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Solus Christus

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SOLUS CRISTOS, SOMENTE CRISTO! (1ª Tm 2.

5)

INTRODUÇÃO: Sabemos que Cristo veio ao mundo num tempo chamado “A plenitude dos
tempos” como registrado está em Gálatas 4.4. Grandes povos colaboraram, ao seu tempo,
para manifestação do Cristo Messias. Dentre eles o Império Grego com a língua e sua cultura
helenista, o Império Romano com a questão da abertura das estradas e o crescimento
econômico e o povo Judeu com a prática religiosa. Cristo vem no tempo certo. Depois de
adulto, Jesus é batizado e escolhe seus discípulos, passando a orientá-los como deveriam
proceder segundo suas diretrizes ou de acordo com as determinações do Seu Reino. Jesus
cumpre seu ministério, sobe a cruz, morre crucificado e ao terceiro dia ressuscita, deixa a
promessa da descida do Espírito Santo e é assunto ao céu, deixando aos seus discípulos a
grande comissão de pregar o evangelho.

Atos 2 - Cumpre-se o dia de Pentecoste; O Espírito Santo enche os discípulos de poder; A


igreja nasce e começa a crescer através dos apóstolos.

Um dos maiores perseguidores dos cristãos, Paulo de Tarsso, se converte ao Cristianismo


depois de ter um encontro pessoal com Jesus no caminho de Damasco, tornando-se assim o
maior sistematizador e propagador dos ensinamentos de Jesus

Outras perseguições surgem na caminhada, através do Imperador Nero que incendiou


Roma (64 D.c) e colocou a culpa nos cristãos. Mas a igreja de Cristo seguiu triunfante e
vitoriosa;

Chegamos ao Período Patrístico ou Período dos Pais da igreja, do I ao III século.


Tendo como personagens mais importantes: Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Papias e
Policarpo (bispo de Esmirna, discípulo de João). Homens que estavam sempre dispostos a
morrer pela causa do evangelho.

Já no SÉCULO lV COMEÇA O DECLÍNIO DA IGREJA, COMEÇA A PERDER A FORMA


quando o Imperador Constantino se converte ao Cristianismo e logo após, através de
TEODÓSIO, resolve institucionalizar o Cristianismo como religião oficial do Império Romano. A
partir de então todo tipo de heresia começa entrar na igreja Ocidental. Dentre tantas heresias
destaco quase todas da Igreja Católica Romana que foram inseridas durante o período de
Constantino ao fim da Idade Média:

 370 – Utilização de altares e velas


 400 – Orações pelos mortos e sinal da cruz
 590 – Purgatório
 607 – O bispo de Roma se torna o Imperador
 609 – Oficialização do culto a Maria, aos anjos, santos e mártires
 670 – Missa em Latim
 758 – Confissão dos Pecados ao clero
 787 – Oficialização do culto a imagens, relíquias e objetos dos santos
 795 – Incenso faz parte da missa
 803 – Festa da Assunção da Virgem Maria
 818 – Doutrina da Transubstanciação
 884 – Canonização (oficialização) dos santos
 998 – Dia dos Mortos (finados)
 1000 – Peregrinações e poder do padre de absolver o pecador
 1059 – Criação do conclave para eleição do papa
 1074 – Início do celibato para o clero
 1075 – Obrigatoriedade de que os clérigos casados se divorciassem e
abandonassem os filhos
 1076 – Decreto de que a Igreja é “infalível”
 1090 – Invenção do rosário
 1095 – Publicação das indulgências
 1125 – Início da ideia de que Maria permaneceu virgem
 1164 – Instituição de sete sacramentos: Baptismo, Confirmação (ou Crisma),
Eucaristia, Reconciliação (ou Penitência), Unção dos enfermos, Ordem e
Matrimônio
 1229 – Início da Inquisição
 1264 – Início do Corpus Christi
 1311 – Procissões
 1317 – Reza da “Ave Maria”
 1414 – Povo só deve tomar a hóstia. Somente o clero poderia beber do vinho
 Outras heresias pós-Reforma

 Padrão moral do clero na Idade Média (salvo exceções):


 Desonestidades e escândalos
 Ignorância
 Abandono dos deveres
 Imoralidade e luxúria
 Simonia (venda de ofícios eclesiásticos/ cargos de Bispos)

 Padrão Moral dos Papas:


 Competições políticas
 Mulheres foram papisas
 Imperadores políticos instituíam quem ia ser papa
 Depravação e roubos
 Assassinatos

 Padrão Moral dos Mosteiros:

 Muitos mosteiros tornaram-se prostíbulos e locais de orgias

 Omitiam o que acontecia dentro dos mosteiros

Nesse contexto a igreja tinha o domínio, o poder. Dominava as artes, a política, economia, a
ciência, a filosofia e a religião. Ele tinha o poder decisório, a palavra final das coisas.

Nesse ambiente de dominação do clero, antes de Lutero, porém, já havia casos de cristãos
que contestaram os princípios e práticas da Igreja Romana. São os chamados Pré-
reformadores. No século XII, a partir das pregações de Pedro Valdo, surgiram na França OS
VALDENSES, que se espalharam pelo norte da Itália, sobrevivendo às perseguições da Igreja
Católica Romana.

