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Estatuto Ufla

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Aprovado pela Portaria MEC nº 959, de 3/8/95, publicada no

DOU de 4/8/95, alterado pelas Portarias MEC nº 1.591, de


28/10/99 (DOU de 3/11/99) e nº 66, de 17/1/07 (DOU de
19/1/07).

ESTATUTO
TÍTULO I
DA UNIVERSIDADE

Art. 1o A Universidade Federal de Lavras - UFLA, instituição federal de


ensino superior, com sede e foro na cidade de Lavras, Estado de Minas
Gerais, criada pela Lei no 8.956 de 15 de dezembro de 1994, por
transformação da Escola Superior de Agricultura de Lavras, fundada em
1908, federalizada pela Lei no 4.307 de 23 de dezembro de 1963 e
transformada em autarquia de regime especial pelo Decreto no 70.686 de 07
de junho de 1972; é pessoa jurídica de direito público, regendo-se pela
legislação federal vigente, por este Estatuto, pelo Regimento Geral e pelas
resoluções e normas emanadas dos Conselhos Universitário e de Ensino,
Pesquisa e Extensão.

Art. 2o A Universidade gozará de autonomia didático-científica, disciplinar,


administrativa e de gestão financeira e patrimonial, nos termos da legislação
vigente, e reger-se-á pelos seguintes princípios:

I. liberdade de ensino, pesquisa e extensão, bem como de divulgação do


pensamento, da arte e do saber;
II. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
III. gestão democrática e participativa;
IV. valorização dos seus recursos humanos;
V. indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;
VI. respeito à pessoa e a seus direitos fundamentais;
VII. intercâmbio permanente com instituições nacionais, estrangeiras e
internacionais;
VIII. compromisso com a paz, com a defesa dos direitos humanos e com a
preservação do meio ambiente;
IX. compromisso com a cultura, a ética, a liberdade e a democracia;
X. compromisso com a formação de cidadãos altamente qualificados para o
exercício profissional;
XI. compromisso com o desenvolvimento econômico, o bem estar social e a
melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

CAPÍTULO I
Dos Objetivos

Art. 3o A Universidade Federal de Lavras tem por objetivos:

I. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do


pensamento reflexivo;
II. formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III. incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura,
e, desse modo, desenvolver o entendimento do ser humano e do meio em
que vive;
IV. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos
que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração;
VI. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em
particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII. promover a extensão, junto à população, visando à difusão das
conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica
e tecnológica geradas na instituição;
VIII. desenvolver as ciências, as letras, as artes, o esporte e a sáude,
visando à preservação e à melhoria da qualidade de vida.

CAPÍTULO II
Da Organização

Art. 4o A Universidade se organizará com base nos seguintes princípios:

I. unidade de patrimônio e administração;


II. estrutura orgânica com base em departamentos;
III. unidade das funções de ensino, pesquisa e extensão, vedada a
duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes;
IV. plena utilização dos recursos humanos, materiais e de qualquer ordem;
V. universalidade do conhecimento;
VI. flexibilidade de métodos e critérios, com vista às peculiaridades regionais
e às possibilidades de combinação dos conhecimentos, para novos cursos e
programas de pesquisa e de extensão.

TÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Art. 5o São órgãos da administração superior da Universi¬dade:

I. Conselho Universitário;
II. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;
III. Conselho de Curadores;
IV. Reitoria.

CAPÍTULO I
Do Conselho Universitário
Seção I
Da Organização

Art. 6o Os órgãos colegiados e comissões terão, em qualquer caso, no


mínimo, setenta por cento de docentes em sua composição.

