Tese Biosinais
Tese Biosinais
Tese Biosinais
FLORIANÓPOLIS
2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ENGENHARIA ELÉTRICA
Dissertação submetida à
Universidade Federal de Santa Catarina
como parte dos requisitos para a
obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica.
_________________________________________
Fernando Mendes de Azevedo, D. Sc.
Orientador
________________________________________
Kátia Campos de Almeida, Ph.D.
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Banca Examinadora:
________________________________________
Fernando Mendes de Azevedo, D.Sc.
Presidente
________________________________________
José Marino Neto, Dr
Co-Orientador
________________________________________
Fernanda Isabel Marques Argoud, Dr.
________________________________________
Renato Garcia Ojeda, Dr.
________________________________________
Pedro Bertemes Filho, Ph.D.
ii
AGRADECIMENTOS
iii
Resumo da Dissertação apresentada à UFSC como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica.
Agosto/2008
iv
Abstract of Dissertation presented to UFSC as a partial fulfillement of the
requirements for the degree of Máster in Electrical Engineering.
August/2008
v
SUMÁRIO
SUMÁRIO ..................................................................................................................................................... VI
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................1
1.1 MOTIVAÇÃO.........................................................................................................................................3
1.2 OBJETIVOS............................................................................................................................................4
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................................4
1.2.2 Objetivos Específicos.......................................................................................................................4
1.3 VISÃO GERAL DO SISTEMA .......................................................................................................................5
1.4 JUSTIFICATIVAS ..................................................................................................................................7
1.5 METODOLOGIA DE TRABALHO .......................................................................................................8
1.6 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.......................................................................................................9
3. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................................................37
vi
3.4 MÓDULOS DE AQUISIÇÃO DE ECG, EMG E EOG ................................................................................ 53
3.4.1 Cadeia de Aquisição dos módulos de ECG, EMG e EOG ............................................................ 56
3.4.2 Ponteira exploradora.................................................................................................................... 65
3.4.3 Sinal de Teste ................................................................................................................................ 67
3.4.4 Circuito do Aluno.......................................................................................................................... 68
3.5 FONTE DE ALIMENTAÇÃO ...................................................................................................................... 70
3.6 SOFTWARE PARA VISUALIZAÇÃO DOS SINAIS......................................................................... 70
3.7 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ......................................................................................................... 71
4. RESULTADOS.......................................................................................................................................... 72
ANEXO VI – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS MÓDULOS DE ECG, EMG E EOG ............... 155
vii
LISTA DE FIGURAS
viii
FIGURA 3.10 – PADRÃO DO PACOTE UTILIZADO PARA ENVIO DE INFORMAÇÕES DO MICROCONTROLADOR PARA O
COMPUTADOR. O PACOTE DE DADOS É CONSIDERADO VÁLIDO QUANDO: 1-AS DUAS PRIMEIRAS POSIÇÕES
FOREM “*”E “:” RESPECTIVAMENTE, 2- O PACOTE CONTER 15 POSIÇÕES, 3- O PACOTE ENCERRAR COM
“;”........................................................................................................................................................... 50
FIGURA 3.11 – POSIÇÕES DOS RESULTADOS DOS A/DS NO PACOTE DE DADOS. .................................................. 50
FIGURA 3.12 – VETOR COM O RESULTADO DA CONVERSÃO DE UM ADC COM 12 BITS. OS QUATRO PRIMEIROS
BITS SÃO BITS DE SINAL, OS BITS 16 Á 27 CONTÊM O RESULTADO DA CONVERSÃO DO A/D...................... 51
FIGURA 3.13 – RESULTADO DAS OPERAÇÕES REALIZADAS PELA “MÁSCARA” DE SOFTWARE. ........................... 52
FIGURA 3.14 – A) VALORES DE AMPLITUDE QUE FORMAM O SINAL DE ECG; B) TRAÇADO DO SINAL DE ECG
GERADO A PARTIR DOS VALORES DE AMPLITUDE DA FIGURA (A), (TOMPKINS, 1995). ............................. 53
FIGURA 3.15 - DIAGRAMA DE BLOCOS E LIGAÇÃO DO MÓDULO DIDÁTICO DE ECG COM O MÓDULO BASE E O
COMPUTADOR. ........................................................................................................................................ 54
FIGURA 3.16 - ESQUEMA MOSTRANDO A SUBSTITUIÇÃO DE UM FILTRO PASSA-ALTAS POR UM FILTRO MONTADO
EXTERNAMENTE EM UM PROTOBOARD (CIRCUITO DO ALUNO). ............................................................... 55
FIGURA 3.17. RECURSOS DO MÓDULO DIDÁTICO DE ECG. (1) CONECTOR PARA O CABO DOS ELETRODOS, (2)
CONECTOR PARA A PONTEIRA DE PROVA, (3) CHAVE HABILITA CIRCUITOS, (4) SAÍDAS DOS CIRCUITOS
DISPONÍVEIS PARA O ALUNO, (5) JUMPER PARA SELEÇÃO DO GANHO DA PONTEIRA DE PROVA, (6) JUMPER
PARA SELEÇÃO SINAL DE TESTE/ SINAL DOS ELETRODOS, (7) CONECTOR PARA ENTRADA DE SINAL DE
CIRCUITO EXTERNO, (8) CONECTOR PARA ALIMENTAÇÃO DE CIRCUITO EXTERNO, (9) CONECTOR PARA
LIGAÇÃO COM O MÓDULO BASE. ............................................................................................................. 55
FIGURA 3.18 – CADEIA DE AQUISIÇÃO. A) MÓDULO DE ECG; B) MÓDULOS DE EMG OU EOG. ............................. 56
FIGURA 3.19 – ESQUEMA DA CONFIGURAÇÃO UTILIZADA PARA O CIRCUITO DO AMPLIFICADOR DE
INSTRUMENTAÇÃO.................................................................................................................................. 57
FIGURA 3.20 – CONFIGURAÇÃO BIPOLAR DE ELETRODOS. A) MÓDULO DE ECG; B) MÓDULOS DE EMG E EOG. ... 58
FIGURA 3.21 – CIRCUITO DE PERNA DIREITA UTILIZADO NO MÓDULO DE ECG. ADAPTADO DE (INA129
DATASHEET). .......................................................................................................................................... 59
FIGURA 3.22 – FILTRO PASSA-FAIXA UTILIZADO PARA CONDICIONAMENTO DO SINAL DE ECG POSSUINDO
FREQÜÊNCIAS EM CORTE DE 0,5 HZ E 50 HZ. ........................................................................................... 60
FIGURA 3.23 – FILTRO PASSA-FAIXA UTILIZADO PARA CONDICIONAMENTO DO SINAL DE EMG POSSUINDO
FREQÜÊNCIAS DE CORTE DE 2 HZ E 500 HZ.............................................................................................. 61
FIGURA 3.24 – FILTRO PASSA-FAIXA UTILIZADO PARA CONDICIONAMENTO DO SINAL DE EOG POSSUINDO
FREQÜÊNCIAS DE CORTE DE 0,5 HZ E 100 HZ........................................................................................... 61
FIGURA 3.25 – CIRCUITO DO FILTRO NOTCH DE 60 HZ PROJETADO COM FATOR DE QUALIDADE DE 2,78............ 62
FIGURA 3.26 – RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA DOS CIRCUITOS DE FILTRAGEM UTILIZADO NO SINAL DE EMG. ....... 63
FIGURA 3.27 – CIRCUITO UTILIZADO NA ETAPA FINAL DE GANHO. .................................................................... 64
FIGURA 3.28 – CIRCUITO GERADOR DE OFFSET UTILIZADO NOS MÓDULOS DE ECG, EMG E EOG......................... 65
FIGURA 3.29 – CIRCUITO PARA PROTEÇÃO DO CONVERSOR A/D. ....................................................................... 65
FIGURA 3.30 – CIRCUITO IMPLEMENTADO PARA AQUISIÇÃO DE SINAIS COM A PONTEIRA EXPLORADORA.
