As Reformas Dos Estados Africanos - Egipto
As Reformas Dos Estados Africanos - Egipto
As Reformas Dos Estados Africanos - Egipto
Resumo
O Problema como problema de partida, o trabalho pretende saber até que ponto as
reformas dos Estados Africanos contribuíram para uma melhor convivência nos séculos
XVIII-XIX, como caso concreto do Egipto.Como forma de dar resposta a questão
supra colocada, aventa-se com a seguinte hipótese: provavelmente os países
africanos, com maior particularidade do Egipto, teriam sido prejudicados, na medida em
que, podemos observar uma entrada de novos autores, com hábitos e costumes
diferentes dos africanos e objectivos para os quais se instalaram no continente.
Objectivo geral: Analisar as reforma dos Estados Africanos entre os séculos XVIII-
XIX, num caso especial do Egipto.
Objectivos específicos:
O método usado foi o qualitativo, justifica-se pelo facto de ser apropriado para colher
dados, que permitem apreender a essência do fenómeno em estudo.
Revisão da Literatura:
AMATOSO (1971) na sua obra “Historia Geral e Pátria II”, como ponto forte da sua
obra, o autor aborda o Egipto tendo em conta as potencialidades do rio Nilo, a evolução
política na antiguidade, as ciências sociais desenvolvidas, a questão da religião
politeísta, que era uma prática constante e sobre tudo a arte egípcia.
O mesmo tem como pontos fracos, o facto de abordar esta questão das reformas só na
antiguidade e não fazer menção ao nosso período de estudo ou seja o período, que vai
dos séculos XVIII-XIX.
SENGULANE (2007) com a obra “Das Primeiras Economias ao Nascimento da
Economia –mundo”. O autor tem como pontos fortes, o facto de trazer as primeiras
comunidades agrícolas também chamadas hidráulicas por se terem desenvolvido em
volta dos rios, (o crescente fértil e outros berços agrícolas), o quadro natural do Egipto,
o homem Egípcio, o rio Nilo e a sua relação com o Egipto, a indústria artesanal egípcia
e o comércio, a economia in natural.
Este autor no que diz respeito os pontos fracos, ele não traz ao de cima aquilo que é o
pano do fundo da nossa pesquisa, pois aborda o Egipto do ponto de vista da antiguidade
e não no período moderno e contemporâneo (XVIII-XIX). Ainda faz mais menção aos
aspectos sobre tudo económico da antiguidade.
Pontos menos fortes não faz menção aos tempos modernos também ou seja que
corresponde o nosso aspecto de estudo.
ADU BOHAEN(2010) "História Geral de África volume VII". Como pontos positivos
o autor fala dahistória da África tendo em conta as rapidas mudanças. Estas mudancas
tem se em conta as regioes do Oriente, Ocidente, Meriodidional, Austral. Esta analise
foi feita tendo em conta o periodo entre 1880 e 1935. Pontos fracos o autor não faz uma
abordagem do Egipto de forma particular mas aborda tendo em conta a regiao do Norte
de Africa.
1.1. Conceitualização
Estado: pode ser visto como uma organização política que exerce sua autoridade sobre
um território concreto. A característica fundamental do Estado moderno é a soberania,
reconhecida tanto dentro da própria nação como por parte dos demais estados. Do ponto
de vista internacional, um Estadonasce quando um número expressivo de outros o
reconhecem como tal.
África: o terceiro maior continente da Terra, ocupa, com as ilhas adjacentes, uma
superfície de cerca de 30.330.000 km2 ou 22% do total da massa terrestre.[3
Não é de estranhar que é fácil traçar o elenco das forcas que mais contribuíram para
modificar a estrutura e o carácter da sociedade africana colonial. Refere-se (1985) ao
afirmar que: “ houve a própria conquista, com as suas implicações políticas, a
educação ocidental, o cristianismo ocidental, as forcas económicas e o
desenvolvimento da urbanização.” (p.501)
Esta estrutura de relações sociais apoiava-se em teoria racial que procurava dividir as
diversas ramificações a família humana por ordem hierárquica de civilização, ocupando
os africanos (negros) a base inferior da escala e os europeus (brancos) o ápice.
Em africa até a maioria do territorio africano era governada pelos seus próprios reis,
rainhas e chefes de clãs e de linhagens, organizados por imperios, reinos, comunidades
ou unidades politicas de porte e natureza variados.1[4]
Até essa data, África manteve contactos com povos asiaticos. Nomeadamente, com os
mercadores, entre os seculos VI-XV. E, a partir dos seculos XV-XVIII, periodo do
comercio triangular no ambito do desenvolvimentodo comercio de escravos.
Durante este periodo, tato os mercadores asiaticos como os europeus ainda não eram
movidos pelo interesse de colonizar a África, mas sim pelo intento de desenvolver
actividades comerciais.
Antes do seculo XVI, o comercio no oceano Indico era controlado pelos muculmanos.
Regra geral, até finais do século XVIII, os interiores do continente africano era
praticamente desconhecido. Apenas as regiões como a costa de Angola e de
Moçambique, a Gâmbia e a cidade do Cabo estavam sob domínio dos portugueses e
britânicos, volveram-se com árabes, particularmente com a fixação dos sultões de Oman
em Zanzibar (grande produtor de especiaria) Dos europeus.
