Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Contos de Misterios Mes 04

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 14

Um fantasma chamado Wanda

Um fantasma chamado Wanda


Quando o primeiro fenômeno sobrenatural ocorreu aqui em casa, nem percebi direito o que estava acontecendo.
Justo eu, que gosto tanto de coisas estranhas... quer dizer, contanto que elas não me assustem muito.
Bom, melhor contar para você quem sou. Meu nome é Zeca. Tenho dez anos. E acho que sempre fui interessado
nessas coisas esquisitas. Tipo lobisomem, vampiro, zumbi e casa que tem torneira que solta sangue no lugar de água.
Uns negócios assim.
Para falar a verdade, eu nunca vi nenhuma dessas coisas, não. Mas também, só tenho dez anos.
Bom, deixa eu continuar minha história. Já faz uns meses que isso aconteceu: acordei no meio da noite com todas as
portas do apartamento abrindo e fechando. A porta do quarto do meu pai, do meu quarto, do banheiro, do armário.
Elas ficavam abrindo e fechando sozinhas, sem parar. Eu pensei: “Tudo bem, deve ser o vento”. E peguei no sono de
novo. Se naquela noite eu soubesse o que estava acontecendo de verdade, acho que não teria ficado assim tão
calminho.
Quando acordei no dia seguinte, a primeira coisa que reparei foi na bagunça que tinha virado o meu quarto. Bom, eu
não quero que vocês imaginem a coisa errada. Meu quarto está sempre na maior bagunça. Mas naquele dia, estava
uma zona completa.
As calças que eu tinha tirado na noite anterior e jogado no chão estavam penduradas nas cortinas da janela. Os tênis
que eu tinha jogado no canto estavam dentro da cesta de lixo. Minha camiseta estava pendurada no lustre. Minhas
cuecas tinham ido parar na cabeça do meu ursinho de pelúcia. Eu tinha certeza absoluta de que não tinha feito essas
coisas. E nem podia imaginar quem é que tinha espalhado minhas roupas daquele jeito.
Arrumei toda a bagunça o mais rápido possível. Não fiz isso por gostar do meu quarto em ordem. Fiz porque não
queria ver meu pai entrando lá e dizendo:
__E aí, filho, o que é que está fora do lugar?
Meu pai é genial, eu adoro ele. Mas é fanático por limpeza. E eu detesto quando entra no meu quarto e diz:
__E aí, Zeca, que tal dar uma geral?
Quando terminei de arrumar o quarto, fui ao banheiro escovar os dentes. E foi lá que encontrei uma bagunça ainda
maior. Alguém tinha lambuzado o espelho com espuma de sabonete. E colado o assento na privada com
esparadrapo. Seria algum cara querendo aprontar comigo? Ou será que tinha alguma coisa esquisita rolando?
__ Zeca, você já acordou? – era meu pai chamando do corredor.
__ Já, pai - respondi.
Ele enfiou a cabeça pela porta do banheiro.
__ Tudo bem - ele disse.
Voltei para meu quarto e fiquei de boca aberta. O quarto tinha ficado na maior bagunça outra vez. Além disso, todos
os fios elétricos estavam enrolados. E alguém tinha pintado um bigode e barba na foto da minha avó Lia. Só podia
ser alguém aprontando comigo. Tinha mesmo alguma coisa estranha rolando.
__ Que tal dar uma geral? - perguntou o meu pai.
Deu para perceber que meu pai estava bravo com aquela bagunça.
Meus pais são separados. Eu passo uma parte do tempo com ele, outra com minha mãe. A casa do meu pai sempre
foi mais organizada que a da minha mãe. Quer dizer, até agora.
_ Pai – eu disse – acabei de arrumar o quarto, tá? Faz um minutinho, antes de ir escovar os dentes no banheiro, eu
juro. Sei que isso parece coisa de louco, mas acho que tem alguma assombração aqui, ou coisa do gênero.
__ Zeca, eu não ligo se você de vez em quando fica com preguiça e larga o seu quarto na bagunça - disse o meu pai –
Mas detesto mentira.
__ Eu não estou mentindo – respondi – É verdade que arrumei o quarto faz um minuto! Não fui eu quem fez essa
zona aqui.
A cara do meu pai era de quem estava acreditando. Mas, bem naquela horinha a televisão que fica em cima da
estante começou a flutuar. Depois ela voou devagarzinho e aterrissou na minha cômoda sem fazer nenhum barulho.
Meu pai ficou só olhando. Os olhos dele estavam arregalados. Os meus também.
__Você sabe, Zeca – ele disse, depois de um tempão – no final das contas, acho que estou acreditando em você...
Um fantasma chamado Wanda. Dan Greenburg. S. P, Ed. Ática.
Interpretando o texto...
1- Qual o primeiro fato no texto que nos mostra que havia algo esquisito acontecendo?
2- Como o garoto percebeu que havia algo estranho acontecendo?
3- O que levou o garoto a arrumar rapidamente seu quarto?
4- Qual foi a reação do pai de Zeca quando o mesmo disse que havia organizado o quarto?
5- No início do texto, o garoto afirma que gosta de coisas estranhas. É possível que ele tenha mudado de opinião?
Por quê?
6- Qual seria a sua reação se isto tivesse ocorrido com você?
Aprimorando o vocabulário...
Releia o trecho abaixo retirado do texto: “Um fantasma chamado Wanda”.
“Seria algum cara querendo aprontar comigo? Ou será que tinha alguma coisa esquisita rolando?”
Veja os sentidos que as palavras, em destaque, têm no dicionário:
Aprontar: deixar pronto / preparar / concluir / começar
Rolar: rodar / fazer girar / fazer avançar girando / fluir / acontecer (gíria)
a) Dos sentidos acima, quais se aplicam ao trecho?
b) Explique o que você entendeu do trecho.
c) Estas palavras estão usadas como gíria. O texto traz outras gírias. Explique em um vocabulário formal em que
sentido tais gírias estão sendo usadas:
· “... Uns negócios assim”.
· “Naquele dia estava uma zona completa”.
“E aí, Zeca, que tal dar uma geral?”
· “Seria algum cara querendo aprontar comigo?”
Produção textual...
Partindo do texto que você leu escreva um outro, com suas próprias palavras, tentando responder as seguintes
questões:
· O que será que vai acontecer?
· Como Zeca vai descobrir quem está fazendo toda esta confusão?
· O pai vai continuar acreditando nele?
· Como vai acabar essa história?
Se desejar ilustre seu texto para torná-lo mais atrativo aos seus leitores.
_________________________________________________________________________________
UM CRIME QUASE PERFEITO - Robert Arlt

