Aprendizagem e Autismo
Aprendizagem e Autismo
Aprendizagem e Autismo
Segundo Rotta (2006, apud BLEURER, 1911), Bleurer usou pela primeira vez
Atualmente, sabe-se que o autismo não é um transtorno único, mas sim uma
variados de gravidade.
grande importância.
percebidos pelos outros, e o adulto autista mesmo com capacidade cognitiva tende a
maneira precária, com imaturidade (pode ser uma fala caracterizada por jargões,
ainda não existe um marcador específico para esse transtorno. Assim, o diagnóstico
decisão clínica e tem que se tomar cuidado para não se tornar arbitrária.
Se forem usados os critérios aceitos para definir o autismo, esse não será
do quadro autístico tem variado de 40 a 130 por 100 mil, ocupando assim o terceiro
desenvolvimento, a prevalência é de dois a cinco casos por mil. Não está muito claro
também do diagnóstico em crianças não tão graves. Além também das mudanças
Segundo o DSM-IV (1994), pelo menos seis dos doze critérios abaixo devem
estar presentes, sendo dois de (1) e pelo menos um de (2) e (3) como:
1-Déficits qualitativos na interação social, manifestados por:
nível de desenvolvimento;
estereotipados:
Atraso ou função anormal em pelo menos uma das áreas acima presentes
antes dos três anos de idade. Deve-se enfatizar que a principal intenção dos critérios
forma mais frequente a hipoplasia dos lóbulos VI e VII do VERMIS cerebelar, o que,
DORSAL
Comportamento, 1997.
correções, esteja envolvido com uma alteração nervosa que demonstra ter tantos
autista demonstra não estabelecer relações entre o seu mundo interior com o mundo
exterior, já não nos parece estranha esta relação. Acreditamos que muito ainda tem
a ser descoberto sobre este órgão até pouco tempo ainda muito “desconhecido”
autismo, o grau de hipoplasia pode ser relacionado com respostas de atenção mais
corrobora com a literatura que descreve o cerebelo como tendo papel importante
perda celular nos hemisférios cerebelares e que afeta o Vermis de forma uniforme.
idade, 90% dos autistas têm o PC maior do que a média de crianças normais da
92% com distúrbios de linguagem e socialização. Hoje por meio de muito avanço
sabe-se que o autismo é um transtorno genético complexo que ainda deve ser mais
estudado e esclarecido.
diagnóstico de autismo com todas as dificuldades que isso possa ter em termos de
genéticos e de prognóstico.
do desenvolvimento.
pais, ou cuidadores de uma criança que tenha suspeita de um quadro autista, maior
de dois anos de idade. A cada um dos itens utiliza-se uma escala de sete pontos, o
sujeitos autistas.
sujeitos autistas , que podem ser diferentes desde crianças sem linguagem até
adultos que possuem a habilidade de se comunicar relativamente bem.
globais do desenvolvimento.
avaliadas.
vinte e quatro meses de idade; a Escala de linguagem do lactante aos três anos de
aos sete anos de idade; a Escala de Linguagem Oral e Escrita, dos três aos vinte e
apresentada, com uma única palavra, conhecido pela sigla em inglês EOWPVT
repetitiva e estereotipada.
Mas é importante salientar que aqui no Brasil muitos desses Testes e Escalas
não são utilizados, pois não há autorização para serem usados de maneira
adequada. Isso porque para serem usados no Brasil é necessário ter uma
estruturadas.
minimizar os sintomas mais intensos. Uma das drogas mais utilizadas no tratamento
tem sido restrita, pois o seu uso crônico produz efeitos colaterais. Mas se tem
risperidona, nos casos de autismo clássico. Mas outras medicações usadas isoladas
ou associadas com outras, também podem ser utilizadas para diferentes sintomas,
INTERVENÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS
linguagem de sinais, pois o uso dessa linguagem foi capaz de aumentar a chance de
ato de trocar uma figura pelo objeto desejado. Inicia-se a terapia com o treinamento
com o uso de palavras isoladas até chegar a construir frases com várias palavras.
muitos comportamentos que crianças “normais” aprendem por conta própria por
meio da interação com outras pessoas necessitam ser ensinados de maneira mais
“normais”.
A maioria dos programas educacionais para crianças autistas, podem até ser
prognóstico.
comprometidos.
descrito, mas apenas uma pequena parte desses métodos foram pesquisados e
validados. Portanto, muitos deles têm sido usados mesmo sem grandes
Porém o fato de que algumas dessas intervenções não tiveram seus dados
confirmados por pesquisas não significa que sejam ineficientes, mas somente que
elementos essenciais são alterados, uma mudança comportamental pode ser obtida.
negativas.
comportamento que lhe propicia reforços e que leva a alguma forma de resposta.
Crianças com autismo normalmente obtêm algum tipo de resposta ou reforço por
apropriados podem ser aprendidos por meio de reforço. Esses devem ser oferecidos
Floor Time foi apresentado por Stanley Greenspan, usa o modelo no qual os
pais ou terapeutas tentam fazer o que a criança está fazendo para, a partir daí,
programa parte do princípio de que crianças com autismo têm uma interação
escolares que recebem instruções com base no método TEACCH em casa, quando
Toda criança autista é capaz de aprender, cada uma a sua maneira, desde
que cada uma receba o seu programa de tratamento individualizado e com ações