Manual Prático de Musculação e Cardiofitness 2007 PDF
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DE INSTRUTOR
DE MUSCULAÇÃO
E CARDIOFITNESS
Manual do Curso de Instrutor de Musculação e Cardiofitness CEFAD Out. 2006
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TREINO NEUROMUSCULAR
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ÍNDICE
TREINO NEUROMUSCULAR
5. AVALIAÇÃO DO MÓDULO……………………………………………………………………………93.
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Na vida animal, incluindo o próprio Homem, os jogos e brincadeiras são executados desde
muito cedo e conduzem a uma hierarquização progressiva na sociedade em que serão
inseridos, tratando também simultaneamente de afirmarem as capacidades que mais tarde
serão determinantes na sobrevivência do próprio e da sua família.
É por demais conhecida a lenda de Milon de Cretona, nascido na Calábria cerca de 558
A.C., a quem o pai ofereceu um bezerro, com a condição de todas as manhãs subir a colina
em frente com ele às costas. O bezerro foi crescendo e, ao fim de muitos meses, Milon era
capaz de transportar um touro às costas pela colina acima. No fundo, as lendas eram uma
forma de fazer passar o conhecimento de geração em geração e esta encerrava o
conhecimento de uma forma de desenvolver a força física que, no fundo, não é mais do que
o método das cargas progressivas.
A Grécia antiga estava dividida em Cidades Estado, que eram como que países
independentes, embora pertencendo todos ao mesmo povo. Esta independência política e
geográfica implicou evoluções sócio-culturais e políticas distintas, cujas consequências se
estenderam a todas as áreas, inclusivamente à do treino físico.
Os exemplos mais paradigmáticos são talvez os de Esparta e Atenas, onde para além de
treino físico ministrado aos jovens, podemos já falar de Educação Física, embora suportada
por concepções bem diferentes de uma cidade para outra. Enquanto que em Esparta o
objectivo, não só de treino como de toda a educação dos jovens, era preparar soldados, em
Atenas, as classes superiores podiam proporcionar aos jovens educação física e intelectual,
para além das artes militares que diziam respeito a todas as classes sociais.
Nas classes não dominantes, o treino era muitas vezes imposto, tanto com objectivos
militares como com o intuito de preparar gladiadores para o circo, tendo estes,
inclusivamente, o estatuto de escravos.
Os homens fortes do circo, que faziam demonstrações de luta e de força nas feiras e datas
festivas nas povoações, eram também indivíduos que de alguma forma detinham alguns
conhecimentos sobre treino físico.
O vencedor dos Jogos era considerado praticamente um semi-deus e a sua honra e glória
estendiam-se também ao seu povo, sendo os seus feitos contados por toda a Grécia. Pierre
de Cobertain sonha restaurar os ideais olímpicos e começa a reunir simpatias para esta
causa.
No início deste século, ainda sem grande apoio e participação popular, os Jogos Olímpicos
vão lentamente ganhando importância.
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• Os exercícios com cargas externas utilizam diferentes materiais que foram evoluindo
de forma a tornar a sua prática mais acessível, sendo de considerar dois tipos de
sobrecarga: as de resistência constante e as de resistência variável.
A grande maioria das pessoas ainda procura na musculação apenas uma melhor aparência
estética, contudo, isto na verdade não deveria ser objectivo e sim a consequência natural de
uma actividade física bem orientada e segura, num sentido maior – MELHORA DA
QUALIDADE DE VIDA.
No entanto, nos últimos anos, vários têm sido os estudos que revelam importantes efeitos
do treino de força nos factores fisiológicos com impacto no estado de saúde. Podem ser
focados, primeiramente, os factores de risco associados ao envelhecimento, tais como
doenças coronárias, diabetes, osteoporose e cancro do cólon. São eles os seguintes:
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Westcott (1995) revelou que o treino combinado de exercícios aeróbios com exercícios de
força durante dois meses pode provocar uma diminuição da pressão sistólica em cerca de 5
mmHg, e a diastólica em 3 mmHg.
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Os resultados indicam, pois, que o treino da força serve como uma intervenção efectiva para
a redução dos factores de risco do envelhecimento relacionados com as desordens da
mobilidade gastrointestinal.
1.3.6. OSTEO-ARTRITES
O treino da força reduz a instabilidade articular e a dor em indivíduos idosos com osteo-
artrites, através da prevenção da sarcopénia (perda de massa muscular) e da melhoria da
força e função do tecido conjuntivo e ligamentar da articulação.
1.3.7. OBESIDADE
O treino da força aumenta a taxa do metabolismo basal, e o seu efeito chega a ter a duração
de 15h após o exercício.
No entanto, outro estudo chegou a conclusão que o aumento da taxa do metabolismo basal
era provocado principalmente pelo aumento da actividade metabólica da massa magra e
não tanto pela sua hipertrofia.
Vários estudos têm posto em evidência o aumento dos níveis da auto-estima e do auto-
conceito em indivíduos que participam em programas de treino da força.
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1.3.8.2. Flexibilidade
Este só conduz a uma diminuição da amplitude articular, caso os exercícios não sejam
realizados na amplitude total do movimento.
¾ Apesar da grande maioria dos clientes dos ginásios ser composta por não atletas,
existem aqueles que praticam seus desportos de fim-de-semana, e o treino da
flexibilidade proporciona a este perfil de cliente, os seguintes benefícios:
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Segundo Weineck (1989), a força nunca aparece nos diversos desportos sob uma forma
pura, mas constantemente como uma combinação de factores físicos de condicionamento
da “Performance”. As modalidades dividem-se em:
Força Estática - maior força que o sistema neuromuscular pode realizar por contracção
voluntária.
Força Explosiva - é a capacidade de exercer tensão muscular na unidade de tempo (P= F.V)
Ao se definir potência deve-se considerar também a resistência anaeróbia (potência
anaeróbia) ou seja depende da velocidade de contracção das unidades motoras e da
concentração das fibras comprometidas (Tipo II B).
Força Explosiva de Resistência - são movimentos repetidos com sobrecarga que permitem
manter, ao mesmo tempo, uma velocidade alta com um número de repetições elevadas.
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Regional - capacidade de resistência à fadiga da periferia corporal com emprego entre 1/3 a
2/3 da musculatura esquelética total.
Força Limite - é a força voluntária máxima mais a reserva de força mobilizável pelos
componentes psíquicos ou drogas.
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1º - Acção e Reacção recíproca, ou seja, o corpo toca o solo empurrando-o para baixo. Este
responde empurrando o corpo para cima;
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2.3.1. Bioenergética
ATP
Fosfocreatina
Glicólise
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Oxidação
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Sistema Aeróbio
1ª Glucose aeróbia - na presença de oxigénio não ocorre acúmulo de ácido láctico e o ácido
pirúvico é desviado para as mitocôndrias.
2º Ciclo de Krebs ou Ácido Cítrico - ocorre nas mitocôndrias onde há oxidação, liberando
CO2 e eléctrons (H+) - o CO2 eliminado pelos pulmões e os eléctrons (H+) vão para cadeia
respiratória.
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A uniformidade nas características das fibras musculares inervadas por cada motoneurónio
traduz-se no conceito de unidade motora – conjunto de um motoneurónio α (alfa) e todas as
fibras musculares que inerva -, a unidade funcional através da qual o SNC regula a
contracção muscular. O conjunto de unidades motoras de um músculo designa-se por
grupo motor.
Unidade Motora
3º) Com isso, há inversão do potencial eléctrico da membrana ou seja, sua despolarização
vai acarretar a liberação de Ca++ (cálcio) pelos sacos laterais do retículo sarcoplasmático.
4º) A acção inibitória da troponina é diminuída após sua combinação com o Ca++.
5º) A troponina rompe sua ligação formando um local activo na actina, que se desloca para o
interior da miosina.
