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Estatuto Da UFPI

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ESTATUTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

APROVAÇÃO

Decreto nº 72.140, de 26 de abril de 1973


D.O.U de 27/04/73

ALTERAÇÕES POSTERIORES

- Portaria nº 453, de 30/05/78, do Ministério de Educação e Cultura


D.O.U de 02/06/78
- Portaria nº 180, de 05/02/93, do Ministério da Educação e do Desporto
D.O.U nº 26, de 08/02/93

ADAPTAÇÃO À LDBE (Lei nº 9.394, de 20/12/96) E LEGISLAÇÃO


SUSEQÜENTE

- Resolução CONSUN/UFPI nº 15/99, de 25/03/99


- Homologação: Parecer nº 665/95, da Câmara de Educação Superior do
Conselho Nacional de Educação
D.O.U nº 147 – E, de 03/08/99
- Aprovação: Portaria nº 1.225, de 30/07/99, do Ministério da Educação
D.O.U nº 147 – E, de 03/08/99

- Resolução CONSUN/UFPI nº 04/04, de 30/01/04

- Homologação: Parecer nº 142/2004, da Câmara de Educação Superior do


Conselho Nacional de Educação
D.O.U. nº 101, de 20/07/2004

- Aprovação: Portaria nº 2.338, de 10/08/2004, do Ministério da Educação


D.O.U. nº 154, de 11/08/

Resolução CONSUN/UFPI nº 032/05, de 10/10/05

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ESTATUTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

TITULO I
DA UNIVERSIDADE

Art. 1º - A Universidade Federal do Piauí é uma instituição de ensino


superior, mantida pela Fundação Universidade Federal do Piauí – FUFPI
(criada pela Lei nº 5.528, de 12.11.68), com sede na cidade de Teresina –
Estado do Piauí.

Art. 2º - A Universidade goza de autonomia didático-científica,


administrativa e de gestão financeira e patrimonial, que será exercida na forma
de legislação vigente, do presente Estatuto e de seu Regimento Geral.

CAPITULO I - DOS OBJETIVOS E FUNÇÕES

Art. 3º - À Universidade, que tem por objetivo cultivar o saber em todos


os campos do conhecimento puro e aplicado, incumbe:
a) estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito cientifico
e do pensamento reflexivo;
b) formar diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para
inserção em setores profissionais e para a participação no
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua;
c) incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da
cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento e do meio em
que vive;
d) promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e
técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou de outras formas de
comunicação;
e) suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e
profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando
os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura
intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
f) estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em
particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
g) promover extensão, aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e
da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

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CAPITULO II - DOS PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO DE SUA
ESTRUTURA

SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS

Art. 4º - A Universidade organizar-se-á com observância dos seguintes


princípios:
a) unidade de patrimônio e administração;
b) organicidade de estrutura, com base em Departamentos reunidos em
unidades denominadas Centros de Ciências e de Tecnologia, de
coordenação setorial;
c) indissociabilidade das funções de ensino, pesquisa e extensão,
vedada a duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes;
d) racionalidade de organização, com utilização plena de recursos
humanos e materiais;
e) universalidade de campo, pelo cultivo das áreas fundamentais dos
conhecimentos humanos e de áreas técnico-profissionais;
f) flexibilidade de métodos e critérios, com vistas às diferenças
individuais dos alunos, às peculiaridades regionais e às
possibilidades de combinação dos conhecimentos para novos cursos
e projetos de pesquisa.

Parágrafo Único – A fim de que sejam observados os princípios


estabelecidos neste artigo, fixam-se as seguintes normas:
I – Os Centros de Ciências e o de Tecnologia, que coordenarão os
Departamentos, serão definidos como órgãos simultaneamente de
ensino, pesquisa e extensão nos respectivos campos de estudo;
II – O ensino, a pesquisa e a extensão desenvolver-se-ão mediante a
cooperação das unidades responsáveis pelos estudos
compreendidos em cada curso ou projeto de pesquisa;
III – Além dos Centros de Ciências e de Tecnologia a Universidade terá
Órgãos Suplementares, de natureza técnica, cultural, científica,
recreativa e assistencial para seus corpos docentes, discentes e
administrativo.

