Autismo-Guia Prático
Autismo-Guia Prático
Autismo-Guia Prático
ho e satisfação chegar à 4a
edição deste Guia Prático,
que também está disponível
para download gratuito na
internet, já com dezenas de
milhares de cópias baixadas
do nosso site www.ama.org.
br.
A reação dos leitores
– principalmente pais – que
nos escreveram e relataram
a importância de uma pub-
licação como esta em suas
vidas, clara, didática e direto
ao ponto, tem nos estimulado
enormemente a atualizá-la e
reeditá-la.”
Guia Prático
4ª Edição
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Prefácio à 4a edição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
I. Um Bom Começo: Conhecer a Questão do Autismo . . . . . 15
Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Incidência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Causas do autismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Manifestações mais comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
O espectro de manifestações autísticas . . . . . . . . . . . . . . 20
Como é feito o diagnóstico de autismo . . . . . . . . . . . . . . . 22
Instrumentos para diagnosticar o autismo . . . . . . . . . . . . . 24
II. Síndrome de Asperger . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Critérios para diagnóstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Intervenções e tratamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
O aluno com Síndrome de Asperger . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Algumas orientações para professores, educadores e cuidadores
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
III. Passos Que Podem Ajudar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Informe-se ao máximo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Permita-se sofrer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Reaprenda a administrar seu tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Saiba exatamente quais são os objetivos de curto prazo para seu
filho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Por último, evite: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
IV. Tipos Mais Usuais de Intervenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
TEACCH - Tratamento e educação para crianças autistas e com
distúrbios correlatos da comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . 35
ABA - Análise aplicada do comportamento . . . . . . . . . . . . 37
PECS - Sistema de comunicação através da troca de figuras 39
Outros tratamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Medicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
A inclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
V. Algumas Técnicas com Crianças com Autismo . . . . . . . . . . . . . 43
FC - Comunicação Facilitada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
O computador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
AIT * - Integração Auditiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
SI* - Integração Sensorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Movimentos Sherborne - “Relation Play” . . . . . . . . . . . . . 48
VI. Dietas Alimentares Usuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Dieta livre de glúten e caseína . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Dieta de Feingold . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Outras dietas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
VII. Coisas Para Fazer e Coisas Para Evitar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Freqüente locais públicos com seu filho . . . . . . . . . . . . . . 53
Trabalhe pela independência de seu filho . . . . . . . . . . . . 54
Estabeleça rotinas que facilitem a organização de seu filho . 55
Ensine seu filho a quebrar rotinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Anexo I: DSM-IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Anexo II: CID-10. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Anexo III: CHAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Anexo IV: Autismo - os sintomas da doença . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Anexo V: Critério diagnóstico da Síndrome de Asperger . . . . . . . . . . 73
Algumas Perguntas Comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Endereços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
4
“Para Guilherme, meu filho, que tantas vezes me fez chorar - algumas
de tristeza, outras de alegria e outras pela pura emoção de conhecer e
poder aventurar-me por um mundo que era assustador a princípio, mas
que se mostrou fascinante quando explorado.”
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6
Prefácio
A intenção ao escrever este guia era a de poder ajudar um número muito grande
de pais e, por que não, também de estudantes e profissionais interessados em
autismo.
Pois se ninguém faz curso para ser pai e a experiência de ter filhos é um desa-
fio para todos, o que dizer da experiência que alguns passamos ao percorrer o
caminho do nascimento do filho ao diagnóstico do autismo, prosseguindo com a
educação do filho e o grande número de decisões que temos que tomar muitas
vezes sem o mínimo de conhecimento ou preparo.
Ajudar um pai a enfrentar essa situação é tarefa grande demais para um livro tão
pequeno, mas a intenção é dar um pequeno passo em direção a isso, de forma
a ajudar cada pai a desbravar o seu próprio caminho e principalmente a não ter
receio de procurar ajuda sempre que necessário. A idéia é entregar a pais e pro-
fissionais um texto básico e resumido que ajude a encarar a questão do autismo
de forma realista e positiva.
Esperamos sinceramente que seja útil e que abra um canal que possibilite que
cada vez mais cresça o interesse pelo autismo e a divulgação de todas as pos-
sibilidades de ajuda para quem tem autismo e seus familiares.
7
8
Prefácio à 4a edição
O grande mérito deste pequeno livro tem sido ajudar muitos pais a percorrer o
caminho do diagnóstico de seus filhos, e principalmente a fazer isto de uma forma
menos sofrida.
Nesta edição incluímos um pequeno capítulo sobre Síndrome de Asperger. Esta
síndrome era praticamente desconhecida até muito pouco tempo, o que dificultava
em muito a inclusão destas crianças.
Pela colaboração, agradeço aos pais do Grupo de Discussão sobre Síndrome de
Asperger, que é formado por portadores da Síndrome e seus familiares - para
saber mais sobre este grupo, visite http://www.grupos.com.br/grupo/asperger, e
também http://paginas.terra.com.br/saude/asperger.
A partir desta edição, seguindo uma tendência mundial, alternamos a referência ao
“autista” ou à “pessoa autista” por “pessoa com autismo”. Esta mudança importa
por ser um sinal da evolução do nível de cidadania ocorrida nestes 5 anos que
separam esta edição da primeira.