6º) Quando os locais activos da actina se unem com a miosina, forma-se a acto-miosina
activando a miosina ATPase que hidrolisa o ATP, funcionando-o e, liberando energia.
7º) A energia liberada da hidrólise do ATP é captada pela Meromiosina pesada (ponte
cruzada situada na cabeça da miosina) que se inclina na direcção da Meromiosina leve
(ponte cruzada situada na cauda da miosina adjacente).
8º) Quando o estímulo nervoso cessa, o Ca++ retorna aos sacos laterais do retículo
sarcoplasmático, a acção inibidora da troponina volta ao normal e a miosina e actina voltam
ao seu estado inicial.
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Fazer força nos aparelhos de musculação obedece a dois conceitos físicos: TOQUE (força
multiplicada pelo braço de alavanca - MF = f x d) e VELOCIDADE ANGULAR (o ângulo
percorrido em uma determinada unidade de tempo). Tais conceitos físicos são estudados
com enfoque na prática do desporto por uma ciência própria, com o intuito de obter o
máximo de aproveitamento físico com risco mínimo de lesão, tanto por esforço repetitivo
quanto por carga ou volume de treino. A Biomecânica é uma ciência que vem ajudar a
adequar o volume de treino à necessidade e capacidade do atleta/cliente, de forma que em
treinos intensos, as articulações e ligamentos fiquem protegidos devido a dissipação da
maior parte da força ser realizada pelo ventre muscular. Em relação aos treinos recreativos
faz com que a pouca intensidade seja contrabalançada pela maior eficácia da contracção
muscular. A Biomecânica tem como objectivo estudar os mecanismos através dos quais os
componentes músculo-esqueléticos interagem para criar movimento.
O corpo humano, como o espaço tridimensional possui três planos de referência. Plano - é
uma superfície imaginária definida por três pontos que não se encontram simultaneamente
na mesma linha recta. Eles são: a) Plano Sagital - é um plano vertical, que divide o corpo
em direita e esquerda e nele são realizados os movimentos de FLEXÃO e EXTENSÃO.
Dentre os planos sagitais, existe um, PLANO MEDIAL, que passa rigorosamente no meio
do corpo, dividindo-o em metade direita e metade esquerda; b) Plano Frontal - é um plano
vertical, que divide o corpo em parte anterior e posterior e nele, são realizados os
movimentos de ABDUÇÃO e ADUÇÃO; c) Plano Transversal - é um plano horizontal, que
dividi o corpo em parte superior e inferior e nele, são realizados os movimentos de
ROTAÇÃO MEDIA E ROTAÇÃO LATERAL.
PLANO DE MOVIMENTO
MOVIMENTO EIXO ARTICULAR
FLEXÃO E
SAGITAL FRONTAL EXTENSÃO
ROTAÇÃO
TRANSVERSAL LONGITUDINAL LATERAL E
MEDIAL
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Os equipamentos tentam, hoje em dia, respeitar as curvas da força, isto significa que,
por exemplo, para um exercício mono-articular, a resistência varia de acordo com a
curva da força desse exercício. Pretende-se que o músculo desenvolva o seu máximo
esforço em toda sua amplitude de movimento e não apenas no seu ponto mais fraco. O
braço oferece, simultaneamente, exemplos de alavancas interfixa e interpotente. O
antebraço é estendido pela distensão do músculo tricípite, e retraído pela contracção do
bíceps (descontracção diferencial). Considerando em ambos os casos que o ponto de
aplicação da resistência está na mão e que o fulcro é constituído pelo cotovelo, o
movimento de extensão do braço pode ser explicado como o de uma alavanca interfixa
(na medida em que a mão e a inserção do tricípite ao antebraço se situam em lados
opostos com relação ao cotovelo).
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É evidenciada pelas máquinas que operam através de uma roldana do tipo oval,
também designada de “roldana fisiológica”. Estas roldanas ajustam a resistência
oferecida ao músculo, ou grupo muscular, ao longo do movimento, isto é, à respectiva
curva da força. Este ajustamento tem sido conseguido com algum sucesso em
exercícios mono-articulares mas a sua validade para movimentos compostos tem sido
questionada dado ser muito difícil conseguir ajustar a resistência. Por outro lado, é
aparentemente inviável construir roldanas que se adaptem as dimensões
antropométricas de todos os utilizadores, para além de que nem todas as máquinas de
musculação necessitam de roldanas fisiológicas.
Vantagens
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Inconvenientes
O preço, uma vez que a maior parte deste tipo de equipamento não é multi-estação, o
que obriga a compra de vários modelos; - “diminui” o desenvolvimento da coordenação
neuromuscular, sobretudo dos músculos sinérgicos e estabilizadores, pela extrema
localização do trabalho no grupo muscular solicitado no movimento; - a estrutura
mecânica do equipamento baseia-se em valores médios das curvas de força.
Vantagens
Inconvenientes
2.5.1. IDADE
2.5.2. SEXO
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HOMEM MULHER
Idade (média) 43 anos 42 anos
Peso corporal (média) 86,5 kg 64,7 kg
10 Repetições máximas (média) 54 Kg 35,5 kg
Quociente de força (peso corporal) 62% 55%
Quociente de força (massa magra) 74% 73%
2.5.3. SOMATÓTIPO
O ectomorfo é caracterizado por ter uma aparência linear devido aos baixos índices de
músculo e gordura. O endomorfo é caracterizado por uma aparência mais redonda
devido aos níveis elevados de gordura corporal. Alguns endomorfos são caracterizados
por terem também elevados níveis de massa muscular. O mesomorfo situa-se entre o
ectomorfo e o endomorfo. O indivíduo mesomorfo é caracterizado por ter uma aparência
compacta, devido a ter níveis elevados de massa muscular e baixos níveis de massa
gorda. O mesomorfo, porque tem maiores massas musculares, responde mais
favoravelmente ao treino de força, apresentando índices de hipertrofia mais elevados.
No entanto, o treino de força provoca hipertrofia muscular em todos os tipos de
somatótipos.
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O nosso potencial para a hipertrofia está relacionado com o comprimento dos músculos,
como está ilustrado na fig. 4. Algumas pessoas apresentam músculos curtos com longos
tendões. Os músculos relativamente mais curtos apresentam menor potencial para a
hipertrofia e para a capacidade de produção de força máxima. Os músculos mais longos
e com tendões mais curtos têm maior potencial de hipertrofia e de força. A maior parte
de nós apresenta comprimentos médios e um potencial moderado para o aumento de
massa muscular.
1. Gémeos
2. Bicípite
Mantendo o cotovelo num ângulo de 90º (ângulo recto), com a mão em supinação
(voltada para dentro), observa-se quantos dedos se podem colocar de forma confortável
entre o antebraço e o sulco final do bicípite em contracção. Se o número de dedos for
igual a dois, o comprimento do músculo é médio; se a distância corresponder a três
dedos, o comprimento do músculo é curto; caso corresponda apenas a um dedo, então
o comprimento do bíceps é longo.
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Indivíduos com maior percentagem de fibras tipo II têm um potencial mais elevado para
o aumento de massa muscular e da força. A maior parte de nós tem uma percentagem
média de fibras do tipo II e tipo I, o que representa um potencial moderado para o
aumento da massa muscular e da força. Um método de estimativa do tipo de fibras
predominantes num sujeito consiste na determinação do número de repetições que se
completa com 75% da carga máxima. Como o número de fibras variam de músculo
para músculo, sugere-se que se teste um grupo muscular do trem superior e um do trem
inferior. Se completar 8 a 13 repetições com 75% da sua carga máxima, então a sua
proporção de fibras tipo I e tipo II é de cerca de 50% para cada tipo. Se completar
menos do que oito repetições, então apresenta provavelmente maior número de fibras
de contracção rápida (tipo II). Caso complete mais do que 13 repetições, provavelmente
tem uma maior percentagem de fibras de contracção lenta (tipo I).
