Calculo I PDF
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NOTAS DE AULA DE
Angela Mognon
2013
Sumário
Apresentação 4
1 Números Reais 6
1.5 Inequações em R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2 Funções 17
2.2 Relações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.3 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
i
SUMÁRIO
4 Derivadas 92
4.2 A Derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
ii
SUMÁRIO
5 Integrais 140
iii
Apresentação
A motivação ao preparo destas notas inicialmente foi facilitar e agilizar a apresentação dos
conteúdos em sala de aula. Logo, este material foi elaborado com o intuito de proporcionar ao
aluno um melhor acompanhamento da aula e consiste somente de algumas anotações, embasadas
nas referências apresentadas, para serem utilizadas durante as aulas. Sem preocupações em
copiar definições e enunciados espera-se que o aluno possa se concentrar nas demonstraçães e
resolucão de exemplos e exercı́cios que serão feitas em sala.
Agradeço à professora Sara Coelho da Silva pela parceria que resultou na primeira versão
destas notas, feita no ano de 2009, quando ministravamos aulas de Cálculo Diferencial e Integral
I a alunos dos primeiros anos de Engenharia da UTFPR/Campo Mourão. Com esta parceria tive
total apoio na digitalização textual e gráfica, nas leituras pre-liminares, na escolha das referências,
na organização dos conteúdos e na revisão dos textos. Agradeço também ao apoio e incentivo
do professor Doherty Andrade, pois seu incentivo e orientação na utilização do sistema TeX e do
software Geogebra tornou possı́vel a digitalização destas notas.
Agradeço à professora Michele Carvalho de Barros pela parceria durante o primeiro e segundo
semestre de 2010 quando foram feitas algumas modifcações na parte gráfica e foi acrescentada a
parte de integrais trigonométrica e integrais por substituição trigonométrica.
A partir de 2011, além de alguns exercı́cios, foi acrescentado o texto referente às funções
cotangente, secante, cossecante, funções trigonométricas inversas, funções hiperbólicas e os ex-
emplos referente às translações, dilatações e compressões da função seno foram modificados para
facilitar o entendimento dos alunos e, com auxı́lio de software GeoGebra, as figuras do capı́tulo
de derivadas foram refeitas. O material foi reorganizado, inserindo as listas de exercı́cios ao final
de cada capı́tulo, resutando assim na versão atual.
4
No capı́tulo 1, apresentamos o conjunto dos números reais e suas propriedades, desigualdades,
inequações e valor asboluto. No capı́tulo 2 são apresentadas as funções reais de variáveis reais. No
capı́tulo 3 apresentamos a noção intuitiva do conceito de limite e continuidade de uma função real
de variável real e suas propriedades. No capı́tulo 4 apresentamos o conceito de derivada de uma
função real de variável real, os teoremas sobre derivação e aplicações da derivada e no capı́tulo
5 apresentamos o conceito de integral, primeiramente trataremos das integrais indefinidas e em
seguida apresentamos a integral definida e sua aplicação no cálculo de áreas de figuras planas .
Sugestões de melhorias e correções são bem-vindas e desde já agradecidas.
Angela Mognon
Campo Mourão, 2013.
5
Capı́tulo 1
Números Reais
O conjunto dos números reais é formado por subconjuntos especiais. O primeiro subconjunto
dos números reais que se faz presente em nosso dia a dia é o conjunto dos inteiros positivos
ou naturais. Ou seja, o conjunto
N = {1, 2, 3, ...}.
Os números -1, -2, -3, ... são chamados inteiros negativos. A união do conjunto dos
números naturais com os inteiros negativos e o zero (0) define o conjunto dos números inteiros
que representamos por
Z = {..., −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, ...}.
m
Os números da forma , n 6= 0, m, n ∈ Z, formam o conjunto dos números racionais, o
n
qual representaremos por
m
Q = {x|x = , m, n ∈ Z, n 6= 0}.
n
Observemos que todo número racional pode ser representado sob a forma decimal. Temos
dois casos:
6
CAPÍTULO 1. NÚMEROS REAIS
• Decimal finita
3 1 −3
Por exemplo: = 0, 75 = 0, 5 = −0, 6
4 2 5
Observe que um número racional terá representação decimal finita se, e somente se o
denominador contiver os fatores primos 2 e/ou 5.
Observe que se o denominador contiver algum fator primo diferente de 2 e 5 o racional terá
representação decimal periódica.
m
Os números que não podem ser representados na forma , m, n ∈ Z, n 6= 0, tais como
√ n
2 ∼
= 1, 414..., π ∼
= 3, 14159..., e ∼
= 2, 71... formam o conjunto dos números irracionais,
denotado por I.
A união do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais forma o
conjunto dos números reais, represenado por
R = Q ∪ I.
No conjunto dos números reais são definidas duas operações, chamadas adição e multiplicação
que satisfazem os axiomas abaixo:
A1) Fechamento: ∀ a, b ∈ R, ∃! número real denotado por a + b, chamado soma e ∃! número
real denotado por a.b, chamado produto.
a+b=b+a
A2) Comutatividade: ∀ a, b ∈ R têm-se:
a.b = b.a
(
(a + b) + c = a + (b + c)
A3) Associatividade: ∀ a, b, c ∈ R têm-se:
(a.b).c = a.(b.c)
A7) Existência do Elemento Inverso: todo a ∈ R, a 6= 0 tem um único inverso real, denotado
1 1
por , tal que .a = 1.
a a
Observação 1.2 Usando A6 e A7 podemos definir a subtração e a divisão por números reais:
subtração: a − b = a + (−b)
a 1
divisão: = a.
b b
Axioma da Ordem:
Definiremos a seguir os sı́mbolos < (menor que), > (maior que), ≤ (menor do que ou igual
a) e ≥ (maior do que ou igual a).
Definição 1.1 Se a, b ∈ R,
(i) a é negativo se, e somente se, −a ∈ R∗+ .
(ii) a < b ⇔ b − a ∈ R∗+ .
(iii) a > b ⇔ a − b ∈ R∗+ .
Pergunta: Como caracterizar a > 0 como número positivo e a < 0 como número negativo?
Definição 1.2 Se a, b ∈ R,
(i) a ≤ b ⇔ a < b ou a = b.
(ii) a ≥ b ⇔ a > b ou a = b.
Intervalos Reais
Os intervalos são subconjuntos de números reais. Sejam a, b ∈ R tais que a < b. Definimos:
• Intervalo aberto
É o conjunto dos números reais entre a e b (excluı́dos os extremos a e b), denotado por ]a, b[,
isto é:
]a, b[= {x ∈ R|a < x < b}.
Geometricamente:
• Intervalo fechado
É o conjunto dos números reais entre a e b (incluı́dos os extremos a e b), denotado por [a, b],
isto é:
[a, b] = {x ∈ R|a ≤ x ≤ b}.
Geometricamente:
Geometricamente:
Geometricamente:
• Intervalos Ilimitados
Usaremos os sı́mbolos +∞ (infinito positivo) e −∞ (infinito negativo) para representar os
seguintes intervalos:
Geometricamente:
Geometricamente:
Geometricamente:
] − ∞, b] = {x ∈ R|x ≤ b}
Geometricamente:
] − ∞, +∞[= R
Geometricamente:
1.5 Inequações em R
Ocorrem com frequência, no cálculo, desigualdades que envolvem variáveis. Tais desigual-
dades são ditas inequações. Dada uma inequação em x, dizemos que a é solução da inequação
se obtemos uma afirmação verdadeira quando se substitui x por a, ou seja, a ”satisfaz”a desigual-
dade. Resolver uma inequação é determinar todas as suas soluções, ou seja, determinar o conjunto
de números que satisfaça a desigualdade em questão. Este conjunto é dito conjunto-solução
S e é interpretado geometricamente por intervalos da reta. Veja a seguir alguns exemplos de
inequações com variável real, ou seja inequações em R.
Exemplo 1.1 Determine e represente na reta numérica o conjunto-solução das seguintes ine-
quações:
1. 2 + 3x < 5x + 8
2. 3 + 7x < 8x + 9
3. 4x + 3 > 2x − 5
4. 7 < 5x + 3 ≤ 9
4 − 3x
5. −5 < <1
2
Observação 1.4
1) |a| ≥ 0 e |a| = 0 ⇔ a = 0;
2) |a| = | − a|;
√
3) |a| = a2
Exemplo 1.2 Determine e represente na reta numérica o conjunto-solução das seguintes equações
e inequações modulares:
1. |3x + 2| = 5
2. |x − 5| = −3
3. |7x − 2| < 4
4. |7x − 2| > 4
Exercı́cios - Capı́tulo 1
Exercı́cio 1.1 Determine e represente na reta numérica o conjunto-solução das seguintes ine-
quações:
2x − 3
1) 5x + 2 > x − 6 5) 13 ≥ 2x − 3 ≥ 5 9) 3 ≤ <7
5
4 − 3x
2) 3 − x < 5 + 3x 6) − 2 < 6 − 4x ≤ 8 10) − 5 ≤ <1
2
2 1
3) x − ≤ 0 7) 2 > −3 − 3x ≥ −7 11) 3(x − 4) + 1 ≥ 2x − 12
3 2
Exercı́cio 1.2 Determine e represente na reta numérica o conjunto-solução das seguintes equações
modulares:
x + 2
1) |4x + 3| = 7 4) |x − 2| = |3 − 2x|
7) =2
x − 2
3x + 8
2) |3x − 8| = 4 5) |7x| = 4 − x
8) =4
2x − 3
Exercı́cio 1.3 Determine e represente na reta numérica o conjunto-solução das seguintes ine-
quações modulares:
Funções
Quaisquer dois números reais formam um par, e quando a ordem de aparecimento é impor-
tante, o par passa a ser chamado de par ordenado. Se x for o primeiro número e y for o
plano numérico e cada par ordenado (x, y) será um ponto no plano numérico. Da mesma
maneira que podemos identificar o conjunto dos números reais com os pontos de uma reta,
podemos identificar cada par ordenado (x, y) de números reais com os pontos de um plano
geométrico.
O matemático francês René Descartes(1596-1650) estudou o uso de pares ordenados (x, y) na
localização de pontos em mapas, usando a seguinte relação: (x, y) = (latitude, longitude). Este
foi o marco inicial que levou ao casamento da álgebra com a geometria, união hoje conhecida
como geometria analı́tica. Escolhemos uma reta horizontal no plano geométrico, chamada de
eixo x e uma reta vertical, chamada eixo y . O ponto de interseção entre os eixos x e y é
17
CAPÍTULO 2. FUNÇÕES
Figura 2.1:
Escolhemos uma escala numérica e estabelecemos a direita da origem como a parte positiva
do eixo x e a esquerda da origem como a parte negativa do eixo x. Analogamente, estabelecemos
acima da origem como a parte positiva do eixo y e abaixo da origem como a parte negativa do
eixo y.
Associamos cada par de números reais (x, y) com um ponto no plano geométrico. Para re-
presentar geometricamante o par ordenado (x, y) marcamos no eixo x o ponto correspondente
ao número x; marcamos no eixo y o ponto correspondente ao número y; traçamos uma reta
s paralela ao eixo y passando por x; traçamos uma reta r paralela ao eixo x passando por y;
destacamos o ponto P , de interseção das retas s e r (Figura 2.2), que será o ponto associado ao
Figura 2.2:
lares do ponto. Existe uma correspondência biunı́voca entre os pontos em um plano geométrico
e o R2 ; isto é, a cada ponto corresponde um único par ordenado (x, y) e a cada par ordenado
Os eixos x e y são chamados de eixos coordenados. Esses eixos dividem o plano em quatro
partes chamadas quadrantes, como mostra a Figura 2.3.
Figura 2.3:
Se o par ordenado de números reais (x, y) é igual ao par ordenado de números reais (z, w)
então x = z e y = w.
Exemplo 2.1 Faça um sistema cartesiano ortogonal, e nele localize os pontos: A(3,0), B(0,-2),
Produto cartesiano
Dados dois conjuntos não-vazios A e B, o produto cartesiano de A por B, denotado
por A × B, é o conjunto de todos os pares ordenados (x, y), em que o primeiro elemento pertence
à A e o segundo pertence à B. Isto é,
A × B = {(x, y)/x ∈ A e y ∈ B}
2.2 Relações
qualquer subconjunto de A × B.
A × B = {(1, 2), (1, 4), (1, 6), (1, 8), (2, 2), (2, 4), (2, 6), (2, 8),
(3, 2), (3, 4), (3, 6), (3, 8), (4, 2), (4, 4), (4, 6), (4, 8)}.
A imagem de R, denotada por Im(R) é o conjunto de todos os segundos elementos dos pares
f :A→B
x 7→ y
2.3 Funções
O gráfico de uma função f é o conjunto de todos os pares ordenados (x, f (x)) pertencentes
à função f .
Observação 2.1 Para determinar o valor da função f em um número a de seu domı́nio, basta
calcular f (a).
Exemplo 2.7 Se f (x) = 3x2 –x + 2, encontre f (2), f (−2), f (a), f (−a), f (a + 1),
x+1
a) f (x) =
x3 − 4x
√
4+x
b) g(x) =
1−x
Observação 2.2 O domı́nio de uma função é o maior subconjunto dos números reais para o
qual a função está definida.
Pela definição de relação e função fica evidente que: toda função é uma aplicação, logo é uma
relação mas, nem toda relação é uma função. A caracterı́stica principal que difere uma função de
uma relação é: para cada x de D(f ), o par (x, y) é único!!! Portanto traçando uma reta vertical
paralela ao eixo y, passando por x ela tocará o gráfico de f em um único ponto. Analisemos os
casos a seguir:
a) b) c)
d) e)
Figura 2.4:
domı́nio de f e g, com exceção do caso IV), em que os valores de x para os quais g(x) = 0 devem
ser excluı́dos.
√ √
Exemplo 2.9 Dadas as funções f e g definidas por f (x) = x + 1 e g(x) = x − 4 determine
f
f + g, f − g, f.g, e seus respectivos domı́nios.
g
Outra operação com funções consiste em obter a função composta de duas funções.
(f ◦ g)(x) = f (g(x))
no domı́nio da f.
√
Exemplo 2.10 Dadas as funções f e g definidas por f (x) = x2 e g(x) = x determine f ◦ g e
√
Exemplo 2.11 Dadas as funções f e g definidas por f (x) = x e g(x) = 2x − 3 determine
ii) f é ı́mpar se, e somente se, f (−x) = −f (x) para todo x ∈ D(f ).
1. f (x) = x2
2. g(x) = x3
x+1
3. h(x) =
4
i) f é crescente em I se, e somente se, f (x1 ) < f (x2 ) sempre que x1 < x2 ;
ii) f é decrescente em I se, e somente se, f (x1 ) > f (x2 ) sempre que x1 < x2 .
Dada uma função f , a função inversa de f , se existir, é a função, denotada por f −1 , tal
que:
f (f −1 (x)) = f −1 (f (x)) = x
1
Exemplo 2.13 Dadas as funções f e g definidas por f (x) = −2x+1 e g(x) = (1−x), verifique
2
que g é a função inversa de f.
1. w(x) = 6x
2. g(x) = −3x + 3
x+1
3. h(x) = −
4
2
4. f (x) = x − 2
5
• Funções racionais: são funções que podem ser escritas como a divisão entre duas funções
polinomiais
• Funções algébricas: são funções que podem ser expressas em termos de somas, diferenças,
produtos, quocientes ou raı́zes de funções polinomiais .
• Funções transcendentes: são as funções que não são algébricas como, por exemplo, as
emque os coeficientes a0 , a1 , ..., an são números reais (an 6= 0) e n um número inteiro não negativo,
é chamada função polinomial de grau n.
Exemplo 2.15 A função f definida por f (x) = 3x5 − x2 + 7x − 1 é uma função polinomial de
grau 5.
Observação 2.3 Um número real x0 é raiz de uma função polinomial f se, e somente se,
f (x0 ) = 0.
f (x) = c, c 6= 0
Observação 2.4 Se todos os coeficientes a0 , a1 , ..., an de um polinômio são iguais a zero, temos
o polinômio nulo, que é desprovido de grau. Assim uma função f definida pelo polinômio nulo,
isto é f (x) = 0, será chamada função nula.