SEÇÃO II
DA ESTRUTURA

Art. 5º - A Universidade compõe-se de nove unidades de coordenação e


ensino, a saber:
a) Centro de Ciências da Saúde;
b) Centro de Ciências Humanas e Letras;
c) Centro de Ciências da Natureza;
d) Centro de Ciências da Educação “Prof. Mariano da Silva Neto”;
e) Centro de Tecnologia;
f) Centro de Ciências Agrárias;
g) Campus Ministro Reis Velloso;

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h) Campus Universitário do Junco;
i) Campus Universitário de Bom Jesus

Parágrafo Único - São Órgãos Suplementares da Universidade:


a) O Setor Artístico e Cultural;
b) O Setor de Informática;
c) A Biblioteca Comunitária;
d) A Editora da Universidade;
e) O Hospital Universitário;
f) O Hospital Veterinário Universitário;
g) A Auditoria Interna.

Art. 6º - O Departamento será a menor parte da estrutura universitária


para todos os efeitos de organização administrativa, didático-científica e de
distribuição de pessoal.
Parágrafo Único – Na criação dos Departamentos serão observados os
seguintes requisitos:
a) agrupamento de disciplinas afins, abrangendo área significativa de
conhecimentos;
b) disponibilidade de instalações e equipamentos;
c) número de professores não inferior a 10 (dez) e, no conjunto, em
proporção adequada ao desenvolvimento da pesquisa na respectiva
área.

TITULO II
DA ADMINISTRAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Art. 7º - A Administração Universitária far-se-á em nível superior e em


nível de Centros.

CAPITULO I - DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

Art. 8º - A Administração Superior terá como órgãos deliberativos o


Conselho de Administração, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e o
Conselho Universitário e, como órgão executivo, a Reitoria.
§ 1º - Na composição dos Colegiados Superiores os docentes ocuparão
setenta por cento dos assentos.
§ 2º - Quando, na composição dos Colegiados Superiores, não for
alcançado o percentual referido no parágrafo anterior, serão eleitos, pelo
Conselho Universitário, entre Vice-Diretores de Unidades de Ensino, tantos
quanto sejam necessários e suficientes para atendimento do referido
percentual.

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SEÇÃO I
DOS ÓRGÃOS DELIBERATIVOS SUPERIORES

Art. 9º - O Conselho de Administração será o órgão superior deliberativo


e consultivo da Universidade em matéria administrativa e terá a seguinte
composição:
I – o Reitor, como Presidente;
II – o Vice-Reitor, como Vice-Presidente;
III – os Pró-Reitores de Administração, Planejamento e Orçamento e de
Assuntos Estudantis e Comunitários;
IV – os Diretores das Unidades de Coordenação e Ensino;
V – os Diretores das Unidades de Ensino Médio e Tecnológico;
VI – dois (02) representantes dos servidores técnico-administrativos,
eleitos por seus pares, com mandato de 02 (dois) anos;
VII – a representação estudantil, na forma da legislação vigente;

Parágrafo Único – O Conselho de Administração deliberará em plenário


ou através das seguintes Câmaras que o compõem:
a) Câmara Administrativa;
b) Câmara de Planejamento e Orçamento;
c) Câmara de Assuntos Estudantis e Comunitários.

Art. 10 – O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão será o órgão


superior deliberativo e consultivo da Universidade em matéria de ensino,
pesquisa e extensão e será composto pelos seguintes membros:
I - o Reitor, como Presidente;
II - o Vice-Reitor, como Vice-Presidente;
III - os Pró-Reitores de Ensino de Graduação, de Pesquisa e Pós-
Graduação e de Extensão;
IV - um representante docente por Conselho Departamental, eleito por
seus pares, com mandato de 02 (dois) anos;
V – a representação estudantil, na forma da legislação vigente.

