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
M. acanthurus M. amazonicum
220
200
Número de indivíduos
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar
Meses
Figura 8.5 – Frequência absoluta mensal das espécies de camarão do gênero Macrobrachium, segundo
amostragem da captura no período abril/2014 – março/ 2015, no Delta do Parnaíba.
173
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
com espaço suficientemente estreito para evitar a fuga das espécies e/ou
indivíduos de menor porte através das talas. A parte do jiqui encarregada
da captura dos camarões é chamada de “sangria”, com diâmetro de 6 cm
e em número de duas, sendo cada uma delas colocada na extremidade do
apetrecho e direcionada para a sua parte interna a fim de dificultar ainda
mais o escape dos indivíduos (Figura 8.6). O poder de captura é reforçado
pelo uso do “ralão”, subproduto da extração do óleo do coco-babaçu que
funciona como isca para atrair os camarões (Figura 8.7).
Porta
Boca
Sangria
Comprimento
174
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
175
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
176
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
2500
2000
Produção (Kg)
1500
1000
500
0
o
so
ce
ito
us
s
dó
na
tro
uit
iol
ud
eir
ed
inh
n
Do
qu
at
irin
na
Cr
riq
Ga
Po Zé T
jub
Az
Ou
sT
ac
os
Ba
Gu
Pi
Gr
Ca
do
M
rto
Pontos
Figura 8.10 - Produção de camarões do gênero Macrobrachium conforme estatísticas de desembar-
que no Porto dos Tatus, Delta do Parnaíba, de outubro/ 2013 a setembro/2014.
8.2 Siris
177
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
178
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
Pluviosidade (mm)
Quantidade (Corda)
3000 300
2500 250
2000 200
1500 150
1000 100
500 50
0 0
t
jan
ar
ai
jun
jul
t
ou
se
ab
no
de
fe
ag
m
m
Meses
Figura 8.11 – Variação mensal da produção de siris e da pluviosidade no Delta do Parnaíba, no período
outubro/2013 - setembro/2014.
3500
50
3000
2500 40
2000 30
1500
20
1000
500 10
0 0
o
ão
dó
ito
to
us
ns
un
leg
ed
r
iqu
at
ar
irin
To
Ga
Sa
Az
sT
Ga
m
r
Gu
Pe
La
do
o
Ri
Localidades
179
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
8.3 Ostras
180
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
Pluviosidade (mm)
Produção (Kg)
12000 300
10000 250
8000 200
6000 150
4000 100
2000 50
0 0
t
jan
ar
ai
jun
jul
t
ou
se
ab
no
de
fe
ag
m
m
Meses
45000
40000
35000
Produção (Kg)
30000
25000
20000
15000
10000
5000
0
Chico do Gislanne Naili Riba Toin
Caranguejo I e II
Embarcação
181
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
90000
80000
70000
60000
Produção (Kg)
50000
40000
30000
20000
10000
0
Torto Bareirinha Bareirinha e
Carnaubeira
Localidade
8.4 Marisco
182
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
30000
25000
Produção (Kg)
20000
15000
10000
5000
0
Porto dos Porto dos Porto do Cal Porto do
Tatus Morros Batista Pedro
Portos de desembarque
183
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
12000 400
10000 350
Pluviosidade (mm)
300
8000
250
Peso (Kg)
6000 200
4000 150
100
2000
50
0 0
t
jan
ar
ai
jun
jul
t
ou
se
ab
no
de
fe
ag
m
m
Meses
Figura 8.18 – Produção mensal de marisco relacionada com a pluviosidade.
70
250,00
CPUE (kg/pescador)
60
200,00
50
40 150,00
30
100,00
20
50,00
10
0 0,00
t
ar
ai
t
ju
ou
se
ab
no
de
fe
ja
ju
ag
m
m
Meses
Figura 8.19 – Variação mensal do esforço de pesca e da CPUE referentes à captura do marisco no Delta
do Parnaíba.
184
ESTRATÉGIA E TÁTICAS DE CAPTURA: OUTROS RECURSOS PESQUEIROS
35000 250
30000
200
Nº. de pescadores
25000
Produção (kg)
20000 150
15000 100
10000
50
5000
0 0
A
l
rte
us
l
ro
rá
na
ba
inh
/M
or
Bo
at
Co
na
aia
sT
ac
PI
do
Ba
Go
do
do
Gr
do
a
e
vis
o
a
o
en
Ri
íd
Ri
Di
Ca
Fr
Localidades
Figura 8.20 – Valores da produção e esforço de pesca sobre o marisco em pesqueiros do Delta
do Parnaíba.
