O documento discute os métodos e requisitos para o armazenamento adequado do café após a colheita e beneficiamento. O café deve ser armazenado em locais secos, bem ventilados e à sombra para preservar sua qualidade, umidade entre 11-12% e temperatura de 20°C. O café em grão é geralmente armazenado em sacos de juta empilhados, enquanto o café em coco pode ser armazenado a granel em silos com sistema de ventilação.
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O documento discute os métodos e requisitos para o armazenamento adequado do café após a colheita e beneficiamento. O café deve ser armazenado em locais secos, bem ventilados e à sombra para preservar sua qualidade, umidade entre 11-12% e temperatura de 20°C. O café em grão é geralmente armazenado em sacos de juta empilhados, enquanto o café em coco pode ser armazenado a granel em silos com sistema de ventilação.
O documento discute os métodos e requisitos para o armazenamento adequado do café após a colheita e beneficiamento. O café deve ser armazenado em locais secos, bem ventilados e à sombra para preservar sua qualidade, umidade entre 11-12% e temperatura de 20°C. O café em grão é geralmente armazenado em sacos de juta empilhados, enquanto o café em coco pode ser armazenado a granel em silos com sistema de ventilação.
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O documento discute os métodos e requisitos para o armazenamento adequado do café após a colheita e beneficiamento. O café deve ser armazenado em locais secos, bem ventilados e à sombra para preservar sua qualidade, umidade entre 11-12% e temperatura de 20°C. O café em grão é geralmente armazenado em sacos de juta empilhados, enquanto o café em coco pode ser armazenado a granel em silos com sistema de ventilação.
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ARMAZENAGEM
O armazenamento do café pode servir a duas finalidades: a) para o café coco
ou em pergaminho, após a secagem e antes do beneficiamento, sendo usadas as tulhas para o café a granel; b) para o café beneficiado, acondicionado em sacas (de 60,5 kg). O armazenamento do café em coco ou em pergaminho é necessário não somente para regular a oferta na comercialização como também para permitir que o café descanse (pelo menos durante um mês), a fim de que seja uniformizada a seca entre os diferentes tipos de grãos. As tulhas (nas fazendas) devem ser construídas nas proximidades do terreiro ou dos secadores e ligadas à instalação de beneficiamento. Podem ser feitas de madeira, alvenaria ou de alvenaria forrada de madeira. Soluções mais baratas, com materiais rústicos como a madeira roliça (eucalipto), os bambus- gigantes, o compensado naval e a tela, também podem servir para compor paredes e assoalho. A madeira é adequada por ser um material mau condutor de calor, reduzindo as variações de temperatura e a formação de água livre sobre o café. As tulhas são divididas em compartimentos que separam os diferentes lotes de café, de acordo com a sua qualidade (tipo de colheita e preparo). É conveniente que o planejamento das tulhas leve em conta o seu carregamento pela parte superior (diretamente ou com o auxílio de elevador, de canecas, parafusos sem fim ou de correias) e a de scarga pela parte inferior, através de aberturas que despejam
O café em uma "bica-de-jogo", que o conduz até a máquina de
beneficiamento. As tulhas devem ser localizadas em áreas bem expostas ao sol e em terrenos secos (bem drenados), e, sempre que possível, o assoalho deve ser construído acima do chão, para evitar que a umidade tome conta do café, o que acelera o seu branqueamento. Em pequenas propriedades, o café em coco ou em pergaminho também pode ser provisoriamente armanezado em sacos de aniagem ou de ráfia de plástico, a serem empilhados nos paióis ou em pequenos armazéns, sobre tábuas ou lençóis plásticos para isolar o café do piso. O café beneficiado é acondicionado em sacos de juta (de 60,5 kg) em pilhas dentro dos armazens. O armanezamento do café a granel pode ser efetuado em silos, desde que suas condições sejam controladas. As condições mais importantes para o armanezamento são a umidade inicial do café; a localização e as características da construção do armazém; as condições climáticas da região e os cuidados na armazenagem. A umidade inicial do café deve ser de 11 a 12%. Se superior, pode acarretar o desenvolvimento de fungos e de bactérias que deterioram o produto. O café úmido branqueia rapidamente e estoura a sacaria. Recomenda-se que os armazéns sejam localizados em regiões de clima mais frio e seco (planalto). As temperaturas e as umidades altas (umidade relativa do ar), como as presentes na zona portuária, provocam a morte mais rápida dos tecidos do grão, modificando suas características de qualidade, além de facilitar o ataque de pragas. Os armazéns devem ser situados em terrenos altos, ensolarados e ventilados, evitando-se a sua localização em bacias, onde há maior acúmulo de ar úmido. Levar em conta as condições climáticas da área, provendo-se telhados e paredes mais apropriados (telhas de barro ou de alumínio) em zonas mais quentes, com aberturas para a ventila- ção e a iluminação controlada. Os grãos de café armazenados possuem uma umidade de troca que varia conforme a umidade do ar existente no interior dos armazéns. A cada unidade porcentual de aumento da umidade do ar, a umidade do café aumenta, em média, 0,18%. Outros cuidados devem ser observados na construção do armazém: a) O piso deve ser elevado ou impermeabilizado, para evitar a umidade do solo, que acelera a deteriorização do lastro da sacaria; b) O pé direito deve ser de cerca de 6 m; c) Devem ser projetadas aberturas para regulagem da ventilação e da luz;
Lastro com 6 sacas (fiadas pares 2ª, 4ª etc.)