Parágrafo Único – O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão


deliberará em plenário ou através de Câmaras que o compõem:
a) Câmara de Ensino de Graduação;
b) Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação;
c) Câmara de Extensão.

Art. 11 – O Conselho Universitário será o órgão máximo deliberativo da


Universidade, para definir a política universitária e funcionar como instância de
recursos e será composto por:
I – o Reitor, como Presidente;
II – o Vice-Reitor, como Vice-Presidente;
III – os Membros do Conselho de Administração e do Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão;
IV – três (03) membros representantes da comunidade, sendo um (01)
da categoria dos empregadores sindicalizados, um (01) da
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categoria dos trabalhadores e um (01) da área cultural, não
pertencentes aos quadros da Universidade, com mandato de dois
(02) anos.
V – 01 (um) representante do Conselho Estadual de Ciência e
Tecnologia.

SEÇÃO II
DA REITORIA

Art. 12 – A Reitoria será o órgão superior executivo da Universidade.

Art. 13 – A Reitoria será exercida pelo Presidente da Fundação e, nas


faltas e impedimentos deste, pelo Vice-Presidente da Fundação, que serão,
respectivamente, o Reitor e o Vice-Reitor, nomeados na forma da legislação
vigente.
§ 1º Nas faltas e impedimentos simultâneos e eventuais do Reitor e do
Vice-Reitor, a Reitoria será exercida pelo Pró-Reitor mais antigo no magistério
da Universidade.
§ 2º - Os cargos de Reitor e de Vice-Reitor serão exercidos,
obrigatoriamente, em regime de tempo integral.
§ 3º - O mandato de Reitor e de Vice-Reitor é de quatro (04) anos,
permitida uma única recondução para o mesmo cargo.
§ 4º - Antes do término dos respectivos mandatos, tanto o Reitor como o
Vice-Reitor poderão ser destituídos, por Ato do Presidente da República:
a) na hipótese prevista no art. 13 do Decreto nº 2306, de 19/08/1997;
b) mediante proposta do Conselho Universitário, aprovada por 2/3
(dois terços) de seus membros, no mínimo, observado o disposto
no inciso LV do art. 5º da Constituição Federal.

Art. 14 – Compete ao Reitor representar a Universidade bem como


coordenar e superintender todas as atividades universitárias.
Parágrafo Único – O Reitor presidirá reunião de qualquer órgão colegiado a
que se fizer presente.

Art. 15 – Ao Vice-Reitor compete exercer as atribuições definidas neste


Estatuto, no Regimento Geral e em atos de delegação baixados pelo Reitor.

Art. 16 – O Reitor será auxiliado em suas atribuições de supervisão e


coordenação por seis Pró-Reitores, um para cada área, dentre as seguintes:
a) Assuntos Administrativos;
b) Assuntos de Planejamentos e Orçamento;
c) Assuntos de Ensino de Graduação;
d) Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação;
e) Assuntos de Extensão;
f) Assuntos Estudantis e Comunitários.
§ 1º Os Pró-Reitores serão nomeados pelo Reitor, escolhidos dentre os
professores da Universidade, prescindindo-se desta condição,
excepcionalmente e a critério do Reitor, em relação às áreas de administração

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e planejamento, cujos titulares deverão, contudo, pertencer aos quadros da
Universidade.
§ 2º - Compete aos Pró-Reitores a presidência das respectivas Câmaras
dos colegiados superiores.

CAPITULO II - DA ADMINISTRAÇÃO DE UNIDADES

Art. 17 – A administração dos Centros será exercida, no plano


deliberativo, pelo Conselho Departamental, pelas Assembléias Departamentais
e pelos Colegiados de Cursos, e, no plano executivo, pela Diretoria, pelos
Departamentos e pelas Coordenações de Cursos.