185
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
CPUE (kg/pescador)
Nº. de pescadores
200 200,0
150 150,00
100 100,00
50 50,00
0 0,0
A
l
ha
rte
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do
do
Gr
do
a
te
vis
o
a
o
en
Ri
íd
Ri
Di
Ca
Fr
Local
186
CAPÍTULO COMERCIALIZAÇÃO DO
IX PESCADO
9.1 Peixes
Tabela 9.1 – Dados sobre produção (P), frequência (N), índice de rendimento (P/N) e preço de
compra das espécies desembarcadas em Tutóia, no período dezembro/2013 - setembro/2014.
Produção (kg) - P Frequência – N P/N Preço
Espécies
valor % valor % (kg/mês.) (R$/kg)
Serra 37633 28,19 84 12,41 447,3 7,05
Cururuca 29571 22,15 28 4,20 1039,0 4,80
Bonito 24265 18,18 62 9,09 393,5 4,15
Cangatan 9197 6,89 29 4,32 314,0 3,70
Uritinga 6107 4,58 56 8,29 108,6 6,15
Ariacó 5906 4,42 60 8,90 97,9 8,15
Raias 4188 3,14 59 8,73 70,8 2,40
Guarajuba 3907 2,93 36 5,35 107,6 4,90
Tibiro 2865 2,15 44 6,51 64,9 1,75
Cações 1991 1,49 32 4,65 63,1 6,20
Corvina 1772 1,33 10 1,43 182,9 8,00
Cavala 1683 1,26 28 4,06 61,1 9,90
Agulhão 670 0,50 18 2,68 36,8 5,40
Coro-branco 594 0,45 16 2,29 38,3 7,40
Cornuda 502 0,38 16 2,30 32,2 7,60
Xareu 375 0,28 20 2,88 19,2 4,80
Coro-marinheiro 357 0,27 10 1,430 36,8 3,50
Pargo 274 0,21 1 0,15 273,7 3,50
Beijupirá 233 0,17 7 1,10 31,3 7,80
Flamengo 214 0,16 5 0,75 42,2 7,50
Galo 204 0,15 8 1,24 24,2 7,25
Pescadas 171 0,13 9 1,33 19,0 8,75
Paru 147 0,11 4 0,60 35,0 2,85
Cavala-empinge 132 0,10 4 0,64 30,5 10,20
Cambuba 116 0,09 1 0,15 116,0 3,50
Camurim 86 0,06 8 1,23 10,3 10,90
Carapeba 80 0,06 10 1,42 8,3 4,00
Camurupim 74 0,06 2 0,29 37,0 7,00
Enchova 68 0,05 3 0,47 21,5 10,00
Dourado 46 0,03 5 0,80 8,4 5,80
Cavalinha 35 0,03 1 0,16 32,0 4,00
Lixa 24 0,02 1 0,15 24,0 3,00
MÉDIA 133486 100,00 678 100,00 196,8 5,50
188
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
80
70
60
% da produção
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6
Grupos
Figura 9.1 – Variação da produção dos seis grupos de espécies desembarcadas no terminal pesqueiro
de Tutóia, e sujeitas a 1ª comercialização, no período dezembro/2013 – setembro/2014.
189
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
50
45
35
Frequência de entrada
30
25
20
15
10
0
1 2 3 4 5
Grupos
Figura 9.2 – Variação da frequência de desembarque dos cinco grupos de espécies no terminal pes
queiro de Tutóia e sujeitas a 1ª comercialização, no período dezembro/2013 – setembro/2014.
190
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
tinga, guarajuba e ariacó (122,6 kg); grupo 4 –raia, tibiro, cação e cavala
(65,0 kg); grupo 5 - flamengo, coró-branco, camurupim, coró-mari-
nheiro, agulhão, paru, cornuda, beijupirá e cavala-empinge (35,3 kg);
grupo 6 – galo, lixa, enchova, xaréu e pescadas (21,6 kg); e grupo 7 – ro-
balo, dourado e carapeba (9,0 kg) – Figura 9.3.
1.200,0
1.000,0
800,0
% da produção
600,0
400,0
200,0
0,0
1 2 3 4 5 6
Grupos
Figura 9.3 – Variação do rendimento dos seis grupos de espécies desembarcadas no terminal pes
queiro de Tutóia, e sujeitas a 1ª comercialização, no período dezembro/2013 – setembro/2014.
