2013 Dis Rsanjos
2013 Dis Rsanjos
2013 Dis Rsanjos
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
FORTALEZA
2013
REGINALDO SILVA DOS ANJOS
Orientadora:
Prof.ª Ruth Pastôra Saraiva Leão, Ph.D.
Coorientador:
Prof. Otacílio da Mota Almeida, Dr.
FORTALEZA
2013
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca de Pós-Graduação em Engenharia - BPGE
CDD 621.3
Este trabalho acadêmico é dedicado a Deus e a
minha querida família: Aurino e Maria Rita,
meus pais, Aurélio e Rejane, meus irmãos.
Ainda no ambiente familiar, à amada Hellem.
Dedico também a todos os amigos e
companheiros que participaram e
proporcionaram a realização deste momento
pleno e inigualável de conhecimento.
AGRADECIMENTO
A modernização dos sistemas elétricos de potência é nos dias atuais um tema de relevância,
com destaque à participação do consumidor na geração de energia elétrica e gestão da energia
consumida. A automação da Medição Inteligente é uma das principais vertentes e o precursor
das Redes Elétricas Inteligentes. Considerando-se este cenário, neste trabalho, apresenta-se
um software de gestão da medição inteligente de energia elétrica, denominado SGMIee.
Trata-se de uma ferramenta computacional, desenvolvida com tecnologias computacionais de
código aberto e gratuito, utilizada para a aquisição, armazenamento, processamento,
visualização e gerenciamento das informações registradas em uma infraestrutura de medição
inteligente de eletricidade. A plataforma Java e a estrutura de banco de dados MySQL são as
principais tecnologias utilizadas no desenvolvimento do software. O SGMIee tem sido
aplicado a um sistema de medição inteligente de energia elétrica instalado na infraestrutura do
Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), do Centro de Tecnologia (CT), da Universidade
Federal do Ceará (UFC). O sistema de medição inteligente de energia elétrica utilizado é
composto por 05 unidades de medidores eletrônicos inteligentes trifásicos, 01 unidade de
interface de comunicação sem fio, 01 unidade de interface de comunicação via porta ótica e
01 unidade de equipamento In-Home Display (IHD). A infraestrutura de medição inteligente é
baseada em uma rede RF e disposta em uma topologia Mesh, sendo utilizados os protocolos
ABNT NBR 14522 e ZigBee para a realização da comunicação entre os equipamentos do
sistema. Dados coletados de 05 medidores eletrônicos, instalados em quadros de distribuição
de baixa tensão nas unidades do DEE, foram utilizados para testar e validar as funcionalidades
do software proposto, sendo considerados aspectos normativos nacionais da área durante as
análises dos resultados obtidos. As funcionalidades sobre página fiscal, consumo, faltas de
energia, alarmes e gráficos foram implementadas no SGMIee, possibilitando-se o
gerenciamento energético baseado em dados de medições e alarmes consultados de forma
instantânea ou através de histórico. Após as análises, observou-se que os objetivos definidos
para o SGMIee foram atendidos, sendo a disponibilização de uma ferramenta computacional
para gerir os dados de medições de parâmetros elétricos, integrada a um cenário de medição
inteligente de eletricidade a principal contribuição deste trabalho.
The modernization of electric power systems is nowadays a topic of relevance, with emphasis
on consumer participation in power generation and management of energy consumption. The
automation of Smart Metering is one of the main aspects and the precursor of Smart Grids.
Considering this scenario, this paper presents electricity smart metering management
software, called SGMIee. It is a computational tool developed with free and open source
technologies, used for the acquisition, storage, processing, display and management of
recorded information in a smart metering infrastructure for electricity. The Java platform and
structure of MySQL database are the main technologies used in software development. The
SGMIee has been applied to a smart metering of electricity infrastructure installed in the
Department of Electrical Engineering (DEE), the Technology Center (TC), Federal University
of Ceará (UFC). The smart metering system used is composed of 05 three-phase smart meters
units, 01 wireless communication interface unit, 01 optical interface unit and 01 In-Home
Display (IHD) unit. The smart metering infrastructure is based on a RF network and willing
in a Mesh topology, protocols being used ABNT NBR 14522 and ZigBee for the realization
of communication between the system equipment. Data collected from 05 smart meters
installed in low voltage switchboards units DEE, were used to test and validate the
functionality of the proposed software, and are considered national normative aspects of the
area during the analysis of the results obtained. The features about summary snapshot of
electrical quantities measured, consumption, power outages, alarms and charts were
implemented in SGMIee, enabling the power management based on measurement data and
alarms consulted instantaneously or through history. After the analyzes, it was observed that
the objectives for the SGMIee were achieved and the availability of a computational tool for
managing measurement data of electrical parameters, integrated with a scenario of electricity
smart metering the main contribution of this work.
Keywords: Smart Grids. Smart Metering. Electricity Smart Metering Management. Java.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 13
1.1 Problemática e justificativa ..................................................................................... 13
1.2 Objetivos do trabalho .............................................................................................. 15
1.3 Organização do conteúdo ........................................................................................ 16
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Considera-se que o passo inicial e fundamental para a efetiva realização das REI é
através da infraestrutura de medição avançada. Esse tipo de infraestrutura de medição é
composto pelas tecnologias de informação e comunicação (TIC), pelos medidores eletrônicos
inteligentes, instalados com um considerável nível de granularidade, e pelos sistemas de
gerenciamento da medição (ORACLE, 2012).
A transferência de informações críticas entre os agentes através da rede de medidores é
realizada por meio dos recursos de comunicação bidirecional. Informações coletadas sobre as
condições de equipamentos interligados na rede, trafegando neste tipo de infraestrutura,
14
CAPÍTUL
LO 2
RE
EDES ELÉ
ÉTRICAS INTELIGE
I ENTES E
MEDIÇÃ
ÃO INTELIIGENTE DE
D ENERG
GIA ELÉTR
RICA
2.1 R
Redes Elétrricas Intelig
gentes
Fonte: Adaptada
A YU et al., 201
de (Y 11).
Trata-se de um sistema compplexo, com fluxo de energia
e geraalmente un
nidirecional,,
desdee os subsisttemas de geeração, passsando pelos de transmissão e de ddistribuição até o plenoo
forneecimento dee eletricidad
de às unidaddes consumiidoras.
18
As Redes Elétricas Inteligentes são consideradas como a próxima geração dos SEP.
Amplamente debatida no cenário mundial, várias são as definições e os conceitos encontrados
na área de energia elétrica para as REI.
A operação do SEP para equilibrar os níveis de produção e de consumo de eletricidade
fazendo-se uso da eletrônica de potência, das tecnologias de comunicação e de
armazenamento de energia corresponde a uma definição para REI dada em Hashmi, Hanninen
e Maki (2011).
É comentado em Hassan e Radman (2010) que através de uma REI, torna-se possível a
entrega de eletricidade da fonte geradora aos consumidores utilizando-se tecnologias digitais
para economizar energia, reduzir os custos e aumentar a confiabilidade, a transparência, a
conectividade, a automação e a coordenação entre os componentes da rede elétrica.
Conforme Berrio e Zuluaga (2012), uma REI corresponde a uma rede elétrica
automatizada e distribuída com fluxos de dados de parâmetros elétricos e de controle. Nesta
definição, o papel fundamental das trocas de informações na infraestrutura da rede elétrica é
destacado.
Considerando uma visão de integração entre os subsistemas, Guimarães et al. (2013)
define as REI como redes elétricas com nível de inteligência que permite os geradores,
distribuidores e consumidores de eletricidade terem conhecimento em tempo real dos
requisitos operacionais e da capacidade do sistema entre si.
A abordagem dada para a definição de REI em IEA (2011) é similar à observada em
Guimarães et al. (2013). Redes elétricas utilizam tecnologias digitais e avançadas para
monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade de todas as fontes geradoras com o
20
1
A palavra Prosumidor (Prosumer, no termo em inglês) é comumente utilizada para designar o cliente na
situação simultânea de produtor e consumidor de energia elétrica (CGEE, 2012).
22
A área 1 costuma ser aplicada aos componentes constituintes dos setores de geração,
transmissão e distribuição. A controlabilidade e a capacidade de transporte de eletricidade nas
linhas são melhoradas pela utilização de aplicações da área 4 no setor de transmissão. Os
processos de automação em subestações da área 5 permitem o gerenciamento do setor de
distribuição quanto à identificação de faltas, à reconfiguração automática e controles dos
níveis elétricos de tensão e potência reativa.
As infraestruturas correspondentes às áreas 6 e 7 devem ser utilizadas ao longo dos
setores de distribuição até o atendimento dos consumidores industriais, de serviços e
residenciais. Os processos de medição, coleta, armazenamento e análise de dados de consumo
e de parâmetros elétricos dos consumidores, de detecção de perdas e furtos, de sinalização de
tarifação diferenciada, assim como a conexão e a desconexão remota da unidade consumidora
são providos pela infraestrutura da área 6, com comunicação bidirecional. Recursos auxiliares
ao suprimento da demanda devido ao abastecimento energético de veículos elétricos na rede
deverão ser providos pela área 7.