ATRAVÉS DA POSIÇÃO DO JUMPER J2 É CONFIGURADA A SELEÇÃO DO GANHO........................................ 66
FIGURA 3.31 – MEDIÇÃO DE SINAIS COM A PONTEIRA EXPLORADORA NOS PONTOS DE TESTE COLOCADOS EM
DIFERENTES PONTOS DA CADEIA DE AQUISIÇÃO...................................................................................... 66
FIGURA 3.32 – CIRCUITO UTILIZADO PARA O CONDICIONAMENTO DO SINAL DE TESTE GERADO PELO CONVERSOR
D/A.......................................................................................................................................................... 67
FIGURA 3.33 - JUMPER J1 DO MÓDULO FAZENDO A SELEÇÃO ENTRE O SINAL DOS ELETRODOS E O SINAL DE
TESTE...................................................................................................................................................... 68
FIGURA 3.34 – CHAVE HABILITA CIRCUITOS INTERROMPENDO A LIGAÇÃO ENTRE OS CIRCUITOS DA CADEIA DE
AQUISIÇÃO.............................................................................................................................................. 69
FIGURA 3.35 – EXEMPLO DE USO DO CIRCUITO DO ALUNO, SUBSTITUIÇÃO DO FILTRO PASSA-ALTAS POR UM
FILTRO MONTADO PELO ALUNO EM UM PROTOBOARD............................................................................. 69
FIGURA 4.1 - SINAL DE ECG GERADO PELO SIMULADOR UTILIZANDO O SINAL DA DERIVAÇÃO 2 APLICADO À
ENTRADA DO MÓDULO DE ECG................................................................................................................ 73
FIGURA 4.2 - SINAL DE ECG GERADO PELO SIMULADOR UTILIZANDO O SINAL DA DERIVAÇÃO 2 APLICADO À
ENTRADA DO MÓDULO DE ECG................................................................................................................ 74
FIGURA 4.3 - SINAL DE ECG GERADO PELO SIMULADOR UTILIZANDO O SINAL DA DERIVAÇÃO 2 APLICADO À
ENTRADA DO MÓDULO DE ECG................................................................................................................ 74
FIGURA 4.4 - SINAL GERADO PELO SIMULADOR ECG PLUS VISUALIZADO NA TELA DO COMPUTADOR. A) SINAL
COM AMPLITUDE DE ENTRADA DE 1MV DE PICO E FREQÜÊNCIA DE 60 BPM; B) SINAL COM AMPLITUDE DE
1MV DE PICO E FREQÜÊNCIA DE 120 BPM. O GANHO DO MÓDULO DE ECG FOI AJUSTADO EM 500............ 75
ix
FIGURA 4.5 – COMPARAÇÃO ENTRE O SINAL DE EMG ADQUIRIDO ENTRE O SISTEMA COMERCIAL BIOPAC E O
MÓDULO DE EMG. NESTE REGISTRO FORAM ADQUIRIDOS SINAIS DA CABEÇA LONGA DO BICEPS MEDIAL
COM REFERÊNCIA NO PRONADOR.............................................................................................................76
FIGURA 4.6 – COMPARAÇÃO ENTRE O SINAL DE EOG ADQUIRIDO ENTRE O SISTEMA COMERCIAL BIOPAC E O
MÓDULO DE EOG. O REGISTRO DA MOVIMENTAÇÃO OCULAR FOI FEITO NA REGIÃO ORBITAL LATERAL NOS
DOIS OLHOS COM REFERÊNCIA NA REGIÃO MENTONIANA, MEDICÃO DO MOVIMENTO HORIZONTAL. .......77
FIGURA 4.7 - SIMULAÇÃO DA RESPOSTA EM RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA PARA O FILTRO PASSA-ALTAS
UTILIZADO NOS MÓDULOS DE EOG E ECG (FREQÜÊNCIA DE CORTE 0,5 HZ E GANHO DE 1,545).................78
FIGURA 4.8 - SIMULAÇÃO DA RESPOSTA EM RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA PARA O FILTRO PASSA-ALTAS
UTILIZADO NO MÓDULO DE EMG (FREQÜÊNCIA DE CORTE 2 HZ E GANHO DE 1,591). ...............................79
FIGURA 4.9 - SIMULAÇÃO DA RESPOSTA EM RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA PARA O FILTRO PASSA-BAIXAS
UTILIZADO NO MÓDULO DE ECG (FREQÜÊNCIA DE CORTE DE 50 HZ E GANHO DE 1,545). .........................79
FIGURA 4.10 - SIMULAÇÃO DA RESPOSTA EM RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA PARA O FILTRO PASSA-BAIXAS
UTILIZADO NO MÓDULO DE EMG (FREQÜÊNCIA DE CORTE DE 500 HZ E GANHO DE 1,591). ......................80
FIGURA 4.11 - SIMULAÇÃO DA RESPOSTA EM RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA PARA O FILTRO PASSA-BAIXAS
UTILIZADO NO MÓDULO DE EOG (FREQÜÊNCIA DE CORTE 100 HZ E GANHO DE 1,581). ............................80
FIGURA 4.12 - SIMULAÇÃO DA RESPOSTA EM RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA PARA O FILTRO NOTCH DE 60 HZ
UTILIZADO NOS MÓDULO DE ECG, EMG E EOG..........................................................................................81
FIGURA 4.13 – COMPARAÇÃO ENTRE O SIMULADO DE ECG ENVIADO AO COMPUTADOR COM DIFERENTE NÚMERO
DE BITS. ...................................................................................................................................................82
FIGURA 4.14 – SINAL MEDIDO NA SAÍDA DOS TRÊS MÓDULOS (CANAL 1) EM COMPARAÇÃO AO SINAL APLICADO
À ENTRADA DO DIVISOR RESISTIVO (CANAL 2). .......................................................................................83
FIGURA 4.15 - SIMULAÇÃO DO VALOR MÁXIMO E MÍNIMO DO GANHO CONSIDERANDO O ERRO ASSOCIADO AOS
COMPONENTES PARA O MÓDULO DE ECG. ................................................................................................84
FIGURA 4.16 - SIMULAÇÃO DO VALOR MÁXIMO E MÍNIMO DO GANHO CONSIDERANDO O ERRO ASSOCIADO AOS
COMPONENTES PARA O MÓDULO DE EMG. ...............................................................................................84
FIGURA 4.17 - SIMULAÇÃO DO VALOR MÁXIMO E MÍNIMO DO GANHO CONSIDERANDO O ERRO ASSOCIADO AOS
COMPONENTES PARA O MÓDULO DE EMG. ...............................................................................................85
FIGURA 4.18.- COMPARAÇÃO ENTRE OS SINAIS MEDIDOS COM O A PONTEIRA EXPLORADORA E COM O CIRCUITO
DE AQUISIÇÃO. ........................................................................................................................................86
FIGURA 4.19 - COMPARAÇÃO ENTRE OS SINAIS MEDIDOS COM O OSCILOSCÓPIO E COM A PONTEIRA
EXPLORADORA. .......................................................................................................................................86
FIGURA 4.20 - COMPARAÇÃO DO SINAL MEDIDO COM E SEM A PRESENÇA DO CIRCUITO DO ALUNO. ..................87
FIGURA 4.21 - RUÍDO INSERIDO PELA PRESENÇA DO CIRCUITO DO ALUNO. ........................................................88
FIGURA 4.22 - COMPARAÇÃO ENTRE OS SINAIS ADQUIRIDOS PELO OSCILOSCÓPIO, PLOTADO PELO SOFTWARE DE
VISUALIZAÇÃO E O GRÁFICO OBTIDO A PARTIR DOS DADOS DE ENTRADA DA PORTA USB. OS SINAIS
FORAM ADQUIRIDOS DA CABEÇA LONGA DO BICEPS MEDIAL COM REFERÊNCIA NO PRONADOR. ..............89
FIGURA 4.23 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES DO SPSB E O ANALISADOR DE SEGURANÇA
ELETROMÉDICA. AS ALIMENTAÇÕES DA FONTE E DO COMPUTADOR SÃO FORNECIDAS PELO ANALISADOR
QUE REALIZA AS TROCAS DE POLARIDADE DA ALIMENTAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DOS TESTES................92
FIGURA 4.24 – GRÁFICO INDICANDO A PONTUAÇÃO RECEBIDA POR CADA ATRIBUTO........................................95
FIGURA 4.25 – GRÁFICO MOSTRANDO A PONTUAÇÃO DAS QUALIDADES MOTIVACIONAIS TOTAIS. ....................96
FIGURA 4.26 - PONTUAÇÃO DE CADA ATRIBUTO DA PLATAFORMA. ...................................................................99
FIGURA 4.27 - GRÁFICO DEMONSTRANDO A EXPECTATIVA DE SUCESSO EM FUNÇÃO DO VALOR ATRIBUÍDO À
PONTUAÇÃO DE CADA ATRIBUTO, NESTE CASO AS COORDENADAS V E XS VALEM RESPECTIVAMENTE 40,9
E 39,9. ...................................................................................................................................................100
x
LISTA DE TABELAS
TABELA 2.1 - SINAIS BIOELÉTRICOS INDICANDO FAIXA DE FREQÜÊNCIA, AMPLITUDE E TIPO DE AQUISIÇÃO.