No caso específico da pré-reforma, os historiadores destacam John Huss e John Wycliff,


que questionavam a riqueza da Igreja, a acumulação de poder temporal e a corrupção
existente no clero.

A Reforma Protestante teve causas relacionadas a aspectos políticos, econômicos e


teológicos e resultou da corrupção existente na Igreja Católica. Além disso, teve resultado de
interesses políticos oriundos de nobres que viram na reforma uma possibilidade de romper o
vínculo de autoridade com o papa.

No século XVI teve início na Europa Central, A REFORMA PROTESTANTE. Um


movimento de renovação da Igreja liderado por Martinho Lutero, um monge dominicano que
não suportava mais viver debaixo dos falsos ensinos proferidos pela igreja Romana. Ao ler a
epístola aos Romanos, Lutero se converte a Cristo entendendo que a salvação do homem é
pela fé e não pelas obras. Diante das heresias pregadas pela igreja Romana, Lutero vai
elaborar 95 teses que refutavam os ensinos da Igreja de então. O que significa REFORMA?
Trazer de volta a forma. A igreja iniciou na forma, perdeu a forma e agora precisava reforma.
Surge então o conhecemos hoje como os 5 SOLAS: Sola Scriptura; Sola Fide; Sola Gracia;
Solus Cristhus; Soli Deo Glori

QUERO ME ATER SOMENTE AO SOLUS CRISTHUS: SOMENTE CRISTO

A Reforma Protestante foi um retorno às Escrituras e consequentemente, um retorno à


centralidade de Cristo, pois Ele é o centro das Escrituras. O Antigo Testamento aponta para
ele; o Novo Testamento descreve sua pessoa e sua obra. Cristo é o centro da eternidade, pois
nele convergem todas as coisas tanto as do céu como as da terra. Ele é o centro da história,
pois só ele pode dar significado a ela e levá-la a uma consumação. Ele é o centro da igreja,
pois é o seu fundamento, dono, edificador e protetor.  Cristo é o agente da criação, o
sustentador do universo, o redentor o seu povo, o Senhor diante de quem todo joelho se dobra
no céu, na terra e debaixo da terra. Destacaremos aqui alguns pontos importantes:

1. Somente Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens. A igreja da Idade


Média havia criado um panteão de intercessores. Maria e os santos canonizados eram
abertamente invocados como aqueles que deveriam interceder por nós junto a Deus.
Ainda hoje há  uma máxima na igreja romana: “Pede à Mãe, que o Filho atende”.
Esses ensinamentos estão em flagrante oposição ao que a palavra de Deus ensina. A
Bíblia é enfática: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5). O próprio Jesus foi claro: “Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Jesus não é um
Mediador entre outros; ele é o único Mediador. Ele não é um dos muitos caminhos para
o céu; ele é o único Caminho. Jesus é a porta e ninguém poderá chegar a Deus, exceto
por meio dele!
2. Somente Cristo é o único cabeça e Senhor da igreja. A ideia de que o papa é a
pedra fundamental e o cabeça da igreja é um consumado do erro. A igreja só tem um
fundamento: este é Jesus (1Co 3.11). A igreja só tem um cabeça: este é Jesus (Ef 1.22).
A igreja só tem um dono: este é Jesus (Mt 16.18). A igreja só tem um Senhor: este é
Jesus (Fp 2.9-11). Jesus morreu para comprar com o sangue aqueles que procedem de
toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9).
3. Somente Cristo é o único Sumo Sacerdote que está no céu intercedendo pela
igreja. A ideia de que o papa é o Sumo Pontífice, ou seja, o supremo mediador entre
Deus e os homens não têm qualquer amparo nas Escrituras. Cristo é o nosso grande
Sumo Sacerdote. Ele é grande porque morreu pelos nossos pecados segundo as
Escrituras e ressuscitou segundo as Escrituras para a nossa justificação (1Co 15.3; Rm
4.25). Ele penetrou os céus (Hb 4.14) e está à direita de Deus, intercedendo por nós
(Rm 8.34). Por essa razão, ele pode salvar-nos totalmente (Hb 7.25).
4. Somente Cristo nos justifica (Rm 5.1,8,9; 6.7)
5. Somente Cristo nos livra de toda condenação (Rm 8,1)
6. Somente Cristo nos livra do domínio do pecado (Rm 6.14)
7. Somente Cristo é a nossa esperança (Cl 1.26-27)
8. Somente Cristo é o único Salvador dado por Deus aos homens. O homem não pode
salvar a si mesmo por meio de suas obras. A igreja não pode salvar o homem por meio
de seus rituais. A ideia de que o batismo pode regenerar o homem é um ledo engano. A
ideia de que podemos ser salvos pela penitência é um rotundo erro. A salvação é obra
de Deus, oferecida aos pecadores, pela graça, mediante a fé em Cristo. Não há nenhum
outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos, exceto o nome
de Jesus (At 4.12). Só ele salva (At 16.31). Só nele temos vida eterna (Jo 6.47). Não
cooperamos com Deus em nossa salvação, pois tudo provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo, por intermédio de Jesus (2Co 5.18).

Conclusão: que maravilhosa redenção alcançamos em Cristo. Que este SOLUS CRISTHUS
seja vivido e pegado por nós todos, nesses dias de escuridão.

Assembleia de Deus em Inhauma 23/10/2019

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