9
10
Apresentação
12
“Ele aprendeu rotinas práticas do cotidiano muito tarde e com grande
dificuldade... em compensação, ele aprendeu a falar muito cedo e falou
sua primeira palavra com dez meses, bem antes de poder andar. Ele
rapidamente aprendeu a expressar-se com frases e logo falou ‘como
um adulto’... Desde cedo Fritz nunca fez o que lhe era pedido. Ele fez
apenas o que queria, ou o oposto ao que lhe era pedido. Ele sempre foi
agitado e irrequieto, e tendia a agarrar tudo o que estava ao seu alcance.
Proibições não o detinham. Uma vez que ele tinha um impulso destrutivo
pronunciado, qualquer coisa que caia em suas mãos era logo rasgada ou
quebrada.”
“Aos dois anos e meio ele nunca havia pronunciado uma única palavra.
Era uma criança habilidosa e embora tivesse começado a andar apenas
com dois anos, conseguia equilibrar-se de forma impressionante e fazer
piruetas incríveis nos brinquedos do playground.
13
autismo o perfil de desenvolvimento é irregular e pode ser desafiadora-
mente irregular, deixando os pais, e muitas vezes também alguns profis-
sionais, perplexos.
14
I. UM BOM COMEÇO:
CONHECER A QUESTÃO DO AUTISMO
15
Hoje em dia, atribui-se tanto a Kanner como a Asperger a identificação do
autismo, sendo que por vezes encontramos os estudos de um e de outro
associados a distúrbios ligeiramente diferentes.
Definição
Autismo é uma síndrome(*) definida por alterações presentes desde
idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que
se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na
interação social e no uso da imaginação.
(*) síndrome - s.f. (gr. Syndrome) Conjunto dos sintomas que caracter-
izam uma doença (**)
(**) Doença - s.f. (lat. Dolentia, dor). Alteração da saúde que comporta
um conjunto de caracteres definidos como causa, sinais, sintomas e
evolução; mal, moléstia enfermidade.
Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa - Larousse Cultural.
É muito difícil imaginar estes três desvios juntos. Um exercício que pode
ajudar é o proposto em palestra no Brasil pela pesquisadora Francesca
Happé, de imaginar-se na China, ou em um país de cultura e língua
desconhecidas, com as mãos imobilizadas, sem compreender os outros e
sem possibilidades de se fazer entender. É por isso que o autismo recebeu
também o nome de Síndrome de “Ops! Caí no Planeta Errado!”.
16
Incidência
A incidência do autismo varia de acordo com o critério utilizado
por cada autor. Bryson e col., em seu estudo conduzido no Canadá em
1988, chegaram a uma estimativa de 1:1000, isto é, em cada mil crianças
nascidas uma teria autismo. Segundo a mesma fonte, o autismo seria
duas vezes e meia mais freqüente em pessoas do sexo masculino do
que em pessoas do sexo feminino. Segundo informações encontradas no
site da ASA - Autism Society of America (www.autism-society.org, 1999),
a incidência seria de 1:500, ou 2 casos em cada 1000 nascimentos. De
acordo com o órgão norte-americano Centers for Disease Control and
Prevention (CDC, www.cdc.gov), o autismo afetaria de 2 até 6 pessoas
em cada 1000, isto é, poderia afetar até 1 pessoa em cada 166. O autis-
mo seria 4 vezes mais freqüente em pessoas do sexo masculino.
Causas do autismo
As causas do autismo são desconhecidas. Acredita-se que a origem do
autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não
definida de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética. Além
disso, admite-se que possa ser causado por problemas relacionados a
fatos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto.
17
desta teoria, persistem adeptos desta corrente que ainda a defendem ou
defendem teorias aparentemente diferentes, mas derivadas desta.
Já que as causas não são totalmente conhecidas, o que pode ser reco-
mendado em termos de prevenção do autismo são os cuidados gerais a
todas as gestantes, especialmente cuidados com ingestão de produtos
químicos, tais como remédios, álcool ou fumo.
Mais tarde os pais notarão que o bebê não imita, não aponta no sentido
de compartilhar sentimentos ou sensações e não aprende a se comunicar
18
com gestos comumente observados na maioria dos bebês, como acenar
as mãos para cumprimentar ou despedir-se.
19
Considera-se que em 30% dos casos de autismo ocorra epilepsia. O apa-
recimento da epilepsia é mais comum no começo da vida da criança ou
na adolescência.
É comum que crianças que têm autismo e são inteligentes repitam fra-
ses ouvidas anteriormente e de forma perfeitamente adequada ao con-
texto, embora, geralmente nestes casos, o tom de voz soe estranho e
pedante.
Muitas vezes a criança com autismo aparenta ser muito afetiva, por
aproximar-se das pessoas abraçando-as e mexendo, por exemplo, em seu
cabelo, ou mesmo beijando-as, quando na verdade ela adota indiscrimi-
nadamente esta postura, sem diferenciar pessoas, lugares ou momentos.
Esta aproximação usualmente segue um padrão repetitivo e não contém
nenhum tipo de troca ou compartilhamento.
21
preensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças
e dificuldades em processos criativos.