Art. 7o O Conselho Universitário é o órgão superior de deliberação coletiva


da Universidade, em matéria de administração financeira e política
universitária, e se compõe:

I. do Reitor - como seu presidente;


II. do Vice-Reitor - como seu vice-presidente;
III. de um representante do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, eleito
por seus pares;
IV. dos chefes dos Departamentos Didático-Científicos;
V. de oito representantes das classes docentes, sendo: um auxiliar e um
assistente, dois adjuntos e quatro titulares, eleito por seus pares;
VI. de dois representantes da comunidade lavrense sem vínculo empregatício
com a Universidade, escolhidos pelos membros do Conselho Universitário,
entre indicações de clubes de serviço, associações ou outras entidades
representativas da sociedade civil;
VII. de cinco representantes dos servidores técnico-administrativos, eleitos
por seus pares;
VIII. de quatro representantes do corpo discente, sendo dois dos cursos de
graduação e dois dos cursos de pós-graduação, eleitos por seus pares.
§1o O mandato dos representantes do Conselho de Ensi¬no, Pesquisa e
Extensão, das classes docentes, da comunidade e dos servidores técnico-
administrativos, será de dois anos, permitida uma recondução.

§2o O mandato dos representantes do corpo discente será de um ano,


permitida uma recondução.

§3o Juntamente com os membros representantes, serão eleitos suplentes


que completarão o mandato, em caso de impedimento definitivo do titular.

Seção II
Do Funcionamento

Art. 8o O funcionamento do Conselho Universitário será definido no seu


Regimento.

Seção III
Da Competência

Art. 9o Compete ao Conselho Universitário:

I. formular a política global da Universidade;


II. aprovar normas para a avaliação do desempenho institucional;
III. aprovar o Estatuto e o Regimento Geral da Universidade, submetendo-os
à autoridade competente para a aprovação final;
IV. aprovar alterações e emendas a este Estatuto e ao Regimento Geral, por,
pelo menos, dois terços da totalidade de seus membros, em sessão
especialmente convocada, submetendo-as à autoridade competente para
homologação;
V. aprovar o seu regimento interno e os dos órgãos de administração,
ensino, pesquisa e extensão e dos órgãos suplementares;
VI. aprovar as vinculações orgânicas dos órgãos Suplementares;
VII. aprovar a criação, agregação, desmembramento, incorporação ou fusão
e extinção de órgãos ou unidades;
VIII. aprovar, a criação, a organização e a extinção, em sua sede, de cursos
e programas, por proposta do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;
IX. aprovar a alienação de bens imóveis;
X. aprovar os símbolos da Universidade;
XI. dispor sobre a elaboração e execução do orçamento da Universidade;
XII. aprovar o relatório anual de atividades e a prestação de contas do
Reitor;
XIII. organizar, em reunião conjunta com o Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão e Conselho de Curadores, as listas de nomes para a escolha e
nomeação do Reitor e do Vice-Reitor da Universidade, de acordo com a
legislação vigente;
XIV. eleger dois de seus membros docentes, para representá-lo no Conselho
de Curadores;
XV. apreciar recursos contra atos do Reitor e do Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão;
XVI. outorgar os títulos de Mérito Universitário, Doutor "Honoris causa",
Professor "Honoris causa" e de "Professor Emérito";
XVII. participar da outorga dos graus e diplomas, em sessão solene;
XVIII. criar câmaras e comissões permanentes ou temporárias, para estudo
de assuntos específicos;
XIX. deliberar sobre outras matérias atribuídas à sua competência, neste
estatuto, no regimento geral e nos regimentos internos, bem como sobre as
questões omissas.

CAPÍTULO II
Do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
Seção I
Da Organização
Art. 10. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CEPE, órgão superior
de deliberação coletiva, autônomo em sua competência, responsável pela
coordenação de todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão da
Universidade, será integrado pelos seguintes membros:

I. Reitor, como seu presidente;


II. Vice-Reitor, como seu vice-presidente;
III. Pró-Reitores;
IV. sete Coordenadores dos Cursos de Graduação, eleitos por seus pares,
com mandato de dois anos, permitida uma recondução;
V. quatro Coordenadores de Cursos de Pós-Graduação, eleitos por seus
pares, com mandato de dois anos, permitida uma recondução;
VI. quatro representantes do corpo discente, eleitos por seus pares, com
mandato de um ano, permitida uma recondução;
VII. dois representantes dos servidores técnico-administrativos, eleitos por
seus pares, com mandato de dois anos, permitida uma recondução;
VIII. dois representantes da comunidade lavrense, sem vínculo empregatício
com a Universidade, escolhidos pelos membros do Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão, entre indicações de clubes de serviço, associações ou
outras entidades representativas da sociedade civil.