ADAPTADO DE (COHEN, 2006). ............................................................................................................ 13
TABELA 2.2 - SINAIS BIOMÉDICOS E QUANTIZAÇÃO, NÚMERO DE BITS, (ADAPTADO DE BEMMEL & MUSSEN,
1997). ..................................................................................................................................................... 28
TABELA 2.3 - DESCRIÇÃO DA PINAGEM DOS CONECTORES TIPO A E TIPO B. ADAPTADO DE (USB
IMPLEMENTERS FÓRUM, 2000). .............................................................................................................. 33
TABELA 2.4 - DESCRIÇÃO DA PINAGEM DO CONECTOR MINI-B. ADAPTADO DE (USB IMPLEMENTERS FÓRUM,
2000). ..................................................................................................................................................... 34
TABELA 3.1 – GANHO TOTAL DOS MÓDULOS DE ECG, EMG E EOG................................................................ 63
TABELA 4.1 – GANHO CALCULADO, GANHO MEDIDO E ERRO CALCULADO. ...................................................... 83
TABELA 4.2 – RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS. .............................................................................................. 97
TABELA 4.3 – RESULTADO DAS PONTUAÇÕES ATRIBUÍDAS A CADA QUESTÃO.................................................. 97
TABELA 4.4 – RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS AS QUESTÕES ABERTAS.......................................................... 98
TABELA V.1 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA ATRAVÉS DO PACIENTE COM TENSÃO SOBRE AS
PARTES APLICADAS EM COMPARAÇÃO AOS LIMITES DA NORMA. MEDIÇÕES REALIZADAS COM O MÓDULO
DE ECG. ............................................................................................................................................... 149
TABELA V.2 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA ATRAVÉS DO PACIENTE COM TENSÃO SOBRE AS
PARTES APLICADAS EM COMPARAÇÃO AOS LIMITES DA NORMA. MEDIÇÕES REALIZADAS COM O MÓDULO
DE EMG. .............................................................................................................................................. 150
TABELA V.3 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA ATRAVÉS DO GABINETE EM COMPARAÇÃO AOS
VALORES LIMITES DA NORMA. .............................................................................................................. 151
TABELA V.4 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA ATRAVÉS DO PACIENTE EM COMPARAÇÃO AOS
VALORES LIMITES DA NORMA. MEDIÇÕES REALIZADAS COM O MÓDULO DE ECG. ............................... 151
TABELA V.5 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA ATRAVÉS DO PACIENTE EM COMPARAÇÃO AOS
VALORES LIMITES DA NORMA. MEDIÇÕES REALIZADAS COM O MÓDULO DE EMG. .............................. 152
TABELA V.6 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA AUXILIAR ATRAVÉS DO PACIENTE EM COMPARAÇÃO
AOS VALORES LIMITES DA NORMA. MEDIÇÕES REALIZADAS COM O MÓDULO DE EMG. ....................... 153
TABELA V.7 – VALORES MEDIDOS DA CORRENTE DE FUGA AUXILIAR ATRAVÉS DO PACIENTE EM COMPARAÇÃO
AOS VALORES LIMITES DA NORMA. MEDIÇÕES REALIZADAS COM O MÓDULO DE ECG. ........................ 154
TABELA VI.1 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO MÓDULO DE ECG .................................................................. 155
TABELA VI.2 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO MÓDULO DE EMG ................................................................. 156
TABELA VI.3 - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO MÓDULO DE EMG ................................................................. 157
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
xii
CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
trabalho foi realizada uma pesquisa sobre a inserção de temas de Engenharia Biomédica
(EB) nos cursos de Engenharia Elétrica (EE) no Brasil. Os dados indicam que apenas 7,5
% dos cursos de EE examinados possuem pelo menos uma disciplina de EB. Assim, pode
ser estimado que algo em torno de 90 % dos alunos de graduação em EE no país termina a
formação acadêmica básica sem qualquer contato formal com este importante campo de
atuação profissional. A maior parte destas iniciativas esta concentrada em escolas públicas
(87,5 %) e nas regiões sul e sudeste do país (75 %). No entanto, a ausência de disciplinas
de EB afeta em proporção similar todas as regiões do país, sugerindo que a inserção (ou a
ausência) destes temas nas EE não é influenciada pelo nível de desenvolvimento dos
parques tecnológicos, tão contrastantes entre as diversas regiões do país. Esta deficiência
afeta principalmente as instituições privadas de ensino de EE, que se responsabilizam por
mais de 2/3 dos cursos nesta área, 98% dos quais não tratam de qualquer tema da EB.
1.2 OBJETIVOS
c) Eletrooculograma;
2- Contribuir com a equipe de pós-graduandos responsáveis pelo desenvolvimento do
SPSB para:
a) O desenvolvimento de um Módulo Base microcontrolado com interface de
comunicação USB, onde serão acoplados os módulos didáticos;
b) O desenvolvimento de um Firmware para o microcontrolador do Módulo Base;
3- Elaborar conteúdo para o tutorial sobre o tópico eletrocardiografia;
4- Elaborar roteiro de aula prática sobre conversão analógico-digital e biosinais, utilizando
os módulos didáticos citados no objetivo 1;
5- Avaliar o sistema em situação real de utilização do mesmo em uma turma de alunos de
Engenharia Elétrica.
Devices. Ele recebe os sinais dos módulos didáticos e envia para o computador através de
interface USB ou comunicação sem fios. O software de visualização permite a plotagem
dos sinais na tela do computador. Os módulos didáticos (MD) têm a função de aquisição e
condicionamento (amplificação, filtragem e offset) dos sinais para envio ao módulo base.
Nos módulos didáticos podem ser encontrados alguns recursos de interface (conexão para
circuito externo denominado circuito do aluno, sinal de teste que simula um sinal real de
ECG, além da ponteira exploradora que serve como um osciloscópio) que possibilitam
uma maior interação do aluno com o sistema, tornando o aprendizado mais interativo.
1.4 JUSTIFICATIVAS
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
elétrons. Todos estes fatores resultam no amplo uso do sinal bioelétrico em muitos campos
da biomedicina (COHEN, 2006).
Um esquema mostrando um sistema geral de aquisição é apresentado na figura 2.1.
1
Segmento ST - Espaço que compreende o fim do complexo QRS e o início da onda T do
eletrocardiograma e corresponde ao período de repolarização ventricular.
Capítulo 2 – Fundamentação Teórica 15
um traçado de EEG pode ser um sinal de epilepsia, e assim por diante). Dessa maneira o
sistema de aquisição não deve introduzir qualquer forma de distorção que possa ser
interpretada de maneira errada ou possa destruir as alterações de uma patologia real. Por
este motivo, o bloco de filtragem analógico deve ser projetado com resposta em freqüência
de módulo constante e fase linear (ou fase zero). Esses requisitos fazem com que o sinal
chegue sem distorção à entrada do conversor A/D (MAINARDI et al., 2006).
A forma de onda do sinal analógico é então convertida em um sinal digital pelo
conversor A/D de modo que possam ser facilmente tratados pelos processadores digitais. A
conversão A/D pode ser dividida em duas etapas, conforme mostrado na figura 2.1. No
processo de amostragem os sinais são convertidos em séries discretas (os elementos são
denominados amostras) e no processo de quantização os valores de amplitude para cada
amostra correspondem a um determinado grupo de valores discretos (MAINARDI et al.,
2006).
2.2 ELETROCARDIOGRAMA
A figura 2.4 mostra que pode-se ter potenciais diferentes entre os membros,
funcionando como fontes de tensão ideais. Pela lei de Kirchhoff, a soma das tensões ao
longo da malha é igual à zero, assim (TOMPKINS 1995):
I+II+III=0
Podemos reescrever estas equações e expressar qualquer uma das derivações em
função das outras duas (TOMPKINS 1995):
II=I+III;
I=II+III;
III=II+I.
Além das derivações bipolares 1 o eletrocardiograma clínico apresenta outras 9
derivações unipolares 2. Três conhecidas como derivações aumentadas ou de Goldberg
(aVR, aVF e aVL) e seis conhecidas como derivações precordiais (V1, V2, V3, V4, V5 e
V6), conforme mostra a figura 2.5. As derivações aumentadas requerem uma rede de
resistores a qual é a média dos potenciais de dois membros enquanto é medido o do
terceiro. As seis derivações precordiais (V1, V2, V3, V4, V5, V6) são adquiridas com
1
Bipolar – Derivações bipolares registram a diferença de potencial entre dois eletrodos.
2
Unipolar - No caso das derivações unipolares o potencial registrado é concebido como o valor absoluto do
potencial de cada ponto em relação a um ponto médio, com potencial de referência igual a zero.
18 Capítulo 2 – Fundamentação Teórica
referência ao terminal central de Wilson que é a média dos potenciais dos três membros.
Cada uma das seis derivações V1-V6 são adquiridas em diferentes posições no tórax
Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas pelo leitor em boas
referências, tais como: GUYTON (2006), TOMPKINS (1995), SILVERTHON (2003).
Capítulo 2 – Fundamentação Teórica 19
2.3 ELETROMIOGRAMA
O movimento e a posição dos membros são controlados por sinais elétricos que
percorrem o caminho entre os músculos e o sistema nervoso central e periférico. Quando
entidades patológicas atingem o sistema motor, seja na medula espinhal, nos neurônios
motores, nos músculos ou nas junções neuromusculares, ocorre uma mudança das
características dos sinais elétricos nos músculos. A eletromiografia é o registro e a
interpretação dos potencias de ação destes músculos (HENNENBERG, 2006). A
representação gráfica destes potenciais é o que chamamos de eletromiograma (EMG), a
figura 2.6 mostra a representação de um sinal eletromiográfico. Este sinal representa a
corrente gerada pelo fluxo iônico através da membrana das fibras musculares, o qual se
propaga através dos tecidos até chegar ao lugar onde será registrado (GONZALES, 1998).
Dois tipos principais de eletrodos são utilizados na detecção dos sinais de EMG: os
eletrodos de superfície e os eletrodos de agulha. O registro realizado com eletrodos
aderidos a superfície da pele (EMG de superfície) próximos ao músculo de interesse são
adequados para adquirir sinais de grandes músculos ou de músculos superficiais, enquanto
os eletrodos de agulha são mais utilizados no registro de potenciais de músculos profundos
ou unidades motoras individuais (GONZALES, 1998).
O tipo de registro de interesse utilizado neste trabalho será o EMG de superfície. Os
sinais adquiridos neste tipo de registro geralmente se encontram em uma faixa de
amplitude típica entre 50 μV- 5 mV e largura de banda de 2-500 Hz (COHEN, 2006).
A configuração utilizada para colocação dos eletrodos de registro é de fundamental
importância para detectar os potenciais elétricos do músculo em questão. As duas
configurações utilizadas no EMG de superfície são a monopolar e a bipolar. A
configuração monopolar consiste em colocar um eletrodo em uma determinada posição, de
tal maneira que se detectem os potenciais elétricos deste ponto específico com relação a
um eletrodo de referência, o qual está localizado em outro lugar que se considere
eletricamente neutro, ou que contenha sinais elétricos que não sejam relacionados com o
evento a ser medido. Esta configuração detecta todos os sinais elétricos próximos à
superfície de detecção, incluindo sinais não desejados. A configuração bipolar não
representa os problemas anteriores, já que utiliza duas superfícies de detecção para
registrar dois potenciais no tecido muscular de interesse com respeito a um eletrodo de
referência. Ambos os eletrodos são conectados a um amplificador diferencial que permite
reduzir quaisquer sinais comuns aos dois canais (DE LUCA, 2006). A figura 2.7 mostra
um exemplo de cada configuração, monopolar e bipolar.
Mais informações sobre este tópico podem ser encontradas pelo leitor em boas
referências, tais como: DE LUCA (2006), GONZALES (1998), HENNENBERG (2006).
