Tac - Final - Helleson
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CURSO DE TECNOLOGIA EM ELETROTÉCNICA INDUSTRIAL
BELÉM
2012
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CURSO DE TECNOLOGIA EM ELETROTÉCNICA INDUSTRIAL
BELÉM
2012
Dados para catalogação na fonte
Setor de Processamento Técnico
Biblioteca IFPA – Campus Belém
CDD: 621.3
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CURSO DE TECNOLOGIA EM ELETROTÉCNICA INDUSTRIAL
Conceito: ___________________
Banca Examinadora
________________________________________
Prof. Ms. Raidson Jenner Negreiros de Alencar
________________________________________
Prof. Dr. André Cavalcante Nascimento
________________________________________
Prof. Ms. Edgar Modesto Amazonas Filho
À Deus.
Aos nossos pais, José Ramos
e Elza de Fátima, Sebastião Perna e
Sebastiana Perna.
À Eliana Maria e Maria Luiza.
Ao Prof. Ms. Raidson Alencar.
À equipe de professores de
eletrotécnica do IFPA.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 19
1.1 MOTIVAÇÃO .............................................................................................................. 19
1.2 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS ............................................................................... 21
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO............................................................................... 22
2 SUBESTAÇÕES .............................................................................................................. 24
2.1 NÍVEIS DE TENSÃO PRATICADOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS ............................ 24
2.2 SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA ........................................................................ 25
2.3 DEFINIÇÃO DE SUBESTAÇÃO ................................................................................. 27
2.4 CLASSIFICAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES ................................................................... 28
2.4.1 Quanto à tensão .................................................................................................. 28
2.4.2 Quanto à relação entre os níveis de tensão de entrada e saída........................... 29
2.4.3 Quanto ao fluxo de potência entre a subestação e o sistema de transmissão ..... 29
2.4.4 Quanto a sua função no sistema elétrico ............................................................. 30
2.4.5 Quanto ao tipo de instalação................................................................................ 32
2.4.6 Quanto tipo construtivo da subestação ................................................................ 34
2.4.7 Quanto ao tipo construtivo da estrutura de acomodação dos equipamentos........ 35
2.4.8 Quanto à natureza dos parâmetros elétricos........................................................ 38
2.4.9 Quanto ao atendimento........................................................................................ 38
2.5 TIPOS DE SUBESTAÇÃO ......................................................................................... 39
2.5.1 Subestação de concessionárias de serviço de energia elétrica............................ 39
2.5.2 Subestação industrial ........................................................................................... 41
2.6 ESQUEMAS ELÉTRICOS DE SUBESTAÇÕES......................................................... 42
2.6.1 Barramento .......................................................................................................... 43
2.6.2 Arranjos elétricos: arranjo de barramento e arranjo de disjuntores ...................... 43
2.7 ARRANJO FÍSICO DE SUBESTAÇÕES .................................................................... 53
3 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TÍPICOS DE UMA SUBESTAÇÃO ................................ 55
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 55
3.2 PÁRA-RAIOS ............................................................................................................. 55
3.2.1 Princípio de funcionamento.................................................................................. 56
3.2.2 Tipos construtivos ................................................................................................ 56
3.2.3 Classificação........................................................................................................ 57
3.2.4 Características elétricas ....................................................................................... 58
3.3 CHAVE SECCIONADORA ......................................................................................... 60
3.3.1 Tipos construtivos ................................................................................................ 61
3.3.2 Acessórios para chaves seccionadoras ............................................................... 62
3.3.3 Características elétricas ....................................................................................... 62
3.4 DISJUNTOR DE ALTA TENSÃO ............................................................................... 63
3.4.1 Tipos construtivos ................................................................................................ 64
3.4.2 Princípio de funcionamento.................................................................................. 65
3.4.3 Características elétricas ....................................................................................... 66
3.5 RELIGADOR AUTOMÁTICO...................................................................................... 67
3.5.1 Princípio de funcionamento.................................................................................. 67
3.5.2 Aplicação ............................................................................................................. 69
3.5.3 Tipos construtivos ................................................................................................ 69
3.5.4 Características elétricas ....................................................................................... 70
3.5.5 Curvas de atuação para religadores .................................................................... 71
3.6 TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS (TIs) .................................................. 72
3.6.1 Transformador de corrente (TC) .......................................................................... 74
3.6.2 Transformador de potencial (TP) ......................................................................... 79
3.7 TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA ......................................................................... 83
3.7.1 Princípio de funcionamento.................................................................................. 84
3.7.2 Transformador trifásico ........................................................................................ 86
3.7.3 Transformadores monofásicos x transformadores trifásicos ................................ 88
3.7.4 TAP do transformador .......................................................................................... 89
3.7.5 Partes constituintes principais .............................................................................. 90
3.7.6 Características elétricas e térmicas...................................................................... 91
4 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA SUBESTAÇÕES ........................................................ 95
4.1 FALTAS EM SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA............................................... 95
4.2 SISTEMA DE PROTEÇÃO ......................................................................................... 96