Art. 18 – Os órgãos deliberativos dos Centros terão sua composição e


competência fixadas no Regimento Geral, respeitado o disposto no parágrafo
primeiro do art. 8º.

Art. 19 – A Diretoria será o órgão executivo encarregado de


superintender, coordenar e fiscalizar as atividades do Centro.
§ 1º - A Diretoria será exercida pelo Diretor e, nas faltas e impedimentos
deste, pelo Vice-Diretor.
§ 2º Nas faltas e impedimentos simultâneos e eventuais do Diretor e do
Vice-Diretor, a Diretoria será exercida pelo professor mais antigo do magistério
da Universidade , dentre os Chefes de Departamento do respectivo Centro.

Art. 20 – O Diretor e o Vice- Diretor serão nomeados pelo Reitor e


escolhidos na forma da legislação vigente.

Art. 21 – Antes de findo o seu mandato, o Diretor poderá:


a) ser afastado de suas funções, em conseqüência de intervenção na
Unidade, decretada pelo Conselho Universitário;
b) ser destituído por ato da autoridade competente, mediante proposta
homologada por 2/3 (dois terços), no mínimo, do Conselho
Universitário, observado o disposto no inciso LV do Art. 5º da
Constituição Federal.
Parágrafo Único – As disposições deste parágrafo aplicam-se ao Vice-
Diretor quando no exercício da Diretoria.

Art. 22 – O Departamento tem um Chefe e um Sub-Chefe, nomeados


pelo Reitor e escolhidos em eleição direta e uninominal, da qual participem
alunos dos cursos de graduação do Centro matriculados em disciplinas
específicas do Departamento, professores e servidores técnico-administrativos
a ele vinculados e na qual o voto docente terá peso de 70% (setenta por
cento).
Parágrafo Único – O mandato do Chefe e do Sub-Chefe será de 02 (dois) anos,
exercido em regime de tempo integral, vedado seu exercício por mais de duas
vezes consecutivas.

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Art. 23 – Cada Curso terá um Coordenador e um Sub-Coordenador,
nomeados pelo Reitor e escolhidos através de eleição direta e uninominal, de
que participem professores do Centro que ministrem disciplinas específicas do
Curso e alunos do mesmo matriculados e na qual o voto docente terá peso de
70% (setenta por cento).

TITULO III
DO REGIME DIDÁTICO E CIENTÍFICO

Art. 24 – A organização dos trabalhos universitários far-se-á visando a


uma integração crescente das unidades e de suas atividades afins.

CAPÍTULO I - DO ENSINO

Art. 25 – A Universidade poderá organizar as seguintes modalidades de


cursos e programas, além de outras que se fizerem necessárias, atendidas a
suas naturezas e as necessidades de integração no processo de
desenvolvimento da região.
a) cursos seqüenciais por campo do saber, de diferentes níveis de
abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos
estabelecidos pela instituição;
b) de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino
médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo
seletivo;
c) de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e
doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros,
abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que
atendam às exigências da Instituição;
d) de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos
estabelecidos em cada caso pela instituição.

Art. 26 – Os cursos de graduação habilitarão à obtenção de grau


profissional ou acadêmico e estarão abertos aos candidatos que tenham sido
classificados em Concurso Vestibular ou em outro processo seletivo, na forma
de lei.
§ 1º - O Concurso Vestibular, centralizado em sua execução e
abrangendo os conhecimentos comuns às diversas formas de educação do
ensino médio ou equivalente, sem ultrapassar este nível de complexidade, terá
por objetivos:
a) avaliar a formação e aptidão intelectual dos candidatos para seguir
estudos de terceiro grau;
b) classificar os candidatos até o limite de vagas fixadas na forma do
edital próprio.
§ 2º - A Universidade fixará currículo para cada curso de graduação,
observando as diretrizes gerais pertinentes.
§ 3º - A duração dos cursos de graduação poderá ser abreviada para os
alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, de
acordo com a legislação específica.
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Art. 27 – Os cursos seqüenciais, conjunto de atividades sistemáticas de
formação, alternativas ou complementares aos cursos de graduação, podem
ser:
a) cursos superiores por campo do saber, de formação específica, com
destinação coletiva, conduzindo a diploma;
b) cursos superiores de complementação de estudos, com destinação
individual ou coletiva conduzindo a certificado.

