Resumo Portugues Juridico - Nayra Nelma
Resumo Portugues Juridico - Nayra Nelma
Resumo Portugues Juridico - Nayra Nelma
Extensão de Nacala-Porto
Curso direito I ano Io semestre Pós-laboral:
Ler e redigir fazem parte de um mesmo fenômeno, bem como falar, expressar-se e comunicar-se:
ou você faz todos bem, ou não vai bem. Quem já escreve ou fala razoavelmente tem tudo para
completar o ciclo da comunicação, e isso é muito importante. É a palavra que nos distingue dos
outros animais. A palavra é, ao menos no grau de sofisticação que temos, privilégio da
Humanidade. A área jurídica vai demandar redação na faculdade, para provas e trabalhos, bem
como, depois, em petições, concursos etc.
Tenha em mente que quem sabe estruturar bem uma resposta escrita certamente também saberá
estabelecer uma boa
Escreva sempre, redija sempre. Escreva redações, cartas, poesias, contos, exposições de motivos
etc. A gente só aprende a escrever escrevendo. É preciso criar uma linha de comunicação
cérebro-mão-caneta- -papel: uma linha para o mundo. Se você faz bem essa linha, também terá
facilidade para falar e discursar. A “estrada” tem de ser aberta, primeiro, com um facão, fazendo
uma trilha, para depois virar estrada de chão. Com dedicação, treino e tempo, a trilha vira estrada,
primeiro de paralelepípedos e em seguida de asfalto, até um dia ser autoestrada, free-way e,
depois, campo até para viagens interestelares, para foguetes e astronaves.
2. Redação propriamente dita
Escrever é simplesmente uma maneira de falar sem que interrompam a gente. Sofocleto Uma
considerável parte dos acadêmicos e operadores jurídicos sabe o assunto o suficiente para ter
sucesso na prova, petição ou texto, mas não se sai bem por deficiência da sua redação. Essa
deficiência pode decorrer da própria dificuldade de redigir, ou da falta de habilidade para se
transportar, como já dissemos, uma ideia para o papel. A origem das deficiências em geral
remonta à alfabetização e aos ensinos fundamental e médio. Raros são os cursos de Direito que
ensinam e exigem uma boa redação dos alunos.
3. Cuidados na redação
Leia tudo o que puder sobre o assunto a ser abordado. Se tiver pouco tempo, opte pelas
referências mais autorizadas sobre o tema. Se for uma questão de prova ou um caso
judicial, leia com cautela para descobrir o que efetivamente está sendo perguntado
(provas) ou o que realmente aconteceu (casos concretos). Como já dissemos, se não
conhecer bem o assunto apresentado pelo seu cliente, colha dele todas as informações que
puder e peça um prazo para “estudar seu caso”, e faça isso.
Qual é a pergunta? Em provas, procure perceber o que o examinador quer, ou seja, qual o
conhecimento a ser demonstrado. Em casos judiciais, procure descobrir qual é o pedido a
ser feito ou contestado, ou seja, quais são os limites da discussão que está sendo travada.
Responda ao que foi perguntado ou aborde o que tem de ser tratado, prezando pela
clareza, objetividade e simplicidade. Estas são qualidades preciosíssimas.
Técnicas de argumentação. Utilize as seis perguntas, que servem para auxiliar o raciocínio
e a argumentação escrita e oral: “quem, quê, onde, quando, como e por quê”. Repetindo:
Capriche na letra.
Se preciso, compre um caderno de caligrafia. Em último caso, utilize caixa-alta. Para usar a
caixa-alta, são necessários dois cuidados:
1o: Verificar se a banca permite;
2o: Em caso afirmativo, ter o cuidado de destacar as letras maiúsculas.
Para aprender português, estude em algum livro de Língua Portuguesa, leia muito e acostume-se
a corrigir seus erros, não se deixe levar pelos corretores automáticos, e pesquise. Se tiver dúvida
sobre uma palavra.
Escrever em português correto é indispensável. Para aprender português, estude em algum livro
de Língua Portuguesa, leia muito e acostume-se a corrigir seus erros, não se deixe levar pelos
corretores automáticos, e pesquise. Se tiver dúvida sobre uma palavra ou construção, não
arrisque: use um sinônimo ou modifique a construção da frase, mas não deixe de checar a forma
correta de redigi-la depois.
A pontuação é muito importante, pois é através dela que fazemos o texto ficar mais fácil de ser
lido, compreendido e interpretado. Uma vírgula mal colocada pode mudar o sentido do texto.
Nada mais desabonador do que um texto cheio de correções grosseiras (com borracha, liquid
paper etc.), garranchos, coisas rabiscadas, borrões, setas para cá e para lá, com a ordem das
questões toda invertida, com a resposta de uma questão na outra etc. O liquid paper também pode
dar uma impressão ruim. Isso, para não citar as pessoas que deixam as folhas caírem no chão,
sujando-as; os que, por nervosismo, amassam ou rasgam as folhas; os que passam tanto a
borracha que deixam um furinho onde apagaram o texto errado etc.