O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo x, que intercepta o eixo y no
Figura 2.5:
• f (x) = 3
• f (x) = −1
√
• f (x) = 5
3
• f (x) = −
2
Função linear afim: também conhecida como função do 10 grau. É toda função
polinomial de grau 1 (um). Isto é, uma função do tipo:
f (x) = ax + b, a 6= 0.
O gráfico de uma função linear afim é uma reta que intercepta o eixo y no ponto (0, b)
(Figura 2.6) . O número a é chamado coeficiente angular da reta e representa a taxa de variação
de y = f (x) em relação a x e b é chamado coeficiente linear da reta. A raiz da função linear afim
b
é o número x = − .
a
Figura 2.6:
Exemplo 2.18 O salário fixo mensal de um segurança é de R$ 560,00. Para aumentar sua
receita, ele faz plantões noturnos em um restaurante, onde recebe R$ 60,00 por noite de trabalho.
Se em um mês ele fizer 3 plantões, que salário receberá? Qual é o salário final y, quando ele
realiza x plantões?
Função linear: são funções lineares afim com b = 0. Isto é, são funções do tipo:
f (x) = ax, a 6= 0.
Seu gráfico é uma reta que passa pela origem (Figura 2.7) .
Figura 2.7:
• f (x) = 2x
• f (x) = −5x
• f (x) = −x
1
• f (x) = x
3
O gráfico de uma função do 20 grau é uma parábola com concavidade voltada par cima se
a > 0, ou voltada para baixo se a < 0 (Figura 2.8) .
Figura 2.8:
b ∆
, − ) será o ponto
Se a parábola tem concavidade para baixo, o vértice da parábola V (−
2a 4a
onde a função assume seu valor máximo. E se parábola tem concavidade para cima, o vértice
Se a > 0, temos
•Im(f ) = [yv , ∞);
Se a < 0, temos
•Im(f ) = (−∞, yv ];
•f é crescente para x < xv e decrescente para x > xv ;
A construção da parábola:
Para construir a parábola procedemos do seguinte modo:
4. traça-se a reta que passa por V e é paralela ao eixo y, que é o eixo de simetria da parábola;
1. f (x) = x2 − 2x − 3
2. f (x) = −x2 + 4x − 4
3. f (x) = x2 + 2x + 2
O estudo do sinal da função quadrática é útil para resolver inequações do 20 (segundo) grau.
Exemplo 2.22 Determine e represente na reta numérica o conjunto-solução das seguintes ine-
quações.
b) (x − 1)(x2 − 4) > 0
2
c) x + 4 ≤ −
x+1
3
2
bc
1 b
−4 −3 −2 −1
−1
1 2 3 4 5 6 7 8 x
−2
−3
b
x + 1 se x < 1
Exemplo 2.24 A função f : R → R definida por f (x) = 3x2 − 2x se x = 1
x2 se x > 1
Representação gráfica:
A função modular, também conhecida como função valor absoluto, é dada por:
(
x, se x ≥ 0
f (x) = |x| =
−x, se x < 0
Representação gráfica:
y
5
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4x
−1
−2 .
base a e expoente x .
• f (x) = 2x
• f (x) = 3x
x
1
• f (x) = .
2
são funções exponenciais.
A representação gráfica de uma função exponencial é uma curva que intercepta o eixo y no
ponto (0, 1). Veja Figura 2.9
Figura 2.9:
.
é a base e ∼
= 2, 7182818.
Exemplo 2.27 Curva de aprendizagem é um conceito criado por psicólogos que constataram a
relação existente entre a eficiência de um indivı́duo e a quantidade de treinamento ou experiência
possuı́da por este indivı́duo. Um exemplo de curva de aprendizagem é dado pela expressão:
Seja a ∈ R, tal que a > 0 e a 6= 1. Chamamos função logarı́tmica de base a a função f , tal
que para todo x ∈ R∗+ :
f (x) = loga x
f −1 (x) = loga x
Observação 2.5
• loga x = y ⇔ ay = x
• loga ax = x
• aloga x = x
• f (x) = log5 x
• f (x) = log 1 x
2
A representação gráfica de uma função logarı́tmica é uma curva que intercepta o eixo x no
Figura 2.10:
.
f (x) = log2 x
Figura 2.11:
.
Exemplo 2.30 Numa determinada cidade, a população cresce à uma taxa de 3% ao ano, de
modo que uma função que representa tal população em t anos é dada por
Você já deve ter feito algum estudo de trigonometria. Mas, dada a importância das funções
Exemplo 2.31 Usando que, a medida da circunferência é C = 2π.r ( r: medida do raio), para
O Ciclo trigonométrico
Sobre a circunferência do cı́rculo unitário podemos considerar os pontos P (x, y) tais que o
−→
vetor OP determina a hipotenusa (unitária) de um triângulo retângulo, cujos catetos são as
−→
projeções do OP sobre o eixo x e sobre o eixo y.
Figura 2.12:
.
−→ −→ −→ −→
Seja OA a projeção de OP sobre o eixo x e α o ângulo entre os vetores OP e OA. Observe,
Definição 2.2 Seja t um número real. Coloque na posição padrão um ângulo com t rad de
medida e seja P a intersecção do lado final do ângulo com o ciclo trigonométrico. Se P for o
ponto (x, y), então a função seno e a função cosseno serão definidas por:
f :R→R f :R→R
t 7→ sent = y t 7→ cost = x
Figura 2.13:
.
Da definição acima, vemos que sen t e cos t estão definidas para todos os valores de t, no
entanto por estarem definidas sobre o ciclo trigonométrico, suas imagens pertencem ao intervalo
[-1, 1]. Resumindo,
Dsen = Dcos = R,
Ainda da definição segue que: sen(t + 2π) = sen(t) e cos(t + 2π) = cos(t). Esta propriedade
é chamada de periodicidade.
Definição 2.3 Uma função f é dita periódica se existir um número real p 6= 0 tal que quando
x estiver no domı́nio de f , então x + p estará também no domı́nio de f e f (x + p) = f (x).
O menor número real positivo p que satisfaz a definição acima é chamado de perı́odo de f .
Assim, é fácil ver que as funções seno e cosseno são periódicas, com perı́odo p = 2π.
Exemplo 2.32 Use a periodicidade das funções seno e cosseno para determinar o valor exato
de:
17
• sen 4
π
7
• cos 3
π
15
• sen 2
π
• cos − 67 π
π 3π
• 0 < sen t < 1, 0 < t < • −1 < sen t < 0, π < t <
2 2
π 3π
• sen t = 1 para t = • sen t = −1 para t =
2 2
π 3π
• 0 < sen t < 1, <t<π • −1 < sen t < 0, < t < 2π
2 2
Desta análise, segue que o gráfico da função f : R → R , f (t) = sen t, é dado por:
π 3π
• 0 < cos t < 1, 0 < t < • −1 < cos t < 0, π < t <
2 2
π 3π
• cos t = 0 para t = • cos t = 0 para t =
2 2
π 3π
• −1 < cos t < 0, <t<π • 0 < cos t < 1, < t < 2π
2 2
Desta análise, segue que o gráfico da função f : R → R , f (t) = cos t, é dado por:
0 0
π π
2 2
π π
3π 3π
2 2
2π 2π
Assim, podemos ver que o gráfico da função sen(t) + k é uma translação vertical do gráfico
da função sen t, k unidades para cima (k > 0) ou para baixo (k < 0).
π π
t t− sen(t − )
2 2
0
π
2
π
3π
2
2π
t t+π sen(t + π)
0
π
2
π
3π
2
2π
Assim, podemos notar que o gráfico da função sen(t + k) é uma translação horizontal do gráfico
da função sen(t), k unidades para esquerda (k > 0) ou para direita (k < 0).
Usando os arcos principais e a definição da função sen t, complete as tabelas a seguir e esboce o
1 1
gráfico das funções 2sen t, sen t, −2sen t e − sen t:
2 2
1
t sen t 2sen(t) sen(t)
2
0
π
2
π
3π
2
2π
1
t sen t −2sen t − sen(t)
2
0
π
2
π
3π
2
2π
Assim, podemos ver que o gráfico da função k.sen t é uma dilatação/compressão vertical do
gráfico da função sen t, num fator k de dilatação (k > 1) ou num fator k de compressão (0 < k < 1).
No caso k < 0, observamos que ocorrerá dilatação(k < −1) ou compressão(−1 < k < 0) do gráfico
Usando os arcos principais e a definição da função sen t, complete as tabelas a seguir e esboce o
1
gráfico das funções sen(2t), sen t :
2
t 2t sen(2t)
0
π
2
π
3π
2
2π
1 1
t t sen t
2 2
0
π
2
π
3π
2
2π
No caso k > 1, observa-se que o gráfico de sen(t) é comprimido horizontalmente, por um fator k.
Assim, o perı́odo passa de p = 2π para p = π. Já, no caso 0 < k < 1, observa-se que o gráfico de sen(t)
é dilatado horizontalmente, por um fator k. Nesse caso, o perı́odo passa de p = 2π para p = 4π.
• cos(t) + 1
• cos(t) − 1
• cos(t − π)
• cos(t + π)
• 2.cos(t)
1
• cos(t)
2
• cos( 21 t)
• cos(2t)
• cos(t) + k
• cos(t + k)
• k.cos(t)
• cos(k.t)
Função tangente
Considerando um arco AP, cuja medida é o número real t temos que a função tangente,
denotada por tg, é dada por:
sen t
tg t = , com cos t 6= 0
cos t
No ciclo trigonométrico:
tg t = AT
por:
Notemos que:
π
• o domı́nio da função tangente é o conjunto D(tg) = {x ∈ R|x 6= + kπ, com k ∈ Z}
2
• a imagem da função tangente é Im(tg) = R.
• o perı́odo da função tangente é π.
Função cotangente
Considerando um arco AP, cuja medida é o número real t temos que a função cotangente,
denotada por cotg, é dada por:
cos t
cotg t = , com sen t 6= 0
sen t
No ciclo trigonométrico:
cotg t = BS
por:
Notemos que:
sec t = OD cossec t = OC
Notemos que:
π
• o domı́nio da função secante é o conjunto D(sec) = {x ∈ R|x 6= + kπ, com k ∈ Z}
2
• a imagem da função secante é Im(sec) = R−] − 1, 1[.
Notemos que:
seus domı́nios.
Definição 2.4 A função inversa do seno, denotada por sen−1 é dada por :
1 1
y =sen−1 x se e somente se x =sen y e − π ≤ y ≤ π
2 2
Definição 2.5 A função inversa do cosseno, denotada por cos−1 é dada por :
Definição 2.6 A função inversa da tangente, denotada por tg−1 é dada por :
1 1
y =tg−1 x se e somente se x =tg y e − π < y < π
2 2
Definição 2.7 A função inversa da cotangente, denotada por cotg−1 é dada por :
Definição 2.8 A função inversa da secante, denotada por sec−1 é dada por :
−1 −1 1
y =sec x = cos
x
Definição 2.9 A função inversa da cossecante, denotada por cossec−1 é dada por :
−1 −1 1
y =cossec x = sen
x
Definição 2.10 A função seno hiperbólico, denotada por senh é dada por :
ex − e−x
senh x =
2
Definição 2.11 A função cosseno hiperbólico, denotada por cosh é dada por :
ex + e−x
cosh x =
2
Definição 2.12 As funções tangente, cotangente, secante e cossecante hiperbólicas são dadas da
seguinte forma:
senh x cosh x
tgh x = cotgh x =
cosh x senh x
1 1
sech x = cossech x =
cosh x senh x
Gráficos
Exercı́cios - Capı́tulo 2
Exercı́cio 2.1 Determine se o conjunto dado é uma função. Se for, qual o seu domı́nio?
√ √ √
a) {(x, y)|y = x − 4} b) {(x, y)|y = x2 − 4} c) {(x, y)|y = 4 − x2 }
c) o volume de um cone circular reto de raio x se sua altura é o triplo do raio da base;
10
d) o volume e a área de um cilindro circular reto de raio x sendo sua altura igual a do
3
raio da base.
Exercı́cio 2.3 Uma peça de carne foi colocada num freezer no instante t = 0. Após t horas, sua
4
temperatura, em graus centı́grados, é dada por: T (t) = 30 − 5t + .
t+1
a) Qual a temperatura da carne no instante em que foi colocada no freezer?
b) Depois de quanto tempo a temperatura da carne será de 16◦ centı́grados?
c) Use o software GeoGebra para esboçor o gráfico de T, estude seu comportamento e deter-
mine seu domı́nio e sua imagem.
e) f (x + 1) f ) f (2x) g) 2f (x) h) f (x + h)
f (x + h) − f (x)
i) f (x) + f (h) j) , h 6= 0
h
x
Exercı́cio 2.5 Dada a função f : R − {1} → R definida por f (x) = , determine, se existir:
x−1
1
a) f (3) b) f (−2) c) f (0) d) f e) f (1)
2
Exercı́cio 2.6 Dada a função f : R → R definida por f (x) = 2x2 + 5x − 3 determine, se existir:
a) f (−2) b) f (−1) c) f (0) d)f (3)
f
Exercı́cio 2.8 Dadas as funções f e g definidas abaixo, determine f + g, f − g, f.g, e seus
g
respectivos domı́nios:
x+1 1 √
a) f (x) = x − 5; g(x) = x2 − 1 b) f (x) = ; g(x) = c) f (x) = x; g(x) = x2 −1
x−1 x
√
c) f (x) = x − 2; g(x) = x2 − 2 d)f (x) = |x|; g(x) = |x + 2|
Exercı́cio 2.10 Dadas as funções f e g definidas abaixo, mostre que f e g são funções inversas.
x+3 1 1−x
a) f (x) = 2x − 3 e g(x) = b)f (x) = e g(x) =
2 x+1 x
√
c) f (x) = 3 x e g(x) = x3
Exercı́cio 2.11 Determine o domı́nio, a imagem e esboce o gráfico das seguintes funções:
a) f (x) = 3x − 1 b) f (x) = x2 − 1
√ √
c) g(x) = x + 1 d) f (x) = 4 − 2x
√
e) h(x) = −x f ) f (x) = |4 − x|
g) f (x) = 4 − |x| h) g(x) = |x − 2| + 4
(
x2 − 4x + 4 −2 se x ≤ 3
i) f (x) = j) g(x) =
x−2 2 se x > 3
( (
2x − 1 se x 6= 2 x2 − 4 se x < 3
k) g(x) = l) h(x) =
0 se x = 2 2x − 1 se x ≥ 3
6x + 7 se x < −2 x − 2 se x < 0
m) g(x) = 3 se x = −2 n) h(x) = 0 se x = 0
2
4 − x se x > −2 x + 1 se x > 0
x3 − 2x2
o) g(x) = p) f (x) = 5 − x2
x−2
Exercı́cio 2.12 Considere o gráfico da função y = f (x) abaixo e complete cada item:
a) O domı́nio de f é:
b) A imagem de f é:
c) f (−3) :
d) f ( 12 ) :
Exercı́cio 2.13 Repita o exercı́cio 2.12 para a função g cujo gráfico é:
Exercı́cio 2.14 É comum obervarmos em casas de xerox promoções do tipo: ”Até 100 cópias:
R$0,10 por cópia. Acima de 100 cópias (de um mesmo original): R$0,07 por cópia excedente.”
Determine:
Exercı́cio 2.15 Um ônibus de 40 lugares foi fretado para uma excursão. A empresa exigiu de
cada passageiro R$ 20, 00 mais R$ 2, 00 por lugar vago. Qual o número de passageiros para que
x+1
a) x2 − 2x − 5 > 3 b)(−x2 + x − 4)(x2 − 9) < 0 c) >2
2x + 3
1 3 2 2
d) (−x + 3)(x2 + 4x + 4) ≤ 0 e) ≥ f) ≤
x−2 x+1 2x + 3 x−5
Exercı́cio 2.19 A resistência elétrica R (em ohms) para um fio de metal puro está relacionada
com sua temperatura T (em o C) pela fórmula R = R0 (1 + aT ), para constantes positivas a e R0 .
a 2 ohms?