As alegações dos três irmãos da suicida foram checadas. Não tinham mentido. O mais velho, Juan,
permanecera das cinco da tarde até a meia-noite (a senhora Stevens se suicidou entre sete e dez da noite) detido
numa delegacia, por sua imprudente participação num acidente de trânsito. O segundo irmão, Esteban, estivera no
povoado de Lister desde as seis da tarde daquele dia até as nove do seguinte. Quanto ao terceiro, doutor Pablo,
ele não se afastara em nenhum momento do laboratório de análise de leite da Cia. Erpa, mais exatamente do setor
de doseamento da gordura.
O curioso é que, naquele dia, os três irmãos tinham almoçado com a suicida, comemorando seu aniverśario,
e ela, por sua vez, em nenhum momento deixara entrever uma intenção funesta. Todos comeram alegremente e, às
duas da tarde, os homens se retiraram.
Suas declarações coincidiram em tudo com as da criada que, desde muitos anos trabalhava para a senhora
Stevens. Essa mulher, que não dormia no emprego, às sete da noite foi para casa. A última ordem que recebeu foi
a de dizer ao porteiro que trouxesse o jornal da tarde. Às sete e dez o porteiro entregou o jornal à senhora
Stevens, e o que fez esta antes de matar-se pode ser presumido logicamente. Revisou os últimos lançamentos da
contabilidade doméstica, pois a livreta estava na mesa da copa, com os gastos do dia sublinhados. Serviu-se de
uísque com água e nessa mistura deixou cair, aproximadamente, meio grama de cianureto de potássio. Pôs-se a ler
o jornal, depois bebeu o veneno e, ao sentir que ia morrer, levantou-se, para logo tombar no chão atapetado. O
jornal foi achado entre seus dedos contraídos.
Tal foi a primeira hipótese, construída a partir de um conjunto de coisas pacificamente ordenadas no
interior da residência, mas esse suicídio estava carregado de absurdos psicológicos e não queríamos aceitá-lo. No
entanto, só a senhora Stevens podia ter posto o veneno no copo. O uísque da garrafa não continha veneno. A água
misturada também era pura. O veneno, claro, podia estar no fundo ou nas paredes do copo, mas esse copo tinha
sido retirado de uma prateleira onde havia uma dúzia de outros iguais: o eventual assassino não havia de saber
qual copo a senhora Stevens escolheria. De resto, o laboratório da polícia nos informou que nenhum copo tinha
veneno em suas paredes.
A investigação não era fácil. As primeiras provas – provas mecânicas, como eu as chamava – sugeriam que
a viúva morrera por suas próprias mãos, mas a evidência de que, ao ser surpreendida pela morte, estava distraída
na leitura do jornal, tornava disparatada a ideia de suicídio.
Essa era a situação quando fui desligado por meus superiores para continuar a investigação. A informação
de nosso laboratório era categórica: havia veneno no copo que a senhora Stevens usara, mas a água e o uísque da
garrafa eram inofensivos. O depoimento do porteiro era igualmente seguro: ninguém visitara a senhora Stevens
depois que lhe entregara o jornal. Se após as diligências iniciais eu tivesse concluído o inquérito optando pelo
suicídio, meus superiores nada teriam objetado. Porém, concluir o inquérito nesses termos era a confissão de um
fracasso. A senhora Stevens tinha sido assassinada e havia certo indício: onde estava o envoltório do veneno? Por
mais que revistássemos a casa, não encontramos a caixa, o envelope ou o frasco do tóxico. Aquilo era eloquente.

