Adubação Milho Verde
Adubação Milho Verde
Adubação Milho Verde
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Introdução
Quando se cultiva milho verde, duas situações distintas ocorrem: a)
colhem-se as espigas e o resto da planta permanece na área, para
posterior incorporação ou como cobertura do solo para plantio direto;
b) colhem-se as espigas e o restante da planta é utilizado para outra
finalidade, como, por exemplo, alimentação animal.
Dentre a multiplicidade de fatores que devem ser levados em
consideração no estudo nutricional e adubação das plantas, destacam-
se os fatores relativos à cultura: remoção de nutrientes em função do
tempo e do desenvolvimento; quantidade e forma de absorção desses
nutrientes; produtividade, etc. Existem os fatores relativos ao solo:
elementos “disponíveis” e suas interações com características
químicas, físicas e biológicas; interações com as exigências
nutricionais da cultura, etc. e os fatores relativos aos fertilizantes:
aspecto econômico; características químicas e físicas; época e forma
de aplicação; mobilidade no solo, etc.
Aliado a estes fatores diretamente relacionados à fertilidade do solo e
Sete Lagoas, MG
Janeiro, 2002 à nutrição mineral, estão os fatores climáticos (temperatura,
luminosidade, umidade, etc), os manejos culturais e as metodologias
de análise que devem ser observadas para o entendimento e interpreta-
Autores ção do processo produtivo sustentável, principalmente quando se
cultiva o milho verde. Grandes quantidades de nutrientes são exporta-
Carlos Alberto
Vasconcellos das pelas plantas, pois há a exportação de toda a espiga e as plantas
Israel A. Pereira Filho normalmente são usadas na alimentação animal, ocorrendo, portanto,
José Carlos Cruz o aproveitamento total da planta.
Pesquisador da Embrapa
Milho e Sorgo. As recomendações de adubação e calagem devem ser feitas com base
Caixa Postal 151.
35701-970 na análise do solo. Através da análise do solo, procura-se determinar
Sete Lagoas, MG. E-mail: as prováveis limitações que as plantas poderão sofrer durante o seu
carlos@cnpms.embrapa.br
ciclo vegetativo e, com isso, identificar os insumos a serem aplicados
de maneira mais econômica ao sistema solo-planta.
Análise do solo
Existe uma série de recomendações práticas sobre a
amostragem do solo, como: separar a área em glebas homogêneas de
10 ha, quanto à vegetação, relevo, solo (cor, textura), histórico agríco-
la, drenagem etc. De modo geral, recomenda-se retirar 20 amostras
simples por gleba, em ziguezague, obedecendo-se à profundidade da
camada arável (0-20 cm). Dessas amostras simples, faz-se a amostra
composta, retirando ± 400 g para o envio ao laboratório, devidamente
embaladas e identificadas.
Circular Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Comitê de Presidente: Ivan Cruz
Técnica, 17 Embrapa Milho e Sorgo publicações Secretário-Executivo : Frederico Ozanan M. Durães
Endereço: Caixa Postal 151 Membros: Antônio Carlos de Oliveira, Arnaldo Ferreira
Sete Lagoas, MG da Silva, Carlos Roberto Casela, Fernando Tavares
Fone: (31) 3779-1000 Fernandes e Paulo Afonso Viana
Fax: (31) 3779-1088 Expediente Supervisor editorial: José Heitor Vasconcellos
E-mail: sac@cnpms.embrapa.br Revisão de texto: Dilermando Lúcio de Oliveira
Tratamento das ilustrações: Tânia Mara A. Barbosa
1a edição Editoração eletrônica: Tânia Mara A. Barbosa
1a impressão (2002): 500 exemplares