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VERSÃO PRELIMINAR

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VERSÃO PRELIMINAR

Olá!

As Situações de Aprendizagem que você desenvolverá nesse material

pretendem trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;

oralidade;

produção textual;

análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de atuação

social:

o da vida pública;

o das práticas de estudo e de pesquisa;

o da arte e da literatura;

o do jornalístico/midiático.

Utilize esse material como parte de seus estudos, associando-o a outros que

venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

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Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral -12 anos - 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas,
Lins, SP
VERSÃO PRELIMINAR

SUMÁRIO

SUGESTÃO DE MATERIAL ADAPTADO................................................................................04


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – QUEM CONTA CONTOS AUMENTA PONTOS.........05
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 – POR DENTRO DOS ACONTECIMENTOS.................24
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – VARIEDADES LINGUÍSTICAS: E EU COM ISSO?....38
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – É O FIM DA PICADA!..................................................53
REFERÊNCIAS E SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS...............................................................64
CRÉDITOS................................................................................................................................66

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VERSÃO PRELIMINAR

SUGESTÃO DE MATERIAL ADAPTADO

Acesse através do link o documento orientador contendo a


Resolução SE nº 68 de 12/12/2017, definições das Deficiências,
Adaptação Curricular e Avaliação.

Para acesso às sugestões de atividades adaptadas clique no link.

Materiais da Educação Especial disponíveis no link.

Ilustração Kleber Sadraque – DER de Itapevi

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VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 – QUEM CONTA CONTOS AUMENTA PONTOS

Nesta situação de aprendizagem, propõe-se o estudo de gêneros textuais


narrativos da esfera literária – conto e fábula – bem como reflexões sobre a
organização narrativa do gênero verbo-visual história em quadrinhos. A partir desses
gêneros, desenvolvem-se diferentes atividades de oralidade, leitura, análise
linguística e produção textual, com base nas habilidades de aprendizagem descritas
no quadro a seguir.

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VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1- “Conto ou não conto?”: leitura compartilhada

Nesta atividade, objetiva-se retomar o estudo do gênero textual conto, para


garantir revisão de conteúdos de aprendizagem desenvolvidos em anos anteriores. É
importante considerar que os estudantes encontram-se no momento de transição
entre os ciclos de aprendizagem, o que requer a inserção processual e gradual dos
alunos na rotina de estudos delineada no 6º ano.
Entende-se por leitura compartilhada a prática de abordagem coletiva e
colaborativa do texto, mediada e orientada pelo professor. É importante garantir o
acesso ao texto (impresso, em projeção etc.). Nessa prática de leitura, o professor
desempenha papel de mediador, por meio de intervenções e questionamentos que
levem o estudante a “olhar” para o texto, a fim de compreender como a linguagem se
organiza e que sentidos depreendem-se dessa organização. Não se trata, portanto,
de fragmentar o texto e alternar os leitores. Trata-se, ainda, de um importante
momento para ensinar e aprender “comportamentos” de leitor (voltar ao texto,
selecionar e destacar trechos, fazer anotações, construir sentidos etc.).
Na prática de leitura compartilhada, a metodologia de abordagem textual
propõe intervenções direcionadas, feitas pelo professor. É importante garantir que os
estudantes acompanhem a leitura, mesmo que ainda não leiam com autonomia. Faz-
se necessário garantir também estratégias e orientações, como ensinar a acompanhar
a leitura com o dedo e/ou com uma régua, para o estudante não se perder na leitura,
grifar palavras-chave do texto, anotar ou desenhar nas margens.
Como suporte teórico-metodológico, recomendam-se leituras de Brandão
(2000), Kleiman e Elias (2006), Kleiman (2009), conforme indicações bibliográficas no
final deste volume.
Seguem algumas sugestões de abordagem textual e de intervenções.

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VERSÃO PRELIMINAR

Conto ou não conto?


Abel Sidney

Antes da leitura propriamente dita, sugere-se questionar: O que o título sugere? O


que possivelmente será encontrado no texto? (Levantamento de hipóteses). Como
pode ser interpretada a palavra “conto”, no título? Ela vem do verbo “contar” ou do
substantivo “conto”?
Feitos os questionamentos introdutórios, orienta-se realizar a leitura integral do
conto pelo professor, para que os estudantes tenham uma visão global do texto e
possam, inclusive, conversar sobre o tema. Depois, então, da leitura global,
proponha a leitura em partes estratégicas, com novos questionamentos, para
estudar a linguagem e construir e ampliar sentidos. Há sugestões a seguir que
orientam esses procedimentos.
O material do aluno contém ilustrações. É importante que o estudo dos recursos
não verbais seja garantido, de modo que os estudantes possam articular todos os
elementos composicionais do texto na construção de sentidos, na compreensão do
tema e na articulação das ideias.

- ...eu nem te conto!


- Conta, vai, conta!
- Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém? –
- Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora...
- Não precisa exagerar! O que vou contar não é nada assim tão sério. Não precisa jurar.
- Está bem...
Ao ler o diálogo inicial do texto, é possível dizer qual é a situação? É possível
identificar quem são as personagens que conversam? Qual será o assunto da
conversa? (Sugere-se uma leitura dramatizada). Levante hipóteses: por que as
letras são diferentes? Que sentidos essa diferença produz no texto?
Observação: As letras diferentes remetem a outra situação, ocorrida em outro
momento (lembrança), e retrata uma conversa entre duas pessoas. Essa conversa
introduz o enredo do conto

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VERSÃO PRELIMINAR

Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o que eu e minha


prima conversamos. Éramos muito pequenas e eu passava as férias em sua casa.
Nunca brincamos tanto, quanto naqueles dias!
Chame atenção aos marcadores temporais e às marcas linguísticas do gênero
conto (Era uma vez..., Naquele tempo..., Certa vez..., Há muitos anos...). São
importantes elementos coesivos no estabelecimento da coerência e da progressão
temática. Para responder aos questionamentos anteriores, proponha que os alunos
retomem este parágrafo e destaquem personagens.

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar.


- Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar
eu vou ficar de mal.
“Ficar de mal” é uma expressão popular. O que significa? Pode-se questionar se os
estudantes costumam usar essa expressão e o que ela significa para eles.
Nos parágrafos seguintes, a conversa pode ser conduzida no campo da ética e das
relações interpessoais, de forma a destacar a importância da confiança e do
respeito às individualidades (Você tem segredos? Você costuma falar dos seus
segredos? O que você pensa sobre “guardar segredos”?).

- Eu não vou contar, já disse!


O segredo não era nada sério, coisa mesmo de criança naquela idade. E ela
acabou contando...
- Minha mãe saiu para fazer compras e eu fiz um bolo. Eu quebrei dois ovos,
misturei com a farinha de trigo e o açúcar. Não deu nada certo. Com medo, eu arrumei
tudo, joguei o bolo fora e até hoje minha mãe não sabe de nada...
- Meu Deus, sua doida! Você teve coragem de fazer uma coisa dessas?!
- Tive. Se a minha mãe descobrir, eu não quero nem imaginar o que ela fará
comigo!! Posso ficar uma semana de castigo. Ou até mais...
A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar guardado. Na
primeira oportunidade em que eu fiquei sozinha, procurei minha tia, que estava
preparando o almoço.
Na sentença “A minha língua coçou” há uma linguagem metafórica, figurada, de
cunho popular. Qual é o significado da sentença? (Levar os alunos a pensarem

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VERSÃO PRELIMINAR

sobre a vontade de contar o segredo, o que é reforçado pela sentença seguinte).


Sugere-se que sejam retomados os conceitos de conotação (linguagem figurada) e
denotação, com anotações no próprio texto. Algumas figuras de linguagem serão
abordadas adiante, porém com ênfase na construção de sentidos e não na
sistematização conceitual.
Na sequência, aparece mais uma personagem. A tia incentiva ou não a revelação
do segredo? Como isso aparece no texto? O diálogo seguinte remete, mais uma
vez, a questões éticas.

- Tia, preciso contar uma coisa pra senhora.


- Pois conte, que estou ouvindo. Não posso te dar mais atenção, senão o
almoço não sai...
- É que eu tenho um segredo pra te contar e não sei se devo...
- O segredo é seu ou dos outros?
- Dos outros... Quer dizer, da prima!
- E por que você quer contar os segredos alheios?
- Bem, eu pensei que a senhora quisesse saber o que aconteceu...
- Ah, minha filha, deixa eu te fazer apenas uma pergunta: a dona do segredo te
autorizou a contá-lo?
- Na verdade, não!
- E por qual motivo você me contaria, então?
- É que... Bem, o que ela fez não é muito certo...
- E você vai dedurar a sua prima? Se for alguma coisa muito grave ela ficará
de castigo. E você não terá com quem brincar. Você já pensou nisso?
- Não...
- Pois pense. E depois volte aqui para conversarmos...
Eu não sabia onde enfiar a cara, de tanta vergonha. E para que ninguém
descobrisse os meus pensamentos, me escondi na casinha do fundo do quintal. Na
hora do almoço, saí de lá, pois a fome, nessas horas, é uma sensata conselheira. E
minha tia, com muito cuidado, voltou a tratar do assunto.
A expressão “a fome é uma sensata conselheira” é proverbial, figurada, metafórica.
É importante questionar sobre os sentidos da expressão no texto. Pode-se

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VERSÃO PRELIMINAR

introduzir, como sugerido antes, o conceito de personificação (linguagem figurada),


com anotações no próprio texto.
Nas passagens seguintes, o texto traz a sabedoria popular, proverbial, e também a
vivência das pessoas mais velhas. Por que se diz que “temos uma boca e dois
ouvidos”? Por que se diz popularmente que “quem conta um conto aumenta um
ponto”? E o que significa “em boca fechada não entre mosquito”? Questione os
estudantes sobre a linguagem popular e proverbial, que em geral veicula
ensinamentos, valores. Ao final da atividade, será proposta uma pesquisa sobre
provérbios, ditos populares, parábolas.

- Eu preciso contar uma coisa pra vocês... Minha avó, quando eu era pequena,
me ensinou uma coisa que nunca mais me esqueci. E hoje, ouvindo uma notícia no
rádio, lembrei-me dela. Ela dizia que nós temos uma boca e dois ouvidos; por isso,
nós temos que mais ouvir do que falar. E mais: nem tudo o que ouvimos, devemos
passar adiante, pois quem conta um conto, aumenta um ponto. E se o que se conta é
um segredo, pior ainda. Por isso, nessas horas em que a nossa língua coça, o melhor
é lembrar que boca fechada não entra mosquito...
E contou também histórias de outras gentes: mexeriqueiros, dedos-duros,
fofoqueiros, enfim, a turma do leva-e-traz...
Na Situação de Aprendizagem 3, será introduzido o estudo sobre as variedades
linguísticas. Pode-se aproveitar essa passagem do conto para explorar os sentidos
das gírias e expressões populares. Elas fazem parte do universo cultural e do
repertório dos estudantes?
Nos parágrafos seguintes, destacam-se aspectos que podem ser postos em
discussão:

• Marcadores temporais, responsáveis pela coesão, coerência e progressão


temática (em destaque apenas no material do professor);
• Um momento de “suspense” no enredo (em destaque apenas no material
do professor);
• A retomada de reflexões éticas, a partir de “Olha, eu tenho um grande
defeito. [...]” (em destaque apenas no material do professor). Por que a

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VERSÃO PRELIMINAR

personagem considera “um grande defeito” ouvir a conversa de outras


pessoas?

Naquela tarde, ainda preocupada que lessem os meus pensamentos, fiquei


murchinha, daqui para ali, inventando o que fazer...
Só no dia seguinte, quando minha prima decidiu contar para mim outro dos
seus segredos, foi que eu tomei coragem de me sentar ao seu lado, bem quietinha.
Disse ela:
- Sabe, o outro segredo é mais sério que o primeiro...
E fez suspense – disse, repentinamente que estava com sede e foi buscar água
na cozinha...
Depois de retornar, bebeu a água bem devagarinho, até recomeçar:
- Olha, eu tenho um grande defeito. Às vezes eu me escondo na cozinha, para
ouvir a conversa de minha mãe com as outras pessoas. E por acaso eu estava ontem,
tranquilamente sentada no meu cantinho secreto, quando alguém chegou para
conversar com ela. Como esta pessoa é minha conhecida (e eu gosto muito dela), não
posso contar o que aconteceu por lá... É uma pena! Eu só posso dizer que essa
pessoa é uma língua de trapo, uma linguaruda...
Nunca rimos tanto!
Eu, na verdade, não sabia se me sentia agradecida ou envergonhada...
E passados tantos anos, ainda hoje nós fazemos questão de relembrar este
episódio.
Acima, chama-se a atenção aos seguintes aspectos:

• A oração intercalada entre parênteses (sublinhada apenas no material do


professor) traz um destaque à reflexão da personagem; ao mesmo tempo,
introduz um comentário explicativo;
• Outras expressões populares – variedades linguísticas – aparecem na
narrativa (em destaque apenas no material do professor).

Nossos filhos compreendem, então, porque somos tão amigas e cúmplices. E


olha que eles nem imaginam o que ocorreu anos depois, quando éramos jovens e
começamos a paquerar, sem saber, o mesmo cara...
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VERSÃO PRELIMINAR

Bem, mas isto é segredo e eu não posso contar!


No penúltimo parágrafo, convém atentar-se ao sentido da palavra “cúmplices”. No
texto, traz um teor positivo ou negativo? Proponha pesquisa no dicionário, após
levantar conhecimentos prévios e análise da palavra no contexto. Enfim, por que
elas se tornaram cúmplices?
O último parágrafo “fecha” a história. É momento de retomar o título para comprovar
ou refutar as hipóteses levantadas anteriormente.

(SIDNEY, Abel. Conto ou não conto?. Ilustrações de Rosana Almendares. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=10513
0>. Acesso em: 04 out. 2019.)

Atividade 2 - Língua e linguagem: o gênero textual conto

1- O conto lido – Conto ou não conto?, de Abel Sidney -, inicia-se com um diálogo
entre duas personagens.
a) Quem são essas personagens? Em que parágrafo elas se apresentam? Destaque
no texto.
As personagens são a narradora-protagonista e a prima. A identificação pode ser feita
logo após o diálogo que introduz a história: “Depois de muitos anos, ainda me lembro
em detalhes sobre o que eu e minha prima conversamos.”

b) Logo no início do texto, para resgatar lembranças, o narrador se manifesta em


primeira ou em terceira pessoa? Transcreva um trecho que ilustre sua resposta e
destaque palavras e expressões que comprovem o foco narrativo.
O narrador manifesta-se em primeira pessoa, já que se apresenta também como
personagem-protagonista. Os recursos linguísticos que comprovam o foco narrativo
são, principalmente, os pronomes e verbos na 1ª pessoa (singular e plural), por
exemplo em:
“Depois de muitos anos, ainda me lembro em detalhes sobre o que eu e minha prima
conversamos. Éramos muito pequenas e eu passava as férias em sua casa. Nunca
brincamos tanto, quanto naqueles dias!
Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar.”

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VERSÃO PRELIMINAR

Lembre-se:
No foco narrativo em primeira pessoa, predominam palavras e expressões da
língua, como pronomes e verbos, que marcam a presença do narrador-
personagem, isto é, aquele que participa da história e se manifesta como
“eu”/”nós”.
No foco narrativo em terceira pessoa, o narrador é observador; não participa da
história como personagem. Ele narra os acontecimentos a partir da observação
(“de fora” da história). Nesse caso, predominam marcas linguísticas de terceira
pessoa, por exemplo “ele”/”eles”.

2- Releia o trecho a seguir e identifique a fala de cada personagem. Utilize a seguinte


legenda, para destacar passagens do texto.

Personagem 1 Personagem 2

- ...eu nem te conto!


- Conta, vai, conta!
- Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém?
- Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora...
- Não precisa exagerar! O que vou contar não é nada assim tão sério. Não precisa jurar.
- Está bem...

a) Que recursos expressivos do texto (pontuação e outros) possibilitaram a


identificação de cada personagem?
Durante a realização e a correção da atividade, é interessante chamar a atenção dos
alunos sobre troca de turno entre os falantes, em relação às marcas do discurso direto
(travessão, pontuação, coerência entre as trocas do turno de fala etc).

b) Observe as características de fala das personagens. No diálogo, predomina a


linguagem mais formal ou a linguagem coloquial (informal, do dia a dia)? Justifique
sua resposta.
É importante conversar com os estudantes sobre a diferença básica entre a linguagem
formal, mais presente em palestras, discursos e outras situações que exigem maior
grau de formalidade, e a linguagem coloquial, mais informal, presente nas conversas

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VERSÃO PRELIMINAR

cotidianas e em situações menos formais. É comum que no discurso direto a fala seja
representada de modo mais próximo da realidade dos falantes, em geral, com mais
informalidade e até mesmo presença de variedades linguísticas. No conto lido, as
falas representam a linguagem coloquial, cotidiana, mais informal.

c) A partir do que você observou nas questões a e b, no trecho reproduzido acima


ocorre discurso direto ou discurso indireto? Justifique sua resposta.
Ocorre discurso direto, com marcas de pontuação próprias (travessão, exclamação,
interrogação direta), troca alternada dos turnos de fala e também com marcas de fala
em primeira pessoa.

Lembre-se:
No discurso direto, o narrador procura reproduzir a fala das personagens, com
marcas específicas de pontuação (travessão, aspas, interrogação, exclamação,
reticências). Ao mesmo tempo, o discurso direto pode revelar a identidade cultural
e social das personagens que participam da história, por meio de expressões
próprias de grupos sociais e de comunidades linguísticas.
Por exemplo, em: “- Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha
na mesma hora...”

e) Observe a expressão “morrer sequinha”? Que sentidos essa expressão pode ter
no contexto do conto lido? E em outros contextos?
Convém levantar o conhecimento de mundo dos alunos. No texto, a expressão pode
produzir o sentido de punição, consequência dos atos: a personagem pode ficar
sozinha, isolada, aborrecida, deprimida; pode “definhar”, “pagar” pelos atos.
Recupere com os alunos os conceitos de conotação (linguagem figurada, por exemplo
em textos poéticos e literários, em geral, em provérbios etc.) e denotação (linguagem
em sentido literal, como nos gêneros informativos e de divulgação científica).

3- Releia o excerto a seguir:

“- Eu preciso contar uma coisa pra vocês... Minha avó, quando eu era pequena,
me ensinou uma coisa que nunca mais me esqueci. E hoje, ouvindo uma notícia no
rádio, lembrei-me dela. Ela dizia que nós temos uma boca e dois ouvidos; por isso,
nós temos que mais ouvir do que falar. E mais: nem tudo o que ouvimos, devemos
passar adiante, pois quem conta um conto, aumenta um ponto. E se o que se conta é

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VERSÃO PRELIMINAR

um segredo, pior ainda. Por isso, nessas horas em que a nossa língua coça, o melhor
é lembrar que em boca fechada não entra mosquito...”
a) No trecho, predomina foco narrativo em primeira pessoa ou foco narrativo em
terceira pessoa? Destaque com cores diferentes as marcas linguísticas que indicam
o foco narrativo. Faça uma legenda.
As diferenças entre foco narrativo em primeira e em terceira pessoa foram abordadas
anteriormente. Os estudantes também fizeram contato com o gênero “legenda”.
Sugere-se, nesta questão, que eles construam a legenda e definam como querem
representá-la: por cores, símbolos etc. O importante é que distingam, principalmente,
marcas pronominais e verbais predominantes em primeira pessoa, por exemplo:
pronomes 1ª pessoa singular
pronomes 1ª pessoa plural
verbos 1ª pessoa singular
verbos 1 pessoa plural

b) No trecho acima, a quem se referem as palavras “dela” e “ela”, em destaque? Logo,


qual é a função dessas palavras no texto?
As observações contidas na caixa de texto abaixo orientam a resposta. Neste
momento, é importante que os estudantes percebam o papel dos constituintes
linguísticos nos processos de referenciação e estabelecimento da coesão e da
coerência, por meio de retomadas e substituições. Como aporte teórico, sugerem-se
leituras de Cereja e Magalhães (2013), Ilari (2002; 2006) e Koch (1998).
Os pronomes “dela” e “ela” substituem e referenciam/retomam o substantivo “avó”,
no texto. São, portanto, recursos linguísticos essenciais na construção da coesão e
da coerência textual.

4- Para contar uma história, o narrador, em geral, situa as ações e os acontecimentos


no tempo e no espaço. No conto lido, onde se passa a história? Quando os fatos
ocorreram? Releia o texto, identifique e transcreva, no quadro abaixo, marcadores
temporais e marcadores espaciais.
É importante garantir que os estudantes retornem ao texto, identifiquem e destaquem
os marcadores temporais e espaciais (operadores discursivos). Podem, inclusive,
diferenciá-los por cores.

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VERSÃO PRELIMINAR

Marcadores temporais Marcadores espaciais


Depois de muitos anos (férias) em sua casa (da prima)
Naqueles dias Na casinha do fundo do quintal
Quando eu era pequena (inferência) na cozinha da casa da tia
Naquela tarde
Só no dia seguinte
Hoje

5- Durante o desenvolvimento da história, ocorreram várias ações das personagens.


Ao narrar essas ações, o enunciador as situa, predominantemente,
a) no presente.
b) no pretérito.
c) no futuro.
Exemplifique com passagens do texto.
Os estudantes podem identificar diferentes passagens. É necessário ouvi-los e validar
as respostas. Por exemplo:
“A minha língua coçou. Um segredo daqueles não poderia ficar guardado. Na primeira
oportunidade em que eu fiquei sozinha, procurei minha tia, que estava preparando o
almoço. (estava preparando = ideia de ação iniciada e em continuidade).

6- Reflita e comente:
Por que no conto e em outros gêneros narrativos, como a fábula e alguns tipos de
crônica, predominam os tempos verbais do pretérito?
É importante que os estudantes compreendam que nesses gêneros, assim como nos
relatos de experiência, predominam os tempos verbais do pretérito, já que, em geral,
o narrador-observador ou o narrador-personagem retratam fatos já ocorridos. Além
disso, os marcadores temporais também contribuem para situar os fatos no tempo,
como visto anteriormente.

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VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 3 - Do conto aos quadrinhos: texto e contexto

Como aporte teórico para desenvolver atividades relativas ao gênero história em


quadrinhos, sugere-se ao professor a leitura de Iannnone e Iannone (1994) e
Pietroforte (2004), conforme referências bibliográficas no final deste volume.

Imagine que você foi convidado a produzir uma tirinha baseada no texto “Conto
ou não conto?”, de Abel Sidney. As cenas a seguir representam alguns episódios.
Procure lembrar-se do percurso da história ou volte ao texto e recupere a sequência
de fatos. Lembre-se de que os gêneros textuais organizam-se de diferentes maneiras.
Logo, para transformar um gênero textual em outro é necessário fazer as devidas
adequações de linguagem.

17
VERSÃO PRELIMINAR

SIDNEY, Abel. Conto ou não conto?. Ilustrações de Rosana Almendares. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ea000337.pdf>.Acesso em: 12 set. 2019.

Depois da produção, converse com seus colegas sobre os resultados.


Considerem que as histórias sequenciadas em quadrinhos apresentam também
características narrativas, porém organizam-se com outros recursos, verbais e não
verbais.

18
VERSÃO PRELIMINAR

a) Quais são as principais diferenças entre a linguagem de um conto e a linguagem


de uma HQ?
A linguagem dos contos é, em geral, linear e predominante produzida com recursos
de linguagem verbal, exceto quando os textos trazem ilustrações. A narrativa situa-se
no passado; cenários, personagens e acontecimentos podem ser descritos, para que
o leitor construa uma “imagem mental” sobre eles. Já a linguagem dos quadrinhos
articula recursos verbais e não verbais. As personagens são, geralmente,
caricaturadas, e os cenários são visualmente apresentados. A narrativa desenvolve-
se na sequência dos quadros. As personagens interagem por meio de balões de
diferentes formatos, finalidades e sentidos e as situações de fala ocorrem no presente,
como em um diálogo face a face. É comum que aparecem também onomatopeias.
Logo, na leitura, compreensão e produção das HQ, todos esses elementos devem ser
articulados, na composição de um todo de sentidos.

b) Na HQ que você produziu, é possível identificar a presença de um narrador? Ele se


manifesta da mesma forma como em um conto? Comente.
Nas HQ, o narrador aparece eventualmente, por meio de intervenções em pequenas
caixas de texto, para situar o leitor ou fazer comentários. Convém atentar se os
estudantes compreenderam isso e como organizaram o texto.

c) Que tempo verbal predomina em uma HQ? Por quê?


Predomina o presente verbal, nas situações de fala representadas nos balões,
coerentemente com as cenas apresentadas em cada quadro, em simultaneidade com
a recepção do texto.

d) Na HQ, há relações entre os recursos expressivos verbais e não verbais? Essas


relações são importantes para a construção dos sentidos do texto? Comente.
As considerações feitas n questão a, acima, auxiliam na orientação da resposta a esta
questão.

Sugestões de quadrinhos e vídeos:


Turma da Mônica. Disponível em: <http://turmadamonica.uol.com.br/quadrinhos/>. Acesso em:
08 out 2019.

19
VERSÃO PRELIMINAR

Turma da Mônica Oficial. Disponível em:


<https://www.youtube.com/channel/UCV4XcEqBswMCryorV_gNENw>. Acesso em: 08 out 2019.

Atividade 4 – Entre contos e fábulas

Convenciona-se dizer que a fábula, diferentemente do conto, é um gênero


textual que apresenta uma narrativa relativamente curta, em prosa ou verso. As
personagens são, em geral, animais (e outros seres inumanos), com atitudes e
características humanas. As fábulas costumam veicular ensinamentos e valores éticos
e morais, os quais se depreendem da história e podem, por vezes, aparecer como
“moral”, explícita no final do texto ou diluída no percurso da narrativa. Leia a fábula a
seguir, de Esopo.

O Vento e o Sol

O Vento e o Sol estavam disputando


quem era o mais forte. De repente, eles viram
um velho homem caminhando e o Sol disse ao
Vento: “Eu vejo uma maneira de decidir nossa
disputa. Aquele que fizer o homem tirar o casaco
será considerado o mais forte. Você começa,
Vento”. E se retirou atrás de uma nuvem.
O Vento, furiosamente, começou a soprar tão forte quanto possível sobre o
velho homem. Mas quanto mais ele soprava, mais o homem enrolava-se no casaco.
Em desespero, o Vento reconheceu que deveria desistir.
Então o Sol apareceu e brilhou com todo seu
esplendor. O homem, que antes se protegia
do vento frio, começou a sentir muito calor e
logo tirou o casaco.
A bondade e a amabilidade são sempre
mais fortes que a fúria e a violência.

ESOPO. The Wind and the Sun. In: Planet PDF. Aesop’s Fables. Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/pp000002.pdf>, p. 64. Acesso em: 03 out. 2019.
Ilustrações, tradução e adaptação para o português de Madalena Borges.

20
VERSÃO PRELIMINAR

Depois de ler o texto, responda às questões propostas.

1- Tanto no título da fábula quanto no “corpo” do texto, as palavras “Vento” e “Sol”


estão escritas com letra inicial maiúscula, porque
a) o autor errou ao escrevê-las.
b) o autor cometeu erros de digitação.
c) são personagens da fábula.
d) são fenômenos da natureza.

2- Observe a seguinte passagem da fábula:


“O Vento e o Sol estavam disputando quem era o mais forte. De repente, eles viram
um velho homem caminhando, e o Sol disse ao Vento: “Eu vejo uma maneira de
decidir nossa disputa [...]”.
As informações sobre o Vento e o Sol revelam que as personagens
a) apresentam-se como fenômenos naturais, na fábula.
b) apresentam características de animais que participam da fábula.
c) não podem ser considerados personagens da fábula.
d) são seres inumanos que, na fábula, têm comportamentos humanos.

No estudo do conto, foi possível analisar como a linguagem pode, em alguns


textos, aparecer em sentido figurado, conotativo. Quando isso acontece,
manifestam-se as figuras de linguagem, em que palavras e expressões são
organizadas para produzir sentidos conotativos, por exemplo, de:

• Comparação implícita: O velho homem é um leão (comparação


explícita = O velho homem é forte e majestoso como um leão). Essa
figura é a metáfora.
• Atribuição de características e atitudes humanas a coisas e seres
inumanos: “O Vento e o Sol estavam disputando quem era o mais forte.
De repente, eles viram um velho homem caminhando e o Sol disse ao
Vento [...]”. Essa figura é a personificação ou prosopopeia.
• Oposição de sentidos: A bondade e a amabilidade são sempre mais
fortes que a fúria e a violência. Essa figura é a antítese.
• Relação parte/todo, continente/conteúdo etc: Gosto de ler Esopo (=
Gosto de ler fábulas de Esopo). Essa figura é a metonímia.

21
VERSÃO PRELIMINAR

3- Com base nas questões anteriores, conclua: em relação às personagens, a figura


de linguagem presente na fábula é
a) antítese.
b) metonímia.
c) onomatopeia.
d) personificação.

4- A moral da fábula O Sol e o Vento é “A bondade e a amabilidade são sempre mais


fortes que a fúria e a violência”. Os pares de palavras “bondade/amabilidade” e
“fúria/violência” produzem, no enunciado, efeitos de sentido de
a) antítese.
b) metonímia.
c) onomatopeia.
d) personificação.

5- Como conclusão desta atividade, proponha outra moral para a fábula, porém com
o cuidado de preservar o mesmo sentido.
__________________________________________________________________

Atividade 5 – Quem reescreve um conto aumenta um ponto

Volte ao texto lido na Atividade 1 – “Conto ou não conto?” - e proponha um final


diferente para ele. Continue a história a partir do seguinte ponto:

“[...]
E fez suspense – disse, repentinamente que estava com sede e foi buscar água na
cozinha...”

Planeje o que e como irá escrever. Escreva a primeira versão do texto e convide um
colega para fazerem, juntos, a revisão textual. O que pode ser melhorado no texto? O
que não pode faltar no texto para que haja coerência entre as ideias?

Nesta atividade, embora seja proposta uma versão diferente para o final do conto, é
necessário que os estudantes garantam a progressão temática, a preservação do foco
narrativo, o estilo de linguagem do gênero e as convenções da escrita. Logo, o
22
VERSÃO PRELIMINAR

resultado deve ser analisado com finalidades diagnósticas, para que se verifique o
nível de autonomia e a proficiência na leitura e na escrita. Sugere-se que sejam
realizadas atividades de revisão coletiva de um ou mais resultados, para que os
estudantes também possam desenvolver comportamentos de escritor. Com a
permissão prévia do aluno e com garantias de preservação de autoria, o texto pode
ser reproduzido na lousa, em flipchart ou projetado em arquivo do word, para análise
coletiva e reformulação, sob orientações do professor. A versão final pode ser copiada
pelos estudantes, dependendo da extensão, ou impressa e colada no caderno.
Para a autoavaliação orientada, seguida de revisão, propõe-se o quadro a seguir.

6- Avalie os resultados da produção.

Aspectos Sim Precisa


Melhorar
O final proposto apresenta as ideias de maneira clara, objetiva
e coerente?
O leitor consegue compreender como a história terminou?
A linguagem é adequada ao gênero (norma padrão)?
O texto apresenta escrita ortográfica?
Os sinais de pontuação são utilizados adequadamente?

23
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 – POR DENTRO DOS ACONTECIMENTOS

Na Situação de Aprendizagem 2 (SA 2), você estudará os gêneros textuais do


campo jornalístico-midiático (notícia, reportagem, fotorreportagem, podcast), a fim de
identificar e analisar as características e os modos de organização desses gêneros,
bem como a maneira como cada um deles veicula a informação. Além disso, você
elementos que fazem parte do funcionamento da língua portuguesa, os quais o
auxiliarão na compreensão e na produção de textos. No quadro a seguir, são
apresentadas as habilidades de aprendizagem que serão trabalhadas:

Atividade 1 – Gêneros textuais do jornalismo

24
VERSÃO PRELIMINAR

É importante iniciar a aula incentivando a participação dos alunos e auxiliando-os nos


registros finais. Sugere-se que a abordagem inicial (atividade 1) seja dialogada
(prática de oralidade). Fica a critério do professor ampliar os questionamentos. É
também importante considerá-los no diagnóstico de aprendizagem, com levantamento
de conhecimentos prévios. As atividades seguintes passam por estudo da linguagem
e análise linguística e culminam com prática de escrita.

Para desenvolvimento das atividades, sugere-se ao professor a leitura de Faria


(1998), Citelli (2001) e Grillo (2004).

1- O que você sabe sobre textos que circulam no campo jornalístico?


2- Que gêneros textuais jornalísticos você conhece?
3- Por quais meios de comunicação circulam os textos da esfera jornalística?
4- Em sua cidade há jornais impressos? Você tem acesso a eles? Quais deles você
costuma ler?
5- Quando você lê jornais impressos, que gêneros textuais costuma encontrar neles?
Notícia? Reportagem? Charge? Cartum? Crônica? Quais são os assuntos de sua
preferência?
6- Você tem hábito de ler notícias em jornais digitais? Em qual site?

Sugestões de acesso a e leitura de gêneros jornalísticos e midiáticos:


Folha de S. Paulo (Folhinha). Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/folhinha/>. Acesso
em: 08 out 2019.
Revista Ciência Hoje das Crianças. Disponível em: < http://chc.org.br/>. Acesso em: 08 out 2019.
Revista Superinteressante. Disponível em < https://super.abril.com.br/>. Acesso em: 08 out 2019.

Atividade 2 – De olho na informação

Durante aulas de Língua Portuguesa, os alunos da Escola Estadual “São Paulo”


participaram de atividades de leitura e produção de textos jornalísticos. Para finalizar
as atividades, os alunos Edvaldo e Gislaine produziram a notícia a seguir. Antes de
lê-la, recorde com a turma: O que é uma notícia? Como ela precisa ser organizada?
O que não pode faltar em uma notícia?

25
VERSÃO PRELIMINAR

Bullying na escola
Notícia falsa adoece aluna do ensino fundamental

Estudante se isola durante o intervalo das aulas


(Foto de Fabrício Proença)

Nesta manhã, a aluna do 6º ano, Ana Paula Silva, de uma escola pública desta cidade,
passou por avaliação psicológica no CRAS – Centro de Referência da Assistência
Social -, após sofrer constrangimentos causados por notícias falsas veiculadas nas
redes sociais e em aplicativos de celulares. Os aparelhos celulares são
frequentemente utilizados pelos colegas de Ana Paula. Em busca de soluções para
a situação, o Conselho Tutelar da cidade foi acionado pela direção da unidade escolar.
Também foram convocados os responsáveis pelos menores que fizeram a notícia
circular nas dependências da escola. Esses alunos, acompanhados pelos pais, terão
que assumir responsabilidades perante o Regimento Escolar e a legislação específica
vigente. (Por Edvaldo Ceraze e Gislaine Cardoso, da redação do Jornal Escola, em
19 set. 2019).

Como se sabe, a notícia tem como função principal divulgar um acontecimento


no meio jornalístico. O conteúdo da notícia, em geral, retrata fatos políticos,
sociais, econômicos, culturais, naturais, entre outros assuntos atuais
significativos para a sociedade. Além disso, a organização de uma notícia
requer não só informações sobre o fato como também onde e quando ocorreu
(lugar e tempo) e quem participou dele (personagens). O fato é, geralmente,
relatado com tempos verbais do pretérito (processo verbal do passado), mas o
presente também pode ser usado.
Nem todo texto do jornalismo é noticioso, mas todo acontecimento que, de
alguma forma, tem relevância e repercussão, é potencialmente objeto de
investigação jornalística. 26
VERSÃO PRELIMINAR

Sugere-se que as questões sejam inicialmente trabalhadas na oralidade, para depois


propor o registro escrito. Pode-se também realizar como atividade coletiva, para que
se chegue a uma resposta da turma. Nessa situação, o professor é o escriba: registra
na lousa ou em outro recurso o que os alunos “ditam” e, simultaneamente, faz
intervenções para garantir que todos tenham acesso às respostas adequadas.
No estudo da notícia reproduzida, é preciso considerar que O texto base não oferece,
intencionalmente, todas as informações referentes ao fato. Com os questionamentos
e a abordagem do gênero reportagem, nas próximas atividades, o estudante será
estimulado a novas reflexões e posteriormente à reescrita da notícia, com acréscimo
de informações.

1- A partir da leitura da notícia, responda às questões propostas a seguir.


Coletar e registrar as hipóteses levantadas pelos alunos. As respostas pessoais
devem ser comentadas e, se possível, validadas, considerando-se a coerência e a
pertinência. Sugere-se que, após a prática de oralidade, sejam feitos registros escritos
no CA.
a) Levante hipóteses: qual teria sido a notícia falsa veiculada a respeito da aluna Ana
Paula?
Resposta coletiva.
b) Por qual meio de comunicação a notícia falsa pode ter sido veiculada, já que muitos
alunos tiveram acesso a ela?
Resposta coletiva.
c) Em sua opinião, após o episódio de bullying, a aluna Ana Paula deve continuar
estudando na mesma escola? Justifique sua resposta.
Opiniões pessoais e coletivas. Conversa sobre o assunto.
d) Quando você recebe uma informação sobre algo ou alguém, você a repassa,
mesmo sabendo que pode ser prejudicial? Comente.
Opiniões pessoais e coletivas. Conversa sobre o assunto; procedimentos éticos.
e) Como devemos analisar os fatos antes de divulgá-los a outras pessoas? O que é
preciso considerar antes repassar uma informação?
Opiniões pessoais e coletivas. Conversa sobre o assunto; procedimentos éticos.

27
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 3 – Língua e linguagem: a notícia

a) Observe a foto que acompanha a notícia. Ela se relaciona de modo coerente com
o fato noticiado? Comente.
Sim. A foto retrata a aluna triste, sozinha, aparentemente sofrendo. Há a possibilidade
de estar chorando. A foto ilustra um momento sofrimento da aluna.
b) De acordo com a notícia, qual foi o fato principal que levou Ana Paula a adoecer?
A garota sofreu constrangimentos causados por notícias falsas veiculadas nas redes
sociais e em aplicativos de celulares, no ambiente escolar.
c) É possível situar no tempo e no espaço o acontecimento retratado na notícia?
Comprove com elementos do texto.
Não há uma informação precisa sobre o tempo, o qual pode ser atualizado pelo
marcador (locução adverbial) “nesta manhã”.
d) Sintetize o conteúdo da notícia no quadro abaixo.
A atividade destina-se à sistematização da linguagem do gênero notícia, de modo a
explicitar componentes da organização do texto e a observar a progressão temática
dos fatos retratados.