Exercı́cio 2.20 Uma pessoa ingeriu 60mg de uma certa medicação. A bula do remédio infor-
mava que sua meia vida, (tempo necessário para que uma substância atinja metade do seu valor
inicial) era de seis horas. Após doze horas da ingestão do remédio qual a quantidade do remédio
Exercı́cio 2.21 Cientistas utilizam a seguinte lei para determinar o instante da morte de vı́timas
de acidentes ou assassinatos. Se T denota a temperatura do corpo t horas após a morte, então
Exercı́cio 2.22 Deve-se construir um abrigo retangular aberto consistindo em 2 lados verticais
de 1, 20m de largura e um teto plano, anexo a um armazém já existente. O teto plano deve ser
de lata que custa R$ 5, 00 o metro quadrado, e os dois lados devem ser de compensado, que custa
R$ 2, 00 por metro quadrado.
x.
Exercı́cio 2.23 Em quı́mica, define-se o pH de uma solução como logarı́tmo decimal do inverso
da respectiva concentração de H3 O+ . O cérebro humano contém um fluido cuja concentração de
Exercı́cio 2.24 Durante um determinado ano, uma empresa teve um lucro diário L dado pela
função
L(x) = 50(|x − 100| + |x − 200|),
em que x = 1, 2, . . . , 365, corresponde a cada dia do ano e L é dado em reais. Determine em que
Exercı́cio 2.25 Deve-se construir uma caixa aberta com um pedaço retangular de cartolina de
50 × 76 cm, cortando-se um quadrado de lado x em cada canto e dobrando-se os lados. Expresse
Exercı́cio 2.26 Uma maionese mal conservada causou mal-estar nos frequentadores de um
restaurante. Uma investigação revelou a presença da bactéria salmonela, que se multiplica se-
gundo a lei: n(t) = 200.2at , em que n(t) é o número de bactérias encontradas na amostra de
maionese t horas após o inı́cio do almoço e a é uma constante real. a) Determine o número
inicial de bactérias. b) Sabendo que após 3 horas do inı́cio do almoço o número de bactérias era
Exercı́cio 2.27 Uma fábrica de determinado componente eletrônico tem a receita financeira
dada pela função R(x) = 2x2 + 20x − 30 e o custo de produção dada pela função C(x) =
3x2 − 12x + 30, em que a variável x representa o número de componentes fabricados e vendidos.
Se o lucro é dado pela receita financeira menos o custo de produção, o número de componentes
que deve ser fabricado e vendido para que o lucro seja máximo é:
Exercı́cio 2.28 A acidez de uma substância é medida pelo seu valor do pH, o qual é definido
pela fórmula
pH = - log[H ∗ ]
onde o sı́mbolo [H ∗ ] denota a concentração de ı́ons de hidrogênio, medido em moles por litro.
A água destilada tem um pH igual a 7; uma substância é chamada de ácida se tiver pH < 7 e
básica se tiver pH > 7. Ache o pH de cada uma das substâncias seguintes e estabeleça se é ácida
ou básica.
Substância [H ∗ ]
Neste capı́tulo apresentaremos a noção intuitiva de limite de uma função, assim como pro-
cedimentos para o cálculo de limites, apresentaremos também a definição de funções contı́nuas e
o cálculo de limites de funções compostas.
Limites Finitos
x2 − 1
f (x) =
x−1
Notemos que f (x) está definida para todo x ∈ R, exceto em x = 1. Queremos investigar o
comportamento da função quando x está próximo de 1. Do ponto de vista numérico, as tabelas
abaixo mostram o comportamento da função f , para valores de x à esquerda e à direita de x = 1.
64
CAPÍTULO 3. LIMITES E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES DE VARIÁVEIS REAIS
x2 − 1 x2 − 1
x<1 f (x) = x>1 f (x) =
x−1 x−1
0 2
0, 5 1, 5
Tabela I Tabela II
0, 8 1, 2
0, 9 1, 1
0, 99 1, 01
0, 999 1, 001
Observando as tabelas constatamos que à medida que x fica cada vez mais próximo de 1,
tanto por valores de x < 1 (à esquerda de 1) como por valores de x > 1 (à direita de 1), f (x)
torna-se cada vez mais próximo de 2 e quanto mais próximo x estiver de 1, mais próximo de 2
estará f (x).
Neste caso, dizemos que 2 é o limite da função f quando x se aproxima de 1, o que deno-
taremos por:
x2 − 1
lim =2
x→1 x − 1
Dizemos também que quando ”x tende a 1, f (x) tende a 2”. Ou ainda ”o limite de
x2 − 1
f (x) = , quando x tende a 1 é 2”.
x−1
Este resultado pode ser visto através da análise gráfica de f , cujo esboço vemos na figura 3.1:
Figura 3.1:
.
1 3
1, 5 2, 2
Tabala III Tabela IV
1, 8 2, 1
1, 9 2, 05
1, 99 2, 01
1, 999 2, 001
Figura 3.2:
.
Das tabelas III e IV e do gráfico temos que à medida que x fica cada vez mais próximo de 2,
f (x) torna-se cada vez mais próximo de 4 e quanto mais próximo x estiver de 2, mais próximo
de 4 estará f (x). Isto é, ”o limite de f (x) = x2 − x + 2 quando x tende a 2 é 4”
Definição 3.1 Se f é uma função definida para todo número real em algum intervalo aberto
contendo a, exceto possivelmente no próprio a, então o limite de f (x), quando x tende a a, é igual
a L se pudermos aproximar f (x) do valor L tanto quanto quizermos tomando x suficientemente
Dizer que lim f (x) = L, significa que o ponto (x, f (x)) do gráfico da função se aproxima do
x→a
x−1
Exemplo 3.3 Encontre o valor de lim , usando tabelas com valores maiores e menores
x→1 x2 − 1
0, 5 1, 5
0, 9 1, 1
0, 99 1, 01
0, 999 1, 001
0, 9999 1, 0001
senx
Exemplo 3.4 Encontre lim , x : (radianos) usando a tabela abaixo e analisando o gráfico
x→0 x
da figura .
x f (x)
±1, 0
±0, 5
±0, 4
±0, 3
±0, 2
±0, 1
±0, 05
±0, 01
±0, 005
±0, 001
lim (3x + 7) = 7
x→0
Figura 3.3:
.
Observemos que quando x assume valores que se aproximam do ponto a pela esquerda, isto é,
por valores menores que a, os correspondentes valores de f (x) se aproximam do número L1 . Para
descrever este comportamento, dizemos que f (x) tende a L1 quando x tende a a pela esquerda,
e escrevemos:
lim f (x) = L1
x→a−
Por outro lado, quando x assume valores que se aproximam do ponto a pela direita, isto é,
por valores maiores que a, os correspondentes valores de f (x) se aproximam do número L2 . Para
descrever este comportamento, dizemos que f (x) tende a L2 quando x tende a a pela direita, e
escrevemos:
lim f (x) = L2
x→a+
Figura 3.4:
Teorema 3.1 lim f (x) = L se, e somente se existirem os limites laterais lim+ f (x) e lim− f (x)
x→a x→a x→a
e ambos forem iguais a L.
(
x2 , se x < 0
Exemplo 3.7 Seja f (x) = vamos determinar lim f (x).
x→0
x, se x > 0,
Exemplo 3.8 O gráfico de uma função g está dado na figura abaixo. Use-o para estabelecer
(caso existam) os seguintes limites:
Figura 3.5:
3. lim x = a
x→a
Exemplo 3.12
3x + 2
a) lim =
x→2 4x − 3
h in
5. Se lim x existe, então lim xn = lim x para qualquer n inteiro positivo.
x→a x→a x→a
Exemplo 3.13
a) lim (x2 + x + 4) =
x→2
x3 − 1
b) lim =
x→0 4x + 2
hin
n
6. Se lim f (x) existe, então lim [f (x)] = lim f (x) para qualquer n inteiro positivo.
x→a x→a x→a
8. Se f é uma função polinomial, então lim f (x) = f (a) para todo número real a.
x→a
x+1
Exemplo 3.17 lim =
x→1 2x
p q
n
10. Se uma função f tem limite quando x tende a, então lim f (x) = n lim f (x), para n
x→a x→a
inteiro positivo, com a restrição de que se n for par lim f (x) > 0.
x→a
r
x
Exemplo 3.18 lim 3
=
x→4 −7x + 1
Outros exemplos:
x2 − 25
Exemplo 3.19 lim =
x→5 x − 5
√
x−2
Exemplo 3.20 lim =
x→4 x−4
x2 − 4x + 4
Exemplo 3.21 lim =
x→2 x−2
1
Consideremos agora a função f (x) = , cuja representação gráfica é:
(x + 1)2
Figura 3.6:
f (x)
f (x)
Observamos que à medida que x se aproxima de -1, (x + 1)2 se aproxima de zero, e conse-
1
quentemente f (x) = assume valores cada vez maiores. Assim, os valores de f (x) não
(x + 1)2
1
tendem a um número. Portanto, não existe lim . Para indicar este comportamento
x→−1 (x + 1)2
usamos a notação:
1
lim = +∞.
x→−1 (x + 1)2
Isso não significa considerar +∞ como um número. Tampouco significa que o limite exista.
para indicar que os valores de f (x) tornam-se arbitrariamente grandes, ao tomarmos x suficien-
Figura 3.7:
para indicar que os valores de f (x) tornam-se arbitrariamente grandes (em módulo), porém
Figura 3.8:
Observação 3.1 Definições similares podem ser dadas no caso de limites laterais:
Definição 3.4 A reta x = a é chamada assı́ntota vertical da curva y = f (x) se pelo menos
uma das seguintes condições estiver satisfeita:
Exercı́cio 3: Analisando os gráficos abaixo encontre as assı́ntotas verticais das curvas, cal-
culando o valor dos limites:
2x 2x 1 1
a) lim+ b) lim− c) lim+ d) lim−
x→3 x−3 x→3 x−3 x→0 x x→0 x
1 1 1 1
e) lim+ f ) lim− g) lim+ h) lim− i) lim+ ln(x)
x→0 x2 x→0 x2 x→0 x3 x→0 x3 x→0
(
1 1 −∞, se r é ı́mpar
lim+ = +∞ e lim− =
x→0 xr x→0 xr +∞, se r é par
g(x)
I) Se c > 0 e se f (x) → 0 através de valores positivos de f (x), lim = +∞
x→a f (x)
g(x)
II) Se c > 0 e se f (x) → 0 através de valores negativos de f (x), lim = −∞
x→a f (x)
g(x)
III) Se c < 0 e se f (x) → 0 através de valores positivos de f (x), lim = −∞
x→a f (x)
g(x)
IV ) Se c < 0 e se f (x) → 0 através de valores negativos de f (x), lim = +∞
x→a f (x)
2x
Exemplo 3.22 Calcule lim−
x→1 x−1
x2 + x + 2
Exemplo 3.23 Calcule lim+
x→3 x2 − 2x − 3
1 1
Exemplo 3.24 Calcule lim+ + .
x→2 x−2 x+2
Teorema 3.5 Se lim f (x) = +∞ e lim g(x) = c, c uma constante não-nula, então
x→a x→a
5 x+4
Exemplo 3.25 Calcule lim · .
x→3 (x − 3)2 x − 4
Teorema 3.6 Se lim f (x) = −∞ e lim g(x) = c, c uma constante não-nula, então
x→a x→a
5 4
Exemplo 3.26 Calcule lim − · .
x→−2 x+2 x−4
Anteriormente estudamos limites infinitos, vimos que à medida que tomávamos x tendendo
a um número a , os valores de f (x) ficavam arbitrariamente grandes (em módulo). Vamos agora
tornar x arbitrariamente grande (em módulo) e ver o que acontece com f (x).
2x2
Consideremos a função definida por f (x) = e observemos as tabelas a seguir:
x2 + 1
2x2 2x2
x f (x) = x f (x) =
x2 + 1 x2 + 1
0 0 0 0
1 1 −1 1
2 1, 6 −2 1, 6
3 1, 8 −3 1, 8
4 1, 882353 −4 1, 882353
5 1, 923077 −5 1, 923077
10 1, 980198 −10 1, 980198
100 1, 999800 −100 1, 999800
1000 1, 999998 −1000 1, 999998
Observemos que quando x cresce, tomando valores positivos, f (x) se aproxima de 2. Analoga-
Figura 3.9:
.
Definição 3.5 Seja f uma função definida em algum intervalo (a, +∞). Então
lim f (x) = L
x→+∞
Figura 3.10:
.
Definição 3.6 Seja f uma função definida em algum intervalo (−∞, a). Então
lim f (x) = L
x→−∞
Figura 3.11:
.
ou
1
Exemplo 3.27 Observando o gráfico da função f (x) = , determine lim f (x) e lim f (x)
x x→+∞ x→−∞
Figura 3.12:
.
1
i) lim =0
x→+∞ xr
1
ii) lim =0
x→−∞ xr
O Teorema 3.7 é útil para o estudo de limites de funções racionais. Especificamente, para
achar lim f (x) ou lim f (x) para uma função racional f , primeiro dividimos numerador e
x→∞ x→−∞
denominador de f (x) por xn , em que n é a mais alta potência de x que aparece no denominador,
e em seguida aplicamos os teoremas sobre limites.
3x + 4 √
4) lim √ 5) lim ( x2 + 1 − x) 6) lim ex
x→−∞ 2x2 − 5 x→+∞ x→−∞
Usamos a notação
lim f (x) = +∞
x→+∞
para indicar que os valores de f (x) tornam-se grandes quando x se torna grande. Analogamente
podemos ter:
Teorema 3.8
lim f (x) = +∞
lim [f (x) + g(x)] = +∞
x→+∞ x→+∞
a) ⇒
lim g(x) = +∞
lim [f (x)g(x)] = +∞
x→+∞ x→+∞
lim f (x) = −∞
lim [f (x) + g(x)] = −∞
x→+∞ x→+∞
b) ⇒
lim g(x) = −∞
lim [f (x)g(x)] = +∞
x→+∞ x→+∞
lim f (x) = −∞
x→+∞
c) ⇒ lim [f (x)g(x)] = −∞
lim g(x) = +∞ x→+∞
x→+∞
lim [f (x) + g(x)] = +∞
lim f (x) = L, L real,
x→+∞
x→+∞
d) ⇒ lim [f (x)g(x)] = +∞, se L > 0
lim g(x) = +∞
x→+∞
x→+∞
lim [f (x)g(x)] = −∞, se L < 0
x→+∞
lim [f (x) + g(x)] = −∞
lim f (x) = L, L real,
x→+∞
x→+∞
e) ⇒ lim [f (x)g(x)] = −∞, se L > 0
lim g(x) = −∞
x→+∞
x→+∞
lim [f (x)g(x)] = +∞, se L < 0
x→+∞
x3 + 3x − 1 x3 − 3x2 + 1
a) lim b) lim
x→+∞ 2x2 + x + 1 x→−∞ 2x2 + 1
Ao estudarmos limites na seção anterior, vimos que lim f (x) pode existir mesmo que f não
x→a
esteja definida no ponto a. Se f está definida no ponto a e lim f (x) existe, este limite pode ou
x→a
não ser igual a f (a). Se lim f (x) = f (a), então dizemos que f é contı́nua em a, de acordo com a
x→a
Definição 3.8.
Definição 3.8 Dizemos que uma função f é contı́nua no número a se, e somente se, as
i) f (a) existe;
Se uma ou mais de uma dessas condições não forem verificadas em a, a função f será des-
contı́nua em a.
Figura 3.13:
.
f + g,
f − g, f.g e kf são funções contı́nuas em a; f /g será contı́nua em a, desde que g(a) 6= 0.
Teorema 3.10 As seguintes funções são contı́nuas em todos os pontos do seu domı́nio:
• funções polinomiais • funções racionais
• funções trigonométricas • funções trigonométricas inversas
x2 − 1
a) f (x) =
x−1
2
x −1
, se x 6= 1
b) f (x) = x−1
2, se x = 1
(
2x + 3, se x 6= 1
c) f (x) =
2, se x = 1
(
2x − 3, se x ≤ 1
d) f (x) =
x2 , se x > 1
Sejam f e g duas funções tais que Im(f ) ⊂ D(g). Queremos estudar o limite
ou, equivalentemente,
r
x2 − 1
Exemplo 3.31 Calcule lim
x→1 x−1
lim g(x) = L.
x→a
Figura 3.14:
.
1
Exemplo 3.32 Mostre que lim x2 sen =0
x→0 x
x
1
2. lim 1+ =e
x→±∞ x
x
1
x f (x) = 1+
x
1 2
101 (1, 1)10
102 (1, 01)100
103 (1, 001)1.000
104 (1, 0001)10.000
105 (1, 00001)100.000
.. ..
