Teste5 V1
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Classificação: __________________________
FICHA DE AVALIAÇÃO TEÓRICA DE BIOLOGIA
E GEOLOGIA O Professor: ___________________________
Nome do aluno____________________________________________________Nº__________
VERSÃO 1
GRUPO I
O dióxido de carbono (CO2) é um dos gases libertados pelos vulcões. A crusta, o manto e o núcleo
contêm cerca de 90% deste composto. Os restantes 10% encontram-se na biosfera, atmosfera e
hidrosfera.
Muitos cientistas consideravam que, nas zonas de subducção, o manto era a fonte principal do CO2.
Neste caso, a placa subductada sofre fusão e mistura-se com os materiais do manto.
Dados recentes de Emily Mason e seus colaboradores colocaram em causa esta hipótese. Ao analisarem
amostras de vulcões associados a arcos vulcânicos, concluíram que o isótopo de carbono era mais leve
do que o esperado, indicando uma origem biológica. Este resultado indicava que o CO 2 é proveniente,
essencialmente, das plataformas carbonatadas, em especial em Itália, nos Andes e na Indonésia. Pelo
contrário, o arco vulcânico das ilhas japonesas emite um isótopo de carbono mais pesado, indicativo do
manto.
(5)
2. Com base nos dados, é expectável que o CO2 permaneça _____ tempo armazenado na geosfera do
que o inicialmente previsto, e o que é emitido no Andes tem origem na fusão de rochas _____.
4. A análise dos gases libertados pelos vulcões corresponde a um método _____ do estudo do
(5) interior da Terra, fornecendo indicações das camadas mais _____ da Terra.
(5) 5. O afundamento da placa oceânica pode ser comprovado pela análise das ondas sísmicas, uma vez
que…
(5) 6. As rochas carbonatadas presentes nas plataformas continentais possuem uma densidade inferior
às rochas magmáticas, sendo de esperar uma anomalia gravimétrica _____, quando comparado
com a crusta oceânica, em que rochas magmáticas _____ densas são as mais comuns.
(5) 7. Mencione uma fonte de energia responsável pela existência de atividade tectónica na Terra.
A construção da barragem de Malpasset, no Sul de França, foi concluída na década de 50 do século XX, com
o objetivo de regular o caudal do rio Reyran e fornecer água para a agricultura e consumo humano.
Contudo, no dia 2 de dezembro de 1959, a barragem colapsou, originando uma cheia repentina que matou
cerca de 400 pessoas a jusante.
A barragem foi construída num substrato formado por rochas ígneas e metamórficas, nomeadamente
gnaisses, que eram considerados muito resistentes e adequados à instalação das fundações de uma
barragem. Todavia, a deslocação de água gerada pelo colapso da barragem expôs as rochas junto às
fundações e permitiu verificar que os gnaisses estavam muito fraturados e que as fundações da barragem
assentavam numa falha geológica que era desconhecida à época (fig. 1A). As fraturas e a falha permitiram a
circulação de água em profundidade, diminuindo a consistência das rochas ao longo do tempo, o que levou
a uma redução da capacidade de as fundações resistirem ao enchimento da albufeira.
O ano de 1959 foi muito chuvoso, em especial no outono, e a barragem não foi devidamente vistoriada do
ponto de vista técnico. As obras para a construção de uma ponte a jusante impediram a abertura atempada
do descarregador de cheia. Estes fatores influenciaram o nível de armazenamento da barragem, que aos
100 metros estava no máximo da sua capacidade (fig. 1B).
Após este incidente, os procedimentos de construção de barragens foram alterados, de forma a garantir
um melhor estudo das rochas presentes nas fundações dos paredões e a instalação de redes de drenagem
de água, para evitar a diminuição da resistência das rochas.
Figura 1. Corte transversal da barragem com destaque para as suas fundações (A); Variação do nível de
armazenamento na barragem de Malpasset, com destaque para os quatro dias que antecederam o colapso
da barragem (B).
Baseado em Duffaut, P. (2013). The traps behind the failure of Malpasset arch dam, France, in 1959. Journal of Rock
Mechanics and Geotechnical Engineering, 5, 335-341;
Duffaut, P. (2009). Cinquantenaire de la rupture des fondations et du barrage de Malpasset (Var). Travaux du Comité français
d’Histoire de la Géologie, 3ème série (tome 23), 201-224.
(5) 2. A onda gerada pelo colapso da barragem _____ as rochas do leito, que deviam estar _____
meteorizadas.
(5) 3. Após o colapso da barragem, a onda transportou sedimentos a grande velocidade, que se
depositaram quando atingiram regiões mais planas. O depósito formado deveria ser _____ calibrado e
composto por sedimentos _____.
(5)
4. Considere as seguintes afirmações referentes aos dados.
(5)
5. Após a entrada em funcionamento da barragem de Malpasset,…
(5)
6. De forma genérica, é possível afirmar que as barragens…
GRUPO III
A Serra da Gardunha
A poente de Monsanto, próximo da cidade de Castelo Branco, localiza-se a Serra da Gardunha, uma
serra pouco conhecida, um colosso de granito, que se ergue abruptamente sobre o vasto plano, onde a
água domina, correndo a superfície e infiltrando-se em profundidade. A água segue uma densa rede de
fraturas, alterando a estrutura cristalina dos minerais que compõem as rochas através de processos que
afetam o feldspato potássico. Esta alteração química promove uma desagregação lenta das rochas que é
responsável pela transformação da fisionomia da serra, que foi ao longo do tempo moldando cada
forma granítica.