Aplicados às unidades consumidoras industriais, de serviços e residenciais, os sistemas
da área 8 correspondem às ferramentas computacionais de gerenciamento do consumo, aos
aparelhos inteligentes, aos dispositivos de armazenamento de energia e à geração distribuída.
Cada área tecnológica envolvida é formada por um conjunto de tecnologias
individuais, sendo algumas destas consideradas com utilizações amadurecidas e outras
necessárias de desenvolvimentos, testes e demonstrações.
De acordo com IEA (2011), baseado em projetos relacionados existentes, os recursos
de hardware, de software e de comunicação utilizados nas áreas 2, 4 e 6 são considerados
maduros. Os demais são considerados em desenvolvimento, com a necessidade de
implantações em larga escala para observação de testes.
Quanto à tendência de desenvolvimento, as áreas 4 e 5 são consideradas com um nível
moderado. As demais são consideradas com um nível rápido.
Como observado em CGEE (2012), as REI denotam modelos tecnológicos com uma
vasta diversidade de tecnologias e equipamentos, com benefícios e potenciais oportunidades
relacionados à inovação tecnológica e ao desenvolvimento de novos produtos e serviços a
todos os setores do sistema elétrico de potência.
27
eficiência energética. Nos Estados Unidos, o foco das iniciativas tem sido a melhoria da
eficácia da rede, com a minimização das perdas. Nos continentes da Ásia e Pacífico, as ações
correspondem a melhorias no atendimento à demanda, mediante mercados tecnológicos
emergentes (CGEE, 2012).
Em CGEE (2012) pode ser encontrada uma descrição detalhada sobre as principais
iniciativas internacionais em REI. Nota-se que em países asiáticos, como China e Coréia do
Sul, os projetos têm recebido investimentos para o desenvolvimento e implantação a médio e
longo prazos. No Japão, há a incorporação de fontes de energias renováveis na geração de
eletricidade, da medição inteligente e dos veículos elétricos. Na Índia, as ações estão ligadas
aos setores de geração, transmissão, distribuição e qualidade de energia.
Nos Estados Unidos e em países europeus os passos iniciais para as futuras REI foram
dados através da implantação de consideráveis projetos de infraestruturas de medição
avançada e de carregamento de veículos elétricos, bem como de geração distribuída. Na Itália,
há projetos que combinam os dispositivos, tecnologias de comunicação e serviços com o
monitoramento avançado. As iniciativas na Austrália, em geral, têm enfatizado o subsídio de
informações sobre os custos e os benefícios de implantação das REI através de um
considerável projeto piloto demonstrativo (CGEE, 2012).
Figgura 2.7 – Disstribuição estaadual dos projetos nacionaiss sobre REI caatalogados.
Figura 2.8
2 – Percentuaais dos custoss totais dos pro
ojetos por regiião.
Fonte: Ad
daptada de (CG
GEE, 2012).
Impulsioonada pelas considerávveis quantid
dades de pro
ojetos cataloogadas nos estados dee
São Paulo, Rio de Janeiro
o, Minas G
Gerais e Esp
pírito Santo
o, a região Sudeste se demonstraa
comoo o foco conncentrado de
d recursos ffinanceiros investidos.
Os princcipais motiivadores paara esse deestaque deccorrem da representattividade daa
regiãão Sudeste como centtro nacionaal de consu
umo de eneergia, bem como pelaas elevadass
quanntidades de concessionáárias, emprresas fabricaantes, prestaadoras de sserviços, un
niversidadess
e cenntros de pesquisa installados na reggião, apontaa o estudo em
m CGEE (22012).
32
6
Correspondente à Supervisory Control and Data Acquisition, no termo em inglês (ELIPSE SOFTWARE,
2013).
7
Correspondente à Smart Appliances, no termo em inglês (ECIL INFORMÁTICA, 2013b).
8
Correspondente à Demand Response, no termo em inglês (SCIAMANA, 2010).
9
Correspondente à Load Shedding, no termo em inglês(SCIAMANA, 2010).
34
Tecnologgias de info
ormação e de comunicação cabeadas e sem
m fio corresspondem àss
TIC, enquanto que
q os sisteemas de reppositório e de gerenciaamento doss dados de medição àss
ferraamentas com
mputacionais (IEA, 20111).
F
Fonte: Adaptaada de (GEO, 2012), (OWL
L, 2013), (CUR
RRENT COST
T, 2013) e (EN
NERGY AWA
ARE, 2013).
A rede formada
fo pelas tecnologgias de comu
unicação sãão essenciaiis à infraestrrutura AMII
e, coonsequentem
mente ao pleno funccionamento das REI. Dados dee medição, estado dee
equippamentos, sinais
s de con
ntrole e com
mandos são trafegados bidirecionaalmente pelaas conexõess
estabbelecidas enntre as inteerfaces de ccomunicaçãão ligadas aos disposiitivos (ARIIAN et al.,,
20111).
Mediantee as necessidades de cobertura da conectiividade entr
tre os dispo
ositivos, ass
tecnoologias de comunicaçã
c ão são integgradas form
mando redess domésticaas, de vizin
nhança e dee
HAN, NAN, WAN11, reespectivameente, nas sig
ampllas áreas (H glas em inglêês).
11
Corrrespondentes, respectivameente, a Home Area Networkk, Neighborho
ood Area Netw
work e Wide Area
A Network,
nos teermos em ingllês (NIYATO;; WANG, 20112).
38
12
Correspondente à “The Standard Wireless Fidelity”, no termo em inglês (WI-FI ALLIANCE, 2013).
13
Correspondente à World Interoperability for Microwave Access, no termo em inglês (IEEE 802.16).
14
Correspondente à General Packet Radio Service, no termo em inglês (02 UK, 2009).
15
Correspondente à Power Line Communications, no termo em inglês (VAN ENGELEN; COLLINS, 2010).
39
Tabela 2.3 – Resumo sobre as principais características das tecnologias de comunicação de AMI.
16
Correspondente à eXtensible Markup Language, no termo em inglês (W3C, 2010).
43
Na Figura 2.12, pode-se observar um esboço das conexões entre os nós, baseadas no
protocolo ZigBee, dispostos em uma rede com topologia Mesh e comunicação de
radiofrequência (2,4 GHz), em um cenário de medição inteligente (LANDIS+GYR, 2013d).
Figura 2.12 – Exemplo de comunicação entre medidores inteligentes em uma rede RF Mesh.
Ano de 2008
(Atividades e reuniões iniciais): as atividades de estudos sobre a temática dos
equipamentos eletrônicos de medição foram iniciadas através de reuniões técnicas
da agência reguladora junto aos fabricantes de medidores, provedores de
tecnologias, distribuidoras e ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (INMETRO). Os debates ocorreram acerca das funcionalidades, custos,
tecnologias e a regulamentação metrológica dos equipamentos.
(Seminário Internacional sobre Medição Eletrônica): realização de reuniões e
palestras com representantes nacionais, de empresas e associações do setor elétrico,
e internacionais, da Itália, da Espanha e do Canadá.
(Divulgação da Nota Técnica nº 0227/2008-SRD/ANEEL): exposição dos
principais tópicos abordados durante o referindo Seminário, com recomendação da
instauração de Consulta Pública relacionada.
Ano de 2009
(Instauração da Consulta Pública – CP nº 015/2009): sobre tópicos de interesse e
apresentadas perguntas específicas para estimular contribuições. O período de envio
de contribuições foi de 30/01/2009 a 30/04/2009.
(Realização de uma missão técnica a Portugal, Espanha e Itália): os servidores da
Agência objetivaram conhecer e acompanhar as experiências destes países na
implantação em grande escala da medição inteligente.
(Divulgação da Nota Técnica nº 0059/2009-SRD/SRC/ANEEL): expôs as
principais informações e as conclusões da missão.
(Divulgação da Nota Técnica nº 0107/2009-SRD/ANEEL): relatando as principais
contribuições recebidas no âmbito da CP nº 015/2009.
(Sessão da Audiência para o Público Interno – API): debater o assunto com as
diversas superintendências da ANEEL. O período de contribuições estendeu-se até
o dia 23/09/2009.
(Divulgação da Nota Técnica nº 117/2009-SRD/ANEEL): análise das contribuições
recebidas na API.
(Realização de missão técnica aos Estados Unidos): os servidores da Agência
objetivaram conhecer e acompanhar as experiências norte-americanas na
implantação de medição inteligente.
46
Ano de 2010
(Portaria MME nº 440, de 15 de abril de 2010): criação do Grupo de Trabalho pelo
Ministério de Minas e Energia – MME com o objetivo de analisar e identificar
ações necessárias para subsidiar o estabelecimento de políticas públicas para a
implantação de um Programa Brasileiro de Rede Elétrica Inteligente – Smart Grid.
(Divulgação da Nota Técnica nº 219/2010-SRE-SRD/ANEEL): instauração da
Consulta Pública nº: 011/2010.
(Instauração da Consulta Pública - CP nº 011/2010): realização das atividades
relacionadas à regulamentação de tarifas diferenciadas. O prazo de recebimento das
contribuições foi de 16/07/2010 a 31/08/2010.
