ELAGEC 2016 Paper 15intralogistica
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All content following this page was uploaded by Sheyla Mara Baptista Serra on 12 January 2018.
1. Introdução
A importância do uso do aço na construção civil seja na forma de insumo seja como componente de sistema construtivo é
inegável no Brasil e no Mundo. Em vários países é consolidado o uso da estrutura metálica como sistema construtivo. Para
Santos (2008), dos vários sistemas construtivos utilizados, o chamado sistema de concreto armado é o mais empregado, e
essas estruturas são compostas essencialmente por aço e cimento. Este artigo procurar-se-á se concentrar na forma de uso
do aço como insumo para compor as estruturas de concreto armado.
O aço do concreto armado possui papel fundamental para a resistência estrutural de uma edificação, por isso é importante
um bom fornecimento, que atenda aos requisitos normativos de qualidade e durabilidade. As barras e o fio de aço possuem
elevado grau de industrialização e de conformidade de acordo com os indicadores divulgados pelo Ministério das Cidades
(Brasil, 2016), que em 2015 atingiu o percentual de 95,6% de conformidade e em 2014 atingiu o máximo percentual
possível de 100%.
As barras de aço possuem características próprias para seu fornecimento, controle da qualidade e processo de corte e
dobra. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da NBR 7480 (Brasil, 2007), estabelece os
requisitos exigidos para encomenda, fabricação e fornecimento de barras e fios de aço destinados para a construção civil.
A princípio os produtos com diâmetro nominal de 6,3 mm ou superior são considerados barras e classificados nas
categorias CA-25 e CA-50 e fios têm diâmetro nominal de 10,0 mm ou inferior e classificados na categoria CA-60.
O fornecimento do aço cortado e dobrado previamente por empresa especializada apresenta-se como uma boa opção para
as empresas construtoras, pois segundo Salim Neto (2009) há algumas vantagens, tais como:
Outra vantagem a ser considerada na contratação de empresa especializada em fornecer o aço nas configurações exigidas
pelo projeto é a redução da possibilidade de acidentes causados pela manipulação de equipamentos para corte das barras
e redução no aparecimento de doenças ocupacionais nos trabalhadores.
Com a elevada padronização da produção do aço, as variabilidades tornam-se pequenas, devido principalmente ao controle
da qualidade na produção, o que contribui para que os processos subsequentes tenham maior eficiência, porém após a
chegada do material na obra, surge a problemática em torno dos processos de movimentação, beneficiamento,
armazenamento, montagem de armaduras, fluxos pelo canteiro e logística reversa das sobras do material.
Assim, torna-se importante desenvolver pesquisa sobre os processos internos de logística existentes nos canteiros de obra
em relação ao aço, o uso de ferramentas gerenciais que possam facilitar a visualização das etapas e a organização de
informações que subsidiem o processo de tomada de decisão. Como o campo da logística é extenso e complexo e possui
grande alcance em diversos segmentos, surge então o termo logística interna ou intralogística, com o propósito de criar
fronteiras e direcionar as informações somente para a manufatura. Ele possibilita estabelecer limites para a análise de
processos, que se iniciam a partir do recebimento, expedição, processamento de pedidos, tecnologia da informação e
gerenciamento das atividades fabris.
Esse artigo tem como objetivo principal apresentar a ferramenta de Mapeamento Funcional de Processos (MPF) aplicada
ao estudo da intralogística do aço em uma obra de edifício residencial de múltiplos pavimentos em um canteiro de obras.
A abordagem metodológica adotada foi a de estudo de caso em uma obra localizada na cidade de São Paulo, Brasil, para
identificação dos gargalos presentes na interface entre as atividades que envolvem o aço durante a execução da estrutura
de concreto armado do empreendimento.
Os resultados integrais deste trabalho estão apresentados em Baptista (2016) que possui foco na apresentação de diretrizes
para a intralogística do aço em canteiros de obras de edifícios, para que o material conserve sua conformidade até a
aplicação definitiva na estrutura de concreto, utilizando o mínimo de recursos para as atividades dentro do canteiro seja a
mais eficiente, segura e econômico possível.