Segundo Ki-zerbo, no período que corresponde entre 1880-1910, África foi assaltada na
sua soberania, independência e valores culturais. O mesmo autor, diz que no “alvorecer
1
do século XIX, África, sangrada de todos os lados, desde os quatro séculos, pelo tráfico
negreiro atraiu cada vez mais a atenção do mundo”.
Este período coincide com o avanço da Revolução Industrial europeia que se destacava
pela escassez de matérias-primas para alimentar as indústrias em ascensão. Começaram
a crescer os movimentos europeus que consideravam que África deveria deixar de
fornecer escravos, uma vez que a mão-de-obra escrava já havia sido substituída pelas
máquinas.
Para alguns europeus, África deveria, por um lado, fornecer matérias-primas para
alimentar as indústrias europeias, sobretudo porque o continente negro apresentava-se
bastante virgem em termos de exploração dos seus recursos naturais. Foi, aliais, a base
deste sentimento que começou em África o processo de implantação de grandes
indústrias de extracção mineira e de plantações. Por outro lado, África seria receptora
dos produtos manufacturados na Europa.
Para alem dos factores económicos ora mencionados, alguns especialistas levantaram
outras hipóteses sobre o renovado interesse dos europeus por África. No século XIX,
desenvolveu-se uma serie de movimentos de interesse por África: uma contra a
escravatura; outra de missionários; e por ultimo, o de curiosidade cientifica,
acompanhado, por vezes, pelo espírito de aventura.
A franca foi o segundo pais a adoptar esta medida abolicionista, a partir de 1848. No
entanto, países como Brasil, onde a escravatura se tinha enraizado bastante, continuaram
com escravatura, estimulando deste modo a continuação deste comércio. E só em 1888
é que os brasileiros conseguiram abolir a escravatura.
Este movimento nasce como resultado, em parte, da nova atitude contra a escravatura.
Os missionários, na defesa dois ideias humanistas, criam este movimento, que
contribuiu para o crescimento do sentido abolicionista. Esta atitude é inversa a sua
posição do século XV, onde defenderam acção imperial a favor da expansão e
conquista.
Por tanto, até ao século XIX, a África continuava na sua maior extensão a principal
incógnita na carta geográfica do Mundo, pelo que vários cientistas e aventureiros
voluntariaram-se em conhecer o seu interior. A este factor vão aliar-se as expedições ao
continente africano, as chamadas viagens de exploração.
O Egipto divide-se em Alto Egipto e o Baixo Egipto, o alto Egipto é a região interior, a
sul, até a primeira catarata, com uma faixa agrícola com cerca de 10 km de largura3[8].
3
É dotado de montanhas, vales estreitos, temperaturas quentes, terras áridas e fraca
humidade. O Baixo Egipto no Norte, é a região do delta do rio alagadiça, que se alarga a
medida em que se aproxima do mediterrâneo. Caracteriza-se por temperaturas suaves e
terras muito férteis4[9].
3.2. O homem
A população egípcia era diversificada, mas o seu elemento dominante era o hamitico,
autóctone, juntaram-se a estes os semitas e os núbios.
A história egípcia começou quando as populações que habitaram nas margens do rio
Nilo sedentarizaram-se, formando comunidades dedicadas mais á agricultura do que da
caça e á pesca. A partir do IV milénio a, c, esses primeiros aglomerados evoluíram,
4
formando pequenas unidades políticas e sócias, chamadas nomos que eram a princípio,
vinte e duas, espalhados pelo alto e baixo Egipto5[10].
6
O mesmo autor (ibid., p.457) refere ainda que o o sistema instalado no Egipto
previa desenvolvimento simultâneo da agricultura e da indústria sob controle e
propriedade de estado, este plano levou-o a uma economia de exportação. Em 1920
todas as actividades estavam voltadas para o cultivo e exportação do algudão, razão pela
qual Egipto se torna mocultor especializado.
Chegado a esta fase, podemos dizer que os seculo XVIII e XIX, foram defacto
seculos de grandes transformacoes ao nivel mundial e em especial para Africa. Para este
ultimo continente dois marcos vão trazer mudanças, entre as quais distacamos:
Revolucao Industrial e a partilha de Africa ou seja a colonizacao do continente
Africano. Estes factores vão, trazer reformas para toda Africa e de modo particular para
o Egipto.
Na história da Africa jamais se sucederam tantas e tao rapidas mudanças como durante
o periodo entre 1880 e 1935. Na verdade, as mudanças mais importantes, mais
espetaculares e também mais tragicas, ocorreram num tempo bem mais curto, de 1880
a 1910, marcado pela conquista e ocupacao de quase todo o continente africano pelas
potencias imperialistas e, depois, pela instauração do sistema colonial. A fase posterior
a 1910 caracterizou-se essencialmentepela consolidacao e exploracao do sistema.
Deste modo, podemos concluir que o Egipto e todo continente Africano, nestes dois
seculos, vao caracterizar-se por varias mudancas, quer politicas, culturais, economicas e
sobre tudo ideologicas.
Bibliografia
Geral de África: a áfrica sobre a dominação colonial 1880-1935, volume VII, São
BOAHEN, Albert Adu, História geral da Africa, VII: Africa sob dominação colonial,
1880-1935
1972, 464p.
184p.