Art. 28 – A pós-graduação compreenderá os seguintes níveis:

I – stricto sensu:
a) mestrado;
b) doutorado.
II – lato sensu:
a) aperfeiçoamento;
b) especialização.

Art. 29 – Os cursos de mestrado e doutorado terão por finalidade


aprofundar e desenvolver os estudos feitos a nível de graduação e serão
abertos a portadores de diploma de 3º grau que, mediante seleção,
demonstrem capacidade intelectual e profissional para o desenvolvimento
criativo nos diferentes ramos do saber.

Art. 30 – Os cursos de especialização e aperfeiçoamento destinar-se-ão


a graduados de cursos superiores, tendo os primeiros por objetivo preparar
especialistas em setores restritos de estudos, e os últimos atualizar melhorar
conhecimentos e técnicas de trabalho.

Art. 31 – Os cursos de extensão terão por objetivo a difusão de


conhecimentos e técnicas de trabalho, para elevar a eficiência e os padrões
educacionais, culturais e sócio-econômicos da comunidade.

Art. 32 – O currículo de cada curso abrangerá uma seqüência de


disciplinas, ordenadas, quando for o caso, por meio de pré-requisitos e/ou co-
requisitos, cuja integralização dará direito ao correspondente diploma ou
certificado.
Parágrafo Único – O controle da integralização curricular será feito pelo
sistema de créditos, na forma do Regimento Geral.

Art. 33 – Os currículos dos cursos correspondentes a profissões


regulamentadas em lei, bem como os que sejam criados pelo Conselho
Nacional de Educação, incluirão as disciplinas estabelecidas para cada um,
respeitados os parâmetros curriculares pertinentes.

Art. 34 – Cada disciplina terá um programa que indicará o conjunto de


estudos e atividades correspondentes ao desdobramento de uma matéria, com
um mínimo de horas pré-fixadas, em um período letivo.

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Art. 35 – A fim de assegurar os direitos dos membros do corpo discente,
a Universidade concederá matrícula:
a) ao estudante classificado em Concurso Vestibular da Universidade
ou em outra modalidade de ingresso;
b) ao estudante regular de outra Instituição de Ensino Superior cuja
transferência tenha sido aceita pela Universidade;
c) ao portador do diploma de curso superior que seja admitido nos
termos do Regimento Geral;
d) ao estudante estrangeiro admitido mediante convênio cultural;
e) ao aluno especial admitido na forma do Regimento Geral;
f) ao aluno em trânsito, mediante convênio.

Parágrafo Único – será cancelado o registro do estudante que:


a) não integralizar os créditos necessários para obtenção de
diploma ou certificado dentro do prazo máximo estabelecido
nos respectivos currículos;
b) não alcançar no conjunto os mínimos de aproveitamento
fixados no Regimento Geral;
c) deixar de cumprir outras exigências previstas no Regimento
Geral.

Art. 36 – A matrícula será feita por disciplina de forma descentralizada,


nas Coordenações dos Cursos, respeitados todos os pré-requisitos e/ou co-
requisitos, limites máximos e mínimos de créditos por período letivo,
compatibilidade de horários e demais exigências a que se condicione.

Art. 37 – Nos cursos de graduação e pós-graduação, o rendimento


escolar será aferido por disciplina e terá em conta, também, os aspectos de
assiduidade e eficiência nos estudos.

Art. 38 – Haverá por ano 02 (dois) períodos letivos regulares, cada um


com o mínimo de 100 (cem) dias de trabalho escolar efetivo, excluído o tempo
reservado a exames.
Parágrafo Único – Poderá haver um período letivo especial, para assegurar a
plena utilização dos recursos da Universidade.