Esta dificuldade pode ser percebida por uma forma de brincar desprovida
de criatividade e pela exploração peculiar de objetos e brinquedos. Uma
criança que tem autismo pode passar horas a fio explorando a textura de
um brinquedo. Em crianças que têm autismo e têm a inteligência mais
desenvolvida, pode-se perceber a fixação em determinados assuntos, na
maioria dos casos incomuns em crianças da mesma idade, como calen-
dários ou animais pré-históricos, o que é confundido, algumas vezes, com
nível de inteligência superior.
22
condições apresenta os sintomas de autismo infantil em todas as suas
ocorrências.
23
A AMA alerta que há graus diferenciados de autismo e que há, em insti-
tuições especializadas (como a própria AMA), intervenções adequadas a
cada tipo ou grau de comprometimento.
24
II. SÍNDROME DE
ASPERGER
Apresentação
Apesar de ter sido descrita por Hans Asperger em 1944 no artigo
“Psicopatologia Autistica na Infância” , apenas em 1994 a Síndrome de
Asperger foi incluída no DSM-IV com critérios para diagnóstico.
25
Algumas das características peculiares mais frequentemente apresenta-
das pelos portadores da Síndrome de Asperger são:
o Dificuldades na linguagem,
o Linguagem pedante e rebuscada,
o Ecolalia ou repetição de palavras ou frases ouvidas de outros,
o Voz pouco emotiva e sem entonação.
- Pensamento concreto.
26
- Atraso no desenvolvimento motor e freqüentes dificuldades na coor-
denação motora tanto grossa como fina, inclusive na escrita..
27
Muitas pessoas acreditam que a importância da diferenciação entre
Síndrome de Asperger e Autismo de Alto Funcionamento seja mais de
cunho jurídico do que propriamente para escolhas relacionadas ao trata-
mento.
Intervenções e tratamento
Mesmo considerando que o tratamento é realizado com auxílio de pro-
gramas individuais em função da evolução de cada cirança, os seguintes
aspectos podem ser fundamentais como alvos preferenciais de tratamento
em um programa de intervenção precoce com indivíduos com Síndrome
de Asperger.
- A autonomia e a independência;
- A comunicação não-verbal;
28
- As habilidades cognitivas e acadêmicas.
29
panham. Passado o período de observação, recomendo que o professor
tenha uma conversa com o resto da sala, em linguagem compreensível
para a faixa etária dos alunos, falando sobre as dificuldades do aluno com
Síndrome de Asperger e solicitando a colaboração dos colegas.
30
III. PASSOS
QUE PODEM AJUDAR
Informe-se ao máximo.
Passo 1:
Entenda o diagnóstico de seu filho.
31
Conheça profissionais e instituições que se dediquem ao autismo e suas
formas de tratamento.
Você pode escolher se vai ficar parado ou caminhar, se vai esperar ou agir.
Portanto, respeite seu tempo; mas depois... mãos à obra.
32
relação a você mesmo e para poder oferecer todas as oportunidades
necessárias a seu filho.
Se você for uma pessoa muito ocupada, tente encontrar ajuda para cuidar
de seu filho, mas lembre-se que é muito importante que você entenda
com profundidade as propostas da opção terapêutica e educacional que
você escolheu e que você acompanhe muito de perto a evolução de seu
filho.
33
34
IV. TIPOS MAIS USUAIS
DE INTERVENÇÃO
35
* Treatment and Education of Autistic and related Communication handicapped CHildren.
O método TEACCH utiliza uma avaliação chamada PEP-R (Perfil
Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança, levando em conta os
seus pontos fortes e suas maiores dificuldades, tornando possível um
programa individualizado.
36
ABA* - Análise aplicada do comportamento
O tratamento comportamental analítico do autismo visa ensinar à criança
habilidades que ela não possui, através da introdução destas habilidades
por etapas. Cada habilidade é ensinada, em geral, em esquema indivi-
dual, inicialmente apresentando-a associada a uma indicação ou instrução.
Quando necessário, é oferecido algum apoio (como por exemplo, apoio
físico), que deverá ser retirado tão logo seja possível, para não tornar
a criança dependente dele. A resposta adequada da criança tem como
conseqüência a ocorrência de algo agradável para ela, o que na prática é
uma recompensa. Quando a recompensa é utilizada de forma consistente,
a criança tende a repetir a mesma resposta.
37
* Applied Behavior Analysis
38
Outra crítica a este método é que ele é caro. Esta sim, é uma crítica proce-
dente, e é por esta razão que muitos pais nos Estados Unidos mobilizaram-
se para serem treinados por especialistas, em grupo, e assim poderem eles
mesmos tratar os seus filhos.
Tem sido bem aceito em vários lugares do mundo, pois não demanda
materiais complexos ou caros, é relativamente fácil de aprender, pode
ser aplicado em qualquer lugar e quando bem aplicado apresenta
resultados inquestionáveis na comunicação através de cartões em crian-
ças que não falam, e na organização da linguagem verbal em crianças que
falam, mas que precisam organizar esta linguagem.
39
* Picture Exchange Communication System
Outros tratamentos
Existem outras formas de tratamento, como tratamentos psicoterapêuti-
cos, fonoaudiológicos, equoterapia, musicoterapia e outros, que não têm
uma linha formal que os caracterize no tratamento do autismo, e que por
outro lado dependem diretamente da visão, dos objetivos e do bom senso
de cada profissional que os aplica.