4.2.1 Características do sistema de proteção ............................................................... 97
4.2.2 Funções dos dispositivos de manobra, controle e proteção de subestações ....... 99
4.2.3 Componentes do sistema de proteção por relé .................................................. 100
4.2.4 Relé ................................................................................................................... 108
5 SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO TIPO I - DIMENSIONAMENTOS .......................... 141
5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................... 141
5.2 CARACTERIZAÇÃO DA SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO TIPO I ...................... 141
5.3 NORMAS E DOCUMENTOS.................................................................................... 142
5.4 APRESENTAÇÃO DO PROJETO ............................................................................ 143
5.5 OBJETIVOS DO PROJETO ..................................................................................... 144
5.6 CONCEPÇÃO DO PROJETO .................................................................................. 145
5.7 DEFINIÇÃO DOS MÓDULOS .................................................................................. 145
5.8 NÍVEIS DE ISOLAMENTO DA SUBESTAÇÃO ........................................................ 147
5.9 CÁLCULO DAS CORRENTES DE PROJETO DA SUBESTAÇÃO .......................... 147
5.10 ESTRUTURAS DE CONCRETO ............................................................................ 150
5.11 PÁTIO DE CONEXÕES DA SUBESTAÇÃO........................................................... 152
5.11.1 Malha de aterramento ...................................................................................... 153
5.11.2 Casa de comando e controle ........................................................................... 154
5.11.3 Equipamentos elétricos .................................................................................... 154
5.12 ISOLADORES E MATERIAIS PARA MONTAGEM E INSTALAÇÃO ...................... 159
5.13 BARRAMENTO, DERIVAÇÕES E LIGAÇÕES....................................................... 161
5.13.1 Cabos de AT .................................................................................................... 161
5.13.2 Cabos e barramento de MT ............................................................................. 161
5.14 SERVIÇOS AUXILIARES E ILUMINAÇÃO EM CORRENTE ALTERNADA ........... 162
5.15 PROTEÇÃO ........................................................................................................... 163
5.15.1 Proteção contra sobretensões ......................................................................... 163
5.15.2 Sistema de proteção, comando e controle (SPCC) .......................................... 164
5.15.3 Ajustes dos relés de sobrecorrente .................................................................. 165
5.15.4 Ajustes do relé diferencial percentual do transformador de potência................ 177
5.15.5 Resumos das correntes de ajuste calculadas .................................................. 181
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 182
6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 182
6.2 PERSPECTIVA DE TRABALHOS FUTUROS .......................................................... 184
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 185
ANEXO A – Nomenclaturas padronizadas para dispositivos de manobra, controle e proteção
.......................................................................................................................................... 188
APÊNDICE A – Desenhos técnicos do projeto de subestação de distribuição tipo I – 69-13,8
kV / 5 MVA......................................................................................................................... 190
19
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
2 SUBESTAÇÕES
2.1 NÍVEIS DE TENSÃO PRATICADOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS
Além dos valores de tensão previstos pelo decreto existem outros valores
usuais, dentre os quais se destacam 765 kV, 460 kV, 440 kV, 365 kV, 345 kV e 88
kV, para sistemas de transmissão e subtransmissão e 23,5 kV, 23 kV, 20 kV, 13,2
kV, 11,9 kV, e 3,8 kV, para sistemas de distribuição primária.
Atualmente, com o desenvolvimento da eletrônica de potência e devido suas
vantagens oferecidas aos sistemas de transmissão utilizando tensão alternada tem
se tornado atrativo a transmissão de energia elétrica em tensão contínua (Sistemas
CCAT ou HVDC), cujos valores usuais estão numa faixa que varia de ± 500 kV a ±
800 kV.
Vale ressaltar que normalmente as tensões inferiores a 230 kV são utilizadas
nos sistemas elétricos das concessionárias do serviço público de distribuição de
energia elétrica e dos grandes consumidores (por exemplo, indústrias), enquanto
que tensões iguais e superiores a 230 kV são utilizadas em sistemas que constituem
a chamada Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN), a qual está sob a
responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
25
Até que ela chegue ao seu destino final e possa ser usada para a realização
de uma gama de atividades, a energia elétrica percorre um longo caminho
denominado sistema elétrico de potência, cujo significado é uma estrutura composta
por um conjunto de linhas interligando uma série de equipamentos e dispositivos
associados a certo nível de tensão, com a finalidade de produzir, transmitir e
distribuir energia.
A partir das ideias de Barros e Gedra (2010) depreende-se que, a energia
elétrica é obtida a partir da transformação de uma fonte primária de energia, sendo
essa transformação geralmente realizada em uma usina (por exemplo, a energia em
potencial da água acumulada em reservatórios de usinas hidrelétricas, dos ventos
captados por pás de usinas eólio elétricas, da luz dos raios solares absorvidos por
placas semicondutoras em usinas fotovoltaicas, a energia calorífera a partir da
queima de combustíveis fósseis em usinas termelétricas etc.). Todas as unidades
geradoras de energia recebem energia mecânica para em seguida produzir energia
elétrica. Essa energia elétrica é fornecida ao sistema elétrico a uma tensão de saída
que normalmente varia entre 13,8 kV e 18 kV, salvo pequenas usinas cujo valor de
tensão encontra-se abaixo dessa faixa.
Após gerada, a energia elétrica é transferida ao sistema de transmissão
através de uma subestação transformadora elevadora, que eleva a tensão para
níveis adequados a transmissão, visto que, se o referido processo fosse realizado à
tensão de saída dos geradores, fatalmente incorreria em perdas elevadíssimas de
potência. A tensão de funcionamento do sistema de transmissão normalmente é
igual ou superior a 230 kV, salvo em algumas situações em que é viável técnica e
economicamente transmitir a tensões inferiores.
Próximo aos centros de carga, a energia é transferida do sistema de
transmissão para o sistema de distribuição através de outra subestação, no entanto,
abaixadora de tensão, em virtude da proximidade das cargas. Pode-se definir
sucintamente o sistema de distribuição como parte do sistema elétrico de potência
entre o sistema de transmissão e a entrada de energia dos consumidores (Gönen
1986). Gönen divide esse sistema elétrico nos seguintes componentes: Sistema de
Subtransmissão; Subestações de Distribuição; Sistema de Distribuição Primário;
26
Figura 1 - Percurso da energia elétrica desde a geração até o consumo (Barros e Gedra, 2010).
27
No Sistema de Transmissão:
No Sistema de Distribuição:
Figura 11 - Subestação composta por cabines metálicas. A planta apresenta uma cabine de medição /
proteção e uma cabine de distribuição, com dois transformadores de potência flangeados (Eletrocabines,
2011).