Glossário
Funesta: que causa a morte; fatal; mortal.
Cianureto de potássio: poderoso veneno.
Hipótese: suposição, conjetura, pela qual a imaginação antecipa conhecimento, com o fim de explicar ou prever
a possível realização de um fato.
Evidência: indicação; indício; sinal; traço.
Eloquente: aquele ou aquilo que é convincente; persuasivo.

1) Reflita sobre o título do conto: Um crime quase perfeito. O que seria um crime quase perfeito?
Um crime quase perfeito é aquele cuja autoria não se consegue provar.

2) Qual é o nome da vítima?


Senhora Stevens.
3) De acordo com o que o narrador nos conta sobre o depoimento das testemunhas e sobre os vestígios encontrados
na residência da vítima, reconstitua suas ações nos momentos anteriores à sua morte.
Era dia de seu aniversário. Ela almoçou com seus três irmãos.a empregada foi embora às 19h. às 19h10, o
porteiro entregou-lhe o jornal. Ela revisou alguns itens da contabilidade doméstica. Depois começou a ler o
jornal. Tomou uísque com água e veneno e pôs-se a ler até começar a sentir-se mal.

4) Quais foram as últimas pessoas que viram a vítima antes do crime?


A criada e porteiro.

5) Quem nos narra todo o caso? Reescreva um trecho que comprove sua resposta. Se o trecho selecionado deixar
dúvidas, complemente sua resposta com uma explicação.
Quem nos conta um caso é um policial, detetive ou inspetor da polícia. “Essa era a situação quando fui designado
por meus superiores para continuar a investigação. A informação de nosso laboratório era categórica”.