Muitos pais declaram que não sentiram melhora no filho, mas que a atu-
ação do profissional foi muito boa e relaxante para eles mesmos.
40
Nestes casos, muitas vezes, pode-se dizer que o tratamento vale a pena,
mas é imprescindível que não se perca o controle, pois não é raro acon-
tecer que o momento no qual os pais optam por descontinuar este tipo
de tratamento seja um momento traumático, e é bastante freqüente que
a interrupção vá sendo postergada por tornar-se uma decisão difícil de
ser tomada.
Medicação
Alguns lembretes sobre medicação são importantes e podem ajudar a
família na tomada de decisões.
A inclusão
Quando se pensa em termos de inclusão, é comum a idéia de simples-
mente colocar uma criança que tem autismo em uma escola regular, espe-
rando assim que ela comece a imitar as crianças normais, e não crianças
iguais a ela ou crianças que apresentam quadros mais graves. Podemos
41
dizer, inicialmente, que a criança com autismo, quando pequena, rara-
mente imita outras crianças, passando a fazer isto apenas após começar
a desenvolver a consciência dela mesma, isto é, quando começa a per-
ceber relações de causa e efeito do ambiente em relação a suas próprias
ações e vice-versa.
Algumas crianças que têm autismo podem demorar muito neste processo
de aquisição da consciência sobre si próprio, e outras podem jamais vir
a desenvolvê-la.
42
V. ALGUMAS TÉCNICAS
COM CRIANÇAS COM AUTISMO
43
cas como complemento ao trabalho educacional de base, e vêm colhendo
cada vez mais resultados na reabilitação de crianças com autismo - prin-
cipalmente as que começaram cedo o tratamento -, através do empenho
na formação de seus técnicos, no envolvimento dos pais e na construção
de uma atitude de trabalho positiva.
FC *- Comunicação Facilitada
A Comunicação Facilitada foi um meio facilitador da comunicação desen-
volvido em Melbourne, Austrália, inicialmente para pessoas portadoras
de paralisia cerebral, e mais tarde adotado também para pessoas com
autismo.
44
* Facilitated Communication
American Psychologist, na página 750 do número 50, publicou um artigo
de John Jacobson de título História da Comunicação Facilitada: Ciência,
Pseudociência e Anticiência. Neste artigo, Jacobson menciona pesqui-
sas sérias e conclusivas que provaram que não só as pessoas que têm
autismo não têm capacidade para expressar tudo aquilo que se supunha
que expressavam através da FC, como também os facilitadores, ainda
que inconscientemente, influenciavam o conteúdo da mensagem comu-
nicada.
O computador
O uso do computador como apoio a crianças portadoras de autismo é
relativamente recente em comparação às outras intervenções citadas.
Existem poucas informações disponíveis, mesmo na internet, sobre a uti-
lização do computador como apoio ao desenvolvimento destas crianças.
A AMA de São Paulo desenvolveu uma técnica que teve resultados muito
interessantes. Consiste na utilização do computador como apoio ao apre-
ndizado da escrita em crianças que já haviam adquirido a leitura e, por
dificuldades na coordenação motora fina ou por desinteresse, não con-
seguiam adquirir a escrita através dos métodos tradicionais de ensino.
45
vados em pelo menos três crianças que apresentavam uma resistência
muito grande ao aprendizado da escrita, e com as quais haviam sido
tentadas diversas técnicas de ensino, sem sucesso durante pelo menos
um ano.
Inicia-se com traços simples e sessões muito curtas, com apoio sempre
que necessário. O trabalho vai evoluindo em tempo e complexidade à
medida em que a criança vai conseguindo movimentar o mouse da forma
esperada e sem apoio. Depois de algum tempo é introduzido o quadro
negro, e depois o lápis e papel.
47
* Sensitory Integration
Movimentos Sherborne - “Relation Play”
Este é um método que vem sendo aplicado em alguns países, princi-
palmente na Europa, tanto por fisioterapeutas como por professores de
educação física. Este método foi idealizado por Veronica Sherborne, uma
professora de educação física nascida na Inglaterra que acreditava que
esta técnica poderia beneficiar qualquer tipo de criança, inclusive crianças
com problemas de desenvolvimento.
48
VI. DIETAS
ALIMENTARES USUAIS
49
A seguir, comentamos algumas das dietas mais conhecidas, com a ressal-
va de que a maioria delas não é fácil. As crianças portadoras de autismo
muito freqüentemente apresentam dificuldades de alimentação, muitas
vezes graves, e os efeitos de dietas nessas crianças ainda não são bem
conhecidos.
Não é fácil compor uma dieta livre de glúten e caseína, porque nem
sempre é possível a identificação de sua presença em determinados ali-
mentos.
Para eliminar a caseína da dieta devem ser retirados o leite e seus deriva-
50
dos, como sorvetes, iogurtes, queijos e etc.
Dieta de Feingold
O Dr. Benjamin Feingold, pediatra e alergologista, é o autor do livro “Por
que seu filho é hiperativo? “, publicado em 1974, no qual ele sugere que
a hiperatividade pode ser causada por corantes, conservantes e aditivos
artificiais presentes em muitos alimentos.