38
Geralmente, os níveis de tensão superiores a 138 kV (230 kV, 500 kV, 750
kV etc.) são utilizados nas estruturas da Rede Básica do Sistema Elétrico de
Potência, gerido pelo ONS, por isso, as SEs que trabalham nesses níveis de tensão
devem obedecer as exigências por ele estabelecidas. Além disso, as subestações
de transmissão são planejadas, projetadas e construídas segundo as resoluções da
ANEEL e, normalmente, por normas que orientam o dimensionamento dos
equipamentos típicos dessas construções. As subestações de transmissão são
41
2.6.1 Barramento
Figura 14 - Diagrama unifilar de um arranjo de barramento simples. Desenhado com base em diagrama
observado em Leão (2010).
Vantagens:
Desvantagens:
• Baixa flexibilidade;
• Baixa confiabilidade;
• Requer desligamento total na barra para manutenção ou ampliação;
• Usado quando há possibilidade de interrupção no abastecimento de carga.
Vantagens:
Desvantagens:
Figura 16 - Redesenho do diagrama unifilar de um arranjo de barramento duplo com disjuntor simples
(Borel, 2010).
Vantagens:
• Facilidade de transferência dos circuitos ligados a uma barra para a outra com
manobras simples que envolvem um disjuntor de transferência e as chaves
seccionadoras de cada circuito;
• Permite ligar todos os circuitos em apenas uma das barras;
48
Desvantagens:
Vantagens:
Desvantagens:
Figura 18 - Diagrama unifilar de um arranjo de barramento duplo com disjuntor duplo. Desenhado com
base em diagrama observado em Leão (2010).
Desvantagens:
Figura 19 - Diagrama unifilar de um arranjo de barramento duplo com disjuntor e meio. Desenhado com
base em diagrama observado em Leão (2010).
Cada par de circuitos está em uma seção de barras separadas. Para cada
seção de barras separadas existem três disjuntores mais duas chaves para o par de
circuitos. Arranjo recomendado para subestações que manipulem grandes blocos de
energia, devido à alta segurança contra perda de carga.
Vantagens:
• Maior confiabilidade;
51
Desvantagens:
• Um disjuntor para cada circuito mais um disjuntor de meio de seção para cada
dois circuitos (circuito de entrada e de saída) eleva bastante o custo desse
arranjo;
• Os equipamentos devem suportar a corrente de carga de duas saídas (os
disjuntores e as chaves), implicando em maior custo;
• Do ponto de vista de visualização é bastante complexo, uma vez que cada
disjuntor não está associado a apenas uma saída;
• Maior sistema de proteção.
Figura 20 - Diagrama unifilar de um arranjo de barramento triplo. Desenhado com base em diagrama
observado em Paredes (2002).
Figura 21 - Diagrama unifilar de um arranjo de disjuntores em anel. Desenhado com base em diagrama
observado em Leão (2010).
Vantagens:
Desvantagens:
3 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
TÍPICOS DE UMA SUBESTAÇÃO
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Vale lembrar que além destes existem outros de uso extremamente comum
em sistemas elétricos de potência, pois deles o sistema depende para promover a
condução ou o isolamento entre os demais componentes de suas instalações, tais
como buchas, isoladores, linhas e barramentos (apresentado no capítulo 2).
Este capítulo faz uma abordagem de algumas das características dos
equipamentos de disjunção, transformação e proteção que devem ser conhecidas
pelos projetistas.
3.2 PÁRA-RAIOS
Figura 24 - Pára-raios tipo Estação, com isolação polimérica e de porcelana (Leão, 2010).
3.2.3 Classificação
É importante frisar que esse modelo de chave não pode operar quando por
eles percorrer a sua corrente nominal suportável, tampouco operar em situação de
curto-circuito (Barros e Gedra, 2010).
É extremamente importante reconhecer através das características técnicas
da chave, se ela é apropriada ou não para realizar o processo da abertura sob
carga, pois em caso negativo, deve ser provida de recursos que impeçam sua
abertura, pois sua operação indevida implica em altos riscos de danos a si própria e
ao seu operador (Rossi, 2004).
200; 400; 600; 800; 1200; 1600; 2000; 2500; 3000; 4000; 5000 e 6000 A. É
interessante destacar que em subestações em tensão 69 kV é mais frequente
a utilização de chave seccionadora de 1200 e 1600 A.
• Nível de isolamento: É caracterizado “pela tensão suportável do dielétrico às
solicitações de impulso atmosférico e de manobra.”.
• Corrente suportável de curta duração: A corrente suportável nominal de curta
duração de uma chave seccionadora é o valor eficaz de corrente suportável
por um curto intervalo de tempo, nas condições de emprego e funcionamento
para as quais o equipamento foi especificado.
3.5.2 Aplicação
Quanto a aplicação:
• Sistema de mola;
• Sistema de solenóide;
• Sistema hidráulico.
• Tensão nominal: Valor eficaz da tensão pela qual o religador é designado. Ela
deve ser igual à tensão máxima de operação do sistema em que o disjuntor
será aplicado;
• Tensão suportável a impulso atmosférico: É o valor de surto de natureza
externa (descarga atmosférica) ou interna (sobretensão de manobra)
normalizado, que um religador deve suportar em condições previstas em
ensaios;
71
• Tipo enrolado;
• Tipo barra;
• Tipo janela;
• Tipo bucha;
• Tipo com núcleo dividido;
• Tipo com vários enrolamentos primários;
• Tipo com vários núcleos secundários;
• Tipo com vários enrolamentos secundários;
• Tipo derivação no secundário.
Tabela 1 - Cargas nominais padronizadas pelas normas ANSI e ABNT (D’Ajuz, 1985).