Art. 39 – O calendário Universitário será aprovado, anualmente, pelo


Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

CAPÍTULO II - DA PESQUISA

Art. 40 – A pesquisa será encarada como função específica voltada para


a busca de novos conhecimentos e técnicas, e como recurso de Educação
destinado ao cultivo da atitude científica indispensável a uma correta formação
do grau superior.

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Art. 41 – Os projetos de pesquisa deverão voltar-se, prioritariamente,
para o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do
ponto de vista científico e cultural, quanto local, regional e nacional.

CAPITULO III - DA EXTENSÃO

Art. 42 – A Universidade contribuirá, através de atividades de extensão,


para o desenvolvimento educacional, cultural e sócio-econômico da
comunidade.

Art. 43 – A extensão poderá alcançar o âmbito de toda a coletividade, ou


dirigir-se a pessoas e instituições públicas ou privadas, abrangendo cursos que
serão realizados no cumprimento de planos, programas e projetos específicos.

TITULO IV
DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

Art. 44 – A comunidade universitária será integrada pelos corpos


docente, discente e técnico-administrativo.
Parágrafo Único – O Regimento Geral fixará o regime disciplinar a que ficarão
sujeitos os membros da comunidade universitária.

CAPITULO I - DO CORPO DOCENTE

Art. 45 – O corpo docente será constituído pelos integrantes das


carreiras de Magistério Superior e de magistério de 1º e 2º Graus, pelos
Professores Visitantes e pelos Professores Substitutos.

Art. 46 – O escalonamento das carreiras de magistério será detalhado


no Regimento Geral e obedecerá à legislação federal em vigor.

Art. 47 – Os professores não perderão essa condição quando


designados para função administrativa ou técnica.

Art. 48 – O pessoal docente será admitido pelo Reitor, após habilitação


em concurso público de provas e títulos e observadas as normas previstas no
Regimento Geral e na legislação federal pertinente.

Art. 49 – A dispensa do pessoal docente será feita pelo Reitor, na forma


prevista no Regimento Geral.

Art. 50 – Observados os níveis e quantitativos previstos no Quadro de


Pessoal da Universidade, a lotação e a movimentação de professores serão
disciplinadas no Regimento Geral.

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CAPITULO II - DO CORPO DISCENTE

Art. 51 – A Universidade terá alunos regulares, especiais e em trânsito.


§ 1º - Regulares serão os alunos matriculados em cursos de graduação,
seqüenciais por campo de saber ou pós-graduação stricto sensu, com direito
aos respectivos diplomas, após o cumprimento integral dos respectivos
currículos.
§ 2º - Especiais serão os alunos matriculados, com direito a certificado
após a conclusão de estudos em:
a) cursos de especialização, aperfeiçoamento e extensão;
b) disciplinas isoladas de curso de graduação ou pós-graduação e
sujeitos, em relação a estas, as exigências estabelecidas para alunos
regulares;
c) cursos seqüenciais de complementação de estudos.
§ 3º - Em trânsito serão os alunos regularmente matriculados em outras
IES e aceitos na UFPI para cursar disciplinas isoladas;
§ 4º - Os estudos concluídos com êxito por aluno especial ou em trânsito
poderão ser aproveitados em caso de passagem à condição de aluno regular;
§ 5º O Regimento Geral estabelecerá as normas para matrícula dos
alunos especiais e em trânsito.

Art. 52 – O ato de admissão na Universidade importará em compromisso


formal de respeito ao presente Estatuto e aos Regimentos e normas baixadas
pelos órgãos competentes, bem como às autoridades que deles emanam
constituindo falta punível o seu desatendimento ou transgressão.