R = F. Muscular x B. Força
B. Resistência
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Um indivíduo que treine força regularmente, desde há dois anos, apresenta uma
evolução menor nos ganhos de força relativamente a outro que iniciou há duas semanas
o treino. Durante as primeiras semanas, os ganhos de força são fundamentalmente
devidos a processos de aprendizagem.
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Desenvolvem níveis elevados de força num curto espaço de tempo, elevada velocidade
de contracção e baixa resistência à fadiga.
CARGAS MÁXIMAS
Com as quais é possível mobilizar todas as unidades motoras dos grupos musculares
solicitados.
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CARGAS SUB-MÁXIMAS
Mobilizar (activar) todas as suas fibras, o mesmo é dizer, todas as suas unidades
motoras. Para isto é necessário a utilização de cargas máximas de forma a mobilizar
todas as unidades motoras, especialmente, as unidades motoras rápidas que são as
que produzem mais força; e, para cumprir com o princípio da frequência de activação, é
necessário que essas resistências sejam mobilizadas à velocidade máxima.
Todavia, devido às cargas serem muito elevadas, não é possível movimentar essas
cargas a grande velocidade, contudo, o simples facto de se tentar deslocar a carga a
grande velocidade garante-se que a velocidade de contracção das fibras musculares
seja a maior possível, apesar da velocidade exteriormente observável não ser muito
grande. Na prática do treino da força existe a convicção que se as cargas a mobilizar
não foram muito elevadas, ou seja, se trabalharmos com resistências mais baixas mas
com um elevado número de repetições, conseguimos mobilizar as fibras de contracção
rápida ao fim de muitas repetições.
Contudo, ignora-se que as fibras rápidas são as que se fatigam mais rapidamente e que
após muito poucas repetições não é mais possível envolvê-las no processo de
contracção.
Ao fim das primeiras semanas de treino o SNC "aprende" a ser mais económico, isto é,
a relação agonista/antagonista melhora substancialmente, podendo-se adiantar que se
trata de um processo de aprendizagem técnica. Se considerarmos, a título de exemplo,
um processo de treino da força com 4 unidade de treino por semana, pode dizer-se que
o processo de adaptações se caracteriza por:
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Se o treino de força for realizado com o objectivo de melhorar a activação nervosa dos
músculos envolvidos deve assumir as seguintes características:
Factores musculares
Fisiológicos e bioquímicos
Existe uma estreita relação entre a força e o diâmetro fisiológico do músculo. Neste
sentido, a força de um músculo é proporcional ao seu diâmetro transversal.
Com efeito, dois músculos com o mesmo diâmetro anatómico, podem desenvolver
níveis de força diferentes. Por exemplo, os músculos com fibras não paralelas
desenvolvem mais força do que os músculos com fibras paralelas (no caso de um igual
corte anatómico).
Energia Energia
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Energia disponível
para a síntese
proteica
Síntese proteica
Estímulo
Este facto conduz a uma diminuição da quantidade de proteínas musculares após uma
sessão de treino de força e a um aumento da sua síntese no intervalo entre as sessões
de treino. A entrada de aminoácidos para o músculo passa a ser superior ao que ocorre
normalmente em repouso.
Assim, poderemos dizer que os parâmetros vitais para conseguir induzir hipertrofia
muscular são a correcta manipulação da intensidade e do volume de treino, de forma a
conduzir a uma grande depleção energética a nível muscular.
Desta forma o estímulo deve caracterizar-se por ser sub-máximo (60-80% do máximo),
de longa duração (muitas séries e muitas repetições) e organizado de forma a induzir
fadiga (reduzidos intervalos de recuperação).
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a) Motor ou Agonista
Motor Primário
São os músculos que auxiliam o motor primário na execução dos movimentos. Exemplo:
Tricípite braquial no exercício de supino.
b) Antagonista
É o músculo que produz uma acção contrária ao movimento, realizado pela acção do
agonista.
Exemplo: Tricípite braquial produz acção contrária ao movimento de flexão do cotovelo.
c) Sinergista ou Auxiliar
São os músculos que realizam uma contracção concêntrica em cooperação com outros
músculos, esse esforço sinérgico resulta em um movimento que o músculo não seria
capaz de executar sozinho.
Exemplo: Bicípite braquial, Braquial e Braquioradial na flexão do cotovelo.
d) Fixador ou Estabilizador
São os músculos que fixam determinado segmento do corpo para que outro músculo
tenha um ponto de apoio para exercer tensão, movimentando outro segmento.
Exemplo: A contracção abdominal durante o exercício de apoio de frente sobre o solo
(flexões).
e) Neutralizador
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F
FUNDOS AGACHAMENTO
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Além dos principais movimentos articulares do corpo humano, agora estamos prontos
para aprender quais músculos são usados para criar estes movimentos. Sabendo quais
músculos são responsáveis pela produção de cada movimento articular, torna-se mais
fácil determinar qual exercício treinará melhor cada músculo.
O objectivo deste estudo é não só listar os exercícios que usualmente se fazem nos
ginásios, mas também analisar cinesiologicamente a sua correcta execução e, identificar
os problemas que podem surgir, se não for devidamente acautelada a correcção técnica
na referida execução.
Vamos ainda discutir as razões que levam a que, para atingir um objectivo, se
seleccione um determinado exercício, ou conjunto de exercícios, ou estes sejam
executados de formas específicas bem determinados.
Os nomes que vamos utilizar para designar os exercícios são os mais comuns, na
maioria dos ginásios, tendo em atenção que frequentemente, o mesmo exercício tem
nomes diferentes de ginásio para ginásio.
Os exercícios a seguir foram elaborados para trabalhar os diferentes músculos, eles são
apresentados sem nenhuma sequência especial, como ordem de importância ou
progressão sugerida. Eles são apresentados na ordem abaixo, apenas por motivos de
organização.
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Antagonista: Abdominais
Agonista: Peitoral
Antagonista: Dorsal
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Agonista: Dorsal
Antagonista: Peitoral
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Agonista: Dorsal
Agonista: Deltóide
Antagonista: Dorsal
Agonista: Deltóide
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f) Curl com barra – O Bicípite Curl com barra é um exercício de deslocamento mono-
articular, projectado para trabalhar os músculos da região anterior do braço,
principalmente o bicípite, braquial e, numa menor extensão o braquiorradial, o redondo
pronador e o conjunto dos flexores do punho e dos dedos.
Antagonista: Tricípite
Agonista: Bicípite
Antagonista: Tricípite
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Agonista: Tricípite
Antagonista: Bicípite
Agonista: Tricípite
Antagonista: Bicípite
Agonista: Quadricípite
Antagonista: Ísquios-tibiais
Agonista: Quadricípite
Antagonista: Ísquios-tibiais
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Agonista: Ísquio-Tibiais
Antagonista: Quadricípite
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Agonista: Ísquio-Tibiais
Antagonista: Quadricípite
Antagonista: Abdutores
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Antagonista: Adutores
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Na literatura específica (Harre 1979, Letzelter 1978; Martin 1979; Starischka 1988;
Muller 1988; Weineck 1990; etc.), são citados diversos princípios do treino desportivo e
diferentes sugestões para classificação dos mesmos de acordo com diferentes autores.
Ainda não há um esclarecimento definitivo por parte dos pesquisadores, uma vez que
estes puderam até agora pesquisar e comprovar empiricamente somente alguns dos
princípios (Schnabel/Muller 1988).
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No caso de estímulos dispostos entre longas pausas, ou seja, numa série de treino
forçado dividido em diversas sessões de treino, pode-se obter um “overtraining” ou uma
redução do desempenho desportivo.
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Este princípio é de grande importância para um treino prolongado, bem como para a
definição de um treino anual (ciclo anual de treino). Ele descreve por um lado a relação
entre uma formação geral e uma específica e por outro a relação de diversos
componentes do desempenho desportivo entre si. Uma avaliação errónea em uma ou
outra direcção compromete a obtenção de um desempenho ideal.