• Classe de exatidão;
• Classe quanto à reatância;
• Tensão secundária para 20 vezes a corrente nominal.
• Classe de exatidão;
• Carga secundária padronizada.
A respeito dos dois tipos, Mamede (2005) explica que não existe diferença
entre eles, a não ser pelo erro que introduzem nos valores medidos em seus
secundários (classe de exatidão).
Além das divisões anteriores, D’Ajuz (1985) exibe subdivisões dos dois tipos
de TPs:
• Tensões nominais: esses valores devem ser compatíveis com os valores das
tensões de operação dos sistemas de potência aos quais os TPs estão
ligados. Por norma, se a tensão no enrolamento primário do TP exceder o seu
valor nominal primário, esta deverá ser no máximo superior 10 %. Os valores
nominais primários para TPs serão apresentados no capítulo seguinte. A
tensão secundária é padronizada em 115 V, para TPs do grupo de ligação 1 e
115√3 V para TPs pertencentes aos grupos de ligação 2 e 3.
• Cargas nominais: as observações são equivalentes aquelas para TCs.
Valores nominais de carga variam de 12,5 VA a 400 VA.
Potência térmica
Designação Grupos 1 e 2 Grupo 3
VA VA
P12,5 18 50
P25 36 100
P75 110 300
P200 295 800
P400 590 1.600
83
• Classe de exatidão;
• Carga secundária padronizada.
N1 V1 I 2
a= = = (3.1)
N 2 V2 I 1
Sendo:
a – Relação de transformação;
N1 – Número de espiras primárias;
N2 – Número de espiras secundárias;
V1 – Tensão de entrada;
V2 – Tensão de saída;
I1 – Corrente de entrada;
I2 – Corrente de saída;
Figura 35 - A esquerda, um comutador de TAP sob carga da fabricante MR do Brasil. A direita, uma
ilustração de um comutador de tap sob carga no interior de um transformador de potência
(Maschinenfabrik Reinhausen, 2011).
S nt
I nt = (3.2)
Vnt
Onde:
S nt
I nt = (3.3)
3.Vnt
visto que parte da potência que se perdeu foi dissipada em forma de calor, ou
por efeito joule, ou por correntes de Foucault ou por histerese magnética.
Normalmente, entre os dados de placa do transformador encontram-se
valores percentuais de resistência (R %), reatância (X %) e impedância (Z %),
os quais permitem calcular as perdas pelos efeitos anteriormente
mencionados e a queda de tensão no transformador.
• Impedância percentual: Conforme Mamede (2005), “a impedância percentual
representa numericamente a impedância do transformador em percentagem
da tensão de ensaio de curto-circuito, em relação à tensão nominal.”. Sua
medida é obtida curto-circuitando os terminais secundários do tranformador e
aplicando-se uma tensão nos terminais primários do equipamento que faça
circular nesse enrolamento a corrente nominal. A equação (3.4) é a expressão
matemática da definição anterior:
Vnccp
Z pt = .100 (3.4)
Vnpt
Onde:
N.∆V % (3.5)
Onde:
N – Número de taps;
∆V% – Variação de tensão percentual.
94
PS
η= (3.6)
PP
Onde:
“Em linhas gerais, podemos dizer que essa área de Proteção, se constitui
num campo específico de estudos e que pode ser considerado como uma extensão
da Análise de Sistema de Potência” (Rossi, 2004).
Para eliminar os riscos de falha num sistema elétrico, um sistema de
proteção integrado e distribuído ao longo do SEP monitora constantemente suas
características elétricas, de tal maneira que na ocasião de falta em algum ponto do
sistema elétrico, ele atua localmente no sentido de isolar a área atingida, evitando o
comprometimento total das instalações elétricas em alta tensão.
Em subestações, entende-se como sistema de proteção o conjunto formado
por disjuntores, transformadores de instrumentos, relés e, em alguns casos, chaves
fusíveis com elos fusíveis e dispositivos de suprimento energético auxiliar (banco de
baterias, banco de capacitores e no-breaks).
97
• Seletividade;
• Sensibilidade;
• Confiabilidade;
98
• Rapidez ou Velocidade;
4.2.1.1 Seletividade
Figura 37 - Exemplo de um sistema de potência com seletividade da proteção. Esquema desenhado com
base no observado em Leão (2010).
4.2.1.2 Sensibilidade
4.2.1.3 Confiabilidade
Em um TC ideal:
I 1 .N 1 = I 2 .N 2 (4.1)
Onde:
Isso quer dizer que a equação (4.1) expressa a igualdade entre a força
magnetomotriz 1 (f.m.m. 1) e a força magnetomotriz 2 (f.m.m 2).
Ao isolar o termo I2 é obtida a seguinte fórmula:
I1
I2 =
N2 (4.2)
N1
I1 N 2
= (4.3)
I 2 N1
103
I N ,P I N ,P
RTC = = (4.4)
I N ,S 5
Onde:
I CC , MAX
I N ,P ≥ (4.5)
FS
I CC ,MAX
FS = (4.6)
I N ,P
I N ,P ≥ ICARGA,MAX (4.7)
Em um TP ideal:
V1 . N 2 = V 2 . N 1 (4.8)
Onde:
V1
V2 =
N1 (4.9)
N2
V1 N1
= (4.10)
V2 N 2
fixo igual a 115 V, para ligações entre fases, ou de valor fixo igual a 115√3 V ou
aproximado a 115/3 V, ou ainda, aproximado a 115 V, tensões secundárias nominais
obtidas por meio de derivações nos enrolamentos secundários do transformador de
potencial, para ligações entre fase e terra, portanto:
VN ,P
RTP = (4.11)
V N ,S
Onde:
Grupo 1 para ligação de fase para fase Grupos 2 e 3 para ligação de fase para neutro
Relação nominal
Tensão secundária nominal
Tensão primária Tensão primária
Relação nominal (V)
nominal (V) nominal (V)
Aprox. Aprox.