Além disso, ele acredita que comidas que possam conter “salicilatos
naturais” podem também causar efeitos indesejados à saúde em deter-
minadas pessoas. Contêm esta substância algumas frutas comuns como
maçã, cereja e uva e outros alimentos ou temperos como café, cravo e
páprica.
51
Outras dietas
Podem ainda ser mencionadas a dieta quetogênica e a dieta rotativa. A
dieta quetogência, desenvolvida por alguns médicos no Hospital John
Hopkins em Nova York para indivíduos que sofrem convulsões, é uma
dieta rica em gorduras e pobre em proteínas e carboidratos. Ainda não
são conhecidos estudos conclusivos sobre os efeitos desta dieta.
Muito resumidamente, esta dieta tem como base a idéia de que um ali-
mento que é ingerido diariamente desenvolve um efeito prejudicial ao
organismo.
52
VII. COISAS PARA FAZER E
COISAS PARA EVITAR
53
Se você tiver oportunidade de organizar-se neste sentido, depois de
algum tempo vai perceber que realmente valeu a pena.
Antes de fazer com seu filho alguma atividade programada por você em
local público, esteja certo de que conseguirá manter a situação sob con-
trole, de forma que, caso ocorram imprevistos, vocês possam facilmente
se retirar.
Evite tentar controlar a situação por meio de refrigerantes, saquinhos de
pipoca ou salgadinhos, pois ele irá facilmente associar que sair de casa é
sinônimo de comida. Se você quiser dar a ele algum tipo de reforço ali-
mentar, é preferível fazê-lo, desde o começo, ao chegar de volta em casa.
54
Estabeleça rotinas que facilitem
a organização de seu filho.
A criança que tem autismo tem uma tendência muito grande a se fixar em
rotinas. Você pode utilizar isso em favor da tranqüilidade dela mesma. Por
exemplo, para organizar uma boa noite de sono, em horários pré-fixados,
dê o jantar, o banho, vista o pijama, coloque-a na cama e abaixe a luz. A
ordem pode ser esta ou alguma um pouco diferente, de acordo com sua
preferência.
Nada melhor para enfrentar um dia duro de trabalho que uma boa noite
de sono. E uma rotina para encerrar o dia funciona bem para a maioria
das pessoas.
Mas tente fazer disto uma forma natural de encerrar o dia de seu filho, e
não um ponto de atrito entre membros da família.
55
56
Anexo I: DSM-IV
A.
Um total de seis (ou mais) itens de (1), (2) e (3), com
pelo menos dois de (1), um de (2) e um de (3)
57
posturas corporais e gestos para regular a interação social
B.
Atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos
uma das seguintes áreas, com início antes dos 3 anos
de idade:
(1) interação social,
C.
A perturbação não é melhor explicada por Transtorno
de Rett ou Transtorno Desintegrativo da Infância.
59
Anexo II: CID-10
(WHO, 1992)
(WHO - World Health Organization / Organização Mundial de Saúde)
60
b) Comprometimentos qualitativos na comunicação:
62
Anexo III: CHAT
63
b) crianças que fossem mal sucedidas em um ou dois destes itens-chave
(tanto brincar de faz de conta, quanto apontar protodeclarativo e brincar
de faz de conta) estariam em risco de retardo no desenvolvimento, porém
sem autismo. Os resultados deste estudo foram: a) quanto à primeira
hipótese: 12 crianças do total da população foram mal sucedidas nos três
itens-chave, 10 delas receberam o diagnóstico de autismo e as 2 restan-
tes não se desenvolviam normalmente, indicando uma taxa de 16,6% de
falso-positivo. Estas 10 crianças foram reavaliadas aos três anos e meio e
o diagnóstico se manteve, indicando a ausência de falso-positivo nos casos
de autismo; b) quanto à segunda hipótese: das 22 crianças que foram mal
sucedidas, tanto no apontar protodeclarativo e/ou brincar de faz de conta,
nenhuma recebeu o diagnóstico de autismo, mas 15 (68,2%) receberam
o diagnóstico de atraso na linguagem. Concluíram assim que crianças que
são mal sucedidas nos três itens-chave têm 83,3% de risco de autismo
e este padrão é um indicador de risco específico para o autismo quando
comparado a outras formas de transtornos do desenvolvimento.
A partir deste estudo, parte de uma série de estudos anteriores, eles
construíram o CHAT.
1. O que é o CHAT?
O CHAT é consiste de duas partes: a primeira tem nove itens com pergun-
tas para os pais, e a segunda tem cinco itens com observações, feitas pelo
64
pediatra ou agente primário de saúde2. Os itens chave/principais buscam
identificar comportamentos que, se ausentes aos 18 meses, colocam uma
criança em risco de um transtorno da interação social e comunicação.
Estes comportamentos são: (a) atenção compartilhada3, incluindo apon-
4
tar para mostrar e monitoração do olhar (ex. olhar para onde o pai está
apontando) e (b) brincar de faz de conta (ex. fazer de conta que está
vertendo chá de um bule).
Para qualquer criança que for mal sucedida, o CHAT deve ser reaplicado
dentro de cerca de um mês. Tal como qualquer instrumento de triagem,
é recomendável uma segunda aplicação do CHAT, de forma que seja dada
chance para que as crianças que estiverem somente levemente atrasadas
consigam e também para concentrar os esforços nas crianças que estão
sendo mal sucedidas de forma consistente. Qualquer criança que seja
mal sucedida deve ser encaminhada a um clínico especialista para diag-
nóstico, uma vez que o CHAT não é um instrumento diagnóstico.