Capítulo 2 – Fundamentação Teórica 21
2.6 ELETROOCULOGRAMA
Existem diversas técnicas de medição do movimento dos olhos com uma variedade
de aplicações: investigação durante a leitura, estudos do sono, neurologia,
ortorrinolaringologia, e outras (GONZALES, 1998). Dentro destas técnicas se encontra a
eletrooculografia. A eletrooculografia é um método de detecção do movimento dos olhos e
é baseada no registro do potencial estabelecido entre a córnea e a retina (potencial córneo-
retinal) gerado por hiperpolarizações e despolarizações existentes entre a córnea e a retina.
Este potencial pode ser considerado como um dipolo elétrico constante com um pólo
negativo no fundo e um pólo positivo na córnea. O potencial estabelecido no olho pode ser
estimado pela medida da tensão induzida sobre um sistema de eletrodos posicionados ao
22 Capítulo 2 – Fundamentação Teórica
redor dos olhos enquanto o olho se movimenta, assim é obtido o EOG (movimento do sinal
elétrico do dipolo ocular) (BAREA et al., 2002).
O eletrooculograma é obtido por cinco eletrodos posicionados ao redor dos olhos,
como mostra a figura 2.8. Os sinais de EOG são obtidos por dois eletrodos um no canto
direito e outro no canto esquerdo (D-E) para detectar o movimento horizontal e outro par
acima e abaixo do olho (B-C) para detectar o movimento vertical. Um eletrodo de
referência é colocado na testa (A) (BAREA et al., 2002).
Figura 2.8 – a) Dipolo ocular; b) Posição dos eletrodos para registro do EOG.
Os eletrodos (D-E) registram o movimento horizontal e (B-C) o vertical, (A) é o
eletrodo de referência (BAREA et al., 2002).
A figura 2.11 mostra a parte da informação do sinal que é perdida. Na letra (a) é
mostrado um sinal de ECG e na figura (b) uma onda senoidal. O sinal original é indicado
com uma linha preta, o sinal que é amostrado a uma freqüência considerada baixa é
indicado com uma linha vermelha. Os pontos de amostragem adquiridos a uma freqüência
baixa são indicados em vermelho. Como pode ser visto em ambos os sinais certos valores
de amplitude são perdidos
Mas, como saber qual freqüência de amostragem que se deve utilizar para que não
ocorra perda de informação do sinal durante o processo de conversão? Este critério é
descrito pelo teorema de Nyquist, que diz:
“Para um sinal contínuo de banda limitada que não contenha componentes de
freqüência superiores a fmáx, o sinal original pode ser completamente reconstruído
sem distorção se for amostrado a uma taxa de no mínimo 2 x fmáx amostras/segundo
(TOMPKINS, 1995).”
No processo de conversão analógico-digital, cada valor de tensão instantâneo
correspondente a cada amostra é convertido em um código digital. O número de bits do
código correspondente é associado ao número de bits do conversor. Um conversor de 8 bits
contém 2n níveis de quantização, ou 28= 256 níveis (níveis de quantização) do código
digital que vão corresponder aos valores de tensão do sinal analógico. A figura 2.12
mostra os valores digitais correspondentes aos níveis de quantização de um sinal.
O número de bits esta relacionado à resolução do conversor. Isso pode ser ilustrado
dividindo-se o eixo Y em um número de pontos, ou níveis de quantização, igual a 2n, onde
n é o número de bits. Um conversor de 8 bits apresenta 28=256 posições no seu código
digital, que podem representar os valores de tensão do sinal analógico original. Se tivermos
Capítulo 2 – Fundamentação Teórica 27
um conversor de 8 bits com 256 níveis de quantização e utilizarmos uma faixa de valores
de tensão para a entrada do conversor (tensão de referência do A/D) de 5 Volts o intervalo
possível de tensão entre cada posição do código (resolução) seria de 5/256= 0,01953125
Volts. Ou seja, resolução é a mínima variação de tensão na entrada que pode ser detectada
pelo conversor produzindo alteração no código digital. Um aumento da resolução é
conseguido com um aumento no número de bits. O que acontece quando utilizamos um
conversor de baixa resolução é que certos valores do sinal analógicos de entrada que são
representados por tensões diferentes, são representados na saída pelo mesmo código
digital. Desta forma, alguma informação é perdida e uma distorção é introduzida no sinal.
É o que se chama de Ruído de quantização (TEXAS INSTRUMENTS, 1999).
A distância entre os níveis de quantização, ou passo entre os níveis de quantização,
é definida como 1LSB (um Bit Menos Significativo) e é freqüentemente usada como
unidade de referência para outras especificações. Ela também é uma medida da resolução
do conversor já que esta define em quantas porções o máximo sinal de entrada foi dividido.
Portanto, ½ LSB representa uma quantidade analógica igual à metade da resolução
analógica (TEXAS INSTRUMENTS, 1999). A figura 2.13 mostra o erro de quantização
associado à resolução do conversor. Conforme mostra à figura 2.13 a relação sinal/ruído
(SNR) pode ser expressa por:
2.8.1 Introdução
A porta USB (Universal Serial Bus) foi desenvolvida com o objetivo de criar um
novo padrão de comunicação entre o computador e dispositivos periféricos. O resultado foi
uma interface versátil de velocidade moderada, substituindo interfaces existentes de baixa
velocidade, podendo ser utilizada em todos os tipos de computadores.
Desde sua invenção, as portas USB vêm evoluindo e já passaram por algumas
versões. A versão atual é a 2.0 (também chamada de High-Speed). Possui uma velocidade
de transferência bem superior às versões anteriores, mas ainda é compatível com estas. A
velocidade é limitada a menor versão. A versão 1.1 (Low-Speed) possui uma taxa de
transferência máxima de 10 Mbps, enquanto a versão 2.0 atinge 480 Mbps (OLIVEIRA,
2006).
Ela oferece como benefícios:
• Transferência de dados rápida e segura;
• Detecção automática de dispositivos, isto porque o USB incorpora a
tecnologia plug-and-play;
• Expansão do número de portas, visto que um barramento USB pode
endereçar até 127 dispositivos.
• Conexões simples, se comparado com os seus antecessores os conectores
paralelo e serial.
Os componentes físicos da USB consistem de circuitos, conectores e cabos entre o
Host e os dispositivos (AXELSON, 1999). O Host é um computador que contém dois
componentes: um controlador Host e um Hub raiz. Estes trabalham em conjunto para
possibilitar o sistema de comunicação a operar com os dispositivos no barramento. O
controlador Host formata os dados para transmitir pelo barramento e traduz os dados
recebidos para um formato que os componentes do sistema operacional consigam
compreender (AXELSON, 1999). A figura 2.14 mostra a topologia de um sistema USB. O
controlador Host é responsável por detectar a inserção e a remoção de um dispositivo do
sistema; gerenciar o fluxo de dados e de controle; monitorar o estado das transferências; e
30 Capítulo 2 – Fundamentação Teórica
Figura 2.15 - Pacotes utilizados na transmissão USB (a) Token, (b) Data, (c)
Handshake, (ZELENOVSKY & MENDONÇA, 1999).
32 Capítulo 2 – Fundamentação Teórica
Os cabos e conectores USB são compostos de quatro fios: VBus, D+, D-, e GND,
as tabelas 2.3 e 2.4 apresentam a pinagem dos diferentes tipos de conectores.
2 D- Branco
3 D+ Verde
4 GND Preto
2 D- Branco
3 D+ Verde
4 ID Não conectado
5 GND Preto
levada além da tensão de limiar e esta situação persiste por mais de 2,5 μs,
(ZELENOVSKY & MENDONÇA, 1999).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
1
O tutorial pode ser encontrado no portal saúde+educação no Link:
http://www.saudeeducacao.ufsc.br/layout.php
Capítulo 3 – Materiais e Métodos 41
condicionamento, digitalização e envio dos sinais. Nestes roteiros o aluno encontra além de
uma breve introdução sobre o assunto da aula prática, um detalhamento do funcionamento
e dos recursos necessários à utilização do hardware (módulo base mais módulo didático) e
do software, para visualização dos sinais adquiridos na tela do computador.
O tutorial apresenta dois tópicos: um de Eletrocardiografia e outro sobre
Eletroencefalografia.
O primeiro tópico traz conteúdo sobre eletrocardiografia, e apresenta 3 itens de mão
na massa. Dois destes itens são roteiros de aula prática com a utilização dos módulos
didáticos, com os temas: Amplificadores de Biopotencial e Conversão Analógico-digital
de Biosinais. O outro item utiliza um ambiente de ensino em realidade virtual™ cujo título
da aula é Monitoração Cardíaca de um Paciente Virtual.
O segundo tópico tem conteúdo sobre Eletroencefalografia, e seus roteiros de aula
prática abordam tópicos sobre Filtragem de Sinais Biomédicos e Transmissão Sem Fios.
Este trabalho de dissertação é parte integrante da construção do SPSB. Contribui
com o desenvolvimento de conteúdo para o tópico de eletrocardiografia, além da
elaboração de roteiro de aula prática sobre Conversão A/D e Biosinais, desenvolvimento
de módulos didáticos para aquisição de ECG, EMG e EOG, e contribuição no
desenvolvimento do módulo base. Os outros itens do SPSB foram, ou estão sendo,
desenvolvidos por outros pós-graduandos do IEB-UFSC.
Figura 3.4 - Principais recursos do MB: (1) Conexão USB; (2), (4), (6), (8), (11)
Conectores latch; (3), (5), (7), (9), (10) Leds indicadores de conexão; (12) Leds
indicadores de transmissão TX e RX; (13) Conector serial RS232; (14) Conexão para
fonte de alimentação.