O QUE OCORREU? QUEM PARTICIPOU? QUANDO OCORREU? ONDE OCORREU?

Ana Paula sofreu Alunos da escola. Data indefinida, Na escola.


constrangimentos anterior à notícia.
causados por
notícias falsas.

Ana Paula passou Ana Paula e Nesta manhã (data No CRAS.


por avaliação integrantes do indefinida).
psicológica. CRAS.

Atividade 4 – Em torno da notícia: prática de (re)escrita

O texto 1 – “Notícia falsa adoece aluno” – não traz informações suficientes para
que o leitor compreenda bem os fatos. Resolva essa situação. Em seu caderno,
reescreva a notícia, inserindo as informações necessárias. Sugestões:

28
VERSÃO PRELIMINAR

• Acrescente um parágrafo com explicações de qual foi o tipo de bullying que a


estudante Ana Paula sofreu;
• Ao final do texto, acrescente outro parágrafo, com explicações sobre como o
fato poderia ter sido evitado;
Avalie o produto final, com base no quadro a seguir.

Aspectos Sim Precisa


Melhorar
O texto apresenta as ideias de maneira clara e objetiva?
O leitor consegue situar os fatos no tempo e no espaço?
Os fatos são apresentados em progressão temática coerente?
A linguagem é adequada ao gênero (norma padrão)?
O texto apresenta escrita ortográfica?
Os sinais de pontuação são utilizados adequadamente?

Atividade 5 – Bullying é da minha conta?: leitura compartilhada

Bullying é da minha conta!

Bullying consiste em uma violência física e/ou psicológica, que pode se


manifestar de diferentes maneiras e influenciar as relações interpessoais, com a
disseminação de mentiras ou boatos, por um agressor cuja intenção é atacar uma
mesma pessoa repetidamente.
Quem pratica o bullying possui um comportamento prejudicial e agressivo;
geralmente, não consegue posicionar-se pelo diálogo e atinge as pessoas com
depreciações e humilhações. A vítima agredida passa por situações de hostilidade,

29
VERSÃO PRELIMINAR

fica retraída e sofre em demasia. Tudo isso pode ocasionar graves consequências,
como depressão e ansiedade, e até dificultar a socialização do indivíduo.
No cenário da prática de bullying, o espectador é a “terceira personagem”.
Trata-se da pessoa que, normalmente, adota uma atitude passiva, talvez por receio
de se expor, por falta de iniciativa de se posicionar e/ou por medo de também ser alvo
de ataques. O espectador é uma testemunha que não sai em defesa da vítima nem
se junta aos agressores. Com essa postura, contribui para a continuidade do conflito.
O bullying também pode ser cometido por meio das tecnologias de
comunicação. Tal prática, mais comum do que se imagina, é descrita como
cyberbullying e ocorre quando agressão e violência são feitas em meio virtual e se
tornam ainda mais cruéis, pois o constrangimento torna-se abrangente através das
redes sociais e de diversos aplicativos de comunicação instantânea. Isso faz com que
a vítima não se sinta mais segura em lugar nenhum, em momento algum.
Em parceria com as grandes redes sociais Facebook e Instagram, a SaferNet
lançou em abril de 2019 a campanha #ÉDaMinhaConta, com o objetivo de promover
reflexões acerca do assunto e de inibir a prática do cyberbullying. A campanha teve
origem no Dia da Internet Segura, realizado no Brasil, em 05 de fevereiro do mesmo
ano, a partir do encontro de um grupo de jovens. Os materiais da campanha
#ÉDaMinhaConta foram criados para abordar o tema, promover reflexões e atitudes,
como: a) o que fazer ao identificar alguém que é alvo de bullying; b) ser uma vítima
de bullying, e c) ser acusado de praticar bullying.
De acordo com Natalia Paiva, gerente de Relações Institucionais do Instagram,
“o objetivo é criar uma reflexão, estimulando a empatia e o respeito às diferenças”.
Para participar, basta entrar nas redes sociais, postar e compartilhar as histórias sobre
o tema. Também é possível utilizar as peças publicitárias criadas para o evento, como
os adesivos GIF exclusivos de #ÉDaMinhaConta.
Daniele Kleiner, gerente de bem-estar do Facebook, informou que se alguém
postar algo que o leitor considera ser ofensivo ou intimidador, o fato pode ser
denunciado na/à própria rede social. “Trabalhamos para combater o bullying em todas
as suas formas, tanto pessoalmente quanto online, e reforçamos que não há lugar
para isso em nossa plataforma”1.
A ONG (Organização Não Governamental) SaferNet é uma referência na
defesa dos direitos humanos na Internet no Brasil. Atua na educação e orientação de
crianças, adolescentes, jovens, pais e educadores sobre o uso responsável e seguro
da Internet. A organização mantém um serviço gratuito para esclarecer dúvidas,
ensinar formas seguras de uso da rede e também orientar sobre casos de violência
online, como humilhação, intimidação, chantagem ou compartilhamento não
autorizado de imagens íntimas. O canal está disponível em dois endereços:
www.helpline.org.br ou www.canaldeajuda.org.br.

1
Conheça a campanha Acabar com o Bullying #ÉDaMinhaConta. Disponível em:
<https://new.safernet.org.br/content/conheca-campanha-acabar-com-o-bullying-edaminhaconta>.
Acesso em: 12 out. 2019.

30
VERSÃO PRELIMINAR

Vale lembrar que bullying e cyberbullying não são brincadeiras. Só existe


brincadeira quando todos os envolvidos se divertem, sem que sejam prejudicados de
alguma forma. (Por Roseli A. C. Ota, correspondente do Jornal Escola , em 18 set. 2019).

Para ler mais sobre a ONG SaferNet, acesse: <https://new.safernet.org.br/content/conheca-


campanha-acabar-com-o-bullying-edaminhaconta>. Acesso em: 18 set. 2019.

Para conhecer a legislação federal contra a prática de bullyng, acesse


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm>. Acesso em 08 out.
2019.

Atividade 6 – Língua e linguagem: o gênero textual reportagem

Diferentemente da notícia, a reportagem contém mais informações, já que


apresenta causas ou desdobramentos do fato noticiado. O jornalista tem certa
liberdade para criar interpretações sobre o tema, incluir fontes de informação e
expandir a pesquisa.
Para elaborar uma reportagem, o jornalista conta com maior tempo. Pode fazer
apuração do fato no local onde ocorre, isto é, a pesquisa de campo, em contato
direto com o cenário, as personagens envolvidas e outros aspectos ligados ao
tema da reportagem.
O texto da reportagem reúne mais informações que o texto da notícia - quanto
mais detalhes, melhor. Além disso, outros recursos, como fotos, ilustrações e
gráficos, podem ser utilizados na reportagem.

Diferentemente da notícia, o lead da reportagem não precisa conter, de imediato, as principais


informações que serão abordadas. O redator da reportagem deve garantir, de forma criativa,
Após
que oleitura compartilhada
início do e discussão
texto seja instigante sobre
e desperte o texto,
interesse responda:
do leitor sobre o assunto, por exemplo,
destacar o perfil de uma personagem importante, descrever o cenário, etc. O importante é
Sugere-se oferecer
que a aoatividade seja interpretativa
leitor uma visão realizada em duplas,
e detalhada com correção coletiva.
do acontecimento.
Na correção, proponha que os estudantes expliquem o percurso de resolução das
questões. Observe também os distratores.

1- Assinale a alternativa correta. Qual a finalidade e a intencionalidade do texto


“Bullying é da minha conta!”?
a) organizar projetos escolares contra a prática de bullying;
b) descrever situações da prática de bullying entre estudantes;
c) informar o leitor e conscientizar sobre as consequências da prática de
bullying;
d) promover o diálogo entre estudantes para o combate ao bullying.

31
VERSÃO PRELIMINAR

2- De acordo com o texto, o que a prática de bullying desencadeia nas vítimas?


A vítima sofre e pode ser vítima de graves consequências, como depressão e
ansiedade, além de encontrar dificuldades de socialização.

3- Pela leitura do texto, é possível inferir que os três “agentes” envolvidos em uma
situação de bullying/cyberbullying são:
a) agressor, apoiador e vítima.
b) vítima, agressor e julgador.
c) vítima, apoiador e julgador.
d) agressor, vítima e espectador.

4- Observe o emprego de aspas no trecho em destaque:

“[...] De acordo com Natalia Paiva, gerente de Relações Institucionais do Instagram,


‘o objetivo é criar uma reflexão, estimulando a empatia e o respeito às diferenças’”.

Qual é a função das aspas no trecho sublinhado? Há outras maneiras de escrever


esse trecho? Proponha uma delas.
A função das aspas é marcar a citação da fala de Natalia Paiva. Outra maneira de
formular o trecho é: Natalia Paiva informou que o objetivo era criar uma reflexão,
para estimular a empatia e o respeito às diferenças.
É importante destacar as diferentes possibilidades de citar o discurso do “outro”
(diferenças entre a narrativa literária e a narrativa jornalística).

5- Com base na reportagem, qual é a principal diferença entre bullying e ciberbullying?

6- De acordo com a reportagem, quem idealizou a campanha #ÉDaMinhaConta?


Onde e por que meios essa campanha se propagou? Quem pode participar?
O bullying é uma forma de violência física ou psicológica, que pode se manifestar de
diferentes maneiras e influenciar as relações interpessoais, com a disseminação de
mentiras ou boatos sobre alguém. O cyberbullying acontece quando a agressão e a
violências sofridas ocorrem em meio virtual.

7- O que é # (hashtag)? Quando e onde o símbolo pode ser utilizado? Você já fez uso
alguma vez? Em que situação?
Hashtag (#) é um termo estrangeiro cuja função é identificar o tema do conteúdo
compartilhado nas redes sociais. O tema é antecedido pelo símbolo do “jogo da velha”
(cerquilha).

32
VERSÃO PRELIMINAR

8- Apresente sua opinião: A proposta da ONG SaferNet é importante para a


sociedade? Por quê?
Resposta pessoal. (A “proposta” refere-se à campanha # ÉDaMinhaConta, lançada
no Dia da Internet Segura, em 2019).

9- Há ONG que atuam na sua cidade ou região? Indique o nome e o que elas fazem.
Resposta pessoal.

Agora, reflita e preencha a tabela abaixo, considerando características comuns e


características diferentes entre tais gêneros. Anote sim ou não para a presença ou
ausência dessas características.
Nesta atividade, é importante retomar as características dos gêneros notícia e
reportagem, a fim de verificar se os estudantes compreenderam as diferenças entre
eles. Para que a atividade seja significativa, é necessário realizar intervenções que
levem os estudantes a pensar sobre o objeto de estudo. Sugere-se que outros textos
sejam lidos em uma roda de jornal, por exemplo.

Organização e conteúdo da linguagem Notícia Reportagem

Apresenta título.

Apresenta subtítulo.

Retrata um fato.

Situa o leitor em relação ao tempo, ao espaço e


às personagens.

Predominam verbos no pretérito.

Organiza-se com clareza e objetividade.

Pertence ao universo do jornalismo.

Apresenta o fato sem muitos detalhes.

Apresenta o fato com mais detalhes.

Atividade 7 – Língua, linguagem, sentido: prática de análise linguística

33
VERSÃO PRELIMINAR

1- Observe o trecho a seguir:


“Trabalhamos para combater o bullying em todas as suas formas, tanto pessoalmente
quanto online, e reforçamos que não há lugar para isso em nossa plataforma”.
a) Que sentido a palavras “suas” acrescenta à palavra “formas”?
A palavra “suas” produz o sentido de “posse/possuidor”. Equivale a dizer “as formas
do bullying”.
Assim, a palavra “suas” acompanha e modifica ou substitui a palavra “formas”?
A palavra “suas” acompanha a palavra “forma”, interferindo no significado.
b) Que sentido a palavra “nossa” acrescenta à palavra “plataforma”?
Acrescenta o sentido de posse/possuidor.
Logo, qual é a função da palavra “nossa”: acompanhar e modificar ou substituir a
palavra “plataforma”?
A função de “nossa” é acompanhar e modificar a palavra “plataforma”
c) Qual é o sentido e a função da palavra “isso” no trecho lido?
A palavra “isso” retoma a informação anterior e a substitui (procedimento de retomada
e estabelecimento de coesão). Equivale a dizer “não há lugar para bullying”.

Os termos analisados acima são pronomes. Pronomes são palavras da língua


que acompanham outras palavras, geralmente substantivos, tanto para substituí-
las quanto para acrescentar ou modificar sentidos.

A abordagem metalinguística nesta atividade é restrita a que os estudantes


compreendam a função dos pronomes como referenciadores textuais, no
estabelecimento da coesão e da coerência. Não é necessário, neste momento,
ampliar conceitos nem desenvolver um estudo sistemático do componente
gramatical. Sugere-se que os procedimentos de retomada anafórica sejam estudados
em diferentes momentos de leitura, análise linguística e produção escrita.
De acordo com o nível de autonomia da turma, pode-se ampliar e aprofundar o objeto
de conhecimento, a partir de sequências didáticas e do livro didático.

34
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 8 – Podcast e notícia: diálogos

1- Conversa inicial:
a) Você costuma ouvir rádio? O que você ouve: notícias, músicas, programas
esportivos?
b) Em que tipo de aparelho você ouve suas músicas preferidas?
c) Você sabia que os textos de áudio veiculados no rádio ou na internet chamam-se
podcasts? Você já ouviu ou segue algum?

d) O que é podcast noticioso? Levante hipóteses.


Depois desta conversa inicial, procure ouvir podcasts no rádio ou na internet. Você
pode também acessá-los no seguinte link: https://coisadecrianca.com.br/.

Podcasts são textos de áudio transmitidos pela internet ou por rádio. Ao contrário
de outros gêneros midiáticos que usam textos, imagens e vídeos, os podcasts
são feitos apenas para serem ouvidos. Isso faz deles uma ótima opção para
quem quer se informar ou consumir conteúdos enquanto realiza outra atividade.
Para ampliar conhecimentos e saber como produzir um podcast, acesse: <
https://blog.hotmart.com/pt-br/como-criar-um-podcast/>. Acesso em 08 out.
2019.

2- Agora, em grupo, você e seus colegas vão produzir um roteiro para gravação de
uma notícia de áudio: um podcast noticioso.

Como fazer?

• Escolham o tema que irá noticiar. Considere um assunto de relevância para


seu bairro ou sua comunidade.
• Pensem em um nome para o programa de notícia.
• Qual será o estilo da produção? Vocês utilizarão uma linguagem formal ou
informal, como um bate-papo?
• Selecionem o material informativo sobre o fato que será noticiado. Isso pode
ser feito por meio de pesquisa local, entrevista, entre outros.

35
VERSÃO PRELIMINAR

• Façam o planejamento, isto é, o roteiro. O roteiro consiste em descrever toda


a sequência do programa, como as falas, a trilha sonora e as vinhetas. Vejam
a proposta de roteiro:

Trilha da abertura ou Música ou efeito sonoro Tempo em segundos


vinheta

Apresentação do Transcreva a fala de entrada Tempo em segundos


programa e dos
“jornalistas”

Título da notícia Transcreva o título da notícia: Tempo em segundos

Texto da notícia Transcreva o texto da notícia: (quem, o Tempo em segundos


quê, onde, quando, como e por quê)

Fechamento Encerramento da notícia Tempo em segundos

Trilha de encerramento Música ou efeito sonoro Tempo em segundos

• Redijam todo texto da notícia. Lembrem-se de que ele será falado.


• Depois de tudo planejado, roteirizado e redigido, é hora da ação! Prestem
atenção na entonação, na leitura fluente da notícia e na entrada dos recursos
sonoros. A apresentação deve ter em torno de 1 a 3 minutos.
• Esta atividade poderá ser realizada em áudio (com a gravação por meio do
celular, por exemplo), ou dramatizada (lida em um ambiente que propicie ao
ouvinte contato apenas com a produção em áudio; simulem que estão em um
estúdio de gravação).
• A turma poderá, inclusive, produzir podcasts publicitários, para divulgar
produtos e
serviços.
• A turma poderá incluir podcasts publicitários, para divulgar eventos da sua
escola (gincanas, jogos interclasse, palestras etc.).
• Compartilhem o podcast em aplicativos de mensagem.

36
VERSÃO PRELIMINAR

Com esta atividade, espera-se que os estudantes tenham contato com gênero notícia
em produção oral. Caso não seja possível o trabalho com o podcast, faça a adaptação
da para um noticiário dramatizado, como sugerido na proposta.
Ressalte aos alunos a necessidade de pensarem na entonação da voz, na pronúncia
e no ritmo adequado de leitura, na locução fluente, sempre considerando o
interlocutor-ouvinte. A produção do roteiro é essencial para executar todo o trabalho.
Além da sequência disponibilizada no caderno do aluno, considere na avaliação da
atividade:
- Duração da produção (1 a minutos)
- Locução fluente - que favoreça uma boa escuta.
- Recursos sonoros utilizados (que não interferiram na escuta do texto).
Mesmo sendo uma atividade pontual, caso haja possibilidade de gravação, divulgue
as produções, por exemplo, em um blog da sala ou da escola.

Outras sugestões de leitura ao professor:


Plano de aula - Planejando um podcast noticioso. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4591/planejando-um-podcast-noticioso>
Acesso em 27 set. 2019.
Plano de aula - Apresentando e avaliando podcasts noticiosos. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4592/apresentando-e-avaliando-podcasts-
noticiosos> Acesso em 27 set. 2019.
Plano de aula - Planejando um podcast a partir do conto clássico. Disponível em:
< https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4293/planejando-um-podcast-a-partir-do-
conto-classico >. Acesso em 27 set. 2019.
Plano de aula - Comparação entre podcasts noticiosos e notícias online. Disponível
em: <https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4590/comparacao-entre-podcasts-
noticiosos-e-noticias-online> Acesso em 27 set. 2019.
Mundo Podcast. Disponível em : <https://mundopodcast.com.br/> . Acesso em 27 set.
2019.

37
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – VARIEDADES LINGUÍSTICAS: E EU COM


ISSO?

Na Situação de Aprendizagem 3 (SA 3), você estudará diferentes gêneros


textuais. No quadro a seguir, conheça as habilidades de aprendizagem que serão
trabalhadas.

38
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1 – Variedades da língua: diferentes falantes, diferentes falares

Imagine que cada balão simbolize a maneira de falar de diferentes indivíduos.


O que a diversidade de cores, tamanhos e formatos sugere?

As atividades a seguir visam à abordagem introdutória do objeto de conhecimento


“variedades linguísticas.” A proposta consiste em situar os estudantes no âmbito da
pluralidade cultural e linguística, em torno da língua falada no Brasil. Tem-se em vista
refletir sobre manifestações da língua falada e escrita, tal como se apresentam em
diferentes gêneros textuais e contextos de interação, com destaque à valorização das
diferenças, contrariamente ao preconceito linguístico.
Sugere-se ao professor a leitura de Bagno (2001; 2003), Beline (2003), Ilari e Basso
(2006) e Silv (2003), como aporte teórico no campo de estudos da Sociolinguística.

Uma língua e seus falantes

A Língua Portuguesa é a língua oficial do Brasil, isto é, a língua que nos


identifica como povo da nação brasileira. É também o “código” que utilizamos em
situações de comunicação e interação oral e escrita.
O Brasil é um país de grande extensão territorial e diversidade cultural. Embora
tenhamos uma língua oficial escrita, única para todos os brasileiros, há diferentes
grupos linguísticos que se identificam pela diversidade de modos de falar. As
diferenças da língua falada podem ser observadas no sotaque, no vocabulário, na
organização sintática de sentenças, no estilo, entre outros aspectos que, em muitas
situações, possibilitam a identificação da origem sociocultural e geográfica dos

39
VERSÃO PRELIMINAR

falantes. Há também os estrangeirismos ou empréstimos linguísticos, e há, ainda, os


neologismos (palavras novas).
Muitos fatores interferem no processo de variação linguística, entre eles a
ocupação do espaço geográfico por diferentes grupos, as mudanças históricas da
língua, em geral, na forma e nos sentidos, o avanço tecnológico, a formação de
comunidades e estilos.
Pense nisto:

• Há diferenças de sotaque entre falantes das regiões brasileiras?


• As gírias do tempo de nossos pais e avós são as mesmas utilizadas
hoje?
• Expressões como “mano”, “cara”, “brother” têm o mesmo significado?
• Expressões como bullying e cyberbullying, vistas na Situação de
Aprendizagem 2, sempre fizeram parte de nosso repertório linguístico?
• Expressões como shopping center, outdoor, internet fazem parte do dia
a dia dos brasileiros. Será que elas teriam a mesma “força” comunicativa
se fossem utilizadas em português?
• A palavra “você” sempre teve essa forma escrita?

Portanto, quando se fala em variedades linguísticas, é preciso considerar as


várias possibilidades de mudanças de uma língua e as diferenças que tais mudanças
condicionam: históricas, geográficas, socioculturais, estilísticas.

Observe o cartum a seguir:

1- Por que a personagem do primeiro quadrinho quer devolver o pássaro?

40
VERSÃO PRELIMINAR

A personagem afirma que o pássaro não sabe falar, mas na verdade está insatisfeita
com a variante linguística que o pássaro reproduz.

2- Observe a fala da garota, no segundo quadrinho.


a) Duas palavras ocorrem no diminutivo. Quais são elas?
As palavras são “passarim” e “bunitim”.
b) Conclua: por que as palavras “passarinho” e “bonitinho” foram escritas como
“passarim” e “bunitim”, no segundo quadrinho?
Como se trata de uma história em quadrinhos, os balões correspondem à fala das
personagens e, portanto, apresentam características da língua falada e suas
variedades.
c) A fala da garota, no segundo quadrinho, indica que
( ) a personagem não sabe falar língua portuguesa adequadamente.
(X) a personagem usa uma variante linguística de estilo.
( ) o autor reproduziu equivocadamente a fala da personagem.

d) O emprego do diminutivo é bastante comum em alguns grupos linguísticos, seja


para indicar tamanho, seja para produzir efeitos de sentido de afetividade ou ironia.
No cartum em análise, o emprego do diminutivo tem o mesmo sentido na fala do
homem e na fala da garota? Comente.
É possível que na fala do homem o emprego do diminutivo esteja relacionado a
tamanho (um pequeno pássaro). Já na fala da garota, produz-se o sentido de
afetividade, acentuado pela expressão “tão bunitim”.

3- As histórias sequenciadas em quadrinhos compõem-se de recursos expressivos


verbais e não verbais. No cartum em análise, além da relação entre as imagens
caricaturais e a fala das personagens, outro recurso gráfico-visual é responsável pela
produção de sentidos do texto – os balões. Como os balões aparecem nesse cartum?
O que eles representam?

Balão de fala.

41
VERSÃO PRELIMINAR

Balão de pensamento.

Balão da fala.

4. No texto lido, o efeito de humor ocorre porque o passarinho


a) não sabe falar.
b) só sabe cantar.
c) fala como a garota.
d) só sabe assoviar.

Atividade 2- Preconceito linguístico: O que é? Como se faz?2

As pessoas falam de maneiras diferentes, mas isso não significa que um jeito de
falar é melhor que outro. Criticar a maneira como uma pessoa fala é um ato de
preconceito – o preconceito linguístico - tão sério quanto qualquer outro.

Há muitos mitos em torno das variedades linguísticas, os quais revelam atitudes


preconceituosas e prejudiciais aos indivíduos. Alguns desses mitos são apresentados
a seguir. O que você pensa sobre eles? Converse com a turma a respeito.

• Todos os brasileiros falam a língua portuguesa da mesma maneira.


• Aprender língua portuguesa é difícil.
• O brasileiro não sabe falar língua portuguesa.
• As pessoas que não vão à escola falam errado.
• Falamos da mesma maneira que escrevemos.

2
O título da atividade alude ao livro Preconceito linguístico: o que é, como se faz, de Marcos Bagno, indicado
como leitura nas referências bibliográficas.

42
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 3- Da oralidade para a escrita: normas linguísticas

1- Observe o enunciado a seguir e converse com a turma sobre o texto.

a) Onde esse gênero textual costuma circular? Qual é a principal função desse tipo
de enunciado?
Trata-se de um anúncio informal, comum em situações cotidianas e cuja principal
finalidade é a divulgação de produtos e serviços.
b) Do ponto de vista da organização das ideias, o enunciado é compreensível?
Comente.
(É provável que os estudantes atenham-se às convenções da escrita ortográfica.
Antes disso, porém, é importante destacar outros aspectos que comprometem a
compreensão, como a pontuação, a disposição das informações, a concordância
verbal e nominal)
c) Do ponto de vista da ortografia, as palavras estão devidamente escritas? Quais
delas precisam de correção? Reescreva-as.
(Sugere-se promover reflexões sobre o sistema linguístico. É provável que muitos
estudantes, no 6º ano, ainda não tenham se apropriado das convenções linguísticas,
durante o processo de alfabetização, o que requer retomadas constantes).

Atividade 4 - (Re)textualização3
Vimos, anteriormente, que é preciso respeitar as variedades linguísticas e não
as depreciar.

3O título da atividade alude ao livro Da fala para a escrita: atividades de retextualização, de Luiz Antônio
Marcuschi (2010), indicado como sugestão de leitura nas referências.

43
VERSÃO PRELIMINAR

Valorizar o uso da língua em diferentes situações comunicativas, não significa


introjetar um “falar certo ou errado”, mas reconhecer, respeitar e saber valorizar
as variedades linguísticas de grupos e indivíduos. Trata-se também de adequar
os usos da língua às diversas situações e aos gêneros textuais orais e escritos.

e escritos.
No entanto, há situações em que é preciso garantir o uso da norma-padrão. No
espaço abaixo, reescreva o texto do anúncio, de modo a adequar à norma convencio-
nal de escrita. Verifique a melhor maneira de organizar as informações, para que
cheguem ao interlocutor-enunciador com clareza e objetividade.

Sugestão de retextualização:

HORTA DO FREDERICO
VENDEM-SE VERDURAS E FRUTAS FRESCAS, SEM AGROTÓXICO.
COUVE E ALFACE A R$2,00.
APERTE A CAMPAINHA PARA SER ATENDIDO.

Atividade 5 – De anúncio em anúncio...


Observe o anúncio publicitário a seguir e converse com a turma sobre ele.

AVALIAÇÕES DO PRODUTO

44
VERSÃO PRELIMINAR

Maria Clara – BH
No dia 15/08/19, comprei a bicicleta na e a previsão de
entrega para 25/08, depois de muita reclamação no chat, foi
18 de setembro de 2019
despachada no dia 28/08 por transportadora. Hoje 18/09
ainda não foi entregue, vou desistir da compra e ingressar
com ação por danos morais, pois, essa empresa não respeita
seus clientes.

João Gonçalves – RJ
11 de agosto de 2019 Produto muito bom e de boa qualidade. É confortável e
muito resistente.

Vinícius Campos – RS
29 de julho de 2019 Um bom custo x benefício. Possui freios a disco. A entrega foi
rápida e o atendimento da loja foi bom também. Uso ela
para ir trabalhar e para passeios com minha filha.

Eraldo Silva – MG
11 de junho de 2019 Gostei da bicicleta, é bonita! Um ponto negativo é que achei
o banco e os pneus finos demais, parece que vai quebrar.

1- Onde esse tipo de anúncio é, geralmente, encontrado?


Em páginas da internet.
2- O anúncio organiza-se em duas partes articuladas. Identifique-as e indique qual é
a função/finalidade de cada uma delas.
A primeira parte apresenta a loja, o produto, valor e as possibilidades de compra. A
segunda parte é a avaliação do produto com comentários dos compradores.
3- O que representam as estrelas que aparecem no anúncio? Por que algumas são
amarelas e outras são brancas?
As estrelas representam a satisfação do consumidor em relação ao produto (bicicleta).
São apresentadas 5 estrelas e cada uma indica um nível de satisfação em relação ao
atendimento ou ao produto. Ao serem marcadas, passam da cor branca para a
amarela.
4- Há algum consumidor que não gostou da compra da bicicleta? Por quê? Quem
avaliou o produto de maneira positiva?
A consumidora, baiana, Maria Clara não gostou da compra, devido à demora da
entrega da bicicleta. Os consumidores que aprovaram a compra foram: o carioca João
Gonçalves, o rio-grandense Vinícius Campos e o mineiro Eraldo Silva.

45
VERSÃO PRELIMINAR

5- Na parte destinada à avaliação do cliente, a escrita está adequada à situação


comunicativa? Levante hipóteses.
Na internet, nesta situação de uso, a linguagem utilizada com mais frequência é
informal. Nas avaliações podem aparecer variedades linguísticas: neologismos,
palavras em desuso, estrangeirismos, regionalismos, gírias, entre outros.

6- Analise a avaliação de Maria Clara, de Belo Horizonte. Com base no tema da


postagem, pode-se dizer que a cliente usou adequadamente o “espaço” da página?
Você faria o mesmo? Comente.
No espaço da avaliação do produto, geralmente, os consumidores fazem comentários
em relação à aquisição feita pelo site de compra. A cliente Maria Clara fez uma
reclamação acerca da entrega da bicicleta. Logo, o local da reclamação não é
apropriado, pois talvez a informação não chegue ao setor competente para resolver o
problema. Melhor seria utilizar o canal de atendimento ao consumidor.

Atividade 6 – SAC - Reclame aqui!


Uma cliente da loja virtual “Compre mais barato”, insatisfeita com os serviços
da empresa, escreveu uma carta de reclamação SAC – Serviço de Atendimento ao
Cliente. Direcionou a carta ao chefe de vendas. O resultado está reproduzido a
seguir. Leia o texto e analise os procedimentos de escrita utilizados pela cliente.

46
VERSÃO PRELIMINAR

1- Coloque-se no lugar do interlocutor-enunciatário da carta. O conteúdo é claro?


Comente.
2- Considerando a situação de comunicação; o interlocutor; a finalidade do gênero
textual, o registro escrito da carta é adequado? Você a escreveria de outra maneira?
Justifique sua resposta.
A carta poderia passar por uma revisão e adequação de linguagem à situação
comunicativa. A cliente Gi escreveu como se estivesse conversando com o
interlocutor. Nesse caso, é necessário adequar o texto de acordo com as convenções
do registro escrito e com um grau maior de formalidade exigido pela situação.

3- Observe a expressão em destaque na sentença reformulada: “Comprei, na loja de


vocês, no mês passado, uma bicicleta ‘maneira’, azul”.
a) Que palavra nomeia o objeto adquirido na compra? Bicicleta
b)Que palavra(s) que caracteriza(m) objeto adquirido na compra? Maneira, azul.
c) Que palavra determina/define o objeto adquirido na compra? Uma.

47
VERSÃO PRELIMINAR

Como é possível observar, as palavras da língua, quando se relacionam na


organização dos enunciados, exercem diferentes funções – as funções
morfossintáticas. Com base nessas funções, as palavras são descritas em classes.
Dentre as palavras analisadas em “uma bicicleta ‘maneira’ azul”, uma tem a função
de nomear o objeto – o substantivo bicicleta. As demais palavras acompanham o
substantivo, definindo-o e modificando seu sentido. Assim:

Pertencem à classe dos substantivos as palavras que nomeiam “coisas”.


bicicleta = substantivo
Pertencem à classe dos adjetivos as palavras que caracterizam/qualificam
“coisas”.
maneira, azul = adjetivos
Pertencem à classe dos artigos definidos as palavras que determinam/definem
“coisas”
uma = artigo

Nesta abordagem, o mais importante é garantir que os estudantes compreendam


como as palavras da língua relacionam-se para produzir sentidos. A partir dessa
compreensão, os estudos gramaticais tornam-se mais significativos, uma vez que a
nomenclatura passa a fazer sentido e não se torna apenas prática de memorização
de conceitos. Propõe-se o modelo da gramática reflexiva, de Cereja e Magalhães
(2013).

Atividade 7 – Entre substantivos, adjetivos e ornitorrincos4

Observe o seguinte enunciado:


“Minha bike é azul. Azul é minha cor favorita”.

Nos exemplos anteriores, a palavra “azul”, ao acompanhar e caracterizar a palavra


“bicicleta”, definiu-se como adjetivo. E neste exemplo? A palavra “azul” é substantivo
ou adjetivo? Em que situação ela tem função de adjetivo (caracteriza)? Em que
situação tem função de substantivo (nomeia)?

4
O título da atividade alude ao ensaio “O adjetivo e o ornitorrinco”, de Mário Perini, no livro Sofrendo a
gramática (2000), indicado para leitura nas referências bibliográficas.

48
VERSÃO PRELIMINAR

O ornitorrinco, o adjetivo e o substantivo: uma


analogia

O ornitorrinco é um animal peculiar. Embora seja


descrito como um mamífero semiaquático,
apresenta características físicas de ave, já que
possui um bico semelhante ao dos patos. Além
disso, para “complicar”, é um mamífero ovíparo.
Assim como os animais são categorizados pelos
zoólogos em espécies bem definidas, alguns gramáticos tentam categorizar
e classificar as palavras em grupos fechados, bem definidos. Mas isso é
muito difícil! Em analogia com o ornitorrinco, algumas palavras da língua,
como substantivos e adjetivos, podem exercer mais de uma função. Tudo
depende do contexto de uso dessas palavras. Como se viu acima, a palavra
“azul” ora funciona como substantivo, ora como adjetivo. Portanto, classificar
palavras não é o mais importante. O mais importante é compreender como
elas participam da organização e dos sentidos dos textos. (Texto e ilustração de
Madalena Borges, com finalidades didáticas para esta atividade).

Atividade 8 - Anunciar é preciso

Há diferentes modos de anunciar produtos e serviços. Vimos dois deles nas


atividades anteriores. Vimos também que é necessário adequar os usos da língua às
situações comunicativas e aos gêneros de discurso. Como se organiza, então, a
linguagem dos anúncios classificados?

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49
VERSÃO PRELIMINAR

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(Elaborado por Madalena Borges, com finalidades didáticas, para esta atividade.)

1- Qual é a principal finalidade dos anúncios classificados?


A principal finalidade é divulgar produtos e serviços, de maneira concisa e obejtiva.
2- Pela observação da página “Classificados”, é possível dizer por que o gênero é
definido como “anúncio classificado”?
O gênero define-se como “anúncio classificado” devido, principalmente, ao modo
como é feita a diagramação da página: os produtos e serviços são clssificados de
acordo com o tipo, a natureza.
3- Que informações são necessárias para divulgar um produto ou serviço na seção
“Classificados”?
São necessárias informações básicas, tais como: o que se pretende (vender,
comprar, oferecer emprego, procurar emprego etc); o produto ou serviço oferecido;
as informações de contato.
4- Essas informações são apresentadas de maneira mais objetiva ou menos
objetiva? Por quê?

50
VERSÃO PRELIMINAR

As informações precisam ser apresentadas de maneira clara e objetiva, a fim de


que sejam lidas com rapidez e facilidade de compreensão. Além disso, os anúncios
costumam ser curtos, concisos, não só pelo espaço da página como também pelo
custo da publicação.
5- Observe os verbos que ocorrem nos anúncios lidos, organizados em três grupos:
Grupo A Grupo B Grupo C

alugo contrata contrata-se

vendo precisa-se de

vendo ou troco aluga-se

ofereço

a) Quanto ao tempo verbal, os verbos estão no presente, no pretérito ou no futuro?


Levante hipótese: por que esta é a melhor escolha no gênero em questão?
Os verbos ocorrem predominantemente no presente. Trata-se de um recurso que
atualiza a informação no momento da leitura, além de tornar o conteúdo informado
mais preciso e objetivo.
b) Os processos verbais realizam-se em três modos: indicativo, subjuntivo e
imperativo. Em linhas gerais, produzem os seguintes efeitos de sentido nos textos:

• Modo Indicativo: expressa algo que seguramente acontece, aconteceu ou


acontecerá; é o modo da certeza;
• Modo Subjuntivo: expressa a incerteza, a possibilidade de algo vir a
acontecer;
• Modo Imperativo: expressa ordem, convite, conselho; tem a finalidade de
levar o interlocutor a cumprir/executar o processo verbal; é o modo da
persuasão.
• Com base nessas observações, que modo verbal predomina nos anúncios
classificados? Predomina o modo indicativo, já que a intenção comunicativa
é veicular informações certas, precisas.

51
VERSÃO PRELIMINAR

Para ampliar e aprofundar os estudos de morfossintaxe, se necessário,


sugere-se a utilização do livro didático ou a elaboração de sequências
didáticas.

Atividade 9 – Anunciar não é brincadeira: classificados

Em duplas, organizem um mural de anúncios classificados de troca de produtos e


sugestões, na sala de aula ou em outro local da escola. Aproveitem para realizar
trocas de livros, gibis, CDs, figurinhas, sugerir leituras e filmes, entre outras atividades
culturais e escolares. Para isso, é fundamental rever aspectos da linguagem do
gênero, pensar no interlocutor e verificar o que é necessário para que o anúncio
classificado cumpra sua função, de modo adequado e direcionado ao público-alvo.

Concluída a atividade, avaliem os resultados.

Aspectos de linguagem Satisfatório Precisa melhorar


Produto divulgado
Objetivo do anúncio
Dados para contato
Adequação de
linguagem ao público-
alvo
Concisão, clareza,
objeticidade

52
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – É O FIM DA PICADA!

Na Situação de Aprendizagem 4 (SA 4), serão estudados outros gêneros


textuais do campo jornalístico-midiático. O principal objetivo é identificar e analisar as
características e os modos de organização de tais gêneros bem como a maneira em
que cada um deles veicula a informação. É importante observar como os textos
dialogam e se aproximam por meio dos temas e dos recursos de linguagem (relações
intertextuais e interdiscursivas).

Os textos apresentados a seguir propiciam o estabelecimento de relações


intertextuais e interdiscursivas, a partir de um tema atual: o risco de extinção das
abelhas. Além se se tratar de discussões situadas em campos de atuação da vida
pública, a proposta de cada atividade não se restringe à abordagem temática. É
fundamental desenvolver o estudo da linguagem e da língua, de modo que os
estudantes compreendam como os textos se organizam para desempenhar funções
e finalidades e produzir sentidos.

