Fito
Fito
Fito
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................2
2. OBJETIVO...........................................................................................................3
3. DESENVOLVIMENTO....................................................................................4-15
3.1 Etiologia............................................................................................................4
3.2 Epidemiologia................................................................................................5-6
3.3 Transmissão................................................................................................6-15
3.6 Tratamento...................................................................................................6-15
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 16
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1. INTRODUÇÃO
A esporotricose é uma infeção crónica da pele e do tecido celular subcutâneo, causada pelo fungo
Sporothrix schenkii, fungo dimórfico, que assume a forma leveduriforme nos tecidos infetados e a
forma de micélio, quando cultivado em laboratório. É considerado um fungo saprófito, tendo sido
isolado no solo e em locais com vegetação, nomeadamente em espinhos de roseiras. A infeção
resulta da inoculação do fungo no tecido celular subcutâneo, através de um traumatismo, que pode
ser ligeiro. Indivíduos que trabalham em jardinagem e floristas podem adquirir a infeção quando
contactam com rosas, musgo esfagno ou outras plantas. Estão também descritos casos de doença
em humanos, após arranhadura de gatos infetados, sendo excecional o contágio inter-humano.
Existem casos de transmissão da doença por via inalatória, de que resulta um quadro de pneumonia
granulomatosa, frequentemente cavitária, semelhante à tuberculose. Na forma cutânea, a infeção
pode limitar-se ao local de inoculação (esporotricose em placa) ou disseminar-se através do sistema
linfático (esporotricose linfangítica). Raramente, pode observar-se disseminação local (articular e
óssea), não sendo, contudo, comum a progressão visceral, exceto se houver compromisso
imunitário. A forma clínica sob a qual a doença se apresenta depende, então, de diversos fatores, tais
como a quantidade e a profundidade do inóculo traumático, bem como o estado imunológico do
hospedeiro.
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2. OBJETIVO
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3. DESENVOLVIMENTO
3.1 DEFINIÇÕES
Os fungos são organismos unicelulares ou multicelulares que apresentam células
eucariontes, ou seja, com núcleo delimitado por membrana. Esses organismos são
heterotróficos, não apresentando plastos ou qualquer pigmento fotossintetizante.
A hifa é a unidade estrutural dos fungos e seu conjunto é denominado de micélio, que,
por sua vez, é responsável pelo desenvolvimento do fungo e pela absorção de
nutrientes.
- A penicilina foi o primeiro antibiótico descoberto por Fleming em 1929, cuja substância
é produzida pelo fungo Penicillium.
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e podem ser encontradas na produção agrícola de milho, nozes, amendoim que libera
a aflatoxina que são substâncias capazes de provocar câncer no fígado.
Alguns fungos podem estabelecer associações com outros organismos, como algas e
raízes, denominadas, respectivamente, líquens e micorrizas, sendo benéficas para
ambas as partes, tal associação denominada mutualismo.
Morfologia
Os fungos pluricelulares são constituídos pelos corpos de frutificação, que
correspondem à parte visível do cogumelo, responsável pela reprodução do fungo e
o micélio que são vários filamentos, em que cada um é denominado de hifa. As
hifas podem ser cenocíticas, possuem um citoplasma plurinucleado. Alguns fungos
mais complexos apresentam hifas septadas (divididas), onde cada septo pode ter
um (monocariótica) ou dois núcleos (dicariótica). A parede celular é formada de
quitina.
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Reprodução
Os fungos reproduzem-se assexuada e sexuadamente
Assexuada
A reprodução assexuada pode ocorrer de diversas formas. Uma forma comum de
reprodução apresentada por organismos unicelulares, como as leveduras, é
o brotamento, no qual ocorre o crescimento de um broto a partir da célula-mãe.
Leveduras também podem reproduzir-se por divisão celular simples.
Os mofos, ou bolores, bastante encontrados em alimentos em decomposição,
produzem esporos assexuadamente, o que origina novos fungos. No entanto, muitas
espécies também podem reproduzir-se sexuadamente.
Sexuada
A reprodução sexuada ocorre em três etapas
3.3 CLASSIFICAÇÃO
Os fungos são classificados em quatro subdivisões:
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ZIGOMICETOS
Zigósporos e esporangiósporos
O nome Zygomycetos é referência à estrutura reprodutiva formada durante a fase
sexuada, o zigosporângio. Outras estruturas produzidas na fase assexuada, porém,
são as mais comuns e abundantes, são o esporângio e esporangiósporos. Estas
estruturas garantem aos zigomicetos uma alta taxa de estabelecimento e
colonização dos substratos.