Outro recurso disponível no módulo base é a geração de sinais analógicos, que são
utilizados para testes nos módulos didáticos. Estes sinais são gravados no firmware do
microcontrolador a partir de um vetor de pontos. São então convertidos em sinais
analógicos pelos conversores D/A do microcontrolador e disponibilizados nos conectores
do módulo base, para serem utilizados como sinais simulados, utilizados em testes e
medições.
Com isso é possível gerar sinais que simulam os sinais elétricos do corpo humano,
podendo ser aplicados nas aulas práticas como opção a colocação de eletrodos.
Um esquema representando a ligação do módulo base com os outros componentes
do SPSB, módulos didáticos, fonte e computador, é mostrado na figura 3.5.
Capítulo 3 – Materiais e Métodos 43
polarização, ou seja, a conexão não pode ser invertida. Outro critério para escolha desse
conector foi o fato de serem componentes baratos e facilmente encontrados. Com o uso do
flat cable o sistema permite certa flexibilidade, sendo possível movimentar facilmente os
módulos depois de conectados.
O MB exibe um led indicador de conexão que acende cada vez que um módulo é
ligado ao MB, é o indicativo de que a conexão foi feita corretamente, este recurso pode ser
visualizado na figura 3.4.
Com o objetivo de explorar todos os recursos da pastilha e todas as saídas
analógicas (A/Ds e D/As) e digitais (portas I/O), foram disponibilizadas no conector de 40
vias, ficando disponíveis para futuras aplicações que necessitem destes recursos. Esta
estrutura contempla a proposta inicial, que era desenvolver um sistema que permita o uso
em outras aplicações futuras desenvolvidas pelo IEB-UFSC.
A alimentação dos componentes do módulo base é fornecida por uma fonte de
alimentação externa, a qual será detalhada logo a seguir no item 3.5.
A comunicação entre o módulo base e o computador pode ser feita através de três
interfaces, USB, Wireless e serial RS-232.
o microcontrolador via comunicação UART. Outra questão foi o fato do padrão USB ser
uma tecnologia fechada, necessitando o pagamento de direitos para sua utilização, no caso
da utilização do FT232R esses direitos são pagos pela FTDI.
O FT232R dispõe da facilidade de ser alimentado pela energia da USB do
computador (VBUS), o que é interessante para realizar a isolação elétrica da comunicação
com o computador. Além disso, a comunicação UART entre o microcontrolador e o chip
USB necessita de apenas dois pinos, TXD (para transmissão) e RXD (para recepção), o
que facilita a isolação elétrica. O esquema apresentado na figura 3.6 mostra a configuração
dos dispositivos para comunicação, FT232R, microcontrolador e computador.
Figura 3.7 – Esquema utilizado para isolação elétrica entre o módulo base e o
computador.
1
BaudRate - Velocidade com a qual os dados são enviados serialmente.
50 Capítulo 3 – Materiais e Métodos
usuário na tela do programa de visualização, conforme será melhor detalhado no item 4.1.2
do Anexo I. Esse artifício permite ao aluno visualizar os sinais adquiridos pelos módulos
didáticos em diferentes resoluções, 12, 8, ou 4 bits.
Quando o usuário seta o modo de envio, 12, 8 ou 4 bits, o programa de visualização
envia um caracter para o microcontrolador. Para 12 bits o caracter enviado é “A”, para 8
bits “B” e para 4 “C”. A partir da verificação deste caracter o modo de envio é
selecionado.
O registrador do microcontrolador responsável por armazenar os resultados das
conversões dos A/Ds é um vetor com 32 posições. Por isso na hora envio dos resultados
dos A/Ds é necessário aplicar uma “máscara” de software sobre o vetor de dados que
contém o resultado da conversão. A figura 3.12 mostra o vetor de dados original,
registrador interno do microcontrolador.
Na forma de envio com 12 bits são enviados todos os bits de resultado de uma
conversão. Com oito bits são enviados os oito mais significativos e zerados os quatros
menos significativos. A mesma lógica é utilizada para o envio com 4 bits, onde são
enviados os quatro mais significativos e zerados os oito menos significativos. A figura
3.13 ilustra cada uma dessas situações, 12 bits, 8 bits e 4 bits. Para envio do resultado da
conversão com 12 bits é necessário realizar um deslocamento no vetor original
posicionando os bits com o resultado da conversão nas 12 primeiras posições do vetor. A
mesma operação e realizada para as formas de envio com 8 e para 4 bits. Com 8 bits são
zerados os 4 menos significativos, com 4 os oito menos significativos.
Um sinal de ECG é gerado pelos D/As do microcontrolador. Este sinal é utilizado
no módulo didático de ECG como opção a colocação de eletrodos, sendo aplicado à
entrada do amplificador de instrumentação, percorrendo todos os circuitos da cadeia de
aquisição. O objetivo é simular a aquisição de um sinal real de ECG para utilização em
52 Capítulo 3 – Materiais e Métodos
testes nos módulos didáticos. Este sinal é gerado em todos os D/As, uma vez que o módulo
de ECG pode ser conectado nos diferentes conectores do módulo base.
Este sinal simulado de ECG é gerado á partir de um vetor de números com valores
de amplitude igualmente espaçados. Ele foi obtido a partir de amostras de um ECG, onde
foi utilizada uma taxa de 200 amostras por segundo. A figura 3.14 ilustra o sinal gerado á
partir do vetor de pontos.
real referente à aquisição de biosinais e utilizar estes sinais para demonstrar algumas
propriedades da conversão A/D.
Figura 3.17. Recursos do módulo didático de ECG. (1) Conector para o cabo
dos eletrodos, (2) Conector para a ponteira de prova, (3) Chave habilita circuitos, (4)
Saídas dos circuitos disponíveis para o aluno, (5) Jumper para seleção do ganho da
ponteira de prova, (6) Jumper para seleção sinal de teste/ sinal dos eletrodos, (7)
Conector para entrada de sinal de circuito externo, (8) Conector para alimentação de
circuito externo, (9) Conector para ligação com o módulo base.
56 Capítulo 3 – Materiais e Métodos
A mesma placa de circuito impresso é utilizada para montagem dos três módulos, o
que garante uma economia na confecção das placas e de tempo de projeto. A identificação
dos diferentes módulos é feita através uma etiqueta colocada na parte superior, conforme
mostrado na figura 3.17.
A cadeia de aquisição dos módulos de ECG, EMG e EOG foi projetada para
atender às especificidades de uso do equipamento como recurso didático para aplicação em
aulas práticas. Isso exigiu cuidados na escolha de alguns parâmetros dos circuitos como
níveis de amplificação, topologia dos filtros e o arranjo de eletrodos.
Na etapa inicial de amplificação (amplificador de instrumentação) foi utilizado um
ganho maior do que o usualmente utilizado neste tipo de circuito, conforme adotado em
trabalhos anteriores como (PAIM, 2005), (SCHWARZ, 2007). Como o amplificador de
instrumentação utilizado, AD620 da Analog Devices, possui elevado CMRR (Common
Mode Rejection Ratio) (100 dB com ganho a 1 kHz), a eliminação de sinais comuns aos
dois canais é alta. Desse modo, um ganho maior é dado ao sinal na entrada do primeiro
estágio. Isso permite um melhor condicionamento do sinal para utilização em um circuito
externo, como no caso do circuito do aluno. A figura 3.18 mostra o diagrama de blocos
com os componentes utilizados na cadeia de aquisição dos três módulos.
49,4 kΩ
Ganho = +1 (3.1)
RG
onde: RG = R2+R3.
Para os módulos de ECG e EOG o ganho adotado foi de 21,583 (R2 =R3 =1,2 kΩ)
e no módulo de EMG foi utilizado um ganho de 31,12 (R2=R3= 820 Ω).
58 Capítulo 3 – Materiais e Métodos
Os três módulos (ECG, EMG e EOG) utilizam o arranjo bipolar de eletrodos. Esta
configuração torna-se mais adequada para este tipo de aplicação, pelo fato de apresentar
menor quantidade de ruído e interferência provinda de outras fontes, se comparado ao
modo monopolar, que utiliza apenas um eletrodo para medição e outro para referência
(GONZALES, 1998). No módulo de ECG o eletrodo de referência é ligado à saída do
amplificador de perna direita. Nos módulos de EMG e EOG o eletrodo de referência é
ligado à referência dos circuitos. A figura 3.20 mostra a configuração de ligação dos
eletrodos nos dois casos.
Para os três módulos ECG, EMG e EOG foi adotada a aproximação Butterworth,
por ser monotônica em toda a faixa de freqüência e apresentar a característica mais plana
possível na banda de passagem (NOCETI-FILHO, 2003).
A freqüência de corte utilizada para o filtro passa-faixa de ECG compreende a faixa
de 0,5 - 50 Hz, que conforme já mencionado em detalhes no capítulo 2, é adequada para
fins de monitoração de sinais de ECG. A figura 3.22 mostra o filtro passa-faixa
implementado para o módulo de ECG.
sinais relevantes e atenuar os níveis de offset. A figura 3.24 mostra o filtro passa-faixa
utilizado para o sinal de EOG.
A figura 3.27 mostra o circuito da etapa final de ganho dos módulos de ECG, EMG
e EOG.
64 Capítulo 3 – Materiais e Métodos
Pontos de teste foram colocados nas entradas e saídas dos circuitos para facilitar a
medição dos sinais com a ponteira, como mostra a figura 3.31.