115/√3
115/3 115
115 1:1
230 2:1
402,5 3,5:1
460 4:1
2300 20:1 2300/√3 36:1 20:1 12:1
3450 30:1 3450/√3 52,5:1 30:1 17,5:1
4025 35:1 4025/√3 60:1 35:1 20:1
4600 40:1 4600/√3 72:1 40:1 24:1
6900 60:1 6900/√3 105:1 60:1 35:1
8050 70:1 8050/√3 120:1 70:1 40:1
11500 100:1 11500/√3 180:1 100:1 60:1
107
Grupo 1 para ligação de fase para fase Grupos 2 e 3 para ligação de fase para neutro
Relação nominal
Tensão secundária nominal
Tensão primária Tensão primária
Relação nominal (V)
nominal (V) nominal (V)
Aprox. Aprox.
115/√3
115/3 115
13800 120:1 13800/√3 210:1 120:1 70:1
23000 200:1 23000/√3 360:1 200:1 120:1
34500 300:1 34500/√3 525:1 300:1 175:1
46000 400:1 46000/√3 720:1 400:1 240:1
69000 600:1 69000/√3 1050:1 600:1 350:1
138000/√3 2100:1 1200:1 700:1
230000/√3 3600:1 2000:1 1200:1
Nota-se que quando o TP utilizado for de ligação entre fase e terra, a relação
de transformação é arredondada na fabricação do equipamento, conforme a NBR
6855. Nesse caso divide-se a tensão nominal primária por √3, conforme a tabela 7.
V N ,P
3 (4.12)
RTP =
V N ,S
4.2.3.3 Disjuntor
4.2.4 Relé
• Elemento Sensor;
• Elemento Comparador;
• Elemento de Atuação.
• 27 – Relé de subtensão;
• 47 – Sequência de fase;
• 50 – Relé de sobrecorrente instantâneo;
114
Tabela 8 - Funções de proteção associadas em cada vão de uma subestação típica (Leão, 2010).
da curva de atuação, sendo que as curvas devem ser de tempo definido, enquanto
que unidades temporizadas funcionam com ajustes da corrente mínima de atuação e
curva de atuação, sendo que essas curvas podem ser de tempo definido ou tempo
inverso.
Figura 47 - Grupos de curvas de atuação de tempo inverso para o relé de sobrecorrente (Almeida, 2000).
Tabela 9 - Grupos de curvas de atuação de tempo inverso segundo IEEE / ANSI e IEC (Leão, 2010).
IEEE Curves
0.02
IEEE Moderate Inverse Tt = Td * (0.114 + 0.0515/(M -1))
2
IEEE Very Inverse Tt = Td * (0.491 + 19.61/(M -1))
2
IEEE Extreme Inverse Tt = Td * (0.1217 + 28.2/(M -1))
IEC Curves
0.02
IEC Inverse Tt = Td * (0.14/(M -1))
IEC Very Inverse Tt = Td * (13.5/(M-1))
2
IEC Extreme Inverse Tt = Td * (80/(M -1))
IEC Long Time Inverse Tt = Td * (120/(M-1))
0.04
IEC Short Time Inverse Tt = Td * (0.05/(M -1))
119
Onde:
β
t = α ⋅k (4.13)
I
−1
I>
Onde:
t – Tempo de operação;
I – Valor de corrente passante na linha;
I> – Valor de corrente definido para atuação do relé (corrente de ajuste);
K – Multiplicador de tempo;
α e β – Constantes que variam dependendo da curva de tempo inverso
escolhida.
Tabela 10 - Grupos de curvas de atuação de tempo inverso segundo a norma IEC 60255 e valores das
constantes α e β (ABB, 2004, apud Silva, 2008).
Classificação α β
Normal Inversa 0,02 0,14
Muito Inversa 1,0 13,5
Extremamente Inversa 2,0 80,0
Inversa de Tempo Longo 1,0 120
A
t = P
+ B⋅n (4.14)
I − 1
I>
Onde:
t – Tempo de operação;
I – Valor de corrente passante na linha;
I> – Valor de corrente definido para atuação do relé (corrente de ajuste);
n – Multiplicador de tempo;
A, B, P – Constantes que variam dependendo da curva de tempo inverso
escolhida.
Tabela 11 - Grupos de curvas de atuação de tempo inverso segundo a norma IEEE C37.112 e valores das
constantes A, B e P (ABB, 2004, apud Silva, 2008).
Classificação A B P
Extremamente Inversa 6,407 0,0250 2,0
Muito Inversa 2,855 0,0712 2,0
Inversa 0,0086 0,0185 0,02
I CARGA,MAX
I MIN , AT ≥ (4.15)
RTC
O segundo critério diz que a corrente mínima de atuação deve ser ajustada
num valor menor ou igual a corrente de curto–circuito bifásica mínima dentro da sua
zona de proteção (ICC, 2ᶲ (NO FINAL DO TRECHO)), também observada no secundário do
respectivo TC.
122
I CC,2φ ( NO.FINAL.DO.TRECHO)
I MIN, AT ≤ (4.16)
RTC
(0,1a0,3).I CARGA,MAX
I MIN, AT ≥ (4.17)
RTC
I CC ,φT ( NO.FINAL.DO.TRECHO)
I MIN , AT ≤ (4.18)
RTC
Figura 48 - Alcance da unidade instantânea de fase (50). Desenho do diagrama baseado no observado em
Almeida (2000).
função da relação X/R, estimado no ponto da falta (Santos, 2009). Ressalta-se que a
multiplicação da corrente de curto-circuito pelo fator de assimetria reduz bastante a
sensibilidade do relé de sobrecorrente.