Honório et al. (2014) aplicaram a ferramenta Mapa de Fluxo de Valor com a finalidade de visualizar os gargalos e
apresentar melhorias futuras na gestão do aço em um canteiro de obra. Com o detalhamento do macro fluxograma da
execução da armação da estrutura do pavimento tipo de um edifício, foi possível fazer proposta de melhoria da sequência
de atividades e otimização do fluxo, pois foi possível verificar as oportunidades de melhorias pontuais na logística local e
do gerenciamento dos suprimentos da obra estudada,
Dessa forma, verifica-se a necessidade de estudar as principais etapas que caracterizam a utilização do aço em canteiro a
fim de identificar as oportunidades de melhoria. De modo geral as etapas genéricas são: descarregamento (que pode ser
manual ou mecanizado), armazenamento, processamento, transporte interno e montagem, conforme Figura 1.
Proceedings of the VII Elagec, 16 - 17 November 2016 | Bogotá, Colombia 2
Figura 1: Processo de Intralogística do Aço no Canteiro de Obra
Fonte: Elaborado por Baptista (2016)
Apesar de não ser indicado, ocorre em grau acentuado o descarregamento e movimentação manual do aço no canteiro de
obra. Essas atividades requerem um número adequado de trabalhadores com o objetivo de evitar a fadiga e eliminar os
riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
Para o descarregamento e movimentação manual é preciso estar atento às condições ergonômicas, exigidas pela Norma
Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia (Brasil, 2007), como não poderá ser exigido nem admitido o transporte manual de
cargas por um trabalhador quando o peso possa comprometer sua saúde ou sua segurança.
Devem ser consideradas também as exigências da Norma Regulamentadora Nº 6 - Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) (Brasil, 2015), com o uso obrigatório de capacete de proteção, vestimentas para proteção do tronco, óculos de
proteção dos olhos, protetor facial, luvas, calças e calçados apropriados.
Observa-se então a atenção às diversas necessidades que precisam ser levadas em conta durante o descarregamento e
movimentação do aço pelo canteiro de obra.
Para preservação da saúde do trabalhador e aumento da produtividade no descarregamento do aço, é importante o uso de
equipamentos que auxiliem nesse trabalho, tais como gruas, mini gruas, caminhões com sistema hidráulico de içamento
de cargas, entre outros equipamentos. As Figuras 2 a 4 mostram situações de recebimento ou movimentação mecanizada
no canteiro de obras.
Figura 2: Caminhão com sistema hidráulico de Figura 3: Manipulador telescópico Figura 4: Mini grua içando armadura
içamento de cargas movimentando aço de pilar
Fonte: Aços Zona Sul Comércio de Ferro e Aço (São Fonte: Baptista (2016) Fonte: Baptista (2016)
Paulo)
O armazenamento do aço em um canteiro de obra é de suma importância e possui norma técnica que deve ser seguida. A
desatenção a este item pode acarretar problemas na qualidade do produto final, além de trazer prejuízos para a equipe de
produção da obra no que diz respeito à segurança do trabalhador e à produtividade da mão de obra. As Figuras 5 e 6
apresentam orientações para o correto armazenamento do aço no canteiro.
Figura 5: Orientações gerais para estocagem do aço Figura 6: Orientações para estocagem de barras e fios de aço
Fonte: Gerolla (2011) Fonte: http://engenheironocanteiro.com.br/estoque-aco-de-construcao/
Yazigi (2006) recomenda que vergalhões e barras sejam arrumados em camadas, com espaçadores e peças de retenção,
para impedir o rolamento e separados de acordo com o tipo de material e a bitola das barras, levando em consideração o
alinhamento das pontas. Além disso, deve ser evitado o contato com o solo e umidade.
Com essas informações, fica evidente a importância da gestão do armazenamento do aço em um canteiro de obra,
garantindo a durabilidade do material, a redução dos riscos de acidentes e a melhoria da produtividade na montagem da
estrutura.
Nesse item são abordadas as condições do ambiente onde será realizado o beneficiamento do aço, levando-se em
consideração a padronização dos locais e equipamentos para realização de cortes e dobramentos.
A Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (Brasil, 2015)
orienta para que aconteça as situações em relação às armações de aço:
A dobragem e o corte de vergalhões de aço em obra devem ser feitos sobre bancadas ou plataformas
apropriadas e estáveis, apoiadas sobre superfícies resistentes, niveladas e não escorregadias, afastadas da
área de circulação de trabalhadores;
As armações de pilares, vigas e outras estruturas verticais devem ser apoiadas e escoradas para evitar
tombamento e desmoronamento;
A área de trabalho onde está situada a bancada de armação deve ter cobertura resistente para proteção dos
trabalhadores contra a queda de materiais e intempéries;
As lâmpadas de iluminação da área de trabalho da armação de aço devem estar protegidas contra impactos
provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões;
Segundo Mattos (2015), a central de forma de um canteiro é composta de baias de armazenamento, bancadas para corte e
para dobra, além de um pátio para colocar as barras beneficiadas e de posse do quantitativo total da armação é possível
calcular a quantidade de barras de aço que passarão pela máquina de corte e pela bancada de dobra. Feito isso, é preciso
calcular a produção mensal requerida, que é dada pelo peso de aço dividido pelo prazo de execução do serviço de armação.
De posse dessas informações, é possível estimar a quantidade mínima de bancadas para atender essas demandas da obra.
A Figura 7 mostra um exemplo da organização deste espaço. O layout da Central de Armação em canteiro de obras deve
seguir o fluxo do material: estoque, corte, dobra, pré-montagem e expedição. Deve-se evitar o cruzamento de fluxos e
buscar a organização do próprio processo de produção.
Segundo a Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto (Brasil, 1999), o ambiente de trabalho deve possuir
condições mínimas para que o trabalhador desempenhe bem suas atividades sendo atender algumas condições mínimas,
tais como:
Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de
proteger os trabalhadores contra intempéries.
Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio,
a umidade e os ventos inconvenientes.
De maneira geral as serras (policorte) para corte do aço devem atender às exigências da Norma Regulamentadora Nº 12 -
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos (Brasil, 2016), para segurança do trabalhador.
Segundo Almeida (2015), a bancada deve ser montada numa área isolada, longe do fluxo de operários e preferencialmente,
possibilite que o local seja trancado evitando o uso indevido. Recomenda-se a construção sob estrutura provisória e a
bancada tenha entre 75 cm e 80 cm de altura, para facilitar ergonomicamente o trabalho do operador da serra.
Para garantir a qualidade do dobramento das barras de aço é necessário que os pinos de dobra, atendam algumas
especificações normativas. Segundo a NBR 14931 (ABNT, 2004), os pinos para dobramento de vergalhões devem ser
feitos respeitando os diâmetros internos de curvatura, as barras de aço devem ser sempre dobradas a frio e não devem ser
dobradas junto às emendas por solda, observando-se uma distância mínima de 10 φ.
Podem ser utilizados cavaletes durante a montagem das armaduras. Deve ser feito um estudo e padronização do cavalete
em relação à estabilidade, altura e cobertura adequada.
O uso de equipamentos portáteis para o beneficiamento do aço também é usual em uma obra, principalmente quando
definido se o serviço será executado de maneira parcial ou integral no próprio canteiro. Existem diversas opções de
máquinas portáteis para o beneficiamento do aço no próprio canteiro, porém cabe ao engenheiro da obra dimensionar a
capacidade produtiva do maquinário e de sua equipe, para optar por realizar toda a dobra do aço na obra ou terceirizar
parcial ou totalmente esse serviço.
Os fluxos de materiais em um canteiro de obra possuem relativa influência na produtividade das equipes, pois o
abastecimento das frentes de trabalho sem interrupção favorece o andamento dos serviços.
Segundo Saurin e Formoso (2006), as vias de circulação devem ser demarcadas no planejamento do layout, por meio de
linhas de fluxos. Na obra devem ser utilizadas barreiras físicas com cones, corrimões metálicos ou de madeira.