Um nível muito elevado em resistência implica sempre uma redução da força máxima ou
força rápida, ou da velocidade, uma vez que isso resulta de uma participação
desequilibrada de grupos musculares individuais. Por isso, na maioria das modalidades
desportivas, o desenvolvimento de uma resistência básica ou de seu extremo oposto
não é prioridade, uma vez que o objectivo é não prejudicar os componentes do
desempenho desportivo. Todos os exercícios específicos de uma modalidade desportiva
devem corresponder à estrutura dinâmica e cinemática de exercícios de competição, ou
seja, devem levar em conta critérios funcionais, bioquímicos, anatomo-morfológicos e
fisiológicos.
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Características fundamentais:
• Intensidade entre 60- 80% (1RM) do Máximo Isométrico Individual (só em regime
isométrico se pode aceder a uma contracção voluntária máxima (CVM).
• Um número elevado de Séries de 3 a 5
• Um Numero Elevado de repetições 6 a 20
• O ritmo (velocidade) de execução deve ser Moderado, para permitir que o estímulo
tenha duração suficiente
• Em todos estes métodos, a velocidade de execução dos movimentos diminui da
primeira para a última repetição e da primeira para a última série.
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Com uma carga equivalente a 80% do máximo individual (1RM), devem realizar-se 3 a 5
séries com 8 a 10 repetições cada, e um intervalo de 3 minutos entre cada série.
Como o próprio nome sugere, é um dos métodos mais utilizados pelos culturistas, os
atletas que levam ao extremo a hipertrofia do músculo. Apesar dos objectivos do treino
do culturista não poderem ser comparados com o que um atleta de qualquer outra
modalidade espera de um processo de treino da força, o tipo de organização da carga
dos métodos sub-máximos receberam bastante influência do tipo de treino dos
culturistas. Neste método a carga a utilizar varia entre 60 a 70% do máximo individual e
o número de repetições entre 15 e 20. O número de séries varia entre 3 e 5 e o
respectivo intervalo de repouso é de 2 minutos.
Utilizado também com frequência pelos culturistas, este método utiliza cargas mais
elevadas, entre 85 a 95% do máximo individual e um número de repetições
naturalmente mais reduzido (entre 5 e 8). O intervalo de repouso entre as séries é de 3
minutos. Por utilizar uma intensidade mais elevada o aumento da massa muscular
consegue-se mais por uma hipertrofia das fibras rápidas do que das fibras lentas.
Método “isocinético”
Este tipo de trabalho de força requer a utilização de equipamento que permita uma
resistência acomodativa e uma velocidade de deslocamento exterior também constante.
Ao promover uma resistência variável durante o deslocamento angular, este tipo de
equipamento solicita do músculo uma activação máxima durante todos os graus
angulares. À excepção de modalidades em que o tipo de movimento competitivo se
assemelha a algo que poderíamos designar de “quase-isocinético” como por exemplo a
natação, o remo, a canoagem, nos quais é justificável a integração de treino isocinético
no âmbito do trabalho específico de força, este tipo de estimulação muscular deve ser
restringido, no caso de actividades de potência, às fases de preparação iniciais.
Pressupostos
Características da Carga
Acção Muscular
Concêntrica * * * *
Excêntrica
Neste método são possíveis duas variantes. A utilização de uma pirâmide em que a
intensidade da carga vai aumentando progressivamente ao longo das séries (90, 95, 97
e 100%), com a realização de 3 repetições na primeira série e apenas 1 repetição nas
restantes 3 séries. No final das quatro séries é realizada uma repetição extra com o
objectivo de reavaliar o máximo individual (1RM). A segunda variante consiste na
utilização de uma carga constante (90%), para a realização de 3 séries de 3 repetições.
Em todos estes métodos o intervalo de repouso deve ser de 3 a 5 minutos para o grupo
muscular que foi trabalhado. Poder-se-á iniciar uma outra série antes deste período de
tempo desde que para solicitar outro grupo muscular.
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Neste método a carga utilizada dever ser sempre superior ao máximo individual (100 %),
pois só uma carga dessa grandeza constitui estímulo de treino para o caso das acções
musculares excêntricas. O valor desta carga não deve, contudo ultrapassar 150%. Os
exercícios de treino podem ser realizados com o auxílio de equipamentos apropriados
ou, na falta destes, os colegas podem elevar as cargas, realizando a parte concêntrica
do movimento. O número total de séries pode atingir as 3 com 5 repetições em cada,
com um intervalo de repouso entre séries de 3 minutos.
Objectivos:
Considerações:
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Objectivos:
Caracteriza-se por:
Regras
1) Realizar todo o trabalho reactivo à intensidade máxima, o que significa dizer que
quando realizamos, p.e., um multi-salto ou um salto de barreiras o objectivo
deverá ser sempre saltar mais longe e mais alto
2) O contacto com o solo deve ser muito rápido e reactivo, com um tempo de
transição entre as fases excêntrica e concêntrica o mais curto possível.
3) Neste tipo de métodos todo o trabalho deve ser realizado em completa ausência
de fadiga, pelo que os intervalos de repouso devem ser rigorosamente
observados.
Métodos Reactivos
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Objectivos:
Considerações:
Método Isométrico
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Pressupostos:
Neste sistema utilizam-se mais de uma série por grupo muscular (sendo 2 ou 3 séries
de aquecimento com cargas sucessivamente maiores, seguidas por várias séries com a
mesma carga), e esse número depende do objectivo e do estado de treino do praticante.
Não há regra exacta sobre o número de séries, repetições ou exercícios. Essas
variáveis serão ministradas conforme o tipo de treino, seja para aumento da massa
muscular, resistência muscular, potência ou força máxima. Se o objectivo do treino for
hipertrofia muscular, deve-se utilizar em média de 2 a 4 séries de 8 a 12 repetições, com
cargas próximas às repetições máximas (de 70 a 90%) – dependendo no nível de
adaptação do aluno – e utilizar um intervalo entre as séries de 1 minuto e 30 segundos a
no máximo 2 minutos.
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No entanto, se o objectivo for desenvolver a força máxima, o número de séries deve ser
superior ao citado acima (de 4 a 6 séries), variando entre 2 a 6 repetições e com um
percentual de carga superior a 85% de 1RM (repetição máxima), utilizando um intervalo
no mínimo de 3 minutos. Entretanto este treino deve ser realizado por indivíduos que já
tenham um nível de adaptação no treino de força, ou seja, não deve ser utilizado por
iniciados.
- Pirâmide Crescente
É comum ver a indicação deste sistema para ganhos de força ou como meio de se
treinar com cargas altas. Tal prática sugere que, com a pirâmide, haja preparação para
o uso de cargas elevadas, por meio do aquecimento da musculatura, tornando-a mais
apta e preparada para as séries finais.
Estudos recentes mostram que o uso de pirâmide crescente não produz vantagens
adicionais para o ganho de força, sendo superada por diversos outros sistemas. Com
relação à hipertrofia, também se deve ter cuidado na aplicação da pirâmide, mantendo
as repetições dentro de níveis controlados (como de 12 a 8). Caso contrário, corre-se o
risco de gerar estímulos muito divergentes e em quantidade insuficiente para potenciar
as adaptações necessárias para a hipertrofia (Gentil, 2005).
A aplicação mais recomendada da pirâmide seria como artifício didáctico, como nos
casos de alunos que estejam treinando com repetições altas há muito tempo e sintam
dificuldade em utilizar repetições baixas e cargas altas. Nesses casos, as séries em
pirâmides poderiam servir como preparação psicomotora.
Esse sistema é a cópia do sistema da pirâmide crescente, sendo que o indivíduo não
necessita chegar aos 100% da força máxima do grupo muscular, podendo atingir até
aos 90% dessa força máxima (Rodrigues e Carnaval, 1985).