6) Qual é a primeira hipótese apresentada para a morte da senhora Stevens? Por que o narrador crê que ela é
disparatada?
Hipótese de suicídio. O narrador crê que essa hipótese é disparatada porque a Sra. Stevens não parecia ter
provocado a própria morte e o envoltório do veneno não foi encontrado.

7) “Envoltório” é tudo aquilo que serve de recipiente para guardar, conservar ou proteger alguma coisa. Quais são as
outras três palavras presentes no texto que poderiam substituir o termo “envoltório”?
Caixa, envelope e frasco.

8) A ausência de veneno nos outros copos do armário reforça a ideia de assassinato ou de suicídio?
De suicídio.

9) Por que encontrar o envoltório original do veneno seria uma peça fundamental da investigação policial?
O envoltório do veneno poderia indicar quem foi a última pessoa a manuseá-lo, pelas impressões digitais, por
exemplo.
O lobo e o cão
Ruth Rocha

Certo dia, um Lobo só pele e osso encontrou um cão gordo, forte e com o pêlo muito
lustroso enquanto andava pela estrada. Via-se bem que não passava fome. O Lobo, admirado,
quis saber onde é que ele conseguia obter tanta comida.
- Se me seguires ficarás tão forte como eu - respondeu o cão. - O homem dar-te-
á restos saborosos.
- Mas o que preciso fazer em troca? - quis saber o Lobo.
- Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar aos intrusos, agradar ao dono e
adular os seus amigos. Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem cozinhadas.
De vez em quando, receberás também festas no dorso.
O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se ambos ao caminho. A dada altura, o
Lobo reparou que o cão tinha o pescoço esfolado.
- O que tens no pescoço? - perguntou.
- Nada de grave. É da argola com que me prendem - explicou o Cão.
- Preso? Então não podes correr quando queres?- exclamou o Lobo. - Esse é um preço
demasiado elevado: não troco a minha liberdade por toda a comida do mundo.
Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode para bem longe dali.
Moral da história:
A tua liberdade não tem preço.

1) Você seria capaz de contar essa fábula de maneira diferente? Tente contá-la no formato
de história em quadrinhos. Para facilitar, primeiro faça um ROTEIRO colocando no papel como
será a história toda.Veja o exemplo:

1-Primeiro quadrinho:
Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e alimentado na estrada e pergunta ao
cachorro onde ele conseguia alimento.
Balão: – Onde achas tanta comida?
2-Segundo quadrinho:
Desenho – O Cão responde ao Lobo.
Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás afeto e carinho na boa casa em que vivo!
3-Terceiro quadrinho:
Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão pelo caminho.
Balão: – Vou com você!
4-Quarto quadrinho:
Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço esfolado.
Balão: – Que tens no pescoço?
5-Quinto quadrinho:
Desenho – O cachorro explica.
Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o dia.

Depois, calcule quantos quadrinhos você vai precisar para contar sua história. Tente descobrir
quantas páginas vai utilizar.
Exemplo: 12 quadrinhos. Você pode colocar em 2 páginas, 6 quadrinhos em cada uma.
Para fazer cada quadrinho, comece pelo texto (balões dos personagens). Use letras
maiúsculas. Se preferir, destaque palavras importantes ou gritos com cores mais fortes.
Escreva as letras antes de fazer o balão. Fazendo assim, você garante o espaço para o texto.
Depois faça os desenhos. Se você acha difícil desenhar, não fique preocupado. Faça desenhos
simples. A cena parece complicada demais para desenhar? Pense em outra. Sempre há uma
solução mais simples...
Agora, você faz o quadrinho. Não esqueça de escrever o título da história e colocar a palavra
“fim” no último quadrinho.

