História Da Guitarra
História Da Guitarra
História Da Guitarra
Diferentes tipos de guitarras (a partir de esquerda: ressonadora, clássica, elétrica e folk). Há também: o
centro um dulcimer e, descansados horizontalmente, uma Keytar e um bandolim.
O substantivo guitarra refere-se a uma série de instrumentos de cordas dedilhadas, que
possuem geralmente de 6 a 12 cordas tensionadas ao longo do instrumento e possuem um
corpo com formato aproximado de um 8 (embora também existam em diversos outros formatos),
além de um braço, sobre o qual as cordas passam, permitindo ao executante controlar
a altura da nota produzida. Existem versões acústicas, que possuem caixa de
ressonância e elétricas, que podem ou não possuir caixa de ressonância (ver: guitarra
semiacústica), mas utilizam captadores e amplificadores para aumentar a intensidade sonora do
instrumento.[1]
As guitarras, bem como a maior parte dos instrumentos de cordas, são construídas por
um luthier. O músico que a executa é chamado guitarrista.
O alaúde,
A balalaica,
O bandolim,
O banjo,
A guitarra portuguesa,
O siamise,
O sitar,
O vina etc.
Instrumentos de cordas beliscadas[editar | editar código-fonte]
Mas outros autores apenas consideram como família das guitarras' os 'instrumentos de cordas
beliscadas que têm a caixa em forma de “8”. Isso inclui instrumentos tais como:
O cavaquinho,
O charango,
O cuatro,
e os tres da América Latina,
O ukulele,
A viola caipira e
As violas portuguesas.
Origens e desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
Uma guitarra.
Esta, como dito, é uma versão elétrica da guitarra, porém, com braço maior e de maior alcance,
e com maior número de trastes (geralmente entre 20 e 27). Guitarras elétricas podem possuir
caixa de ressonância. Neste caso são chamadas de guitarras eletroacústicas. Neste caso, os
captadores são instalados dentro da boca. Uma vez que o instrumento é amplificado, as
guitarras elétricas não necessitam realmente da caixa de ressonância, por isso atualmente elas
são construídas em um bloco maciço de madeira ou diversos tipos de plástico. As partes
eletrônicas e demais acessórios são instaladas em cavidades do corpo. Esta montagem tem
ainda a vantagem de permitir uma maior resistência à tração ao conjunto, fundamental quando
são utilizadas cordas de aço muito tensionadas. As guitarras elétricas são utilizadas
principalmente no rock e metal mas também são frequentes no blues, jazz e música pop. Devido
à tensão das cordas de aço usadas nesses instrumentos, a execução mais frequente é com
palhetas e diversos efeitos eletrônicos podem ser aplicados durante a amplificação.
As guitarras já têm 5 mil anos de história onde tudo teve
origem num instrumento Espanhol chamado “vihuela”, que
era a junção de “ud” e “cozba” que eram instrumentos ainda
mais antigos muito populares no Oriente e no império
Romano respetivamente.
Ud
Cozba
Vihuela
Guitarra Acústica
Guitarra Elétrica
A guitarra é, sem dúvida alguma, o instrumento que melhor simboliza tudo aquilo que o rock
pretende mostrar. Não existe pessoa aficionada por música, principalmente rock, que não
conheça guitarras ou guitarristas. Poderíamos inclusive nos arriscar a dizer que a guitarra é
conhecida por todos, mesmo aqueles que não estão especialmente "sintonizados" com
música. De onde surgiu então este instrumento de concepção tão simples e detalhes tão
complexos, capaz de fazer a alegria de milhares de pessoas?
A História da Guitarra - Parte 2: a guitarra e o baixo elétricos
Guitarra barroca feita pelo luthier Giovanni Tesler,
1618
A guitarra teve sua origem nos violões, mas uma longa jornada foi trilhada para que hoje a
mesma tivesse as características a que estamos acostumados. A origem principal do violão é a
guitarra barroca, sendo que os exemplares mais antigos datam do final do século XVI.
Eram instrumentos pequenos, com braços e corpos bem menores que os dos violões atuais, e
parte traseira arredondada, feita pela junção de diversas ripas de madeira, como no casco de
um barco. Até o século XVIII, porém, muito pouco aconteceu na evolução da guitarra
barroca. Foi nessa época que se começou a usar, de forma mais generalizada, 6 cordas,
mesma quantidade que temos hoje.
Guitarra barroca atribuída ao luthier René Voboam, século
17. Notar o fabuloso trabalho de entalhe com madrepérola e o contorno do corpo trabalhado
em Marfim e Ébano.