- Pirâmide Decrescente
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Este método de treino seria útil para adaptar na transição de treinos tensionais para
metabólicos em pessoas acostumadas a treinar com repetições baixas por muito tempo.
Esse sistema é a cópia do método pirâmide decrescente, sendo que o indivíduo não
começa dos 100% de carga. Ele vai diminuindo a carga a partir de 90% da força
máxima, respeitando-se o número de repetições de acordo com o percentual de peso
utilizado (Rodrigues e Carnaval, 1985).
Podemos justificar o uso deste sistema por meio dos conceitos vistos no drop-set e na
pré-exaustão, acrescentando a variação intencional no padrão motor. Ao final do
primeiro exercício, um determinado número de unidades motoras não poderia mais ser
recrutado, impedindo a execução do movimento, porém a mudança para um exercício
com padrões motores diferentes (e cargas adequadas à nova condição) permitiria o
prosseguimento do estímulo, aumentando o tempo sob tensão e prolongando o stress
metabólico.
O maior tempo sob tensão seria interessante para aproveitar estímulos tensionais; já a
contracção prolongada poderá causar, além da acumulação de metabólitos, aumento
posterior na circulação, com maior disponibilidade de nutrientes. Neste sistema, utiliza-
se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos,
ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas.
Após a execução do último exercício, há uma pausa, para então realizar a segunda
passagem e depois a terceira. Neste método, utiliza-se em média 3 séries, com 10
repetições, dando um intervalo de até 2 minutos após os quatro exercícios directos.
Portanto, por mais que se exercite um músculo, é mantido um certo grau de actividade
na musculatura oposta. Esta actividade contínua durante o super-set pode ser útil na
manutenção do stress metabólico, aumentando a concentração de metabólicos.
Quando formos calcular os intervalos no super-set, devemos ter em mente o tempo que
se levará para retornar ao mesmo exercício, incluindo o tempo de deslocamento entre
aparelhos e preparação em cada um. Por exemplo, se houver um intervalo de 40 a 60
segundos entre os exercícios, normalmente gastam-se, aproximadamente, 2 a 3
minutos para se retornar ao primeiro movimento.
Entre as principais vantagens deste sistema estão seu dinamismo e a redução do tempo
total de treino. Por possuir descansos reduzidos, os treinos em super-set promovem
grandes elevações no metabolismo, elevando o gasto calórico e causando uma
sensação de cansaço generalizado, diferente da maioria dos treinos.
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Variantes:
Circuito Intensivo
Circuito Extensivo
Objectivo:
Vantagens:
Desvantagens:
Indicações:
Série Simples
Série Localizada
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Segundo Fleck e Kraemer (1999), citados por Gentil (2005), na execução de exercícios
para grupos musculares menores, antecedendo movimentos bi-articulares, causariam
sua menor activação, devido à fadiga, impondo maior tensão aos demais músculos, ou
seja a utilização prévia de um exercício de isolamento antes de um exercício composto
fará com que haja menor activação da musculatura trabalhada no primeiro momento,
aumentando a actividade relativa dos músculos acessórios.
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A ajuda só deve ocorrer nos momentos e ângulos em que a falha for detectada e
somente com a força necessária para fazer o movimento prosseguir. Do contrário, o
sistema não intensificará o exercício e sim o tornará mais fácil. Durante o movimento
excêntrico, há facilidade de suportar cargas elevadas, mesmo com um menor número
de unidades motoras sendo activadas. Ao utilizar auxílio na fase concêntrica, pode-se
progredir no exercício ainda que não haja mais possibilidade de se “levantar” a carga, o
que trará uma maior tensão e maiores estímulos ao músculo.
Segundo Gentil (2005), citando Folland et al., 2001, o sistema de repetições forçadas
não é recomendado para alunos iniciados e intermediários, tendo em vista que um treino
intenso com repetições excêntricas realizadas pode levar a prejuízos nos ganhos de
força por até 5 semanas.
Neste sistema, o praticante executará apenas um grupo muscular por sessão de treino,
com alto volume e intensidade para o mesmo grupo muscular. Podendo variar no
número de exercícios de forma ilimitada, realizando entre 3 e 4 séries de 8 a 12
repetições, com cargas próximas a 1RM (repetições máximas).
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Estas limitações tornam as repetições roubadas o último sistema a ser usado, dentro de
uma escala temporal. A explicação para utilização deste sistema estaria próxima às
repetições forçadas, com a vantagem de não depender de parceiros de treino.
A fadiga excêntrica leva o treino a níveis elevadíssimos de intensidade e não deve ser
usada por qualquer pessoa a qualquer momento, do contrário promoverá lesão, e não
adaptação. Lembre-se de que nosso corpo é um sistema intimamente interligado e, por
isso, a intensidade não se limita aos músculos, mas também envolve o stress neural,
articular, psicológico, e este estado geral deve ser levado em conta ao aplicar métodos
intensivos. Devido à elevada intensidade da fadiga excêntrica, ela só deve ser usada em
uma ou duas séries por treino, com intervalos de 7 a 10 dias, ou com mais frequência,
durante fases intensivas, conhecidas como microciclo de choque.
1º Não usar este sistema por períodos muito longos de tempo (tempo sugerido: +/- 4
semanas);
2º Reduzir o volume de treino (1 a 2 séries para grandes grupos musculares);
3º Utilizar poucos movimentos complementares – ao usarmos a fadiga excêntrica em
exercícios multi-articulares, deve-se levar em conta, além do stress na musculatura
principal, o trabalho dos músculos acessórios. No caso do supino, por exemplo, há a
necessidade de reduzir também o volume e intensidade de ombro e tríceps. Caso
contrário, poderá ocorrer excesso de treino e lesões articulares;
4º Ajustar o intervalo de descanso: 2 a10 minutos;
5º Usar a fadiga excêntrica em 1 a 3 séries por treino;
6º Utilizar, prioritariamente, em movimentos complexos.
A combinação de cargas baixas e velocidade lenta, faz com que o sistema super lento
promova baixo ganho de força, mas parece ser bom para desenvolvimento de hipertrofia
e resistência muscular. Ao usar o sistema super lento, deve-se manter a técnica correcta
durante todo o movimento e enfatizar os pontos de quebra (desvantagem mecânica),
senão os estímulos serão subaproveitados. Nesse caso, para se aproveitar melhor o
método, é interessante enfatizar os ângulos próximos de 90º (cerca de 80 a 100º).
Uma vantagem pratica deste sistema é o uso de cargas moderadas que são
relativamente baixas (em relação aos outros métodos), podendo ser prescritos em
períodos onde não se desejam sobrecarregar demasiadamente as estruturas
conectivas. Além disso, é um bom sistema para trabalhar a consciência motora na
execução dos movimentos.
Este sistema baseia-se na forma de uma onda, em que o ventre superior significa
cargas altas e repetições baixas e no ventre inferior cargas moderadas, porém com altas
repetições. A explicação deste tipo de treino parece estar no conceito de potenciação
pós-tetania, segundo o qual, após uma contracção muscular intensa, ocorrem
favorecimento da activação das fibras e maior capacidade de gerar força.
Para reduzir a monotonia dos longos intervalos, podem ser intercalados exercícios para
outros grupos musculares enquanto se espera o tempo para a realização de uma nova
série, mesclando o método com o super-set. Há outras variações desse sistema, como
alternar séries de 8 a 12 repetições, e suas variações crescentes e decrescente,
levando em consideração o ajuste das cargas, sendo que este variação é conhecida
como sistema de contraste.
Deve-se ter cuidado com o abuso do sistema devido ao trabalho constante com cargas
muito altas, tornando recomendável que se racionalize o uso da potenciação pós-tetania
dentro de um planeamento, para não expor as estruturas articulares às lesões. Este
método não é recomendado para iniciados, pois além do risco de lesões, foi verificado
que o fenómeno da potenciação pós-tetania não é bem aproveitado nesse grupo (Gentil,
2005).