53
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1 – É o fim da picada: leitura compartilhada

Leia os textos seguir.

Texto 1

É o fim da picada: reino ameaçado

(Disponível em <https://www.canva.com/design/DADnVaiSmww/1MUd3T74D7rslqYGkeNR8Q/edit?category=tACFagP1mXg> .
Acesso em 04 out. 2019. Imagem modificada, com finalidades didáticas, para esta atividade)

Não é de hoje que as abelhas vêm sumindo do meio ambiente; aliás, estão
desaparecendo lentamente. Os apicultores reclamam desse sumiço e a preocupação
faz todo sentido. Só no ano de 2019, em três meses, mais de 500 milhões de abelhas
foram encontradas mortas em quatro estados brasileiros: São Paulo, Mato Grosso,
Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
É fato que a abelha é muito importante para a vida humana e animal, não
apenas por produzir mel, mas também polinizar flores e frutos, como exemplo, o
maracujá, que é polinizado pela espécie chamada Mamangaba. Existem milhares de
espécies de abelhas na natureza, responsáveis pela polinização de várias culturas,
portanto, são essenciais para o meio ambiente. No nosso país, cerca de 60% das
plantas cultivadas para a alimentação humana e animal dependem da abelha.
Geralmente, os perigos para os pequenos insetos ocorrem devido à
urbanização, ao desmatamento e às queimadas, pois o habitat natural do inseto é
destruído. Além disso, a poluição, as mudanças climáticas e uso de agrotóxicos nas
proximidades das colmeias também são fatores prejudiciais às abelhas. Não bastasse
tudo isso, há uma doença, chamada Síndrome do Colapso da Colônia, em que as
abelhas simplesmente abandonam suas casas, o que é um mistério para os cientistas.
A redução das abelhas na natureza causa danos no ecossistema, pois há uma
interdependência entre sua existência e a de diversas plantas com flores que são
fecundadas por esses insetos. Com a diminuição da vegetação, a alimentação reduz,
causa aumento de preços para o consumo e a cadeia agrícola, que contrata milhares
de pessoas, diminui as ofertas de emprego.
Várias organizações vêm trabalhando em campanhas para informar as pessoas
quanto à importância das abelhas e da luta contra o uso de agrotóxicos. É fundamental
que todos saibam cuidar dessas maravilhosas criaturas, para que elas continuem a
exercer seu reinado na natureza.

54
VERSÃO PRELIMINAR

(Texto e ilustração Roseli AC Ota, com finalidades didáticas, para esta atividade)
Texto 2

Dia Mundial das Abelhas


Roseli Ota

Você sabia que dia 20 de maio é o dia Mundial das Abelhas? A data foi criada pela
Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018, para lembrar a importância da
polinização ao equilíbrio dos ecossistemas e o desenvolvimento sustentável. Além
de serem fonte de mel e de outros produtos, as abelhas garantem o sustento de
apicultores e muitas outras famílias que dependem da polinização em suas
plantações.

(Texto de Roseli Ota, com finalidades didáticas, para esta atividade. Imagem disponível em:
<https://www.canva.com/design/DADnWAi8MU0/pIVr5XkVF6JwWZc6vFIEZw/edit?category=tACFagP
1mXg> Consulta em 04 out. 2019

Texto 3

Comentário de Internet
Lucineia Campos - Fernandópolis / SP

Que triste notícia! As abelhas estão sofrendo com a ação do homem porque o uso
de agrotóxico agride muito o meio ambiente e os mais frágeis são atingidos. As
abelhas são essenciais para a vida, mas não reconhecemos o seu valor. Além de
nos dar a lição de como conviver em sociedade e produzir sem danificar nada no
planeta, elas estão morrendo pois não somos capazes de respeitá-las.

567 0

Depois de ler os textos 1, 2 e 3, analise cada um deles para responder às questões


propostas a seguir.
1- Os três textos dialogam? O que os aproxima? Quais são as semelhanças entre
eles?
Os textos aproximam-se pelo tema: causas e consequências das agressões ao meio
ambiente e risco de extinção das abelhas.

55
VERSÃO PRELIMINAR

2- Embora os três textos apresentem semelhanças temáticas, eles têm a mesma


finalidade comunicativa e a mesma função social? Comente.
Cada texto tem uma finalidade comunicativa e uma função social. O texto informativo
“É o fim da picada: um reino ameaçado” faz um alerta sobre o desaparecimento das
abelhas; o texto “Dia Mundial das Abelhas” traz uma informação extra, como
curiosidade – o dia das abelhas, e o comentário da internet possibilita ao leitor
expressar suas considerações sobre os dois primeiros textos.

3- De acordo com o texto 1, por que a abelha é tão importante para o meio ambiente?
E por que elas estão morrendo?
De acordo com o texto 1, as abelhas são importantes para manter o equilíbrio do
ecossistema, polinizando flores, fornecendo alimentos e proporcionando opções de
trabalho ao homem. Elas estão morrendo devido à urbanização, ao desmatamento,
às queimadas, ao uso de agrotóxicos nas lavouras e também devido à Síndrome do
Colapso da Colônia.

4- A expressão “É o fim da picada”, no título do texto 1, remete a uma expressão


popular. Qual é o sentido dessa expressão? Em relação ao texto 1, o sentido da
expressão é o mesmo?
A expressão “É o fim da picada”, em sentido literal, é o fim caminho construído em
meio a uma mata. Já em sentido figurado, refere-se a uma situação normalmente
desagradável, intolerável, que incomoda e causa indignação. No texto 1, a expressão
faz alusão ao fim da ferroada do inseto, que está ameaçado de extinção.
Logo, a expressão “É o fim da picada” é ambígua? Comente.
Sim, a expressão “fim da picada” é ambígua e seu significado é determinado pelo
contexto em que é utilizada.

5- No texto 1, “É o fim da picada: reino ameaçado”, o substantivo “abelha” é retomado


ou modificado por diferentes palavras. Sublinhe no texto e aponte no quadro abaixo
quais são essas palavras.

insetos pequenas Elas criaturas

56
VERSÃO PRELIMINAR

Lembre-se:

Coesão e coerência textual são elementos essenciais do texto, eles garantem a


conexão de ideias e a tessitura dando sentido à produção. As palavras que você
identificou no quadro acima são importantes recursos de coesão e coerência: ao
mesmo tempo em que retomam informações do texto, elas promovem articulação
das ideias e evitam repetições.

Observe o enunciado do comentário da internet: “As abelhas são essenciais para a


vida, mas não reconhecemos o seu valor. Além de nos dar a lição de como conviver
em sociedade e produzir sem danificar nada no planeta, elas estão morrendo, pois
não somos capazes de respeitá-las.”

6- As palavras mas e pois estabelecem conexões entre as partes do enunciado. Elas


introduzem, respectivamente, a ideia de
a) oposição e adição.
b) oposição e conclusão.
c) explicação e oposição.
d) oposição e explicação.

7- Em “[...] pois não somos capazes de respeitá-las”, o pronome “-las” refere-se


a) à sociedade.
b) à vida.
c) às abelhas.
d) a planeta.

8- Com base nos textos 1, 2 e 3, quais são as principais consequências do


desaparecimento das abelhas?
O desaparecimento das abelhas pode causar danos ao ecossistema, devido à falta
de polinização das flores. Com a diminuição da fecundação de algumas plantas, a
produção de alimentos é reduzida e pode causar aumento de preços de certos
produtos. Além disso, a cadeia agrícola, que contrata milhares de pessoas, diminui
ofertas de emprego.

9- Selecione um dos problemas que prejudica a sobrevivências das abelhas e


proponha uma possível solução. Socialize as ideias com seus colegas de classe.
Considerar resposta pessoal do aluno. É importante observar se há coerência nas
proposições, assim como articulação entre as ideias. Disponha deste momento da

57
VERSÃO PRELIMINAR

aula para que alunos possam opinar e dialogar, conforme propõe a descrição da
habilidade EF69LP53 - respeitar os turnos de fala, na participação em conversações
e em discussões ou atividades coletivas.

10- Você sabe que produtos são feitos à base de mel? Faça uma pesquisa e
compartilhe com seus colegas.

Para saber mais acesse: <https://www.infoescola.com/zootecnia/apicultura/>.


Acesso em 11 out. 2019.

Atividade 2 – Culinária em ação

Receita – Pão de Mel


Ingredientes
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de açúcar
1/2 xícara (chá) de chocolate em pó
1 colher (sobremesa) de bicarbonato
1 colher (café) de cravo em pó
1 colher (café) de canela em pó
1 e 1/2 xícaras (chá) de leite morno
1/2 xícara (chá) de mel
1 barra de chocolate ao leite

Modo de preparo
1. Coloque em uma vasilha todos os ingredientes secos peneirados.
2. Acrescente o mel e o leite morno.
3. Misture tudo com uma colher; não use a batedeira.
4. Unte as forminhas próprias para pão de mel ou use uma forma de bolo.
5. Leve ao forno preaquecido (200° C), por aproximadamente 20 minutos.
6. Retire do forno, deixe esfriar e desenforme.
7. Corte ao meio e recheie com beijinho, brigadeiro mole ou doce de leite.
8. Derreta o chocolate ao leite por 1 minuto, no micro-ondas ou em banho-maria.

58
VERSÃO PRELIMINAR

9. Banhe os pães de mel, coloque-os para secar em papel alumínio ou papel


manteiga.

1- Qual é a finalidade do gênero textual receita culinária? Em que situações é


utilizado?
A receita culinária é um texto instrucional, que orienta sobre como produzir um
alimento, considerando tanto os ingredientes quanto o modo de preparo.
2- Observe que o texto é organizado em duas partes articuladas. Levante hipóteses:
por que isso ocorre?
Sugere-se ouvir as respostas dos estudantes.
A primeira parte do texto apresenta a lista de ingredientes utilizados na receita. A
segunda parte orienta sobre o preparo do alimento, por meio de um passo a passo de
como fazer.

3- Analise os verbos no quadro abaixo:


coloque – acrescente – misture – unte – leve –

retire - corte - derreta – banhe

a) Vimos, anteriormente, que os processos verbais situam-se em três modos -


indicativo, subjuntivo e imperativo -, e produzem diferentes efeitos de sentido. No
enunciado em análise, como se manifestam os verbos? Que efeitos de sentido eles
produzem?

Os verbos manifestam-se no modo imperativo, comum na organização de gêneros


textuais prescritivos e instrucionais. O modo imperativo orienta, ordena determinados
procedimentos que devem ser seguidos, para que se chegue ao resultado esperado.
Esse modo verbal manifesta-se também em receitas de medicamentos, horóscopo,
textos de autoajuda e outros.

4- Retextualização: atividade em grupos

59
VERSÃO PRELIMINAR

Jurema leu a receita de pão de mel e adorou a ideia! Partiu para o supermercado,
comprou os ingredientes e colocou a mão na massa. Quando os pães de mel ficaram
prontos, ela tirou uma foto e enviou para sua irmã Sofia, que, na mesma hora, pediu
explicações sobre a receita. No intuito de ajudar, Jurema começou a digitar a receita
em um aplicativo de celular. Como estava muito atarefada, não concluiu o texto.
Portanto, ajude Jurema e termine o texto, para enviá-lo a Sofia. Observe o estilo de
linguagem que Jurema utilizou.

Sofia, eu separei os seguintes ingredientes:


__________________________________________________________________
Depois, coloquei em uma vasilha todos os ingredientes secos peneirados. Acrescentei
o
mel e o leite morno.
___________________________________________________________________
Depois, coloquei em uma vasilha todos os ingredientes secos peneirados. Acrescentei
o mel e o leite morno.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Para dar continuidade ao texto e adequar a linguagem, os estudantes devem perceber


a mudança do modo verbal e presença de tempos verbais do pretérito. Também é
necessário garantir a progressão temática e a articulação das ideias, por meio de
recursos coesivos e de pontuação.

60
VERSÃO PRELIMINAR

5 - Quais foram as alterações de linguagem feitas na atividade 4, em comparação à


receita lida anteriormente?

Atividade 3 - Sua voz tem vez!

Para concluir esta atividade, produza, em duplas ou em grupos, um anúncio


publicitário para divulgar um produto feitos com mel, de acordo com o que você
pesquisou na atividade 1, questão 10. Considere que o anúncio poderá circular em
uma página da internet, em rádio, TV ou em mídia impressa. Portanto, retome o estudo
desenvolvido na Situação de Aprendizagem 2 e amplie as possibilidades de
elaboração do anúncio. Não se esqueça de adequar a linguagem ao gênero proposto.
Vocês podem utilizar diferentes recursos midiáticos verbais e não verbais

Após a conclusão da atividade, sugira à turma a divulgação de todas as produções da


classe.

Avalie os resultados, com base nos seguintes indicadores:

Aspectos de linguagem Satisfatório Precisa melhorar

Produto divulgado e objetivos do anúncio.


Adequação de linguagem ao público-alvo.
Identificação e características do produto.
Utilização e articulação de recursos verbais
e
não verbais.
Estratégias de persuasão.
Uso intencional de recursos expressivos.
Slogan (concisão, musicalidade, efeitos
persuasivos)

Sugere-se conversar com os estudantes sobre o que eles conhecem por anúncio
publicitário e os modos de organização do gênero, com os elementos que o compõem:
slogan, linguagem verbal e não verbal, linguagem adequada à persuasão do
interlocutor etc. O anúncio publicitário pode circular em vários suportes (imprensa

61
VERSÃO PRELIMINAR

escrita, TV, internet etc). Assim, cabe ao docente avaliar as possibilidades e os


recursos disponíveis na unidade escolar, para que se defina o melhor modo de realizar
a atividade e divulgar os resultados.
Para saber mais: As tecnologias midiáticas no contexto escolar. Disponível em:
https://www.webartigos.com/artigos/as-tecnologias-midiaticas-no-contexto-
escolar/139319 . Acesso em 11 out. 2019.

Comportamentos de produtor de textos devem ser resgatados nesta atividade. Instrua


os alunos a fazerem o planejamento, o rascunho, a revisão, a versão final. Todas
essas etapas são importantes para o resultado.
Roteiro de observação da produção do aluno:
a) Qual o objetivo do anúncio?
b) Foi considerado um público-alvo na construção da atividade?
c) A linguagem foi adequada ao público-alvo?
d) O produto é facilmente identificado?
e) Utilizou recursos de persuasão/convencimento?
f) Houve uso adequado do tempo e modo verbal?
g) Houve uso adequado e intencional de sinais de pontuação que contribuísse
para a construção de sentido?
h) As imagens foram utilizadas de maneira adequada ao objetivo do texto?
i) Houve preocupação na organização visual do anúncio (layout)?

62
VERSÃO PRELIMINAR

REFERÊCIAS E SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 11.ed., São Paulo:


Contexto, 2001.

________. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: ________. Estética da criação


verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 38. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2015.

BELINE, Ronald. A variação linguística. In FIORIN, José Luiz (Org.). Introdução à


Linguística I: objetos teóricos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2003.

BRANDÃO, Helena Nagamine (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito,


conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000
(Coleção aprender e ensinar com textos, v. 5).

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. C.. Gramática Reflexiva: texto,


semântica e interação. 4.ed., São Paulo: Atual, 2013.

CITELLI, Adilson. Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e TV, rádio,


jogos, informática. 3.ed., São Paulo: Corte, 2001 (Aprende e ensinar com textos.
Coord. Geral: Ligia Chiappini).

DISCINI, Norma. O estilo nos textos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.

________. A comunicação nos textos: leitura, produção, exercícios. São Paulo:


Contexto, 2005.

FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.

FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
redação. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000.

________. Lições de texto: leitura e redação. 5.ed. São Paulo: Ática, 2006
(Universidade).

GRILLO, Sheila Vieira de Camargo. A produção do real em gêneros do jornalismo


impresso. São Paulo: Humanitas, 2004.

IANNONE, Leila Rentroia; IANNONE, Roberto Antonio. O mundo das histórias em


quadrinhos. São Paulo: Moderna, 1994.

ILARI, Rodolfo. Introdução ao estudo do léxico: brincando com as palavras. São


Paulo: Contexto, 2002.

63
VERSÃO PRELIMINAR

________. Introdução à Semântica: brincando com a gramática. 6.ed., São Paulo:


Contexto, 2006.

ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos a


língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. 6.ed., São Paulo: Pontes, 1998.

________. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 12.ed., Campinas: Pontes,


2009.

KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 2.ed., São Paulo:
Contexto, 1998.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.


10.ed., São Paulo: Cortez, 2010.

NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso
na língua portuguesa. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.

PIETROFORTE, Antonio Vicente. Semiótica visual: os percursos do olhar. São Paulo:


Contexto, 2004.

SIDNEY, Abel. Conto ou não conto?. Ilustrações de Rosana Almendares (literatura


infantil). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&c
o_obra=105130>. Acesso em: 04 out. 2019.

SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e


guia de exercícios. 7.ed., São Paulo: Contexto, 2003.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. In Pátio


Revista Pedagógica, de 29 fev. 2004. UNIVESP/UNESP, 2004. Disponível em:
<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf.>. Acesso
em: 10 out. 2019.

SOARES, Magda Becker; BATISTA, Antonio Augusto Gomes. Alfabetização e


letramento: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. 64 p. -
(Coleção Alfabetização e Letramento). Disponível em:
<http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/files/uploads/Col.%20Alfabetiza%C3%A7
%C3%A3o%20e%20Letramento/Col%20Alf.Let.%2001%20Alfabetizacao_Letrament
o.pdf>. Acesso em: 10 out. 2019.

64
VERSÃO PRELIMINAR

CRÉDITOS

ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA - VOLUME 1

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Edvaldo Ceraze – PCNP de Língua Portuguesa – Diretoria de Ensino Região de


Fernandópolis

Gislaine Aparecida Cardoso dos Santos – PCNP de Língua Portuguesa – Diretoria de


Ensino Região de Lins

Maria Madalena Borges Gutierre – PCNP de Língua Portuguesa – Diretoria de Ensino


Região de Franca

Roseli Aparecida Conceição Ota – PCNP de Língua Portuguesa – Diretoria de Ensino


Região de São Roque

65
VERSÃO PRELIMINAR

1
VERSÃO PRELIMINAR

SUMÁRIO

Situação de Aprendizagem 1
Notícias e Afins ................................................................................................ 05

Situação de Aprendizagem 2
Poetas em Sala de Aula .................................................................................. 15

Situação de Aprendizagem 3
Ação Repórter ................................................................................................. 21

Situação de Aprendizagem 4
Retratos do Cotidiano ..................................................................................... 26

Referências e Sugestões Bibliográficas ...................................................... 34

CRÉDITOS ...................................................................................................... 36

2
VERSÃO PRELIMINAR

Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste material


pretende trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de


atuação social:

o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o do jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros


que venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

3
VERSÃO PRELIMINAR

SUGESTÃO DE MATERIAL ADAPTADO

Acesse através do link o documento orientador contendo a


Resolução SE nº 68 de 12/12/2017, definições das Deficiências,
Adaptação Curricular e Avaliação.

Para acesso às sugestões de atividades adaptadas clique no link.

Materiais da Educação Especial disponíveis no link.

Ilustração Kleber Sadraque – DER de Itapevi

4
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM – NOTÍCIAS E AFINS

Nesta Situação de Aprendizagem (SA), serão exploradas algumas estratégias


didáticas que procuram promover uma aprendizagem ativa, alinhada ao
Currículo Paulista. Conheça, a seguir, algumas das habilidades que você
trabalhará no decorrer das atividades.

5
VERSÃO PRELIMINAR

Sugere-se que ofereça aos alunos jornais impressos e/ou digitais incentivando-os a responderem às
perguntas da atividade 1.
A finalidade, nesse primeiro momento, é o envolvimento da turma com o jornal e o entendimento dele
como suporte para vários gêneros textuais.
Nesse sentido, recomendamos estimular os alunos a explorarem, livremente, (e em grupos) os jornais,
que poderão ser os impressos.
Feito isso, eles escolherão algumas notícias e as compartilharão com a turma.
Faça sondagem com os alunos, priorize o que eles já sabem sobre o gênero notícia, baseando-se nas
seguintes questões (peça que anotem no caderno):
• Vocês já leram notícias em jornal impresso?
• Vocês conhecem pessoas que ouvem notícias pelo rádio?
• É mais comum conhecer as notícias pelo jornal impresso, pelo digital, pela TV ou pelo rádio?
• Quais jornais vocês conhecem?
• Quais são as notícias principais (divulgadas nos diferentes jornais) dessa semana?
• Qual a diferença estrutural e de alcance público que podemos estabelecer entre os jornais
digitais e impressos?

ATIVIDADE 1 – LEVANTAMENTO DE IDEIAS

1- É mais comum conhecer as notícias pelo jornal impresso, pelo digital, pela TV
ou pelo rádio?
2- Vocês conhecem pessoas que ouvem notícias pelo rádio?
3- Qual é a diferença estrutural e de alcance de público que podemos
estabelecer entre os jornais digitais e impressos?
4- Comente como uma notícia é apresentada:

- no jornal impresso.
- no jornal digital.
- na TV.
- no rádio.

5- Crie um parágrafo que contenha sua opinião a respeito da temática “Fake


News”.
6- Em sua opinião, sempre existiu disseminação de Fake News?
7- Fake News também podem ser chamadas de __________________.
8- Fofoca, injúria, difamação também se enquadram no conceito de Fake
News? Crie uma opinião a respeito.

ATIVIDADE 2 – EXPLORANDO CONTEXTOS

1- Leia os textos a seguir.

6
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 1

p. 02

TV Paga tem aumento de 15% nas Como os algorítimos influenciam a escolha das
assinaturas – p. 06 pessoas na internet – p. 08

Eleições presidenciais ocorrem em dois países


Assembléia Geral da ONU alerta sobre
latino-americanos neste domingo – p. 09
os perigos da poluição – p. 07
Mais de 120 ofertas de emprego no Caderno
O maior desfile de moda do mundo Classificados – p. 11
trás novas tendências – p. 03

Volta as aulas: milhões de estudantes Encontre-nos nas Redes Sociais


retornam as salas de aula – p. 04

Inteligência Artificial – p. 05

7
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 2

Jovem brasileiro imerso na realidade da Fake News


Fake News faz parte do dia a dia do jovem brasileiro nas mídias digitais.

João Gilberto, 15, está hospitalizado, pois na última sexta-feira, tentou


suicídio, em sua casa, após ter recebido um vídeo fake, no qual estava sendo
acusado de um crime.
De acordo com o Professor Leônidas, que ministra aulas de Língua
Portuguesa na Escola Estadual Boa Esperança, onde João Gilberto é estudante
relata “Muitas pessoas ao fazer uso das redes sociais utilizam-se de perfis
falsos, criando um mundo virtual, contrapondo com o real.” E complementa,
“Denegrir imagens por meio de fotos, postar vídeos de ex-namorados(as),
atrapalhar o real sentido das comunicações e a veracidade das informações,
obter lucros, apropriar-se da credibilidade das pessoas, prejudicar o próximo e
pessoas públicas, entre outros, é um crime!”
As Fake News, já incorporadas ao cotidiano dos jovens brasileiros, que
fazem uso das mídias digitais, possuem um grande poder de persuasão,
espalham-se com muita rapidez devido ao apelo emocional e sensacionalista.
Há a necessidade de checar a veracidade das notícias antes de serem
compartilhadas. Afinal os fatos, as notícias, as imagens e seus
compartilhamentos estão disponíveis para o mundo inteiro.
Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales,
Mariângela Soares Baptistello Porto, Ronaldo César Alexandre Formici.

8
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 3

JORNAL DO VILAREJO
jdvilarejo.com.br
Edição 01 – Ano 01

Fique por dentro de tudo que acontece em nosso bairro: política, resumo de novelas, polícia,
moda, brigas de vizinhos, tecnologia, educação e fofocas direto da “rádio peão”

Catanduva, 11 de Outubro de 2019

Impactos das Fake News


Colaboradores da Vila da Paz estão preocupados com as Fake News

“Misericórdia! Estamos
vivendo uma época em que as
Fake News ganharam uma força
extraordinária! Contar uma
mentira no dia 1º de abril é até
aceitável, mas o que está
acontecendo nos meios digitais
está fugindo ao controle da
população”, disse M. Braga, 18,
morador da Vila da Paz.
Outros jovens moradores,
ouvidos na semana passada,
estão muito preocupados com os impactos ocasionados pela disseminação de
notícias falsas.
Afirmou L. Rocha, 23, “Estamos vivendo um momento absurdo, sem
sabermos o que é de fato verdade ou mentira”. “A gente precisamos (sic) fazer
alguma coisa contra essas mentiras”, opinou B. Gonçalves, 17.
Segundo A. Silva, 15, “Chegou a hora de parar com esse caô e de
esconder-se atrás de falsidades!!!”
A mensagem que esses jovens passam é a de que a população, em geral,
necessita ser conscientizada de que isso acontece porque falta conferir a
veracidade dos fatos, pesquisar as fontes e não esquecer de checar se há erros
gramaticais.
Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales,
Mariângela Soares Baptistello Porto, Ronaldo César Alexandre Formici.

Analise e utilize as formas de composição desses gêneros que povoam o campo jornalístico,
recomenda-se um estudo baseado na comparação entre textos do mesmo gênero e de gêneros
distintos, levando em conta seus contextos referenciais e de produção.

ATIVIDADE 3 – ESTRUTURA DO GÊNERO

1- A partir da leitura das notícias, responda:

9
VERSÃO PRELIMINAR

Com base no Texto 2, responda às perguntas que compõem o lide:

a) O quê?
b) Quem?
c) Quando?
d) Como?
e) Onde?

2- Tendo como base o Texto 3, responda.

a) Quem produziu o texto?


b) Qual foi o objetivo?
c) Quando foi produzido?
d) Onde foi publicado/divulgado?
e) Quem é o público potencial?

3- Das manchetes apresentadas nos Textos 2 e 3, qual despertou mais seu


interesse? Por quê? Justifique sua resposta.
4- A linguagem utilizada pelos jornais segue o registro formal da língua. No texto
Impactos das Fake News (Texto 3), encontramos registros do uso da linguagem
informal/coloquial e linguagem formal. Exemplifique no quadro abaixo.
Espera-se que o estudante diferencie a linguagem formal da informal.

Linguagem informal/coloquial Linguagem formal

5- Quais os outros meios de circulação/suporte podem ser veiculadas as notícias


que você leu?
6- No Texto 3, aparece o termo sic. Pelo contexto, o que essa expressão significa
e a que ele se refere? Sugere-se que o estudante pesquise o termo na internet.
7- Analise as notícias e preencha o quadro:
Espera-se que o estudante utilize as informações retiradas dos textos e preencha o quadro.
Texto 2 Texto 3
Qual é o fato relatado?

Ele é relevante? Por quê?

Qual é o público-alvo?

10
VERSÃO PRELIMINAR

ATIVIDADE 4 – RELAÇÃO ENTRE TEXTOS

1- Relacione os Textos 1 e 2 e diga qual é a ligação entre eles.

2- Analise a foto que ilustra o Texto 1.

3- Pode-se dizer essa foto também pode ilustrar o Texto 3?


Espera-se que os estudantes façam associação entre a imagem e os textos.
4- E a imagem abaixo? Ela está coerente com o Texto 3? Redija um parágrafo
que defenda sua opinião.

Analise e utilize as formas de composição do gênero conto que povoa o campo literário, levando em
conta seus contextos referenciais e de produção.

5- Leia o conto a seguir.

A mentira e as penas

Certa vez, um homem, por inveja, espalhou mentiras a respeito de seu


vizinho, pessoa muito respeitada na aldeia em que viviam. O homem caluniado

11
VERSÃO PRELIMINAR

passou a ser motivo de zombaria, de palavras ofensivas e, algumas vezes, até


de violência física. Primeiro, passou a andar pela cidade de cabeça baixa, não
conversava com ninguém; depois, já não saía mais de casa.
O vizinho, muito arrependido e tomado de consciência do mal que havia
feito, foi conversar com um velho muito respeitado na cidade pela sua sabedoria
e pelos conselhos que dava às pessoas. O homem queria ajuda para reparar o
mal que havia feito.
O velho lhe disse que havia um jeito. O homem teria de pegar todas as
penas de uma galinha morta, subir no telhado de sua casa e espalhar as penas
ao vento. E, depois de isso feito, deveria voltar.
O homem saiu mais do que depressa e seguiu toda a recomendação do
ancião e retornou.
O sábio, então, lhe disse:
─ Agora você recolha todas as penas da galinha e as guarde num saco.
─ Mas isso é impossível. Não tenho mais como pegar as penas. O vento
já as levou pra longe.
O velho, cheio de compaixão, disse:
─ Você está certo. E assim como não tem como pegar as penas, não há
como retirar todo o mal que causou ao seu vizinho pelas mentiras inventadas.
Mara Lucia David
Espera-se que o estudante compreenda os impactos de se divulgar notícias falsas e faça uma
relação entre o texto “A mentira e as penas” com o fenômeno das fake news.
1- Diga o que ele tem a ver com o fato de espalhar informações falsas.
2- Esse conto possui fatos que podem gerar notícia. Identifique-os no próprio
texto.
3- Agora, crie
Espera-se que o estudante produza uma notícia, usando como modelo as notícias dos exercícios
anteriores.
a) uma manchete impactante para a possível notícia.
b) um lide (reveja a Atividade 3, exercício 1).
c) uma ilustração (foto, fotomontagem, desenho, charge, por exemplo).

Conheça outra versão do conto de tradição oral “A mentira e as penas”, visitando o link
<https://pt.churchpop.com/sao-felipe-e-estranha-penitencia-para-senhora-fofoqueira/>
(acesso em: 18 nov. 2019).

ATIVIDADE 5 – ESTUDO DA LÍNGUA

1- O efeito de sentido provocado pelo uso de exclamações no trecho


“Misericórdia! Estamos vivendo uma época em que as Fake News
ganharam uma força extraordinária!” é de
b) Espera que o aluno perceba que o ponto de exclamação transmite sensações e
sentimentos no texto escrito.
a) afirmação.
b) indignação.
c) negação.
d) resignação.

Nesta atividade, retome com os estudantes a funcionalidade do verbo e faça um levantamento


juntamente com eles sobre sua definição. Sugere-se o uso do livro didático.

12
VERSÃO PRELIMINAR

2- Assinale a alternativa em que ocorre uma inadequação quanto à


concordância verbal:
Espera-se que o estudante identifique a letra d), que possui inadequação enquanto a
concordância verbal.
a) As Fake News possuem um grande poder de persuasão, espalham-se
com muita rapidez devido ao apelo emocional e sensacionalista.
b) Afinal os fatos, as notícias, as imagens e seus compartilhamentos estão
disponíveis para o mundo inteiro.
c) Ouvimos jovens moradores da Vila da Paz, na semana passada, e os
comentários nos deixaram muito preocupados.
d) “A gente precisamos fazer alguma coisa contra essas mentiras.”

3- Grife os verbos conjugados e circule os que estão na forma nominal nas


seguintes frases.
Espera-se que o estudante identifique a letra a), que apresenta um verbo na forma nominal:
“imerso” (no particípio)
a) O jovem brasileiro imerso na realidade do Fake News.
b) Ouvimos jovens moradores da Vila da Paz, na semana passada, e os
comentários nos deixaram muito preocupados.
c) Ao receber e produzir textos, vídeos, imagens certifique-se da veracidade
do conteúdo, antes de repassar.
d) Afinal os fatos, as notícias, as imagens e seus compartilhamentos estão
disponíveis para o mundo inteiro.

ATIVIDADE 6 – PRODUÇÃO TEXTUAL


Na notícia com teor sensacionalista, o objetivo é causar o impacto e chocar o leitor,
despertando diferentes sensações como: raiva, indignação, medo, tristeza, alegria, buscando
o exagero intencional da notícia. Explore com os alunos essas características antes de iniciar
a atividade abaixo.

Agora, com base na temática explorada, você produzirá a sua notícia. Para
iniciar, é importante planejar o que será escrito. A montagem do roteiro abaixo,
o auxiliará nessa produção.

Observação: Essa atividade poderá ser feita em grupo.

Roteiro
O que (fato noticiado)

Onde (o local em que ocorreu o fato)

Quando (data do ocorrido)

Envolvidos no fato (quem são os


envolvidos)
Como (detalhamento do fato)

13
VERSÃO PRELIMINAR

Informações adicionais (o que


considerar importante para
complementar a notícia)

1- Com base no roteiro, escreva a notícia e, após a revisão, combine com


seus colegas e professor o local em que a produção será exposta. É
importante que as notícias produzidas pela turma sejam disponibilizadas
para a leitura das demais salas e do público em geral.

Outras maneiras de divulgar as notícias produzidas pela turma:


Criação de revista eletrônica, blog, jornal da escola, telejornal, podcast, entre outras
possibilidades.

Observação: A turma poderá se subdividir e apresentar a notícia nos meios de


comunicação citados acima.

Lembre-se:

Para a sua produção é importante ressaltar que a notícia é um texto curto e objetivo.
Nele deverá ser evitada a opinião do autor. Fique atento à linguagem utilizada, a qual
deverá ser formal e clara.

14
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 - POETAS EM SALA DE AULA


Nesta Situação de Aprendizagem 2 (SA2), serão exploradas algumas estratégias
didáticas que procuram promover uma aprendizagem ativa, alinhada ao
Currículo Paulista. Conheça, a seguir, algumas das habilidades que você
trabalhará no decorrer das atividades.

ATIVIDADE 1 - DISCUSSÃO ORAL


Você já leu, ouviu poemas, canções, cantigas de roda? Quem nunca ousou
escrever versos para alguém? Copiou a letra de uma canção ou um poema na
capa do caderno, compartilhou nas redes sociais?
Pois bem, com certeza, já fizemos isto! Todos nós já fomos tocados por uma
canção, um poema ou até mesmo um verso.
Explore com os estudantes o apelo sensorial e a sensibilidade através das artes, no caso a
poesia e a música.

15
VERSÃO PRELIMINAR

ATIVIDADE 2 - O TRABALHO COM O CONTEXTO DE PRODUÇÃO


Texto 1

Costurice

Na bagunça
Dentro de mim

Juntei pedaços
Retalhos de cetim

Alinhavei
Costurei

E a poesia
Saiu assim.
MORAES, Maristela de. Da quietude do ser e outros silêncios

Texto 2

Nas entrelinhas

Tudo me serve de inspiração


Um gesto, uma paisagem
Uma canção, um não.
Passo o pincel no quadro branco
E as letras e cores se multiplicam
E assim, com o sorriso franco.
Ponho sentido
Numa folha de papel
Em branco.
MORAES, Maristela de. Da quietude do ser e outros silêncios

a) Quem escreveu os poemas?


b) Com qual finalidade?
c) Em quais suportes estes textos podem ser publicados?
d) Quem é o público-alvo destes poemas?

Amplie seu conhecimento


Suporte é o local onde o texto se materializa, seja físico ou virtual. Está, intimamente,
relacionado à intenção comunicativa. Exemplos: livro, jornal, revista, mural, outdoor, internet etc.

Atividade 3 - Estrutura do Gênero


Espera-se que os estudantes reconheçam a estrutura composicional do gênero poema.
a) Por que os textos acima pertencem ao gênero poema?
b) Quantos versos há no texto 1? E no texto 2?
c) Quantas estrofes há no texto 1? E no texto 2?
d) Como estes textos estão organizados neste caderno?
e) Localize e transcreva, nos textos 1 e 2, as palavras que rimam.

16
VERSÃO PRELIMINAR

Amplie seu conhecimento


● Verso: são conjuntos de sílabas ou sons que são unidades rítmicas e, esses, compõem
as estrofes.
● Eu-lírico: voz que expressa a subjetividade do poeta.
● Há, também, da sonoridade que depende:
o Do ritmo: alternância de sons fracos e fortes.
o Da rima: pode ser inicial, interna ou final. Versos sem rimas são chamados de
brancos.

ATIVIDADE 4 – MOMENTO DA LEITURA

Foto de Fabrício Proença/DER Itapetininga (EM Profª Jacyra Landim Stori/ Capão Bonito-SP)

Histórico Escolar
Desde pequeno,
Na escola, eu fui
Fui pra aprendê o beabá
E os número a conta!

Foi na escola que aprendi


A grande lição da vida:
Que a gente num tá sozinho
E que o mundo tá todinho ali!

Dos meus professores


Guardo lembrança boa...
Mas dos meus amigos,
Permanece a amizade.

Hoje adulto
Sou formado, sou sabido!
E parte do que eu sou
Devo a escola que me formou
Amadora Fraiz Vilar Della Beta.

Após a leitura do texto, responda:

17
VERSÃO PRELIMINAR

a) Qual é a temática explorada pelo poeta? Espera-se que o estudante identifique o


assunto através dos termos utilizados.

b) O texto apresenta marcas linguísticas próprias do uso da fala, transcreva-as.


Qual foi a intenção do autor ao utilizar-se dessa “maneira de falar”? Espera-se que
o estudante seja capaz de diferenciar a linguagem informal. Sugere-se conversar com a turma
sobre o uso dessa linguagem e o porquê de sua coerência nessa situação.

c) Na produção do texto, o autor utilizou palavras apropriadas com o objetivo de


provocar a sonoridade no poema. Transcreva-as.

ATIVIDADE 5 – ESTRUTURA DO GÊNERO CORDEL


Amplie seu conhecimento

A literatura de cordel é considerada um gênero literário, elaborado em versos, no formato de


folhetos com capas de xilogravura, frequentemente, esses livretos ficam pendurados em
barbantes ou cordas nas feiras livres. Sua principal função é informar e divertir os leitores.
Características essenciais:

● Linguagem coloquial;
● Abordagem de temas diversos como: folclore brasileiro, regionalismo,
acontecimentos do dia a dia, fatos históricos, políticos e religiosos etc.
● Presença da oralidade e sonoridade;
● Predomínio de ironia, humor, sarcasmo;
● Presença de figuras de linguagem.

Imagem 01 (Cordel) Imagem 2 (Xilogravura)

18
VERSÃO PRELIMINAR

Leia os textos e responda às questões:


Em busca da chuva
Venho lá do sertão
Onde existe fome e seca
O gado passa apertado
E o povo enxaqueca

Onde existe fome e seca


Ninguém quer viver
Os bois pedem água Foto de Fabrício Proença/DER Itapetininga
(Rodovia SP 127 Capão Bonito)
Pra poder sobreviver

O povo não quer morrer


Procuram outro lugar para viver
Buscam sobreviver
Onde tem água para beber

Eita, povo valente


Saudoso, sofrido e guerreiro
Sempre crente no Divino
E nas promessas das gentes!

