Fisio Na Pneumonia 1
Fisio Na Pneumonia 1
Fisio Na Pneumonia 1
Unidade de Reabilitação/01/2016
Fisioterapia na Pneumonia
em Pacientes Adultos
Versão 2.0
2018
Procedimento Operacional Padrão
Unidade de Reabilitação/01/2016
Fisioterapia na Pneumonia em
Pacientes Adultos
Versão 2.0
® 2018, Ebserh. Todos os direitos reservados
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh
www.ebserh.gov.br
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), administrado pela Eb-
serh – Ministério da Educação
POP: Fisioterapia na Pneumonia em Pacientes Adultos – Unidade de Reabilitação, Uberaba, 2018 – Ver-
são 2.0. 25p.
EXPEDIENTE
Produção
HISTÓRICO DE REVISÕES
Autor/responsável por
Data Versão Descrição Gestor do POP
alterações
Validação: Unidade de
Trata da padronização da
10/08/2018 2.0 Renata de Melo Batista Planejamento
assistência fisioterapêutica ao
paciente adulto com pneumonia
Aprovação: Colegiado
Executivo
SUMÁRIO
OBJETIVO............................................................................................................................7
GLOSSÁRIO.........................................................................................................................7
APLICAÇÃO.........................................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................8
2. FISIOTERAPIA.................................................................................................................9
3. CONDUTAS NA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA....................................................11
4. CONDUTAS NA FISIOTERAPIA MOTORA...............................................................19
5. CUIDADOS ESPECIAIS ................................................................................................20
6. FLUXOGRAMAS............................................................................................................20
REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................................25
Padronizar entre a equipe de fisioterapia a assistência ao paciente adulto com pneumonia in-
ternado no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), admi-
nistrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
GLOSSÁRIO
1. INTRODUÇÃO
Pneumonias são doenças inflamatórias agudas de causa infecciosa que acometem os espaços
aéreos e são causadas por vírus, bactérias ou fungos. A infecção do trato respiratório afeta todas as
faixas etárias, acarretando elevada morbi/mortalidade principalmente em crianças e idosos. Usual-
mente a pneumonia pode ser dividida em: PAC (pneumonia adquirida na comunidade), pneumonia
nosocomial e PAVM (pneumonia associada a ventilação mecânica).
A PAC se refere à doença adquirida fora do ambiente hospitalar ou de unidades especiais de
atenção à saúde ou, ainda, que se manifesta em até 48 h da admissão à unidade assistencial.
A pneumonia hospitalar (nosocomial) é definida como a pneumonia que ocorre em até 15 di-
as após a alta hospitalar ou após 48 horas de uma internação hospitalar. Se inferior a 48 horas, os fa-
tores de risco relacionados à pneumonia bacteriana por germe hospitalar são: pacientes hospitaliza-
dos por mais de dois dias nos últimos 90 dias da admissão atual; pacientes residentes em casas de
repouso; pacientes que receberam antibioticoterapia endovenosa recentemente e quimioterapia ou
curativos nos últimos 30 dias da infecção atual.
A PAVM é aquela que surge em 48-72 horas após intubação orotraqueal e instituição de VM
invasiva. De modo similar, a PAVM também é classificada em precoce (a que ocorre até o quarto dia
de intubação e início da VM) e tardia (a que se inicia após o quinto dia da intubação e VM). Além
disso, existe a PNM não infeciosa, que é de origem aspirativa e que resulta da aspiração de secreções
contaminadas da orofaringe.
2. FISIOTERAPIA
2.1 Respiratória
Objetivos:
- Mobilizar e remover secreções traqueobrônquicas;
- Promover melhora da ventilação pulmonar;
- Aumentar oxigenação;
- Reduzir o trabalho respiratório;
Indicações:
- Pacientes com produção excessiva de secreção;
- Pacientes com insuficiência respiratória aguda e que apresentam sinais clínicos de acúmulo de se-
creção (ruídos adventícios, alterações gasométricas ou de radiografia torácica);
- Pacientes que apresentam atelectasias;
- Anormalidades na relação ventilação/perfusão causada pela pneumopatia;
- Tosse ineficaz;
- Queda de saturação de oxigênio ou taquidispneia (podem indicar retenção de secreção em vias
áreas ou necessidade de maior fluxo de oxigênio).
5. CUIDADOS ESPECIAIS
Enquanto a antibioticoterapia não manifestar resultados nos exames laboratoriais (reduzindo o núme-
ro de leucócitos e o desvio à esquerda e na estabilidade hemodinâmica (frequência cardíaca, pressão
arterial), o fisioterapeuta deve agir com cautela, garantindo a permeabilidade das vias aéreas, traba-
lhando de forma branda a reexpansão pulmonar para evitar desconforto respiratório, fadiga e des-
compensação cardiovascular, além de realizar exercícios de baixa intensidade, com intuito de manter
a amplitude de movimento existente. Logo após o controle da infecção, exercícios aeróbicos e de for-
talecimento devem ser incluídos para melhorar a tolerância ao esforço e promover a reintegração do
indivíduo às suas tarefas. O principal cuidado, diante do exposto, é com o emprego das técnicas nos
momentos corretos, evitando complicações cardiorrespiratórias.
Todo e qualquer exercício de alta intensidade na pneumonia descontrolada pode levar à IRpA e à
descompensação hemodinâmica.
6. FLUXOGRAMAS
Seguem abaixo os fluxogramas de condutas em Terapia de Expansão Pulmonar (TEP) e Terapia de
Higiene Brônquica (THB) referentes à Força Tarefa sobre a Fisioterapia em Pacientes Críticos Adul-
tos de 2012, que são seguidos no serviço de fisioterapia do HC-UFTM:
BORGES, V.M; OLIVEIRA, L.R.C; PEIXOTO, E.; CARVALHO, N.A.A. Fisioterapia Motora em
pacientes adultos em terapia intensiva. Rev. bras. ter. intensiva. vol.21, n.4, pp. 446-452, São Paulo,
2009
FRANÇA, E.E.T, et al. Força tarefa sobre a fisioterapia em pacientes críticos adultos: diretrizes da
associação brasileira de fisioterapia respiratória e terapia intensiva (assobrafir) e associação de medi-
cina intensiva brasileira (amib). Rev. bras. ter. intensiva, 2012.
SARMENTO, GJV. Fisioterapia respiratória no paciente crítico. São Paulo: Manole, 2005.
SILVA, A. P. P.; MAYNARD, K.; CRUZ, M. R. Efeitos da fisioterapia motora em pacientes críti-
cos: revisão de literatura. Rev. bras. ter. intensiva [online], vol.22, n.1, pp.,85-91, 2010.