(3a8).I DESEQ.
I AT , INST ≥ (4.21)
RTC
Onde:
Ela também deve ter sua corrente mínima de atuação ajustada para um
valor menor ou equivalente o da corrente de curto-circuito fase-terra nas
proximidades do primeiro equipamento de proteção a sua jusante (até 20 % do
trecho a montante do primeiro equipamento de proteção).
para sua proteção. A proteção diferencial pode ser usada para proteger os seguintes
equipamentos:
• Geradores;
• Motores;
• Barramentos;
• Transformadores de potência;
• Trecho de linhas de transmissão (que possuem sistema de teleproteção).
Onde:
A convenção acima se refere aos sinais das correntes primárias dos TC1 e
TC2.
127
Figura 50 - Operação do relé diferencial não percentual para normalidade de corrente e falta fora da zona
de proteção. Adaptação do esquema observado em Flach (2008).
Figura 51 - Operação do relé diferencial não percentual para falta dentro da zona de proteção. Adaptação
do esquema observado em Flach (2008).
128
Figura 52 - Operação do relé diferencial percentual para normalidade de corrente e falta fora da zona de
proteção. Adaptação do esquema observado em Flach (2008).
Figura 53 - Operação do relé diferencial percentual para falta dentro da zona de proteção. Adaptação do
esquema observado em Flach (2008).
Nas figuras acima é possível observar que pela bobina de restrição, dividida
em duas partes, irá circular uma corrente igual a (i1s+i2s)/2, enquanto que na bobina
de operação irá circula uma corrente equivalente a (i1s-i2s), de tal forma que a
corrente elétrica circulante na bobina de restrição sempre irá apresentar um
comportamento contrário a corrente elétrica circulante na bobina de operação. A
operação do relé diferencial, nos casos em que ocorrer uma falta dentro de sua zona
de proteção, sempre ficará limitada a força de restrição oferecida pela bobina de
restrição.
129
I OPERAÇÃO (i1s − i2 s )
K1 = =
I RESTRIÇÃO (i1s + i2 s ) (4.23)
2
1
(i1s − i2 s ) ≥ K1 . (i1s + i2 s ) (4.30)
2
I OPERAÇÃO ≥ K 1 .I RESTRIÇÃO (4.31)
Figura 55 - Redesenho do gráfico dos níveis de declividade de um relé diferencial percentual, observado
em Almeida (2000).
Figura 56 - Diagrama trifilar do esquema de proteção diferencial para transformadores de potência com
dois enrolamentos.
IP
RTC = (4.32)
IS
IL
IF = (4.33)
3
Onde:
IL – Corrente de linha;
IF – Corrente de fase.
IL
IS = IF = (4.34)
3
IP IP I .I
RTC = = = P = P 3
IS IF IL IL (4.35)
3
I CARGA,MAXP
I CARGA,MAXS = (4.36)
RTC
Onde:
Onde:
I CARGA,MAXS1 + I CARGA,MAXS2
I RESTRIÇÃO = (4.38)
2
I OPERAÇÃO
K1 = (4.39)
I RESTRIÇÃO
O segundo critério diz que a corrente mínima de atuação por fase deverá ser
ajustada num valor menor ou igual a corrente de curto–circuito bifásica mínima
dentro da zona de proteção do relé de sobrecorrente do religador.
137
Sendo:
∑T to
– Tempo total de todas as operações de abertura para a corrente
mínima de atuação;
∑T ti
– Somatória dos tempos de intervalo de religamento.
139
Figura 57 - Filosofia de proteção para um sistema elétrico de potência, observado em Almeida (2000).
Figura 58 - Zonas de proteção de um sistema elétrico. Diagrama desenhado com base no observado em
Leão (2010).
5 SUBESTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
TIPO I - DIMENSIONAMENTOS
5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Tensão
Módulos Denominação Utilização
(kV eficaz)
Vão de
entrada de
69 Vão correspondente a entrada de linha de 69 kV
linha sem
disjuntor
Transmissão
Vão de
Vão que garante a ligação direta entre a entrada de
entrada do
69 linha de AT até o primário do transformador de
transformador
potência AT / MT
de potência
Vão de saída
Garante a ligação entre o secundário do
do
13,8 transformador de potência AT / MT e o barramento
transformador
de MT
de potência
Vão de barra 13,8 Vão correspondente o barramento de 13,8 kV
Vãos de
Garante a ligação entre o barramento de MT e os
Distribuição saída de 13,8
alimentadores de distribuição de MT
barra
Vãos AL 13,8 Correspondente aos alimentadores da subestação
Vão
transformador Vão que garante a ligação entre o barramento de MT
13,8
de serviços e o transformador de serviços auxiliares MT / BT
auxiliares
S
I= (3.45)
3 xV
secundária para o trânsito das correntes máximas admissíveis no sistema são 60,38
kV e 12,08 kV (considerando um transformador de potência com comutador de tap
sob carga no lado de alta tensão de ± 5 x 2,5 %), portanto as correntes de carga
nominal e correntes máximas admissíveis no sistema dos respectivos setores são
dadas por:
5.10 6
I1 = ≅ 41,88 A (5.1)
3.69.10 3
5.10 6
I2 = ≅ 209,43 A (5.2)
3.13,8.10 3
5.10 6
I 1MAX = ≅ 47,9 A (5.3)
3.60,38.10 3
5.10 6
I 2 MAX = ≅ 239,25 A (5.4)
3.12,08.10 3
Onde:
75.10 3
I TSA = ≅ 3,14 A (5.5)
3.13,8.10 3
Onde:
75.10 3
I TSAMAX = ≅ 3,9 A (5.6)
3.12,08.10 3
Onde:
1,66.10 6
I AL = ≅ 69,53 A (5.7)
3.13,8.10 3
Onde:
1,66.10 6
I ALMAX = ≅ 79,43 A (5.8)
3.12,08.10 3
Onde:
Corrente (A eficaz)
Módulo Tensão (kV eficaz)
Carga Nom. Máx adim.