. .
9
109 (1, 000000001)10
x
1
Conclusão: lim 1 + =e
x→+∞ x
1
3. lim (1 + x) x = e
x→0
1
Fazendo a mudança de variável: x = , temos x → 0+ ⇒ y → +∞. Logo
y
1 y
1
lim (1 + x) x = lim 1 + =e
x→0+ y→+∞ y
ax − 1
4. lim =ln a, (a > 0, a 6= 1).
x→0 x
1 − cosx
5. lim =0
x→0 x
Exercı́cios - Capı́tulo 3
p √
2(x − 3) − 2 x−1 x2 + 5x − 14
g) lim h) lim i) lim
x→5 x−5 x→1 x − 1 x→2 x−2
x2 − 6x + 9 2x2 + x − 6 (a + h)2 − a2
j) lim l) lim m) lim
x→3 x−3 x→−2 x+2 h→0 h
√
16 − x − 4 x2 − 9x h
n) lim o) lim √ p) lim √ ,a > 0
x→0 x x→9 x−3 h→0 a − a2 + h
√ √
x+2− 2 x2 1 2x2 + 5x − 3
q) lim r) lim − s) lim
x→0 x x→1 x−1 x−1 x→1/2 6x2 − 7x + 2
√ √ √
3
x+2 x−8 4
x−1
t) lim u) lim √ v) lim √
x→−8 x+8 x→64 x − 4
3 x→1 6
x−1
x−2
x) lim √
3
x→2 3x − 5 − 1
(
x3 , se x ≤ 2
d) lim f (x), se f (x) =
x→2
4 − 2x, se x > 2
(
f (x) − f (1) x2 , se x ≤ 1
e) lim , se f (x) =
x→1 x−1 2x − 1, se x > 1
3x + 2, se x < 4
Exercı́cio 3.3 Dada f (x) = . Ache o valor de k para o qual lim f (x)
5x + k, se 4 ≤ x x→4
existe.
x2 , se x ≤ −2
Exercı́cio 3.4 Dada f (x) = ax + b, se −2 < x < 2 . Ache os valores de a e b, tais que
2x − 6, se 2 ≤ x
lim f (x) e lim f (x) ambos existam.
x→−2 x→2
Exercı́cio 3.5 Um paı́s taxa em 15% a renda de um indivı́duo até R$20.000 e em 20% a renda
reais.
b) Ache lim T (x) e lim T (x)
x→20.000− x→20.000+
Exercı́cio 3.6 As taxas para despachar cargas por navio são frequentemente baseadas em fórmulas
que oferecem um preço menor por quilo quando o tamanho da carga é maior. Suponha que x
quilos sejam o peso de uma carga, C(x) seja o seu custo total e
0, 80x, se 0 < x ≤ 50
C(x) = 0, 70x, se 50 < x ≤ 200
0, 65x, se 200 < x
|x − 4|
Exercı́cio 3.7 Dada f (x) = , ache cada limite, se existir:
x−4
a) lim− f (x)
x→4
b) lim+ f (x)
x→4
c)lim f (x)
x→4
√
Exercı́cio 3.8 Se g(x) = 5 − x, lim g(x) existe?
x→5
Exercı́cio 3.9 Para as funções dos gráficos abaixo, determine os limites laterais da função em
x = a.
a) b) c) d)
1 1 1 1
f (x) = f (x) = f (x) = − f (x) = −
x−a (x − a)2 x−a (x − a)2
√
x2 − 9 1 1 2 3
d) lim+ e) lim+ − 2 f) lim 2
−
x→3 x−3 x→0 x x x→−4− x + 3x − 4 x + 4
2x + 1 2x + 7 7x2 − 2x + 1
g) lim h) lim i) lim
x→+∞ 5x − 2 x→−∞ 4 − 5x x→+∞ 3x2 + 8x + 5
√
2x3 − 4 1 x2 + 4
m) lim n) lim 3x + 2 0) lim
x→+∞ 5x + 3 x→−∞ x x→+∞ x+4
√
x2 − 2x + 3 √ √
p) lim q) lim x2 + 1 − x r) lim 3x2 + x − 2x
x→−∞ x+5 x→+∞ x→+∞
x 1 x+1
x+2 2
s) lim t) lim (1 + 2x) x u) lim 1+
x→+∞ x+1 x→0 x→+∞ x
2x
1 e2x − 1 5x − 1
v) lim 1 + w) lim x) lim
x→+∞ x x→0 x x→0 x
sen 3x sen 2x 5x − 25
y) lim z) lim α) lim
x→0 sen 4x x→0 x x→2 x − 2
1 2x2 x2 + 3x + 2
a) f (x) = 2
b) f (x) = c) f (x) =
x −4 x2 + 1 x2 + 2x − 3
4x2 + x 1 x
d) f (x) = e) f (x) = x2 − 3x + 7 f ) f (x) =
x2 − 9 2 7−x
1
, se x < −2
x+2
x−1
g) f (x) = h) f (x) = 2x + 1 i) f (x) = x2 − 5, se − 2 < x ≤ 3
x2 − 1
√
x + 13, se x > 3
(
1 − x2 , se x < 2
x + 3, se x ≤ 1
a)f (x) = , a=1 b)f (x) = x − 5, se x > 2 , a = 2
4, se x > 1
0 se x = 2
2
3 x − 9 , x 6= 3
c) f (x) = , a = −2 d) f (x) = x−3 , a=3
x+2
4, x= 3
Derivadas
Consideremos uma função f definida no intervalo I e P (a, f (a)) e Q(x, f (x)) dois pontos
distintos do gráfico da função, como mostra a Figura 4.1.
Para determinarmos a reta tangente ao gráfico de f no ponto P (a, f (a)), primeiramente
92
CAPÍTULO 4. DERIVADAS
Figura 4.1:
.
medida que Q aproxima-se de P, a inclinação da reta secante tende para um valor limite. Este
valor limite, se existir, é chamado de coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função
Figura 4.2:
.
Definição 4.1 Seja f uma função contı́nua em a. A reta tangente ao gráfico de f no ponto
f (a + h) − f (a)
ii) a reta que passa por P e tem inclinação m = lim , se o limite existe;
h→0 h
ii) a reta x = a se
f (a + h) − f (a) f (a + h) − f (a)
lim+ = +∞ ou −∞ e lim− = +∞ ou −∞
h→0 h h→0 h
Observação 4.2 Se i) e nem ii) da Definição 4.1 forem verdadeiras, então não existira reta
tangente ao gráfico de f no ponto P (a, f (a)).
Exemplo 4.1 Encontre a equação da reta tangente à parábola f (x) = x2 nos pontos P1 (1, 1), P2 (0, 0),
e P3 (−1, 1).
1
Exemplo 4.2 Encontre a equação da reta tangente ao gráfico da função f (x) = no ponto
x
P (1, 1).
√
Exemplo 4.3 Encontre a equação da reta tangente ao gráfico da função f (x) = 3
x no ponto
P (0, 0).
4.2 A Derivada
Definição 4.2 A derivada de uma função no ponto a, denotada por f ′ (a) (lê-se: f linha de a),
é
f (a + h) − f (a)
f ′ (a) = lim ,
h→0 h
f (a + h) − f (a)
f+′ (a) = lim+ , caso o limite exista.
h→0 h
f (a + h) − f (a)
f−′ (a) = lim− , caso o limite exista.
h→0 h
Dizemos que uma função é derivável em um ponto quando as derivadas laterais existem e são
iguais.
Quando as derivadas laterais existem e são diferentes em um ponto a dizemos que a função
não é derivável em a.
Definição 4.4 A derivada de uma função é a função, denotada por f ′ , tal que
f (x + h) − f (x)
f ′ (x) = lim
h→0 h
Observação 4.3 Na definição (4.4) denotando a variação h como ∆x, a variação em y como
dy
∆y e escrevendo em lugar de f ′ (x), temos
dx
dy ∆y
= lim .
dx ∆x→0 ∆x
dy
Notemos que é um sı́mbolo para derivada e não deve ser considerado como uma razão.
dx
d
Na verdade deve ser considerado um sı́mbolo para o operador derivada. Isto é,
dx
dy d
= (y),
dx dx
representa a derivada de y em relação a x.
Outras notações para derivada de y = f (x) : f ′ (x), Dx f (x), Dx y e y ′
dy √
Exemplo 4.5 Encontre se y = x − 3.
dx
Observação 4.4 A recı́proca do Teorema 4.1 não é verdadeira, isto é, nem toda função contı́nua
em a, é derivável em a.
Teorema 4.2 Se f (x) = c, c uma constante real, então f ′ (x) = 0, para todo x.
Teorema 4.3 Se f (x) = xn , então f ′ (x) = n · xn−1 , para todo n inteiro positivo.
Teorema 4.5 Se h(x) = f (x) + g(x) então, se existirem f ′ (x) e g ′ (x) teremos:
f (x)
Teorema 4.7 Se h(x) = , onde g(x) 6= 0 então, se existirem f ′ (x) e g ′ (x) teremos:
g(x)
2x3 + 4
Exemplo Encontre h′ (x) se h(x) = .
x2 − x + 1
Teorema 4.8 Se f (x) = x−n , onde −n é um inteiro negativo e x 6= 0, então f ′ (x) = −n · x−n−1 .
3 15
Exemplo Se f (x) = 5
, então f ′ (x) = − 6 .
x x
dy sen x
Exemplo 4.7 Determine , se y = .
dx 1 − 2cos x
Exercı́cio 4: Verifique que a derivada das funções tg x, cotg x, sec x e cossec x são dadas
por:
a) Dx (tg x) = sec2 x
b) Dx (cotg x) = −cosec2 x
c) Dx (sec x) = sec x.tg x
1
Teorema 4.12 Se f (x) = loga x (com a > 0 e a 6= 1 ) então, f ′ (x) = .
x . ln a
1
Em particular, se f (x) = ln x então, f ′ (x) = .
x
Para determinar a derivada de uma função composta usaremos um dos importantes teoremas
do Cálculo chamado de Regra da Cadeia. Considerando f e g duas funções deriváveis tais que
Im (g) ⊂ D (f ), podemos apresentar a Regra da Cadeia, que nos dá a derivada da função
composta f ◦ g em termos das derivadas de f e g.
Teorema 4.13 (Regra da Cadeia) Se f e g são funções tais que Im (g) ⊂ D (f ) com g
derivável em x e f derivável em g(x) então, a função composta f ◦ g é derivável em x, e
dy dy du
= .
dx du dx
Ou ainda,
Dx [f (u)] = f ′ (u)Dx u
d
Exemplo 4.9 Calcule sen(x2 + 3) , considerando f (x) = sen x e g(x) = x2 + 3.
dx
d
Exemplo 4.10 Calcule (2x3 − 5x2 + 4)10 , considerando f (x) = x10 e g(x) = 2x3 − 5x2 + 4.
dx
5
d 2 2
Exemplo 4.11 Calcule , considerando f (x) = x5 e g(x) = .
dx x−1 x−1
Teorema 4.14 Se u = g(x) é uma função derivável e n é um número inteiro não nulo então,
d
[g(x)]n = n.[g(x)]n−1 .g ′ (x).
dx
Para provarmos este resultado basta usarmos a Regra da Cadeia e os Teoremas 4.3 e 4.8.
Até agora utilizamos funções da forma y = f (x), ou seja, funções descritas expressando-se
uma variável(y) explicitamente em termos de outra (x). Algumas funções, entretanto, são
1) x2 + y 2 = 1 2) x.y = 1 3) x3 + y 3 = 6xy
A derivação implı́cita consiste em derivar os dois membros de uma equação que envolve
duas variáveis, x e y, em relação a uma delas. Como em geral desejamos ter y como função de
x, essa derivação é normalmente feita em relação à variável x. Após a derivação em ambos os
dy
membros, isolamos y ′ = .
dx
x y
1) 2x + 2y.y ′ = 0 ⇒ y ′ = − 2) 1.y + x.y ′ = 0 ⇒ y ′ = −
y x
2y − x2
3) 3x2 + 3y 2 .y ′ = 6(y + xy ′ ) ⇒ y ′ =
y 2 − 2x
a) sen(x + y) = y 2 .cos x b) x4 + y 4 = 16
f ′ (x) = nxn−1
Prova: Se y = xn então,
ln|y| = ln|x|n = n ln|x| x 6= 0
Consequentemente,
y′ n
=
y x
Portanto,
y ′ = nxn−1 .
1 1 1
Consequência 1: Se f (x) = x n , então f ′ (x) = · x n −1 , para todo n inteiro positivo.
n
√
3
Exemplo 4.19 Dada f (x) = 4 x2 , determine f ′ (x).
√
Exemplo 4.20 Dada f (x) = 5 x2 + 3, determine f ′ (x).
p
Exemplo 4.21 Dada f (x) = 3
(x3 + 1)4 , determine f ′ (x).
√
Exemplo 4.22 Dada f (x) = 2x3 − 4x + 5, determine f ′ (x).
x3
Exemplo 4.23 Dada g(x) = √
3
, determine g ′ (x).
3x2 − 1
√
Exemplo 4.24 Dada f (r) = 4sen2 r + 9cos2 r, determine f ′ (r).
de f ′ existir, ela será chamada de derivada segunda de f e poderá ser denotada por f ′′ (lemos
d2 y
f duas linhas) ou 2 . Da mesma forma, a derivada terceira de f é definida como a derivada
dx
d3 y
de f ′′ , se ela existir. A derivada terceira de f é denotada por f ′′′ (lemos f três linhas) ou 3 .
dx
n−1
Assim, sucessivamente, para cada n ∈ N, supondo definida a função f , se esta for de-
rivável, temos definida a função derivada n-ésima de f , dada por:
ou seja,
dn y d dn−1 y
=
dxn dx dxn−1
Exemplo 4.25 Calcule todas as derivadas da função f dada por f (x) = 8x4 + 5x3 − x2 + 7
Aplicações da Derivada
Se y = f (x), e se x variar de x1 até x1 + ∆x, então y variará de f (x1 ) até f (x1 + ∆x). Assim,
a variação de y, denotada por ∆y, é f (x1 + ∆x) − f (x1 ), quando a variação de x for ∆x. A taxa
média de variação de y por unidade de variação de x, quando x variar de x1 a x1 + ∆x, será
então
f (x1 + ∆x) − f (x1 ) ∆y
=
∆x ∆x
A taxa média de variação de uma função fornece a variação média da função por unidade
acrescida à variável x.
Exemplo 4.28 Suponhamos que um corpo se move em linha reta e que s = s(t) represente o
espaço percorrido pelo móvel até o instante t. Então, no intervalo de tempo entre t e t + h, o
corpo sofre um deslocamento
∆ s = s(t + h) − s(t)
s(t + h) − s(t)
vm =
h
isto é, a velocidade média é o quociente do espaço percorrido pelo tempo gasto em percorrê-lo.
f (a + h) − f (a)
lim = f ′ (a)
h→0 h
Exemplo 4.29 Seja V (x)cm3 o volume de um cubo com x cm de lado, use a calculadora para
calcular a taxa média de variação de V (x) em relação a x, quando x variar de:
a) 3 a 3, 2 b) 3 a 3, 1 c) 3 a 3, 01 d) 3 a 3, 001
Qual a taxa de variação instantânea de V (x) em relação a x quando x é 3?
Exemplo 4.30 No instante t = 0 um corpo inicia um movimento em linha reta. Sua posição
no instante t é dada por s(t) = 16t − t2 . Determine:
a) a velocidade média do corpo no intervalo de tempo [2, 4];
d) a aceleração no instante t = 4.
Em muitos problemas, uma quantidade é dada com função de uma variável que, por sua vez,
pode ser reescrita como função de sua segunda variável, muitas vezes queremos calcular a taxa de
variação da quantidade original em relação à segunda variável, estes problemas são denominados
problemas de taxas relacionadas e podem ser resolvidos com auxı́lio da regra da cadeia.