Parágrafo único. Juntamente com os membros representantes, serão


eleitos suplentes, que completarão o mandato, em caso de impedimento
definitivo do titular.

Seção II
Do Funcionamento

Art. 11. O funcionamento do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão será


definido no seu Regimento.

Seção III
Da Competência

Art. 12. Compete ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão:

I. estabelecer as diretrizes dos órgãos de ensino, pesquisa e extensão, de


modo a coordenar as programações, impedindo a duplicação de meios para
fins idênticos ou equivalentes;
II. exercer, como órgão deliberativo e consultivo, a jurisdição universitária
nos campos do ensino, da pesquisa e da extensão;
III. aprovar o seu Regimento Interno e as respectivas modificações, por dois
terços de seus membros, submetendo-o ao Conselho Universitário;
IV. fixar normas complementares às do Regimento Geral sobre processo
seletivo, currículos, matrículas, transferências, verificação do rendimento
escolar, revalidação de diplomas de estrangeiros, aproveitamento de
estudos, além de outras matérias de sua competência;
V. propor normas para o processo seletivo e fixar o número inicial de vagas
para cada curso;
VI. opinar ou propor sobre a criação, agregação, desmembramento,
incorporação ou fusão e extinção de órgãos ou unidades;
VII. opinar e propor sobre a criação e extinção de cursos e programas;
VIII. aprovar alterações curriculares, criar ou extinguir disciplinas ou
modificar a sua distribuição e denominação, mediante proposta dos
Colegiados de Curso;
IX. aprovar ou modificar o calendário escolar;
X. deliberar e propor sobre a criação, desmembramento ou extinção de
departamento didático-científico;
XI. deliberar e propor sobre a criação e distribuição de cargos de magistério;
XII. opinar ou propor sobre a celebração de contratos e convênios, referentes
ao ensino, pesquisa e extensão;
XIII. propor normas para provimento de cargos de magistério;
XIV. propor a contratação ou rescisão de contrato de pessoal docente;
XV. aprovar critérios para contratação de professores visitantes e
substitutos;
XVI. deliberar sobre o afastamento de pessoal docente e técnico-
administrativo;
XVII. eleger um de seus membros para representá-lo no Conselho
Universitário;
XVIII. eleger dois de seus membros docentes para representá-lo no Conselho
de Curadores;
XIX. organizar, em reunião conjunta com o Conselho Universitário e Conselho
de Curadores, as listas de nomes para a escolha e nomeação do Reitor e do
Vice-Reitor da Universidade, de acordo com a legislação vigente;
XX. aprovar projetos institucionais de pesquisa, planos de cursos e planos de
atividades de extensão;
XXI. deliberar sobre taxas, contribuições e emolumentos;
XXII. criar câmaras e comissões permanentes ou temporárias, para estudo
de assuntos específicos;
XXIII. julgar os recursos sobre matéria de sua competência;
XXIV. deliberar originalmente ou em grau de recurso, sobre qualquer outra
matéria de sua esfera de competência, não prevista neste Estatuto, no
Regimento Geral e nos demais Regimentos Internos.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso XII do caput aos


convênios de estágios curriculares.

Art. 13. Das decisões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão caberá


recurso ao Conselho Universitário, por estrita argüição de ilegalidade.