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zigomicetos é cenocítico, o septo ocorre apenas para separar o esporângio ou
zigósporo durante o seu amadurecimento.
O zigósporo, por ser resistente, pode permanecer em estado latente por muitos
anos, dependendo das condições ambientais. Quando estas condições se
mostrarem favoráveis (taxa de umidade, temperatura e substrato) o esporo pode
germinar iniciando uma nova colonização.
Os esporangiósporos assemelham-se aos conídios produzidos pelos Ascomycota e
alguns Basiciomycota. Porém, são distinguíveis por suas etapas de
desenvolvimento. As paredes dos esporangiósporos são formados pela clivagem
interna de citoplasma esporangial. Na maturidade, a parede esporangial se
desintegra ou se abre, liberando os esporos que geralmente são dispersos pelo
vento ou pela água.
Biologia e nutrição
Como os outros fungos, Zygomycota são heterotróficos e tipicamente crescem
dentro do seu próprio alimento, dissolvendo o substrato com enzimas extracelulares,
e retirando nutrientes pela absorção ou por fagocitose. Os Zygomicota também
participam de um numero interessante de simbioses. Como mencionado acima, os
Harpellales habitam artropodos.
As paredes das hifas não estão presentes em todas as espécies e são constituídas
por quitina, quitosano e ácido poliglucorônico.Os centríolos, estrutura celular comum
nas células eucarióticas estão ausentes. Alguns fungos são dimórficos, ou seja,
crescem tanto como forma de leveduras ou desenvolvendo um micélio. A
reprodução assexuada pode se dar pela produção de esporangiósporos, conídios,
oídios, clamidósporos e artrósporos.
ASCOMICETOS
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maioria das formas anamórficas, leveduras e formas liquenizadas. Este grupo
engloba também a maioria dos fungos patogênicos para as plantas.
Na maioria das espécies, os ascos estão contidos numa estrutura chamada de
ascoma. Cada asco produz oito ascósporos (ou um múltiplo de 8), que resultam de
uma meiose seguida de uma mitose, embora ascos com quatro esporos sejam
característicos de algumas espécies.
A maioria dos ascomicetos possui sistema somático filamentoso, ou seja, são
constituídos por hifas, formadas por filamentos longos e ramificados que, em
conjunto com outras hifas formam o micélio. As hifas são tipicamente constituídas
por uma parede tubular contendo quitina e β-Glicanos e são divididas por septos
regulares, dotados de poros simples. Septos sem poros podem ser formados na
base de estruturas reprodutivas, para isolar porções velhas do micélio ou partes
lesionadas, para evitar de perda de citoplasma no caso de haver algum dano ou
ruptura da membrana celular. Muitas das células são perfuradas centralmente, o que
permite que o citoplasma e os núcleos circulem pelas hifas, embora a maioria das
células possua um único núcleo.
Características
Entre as principais características apresentadas por Ascomycetes, podem-se citar
os micélios septados, com parede celular contendo quitina e glucanas, e a produção
de um tipo especial de esporângio, denominado asco. Características
macroscópicas diferem Ascomycetes de outros fungos pertencentes a outras
divisões, porém, são as características microscópicas que são diagnósticas para o
grupo.
Dois estados reprodutivos distintos são produzidos por Ascomycetes, e são
conhecidos como teleomorfos ou "estado perfeito" (caracterizados pela produção
de esporos sexuados ou ascósporos), e anamorfos ou "estado imperfeito" (quando
há formação de esporos assexuados ou conídios). Mesmo sua reprodução sendo
realizada através desses dois processos, sua classificação é baseada nas estruturas
reprodutivas sexuais.
Ciclo de vida
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A reprodução sexuada nos ascomicetos envolve a formação de um asco, estrutura
em forma de saco, na qual ascósporos haplóides, formados após a meiose e mitose.
Ascos e ascósporos são estruturas exclusivas que distinguem os ascomicetos de
todos os outros fungos. Um ascoma, estrutura vegetativa composta de hifas
emaranhadas, pode ter diferentes morfologias: aberto e com forma de taça
(apotécio), fechado (cleistotécio), esférico piriforme com um pequeno poro
(peritécio), através do qual os ascósporos são liberados. Os ascos normalmente se
desenvolvem na superfície interior do ascoma, chamada de himênio ou camada
himenial (parte reprodutiva).