65
6. Quais são as vantagens do CHAT?
Devido ao fato de não existir uma causa médica única dos transtornos de
interação social e comunicação, é muito improvável que venha a existir
um teste médico eficaz no futuro próximo. Qualquer que seja a causa
destes problemas, as características comportamentais foram identificadas
e é nelas que o CHAT é baseado. Além disso, o CHAT é barato, rápido e
fácil de aplicar. Atualmente, é muito difícil que o autismo seja detectado
antes dos três anos de idade, e para os outros transtornos de interação
social e comunicação, a idade de detecção pode ser ainda mais tardia.
Entretanto, o CHAT é aplicado quando a criança tem 18 meses de idade.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais cedo podem ser imple-
mentados os métodos de intervenção precoce e o estresse da família ser
reduzido.
Se você tem perguntas sobre o CHAT, por favor visite o site da NAS,
Associação de autismo do Reino Unido: http://www.nas.org.uk/nas/jsp/
polopoly.jsp?d=128&a=2226
Notas:
1 Os comportamentos-chave do CHAT para determinar os indicadores de risco
são: 1. apontar protodeclarativo (“protodeclarative pointing”); no apontar proto-
declarativo, o foco da criança vai direto para o olhar do adulto com a intenção
de compartilhar com ele a informação que acabou de descobrir, o que não é o
mesmo que pedir ou perguntar; 2. monitoração do olhar (“gaze monitoring”);
neste item, o que é levado em conta é se a criança olha o objeto que é apontado;
não se simplesmente acompanha o dedo ou a mão, mas sim se olha para o que o
técnico lhe indica/aponta e 3. o brincar de fazer de conta (“pretend play”); brinca-
deiras onde se espera observar que a criança atribua propriedades imaginárias a
algo ou a alguém. Neste caso, o que se pretende observar é se a criança atribui
a função apropriada à brincadeira. Inicialmente se espera que a criança não o
consiga espontaneamente sem ajuda, mas se esta não responde, tenta-se que
ela o faça por imitação. Segundo a experiência da pesquisa feita na Inglaterra; a
criança com autismo não conseguiria brincar simbolicamente, mesmo que fosse
estimulada com a imitação (Fonte: Solís, C. G. O.; Weber, M. L, 2004).
66
Definição para “monitoração do olhar”: Refere-se à habilidade da criança em
seguir a direção do olhar ou a tendência em alternar o olhar entre a pessoa e o
objeto de interesse como, por exemplo, um brinquedo que precisa ser acionado,
mecanicamente (Bosa, C., 2002).
2 No Reino Unido, país de origem dos autores, existe dois tipos de profissionais:
os chamados “GP” (general practicioner), e o agente domiciliar de saúde, que
acompanham rotineiramente o desenvolvimento das crianças. Neste país é de
praxe, dentre outras, uma avaliação (check up) do desenvolvimento das crianças
aos dezoito meses de idade.
3 A habilidade de atenção compartilhada tem sido definida como os comporta-
mentos infantis os quais revestem-se de propósito declarativo, na medida em
que envolvem vocalizações, gestos e contato ocular para dividir a experiência em
relação às propriedades dos objetos/eventos a seu redor (Mundy e Sigman, apud
Bosa, 2002).
4 Refere-se à habilidade da criança em seguir a direção do olhar ou a tendência
em alternar o olhar entre a pessoa e o objeto de interesse como, por exemplo, um
brinquedo que precisa ser acionado, mecanicamente (Bosa, C., 2002).
5 Jogo com crianças pequenas onde alguém cobre/esconde o rosto e quando o
descobre diz “achou!”.
6 # indica as questões críticas.
7 Para o Brasil, pode ser oportuno usar a palavra café ao invés de chá.
67
CHECKLIST FOR AUTISM IN TODDLERS
(CHAT)
5. Seu filho alguma vez brinca de “faz de conta”, por exemplo, fazer de
conta que está fazendo uma xícara de chá usando uma xícara ou bule
de brinquedo ou brincar fazendo de conta com outros brinquedos ou
objetos? [ ] SIM / [ ] NÃO
6. Seu filho alguma vez usou o dedo indicador para apontar ou PEDIR
68
alguma coisa? [ ] SIM / NÃO
7. Seu filho alguma vez usou o dedo indicador para apontar, indicando
interesse por alguma coisa? [ ] SIM / [ ] NÃO
9. Seu filho alguma vez levou objetos até você (pai/mãe) para te
MOSTRAR alguma coisa? [ ] SIM / [ ] NÃO
iv. Diga para a criança: “Onde está a luz?” ou “Mostre-me a luz”. A cri-
ança APONTA para a luz usando seu dedo indicador?
[ ] SIM / [ ] NÃO***
v. A criança consegue construir uma torre com blocos? (Se positivo com
69
quantos blocos?) (número de blocos _________ ).
[ ] SIM / [ ] NÃO
________________________________
* (Para pontuar SIM neste item, tenha certeza que a criança não olhou simples-
mente para a sua mão, mas olhou realmente para o objeto que você está apon-
tando).