Elaborado por: Cristiane Aparecida Nunes, Fabrício Cristian de Proença,


Mariangela Soares Baptistello Porto, Marcia Corrales e Ronaldo César Alexandre Formici

Outro momento para uma conversa com os estudantes o uso dessa linguagem e o porquê de
sua coerência nessa situação.
a) Os autores fazem uso de uma linguagem coloquial ou formal? Transcreva
trechos do texto.
b) Qual é o tema tratado no poema Em busca da chuva?
c) Retome o texto e transcreva:

● As rimas:
● As variações linguísticas:

d) Quais sentimentos ficam em evidência na fala do eu-lírico?

ATIVIDADE 6 - ESTUDO DA LÍNGUA

a) Explique o porquê do uso do ponto de exclamação no último verso na última


estrofe.
b) Assinale a figura de linguagem presente nos versos 3 e 4 da 2ª estrofe:

“Os bois pedem água


Pra poder sobreviver”

( ) Antítese
( ) Comparação
( ) Metáfora
( ) Personificação
19
VERSÃO PRELIMINAR

c) Localize e transcreva os verbos da 1ª estrofe.

d) Após a leitura do poema Em busca da chuva e a observação da imagem


abaixo, descreva o que há de comum entre eles:
Espera-se que o aluno associe a imagem ao texto escrito.

ATIVIDADE 7 - PRODUÇÃO DE TEXTO

Para assistir a um videopoema, acesse o link <encurtador.com.br/jkpo6

Para finalizar, você já estudou a estrutura do gênero poema. Agora, planeje a


elaboração de um videopoema, preenchendo o roteiro abaixo.

ROTEIRO
Tema

Título

Quantidade de estrofes

Quantidade de versos

Escolha das palavras que indicam


sentimentos, sensações, ideias e
experiências.
Selecione palavras que induzam à
sonoridade (rimas)

Como será socializado a produção?


(blog, revista eletrônica, redes sociais,
entre outros)

20
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 - AÇÃO REPÓRTER

Nessa Situação de Aprendizagem 1 (SA1), serão exploradas algumas


estratégias didáticas que procuram promover uma aprendizagem ativa, alinhada
ao Currículo Paulista. Conheça, a seguir, algumas das habilidades que você
trabalhará no decorrer das atividades.

ATIVIDADE 1 - DISCUSSÃO ORAL


No decorrer desta atividade você irá aprofundar o estudo do gênero entrevista.
Para tanto, discuta, oralmente, as seguintes informações
● Você já leu alguma entrevista?
● Qual o seu assunto preferido?
● Você costuma mais ler ou assistir entrevistas?
A entrevista é um gênero textual com função, geralmente, informativa e veiculada em jornais,
revistas, internet, televisão, rádio, entre outros. É produzido pela interação entre duas pessoas:
o entrevistador e entrevistado. Uma das funções sociais de uma entrevista é formar opiniões e
posicionamentos críticos, difundir conhecimentos, informações, por exemplo.

21
VERSÃO PRELIMINAR

ATIVIDADE 2 – MOMENTO DA LEITURA

A seguir, você terá acesso a entrevista


realizada pela Revista Saiba M@is com o
professor Fabricio. Vamos lá!
Faça uma leitura silenciosa da entrevista, grife
as informações que você considera
importantes e circule os termos usados que
não conhece.
A revista Saiba M@is, especializada e
preocupada com Educação realizou uma
entrevista com Fabricio Proença, professor da
Rede Estadual de Ensino do Estado de São
Paulo, um dos responsáveis pela construção
das Diretrizes Curriculares da disciplina de
Tecnologia e Inovação do Estado de São
Paulo, a partir do ano de 2020.

Revista Saiba M@is: Professor, antes de iniciarmos a entrevista, você pode


explicar sobre essas novidades, com foco na tecnologia? Pois é um assunto de
muito interesse para os nossos jovens.
Prof. Fabricio: A partir de 2020, os estudantes matriculados na Rede Pública
Paulista de Ensino, passarão a contar com três (03) novos Componentes
Curriculares: Eletiva, Projeto de Vida e Tecnologia. O Componente Curricular
Tecnologia e Inovação traz como objetivo principal desenvolver, nos estudantes,
habilidades exigidas para uma Educação voltada ao século XXI.
Revista Saiba M@is: A ideia parece ser de inovar e deixar mais atraente a aula,
como isso vai acontecer na sala de aula?
Prof. Fabricio: Durante as aulas, os alunos serão imersos nas TDIC
(Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação), se apropriarão por meio
de atividades concretas e contextualizadas de Robótica, Cultura Maker,
Pensamento Computacional, Narrativas Digitais, Letramento Digital, Sistema
Operacional, Cultura Digital, Podcast, QRCode, e a Ética utilizada na Internet,
entre outros.
Revista Saiba M@is: Ouvindo estes termos da tecnologia parece ser
complicado o seu domínio. Você diria que é possível aprender e fazer o uso delas
em qualquer faixa etária?
Prof. Fabricio: Sim, claro! A tecnologia faz parte do cotidiano, muitas vezes
fazemos uso dela sem nos darmos conta, como por exemplo: os smartphones
que usamos para realizar transações bancárias; produzir e editar vídeos e
fotografias; receber e enviar mensagens, por meio do aplicativo de localização;
nos guiar por cidades e ruas que não conhecemos bem. Enfim, a TDIC

22
VERSÃO PRELIMINAR

(Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação) é um “caminho sem volta”,


pois as pessoas passam 24h conectados realizando atividades cotidianas on-
line ou off-line, desmistificando a ideia de que a conexão somente acontece on-
line.
Revista Saiba M@is: Nossos jovens têm o domínio desta linguagem e, também,
fazem o uso no dia a dia, porque possuem este letramento digital. O que você
pode nos dizer sobre o Podcast e o QRCode que viraram uma febre entre eles
e nos mais diversos meios de comunicação? Como os jovens podem criá-los?
Prof. Fabricio: O Podcast é muito usado pelos jovens para entretenimento e
para produção de conteúdo, é arquivo de áudio transmitido pela internet que
funciona de forma parecida como um rádio digital. Por meio do Podcast, os
jovens podem produzir programas de debates e boletins de notícias e, assim,
também possuem acesso a palestras, reportagens jornalísticas de interesse
pessoal público. O QRCode, foi desenvolvido no Japão para uso da indústria
automobilística. Na verdade, é um tipo de código bidimensional como uma
evolução do código de barras e que foi aperfeiçoada com o uso da criatividade
para se ler mensagens e fotografias cifradas. A tecnologia do QRCode está
acessível a todos e qualquer pessoa pode criar o seu código com objetivo de
apresentar trabalhos escolares, desenvolver software e, no caso dos
profissionais liberais, para apresentar o seu produto, ou mesmo para outros fins.
Revista Saiba M@is: A Cultura Maker é muito valorizada pelas empresas e
grandes empreendedores que buscam jovens com o uso deste domínio. Como
a escola pode realizar atividades a partir da Cultura Maker?
Prof. Fabricio: A escola precisa realizar atividades desafiadoras, possibilitando
aos jovens o desenvolvimento do protagonismo juvenil, as habilidades
socioemocionais nas atividades de produção e criação de instrumentos e/ou
ferramentas que permitam intervenções no meio social. Assim, a Cultura Maker
vem facilitar esse trabalho, pois tem o propósito de que todos podem criar seus
próprios objetos.
Revista Saiba M@is: Parece que desta vez a escola “abraçará” de vez a
tecnologia, porque a evolução é algo que sempre fez parte da aprendizagem.
Obrigada pela contribuição nos esclarecimentos.
Elaborado por: Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian Proença, Marcia Aparecida
Barbosa Corrales, Mariângela, Soares Baptistello Porto, Ronaldo César Alexandre Formici.

23
VERSÃO PRELIMINAR

ATIVIDADE 3 – ESTRUTURA DA REVISTA


Observe a capa da revista “Saiba
M@is” e responda:
Espera-se que o estudante reconheça a
estrutura do gênero entrevista e o suporte de
sua publicação: uma revista impressa.

a) Qual a principal matéria da


revista? Justifique sua resposta.
b) Localize e registre a data da
publicação e a edição da revista.
c) Quais as matérias secundárias
destacadas pela revista?
d) Faça uma pequena análise da
capa.
Espera-se que o estudante possa observar
os elementos verbais e não verbais da capa;
se as imagens estão condizentes ou não
com os assuntos destacados; se o assunto
da entrevista é pertinente à proposta da
revista.

ATIVIDADE 4 – ESTRUTURA DO GÊNERO


Leia, novamente, a entrevista com o Prof. Fabricio e registre:
a) Qual a finalidade da leitura de uma entrevista?
b) Qual a informação geral veiculada na entrevista?
c) Qual a informação mais específica que despertou seu interesse pelo
assunto?
d) Como se apresenta a entrevista?
e) As palavras circuladas por você, na leitura inicial, precisam ser buscadas
no dicionário ou no contexto em que se apresentam permitem o
entendimento?
f) O Professor Fabricio foi entrevistado por quem? Qual o motivo da
apresentação do entrevistado?
g) Qual a finalidade da Revista Saiba M@is ao entrevistar o Professor
Fabricio?

No periódico da revista “Leitor Padrão” - oponente da revista Saiba M@is” - foi


publicada a resenha crítica da entrevista realizada com o Prof Fabricio Proença.

24
VERSÃO PRELIMINAR

Amplie seu conhecimento: Uma resenha crítica é um texto escrito de forma objetiva para
resumir e opinar a respeito de um artigo, uma obra, um filme, dentre outros.

Leia a resenha:
Uma nova perspectiva no ensino ou apenas modismo.
“A partir de 2020, os estudantes matriculados na Rede Pública Paulista de
Ensino, passarão a contar com três (03) novos Componentes Curriculares:
Eletiva, Projeto de Vida e Tecnologia. O Componente Curricular Tecnologia e
Inovação traz como objetivo principal desenvolver, nos estudantes, habilidades
exigidas para uma Educação voltada ao século XXI.”
É assim que começa a entrevista com o Professor Fabricio Proença publicada
na revista “Saiba M@is”. Não vamos entrar no mérito sobre a entrevista ser
esclarecedora ou não referente ao uso da tecnologia em sala de aula.
Efetivamente, é preciso ter a ideia de que a escola deve ensinar aos alunos os
conteúdos tradicionais e de forma prática com giz e lousa, uso de livros e
pesquisas em bibliotecas físicas que existem nas escolas.
Os jovens já fazem uso destas tecnologias fora da escola, não há necessidade
do uso de computadores, celulares e afins dentro dela. Esse negócio de
tecnologia na escola é modismo, não resolve!
PJFS, 27 anos
Espera-se que o aluno identifique as diferentes opiniões presentes na entrevista e na
resenha.
a) Releia a entrevista, grife as informações mais importantes:
Em seguida, posicionar-se quanto à opinião realizada no periódico da revista
“Leitor Padrão”. Você concorda com essa crítica? Registre sua opinião e
compare-a com a de seus colegas.
b) Após essa discussão, vamos para uma roda de conversa. Todos os
grupos devem posicionar-se considerando os registros realizados.
Durante o debate, os novos comentários necessitam ser registrados na
lousa para um aprofundamento.

ATIVIDADE 5 – PRODUÇÃO TEXTUAL


Junto com seus colegas escolha uma pessoa que trabalha na escola para
entrevistar. A entrevista será publicada no mural da escola para que os demais
alunos, professores, comunidade e funcionários tenham acesso. Para isso,
preencha a tabela:
Espera-se que o estudante, ao elaborar a atividade solicitada, utilize os conhecimentos sobre o
gênero entrevista.

Quem será entrevistado? (escolha de todos da


classe)

Qual a função dessa pessoa na escola?

25
VERSÃO PRELIMINAR

Quais serão as perguntas realizadas?

Quando a entrevista será realizada? (é


necessário agendar com antecedência)
Definidas as perguntas, decida:
• Quem fará as perguntas? (pode ser mais
de uma pessoa)
• Quem fará o registro da entrevista?
(podem ser escritas ou gravada as
respostas para posterior registro escrito)
• Não esqueça de agradecer a
disponibilidade e a gentileza do
entrevistado
• Informe ao entrevistado onde ficará
exposta a entrevista.

Entrevista realizada, hora de organizá-la. É importante terem em mente


que as respostas não podem ser modificadas.
Produção escrita coletiva da entrevista. Agora, faremos a produção final
da entrevista. Faça uso do seu registro para a elaboração da produção final.
Atenção! Antes de fixar a entrevista no mural da escola verifique se o
tamanho das letras está de acordo com o espaço e permite boa visualização, se
não existem erros de ortografia ou de concordância e, também, se as
informações são interessantes para despertar a leitura. Além de, identificarem-
se como entrevistador.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 - RETRATOS DO COTIDIANO

Nessa Situação de Aprendizagem 4 (SA4), serão exploradas algumas


estratégias didáticas que procuram promover uma aprendizagem ativa, alinhada
ao Currículo Paulista. Conheça, a seguir, algumas das habilidades que você
trabalhará no decorrer das atividades.

26
VERSÃO PRELIMINAR

ATIVIDADE 1 – DISCUSSÃO ORAL

Vamos estudar a crônica. Sugere-se ampliar o tema através de pesquisa, primeiro faça a
sondagem.
● Você sabe o que é uma crônica?
● Você já leu alguma crônica? Qual?
● Quem era o autor?
● Você conhece algum cronista brasileiro? Qual?
● Em que lugar as crônicas são veiculadas?

ATIVIDADE 2 – MOMENTO DA LEITURA

Escolha, leia, analise uma ou mais crônicas de excelentes cronistas brasileiros.

Amplie seu conhecimento:


Lima Barreto (1881-1922), autor de, entre outras obras, “Triste Fim de Policarpo Quaresma”
(1915), foi um dos maiores nomes da literatura brasileira no século XX e um observador atento
do cotidiano carioca, assunto de suas crônicas.
Para mais informações acesse:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf>

Agora, vamos ler colaborativamente a crônica “As enchentes”, de Lima Barreto.

27
VERSÃO PRELIMINAR

As enchentes

As chuvaradas de verão, quase todos


os anos, causam no nosso Rio de Janeiro,
inundações desastrosas.
Além da suspensão total do tráfego,
com uma prejudicial interrupção das
comunicações
entre os vários pontos da cidade, essas
inundações causam desastres pessoais
lamentáveis, muitas perdas de haveres e
destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia
municipal se devia ter compenetrado do dever
de evitar tais acidentes urbanos.
Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve
julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos squares, dos freios elétricos, não pode estar
à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.
Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma
vergonha!
Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o
problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os
engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da
cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente
grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse
acidente das inundações.
Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos,
com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida
urbana, econômica, financeira e social.
Lima Barreto - Vida urbana, 19-1-1915
Disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000173.pdf>
Acesso em 15 set 2019.

ATIVIDADE 3 – CONTEXTO DE PRODUÇÃO

Situações de comunicação das crônicas:


Espera-se que o estudante procure pelas informações solicitadas no texto, utilizando, para isso,
a habilidade de localizar informação explícita no texto.
a) Quem produziu o texto?
b) Qual foi o seu objetivo?
c) Quando foi produzido?
d) Onde foi publicado/divulgado?
e) Quem é público potencial?

ATIVIDADE 4 – ESTRUTURA DO GÊNERO


Espera-se que o estudante reconheça a estrutura do gênero, sobretudo os aspectos narrativos.
1. Os acontecimentos estão organizados em quantos parágrafos?
2. Onde e quando acontecem os fatos narrados?

28
VERSÃO PRELIMINAR

3. O autor da crônica é autor-personagem ou autor-observador?


4. Quem são as personagens?

ATIVIDADE 5 – ESTUDO DA LÍNGUA


Espera-se que os estudantes identifiquem os termos que localizam o texto no tempo que foi
produzido.
a) Copie do texto as palavras que nos remetem à época da produção da crônica
e use o dicionário físico ou virtual para conhecer o significado dessas palavras.
b) Na frase: “O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da
cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.” A
expressão “esse defeito refere-se a:

( ) comunicações
( ) inundações
( ) montanhas
( ) tráfego

ATIVIDADE 6 – CONTINUANDO A LEITURA, OUTRA CRÔNICA.

E no caminho...

Todos os dias, caminho alguns


quilômetros para chegar ao trabalho. Esta
caminhada me proporciona refletir sobre a vida e
o comportamento das pessoas. Ao percorrer a
Rua das Acácias uma cena me chama a atenção,
duas senhoras estão sempre conversando na
calçada com as vassouras entre as mãos,
presumo ser para varrer as muitas flores e folhas
caídas de duas árvores gigantescas.
Vou caminhando e refletindo sobre qual seria o assunto tratado por elas.
Será que comentam sobre os filhos, sobre os preços das mercadorias do
mercado, sobre fofocas de seus vizinhos ou “falam somente abobrinhas”?
Dessa forma, sigo pelo caminho até chegar ao meu trabalho, tendo a certeza de
que amanhã as encontrarei no mesmo local, provavelmente, conversando sobre
os mesmos assuntos.
A mim, só resta continuar "carregando o mundo nas costas", bem como
permanecer curioso sobre o assunto tratado pelas duas senhoras.
Elaborado por: Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian de Proença,
Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Mariângela Baptistello Porto e Ronaldo César Alexandre Formici.

ATIVIDADE 7 – DISCUSSÃO ORAL

a) Alguns questionamentos:

● Você já observou uma situação como a descrita na crônica?


● Pelo título do texto dá para imaginar o assunto que será tratado na
crônica?
● Você gostou do final da crônica ou ficou decepcionado?

29
VERSÃO PRELIMINAR

b) Tome nota das discussões.

ATIVIDADE 8 – ESTUDO DA LINGUAGEM

1. Copie do texto as palavras ou expressões que pertencem à linguagem


coloquial.
2. Qual é a importância delas para o sentido pretendido no texto?
3. Elabore um final para a crônica lida. Fique atento à escrita.

Geração Conectada

A família se reuniu para decidir


o que fazer no sábado. Já tinha
combinado uma pescaria, semanas
antes, depois de verificar no
calendário que seria um sábado que
antecederia o feriado da Páscoa.
Leonardo, o filho caçula, que se
preparava para o vestibular, anunciara
que neste dia faria um simulado,
portanto, não poderia ir. Os outros
filhos – Felipe e Fábio - ficaram
surpresos com o fato, mas não
quiseram adiar a tão esperada
pescaria. Diante da situação, o pai
combinou a ida com os dois filhos e a mãe preferiu ficar em casa para adiantar
as tarefas domésticas e, também, fazer companhia ao filho que precisara de
apoio neste momento.
Amanheceu um sábado lindo de sol e céu azul, logo de madrugada os
três saíram para o lazer programado. Leonardo, ansioso, com o simulado do
vestibular acordou cedo e após o café se programava para sair:
- Mãe, hoje vou para o cursinho e assim que terminar meu simulado te
aviso. Você vai sair de casa depois?
- Não, filho! Vou cuidar das tarefas da casa e depois que você chegar,
podemos ir até o shopping para um lanche, pode ser?
- Pode, claro!
Após o combinado, Leonardo se despediu e saiu. A mãe, em meio as
tarefas, nem percebeu a hora passar. Enquanto cuidava de seus afazeres,
lembrava dos filhos pequenos e das bagunças que faziam, e embora a bagunça
continuasse, agora era um pouco diferente, no lugar dos carrinhos, trenzinhos e
estilingues, a anarquia se dava pelos jogos, CDs e vídeos.
Ao chegar no quintal para organizar a bagunça e lavar toda a sujeira do
cachorro, deparou-se com os restos de madeira, algumas sobras de pedras,
areia usada pelo pedreiro na reforma da piscina, o que a irritou profundamente.
O quintal era bastante grande, que atendia a área da piscina passando
pela lavanderia até chegar à garagem que fica na entrada da casa. Quintais
limpos, hora de colocar em ordem a garagem. Num canto do corredor havia um

30
VERSÃO PRELIMINAR

ralo, onde também, tinha alguns poucos entulhos como pequenos pedaços de
madeira e algumas pedras. A mãe já exausta não enxergava nada pela frente,
apenas tratava de colocar as coisas no saco de lixo e lavar. E o cachorro que
circulava de um lado para o outro sem dar espaço e sossego na limpeza. Foi
quando ouviu alguém mexer no portão.
- Quem está aí? Perguntou a mãe, tensa.
- Oi mãe, sou eu.
A mãe abriu o portão e viu que o filho já estava de volta e, sem perguntar
nada já foi fazendo o usual sermão. Ela estava uma fera!
- Mas como? Você já está de volta? Nem prestou atenção neste simulado,
menino! Como pode? Nem leu as questões para responder, não é possível.
Deixei de sair para ficar com você e te apoiar neste momento e você nem
considera o esforço que faço. Aposto que estava com a cabeça no Icloud!
- Mas, mãe, eu não tenho culpa! Morri de estudar, mas a catraca do ônibus
quebrou e por isso atrasei. Quando cheguei na escola não me permitiram entrar
porque o simulado já havia começado. Voltei com o mesmo ônibus que fui, mãe.
E você nem vai acreditar, a catraca já estava consertada!
Com peso na consciência pelo fato de não perguntar o que houve, a mãe
olhou para a mochila que o filho carregara e imaginou o peso do material, pensou
na dedicação de sábado de sol com céu azul, o filho estar empenhado em
estudar. E embora cansada por tudo que já havia feito em suas tarefas, relutou
em pedir ajuda para o filho, porém a dor nas costas foi mais forte.
- Leonardo, sei que está cansado e imagino essa mochila nas costas estar
bem pesada, mas por favor, segura este saco para eu juntar este lixo que está
aqui, o cachorro não me deu sossego e me atrasou em limpar este quintal.
- Claro, mãe.
Enquanto o filho caminhava para ajudá-la, a dor nas costas pesou ainda
mais.
- Filho, faz o seguinte, eu seguro o saco de lixo e você pega os entulhos
para mim, minhas costas doem muito.
E assim, ainda com a mochila nas costas o filho se abaixou e ficou parado,
sem ação. Aquilo a irritou ainda mais.
- Anda Leonardo, não tenho o dia todo!
- Mãe, aquela cobra coral que o pai matou aqui no quintal esta semana,
ele jogou aqui no ralo? (durante a semana uma cobra havia aparecido no quintal
da casa).
- Claro que não, menino! Que ideia é essa? Ele jogou fora.
- Mas, mãe, então isto que está em pé mostrando a língua para mim é
uma outra cobra?!
Numa ação rápida, a mãe puxou o filho e, em alerta, olhou aquela cobra
pequena, mais uma cobra, circulando entre o lixo. Enquanto segurava a
mangueira usada na limpeza, observava, também, o cachorro que de alguma
forma percebera antes dela todo o perigo.
O filho entrou para a casa e de forma a buscar ajuda.
A mãe procurou na rua alguém que pudesse livrar a família do perigo.
Chamou o vizinho, segurando o cachorro, agora preso na coleira, e pediu para
matar a cobra.
De pronta ajuda o vizinho a atendeu, a única frase dita por ele foi:
- Poxa, você teve muita sorte, veja isto... uma cobra coral.
E assim, matou a cobra.

31
VERSÃO PRELIMINAR

Minutos depois Leonardo surge na garagem. Na verdade, a mãe havia se


esquecido dele no momento da agitação.
- Ué, cadê a cobra, mãe?
- Filho, você está bem? Estava no banheiro? A cobra o vizinho já matou.
Graças a Deus!
- Não, mãe, eu estava procurando no Google “como matar uma cobra
coral” e vim para matá-la.
Incrédula com tanta calma e paciência do filho, a mãe achou que fosse
apenas uma brincadeira.
Ao anoitecer, com a volta do pai acompanhado pelos filhos mais velhos,
a mãe relatou o acontecido, o pai comentou:
- Precisamos agradecer o vizinho pela ajuda.
E a mãe ainda concluiu:
- O Leonardo sumiu e, quando perguntei onde ele estava me disse que,
pesquisando no Google em como matar uma cobra coral, pode isso? Nesta hora
ainda acha meios para brincadeira... esse menino!
Arrancando risos de todos, um dos filhos grita do quarto:
- Mãe, é verdade! A pesquisa dele está registrada no histórico de busca...

Cristiane Aparecida Nunes, Fabricio Cristian de Proença, Marcia Aparecida Barbosa Corrales, Mariângela
Soares Baptistello, Ronaldo César Alexandre Formici em colaboração Amadora Fraiz Vilar Della Beta
Nas atividades seguintes espera-se que o aluno identifique, através da linguagem empregada, o
tema, o público-alvo e o contexto. Também os aspectos morfossintáticos.

1. O título “Geração Conectada” remete a um determinado grupo. Que tipo de


pessoas compõem esse grupo?
2. A oração “Ela estava uma fera!” é uma metáfora, isto é, foi empregada no
sentido figurado, adquiriu um novo significado a partir do contexto em que foi
inserida. Qual o significado dessa expressão nesse contexto?
3. No trecho “Aposto que estava com a cabeça no Icloud”, a oração está
empregada em seu sentido figurado. Primeiro responda: O que é Icloud? E
qual o sentido que adquiriu na oração em questão?
4. A palavra “simulado” aparece em várias ocorrências. Qual sinônimo, você
daria a ela? Justifique a sua resposta.
5. Observe o diálogo abaixo:
“_ Mãe, hoje vou para o cursinho e, assim que terminar meu simulado, te aviso.
Você vai sair de casa depois?”
Ao terminar a oração, o filho emprega o pronome “te”. Na oração seguinte, ele
usa uma outra forma de tratamento. Qual? Essas duas formas de tratamento
se referem a quem?
6. Em “Ué, cadê a cobra, mãe?” a palavra destacada pode ser substituída por
outras duas palavras. Quais?
7. Observe o uso do ponto de exclamação nas duas orações abaixo:
“...Ela estava uma fera!”
“... a catraca já estava consertada!”
Em cada uma das orações, o ponto de exclamação adquiriu um significado.
Explicite o significado adquirido em cada oração.
8. As reticências empregadas no último parágrafo do texto têm o caráter de
ironia. Qual é o efeito de sentido que esse recurso promove para o desfecho do
texto?

32
VERSÃO PRELIMINAR

9. No trecho em que o filho diz à mãe: “...eu estava procurando no Google...”,


poderíamos substituir o verbo em negrito por outro criado recentemente para o
uso da internet. Você sabe dizer qual é? Depois reescreva o trecho empregando
esse verbo.
10. Observe o trecho “Deixei de sair para ficar com você e te apoiar nesse
momento e você nem considera o esforço que fazemos.”
Os dois verbos destacados foram empregados na primeira pessoa, só que o
primeiro está no singular e o segundo no plural. O primeiro verbo faz referência
à mãe, e o segundo faz referência a quem? Justifique a sua resposta.

ATIVIDADE 9 – COMPARANDO AS CRÔNICAS

1. Complete o quadro a seguir: Espera-se que estudante, através das leituras,


preencha os quadros atendendo aos aspectos solicitados.

Tema Vocabulário Personagens Situação de humor


As
enchentes

E no caminho

Geração
Conectada

2. O quadro abaixo o auxiliará na produção de sua crônica. Preencha-o


Quem vai ler?

Onde vai ficar?

Qual a principal característica de uma crônica?

Qual será o fato narrado?

Qual a sequência deste fato?

Onde aconteceu?

Como aconteceu?

Qual o desfecho de toda esta situação

Oriente o estudante a utilizar o quadro para compor seu texto inicial, ele aponta para as principais
informações que podem estar presentes em uma crônica.
Após a organização textual, escreva a sua crônica.
Durante toda a construção do texto, considere os aspectos descritos no quadro.
Atenção! Antes de entregar o texto, faça uma revisão final para certificar-se de
que o que foi escrito está possível de ser entendido.

33
VERSÃO PRELIMINAR

REFERÊCIAS E SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 11.ed., São


Paulo: Contexto, 2001.

________. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola,


2003.

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: ________. Estética da criação


verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 38. ed. Rio de Janeiro:


Nova Fronteira, 2015.

BELINE, Ronald. A variação linguística. In FIORIN, José Luiz (Org.). Introdução


à Linguística I: objetos teóricos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2003.

BRANDÃO, Helena Nagamine (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito,


conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000
(Coleção aprender e ensinar com textos, v. 5).

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. C.. Gramática Reflexiva:


texto, semântica e interação. 4.ed., São Paulo: Atual, 2013.

CITELLI, Adilson. Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e TV,


rádio, jogos, informática. 3.ed., São Paulo: Corte, 2001 (Aprende e ensinar com
textos. Coord. Geral: Ligia Chiappini).

DISCINI, Norma. O estilo nos textos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.

________. A comunicação nos textos: leitura, produção, exercícios. São


Paulo: Contexto, 2005.

FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto,
1998.

FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
redação. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000.

________. Lições de texto: leitura e redação. 5.ed. São Paulo: Ática, 2006
(Universidade).

GRILLO, Sheila Vieira de Camargo. A produção do real em gêneros do


jornalismo impresso. São Paulo: Humanitas, 2004.

IANNONE, Leila Rentroia; IANNONE, Roberto Antonio. O mundo das histórias


em quadrinhos. São Paulo: Moderna, 1994.

ILARI, Rodolfo. Introdução ao estudo do léxico: brincando com as palavras.


São Paulo: Contexto, 2002.

34
VERSÃO PRELIMINAR

________. Introdução à Semântica: brincando com a gramática. 6.ed., São


Paulo: Contexto, 2006.

ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que


estudamos a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. 6.ed., São Paulo: Pontes, 1998.

________. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 12.ed., Campinas:


Pontes, 2009.

KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 2.ed., São


Paulo: Contexto, 1998.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de


retextualização. 10.ed., São Paulo: Cortez, 2010.

NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e


uso na língua portuguesa. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.

PIETROFORTE, Antonio Vicente. Semiótica visual: os percursos do olhar. São


Paulo: Contexto, 2004.

SIDNEY, Abel. Conto ou não conto?. Ilustrações de Rosana Almendares


(literatura infantil). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_actio
n=&co_obra=105130>. Acesso em: 04 out. 2019.

SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro de


estudos e guia de exercícios. 7.ed., São Paulo: Contexto, 2003.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. In


Pátio Revista Pedagógica, de 29 fev. 2004. UNIVESP/UNESP, 2004.
Disponível em:
<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf.>.
Acesso em: 10 out. 2019.

SOARES, Magda Becker; BATISTA, Antonio Augusto Gomes. Alfabetização e


letramento: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. 64
p. - (Coleção Alfabetização e Letramento). Disponível em:
<http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/files/uploads/Col.%20Alfabetiza%C
3%A7%C3%A3o%20e%20Letramento/Col%20Alf.Let.%2001%20Alfabetizacao
_Letramento.pdf>. Acesso em: 10 out. 2019.

35
VERSÃO PRELIMINAR

CRÉDITOS
Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos (Elaboração do
material)

Cristiane Aparecida Nunes - DER São Bernardo do Campo


Fabrício Cristian de Proença - DER Itapetininga
Márcia Aparecida Barbosa Corrales - DER Caieiras
Mariângela Soares Baptistello Porto - DER Catanduva
Ronaldo César Alexandre Formici - DER Taquaritinga

Equipe Curricular de Língua Portuguesa – SEE (Leitura Crítica, Revisão,


Adaptação)

Katia Regina Pessoa


Daniel Carvalho Nhani

36
VERSÃO PRELIMINAR

1
VERSÃO PRELIMINAR

Olá!

A Situação de Aprendizagem que você desenvolverá neste material pretende


trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de atuação
social:

o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o do jornalístico/midiático.

Utilize este material como parte de seus estudos, associando-o a outros que
venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano - E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

2
VERSÃO PRELIMINAR

SUMÁRIO

Sugestão de Material Adaptado............................................................................04

Situação de Aprendizagem 1
Argumentações e Afins ....................................................................................................05

Situação de Aprendizagem 2
O Saber Amplia Horizontes ..............................................................................................10

Situação de Aprendizagem 3
Sobre Trilhos e Trilhas ..................................................................................................... 21

Situação de Aprendizagem 4
Sociedade Conscientizada .............................................................................................. 29

Referências e Sugestões Bibliográficas...............................................................37

CRÉDITOS .......................................................................................................................... 39

3
VERSÃO PRELIMINAR

SUGESTÃO DE MATERIAL ADAPTADO

Os links e QRCodes (indicados abaixo) remetem a materiais relacionados à


Educação Especial. A critério do professor, as atividades sugeridas podem ser
aplicadas a todos os estudantes.

Acesse através do link o documento orientador contendo a


Resolução SE nº 68 de 12/12/2017, definições das Deficiências,
Adaptação Curricular e Avaliação.

Para acesso às sugestões de atividades adaptadas clique no link.

Materiais da Educação Especial disponíveis no link.

Ilustração Kleber Sadraque – DER de Itapevi

4
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1– ARGUMENTAÇÕES E AFINS

5
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1 – Um tema controverso: tatuagem

Leia o texto a seguir.

A tatuagem é uma das mais antigas maneiras utilizadas para modificar o corpo.
Evidências arqueológicas confirmam a existência de tatuagens feitas no Egito entre
4000 e 2000 a.C.
Tatuar significa pintar ou gravar desenhos na pele. “Tatuagem” (no francês,
tatouage, e no inglês, tattoo) originou-se em línguas polinésias (taitiano) na palavra
tatau. Acredita-se que os povos próximos ao Oceano Pacífico cultivavam a tradição
da tatuagem.
Embora seja uma prática contemporânea presente em diferentes esferas
sociais, tatuar o corpo tem suscitado polêmicas que transitam entre a estética, a
identidade de grupos e o meio profissional. Dessas polêmicas nem sempre se exclui
o preconceito.

Amplie conhecimentos
Pesquise nos links abaixo as origens da tatuagem. Lembrem-se que algumas fontes apresentam
inconsistências e certas informações precisam ser checadas e comparadas com outras.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Tatuagem>acesso em 27 set.2019
<https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-surgiu-a-tatuagem/>acesso em 27 set.2019
<https://inkertattoo.com.br/historia-da-tatuagem/>. Acesso em: 27 set. 2019.

Destaque aos alunos que a pesquisa é uma porta que abre caminhos para a construção do
conhecimento

Tatuagem está ligada à curiosidade, à estética, à transgressão ou, simplesmente, a


um querer do momento, uma impulsividade? O que você pensa a respeito da prática
de “pintar ou gravar desenhos na pele”? Essa prática é um exemplo de mutilação?
Desenvolva um parágrafo que contenha sua opinião a respeito.

6
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 2 - Tatuagem: sim ou não? A opinião em foco.

Leia o texto a seguir, publicado no Jornal Acontece Aqui.

JORNAL ACONTECE AQUI


jaaq.com.br
SÁBADO Mogi Guaçu, 08 de Novembro de 2019. Ano 16 Nº 187 | 2ª edição, 17 h

ARTIGOS 08/11/2019 - 17h40min.


Tatuagem... liberdade de expressão, apenas?

Professora Marina Salete Martin

Século XXI – ser moderno é correr riscos, é quebrar tabus, é expressão da


nossa liberdade de ser, de sentir, de “causar”, abalando alicerces tão demodês. É
querer deixar nossa marca no mundo. E como realizar tal desejo?
Quando o tema é tatuagem, por exemplo, o maior problema é o fato de o jovem
(menor de idade) realizá-la sem o consentimento dos pais. O que é proibido por lei.
É interessante acrescentar ainda que uma boa conversa sobre o assunto vale
muito mais que um simples SIM ou NÃO entoado pelo responsável. Esclarecimento é
essencial à criança e ao adolescente, a fim de que eles compreendam que as escolhas
implicam arrependimento ou maturidade para assumir a consequência das próprias
atitudes comportamentais, num futuro próximo.
Note, entretanto, que o problema não é a tatuagem e, sim, o que essa marca
representa: símbolos que exteriorizam elementos preconceituosos, religiosos,
racistas, extremistas, ligados às drogas, ao álcool, à declaração de amor etc.
Segundo o velho clichê, o que REALMENTE importa não é a aparência e sim
a essência, conhecer a nós mesmos e o nosso papel na sociedade são fundamentais
para que não sejamos fantoches da moda ou de um grupo entregue ao no-sense.
Procurar informações, conversar com os adultos, com especialistas, antes de tomar
qualquer atitude não é dependência, é aprendizado.
(Texto adaptado para essa atividade)

1- Após a leitura do texto, responda às questões propostas.


Oriente aos alunos que deverão responder às questões fazendo a retomada do texto lido anteriormente.

a) Qual é o ponto de vista da autora, a respeito da tatuagem em menores de idade?


Resposta pessoal.
b) Ao se posicionar em relação às intervenções dos responsáveis quanto à tatuagem
em menores de idade, a autora sugere que não se trata de dizer sim ou não. Quais
aspectos ela propõe que sejam considerados, além desse posicionamento?
Resposta pessoal.
c) Releia o último parágrafo do texto. Você concorda com o ponto de vista da autora,
sobre uma possível submissão dos indivíduos a modismos? Comente.
Resposta pessoal.
7
VERSÃO PRELIMINAR

2 – Observe a organização do texto. Algumas palavras aparecem destacadas por


meio do uso letras maiúsculas (caixa alta). Esse recurso de expressão produz efeitos
de sentido de
a) contraponto de ideias. c) repetição de ideias.
b) realce de ideias. d) oposição de ideias.
b) Espera-se que o aluno compreenda que as letras maiúsculas no texto são para realçar ideias.

3- Para responder às questões de 3 a 6, observe o período inicial do texto:

“Século XXI – ser moderno é correr riscos, é quebrar tabus, é expressão da nossa
liberdade de ser, de sentir, de “causar”, abalando alicerces tão demodês.”

Os termos sublinhados significam, respectivamente,


a) “provocar desordem” e “sem modos”.
b) “promover conflitos” e “fora de moda”.
c) “chamar a atenção” e “sem modos”.
d) “chamar a atenção” e “fora de moda”.
d) Espera-se que o estudante conheça os significados dos termos sublinhados ou os pesquise.