Exemplo 4.31 Um estudo do meio ambiente de uma comunidade suburbana conclui que a taxa
p
média diária de monóxido de carbono no ar é de c(p) = 0, 5p2 + 17 partes/milhão de habitantes,
quando a população é p milhares de habitantes. Estima-se que daqui a t anos a população será
p(t) = 3, 1 + 0, 1t2 milhares de habitantes. Qual será a taxa de variação, em relação ao tempo,
da taxa de monóxido de carbono daqui a 3 anos? (Use a regra da cadeia).
produzidas durante as t primeiras horas da jornada de trabalho. Qual será a taxa de variação,
em relação ao tempo, do custo total de fabricação 1 hora após o inı́cio do trabalho diário?
Exemplo 4.34 Um tanque de água tem o formato de um cone invertido de 20 metros de altura
e 5 metros de raio da base circular. O tanque tem um vazamento constante de 2 m3 de água por
minuto. Com que velocidade o nı́vel de água estará descendo, quando a profundidade da água
for de 8 metros?
4.10 A Diferencial
Nesta seção introduzimos notação e terminologia adicionais que serão usadas em problemas
dy
envolvendo diferenciação. A nova notação permitirá encararmos como um quociente em
dx
lugar de apenas um sı́mbolo para a derivada de y em relação a x. Vamos utilizá-la também para
∆ y = ∆ f = f (x + ∆x) − f (x)
A reta P R, tangente ao gráfico de f no ponto P (x, f (x)) tem coeficiente angular m = f ′ (x).
Logo,
dy
f ′ (x) = =⇒ dy = f ′ (x).∆ x
∆x
dy
Fazendo, ∆ x = dx temos: dy = f ′ (x).dx, ou seja, = f ′ (x).
dx
Veja que esta definição coincide com a notação de derivada já utilizada. Esta nova notação
dy
permitirá encararmos como um quociente em lugar de apenas um sı́mbolo para a derivada
dx
de f em relação a x.
Figura 4.3:
.
Da figura podemos observar que, quanto menor for ∆ x, mais próximo dy estará de ∆ y.
variações de x.
Definição 4.5 Se a função f for definida por y = f (x), então a diferencial de y, denotada
por dy, será dada por
dy = f ′ (x)∆x
Definição 4.6 Se a função f for definida por y = f (x), então a diferencial de x será dada
por
dx = ∆x
Exemplo 4.35 Consideremos a função f dada por f (x) = 3x2 e os pontos de abscissa 1 e 1, 01.
Calcule:
a) a variação de f no intervalo [1; 1, 01];
Exemplo 4.36 Determine o acréscimo sofrido pela área de um quadrado de lado x, quando x
Exemplo 4.37 O raio de uma esfera tem 21 cm, com um erro de medida possı́vel de no máximo
0,05 cm. Qual é o erro máximo cometido ao usar esse valor de raio para computar o volume da
esfera?
Exemplo 4.38 Obtenha um valor aproximado para o volume de uma fina coroa cilı́ndrica de
altura 12 m, raio interior 7m e espessura 0,05 m. Qual é o erro decorrente do uso de diferenciais
para o cálculo aproximado do volume?
Exemplo 4.39 Uma caixa em forma de um cubo deve ter revestimento externo com espessura de
1/4 cm. Se o lado da caixa é de 2m, use diferencial para encontrar a quantidade de revestimento
necessária.
A figura abaixo mostra o gráfico de uma função f com um máximo absoluto em d e um mı́nimo
absoluto em a . Se restringirmos nossa atenção ao intervalo I = [a, c], então f (b) ≥ f (x), ∀ x ∈ I.
Nesse caso, f (b) é chamado de máximo local de f ou máximo relativo de f.
Definição 4.8 Uma função f tem máximo local (ou máximo relativo) em c se:
Exemplo 4.40 Para f (x) = x2 temos: f (0) = 0 é o mı́nimo absoluto (e o mı́nimo local) de f.
No entanto, a função não tem um valor máximo.
Exemplo 4.41 Observando o gráfico de f (x) = x3 , vemos que essa função não tem um valor
As figuras abaixo mostram que uma função pode não possuir valores extremos se for omitida
Observação 4.5 O Teorema do Valor Extremo afirma que uma função contı́nua em um intervalo
fechado tem um valor máximo e um mı́nimo, contudo, não diz como encontrar esses valores
extremos.
Observação 4.6 O Teorema de Fermat nos dá uma condição suficiente (se...então) mas não
necessária (se, e somente se), ou seja, mesmo quando f ′ (c) = 0, não é necessário existir um
máximo ou um mı́nimo em c. Além disso, podemos ter um valor extremo f (c), sem que exista
f ′ (c).
Exemplo 4.43 Para f (x) = x3 temos f ′ (0) = 0, no entanto f (0) não é mı́nimo nem máximo
de f.
Exemplo 4.44 Para f (x) = |x| temos f (0) = 0 como mı́nimo absoluto de f, no entanto ∄ f ′ (0).
Observação 4.7 O Teorema de Fermat sugere que ao procurarmos os valores mı́nimos e máximos
de uma função f iniciemos procurando os valores c tais que f ′ (c) = 0. Esses números são chama-
dos de números crı́ticos.
Definição 4.9 Um número crı́tico de uma função f é um número c no domı́nio de f tal que
f ′ (c) = 0 ou ∄ f ′ (c).
1
Exemplo 4.45 Encontre os valores absolutos da função f (x) = x3 − 3x2 + 1, − ≤ x ≤ 4.
2
Os métodos estudados nesta seção para encontrar os valores extremos têm aplicações práticas
em muitas situações do dia a dia. A seguir vamos resolver problemas tais como maximizar áreas,
volumes e lucros e minimizar distâncias, tempo e custos.
Exemplo 4.46 Um fabricante de caixas de papelão deseja fazer caixas abertas a partir de pedaços
quadrados de papelão com 144 cm2 cortando quadrados iguais nos quatro cantos e dobrando os
lados para cima. Queremos encontrar o comprimento do lado do quadrado a ser cortado para
Exemplo 4.47 Um campo retangular à margem de um rio deve ser cercado, com exceção do
lado ao longo do rio. Se no lado paralelo ao rio será usado um material de R$12, 00 por metro
linear e, nas laterais um material de R$8, 00 por metro linear, ache o campo de maior área
Exemplo 4.48 Uma exposição de tubarões será feita numa tenda que tem o formato de um cone
circular reto com 5 m de raio e 4 m de altura. Os engenheiros responsáveis pela construção da
tenda, deverão encontrar as dimensões de um cilindro circular reto de maior volume que possa
ser colocado dentro da tenda (cilindro inscrito no cone) para abrigar os tubarões.
Figura 4.4:
.
Prova: Existem três casos:
Caso I: f (x) = k, uma constante.
Então f ′ (x) = 0, logo o número c pode ser tomado com qualquer número em (a, b).
Caso II: f (x) > f (a) para algum x em (a, b) (figura (b) ou (c)). Pelo Teorema do Valor
Extremo (hipótese 1), f tem um valor máximo em algum ponto de [a, b]. Uma vez que f (a) = f (b),
ela deve assumir esse valor máximo em algum número c no intervalo aberto (a, b). Então f tem
um máximo local em c e , pela hipótese 2, f é derivável em c. Portanto, f ′ (c) = 0 pelo Teorema
de Fermat.
Caso III: f (x) < f (a) para algum x em (a, b) (figura (c) ou (d)). Pelo Teorema do Valor
Extremo (hipótese 1), f tem um valor mı́nino em [a, b] e como f (a) = f (b), ela deve assumir esse
valor mı́nimo em algum número c no intervalo aberto (a, b). Então f tem um mı́nimo local em c
e , analogamente ao caso II, f ′ (c) = 0.
Teorema 4.19 (O Teorema do Valor Médio) Seja f uma função é contı́nua no intervalo
fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto (a, b). Então existe um número c em (a, b) tal que
f (b) − f (a)
f ′ (c) = ou f (b) − f (a) = f ′ (c)(b − a)
b−a
Figura 4.5:
.
Exemplo 4.49 Para ilustrar o Teorema do Valor Médio com uma função especı́fica, vamos
considerar f (x) = x3 − x, a = 0, b = 2. Uma vez que f é um polinômio, então ela é contı́nua e
derivável para todo x; logo, é certamente contı́nua em [0, 2] e derivável em (0, 2). Portanto, pelo
o que nos dá c2 = 34 , isto é, c = ± √23 . Porém c deve estar em (0, 2); logo, c = √2 .
3
A figura abaixo ilustra esse cálculo: a reta tangente no ponto (c, f (c)) é paralela à reta secante
OB.
Figura 4.6:
.
Teorema 4.20 Se f ′ (x) = 0 para todo x em um intervalo (a, b), então f é constante em (a, b).
Muitas das aplicações do cálculo dependem de nossa habilidade para deduzir fatos sobre uma
função f a partir de informações relativas a suas derivadas. Como f ′ (x) representa a inclinação
da curva y = f (x) no ponto (x, f (x)), ela nos informa para qual direção a curva segue em cada
ponto. Assim, é razoável esperar que informações sobre f ′ (x) nos dê informações sobre f (x).
Definição 4.10 Uma função f definida num intervalo I será crescente naquele intervalo, se
e somente se
Definição 4.11 Uma função f definida num intervalo I será decrescente naquele intervalo,
se e somente se
Observe que entre A e B e entre C e D as retas tangentes têm inclinação positiva, logo
f ′ (x) > 0. Entre B e C, as retas tangentes têm inclinação negativa, portanto, f ′ (x) < 0. Assim,
parece que f cresce quando f ′ (x) é positiva e decresce quando f ′ (x) é negativa. Para demonstrar
que isso é sempre válido, vamos usar o Teorema do Valor Médio.
Seja f uma função contı́nua no intervalo fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto (a, b):
(i) se f ′ (x) > 0 para todo x em (a, b), então f será crescente em [a, b];
(ii) se f ′ (x) < 0 para todo x em (a, b), então f será decrescente em [a, b].
Demonstração:
(a) Sejam x1 e x2 dois números quaisquer no intervalo (a, b) com x1 < x2 . De acordo com a
definição de uma função crescente, temos de mostrar que f (x1 ) < f (x2 ).
Como nos foi dado que f ′ (x) > 0, sabemos que f é derivável em [x1 , x2 ]. Logo, pelo Teorema
Como, f ′ (c) > 0 e x2 − x1 > 0 temos: f (x2 ) − f (x1 ) > 0 ou seja, f (x1 ) < f (x2 ).
Exemplo 4.50 Encontre os intervalos onde a função f (x) = 3x4 − 4x3 − 12x2 + 5 é crescente
e onde ela é decrescente.
Seja f uma função contı́nua em todos os pontos do intervalo aberto (a, b) contendo o número
1- Encontrar f ′ (x);
2- Encontrar os números crı́ticos de f ;
(
x2 − 4, se x < 3
Exemplo 4.52 Esboce o gráfico da função f (x) =
8 − x, se 3 ≤ x
4 1
Exemplo 4.53 Esboce o gráfico da função f (x) = x 3 + 4x 3
A figura abaixo mostra os gráficos de duas funções crescentes em (a, b). Ambos os gráficos
unem A ao B, mas eles são diferentes, pois inclinam-se em direções diferentes. Como distinguir
entre esses dois tipos de comportamento? Observando as tangentes a essas curvas traçadas em
vários pontos, podemos notar que: na parte (a) a curva fica acima das tangentes e f é chamada
côncava para cima em (a, b). Em (b) a curva fica abaixo das tangentes e g é denominada côncava
para baixo em (a, b).
a) b)
vamos primeiro definir as funções com gráfico côncavo para cima ou com gráfico côncavo para
baixo.
Definição 4.12 O gráfico de uma função f é dito côncavo para cima no ponto (c, f (c)) se
f ′ (c) existir e se houver um intervalo I contendo c, tal que para todos os valores de x 6= c em I,
o ponto (x, f (x)) do gráfico está acima da reta tangente ao gráfico em (c, f (c)).
Analogamente, dizemos que o gráfico de uma função f é côncavo para baixo no ponto
(c, f (c)) se f ′ (c) existir e se houver um intervalo I contendo c, tal que para todos os valores de
x 6= c em I, o ponto (x, f (x)) do gráfico está abaixo da reta tangente ao gráfico em (c, f (c)).
Definição 4.13 Se o gráfico de uma função f estiver acima de todas as suas tangentes no
intervalo I, então ele é dito côncavo para cima no intervalo I. Se o gráfico de f estiver
abaixo de todas as sua tangentes em I, é côncavo para baixo.
Figura 4.7:
.
Vamos analisar agora como a derivada segunda nos ajuda a determinar os intervalos de
concavidade
Teorema 4.22 Seja f uma função diferenciável em algum intervalo aberto contendo c. Então,
(i) Se f ′′ (c) > 0 então o gráfico de f é côncavo para cima em (c, f (c));
(ii) Se f ′′ (c) < 0 então o gráfico de f é côncavo para baixo em (c, f (c)).
Definição 4.14 O ponto P (c, f (c)) será um ponto de inflexão do gráfico de f se o gráfico
tiver nele uma reta tangente e se existir um intervalo aberto I contendo c, tal que se x estiver
em I, então
Teorema 4.23 Seja a função f for derivável em algum intervalo aberto contendo c e se (c, f (c))
Exemplo 4.55 Examine a curva f (x) = x4 − 4x3 em relação à concavidade, aos pontos de
inflexão e mı́nimos e máximos locais. Esboce a curva.
x2
Exemplo 4.56 Faça um esboço do gráfico de f (x) = .
x2 − 4
ou
0 ±∞
(Em outras palavras, temos uma forma indeterminada do tipo ou . Então
0 ±∞
f (x) f ′ (x)
lim = lim ′
x→a g(x) x→a g (x)
ln x ex
1- lim 2- lim 2
x→1 x − 1 x→+∞ x
sen x ln x
3- lim 4- lim √
x→0 x x→+∞ 3 x
ex − e−x
5-lim
x→0 ln(x + 1)
seu esboço.)
1 − f (x) = x3 − 12x + 1 2 − f (x) = x4 − 2x2 + 3
1o ) Determine o domı́nio.
2o ) Determine as interseções com os Eixos (você pode omitir esta etapa se a equação
f(x)=0 for difı́cil de resolver).
Exercı́cios - Capı́tulo 4
Exercı́cio 4.1 Determine o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f em P (a, f (a))
e a equação da reta tangente em P1 (2, f (2)). Faça um esboço da gráfico de cada função.
1
13) f (x) = x3 − 3x2 + 5x − 2 14) F (x) = x2 + 15) f (x) = (2x4 − 1)(5x3 + 6x)
x2
x3
16)f (x) = 3x4 − 5x2 + 1 17) f (x) = + 3x2 18) f (x) = (4x2 + 3)2
3
1 1
19) f (x) = x8 − x4 20) f (x) = 4x4 − 21) f (y) = (7 − 3y 3 )2
8 x4
22) f (x) = x7 − 2x5 + 5x3 23) f (x) = x4 + x−4 24) f (t) = (t3 − 2t)(2t2 + t)
25) f (x) = tg x.sec x 26) f (x) = 3 sen x 27) f (x) = sen x + cos x
28) g(x) = tg x + cotg x 29) f (x) = 4 sec x − 2 cosec x 30)f (t) = 2t cos t
31) f (x) = 4x2 cos x 32)g(x) = x sen x + cos x 33) g(y) = 3 sen y − y cos y
36) f (x) = x2 cos x − 2x sen x − 2cos x 37) h(y) = y 3 − y cos y + 2y sen y + 2 cos y
Exercı́cio 4.4
Nosexercı́cios de 40 a 61
calcule
a derivada indicada.
x 2x x
40) Dx 41) Dx 42) Dx
x−1 x+3 x2 − 1
2y + 1 d x2 + 2x + 1 d 4 − 3x − x2
43) Dy 44) 45)
3y + 4 dx x2 − 2x + 1 dx x−2
d 5t d s 2 − a2
46) 47) 48) Dy (cotg y cosec y)
dt 1 + 2t2 ds s 2 + a2
2 cos z sen t
49) Dx (cos x cotg x) 50) Dz 51) Dt
z +1 t
d sen x d x+4 d tg t
52) 53) 54)
dx 1 − cos x dx cos x dt cos t − 4
d cotg y d 1 + sen y d sen x − 1
55) 56) 57)
dy 1 − sen y dy 1 − sen y dx cos x + 1
d d 2
58) [(x − senx)(x + cosx)] 59) (z + cosz)(2z − senz)
dx dz
d 2cosec t − 1 d tg y + 1
60) 61)
dt cosec t + 2 dy tg y − 1
Exercı́cio 4.5 Nos Exercı́cios de 62 a 73, calcule f ′ (a) para o valor indicado.
cos x 1 sec x
64) f (x) = ;a = π 65) f (x) = ;a = π
x 2 x2
68) f (x) = sen x(cos x − 1); a = π 69) f (x) = (cos x + 1)(x sen x − 1); a = 21 π
1 3
72) f (x) = 2 cotg x − cosec x; a = 32 π 73) f (x) = ;a= π
cotg x − 1 4
Exercı́cio 4.6 Determine uma equação da reta tangente à curva y = x3 − 4 no ponto (2, 4).
