Museus e Coleções Etnográficas No Império Colonial Português Curso SESC
Museus e Coleções Etnográficas No Império Colonial Português Curso SESC
Museus e Coleções Etnográficas No Império Colonial Português Curso SESC
Plano de Aulas
I. Sinopse
Na passagem para o século XX o Estado colonial português inicia a construção de uma rede de
instituições que tiveram implicações de longo prazo na cultura do império. No coração deste pro-
cesso situam-se as práticas de saque e coleta dos “objetos dos outros”, levando à circulação,
classificação e o estudo da cultura material representativa das populações nativas. Inspirado na
crítica pós-colonial este curso problematiza a formação dos museus, coleções e saberes antropo-
lógicos no império, com destaque para Moçambique e Timor-Leste.
II. Proposta
As heranças mais evidentes dos impérios europeus nas suas antigas colônias são percebidas no
traçado dos mapas, onde observam-se fronteiras nacionais decorrentes das fronteiras coloniais,
mas também na língua do colonizador, muitas vezes, transformada em idioma oficial após as in-
dependências. Nem sempre é avaliada, no entanto, a importância e o lugar-chave de outras cons-
truções institucionais, culturais e intelectuais do império, tais como os museus e as coleções etno-
gráficas. Destacando como valor patrimonial objetos, imagens e lugares específicos, associados
aos povos colonizados, as instituições museológicas acabaram por também produzir símbolos e
ícones nos quais os próprios colonizados puderam se ver e se identificar coletivamente de modo
distinto, subvertendo, neste processo, os sentidos coloniais anteriores.
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De modos diferenciados, tais processos já foram bem analisados por pesquisadores como Mah-
mood Mandani (1996), no contexto da África Centro-Austral, e também por Benedict Anderson
(2009), na região do Sudeste Asiático. Inspirado nestes e noutros trabalhos, o curso oferece uma
visão ampliada a respeito dos itinerários dos museus coloniais portugueses no decorrer do século
XX, considerando os processos de formação e transformação de coleções etnográficas associa-
das à Moçambique e Timor-Leste. Ao final do percurso, busca-se refletir sobre o lugar destas insti-
tuições e coleções no próprio movimento de luta pela libertação, na imaginação nacional dos no-
vos cidadãos e na construção destes Estados pós-coloniais, hoje formalmente associados à CPLP
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Se é a estrutura geral da coleção que a define e lhe dá singularidade, e não os objetos em particu-
lar, as condições do colecionismo, enquanto prática social, também devem ser interrogadas criti-
camente. Por isso, especial atenção será dada ao modo como a circulação de objetos etnográfi-
cos e a formação de coleções estão diretamente associadas a trajetórias intelectuais, contextos
institucionais e regimes políticos específicos.
25/04 1. Hobsbawn, Eric J. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
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Aula 3 3. Museus e coleções nas colônias portuguesas
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Lia Dias Laranjeira é doutora em História Social (USP/FAPESP), mestra em Estudos Étnicos e Africanos
(UFBA) e bacharela em Ciências Sociais, com concentração em Antropologia (UFBA). Colaborou como
pesquisadora e tradutora no sítio eletrônico “Práticas Religiosas na Costa da Mina: uma sistematização das
fontes européias pré-coloniais (1600-1730)” (Coord. Prof. Luis Nicolau Parés, UFBA). A partir da experiência
como educadora no Museu Afro Brasil, elaborou seu projeto de doutorado sobre a produção de arte makon-
de em diálogo com a história política de Moçambique, cuja pesquisa foi realizada neste país e em Portugal
(IHC-Universidade Nova de Lisboa/FAPESP). É pesquisadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa Brasil-África
(USP), pesquisadora bolsista do Museu Paulista e autora do livro: O culto da serpente no reino de Uidá: um
estudo da literatura de viagem europeia-séculos XVII e XVIII (EDUFBA, 2015). Tem experiência nos campos
da história da África, cultura material, e arte educação, com pesquisas sobre o reino de Uidá (Benim), Mo-
çambique colonial e arte makonde.
Contatos:
lialaranjeira@gmail.com
dandelucca@gmail.com