4 – O termo demodê tem origem francesa. Do ponto de vista da variedade linguística,


trata-se de um
a) neologismo. c) arcaísmo.
b) estrangeirismo. d) erro gráfico.
b) A palavra demodê é uma palavra estrangeira que se incorporou à Língua Portuguesa

5 - O emprego de aspas no termo “causar” indica que, no texto

I. trata-se de uma expressão gíria.


II. a autora utilizou o termo equivocadamente.
III. o termo adquire sentido diferente de “motivar”.

São corretas as afirmativas


a) I e II, apenas. c) II e III, apenas.
b) I e III, apenas. d) I, II e III.
b) Espera-se que o estudante perceba o esvaziamento de significado do termo “causar” e que se trata
de uma gíria.

6 – Observe o período:

“Note, entretanto, que o problema não é a tatuagem e, sim, o que essa marca
representa: símbolos que exteriorizam elementos preconceituosos, religiosos,
racistas, extremistas, ligados às drogas, ao álcool, à declaração de amor etc.”

A conjunção “entretanto”, em relação à ideia anteriormente expressa no texto, produz


sentido de
a) explicação. c) consequência.
b) conclusão. d) oposição.
d) Espera-se que o aluno compreenda a relação de oposição no enunciado.

8
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 3 – Um tema, diversos discursos e diferentes pontos de vista

Ponto de vista é um modo subjetivo de conceber e analisar um assunto ou problema.


O sentido da expressão ponto de vista aproxima-se dos termos “perspectiva”,
“avaliação”, “julgamento”, “opinião”.

Nos enunciados a seguir, organizados em diferentes gêneros textuais e discursivos,


evidenciam-se pontos de vista variados acerca do tema “tatuagem”. Leia-os para
desenvolver as atividades propostas.
Explique aos estudantes que os próximos textos explorarão a opinião em diversos gêneros diferentes.

Texto 1 – “Ser tatuador é...”

LEITOR

ARTISTA
“Ser tatuador é interpretar sonhos e fazer destes sonhos uma arte.
Transmito sentimentos em peles todos os dias, em pessoas com personalidades
diferentes, cada qual com sua peculiaridade. Para isso, é necessário ter sensibilidade
em expressar de forma minuciosa cada detalhe, desde recepcionar o cliente, preparar
a pele para receber a pigmentação e tatuar. Exige muita responsabilidade,
criatividade, biossegurança e amor.
A maioria das tatuagens que faço são as delicadas, com traços finos. Mas, o mundo
da tattoo é um imenso de possibilidades, já que o material em si para tatuar é básico,
o que conta mesmo é a mão de obra e dedicação de cada profissional.
Minha ferramenta principal é a maquininha de tattoo, que junto da minha criatividade
vi a oportunidade de uma profissão. Trabalho com satisfação eternizando a arte na
pele de cada cliente, não esquecendo dos EPIs, pois no final tenho a maior
recompensa de todas que é um sorriso largo e ouvir que era exatamente aquilo que
ela queria expressar em seu corpo.”
Teófilo de Lima Neto
Porto Feliz, SP

9
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 2 – “Eu sempre fui movida pela arte”

EU SEMPRE FUI MOVIDA PELA ARTE


Gleiciane Mara Tarossi

Arte do corpo, da mente, das tintas e das letras. As tatuagens,


para mim, são uma maneira bonita de apresentar para o
mundo um pouco do que a gente é e de guardar coisas legais
que a gente aprendeu, ouviu e sentiu por aí. Eu tenho várias
tatuagens e cada uma delas tem um significado diferente.
Essa, da foto, é um origami de borboleta e faz referência à uma
das minhas poesias preferidas: Origami, da Flora Figueiredo.
É uma poesia curtinha, fácil de ler e que de maneira lúdica e
sensível, reflete, na minha opinião, sobre nosso
comportamento diante da comunicação e dos sentimentos que
guardamos ou externamos por aí.

1 – Analise, comparativamente, os Textos 1 e 2.

a) Que pessoa do discurso (pessoa verbal – 1ª, 2ª, 3ª) predomina em cada um
deles?
O texto 1 e 2 estão em 1ª pessoa.

b) A predominância da pessoa do discurso pode ser justificada pela organização e


finalidade da linguagem do gênero? Comente.
Espera-se que o estudante compreenda que, mesmo com diferentes organizações textuais no
suporte, tanto o texto 1, quanto o texto 2, expressam a opinião do autor.

c) No texto 1, ao dizer que “Ser tatuador é interpretar sonhos e fazer destes sonhos
uma arte”, como o enunciador se manifesta em relação à prática da tatuagem?
Resposta pessoal.

d) No texto 2, como o enunciador se manifesta em relação à tatuagem? A que a


tatuagem é comparada? Espera-se que o estudante localize informação explícita no texto.

10
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 3 – “Pra que tatuador...”

1 – No texto 3, o enunciador constrói um “jogo” de palavras que produz certo efeito de


musicalidade, próprio da linguagem poética. Qual é esse jogo de palavras?
Espera-se que o estudante perceba a rima

2 – Que relações se estabelecem entre a linguagem verbal e a linguagem não verbal


do enunciado? Comente.
Espera-se que o aluno observe como cada linguagem se articula para transmitir a mensagem.

3 – Levante hipóteses: por que a palavra “HIDROCOR” foi representada com


diferentes cores, no enunciado?
Espera-se que o estudante infira que a canetinha hidrocor tem muitas cores.

4 – Diferentemente dos textos 1 e 2, qual é o ponto de vista do enunciador no texto 3,


em relação à prática da tatuagem? Como você chegou a essa análise?
Espera-se que o estudante perceba que no texto 3 o autor prefere não fazer tatuagem definitiva.

5 – Com base nas respostas às questões anteriores, comente:

a) Quem é o público alvo do enunciado do Texto 3?


Espera-se que o estudante infira que o público-alvo é quem gosta de desenhos, tatuagens ou outros
tipos de arte.

b) Qual é o produto divulgado?


Espera-se que o aluno perceba o foco na “canetinha” hidrocor como protagonista.

11
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 4 – “A tatuagem é...”

“A tatuagem é bem aceita


para remoção de cicatriz
de pele e para igualar
a pele do vitiligo.
Em ambas deve ser
usado corante da cor da
pele. A manutenção deve
ser a cada 6 meses”.
DR. GUAZI RAGUEB CHAHDA, médico.

Texto 5 – “Especialista aponta cuidados relacionados à tatuagem”

13 de agosto de 2019

ESPECIALISTA APONTA CUIDADOS RELACIONADOS À TATUAGEM


Dra. Maria Inês Harris, especialista em segurança cosmética, aponta prós e contras do
procedimento

Ganhando cada vez mais popularidade no Brasil e no mundo, a


arte da tatuagem movimenta um grande mercado no país. De acordo
com um levantamento feito pelo Sebrae em 2016/ 2017, houve um
crescimento de 24% no número de estúdios abertos no Brasil. Além
disso, o Brasil ocupa 9º lugar no ranking de nações com mais pessoas
tatuadas – 38% da população têm pelo menos uma tatuagem.
“Em meio à tamanha popularidade, é preciso conscientização
sobre este procedimento, que deve ser profissional, feito em condições
higiênicas, com agulhas esterilizadas e com seguimento das demais
regras da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, alerta a
Dra. Maria Inês Harris, Diretora Executiva do Instituto Harris e
especialista em avaliação de segurança na área cosmética.
“Em tintas não regulamentadas pela ANVISA, os componentes
podem estar adulterados e estar presentes em proporções acima das
indicadas, apresentando, por exemplo, excesso de ferro, bactérias ou
mofos. Os problemas mais comuns ao usar uma tinta não autorizada
são ocorrência de dermatites graves na pele, que causam coceira,
vermelhidão, feridas e reações alérgicas”, afirma a Dra. Harris.
A Dra. Harris ressalta a importância dos cuidados antes e após a realização do
procedimento de tatuagem. “É necessário que um dermatologista examine a região a
ser tatuada, para verificar se não existem pintas, manchas ou lesões suspeitas que
possam ser cobertas pela tinta da tatuagem”, pontua.

12
VERSÃO PRELIMINAR

1 – Os textos 4 e 5 foram produzidos por especialistas da área de saúde. Em ambos,


ocorre emprego de aspas. Qual é o sentido e a função das aspas nessas ocorrências?
Espera-se que o estudante compreenda o uso das aspas para citações e para o discurso direto.

2 – No texto 4, o enunciador manifesta-se favorável ou contrariamente à prática da


tatuagem? Em que situações?
Espera-se que o aluno perceba que o autor não é contra a tatuagem, mas a indica para uso médico.

3 – Releia o texto 5 e analise como se constrói a argumentação. Assinale no texto a


presença de diferentes tipos de argumento. Transcreva-os no quadro a seguir.
Espera-se que o aluno encontre os tipos de argumento e os localize no texto.

Parágrafo/linha Tipo de argumento Excerto

Alguns tipos de argumentos:


• Argumento de autoridade (citação de fontes e especialistas no assunto).
• Argumento baseado no consenso (proposições estabelecidas social e historicamente como
verdadeiras).
• Argumento baseado em dados concretos (resultados de pesquisas, levantamento e
tabulação de dados, relatórios, gráficos, tabelas etc.)
• Argumento com base no raciocínio lógico (estabelecimento de relações de causa e
consequência, por exemplo).
• Argumento da competência linguística (uso adequado da modalidade linguística à situação
comunicativa, escrita ou oral).

Texto 6 – “A tatuagem não é...”

13
VERSÃO PRELIMINAR

1- O texto 6 organiza-se com recursos verbais e não verbais. Como esses recursos
articulam-se na produção de sentidos do enunciado? Espera-se que o estudante observe
todos os elementos da imagem e como se articulam para o significado da mensagem.

2- A expressão “Cuide-se”, na parte inferior do enunciado, faz um apelo direto ao


interlocutor. Que modo verbal é responsável pelo sentido de apelo? Espera-se que o
aluno perceba que o verbo está no imperativo.

3- Observe a relação entre a primeira sentença do enunciado e a sentença que


compõe a parte inferior do anúncio. Como o enunciador avalia a prática da tatuagem?
Espera-se que o estudante perceba o caráter de conscientização do anúncio, chamando a atenção
para os cuidados ao se fazer uma tatuagem.

4- O texto 6 apresenta características de anúncio publicitário.

a) Qual é o “produto” que ele divulga?


Espera-se que o estudante perceba que se trata de uma conscientização e não exatamente de um
produto ou serviço.
b) Quem é o provável interlocutor? O aluno deve perceber que o interlocutor são todos aqueles
que fizeram recentemente a tatuagem ou os que pensam em fazer.

Texto 7 – “Passo a passo antes e depois da tatuagem”

Passo a passo antes e depois da tatuagem


O foco inicial da maioria das pessoas que decidem fazer uma tatuagem é o
desenho, procuram materializar seus anseios, paixões, pensamentos ou aquilo que
as representa na arte que será pintada em
alguma parte de seu corpo. Contudo
poucos são aqueles que, antes de decidir a
ilustração, observam alguns cuidados que
são até mais importantes que o próprio
desenho: a saúde!
O primeiro passo para fazer
qualquer tatuagem começa com a escolha
de um bom profissional, não apenas aquele
que cumpre com excelência seu dom
artístico, mas o que tem responsabilidade
com o seu local de trabalho, com seus
instrumentos e com as normas de higiene.
O segundo passo é a decisão
assertiva sobre o desenho, uma vez que
ficará definitivamente presente no seu
corpo e não há muitas possibilidades de reverter caso se arrependa.

14
VERSÃO PRELIMINAR

Uma vez feita a tatuagem, é necessário atenção ainda maior, visto que ela nada
mais é que uma ferida e por isso precisa de cuidados de higienização e cicatrização,
caso não queira colocar todo o processo a perder e correr risco de adoecer.

Antes:
• Cuidado na hora de escolher o profissional
• Faça a análise do ambiente e dos materiais que serão utilizados.

Depois:
• Higienize adequadamente
• Use a pomada corretamente
• Não prolongue o uso do filme plástico
• Não exponha o local ao sol
• Não puxe a casquinha
• Não coce a tatuagem
• Evite ir à praia
• Evite alimentos gordurosos e condimentados
Aguarde mais informações e novidades sobre tatuagens que você só encontra aqui no blog Tatoo & Co.

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1- O texto 7 organiza-se em duas partes essenciais e articuladas. Considere essas


duas partes e o título e responda:

a) Qual é a finalidade da primeira parte? Que tempo e modo verbal predominam no


enunciado?
Espera-se que o aluno perceba que a primeira parte visa conscientizar.

b) Qual é a finalidade da segunda parte? Que tempo e modo verbal predominam no


enunciado?
Espera-se que o estudante perceba que a segunda parte visa orientar, por isto os verbos no
imperativo.

c) Considere a organização do texto, o suporte e as finalidades comunicativas.


Quem é o provável interlocutor?
Espera-se que o aluno perceba que o interlocutor são as pessoas que ainda não fizeram a tatuagem,
por isto precisam de informações precisas.

Atividade 4 – A organização do artigo de opinião

O artigo de opinião tem como principal função apresentar determinado tema e o ponto de vista
defendido pelo enunciador. A argumentação é o principal recurso de linguagem utilizado no artigo
de opinião, já que entre os interlocutores se estabelece o objetivo da persuasão. É comum que
os artigos de opinião circulem no meio jornalístico-midiático, em revistas, jornais, blogs, por
exemplo.
Os links abaixo apresentam orientações significativas sobre o artigo de opinião.
<https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao-para-o-enem-e-vestibular/entenda-a-estrutura-
da-dissertacao-e-veja-como-planejar-a-sua/>. Acesso em 27set. 2019.
<https://www.escrevendoofuturo.org.br/blog/especial-artigo-de-opiniao/>. Acesso em 27 set. 2019.

15
VERSÃO PRELIMINAR

Retome a leitura do texto da Atividade 2 – “Tatuagem... liberdade de expressão,


apenas?” – e analise como a linguagem se organiza. Faça as marcações no próprio
texto, localizando as partes abaixo descritas ou utilize o quadro para fazer a
transcrição dessas partes.

Título

Tema

Questão controversa

Tese defendida

Contextualização do tema

Argumento 1

Argumento 2

Argumento 3

Contra-argumentos

Conclusão

Espera-se que o estudante encontre as partes de um texto de opinião e preencha o quadro.

Atividade 5 – Retomadas

1- Após as atividades, as leituras e as reflexões realizadas, retome o parágrafo que


você redigiu na Atividade 1, reorganizando-o a partir da criação de outros argumentos
que defendam ou refutem seu ponto de vista inicial.

2- Agora, com sua turma, crie um ambiente de debate, roda de conversa, simulação
de uma entrevista, entre outras possibilidades, considerando o título “Tatuagem: sim
ou não? A opinião em foco”. O objetivo dessa atividade é expor seus argumentos e
saber ouvir os de seus colegas.
Espera-se que os alunos se organizem para o debate regrado e que protagonizem todo o processo.
Algumas dicas:

1- Debate
- escolha coletiva de dois argumentos contrários e dois favoráveis à temática, para
representar a turma (oferecimento voluntário de argumentos também é bem-vindo).
- escolha de um mediador para orientar a exposição dos argumentos.
- escolha de dois colegas (um para argumentos a favor; um para argumentos
contrários).
- escolha de alguns colegas (ou todo o restante da sala) para votar que argumentos
foram persuasivos, convincentes.

16
VERSÃO PRELIMINAR

2- Simulação de reportagem televisiva


Repórter: “Tatuagem está ligada à curiosidade, à estética, à transgressão ou,
simplesmente, a um querer do momento? O que você pensa a respeito da prática
de“pintar ou gravar desenhos na pele?”
Entrevistado 1- expõe um argumento a favor.
Entrevistado 2- expõe um argumento contra.
Repórter- E você o que acha a respeito? Mande sua opinião, acessando uma de
nossas redes sociais:

Participe! E até a próxima matéria “#ruaemcena”

3- Podcast
A dica 2 pode ser transformada em um podcast. Experimente!
Para isso, a utilização de um celular é sugestão de ferramenta pedagógica.
Espera-se que os alunos sigam as dicas e façam uma reportagem e posteriormente a publiquem
através de outras plataformas digitais como o podcast ou outras.

3- Para terminar, procure

a) a lei que fala a respeito de tatuagem em menores.


b) a lei que pune quem transgride a regulamentação anterior.

Fique atento! Conhecer as leis e cumpri-las são atos de cidadania.


Espera-se que os alunos ampliem seus conhecimentos buscando a legislação pertinente a respeito
da tatuagem, principalmente quando se tratar de menores de 18 anos.

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VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 - O SABER AMPLIA HORIZONTES

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VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1 – Leitura e análise textual

1. Leia o texto abaixo:

JORNAL ACONTECE AQUI


jaaq.com.br
SÁBADO Mogi Guaçu, 01 de fevereiro de 2019 Ano 16 Nº 187 | 1ª edição, 05 h

VOLTA ÀS AULAS
Na próxima semana milhões de alunos retornam das férias escolares em todo País

No mês de fevereiro, além das famosas


campanhas contra a Leucemia (fevereiro laranja), o
Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia (fevereiro roxo),
também iniciam-se as aulas em, praticamente,
todas as escolas de ensino básico do país. Este ano
não será diferente e teremos, na próxima segunda-
feira, dia 3 de fevereiro, cerca de 56 milhões de
estudantes retornando aos bancos escolares. São
estudantes das mais diversas regiões do país, com
saberes, vivências e histórias de vida diferenciadas
e singulares. Estudantes com diversas culturas,
mas com o mesmo intuito, o de concluir com êxito o
ensino básico. Um retorno que pode gerar
ansiedade e expectativa, não é mesmo?
Sobre essa expectativa gerada nos estudantes no início de mais um ano na
escola, conversamos com o Gabriel, que estuda na Escola Estadual “Bons
Pensamentos”. O Gabriel, que tem 12 anos e foi para o 8º ano, disse para nós que,
apesar de não ser um aluno muito aplicado, gosta muito de ir e de estar na escola,
pois convive com os amigos, aprende coisas novas e interessantes. Quando
perguntamos ao Gabriel se ele utiliza transporte para ir à escola, ele respondeu que
não, pois mora bem próximo à escola, então vai caminhando com os amigos. Quanto
à expectativa para esse início de ano ele está animado e disse que pretende prestar
mais atenção às aulas e estudar mais, pois já está quase terminando o ensino
fundamental e precisa aproveitar o tempo que está na escola, mas que não está
ansioso, porque já conhece muitos colegas da escola e fica mais fácil voltar.
“Este ano nossa escola aderiu às campanhas em prol da saúde, em todos os
meses do ano os alunos terão contato com campanhas de conscientização, este mês
a luta é contra a Leucemia, Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia, a escola já está cheia de
laços laranja e roxo”, disse Ana Lúcia, diretora da E.E. Bons Pensamentos.
Bom, como você viu, o Gabriel está animado para voltar às aulas e até
prometeu estudar mais. E como será que estão os demais estudantes que voltam à
escola na próxima segunda-feira? E você, que é estudante e está lendo essa
reportagem, está animado para voltar à escola e retomar seus estudos?

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VERSÃO PRELIMINAR

2. Após a leitura do texto, responda:

a) Quais os assuntos abordados no texto? Espera-se que o aluno identifique, através da


leitura, que o texto aborda a volta as aulas e as campanhas de prevenção da saúde.

b) Você considera apropriada a publicação desse texto em um jornal de grande


circulação? Explique. Espera-se que o estudante perceba que alguns termos e expressões
no texto são pessoais, que conferem maior aproximação com o leitor, este tipo de estilo no
texto é inadequado ao texto jornalístico, que é impessoal, claro e objetivo.

c) Releia o último parágrafo do texto “Volta às aulas”:

“Bom, como você viu, o Gabriel está animado para voltar às aulas e até prometeu estudar
mais. E como será que estão os demais estudantes que voltam à escola na próxima
segunda-feira?
E você, que é estudante e está lendo essa reportagem, está animado para voltar à escola e
retomar seus estudos?”

3. A escolha da construção deste trecho está adequada ao gênero notícia?


Explique. Espera-se que o estudante perceba que alguns termos e expressões no texto são
pessoais, que conferem maior aproximação com o leitor, este tipo de estilo no texto é
inadequado ao texto jornalístico, que é impessoal, claro e objetivo.

4. No discurso indireto, o narrador transmite a fala de alguém com suas palavras.


Localize no texto um exemplo deste discurso. Quando perguntamos ao Gabriel se ele
utiliza transporte para ir à escola, ele respondeu que não, pois mora bem próximo à escola,
então vai caminhando com os amigos.

5. No Discurso direto, há a reprodução fiel da fala de alguém. A partir desta


informação, transforme o trecho localizado na questão 3 em discurso direto.
Espera-se que o estudante seja capaz de transformar trechos em terceira pessoa em primeira.

6. No texto, “Volta às aulas”, aparece a palavra “segunda-feira”, leia os versos


abaixo e identifique quais palavras são semelhantes a ela, em sua estrutura
composicional: Espera-se que o aluno encontre as palavras pega-pega e corre-corre.
7.
Vou ligeira, vou correndo.
Pega-pega, não me pega.
Se me pega?
Vou-me embora.
Chega de corre-corre.
(Silvia Helena Soares)

Lembre-se: Composição é a formação de palavras a partir de dois ou mais radicais. Ela pode ser
classificada por:
Justaposição: os radicais de uma palavra composta podem estar justapostos, sem perda de letras
ou fonemas, como ocorre em “segunda-feira”, “corre-corre”, pega-pega).
Obs.: Muitas dessas palavras estarão ligadas pelo hífen.
Aglutinação: os radicais uniram-se, perdendo a ideia de composição, se subordinam a um único
acento tônico e sofrem perda da integridade da palavra.), como ocorrem em “embora”
(em+boa+hora).

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VERSÃO PRELIMINAR

Amplie seu conhecimento:


Pesquise no link abaixo sobre a Formação de Palavras
<http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/formacao-de-palavras>. Acesso em:
26 set. 2019.
Pesquise no link abaixo sobre o hífen
<https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/emprego-do-hifen.htm>. Acesso em 26 set. 2019.

Atividade 2 - A procura de argumentos

Imagine que você é responsável pela realização de duas entrevistas que serão
publicadas no jornal ou na rede social da escola, cujo o tema de ambas será: “o uso
do celular em sala aula”.
Espera-se que o estudante prepare perguntas para duas entrevistas e que elas sejam coerentes com
o tema proposto
• Escolha para a entrevista pessoas que tenham opiniões diferentes sobre o
assunto.

• A entrevista pode ser gravada (digital: áudio/vídeo), ou escrita em seu caderno


ou mesmo em outro suporte.

• Elabore as perguntas que você fará para os entrevistados, no máximo três, e


insira no espaço correspondente:

Pergunta 1.

Pergunta 2.

Pergunta 3.

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VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 3 – Ampliando opiniões

Faça uma enquete com seus colegas de turma a respeito dos pontos positivos ou
negativos do uso do celular em sala de aula. Use a tabela abaixo para inserir os
resultados:
Espera-se que o aluno colete e registre informações a respeito do tema proposto e insira no quadro
abaixo os pontos positivos e negativos. Essa atividade é uma preparação para a produção escrita.

POSITIVOS

NEGATIVOS

Atividade 4 – Opinando

Com o conteúdo das duas entrevistas, que ilustram pontos de vista divergentes em
relação ao uso do celular em sala de aula, é sua vez de opinar. Para isso responda
as perguntas que você mesmo elaborou para os entrevistados.
Espera-se que o estudante opine a respeito das perguntas que ele mesmo elaborou.
Orientações: Nessa “auto entrevista”, procure ampliar ao máximo o assunto e as
respostas, pois estes conteúdos serão úteis na próxima atividade.

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VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 5 – Tornando a opinião pública e ampliando olhares

A tarefa agora é escrever um artigo de opinião e posteriormente publicá-lo, seja no


jornal da escola (se houver), em um blog, site, ou rede social da escola. Neste artigo
defenda, com argumentos consistentes, os benefícios do uso do aparelho celular e da
internet no ambiente escolar. Espera-se que o aluno conheça a estrutura do gênero artigo e
opinião e saiba utilizar alguns tipos de argumentos para sustentar sua tese.

Dicas: Seu artigo de opinião poderá ser dividido em três partes: 1. Apresentação da
questão a ser discutida. 2. Explicitação do posicionamento defendido, com a
utilização de argumentos e contra-argumentos, dados, e demais informações
que sustentam seu ponto de vista e 3. Ênfase e/ou retomada da questão com
proposta de intervenção, ou seja, uma possível solução ou caminhos para a
problemática apresentada. Não se esqueça do título e que seu texto deve ser
escrito com no mínimo 15 linhas e no máximo 30.

Atividade 6 – Calendário da saúde

1. O texto da atividade 1, fez referência a campanhas da saúde, especificamente


as do mês de fevereiro. Observe o calendário completo na campanha
publicitária a seguir e responda:

Espera-se que o aluno observe e analise a linguagem verbal e não verbal para a interpretação do
calendário.

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VERSÃO PRELIMINAR

a) Qual o público alvo da campanha?


b) Qual mês possui o maior número de campanhas?
c) Quais os meses possuem menor número de campanhas?
d) Observe elementos verbais e não verbais que compõem o calendário da
saúde e responda:

▪ Na parte de cima do cartaz há uma expressão que chama a atenção do leitor.


Que frase é esta? Qual relação existe entre as cores usadas e os símbolos
encontrados no final dela?
▪ O que representa os números e os laços?
▪ Qual a função e o significado do coração e do triângulo na campanha? Qual o
motivo da escolha das cores em cada?
▪ A cruz branca dentro do coração, faz referência a quê?
▪ Você conseguiu compreender totalmente o calendário da saúde apenas com
as informações contidas nele, está faltando algo? Explique.

Atividade 7 – Enigma do calendário

1. Utilize a imagem da campanha publicitária da atividade 6 e as dicas abaixo


para completar a tabela com a cor de cada campanha de prevenção à saúde:
▪ A campanha de prevenção ao câncer infanto-juvenil ocorre duas vezes ao ano
e a sua cor é a mesma do mês 8.
▪ As cores das campanhas de prevenção do último mês de ano são iguais as do
mês que corresponde a metade do ano. A cor laranja do mês do Papai Noel se
refere a uma doença que pode estar relacionada a uma exagerada exposição
ao sol. Já a cor vermelha do mês dos namorados faz uma campanha muito
importante, mas que coloca medo em quem tem medo de agulha.
▪ A cor da campanha contra a hanseníase está entre as poucas que não se
repetem, mas não é azul marinho e nem rosa.
▪ Roxo é a cor da campanha que combate três doenças no segundo mês do ano.
▪ A cor da campanha de prevenção ao suicídio é a mesma do mês cinco e sete.
▪ A cor da campanha de prevenção a doenças cardiovasculares é a mesma da
doação de sangue e da Aids.
▪ A cor da campanha de prevenção a fibrose cística é a mesma que se repete no
mês um e dois.
▪ A cor da campanha pela saúde e segurança no trabalho é igual a uma das
cores do mês nove, mas não é a de prevenção a fibrose cística, nem de câncer
infanto-juvenil, nem de doenças cardiovasculares e nem a de prevenção ao
suicídio.
Espera-se que o estudante utilize as dicas para completar o quadro da saúde.

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VERSÃO PRELIMINAR

CALENDÁRIO DA SAÚDE
Janeiro ___________ Hanseníase
Janeiro ___________ Saúde Mental
Fevereiro __________ Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia
Fevereiro __________ Leucemia
Março ____________ Câncer colorretal
Abril _____________ Saúde e segurança no trabalho
Abril _____________ Autismo
Maio _____________ Segurança no Trânsito
Junho ____________ Doação de sangue
Junho ____________ Anemia e Leucemia
Julho _____________ Combate às hepatites virais e Câncer ósseo
Agosto ____________ Conscientização do aleitamento materno
Setembro __________ Doação de órgãos
Setembro __________ Câncer infanto-juvenil
Setembro __________ Prevenção ao suicídio
Setembro __________ Fibrose Cística
Setembro __________ Doenças cardiovasculares
Outubro ___________ Câncer de mama
Novembro__________ Câncer de Próstata e Diabetes
Novembro__________ Câncer infanto-juvenil
Dezembro__________ Aids
Dezembro__________ Câncer de pele

Atividade 8 – Divulgando informações relevantes

Para a próxima atividade siga as seguintes orientações:


Espera-se que o estudante utilize todas as informações fornecidas para completar o calendário
abaixo e posteriormente produza diversos materiais impressos e digitais destinados a publicidade de
conscientização.

a) Utilize a tabela da atividade 7 para preencher o calendário a seguir, inserindo o


nome da campanha de prevenção e seu respectivo mês

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VERSÃO PRELIMINAR

b) Após preencher o calendário, escreva um texto de conscientização, contendo


maiores informações sobre as campanhas, onde ocorrem, a importância da
prevenção e até detalhar a campanha do mês corrente.

a. Esse texto, junto com o calendário, deverá ser divulgado em meio físico
(impresso) e digital (internet).

b. Em meio físico, divulguem o calendário em um folheto: na frente o texto escrito,


no verso, o calendário. Este folheto poderá ser distribuído aos alunos e à
comunidade.

c. Ainda em meio físico, elaborem um cartaz, para ser afixado na escola ou em


locais vizinhos à escola, como o comércio local, pontos de ônibus ou locais
onde haja grande circulação de pessoas.

d. Para divulgar em meio digital, tire uma foto do calendário, escreva um breve
texto explicando o conteúdo e publique nas redes sociais, aplicativos de
mensagens, blogs etc.

e. Ainda em meio digital, produza um podcast noticioso (notícia em áudio), que


pode ser divulgada em aplicativos de mensagens. O podcast deve ter o formato
de uma notícia, trazer informações detalhadas sobre as campanhas da saúde,
refletir sobre a importância da prevenção, locais onde ocorrem, além das

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VERSÃO PRELIMINAR

vinhetas de abertura e fechamento. Não esqueça de escrever o roteiro antes


de produzir.

f. Para finalizar, escrevam uma notícia, que pode ser publicada tanto em meio
físico como virtual. Para isso, utilize os layouts a seguir, a primeira simulando
um jornal impresso e o segundo um jornal virtual: Espera-se que o estudante utilize
os dois layouts disponibilizados para produzir uma notícia. É importante que o aluno saiba
diferenciar os suportes do jornal impresso e digital antes de produzir o texto.

JORNAL __________________

______________ São Paulo, ___ de ___________ de 2020 | Ano __ Nº ___ | 2ª edição, ___ h

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Por Jornal _____________________


/ / 2020 – Atualizado há 07 horas

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3: SOBRE TRILHOS E TRILHAS

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VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1 - Leia os textos e responda

Texto 1
13 de agosto de 2019

PARA CADA CARGA, UM VAGÃO


À medida que a variedade de
cargas transportadas por meio de
ferrovias foi aumentando, novos
vagões foram desenvolvidos com
base nas particularidades de cada
carga.

Para cada tipo de carga, um


tipo de vagão. À medida que
a variedade de cargas
transportadas por meio de
ferrovias foi aumentando,
novos vagões foram desenvolvidos com base nas particularidades
de cada carga. Assim, criou-se uma diversidade de vagões circulando
nos trens de carga mundo a fora. Os minérios, por exemplo, são
transportados em vagões gôndolas e nos vagões hoppers abertos.
Produtos ensacados e mercadorias no geral são carregados nos
vagões fechados (também conhecidos como box). Granéis (açúcar, milho, soja,
enxofre, etc.), por sua vez, são levados nos hoppers fechados. E por aí vai...
Na história mais recente dois personagens têm sido presentes: o container e o pallet.
Tendo em vista a circulação de mercadorias em containers e em pallets, vagões foram
adaptados ou desenvolvidos para suprir a necessidade desse transporte. No caso dos
containers, vagões plataforma foram adaptados e também foram fabricados os
chamados “vagões porta-container”. Para o transporte dos pallets foram
desenvolvidos os vagões “all-door” (também conhecidos como “sider”, em que a
lateral é aberta para permitir o acesso de empilhadeiras ao interior do vagão, o que
garante a movimentação ágil dos pallets.
Texto e Foto Caliel Soares Locatelli

Texto 2

Vagão aberto. Foto de Caliel Soares Locatelli Vagão box. Foto de Caliel Soares Locatelli

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VERSÃO PRELIMINAR

No texto apresentado aparecem algumas palavras estrangeiras. Leia as informações


sobre elas para entender o uso delas no texto:
Amplie seu conhecimento
Pallet: plataforma utilizada para a movimentação de cargas. Pode ser feita de madeira, metal ou plástico. Possui
como escrita "aportuguesada" o termo palete. Referência: <http://www.epaletes.com/2015/08/pallet-palete-
pelete-entenda-a-diferenca/> Acesso em 07 Out. 2019.
Container: o contêiner (português brasileiro) ou contentor (termo usado em Portugal) é uma caixa de metal ou
madeira, geralmente de grandes dimensões, utilizada no acondicionamento e transporte de cargas. A vantagem
do uso desse recipiente é a facilidade de embarque e desembarque das cargas transportadas, o que agiliza a
integração entre diferentes modais de transporte.
Referência: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Contentor_(transporte)> Acesso em 07 Out. 2019.
Vagão Hopper: vagão utilizado no transporte de granéis sólidos (minérios e grãos, por exemplo). A descarga do
produto transportado é feita pelo fundo inclinado através das tremonhas. (Referência: Manual Básico de
Engenharia Ferroviária. Rui José da Silva Nabais, organizador. São Paulo: Oficina de textos, 2014)
Vagão sider ou all-door: vagão que possui abertura em quase toda a sua lateral para o embarque e
desembarque de produtos. Muito utilizado no transporte de produtos ensacados (cimento) e de cargas em
paletes. O fechamento lateral do vagão é feito por meio de portas corrediças ou por um tipo de lona.
Espera-se que o estudante leia, interprete o texto e reconheça as características do gênero
reportagem.

1. Qual o tema abordado no texto 1?


2. Qual o suporte de veiculação? Justifique.
3. Para qual tipo de público essa informação é direcionada?
4. E no texto 2, qual a temática?
5. Qual a relação entre os textos?
6. O texto 2 é uma Notícia ou uma Reportagem? Justifique.
7. Comparando as imagens do texto 2, quais as diferenças entre os vagões e qual
a finalidade de cada um?

Atividade 2 – Aprofundando o assunto

A reportagem é um gênero que, diferente da notícia, busca ampliar um determinado


assunto ou acontecimento, para tanto é necessário que o repórter busque maiores
informações sobre o tema escolhido através de pesquisa de campo e/ou
bibliográfica, entrevistas com pessoas que dominam o assunto, notícias antigas ou
qualquer tipo de leitura que possa enriquecer a temática.
Espera-se que o estudante utilize as informações presentes no texto e consiga compreender que se
trata de um tema bem específico, ficando assim restrito a determinados públicos.

a) O texto 1: “para cada carga, um vagão” trouxe informações detalhadas sobre


determinado tema. Que informações são essas?
b) Considerando o tema do texto 1, em que outro veículo ele pode ser publicado?
Por quê?

Atividade 3 – Escolhendo as informações

1. Imagine que você escreverá uma reportagem para uma revista que aborda
assuntos relacionados ao meio ambiente, o tema é alternativas sustentáveis e
viáveis para o transporte público. Considerando o tema: Espera-se que os alunos
conheçam o gênero reportagem e saiba onde e como buscar informações para produzi-la.

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VERSÃO PRELIMINAR

a) quais informações são importantes para ampliar o tema?


b) onde ou com quem tais informações podem ser encontradas?
c) você acredita que esta reportagem promoverá mudanças de comportamento e
conscientizará os leitores? Por quê?

Atividade 4 – Pesquisa temática

O trem é um meio de transporte muito versátil, serve tanto para levar a produção de
uma região para outra como para transportar pessoas.

1. Em relação ao transporte sobre trilhos responda: Espera-se que o estudante amplie


seus conhecimentos sobre o tema através de debate, roda de conversa ou pesquisa.

a) Ele pode ser considerado sustentável? Por quê?


b) Que impactos o aumento ou implantação da malha ferroviária em grandes
cidades pode gerar à mobilidade urbana?
c) Leia o texto a seguir e responda:

OS DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA

O problema com mobilidade urbana é um dos grandes desafios enfrentados


pelas grandes cidades do mundo, e, no Brasil, não é diferente. Uma das soluções para
enfrentá-lo é a utilização de diferentes modais de transporte, reduzindo assim a
priorização de carros.
Dentre os modais de transporte mais populares temos a bicicleta, o trem, o
metrô e o carro, os quais não atendem à demanda das grandes cidades. Como
alternativa aos modais já citados, temos o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o Bus
Rapid Transit (BRT):

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VERSÃO PRELIMINAR

• Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) - é o veículo que se utiliza de trilhos para
seu deslocamento e é movido à energia elétrica, gerando assim menos
impactos ao meio ambiente, uma vez que utiliza energia limpa e renovável.

• Bus Rapid Transit (BRT) - é um sistema de ônibus que comporta maior


número de pessoas e circulam em uma via exclusiva, separada dos outros
veículos. Por ser um ônibus convencional usa o diesel como combustível, que
é danoso ao meio ambiente por emitir gás carbônico. Embora mais poluente o
BRT é pelo menos 50% mais barato que o VLT e sua implantação é mais rápida
e fácil.

Para que todo o sistema seja, de fato, eficiente, é necessário que haja a
integração com os outros modais, ou seja, que estações de trem e metrô, bem como
os terminais de ônibus, estejam interligados com o BRT e o VLT.

a) Qual o sistema de transporte que causa menores danos ao meio ambiente?


Por quê?
b) O sistema mais barato é o mais vantajoso? Justifique.

Atividade 5 - Entendendo a Língua Portuguesa

1. Retorne ao texto “Os desafios da mobilidade urbana” e analise as palavras


sublinhadas:
Espera-se que o aluno reconheça as conjunções e expressões conjuntivas e compreendam sua função
no texto.
• Por – marca, no texto, uma relação de explicação.
• Lo – retoma, no texto, o problema com a mobilidade urbana.
• Assim – marca, no texto, uma relação de consequência.
• Uma vez que – marca, no texto, uma relação de conclusão.
• Embora – marca, no texto, uma relação de oposição.
• Como – marca, no texto, uma relação de exemplificação.
• De fato – marca, no texto uma relação de ênfase.

a) Retire do texto outros 2 articuladores coesivos como os do exemplo e escreva


a sua relação.
b) Leia os fragmentos a seguir e responda:

“Os minérios, por exemplo, são transportados em vagões gôndolas e nos vagões
hoppers abertos”

• Que tipo de relação estabelece a expressão destacada? Explique.