O lobo e o cão Ruth Rocha O lobo e o cão Ruth Rocha


Certo dia, um Lobo só pele e osso encontrou um cão Certo dia, um Lobo só pele e osso encontrou um cão
gordo, forte e com o pêlo muito lustroso enquanto gordo, forte e com o pêlo muito lustroso enquanto
andava pela estrada. Via-se bem que não passava fome. andava pela estrada. Via-se bem que não passava fome.
O Lobo, admirado, quis saber onde é que ele conseguia O Lobo, admirado, quis saber onde é que ele conseguia
obter tanta comida. obter tanta comida.
- Se me seguires ficarás tão forte como eu - respondeu - Se me seguires ficarás tão forte como eu - respondeu
o cão. - O homem dar-te-á restos saborosos. o cão. - O homem dar-te-á restos saborosos.
- Mas o que preciso fazer em troca? - quis saber o Lobo. - Mas o que preciso fazer em troca? - quis saber o Lobo.
- Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar - Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar
aos intrusos, agradar ao dono e adular os seus amigos. aos intrusos, agradar ao dono e adular os seus amigos.
Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem
cozinhadas. De vez em quando, receberás também cozinhadas. De vez em quando, receberás também
festas no dorso. festas no dorso.
O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se
ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo reparou que ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo reparou que
o cão tinha o pescoço esfolado. o cão tinha o pescoço esfolado.
- O que tens no pescoço? - perguntou. - O que tens no pescoço? - perguntou.
- Nada de grave. É da argola com que me prendem - - Nada de grave. É da argola com que me prendem -
explicou o Cão. explicou o Cão.
- Preso? Então não podes correr quando queres?- - Preso? Então não podes correr quando queres?-
exclamou o Lobo. - Esse é um preço demasiado exclamou o Lobo. - Esse é um preço demasiado
elevado: não troco a minha liberdade por toda a elevado: não troco a minha liberdade por toda a
comida do mundo. comida do mundo.
Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode
para bem longe dali. para bem longe dali.
Moral da história: Moral da história:
A tua liberdade não tem preço. A tua liberdade não tem preço.
O lobo e o cão Ruth Rocha O lobo e o cão Ruth Rocha
Certo dia, um Lobo só pele e osso encontrou um cão Certo dia, um Lobo só pele e osso encontrou um cão
gordo, forte e com o pêlo muito lustroso enquanto gordo, forte e com o pêlo muito lustroso enquanto
andava pela estrada. Via-se bem que não passava fome. andava pela estrada. Via-se bem que não passava fome.
O Lobo, admirado, quis saber onde é que ele conseguia O Lobo, admirado, quis saber onde é que ele conseguia
obter tanta comida. obter tanta comida.
- Se me seguires ficarás tão forte como eu - respondeu - Se me seguires ficarás tão forte como eu - respondeu
o cão. - O homem dar-te-á restos saborosos. o cão. - O homem dar-te-á restos saborosos.
- Mas o que preciso fazer em troca? - quis saber o Lobo. - Mas o que preciso fazer em troca? - quis saber o Lobo.
- Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar - Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar
aos intrusos, agradar ao dono e adular os seus amigos. aos intrusos, agradar ao dono e adular os seus amigos.
Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem
cozinhadas. De vez em quando, receberás também cozinhadas. De vez em quando, receberás também
festas no dorso. festas no dorso.
O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se
ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo reparou que ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo reparou que
o cão tinha o pescoço esfolado. o cão tinha o pescoço esfolado.
- O que tens no pescoço? - perguntou. - O que tens no pescoço? - perguntou.
- Nada de grave. É da argola com que me prendem - - Nada de grave. É da argola com que me prendem -
explicou o Cão. explicou o Cão.
- Preso? Então não podes correr quando queres?- - Preso? Então não podes correr quando queres?-
exclamou o Lobo. - Esse é um preço demasiado exclamou o Lobo. - Esse é um preço demasiado
elevado: não troco a minha liberdade por toda a elevado: não troco a minha liberdade por toda a
comida do mundo. comida do mundo.
Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode
para bem longe dali. para bem longe dali.
Moral da história: Moral da história:
A tua liberdade não tem preço. A tua liberdade não tem preço.