(Divulgação da Nota Técnica nº 0044/2010–SRD/ANEEL): instauração de
Audiência Pública no intuito de coletar subsídios para Resolução Normativa acerca
da implantação de medidores eletrônicos em unidades consumidoras do Grupo B.
(Instauração da Audiência Pública – AP nº 43/2010): obter subsídios e informações
adicionais para estabelecimento de Resolução Normativa acerca dos requisitos
mínimos para os medidores eletrônicos em unidades consumidoras em baixa
tensão. O período de envio de contribuições foi de 01/10/2010 a 17/12/2010
(Instauração da Audiência Pública – AP nº 120/2010): obter subsídios e
informações adicionais referentes à alteração da estrutura tarifária aplicada ao setor
de distribuição de energia elétrica no Brasil.
(Chamada de P&D Estratégico nº 011/2010): apresentar a motivação, as
características e os critérios para execução de projeto sobre o “Programa Brasileiro
de Rede Elétrica Inteligente”, o qual foi desenvolvido conjuntamente por diversas
empresas do setor elétrico nacional.
Ano de 2011
(Publicação da Resolução Normativa – REN nº 464): aprovação do Módulo 7 dos
Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET, definindo-se as diretrizes de
cálculo para aplicação da tarifa horária em baixa tensão – a tarifa branca.
47
Ano de 2012
(Aprovação da Agenda Regulatória indicativa da ANEEL pela Portaria nº 282):
tarefas para definir os critérios para a migração da modalidade de faturamento a
serem realizadas no biênio 2012/2013.
(Nota Técnica n° 0073/2011-SRD-CGA-ASS-SPG-SGE-SPE-SMA/ANEEL):
divulgação dos resultados de um projeto piloto, pelo qual foram realizados estudos
de análise custo-benefício sobre a implantação dos medidores eletrônicos para
consumidores de baixa tensão.
(Publicação da Resolução Normativa – REN nº 482): estabelece as condições gerais
para o acesso de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de
distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica.
(Divulgação da Nota Técnica n° 0098/2012 - SRD/ANEEL): proposta de
Resolução Normativa com base na avaliação do processo de Audiência Pública nº
43/2010. Na parte de Anexo do documento, foi divulgado o Relatório de Análise de
Contribuições referente à AP nº 43/2010.
(Divulgação da Resolução Normativa nº 502): regulamentação dos sistemas de
medição de energia elétrica de unidades consumidoras do Grupo B.
Ano de 2013
(Divulgação da Resolução Normativa nº 547): estabelecimento dos procedimentos
comerciais para aplicação do sistema de bandeiras tarifárias.
energia elétrica ativa em pelo menos quatro postos tarifários, devendo ser programáveis o
início e o fim de cada posto.
As informações sobre o valor de energia elétrica ativa consumida acumulada por posto
tarifário e a identificação do posto tarifário corrente devem ser disponibilizadas em
mostradores internos ao medidor, em dispositivos visualizadores externos ao medidor e
internos às unidades consumidoras ou, a critério da distribuidora, em meios alternativos que
facilitem o acesso às informações pelo consumidor.
Nota-se que o acúmulo de energia reativa, mesmo separado por posto tarifário, não
será obrigatória a exibição ao consumidor. Outra definição da Resolução Normativa nº 502 é
que a diferença de custo entre o sistema de medição básico e o com recursos adicionais deverá
ser de responsabilidade do consumidor interessado (ANEEL, 2012b).
Os equipamentos IHD poderão ser utilizados para a disponibilização das informações
ao consumidor. Softwares de gerenciamento também poderão servir como meio alternativo de
acesso aos dados de consumo e de atualização da bandeira tarifária vigente. Há também a
possibilidade da unidade consumidora não optar pelo faturamento baseado na modalidade
tarifária branca, permanecendo segundo a modalidade convencional pela qual é tarifada. Caso
opte pela diferenciação tarifária em postos horários, o medidor instalado deverá registrar o
consumo em postos tarifários e ser oferecido sem ônus à unidade consumidora.
As informações devem estar disponíveis por meio de saída específica para aquisição
de dados existente no próprio medidor. Quando dotados de sistema de comunicação, a
distribuidora deve adotar procedimentos e tecnologias que assegurem a segurança dos dados
trafegados e das informações de caráter pessoal coletadas das unidades consumidoras, sendo
vetado à distribuidora, o repasse dos dados coletados das unidades consumidoras a terceiros
sem a devida autorização.
Quanto ao faturamento da unidade consumidora na modalidade tarifária branca, a
distribuidora deve utilizar sistema de medição, com a funcionalidade de apuração do consumo
de energia elétrica em postos tarifários, aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
O advento de sistemas de medição com capacidade para apuração dos montantes de energia
elétrica, consumidos em até 04 postos tarifários proverá os recursos básicos essenciais para
este funcionamento.
Como disposto em ANEEL (2012b), os sistemas de medição regulamentados deverão
ser adotados pelas distribuidoras em até 18 meses após a publicação da respectiva resolução
normativa. Considerando-se a data de divulgação em ago./2012, estima-se que a implantação
dos sistemas ocorra até fev./2014.
Embora se tenha uma previsão de início de efetiva implantação da nova opção de
modalidade tarifária para as unidades consumidoras do Grupo B, o documento normativo dos
sistemas de medição não contemplam os detalhamentos sobre os procedimentos comerciais a
serem seguidos para o oferecimento da modalidade tarifária branca ao consumidor. Estes
procedimentos foram estabelecidos na Resolução Normativa nº 479 (ANEEL, 2012d).
Como definido em ANEEL (2012f), a estrutura tarifária refere-se ao conjunto de
tarifas, aplicadas ao faturamento do mercado de distribuição de energia elétrica, que refletem
a diferenciação relativa dos custos regulatórios da distribuidora entre os subgrupos, classes e
subclasses tarifárias, de acordo com as modalidades e postos tarifários.
Atualmente, a estrutura tarifária aplicada no setor elétrico é formada por duas
modalidades tarifárias: a convencional e a horária. O conceito de modalidade tarifária
correspondente ao conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia
elétrica e demanda de potências ativas (ANEEL, 2012f).
A modalidade tarifária convencional é aplicada sem distinção horária. Para as
unidades consumidoras pertencentes ao grupo A, pode ser aplicada de forma binômia, com
tarifas únicas para a demanda de potência e o consumo de energia. Para o grupo B, a a tarifa
única, monômia, para o consumo de energia (ANEEL, 2012d).
A modalidade tarifária horária é formada por três tipos: a azul, a verde e, mais
recentemente, a branca. A modalidade tarifária horária azul é aplicada às unidades
consumidoras do grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica e de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia. Neste tipo,
para a tarifação da demanda de potência, há uma tarifa para horário de ponta e uma para
horário fora de ponta. Considerando-se a tarifação do consumo de energia, há uma tarifa para
horário de ponta em período úmido, uma tarifa para horário de ponta em período seco, uma
tarifa para horário fora de ponta em período úmido e uma tarifa para horário fora de ponta em
período seco.
50
Observa-se que as definições explicitadas em IEA (2011) e NIST (2009) tem tido
notáveis aceitações por especialistas desta área, sendo amplamente citadas em relatórios
governamentais, divulgações comerciais e trabalhos acadêmicos. Por se tratar de uma
divulgação governamental nacional, bem como por serem baseadas nos relatórios (IEA, 2011)
e (NIST, 2009), considera-se que as definições abordadas em CGEE (2012), em sua maioria,
são satisfatórias para o entendimento sobre REI, logo sendo adotadas neste trabalho.
Prevê-se que a utilização dos medidores inteligentes de energia elétrica beneficiarão os
consumidores quanto a melhores níveis de gerenciamento do uso de eletricidade, uma vez que
poderão disponibilizar informações sobre o respectivo consumo, quase em tempo real, de
forma a auxiliar a previsão de faturas mais precisas e na utilização eficiente dos recursos
energéticos. No Brasil, há a perspectiva de que a utilização dos equipamentos medidores
possam melhorar as ações de interação entre as concessionarias e os consumidores, através da
sinalização automática da tarifação vigente, por exemplo.
Como visto de forma breve, há várias opções de tecnologias que podem ser aplicadas
para viabilizar as transferências bidirecionais de dados na infraestrutura AMI. Em vários
cenários de implementação da medição inteligente, agrupamentos de tecnologias cabeadas e
sem fio são empregados nos trechos entre os medidores inteligentes das unidades
consumidoras e os pontos de controle e gerenciamento das concessionárias.
Com as futuras mudanças na estrutura tarifária nacional, em relação às inserções das
bandeiras tarifárias e da modalidade tarifária branca, nota-se que haverá um estímulo ao
gerenciamento pelo lado da demanda (GLD)17, considerado um dos principais benefícios das
REI. A utilização da infraestrutura AMI, principalmente pela figura do medidor inteligente,
deve facilitar a prática de GLD baseado neste método tarifário.