CAPÍTULO III
Do Conselho de Curadores
Seção I
Da Organização

Art. 14. O Conselho de Curadores, órgão de fiscalização econômico-


financeira da Universidade, compõe-se:

I. de seis representantes do Conselho Universitário, escolhidos por seus


pares, dentre os docentes, com mandato de dois anos, permitida uma
recondução;
II. de seis representantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão,
escolhidos por seus pares, dentre os docentes, com mandato de dois anos,
permitida uma recondução;
III. de um representante do Ministério da Educação, com mandato de dois
anos;
IV. de um representante do corpo discente, eleito por seus pares, com
mandato de um ano, permitida uma recondução;
V. de dois representantes da comunidade externa, escolhidos pelo Conselho
Universitário, dentre os cidadãos que residam há mais de cinco anos em
Lavras e que estejam em exercício de profissão definida, com mandato de
dois anos, vedada a recondução;
VI. de um representante dos servidores técnico-administrativos, eleito por
seus pares, com mandato de dois anos, permitida uma recondução.

Seção II
Do Funcionamento

Art. 15. O Conselho de Curadores reunir-se-á em sessão ordinária, no início


de cada ano ou quando convocado por seu Pre¬sidente ou por um terço de
seus membros.

Parágrafo único. Em sua primeira reunião, os membros do Conselho de


Curadores elegerão o seu presidente.

Seção III
Da Competência

Art. 16. Ao Conselho de Curadores, compete:

I. fiscalizar os atos inerentes à execução orçamentária, examinando ou


mandando examinar, a qualquer tempo, a contabilidade e documentação
respectiva;
II. analisar a prestação de contas anual do Reitor e emitir parecer conclusivo,
para encaminhamento ao Conselho Universitário;
III. organizar, em reunião conjunta com o Conselho Universitário e Conselho
de Ensino, Pesquisa e Extensão, as listas de nomes para a escolha e
nomeação do Reitor e do Vice-Reitor da Universidade, de acordo com a
legislação vigen¬te.

CAPÍTULO IV
Da Reitoria

Art. 17. A Reitoria, órgão executivo que superintende todas as atividades


universitárias, é exercida pelo Reitor e com¬preende:

I. Pró-Reitorias;
II. Órgãos de Apoio e Assessoramento;
III. Órgãos da Administração Geral;
IV. Órgãos Suplementares.
Parágrafo único. A constituição, atribuições e competências das unidades a
que se refere este artigo serão definidas no Regimento Geral e nos
Regimentos Internos.

Art. 18. Ao Reitor, compete representar a Universidade, coordenar e


superintender todas as atividades universitárias.

Art. 19. O Reitor será substituído, em suas faltas e impedimentos, pelo Vice-
Reitor, e este em caráter transitório, pelo Pró-Reitor previamente designado
pelo Reitor.

Art. 20. O Reitor e o Vice-Reitor serão eleitos e nomeados em conformidade


com o disposto na legislação vigente.

Parágrafo único. O mandato do Reitor, salvo disposição legal em contrário,


será de quatro anos.

TÍTULO III
DA ADMINISTRAÇÃO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO
CAPÍTULO I
Dos Departamentos Didático-Científicos

Art. 21. O Departamento é a menor fração da estrutura universitária para


todos os efeitos de organização administrativa, didático-científica e de
distribuição de pessoal e compreen¬derá disciplinas afins.

Art. 22. A administração de cada departamento será exercida:

I. pelo Chefe do Departamento;


II. pela Assembléia Departamental.

Art. 23. O Chefe e o Subchefe do Departamento serão eleitos pela


Assembléia Departamental, dentre os docentes do quadro permanente, e
terão mandatos coincidentes com o do Reitor.

§1o Nas faltas e impedimentos do Chefe, a chefia será exercida pelo


Subchefe.

§2o Nas faltas e impedimentos do Chefe e do Subchefe, exercerá a chefia o


docente mais antigo, no exercício do magistério, no Departamento.

Art. 24. Integram a Assembléia Departamental os docentes em exercício e


as representações discente e técnico-administrativa.

§1o A representação discente será de até 15% dos integrantes da


Assembléia Departamental, com mandato de um ano, permitida uma
recondução.