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Este sistema é muito útil para auxiliar na adaptação do aluno a determinado estímulo,
principalmente metabólico. Muitas vezes, por exemplo, há dificuldades em realizar um
número elevado de repetições devido à dificuldade em lidar com a dor, principalmente
em indivíduos habituados a treinar com métodos tensionais. Nesses casos, a utilização
das pausas pode promover adaptação progressiva, sem que haja necessidade de uma
redução muito expressiva da carga absoluta.
Gentil (2005), citando os estudos de Takarada et al. (2000), relata que os resultados
destes estudos trouxeram a sugestão de que contracções realizadas sob condições de
elevada acumulação de metabólitos sejam particularmente eficientes em produzir
aumentos na massa muscular.
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Habitualmente, são dadas duas explicações para o uso do set 21: uma que este é um
trabalho específico para cada ângulo do movimento; e outra é a activação proprioceptiva
de modo que o fuso muscular seria activado na primeira parte, estimulando a contracção
a fim de facilitar a fase seguinte. Porém, nenhuma das duas explicações é satisfatória.
Portanto, propormos uma adaptação do set 21 às evidências fisiológicas conhecidas.
O set 21 pode ser usado em vários movimentos além da rosca bíceps, como: elevação
lateral, leg extension, leg curl e aberturas, porém ele é mais recomendável em
movimentos uniarticulares com padrões circulares.
Em todos os exercícios, há ângulos onde é mais difícil mover a carga, o que se deve à
baixa capacidade de as fibras se contraírem e/ou ao aumento do braço de resistência.
Ao prosseguirmos o movimento até os ângulos em que seja possível fazê-lo é mantido
um esforço relativamente alto com maiores estímulos para as fibras.
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1ª) Profilática
Quando realizado por não atleta, saudável, por necessidade higiénica visando prevenir
o surgimento de uma hipocinesia.
2ª) Terapêutica
3ª) De estabilização
4ª) Estética
Quando o treino é realizado visando obter uma diminuição da gordura corporal e/ou
ganho de massa muscular.
5ª) Recreativa
6ª) Performance
a) Directo
b) Indirecto
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Aquecimento
a) Aquecimento geral
b) Aquecimento específico
Deve ser feito sempre no caso de indivíduos em treino pesado, bastando para isso
executar, após o aquecimento geral, uma ou duas séries com cargas mais leves do
movimento que se irá executar.
Parte principal
A musculação propriamente dita, não deve ultrapassar 45 a 60 minutos, para que não
sejam perdidos os efeitos anabólicos provocados pela descarga hormonal induzida pelo
exercício (especialmente para aqueles que visam a hipertrofia). Além disto, após este
tempo as reservas energéticas também estarão bastante abaixo dos níveis desejado,
impossibilitando a manutenção de uma intensidade ideal de treino.
b) Exercícios aeróbios
Estes podem ser feitos em bicicletas, passadeiras, elípticas, remos, etc., antes ou
depois do treino neuromuscular, com duração e intensidade dependendo do objectivo
da sessão.
Parte final
Relaxamento
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3.6.1. Conceitos
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De uma forma lata, pode-se afirmar que a carga de treino para o desenvolvimento da
força deve ser relativamente elevada. O desenvolvimento da força é maior quando se
utiliza o sistema energético anaeróbio. O que significa executar uma série entre 60 e 90
segundos. Quando se executa os movimentos a uma velocidade moderada (cerca de 6
seg. por rep.), consegue-se realizar em média, de 8 a 12 durante 60 a 90 segundos, ou
seja, se um individuo realiza uma repetição máxima com 100Kg então provavelmente
executa 8 a 12 repetições com 75Kg. A 75% da carga máxima, o risco de lesão é baixo
e o nível de estimulação para o desenvolvimento da força é significativo. Um método de
determinação da carga máxima é o de 1 rep. max. Este método apresenta-se por vezes,
pouco aceitável para indivíduos iniciados. Por esta razão, recomenda-se a utilização do
intervalo de 8 a 12 repetições para determinação da carga de treino. Desta forma, a
carga com que o indivíduo completa 8 a 12 repetições máximas deve ser
correspondente a cerca de 75% da sua 1 repetição máxima.
Existe uma relação inversa entre o número de repetições e a carga utilizada. Conforme
o número de repetições aumenta, diminui a carga e vice-versa. A utilização de cargas
acima dos 90% de 1 repetição máxima (4 ou menos repetições) aumenta a
probabilidade de risco de lesão, assim como a utilização de carga abaixo dos 60% de 1
repetição máxima (16 ou mais repetições) apresentam um fraco estimulo para o
desenvolvimento da força.
As velocidades lentas
A utilização de programas de treino com mais de 1 série por exercício requer um tempo
de intervalo apropriado. Os culturistas utilizam tempo de intervalos relativamente curtos
(1 a 2 min.) entre as séries, uma vez que o seu objectivo é o de provocar o
congestionamento sanguíneo nos músculos visados, de forma a incentivar o aumento
da massa muscular.
As cargas de treino são por essa razão menores do que as utilizadas, por exemplo,
pelos halterofilistas, que têm como objectivo o desenvolvimento da força máxima, e que
utilizam por isso tempo de intervalos mais longos (2 a 5 min.) de forma a permitir o
completo restabelecimento das reservas de energia (fosfatos). Quando o objectivo é o
desenvolvimento da força básica, recomenda-se a utilização de intervalos de 1 a 2
minutos, o que permite o restabelecimento de 70 a 90% das reservas fosfagénicas.
1º) Foram avaliados os níveis de força quando os exercícios de força eram realizados
antes e depois do treino cardiovascular.
Resultado:
2º) Num segundo estudo, Westcott (1993) investigou os ganhos de força após um
período de 8 semanas de treino.
Resultado:
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5º Avaliar – a avaliação é realizada com base nas mediadas obtidas nos testes (dados
objectivos) e em todos os dados ou itens observados pelo avaliador (dados subjectivos).
Partindo deste pressuposto, serão então realizados:
a) Interpretações e julgamentos
Ex.: na realização de um teste no supino verificamos que o cliente não consegue elevar
o peso mínimo da máquina. A partir daí julgamos que o referido cliente apresenta um
baixo grau de força;
c) Classificação
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Eis aqui alguns tópicos que deveriam ser sempre abordados numa anamnese:
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Ao longo dos últimos anos as pessoas tentam alcançar e posteriormente manter o “peso
ideal”, pois existe uma indiscutível correlação entre excesso de peso, por um lado, e
longevidade e saúde por outro. Está cientificamente provado que o excesso de peso e
de massa gorda, em associação com uma actividade física reduzida, é responsável pelo
aumento do índice de mortalidade e pela predisposição às doenças. O aumento de peso
à custa do aumento do tecido adiposo representa de facto um dos principais factores de
risco para o surgimento de doenças cardiovasculares.
Pesquisas realizadas em diferentes países desenvolvidos demonstraram que o
fenómeno do excesso de peso vem aumentando e que os métodos de prevenção e de
tratamento são: uma correcta abordagem dietética e uma constante e adequada
actividade física.
Tipos de obesidades:
1 – Tipo Andróide
2 – Tipo Ginóide
A obesidade do tipo Andróide parece ser mais perigosa em termos de saúde do que a
obesidade do tipo Ginóide.
O índice de massa corporal é dado pela relação entre peso (expresso em kg) e o
quadrado da altura (expresso em metros).
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O IMC assim obtido pode conter erros de classificação por o aumento de peso não ser à
custa do aumento do tecido adiposo, mas pelo desenvolvimento da massa muscular; para
evitar este erro pode-se recorrer à medição das pregas de adiposidade.
2 – A Plicometria
• Todas as pregas são retiradas do lado direito, excepto a abdominal, que poderá ser
retirada do lado esquerdo;
• Cada prega deverá ser medida três vezes pelo mesmo operador, o valor referência
será obtido da média dos 3 valores obtidos pelas 3 medições.