O planejamento do layout do canteiro como um todo, inclusive as rotas dos fluxos de materiais e mão de obra, diminui as
atividades que não agregam valor, pois torna menores as distâncias de deslocamentos dos materiais e diminui a
interferência nos trajetos realizados por materiais e operários.
O uso de sucata metálica causa menos impactos nocivos à natureza, quando comparado ao aço produzido com minério de
ferro, por isso deve-se incentivar a reciclagem deste material. A logística reversa do aço aplicada em canteiros de obra
traz ao meio ambiente benefícios importantes principalmente para redução do uso de recursos naturais.
Deve ser previsto um local separado para recolhimento dos resíduos do aço. Pode haver algum tipo de separação visando
o reaproveitamento do aço no canteiro.
Para compreensão do arranjo físico do canteiro, foi utilizado o layout do canteiro, conforme apresentado na Figura 1, e as
setas indicam o fluxo do aço. Observa-se nesta figura os dois principais locais para armazenamento do aço, o primeiro na
parte dianteira do terreno, na entrada da obra e a segunda em uma área na parte posterior do terreno.
Observa-se na Figura 9 o processo de descarregamento manual do aço na entrada da obra, realizado por operários de
maneira manual, diretamente do caminhão de transporte do material.
Observa-se nas Figuras 10 e 11 falhas no armazenamento do aço, que ocasionaram deterioração do material por estar em
local exposto às intempéries, além da ausência de identificação, o que prejudica a produtividade dos operários. Também
é possível observar que não há nenhum tipo de organização prévia do layout.
4.2 Local de beneficiamento do aço e montagem de armadura de pilar e vigas
Na Obra estudada foram observadas não-conformidades em relação ao processo de beneficiamento do aço no canteiro, no
que diz respeito às condições do local de trabalho e condições da bancada de dobra do material. Conforme observado na
Figura 12, os operários realizavam a dobra de vergalhão de aço em posição desfavorável, pois era necessário realizar o
serviço posicionado sobre as telas de aço, em condições inadequadas.
Figura 9: Descarregamento manual Figura 10: Armazenamento Irregular Figura 11: Armazenamento Irregular
Fonte: Baptista (2016)
A movimentação do aço é uma das atividades mais executadas durante a fase de estrutura do sistema construtivo em
concreto armado. Na obra estudada, durante o período das visitas para observações, houve várias movimentações manuais,
conforme a Figura 14.
Na Figura 15, é mostrada situação do o fluxo do aço com os operários transitando sobre o material, o que pode ocasionar
algum tipo de acidente e perda da produtividade.
O recolhimento das sobras de aço é realizado por um funcionário ao longo da execução do serviço de armação e colocado
em um local específico no canteiro. A destinação final dos resíduos é realizada de maneira informal, conforme é possível
verificar na Figura 16. Nesta imagem se observa que a destinação das sobras era realizada por um sucateiro que possui um
carrinho de transporte manual, que transportava o resíduo de forma rudimentar para posterior reciclagem.
Figura 14: Movimentação manual do aço Figura 15: Observação do fluxo do aço Figura 16: Recolhimento dos resíduos do
aço na logística reversa
Fonte: Baptista (2016)
Após identificação das etapas da intralogística, foi feito o mapeamento funcional dos processos, onde foi possível observar
28 processos e atividades interpretadas como as de maior relevância para análise, conforme Figura 17.
Mapeamento Funcional da Intralogística do Aço no Canteiro de Obra
Fases
Projeto
Projeto de
Fundação e
Estrutura
Engenharia
Definições de
Planejamento equipamentos
da Obra de Transporte
do Aço
Fornecedor
de Aço
Serviço de
Corte e
Dobra do Aço
Gestão da
Programação Definições de
Obra
Movimentação
Descarregam Manual Operários Manual Operários
para dentro do
ento canterio
Movimento Movimento Movimento
Movimento Movimento
horizontal ou horizontal ou horizontal ou
manual ou manual ou
vertical do vertical da vertical da
Armazena- Movimenta-
mento do Mecanizada
mecanizado? mecanizado?
aço armadura armadura
do Aço
ção
Não
Armazena- Armazena-
Aço
Corte e
do Aço
É necessário
cortar e dobrar o Dobra do Aço
aço? no Canteiro
Sim
Montgem
do Aço
Montagem
da Armadura
Aplicação
do Aço
Colocação do
Montagem
Aço na Concretagem
da Estrutura
estrutura
Logística
Reversa
Sucata de
Sucateiro
Aço
5. Resultados da Pesquisa
As observações realizadas na Obra estudada possibilitaram representar o fluxo das decisões bem como trouxeram à tona
algumas oportunidades de melhorias importantes para a gestão deste importante insumo na produção dos edifícios.