191
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
192
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
300 12,00
Receita Preço
250 10,00
200 8,00
150 6,00
100 4,00
50 2,00
0 0,00
Robalo
Impim
Enchova
Cavala
Pescada
Ariacó
Corvina
Beijupirá
Cornuda
Flamengo
Coro Branco
Galo
Serra
Camurupim
Cação
Uritinga
Dourado
Agulhão
Guarajuba
Xareu
Cururuca
Bonito
Carapeba
Cavalinha
Cangatan
Coró Marinheiro
Pargo
Cambuba
Lixa
Paru
Raia
Tibiro
Figura 9.4 – Variação do preço de compra e receita correspondente das espécies desembarcadas no
terminal Pesqueiro de Tutóia, e sujeitas a 1ª comercialização em seus entrepostos de venda, no pe
ríodo dezembro/2013 – setembro/2014.
193
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
1200,0
1000,0
800,0
Rendimento
600,0
y = 29,88e0,0292x
R2 = 0,3084
400,0
200,0
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Frequência
Figura 9.5 – Equação de regressão entre rendimento e frequência de entrada do pescado no processo
de 1ª comercialização no terminal pesqueiro de Tutóia, no período dezembro/2013 – setembro/2014.
194
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
(10), mas a primeira tem rendimento (182,9 kg/N) 5 vezes maior do que
a segunda (36,8 kg/N) – ver Tabela 9.1.
90
80 y = 9,3027Ln(x) - 38,367
R2 = 0,7453
70
60
Frequência
50
40
30
20
10
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Produção (kg)
Figura 9.6 - Regressão entre frequência de entrada e produção do pescado no processo de 1ª comer-
cialização no terminal pesqueiro de Tutóia, no período dezembro/2013 – setembro/2014.
195
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
600,0
500,0
Índice de Rendimento (kg/N)
400,0
y = 22,85e0,0508x
300,0 R2 = 0,3867
200,0
100,0
0,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Frequência
Figura 9.7 - Regressão entre índice de rendimento e frequência de entrada do pescado no processo
de 1ª comercialização no terminal pesqueiro de Tutóia, no período dezembro/2013 – setembro/2014.
196
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
40 12,00
35
10,00
Produção anual (kg x 1000)
30
20 6,00
15
4,00
10
Produção 2,00
5
Preço
0 0,00
Serra
Curucaca
Bonito
Cangatan
Uritinga
Ariacó
Raia
Guarajuba
Tibiro
Cação
Corvina
Cvala
Agulhão
Coró Branco
Cornuda
Xareu
Marinheiro
Pargo
Beijupirá
Flamengo
Galo
Pescada
Impim
Camurim
Camurupim
Enchova
Dourado
Cavalinha
Espécies
Figura 9.8 - Variação do peso da produção e do preço de 1ª comercialização das espécies de peixe
desembarcadas em Tutóia, no período dezembro/2013 - setembro/2014.
12,00
10,00
Preço de 1ª. comercialização
8,00
y = 7,5448x-0,0381
R2 = 0,0355
6,00
4,00
2,00
0,00
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27
Produção (kg x 1000)
Figura 9.9 - Regressão entre produção e preço de 1ª comercialização do pescado no terminal pes
queiro de Tutóia, no período dezembro/2013 setembro/2014.
197
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
12,00
10,00
Preço de 1ª. comercialização (R$)
8,00
y = 8,1601x-0,0756
R2 = 0,05
6,00
4,00
2,00
0,00
0 200 400 600 800 1000 1200
Índice de rendimento (kg/N)
198
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
Tabela 9.2 – Dados da frequência de entrada (N), e amplitude (A), média (X), desvio-
padrão (DP) e coeficiente de variação (C.V.) do índice de rendimento das espécies
desembarcadas em Tutóia, no período dezembro/2013 - setembro/2014.
Espécie N A (kg) X (kg) DP (kg) C.V. (%)
Agulhão 18 8 – 134 35,9 37,2 103,6
Ariacó 58 5 – 447 96,2 79,3 82,5
Bagre 2 30 – 366 198,0 237,6 120,0
Beijupirá 7 6 – 82 31,4 31,0 98,5
Bonito 62 29 - 2055 387,0 427,5 110,5
Cação 32 7 – 288 65,1 54,1 83,0
Cambuba 1 -- 118,0 -- --
Camurim 8 3 – 22 10,2 6,8 66,1
Camurupim 2 34 – 40 37,0 4,2 11,5
Cangatan 37 10 – 924 297,7 189,3 63,6
Carapeba 3 22 – 34 26,0 6,9 26,6
Cavala 27 3 - 206 62,8 53,9 85,8
Cavalinha 1 -- 32,0 -- --
199
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
9.2 Camarões
O camarão desembarcado no Porto dos Tatus é vendido direta-
mente para os atravessadores, pelo preço de R$ 10,00/kg, num processo
muito rápido, pois logo após o desembarque da captura no “porto”,
esta é levada imediatamente para pesagem e venda. A comercialização
é feita por quilo, com pesagem em uma balança de prato (Figura 9.11)
e a sujeira do produto é mantida para se tentar algum ganho no peso.