Atualmente, o consumo e os custos financeiros referentes à quantidade de eletricidade
utilizada nas unidades consumidoras são reportados aos clientes em ciclos mensais. Contudo,
na maioria dos casos, ainda não são disponibilizadas aos clientes, detalhamentos sobre o perfil
de consumo periódico, o nível de eficiência energética e os impactos ambientais associados às
instalações.
Esta realidade poderá ser mudada em breve com adoção das tecnologias advindas da
infraestrutura AMI, onde os registros atualizados em tempo real pelos medidores inteligentes
subsidiarão os dados necessários às aplicações computacionais, sendo disponibilizadas
informações adequadas à efetiva gestão dos recursos energéticos por parte do consumidor.
17
Esta característica corresponde ao conceito de Demand Side Management (DSM) (STRBAC, 2008).
599
CAPÍTUL
LO 3
SG
GMIee - SO
OFTWARE
E DE GEST
TÃO DA
MEDIÇÃ
ÃO INTELIIGENTE DE
D ENERG
GIA ELÉTR
RICA
3.1 D
Descrição geral
g
SGMIee é a denom
minação parra a ferram
menta computacional aaplicada à medição
m dee
eletriicidade, dessenvolvida como propoosta deste trabalho.
t Trrata-se do SSoftware dee Gestão daa
Mediição Inteliggente de Energia Ellétrica, utilizado paraa a aquisiição, armazenamento,,
proceessamento, visualizaçção e gerrenciamento
o das info
ormações registradas em umaa
infraaestrutura dee medição in
nteligente dde eletricidaade.
A Figuraa 3.1 ilustra o logo reprresentativo do
d softwaree SGMIee ddesenvolvido
o.
Figu
ura 3.1 – Loggo representatiivo do software SGMIee.
Fonte: Elaborada
E peloo autor.
600
3.2 A
Ambiente de
d aplicação
o do SGMIIee
Como visto na Figura 3.2, o software SGMIee pode ser executado em um computador
desktop ou em um notebook. A interface de comunicação que viabiliza as transferências dos
dados, de comandos e de respostas, em fluxos bidirecionais, entre a unidade computacional e
os medidores, pode ser sem fio ou via porta ótica.
Os dados transferidos são recebidos, decodificados, validados e armazenados pelo
SGMIee. Em ambos os casos, a aplicação computacional é conectada a uma base de dados
estruturada, a qual pode ser configurada para ser acessada localmente ou em rede, permitindo
a persistência e a consulta aos dados de medição transferidos.
Eventualmente, após o processamento dos dados, as informações úteis à gestão da
medição são disponibilizadas graficamente ao usuário, através da interface visual do SGMIee.
Os medidores inteligentes de energia elétrica, instalados em campo, são dotados de
interface de comunicação sem fio e através da porta ótica. Os equipamentos medidores,
através das interfaces de comunicação em radiofrequência são dispostos e interligados em
uma topologia de rede em malha, também conhecida como RF Mesh, em uma abrangência de
vizinhança, conhecida como rede NAN.
MySQ
QL JDBC Driver
D – verssão 5.1.23;
MySQ
QL Commu
unity Editionn – versão 5.6.14.0
5 (64-bit);
MySQ d 6.0.7.11215 (64-bit);
QL Workbeench – versãão 6.0 Build
Protoccolo ABNT
T NBR 145222 – versão 2008 atualiizada;
Protoccolo ZigBeee (ZigBee-P
PRO, baseado no ZigBee specificaation r17).
A Figurra 3.3 ilusttra as identtificações das
d tecnolo
ogias e bibbliotecas utilizadas noo
desennvolvimento e implementação do SGMIee.
Figura 3.3 – Identificaçõees das tecnologgias e biblioteecas utilizadass no desenvolvvimento do SG
GMIee.
18
Corrrespondentes, respectivameente, aos term
mos em inglês Java Platform
m, Standard Ed
Edition Runtim
me
Envirronment e Javaa Platform, Sttandard Editioon Developmeent Kit (ORAC
CLE, 2013a).
63
Através da tecnologia Java, pode-se utilizar uma madura forma de análise, projeto,
modelagem e programação baseada no paradigma de Orientação a Objeto (OO). As
funcionalidades de um software Java podem ser utilizadas de forma dinâmica durante a
execução, mediante os conceitos de abstração, encapsulamento, herança e polimorfismo
(DEITEL; DEITEL, 2012).
É observada uma considerável quantidade de bibliotecas relacionadas à tecnologia
Java. Os códigos adicionais suportam implementações com recursos gráficos, multimídia,
textuais, comunicação, persistência, datas, impressões, redes, dentre outros. Há diversas
comunidades de desenvolvedores oficiais e colaborativas que reportam correções, propõem
novos recursos, especificam técnicas e práticas de programação, auxiliando frequentemente
na atualização da tecnologia.
Outra importante característica que justifica a utilização ampla da tecnologia Java é
que se trata de uma plataforma gratuita para aquisição e desenvolvimento de aplicações
(ORACLE, 2013a). A utilização de Java pode ajudar a reduzir os custos de desenvolvimento
de aplicações computacionais. Daí, a justificativa para a escolha da plataforma no
desenvolvimento do SGMIee.
Dentre a variedade de ambientes de desenvolvimento integrados19 que suportam a
tecnologia Java, o Netbeans IDE é uma ferramenta gratuita, sob as licenças CDDL20 1.0 e
GNU GPL21 v2, que permite o desenvolvimento de aplicações desktop, web e mobile, com
suporte a múltiplas linguagens de programação, provendo funcionalidades de edição de
código-fonte, gerenciamento de projetos, desenvolvimento de interfaces visuais e
incorporação de códigos adicionais, como bibliotecas e plug-ins (ORACLE, 2013b). Observa-
se que há uma frequente atualização da ferramenta de desenvolvimento em relação às
atualizações da tecnologia Java.
Na implementação do SGMIee, foram utilizadas API22 adicionais para viabilizar a
integração entre os vários componentes e recursos do software. A API Commons Codec é
utilizada para suporte às ações de codificação e decodificação em base numérica hexadecimal.
A JCalendar é utilizada para prover componentes gráficos relacionados à seleção de datas, no
formato de calendário.
19
Corresponde ao termo em inglês Integrated Development Environment (ORACLE, 2013b).
20
Corresponde ao termo em inglês Common Development and Distribution License (ORACLE, 2013b).
21
Corresponde ao termo em inglês GNU General Public License (ORACLE, 2013b).
22
Correspondente ao termo em inglês Application Programming Interface (DEITEL; DEITEL, 2012).
64
23
Correspondente ao termo em inglês Structure Query Language (ISO, 2012).
65
F
Fonte: Elaborada pelo autorr.
677
Para o campo
c “Tem
mperatura IInterna” do medidor, foi
f implem
mentado um tratamentoo
visuaal da inform
mação conssiderando-see as especificações téccnicas dos medidores eletrônicoss
inteliigentes utiliizados no sistema
s de m
medição dee energia ellétrica. Os llimites de temperatura
t a
situaados entre -10º e 80º são
s especifiicados como
o condições adequadaas para a op
peração doss
referridos equipaamentos.
Neste caaso, os seguiintes critérioos foram co
onsiderados:
(-10ºC
C ≤ Valor medido
m ≤ 800ºC):
o Cor: Branca;
o informativvo: “ADEQ
o Texto QUADA”.
(Valoor medido < -10ºC) ou ((Valor med
dido > 80ºC)):
o Cor: Preta;
o Texto
o informativvo: “CRÍTIICA”.
A Figuraa 3.5 ilustra exemplos ppara as situaações comen
ntadas.
Figu
ura 3.5 – Exem
mplos de trataamentos visuaiis para o camp
po ”Temperatu
tura Interna”.
F
Fonte: Elaborada pelo autorr.
699
Na aba “Tensão”,
“ para
p o camppo “Tensão de linha”, foi implem
mentado um tratamentoo
visuaal da inforrmação con
nsiderando-sse as cond
dições dispo
ostas sobree Tensão em
e Regimee
Perm
manente, no Módulo 8, da documenntação norm
mativa nacio
onal PRODIIST (ANEE
EL, 2012a).
Na referiida norma, são estabeleecidos os liimites adequ
uados, precáários e crítiicos para oss
níveiis de tensãoo em regimee permanennte. Para os pontos de conexão
c em
m tensão nominal iguall
ou innferior a 1 kV
k (380/220
0 V), as conndições paraa diferenciaação de cor e do texto informativo
i o
do coomponente implementaadas corresppondem aoss seguintes critérios:
c
(348 V ≤ Valor medido
m ≤ 3996 V):
o Cor: Amarela;
o Texto
o informativvo: “ADEQ
QUADA”.
(327 V ≤ Valor medido
m < 3448 V) ou (39
96 V < Valo
or medido ≤ 403 V):
o Cor: Laranja;
o Texto
o informativvo: “PRECÁ
ÁRIA”.
(Valoor medido < 327 V) ou (Valor med
dido > 403 V):
V
o Cor: Preta;
o Texto
o informativvo: “CRÍTIICA”.