Art. 53 – Com o objetivo de promover maior integração do corpo


discente no contexto universitário e na vida social, deverá a Universidade,
complementando-lhe a formação curricular específica:
a) estimular as atividades de educação física e desportos, mantendo
para tanto orientação adequada e instalações especiais;
b) incentivar os programas que visem à formação cívica, indispensável
à criação de uma consciência de direitos e deveres do cidadão e do
profissional;
c) assegurar a realização de programas culturais, artísticos, cívicos e
desportivos por parte dos alunos;
d) proporcionar aos estudantes, por meio dos cursos e serviços de
extensão e pesquisa, oportunidade de participação em projetos de
melhoria das condições de vida da comunidade, bem como no
processo de desenvolvimento regional e nacional.

Art. 54 – Os alunos regulares poderão obter auxílios mediante:


a) bolsa para alimentação ou finalidade análoga;
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b) bolsa para iniciação científica;
c) bolsa de extensão;
d) bolsa de trabalho.
§ 1º - A concessão das bolsas referidas neste artigo ficará condicionada
ao exame dos casos individuais.
§ 2º Na determinação das categorias de renda familiar, para efeito de
obtenção de auxílios, observar-se-ão as normas fixadas pelo Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão e Conselho de Administração.
§ 3º - Casos excepcionais serão regulamentados pelo Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão e pelo Conselho de Administração.

Art. 55 – No limite dos recursos, e sem prejuízo de suas


responsabilidades para com os demais membros da coletividade universitária,
a Universidade prestará assistência ao corpo discente, abrangendo, entre
outras iniciativas:
a) programas de alojamento, alimentação e saúde, que poderão ser
retribuídos;
b) promoções de natureza recreativa, artística e cultural.

Art. 56 – A Universidade criará funções para o contrato de monitores, a


serem escolhidos dentre os alunos dos cursos de graduação que demonstrem
capacidade de desempenho no âmbito de disciplinas cursadas.
Parágrafo Único – A capacidade de desempenho será ajuizada pelo exame da
vida escolar e por meios de provas específicas feitas de acordo com os planos
dos Departamentos, na forma do Regimento Geral.

Art. 57 – O corpo discente terá representação, com direito a voz e voto,


em órgãos colegiados da Universidade, bem como em comissões, na forma
deste Estatuto, do Regimento Geral e da legislação pertinente.
§ 1º - A representação estudantil terá por objetivo a cooperação entre
administradores, professores e alunos no trabalho universitário.
§ 2º - A eleição dos representantes estudantis será feita na forma da
legislação em vigor.
§ 3º - A representação estudantil não poderá exceder a 1/5 (um quinto)
do total dos membros dos colegiados ou comissões, na forma deste Estatuto e
do Regimento Geral, garantida contudo, a participação mínima de (01) membro
e observando-se o disposto no parágrafo primeiro do art. 8º .

Art. 58 – Os representantes dos estudantes nos órgãos colegiados


poderão fazer-se assessorar por mais um aluno sem direito a voto, quando da
apreciação de assunto peculiar a um curso ou setor de estudos.

Art. 59 – Os alunos matriculados regularmente nos cursos de graduação,


seqüenciais por campo do saber ou pós-graduação, organizar-se-ão em:
I – Diretório Central de Estudantes, de âmbito Universitário;
II – Centros Acadêmicos, correspondentes aos cursos.
Parágrafo Único – Os alunos regulares matriculados em cursos
ministrados fora da sede da Universidade poderão organizar-se em Diretório
Central, de âmbito local.
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CAPITULO III - DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

Art. 60 – O provimento e cargos, empregos e funções de servidor


técnico-administrativo far-se-á de acordo com a legislação em vigor.

Art. 61 – Na distribuição do pessoal técnico-administrativo nos diversos


serviços da Universidade serão observados os quantitativos e categorias
previstos no Quadro de Pessoal.
Parágrafo Único – Nas áreas respectivas, a distribuição de pessoal a que se
refere este artigo compete ao Reitor e aos diretores de unidades.

Art. 62 – O provimento de cargos em comissão será feito pelo Reitor.