*** (Se a criança não entende a palavra luz, repita o mesmo tipo de instrução
usando a frase: “Onde está o ursinho?” ou algum outro objeto que não esteja
à mão. Para pontuar SIM neste item, a criança tem que ter olhado para o seu
rosto mais ou menos no momento em que você apontou).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Tel: +44(0) 20 7833 2299, Fax: +44 (0) 20 7833 9666, Email: nas@nas.
org.uk. Informação fornecida por Sally Wheelwright, Departamento de
70
Psicologia Experimental, Downing Street, Cambridge, CB2 3EB, UK. Tel:
01223 333550, Fax: 01223 333564, Email: sjw18@hermes.cam.ac.uk
Outros artigos:
71
Anexo IV: Autismo - os sintomas da doença
72
Anexo V: Critério diagnóstico da
Síndrome de Asperger
Critério resumido:
73
Critério detalhado:
b) Padrão repetitivo
IV. Problemas com a fala e com a linguagem (pelo menos três das
características abaixo):
74
a) Desenvolvimento atrasado
c) Pedante, formal
V. Aspectos não-verbais:
a) Olhar anormal
75
76
Algumas Perguntas Comuns:
Qual o médico mais indicado para diagnos-
ticar uma criança autista?
77
A maioria dos estudiosos acredita que o autista, ao atingir a idade adulta,
tende a apresentar melhora no quadro geral de comportamento.
Meu filho não fala. Quanto mais eu falar com ele mais depressa
ele vai aprender a falar?
Até que idade posso ainda ter esperança que meu filho venha
a falar?
Isto não é bom, pois, quando os filhos não falam, os pais acabam se frus-
trando e desviando a atenção de intervenções importantes que poderiam
ser efetuadas.
79
nos pontos fundamentais.
A educação vista desta forma tem como meta ensinar tanto matérias
acadêmicas quanto coisas que outras crianças costumam aprender através
da própria experiência, como comer e vestir-se de forma independente.
Uma regra que simplifica bastante as coisas é: “Sempre que for tentar
alguma coisa nova, tente-a sabendo claramente o porquê”. Isto é, se você
souber qual a proposta da terapia e quais os benefícios esperados, você
terá como avaliar a eficiência desta terapia.
Sempre que alguém tenta colocar limites no meu filho, ele grita
e fica muito nervoso. O que fazer?
Se o seu filho é autista, é importante que você analise bem esta impor-
tante questão. Em primeiro lugar, é necessário reconhecer a importância
de colocar limites, e isso às vezes é muito difícil para qualquer pessoa.
80
Mas atenção, não tente colocar todos os limites ao mesmo tempo, porque
na maioria das vezes é impossível.
Talvez uma forma de encarar este problema mais claramente seja vê-lo
como um processo que envolve a educação tanto da pessoa autista como
das demais pessoas envolvidas. Então veremos que o importante é começar
selecionando prioridades e, dentro destas, começar pelas mais fáceis, e por
períodos curtos de tempo, incrementando o processo na medida em que ele
se desenvolve. É bom lembrar que nível de dificuldade e duração (tempo) são
dois fatores de igual importância e devem ser aumentados separadamente.
81
um pequeno desafio de cada vez. Assim é possível analisar o resultado de
cada passo, dimensionar uma possível mudança de estratégia, recuar um
pouco quando necessário e avançar mais no que for possível.
A vida familiar costuma passar por uma violenta crise nos primei-
ros momentos que se seguem ao diagnóstico, mas em pouco tempo
ela tende a passar por algumas adaptações para acomodar-se à nova
situação.
82
Bibliografia
Este livro foi escrito pela mãe de três crianças, duas das quais autistas:
sua filha mais velha e o filho mais novo. O livro, muito bem organizado,
está centrado principalmente no ABA - Applied Behavior Analysis, incluin-
do um extenso programa educacional. Este livro, de 400 páginas, também
traz uma útil e vasta gama de informações sobre autismo, tratamentos e
pesquisas, para pais e profissionais. Disponível apenas em inglês.
83
Uta Frith, Autism Explaining The Enigma (Cambridge, Massachussets:
Blackwell, 1989)
Um livro para ser lido ao menos uma vez na vida por todas as pessoas
que estudam autismo. Discute o autismo e a evolução do pensamento
sobre ele, de uma forma ampla, interessante e sem radicalismos. Além da
edição em inglês existe também, pelo menos, uma edição em espanhol.