A Figuraa 3.8 ilustra exemplos ppara as situaações comen
ntadas.
Figura 3.8 – Exemplos de
d tratamentoss visuais para o campo ”Ten
nsão de linha””, na aba “Ten
nsão”.
F
Fonte: Elaborada pelo autorr.
O campoo “Ângulo da
d tensão dee fase” inforrma sobre os
o ângulos, eem graus (º)), por fase.
Na aba “Corrente”, o campo “Corrente de fase” contém
c as informaçõees sobre oss
valorres das ampplitudes das correntes, em amperee (A), por faase. O valorr eficaz da corrente dee
neutrro é observaado no camp
po “Correntte de neutro
o”.
Os ângulos das defa
fasagens enttre tensão e corrente, em
e graus (º)), observados em cadaa
fase, são represeentados no campo
c “Deffasagem enttre tensão e corrente”.
Na aba “Fator
“ de po
otência”, ass informaçõ
ões do fator de potênciaa de deslocamento porr
fase são exibidaas no camp
po “Fator dde potência por fase” e o trifásicoo no campo
o “Fator dee
70
3.4.44 Alarmes
mações sob
As inform bre a data e hora e sobrre 25 tipos de
d alarmes ssão verificaadas atravéss
destaa funcionaliidade. Os alarmes são registradoss pela quanttidade acum
mulada de ocorrências,
o ,
pelass datas e horras de início
o e de fim e pelo tempo
o de duração de cada uum.
Os 25 alarmes
a são divididos em dois grrupos (Grup
po 01 e Grrupo 02), sendo
s aindaa
dividdidos em paartes pelas abas conform
me:
1): alarmes sobre os lim
Parte I (Grupo 01 mites de fato
or de potênccia, de temp
peratura, dee
corrennte diferenccial e de sobbrecorrente;
Parte II (Grupo 01):
0 alarmess sobre os liimites inferiior e superioor das tensõ
ões precáriaa
e crítiica;
Parte III (Grupo 01): alarm
mes sobre in
nversão de fase, falta de fase, co
orrente sem
m
tensãoo e desequillíbrio de corrrente;
Parte IV (Grupo
o 01): alarm
mes sobre acionamento
a o de relé, aacionamentto do botãoo
reset, sem sincronismo nas úúltimas 24h
h e falha de hardware;
h
Parte V (Grup
po 01): allarmes sob
bre interferências eleetromagnéticas e dee
luminnosidade, assim como ffluxo reversso;
Parte VI (Grupo 02): alarmees do limite de demanda e presenç a de fase ap
pós relé;
74
Tipo de
Parte Denominação Valor de referência Descrição
Grupo
Evento que registra a
Limite de fator de
01 I < 0,92 ultrapassagem inferior do valor
potência
medido ao de referência
Evento que registra a
Limite de
01 I -10 à 80º C ultrapassagem inferior ou
temperatura
superior do medido à referência
Limite de Evento que registra a
01 I corrente 10% ultrapassagem superior do valor
diferencial medido ao de referência
Evento que registra a
Limite de
01 I 10% ultrapassagem superior do valor
sobrecorrente
medido ao de referência
Limite inferior Evento que registra a
01 II de tensão 189 V ≤Valor≤ 201 V equivalência do valor medido
precária ao de referência
Limite superior Evento que registra a
01 II de tensão 231 V <Valor≤ 233 V equivalência do valor medido
precária ao de referência
Limite inferior Evento que registra a
01 II de tensão Valor < 189 V equivalência do valor medido
crítica ao de referência
Limite superior Evento que registra a
01 II de tensão Valor > 233 V equivalência do valor medido
crítica ao de referência
Evento que registra a ligação
01 III Inversão de fase ----- errônea de fases nos bornes de
entrada
Evento que registra a detecção
01 III Falta de fase VA,VB ou VC = 0V
de falta de uma fase
Evento que registra a presença
IA, IB, IC ou IN > 0 A
Corrente sem de correntes de fase e de neutro
01 III (VA,VB,VC = 0V e
tensão sem a detecção de tensões de
VAB, VBC e VCA = 0V)
linha e de fase
Evento que registra a
ultrapassagem do valor medido,
Desequilíbrio de
01 III Valor > 10% entre fases referente à maior diferença
corrente
entre as correntes de fase, em
relação ao de referência
Acionamento de Evento que registra as ações de
01 IV Abertura ou fechamento
relé abertura e fechamento do relé
Evento que registra a ação de
Acionamento do Pressionamento do
01 IV pressionamento do botão
botão reset botão interno
interno de reinicialização
75
3.4.5 Gráficos
Consuumo (Energ
gia Reativa)): idem às descrições
d da
d aba Conssumo (Enerrgia Ativa),,
aplicaadas aos reg
gistros de ennergia reativ
va;
Custoos (Energiaa Reativa): idem às descrições
d da aba Cuustos (Energia Ativa),,
aplicaadas aos reg
gistros de ennergia reativ
va;
Mediçções (Energ
gia Aparentee): idem às descrições da aba Meddições (Enerrgia Ativa),,
aplicaadas aos reg
gistros calcuulados de en
nergia apareente;
Consuumo (Energ
gia Aparentee): idem às descrições da aba Connsumo (Enerrgia Ativa),,
aplicaadas aos reg
gistros calcuulados de en
nergia apareente.
3.5 F
Fluxogramaa de funcio
onamento
Tomando-se a orientação para fluxogramas observada em ISO (1985), “a” e “n” são
terminais, “b” e “c” representam decisões e “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j”, “k”, “l” e “m”
representam processamentos.
Aplicado ao funcionamento do SGMIee, têm-se que:
“a”: início da execução do programa;
“b”: verifica se há conexão com o banco de dados;
“c”: verifica se há porta de comunicação disponível;
“d”: seleciona identificador do medidor;
“e”: atualiza todas as informações da Página Fiscal;
“f”: atualiza todas as informações de Consumo;
“g”: seleciona período das Faltas de Energia;
“h”: seleciona grupo dos Alarmes;
“i”: seleciona intervalo de consulta dos Gráficos;
“j”: atualiza todas as informações do Período Anterior;
“k”: atualiza todas as informações do Período Atual;
“l”: atualiza todas as informações do Grupo 01;
“m”: atualiza todas as informações do Grupo 02;
“n”: final da execução do programa.
Através da inicialização do software SGMIee, o sentido de fluxo é iniciado em “a”.
Em seguida, uma primeira decisão é realizada em “b”, referente à existência de conexão com
o banco de dados. Em caso negativo, há a finalização do fluxo através de “n”, uma vez que a
falta de conexão com o banco de dados é uma situação que inviabiliza várias ações de
gerenciamento implementadas em SGMIee, sendo finalizado por segurança.
Havendo conexão com o banco de dados, o sentido de fluxo segue, sendo realizada
logo em seguida mais uma decisão, em “c”, para verificar se há porta de comunicação
disponível. Essa verificação também é fundamental para o propósito implementado no
SGMIee, visto que transmissões entre o software e os medidores inteligentes são realizadas
via interface de comunicação conectada a alguma porta de comunicação da unidade
computacional. Novamente, a finalização em “n” é realizada por questão de segurança.
Encontrada alguma porta de comunicação disponível em “c”, o fluxo de
funcionamento prossegue até o processamento “d”, o qual representa a tela principal do
SGMIee carregada para que seja realizada a seleção do medidor desejado. Em seguida, as
informações do medidor inteligente selecionado são exibidas na tela principal e as abas das 05
79
funcionalidades são habilitadas ao usuário. Este pode escolher atualizar qualquer uma delas,
representadas por “e”, “f”, “g”, “h” e “i”.
Atualizando-se todas as informações em qualquer uma das funcionalidades “e” ou “f”,
ou então, selecionando-se o intervalo de consulta desejado em “i”, o fluxo é prosseguido com
os respectivos resultados e conduzido a uma eventual finalização do SGMIee. Os fluxos
bidirecionais, como em “e”-“f”, “f”-“g”, “g”-“h”, “h”-“i”, “g”-“j”, “g”-“k”, “j”-“k”, “h”-“l”,
“h”-“m” e “l”-“m” indicam que o usuário pode escolher atualizar as informações de outra
funcionalidade sem a necessidade de finalização do SGMIee.
Por exemplo, escolhendo atualizar as informações das Faltas de Energia em “g”, há
opções para atualizar as do Período Anterior, em “j”, ou as do Atual, em “k”. Caso a escolha
seja pela atualização das informações dos Alarmes, em “h”, as do Grupo 01 podem ser
atualizadas em “l” e as do Grupo 02 em “m”.
Como seguimento dos fluxos após os processamentos realizados em “e”, “f”, “j”, “k”,
“l”, “m” e “i”, é possível a finalização em “n”.
Fonte: Ad
daptada de (AB
BNT, 2008).
25
Corrresponde ao termo
t em ingllês Cyclic Reddundancy Cheeck (IBM, 2013a).