Nas pontas das hifas ascógenas dicarióticas, formam-se ganchos, ou crozier, que
permitem a divisão simultânea dos dois núcleos. Após as subsequentes divisões,
são formados os ascos imaturos que contém um par de núcleos compatíveis. Os
dois núcleos se fundem (cariogamia), formando um zigoto (uma célula 2n, única fase
contendo um núcleo diplóide) que por sua vez sofre processo meiótico, sendo
separado na primeira divisão onde é feita a síntese do material genético que tem por
resultado dois núcleos diplóides e em segunda divisão meiótica, onde os dois
núcleos diplóides que foram formados na primeira fase da meiose entram na
segunda fase da meiose, onde vai haver uma separação do número de
cromossomos que levará a formação de quatro núcleos haplóides que por sua vez
cada núcleo sofrerá mitose fazendo assim que o asco tenha oito núcleos haplóides e
estes núcleos são envolvidos por porções do citoplasma formando os ascósporos.
Ao atingirem a maturidade, os ascos se tornam túrgidos e estouram, lançando a
distância seus ascósporos. Esse mecanismo permite seu crescimento,
desenvolvimento e propagação. Quando o fungo encontra um tipo gênico compatível
(tipo + e -) estabelece a fusão entre os protoplasmas das hifas apicais, denominada
de plasmogamia. A plasmogamia acontece quando o anterídio (gametângio
“masculino”) doa núcleos para o ascogônio (gametângio “feminino”) através de uma
extensão filamentosa que este último projeta, chamada tricógeno. Nesta fase
dicariótica, ou seja, hifas com dois núcleos cada, os núcleos pares se dividem e
basicamente formam o corpo reprodutivo do fungo.
Os conídios, usualmente multinucleados, representam a reprodução assexuada de
um Ascomycota, formado a partir de células conidiogênicas, que são originadas na
parte apical de hifas modificadas chamadas conidióforos, sendo a principal forma de
propagação e disseminação do fungo.
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BASIDIOMICETOS
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O segundo maior registro de fungos pertence ao Filo Basidiomycota, com 31.515
espécies de basidiomicetos registrados. Dentre a espécies popularmente
conhecidas estão os cogumelos e orelhas de pau, mas há aqueles não populares,
como fungos gelatinosos, gasteromicetos, ferrugens e carvões, estes dois últimos
patógenos devastadores de plantações importantes economicamente. Alguns
cogumelos comestíveis são bem conhecidos, como o shimeji (Pleurotus sp.) e
shiitake (Lentinula edodes), outros são tóxicos, ou alucinógenos. Os basidiomicetos
possuem grande aparato enzimático, degradando principalmente compostos
lignocelulíticos presente em madeiras; ou xenobióticos, substâncias sintéticas de
difícil degradação. Com isso, estes fungos se tornam úteis em setores industriais
voltados à biorremediação de solos contaminados e no tratamento de efluentes, em
indústrias têxteis e de celulose.
Morfologia
O conjunto de hifas forma o basidioma, estrutura referida antigamente como corpo
de frutificação; são estruturas de reprodução sexuada, macroscópica e com período
curto de duração em um ciclo de vida. Os basidiomas formam basídios, estruturas
cilíndricas semelhantes a uma clava e responsáveis pela produção de
basidiósporos, esporos deste grupo. Há duas outras características importantes para
identificar estes fungos, a presença de um septo nas hifas, cuja estrutura é
complexa e a formação de ansas, projeções que conectam uma hifa a outra.
Ciclo de vida
Reprodução Sexuada
A reprodução sexuada envolve o encontro de dois indivíduos diferentes
geneticamente. Desta forma, os basidiósporos são liberados no ambiente e ao
germinarem originam um micélio monocariótico haploide (n). Posteriormente, ocorre
o encontro destes indivíduos onde há a fusão das hifas (plasmogamia) e o micélio se
torna dicariótico (n + n); com o auxílio de ansas que se encarregam de transportar
um núcleo de cada tipo para as hifas do micélio. Diferente dos ascomicetos, a fase
dicariótica em basidiomicetos é mais prolongada e os basidiomas surgem após um
tempo. No ápice dos basidiomas se formam os basídios, que originam os
basidiósporos através da cariogamia (fusão de núcleos), única fase diplóide (2n) do
ciclo de vida. A formação dos basidiósporos ocorre após a divisão meiótica, seguida
pela mitótica e, então, há dispersão dos esporos para o ambiente por esterigmas,
estruturas presentes no ápice dos basídios.