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Pregas de adiposidade:
Crural – Face anterior da coxa, a meia distância ilio-cristal e tibial, sobre a linha média –
prega vertical.
Peitoral – Localiza-se a meio entre a linha axilar anterior e o mamilo – prega obliqua.
Jackson & Pollock (1985) propõem fórmulas que permitem o cálculo com uma baixa
percentagem de erro para a maior parte da população. Estas fórmulas baseiam-se na soma das
seguintes pregas:
Homens Mulheres
Prega Peitoral Prega Tricipital
Prega Abdominal Prega Supra-Ilíaca
Prega Crural Prega Crural
3 - Perímetros
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• Para a mulher:
4 – Bioimpedância
Baseia-se na suposição que tecidos que tem alto conteúdo de água conduzirão
correntes eléctricas com menor resistência do que aqueles com pouca água.
.
Normas para a realização da Bioimpedância:
• Remover óleo e loções dos pés e das mãos com álcool, antes de colocar os
eléctrodos;
• Colocação correcta dos eléctrodos;
• Medir rigorosamente a altura e o peso corporal;
• Evitar substâncias que alterem o estado de hidratação corporal (álcool e
diuréticos) nas 48 horas anteriores;
• Limitar a ingestão de bebidas e comida 4 horas antes da avaliação;
• Evitar fazer exercício físico 12 horas antes da avaliação;
• A fase do ciclo menstrual deve ser observada devido à alteração da hidratação;
• Pessoas com Pace-Maker não deverão efectuar este tipo de avaliação.
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Mais comum do que se possa parecer, observamos distorções nos resultados dos testes
de composição corporal. E este é um dos parâmetros preferidos pelos alunos, uma vez
que vivem competindo entre si para ver quem tem o menor percentual de gordura. Para
começar o próprio conceito já começou distorcido. O que realmente interessa saber são
os valores para peso gordo e peso magro, o percentual de gordura é uma mera
proporcionalidade. Reduzir percentual de gordura não é igual a emagrecer! É possível
baixar o percentual de gordura sem emagrecer? Claro que sim! Basta agregar massa
magra que o percentual de gordura baixará proporcionalmente.
Imaginem agora, duas mulheres de 25 anos, com 55Kg de peso corporal e 20% de
gordura corporal, sendo uma com 1,70m e outra 1,60m. Uma vez que o peso gordo das
duas é igual a 11kg, você diria que visualmente a forma corporal das duas são
parecidas? É claro que não! Para a mais baixa, os mesmo 11Kg de peso gordo podem
ser demais para esta e estar modificando negativamente o seu corpo. Isto não quer
dizer que tais tabelas não prestam para nada e sim que são apenas parâmetros para
que possamos nos apoiar e que jamais deveremos desprezar a observação individual e
muito menos desprezar o julgamento do próprio cliente.
Conclusão: O que realmente importa saber quando o avaliando, não é só apenas o que
avaliar e como avaliar e sim como interpretar e utilizar os dados do processo de
avaliação física para que com isso se consiga manter o cliente motivado.
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A passagem por estas fases deve ser contínua, isto é, não adianta o cliente ter
praticado musculação anteriormente e ao retornar passar directo a um treino avançado
(Princípio da Ciclização para Assegurar a Adaptação «Princípio da Continuidade»). A
passagem de uma fase para outra também não deve obedecer um período pré-
estabelecido, pois depende directamente de vários factores, tais como aptidão física,
capacidade de anabolismo, frequência ao treino, etc.
b) Frequência – 3 vezes por semana em dias alternados para que haja uma boa
recuperação (anabolismo) dos músculos treinados;
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f) Aferição da carga - esse procedimento não deve ser executado no primeiro instante
do treino. Nas primeiras sessões deve-se utilizar cargas leves preocupando-se apenas
em ensinar a execução correcta dos exercícios. Para se aferir a carga em sala de
musculação, as estratégias mais usadas são as seguintes:
1º) TPR (teste de peso por repetição) – este é o teste ideal para ser aplicado em
clientes iniciados. Após o período de adaptação, estabelece-se uma carga inicial que
permita ao cliente executar entre 15 e 25 repetições máximas e depois aplica-se o
percentual desejado para o volume do treino de RML (50% à 70%).
2º) Estimativa de uma 1RM – este é o teste ideal para evitar expor o cliente ao risco de
lesão na execução de 1RM. Para procurar ultrapassar a referida, mesmo que remota
possibilidade de lesão, na execução da 1RM, foi sugerida a utilização de factores de
conversão a partir da realização de um número superior de repetições, que, diminuindo
a exigência, eliminava o problema mencionado. Um exemplo desta intenção foi
apresentado por Lombardi e permite estimar 1RM multiplicando a carga vencida (kg)
pelo factor de conversão correspondente ao número de repetições (ver quadro).
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A passagem do cliente para essa fase depende da adaptação dele à série de treino e a
sua assiduidade no ginásio.
1º A elaboração da série agora deve ser “localizada por articulação”, ou seja, deve-se
executar os vários exercícios para uma mesma articulação (segmento muscular);
2º Os exercícios podem passar a ser realizados com barras e halteres, ao invés das
máquinas;
Um componente muito importante para que o cliente possa atingir esta fase é o
“potencial genético”, que deve ser analisado durante as avaliações periódicas
(somatotipológicas) e no decorrer do processo de treino.
Nesta fase é necessário que sejam aplicadas estratégias de treino cada vez mais
“sofisticadas” a fim de se alcançar a “intensidade” de treino desejada. Por falar em
intensidade, vamos agora estabelecer estratégias para que possibilitem alcançar os
níveis de intensidade desejada no treino avançado.
Intensidade I = E (peso)
T (intervalo entre as séries)
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5. AVALIAÇÃO DO MÓDULO
5.3. Qual das alternativas a seguir, caracteriza-se pelo nível de força que o cliente
é capaz de alcançar em consequência da tensão muscular máxima?
a) ( ) Força de Explosão
b) ( ) Força de Resistência
c) ( ) Força Máxima
d) ( ) Força Absoluta
e) ( ) Força Relativa
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5.4. Qual o tipo de contracção muscular em que o músculo não produz movimento
articular?
a) ( ) Dinâmica
b) ( ) Isométrica
c) ( ) Concêntrica
d) ( ) Isocinética
e) ( ) Excêntrica
5.5 Qual o tipo de fibra que possui um baixo nível de miosina ATPase e uma
capacidade glicolítica reduzida?
a) ( ) Fibras Vermelhas ou Tipo II
b) ( ) Fibras Brancas ou Tipo I
c) ( ) Fibras Brancas ou Tipo II
d) ( ) Fibras Vermelhas ou Tipo I
e) ( ) Fibras Intermediarias
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5.9. Músculo responsável pela abdução da coxa, com origem na crista ilíaca e
inserção na face lateral do fémur:
a) ( ) Bicípite Crural
b) ( ) Gémeos
c) ( ) Grácil
d) ( ) Tensor da Fáscia Lata
e) ( ) Psoas-Ilíaco
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TREINO CARDIOVASCULAR
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ÍNDICE
TREINO CARDIOVASCULAR
5. AVALIAÇÃO DO MÓDULO……………………………………………………………………………116.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………………….118.
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O Passo decisivo para o desenvolvimento desta actividade foi dado nos anos 70 com o
designado “movimento da aptidão física” preconizado por Keneth Cooper. A capacidade
que o organismo tem de transportar e utilizar (consumo máximo de oxigénio) é a melhor
medida da Aptidão Física.
Foi após este movimento que surgiram os primeiros ergômetros estacionários que
procuraram superar as dificuldades inerentes a falta de espaços e de tempo para a
prática de exercício físico em contacto directo com a natureza.