1-Primeiro quadrinho: 1-Primeiro quadrinho:


Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e
alimentado na estrada e pergunta ao cachorro onde ele alimentado na estrada e pergunta ao cachorro onde ele
conseguia alimento. conseguia alimento.
Balão: – Onde achas tanta comida? Balão: – Onde achas tanta comida?
2-Segundo quadrinho: 2-Segundo quadrinho:
Desenho – O Cão responde ao Lobo. Desenho – O Cão responde ao Lobo.
Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás
afeto e carinho na boa casa em que vivo! afeto e carinho na boa casa em que vivo!
3-Terceiro quadrinho: 3-Terceiro quadrinho:
Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão
pelo caminho. pelo caminho.
Balão: – Vou com você! Balão: – Vou com você!
4-Quarto quadrinho: 4-Quarto quadrinho:
Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço
esfolado. esfolado.
Balão: – Que tens no pescoço? Balão: – Que tens no pescoço?
5-Quinto quadrinho: 5-Quinto quadrinho:
Desenho – O cachorro explica. Desenho – O cachorro explica.
Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o
dia. dia.
1-Primeiro quadrinho: 1-Primeiro quadrinho:
Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e
alimentado na estrada e pergunta ao cachorro onde ele alimentado na estrada e pergunta ao cachorro onde ele
conseguia alimento. conseguia alimento.
Balão: – Onde achas tanta comida? Balão: – Onde achas tanta comida?
2-Segundo quadrinho: 2-Segundo quadrinho:
Desenho – O Cão responde ao Lobo. Desenho – O Cão responde ao Lobo.
Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás
afeto e carinho na boa casa em que vivo! afeto e carinho na boa casa em que vivo!
3-Terceiro quadrinho: 3-Terceiro quadrinho:
Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão
pelo caminho. pelo caminho.
Balão: – Vou com você! Balão: – Vou com você!
4-Quarto quadrinho: 4-Quarto quadrinho:
Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço
esfolado. esfolado.
Balão: – Que tens no pescoço? Balão: – Que tens no pescoço?
5-Quinto quadrinho: 5-Quinto quadrinho:
Desenho – O cachorro explica. Desenho – O cachorro explica.
Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o
dia. dia.
1-Primeiro quadrinho: 1-Primeiro quadrinho:
Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e Desenho – O Lobo esfomeado encontra o Cão forte e
alimentado na estrada e pergunta ao cachorro onde ele alimentado na estrada e pergunta ao cachorro onde ele
conseguia alimento. conseguia alimento.
Balão: – Onde achas tanta comida? Balão: – Onde achas tanta comida?
2-Segundo quadrinho: 2-Segundo quadrinho:
Desenho – O Cão responde ao Lobo. Desenho – O Cão responde ao Lobo.
Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás Balão: - Venha comigo, terás comida à vontade, terás
afeto e carinho na boa casa em que vivo! afeto e carinho na boa casa em que vivo!
3-Terceiro quadrinho: 3-Terceiro quadrinho:
Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão Desenho - O Lobo concorda com a idéia e segue o Cão
pelo caminho. pelo caminho.
Balão: – Vou com você! Balão: – Vou com você!
4-Quarto quadrinho: 4-Quarto quadrinho:
Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço Desenho – O Lobo percebe que o Cão tem o pescoço
esfolado. esfolado.
Balão: – Que tens no pescoço? Balão: – Que tens no pescoço?
5-Quinto quadrinho: 5-Quinto quadrinho:
Desenho – O cachorro explica. Desenho – O cachorro explica.
Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o Balão: - É que, às vezes, me deixam amarrado durante o
dia. dia.

Você também pode gostar