Lisa Lewis, Special Diets for Special Kids (Arlington, Tex.: Future
Horizons, Inc., 1988)
84
Para aprofundar-se no assunto:
Internet:
Em português:
autismo@yahoogrupos.com.br
inscreva-se escrevendo para
autismo-subscribe@yahoogrupos.com.br
www.ama.org.br
www.autismo.org.br
www.autismo.com.br
www.autismo.med.br
www.cronicaautista.blogger.com.br
www.geocities.com/Athens/Parthenon/3245
www.grupos.com.br/grupo/asperger
www.sc.gov.br/webfcee/fcautismo.htm
paginas.terra.com.br/saude/asperger
em espanhol:
www.autismo.com
www.psiquiatria.com
em inglês:
www.pecs.com
www.autism.org
85
www.autism-resources.com
www.autism-society.org
www.teacch.com
86
Endereços Nacionais
Abra
ABRA - Associação Brasileira de Autismo
www.autismo.org.br
adm@autismo.org.br
Amazonas
AMA - Associação de Amigos do Autista no Amazonas
69057-560 - Manaus - AM
telmaviga@hotmail.com
87
Bahia
AMA-BA Associação de Amigos do Autista da Bahia
41740-085 - Salvador - BA
info@ama-ba.org.br
www.ama-ba.org.br
41720-025 - Salvador - BA
Ceará
Fundação Especial Permanente Casa da Esperança
Rua NS9, No 11, bairro Água Fria
60813-660, Fortaleza - CE
88
Fone: (85) 3081-4872 Fax: (85) 278-3160
email: fatimadourado@msn.com
60125-000 Fortaleza - CE
projetodiferente@fortalnet.com.br
DISTRITO FEDERAL
AMA-DF - Associação dos Amigos dos Autista do Distrito Federal
71701-970 - Brasília - DF
arjmarisa@aol.com
71701-970 - Brasília - DF
89
niusarete.lima@sedh.gov.br
Goiás
AMA-GO - Associação de Amigos do Autista de Goiânia
Praça C-164 s/n, Jardim América
74250-220 Goiânia - GO
ruthmedeiros@cultura.com.br
75510-290 - Itumbiara - GO
ama.ms@ibest.com.br
www.amams.hpg.com.br
90
Minas Gerais
AMA - Associação de Amigos do Autista de São Sebastião do
Paraíso
mhar@ig.com.br
http://www.autismo-br.com.br/ama
38412-126 - Uberlândia - MG
Pará
AMA - Associação de Amigos do Autista de Belém
91
66073-160 - Belém - PA
Paraná
AMA - Associação Maringaense dos Autistas
Rua Joaquim Nabuco, 485 - Zona 4, Pq. das Creivilhas III
87013-340, Cidade: Maringá - PR
(44) 262-8269
amamaringa@bol.com.br
Centro Conviver
82015-000 - Curitiba - PR
Piauí
AMA-PI - Associação de Amigos dos Autistas do Piauí
Av. Raul Lopes, 2355, próximo a Ponte da Primavera Ininga
64000-000 Teresina - PI
92
Rio de Janeiro
AMES - Associação de Pais e Amigos Portadores de
Necessidades Especiais do Rio de Janeiro
amesrj@hotmail.com | www.amesrj.org.br
cradd@cradd.org.br | www.cradd.org.br
93
22231-180 - Rio de Janeiro - RJ
cdhumaita@hotmail.com
lugaraosol@openlink.com.br
Sie: www.lugaraosol.com.br
95180-000 Farroupilha - RS
smeraldo@terra.com.br ou amafar@terra.com.br
94
AMARS - Associação de Pais e Amigos do Autista do Rio Grande
do Sul
URL: http://ourworld.compuserve.com/homepages/Peter_Siegrist
Santa Catarina
AAMA - Associação de Amigos do Autista de Jaraguá do Sul
95
ama.autista@uol.com.br
89222-590 - Joinville - SC
amigosama@tutopia.com.br
São Paulo
AMERICANA
13465-000 - Americana - SP
13465-000 - Americana - SP
ATIBAIA
12949-077 Atibaia
96
Fone: (11) 4415-2800 (11) 4415-1681
nucleoluzdosol@nucleoluzdosol.com.br
www.nucleoluzdosol.com.br
12947-040 - Atibaia - SP
CAMPINAS
13036-140 - Campinas - SP
COTIA
06710-060 - Cotia - SP
GUARUJÁ
97
Assoicação de Pais e Amigos dos Autistas do Guarujá
11472-010 Guarujá - SP
INDAIATUBA
13330-000 - Indaiatuba - SP
ITAPECERICA DA SERRA
cmhrarcoiris@ig.com.br
ITU
13300-000 - Itu - SP
98
Fone: (11) 4022-6698 Fax: (11) 4022-6698
amai@thewaynet.com.br
JAÚ
17202-300 Jaú - SP
eeautistajau@ig.com.br
JUNDIAÍ
13202-160 - Jundiaí - SP
LIMEIRA
13480-000 - Limeira - SP
OSASCO
99
ADIANTE - Associação de Incentivo ao Núcleo de Trabalhos
Especiais
06030-190 - Osasco - SP
PRESIDENTE ALVES
RIBEIRÃO PRETO
ama.rp@covex.com.br
www.amaribeirao.org.br
SANTO ANDRÉ
100
Rua Oratório, 299 - Bangu
SANTOS
11015-450 - Santos - SP
autistasantos@ig.com.br
www.autistasantos.hpg.com.br
emapm@ig.com.br
SÃO PAULO
101
Fone: (11) 3272-8822
falecomaama@ama.org.br
www.ama.org.br
autismo@uol.com.br
www.autista.org.br
Casa do Autista
martamidori@uol.com.br
luccautista@aol.com.br
www.lucca.org.br
SOROCABA
102
AMAS - Associação de Amigos do Autista de Sorocaba
18055-360 - Sorocaba - SP
amassorocaba@uol.com.br
TAUBATÉ
12060-540 - Taubaté - SP
sinapsetaubate@ig.com.br
Sergipe
AMAS - Associação de Amigos do Autista de Sergipe
49035-640 Aracaju - SE
carmo@sedh.gov.br
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