Lastro com 5 sacas (1ª fiada e ímpares)
Lastro com 5 sacas (2ª fiada e pares
Lastro com 7 sacas (fiadas impares) O café ensacado deve ser em pilhado sobre estrados de madeira ou sobre lençóis plásticos, evitando-se o contato com o piso. As sacas de café têm cerca de 0,9 x 0,6 x 0,2 m e são empilhadas com a altura correspondente a 20 ou 25 sacas por m2 de área útil de armazenagem. Nas pilhas, as sacas são colocadas de forma trançada, cada saca em sentido diferente, para melhor amarração, evitando-se, assim, a queda das pilhas (figura 49). Cada bloco tem um lastro variável de cinco a vinte sacas; os blocos são agrupados formando quadras, separadas por corredores e por ruas, que ocupam cerca de 20070 da área do armazém. As paredes e o chão do armazém são marcados (com letras, números e desenhos), para facilitar o emblocamento e a localização dos cafés. Sobre os blocos são colocados os "cartões de bloco", com as características de identificação dos cafés.
Os grãos de café armazenados são sementes vivas que respiram.
Quanto mais tempo forem mantidos em boas condições de armazenagem, melhor serão as suas características de qualidade. No café em coco, a casca, o pergaminho e as películas funcionam como proteção contra as variações ambientais e, portanto, tornando-o menos sujeito à deteriorização do que o café em pergaminho (despolpado) ou em grão. O café em coco, em boas condições de armazenagem, com umidade inicial de 11 a 12%, em ambientes frescos (.±. 20°C), com a umidade relativa do ar em torno de 65%, mantém a cor original e se conserva bem durante anos. Nessas condições, os grãos se equilibram, não ganhando nem perdendo umidáde. O café despolpado, cujos grãos são mais esmagados durante o processamento, perde mais rapidamente sua cor, podendo branquear, sendo indicado o armazenamento máximo por um ano para o café em pergaminho e até seis meses para o beneficiado. O branqueamento é resultado da morte dos tecidos do grão. Vista interna de um armazém
Em alguns casos, estes armazéns foram adaptados ou neles
realizado "piscinas", um sistema precário de armazenagem a granel, com transportadores para carga e descarga do tipo "tatú carregador" ou rosca transportadoras, do tipo "chupim". Historicamente, os armazéns graneleiros, figura 5.7, representaram uma grande contribuição e um avanço na armazenagem no Brasil quando da implantação das lavouras extensivas, nos anos 60. Os projetos dos armazéns convencionais se adaptaram às condições locais e se buscava, com eles uma solução econômica para a granelização, a partir dos armazéns com transporte mecanizado de carga e descarga. Inicialmente muito limitados em seu uso, sem termometria e aeração, recebiam apenas grãos limpos, bem secos e como único recurso, quando do aquecimento da massa, a transilagem. Ainda são construí dos, porém com menor freqüência e dotados de sistemas de termometria que indica, preventivamente, o aumento da temperatura interna e aeração, que atua removendo focos de aquecimento, mantendo os grãos em boas condições por períodos prolongados.
ARMAZENAMENTO
Depois da secagem, o café em coco deve ser armazenado em
10calM adequados, de forma a não sofrer alteraçôes na qualidade. O café em coco é geralmente acondicionado em sacos de juta cOI1l capacidade para 30 kg. Na entressafra, esses sacos são armazenados em pilhaM de acordo com sua origem. O local de armazenagem deve ser limpo, abrigado do sol e da chuva e bem ventilado. A utilização de sacos de juta é vantajosll por serem estes resistentes e facilitarem a vedação de aberturas feitas por ocasião da retirada de amostras. Devido ao grande volume a ser armazenado e ao elevado custo da operação de armazenamento, o café em coco pode S < :I', também, armazenado a granel, em silos ou tulhas. Apesar da proteção d :tcasca, existe a possibilidade de ocorrência de modificaçôes físicas e químicas, principalmente nas camadas superiores da camada de grãos, caso os silos não possuam sistemas de ventilação forçada e proteção contra umidade e chuvas, Nos países produtores, o café beneficiado ou café verde ~ tradicionalmente armazenado em sacos de 60kg, em vez de granelizado, Apesar das muitas desvantagens, o armazenamento em sacaria (Figura 1(» permite a segregação de lotes, aspecto muito importante considerando-se que o produto é avaliado, além de outros padrões de qualidade, pelo teste de xícara.
DETALHE DO ARMAZENAMENTO EM SACARIAS, MOSTRANDO A FORMAÇÃO DE LOTES.