Foi também nessa época que apareceram inúmeras tentativas de mudanças, com o objetivo de
alcançar um design que fosse portátil, prático de tocar e que garantisse um volume sonoro
suficiente para apresentações, visto que não existiam ainda métodos eletrônicos de amplificar
o som do instrumento. Com isso, apareceram instrumentos bastante interessantes,
normalmente mistos entre harpas e o que seria o violão que conhecemos hoje.
Modelo de guitarra-harpa, em forma de lira, feito pelo luthier
François Breton, cerca de 1800. Notar a utilização de 6 cordas e a escala parecida com o
violão tradicional.
No entanto, nenhum dos modelos inventados (e foram muitos...) virou um padrão aceito.
Eram modelos pouco práticos de tocar e normalmente possuíam uma construção mais frágil e
intrincada do que os violões da época.
No final do século XVIII, o violão (ou guitarra romântica, como é chamado o violão dessa
época), já possuía uma caixa de ressonância maior, em forma de “8”, fundo plano, e quase
sempre com 6 cordas. No século XIX, começaram a surgir violões com uma aparência
similar a dos atuais. A caixa passou a ter a parte inferior mais larga, tomando a forma que
conhecemos hoje. No entanto, havia ainda diversos estilos de construção, não existindo
naquele momento uma arquitetura (sem contar afinação, quantidade de cordas, materiais
empregados, etc.) que pudesse ser considerada "universal". Mas, foi no final do século XIX
que o violão atualmente utilizado foi concebido, e inclusive podemos dizer que após isso
poucas mudanças aconteceram até os dias atuais.
Foto do conhecido violonista Napoleon Coste, com
alguns de seus instrumentos, todos do século 19. Reparar que o formato de corpo dos
instrumentos já possuía formas bastante “atuais”.
Apesar das transformações ocorridas com o instrumento na Espanha, no final do século XIX
ainda vivia-se sem usufruir da velocidade da informação de um mundo globalizado, e
portanto paralelamente ao trabalho de Torres outros esforços eram empreendidos com o
intuito de aperfeiçoar o violão.
Esta foto mostra um violão feito
por Torres, o pai do violão clássico moderno. Datado de 1860, possui linhas bastante atuais.
Reparar no detalhe da mão, onde as tarraxas ainda eram de madeira, com afinação garantida
por atrito (usava-se pó de giz para aumentar o atrito entre as peças e garantir a afinação).
A principal contribuição neste sentido foi dada por um luthier alemão que, como tantos
outros, resolveu cruzar o Atlântico em busca de oportunidades no novo mundo. Christian
Friederich Martin não imaginava que sua iniciativa criaria uma marca que ajudaria a escrever
a história da música do século XX e definiria um novo padrão na construção de violões de
cordas de aço.
Martin foi para os EUA no ano em que foi registrada uma das maiores chuvas de meteoritos
de toda a história. Não sabemos se durante a sua longa viagem ele teve a possibilidade de
observá-los do convés do navio e fazer algum pedido, mas o fato é que suas criações
obtiveram grande sucesso e definiriam o que viria a ser considerado o violão americano, ou
como é mais conhecido de todos, o violão de cordas de aço.
Deve-se ressaltar que Martin não era, de forma alguma, o único nessa época a produzir
violões neste estilo. É claro que vários fabricantes prontamente se dispuseram a copiar o
desenho de Martin, o que contribuiu mais ainda para que o padrão fosse aceito. Entre estes,
podemos destacar a "Lyon and Healy". Fundada por Patrick Joseph Healy e George
Washburn Lyon em 1864, produzia instrumentos em grande quantidade e de muito boa
qualidade, e sua linha de instrumentos, a Washburn, ainda existe até hoje apesar de uma
história cheia de altos e baixos ao longo de todos esses anos.[ * retorna x>
Gibson L1, modelo de 1912,
mostra um corpo de tamanho pequeno em relação aos modelos posteriores.
Já no início do século XX, os violões de cordas de aço e nylon haviam atingido uma
maturidade plena em técnicas de construção e padronização. Pode-se inclusive arriscar dizer
que muito pouco aconteceu no sentido evolutivo desses instrumentos até hoje. Ocorreram,
sim, adaptações às novas realidades: madeiras raras foram substituídas por outras, a
fabricação de cordas alcançou mais precisão e a oferta de modelos aumentou. No entanto,
ainda existiam muitas idéias para se colocar em prática.