“O problema com mobilidade urbana é um dos grandes desafios enfrentados pelas


grandes cidades do mundo, e, no Brasil, não é diferente”.

• Que tipo de relação estabelece a expressão destacada? Explique.

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VERSÃO PRELIMINAR

2. Releia os textos “Para cada carga, um vagão” e “Os desafios da mobilidade


urbana”, grife os verbos em cada um dos textos e preencha a tabela a seguir
escrevendo alguns verbos e suas flexões: Espera-se que o estudante localize os
verbos e reconheça seus modos, formas e tempos.

Verbo Forma Nominal Tempo Verbal Modo

Formas Nominais do Verbo: Infinitivo, Gerúndio e Particípio


Modos Verbais: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo.
Tempos do Indicativo: Presente, Pretérito Perfeito, Pretérito Imperfeito,
Pretérito mais-que-perfeito, Futuro do Presente e Futuro do Pretérito.
Tempos do Subjuntivo: Presente, Pretérito Imperfeito e Futuro.
Imperativo: Afirmativo ou Negativo.

Atividade 6 – A publicidade a serviço da mobilidade sustentável

A partir dos textos lidos e do conhecimento adquirido nas atividades realizadas


anteriormente, produza com seus colegas de turma uma campanha em meio impresso
ou digital a favor da mobilidade urbana, incentivando as pessoas a utilizarem meios
de transportes alternativos e mais sustentáveis como bicicletas, patinetes ou até
mesmo a pé, diminuindo assim os impactos ambientais do uso de veículos
automotores. Com base no exposto redija: Espera-se que o estudante elabore diversas objetos
destinados à publicidade, obedecendo a cada suporte do gênero.

1. Um cartaz publicitário
2. Uma notícia para um jornal impresso.
3. Uma notícia para ser publicada na internet (site, portal, blog, etc.)
4. Um post em rede social
5. Um podcast noticioso utilizando a notícia produzida para o item 2 ou 3.
Lembrando que o podcast é a modalidade oral (narrada ou falada),
posteriormente esta notícia poderá ser divulgada em uma rádio da escola.

Para conhecer como uma campanha publicitária é elaborada, acesse:

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VERSÃO PRELIMINAR

<https://supremapropaganda.com.br/passo-passo-simples-de-como-fazer-uma-campanha-
publicitaria/>Acesso em 04 out. 2019.

Amplie seu conhecimento


Várias músicas abordam a temática “Trem”. Busque na internet e conheça algumas delas.
Assim como músicas existem também diversos textos e poemas com esse mesmo tema.
Acesse o link para conhecer um dos mais famosos poemas que tem o trem como
protagonista <https://www.escritas.org/pt/t/4171/trem-de-ferro> Acesso em 26 set. 2019.

Atividade 7 – O jornalismo propositivo

1. Leia os textos a seguir e responda:

Texto 1

JORNAL ACONTECE AQUI


jaaq.com.br
SÁBADO Curralina, 16 de Fevereiro de 2019 | Ano 16 Nº 187 | 1ª edição, 05 h

PESSOAS MORREM APÓS DESCARRILAMENTO


DE TREM NO INTERIOR DE SP
Pelo menos seis pessoas morreram e oito ficaram feridas após descarrilamento de
composição que transportava grãos de café

Sete vagões carregados


de grãos de café descarrilaram
na tarde de ontem (15) em
Curralina, 410 km da capital
Oeste. Os vagões caíram sobre
diversas casas na zona urbana e
equipes de resgate dos
Bombeiros e Defesa Civil ainda
trabalham no local em busca de
vítimas sob os escombros.
O acidente ocorreu às 13
horas, na altura do cruzamento
das ruas 98 e 102, no bairro Vitorino de La Sierra, próximo ao centro da cidade. No
local não há muros de proteção entre a malha ferroviária e as casas, que ficam a
menos de 20 metros onde passam as composições.
Segundo relatos de moradores, o trem trafegava em velocidade acima da
normal antes de descarrilar e que diversos dormentes dos trilhos estavam apodrecidos
há muito tempo. “É uma irresponsabilidade o que ocorreu aqui hoje, pessoas
morreram, perdi dois amigos, um deles até havia alertado sobre o problema na malha
e nada foi feito”, disse o senhor JAF, 57 anos, antigo morador do bairro.

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VERSÃO PRELIMINAR

“Cobraremos uma resposta dos responsáveis, queremos saber por que o trem
estava tão rápido e por que após descarrilar o trem não parou a ponto de quase
atravessar para outro lado da quadra”, disse AFG, 37 anos.
O Corpo de Bombeiros ainda busca por sobreviventes sob as ferragens e
toneladas de grãos de café. Segundo o coronel Sérgio Peralta, comandante da
corporação, havia ainda corpos para serem resgatados. As equipes de regaste
trabalham com caminhões e máquinas retroescavadeiras para retirar os entulhos e
liberar os corpos. A expectativa é que, a partir das 15:00 horas, um guindaste auxilie
na retirada dos vagões para facilitar as buscas.
Após a tragédia diversos moradores se reuniram para debater a situação e para
elaborar um documento, cobrando explicações e respostas sobre o ocorrido.
Equipe de redação do Jornal Acontece Aqui
Contextualizando

Diante do fatídico acontecimento com o descarrilamento de um trem de cargas,


noticiado pelo jornal da cidade, imagine que você é um dos moradores da vizinhança
e gostaria de saber os motivos do acidente. Complete a carta que exige as devidas
explicações a respeito do fato: Espera-se que o estudante utilize as informações fornecidas na
notícia para preencher a carta de reivindicação.

Texto 2

Local .............................., data ................................

Prezado Senhor ......................................

No dia 17/02/2019, por volta das 13 horas, uma composição, carregada de grãos,
......................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................

Diante do exposto exigimos o esclarecimento dos seguintes pontos:

• .....................................................................................................................................
• .....................................................................................................................................
• ....................................................................................................................................

Aguardamos, urgentemente, ................................................................


Cordialmente,

Nome (s) ...........................................................

36
VERSÃO PRELIMINAR

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 - SOCIEDADE CONSCIENTIZADA

37
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 1 - Uso de tecnologia: uma questão de consciência

1. Analise a campanha publicitária:

Espera-se que o aluno perceba a relevância do tema abordado no cartaz e analise como os
elementos verbais e não verbais se articulam para transmitir a mensagem.

a) Quais são as características deste cartaz que o inclui numa campanha de


conscientização?
b) Qual é a importância para a escola a produção e divulgação de propagandas de
conscientização como essa?
c) Considerando a importância deste cartaz, quais seriam os meios indicados de
circulação?
d) Quem é o público-alvo desta campanha?
e) Observe os elementos que compõem o cartaz (elementos verbais e não verbais).
Quais elementos foram utilizados para transmitir a mensagem em relação à sua
intencionalidade?

38
VERSÃO PRELIMINAR

2. Observe as figuras e assinale (V) Verdadeiro ou (F) Falso:

Figura 1
Figura 2

Figura 3

Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/handle/11449/138837?locale-attribute=es>. Acesso em: 22 jan. 2020.

Espera-se que os alunos observem os links, hiperlinks e referências em meio impresso e digital
( ) A Figura 2 contém hiperlinks que aprofundam o tema estudado na Figura 1.
( ) As setas 1, 2, 3 e 4 da Figura 3 são hiperlinks e apontam para lugares diversos na Web.
( ) A seta 3 da Figura 3 aponta o link para baixar a versão em .pdf da revista.
39
VERSÃO PRELIMINAR

( ) A seta 1 da Figura 3 aponta para o acesso aos currículos dos autores da revista.

2. Leia os textos 1 e 2 para realizar as atividades abaixo.

Texto 1

CALÚNIA
Afirmar que a vítima
praticou ato criminoso em
perfis de redes sociais e
grupos de mensagens.
DIFAMAÇÃO
Postar em páginas de
redes sociais e grupos de
mensagens informações
que atinjam a honra da
vítima.
INJÚRIA
Qualquer opinião pessoal
de uma pessoa em relação
a outra que seja
depreciativa em redes
sociais.
AMEAÇA
Receber qualquer tipo de
ameaça via mensagem
inbox ou mensagens de
texto via celular.

Tentar obrigar alguém a


fazer ou deixar de fazer
alguma coisa em meio
virtual, por exemplo,
ameaçar uma pessoa para
que ela ligue a webcam.

Utilização de perfis falsos


para entrar em sites de
relacionameto ou usar a
foto de um desafeto para
criar perfil falso.

O envio de mensagens
incômodas ou insistentes.

40
VERSÃO PRELIMINAR

Texto 2
Suicídio digital
Marcos R. Ferreira

Andar pelas ruas, pegar o ônibus, fazer compras, ir ao cinema. Qualquer


atividade cotidiana inclui o uso do celular, em alguns casos quase como uma extensão
do próprio corpo. Nenhuma dessas atividades, aparentemente simples, está imune à
existência dele. Imersas em um mundo quase utópico, caminham as pessoas,
comprometidas com uma realidade que aparenta não dialogar de forma explícita com
as relações de convívio humanas.
Mas o que caracterizaria, então, as tais relações citadas? Muitas pessoas
discorrem sobre a solidão que sentem, mesmo estando cercadas de pessoas em suas
redes, compartilhando cada passo realizado durante o dia. Compartilhar virou
sinônimo de estar presente, de encarar um personagem virtual que deveria ser um
simulacro daquilo que se é na realidade.
Fotos selecionadas no Instagram, feitas com o auxílio dos mais potentes filtros;
discursos de ódio, construídos a partir de uma ignorância meticulosamente encorajada
pelos donos do poder instituído, no Facebook; frases racistas e homofóbicas
destiladas no Twitter; fake news distribuídas como verdades absolutas pelo
WhatsApp... Perfis falsos criados especialmente para atrair pretendentes no Tinder...
Tudo isso, e a percepção sobre tais coisas, têm encorajado um número cada
vez maior de pessoas a cometerem o chamado suicídio digital, ou seja, um
procedimento que possibilita desaparecer do mundo virtual. É possível apagar as
contas das redes sociais e também solicitar aos mecanismos de busca e pesquisa,
como o Google, por exemplo, que os dados que possibilitam rastrear as trajetórias no
universo online do interessado sejam efetivamente deletados. Tentar retomar a
realidade e efetivamente viver, sem filtros. Decisão complicada quando nosso dia é
tomado pela participação efetiva em redes sociais, compartilhando sonhos, ideias e
perfis falsos, tentando acreditar que somos aquilo que gostamos de teclar.
Poucas pessoas relacionam-se com as redes sociais sem serem tragadas para
um universo digital paralelo. O sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Baumann, em
seu livro “A modernidade líquida”, trata da ideia do sujeito líquido, ou seja, aquele em
que inúmeras identidades se manifestam em momentos diferentes. Esse conceito se
aplica perfeitamente à construção de uma identidade fragmentada que podemos
observar nas pessoas que são usuárias de várias redes sociais. É relativamente
simples viver uma fantasia de poder e empoderamento através da navegação online.
Decidir então, por afastar-se desse universo torna-se muito difícil,
principalmente para a geração dos denominados nativos digitais, que possuem uma
relação muito mais imbricada ao uso das ferramentas tecnológicas. Libertar-se,
portanto, de uma vida regrada por uma dependência à participação em um mundo
virtual significa amadurecer a ideia de conviver de forma mais simples, mais humana.
Obviamente não significa distanciar-se da tecnologia ou algo nesse sentido,
mas deixar de expor publicamente suas escolhas e sua vida como algo natural. Claro
que se a vida da pessoa se baseia 100% em articulações presentes no mundo digital,
é preciso verificar as consequências que um sumiço das redes pode proporcionar.
Ter milhares de amigos nas redes sociais e ninguém para conversar
pessoalmente, em um barzinho, ou mesmo em casa. Coisa de gente velha? Coisa
obsoleta já que é possível trocar impressões via redes digitais? Pode ser... Ou não...
Retomando a ideia de identidade fragmentada, somos seres múltiplos, mas a
identidade de cada um é particular e única. Criar no meio digital uma ilusão a respeito

41
VERSÃO PRELIMINAR

do que somos, em algum momento, nos colocará em situações difíceis de resolver.


Além disso, ao associar-se a uma rede qualquer, nossa privacidade deixa de existir,
e podemos ser expostos a qualquer momento a toda sorte de situações.
Nesse caso, cometer o chamado suicídio digital pode ser uma boa saída para
tentar ter uma vida real, mais saudável e verdadeiramente próxima de nossa família e
amigos.

Vocabulário:
Utópico: fantasia, sonho.
Simulacro: aparência, coisa que vagamente se assemelha a outra ou a traz à ideia.
Nativos digitais: são as pessoas que nasceram e cresceram com as tecnologias digitais presentes em
nossa vivência. Tecnologias como videogames, internet, telefone celular, etc.
Espera-se que o aluno utilize as informações explícitas e implícitas do texto para responder as questões
a seguir.

a) O texto possibilita o leitor a refletir sobre o uso das tecnologias no cotidiano das
pessoas. Após a leitura do texto, transcreva trechos que demonstram o motivo pelo
qual as pessoas têm recorrido ao suicídio digital?
b) No trecho “Andar pelas ruas, pegar o ônibus, fazer compras, ir ao cinema.
Qualquer atividade cotidiana inclui o uso do celular, em alguns casos quase como
uma extensão do próprio corpo. Nenhuma dessas atividades, aparentemente
simples, está imune à existência dele”, a palavra destacada refere-se a:

a) ônibus.
b) cinema.
c) celular.
d) corpo.

c) No trecho “Coisa obsoleta...” a palavra grifada tem o sentido de:


a) inútil.
b) nova.
c) ultrapassada.
d) contemporânea.

d) Segundo o autor, o “suicídio digital” é definido como:

a) a tentativa de retomar a realidade sem compartilhar ideias e perfis falsos.


b) um procedimento que possibilita desaparecer do mundo virtual.
c) a possibilidade de rastrear as trajetórias no universo online.
d) a possibilidade de apagar as contas das redes sociais.

e) No trecho “Andar pelas ruas, pegar o ônibus, fazer compras, ir ao cinema.


Qualquer atividade cotidiana inclui o uso do celular, em alguns casos quase como
uma extensão do próprio corpo. Nenhuma dessas atividades, aparentemente
simples, está inume a existência dele.”, aparece respectivamente:

a) fato – opinião – opinião


b) fato – opinião – fato
c) opinião – opinião – fato
d) opinião – fato – fato

42
VERSÃO PRELIMINAR

Nas próximas questões, espera-se que os alunos reflitam e ampliem o olhar sobre o uso responsável
da internet, além de compreender como a linguagem verbal e não verbal se articulam para conferir
sentido aos textos apresentados.
f) Segundo o autor, é possível criar perfis falsos para atrair pessoas nas redes
sociais. Quais cuidados você considera que sejam necessários para se proteger
no ambiente virtual?

g) Vivemos em uma era em que é possível verificar a disseminação de fake news.


Que dicas você daria para o usuário identificá-las nas redes sociais?

h) Escreva a relação existente entre o texto 1 e o 2.

i) No texto 1 alguns símbolos fazem referência a pelo menos dois temas. Quais
temas são estes e quais os respectivos símbolos?

j) A partir da leitura do texto 1 (7 pecados virtuais) e do texto 2 (Suicídio digital). É


possível afirmar que um suicídio virtual pode ser consequência dos pecados
virtuais? Explique.

k) O texto 1 nomeia determinadas condutas na internet como “pecado”, você


concorda? Que outro termo poderia ser inserido no lugar? Por quê?

l) Observe as definições a seguir:

Marcas asseverativas: podem ser afirmativas (evidentemente, obviamente, claro


etc.) ou negativas (de forma alguma, de jeito nenhum etc.).
Marcas quase asseverativas: indicam ideia de dúvida (provavelmente,
possivelmente, supostamente etc.)
Espera-se que os alunos localizem e as marcas asseverativas ou quase-asseverativas no texto e a
qual o seu papel nos textos em que há presença de opinião.

a) Localize no Texto 2 (“Suicídio digital”) exemplos de


• Marcas asseverativas.
• Marcas quase asseverativas.

b) Explique qual é o efeito de sentido que essas marcas provocam no texto.

Atividade 6 - Produção Oral

Com base na leitura dos textos 1, 2 e da realização das atividades, organize um


debate regrado em dois momentos, respondendo as seguintes questões:
1º momento: Todos devem debater se o suicídio virtual seria uma escolha, segundo
defende o texto 2, considerando as condutas demonstradas no texto 1?
2º momento: Considerando o momento anterior. Um grupo deverá se posicionar
favorável, mediante justificativas, à decisão de aderir ao suicídio digital, e o outro
grupo, contrário. O debate deverá ter um mediador que pode ser o professor ou um
aluno escolhido pela turma. Permita que os alunos protagonizem todo o processo do debate,
incentive que estabeleçam as regras e garanta que sejam cumpridas.

43
VERSÃO PRELIMINAR

Atividade 7 - Produção Escrita

1. Observe o post a seguir:


Espera-se que o aluno utilize uma rede social para expressar sua opinião de forma consistente e
respeitosa, refletindo sobre aspectos sociais e emocionais.
Escreva um comentário que expresse sua opinião sobre o conteúdo da postagem,
associando as relações pessoais e sociais ao que foi afirmado no post, considere,
para isso a imagem, o texto e o meio de circulação.

44
VERSÃO PRELIMINAR

REFERÊCIAS E SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS


BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 11.ed., São Paulo:
Contexto, 2001.
________. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2003.
BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: ________. Estética da criação
verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 38. ed. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2015.

BELINE, Ronald. A variação linguística. In FIORIN, José Luiz (Org.). Introdução à


Linguística I: objetos teóricos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2003.

BRANDÃO, Helena Nagamine (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito,


conto, cordel, discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000
(Coleção aprender e ensinar com textos, v. 5).

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. C.. Gramática Reflexiva: texto,


semântica e interação. 4.ed., São Paulo: Atual, 2013.
CITELLI, Adilson. Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e TV, rádio,
jogos, informática. 3.ed., São Paulo: Corte, 2001 (Aprende e ensinar com textos.
Coord. Geral: Ligia Chiappini).
DISCINI, Norma. O estilo nos textos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.
________. A comunicação nos textos: leitura, produção, exercícios. São Paulo:
Contexto, 2005.
FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e
redação. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000.
________. Lições de texto: leitura e redação. 5.ed. São Paulo: Ática, 2006
(Universidade).
GRILLO, Sheila Vieira de Camargo. A produção do real em gêneros do jornalismo
impresso. São Paulo: Humanitas, 2004.
IANNONE, Leila Rentroia; IANNONE, Roberto Antonio. O mundo das histórias em
quadrinhos. São Paulo: Moderna, 1994.
ILARI, Rodolfo. Introdução ao estudo do léxico: brincando com as palavras. São
Paulo: Contexto, 2002.
________. Introdução à Semântica: brincando com a gramática. 6.ed., São Paulo:
Contexto, 2006.
ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos a
língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

45
VERSÃO PRELIMINAR

KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. 6.ed., São Paulo: Pontes, 1998.
________. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 12.ed., Campinas: Pontes,
2009.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 2.ed., São Paulo:
Contexto, 1998.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.
10.ed., São Paulo: Cortez, 2010.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso
na língua portuguesa. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.
PIETROFORTE, Antonio Vicente. Semiótica visual: os percursos do olhar. São Paulo:
Contexto, 2004.
SIDNEY, Abel. Conto ou não conto?. Ilustrações de Rosana Almendares (literatura
infantil). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&c
o_obra=105130>. Acesso em: 04 out. 2019.
SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e
guia de exercícios. 7.ed., São Paulo: Contexto, 2003.
SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: caminhos e descaminhos. In Pátio
Revista Pedagógica, de 29 fev. 2004. UNIVESP/UNESP, 2004. Disponível em:
<https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40142/1/01d16t07.pdf.>. Acesso
em: 10 out. 2019.
SOARES, Magda Becker; BATISTA, Antonio Augusto Gomes. Alfabetização e
letramento: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005. 64 p. -
(Coleção Alfabetização e Letramento). Disponível em:
<http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/files/uploads/Col.%20Alfabetiza%C3%A7
%C3%A3o%20e%20Letramento/Col%20Alf.Let.%2001%20Alfabetizacao_Letrament
o.pdf>. Acesso em: 10 out. 2019.

46
VERSÃO PRELIMINAR

CRÉDITOS

Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos (elaboração do material)

DER José Bonifácio - Glauco Roberto Bertucci


DER Itu - Maria José Constâncio Bellon
DER Mogi Mirim - Silvia Helena Soares

Professores responsáveis pela organização, revisão e validação do material

Katia Regina Pessoa


Daniel Carvalho Nhani

47

1
Olá!

As Situações de Aprendizagem que você desenvolverá nesse


material pretendem trabalhar habilidades relacionadas às práticas de:

leitura;
oralidade;
produção textual;
análise linguística/semiótica.

Essas práticas, por sua vez, estão articuladas a alguns campos de


atuação social:

o da vida pública;
o das práticas de estudo e de pesquisa;
o da arte e da literatura;
o do jornalístico/midiático.

Utilize esse material como parte de seus estudos, associando-o a


outros que venham a complementar sua jornada no campo do conhecimento.

Equipe Pedagógica de Língua Portuguesa

Desenho de Lívia Maria dos Santos Amaral, 12 anos, 6º ano – E.E. Comendador Antônio Figueiredo Navas, Lins, SP

2
SUMÁRIO

SUGESTÃO DE MATERIAL ADAPTADO...............................................................04

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
Teen Para Você..................................................................................................... 05

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
Fake news: quem nunca?.................................................................................... 14

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
A linguagem dos quadrinhos ............................................................................. 29

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
A arte da argumentação ..................................................................................... 36

APÊNDICE ............................................................................................................ 50

REFERÊNCIAS E SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS ........................................... 56

CRÉDITOS ............................................................................................................ 56

3
SUGESTÃO DE MATERIAL ADAPTADO

Os links e QRCodes (indicados abaixo) remetem a materiais relacionados à


Educação Especial. A critério do professor, as atividades sugeridas podem ser
aplicadas a todos os estudantes.

Acesse através do link o documento orientador contendo a


Resolução SE nº 68 de 12/12/2017, definições das Deficiências,
Adaptação Curricular e Avaliação.

Para acesso às sugestões de atividades adaptadas clique no link.

Materiais da Educação Especial disponíveis no link.

Ilustração Kleber Sadraque – DER de Itapevi

4
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1: TEEN PARA VOCÊ

MAPA COGNITIVO DE HABILIDADES

Esta Situação de Aprendizagem tem como foco fazer com que o estudante
experimente algumas estratégias didáticas que procuram promover uma
aprendizagem ativa, alinhada ao Currículo Paulista. Conheça, a seguir, algumas das
habilidades que você trabalhará no decorrer das atividades.

5
ATIVIDADE 1 – VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

De acordo com a proposta da escola em relação ao incentivo aos alunos no que diz respeito à
continuidade dos estudos e à possibilidade de cursar uma faculdade, pode-se, com este texto, instigá-
los sobre quais são as universidades públicas. Além disso, sendo perfil da escola participar de
Olimpíadas, convide-os para pesquisa sobre as universidades que adotam essa nova forma de
ingresso.

Texto 1

Universidades adotam Olimpíadas do Conhecimento como


possibilidade para ingresso
Atualização no ingresso para cursos de graduação mobiliza concluintes do ensino médio.

Qui, 19/09/2019 – 15h05 | News on-line


Por Paula de Sousa Mozaner

Algumas universidades do Brasil estão inovando na forma de ingresso aos


estudantes concluintes do Ensino Médio. O objetivo é ampliar o acesso de
estudantes aos cursos de graduação e retribuir à sociedade um ensino de qualidade
e excelência pelas competições de conhecimento.
De quais Olimpíadas o estudante precisa participar? Qual resultado ele precisa
alcançar na Olimpíada? As respostas a essas perguntas variam de acordo com
critérios estabelecidos pelos programas das universidades. É necessário acessar o
site das universidades para maiores informações.

O público-alvo deste jornal é qualquer leitor do jornal. O nome do jornal, News on-line indica que
qualquer pessoa com acesso à internet poderia acessar o site. O suporte também é evidenciado com
a palavra on-line. Converse com seus alunos explicando que, nesta atividade, é necessária a
habilidade de inferência.

6
Texto 2

DICAS PARA DAR UM UP NOS ESTUDOS


Hoje é dia daquela matéria que ninguém entende? Quer se dar bem? Confira as dicas!

19 SETEMBRO 2019
Por Rosane de Paiva Felício
Texto: Redação Fotos: Divulgação

Foto: Aguinaldo José de Oliveira (DER Marília)

• Dia de estudar não é na véspera da prova! Se liga e se organize! Estude todos


os dias para revisar o que foi visto na aula e vá além! Vai rolar aula de
proporcionalidade na aula de matemática amanhã e você não tem a menor
ideia do que é isso? Se joga nos livros antes da aula e já vai fazendo amizade
com o conteúdo e se familiarizando com ele.
• Ler é importante, mas as anotações escritas também ajudam. Escreva post-
its com aqueles conceitos e fórmulas que você sempre esquece, faça resumos
e mapas conceituais. Nunca viu um? Faça uma busca na rede (“Mapa
conceitual para estudar”) e escolha um modelo que se adapte ao que você
precisa.
• Cor é vida! Crie um código de cores. A professora de história explicou, mas
só você não entendeu direito? Já grife aquele trecho do texto em seu caderno!
Que tal verde para saber o que é importante retomar!? Que tal amarelo para
aquele exercício que o professor já garantiu que vai cair na prova!?
• Agora é sua vez! Para complementar o que está aí em cima, dê algumas dicas
de estudo. Quais são suas táticas? Se liga! Colar não vale!

Espera-se que o aluno escreva outras dicas para potencializar os estudos, obedecendo assim o
recorte temático.

7
1- As dicas organizadas pela Paula (Texto 2) e as suas poderão ajudá-lo nos
estudos. Una suas ideias as de outros colegas e verifique quais são diferentes e
quais são parecidas. Depois da seleção, o grupo poderá criar um layout, elaborar
uma lista comum a todos da sala e divulgá-la à comunidade escolar (usar o mural da
classe, criar o blog da turma, utilizar aplicativo para montagem de um grupo de
estudo são algumas possibilidades para publicação dessas dicas.) Espera-se que os
alunos se organizem e compartilhem as dicas que todos sugeriram, e, para isso, criem uma forma de
divulgação, de preferência em meio virtual.

2- De acordo com os Textos 1 e 2, responda.

1. O que diferencia os dois textos que você acabou de ler? Espera-se que os
alunos sejam capazes de diferenciar a linguagem e a plataforma de cada um dos textos.

2. Qual é o tema da reportagem no Texto 1? Esse tema é de interesse de todo


o público-alvo do jornal ou somente de alguns leitores? Quem seriam eles? O
tema do texto 1 é a possibilidade de ingresso em algumas universidades para os jovens do
ensino médio que participam de Olimpíadas (Língua Portuguesa, Matemática, História entre
outras). Qualquer leitor poderia se interessar pelo tema, embora seja mais direcionado para
área da educação. Professores, pais e alunos, portanto, teriam maior interesse por ele.

3. Considere que o Texto 2 é trecho de uma reportagem publicada no site de


uma revista impressa chamada TEEN PRA VOCÊ. Quem é o público-alvo
dessa revista? O público-alvo desta revista impressa são os adolescentes. Converse com
seus alunos explicando que nesta atividade, embora pareça estar claro qual é o público-alvo,
eles tiveram que inferir.

4. O Texto 2 está repleto de marcas (pistas) que podem atrair um determinado


público-alvo. Grife alguns exemplos, no próprio texto.

Vocabulário (Que palavras e/ou Espera-se que os alunos localizem as palavras ou


expressões são características expressões que comprovam a que público se destina
do público-alvo?)
Imagem (Há imagem? Por que Espera-se que os alunos percebam que a imagem tem
ela foi escolhida?) relação com a intencionalidade do autor.

As palavras e/ou expressões características do público-alvo são: “Quer se dar bem”, “Se liga e se
organize”, “Vai rolar”, “Se joga”, “Cor é vida, amiga” entre outras apontadas pelos alunos. O uso do
ponto de exclamação também é um recurso que remete ao público-alvo, já que ele marca
subjetividade do autor, o que foge ao gênero reportagem, mas que, no caso da revista destinada para
adolescentes, serve como recurso para se aproximar do público, na medida em que torna o texto mais
informal. Professor atente seus alunos sobre questões de informação explícita.

5. Qual é o tema da reportagem do Texto 2? Por que esse tema interessaria ao


público-alvo? O tema da reportagem do texto 2 são dicas para aumentar o desempenho
na escola e “melhorar notas”, e se pressupõe que o público alvo sejam estudantes, ou seja,
os interessados.

6. Recursos como as cores e a fonte da letra (tamanho, estilo, uso de negrito


entre outras possibilidades) também contribuem para criar o sentido do texto.
Compare os Textos 1 e 2 e responda: qual deles tem maior variedade no uso
desses recursos? Comparando os textos 1 e 2, o texto 2 (“Dicas para dar um up nos
estudos”) tem maior variedade no uso destes recursos.

8
7. O uso dos recursos citados acima tem relação com o público-alvo a quem eles
se destinam? Por que isso acontece? Sim, nos textos 1 e 2 os recursos citados têm
relação com o público-alvo, pois no texto 1 aparece uma linguagem mais formal, segue a
norma culta da língua portuguesa. O texto 2 utiliza uma linguagem informal, mais próxima à
realidade do jovem.

8. Grife, no Texto I, um exemplo de linguagem formal. Espera-se que os alunos


encontrem palavras características da linguagem formal

9. Em quais dos trechos abaixo há uso de linguagem informal/coloquial?

(x) “Se liga e se organize!”


(x) “Vai rolar aula de proporcionalidade na aula de matemática amanhã e
você não tem a menor ideia do que é isso?”
(x) “Se joga nos livros antes da aula e já vai fazendo amizade com o
conteúdo e se familiarizando com ele.”
( ) “Ler é importante, mas as anotações escritas também ajudam.”
(x) “Estude todos os dias para revisar o que foi visto na aula e vá além!”
( ) “Crie um código de cores.”
O importante aqui é que o aluno perceba as marcas linguísticas que caracterizam o uso da linguagem
coloquial: Se liga, Vai rolar aula, Se joga nos livros. O texto mescla o uso da norma culta à linguagem
informal e à linguagem coloquial, já que, embora o público-alvo seja o público adolescente, o autor
do texto não é um jovem e trata-se de um texto veiculado em uma revista virtual.
Atente seus alunos para o uso da linguagem informal que foi utilizada, por exemplo, no caso do texto
“Dicas para dar um up nos estudos” da revista fictícia. O uso é intencional o que o torna permitido,
para criar um efeito próximo o de situações mais descontraídas do cotidiano dos jovens, quando há
familiaridade entre os interlocutores e que não é necessário o uso da norma culta, sendo comum o
uso da linguagem coloquial.

10. O autor do Texto 2 utiliza a linguagem informal intencionalmente? Explique


por quê. O autor do texto 2 utiliza a linguagem coloquial e a linguagem informal
intencionalmente, pois este tipo de linguagem se aproxima mais do público alvo.

11. No título do Texto 2, “Dicas para dar um up nos estudos”, aparece uma
palavra em inglês: up. Qual é o sentido dela no contexto? O aluno deve pesquisar
o significado da palavra inglesa em relação ao contexto.

12. Outras palavras em inglês aparecem no texto. Localize-as. Resposta do aluno.

13. Por que as palavras em inglês aparecem em itálico no Texto 2? Trata-se de uma
exigência da norma culta. Palavras de origem estrangeira devem vir escritas entre aspas OU
em itálico. Isso reforça que o Texto 2 articula intencionalmente o uso da linguagem informal -
para aproximar-se do leitor adolescente – ao uso da norma culta – característica do gênero
reportagem.

14. Qual é a relação do uso dessas palavras com o público-alvo da reportagem?


Como citado no Comentário da questão anterior, o texto se vale de recursos como o uso de
estrangeirismos para aproximar-se dos jovens.

15. Faça um levantamento de estrangeirismos que foram incorporados (ou ainda


não) ao léxico da nossa língua. Essa pesquisa poderá ser feita em grupo.
Discuta com a turma que influências são mais perceptíveis para os alunos: filmes, minisséries,
música, a ascensão das novas tecnologias, fenômenos imigratórios (atuais ou não) são
influências fortes. A tabela pode ser ampliada, caso haja necessidade. Alguns alunos podem
citar palavras de origem coreana em função da influência cultural atual.

9
Origem
Africana
Alemã
Árabe
Espanhola
Francesa
Indígena
Inglesa
Italiana
Japonesa
Outras

16. A incorporação de palavras de origem estrangeira ao léxico da língua


portuguesa é fator de enriquecimento ou empobrecimento cultural? Justifique.
Resposta do aluno. Considere a possibilidade de que a adoção de palavras estrangeiras ao
léxico da língua portuguesa pode representar as duas coisas, enriquecimento ou
empobrecimento, e neste caso, leve em consideração a discussão em sala de aula.

3- Observe para opinar.

A linguagem utilizada pelo jovem é algo que precisa ser cuidada, pois ela incorpora
gírias, palavras e expressões retiradas de jogos eletrônicos, de estilos musicais,
entre outros exemplos. Os professores precisam cuidar para que isso não seja
recorrente nas produções textuais de nossos alunos.

Há indícios de preconceito no comentário? Em que situações devemos utilizar a


linguagem formal? E a informal? Crie um parágrafo opinativo a respeito desse
assunto. Não se esqueça de dar exemplos. Se precisar, pesquise conceitos para
cada uma das linguagens. Amplie o repertório dos alunos em relação ao preconceito linguístico
como uma das formas de intolerância e exclusão social.

Lembre-se:
Pesquise, leia as informações e, com suas palavras, reelabore os conceitos. Copiar
sem referenciar autoria é plágio. Fica a dica!

ATIVIDADE 2 – A LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO

Agora, vamos refletir um pouco sobre a variação que a língua portuguesa sofre com
o passar do tempo. O texto a seguir é o trecho de uma série de crônicas intitulada
“Balas de Estalo”, do escritor Machado de Assis.

Texto 1

4 de julho

Ocorreu-me compor umas certas regras para uso dos que frequentam bondes. O
desenvolvimento que tem tido entre nós esse meio de locomoção, essencialmente
democrático, exige que ele não seja deixado ao puro capricho dos passageiros. Não
posso dar aqui mais do que alguns extratos do meu trabalho [...].

10
ART. I
Dos encatarroados
Os encatarroados podem entrar nos bondes com a condição de não tossirem mais
de três vezes dentro de uma hora, e no caso de pigarro, quatro.
Quando a tosse for tão teimosa, que não permita esta limitação, os encatarroados
têm dois alvitres: - ou irem a pé, que é bom exercício, ou meterem-se na cama.
[...]
Os encatarroados que estiverem nas extremidades dos bancos, devem escarrar
para o lado da rua, em vez de o fazerem no próprio bonde [...].
[...]
ART. III
Da leitura dos jornais
Cada vez que um passageiro abrir a folha que estiver lendo, terá o cuidado de não
roçar as ventas dos vizinhos, nem levar-lhes os chapéus. Também não é bonito
encostá-los no passageiro da frente.
ART. IV
Dos quebra-queixos
É permitido o uso de quebra-queixos em duas circunstâncias: - a primeira quando
não for ninguém no bonde, e a segunda ao descer.
[...]
ART. VII
Das conversas
Quando duas pessoas, sentadas a distância, quiserem dizer alguma coisa em voz
alta, terão cuidado de não gastar mais de quinze ou vinte palavras, e, em todo
caso, sem alusões maliciosas, principalmente se houver senhoras.
ASSIS, Machado de. Balas de estalo. Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/obra-completa-
lista/itemlist/category/26-cronica?start=12>. Acesso em: 20 set. 2019.

1- Responda às questões a seguir.

1. Qual é o tema do fragmento da crônica “Balas de estalo”? O tema da


crônica são as regras para o uso das pessoas que frequentam o bonde.

2. Você percebeu que há diferenças na língua portuguesa utilizada no


século XIX? Preencha a tabela abaixo, apontando aquelas que mais
chamaram sua atenção. Espera-se que os alunos identifiquem palavras ou
expressões utilizadas em séculos anteriores.

Vocábulos Expressões

3. Você conseguiu descobrir o significado de algumas palavras pelo


contexto, ou seja, apenas lendo o texto? Anote apenas essas palavras
e o significado delas de acordo com o que você compreendeu.

11
Vocábulo Significado

4. Pesquise em dicionários ou em sites o significado das palavras que


vocês ainda não conhecem.

5. Bonde era um meio de transporte público na época de Machado de


Assis. Alguns costumes daqueles que utilizavam o transporte
incomodavam o narrador. Cite alguns deles. Espera-se que o aluno
encontre a informação explícita no texto.

6. Há costumes do século XIX que persistem até os dias atuais entre


aqueles que utilizam transporte público? Quais são eles? Espera-se
que o aluno encontre a informação explícita no texto.

7. O autor organiza o texto com vários títulos e subtítulos. Essa composição


nos remete ao formato dos textos jurídicos, como leis e resoluções. Qual
é a intenção do autor ao escolher essa estrutura? Espera-se que o aluno
perceba a intencionalidade do autor ao utilizar o texto em formato de lei, que confere a
ele mais autoridade e maior poder persuasivo.

8. No trecho “É permitido o uso de quebra-queixos em duas situações: - a


primeira quando não for ninguém no bonde, e a segunda ao descer”,
percebe-se uma ironia do narrador ao estabelecer este critério para os
fumantes. Das alternativas abaixo, qual ilustra melhor a ironia presente no
“ART. IV – Dos quebra-queixos”?

( ) O narrador alude ao fato de que o quebra-queixo pode ser usado apenas


em duas possibilidades.
( ) O uso de quebra-queixos por um dos passageiros desagrada muito aos
outros usuários do bonde.
( ) Os passageiros poderão fumar quebra-queixos apenas quando estiverem
fora do bonde.
( x ) Mesmo sendo permitido por lei, os passageiros nunca conseguirão fumar
no bonde.
A ironia ocorre ao perceber que mesmo existindo uma lei que permita o uso de quebra-queixos no
bonde, o passageiro nunca conseguirá usá-lo, pois nunca estará vazio e ao descer já não estará mais
nele.