Além do fácil acesso aos lotes, a circulação de ar sobre a sacaria, a
fácil inspeção e amostragem são fatores importantes a serem considerados durante o armazenamento do café em armazéns convencionais (sacos de 60 kg formando pilhas, geralmente com pequeno ou nenhum controle das condições ambientais). Apesar disso, é possível manter o produto armazenado por períodos relativamente longos (acima de três anos) sem grandes riscos de deterioração, como acontece com produtos como o milho ou trigo. Dentro do armazém, deve-se prever espaços vazios para corredores, entre pilhas e entre pilhas e paredes, para facilitar a inspeção e o manuseio do produto. Além das desvantagens normalmente apresentadas pela armazenagem em sacos, o branqueamento ea redução da densidade são outros problemas relacionados com essa forma de armazenagem de café. De acordo com o nível de dano durante o armazenamento, podem ocorrer grandes reduções no preço do produto. Finalmente, durante o armazenamento do café ensacado, a quantidade de luz incidente sobre a sacaria deve ser cuidadosamente controlada. Sob ambiente iluminado com luz de determinados comprimentos de ondas, o café pode sofrer mudanças na coloração desejada comercialmente (branqueamento), que, por sua vez, é considerada como indicativo da qualidade do produto. O armazenamento em sacos oferece algumas vantagens, como: a) possibilita manipular lotes que variam quanto ao tipo, teor de umidade e quantidade de produto; b) não requer técnicas e equipamentos sofisticados para manuseio do produto; c) possibilita a solução de problemas de armazenagem que ocorrem em um ou mais sacos sem necessidade de remoção de todo lote; e d) possui baixo custo inicial de instalação.
N a armazenagem em sacaria, deve-se levar em consideração alguns
pontos que podem aumentar a eficiência e a proteção que o armazém pode oferecer ao café: a) evitar excesso de luz, para não causar mudanças na cor do café (branqueamento); b) prover o teto e a parte inferior das paredes do armazém com aberturas controláveis protegidas, para renovação natural do ar; c) instalar exaustores, se possível; d) impermeabilizar o piso ou construir pisos suspensos; e e) mesmo que o piso seja impermeável, é indispensável a utilização de estrados para permitir a circulação de ar na base da pilha.
Embora não difundido nos países produtores, o armazenamento a granel
de café beneficiado é um procedimento que vem sendo adotado por produtores e firmas que comercializam grandes quantidades de café com características uniformes. Além das modificações necessárias nos sistemas convencionais de armazenamento, para a armazenagem do café a granel por longos períodos exige-se, também, bom sistema de aeração. Tal sistema deve ser dotado de termometria, para que seja possível manter a massa de grãos sob temperatura e umidade ideais para uma boa comercialização. Uma objeção ao sistema de armazenagem a granel deve-se à dificuldade de se realizar inventários precisos. Qualquer pequena variação na densidade aparente ou uma compactação da massa de grãos pode causar grandes erros na avaliação do estoque, fato que não ocorre quando o café está armazenado em sacaria. A importância de inventários precisos da quantidade armazenada deve-se ao fato de o café ser um produto mais caro que outros tipos de grãos. A principal vantagem da armazenagem a granel é permitir a mecanização, com substancial redução na mão-de-obra requerida em comparação ao método tradicional de armazenagem. ARMAZENAMENTO
O armazenamento do café em coco pode ser feito a granel, em
compartimentos denominados tulhas, que devem ter as suas paredes preferencialmente revestidas de madeira, por ser má-condutora de calor. O teor de umidade do café em coco deve estar em tomo de 11 %. As tulhas devem ser dimensionadas para que tenham a capacidade de guardar pelo menos um terço da safra a ser produzida na propriedade. Para efeito de cálculo, sabe-se que em 1 metro cúbico de tulha cabem 10 sacas de café em coco e 12,5 sacas de café despolpado ou em pergaminho. As tulhas devem ser bem-ventiladas e possuir boa iluminação. Referências Bibliográficas ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO CAFÉ. Rio de Janeiro, Coffee Business. v.2, n.2. 1996. BÁRTHOLO, G.F.; MAGALHÃES FILHO, AAR.; GUIMARÃES, P.T.G. & CHALFOUN, S.M. Cuidados na colheita, no preparo e no armazenamento do café. Informe Agropecuário 14(162):33-44. 1989. BEGAZO,].C.E.O. Colheita e processamento do café. Viçosa, UFV 1979. 19p. (Boleclll1 de Extensão). . CAIXETA, G.Z.T. A conveniência do acordo internacional do café para o Brasil. Economia Rural (1):8-10. 1989. CAIXETA, G.Z.T.; LEITE, C.AM. & OLIVEIRA, AM. Tendências do mercado de café no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural 27(2):173- 196.1989. CAIXETA, G.Z.T.; NACIF, C.AM. & TEIXEIRA, ].G. A cafeicultura da Zona da Mata de Minas Gerais. Belo Horizonte, EPAMIG. 1978. 39p. (Série Programação, 5).