81
A associiação de com
mpanhias Z
ZigBee Alliaance, juntam
mente com oos integranttes do IEEE
E
802.115 WPAN Working
W Group,
G criouu um padrão
o contendo um
u conjunto
to de especiificações dee
comuunicação paara redes seem fio caraacterizadas por baixas taxas de ttransferênciias e curtoss
alcannces (FARA
AHANI, 201
11).
Os dispoositivos Zig
gBee operam
m nas faixaas de frequêência de 8668 MHz (1 canal), 9155
MHzz (10 canaiss) e 2,4 GHzz (16 canaiss), com taxaas de transfeerências de 220, 40, 100 e 250 kbpss
e alcances de até 100 m. Há suporte à criptografiaa dos dadoss pelo métoddo AES26 de
d 128 bits..
Em geral, a banda 2,4 GHz
G ISM costuma ser adotada mundialm
mente peloss principaiss
os eletrônicoos, pois posssibilita a máxima
fabricantes de equipamento m taxaa de transferência (2500
kbps) e o maior número de canais (16 canais).
Nas definições destte padrão, hhá a figura de
d três tiposs de disposiitivos quantto às regrass
de coomunicaçãoo: o Coordeenador, o R
Roteador e o Dispositiivo Final (C
Coordinator, Router e
End D
Device, noss termos em
m inglês). Um
m dispositiv
vo, ou nó, ZigBee
Z Cooordenador, atua
a como o
princcipal controolador da red
de PAN forrmada com os outros dispositivos.
d . Um nó Ro
oteador atuaa
comoo um retrannsmissor dee mensagenns na rede. Um nó Fiinal atua coom funçõess limitadas,,
apennas como um
m simples integrante da rede, seem atividad
des de contr
trole ou de repasse dee
inforrmações de outros dispositivos.
26
Corrresponde ao termo
t em ingllês Advanced E
Encryption Sttandard.
822
Mais esspecificamen
nte, o nó Coordenad
dor é respo
onsável porr selecionaar o canal,,
identtificar (PAN
N ID, no teermo em innglês), determinar a po
olítica de ssegurança e persistir a
tabella de nós asssociados da
d rede. Em
m uma rede PAN ZigB
Bee, há a figgura de apeenas um nóó
Coorrdenador. Os
O nós Roteeadores, um
ma vez assocciados à red
de, podem permitir a inserção
i dee
um nnovo nó aoo agrupamento. Pode ttambém se comunicarr com os deemais nós e rotear oss
pacotes de dadoos trafegados na rede.
Cada nó ZigBee po
ossui dois eendereços diferentes: um
u de 64 biits (ZigBee ID), que o
identtifica unicaamente, e um
m de 16 biits (PAN ID
D), que ideentifica a reede em quee o nó estáá
assocciado. O prootocolo ZigBee oferecee suporte ao
o funcionam
mento dos nóós em uma rede ponto--
a-ponnto27, dispostos analogamente a uma esstrutura de malha28. Esta conffiguração é
denoominada de RF Mesh, sendo caractterizada porr ser uma reede sem fio onde os nós interagem
m
pontoo-a-ponto, sem restriçções de coomunicação entre os nós (FARA
AHANI, 20
011). Estess
conceitos são coonsiderados para o funccionamento do SGMIee.
A Figuraa 3.14 ilustrra a disposiçção dos nóss na rede RF
F Mesh ZigB
Bee em quee o SGMIeee
é apllicado.
Figura 3.114 – Disposição dos nós naa rede RF Messh do referido sistema de meedição inteligente.
Fonte: Elaborada
E pelo
o autor.
27
Corrrespondente ao
a termo em inglês Peer-to -Peer.
28
Corrrespondente ao
a termo em inglês Mesh.
83
Neste tipo de configuração de rede sem fio, as ações de repasses dos pacotes de dados
são realizadas mediante um algoritmo de roteamento AODV29 baseado em saltos múltiplos30,
do nó de origem, passando pelos nós intermediários, até o nó de destino, onde é buscada a
menor distância disponível no momento da comunicação. Nós Roteadores e Coordenadores
podem participar deste processo de estabelecimento da rota (DIGI, 2012b).
Os módulos ZigBee utilizados nos equipamentos que compõem o sistema de medição
de energia elétrica em que o SGMIee tem sido aplicado, foram o XBee-PRO S2B ZB (DIGI,
2012a). Conforme definido em Digi (2012b), as especificações para operações com os
pacotes ZigBee Transmit Request (0x10), ZigBee Transmit Status (0x8B) e ZigBee Receive
Packet (0x90), da API Operations para pacotes de dados UART31, foram implementadas no
SGMIee.
O primeiro tipo de pacote refere-se ao formato para a transmissão dos dados. O
segundo refere-se ao formato do pacote enviado pelo módulo indicando a confirmação de
transmissão ou de erro dos dados. O último refere-se ao formato dos pacotes recebidos pela
controladora serial UART. Na Figura 3.15 pode-se observar o formato padrão para os pacotes,
de tamanhos variáveis, utilizados nas transmissões pela UART com ZigBee.
Figura 3.15 – Formato dos pacotes UART ZigBee.
tarifário. Neste caso, os conceitos da tarifa branca e das bandeiras tarifárias já são
considerados.
Com o objetivo de melhor expor a ideia de funcionamento do SGMIee, utilizou-se um
fluxograma que delineia os possíveis fluxos de funcionamento ao longo da execução do
software. Considera-se que a estratégia de elaboração do diagrama de fluxo esclarece a
divisão dos processamentos de cada funcionalidade.
Na parte final do capítulo, os comentários sobre alguns conceitos e detalhes das
implementações dos protocolos junto ao SGMIee foram realizados. Mediante a necessidade
de composição entre os protocolos, as definições sobre o protocolo ABNT NBR 14522 e o
protocolo ZigBee foram abordadas.
A escolha de implementação utilizando o protocolo ABNT NBR 14522 foi devido à
consolidada utilização do protocolo nacional em sistemas de medição de energia elétrica. A
escolha pelo protocolo ZigBee foi devido às características de suporte a redes sem fio RF
Mesh e criptografia. Outro fator determinante foi a disponibilidade dos equipamentos do
referido sistema com ambos os protocolos implementados pelo fabricante Eletra Energy
Solutions.
Mediante os esclarecimentos expostos, no capítulo seguinte será abordada a
composição do cenário de medição inteligente em que a ferramenta computacional SGMIee
tem sido aplicada.
86
CAPÍTULO 4
CENÁRIO DE MEDIÇÃO INTELIGENTE DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZADO E
METODOLOGIA DE APLICAÇÃO DOS TESTES
transsferências de
d registro
os de meddição dos pontos dee medição até o so
oftware dee
gerennciamento da
d medição de energia elétrica.
ma de mediçãão inteligen
O cenário do sistem nte proposto
o é visto na FFigura 4.1.
Figura 4.1 – Cen
nário ilustrativvo da infraestrrutura de mediição inteligent
nte proposta.
Medid dor
Descrição do local Cargas
C insttaladas
instalaado
Labooratório de Eficiência
Tom
madas mono ofásicas e trrifásicas, ilu
uminação,
Enerrgética e Máquinas MED__10
condicionado
ores de ar e motores triifásicos
Mottriz (LAMO OTRIZ)
Labooratório do Grupo de
Pesqquisa em Auutomação e MED__11 Tom
madas mono
ofásicas e trrifásicas e illuminação
Robótica (GPA AR)
Labooratório de práticas de
MED__12 Tom
madas mono
ofásicas e trrifásicas e illuminação
Circcuitos Eletrooeletrônicoss
Tomadas monofásicaas, iluminaçção e
Gabinetes dos professores
p MED__13
condicionador
ores de ar
Tomadas monofásicaas, iluminaçção e
Secrretaria MED__14
condicionador
ores de ar
Fontee: Elaborada pelo autor.
88
Softwares
Windows 7 Professional versão 6.1 x86 (64-bit);
Java SE Development Kit – versão 1.7.0 update 45 (32-bit);
Java SE Runtime Environment 1.7.0_45-b18 (32-bit);
MySQL Community Edition – versão 5.6.14.0 (64-bit);
MySQL Workbench – versão 6.0 Build 6.0.7.11215 (64-bit);
SGMIee – versão 1.0.
94
Como base amostral para os testes de validação e coleta dos resultados do software,
dados de medições dos pontos de medição 01, 02, 03, 04 e 05, correspondentes ao período de
04 meses (jun./2013 a set./2013) de funcionamento do sistema de gerenciamento de medição
inteligente, foram aplicados ao SGMIee.
96
CAPÍTUL
LO 5
APLICAÇ
ÇÃO DO SG A DE MEDIIÇÃO
GMIee AO SISTEMA
INTELIG
GENTE DO
O DEE/CT//UFC
Fonte: Elab
borada pelo auutor.
Ao execuutar o SGM
MIee, a tela dde inicializaação é carreegada e exibbida ao usu
uário. A telaa
é com
mposta peloo logo da ap
plicação e ppor compon
nentes gráficcos, que infformam sob
bre o estadoo
da innicialização ao usuário. A Figura 55.2 exibe a tela
t de inicialização.
1022
Fo
onte: Elaboradda pelo autor.