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Este tipo de reprodução ocorre na maioria dos basidiomicetos, com exceção das
ferrugens e carvões, patógenos que precisam do hospedeiro para sobreviver e
completar o ciclo de vida.
Reprodução Assexuada
Assim como os ascomicetos, os basidiomicetos se reproduzem assexuadamente.
Este tipo de reprodução ocorre após a liberação do basidiósporo que germina e
forma um micélio, este se diferencia em um conidioma (estrutura assexuada)
subdividido em conidióforos, células conidiogênicas e conídios (figura abaixo).
Antigamente, as estruturas de reprodução assexuada não eram observadas durante
o ciclo de vida de basidiomicetos e, portanto, estas estruturas eram isoladas e
identificadas como um fungo. Durante muito tempo, os especialistas classificavam
estes fungos como Deuteromycetes. Atualmente, estas formas ou morfas, como
chamam os especialistas, são referidas como fungos anamórficos, anamorfos, ou
conidiais. Muitos trabalhos são realizados no mundo com essas formas, pois
crescem e vivem independentemente do ciclo de reprodução sexuado. Além disso,
são fundamentais para a ciclagem de nutrientes do ambiente e têm grande aplicação
econômica.
QUITRÍDIOS
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Os representantes do Filo Chytridiomycota são referidos como fungos zoospóricos
ou quitrídios. Há evidências que indicam que este grupo foi o primeiro a divergir dos
outros grupos de fungos. Quitrídios são organismos microscópicos e únicos a
apresentar flagelos dentro do reino Fungi. Atualmente, o sistema de classificação
biológica segregou alguns táxons do filo Chytridiomycota, criando dois novos
filos: Noecallimastigomycota e Blastocladiomycota, fungos simbiontes vivendo no
trato digestório de animais herbívoros.
Morfologia e reprodução
As quitrídias são variadas em sua forma de vida, em suas interações sexuais e
principalmente no ciclo de vida. A meiose e a mitose lembram os mesmos processos
ocorrentes em outros fungos. São intranucleares, ou seja, o envoltório permanece
intacto até a telófase tardia. Distinguem-se dos outros fungos principalmente pelas
células móveis características (zoósporos e gametas), a maioria contendo apenas
um único flagelo liso e posterior. As quitrídias exibem vários modos de reprodução,
algumas não desenvolvem micélio e outras tem rizóides finos. Em termos de ciclo de
vida, morfologia e fisiologia, Allomyces é a quitrídia mais bem conhecida.
A reprodução assexuada ocorre por Zoósporos produzidos em esporângios e os
esporângios podem ser como opérculos ou inoperculados; A reprodução sexuada é
conhecida em poucas espécies sendo que a mesma pode ser: por copulação
gametangial, copulação planogamética (iso, aniso ou oogâmica) ou somatogamia;
No ciclo da Allomyces há alternância de gerações isomórficas. Os indivíduos
haploides e diploides são indistintos, até que iniciem a formação de estruturas
reprodutivas. Os indivíduos haploides (gametófitos) produzem aproximadamente
igual número de gametângios femininos hialinos e gametângios masculinos. Os
gametas são de dois tamanhos, condição chamada anisogamia. Os gametas
masculinos, que têm cerca da metade do tamanho dos gametas femininos, são
atraídos por sirenina, um hormônio produzido pelos gametas femininos. O zigoto
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perde os flagelos e germina produzindo um indivíduo diploide. Essa estrutura
esporofítica produz dois tipos de esporângios. O primeiro são esporângios
assexuados - sem cor, com parede fina e que libera zoósporos diploides - os quais
podem germinar e repetir a geração diploide. O segundo tipo são esporângios
sexuados - castanhos-avermelhados, com parede espessa e que são capazes de
resistir à condições severas do ambiente. após um período de dormência, a meiose
ocorre nesses esporângios sexuados, resultando na formação de zoósporos
haploides. Esses zoósporos desenvolvem-se em gametófitos, que produzem
gametângios na maturidade.
Algumas espécies de fungos trazem grandes prejuízos aos seres humanos, como a
deterioração de alimentos, doenças como candidíase, pano branco, micoses,
aspergilose pulmonar etc., no entanto, outras espécies são extremamente
importantes, como veremos a seguir.
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juntamente com as bactérias, decompõem a matéria orgânica, fazendo a reciclagem
de nutrientes na natureza e impedindo o acúmulo de lixo orgânico.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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