A padronização de atividades como movimentação do material, definição do layout dos espaços de trabalho, equipamentos
de apoio à produção de armaduras e das bancadas de dobra do aço, aliada à organização de fluxos e armazenamento de
maneira lógica do aço, certamente traz benefícios à produção nos aspectos de produtividade, preservação do material,
atendimento ao projeto de estrutura e questões de saúde e segurança dos operários.
A intralogística do aço é o processo mais complexo na execução da estrutura de um edifício, pois envolve diversas
atividades que necessitam de padronização para melhorias na execução das armações.
A interface no MFP entre as atividades, Projetos de fundação e estrutura, o Planejamento da obra, a Programação do aço
e a interação com o Departamento de projetos do fornecedor foi fundamental para o atendimento às programações de
entrega do aço, pois qualquer falha na análise crítica do projeto de estrutura produziriam peças de aço em desacordo,
impactando diretamente na produção da obra.
A atividade de Descarregamento do aço foi considerada crítica, pois nas verificações feitas observou-se que são
necessários muitos homens para realizar o descarregamento e movimentação manual para dentro do canteiro.
A atividade de Conferência do aço podia ser otimizada, ou até eliminada, pois o fornecedor possuía um processo bem
estruturado e informatizado, garantindo assertividade na entrega dos pedidos. Essa atividade podia ocorrer por
amostragem, otimizando o tempo.
O Macroprocesso de Armação apresentou-se com várias atividades e maior complexidade. Essas atividades necessitaram
de padronizações individuais e sinergia com as demais ações intralogísticas, com o objetivo de atingir a melhor
produtividade possível, o atendimento às leis trabalhistas de ergonomia e normativas de segurança no trabalho.
O processo de logística reversa também requereu padronização, principalmente em relação à formatação do espaço para
acúmulo dos resíduos de aço.
Com isso observou-se que o grande gargalo para a intralogística do aço na Obra estudada diz respeito ao uso de
equipamentos que auxiliem o descarregamento e movimentação do material pelo canteiro.
6. Conclusão
Neste trabalho foi realizada a análise dos processos que cercam a intralogística do aço em um canteiro de obra desde a
chegada do aço na obra até o momento que antecede sua aplicação em definitivo na estrutura em execução.
Com o objetivo de sistematizar informações sobre o correto manuseio do aço e cooperar com a melhoria dos processos
que ocorrem dentro dos limites de um canteiro de obra, é trazido à tona quais as atividades que requerem maior atenção
dos gestores das obras, visando sempre produtividade e segurança da produção.
O estudo mostrou que muitas atividades realizadas dentro do canteiro de obra são feitas de maneira aleatória e informal.
Parte da responsabilidade da organização do canteiro é transferida para os trabalhadores, que em geral não possuem as
instruções adequadas para confecção das estações de trabalho, baseando-se única e exclusivamente nas experiências
vividas em sua carreira profissional.
Ao longo da pesquisa observou-se que o grande gargalo para a intralogística do aço diz respeito ao uso de equipamentos
que auxiliem o descarregamento e movimentação do material pelo canteiro. Além desse ponto destacado é importante que
as normas regulamentadoras sejam cumpridas à risca para a preservação da saúde dos trabalhadores.
Nesta pesquisa são apontadas as situações que devem ser analisadas previamente pelos engenheiros civis, no momento do
planejamento do canteiro de obra, a fim de contribuir para a melhoria contínua e busca por excelência nas atividades que
envolvem o aço, material esse que possui relevância significativa em diversos aspectos em relação à estrutura de concreto
armado de uma edificação.