§2o A representação dos servidores técnico-administrativos será de até 15%


dos integrantes da Assembléia Departamental, eleita pelos servidores lotados
no Departamento, com mandato de um ano, permitida uma recondução.

Art. 25. O Departamento, como elemento fundamental da estrutura


universitária, é aberto a toda a Universidade, em decorrência do princípio
que veda a duplicidade de meios para fins idênticos ou equivalentes.

Art. 26. As atribuições e funcionamento do Departamento serão


estabelecidas no Regimento Geral e no Regimento Interno de cada
departamento, aprovado pelo Conselho Universitário.

CAPÍTULO II
Dos Colegiados de Curso

Art. 27. O Colegiado de Curso, responsável pelo gerenciamento acadêmico-


administrativo dos cursos, será composto de sete membros, sendo:

I. um coordenador indicado pelo Pró-Reitor respectivo;


II. quatro representantes dos docentes envolvidos no curso, escolhidos pelo
coordenador e homologados pelo Pró-Reitor respectivo;
III. um representante discente, de graduação ou de pós-graduação, do curso
em questão, eleito pelos seus pares, com mandato de um ano, permitida
uma recondução;
IV. um representante dos servidores técnico-administrativos, envolvidos com
as atividades do respectivo curso, com mandato de dois anos, permitida a
recondução.

Parágrafo único. As atribuições e funcionamento do Colegiado de Curso


serão estabelecidas no Regimento Geral e no Regimento Interno de cada
Colegiado, aprovados pelo Conselho Universitário.

CAPÍTULO III
Do Ensino

Art. 28. O ensino, atividade básica da Universidade Federal de Lavras,


abrangerá os seguintes cursos e programas:

I. cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de


abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos
pelos órgãos competentes;
II. de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio
ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;
III. de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado,
cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos
diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências
estabelecidas pelos órgãos competentes;
IV. de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos
estabelecidos em cada caso pelo CEPE;

§ 1o A Universidade ministrará cursos presenciais e a distância, de acordo


com a legislação vigente

§ 2o Aos alunos regulares é assegurada a orientação acadêmica sistemática,


na forma definida no Regimento Geral e nas resoluções do Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão.

Art. 29. Os cursos de graduação têm como objetivo a formação de


profissionais para o exercício de atividades que demandem estudos
superiores.

Art. 30. Os cursos de pós-graduação têm como objetivo a formação de


docentes, pesquisadores e profissionais de alto nível.

Art. 31. Os demais cursos terão os objetivos, a organização, a estrutura e as


exigências previstos em cada caso.

Parágrafo único. As disposições referentes a esses cursos deverão ser


estabelecidas em documento próprio registrado na Pró-Reitoria responsável.

CAPÍTULO IV
Da Pesquisa

Art. 32. A pesquisa é atividade básica da Universidade Federal de Lavras,


devendo ser estimulada a aplicação de seus resultados através da extensão.

Parágrafo único. A elaboração e execução dos programas de pesquisa


estarão a cargo dos Departamentos didático-científicos, isolada ou
conjuntamente.

Art. 33. A Universidade incentivará a pesquisa por todos os meios possíveis,


consoante os recursos e meios que dispuser e com os que conseguir através
de convênios, acordos e ajustes.

Parágrafo único. A Universidade consignará, anualmente, em seu


orçamento, recursos destinados à pesquisa.

CAPÍTULO V
Da Extensão

Art. 34. A extensão, atividade básica da Universidade Federal de Lavras,


deverá alcançar toda a comunidade ou dirigir-se a pessoas e instituições
públicas ou privadas, abrangendo cursos, estágios e serviços, que serão
realizados no cumprimento de programas específicos.

§1o A extensão será realizada, com vistas à integração com a sociedade, em


todos os setores de atividade da Universidade e estará a cargo dos
Departamentos didático-científicos, dos docentes, dos discentes e de
profissionais designados pela autoridade competente.