Exercı́cio 4.7 Determine uma equação da reta tangente à curva y = 8/(x2 + 4) no ponto (2, 1).
x
a) f (x) = (x2 − 3x + 8)3 b) g(x) = (8x − 7)−5 c) f (x) =
(x2 − 1)4
w2 − 4w + 3
d) f (x) = (8x3 −2x2 +x−7)5 e) N (x) = (6x−7)3 (8x2 +9)2 f ) g(w) =
w3/2
2x + 3
g) H(x) = √ h) H(θ) = cos5 3θ i) f (x) = cos(3x2 ) + cos2 (3x)
4x2 + 9
6
cos 4w 2 1 √
3
j) h(w) = k) g(z) = z − 2 l) k(r) = 8r3 + 27
1 − sen4w z
Exercı́cio 4.11 Se k(x) = f (g(x)) e se f (2) = −4, g(2) = 2, f ′ (2) = 3 e g ′ (2) = 5, determine
k(2) e k ′ (2).
Exercı́cio 4.12 Se f (t) = g(h(t)) e se f (4) = 3, g(4) = 3, h(4) = 4, f ′ (4) = 2 e g ′ (4) = −5,
calcule h′ (4).
Exercı́cio 4.13 De um balão a 150 metros acima do solo, deixa-se cair um saco de areia.
Desprezando-se a resistência do ar, a distância s(t) do solo ao saco de areia em queda, após
a) quando t = a segundos;
b) quando t = 2 segundos;
c) no instante em que ele toca o solo.
Exercı́cio 4.14 Uma bola de bilhar é atingida e movimenta-se em linha reta. Se s em cm for
a distância da bola de sua posição inicial após t segundos, então, s(t) = 100t2 + 100t. Com qual
Exercı́cio 4.15 Em um circuito elétrico, se E volts for a força eletromotriz, R ohms for a
resistência e I ampères for a corrente, segue da lei de Ohm que IR = E. Supondo que E seja uma
constante positiva, mostre que R diminui a uma taxa proporcional ao inverso do quadrado de I.
Exercı́cio 4.16 Suponha que um tumor no corpo de uma pessoa tenha a forma esférica. Se,
quando o raio do tumor for 0, 5cm, o raio estiver crescendo a uma taxa de 0, 001cm por dia, qual
será a taxa de aumento do volume do tumor naquele instante? E qual será a taxa de crescimento
da sua área?
Exercı́cio 4.17 Uma pedra cai livremente num lago parado. Ondas circulares se espalham e o
raio da região afetada aumenta a uma taxa de 16cm/s. Qual a taxa segundo a qual a região está
Exercı́cio 4.18 Um tanque tem a forma de um cone invertido com 16m de altura e uma base
com 4m de raio. A água ”flui”no tanque a uma taxa de 2m3 /min. Com que velocidade o nı́vel
dx
Exercı́cio 4.19 Dada x cos y = 5, onde x e y são funções de uma terceira variável t. Se =
dt
dy 1
−4, ache quando y = π.
dt 3
Exercı́cio 4.20 Estima-se que, daqui a t anos, a circulação de um jornal local será
C(t) = 100t2 + 400t + 5000. Calcule o aumento sofrido pela circulação daqui a 6 meses.
Exercı́cio 4.21 Estima-se que, daqui a t anos, a população de uma certa comunidade suburbana
6
será de P (t) = 20 − milhares de habitantes. Qual será o aumento aproximado da população
t+1
durante os próximos 3 meses?
Exercı́cio 4.22 Um estudo da eficiência do turno da manhã de uma certa fábrica indica que
um operário médio, chegando ao trabalho às 8 horas, montará f (x) = −x3 + 6x2 + 15x rádios x
horas depois. Quantos rádios o operário montará aproximadamente, entre 9 horas e 9 horas e
15 minutos?
√
Exercı́cio 4.23 Numa certa fábrica, a produção diária é de Q(k) = 600 k unidades, onde k
representa o investimento de capital medido em unidades de R$1.000, 00. O investimento atual
de capital é de R$900.000, 00. Estime o efeito resultante na produção diária com um investimento
de capital adicional de R$800, 00.
1
Exercı́cio 4.24 Em certa fábrica, a produção diária é de Q(L) = 60.000L 3 unidades, sendo L o
4
Exercı́cio 4.25 Você mediu o raio de uma esfera, encontrando 6cm, e usou a fórmula V = πr3
3
para calcular o volume. Se a medida do raio tiver uma porcentagem de erro máxima de 1%,
aproximadamente, qual será a porcentagem de erro máxima do volume que você calculou?
Exercı́cio 4.26 Estime o que acontecerá à área de uma região circular, se o raio aumentar de
1%.
Exercı́cio 4.27 Um tanque cilı́ndrico aberto, deve ter um revestimento externo com 2cm de
espessura. Se o raio interno for 6m e a altura 10 m, encontre, por diferenciais, a quantidade de
Exercı́cio 4.28 Um pintor é contratado para pintar ambos os lados de 50 placas quadradas com
1
40 cm de lado. Depois que recebeu as placas verificou que os lados das placas tinham cm a
2
mais. Usando diferencial, determine o aumento aproximado da porcentagem de tinta a ser usada.
Integrais
Um engenheiro pode usar informações quanto a taxa de variação segundo a qual a água
está escoando de um tanque para determinar a quantidade escoada durante um certo perı́odo.
Da mesma maneira um fı́sico conhecendo a velocidade ou a aceleração de uma partı́cula pode
determinar sua posição em um dado instante.
Em cada caso, o objetivo é encontrar uma função F cuja derivada é uma função conhecida f.
Se a função F existir então ela é chamada de antiderivada de f.
5.1 Antidiferenciação
Você já está familiarizado com operações inversas: adição e subtração, multiplicação
e divisão, potenciação e radiciação. Nesta seção, vamos desenvolver a operação inversa da
diferenciação chamada de antidiferenciação.
Definição 5.1 Uma função F será chamada de antiderivada (ou integral indefinida) de uma
função f num intervalo I se F ′ (x) = f (x) para todo x ∈ I.
Z
Notação: Usa-se o sı́mbolo para denotar a operação de antidiferenciação.
140
CAPÍTULO 5. INTEGRAIS
√
Há muitas outras antiderivadas de 3x2 , tais como, x3 − 1, x3 + 2 e x3 + 5. De modo geral,
se C é umas constante arbitrária, então x3 + C é antiderivada de 3x2 , pois
Assim, existe uma famı́lia de antiderivadas de 3x2 da forma F (x) = x3 + C, onde C é uma
constante qualquer. O próximo teorema afirma que toda antiderivada é desta forma.
Z
Notação: f (x)dx = F (x) + C se, F ′ (x) = f (x).
Teorema
Z 5.2
i) [Dx f (x)]dx = f (x) + C
Z
ii) Dx f (x)dx = f (x)
Demonstração:
i) Verdadeira pois, f ′ (x) = Dx f (x).
Z
ii) Dx f (x)dx = Dx [F (x) + C] = F ′ (x) + 0 = f (x), onde F (x) é a antiderivada de f (x).
Z
Teorema 5.3 dx = x + C
Z Z
Teorema 5.4 cf (x)dx = c f (x)dx, onde c é constante real.
Z Z Z
[f1 (x) + f2 (x)]dx = f1 (x)dx + f2 (x)dx
xn+1 xn
Demonstração: Dx + C = (n + 1) + 0 = xn .
n+1 n+1
Z Z
−1 1
Observação 5.2 Para n=−1 temos x dx = dx = ln|x|+C, C uma constante qualquer.
x
Z
Exemplo 5.2 Calcule (x5 + 3x − 1)dx.
Solução:
Z Z Z Z
5 5
(x + 3x − 1)dx = x dx + 3xdx − dx
Z Z Z
5
= x dx + 3 xdx − dx
x6 x2
= + C1 + 3 + C2 − x + C3
6 2
x6 x2
= +3 −x+C
6 2
onde C = C1 + C2 + C3 .
Observação: Não é necessário a utilização de três constantes, pois a soma de constantes é uma
constante, portanto podemos substituir a soma por uma única constante.
Exemplos:
Z Z
1) x3 dx = 2) x2 dx =
Z Z
1 √
3
3) dx = 4) x dx =
x2
Z Z
5) (3x + 5) dx 6) (5x4 − 8x3 + 9x2 − 2x + 7) dx
Z Z
√ 1 5t2 + 7
7) x 1+ dx 8) 4 dt
x t3
Os teoremas para a antiderivada das funções seno e cosseno seguem imediatamente dos teo-
remas correspondentes para diferenciação.
Z
ax
Teorema 5.8 ax dx = +C
ln a
Z
Teorema 5.9 sen x dx = −cos x + C
Z
Teorema 5.10 cos x dx = sen x + C
Z
Teorema 5.11 sec2 x dx = tg x + C
Z
Teorema 5.12 cossec2 x dx = −cotg x + C
Z
Teorema 5.13 sec x.tg x dx = sec x + C
Z
Teorema 5.14 cossec x.cotg x dx = −cossec x + C
Z
Exemplo 5.3 Calcule (3sec x tg x − 5 cossec2 x )dx
Z
2cotgx − 3sen2 x
Exemplo 5.4 Calcule dx
senx
Z
Exemplo 5.5 Calcule (tg 2 x + cotg 2 x + 4)dx
1. Estima-se que daqui a t meses a população de certa cidade esteja aumentando à taxa de
d
p(t) = 4 + 5t2/3 habitantes por mês. Se a população atual é de 10.000 habitantes, qual
dt
será a população daqui a 8 meses?
2. Um corpo está se movendo de tal forma que que sua velocidade após t minutos é
3. Um botânico descobre que certo tipo de árvore cresce de tal forma que sua altura h(t),
após t anos, está variando a uma taxa de 0, 06t2/3 + 0, 3t1/2 metros/ano. Se a árvore tinha
60 cm de altura quando foi plantada, qual altura estimada para daqui 27 anos?
Z Z Z
2 9 9 ′ 1 10 1
(1 + x ) .(2x)dx = [g(x)] .[g (x)dx] = u9 du = u + C = (1 + x2 )10 + C
10 10
A justificativa do procedimento usado para obter o resultado acima é dada pelo Teorema a
seguir, que é análogo à regra da cadeia para diferenciação, sendo chamado de regra da cadeia
para antidiferenciação.
Teorema 5.15 Seja g uma função diferenciável e seja o intervalo I a imagem de g. Suponha
que f seja uma função definida em I e que F seja uma antiderivada de f em I. Então,
Z
f (g(x))g ′ (x) dx = F (g(x)) + C
Z
√
1) 3x + 4 dx
Z
2) x2 (5 + 2x3 )8 dx
Z
3) 3x4 (5 + x5 )3 dx
Z
4) x.cos(x2 )dx
Z
4x2
5) dx
(1 − 8x3 )4
Z
√
6) x2 1 + x dx
Z √
sen x
7) √ dx
x
Z
√
8) sen x 1 − cos x dx
Z
9) tg x dx
Figura 5.1:
A tentantiva de calcular a área da região entre as retas x = a e x = b, situada entre o gráfico
de f e o eixo das abscissas, leva-nos ao conceito de integral.
Um caminho natural para avaliar a área dessa região é iniciar com aproximações. Fazemos
b−a
isso dividindo o intervalo [a, b] em n subintervalos de mesmo comprimento ∆n = , através
n
dos pontos a = t0 < t1 < . . . < tn = b.
Em cada um dos intervalos [ti−1 , ti ] assim determinados, escolhemos um ponto ci e cons-
truı́mos o retângulo com base [ti−1 , ti ] e altura igual a f (ci ). Parece natural esperar que a soma
das áreas desses retângulos forneça uma aproximação da área desejada, e que quanto menor for
o comprimento ∆n de cada intervalo [ti−1 , ti ], tanto melhor será esta aproximação.
Figura 5.2:
.
Esta soma é
Quando existe lim Sn (f ), dizemos que a região acima descrita é mensurável e que sua área é
n→∞
A = lim Sn (f ).
n→+∞
De acordo com a definição que daremos a seguir, este limite também será chamado de integral
de f sobre [a, b].
Observação 5.3 É possı́vel mostrar que este limite existe para um conjunto de funções.
é chamado partição de [a, b]. Os intervalos [ti−1 , ti ] são chamados intervalos da partição P ou,
simplesmente, intervalos de P.
Consideremos uma função limitada f : [a, b] → R, isto é, uma função para qual existe um
número k > 0 tal que |f (x)| ≤ k para todos x ∈ [a, b]. (Assim, f poderá também assumir valores
negativos o que não permitı́amos na seção anterior).
b−a
Para cada n ∈ N, dividimos o intervalo [a, b] em n partes de mesmo comprimento ∆n =
n
através da partição
P = {a = t0 < t1 < t2 < . . . < tn = b}.
Definição 5.2 Quando existe lim Sn (f ) diremos que f é integrável e que sua integral é esse
n→+∞
limite.
significa que esse limite deve ter o mesmo valor, qualquer que seja a escolha dos pontos ci ∈
[ti−1 , ti ].
Para indicar a integral definida de f de a até b usaremos a notação
Z b
f (x)dx
a
Portanto,
Z b n
X
f (x)dx = lim Sn (f ) = lim f (ci )∆n .
a n→+∞ n→+∞
i=1
Observação 5.5 Os intervalos [ti−1 , ti ] de uma partição P não precisam ter o mesmo compri-
mento. Neste caso, porém, não basta exigir que n tenda ao infinito na definição da integral;
precisamos exigir que o comprimento de cada intervalo de P tende a zero. Então teremos
Z b
f (x)dx = lim Sn (f ),
a |P |→0
Teorema 5.16 Se uma função for contı́nua no intervalo fechado [a, b], então ela será integrável
em [a, b].
Z b Z b Z b
2. [f (x) + g(x)]dx = f (x)dx + g(x)dx.
a a a
Z b Z b
3. cf (x)dx = c f (x)dx, onde c é qualquer constante.
a a
Z b Z b Z b
4. [f (x) − g(x)]dx = f (x)dx − g(x)dx.
a a a
Z b
5. Se f (x) ≥ 0 para a ≤ x ≤ b, então f (x)dx ≥ 0.
a
Z b Z b
6. Se f (x) ≥ g(x) para a ≤ x ≤ b, então f (x)dx ≥ g(x)dx.
a a
Z a
8. Se f(a) existe, então f (x)dx = 0
a
Z d Z c
9. Se c > d, então f (x)dx = − f (x)dx
c d
Z 1 Z 1
2
Exemplo 5.7 Usando o fato que x dx = 1/3. Calcule [4 + x2 ]dx.
0 0
Teorema 5.17 Se a < c < b e se f é integrável tanto em [a,c] como em [c,b], então f é integrável
em [a,b] e Z Z Z
b c b
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx
a a c
O resultado seguinte é uma generalização do Teorema 5.17 ao caso em que c não está neces-
sariamente entre a e b.
Z π
2. sen xdx
0
Z 1 √
3. ( x − x2 )dx
0
Z 3
4. |x|dx
−2
Z 3
5. ex dx
−1
Z 2
6. 3x dx
4
Z 2
1
7. dx
1 x
Z b Z g(b)
′
Teorema 5.21 Se u = g(x), então f (g(x))g (x)dx = f (u)du
a g(a)
O Teorema 5.21 afirma que, após fazer a substituição u = g(x) e du = g ′ (x)dx, podemos
utilizar os valores de g que corresponde a x = a e x = b, respectivamente, como os limites da
integral que envolve u. É, pois, desnecessário voltar á variável original x após integrar.