2- Podemos dizer que o texto de Machado de Assis possui características literárias.

a) Identifique o trecho que configura uma narrativa. Espera-se que os alunos


percebam as marcas do texto narrativo como narrador, espaço, tempo, dentre outros
aspectos.
b) A parte que fala dos Artigos pode ser considerada literária? O que a diferencia
dos textos legalistas? Justifique de acordo com o contexto. Espera-se que os
alunos percebam que se trata de um texto literário por força do autor e do tema tratado, mas
que compreendam a escolha do gênero textual escolhido pelo autor para conferir todo o
significado.

12
ATIVIDADE 3 - PRODUÇÃO DE TEXTO

Imagine que você foi convidado para escrever um texto que será publicado na
próxima edição do jornal da escola. Crie uma crônica a partir do texto de Machado
de Assis, mantendo uma relação de intertextualidade com ela. Essa produção
textual poderá ser feita em grupo.
Observações:

- organize uma equipe para iniciar a produção.


- releia o texto de Machado e verifique o que poderá ser modificado (palavras e
expressões poderão ser substituídas por outras mais utilizadas atualmente).
- o texto poderá ser escrito em folha de caderno ou digitado.
- faça, primeiramente, um rascunho.
- passe o texto a limpo, atentando para adequação ao layout.
- publique o texto produzido
Obs.: junto com a turma, reúna todas as produções e aloque-as num blog, numa
revista eletrônica, numa página da rede social, no jornal mural da escola, entre outras
possibilidades.
- divulgue o suporte que fará circular a publicação.
- os textos produzidos também poderão ser adequados a podcasts.

O foco da proposta da produção de texto é discutir, de uma forma irreverente, atitudes e


comportamentos de algumas pessoas que incomodam os demais em se tratando da utilização dos
espaços públicos.
Se sua escola está em um município em que não há transporte público, você pode definir outro espaço
público que servirá como contexto de discussão entre os alunos: a escola, a sala de aula, algum
espaço de convivência da sua cidade (um Centro de Lazer, por exemplo).
Caso faça essa opção, discuta com a turma ou instrua para que os alunos discutam que atitudes de
alguns frequentadores do ambiente incomodam os demais. Essa discussão é importante para que
eles tenham subsídio para construir a crônica nos grupos depois.
Você também pode definir que o contexto seja um ambiente virtual de convivência, como as redes
sociais, por exemplo. Na Situação de Aprendizagem 1 você e seus alunos podem ter discutido a
relação entre os internautas nesses ambientes, quer sejam eles páginas pessoais ou grupos (abertos
ou fechados) de discussão. Se julgar pertinentes, você pode instruir que os alunos utilizem esses
ambientes como o ambiente que será discutido nas Crônicas a serem produzidas por eles.

ATIVIDADE 4 - A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E O PRECONCEITO LINGUÍSTICO

1. Observe a imagem a seguir:

13
a) Una as 3 palavras no meme e forme uma expressão coerente.
b) O que o animal está fazendo? Quais elementos no meme comprovam isso?
c) Escreva os respectivos significados da palavra “Ovino”.
d) Ainda em relação aos termos “Ovino”, escreva a qual classe gramatical
pertence cada um, de acordo como contexto apresentado.
e) Qual o significado da palavra em amarelo e qual elemento na imagem
comprova o seu significado?
f) Se o animal no meme fosse substituído por outro qualquer, prejudicaria o
sentido pretendido? Por quê?
g) Você já leu ou ouviu a expressão sugerida no meme? Onde?
h) Na expressão apresentada no meme há palavras que são comuns à
linguagem oral, quais?
i) Qual palavra na expressão apresentada no meme pertence a linguagem
formal?
j) Roda de conversa. Reflita e debata com seus colegas:
Considerando a expressão sugerida no meme:

I. Você acredita que o autor cometeu algum erro, por quê?


II. É incorreto utilizar este tipo de expressão?
III. Em qual contexto de uso, no texto escrito, a expressão pode ser usada
e em qual não pode? Por quê?
IV. O ato de tirar sarro de alguém que utilize a expressão sugerida no
meme, ou mesmo considerar que ela não possua conhecimentos, é
preconceito? Se sim, de que tipo?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2: Fake news: quem nunca?

Essa Situação de Aprendizagem tem como foco fazer com que você leia, de forma
autônoma, textos de gêneros variados. É importante destacar que, para consolidar
esta habilidade, muitas outras serão mobilizadas e consequentemente
desenvolvidas. Dado o nosso objetivo, as fake news servirão de suporte para o
tratamento do recorte temático, o qual gira em torno dos campos discursivos
jornalísticos/publicitários e midiáticos.

14
MAPA COGNITIVO DE HABILIDADES

ATIVIDADE 1

I. Mobilizando conhecimentos prévios


Converse com o professor e seus colegas:
● O que vocês sabem sobre a doença de Alzheimer?

II. Construindo conhecimentos


De acordo com as discussões em sala de aula e seus conhecimentos sobre a doença
de Alzheimer, responda:
Considere a possibilidade de que as questões (II, a-d) sejam norteadoras da discussão durante a
socialização das respostas.

a) O que é?
b) Quais são as causas?
c) Quais são os sintomas?
d) Como prevenir e quais são as formas de tratamento?

Alzheimer
É uma doença que acomete especialmente os idosos, não tem cura e se agrava com
o tempo. Seu principal sintoma é o declínio cognitivo e a perda progressiva da
memória. Suas causas ainda são desconhecidas e a maioria dos remédios não tem
efeitos significativos sobre os pacientes. Embora atinja diretamente o doente, toda a
família acaba sofrendo.

15
(Texto adaptado por Reginaldo Inocenti)

1. Leia a seguir um diálogo retirado de um aplicativo de mensagens e responda:

Imagem I Imagem II

16
Imagem III

a) Regis fica sabendo que sua avó


anda meio esquecida,
aparentemente ela apresenta os
sintomas do Alzheimer. Uma das
primeiras ações da família foi levar
a vó Lourdes ao médico. Você
concorda com essa atitude, ou
acha que a família poderia, antes,
seguir procedimentos encontrados
na internet?
Imagem IV

b) Há, pelo menos, dois aspectos interessantes a serem levantados na conversa da família: 1)
a doença da avó e a mobilização da família; 2) A postagem compartilhada no grupo sobre o
tratamento contra o Alzheimer traz a indicação de que ela deve ser repassada. Sugerimos
conversar, sobre (1) o que teria motivado Regis a compartilhar a postagem (esperança? ele
confia em quem repassou a mensagem a ele anteriormente?) e também sobre (2) a atitude

17
das pessoas quando as postagens, ao final, trazem a informação de que ela deve ser
repassada. As pessoas geralmente repassam?
c) A reação de Regis é de incredulidade. De acordo com o diálogo, o que o leva
a desconfiar do diagnóstico? Assim que a tia conta que a avó está com Alzheimer, Regis
tem uma fala que demonstra a desconfiança do diagnóstico: a avó “estava boa”,
“trabalhando”.
d) Além de duvidar do diagnóstico de Alzheimer, Regis indica um tratamento
recebido por meio de uma rede social. Você concorda com essa atitude?
Justifique. Embora a resposta seja pessoal, reflita com os estudantes sobre a atitude de
Regis, visto que o tratamento proposto aparentemente não possui comprovação científica.
Não há indícios no texto de que a família se preocupa com isso.
e) Regis compartilha o texto. O que motiva o jovem a fazer isso? Há uma indicação
ao final da postagem de que o boletim informativo deve ser repassado para ajudar no combate
à doença. Converse com os alunos sobre essa prática. Além disso, os alunos podem apontar
outros fatores como amor pela avó, esperança de que ela se cure entre outros. Será que
Regis repassou por conta dos sentimentos pela avó ou ele repassaria o boletim de qualquer
jeito?

2. Observe a imagem que


ilustra o perfil da família de
Regis no aplicativo de
mensagens. Como ela
antecipa a ideia de que a
avó Lurdes será bem
cuidada?

O esperado aqui é que os alunos apontem


as expressões "família unida" e "jamais se
sentirá só", além da imagem da flor
(orquídea). Esses elementos presentes na
foto de perfil da família parecem indicar que
os membros dessa família se preocupam uns com os outros e que, portanto, a avó será bem cuidada
por todos.
3. Uma das características dos diálogos em aplicativos de mensagens é a
informalidade dos discursos, os quais, muitas vezes, são acompanhados de
equívocos gramaticais se comparados à norma padrão da língua. De acordo
com a gramática normativa, o diálogo acima está repleto de desvios. Diante
desta situação, responda: Ao introduzir esse assunto será necessário destacar a relação
do contexto de produção da informação e considerar os graus de formalidade ou
informalidade exigidos em situações comunicativas específicas.
a) Em diálogos de aplicativos de mensagens, o atendimento à norma padrão da
língua é obrigatória? Justifique sua resposta. Espera-se que os alunos respondam
que, nesse contexto, o uso da norma padrão não é obrigatório.
b) Você já observou o uso da norma padrão da língua portuguesa em alguma
situação do seu cotidiano? Cite exemplos. De acordo com os exemplos elencados
pelos alunos, pode-se destacar algumas características do gênero, tais como público-alvo,
finalidade, suporte, estrutura, meio de circulação, os quais vão influenciar nos graus de
formalidade ou informalidade dos textos orais ou escritos.
c) Dentre as muitas pessoas que Regis enviou o texto com o tratamento de
Alzheimer estava seu professor. Após ler o texto enviado por Regis, o Senhor
Alfredo, professor de Língua Portuguesa, reparou que existia alguns trechos
que não estavam adequados à gramática normativa, então aproveitou a
oportunidade e solicitou que Regis adequasse tais trechos seguindo as regras
de pontuação, ortografia, concordância, entre outras: Recomenda-se retomar os
18
aspectos da norma quanto à ortografia, pontuação e uso de pronomes oblíquos que
aparecem na atividade. Discuta também a diferença de norma padrão e norma culta da língua.
Na Situação de Aprendizagem 2, serão trabalhadas a questão da variação linguística.

● Bom dia familia _____________________________________________


● Bom dia Regis como você tá __________________________________
● Tô bem tia _________________________________________________
● Cê viro medico agora ________________________________________
● Intão eu e o tio zé levamos ela no médico
____________________________________________________________

4. Criem um grupo em um aplicativo de mensagem. Sigam os seguintes passos.


Caso seja possível o acesso à internet, faça o diálogo em seu caderno,
simulando uma conversa no aplicativo de mensagens. Sigam os passos:
A proposta dessa atividade é fazer com que os alunos façam uso do suporte original em que
os diálogos de aplicativos de mensagens ocorrem. Contudo, caso a escola não tenha acesso
às ferramentas necessárias, os alunos podem usar o próprio caderno para simular a
conversa. Destaca-se que originalmente esse tipo de interação se utiliza da linguagem
informal, contudo esta atividade se presta a levar os alunos a perceberem a artificialidade
linguística quando se utiliza a norma padrão em contextos informais.

a) Escolham o nome e imagem para representar o grupo;


b) Discutam e escolham qual assunto será tratado em todo o diálogo, sem fuga
do tema escolhido;
c) Escolham um tema/assunto relevante à sociedade;
d) Façam a adequação do diálogo ao contexto;
e) Tragam informações relevantes sobre o tema para assim ampliar o
conhecimento dos participantes;
f) “Printem” as telas do diálogo do seu grupo e analisem a produção dos outros;
g) Verifiquem, nos textos produzidos pelos outros grupos, se houve adequação
linguística ao contexto e registrem.

5. Compare o diálogo do grupo que criaram com o do grupo “Nossa Família”, em


relação:
a) à linguagem: presença de gírias, palavras estrangeiras, abreviações etc.
b) recursos gráficos: presença de emoticons, caracteres especiais, gifs,
figurinhas, fotos, vídeos etc. Espera-se que os estudantes tenham entendido melhor o
informal, visto que estão mais familiarizados com este recurso comunicativo. Pode-se
destacar aspectos como a fluidez e dinamismo da linguagem característicos dessas situações
comunicativas, mas que isso não deve ser aplicado de forma genérica para todos os
contextos de comunicação.

19
ATIVIDADE 2

JORNAL DO
SEXTA-FEIRA
MUNICÍPIO
jm.com.br
São Paulo, 20 de Setembro de 2019 | Ano 18 Nº 223 | 2ª edição, 23 h

Novas descobertas sobre doenças


degenerativas do cérebro é destaque em
Congresso Científico
Especialistas descobriram que um simples exercício com a língua é capaz de tratar e
prevenir a doença

Especialistas da Universidade de Harvard


descobriram novas formas de tratamento e
prevenção da doença de Alzheimer. A equipe
de cientistas do Dr. Bill Hudges, juntamente
com a equipe de médicos, fisioterapeutas e
neurocientistas criaram um procedimento
simples, mas que é eficaz contra doenças
degenerativas do cérebro como o Parkinson.
A descoberta foi destaque na Revista Científica
Havue e apresentada no Congresso Médico
Foto: Eliana Borges
Internacional, realizado este ano em Paris,
onde a equipe do Dr. Hudges demonstrou os
procedimentos aos mais de 2000 especialistas
de 38 países.
“A descoberta é um avanço e pode significar o desaparecimento gradual das
doenças degenerativas do cérebro” disse o Dr. Kim, especialista em doenças
neurodegenerativas da Coréia do Sul.
Confira agora os procedimentos usados para combater as diversas doenças
degenerativas do cérebro apresentados no Congresso Médico Internacional de
Paris:
• Abra a boca de maneira que fique confortável, nem muito aberta, nem muito
fechada;
• Coloque a língua para fora da boca a ponto que sinta que ela ficou bem
esticada;
• Movimente a língua do lado esquerdo para o lado direito, repita o
procedimento por 2 minutos.
• Terminado o procedimento em 3, repita o movimento começando do lado
direito para o esquerdo, também por 2 minutos.

Importante:
• Os exercícios são indicados para serem feitos em pé ou sentado, evite fazê-
los deitado.
• Faça a sequência completa de exercícios sem interrupção, uma vez que
ambos os lados do cérebro precisam ser igualmente estimulados.

20
“A eficácia do procedimento é proporcional à dedicação”, afirmou o Dr. Hudges em
entrevista para o periódico científico “The Medicine Health”.
No dia 02 de agosto, a equipe do Dr. Hudges participará do XVI Congresso de
Doenças Neurodegenerativas em São Paulo, em que ensinará as novas técnicas e
outras formas de prevenção e tratamento da doença de Alzheimer e de Parkinson
para os especialistas brasileiros.

Após a leitura do texto, responda:


1. A notícia “Novas descobertas sobre doenças degenerativas do cérebro é
destaque em Congresso Científico” foi publicada, originalmente, no periódico
“Jornal do Município”. Por ser um jornal impresso de grande circulação, antes
de serem publicadas, as notícias são encaminhadas para a revisão, para que
as informações sejam checadas e confirmadas e o texto corrigido,
obedecendo às regras da gramática normativa. Com base nas informações
responda:

a) Quais as implicações de existirem erros gramaticais em um jornal impresso?


Espera-se que o aluno entenda que o texto jornalístico, pela característica e meio de
circulação, deve obedecer à gramática normativa.
b) Você acredita que exista alguma informação falsa ou inconsistente na notícia
veiculada pelo Jornal do Município, ou você acha que o texto todo é falso?
Explique. De acordo com as pesquisas feitas como lição de casa na atividade anterior,
avalie com os estudantes a veracidade das informações veiculadas na notícia, pode-se utilizar
a internet.
c) Caso existam informações falsas em uma notícia, seja em meio impresso ou
virtual, quais seriam as implicações e providências a serem adotadas? Destaca-
se a necessidade de que os estudantes entendam que a veiculação de notícias falsas deva
ser denunciada, quer seja em algumas plataformas que já fornecem o recurso virtualmente,
ou diretamente às autoridades.

2. Localize na notícia “Novas descobertas sobre doenças degenerativas é


destaque em Congresso Científico” as informações solicitadas na tabela a
seguir:

Data de publicação:
Ano de publicação:
Local de publicação:
Cidade onde foi publicada:
Título:
Subtítulo:
Público alvo:

3. Escreva uma notícia cujo assunto tenha como tema um aspecto que interfira
no modo de vida da sociedade. Você pode abordar questões relacionadas à
saúde da população, ao transporte público, ao meio ambiente, entre tantas
outras. Utilize o modelo abaixo, não se limitando à pequena quantidade de
linhas apresentadas. Talvez seja necessário retomar a estrutura do lide com os
estudantes, o que pode ser feito oralmente a partir de questões como: quem? o quê? quando?
como? por quê? Esse procedimento pode auxiliar na escrita.

21
JORNAL __________________
______________ São Paulo, __ de ___________ de 2019 | Ano __ Nº ___ | 2ª edição, ___ h

Manchete
________________________________________________________
Olho
____________________________________________________________
Lide
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Desenvolvimento
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Espera-se que o aluno localize e reconheça cada parte de uma notícia para criar a sua própria, para
isso terá como modelo a notícia ilustrada na atividade anterior.

ATIVIDADE 3

1. Observe a mesma notícia divulgada em uma página de internet.

Novas descobertas sobre doenças degenerativas do cérebro é


destaque em Congresso Científico
Especialistas descobriram que um simples exercício com a língua é capaz de tratar e
prevenir a doença

Por Jornal do Município


15/09/2019 – Atualizado há 18 horas

22
Especialistas da Universidade de Harvard descobriram novas formas de tratamento
e prevenção da doença de Alzheimer. A equipe de cientistas do Dr. Bill Hudges,
juntamente com a equipe de médicos, fisioterapeutas e neurocientistas criaram um
procedimento simples, mas que é eficaz contra doenças degenerativas do cérebro
como o Parkinson.
A descoberta foi destaque na Revista Científica Havue e apresentada no Congresso
Médico Internacional, realizado este ano em Paris, onde a equipe do Dr. Hudges
demonstrou os procedimentos aos mais de 2000 especialistas de 38 países.
“A descoberta é um avanço e pode significar o desaparecimento gradual das
doenças degenerativas do cérebro” disse o Dr. Kim, especialista em doenças
neurodegenerativas da Coréia do Sul.
Confira agora os procedimentos usados para combater as diversas doenças
degenerativas do cérebro apresentados no Congresso Médico Internacional de
Paris:
1. Abra a boca de maneira que fique confortável, nem muito aberta, nem muito
fechada;
2. Coloque a língua para fora da boca a ponto que sinta que ela ficou bem
esticada;
3. Movimente a língua do lado esquerdo para o lado direito, repita o
procedimento por 2 minutos.
4. Terminado o procedimento em 3, repita o movimento começando do lado
direito para o esquerdo, também por 2 minutos.

Importante:

Os exercícios são indicados para serem feitos em pé ou


sentado, evite fazê-los deitado.
Faça a sequência completa de exercícios sem interrupção,
uma vez que ambos os lados do cérebro precisam ser
igualmente estimulados.

“A eficácia do procedimento é proporcional à dedicação”,


afirmou o Dr. Hudges em entrevista para o periódico
científico “The Medicine Health”.

23
No dia 02 de agosto, a equipe do Dr. Hudges participará do XVI Congresso de
Doenças Neurodegenerativas em São Paulo, em que ensinará as novas técnicas e
outras formas de prevenção e tratamento da doença de Alzheimer e de Parkinson
para os especialistas brasileiros.

2. Embora a notícia seja a mesma, podemos perceber alterações relacionadas


ao veículo de comunicação em que circula: enquanto o primeiro exemplo é
veiculado em meio impresso, o segundo está disponível em uma página de
internet. A tabela abaixo traz elementos que podem aparecer ou não nos dois
suportes. Assinale com um X em qual meio cada um dos itens abaixo pode
aparecer.
Símbolos/ícones Impresso Digital
MENU

BUSCAR
Ano 18, número 223
Edição

Título
Propagandas

3. Dos suportes apresentados – impresso e digital – em qual você confia mais?


Por quê? Espera-se que o estudante confie mais no meio impresso. Parte-se do princípio
de que há procedimentos que são seguidos para garantir a veracidade dos fatos e
informações (consulta a um número específico de fontes, checagem das fontes entre outros).
Vale apontar que o jornal pode trazer erros, mas há Erratas que irão corrigir isso.

Lembre-se: Hoje, um dos grandes desafios do mundo digital é o combate às fake news. Essas
notícias não só prejudicam o indivíduo como também toda a sociedade, a qual fica à mercê de
informações infundadas e inverídicas. Além disso, por serem veiculadas por meio digital, essas
notícias se propagam com muita rapidez e alcançam grande número de pessoas em pouco tempo,
influenciando jovens e adultos de todas as classes sociais. São, portanto, um perigo para todos.

4. Leia a propaganda ao lado:

a) A partir das informações


estudadas anteriormente sobre
fake news e a doença de
Alzheimer, você acha possível a
existência de um adesivo capaz de
amenizar os efeitos devastadores
dessa enfermidade? Justifique.

b) Observe o slogan da campanha


publicitária “Já descolou sua
Rivastigmina ou já esqueceu?”.
Qual o efeito de sentido promovido
por esse slogan quando nos referimos à doença de Alzheimer? Explique. Pode-
se explorar o significado da palavra descolar, que em sentido literal significa extrair algo que
está colado, enquanto no sentido figurado (gíria) significa conseguir algo. Espera-se, ainda,

24
que os estudantes percebam que um dos sintomas da doença é o esquecimento, o que gera
um efeito de sentido de irônico no texto.

ATIVIDADE 4

As informações no texto a seguir são aquelas compartilhadas por Regis no grupo


“Nossa Família” (Atividade 1), no qual ele indica certos procedimentos que acredita
serem os melhores para a sua avó Lourdes, que foi diagnosticada com a doença de
Alzheimer.

Observação 1 - O texto apresentado por Regis no seu grupo de família é uma FAKE
NEWS segundo o ministério da saúde e já circulou para milhões de pessoas. Também
são adaptações desta mesma fake news os textos da notícia no “Jornal do Município” em
sua versão impressa e digital. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/fakenews/45206-
exercicio-com-a-lingua-previne-alzheimer-e-fake-news>. Acesso em: 05 nov. 2019.

Como ajudar a combater o Alzheimer?


Um amigo médico ensinou a outro amigo, um exercício com a língua que é eficaz
para retardar o aparecimento da doença de Alzheimer e também é útil para reduzir
e melhorar:

Peso corporal
Hipertensão
Coágulo sanguíneo no cérebro
Asma
Miopia
Zumbido no ouvido
Infecção de garganta
Infecção do ombro/pescoço
Insônia

Os movimentos são muito simples e


fáceis de aprender.

Estique a língua e mova-a para a direita e depois para a esquerda por 10 vezes
seguidas.
Desde que ele começou a exercitar sua língua diariamente, houve uma melhora na
retenção das informações de seu cérebro. Sua mente ficou clara e produtiva, e outras
melhorias:

Ver melhor de longe


Sem tonturas
Maior bem-estar geral
Melhor digestão
Pouca gripe
Ele se sente mais forte e ágil

Notas: O exercício da língua ajuda a controlar e prevenir a doença de Alzheimer. A


pesquisa médica descobriu que o idioma tem uma grande conexão com o cérebro.
25
Quando nosso corpo se torna velho e fraco, o primeiro sinal que aparece é que a
nossa língua fica rígida, por isso tendemos a mordê-la. Ao exercitar a sua língua,
você estimulará o seu cérebro. Cada pessoa que recebe este boletim informativo
deve repassar, para ajudar a combater a doença de Alzheimer e melhorar a
qualidade de vida das pessoas.
(Texto adaptado de <http://www.saude.gov.br/fakenews/
45206-exercicio-com-a-lingua-previne-alzheimer-e-fake-news>)

Observação 2 - Assim como Regis, muitos de nós divulgamos, todos os dias, diversas
informações pela internet, seja por redes sociais ou aplicativos de mensagens. Muitas vezes
não percebemos que certas informações são falsas, justamente porque parecem ter a
intenção de ajudar. O simples fato de compartilhar uma informação falsa pode gerar sérios
prejuízos à sociedade, principalmente em questões de saúde. Por isso, devemos ter muito
cuidado com as informações que acessamos e divulgamos.

1. Agora que você já sabe que a notícia divulgada pelo personagem Regis é uma
fake news, responda:

a) Regis divulgou, em seu grupo de família, uma fake news indicando


procedimentos que supostamente ajudariam sua avó no combate ou
tratamento da doença de Alzheimer, inclusive afirmou que tais procedimentos
deveriam substituir o tratamento indicado pelo médico. Você acredita que
Regis agiu corretamente, mesmo estando bem intencionado? Explique.
Resposta pessoal

b) Quais os prejuízos que Regis poderia ter causado a sua avó? Em se tratando de
um problema de saúde, espera-se que os estudantes percebam que as atitudes de Regis
podem gerar sérias consequências para o enfermo.
c) O que Regis deveria ter feito ao ler a notícia que recebeu de um grupo de seu
trabalho? Inicialmente, as fontes deveriam ser checadas e, caso confirmada a inveracidade,
denunciadas.

ATIVIDADE 5

1. Este texto foi veiculado em um mural de avisos localizado em uma praça.


Após a leitura, responda: Grande parte das fake news que circulam não tem autoria.
Uma das estratégias para reconhecê-las são os desvios da norma que esses “autores”
desconhecidos podem acabar cometendo, mas nem sempre isso acontece: depende de
quem escreve o texto. O objetivo aqui é discutir essa questão. O texto que aparece aqui foi
elaborado para a atividade, mas as informações contidas nele são verdadeira

Adesivo pra tratar Alzaime já tem no postinho de saude da vila


Os pacientes com Alzaime agora tem um adesivo de colar capaz de diminuir os problemas
de esquecer as coisas e deve ter receita do doutor pra pegar no posto de graça. O tratamento
ajuda a melhorar a cabeça, os comportamentos ruim e a fazer as atividades da vida da gente
sem baderna, tudo isso sem atrapalhar o estômago e o intestino.
Mais informação: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/alzheimer

26
a) A informação que acabou de ler parece uma fake news? Explique. Espera-se
que os estudantes qualifiquem a notícia como fake news devido aos desvios da norma padrão
da língua presentes no texto, assim como a ideia de que um simples adesivo poderia
combater uma doença neurodegenerativa. Embora estes aspectos estejam presentes, cabe
destacar que as informações veiculadas são verdadeiras, o que pode ensejar uma discussão
sobre os preconceitos linguísticos.
b) Você divulgaria esta notícia? Por quê? Incentive os alunos a discutir a reação de um
indivíduo ao ler esta notícia impressa. Na Atividade 4, isso foi discutido considerando-se o
contexto de uma conversa por meio de um aplicativo de mensagens. Será que a atitude das
pessoas muda quando o texto é veiculado em um suporte diferente ou circula por diferentes
mídias? Será que o fato de haver desvios da norma, por se tratar de uma notícia impressa,
altera os critérios de confiabilidade das pessoas quanto às informações presentes ali?
c) Você julga que o texto acima está escrito de acordo com seu contexto de uso?
Se sua resposta for afirmativa, justifique.
d) Imagine que as informações deste quadro estivessem em um mural de avisos
na Prefeitura da cidade. Reescreva-o de acordo com contexto de produção,
observando o uso convencional da Língua Portuguesa, sem alterar as
informações nele contidas.
e) O que você faria para descobrir se as informações são verdadeiras ou
falsas? Quais recursos deveriam ser utilizados? Há um link veiculado ao final da
notícia. O “Para Casa” da Atividade 1 já deve ter trazido à tona a discussão sobre a
confiabilidade das fontes. Ela pode ser retomada agora. Além disso, como o contexto se
refere a um local público onde o medicamento contra o Alzheimer pode ser retirado, é
possível checar no local se a informação é verdadeira.

2. Observe o comparativo da imagem: Analise a imagem acima e assinale


Verdadeiro (V) ou Falso (F) nas afirmações a seguir:

27
(F) Dentre os vários artifícios utilizados nas fake news está a boa apresentação
gráfica e um texto bem escrito.
(V) Um texto pode não estar bem escrito e ser simples na apresentação gráfica,
mas a informação pode ser verdadeira.
(V) Para ter certeza se uma informação é ou não verdadeira é necessário checar
em diversas outras fontes e meios.
(F) Não é preciso checar informações antes de compartilhar.
(V) Os aplicativos de mensagens e as redes sociais são os maiores disseminadores
de fake news, sendo assim é necessário maior atenção quando lemos informações
nestes meios.

28
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 – A linguagem dos quadrinhos

MAPA COGNITIVO DAS HABILIDADE

Nesta Situação de Aprendizagem, analisaremos os recursos para garantir a


progressão temática de alguns textos, assim como o uso de estratégias para garantir
também a coesão e a coerência das informações neles presentes.
Esta SA traz práticas de leitura e produção de textos relacionadas às Histórias em Quadrinhos (HQ)
que circulam em diferentes esferas, como a jornalístico-midiática e a artística literária. As atividades
buscam que o aluno entenda como elementos visuais e verbais escritos - características dos textos
multimodais - se articulam para produzir sentidos. Serão retomadas habilidades relacionadas aos
articuladores textuais, à progressão temática, à paráfrase e outros referentes à práticas de análise
linguística/semiótica.

Texto 1:
Sugerimos a leitura silenciosa da HQ e, depois, a leitura em voz alta em duplas. Dois alunos da turma
podem ler o texto: um aluno lê as falas de Coji e, outro, lê as falas de Kaique.
Após terminar a leitura, é importante que os alunos enumerem cada um dos quadrinhos. As atividades
necessitam dessa organização para serem feitas.

1. Você lerá a seguir a História em Quadrinhos (HQ) “Coji e Kaique: uma boa
refeição”. Após a leitura, enumere cada um dos quadrinhos da HQ em sequência
lógica

29
Higor Kewen Alves Queiroz de Moraes, Larissa Yasmin da Silva Marques,
Clícia Vitoria da Silva Coelho, Nathila Nayara Costa e Sabrina V. Franco,
alunos da E.E. Frei Fernando Maria Fachini, de Santa Maria da Serra.

Quadrinho ( ) Quadrinho ( )

30
2. A HQ traz uma narrativa em que dois
jovens, Coji e Kaique, conversam sobre
um tema específico. Que tema é esse? O
tema é alimentação ou hábitos alimentares. Os
alunos também podem apontar algo mais
específico como a necessidade de uma
alimentação saudável.

3. A respeito dos pontos de vista de


Coji e Kaique (também chamado de Kai
pelo amigo) referente à alimentação:

a) os dois são convergentes do início


ao fim da narrativa.

b) convergem no início, mas mudam ao


longo da narrativa e divergem no final
dela.

c) divergem no início, mas mudam ao


longo da narrativa e convergem ao final
dela.

Quadrinho ( ) d) são divergentes do início ao fim da


narrativa.
Resposta: letra c. : Coji e Kai divergem em seus
pontos de vista. Coji é adepto de uma
alimentação saudável, mas Kaique (Kai) não. No
decorrer da HQ, o ponto de vista de Kai irá
mudar. Coji usa um argumento para convencê-lo.

4. Uma das personagens se vale de um argumento para tentar convencer a


outra do seu ponto de vista. Que ponto de vista é esse? Localize o
argumento. Espera-se que o aluno localize informação explícita no texto.

5. Embora se trate de apenas um argumento utilizado para convencer o amigo,


a forma como ele é apresentado na HQ segue uma progressão: ele é dividido
em dois quadros. Localize-os na HQ e descreva os elementos que se integram
para dar força a esse argumento:

Fala da personagem Coji: “Todos esses Coji: (...) “A MORTE”


alimentos podem causar
diversos problemas muito
sérios de saúde, como
obesidade, gastrite,
colesterol elevado,
hipertensão, desnutrição,
anemia e muitos outros
problemas, inclusive... “

31
Extensão da fala Comprida Curta
(Curta ou comprida?)
Expressão facial Olhos fechados. Os alunos Uma expressão facial de
podem apontar que Coji olhos arregalados (ao
parece sério. contrário dos olhos fechados
e o plano escolhido é super
close-up: a expressão facial é
evidenciada.
Postura do corpo A postura do corpo de Coji Não é possível ver o corpo,
em evidência (Plano mais somente o rosto. O foco é na
fechado: a personagem expressão facial e não
não aparece de corpo corporal de Coji.
inteiro), mas não tanto
quanto a do rosto em outro
quadro. Assim, a
progressão na fala se
repete na imagem do
corpo para dar ênfase à
pior consequência dos
hábitos alimentares ruins:
“A morte”.
Cor de fundo Branco Preto. Chame a atenção para
o fato de que a cor, neste
caso, não é aleatória. A
palavra que aparece escrita
é: “Morte”.

6. No trecho em que Kai diz ao amigo: “Na real, escutei sim. Parece realmente
ser bem sério”, ele poderia ter usado outro verbo de ligação, o verbo ser: “Na
real, escutei sim. É realmente bem sério”. Uma hipótese que comprova essa
ideia é a de que

a) Kai se convenceu de que manter uma alimentação saudável é importante


para manter a saúde.

b) Kai não conseguiu entender a argumentação do amigo, que tentava


convencê-lo sobre a importância de manter hábitos saudáveis.
c) Kai não quer demonstrar ao amigo que está convencido de que uma
alimentação saudável é importante para a saúde, por isso usa “parece
realmente ser bem sério” e não “é bem sério”.

d) Kai não se convenceu, mas não quer discutir com o amigo, por isso usa o
verbo “parece” [bem sério] no lugar de “é” [bem sério].

Resposta: letra C. Sugerimos revisitar o conceito de Predicação verbal e verbos de ligação com os
alunos, assim como outros que se fizerem necessários. O livro didático ou outro material que o
professor prefira pode ser utilizado.

7. Qual é o desfecho da HQ? Os alunos devem indicar como a opinião das duas
personagens, divergente no início, chega a um consenso: a de que hábitos saudáveis de
alimentação são importantes.

32
Há sites disponíveis, assim como tutoriais nas plataformas de vídeo como o Youtube. Há também
ferramentas para criar HQ virtual. Leia mais sobre elas em http://porvir.org/7-ferramentas-para-
criar-historias-em-quadrinhos-os-alunos/.

Texto 2

Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? O que você acha?


Leia a crônica a seguir, em que duas personagens inusitadas discutem a questão e
responda:

DONA CONCEIÇÃO E O SENHOR JOAQUIM

Em uma famosa capoeira na região do Médio Tejo, o Senhor Galo e a


Senhora Galinha debatiam avidamente um assunto deveras sensível:

“Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?”


O animal heráldico estava consumido em sua raiva, pois ao discordar de sua
posição, a vultuosa Palheirinha o chamara de “frango”.
- Pois vejas cá, Dona Conceição, me chamares frango em nada mudará, pois
perdes nos teus argumentos e me miras com teus desaforos.
- Chamei-te frango, porque estavas a fazer diabruras enquanto eu deitava
meus argumentos sobre o assunto. A propósito, reafirmo: nasceu primeiro a galinha!
- Não, senhora, nasceu primeiro o ovo e vou provar, pois digo que uma nova
descoberta aponta que a galinha veio primeiro. Segundo os cientistas, a formação
da casca do ovo depende de uma proteína que só é encontrada nos ovários deste
tipo de ave. Portanto, o ovo só existiu depois que surgiu a primeira galinha. A
proteína, chamada ovocledidin-17 (OC-17), atua como um catalisador para acelerar
o desenvolvimento da casca. A sua estrutura rígida é necessária para abrigar a gema
e seus fluidos de proteção enquanto o filhote se desenvolve lá dentro. A descoberta
foi revelada no documento "Structural Control of Crystak Nucleo by Eggshell Protein",
que em tradução livre quer dizer: Controle Estrutural de Núcleo de Cristais pela
Proteína da Casca do Ovo. Na pesquisa foi utilizado um supercomputador para
visualizar de forma ampliada a formação de um ovo. A máquina, chamada de
HECToR, revelou que a OC-17 é fundamental no início da formação da casca. Essa
proteína é quem transforma o carbonato de cálcio em cristais de calcita, que
compõem a casca do ovo. Dr. Colin Freeman, do Departamento de Engenharia
Material da Universidade de Sheffield, constatou: "há muito tempo se suspeita que o
ovo veio primeiro, mas agora temos a prova científica de que, na verdade, a galinha
foi a precursora."
-Terminaste tua ladainha, Senhor Joaquim? Pois agora provarei o contrário:
“Graças à genética moderna, podemos ter certeza de que o ovo veio antes. As
mutações que separam uma nova espécie de seus pais geralmente ocorrem no DNA
reprodutivo, presente em óvulos e espermatozoides. É isso que dá origem a novas
espécies.” Quem disse isto foi Christopher Langan, um autodidata americano tido
como “homem mais inteligente dos EUA”, com QI de 195 pontos, e queres discordar
de meus argumentos, Sr. Joaquim? Pois continuarei! Já John Brookfield, especialista
em genética da evolução da Universidade de Nottingham, na Inglaterra afirmou:
“Quando a galinha ainda era um ovo, ainda assim ela era da espécie Gallus gallus.
Portanto, a primeira forma de vida dessa espécie teria que ser um ovo.”
- Mas, Dona Conceição, deixe-me concluir...

33
- Ainda não terminei meus argumentos, oras, gajo! Esperes que direi agora o
que David Papineau, especialista em filosofia da ciência do King’s College de
Londres, na Inglaterra disse: “Mesmo que o pássaro que deu origem ao ovo de
galinha não fosse uma galinha, o correto é dizer que o ovo veio primeiro. Se um
canguru botasse um ovo e dele saísse um avestruz, o ovo seria de avestruz, não de
canguru”.
- Discordo de tudo que a senhora pontuou, Dona Conceição.
- Então derrube os argumentos que ofereci.
- Derrube a senhora os meus, se puder!
- Pois o Senhor é um frango!
- E a senhora, uma maricota!

Após a discussão ambos abandonaram o recinto e seguiram para seus


respectivos poleiros. Ainda hoje ninguém resolveu essa peleja entre os dois e nem
quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
A crônica “Dona Conceição e o Senhor Joaquim” contém dados científicos
baseados em: <https://bit.ly/2RxlLXG>. Acesso em: 21 jan. 2020.
<http://bit.ly/2sK9o3b>. Acesso em: 21 jan. 2020.