MIee, duas verificaçõees são realizadas: umaa
Durante as ações de inicializaçção do SGM
relaccionada ao correto aceesso, local oou em redee, ao banco
o de dados e outra rellacionada à
dispoonibilidade de portas de comunicaação na unid
dade compu
utacional.
A verificação de acesso
a ao bbanco de dados
d é essencial paraa o funcion
namento doo
softw
ware. Há a necessidad
de de consuulta ao ban
nco de dado
os para obtter as inforrmações dee
identtificação e registros do
os medidorres inteligen
ntes que inttegram o siistema de medição.
m A
verifficação de disponibilida
d ade de porttas de comu
unicação é fundamental
f al para que se
s possa terr
assocciado algum
m canal de trransferênciaa de informações com o sistema dee medição.
Em casoo de erro em algumaa das verifficações, um
ma tela de aviso con
ntendo umaa
bre o resulttado da verrificação é exibida aoo usuário. Em
menssagem inforrmativa sob E caso dee
sucessso, a interrface gráficaa é carregaada e uma confirmação
c o de iniciallização da aplicação é
exibiida na tela. As
A Figuras 5.3 e 5.4 iluustram as siituações com
mentadas.
Figu
ura 5.3 – Aceesso ao banco de dados e veerificação das portas de com
municação na iinicialização do
d SGMIee.
Figura 5.4
5 – Carregam
mento da inter
erface gráfica e confirmação
o de inicializaçção do SGMIee.
A tela prrincipal do software dee gestão de medição é carregada aao usuário nesta
n etapa..
O caampo “Meddidor” é haabilitado p ara a seleçção do iden
ntificador ddo medidorr desejado,,
mediiante uma liista de opçõ
ões consultaada no banco
o de dados.
Através da ação dee seleção ddo identificaador do meedidor deseejado, as in
nformações,,
cadastradas no banco
b de dados, do reespectivo medidor são consultadass e exibidass no campoo
“Meddidor”, na parte
p superio
or da tela.
Diante disto,
d as ab
bas referenntes às fun
ncionalidadees “Página Fiscal”, “Consumo”,
“ ,
“Falttas de energgia”, “Alarm
mes” e “Grráficos” são
o exibidas mediante
m a habilitação
o do campoo
“Opçções”. A Figgura 5.6 ilustra estas açções no SGM
MIee.
Figgura 5.6 – Tela principal co
om os dados doo medidor selecionado e as abas das funccionalidades do
d SGMIee.
Como resultados obtidos, na tela principal da aplicação, observa-se que o usuário pode
consultar, através da seleção do identificador, as informações de cada ponto de medição,
como o número de série, o modelo, o fabricante, o tipo de conexão, a frequência de operação,
o local instalado e o identificador ZigBee associado à interface de comunicação do medidor
inteligente. Na obtenção dos resultados, o medidor inteligente MED_10 foi selecionado.
Considera-se que este recurso permite um melhor nível de gestão dos pontos de
medição instalados, permitindo ao usuário obter as principais informações de identificação
dos medidores inteligentes que integram o sistema de medição.
Na parte inferior da aplicação, é utilizado um campo de texto informativo para
atualização das informações sobre o andamento de cada funcionalidade utilizada no SGMIee.
A Figura 5.7 ilustra os resultados obtidos para a atualização da aba “Página Fiscal”.
Figura 5.7 – Aba “Página Fiscal”, do SGMIee.
5.1.4.1 Tensão
5.1.4.2 Corrente
A Figura 5.9 ilustra os resultados obtidos para a atualização das informações da aba
“Fator de potência”, da funcionalidade “Página Fiscal” do SGMIee.
1088
5.1.44.4 Potênciaa
Conforme observado na Figura 5.10, no campo “Potência ativa por fase”, os valores
exibidos foram 2436,75 W, 2135,41 W e 2151,36 W, para as fases A, B e C, respectivamente.
No campo “Potência ativa trifásica”, o valor exibido foi de 6723,533 W, para o conjunto
trifásico. Considera-se que os valores são coerentes, uma vez que o valor trifásico
corresponde algebricamente às contribuições parciais por fase da potência ativa.
No campo “Potência reativa por fase”, os valores exibidos foram 918,24 var, 725,89
var e 717,15 var, para as fases A, B e C, respectivamente. No campo “Potência reativa
trifásica”, o valor exibido foi de 2361,28 var, para o conjunto trifásico. Considera-se que os
valores são coerentes, uma vez que o valor trifásico corresponde algebricamente às
contribuições parciais por fase da potência reativa.
No campo “Potência aparente por fase”, os valores exibidos foram 2604,02 VA,
2255,41 VA e 2267,74 VA, para as fases A, B e C, respectivamente. No campo “Potência
aparente trifásica”, o valor exibido foi de 7127,18 VA, para o conjunto trifásico. Considera-se
que os valores são coerentes, uma vez que o valor trifásico corresponde algebricamente às
contribuições parciais por fase da potência aparente.
5.1.5.1 Energia
5.1.5.2 Demanda
A Figura 5.17 ilustra o resultado obtido das atualizações para a aba “Período
Anterior”.
Figura 5.17 – Aba “Período Anterior”, da funcionalidade “Faltas de energia”, do SGMIee.
A Figura 5.18 ilustra o resultado obtido das atualizações para a aba “Período Atual”.
Figura 5.18 – Aba “Período Atual”, da funcionalidade “Faltas de energia”, do SGMIee.
5.1.7 Alarmes
5.1.7.1 Grupo 01
A Figura 5.19 exibe os resultados obtidos da aba “Parte I”, em “Grupo 01”, da
funcionalidade “Alarmes”.
Figura 5.19 – Aba “Parte I”, em “Grupo 01”, da funcionalidade “Alarmes”, do SGMIee.
Figura 5.20 – Aba “Parte II”, em “Grupo 01”, da funcionalidade “Alarmes”, do SGMIee.
Figura 5.22 – Aba “Parte IV”, em “Grupo 01”, da funcionalidade “Alarmes”, do SGMIee.
5.1.7.2 Grupo 02
A Figura 5.24 exibe os resultados obtidos da aba “Parte I”, em “Grupo 02”, da
funcionalidade “Alarmes”.
Figura 5.24 – Aba “Parte I”, em “Grupo 02”, da funcionalidade “Alarmes”, do SGMIee.
5.1.8 Gráficos
5.1.8.1 Tensão
As Figuras 5.26 e 5.27 ilustram os resultados obtidos para a aba “Fase A”, em
“Tensão”, da funcionalidade “Gráficos”.
Figura 5.26 – Aba “Fase A”, em “Tensão”, da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
Figura 5.27 – Gráfico de Tensão (Fase A) gerado através da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
Figura 5.29 – Gráfico de Tensão (Fase B) gerado através da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
Figura 5.31 – Gráfico de Tensão (Fase C) gerado através da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
Figura 5.33 – Gráfico de Tensão (Fases A, B e C) gerado através da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
5.1.8.2 Energia
Graficam
mente, estass informaçõões sobre oss custos de consumo dde energia ativa
a podem
m
ser annalisadas naas representtações das F
Figuras 5.40
0 e 5.41.
Figurra 5.40 – Gráffico dos custos do consumoo de energia attiva, por posto
o tarifário e poor bandeira tarrifária, geradoo
através
a da funccionalidade “G
Gráficos”, do SGMIee.
F
Figura 5.44 – Aba “Consum
mo”, em “Reattiva”, de “Eneergia”, da funccionalidade “G
Gráficos”, do SGMIee.
Figura 5.48 – Gráfico dos custos, com e sem acréscimo, do consumo de energia reativa, por bandeira tarifária,
gerado através da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
Figura 5.50 – Gráfico do perfil da energia aparente gerado através da funcionalidade “Gráficos”, do SGMIee.
Figu
ura 5.52 – Grááfico do consu
umo total de eenergia aparennte, por posto tarifário
t e porr bandeira tarifária, gerado
através
a da funccionalidade “G
Gráficos”, do SGMIee.
5.2 A
Análise geral
Funcionalid
F dade Vaalidação
Tenssão Attendido
Corrrente Attendido
Página
Fato
or de potênccia Attendido
Fisccal
Potêência Attendido
135
Direta Atendido
Energia Reversa Atendido
Líquida Atendido
Consumo
Direta Atendido
Demanda Reversa Atendido
Líquida Atendido
Faltas de Período Anterior Atendido
energia Período Atual Atendido
Parte I Atendido
Parte II Atendido
Grupo 01 Parte III Atendido
Alarmes Parte IV Atendido
Parte V Atendido
Parte I Atendido
Grupo 02
Parte II Atendido
Fase A Atendido
Fase B Atendido
Tensão
Fase C Atendido
Todas as fases Atendido
Medições Atendido
Ativa Consumo Atendido
Gráficos Custo Atendido
Medições Atendido
Energia
Reativa Consumo Atendido
Custo Atendido
Medições Atendido
Aparente
Consumo Atendido
Fonte: Elaborada pelo autor.