§2o A Universidade incentivará a extensão, através da reformulação


permanente do seu programa orgânico específico, respondendo às iniciativas
de fomento oficiais de extensão universitária e buscando parcerias com
agentes sociais potenciais em coo¬peração na área de geração e difusão de
ciência e tecnologia.

§3o A Universidade consignará, anualmente, em seu orçamento, recursos


destinados à extensão.

TÍTULO IV
DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

Art. 35. A comunidade universitária é constituída por docentes, discentes e


técnico-administrativos, diversificados em suas atribuições e funções e
unificados nas finalidades e objetivos da Universidade.

Art. 36. Os requisitos exigidos dos membros da comunidade universitária,


bem como seus direitos e deveres se pautam nos princípios de humanização,
de respeito à pessoa, nas finalidades, objetivos, atribuições e competências
expressos neste Estatuto, no Regimento Geral, nos regimentos internos, em
normas e regulamentos pertinentes e na legislação superior vigente.

CAPÍTULO I
Do Corpo Docente

Art. 37. O Corpo Docente da Universidade é constituído por docentes que


exerçam atividades de ensino, pesquisa e extensão ou que ocupem cargos
administrativos ou técnicos, na qualidade de professor.

Art. 38. O ingresso, a nomeação, a posse, o regime de trabalho, a


promoção, o acesso, a aposentadoria e a dispensa de docente são regidas
pela legislação em vigor, pelo Regimento Geral, pelo Plano de Carreira da
Universidade e pelas resoluções dos Conselhos Universitário e de Ensino,
Pesquisa e Extensão.

Art. 39. Haverá uma Comissão Permanente de Pessoal Docente - CPPD, com
atribuições e constituição previstas em lei, neste Estatuto, no Regimento
Geral e no seu Regimento Interno, destinada a assessorar os órgãos da
Administração Superior, na formulação e execução da política referente ao
pessoal docente.

CAPÍTULO II
Do Corpo Discente

Art. 40. O corpo discente é constituído por alunos regulares e especiais.

§1o Aluno regular é aquele matriculado em curso de graduação ou pós-


graduação.

§2o Aluno especial é aquele inscrito em outros cursos, disciplinas isoladas ou


atividades congêneres.

Art. 41. A Universidade prestará, de acordo com suas disponibilidades,


assistência ao corpo discente, sem prejuízo de suas responsabilidades para
com os demais membros da comunidade, fomentando, entre outras
iniciativas:

I. programas de alimentação, alojamento e saúde;


II. promoções de natureza cultural, artística, esportiva e recreativa;
III. programas de bolsas de estudo, de extensão, de iniciação científica, de
estágio e monitoria;
IV. orientação psicopedagógica e profissional;
V. crescimento psicológico, político, cívico e democrático, pressupostos
básicos para a formação integral do cidadão.

CAPÍTULO III
Do Corpo Técnico-Administrativo
Art. 42. O corpo técnico-administrativo da Universidade é constituído por
servidores integrantes do Quadro, que exerçam atividades técnicas,
administrativas e operacionais, necessárias ao cumprimento dos objetivos
institucionais.

Art. 43. O ingresso, a nomeação, a posse, o regime de trabalho, a


promoção, o acesso, a aposentadoria e a dispensa de servidor técnico-
administrativo são regidas pela legislação em vigor, pelo Regimento Geral,
pelo Plano de Carreira da Universidade e pelas resoluções do Conselho
Universitário e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Art. 44. Haverá uma Comissão Permanente de Pessoal Técnico-Adminitrativo


– CPPTA, com atribuições e constituição previstas em lei, neste Estatuto e no
Regimento Geral, destinada a assessorar os órgãos da Administração
Superior, na formulação e execução da política referente ao pessoal técnico-
administrativo.

TÍTULO V
DOS DIPLOMAS, CERTIFICADOS E TÍTULOS

Art. 45. Ao aluno regular que concluir curso de graduação ou de pós-


graduação, com observância das exigências contidas na legislação em vigor,
neste Estatuto e no Regimento Geral, a Universidade conferirá o grau e
expedirá o correspondente diploma.