E assim, foi em 1902 que Orville Gibson, um habilidoso luthier, criou uma empresa com o
objetivo de construir bandolins e violões. No entanto, Gibson não queria construir
instrumentos como os que os outros faziam: queria aplicar seus conceitos de construção de
violinos e violoncelos aos bandolins e violões. Apareceram assim instrumentos com tampo e
fundos curvos esculpidos, e a tradicional boca redonda foi substituída por aberturas em
formas de "f". A ponte (ou cavalete), antes colada no tampo, passou a ser móvel, como nos
violinos, atuando como um transmissor das vibrações das cordas para o tampo e caixa de
ressonância. As madeiras empregadas passaram a ser similares às usadas nos violinos.
Nascia, além da Gibson que todos conhecem hoje, a guitarra de jazz.
No entanto, apesar de todas estas inovações, a proliferação das “Big Bands” nos anos 30
colocou a guitarra em uma posição delicada. Por mais bem construída que fosse, seu volume
sonoro não conseguia rivalizar com o dos metais e bateria. A idéia de aumentar o volume a
partir de agora seria recorrer à eletricidade.
Uma das principais iniciativas nesse sentido foi a do suíço Adolph Rickenbacker, então
radicado nos EUA. Rickenbacker fundou em 1925 uma empresa, denominada
“Rickenbacker Manufacturing Company”. Ao contrário do que possa parecer,
Rickenbacker não fabricava instrumentos musicais, mas sim partes de metal para as
guitarras tipo “resonator” da National (estas guitarras traziam uma interessante idéia
acústica de ampliar o volume de som, mas acabaram por se tornar praticamente um
novo instrumento).
Adolph Rickenbacker e sua criação:
a Frying Pan
O captador da “Frying Pan” era feito de dois grandes ímãs envolvendo as cordas, com
uma bobina abaixo deles. Apesar de não ser a guitarra dos sonhos de qualquer
guitarrista, Rickenbacker, Beauchamp e Barth fundaram em 1932 a Ro-Pat-In, com o
objetivo de produzi-la em série. A Ro-Pat-In mudou seu nome nos anos 30 para Electro
String Instrument e em 1934 começaram a produzir guitarras sob a marca Rickenbacker
Electro.
Nesta época, a Rickenbacker lançou a linha Electro Spanish, que nada mais era que
uma tradicional guitarra acústica de jazz com um captador similar ao da Frying Pan.
Apesar das vendas da Electro Spanish não terem sido animadoras, várias empresas
haviam percebido que esse era um caminho sem volta. Por isso, em 1936 a Gibson
lançou a guitarra “Electric Spanish”, modelo ES-150, que seguia a mesma idéia de
Rickenbacker: uma guitarra acústica de jazz com um captador montado próximo ao
braço. Não é de surpreender que a Gibson já possuísse know-how para um lançamento
deste tipo: muitos acreditam firmemente que o famoso engenheiro Lloyd Loar, principal
responsável por grande parte das criações da Gibson, havia realizado diversos
experimentos (e com sucesso) relativos à eletrificação de instrumentos, enquanto
trabalhou na Gibson, de 1919 a 1924.
Em tal momento surgiu em cena Lester William Polfus, também conhecido como Les
Paul. Em 1928, então com 12 anos, Les Paul entretinha com sua guitarra os clientes de
uma pequena lanchonete. Em suas apresentações, seu público sempre reclamava que
não conseguia ouvi-lo. Na tentativa de amplificar seu instrumento, Les Paul instalou um
captador de gravador e conectou-o ao rádio dos seus pais, usando o mesmo como
amplificador. Apesar dessa solução não ser ideal para grandes ambientes, fez Les Paul
pensar na viabilidade de construir uma guitarra sólida, preservando o som original das
suas primas acústicas.
Após anos de pesquisas e tentativas, Les Paul construiu um protótipo que foi chamado
de “The Log” (a tora). Ele levou sua criação para apresentá-la à Gibson, onde riram da
sua idéia. Les Paul havia aparafusado um braço de guitarra acústica em um pedaço
retangular de madeira com 2 captadores e prendido nele as laterais de uma guitarra
acústica apenas para que o resultado ficasse parecido com uma guitarra (mal
imaginavam os executivos da Gibson que futuramente lançariam guitarras famosas –
ES 335, ES 355, etc. – com o mesmo tipo de construção).