Z 10
3
Exemplo 5.9 Calcular √ dx.
2 5x − 1
Z π/4
Exemplo 5.10 Calcular (1 + sen 2x)3 cos 2xdx.
0
Teorema 5.23 Se f e g são funções contı́nuas e f (x) ≥ g(x) para todo x em [a,b], então a área
A da região delimitada pelos gráficos de f, g, x=a e x=b é
Z b
A= [f (x) − g(x)]dx
a
√
Exemplo 5.12 Achar a área da região delimitada pelos gráficos das equações y = x2 e y = x.
Z
Exemplo 5.13 Calcular xex dx.
Z
Exemplo 5.14 Calcular ln xdx.
Z
Exemplo 5.15 Calcular ex cos xdx.
Z
Exemplo 5.16 Calcular x2 ex dx.
Z π
Exemplo 5.18 Calcular sen 2 xdx.
0
Z
Exemplo 5.19 Ache sen 4 xdx.
Z
Estratégia para calcular sen m x cosn xdx
(a) Se a potência do cosseno é ı́mpar (n=2k+1), guarde um fator cosseno e use cos2 x = 1− sen 2 x
para expressar os fatores remanescentes em termos de seno:
Z Z
m 2k+1
sen x cos xdx = sen m x(cos2 x)k cos xdx
Z
= sen m x(1 − sen 2 x)k cos xdx
(b) Se a potência de seno é ı́mpar (m=2k+1), guarde um fator seno e use sen 2 x = 1 − cos2 x,
para expressar os fatores remanescentes em termos de cosseno:
Z Z
2k+1 n
sen x cos xdx = ( sen 2 x)k cosn x sen xdx
Z
= (1 − cos2 x)k cosn x sen xdx
Então substitua u = cos x. [Note que se ambos os fatores de seno e cosseno são ı́mpares,
podemos usar (a) ou (b)]
(c) Se as potências de seno e cosseno são pares, utilizamos as identidades dos ângulos-metade
1 1
sen 2 x = (1 − cos 2x) cos2 x = (1 + cos 2x)
2 2
1
sen x cos x = sen 2x
2
Z
Exemplo 5.20 Calcule cos3 x sen 4 xdx.
Z
Exemplo 5.21 Calcule tg 6 x sec4 xdx.
Z
Exemplo 5.22 Calcule tg 5 θ sec7 θdθ.
Z
Estratégia para avaliar tg m x secn xdx
(a) Se a potência da secante é par (n = 2k, k ≥ 2), guarde um fator de sec2 x e use
Assim, substitua u = tg x.
Z
(a) sen mx cos nxdx;
Z
(b) sen mx sen nxdx;
Z
(c) cos mx cos nxdx; use a identidade correspondente:
Z
Exemplo 5.25 Calcule cos 5x cos 3x dx.
Na tabela a seguir listamos as substituições trigonométricas que são eficazes para as expressões
radicais dadas em razão de certas identidades trigonométricas. Em cada caso, a restrição de θ é
imposta para assegurar que a função que define a substituição seja um a um (possui inversa).
√ π π
a2 − x 2 x = a sen θ, − ≤θ≤ 1 − sen 2 θ = cos2 θ
2 2
√ π π
a2 + x 2 x = a tg θ, − <θ< 1 + tg 2 θ = sec2 θ
2 2
√ π 3π
x 2 − a2 x = a sec θ, 0 ≤ θ < ou π ≤ θ < sec2 θ − 1 = tg 2 θ
2 2
Z √
9 − x2
Exemplo 5.26 Calcule dx.
x2
Z
1
Exemplo 5.27 Ache √ dx
x2 x2 + 4
Z
1
Exemplo 5.28 Calcule √ dx, a > 0.
x2 − a2
1 1 2
− = 2 .
x−1 x+1 x −1
2
A expressão á esquerda da equação é chamada decomposição em frações parciais de 2 .
Z (x − 1)
Para achar H(x) dx, integramos cada uma das frações que constituem a decomposição, obtendo
Z Z Z
2 1 −1
2
dx = dx + dx
x −1 x−1 x+1
= ln |x − 1| − ln |x + 1| + C
x − 1
= ln +C
x + 1
onde o grau de P (x) é menor do que o grau de Q(x). Se isto não ocorrer, teremos que recorrer à
divisão para chegar à forma adequada. Por exemplo, dada
x3 − 6x2 + 5x − 3
x2 − 1
6x − 9
Passamos então á decomposição de em frações parcias.
x2 − 1
P (x)
Para escrever como uma soma de frações parciais usamos a fatoração de Q(x) num
Q(x)
produto de fatores lineares e quadráticos. A existência desses fatores é garantida pelo Teorema
Fundamental da Álgebra.
P (x) A1 A2 An
≡ + + ... + ,
Q(x) a1 x + b 1 a2 x + b 2 an x + b n
Z
x−1
Exemplo 5.29 Calcule dx
x3 − x2 − 2x
Z Z
du 1 u − a du 1 u + a
Exemplo 5.30 Mostre que = ln +C e que = ln +C
u2 − a 2 2a u + a a 2 − u2 2a u − a
Caso 2: os fatores de Q(x) são todos lineares e alguns são repetidos, ou seja, em
algum (ai x + bi )pi têm-se: pi > 1
Se (ai x + bi ) é um fator que se repete p vezes (pi = p) então o correspondente a este fator é
a soma das seguintes p frações parciais:
A1 A2 Ap−1 Ap
p
+ p−1
+ ... + 2
+ ,
(ai x + bi ) (ai x + bi ) (ai x + bi ) (ai x + bi )1
onde A1 , A2 ... , An são constantes a serem determinadas para cada fator (ai x + bi ) que se repete
p vezes.
Z Z
4x 4x
Exemplo 5.31 3 2
dx = dx
x −x −x+1 (x − 1)2 (x + 1)
Caso 4: Os fatores de Q(x) são lineares e quadráticos e alguns dos fatores quadráticos
são repetidos.
Se ax2 + bx + c for um fator quadrático de Q(x) que se repete p vezes, então, correspondendo
ao fator (ax2 + bx + c)p , teremos a soma das p frações parciais:
A1 x + B1 A2 x + B2 Ap x + Bp
2 p
+ 2 p−1
+ ... +
(ax + bx + c) (ax + bx + c) (ax2 + bx + c)1
Z
(1 − x + 2x2 − x3 )
Exemplo 5.33 dx
x(x2 + 1)2
Exercı́cios - Capı́tulo 5
Exercı́cio
Z 5.1 Calcule Z Z
2 1 3
a) (4x + 3)dx b) (9t − 4t + 3)dt c) 3
− 2 dz
z z
Z Z Z
√ 1 5/4 −4
8x − 5
d) 3 u+ √ du e) 2v + 3v dv f) √ dx
u 3
x
Z Z Z
3 7 sec t
g) cos udu h) dx i) dt
4 csc x cos t
Z Z Z √
√ √
j) 3x − 2 dx l) 3
8t + 5 dt m) v 2 v 3 − 1 dv
Z Z √ Z
x ( x + 3)4
n) √ dx o) √ dx p) 3 sen 4x dx
3
1 − 2x2 x
Z √ Z Z
cos t
sec2 3x tg 3x dx
3
q) cos 3x sen 3xdx r) dt s)
(1 − sen t)2
Exercı́cio 5.2 Em qualquer ponto (x,y) de uma determinada curva, a reta tangente tem uma
inclinação igual a 4x − 5. Se a curva contém o ponto (3,7), ache sua equação.
Exercı́cio 5.3 A função custo marginal C ′ é dada por C ′ (x) = 4x − 8 quando C(x) é o custo
total da produção de x unidades. Se o custo da produção de 5 unidades for R$20, 00, ache a
função custo total.
Exercı́cio
Z 4 5.5 Calcule Z Z
12 0
a) (x2 − 4x − 3)dx b) dx c) (2x + 3)2 dx
1 7 −1
Z 1 Z 6 Z 4
2 100 1
d) (4x − 5) dx e) |x − 4|dx f) √ √ dy
y( y + 1)3
Z1 π Z−3π/3 Z 1π/6
g) cos(3θ)dθ h) (4 sen 2θ + 6 cos 3θ)dθ i) (x + sen 5x)dx
π/2 π/4 −π/6
Z 1 Z π Z 10
z √
j) dz k) t sen 3tdt l) 5x − 1dx
0 (z + 1)3
2
0 1
Z 5 Z π
R2 √ 2
m) 0 t2 t3 + 1dt n) |x − 3|dx o) sen (2x) dx
−2 0
Z 2 Z 2 Z 2
2 x
p) x ln x dx q) x 3 dx r) xe2x dx
1 0 0
Z Z Z
2 x3 z ln z 4 +2x
d) x 10 dx e) a (ln z + 1) dz f) 5x (2x3 + 1) dx
Z Z Z
2
g) x ln x dx h) loga x dx i) x3 ex dx
Z Z Z
x
j) x cos xdx k) e senx dx l) xe−x dx
Z Z Z
2 3x
m) xe dx n) x cos 5x dx o) x sec x tg xdx
Z Z Z
2
√
p) x cos x dx q) x ln x dx r) sen 5 x dx
Z Z Z
2 2 3 2
s) sen x cos x dx t) sen x cos x dx u) tg 3 x sec4 xdx
Z Z Z
3 2
√ 3 1
v tg x sec xdx w) sen x cos xdx x) √ dx
x 4 − x2
Z Z Z
1 1 5x − 12
y) √ dx z) √ dx α) dx
x 9 + x2 x2 x2 − 25 x(x − 4)
Z Z
37 − 11x 6x − 11
β) dx γ) dx
(x + 1)(x − 2)(x − 3) (x − 1)2
Exercı́cio 5.10 Se um automóvel parte do repouso, qual a aceleração constante que lhe permitirá
percorrer 150 metros em 10 segundos?
Exercı́cio 5.11 Se um ponto se move em uma reta coordenada com a aceleração a(t) = 2 − 6t,
e as condições iniciais, v(0) = −5 e s(0) = 4, determine s(t).
Exercı́cio 5.12 Nos exercı́cios 1 a 10 use mudança de variável para resolver as integrais:
Z p Z Z √ Z
√
1) 1 − 4y dy 2) 3
6 − 2x dx 3) x x2 − 9 dx 4) x2 (x3 − 1)10 dx
Z p Z Z Z
3 y 3 dy 2 4/3
√
5) 5x (9 − 4x2 )2 dx 6) 7) (x −4x+4) dx 8) x x + 2 dx
(1 − 2y 4 )5
Z Z
2r dr √
9) 10) 3 − 2x x2 dx
(1 − r)7
Exercı́cio 5.13 Nos exercı́cios de 11 a 15 use integração por partes para resolver as integrais:
Z Z Z
3x
11) xe dx 12) x sec x tg x dx 13) (ln x)2 dx
Z Z
2
14) x sec x dx 15) x2 ln x dx
Exercı́cio 5.15 Calcule a área da região situada entre a curva y = x2 +x−2, o eixo das abscissas
e as retas x = 0 e x = 3.
Exercı́cio 5.16 Calcule a área da região situada entre a curva y = x3 , o eixo das abscissas e as
retas x = −2 e x = 2.
Exercı́cio 5.17 Calcule a área da região situada entre as curvas y = x2 e y = −x2 + 4x.
Z Z Z
dx dx dx
a) √ b) √ c)
x x2 + 4 x 25 − x2 (4x2 − 9)3/2
Z
e−x dx
d)
(9e−2x + 1)3/2
Exercı́cio 5.19 Nos exercı́cios de a) a e) use frações parciais para calcular as integrais:
Z Z Z
dx 4w − 11 x2 − 3x − 7
a) dx b) dw c) dx
x2 − 4 2w2 + 7w − 4 (2x + 3)(x + 1)2
Z Z
3z + 1 (t2 + t + 1)
d) dz e) dt
(z 2 − 4)2 (2t + 1)(t2 + 1)
Exercı́cio 1.1
Exercı́cio 1.2
Exercı́cio 1.3
6) ] − 2, 8[ 12) ] − 7, 1/3[
Cap.2
2.1. a) sim, [4, +∞[ b) sim, ] − ∞, −2] ∪ [2, +∞[ c) sim, [−2, 2] d) não e) sim, ] − ∞, +∞[
f) não g) sim, ] − ∞, +∞[ h) sim, ] − ∞, +∞[ i) não.
2.2.a) x2 b) 4
3
πx3 c) πx3 d) 26
3
πx2 ; 10 πx3
3
2.3.a) 34◦ C b) 3 horas
2.4. a) 5 b) -5 c) -1 d)2a + 1 e)2x + 1 f) 4x − 1 g)4x − 2 h) 2x + 2h − 1 e)2x + 2h − 2 j) 2
3 2
2.5. a) b) c) 0 d) −1 e) ∄
2 3
2.6.a) −5 b) −6 c) -3 d) 30 e) 2h2 + 9h + 4 f) 8x4 + 10x2 − 3
4 2
g) 2x − 7x h) 2x2 + (4h + 5)x + (2h2 + 5h − 3)
√ √
2.7. a) 1 b) 11 c) 3 d) ∄ e) 0
2.8. a) (f + g)(x) = x2 + x − 6 domı́nio:] − ∞, +∞[; (f − g)(x) = −x2 + x − 4 domı́nio:] − ∞, +∞[;
x−5
(f.g)(x) = x3 − 5x2 − x + 5 domı́nio:] − ∞, +∞[; (f /g)(x) = domı́nio:R − {−1, 1};
x2 − 1
2
x + 2x − 1 x2 + 1
b) (f + g)(x) = domı́nio:R − {0, 1}; (f − g)(x) = domı́nio:R − {0, 1};
x2 − x x2 − x
x+1 x2 + x
(f.g)(x) = domı́nio:R − {0, 1}; (f /g)(x) = domı́nio:R − {0, 1};
x2 − x x−1
√ √
c) (f + g)(x) = x + x2 − 1 domı́nio:[0, +∞[; (f − g)(x) = x − x2 − 1 domı́nio:[0, +∞[;
√
√ 2 x
(f.g)(x) = x(x − 1) domı́nio:[0, +∞[; (f /g)(x) = domı́nio:[0, 1[∪]1, +∞[;
x2 − 1
2.9. a) (f ◦ g)(x) = x + 5 domı́nio:] − ∞, +∞[; (g ◦ f )(x) = x + 5 domı́nio:] − ∞, +∞[;
(f ◦ f )(x) = x − 4 domı́nio:] − ∞, +∞[; (g ◦ g)(x) = x + 14 domı́nio:] − ∞, +∞[;
b) (f ◦ g)(x) = x2 − 6 domı́nio:] − ∞, +∞[; (g ◦ f )(x) = x2 − 10x + 24 domı́nio:] − ∞, +∞[;
(f ◦ f )(x) = x − 10 domı́nio:] − ∞, +∞[; (g ◦ g)(x) = x4 − 2x2 domı́nio:] − ∞, +∞[;
p
c) (f ◦ g)(x) = x2 − 4 domı́nio:] − ∞, −2] ∪ [2, +∞[; (g ◦ f )(x) = x − 4 domı́nio:[2, +∞[;
p√
(f ◦ f )(x) = x − 2 − 2 domı́nio:[6, +∞[; (g ◦ g)(x) = x4 − 4x2 + 2 domı́nio:] − ∞, +∞[;
d) (f ◦ g)(x) = |x + 2| domı́nio:] − ∞, +∞[; (g ◦ f )(x) = |x| + 2 domı́nio:] − ∞, +∞[;
(f ◦ f )(x) = |x| domı́nio:] − ∞, +∞[; (g ◦ g)(x) = |x + 2| + 2 domı́nio:] − ∞, +∞[;
2.11. a) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: ] − ∞, +∞[ b) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: [−1, +∞[
c) domı́nio: [−1, +∞[ imagem: [0, +∞[ d) domı́nio: ] − ∞, 2] imagem: [0, +∞[
e) domı́nio: ] − ∞, 0] imagem: [0, +∞[ f) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: [0, +∞[
g) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: ] − ∞, 4] h) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: [4, +∞[
i) domı́nio: R − {2} imagem: R − {0} j) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: {−2, 2}
k) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: R − {3} l) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: [−4, +∞[
m) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: ] − ∞, 6[ n) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: ] − ∞, −2[∪{0}∪]1, +∞[
o) domı́nio: R − {2} imagem: [0, +∞[ p) domı́nio: ] − ∞, +∞[ imagem: ] − ∞, 5]
2, se 1 < x ≤ 3;
2x, se −1 < x ≤ 1.