Na área de Castelo Velho é possível observar um grande conjunto de formas associadas à fracturação
muito densa (subvertical) dos granitos, como os tor, blocos pedunculados, pias, bolas em equilíbrio,
entre outras, assim denominadas pelos geomorfólogos, os especialistas na evolução e dinâmica dos
relevos.
A Serra da Gardunha é uma área pouco conhecida mas de grande riqueza geológica, biológica e
ambiental, classificada como Rede Natura 2000 e, mais recentemente como Paisagem Protegida
Regional, que inclui 9 geossítios.
Adaptado de Ciência Elementar, 2015
Nas respostas de 1 a 7 seleciona a única opção que contém os termos e preenche, sequencialmente, os
espaços de modo a obter uma afirmação correta.
(5)
1. A rede de fraturas que se observa na serra da Gardunha foi o resultado de alívio das
tensões____________a que a rocha____________ esteve sujeita.
3. A formação de blocos graníticos mais arredondados ocorre nas superfícies ____________ aos
(5) agentes de alteração, ou seja, _______________.
5. A datação dos granitos da região, feita com recurso ao mesmo isótopo radioativo, revelou que
(5)
____________.
8. Faça corresponder a cada um dos diferentes processos de meteorização das rochas, referidos na
(5) coluna I o número da afirmação correta da coluna II.
Coluna I Coluna II
a) Fraturação provocada pelo crescimento de cristais de 1. Haloclastia
sais nas fendas das rochas. 2. Dissolução
b) Fragmentação que ocorre em ambientes de grande 3. Oxidação
amplitude térmica. 4. Termoclastia
c) Formação de um precipitado resultante da alteração 5. Hidrólise.
de minerais ferrosos em ambiente superficial.
9. Ao longo de percursos graníticos é, por vezes, notória a transição da cor do granito para tons
avermelhados. Esta cor está frequentemente associada a falhas ou zonas de cisalhamento da
(10) rocha.
O Grand Canyon é um acidente geográfico situado nos Estados Unidos da América. Corresponde a uma
depressão que o rio Colorado moldou durante milhares de anos à medida que as suas águas percorriam
o seu leito, ao longo de 446Km. Chega a medir 26Km de largura e atinge profundidades de 1600 metros.
Cerca de 2 mil milhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que
este e os seus afluentes foram expondo camada após camada. Das rochas expostas, as situadas mais
abaixo são as rochas ígneas e metamórficas, que formam um complexo Pré-Câmbrico, designado “xisto
de Vishnu”. Como não há fósseis preservados nos xistos, não existe um método rápido para saber a sua
idade geológica, apenas se sabe que se formou por metamorfismo de rochas sedimentares e ígneas, há
muito tempo.
Acima do grupo de Vishnu está a série do Grand Canyon, um grupo de arenitos, calcários e argilitos
intercalados, depositados originalmente como areias e argilas ao longo de rios, lagos e mares pouco
profundos e separados do grupo de Vishnu por uma discordância angular, indicadora da ocorrência de
um período de deformação.
Existe uma outra discordância angular entre a série do Grand Canyon e as formações sobrejacentes do
Câmbrico que é indicadora de um longo período de erosão. As formações seguintes, em direção ao topo
do Grand Canyon são as do Carbónico e do Pérmico, as primeiras com abundância de fósseis de plantas
terrestres e as segundas, correspondentes a estratos do Pérmico, com pegadas de répteis terrestres
primitivos. A estratificação entrecruzada e a presença destes icnofósseis sugere a deposição de areias
em ambiente terrestre, possivelmente por ação do vento, num ambiente árido. As duas últimas
formações deste período, constituídas principalmente por calcários, revelam deposição em ambiente
marinho.
A figura 2 esquematiza um corte geológico, com algumas adaptações, da região do Grand Canyon. No
lado direito da figura é feita referência ao registo fóssil.
(Adaptado de Press, F., Siever, R. (2001). Understanding Earth. New York: W. H. Freeman and Company)
(5) 1. No decurso da formação do Grand Canyon, a sequência dos principais acontecimentos que
explicam a sua história geológica é…
(5) 2. Tendo em conta o processo que levou à fossilização dos insetos nos primeiros estratos do
Pérmico, podemos inferir que…
(5)
3. A ausência de fósseis nas rochas do grupo Vishnu deve-se, provavelmente, à…
(5)
4. As trilobites são fósseis de Artrópodes que permitem datar…
(5)
5. A série estratigráfica do Paleozoico permite-nos inferir que, durante esta Era, ocorreu uma …
(5)
6. Foi possível reconstituir o paleoambiente eólico do Pérmico, devido à…
(10)
7. Nalguns locais do Grand Canyon é possível obter, à superfície, o estrato do Pérmico que contém
icnofósseis de reptéis primitivos.
______/_______/_______/_______/_______
(5)
8. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna A ao termo da coluna B que
identifca o respetivo princípio da estratigrafia ou conceito geológico.
COLUNA A COLUNA B
1) Principio da continuidade
A. A ocorrência de areias graníticas no seio dos arenitos lateral
mostra que estes são posteriores à formação do granito. 2) Principio da identidade
B. Torna possível a identificação de idades relativas entre paleontológica
os “xistos de Vishnu” e a intrusão granítica. 3) Princípio da inclusão
C. Permite fazer a correspondência entre os estratos dos 4) Princípio da interseção
dois lados do vale. 5) Principio da sobreposição
(10) 9. Conhecer os climas do passado tornou-se fundamental nos tempos atuais, devido à
preocupação crescente com o impacte económico e social dessa alteração num futuro próximo.
Explique de que forma o estudo dos estratos rochosos permite compreender os paleoclimas.
FIM