O protótipo da
Les Paul: The Log
A iniciativa de Les Paul não foi a única. Em 1935, Rickenbacker havia lançado um
modelo maciço, porém de baquelite, além do modelo “Vibrola”, com um inovador (mas
primitivo) sistema de vibrato através de motores (essa guitarra era tão pesada que
possuía um suporte para que o músico pudesse tocá-la, pois era impossível pendurá-
la).
No mesmo ano de 1948, George Fullerton uniu-se e Leo Fender para construir uma
guitarra que fosse maciça e pudesse ser produzida em massa. Criaram a “Broadcaster”,
que existe praticamente inalterada até hoje com o nome de “Telecaster”. A Broadcaster
seria lançada em 1950, e tornar-se-ia a primeira guitarra maciça comercializada em
massa, mudando a história para sempre.
A guitarra
Fender Telecaster
Com o sucesso da Fender, a Gibson percebeu que havia dispensado uma grande idéia
ao rir da invenção de Les Paul. O próprio Les Paul conta que os executivos da Gibson
foram procurá-lo em 1951, e mostraram-se interessados em comercializar uma guitarra
desenhada por ele. Incrivelmente, a Gibson não queria colocar seu nome na mesma por
temer um fracasso, ao que Les Paul prontamente sugeriu que chamassem a guitarra de
Les Paul. E assim foi feito: em 1952 foi lançada a Gibson Les Paul. O sucesso da Les
Paul foi tanto que a mesma manteve-se inalterada até 1961, quando foi totalmente
reestilizada (no entanto, em 1968 sua versão original foi relançada, atendendo a
pedidos).
A guitarra
Gibson Les Paul
Todo esse sucesso das guitarras trouxe na carona um lançamento que traria profundas
mudanças na música: o baixo elétrico. Em 1951, Fender inovava com o lançamento do
baixo Precision. Até então, tocava-se baixo acústico, instrumento pouco portátil e sem
trastes. O Precision logo conquistou músicos de country, e até alguns de jazz, como
Monk Montgomery, da banda de Lionel Hampton. O Precision possuía o mesmo tipo de
construção da Broadcaster: braço em Maple aparafusado ao corpo, um captador, e
estética bastante similar à Broadcaster. Possuía também uma escala de 34 polegadas
(padrão até hoje e menor que a de um baixo acústico) com trastes.
O baixo
Fender Precision
Mas o melhor ainda estaria por vir. Apesar do sucesso da Telecaster e da Les Paul,
ainda não havia aparecido aquela que se tornaria a vedete das guitarras. Em 1954, Leo
Fender mais uma vez mudaria a história lançando uma nova guitarra, a Stratocaster.
A guitarra
Fender Stratocaster
O corpo da Stratocaster era esculpido visando o conforto, com rebaixo para apoio do
braço e para a barriga do músico. A Stratocaster logo conquistou os músicos e hoje é
até desnecessário listar todos que foram ou são apreciadores dela. Nomes como Eric
Clapton, Jeff Beck, David Gilmour, Ritchie Blackmore, Jimi Hendrix, apenas para citar
alguns (na verdade, faltaria espaço para listar todos os músicos que são adeptos da
“Strato”). A guitarra é produzida com muito sucesso até os dias atuais, e conserva suas
características principais praticamente inalteradas. Com esse lançamento, a Fender
passava a ser líder isolada no mercado de guitarras maciças e baixos elétricos.
Mesmo com toda a concorrência, a Fender reinou absoluta nos anos 50 e 60 no cenário
dos baixos. Os baixos Gibson não eram bem aceitos pelos músicos, apesar de usados
por alguns artistas importantes como Jack Bruce (Cream).
Hoje, quase 50 anos após o que pode ser considerado o último evento realmente
expressivo na evolução da guitarra, o cenário já se encontra muito mais diversificado.
No mundo inteiro milhares de empresas fazem réplicas de modelos famosos, como Les
Paul, Stratocaster, Telecaster, Precision, Jazz Bass, etc., além de novos modelos que
surgem constantemente.
Nos séculos XV e XVI a viola espanhola era considerada a antecessora direta da guitarra
moderna. Combinava a afinação da lute com um corpo de guitarra moderna. A sua construção foi
projetada para combinar as características do alaúde Arabe e do Alaúde Europeu.
A guitarra moderna normalmente tem 6 cordas, no entanto pode ter quatro, sete, oito, dez e doze
cordas. A guitarra é um dos instrumentos primários nos Blues, rock, pop e música country. É
também a guitarra o instrumento central no flamenco e usado como instrumento a solo.