CAPÍTULO 6
CONCLUSÃO
Potencial
Funcionalidade Aplicação
de inovação
Tensão
Monitoramento
Página Corrente
e controle da Considerável
Fiscal Fator de potência
rede
Potência
Direta
Energia Reversa
Líquida Gestão da
Consumo Inovador
Direta microgeração
Demanda Reversa
Líquida
Faltas de Período Anterior Monitoramento
Considerável
energia Período Atual da QEE
Parte I
Parte II
Grupo 01 Parte III Controle de
Parte IV demanda e
Alarmes Considerável
Parte V redução de
perdas e furtos
Parte I
Grupo 02
Parte II
Fase A
Fase B Monitoramento
Tensão Inovador
Fase C da QEE
Todas as fases
Medições
Ativa Consumo
Gráficos Custo
Medições Participação
Energia Inovador
Reativa Consumo do consumidor
Custo
Medições
Aparente
Consumo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Apesar de considerar que os objetivos listados na seção 1.3 foram conseguidos com
níveis satisfatórios, observa-se que, ainda assim, o referido software pode ser aprimorado
através de implementações complementares e estudos refinados acerca das funcionalidades e
dos testes relacionados.
Observando-se as limitações e dificuldades relatadas ao longo do desenvolvimento e
testes com o SGMIee, assim como considerando-se possíveis evoluções do software, os
seguintes aspectos e ações que viabilizam a continuação e complementação deste estudo são
identificados e comentados a seguir:
Desenvolver uma versão desktop adicional do SGMIee: com o intuito de
viabilizar a utilização do SGMIee por consumidores leigos acerca das
informações técnicas, sugere-se a implementação de uma versão desktop
adicional direcionada a estes usuários, de forma que seja contemplado um
reduzido conjunto de funcionalidades técnicas, enfatizando-se a exposição das
informações de consumo, custos financeiros, postos tarifários e bandeiras
tarifárias;
141
REFERÊNCIAS
____. Resolução normativa 414/2010: atualizada até a REN 499/2012. – Brasília: ANEEL,
2012e.
____. Tarifa Branca.. 2013b. Disponível em: < http://www.aneel.gov.br/>. Acesso em: 01
nov. 2013.
ARIAN, M. et al. Advanced Metering Infrastructure System Architecture. In: Power and
Energy Engineering Conference (APPEEC), 2011 Asia-Pacific. IEEE, 2011. p. 1-6.
CALIFORNIA ENERGY COMMISSION. Defining the Pathway to the California Smart Grid
of 2020 for Publicly Owned Utilities. 2012.
CHEAH, P. H. et al. Consumer Energy Portal and Home Energy Management System for
Smart Grid Applications. In: IPEC. 2012. p. 407.
DEITEL, H. M.; DEITEL, P. J. Java: how to program. Prentice-Hall, Inc., 9ª Ed., 2012.
DEPURU, S. S. S. R.; WANG, L.; DEVABHAKTUNI, V.. Smart meters for power grid:
Challenges, issues, advantages and status. Renewable and sustainable energy reviews, v.
15, n. 6, p. 2736-2742, 2011.
DIGI INTERNATIONAL INC. (DIGI). XBee® ZB – RF modules utilizing the ZigBee PRO
Feature Set. 2012a. Disponível em: <http://www.digi.com/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
DOS ANJOS, R. S.; LOURENÇO, T. G. M.; RIBEIRO, S. P.; LEÃO, R. P. S.; SAMPAIO,
R. F.; BARROSO, G. C. SIGEE - A Power Quality Data Management Software. In: Industry
Applications (INDUSCON), 2012 10th IEEE/IAS International Conference on. IEEE,
2012. p. 1-5.
145
EUROPEAN COMISSION. Smart Grid Projects in Europe: Lessons Learned and Current
Developments 2012 update. 2013. Disponível em:<http://publications.jrc.ec.europa.eu/>.
Acesso em: 01 jun. 2012.
FARAHANI, S. ZigBee wireless networks and transceivers. Elsevier, EUA: Newnes, 2011.
GIORDANO, V.; MELETIOU, A.; COVRIG, C. F.; MENGOLINI, A.; ARDELEAN, M.;
FULLI, G.; JIMÉNEZ, M. S.; FILIOU, C. Smart Grid projects in Europe: lessons learned and
current developments - 2012 update. European Commission, Joint Research Centre,
Institute for Energy, Luxembourg, 2013.
146
GREEN ENERGY OPTIONS LTD (GEO). DUET II for Smart Meters. 2012. Disponível
em: <http://www.greenenergyoptions.co.uk/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
HASHMI, M.; HANNINEN, S.; MAKI, K. Survey of smart grid concepts, architectures, and
technological demonstrations worldwide. In: Innovative Smart Grid Technologies (ISGT
Latin America), 2011 IEEE PES Conference on. IEEE, 2011. p. 1-7.
HASSAN, R.; RADMAN, G. Survey on smart grid. In: IEEE SoutheastCon 2010
(SoutheastCon), Proceedings of the. IEEE, 2010. p. 210-213.
HERNANDES, L.; PICCOLO, L.; MINCOV, N.; LEITE, C.; CASTILHO, R. FERREIRA,
N.; ROMANO, R. Capítulo III – Implantação de projetos piloto de redes inteligentes no
Brasil. Revista O Setor Elétrico, São Paulo, v. 1, n. 67, p. 52-59, ago./2011. Disponível em:
<http://www.osetoreletrico.com.br/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
____. Smart Grid. 2013b. Disponível em:<http://www.ibm.com/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
NIYATO, D.; WANG, P. Cooperative transmission for meter data collection in smart
grid. Communications Magazine, IEEE, v. 50, n. 4, p. 90-97, 2012.
____. Java: The Best Environment for Network Based Applications. 2013b. Disponível
em: <http://www.oracle.com/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
____. NetBeans IDE - The Smarter and Faster Way to Code. 2013c. Disponível em:
<https://netbeans.org/features/index.html>. Acesso em: 01 nov. 2013.
____. Big Data, Bigger Opportunities: Plans and Preparedness for the Data Deluge.
2012. Disponível em: <http://www.oracle.com/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
148
PAL, A.; BHAUMIK, C.; SHUKLA, J.; KOLAY, S. Energy Information Gateway for Home.
In: Intelligent Systems, Modelling and Simulation (ISMS), 2011 Second International
Conference on. IEEE, 2011. p. 235-240.
PAULINO, M. E. C. Capítulo I - Redes inteligentes. Revista O Setor Elétrico, São Paulo, v.
1, n. 65, p. 60-62, jun./2011. Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/>. Acesso
em: 01 nov. 2013.
ROHJANS, S.; USLAR, M.; BLEIKER, R.; GONZÁLEZ, J.; SPECHT, M.; SUDING, T.;
WEIDELT, T. Survey of smart grid standardization studies and recommendations. In: Smart
Grid Communications (SmartGridComm), 2010 First IEEE International Conference
on. IEEE, 2010. p. 583-588.
SCIAMANA, M. Medição inteligente. Revista O Setor Elétrico, São Paulo, v. 1, n. 58, p.
52-59, nov./2010. Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/>. Acesso em: 01 nov.
2013.
SILVER SPRING NETWORKS. CustomerIQ™ Energy Portal. 2013a. Disponível
em:<http://www.silverspringnet.com/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
____. Smart Grid Security Myths vs. Reality. 2013b. Disponível em:
<http://www.silverspringnet.com/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
SOUZA, J. Medição de energia pode ser feita a distância. 2013. Disponível em:
<http://www2.portodigital.org/portodigital/imprensa/entrevistas/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
STRBAC, G. Demand side management: Benefits and challenges. Energy Policy. v. 36, n.
12, p. 4419-4426, 2008.
TANG, G. Q. Smart grid management & visualization: Smart Power Management System.
In: Emerging Technologies for a Smarter World (CEWIT), 2011 8th International
Conference & Expo on. IEEE, 2011. p. 1-6.
TELEFÓNICA UK LIMITED (02 UK). GPRS: How it works. 2009. Disponível em:
<http://www.o2.co.uk/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
TU, C.et al. A power-aware cloud architecture with smart metering. In: Parallel Processing
Workshops (ICPPW), 2010 39th International Conference on. IEEE, 2010. p. 497-503.
VAN ENGELEN, A. G.; COLLINS, J. S. Choices for smart grid implementation. In: System
Sciences (HICSS), 2010 43rd Hawaii International Conference on. IEEE, 2010. p. 1-8.
WI-FI ALLIANCE. Organization. 2013. Disponível em: <http://www.wi-fi.org>. Acesso
em: 01 nov. 2013.
WISSNER, M. The Smart Grid–A saucerful of secrets?. Applied Energy, v. 88, n. 7, p. 2509-
2518, 2011.
WORLD ECONOMIC FORUM (WEF). Accelerating Successful Smart Grid Pilots. 2010.
WORLD WIDE WEB CONSORTIUM (W3C). XML Technology.2010. Disponível em:
<http://www.w3.org/standards/xml/>. Acesso em: 01 nov. 2013.
YU, X. et al. The new frontier of smart grids. Industrial Electronics Magazine, IEEE, v. 5,
n. 3, p. 49-63, 2011.