TITULO V
DOS DIPLOMAS, CERTIFICADOS E TÍTULOS

Art. 63 – Aos alunos regulares que venham a concluir cursos de


graduação, seqüenciais por campo do saber e pós-graduação, com
observância das exigências constante no presente Estatuto, no Regimento
Geral e nos respectivos planos curriculares, a Universidade conferirá os graus
a que façam jus e expedirá os correspondentes diplomas ou certificados.
Art. 64 – Aos alunos que venham a concluir cursos de extensão, seqüenciais
de complementação de estudos, bem como o estudo de disciplinas isoladas,
ou que tenham cursado parcialmente curso de graduação reconhecido, com
observância das exigências dos respectivos planos ou programas, a
Universidade expedirá os correspondentes certificados.

Art. 65 – A Universidade outorgará os seguintes títulos honoríficos:


a) Professor Emérito, a seus professores aposentados que se hajam
distinguido no exercício de atividades acadêmicas;
b) Professor Honoris Causa, a professores e cientistas ilustres, não
pertencentes ao quadro da instituição, que lhe tenha prestado
relevantes serviços;
c) Doutor Honoris Causa, a personalidades eminentes, que tenham
contribuído para o progresso da Instituição, da região ou do pais, ou
que se hajam distinguido por atuação em favor das ciências, das
letras, das artes ou da cultura em geral.

TITULO VI
DO PATRIMÔNIO E REGIME FINANCEIRO

Art. 66 – A Fundação e a Universidade terão patrimônio comum, que


será constituído:

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a) Pelos bens móveis e imóveis que na data do Decreto-Lei nº 656, de
27 de junho de 1969, integravam o patrimônio da Faculdade Federal
de Direito do Piauí;
b) Pelos bens pertencentes aos estabelecimentos de ensino superior e
às suas sociedades mantenedoras que vierem a ser integrados à
Universidade;
c) Pelos bens que lhe sejam doados pela União, pelo Estado, pelos
Municípios ou por quaisquer entidades públicas ou particulares;
d) Pelos edifícios e demais bens existentes ou a ela incorporados.

Parágrafo Único – Os recursos para manutenção e funcionamento da


Universidade terão a seguinte origem:
a) Dotações consignadas no orçamento da União;
b) Subvenções e auxílios de poderes públicos;
c) Recursos provenientes de convênios firmados com entidades
públicas ou particulares, nacionais estrangeiras ou internacionais;
d) Rendas e juros de bens patrimoniais;
e) Retribuições por atividades remuneradas exercidas pela
Universidade;
f) Doações e legados;
g) Resultados de operações de créditos.

Art. 67 – A Universidade poderá solicitar ao Conselho Diretor da


Fundação que institua fundos especiais, para atividades e programas
específicos.
Parágrafo Único – Os fundos especiais poderão ser constituídos por doações,
legados, rendas do patrimônio comum e saldos de orçamento interno.

Art. 68 – Ficarão a cargo da Administração Central da Universidade os


pagamentos e recebimentos, bem como a escrituração de toda a sua despesa.
Parágrafo Único – É vedada a retenção de renda nos setores da Universidade,
devendo o produto de qualquer arrecadação ser recolhido ao órgão da
administração central.

Art. 69 – O Reitor poderá delegar aos pró-reitores, diretores de unidades


e órgãos suplementares a competência para realização de despesas urgentes,
dentro de limites prefixados.

Art. 70 – O aproveitamento dos saldos orçamentários será feito com


observância do que dispuser o Conselho Diretor da Fundação, por proposta do
Conselho de Administração.

TITULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 71 – Nas eleições da Universidade, havendo empate, considerar-se-


á eleito:

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a) o docente mais antigo no seu magistério e, entre os de igual
antigüidade, o mais idoso;
b) o estudante que tenha integralizado o maior número de créditos e,
persistindo e empate, o de mais idade.

Art. 72 – O presente Estatuto, aprovado pela Câmara de Educação


Superior do Conselho Nacional de Educação e homologado pelo Ministério da
Educação, entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

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