• Superfície coberta por pedra britada: a camada de brita colocada sobre o solo
onde será construído o pátio visa melhorar as condições de isolamento entre
as partes que entram em contato com superfície e o solo, reduzindo ainda
mais as chances ocorrer um acidente por conta de tensões de passo ou de
contato. A NBR 11191 (ABNT, 1989) recomenda cobrir o solo com no mínimo
10 cm de pedra britada.
• Rede de drenagem do óleo do transformador: construído para os casos em
que o óleo isolante do transformador de potência for mineral. Seu papel é
escoar o óleo que possa vir a vazar do transformador de potência, evitando
seu lançamento no meio ambiente, consequentemente futuros impactos
ambientais.
• Zonas de circulação: correspondem as áreas de segurança que permitem
acesso a Casa de Comando e Controle e / ou aos equipamentos elétricos do
pátio de conexões para montagem, manutenção ou substituição destes.
• Equipamentos elétricos típicos de subestação e materiais elétricos de rede
aérea de distribuição.
• Casa de Comando e Controle.
• Circuitos de iluminação artificial principal: deve permitir completa visualização
da subestação na ausência de luz natural, por ocasião de operações e
manutenção com segurança em períodos noturnos.
• Cabos e barramento.
Tabela 16 - Espaçamentos elétricos mínimos e de segurança obtidos na norma NBR 11191 (ABNT, 1989).
Valores
Grandezas Unidade Fonte de Referência
Considerados
Tensões Nominais
Do sistema kV eficaz 13,8 69 -
Máxima do Sistema kV eficaz 15 72,5 -
Suportável de impulso atmosférico kV de
110 350 -
crista
Espaçamentos (retirados da NBR 11191)
Fase-fase mm 140 787 NBR ANSI
Fase-terra mm 130 635 5434 C37.32
Apenas para conhecimento, a norma NBR 11191 (ABNT, 1989) explica que,
conforme a possibilidade, seus padrões de subestação tipo I adotaram para
160
• Isolador tipo ancoragem (setor AT): Isolador tipo ancoragem, núcleo em fibra
de vidro, revestido em silicone (polimérico), marca Balestro, modelo IPB
69/XX/160/NP/16, com tensão de operação 69 kV, tensão suportável de
impulso atmosférico 390 kV (a seco), nível de poluição normal, resistência
mecânica de 160 kN.
• Isolador tipo ancoragem (setor MT): Isolador tipo ancoragem, núcleo em fibra
de vidro, encapsulado com borracha de silicone, marca JS Isoladores, modelo
IPJS15, tensão de operação 15 kV, tensão suportável de impulso atmosférico
125 kV (a seco), nível de poluição alto, resistência mecânica de 70 kN.
• Isolador de disco para apoio (setor MT e Vão de barra): Cadeia de isoladores
tipo suspensão (disco) garfo-olhal, cada isolador com corpo de vidro, marca
Santa Terezinha, modelo CT80/146, com tensão de operação 15 kV, tensão
suportável de impulso atmosférico 110 kV (140 kV para uma cadeia de
isoladores com 2 peças), nível de poluição normal, resistência mecânica de
80 kN.
161
5.13.1 Cabos de AT
que seguramente suportará a corrente nominal para cada alimentador (não se leva
em conta as correntes de falta no sistema).
No setor de média tensão, o barramento (Vão de barra), destinado a
interligar os alimentadores de média tensão (Vãos AL) ao Vão de saída do
transformador de potência, será de arranjo simples, realizado em cabo de alumínio
CA, com secção transversal de 170,5 mm2 (ou 336,4 MCM), para suportar correntes
de até 239,25 A (não considera as correntes de falta no sistema), possuindo
aproximadamente 11,0 m de comprimento, com distância entre fases de 1000 mm e
sustentado em isoladores tipo suspensão e tipo suporte, comportados por estruturas
de concreto adequadas.
Por último, para o Vão transformador de serviços auxiliares, será adotado
cabo de alumínio CA, com secção transversal de 0,33 mm2 (ou 22 AWG) para
transportar correntes de até 3,44 A (desconsidera-se as correntes de falta).
5.15 PROTEÇÃO
I CC , MAX
I N , P1 ≥ (5.9)
FS
Onde:
I CC,3φ 4200
I N ,P1 ≥ ≥ ≥ 210A (5.10)
FS 20
Onde:
250
RTC1 = = 50 (5.12)
5
Onde:
8.47,9
I AT , INST ≥ ≥ 7,66 A (5.14)
50
(3a8).I DESEQ.
I AT , INST ≥ (4.17)
RTC
Sendo a corrente de carga máxima 47,9 A (setor AT) e a RTC1 igual a 50:1,
a corrente mínima de atuação para a unidade 51 deve ser:
47,9
I MIN , AT ≥ ≥ 0,96 A (5.23)
50
I CC , 2φ ( NO.FINAL.DO.TRECHO)
I MIN , AT ≤ (4.24)
RTC
0,1.47,9
I MIN , AT ≥ ≥ 0,096 A (5.27)
50
I CC ,φT ( NO.FINAL.DO.TRECHO)
I MIN , AT ≤ (4.46)
RTC
β
t = α ⋅k (4.47)
I
−1
I>
Onde:
A corrente nominal primária deve ser maior ou igual que 500 A, para ser
mantido o erro da classe de exatidão dos TCs quando circular corrente de curto-
circuito de 10 kA no setor MT da subestação.