1. Quem são as duas personagens que dão nome à Crônica?


Espera-se que o aluno seja capaz de localizar informação explícita.
2. Dona Conceição refere-se ao Senhor Joaquim como “frango” (terceiro
parágrafo). Qual a intenção de Dona Conceição ao fazer isso? Assinale a
alternativa correta. Espera-se que o aluno seja capaz de inferir informação implícita.

a) Como Senhor Joaquim é um galo, a intenção dela é usar um sinônimo


(palavra cujo sentido se aproxima do sentido de outra) para referir-se
a ele, ou seja, frango.
b) Dona Conceição cria um sentido pejorativo para a palavra frango e, ao
referir-se ao Senhor Joaquim dessa forma, tenta diminuí-lo e insultá-lo.
c) Dona Conceição usa um estrangeirismo. Ela voltará a fazê-lo
novamente ao referir-se ao Senhor Joaquim como “gajo”.
d) Dona Conceição usa o termo frango porque desconhece a diferença
entre frangos e galos.
Resposta: letra b.

3. Qual a reação do Senhor Joaquim ao ser chamado de “frango”?


A reação dele foi de raiva.

4. No trecho “John Brookfield, especialista em genética da evolução da


Universidade de Nottingham, na Inglaterra afirmou: ‘Quando a galinha
ainda era um ovo, ainda assim ela era da espécie Gallus gallus.’”. O verbo
de ligação era é repetido duas vezes. Nesse enunciado, o efeito causado
por essa repetição é:

a) O verbo, usado de forma repetida, enfatiza a ideia da origem da


espécie: a galinha, já quando era um ovo, estava destinada a se tornar
da espécie Gallus Gallus e não outra qualquer.
b) O verbo é repetido por um erro cometido pelo narrador de forma
intencional: a galinha era um ovo, mas poderia ser de qualquer espécie
depois.

34
c) O verbo é repetido para enfatizar apenas uma das duas características
essenciais do ovo: ser da espécie Gallus gallus e ser, portanto, Galo e
não galinha.
d) O verbo ser é repetido na sentença, mas poderia ser trocado por um
sinal de pontuação (uma vírgula, por exemplo) ou por outro verbo de
ligação (ser, estar, parecer, permanecer, tornar-se) sem prejuízo do
efeito de sentido conseguido com a repetição dele.
Resposta: letra a.

5. Complete: Dona Conceição e Seu Joaquim defendem diferentes pontos


de vista sobre a questão “Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha”.

Dona Conceição defende que foi ________________________ e Seu


Joaquim que foi ____________________________________.

Antes de responder à próxima questão, leia com atenção:

Parafrasear consiste em explicar algo que foi dito de outra forma, reformular para garantir que
o outro entenda o que queremos dizer. Buscamos, ao parafrasear, um sentido mais preciso
para aquilo que acabamos de explicar.

6. Crie paráfrases para cada um dos trechos - usados como argumentos - no


texto 2. Não se esqueça de incluir um conectivo (isto é, ou melhor,
melhor dizendo, dizendo de outra forma, em outras palavras) para
“ligar” o texto original à paráfrase criada por você.

a) “Quem disse isto foi Christopher Langan, um autodidata , [Resposta


possível: ou seja, alguém que aprende tudo sozinho OU outra similar] , americano
tido como ‘homem mais inteligente dos EUA’, com QI de 195 pontos.”
b) “Na pesquisa foi utilizado um supercomputador para visualizar de
forma ampliada a formação de um ovo” [Resposta possível: ou seja, foi
utilizado um equipamento capaz de enxergar com mais clareza como o ovo se forma
dentro do corpo das aves OU outra similar].
c) “As mutações, [Resposta possível: ou seja, as modificações Ou outra resposta
similar] que separam uma nova espécie de seus pais geralmente
ocorrem no DNA reprodutivo, presente em óvulos e espermatozoides.
É isso que dá origem a novas espécies”.

7. Compare os textos 1 e 2. Analise o argumento apresentado por Coji (Texto


1) e os argumentos apresentados pelas duas personagens no Texto 2.
Qual deles você julga mais consiste? Por quê?
Os estudantes devem considerar que os argumentos do texto 2 estão mais consistentes, já que
aparecem em maior número e a estratégia argumentativa é diferente da que é utilizada do texto 1: no
texto 2, especialistas no assunto são citados e as fontes são, inclusive, referenciadas no final, caso
os alunos queiram checá-las.
8. Por que Coji consegue convencer o amigo no Texto 1, mas nenhuma das
personagens do Texto 2 consegue convencer a outra?
Os estudantes podem apontar vários fatores a partir da vivência deles. Podemos sugerir o fato de
que, no texto 1, há uma relação de amizade entre os Coji e Kai e o argumento segue uma progressão,
embora seja apenas um. Os alunos analisaram essa estratégia na questão 6. Por outro lado, fica
evidente que há um contexto de divergência de opiniões.

35
Produção de texto (em grupo):

Criem uma HQ utilizando argumentos para convencer os colegas da importância de


hábitos alimentares saudáveis. A turma deve considerar que, como Kai, há alunos
que não se importam com esses hábitos.
Os argumentos precisam ser convincentes.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 – A arte da argumentação

A Situação de Aprendizagem 4 tem como foco fazer com que você seja capaz de
utilizar diferentes tipos de argumentos. Para isso, serão exploradas algumas
estratégias didáticas que procuram promover uma aprendizagem ativa, alinhada ao
Currículo Paulista e à Base Nacional Comum Curricular.

MAPA COGNITIVO DE HABILIDADES


Para consolidar a habilidade apontada acima, muitas outras serão mobilizadas e, consequentemente,

desenvolvidas por meio de estratégias de leitura de gêneros textuais/discursivos alinhados à


contemporaneidade. De tal maneira, são exploradas leituras de diversos gêneros textuais/discursivos
veiculados em diferentes meios de difusão, a partir do que serão abordadas suas características de
forma contextualizada e seus atributos, para que se possa definir uma certa estabilidade a modalidade
de informação.
Por fim, nesta situação de aprendizagem existe o propósito de proporcionar aos estudantes a
aprendizagem de habilidades cognitivas e socioemocionais, por meio do trabalho com objetos do
conhecimento próprios da disciplina de Língua Portuguesa. Sobretudo, deseja-se que os processos
de ensino e de aprendizagem sejam desenvolvidos de maneira horizontal, com ambas as partes
sendo promotoras da aprendizagem discente.

36
Leia a charge abaixo:

ATIVIDADE 1 - A INTOLERÂNCIA NOSSA DE CADA DIA

1. Em uma charge, elementos da linguagem verbal (texto escrito que representa,


por exemplo, a fala de uma personagem) e não verbal (como imagens e cores)
se articulam para produzir sentidos. Assinale abaixo quais elementos
compõem cada uma delas. Use (LV) para Linguagem Verbal e (LNV) para
Linguagem Não Verbal:

(LNV) Imagem em preto e branco da personagem teclando no computador


( LV ) “Minha opinião não é a mesma que a tua, tudo bem?”
(LNV) Imagem de dois braços segurando um taco que se projeta para fora do
computador
(LNV) Cores da imagem
( LV ) “Claro”
( LV ) Intolerância nossa de cada dia

2. Imagine que os elementos da linguagem verbal fossem retirados da charge.


Qual seria o sentido que ela teria para o leitor? Espera-se que os estudantes
percebam que há um gesto agressivo dos braços que seguram o taco em relação à
personagem que está ao teclado.
3. Qual o sentido da charge para o leitor, quando todos os elementos estão
presentes? Espera-se que os estudantes percebam que a fala “CLARO” indica o contrário
do que sinaliza o gesto: os dois braços projetados para fora da tela do computador, segurando
ameaçadoramente o taco sobre a cabeça da personagem.
4. A partir da leitura da charge pode-se afirmar que há uma ironia quando os
elementos verbais e não verbais do texto se articulam. Explique como esse
processo acontece. Sugerimos relembrar com os estudantes a conotação e denotação,
assim como a ironia.

37
5. No texto, a palavra “CLARO” aparece grafada com letras maiúsculas. Por que
isso acontece? O estudante deve indicar que a ideia é enfatizar a afirmação que é feita.
Os estudantes também podem indicar que quem faz a afirmação pode estar com raiva ou
sentir-se indignado. Essa impressão justifica-se porque, como já foi analisado na questão 4,
a ironia é utilizada. Assim, embora pergunta seja "Minha opinião não é a mesma que a tua,
tudo bem?" e a fala indique que sim, o gesto indica o contrário.
6. Você conhece alguém que já passou por uma situação parecida? Cite
exemplos. A intenção é que os alunos percebam como o processo de discordar do outro
também se estende aos ambientes virtuais por onde circulam os jovens. Estimule os alunos
a trazerem exemplos sobre como isso acontece, mas cuidado para que eles não se exponham
contando relatos de situações pelas quais passaram e que podem trazer qualquer forma de
embaraço ou constrangimento para eles.
Nessa discussão inicial procurou-se estimular a reflexão sobre comportamentos parecidos que podem
ser observados em seu cotidiano. O processo de discordar do outro faz parte da vida em sociedade,
mas também se estende aos ambientes virtuais onde estão presentes os adolescentes e jovens,
principalmente. Embora discordância e seus efeitos sejam recorrentes na sociedade, pouco se sabe
sobre o tema, por isso vamos aprofundar um pouco mais o assunto.

ATIVIDADE 2 - AS FORMAS DE VIOLÊNCIA EM JOGO


Sugerimos que seja proposto um jogo aos estudantes com esta atividade. Para isso, reúna a turma
em três grandes grupos. Cada grupo será responsável por montar um dos quadros com alguns tipos
de violência e intolerância. Os quadros, para serem recortados, estão disponíveis no final deste
Caderno na seção “Apêndice” (em versão colorida e preto e branco).

Esta atividade tem o objetivo de estimular o trabalho em equipe e entre equipes, desenvolvendo
assim algumas das habilidades socioemocionais associadas ao Currículo Paulista como:

• AUTOGESTÃO (determinação, organização, foco, persistência e responsabilidade).


• ENGAJAMENTO COM O OUTRO (iniciativa social, assertividade e entusiasmo).
• AMABILIDADE (empatia, respeito e confiança).
• RESILIÊNCIA EMOCIONAL (tolerância e autoconfiança).
• ABERTURA AO NOVO (curiosidade para aprender).

Materiais necessários:
• 3 folhas de sulfite;
• 3 tubos de cola.

Recorte todas as
tabelas conforme o
exemplo ao lado:

Orientações:
As tabelas foram produzidas em três cores diferentes.
O professor deve trazer as tabelas já cortadas para a aula.
Após recortadas, cada tabela terá: VERDE (10 partes) – AZUL (12 partes) – VERMELHA (10 partes).
Entregue para o primeiro grupo 10 partes, para o segundo 12 e para o terceiro 10 (garanta que as
cores estejam bem diversificadas entre os três grupos, para que não fiquem com um número maior
de uma cor ou de outra.

Dinâmica da atividade:

38
Inicialmente deixe claro que o objetivo da atividade é comum: montar as tabelas.
Estabeleça um tempo para a realização da tarefa, o ideal é em 1 aula.
Os 3 grupos, com as partes que possuem, não conseguirão montar a tabela corretamente,
precisando, assim, das partes que estão com os outros grupos.
Neste primeiro momento, é importante que os alunos não saibam da necessidade de fazer trocas
para montar a tabela. Deixe-os que montem isoladamente sem interferências.
Se os alunos não conseguirem finalizar ou terminarem a montagem fragmentada, revele a
necessidade das trocas para resolver a atividade.
Caso percebam que há necessidade de trocar partes da tabela com os outros grupos, explique o
seguinte:
Cada grupo deve eleger um representante, ele deverá negociar com os representantes eleitos dos
outros grupos, não podendo os outros alunos negociar fora do seu grupo.
Deixe que os alunos se articulem em relação as trocas e decisões sem interferências, favorecendo
assim o protagonismo.

Faça a correta associação:

Algumas formas de violência na escola

I II
Prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma
pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos
às vítimas. Na escola o bullying é uma situação que se
1 Cyberbullying A
caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas
de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais
colegas.
Ato de humilhar e ridicularizar por meio de comunidades, redes
2 Discriminação B
sociais, e-mails, torpedos, blogs e fotologs.

Distinção, segregação, prejuízo ou tratamento diferenciado de


3 Violência Física C alguém por causa de características pessoais, raça/ etnia,
gênero, crença, idade, origem social, entre outras.
Ato de violência intencional com impacto no corpo e na
4 Bullying D
integridade física.

Respostas:

1- B
2- C
3- D
4- A

39
Algumas formas de intolerância:

III IV
1 Intolerante A é o ato de não aceitar a existência do diferente.

2 Preconceito B é o ato de tratar as pessoas com desigualdade.

Discurso de uso da força de forma intencional, com o objetivo de causar dano


3 ódio
C
físico ou psicológico, pode ser de vários tipos.

4 Violência D aquele que não admite opinião ou posição diferente da sua.

é uma forma de pensamento, fala ou posicionamento social que


5 Discriminação E
incita a violência contra diferentes grupos

6 Intolerância F juízo de valor antecipado sobre algo ou alguém.


Respostas:
1-D 4-C
2-F 5-B
3-E 6-A

Algumas formas de violência contra a mulher.

V VI
Violência Entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
1 A
física difamação ou injúria.
Entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
Violência crenças e decisões, mediante ameaça,
2 B
patrimonial constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause
prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
Violência Entendida como qualquer conduta que ofenda sua
3 C
psicológica integridade ou saúde corporal.
Entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
Violência objetos, instrumentos de trabalho, documentos
4 D
moral pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades.
Respostas:

1- C 3- B
2- D 4- A

40
ATIVIDADE 3 - APRENDENDO A CONTRA-ARGUMENTAR

Agora que você já consegue identificar algumas formas de violência geradas


pela intolerância quanto a diferença, suas características, manifestações e
definição espera-se que você tenha concluído que é um ato criminoso, o qual é
previsto em legislação específica e passível de punição.
Com base nessa informação inicial, faça a leitura dos textos a seguir:
É importante lembrar que a legislação surge para atender aos anseios sociais, definindo os
direitos e deveres dos cidadãos para o bom andamento da vida nas cidades, caso contrário a
liberdade individual poderia gerar conflitos quando contrastada em situações coletivas. Com
base nessa informação inicial, faça a leitura dos textos abaixo.
Sugerimos que seja feita a leitura em voz alta dos textos abaixo.

Texto I
Artigo 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
“[...]
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

[...]”
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença; [...]”

Texto II
A partir de uma leitura compartilhada, espera-se que os estudantes apresentem exemplos de
discurso de ódio que viram na mídia ou em seu cotidiano, para que na leitura posterior possam
contra-argumentar sobre esta prática.

DISCURSO DE ÓDIO

É todo ato ou conduta que incita discriminação de raça, gênero, etnia,


religião, nacionalidade, orientação sexual, dentre outras contra pessoas ou
grupos.
Por ser um tipo de comunicação, ela pode ser feita das mais variadas
formas: sutil ou grosseira, presencial ou virtual, verbal ou não verbal. Seja de
qual forma for o ato, sempre visa ofender e intimidar, convocando à violência.
As vítimas do discurso de ódio sofrem danos físicos e psicológicos. Não raro, há
casos em que o discurso de ódio se converte em linchamentos, torturas e até
homicídios, existem casos também onde a vítima não suporta os ataques e
comete automutilação ou suicídio.
No contexto escolar o Bullying e o Cyberbullying geralmente carregam
discursos de ódio.
A prática e a difusão do discurso de ódio é proibido no Brasil e em diversos
países do mundo e não deve ser confundido com liberdade de expressão.

41
Texto III
Com esta atividade espera-se que sejam trabalhados os recursos argumentativos, como, por
exemplo, a utilização da palavra "caso" e da expressão "não raro" as quais relativizam o ponto
de vista do autor do texto. Não se trata de um estudo exaustivo da gramática nesse momento,
mas da reflexão sobre os elementos que contribuem para construção argumentativa.

Se liga na letra

Eu discordo da postura e da conduta daqueles que promovem discurso


de ódio contra qualquer pessoa, seja por qual motivo for. Esconder-se atrás do
direito de liberdade de expressão para ir contra o direito do outro não pode servir
de argumento que justifique a prática. Todo aquele que incentiva esse tipo de
discurso, caso resulte em prejuízo ou dano a qualquer cidadão, seja físico ou
psicológico, deve ser punido com os rigores da lei.
Também é uma atitude igualmente reprovável “curtir” e “compartilhar”
discursos de ódio, uma vez que isso pode incentivar, fazer com que o agressor
permaneça com a prática e continue disseminando o discurso. Dessa forma, ele
pode prejudicar muito mais gente.
Por fim, há aqueles que presenciam, mas nada fazem, nem compartilham
e nem curtem, muito menos denunciam, agem como se nada estivesse
acontecendo, estas pessoas também são tão responsáveis pela disseminação
do discurso de ódio quanto os outros.

1- Todas as afirmações abaixo ressaltam a posição do autor com relação à


divulgação dos discursos de ódio, exceto:

a) Eu discordo da postura e da conduta daqueles que promovem discurso


de ódio.
b) Também é uma atitude igualmente reprovável “curtir” e “compartilhar”
discursos de ódio.
c) Discurso de ódio: É todo ato ou conduta que incita discriminação de raça,
gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, dentre outras
contra pessoas ou grupos.
d) Estas pessoas também são tão responsáveis pela disseminação do
discurso de ódio quanto os outros.
Resposta: letra C

2- Depois de ler os textos acima, escreva um pequeno parágrafo que exponha


sua ideia sobre o que é liberdade de expressão.

3- De acordo com a leitura do texto 2 e dos conhecimentos construídos ao longo


do desenvolvimento das atividades anteriores, o que é discurso de ódio para
você?

4- Para você, qual é a relação entre liberdade de expressão e discurso de ódio?


Espera-se que os estudantes apontem que muitas pessoas se valem do direito à liberdade de
expressão para divulgar discurso de ódio.

5- Muitas pessoas argumentam que possuem liberdade para expressar suas


ideias, independentemente do teor delas. No texto 3, identifique e sublinhe os
argumentos usados pelo autor.
Resposta: Pode-se perceber argumentação nos trechos: “Esconder-se atrás do direito de
liberdade de expressão para ir contra o direito do outro não pode servir de argumento que

42
justifique a prática” e "é uma atitude igualmente reprovável ‘curtir’ e ‘compartilhar’ discursos de
ódio, uma vez que isso pode incentivar, fazer com que o agressor permaneça com a prática e
continue disseminando o discurso. Dessa forma, ele pode prejudicar muito mais gente.
Por fim, há aqueles que presenciam, mas nada fazem, nem compartilham e nem curtem, muito
menos denunciam, agem como se nada estivesse acontecendo, estas pessoas também são tão
responsáveis pela disseminação do discurso de ódio quanto os outros".
A habilidade proposta no início da Situação de Aprendizagem é “Identificar argumentos e contra-
argumentos explícitos em textos argumentativos”. No volume 1, a questão 5 refere-se somente
à identificação dos argumentos presentes no texto. A contra-argumentação será trabalhada no
volume 2.

6- Explique os efeitos de sentido de contra-argumentação na construção da


argumentação.
Espera-se que o estudante perceba que a contra-argumentar não é simplesmente discordar, ser
contra algo. É necessário explicar as razões e relacioná-las a instrumentos de transformação
social.

ATIVIDADE 4 - OS TIPOS DE INTOLERÂNCIA

Lembre-se: Nesse ponto do desenvolvimento das atividades você já deve ter percebido que há uma
estreita relação entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio, sendo que a primeira pode
causar a falsa impressão de que a segunda seja adequada como manifestação socio-discursiva.
Contudo, diante dos estudos que fizemos, foi possível perceber que a liberdade tem limites bem
definidos, os quais, muitas vezes são expressos por leis, de maneira que o discurso de ódio não se
apresenta como uma manifestação da liberdade individual, mas como um crime previsto em lei e
passível de punição. Apesar disso, são várias as manifestações de discurso de ódio que se
manifestam no cotidiano por meio de atos que demonstram intolerância de diversas naturezas. Por
isso, é importante termos consciência de algumas formas de intolerância que podem ser observadas
no dia a dia.

Leia o organograma abaixo:

Tipos de intolerância:

43
a) O organograma acima mostra alguns fatores que desencadeiam posturas
intolerantes. De acordo com seu ponto de vista, como você os agruparia
em conjuntos semelhantes?
Não há necessidade de agrupar todos os elementos que aparecem no organograma. Os
estudantes devem selecionar os que forem mais significativos para eles. A intenção dessa
questão é que os estudantes discutam como a intolerância se faz presente na sociedade atual,
de acordo com a realidade deles.
Alguns conceitos (como o de xenofobia) podem ser desconhecidos dos alunos. Peça que os
alunos façam essa análise e depois, discuta as respostas com a turma.
Os agrupamentos possíveis variam de acordo com os critérios dos alunos. Apenas a título de
ilustração, poderíamos citar “aparência física”: há um padrão social que valoriza uma aparência
física específica, portanto, as pessoas que não se enquadram (como portadores de certas
deficiências físicas específicas e idosos (Idade/Geração), poderiam ser agrupados juntos.

b) Quais foram os critérios utilizados para o seu agrupamento? Justifique.

ATIVIDADE 5 - COMBATENDO O ÓDIO ATRAVÉS DO TEXTO LITERÁRIO

Na Atividade 3, vimos que, quando queremos defender uma ideia, nos valemos de
argumentos para sustentar nosso ponto de vista. Podemos nos valer também de contra-
argumentos, ou seja, criamos nossa argumentação a partir da argumentação do outro, para
explicar por que ela não deve ser considerada a única possível. Pode haver outras. Corre-se o
risco, no entanto, de incorrer em discurso de ódio.
Será que é possível criar contra-argumentos para uma argumentação que sustenta discurso de
ódio?
Para analisarmos essa temática, leia os textos abaixo.

No Texto 1, o autor explica o que é uma contra narrativa e, no Texto 2, o narrador traz
um relato sobre como episódios de intolerância contra ele, motivadas por diversos fatores,
afetaram a vida dele.
Recomendamos que haja a leitura em voz alta. Chame a atenção dos alunos sobre a entonação
da voz que eles podem utilizar para a leitura dos textos. O texto 1, por ser um texto de caráter
expositivo, não precisa de variação de entonação. O texto 2, por outro lado, é um relato pessoal,
e a entonação da voz pode variar de acordo com a emoção do narrador.

Texto I

CONTRA-NARRATIVA

É uma narrativa que se opõe a outra, geralmente mais conhecida ou divulgada.


É comumente utilizada para dar voz a grupos silenciados/marginalizados que
passam a ter espaço e podem falar sobre si mesmos.
As contra-narrativas são uma forma de combater os discursos de ódio e seu
principal objetivo é desconstruir narrativas comuns de discriminação e
intolerância. Possuem uma abordagem propositiva, focada no diálogo, no
respeito às diferenças, na igualdade e na liberdade.
São construídas com base em dados e fatos, apelam à sensibilidade,
humanidade e algumas de tão positivas chegam a ser bem-humoradas. Sua
vocação é possibilitar a empatia, uma vez que traz experiências que suscitam
diferentes pontos de vista a respeito do objeto que combatem.

Abaixo, temos um exemplo de contra narrativa que se manifesta por meio de um prosa narrada
em primeira pessoa que procura estimular a empatia, cujo personagem autodiegético (em
primeira pessoa que conta sua própria história) apresenta elementos humanos que se opõe a
visões que apresentam intolerância quanto a classe social. Leiamos:

44
Texto II

MEU LAR: A RUA!

Me chamo Sebastião, tenho 71 anos de idade, moro nas ruas de São


Paulo há 15 anos, passo meus dias fazendo pequenos trabalhos que consigo
aqui e acolá, a maioria das vezes recolho latinha e papelão para reciclagem e
ganho alguns trocados, outras consigo serviços de jardinagem ou como chapa,
fazendo cargas e descargas no centro.
Costumo ficar nas imediações da Praça da Sé e quando está muito frio
durmo debaixo de um viaduto próximo, onde me junto a muitas outras pessoas
na mesma situação que a minha. Nas ruas encontramos muitos tipos de
pessoas, das mais simples às mais estudadas, já conheci ex-jogadores de
futebol, advogados, engenheiros, administradores e até médicos, pessoas
inclusive bem-sucedidas e de famílias ricas, todos tendo o céu, a lua e as estrelas
como teto.
A propósito sou arquiteto de formação, trabalhei em importantes obras
aqui em SP, uma delas foi a construção do Edifício Copam, onde fiz parte da
equipe liderada pelo famoso arquiteto “Oscar Niemeyer”, auxiliei tanto no
desenho da planta quanto na inspeção da obra, ganhei muito dinheiro, admito,
contudo não me julgo importante por isso, a vida muda, veja só a minha condição
atual.
Minha história é um pouco triste e nem cabe nestas linhas, fui alguém que
cometeu muitos erros e me arrependo muito por todos eles. Tenho família, filhos
e netos, jamais os culpo pela minha situação hoje, eles não têm nenhuma culpa,
muitas vezes eles tentaram e até continuam tentando me tirar desta situação.
O que mais me deixa triste é a forma como as pessoas me tratam nas
ruas, mudam de calçada ou se distanciam quando cruzam comigo, algumas
fazem alguns comentários maldosos e outras até me xingam. Tem gente que me
manda arrumar emprego e que sou um peso para a minha família e para a
sociedade.
Certa vez um rapaz bem jovem, retirou sua filhinha de perto de mim alegando
que eu poderia lhe transmitir alguma doença, que eu era “imundo” e que não
chegasse perto da menina, pois ela veio conversar comigo. Foi uma das poucas
vezes que me senti muito feliz e triste ao mesmo tempo, feliz por alguém, mesmo
uma criança, sorrir e conversar comigo sem julgamentos e agressividade, e triste
pela reação do pai.
Já fui agredido inúmeras vezes na rua, já me jogaram água em dias de
muito frio, já tive meus poucos pertences roubados ou recolhidos, já me
ofereceram até drogas, é, você pode não acreditar, mas nunca usei drogas e
detesto bebida alcóolica e cigarro. Sou recorrentemente confundido como
alguém que é viciado em drogas, “velho nóia” é a frase que mais escuto.
O preconceito e a discriminação tomaram conta de muitas pessoas e a
grande maioria delas pensa que morar nas ruas é só para quem é usuário de
drogas, vagabundo ou aqueles que têm algum tipo de problema mental, mas não
é bem assim.
Nas ruas tem todo tipo de gente, existem muitas que a pobreza e a falta
de oportunidades a colocaram nesta situação com toda sua família, tem pessoas
como eu que devido a tantas circunstâncias estão nas ruas, outras que
desaprenderam a viver em sociedade, que não sabem mais dormir em uma

45
cama ou comer em uma mesa, é triste, mas é verdade, tem outras que realmente
estão nas ruas pelo vício das drogas e a família não aceita mais e se tornaram,
além de escravo da droga, rejeitado por todos.
Mas o que não dá mais para aceitar é o preconceito e a discriminação porque
somos pobres, pobres não apenas de dinheiro, mas de afeto, carinho e
consideração. Até mesmo os animais de rua possuem maior consideração por
parte da sociedade do que nós, eu amo cachorro, tenho dois, eles são meus
companheiros, já teve situações que a comida chegou para eles e não para mim,
fico feliz, pois eles estão alimentados.

1. O que você sentiu a ler o texto? Percebeu algum tipo de preconceito e


intolerância no relato? Explique. Espera-se que o aluno identifique alguns tipos de
discriminação e intolerância como classe social, idade/geração, dentre outros.
2. A turma poderá escolher um colega para fazer a leitura do texto 2 “Meu
Lar: A Rua!” em voz alta (teatralizada). Após acompanhar a leitura,
responda:
Auxilie os alunos na escolha de um aluno para fazer a leitura ou que a mesma seja
compartilhada, se ninguém quiser ler, leia o texto de forma dramática, o texto também
pode ser encenado.
a) Qual a diferença entre as leituras individual e dramática?
Espera-se que os alunos percebam que a leitura dramática é apelativa e convoca
sensações, justamente pela entonação da voz ou de gestos corporais que acompanham
este tipo de leitura.
b) Qual das leituras trouxe maiores sensações? Explique.
O aluno deve perceber que a leitura de fruição e dramática convoca sensações e
emoções, escrevendo que sensações foram essas.

Embora as manifestações de discursos de ódio sejam uma constante em nossa sociedade e se


expressem de diversas formas e em diferentes grupos sociais, nem sempre elas são levadas em
consideração como algo recriminável que deveriam ser. Atualmente, diversas estratégias têm
sido utilizadas para evidenciar este problema, com a finalidade de minimizá-lo ou resolvê-lo de
vez.
Nesse sentido, campanhas publicitárias são excelentes ferramentas para subsidiar o
enfrentamento do problema. Por isso, torna-se necessário conhecer quais recursos são
utilizados no campo de atuação midiático/publicitário, assim como entender os anúncios
publicitários, ou outras formas de utilização de textos que tenham a finalidade de convencer o
leitor de alguma ideia, principalmente para a mudança de postura.
Dando continuidade aos nossos estudos, abaixo faremos uma reflexão sobre um anúncio
publicitário, cuja temática está relacionada às nossas atividades.

ATIVIDADE 6 – A PUBLICIDADE À SERVIÇO DO CONSUMO CONSCIENTE

Se a mensagem deste anúncio publicitário estivesse


estampada em uma camiseta, adesivo, boton ou
chaveiro você compraria, principalmente se soubesse
que os valores arrecadados serão revertidos para
instituições de promoção aos direitos humanos? Qual
outro slogan poderia desestimular práticas de
intolerância e discurso de ódio?
1. Monte um anúncio publicitário em uma camiseta
e em um boton, elaborando frases de efeito que
convençam as pessoas a não praticarem atitudes
intolerantes que estimulem o discurso de ódio.

46
Camiseta

Boton

47
Esta atividade de produção textual simula uma postagem em rede social e espera-se que os
alunos escrevam um breve relato sobre uma situação de discurso de ódio que presenciaram ou
escrevam uma mensagem construtiva para o bom combate ao discurso de ódio na internet.
Caso escolham trabalhar com a intervenção social, no próximo exercício temos um exemplo de
canal de denúncia de crimes de intolerância, por meio do qual os estudantes podem tornar seus
relatos de fato significativos e com uma função social bem direcionada.

ATIVIDADE 7 - A ESCRITA COMO ARMA DE DENÚNCIA

Escreva um “post” para uma rede social, cujo narrador seja um personagem
que presenciou algum caso de intolerância de qualquer natureza, seja religiosa,
racial, política etc. ou redija uma mensagem contra a intolerância ou discurso de
ódio.

O caminho percorrido até este momento deve ter garantido que você entenda o discurso de ódio
como uma manifestação recriminável, no entanto o simples fato de conhecer uma realidade não
basta para que a sociedade mude sua postura. É necessário que uma reflexão seja seguida de
uma ação transformadora, que resulte em avanços para os cidadãos. Para isso, uma das
ferramentas mais utilizadas é a escrita, uma maneira de externalizar o pensamento do indivíduo
e documentar sua visão sobre o mundo e as coisas. Na internet, os cidadãos geralmente
consomem muita informação e pouco produzem conteúdos, sobretudo quando se trata de algo
oficial. Por outro lado, nas redes sociais muitos se produz e pouco se reflete sobre os resultados
dessas produções. Nessa sequência de atividades propusemos o sentido contrário, primeiro

48
refletindo muito sobre o assunto para depois pensar em formas adequadas de utilização das
informações para a transformação social.

DENUNCIE!
Agora que você já sabe
diferenciar liberdade de
expressão de discurso
de ódio é necessário
conhecer meios de
denunciar as práticas de
intolerância,
discriminação, preconceito
e ódio manifestadas na
internet, principalmente
nas redes sociais.

Existem muitos canais que


acolhem denúncias contra
discursos de ódio na internet: Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/servicos/sac>. Acesso em: 14 nov. 2019.
sites, blogs, fóruns e até nas próprias redes sociais há meios de denunciar. Há
também os canais governamentais de atendimento ao cidadão.

Supostamente você presenciou um discurso de ódio em sua rede social,


denuncie preenchendo o formulário do MPF:

Disponível em: <http://aplicativos.pgr.mpf.mp.br/ouvidoria/app/cidadao/manifestacao/cadastro/2>. Acesso em: 14 nov. 2019.

49
APÊNDICE

I II

1 Intolerante A é o ato de não aceitar a existência do diferente.

2 Preconceito B é o ato de tratar as pessoas com desigualdade.

uso da força de forma intencional, com o objetivo de


Discurso de
3 C causar dano físico ou psicológico, pode ser de vários
ódio
tipos.

aquele que não admite opinião ou posição diferente da


4 Violência D
sua.

Discriminaçã é uma forma de pensamento, fala ou posicionamento


5 E
o social que incita a violência contra diferentes grupos

6 Intolerância F juízo de valor antecipado sobre algo ou alguém.

III IV
Violência Entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
1 A
física difamação ou injúria.
Entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
Violência crenças e decisões, mediante ameaça,
2 B
patrimonial constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause
prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
Violência Entendida como qualquer conduta que ofenda sua
3 C
psicológica integridade ou saúde corporal.
Entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
Violência objetos, instrumentos de trabalho, documentos
4 D
moral pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades.

50
V VI
Prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma
pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e
psicológicos às vítimas. Na escola o bullying é uma situação
1 Cyberbullying A que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou
físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos
contra um ou mais colegas.
Ato de humilhar e ridicularizar por meio de comunidades,
2 Discriminação B redes sociais, e-mails, torpedos, blogs e fotologs.
Distinção, segregação, prejuízo ou tratamento diferenciado de
Violência
3 C alguém por causa de características pessoais, raça/ etnia,
Física gênero, crença, idade, origem social, entre outras.
Ato de violência intencional com impacto no corpo e na
4 Bullying D integridade física.

Tabelas em preto e branco para colorir caso não seja possível a


impressão colorida
I II

1 Intolerante A é o ato de não aceitar a existência do diferente.

2 Preconceito B é o ato de tratar as pessoas com desigualdade.

uso da força de forma intencional, com o objetivo de


Discurso de
3 C causar dano físico ou psicológico, pode ser de vários
ódio
tipos.

aquele que não admite opinião ou posição diferente da


4 Violência D
sua.

Discriminaçã é uma forma de pensamento, fala ou posicionamento


5 E
o social que incita a violência contra diferentes grupos

6 Intolerância F juízo de valor antecipado sobre algo ou alguém.

51
III IV
Violência Entendida como qualquer conduta que configure calúnia,
1 A
física difamação ou injúria.
Entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe
prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
Violência crenças e decisões, mediante ameaça,
2 B
patrimonial constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
vigilância constante, perseguição contumaz, insulto,
chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause
prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
Violência Entendida como qualquer conduta que ofenda sua
3 C
psicológica integridade ou saúde corporal.
Entendida como qualquer conduta que configure
retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
Violência objetos, instrumentos de trabalho, documentos
4 D
moral pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades.

V VI
Prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma
pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e
psicológicos às vítimas. Na escola o bullying é uma situação
1 Cyberbullying A que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou
físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos
contra um ou mais colegas.
Ato de humilhar e ridicularizar por meio de comunidades,
2 Discriminação B redes sociais, e-mails, torpedos, blogs e fotologs.
Distinção, segregação, prejuízo ou tratamento diferenciado de
Violência
3 C alguém por causa de características pessoais, raça/ etnia,
Física gênero, crença, idade, origem social, entre outras.
Ato de violência intencional com impacto no corpo e na
4 Bullying D integridade física.

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REFERÊNCIAS E SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: ________. Estética da criação verbal. São Paulo:
Martins Fontes, 2010.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 38. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2015.
BELINE, Ronald. A variação linguística. In FIORIN, José Luiz (Org.). Introdução à Linguística I:
objetos teóricos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2003.
BRANDÃO, Helena Nagamine (Coord.). Gêneros do discurso na escola: mito, conto, cordel,
discurso político, divulgação científica. São Paulo: Cortez, 2000 (Coleção aprender e ensinar com
textos, v. 5).
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. C. Gramática Reflexiva: texto, semântica e
interação. 4.ed., São Paulo: Atual, 2013.
CITELLI, Adilson. Outras linguagens na escola: publicidade, cinema e TV, rádio, jogos, informática.
3.ed., São Paulo: Corte, 2001 (Aprende e ensinar com textos. Coord. Geral: Ligia Chiappini).
DISCINI, Norma. O estilo nos textos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 2004.
________. A comunicação nos textos: leitura, produção, exercícios. São Paulo: Contexto, 2005.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto: leitura e redação. 7.ed. São
Paulo: Ática, 2000.
________. Lições de texto: leitura e redação. 5.ed. São Paulo: Ática, 2006 (Universidade).
IANNONE, Leila Rentroia; IANNONE, Roberto Antonio. O mundo das histórias em quadrinhos.
São Paulo: Moderna, 1994.
ILARI, Rodolfo. Introdução ao estudo do léxico: brincando com as palavras. São Paulo: Contexto,
2002.
________. Introdução à Semântica: brincando com a gramática. 6.ed., São Paulo: Contexto, 2006.
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática. 6.ed., São Paulo: Pontes, 1998.
________. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 12.ed., Campinas: Pontes, 2009.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 2.ed., São Paulo: Contexto, 1998.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 10.ed., São Paulo:
Cortez, 2010.
SÃO PAULO. Secretaria Estadual de Educação. Currículo Paulista: versão homologada. São
Paulo, 2019.
_____. LEI MARIA DA PENHA. Lei N.°11.340, de 7 de Agosto de 2006.
Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso
em 14 nov. 2019.

CRÉDITOS

Professores Coordenadores dos Núcleos Pedagógicos (elaboração do material)

DER Centro Sul - Daniel Carvalho


DER Itapetininga - Fabiano Pereira dos Santos
DER Marília - Paula de Sousa Mozaner
DER Penápolis - Reginaldo Inocenti
DER Piracicaba - Rosane de Paiva Felício

Professores responsáveis pela organização, revisão e validação do material

Katia Regina Pessoa


Mara Lucia David

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