Os primeiros compradores (atravessadores) transportam o ca-
marão em caixas plásticas e sacos de nylon até suas residências, onde é
realizado o beneficiamento, que eleva o preço do produto para
R$ 20,00/kg. Numa segunda etapa, o produto processado é transpor-
200
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
9.3 Siri
201
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
202
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
9.4 Ostras
9.5 Marisco
203
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
204
COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO
205
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
multânea das duas quando ocorre uma demanda excepcional pelo pro-
duto. As fases de processamento do gelo são as seguintes:
• A fábrica se abastece com a água de três poços de proprie-
dade do empreendimento.
• Com as duas máquinas em operação simultânea, são gastos
10 mil litros de água por hora, com distribuição destinada a
todo o sistema hidráulico necessário ao funcionamento da
fábrica.
• Grande parte da frota motorizada de Tutóia se abastece de
gelo nessa fábrica, o qual é vendido sob duas modalidades:
(a) no varejo, acondicionado em basquetas de 25 litros ao
preço total de R$ 3,50 e unitário de R$ 0,14/kg; (b) no atacado,
a quantidade de 1.000 kg é vendida por R$ 100,00 com preço
unitário de R$ 0,10/kg.
• No processo de abastecimento dos barcos, o gelo é carreado
do depósito diretamente para o porão de estocagem do pes-
cado através de um cano de PVC, com capacidade de escoa-
mento de 1.000 kg de gelo a cada 3 minutos.
• Fluxograma de fabricação do gelo:
Movimentação
d’água
Caixa d’água
Estocagem
Poço Cisterna Gelo
em Câmara
Caixa d’água
Filtro
Cloro
206
CAPÍTULO PROCESSAMENTO DO
X
PESCADO
Figura 10.1 - Vista parcial de um entreposto para comercialização de pescado no Porto de Tutóia,
Delta do Parnaíba.
208
PROCESSAMENTO DO PESCADO
Quadro 10.1 - Limites estabelecidos pela legislação (RDC nº12 – ANVISA) para peixe
processado in natura resfriado ou congelado não consumido cru.
Parâmetros da
Microrganismo
legislação
Estafilococos coagulase positiva (UFC/g) 103
Salmonella (25 g) Ausência
209
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
210
PROCESSAMENTO DO PESCADO
Figura 10.2 – Processamento das amostras de peixes: a – timbiro, peixe inteiro; b - cururuca, peixe
eviscerado; c - retirada de pele e músculo do timbiro; d - retirada de pele e músculo da cururuca.
211
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
212
PROCESSAMENTO DO PESCADO
213
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
214
PROCESSAMENTO DO PESCADO
215
CAPÍTULO
XI
CONCLUSÕES
218
CONCLUSÕES
219
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
220
CONCLUSÕES
221
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
222
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
224
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
225
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
226
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
227
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
228
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
229
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
230
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
231
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
232
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Ostrensky, A.; Sternhain, U.S.; Brun, E.; Wegbecher F.X. & Pestana, D.
Análise da viabilidade técnico-econômica dos cultivos do caranguejo-
-uçá Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) no litoral paranaense. arq. biol.
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Pacheco, R.S. Aspectos da ecologia de pescadores residentes na Península de
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Pinheiro. M.A.A. Projeto Biologia do caranguejo-uçá Ucides cordatus
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233
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
234
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
235
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
236
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
237
Alessandra Cristina da Silva Farias, Antonio Adauto Fonteles Filho, Carlos Tassito Corrêa Ivo,
Cezar Augusto Freire Fernandes, Francisca Edna de Andrade Cunha
238
GLOSSÁRIO
Execução do Projeto
Departamento de Engenharia de Pesca - Universidade Federal do Ceará
Campus do Pici - Fortaleza, Ceará
Coordenação de Pesquisa
Alexandre Holanda Sampaio
Pesquisadores
Alessandra Cristina da Silva Farias (alesuite@gmail.com)
Antonio Adauto Fonteles Filho (afontele@labomar.ufc.br)
Carlos Tassito Corrêa Ivo (ivoctc@globo.com)
Cezar Augusto Freire Fernandes (cezaraff@hotmail.com)
Francisca Edna de Andrade Cunha (f_edna@yahoo.com.br)
Colofão
Gráfica