Art. 46. Ao aluno especial que concluir cursos de aperfeiçoamento,


especialização e outros, disciplina isolada ou atividade de outra natureza, a
Universidade expedirá o correspon¬dente certificado.

Art. 47. A Universidade poderá conferir e expedir títulos de:


I. Mérito Universitário, a membro da comunidade que tenha se distinguido
por relevantes serviços à Universidade;
II. Professor Emérito, a docente aposentado ou ex-docente da Universidade
Federal de Lavras, que tenha alcançado posição eminente em atividades
universitárias;
III. Professor Honoris causa, a professor ou cientista ilustre não pertencente
à Universidade Federal de Lavras, que a esta tenha prestado relevantes
serviços;
IV. Doutor Honoris causa, a personalidade que tenha se distinguido pelo
saber ou pela atuação em prol das ciências, artes e do bem-estar humano.

TÍTULO VI
DO PATRIMÔNIO, DOS RECURSOS E DO REGIME FINANCEIRO

Art. 48. O Patrimônio da Universidade administrado pelo Reitor, com


observância dos preceitos legais e regulamentares, é constituído:

I. pelos bens e direitos que integravam o patrimônio da Escola Superior de


Agricultura de Lavras, os quais foram automaticamente transferidos, sem
reservas ou condições, à Universidade Federal de Lavras, nos termos da Lei
8.956, de 15 de dezembro de 1994;
II. pelos bens e direitos que a Universidade vier a adquirir;
III. pelas doações ou legados que receber;
IV. por incorporações que resultem de serviços realizados pela Universidade.

Art. 49. Os recursos financeiros da Universidade serão provenientes de:

I. dotação que lhe for anualmente consignada no Orçamento da União;


II. dotações, auxílios, doações e subvenções que lhe venham a ser feitas ou
concedidas pela União, Estados e Municípios, ou por quaisquer entidades,
públicas ou privadas;
III. remuneração por serviços prestados a entidades públicas ou privadas,
mediante contratos específicos;
IV. taxas, anuidades e emolumentos que forem cobrados pela prestação de
serviços educacionais e outros, com observância da legislação pertinente;
V. resultado de operações de crédito e juros bancários, nos termos da lei;
VI. receitas eventuais;
VII. saldo de exercícios anteriores.

Art. 50. Os bens e direitos da Universidade serão utilizados ou aplicados


exclusivamente na realização de seus objetivos.

Art. 51. A movimentação de recursos financeiros e a sua contabilização


ficarão a cargo da Reitoria.

Parágrafo único. O produto de qualquer arrecadação na Universidade será


recolhido conforme determina a Reitoria, sendo vedada a retenção de renda
nos setores da Universidade.

Art. 52. O Reitor poderá delegar competência aos Pró-Reitores, Chefes de


Departamento, Prefeito do Campus e Coordenadores de Cursos e de
Convênio, para realização de despesas, den¬tro de limites e normas
estabelecidas.

TÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 53. As atividades relativas ao ensino, pesquisa, extensão, administração


e outras decorrentes de eleição, designação, indicação, exercício de função
ou de atribuições, constituem deveres do corpo docente, técnico-
administrativo e discente.

Parágrafo único. O não cumprimento das obrigações decorrentes de


atividades de que trata este artigo torna o docente, o servidor técnico-
administrativo e o discente sujeitos à atribuição de faltas, sem prejuízo de
outras penalidades cabíveis.

Art. 54. O presente Estatuto poderá ser modificado pelo Conselho


Universitário, mediante proposta aprovada por, no mínimo, dois terços de
seus membros, devendo as alterações serem aprovadas pelo órgão superior
competente.

Art. 55. Este Estatuto entra em vigor após a aprovação do Conselho


Nacional de Educação e homologação pelo Ministério da Educação, revogadas
as disposições em contrário.

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