4. RESULTADOS
com uma saída auxiliar do simulador, com amplitude de 1 Volt de pico. Para aquisição dos
sinais as saídas do módulo de ECG e saída do simulador foram conectadas nas entradas de
um osciloscópio (TDS 2014 da Tektronix). Em um primeiro teste um sinal com amplitude
de 1,5 mV de pico e freqüência de 60 bpm foi aplicado à entrada do módulo de ECG. A
figura 4.1 mostra o sinal na saída do módulo de ECG, em comparação ao sinal de 1 Volt
de pico da saída auxiliar do simulador. Nestes testes o ganho foi ajustado em 500. No canal
1 é mostrado o sinal gerado pelo simulador com amplitude de 1Volt de pico. No canal 2 o
sinal medido na saída do módulo de ECG (entrada do conversor A/D).
O mesmo sinal gerado pelo simulador pode ser visto na tela do computador. O sinal
de saída do módulo de ECG é enviado ao módulo base que digitaliza este sinal e envia ao
computador, o software de visualização plota o sinal na tela do computador. A figura 4.4
mostra o mesmo sinal das figuras 4.2 e 4.3, visualizadas na tela do computador.
Figura 4.4 - Sinal gerado pelo simulador ECG PLUS visualizado na tela do
computador. a) Sinal com amplitude de entrada de 1mV de pico e freqüência de 60
bpm; b) Sinal com amplitude de 1mV de pico e freqüência de 120 bpm. O ganho do
módulo de ECG foi ajustado em 500.
Fazendo uma mensuração de amplitude e duração dos eventos ocorridos nos sinais
de EMG e EOG das figuras 4.5 e 4.6 pode-se perceber uma semelhança entre os sinais
captados pelos dois sistemas. Na figura 4.5 (a) o sinal resultante de uma contração
muscular captado pelo SPSB teve duração aproximada de 1,21 segundos e amplitude de
pico de 1 Volt, sendo o ganho do sistema de 500. O mesmo sinal captado pelo sistema
comercial BIOPAC, apresentado na figura 4.5 (b), teve duração aproximada de 1,251
segundos e amplitude de pico de 2 Volts, sendo o ganho do sistema de 1000. Na figura 4.6
(a) o sinal de EOG resultante de um movimento ocular adquirido pelo SPSB apresentou
duração aproximada de 105 ms e amplitude de 200 mV, sendo o ganho do sistema de 500.
O mesmo sinal captado pelo BIOPAC, mostrado na figura 4.6 (b), apresentou duração
78 Capítulo 4 - Resultados
Para alterar o número de bits com o que o sinal adquirido é enviado ao computador
foi implementado uma rotina no firmware embarcado no microcontrolador do módulo
base. Este recurso permite que aluno visualize o sinal adquirido com um número diferente
de bits 12, 8 ou 4 bits. A figura 4.13 mostra o sinal simulado de ECG sendo adquirido em
12, 8 e 4 bits.
Através da figura 4.13 podemos perceber visualmente a nítida diferença entre o
sinal plotado a partir de 12 ou 8 bits e entre o sinal de 4 bits, a perda de informação é
evidente no sinal de 4 bits em comparação com os outros sinais.
82 Capítulo 4 - Resultados
Os ganhos dos módulos de ECG, EMG e EOG foram medidos utilizando uma
senoide aplicada à entrada do cabo dos eletrodos, fazendo uso de um divisor de tensão para
atingir níveis que não causassem saturação dos amplificadores. Um sinal com amplitude de
1 Volt de pico foi atenuado 1000 vezes por um divisor resistivo, atingindo a amplitude de 1
mV de pico. Através da amplitude do sinal de saída dos módulos pode-se determinar o
ganho. A figura 4.14 mostra o sinal aplicado à entrada do divisor resistivo em comparação
com o sinal de saída nos três módulos.
Através das amplitudes dos sinais de saída da figura 4.14 é possível determinar o
ganho real dos módulos. A tabela 4.1 traz os resultados dos ganhos calculado, medido e o
erro calculado.
Capítulo 4 - Resultados 83
Figura 4.14 – Sinal medido na saída dos três módulos (canal 1) em comparação
ao sinal aplicado à entrada do divisor resistivo (canal 2).
Uma análise no erro do ganho dos sistemas pode ser feita utilizando o software
SG2 desenvolvido por SCHWEDERSKY & NOCETI-FILHO (2005). Através de uma
análise estatística de erro o programa insere a parcela de erro associada a cada
componente. Uma curva representa a resposta em freqüência do circuito considerando
resistores e capacitores ideais, levando em conta apenas o erro associado a cada
amplificador. Outras duas curvas consideram o erro associado a cada amplificador mais a
parcela de tolerância de fabricação de capacitores e resistores considerando uma
84 Capítulo 4 - Resultados
probabilidade de 99,74% de ocorrência, ou seja, a média (µ) mais ou menos três desvios
padrões (σ) em relação à curva de distribuição normal, (NOCETI-FILHO, 2003). As
figuras 4.15 a 4.17 mostram os valores máximo e mínimo dos ganhos dos sistemas.
Realizando uma análise comparativa entre o ganho simulado e o ganho medido para
os três sistemas é possível perceber que o erro encontrado no teste do ganho esta dentro
dos possíveis valores de ganho apresentado nas figuras 4.15, 4.16 e 4.17 com uma
probabilidade de 99,74% de ocorrência.
um protoboard. O primeiro teste mostra o sinal simulado de ECG adquirido com e sem a
presença do circuito do aluno inserido na cadeia de aquisição, a figura 4.20 mostra o
resultado deste teste.
Outro teste mostra uma senoide adquirida na saída do módulo de ECG, para as
mesmas condições do teste anterior, o resultado pode ser visto na figura 4.21. Neste teste
foi medido o ruído causado pela inserção do circuito do aluno na cadeia de aquisição. O
sinal foi medido na saída do módulo de ECG.
Os testes mostraram que o sinal adquirido pela ponteira é muito semelhante ao
adquirido pelo circuito de aquisição, sendo adequado para avaliar os sinais adquiridos pelo
módulo. Os sinais da figura 4.21 mostraram que o nível de ruído inserido pelo circuito do
aluno é pequeno, aproximadamente 4 mV, podendo ser considerado adequado para a
aplicação proposta.
88 Capítulo 4 - Resultados
computador via interface USB, o software de visualização recebe estes “pacotes” extrai a
informação de resposta das conversões e plota o sinal na tela do computador. Com o
auxílio do software docklight versão 1.6.8, a informação digital enviada pela USB, em
formato hexadecimal, é gravada em um arquivo de texto, o resultado da conversão de cada
canal é então separado e convertido em uma tabela com valores de base decimais. Os
resultados são utilizados para traçar um gráfico que servirá de comparação entre os três
diferentes meios, osciloscópio, software de visualização e um gráfico com o resultado dos
dados digitais recebidos via interface USB. A figura 4.22 mostra o sinal captado pelo
osciloscópio na entrada do conversor A/D em comparação ao sinal plotado pelo software
de visualização e o gráfico traçado a partir dos valores digitais enviados pela comunicação
USB.
Analisando o sinal da figura 4.22 (a) é possível observar uma semelhança entre o
sinal de EMG na tela do osciloscópio e o gráfico traçado a partir dos dados da USB
((figura 4.22 (c)). Outro aspecto que pode ser notado é que o mesmo sinal visto na tela do
computador (figura 4.22 (b)) é traçado a partir de um número de pontos menor.
1
Parte aplicada segundo a Subcláusula (2.1.5) da norma geral NBR IEC 601-1/94 é definida como: “Uma
parte do EQUIPAMENTO que em UTILIZAÇÃO NORMAL:”
- necessariamente entra em contato físico com o PACIENTE para que o EQUIPAMENTO realize sua
função; ou
- pode entrar em contato com o PACIENTE; ou
- precisa ser tocada pelo PACIENTE.
Capítulo 4 - Resultados 91
As trinta e duas questões que compõem o questionário são divididas de forma igual
entre os quatro aspectos, abaixo são listadas a ordem das perguntas e seus respectivos
significados.
Capítulo 4 - Resultados 95
E S O F
Outro gráfico utilizado para análise das respostas mensura as pontuações das
qualidades motivacionais totais. Para traçar este gráfico são estabelecidos dois índices de
pontuação, V e XS. O primeiro reflete uma pontuação resumo de motivação na dimensão
de Valor, isto é, o quanto o sistema foi útil e estimulante. O índice XS reflete uma
pontuação resumo de motivação na dimensão de expectativa para o sucesso, isto é, quão
organizado e fácil de usar o sistema é. Juntos estes dois índices formam um ponto no plano
cartesiano (X,Y) que determina a pontuação atingida pelo sistema. A pontuação do índice
V é estabelecida pela soma das pontuações totais das questões da coluna E (estimulante) e
da coluna S(significativo), XS é resultado da soma das colunas O (organizado) e F(fácil de
usar), este gráfico é mostrado na figura 4.25.
possíveis pontos de falha. O questionário utilizado para avaliação pode ser encontrado no
anexo II.
As tabelas 4.2 e 4.3 trazem, respectivamente, as respostas das questões e as
respectivas pontuações referentes a cada item. Nesta tabela além das trinta e duas questões
que compõem o questionário principal encontram-se as respostas de uma questão colocada
ao final do questionário que pergunta se o aluno já havia estudado sobre o conteúdo
abordado.
Tabela 4.2 – Respostas dos questionários.
(V) (XS)
98 Capítulo 4 - Resultados
Os gráficos das figuras 4.26 e 4.27 apontam um alto valor de pontuação para os
atributos e uma alta expectativa de sucesso. Podendo ser considerado um sistema altamente
motivador com alta expectativa de sucesso.