Segundo Dantas (1998), o Treino Cardiovascular é a parte da preparação física que visa
provocar alterações no organismo, principalmente nos sistemas cardiocirculatório e
respiratório, incluindo o sistema de transporte de oxigénio e o mecanismo de equilíbrio
ácido-base, de forma a propiciar uma melhoria da condição física.
Profilática - Quando realizado por não atleta, saudável, por necessidade higiénica
visando a prevenir o surgimento de uma hipocinesia. Por exemplo: Jogging.
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10 Km 30:00 a 50:00 5 80 15
5 Km 15:00 a 25:00 10 70 20
3 Km 10:00 a 16:00 20 40 40
2.2.2. Intensidade
Esta faixa determina uma zona alvo, na qual deverá manter a intensidade do treino por
um período adequado. O efeito de treino anaeróbio é obtido em níveis mais elevados, a
partir do limiar anaeróbio, determinado pelos níveis de acido láctico sanguíneo, pela
ventilação-minuto, ou estimado sobre o quadro abaixo.
% FCmax 50 60 70 80 90 100
(Fonte: MacAdrdle)
2.2.3. Volume
A experiência tem mostrado que para apresentar resultados satisfatórios devem ser
respeitados os limites máximos de frequência semanal:
Sobrecarga - Este princípio sugere que as cargas de treino devam ser alteradas, no
sentido de um aumento progressivo, de forma a garantir o aumento ou manutenção dos
níveis adquiridos. A melhoria dos resultados é consequência directa da quantidade e
qualidade do trabalho desenvolvido na sessão de treino. Este aumento progressivo da
carga de treino deve ser gradual e de acordo com a capacidade fisiológica do indivíduo.
Método Contínuo
Método Intervalado
Método em circuito
É um método misto, pois tanto pode ser utilizado para a melhoria do condicionamento
cardiovascular como para o neuromuscular. Pode ser dosado para trabalhar qualquer
um dos sistemas energéticos pela correcta utilização de estímulos e intervalos.
Método Fraccionado
Método Adaptativo
No treino cardiovascular, um dos meios possíveis mais adequados para obter resultados
visíveis a curto prazo, é através do treino da resistência. Através deste tipo de treino é
possível :
É o treino que permite resistir psíquica e fisicamente, uma carga durante longo período e
recuperar rapidamente dos efeitos dessa carga. É possível subdividir a resistência
segundo vários critérios. Estas classificações dependem muito dos objectivos definidos
para o treino.
Resistência Geral
Quando intervêm pelo menos 1/6 a 1/7 da musculatura; este tipo de resistência é
fundamental para a melhoria e desenvolvimento do sistema cardiovascular e importante
para o rendimento muscular.
Resistência Local
Resistência Anaeróbia
Resistência Aeróbia
Seria o maior valor que a FC atinge durante um esforço máximo. Esta FCmax poderá
variar de acordo com a actividade que está sendo realizada, em função do nível de
solicitação, do percentual de musculatura mobilizada e do grau de motivação para um
esforço máximo, o nervosismo e a ansiedade também podem influenciar no aumento da
FCmax.
Autores Fórmula
É uma faixa de treino em que o cliente deve permanecer. Ela compreende um limite
superior, ou seja, uma FCmax de trabalho e um limite inferior, ou melhor, uma FCmin de
trabalho.
FC (bpm)
200
190
180
170
160
140
120
110
100
20 30 40 50 60 (IDADE)
Esta forma simplista do calculo da FCT não leva em consideração um factor muito
importante é que cada indivíduo possui uma Frequência Cardíaca Mínima ou seja uma
Frequência Cardíaca registada em repouso (FCrep).
FCrep FCmax
0 50bpm 200bpm
Reserva de Frequência Cardíaca
RFC = FCmax – FCrep
RFC =200 – 50 = 150bpm
Protocolo de Karvonen
% Da intensidade de Treino
A escolha desse % Esforço deve estar relacionado com o objectivo a ser alcançado, ou
seja com a Intensidade Alvo do treino que será executado. Logo, qualquer variação
neste % Esforço para mais ou menos, irá modificar no resultado desejado. E cada faixa
deste % Esforço proporciona resultados diferenciados para o organismo.
Duração: de 20 a 45 minutos
Duração: de 25 a 60 minutos
Duração: de 25 a 45 minutos
Duração: de 7 a 20 minutos
Duração: de 7 a 15 minutos
Este protocolo é constituído de carga única com banco na altura de 40,6cm. A duração
do teste é de 3 minutos; a frequência da passada deverá corresponder ao ritmo de 24
passadas por minuto para os homens e 22 passadas para as mulheres; aconselha-se o
uso do metrónomo que deverá marcar 96 (homens) e 88 (mulheres); no final do 3º
minuto do teste, o avaliado permanece em pé, enquanto é aferida a FC, começando 5
segundos após a interrupção do teste.
Escolha uma carga inicial de trabalho que deve variar para homens entre 100 a 150
watts e para mulheres entre 50 e 100 watts. Após a selecção da carga o avaliado
deverá pedalar durante 5 minutos; a velocidade deverá ser de 60 rpm; registra-se a FC
de carga do 4º e 5º minuto e se obtém o valor médio; a FC deverá está entre 120 e 170
bpm e, preferencialmente acima dos 140 para jovens.
Quando o indivíduo tiver uma idade superior a 35 anos, será necessário a aplicação de
um factor de correcção: VO2max = VO2max calculado X factor de correcção
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1º Encontrar uma velocidade de tapete entre as 2 mph (3,2 km/h) e as 4 mph (6,4 km/h),
que seja simultaneamente vigorosa mas confortável para o cliente a testar. O cliente
deverá caminhar a essa velocidade durante 4 minutos com 0% de inclinação do tapete
(período de aquecimento);
2º Após o aquecimento, o cliente deverá caminhar a uma velocidade de passada estável
(entre 2 e 4mph) durante 4 minutos, com uma inclinação de tapete de 5%;
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3º No final do teste:
- Avaliar a FC com um monitor apropriado;
- O cliente deverá continuar a caminhar lentamente no tapete rolante com a inclinação
de 0% por mais 3 a 5 minutos.
Cálculos:
VO2 max. estimado
(ml. kg-1. min-1) = 15.1 + 21.8 x velocidade (mph) – 0.327 x FC (bpm) – 0.263 x
velocidade x idade + 0.00504 x FC x idade + 5.98 x sexo (0 = feminino; 1 = masculino)
5. AVALIAÇÃO DO MÓDULO
5.1. Qual a fórmula utilizada por Tanaka, para estimar a frequência cardíaca
máxima?
a. ( ) 215 – a idade
b. ( ) 208 – (idade x 0.6)
c. ( ) 208 – (idade x 0.7)
d. ( ) 220 – a idade
e. ( ) 210 – a idade
a. ( ) Sub-aeróbio
b. ( ) Super Aeróbio I
c. ( ) Regenerativo
d. ( ) Super Aeróbio II
e. ( ) Anaeróbio
5.3. Ritmo de treino que aumenta a resistência aeróbia para esforços de longa
duração e baixa intensidade:
a. ( ) Regenerativo
b. ( ) Super Aeróbio I
c. ( ) Super Aeróbio II
d. ( ) Sub-aeróbio
e. ( ) Anaeróbio
a. ( ) Quando intervêm pelo menos 1/6 a 1/7 da musculatura; este tipo de resistência é
fundamental para a melhoria e desenvolvimento do sistema cardiovascular e
importante para o rendimento muscular.
b. ( ) Quando intervêm menos de 1/6 a 1/7 da musculatura. Importante para a
tonificação e resistência local.
c. ( ) Quando a via energética requerida para o trabalho muscular é feita na ausência do
oxigénio, sendo utilizada a fosfocreatina e produzido o ácido láctico.
d. ( ) Quando a via energética requerida para o trabalho muscular é feita em presença
do oxigénio necessário para a oxidação dos ácidos gordos e do glicogénio.
e. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores estão correctas.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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