4.4. Rascunhos
A) Em provas e concursos
Em provas, uma das perguntas mais comuns do candidato é se deve fazer rascunhos ou responder
direto às perguntas. Outros fazem a prova a lápis e depois a sobrescrevem com caneta, o que é, na
prática, um modo de fazer rascunho. Das duas, uma: ou fica feio, ou exige um bom trabalho com
a borracha, no mais das vezes faz uma lambança na prova e gastando ainda mais tempo.
B) Na Advocacia
Essas falhas também acontecem em peças processuais. Se a peça for redigida diretamente no
computador ou tablet, sem a devida revisão, ou mesmo apressadamente em uma folha de papel, a
tendência é que aconteçam erros e confusões.
Há quem comece a pensar na frase e escreva metade dela. Aí, para, pensa mais um pouco, pensa
no resto e escreve. Só que no meio desse processo acaba escrevendo coisas sem nexo ou com a
concordância errada. Isto acontece porque o cérebro pensa muito rápido e não se prende
necessariamente ao que já está escrito na folha.
O ideal é primeiro pensar as frases completas e só depois escrevê-las. Outro recurso é o de,
sempre que for completar uma frase, recomeçar a ler a resposta desde o seu início. Só assim você
não vai perder o fio da meada.
O redator de um texto deve escrever tudo o que deve ser dito, da forma mais concisa possível.
Em provas, deve ser passado o maior conteúdo possível, inclusive o que possa parecer “o óbvio”.
O único limite dessa verdade é o espaço para escrever, quando entra em cena a necessidade de
objetividade e sumarização. Porém, tendo espaço (e resumindo a resposta no primeiro e no último
parágrafos), o candidato tem de dizer tudo o que recordar sobre o assunto da pergunta. O único
contato que o examinador tem com o candidato é o que este escreve na prova. Se o aluno não
coloca alguma coisa no texto, isso funciona para o examinador como se o candidato não soubesse
o assunto. Para o examinador, o que não está no papel da prova não está na cabeça do candidato.
Como já observamos, enquanto estivermos dizendo coisas certas, devemos dizer o máximo
possível.
4.7. Repetir a pergunta
Outro recurso útil nas provas é repetir no texto, de modo igual ou semelhante, o enunciado. Essa
técnica faz com que a resposta fique mais densa e completa, bem como mais explicativa.
A linguagem é algo tão fantástico que permite uma enorme maleabilidade, desde que a pessoa
tenha intimidade com as palavras.
Vários desses recursos nos são permitidos por expressões latinas. Elas, além de mostrarem
erudição, são ótimas para moldar nossas respostas. Outras expressões, idiomas e conectores
linguísticos também serão úteis e pouco a pouco você irá se acostumar a utilizá-los.
Outro recurso de redação é utilizar sinônimos. Se você notar que repetiu muito uma palavra em
um texto, substitua-a por seu sinônimo. O texto ficará mais bonito e agradável. Experimente
pegar suas respostas e ver quantas palavras são repetidas. Transcreva o texto mudando-as e veja
como fica muito mais fluente.
4.9. Fundamentação
A fundamentação é necessária no Poder Judiciário, seja para convencer o juiz, seja para que este
justifique sua decisão (art. 93, IX, da Constituição). Mas não é só ao Judiciário que a
fundamentação interessa. Todas as áreas a utilizam e dela têm necessidade. Ao redigir, ou falar,
adquira a prática de fundamentar, de relacionar os motivos, as razões, as vantagens, as
desvantagens de não fazer o que vai ser feito, e assim por diante.
4.10. Assinatura
Há ainda uma outra forma de se falar em “assinatura”. Todos gostam de fazer sua assinatura, de
preferência, uma assinatura bonita e elegante. A letra da pessoa mostra quem ela é, a assinatura
mostra quem ela gostaria de ser. Porém, o mais importante na verdadeira assinatura pessoal, que
você deixa nos textos e discursos que faz, é a qualidade que neles imprime.
Essa é a sua assinatura mesmo porque é sempre importante conferir se você deve assinar,
realmente, o texto que está redigindo.
5. REDIGINDO E MELHORANDO A REDAÇÃO
Quanto maior o número de palavras entre um ponto e outro, entre uma vírgula e outra, e quanto
maior um parágrafo, maior será a dificuldade de o leitor entender o que você está querendo
transmitir. O mesmo também ocorre no discurso: quanto menores as frases, mais fácil entender, e
mais contundente para convencer será o discurso.
Algumas dicas:
• Sempre que for explicar ou completar uma ideia, prefira fazê-lo após um ponto final ou em um
parágrafo de complementação.
• Sublinhe, use negrito e caixas-altas, dê vida ao seu texto, mas sem exageros.
• Treine sempre fazer mais uma versão de seu texto, passando-o a limpo, melhorando, cortando
os excessos, acrescentando algo que lhe agregue valor, vendo as palavras ou terminações
repetidas, substituindo-as por sinônimos ou mudando a construção do texto. Uma boa prática é
mudar o tipo de discurso, passando do direto ao indireto e vice-versa.
• Leia seu próprio texto e veja se gostou dele. Leia-o como se você não fosse o autor, procure
defeitos, procure coisas para melhorá-lo.