2.12. a) ] − ∞, 3] b) [−2, 2] c) -1 d) 1 e) − 3 2
, − 3
4
f (x) =
−x − 3,
se −2 < x ≤ 1.
−1, se x ≤ −2.
173
2.13. a) ] − 2, 0] ∪ {1} ∪ [2, +∞[ b) ] − 2, 0[∪{2} ∪ [3, +∞[;
x + 1,
se x ≥ 2;
2,
1 5 se x = 1.
c)∄ d)∄ e) − 2 , − 4 f (x) =
x − 1,
se −1 < x ≤ 0.
−2x − 4, se −2 < x < −1.
0, 10x, se 0 ≤ x ≤ 100;
2.14. a) R$12, 10 b) p(x) =
3 + 0, 07x, se x > 100.
5 3
2.15. 25 passageiros 2.17 a){x ∈ R|x < } b){x ∈ R|x > − } c) R
12 8
5
d) ] − ∞, −10[∪]0, +∞[ e){x ∈ R|x > 2, } − {3} f ){x ∈ R|x < } − {2}
2
1 12
g) {x ∈ R|x > 0 e x 6= } h) {x ∈ R|x > } i) {x ∈ R|x > 3}
2 5
2.18. a) ] − ∞, −2[∪]4, +∞[ 5 , − 3 [ d) [3, +∞[∪{−2} e) ] − ∞, −1[∪]2, 7 ] f ) [−8, − 3 [∪]5, ∞[
b) ] − ∞, −3[∪]3, +∞[ c) ] − 3 2 2 2
t
2.19. a) T = 0o b) a = 2731 73
c) T = 127a 2.20. a)15 mg. b)60( 1
2
)6
2.21. 13h e 30min há dois dias. 2.22.a) y = 200 − 4x b) V (x) = 240 x − 24 x2
3 5 3 25
2.23. aproximadamente 7,3. 2.24. 50 ou 250 2.25. V (x) = 4x3 − 252x2 + 3800x
2.26. a) 200 2
b) 3 c) ≈ 1, 3.107 bactérias
2.27. 16 2.28. sangue: 7,4 básico; tomate: 4,2 ácido; leite: 6,4 ácido; café: 5,9 ácido
Cap.3
√ 1 1
Exercı́cio 3.1: a) 6 b) 0 c) 15 d) 2 e) 0 f) 1 g) 2 h) 2 i) 9 j) 0
√
2
l) -7 m) 2a n) − 1
8
o)54 p) -2a q) 4
r) 2 s) -7 1
t) 12 u) 3 v) 32
x) 1
Exercı́cio 3.2: a) − 3, 2, ∄ b) 8, 0, ∄ c) 4 d) ∄
e) 2Exercı́cio 3.3: k = −6
0, 15x, se x ≤ 20.000
Exercı́cio 3.4: a = −3/2 e b = 1 Exercı́cio 3.5: a) T (x) = .
0, 20x − 1000, se x > 20.000
b) R$3.000 e R$3.000 Exercı́cio 3.6: b) i) 40 ii) 35 iii) 140 iv) 130
Exercı́cio 3.7: a) -1 b) 1 c) ∄ Exercı́cio 3.8: ∄.
Exercı́cio 3.9 : a)∄ b) +∞ c)∄ d) −∞ Exercı́cio 3.10: a) 1 b) 1 c)1 d) +∞ e)+∞
f) +∞ g)3 h) 2 i)∄ j) 0 k)0 l) 0.
Exercı́cio 3.11: a) +∞ b) −∞ c) −∞ d) +∞ e) −∞ f) +∞ 2
g) 5
2
h) − 5 7
i) 3 j)0 k) +∞ l) 1 m) +∞ n) −∞ o) 1 p) −1 q) 0 r) −∞
2
s) e t) e2 u) e2 v) e2 w) 2 x) ln5 y) 3
4
z) 2 α) 25 ln5
Exercı́cio 3.12: a)x = −2, x = 2, y = 0 b) Nenhuma, y = 2 c) x = −3, x = 1, y = 1
d)x = −3, x = 3, y = 4 e) Nenhuma f ) x = 7, y = −1
g)x = −1, y = 0 h) Nenhuma, y = 1 i) x = −2, y=0
Exercı́cio 3.13: a) contı́nua b) descontı́nua c) descontı́nua d) descontı́nua
Cap.4
Exercı́cio 4.1: a) 10a − 4; y = 16x − 20 b) 3a2 ; y = 12x − 16 c) 3; y = 3x + 2
2
Exercı́cio 4.2: a) f ′ (x) = −10x + 8 b) f ′ (x) = 3x2 + 1 c) f ′ (x) = x−7
3
Exercı́cio 4.3:
6 20
1) f ′ (x) = 7 2) f ′ (t) = t3 − t 3) g ′ (x) = − − 4) g ′ (x) = −3
x3 x5
25
5) f ′ (x) = x2 − 1 6) H ′ (x) = − 7) f ′ (x) = −2 − 2x 8) V ′ (r) = 4πr 2
6x6
√ 2 √
9)f ′ (s) = 3 3s − 2 3s 10) f ′ (x) = 8x + 1 11) f ′ (y) = 10y 9 + 35y 4 − 3y 2 12) f ′ (x) = 24x2 − 4x + 20
2
13) f ′ (x) = 3x2 − 6x + 5 14) F ′ (x) = 2x − 15) f ′ (x) = 70x6 + 60x4 − 15x2 − 6 16) f ′ (x) = 12x3 − 10x
x3
4
17) f ′ (x) = x2 + 6x 18) f ′ (x) = 16x(4x2 + 3) 19) f ′ (x) = x7 − 4x3 20) f ′ (x) = 16x3 +
x5
4
21) f ′ (y) = −18y 2 (7 − 3y 3 ) 22) f ′ (x) = 7x6 − 10x4 + 15x2 23) f ′ (x) = 4x3 − 24) f ′ (t) = 10t4 + 4t3 − 12t2 − 4t
x5
25) f ′ (x) = sec x(2tg2 x + 1) 26) f ′ (x) = 3 cos x 27) f ′ (x) = cos x − sen x 28) f ′ (x) = sec2 x−cosec2 x
29) f ′ (x) = 4 sec xtgx + 2cosec xcotg x 30) f ′ (x) = 2(cos t − tsen t) 31) f ′ (x) = 4x(2 cos x − xsen x) 32) g ′ (x) = x cos x
33) g ′ (x) = 2 cos y + ysen y 34) h′ (x) = 4 cos 2x 35) f ′ (x) = cos x(x2 + 2) 36) f ′ (x) = −x2 sen x
37) h′ (y) = y(3y + sen y + 2 cos y) − cos y 38) f ′ (x) = −3cosec x(1 + 2cotg2 x) 39) f ′ (t) = tg t(cos t + sec t)
174
Exercı́cio 4.4:
1 6 x2 + 1 5 4(x + 1)
40) − 41) 42) − 43) 44) −
(x − 1)2 (x + 3)2 (x2 − 1)2 (3y + 4)2 (x − 1)3
Exercı́cio 4.5:
2 2
62) f ′ (0) = 1 63) f ′ ( 3π
2
) = −1 64) f ′ ( 1
2
π) = − 65) f ′ (π) = 66) f ′ (π) = π 2 67) f ′ (0) = −1
π π3
√ 10 1
68) f ′ (π) = 2 69) f ′ ( 1
2
π) = − π
2
+2 1 π) =
70) f ′ ( 4 2 1 π) = 2
71) f ′ ( 6 72) f ′ ( 2
3
π) = − 73) f ′ ( 3
4
π) =
3 2
1 1 1 1 √
m) f ′ (x) = n) f ′ (x) = o) f ′ (x) = cos(log2 (3x)) p) f ′ (x) = − sen (log5 ( x))
x ln 3 x ln π x ln 2 2x ln 5
Exercı́cio 4.9:
7x2 + 1
a) f ′ (x) = (x2 − 3x + 8)2 (6x − 9) b) g ′ (x) = −40(8x − 7)−6 c) f ′ (x) = − d) f ′ (x) = 5(8x3 −2x2 +x−7)4 (24x2 −4x+1)
(x2 − 1)5
w2 + 4w − 9
6(3 − 2x)
e) N ′ (x) = 2(6x−7)2 (8x2 +9)(168x2 −112x+81) f ) g ′ (w) =
g) H ′ (x) = h) H ′ (θ) = −15 cos4 3θsen3θ
2w5/2
(4x2 + 9)3/2
5
1 4 1
i) f ′ (x) = −6[xsen(3x2 ) + cos 3xsen3x] j) h′ (w) = k) g ′ (z) = 12 z 2 − z+ l) k′ (r) = 8r 2 (8r 3 + 27)−2/3
1 − sen4w z2 z3
′ 4 ′′ 3 ′ 2 ′′ 2 3
Exercı́cio 4.10: a) k (r) = 20(4r + 7) ; k (r) = 320(4r + 7) b) f (x) = 3sen x cos x; f (x) = 6senx cos x − 3sen x
Exercı́cio 4.11:k(2) = −4; k′ (2) = 15 Exercı́cio 4.12: h′ (4) = − 2
5
Exercı́cio 4.13: a) −9, 8am/s b) −19, 6m/s c) -54,19m/s
Exercı́cio 4.14: 160cm/s Exercı́cio 4.16: a) 0, 001π cm3 /dia b) 0, 004πcm2 /dia Exercı́cio 4.17: 128πcm2 /s
√
Exercı́cio 4.18: 32
25
π m/min Exercı́cio 4.19: − 152 3 Exercı́cio 4.20: dC = 200 exemplares. Aumento real: 225 exemplares.
Exercı́cio 4.21: dP ≈ 1, 5 milhares Exercı́cio 4.22: df ≈ 6 rádios Exercı́cio 4.23: dQ ≈ 8 unid. Exercı́cio 4.24: dQ ≈ 12.000 unid.
dV dA
Exercı́cio 4.25: dV = 27 cm3 ≈ 3% Exercı́cio 4.26: Aumentará em 2% Exercı́cio 4.27:dV = 2, 4 π m3 Exercı́cio 4.28: = 2, 5%
V A
Cap.5
Exercı́cio 5.1: a) 2x2 + 3x + c b) 3t3 − 2t2 + 3t + C c) − 12 + z 3 + C d) 2u3/2 + 2u1/2 + C
2z
8 v 9/4 − v −3 + C
e) 9 f) 24 x5/3 − 15 x2/3 + C g) 4 3 sen u + C h) −7 cos x + C i) tg t + C
5 2
2 (3x − 2)3/2 + C
j) 9 3 (8t + 5)4/3 + C
l) 32 m) 92 (v 3 − 1)3/2 + C n) − 3 (1 − 2x2 )2/3 + C
8
2 (√x + 3)5 + C p) − 3 cos 4x + C
o) 5 q) 1 ( sen 3x)4/3 + C r) 1 + C s) 1 sec2 3x + C
4 4 1− sen t 6
Exercı́cio 5.2: y = 2x2 − 5x + 4 Exercı́cio 5.3: C(x) = 2x2 − 8x + 10 Exercı́cio 5.4: 117πm3
√
Exercı́cio 5.5: a) -18 b) 5 c)13/3 d) 0 e) 53/2 f) 5/36 g) 1
3
h) 1 − 2 i) 0 j) 163
k) π l) 134 m) 52 n) 29 3
0) 1 p) 2 ln 2 − 4 36 −
q) ln 36 + 16 r) 1 (3e4 + 1)
3 3 9 2 3 (ln 3)2 (ln 3)3 4
Exercı́cio 5.6: 32/3 Exercı́cio 5.7: 32/3 q
2x x 2 3x
2 10
Exercı́cio 5.8: a) 23ln 3 + C b) 25ln 5 + C c) 3 ln 10
+C
x 3 z ln z x +2x 4
d) 310
ln 10
+C e) a ln a + C f) 5 2 ln 5 + C
2 2 2 x x 2 2
g) x2 ln x − x4 + C h) x loga x − lnxa + C i) x e
2
− e2 + C
x x
j)x sen x + cos x + C k) − e cos
2
x + e sen x + C
2
l) −(x + 1)e−x + C
1 e3x (9x2 − 6x + 2) + C
m) 27 n) 1 1 cos 5x + C
x sen 5x + 25 o) x sec x − ln | sec x + tg x| + C
5
p) x2 sen x + 2x cos x − 2 sen x + C 2 x3/2 (3 ln x − 2) + C
q) 9 r) − cos x + 32 cos3 x − 1 cos5 x + C
5
s) 1 1 sen 4x + C
x − 32 1 cos3 x + 1 cos5 x + C
t)− 3 u) 1 tg 4 x + 6
1 tg 6 x + C
8 5 4 q
4−x2
tg 4 x 1 ln 2 −
v) 4
+ C w) 2
3
sen 3/2 x − 7
2 sen 7/2 x + C x) 2 x x +C
q q
2 x2 −25
1 ln x +9 − 3 + C z)
y) 3 + C α) 3 ln |x| + 2 ln |x − 4| + C
x x 25x
β)4 ln |x + 1| − 5 ln |x − 2| + ln |x − 3| + C 5
γ)6 ln |x − 1| + x−1 +C
3 2 2 3 1 x2 − 8x + 65
Exercı́cio 5.9: a) f (x) = 4x − 3x + x + 3 b) f (x) = 3 x − 2 6
c)y = −3 sen x + 4 cos x + 5x + 3 Exercı́cio 5.10: 3m/s2 Exercı́cio 5.11:s(t) = t2 − t3 − 5t + 4
175
1 3/2 3 4/3 1 2 3/2 1 3 11 3 2 5/3
Exercı́cio 5.12: 1) − (1 − 4y) +C 2) − (6 − 2x) +C 3) (x − 9) +C 4) (x − 1) +C 5) − (9 − 4x ) +C
6 8 3 33 8
1 3 11/3 2 5/2 4 3/2
6) + C 7) (x − 2) + C 8) (x + 2) − (x + 2) +C
32(1 − 2y 4 )4 11 5 3
2 (1 − r)−5 + 1 (1 − r)−6 + C 10) − 3 (3 − 2x)3/2 + 3 (3 − 2x)5/2 − 1 (3 − 2x)7/2 + C
9) − 5 3 4 10 28
3 3
Exercı́cio 5.13: 11) 1
3
xe3x − 9
1 e3x + C 12)xsecx − ln | secx + tgx | +C 13)xln2 x − 2xlnx + 2x + C 14)xtgx − ln | secx | +C 15) x3 lnx − x9 + C
Exercı́cio 5.14:16) 32
3
; 17)18u.a 18) 163
u.a. 19)2u.a.
Exercı́cio 5.15: 59
6
u.a. Exercı́cio 5.16: 8u.a. Exercı́cio 5.17: 8
3
q q
1 ln | x2 +4−2 1 ln | 5− 25−x2 −x
Exercı́cio 5.18: a) 2 | +C b) 5 | +C c) − q x +C d) − q e +C
x x
4x2 −9
9e−2x +1
9
x−2 (w+4)3
Exercı́cio 5.19: a) 1
4
ln | x+2
| +C b)ln | 2w−1
| +C c) 3 + ln | x + 1 | − 1 ln | 2x + 3 | +C
x+1 2
5
d) 16(z+2) 7
− 16(z−2) 1 ln | z+2 | +C e) 1 ln | (t2 + 1)(2t + 1)3 | + 2 tg −1 (t) + C
+ 32 z−2 10 5
176
Referências Bibliográficas
[1] ANTON, H. Bivens, I. Dsvis, S. Cálculo., 8a Ed.. Porto Alegre: Bookman, 2007.
[2] ÁVILA, Geraldo. Cálculo: diferencial e integral.2a Edição. Rio de Janeiro: LTC- Livros
Técnicos e Cientı́ficos, 1978.
[3] FLEMMING, Diva M.. Cálculo. Cálculo. 5a Ed.. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil, 1983.
[6] LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analı́tica.. V. Vol.1, 3a Edição. São Paulo:
Harbra, 1994.
[7] STEWART, J. Cálculo. V.1, 6a Edição. São Paulo: CENGAGE Learning, 2009.
177