500
RTC RELIG. = = 100 (5.31)
5
Onde:
79,43
I MIN , AT ,FASE ≥ ≥ 0,79 A (5.33)
100
207,5
I MIN , AT , FASE ≤ ≤ 2,07 A (5.35)
100
0,1.79,43
I MIN , AT , NEUTRO ≥ ≥ 0,079 A (5.37)
100
240,7
I MIN , AT , NEUTRO ≤ ≤ 2,4 A (5.39)
100
β
t= ⋅k (4.48)
Iα
−1
I>
Onde:
50
RTC 2 = = 10 (5.41)
5
Onde:
Onde:
A corrente nominal primária do banco TC3 deve ser igual ou maior que 413,9
A, considerando que a corrente nominal secundária seja de 5 A.
179
Para o banco TC3, cuja corrente nominal primária seja de 500 A, a RTC será:
500
RTC 3 = = 100 (5.44)
5
Onde:
Agora é possível calcular as correntes de carga máxima que vão circular nos
enrolamentos secundários dos dois bancos de TCs, a partir da equação (4.36).
I CARGA,MAXP
I CARGA,MAXS = (4.49)
RTC
I 1MAX 47,9
I 1MAX , Sec.TC 2 = = = 4,79 A (5.45)
RTC 2 10
Onde:
I1MAX, Sec. TC2 – A corrente de carga máxima admissível no setor AT, vista nos
enrolamentos secundários do banco TC2;
I 2 MAX 239,25
I 2 MAX ,Sec .TC 3, F = = ≅ 2,4 A (5.46)
RTC 3 100
Onde:
I2MAX, Sec. TC3, F – A corrente de fase de carga máxima admissível no setor MT,
vista nos enrolamentos secundários do banco TC3.
180
I 2 MAX
I 2 MAX , Sec .TC 3, L = = 3.2,4 ≅ 4,14 A (5.47)
RTC 3
Onde:
I OPERAÇÃO 0,65
K1 = .100 = .100 ≅ 14,4 (5.50)
I RESTRIÇÃO 4 .5
Tabela 18 - Resumo das correntes de ajuste calculadas e curvas características especificadas para os
dispositivos de proteção.
Banco Corrente
50 5 10 Corrente de rest.
TC2 de op.
Declividade
Relé diferencial
percentual - 15 %
Banco
500 5 100 0,65 4,5
TC3
* IAJ – Corrente de Ajuste; DR – Disparos Rápidos; DL – Disparos Lentos; CNI – Curva Normal Inversa;
CITL – Curva Inversa de Tempo Longo.
182
6 CONCLUSÃO
6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS
através do uso rigoroso dos critérios que esses documentos contemplam para
criação do projeto de SE tipo I.
De um modo geral, o longo do estudo apresentado neste trabalho é possível
conhecer algumas características de um sistema elétrico de potência e reconhecer
alguns de seus componentes, dentre eles, evidentemente, a subestação, um
subsistema elétrico de características e configurações próprias, destinado a tornar o
fluxo de potência flexível, através de um arranjo específico de barras (barramento),
possibilitando o atendimento de uma determinada fonte de energia a diversos
centros de carga. O estudo demonstrou a aplicação de um arranjo de barramento,
limitando a sua especificação baseada na corrente de carga nominal da instalação
elétrica, sem tocar com profundidade nos fatores considerados na escolha de um
tipo de arranjo.
O estudo prossegue com a apresentação de algumas características e
princípios de funcionamento dos equipamentos elétricos típicos de uma subestação.
Nesse ponto é possível notar que essas características respeitam os critérios
dispostos em normas técnicas específicas. Outro detalhe importante observado diz
respeito à especificação desses equipamentos quando da elaboração do projeto
eletromecânico, devendo ser orientado por aspectos do meio ambiente onde irá
operar (por exemplo, fatores climáticos) e por aspectos inerentes a operação e
defeitos dos sistemas elétricos (como as sobretensões de manobra e curto-circuitos,
respectivamente). As informações anteriores são importantes, pois em alguns
momentos a falta delas impede que o projeto da SE de distribuição tipo I apresente
um caráter mais real, visto a complexidade dos dados e que a obtenção destes
necessita do fornecimento por parte de concessionárias de energia elétrica.
Finalizando os estudos que compõe o dimensionamento do projeto da SE de
distribuição tipo I foram explorados alguns dados ligados a sistema de proteção para
sistemas de potência, vitais para impedir colapsos de energia elétrica.
Componentes, dispositivos e filosofia de proteção desses sistemas foram abordados,
destacando-se os critérios para ajuste de parâmetros dos relés de proteção contra
sobrecorrente e diferencial, proteções básicas para grande parte das subestações
elétricas. Vale lembrar que as informações presentes no estudo dos parâmetros de
ajuste dos relés são de caráter demonstrativo, pois não são baseadas em dados
reais, obtidos também em concessionárias de energia elétrica.
184
REFERÊNCIAS
ABB Power Technologies AB. Guia do comprador de pára-raios. 5. ed. Ludvika: HVP/MD
MF, 2004. 96 p.
BRAIN, M. Como funcionam as redes elétrias. How Stuff Works. Uol, [s.d.]. Disponível em:
< ciencia.hsw.uol.com.br/redes-eletricas4.htm >. Acesso em: 28 abr. 2010.
FILHO, J. M. Manual de equipamentos elétricos. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 708 p.
FILHO, J. M. Instalações elétricas industriais. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010. 792 p.
GÖNEN, T. Electric Power Distribution System Engineering. New York, 1986. 737 p.
RAMÍREZ, C. F. Subestaciones de alta y extra alta tensión. 2. ed. Medellín: [s.n.], 2003.
778 p.
Tabela 19 - Nomenclatura para relés (NBR 5175 - Maio 1988) ANSI (Barros e Gedra, 2010).
inversas);
50/62 BF);
• 87 G – Diferencial de geradores;
tipo autobalanceado.
190