CAPÍTULO 5
5. DISCUSSÕES
6. CONCLUSÕES
expectativa pelo sucesso. Ainda assim, apesar do bom desempenho demonstrado pela
plataforma, alguns problemas foram apontados pelos alunos. Durante o uso do módulo de
ECG na aquisição de sinais em aula prática, realizada com a turma regular de engenharia
elétrica, a captação dos sinais apresentou problemas. Devido ao intenso número de testes
realizados anteriormente e o elevado manuseio dos cabos e conectores houve uma ruptura
em parte do fio do cabo, fazendo com que o sinal desaparecesse em determinados
instantes. Este problema poderia ser contornado se outras unidades de apoio tivessem sido
montadas, substituindo o módulo com defeito. Esse acontecimento foi de fundamental
importância, e deve ser levado em conta para futuras utilizações do sistema, sugerindo que
unidades adicionais sejam construídas. Outros aspectos apontados como negativos são de
caráter pessoal dos alunos e não foram considerados como significativos. O objetivo
esperado com a aplicação do questionário foi alcançado, de se obter respostas e sugestões
para futuras melhorias da plataforma, na estrutura ou no modo de aplicação e realização
das aulas.
A contribuição deste trabalho pode ser considerada muito positiva, incitando a
iniciativa do desenvolvimento de soluções que contribuam para a prática do ensino de
engenharia biomédica e elaborando instrumentos pedagógicos que despertem a motivação
dos estudantes de engenharia elétrica a conhecer a área da engenharia biomédica. O que se
espera com isso é iniciar uma ação que gere frutos, alimentando um processo de melhoria
das condições do ensino e aprendizagem e aumente o interesse dos estudantes pela área.
ANEXOS
4.3.1 - Introdução
Figura 4.22 - (a) Interferência do sinal de eletromiografia no ECG; (b) Sinal de ECG
com interferência de 60 Hz, rede elétrica, adaptado de (Webster 1998).
Aliasing Demo
Nyquist Limit
Resolução
Figura 4.25 - Sinal Quantizado com 4 bits, 16 níveis de quantização (DORF 1997).
2,5 2,5
Resolução A/D = = = 0,00061035 Volts = 610,35 μV
2 n 212
Quantization
Hz. Se o conversor A/D tiver uma faixa de entrada de 0 á 2,5 V o sinal deve
ser amplificado de maneira a ocupar adequadamente essa faixa de valores.
Figura 4.27 - Filtro anti-aliasing com topologia Sallen Key e função de aproximação
butterworth projetado para a freqüência de corte de 100 Hz, esquema elétrico e
resposta em freqüência.
A figura 4.28 traz uma foto com indicação e localização dos recursos
do MDECG.
Figura 4.28 - MDECG. (1) Conector para o cabo dos eletrodos, (2) Conector para a
ponteira de prova, (3) Chave habilita circuitos, (4) Saídas dos circuitos disponíveis
para o aluno, (5) Jumper para seleção do ganho da ponteira de prova, (6) Jumper
para seleção sinal de teste/ sinal dos eletrodos, (7) Conector para entrada de sinal de
circuito externo, (8) Conector para alimentação de circuito externo, (9) Conector para
ligação com o módulo base.
- Pontos de Teste;
Figura 4.29 - Diagrama de blocos e ligação do módulo didático com o módulo base e
o computador.
118 Anexos
Figura 4.31 - Substituição do filtro passa altas por um filtro montado pelo
aluno em um protoboard.
Sinal de teste
Figura 4.32 - Jumper J1, seleção entre o sinal dos eletrodos e o sinal de
teste.
Ponteira exploradora
Alimentação
Objetivo
Material Necessário
Instruções Gerais
7 – Bibliografia
ANEXO II – QUESTIONÁRIO
1. O padrão de cores utilizado no tutorial é agradável (fonte, legendas, glossário, figuras, etc). 3 2 1 0 NA
2. As informações do Tutorial são precisas e equilibradas entre os vários assuntos. 3 2 1 0 NA
3. Os recursos visuais (animações, figuras) incluídas neste Tutorial ajudam a apresentar o 3 2 1 0 NA
tópico.
4. A visualização dos sinais de ECG, pelo software de Visualização, é clara. 3 2 1 0 NA
5. Os títulos são chamativos e informativos em cada tópico do Tutorial. 3 2 1 0 NA
6. As informações teóricas do roteiro de aula prática foram úteis em complementar seus 3 2 1 0 NA
conhecimentos.
7. Eu encontrei a quantidade de informação que eu precisava no Tutorial e nos roteiros de aula 3 2 1 0 NA
prática para fazer a autoavaliacao.
16. Os Roteiros de Aula Prática possuem informações suficientes para a realização dos 3 2 1 0 NA
experimentos.
17. A variedade de formatos (textos e imagens) do Tutorial e dos Roteiros de Aula Prática retém 3 2 1 0 NA
minha atenção.
18. As informações do Tutorial são úteis para mim. 3 2 1 0 NA
19. Todas as informações do Tutorial são apresentadas usando linguagem e estilo claros e 3 2 1 0 NA
consistentes.
20. Todos os Módulos de Hardware funcionaram corretamente. 3 2 1 0 NA
21. A Plataforma SPSB possui características únicas que a faz mais interessante. 3 2 1 0 NA
22. A Plataforma SPSB se mostrou útil para o aprendizado sobre aquisição, processamento e 3 2 1 0 NA
transmissão de sinais eletrofisiológicos.
23. O texto do Tutorial é bem escrito, sem erros gramaticais ou outros tipos de erros. 3 2 1 0 NA
24. O tempo todo eu posso controlar que informação do Tutorial eu desejo ver. 3 2 1 0 NA
25. Há coisas surpreendentes na Plataforma SPSB. 3 2 1 0 NA
26. Este Plataforma fornece oportunidades para interatividade. 3 2 1 0 NA
27. As instruções de uso desta Plataforma são simples e claras. 3 2 1 0 NA
28. Todos os acessórios utilizados durante a aula prática (eletrodos, cabos, fonte de alimentação) 3 2 1 0 NA
funcionaram do modo como eles deveriam funcionar.
29. A modularidade dos componentes de hardware (sistema composto por diversas partes, 3 2 1 0 NA
organização modular) torna a aulas práticas mais significativas (auxilia na compreensão dos
diferentes temas das aulas práticas).
30. Existem somente informações importantes ou relevantes no Tutorial. 3 2 1 0 NA
31. Não importa onde eu esteja no Tutorial, eu posso retornar para a página inicial ou sair. 3 2 1 0 NA
32. O tempo previsto para realizar as experiências das aulas práticas é suficiente. 3 2 1 0 NA
Antes de responder as próximas perguntas, volte a cada afirmação em que você assinalou
NA (não aplicável) e anote uma pontuação baseado no seguinte critério:
0 ponto se a Plataforma SPSB seria beneficiada se tivesse incluído este item.
1 ponto se a Plataforma SPSB não necessita deste item.
2 pontos se a Plataforma SPSB ficou melhor sem a inclusão deste item.
Módulo de ECG
_
1
Passo (1) T(S) = (III.1)
_2
S + 1,414S + 1
Onde:
Passo (2)
Passo (3)
Desnormalização em freqüência:
_ ωp
Para o Passa-Altas: ωp= s = .
s
Passo (4)
S2
T(S) = 2 (III.2)
S + 4,4395 .S + 9,8596
K.ω 2 0 A
T(S) = = 2 (III.3)
S + (ω 0 / Q).S + ω 0 S + a1.S + a 0
2 2
134 Anexos
1
C1=C2= F (III.5)
a0
⎛ a ⎞
Ra = 2 − ⎜ 1 ⎟Ω (III.6)
⎜ a ⎟
⎝ 0 ⎠
b= C1/C1’
b= 0,3185/470 × 10 −9 = 677598,59
Ra’= b. Ra= 397, 073 k
R1’= 677,588 k
Anexos 135
O valor de Rb pode ser alterado em função de Ra desde que seja mantido o ganho
de tensão em malha fechada em 1,586, para se obter uma resposta Butterworth.
Ra
1,586 = +1
Rb
Ra = 0,586.Rb
_
1
Passo (1) T(S) = (III.7)
_2
S + 1,414S + 1
Onde:
Passo (2)
⎯ ωp= 2.π.fc, com fc= 50 Hz Æ ωp= 314,16.
Passo (3)
Desnormalização em freqüência:
Passo (4)
98596
T(S) = (III.8)
S + 443,96.S + 98596
2
K.ω 2 0 A
T(S) = = 2 (III.9)
S + (ω 0 / Q).S + ω 0 S + a1.S + a 0
2 2
Anexos 137
1
C1=C2= F (III.11)
a0
⎛ a ⎞
Ra = 2 − ⎜ 1 ⎟Ω (III.12)
⎜ a ⎟
⎝ 0 ⎠
C1 = C2 = 3,1847133 x 10-3
Ra = 0,586
R1 = R2 = RB =1Ω
b= C1/C1’
O valor de Rb pode ser alterado em função de Ra desde que seja mantido o ganho
de tensão em malha fechada em 1,586, para se obter uma resposta Butterworth.
Ra
1,586 = +1
Rb
Ra = 0,586.Rb
Passo (2)
Passo (4)
394384
T(S) = (III.13)
S + 887,992.S + 394384
2
Passo (5)
R1=R2=Rb=1Ω (III.14)
1
C1=C2= F (III.15)
a0
⎛ a ⎞
Ra = 2 − ⎜ 1 ⎟Ω (III.16)
⎜ a ⎟
⎝ 0 ⎠
C1 = C2 = 1,5923567 x 10-3
Ra = 0,586
R1 = R2 = RB =1Ω
140 Anexos
b= C1/C1’
b= 15923,567
Ra’= b. Ra= 9,33121 k
R1’= 15,923 k
Os valores dos resistores podem ser aproximados para os valores comercias
existentes, assim:
Passo (7)
Valores comerciais:
Módulo de EMG
Passo (2)
Passo (4)
S2
T(S) = (III.17)
S 2 + 17,759.S + 157,7536
Passo (5)
R1=R2=Rb=1Ω (III.18)
1
C1=C2= F (III.19)
a0
⎛ a ⎞
Ra = 2 − ⎜ 1 ⎟Ω (III.20)
⎜ a ⎟
⎝ 0 ⎠
Aplicando os valores encontrados na equação (III.17) em (III.18), (III.19) e (III.20),
temos:
C1 = C2 = 7,96 x 10-2
Ra = 0,586
R1 = R2 = RB =1Ω
142 Anexos
b= C1/C1’
b= 169361,702
Ra’= b. Ra= 99,245 k
R1’= 169,361 k
Os valores dos resistores podem ser aproximados para os valores comercias
existentes, assim:
Passo (7)
Valores comercias:
Passo (2)
Passo (4)
9859600
T(S) = (III.21)
S + 4439,96.S + 9859600
2
Passo (5)
R1=R2=Rb=1Ω (III.22)
1
C1=C2= F (III.23)
a0
⎛ a ⎞
Ra = 2 − ⎜ 1 ⎟Ω (III.24)
⎜ a ⎟
⎝ 0 ⎠
C1 = C2 = 3,184 x 10-4
Ra = 0,586
R1 = R2 = RB =1Ω
b= C1/C1’
b= 3184,7133
Ra’= b. Ra= 1866,24
R1’= 3184,7133
Os valores dos resistores podem ser aproximados para os valores comercias
existentes, assim:
Passo (7)
Valores comercias:
Filtro Notch de 60 Hz
Topologia Fliege:
Anexos 145
1
fc = (III.25)
2.π.R0.C0
RQ
Q= (III.26)
2.R0
Fixando o valor de C0 em 100nF R0 fica igual a 26,5 k Ω ≈ 27 k Ω. O valor de
2,78 para o fator de qualidade foi estabelecido a partir de simulações. O critério utilizado
foi o não surgimento de overshoot no sinal, o que causaria distorções em freqüências
próximas a 60 Hz.
146 Anexos
Tabela V.1 – Valores medidos da corrente de fuga através do paciente com tensão
sobre as partes aplicadas em comparação aos limites da norma. Medições realizadas
com o módulo de ECG.
Corrente de Fuga Através do Paciente (Tensão sobre as partes aplicadas)
Tabela V.2 – Valores medidos da corrente de fuga através do paciente com tensão
sobre as partes aplicadas em comparação aos limites da norma. Medições realizadas
com o módulo de EMG.
Polaridade 24 28 28 28 5000
Normal,
Isolação
Normal
Polaridade 34 38 38 38 5000
Normal,
Isolação
Reversa
Polaridade 13 17 17 17 5000
Reversa,
Isolação
Normal
Polaridade 45 50 50 50 5000
Reversa,
Isolação
Reversa
*E.I- Parte aplicada onde a entrada inversora do amplificador de instrumentação é ligada
ao cabo do paciente.
*E.N.I- Parte aplicada onde a entrada não inversora do amplificador de instrumentação é
ligada ao cabo do paciente.
*Ref- Parte aplicada onde a referência do circuito é ligada ao cabo do paciente.
Anexos 151
Condições de ensaio
-Tensão da rede:
Fase-Terra: 224 Volts
Neutro-Terra: 0,5 Volts
Fase- Neutro: 225,2 Volts
-Umidade relativa do ar: 71%
-Temperatura: 21°C
Anexos 155
ADUR, R.; ANDRIGHETTO, E.; RATHKE, J. E.; POSSA, P. R. C.; SANTOS, F. C.;
ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Proposta de uma
Plataforma didática para Ensino de Engenharia Biomédica em Cursos de Graduação de
Engenharia Elétrica. II. O módulo didático de EEG, In: XXXV Congresso Brasileiro de
Educação e Engenharia, 2007.
ANDRIGHETTO, E.; ADUR, R.; RATHKE, J. E.; POSSA, P. R. C.; SANTOS, F. C.;
ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Proposta de uma
plataforma didática para o ensino de Engenharia Biomédica em Cursos de Graduação
de Engenharia Elétrica: I Os Sinais Bioelétricos. In: Congreso Latinoamericano de
Ingeniería Biomédica, 4., Porlamar. 2007.
ANDRIGHETTO, E.; ADUR, R.; RATHKE, J. E.; POSSA, P. R. C.; SANTOS, F. C.;
ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Plataforma Didática para
a Aprendizagem de Engenharia Biomédica em Cursos de Engenharia Elétrica. III -
Proposta para Comunicação wireless, In: XXXV Congresso Brasileiro de Educação e
Engenharia, 2007.
POSSA, P. R.; ANDRIGHETTO, E.; SANTOS, F. C.; RATHKE, J E.; ADUR, R.;
OJEDA, R. G.; ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. A Inserção
da Engenharia Biomédica nos Cursos de Graduação de Engenharia Elétrica no Brasil.
Aceito para publicação pela Revista Brasileira de Engenharia Biomédica, 2008.
POSSA, P. R.; RATHKE, J E.; ANDRIGHETTO, E.; ADUR, R.; SANTOS, F. C.;
ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Proposta de plataforma
didática para ensino de Engenharia Biomédica em Cursos de Engenharia Elétrica: IV.
Tutorial sobre Eletrocardiografia, In: XXXV Congresso Brasileiro de Educação e
Engenharia, 2007.
RATHKE, J. E.; POSSA, P. R.; SANTOS, F. C.; ANDRIGHETTO, E.; ADUR, R.;
ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Proposta de uma
Plataforma Didática para Ensino de Engenharia Biomédica em Cursos de Engenharia
Elétrica: I. Módulos para aquisição de Sinais eletrográficos, In: XXXV Congresso
Brasileiro de Educação e Engenharia, 2007.
SANTOS, F. C.; RATHKE, J. E.; POSSA, P. R. C.; ANDRIGHETTO, E.; ADUR, R.;
ARGOUD, F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Proposta de Plataforma
Didática Para o Ensino de Engenharia Biomédica em Curso de Engenharia Elétrica:
V. Ambiente em RV de Eletrocardiografia. In: XXXV Congresso Brasileiro de
Educação e Engenharia, 2007.
Referências Bibliográficas 159
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARDEN, G.B, CONSTABLE, P.A.; 2006. The Electro-oculogram. In: Progress in Retinal
and Eye Research, Volume 25, Páginas 201-248.
ARNONE, M.P; SMALL, R.V.; 1999. The Website Motivational Analysis Checklist
(WebMAC SENIOR 4.0). Disponível em:< http://www.marilynarnone.com/
WebMACSr.4.0.pdf>. Acessado em 25/04/2008.
AXELSON, J.; 1999. USB Complete: Everything You Need to Develop Custom USB
Peripherals. Madison Usa: Lakeview Research.
BAREA, R.; BOQUETE, L.; MAZO, M.; LÓPEZ, E.; 2002. System for Assisted Mobility
Using Eye Movements Based on Electrooculography. In: IEEE Transactions on
Neural Systems and Rehabilitation Engineering, vol. 10, n°. 4, december.
COHEN, A.; 2006. Biomedical signals: Origin and Dynamic Characteristics; Frequency-
Domain Analysis. In: BRONZINO, J. D. (Ed.). The Biomedical Engineering
Handbook. 2. ed. [S.l.]: CRC Press. cap. 52.
GARCIA, P.A., MARTINI, J.S.C.; 2006. Eletrônica digital: Teoria e Laboratório. São
Paulo - SP, Ed Érica, 182 págs.
GARROD, S.A.R.; 1997. D/A and A/D converters. In: THE ELECTRICAL
ENGINERING HANDBOOK. Florida-USA: Crc Press, cap 32.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E.; 2006. Textbook of Medical Physiology. 11. ed.
Philadelphia: Elsevier.
IVES, J.C.; WIGGLESWORTH, J.K.; 2003. Sampling rate effects on surface EMG timing
and amplitude measures. In: Clinical Biomechanics, vol (18), págs.543-552.
MAINARDI, L.T.; BIANCHI, A.M.; CERUTTI, S.; 2006. Biomedical signals: Origin and
Dynamic Characteristics; Frequency- Domain Analysis. In: BRONZINO, J. D. (Ed.).
The Biomedical Engineering Handbook. 2. ed. [S.l.]: CRC Press, cap. 53.
NOCETI FILHO, S.; 2003. Filtros Seletores de Sinais. 2. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC.
SANTOS, F. C.; RATHKE, J. E.; POSSA, P. R. C.; ANDRIGHETTO, E.; ADUR, R.; ARGOUD,
F. I. M.; AZEVEDO, F. M.; MARINO-NETO, J. Proposta de Plataforma Didática Para o
Ensino de Engenharia Biomédica em Curso de Engenharia Elétrica: V. Ambiente em RV de
Eletrocardiografia. In: XXXV Congresso Brasileiro de Educação e Engenharia, 2007.
SILVA, V.C.; et al; 2007. Teoria da Atividade: Possibilidades para a Educação nos Cursos
de Engenharia e Arquitetura. In: Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia
(25: Set. 2007: Curitiba). Anais. Curitiba.
SILVERTHORN, D. U.; 2003. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada. 2. ed. São
Paulo: Manole.
TORRES, G.; 2001. Hardware: Curso completo. 4. ed. Rio de Janeiro: Axcel Books do
Brasil, págs. 344-351.
USB Implementers Forum.; 2000. Universal Serial Bus Specification Revision 2.0, April
2000. Disponível em: <http://www.usb.org/developers/docs>. Acessado em
30/05/2008.