Camoes Monografia PDF
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CONTABILIDADE E FINANÇAS
Beira
2017
LEVI GUEDES MARIANO CAMÕES
O orientador
Beira
2017
DEDICATÓRIA
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus todo-poderoso, pela vida que concedeu-me, pelas suas bênçãos que a todo
momento têm-me servido de suporte e que no seio de uma vida excruciada e isenta de
recursos, abriu-me horizontes para que tivesse acesso ao Ensino Superior e ajudou-me a
ultrapassar todos os obstáculos que tendiam a comprometer a conclusão do curso em tempo
recorde.
Agradeço ao meu supervisor dr. Arcénio Manonga, pela sua sabedoria, paciência, e
perseverança que ofereceu me durante o período de execução, orientação e elaboração da
presente Monografia Científica.
De forma muito especial agradeço ao meu Pai Mariano Camões, que em sinal de confiança e
amor, me deu o seu nome, todo o seu apoio e esteve sempre presente nos momentos em que
precisei de sua ajuda, à minha mãe Beatriz Acácio que ensinou-me a ler, escrever e contar,
aos meus irmãos, Hilário Mariano Camões, Adelaide Moisés Roque e Jorge Almeida Camões
que de forma abnegada me deu seu apoio moral e material e sobretudo credibilidade e
confiança de que sempre precisei para a conclusão do curso.
É também merecida a minha gratidão ao colega Lidónio João Luís, pela compreensão do
tempo que me concedeu para digitação da presente monografia.
Meus agradecimentos também vão ao Gani Fernando da Silva, Leonel Viana Tomé Tenente,
Rashid Artur Fortes, e aos demais colegas que durante o curso souberam oferecer a sua
amizade.
Também agradeço à Emília da Felicidade Freitas Tiquilia, pelo afecto, amor, carinho,
compreensão e de todo apoio que ofereceu me durante a elaboração da presente monografia.
iv
DECLARAÇÃO
O Autor
________________________
O Supervisor
_____________________
v
RESUMO
vi
Índice
DEDICATÓRIA ........................................................................................................................iii
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. iv
DECLARAÇÃO ......................................................................................................................... v
RESUMO .................................................................................................................................. vi
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................ x
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO................................................................................................ 1
1.1 Introdução ............................................................................................................................. 1
1.2 Objectivos ............................................................................................................................. 2
1.2.1 Objectivo Geral .......................................................................................................... 3
1.2.2 Objectivos Específicos ............................................................................................... 3
1. 3 Justificativa .......................................................................................................................... 3
1.4 Problematização.................................................................................................................... 4
1.5 Hipótese ................................................................................................................................ 5
1.6 Delimitação da pesquisa ....................................................................................................... 6
1.7 Limitações da pesquisa ......................................................................................................... 6
1.8 Estrutura da pesquisa ............................................................................................................ 6
CAPÍTULO II – Revisão da Literatura ...................................................................................... 8
2.1 Normas Contabilísticas versus Normas Fiscais .................................................................... 8
2.1.1 O Resultado Contabilístico e o Resultado Tributável .............................................. 10
2.1.2 Base Fiscal................................................................................................................ 11
2.1.2.1 Base fiscal do Activo.......................................................................................... 11
2.1.2.2 Base Fiscal do Passivo ....................................................................................... 11
2.1.3 Diferenças Permanentes ou Definitivas ................................................................... 12
2.1.4 Diferenças temporárias ............................................................................................. 18
2.1.4.1 Diferenças temporárias tributáveis ..................................................................... 21
2.1.4.2 Diferenças temporárias dedutíveis ...................................................................... 22
2.2 Conceito de Imposto ........................................................................................................... 23
2.2.1 Classificação dos impostos....................................................................................... 24
2.3 Impostos Diferidos ............................................................................................................. 26
2.3.1 Contabilização dos Impostos Diferidos.................................................................... 29
vii
2.3.1.1 Métodos de contabilização dos Impostos sobre os lucros .................................. 30
2.3.1.1.1 Método do Imposto a pagar .......................................................................... 30
2.3.1.1.2 Método de contabilização dos efeitos tributários ......................................... 30
2.3.2 Reconhecimento e Mensuração dos Activos e Passivos por Impostos Diferidos. ... 35
2.3.2.1 Reconhecimento e registo de activos por impostos diferidos ............................ 36
2.3.2.2 Reconhecimento de passivos por impostos diferidos ......................................... 38
2.4 Impostos diferidos na análise financeira ............................................................................ 40
Capítulo III Metodologias ........................................................................................................ 42
3.1 Tipo de pesquisa ................................................................................................................. 42
3.1.1 Quanto a forma de abordagem ................................................................................. 42
3.1.2 Quanto aos objectivos .............................................................................................. 42
3.1.3 Quanto aos procedimentos técnicos ......................................................................... 42
3.2 Técnicas de colecta de dados .............................................................................................. 43
3.3 Métodos de apresentação, análise e interpretação de dados ............................................... 43
3.4 Universo e amostra ............................................................................................................. 43
3.4.1 Breve Historial do Elemento da População em Estudo .............................................. 44
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ....................................... 45
4.1 Introdução ........................................................................................................................... 45
4.2 Perfil do Entrevistado do Universo em Estudo .................................................................. 45
4.3 Análise e Interpretação dos Dados das respostas provenientes dos Questionários. ........... 45
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES ............................................ 47
5.1 Introdução ........................................................................................................................... 47
5.2 Considerações finais ........................................................................................................... 47
5.3 Sugestões ............................................................................................................................ 48
5.3.1 À Belchane Consultores .................................................................................................. 48
5.3.2 Ao Governo ..................................................................................................................... 48
5.3.3 Aos futuros pesquisadores ............................................................................................... 48
5.3.3 À Empresas alvo de estudo .............................................................................................. 48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 49
APÊNDICES ............................................................................................................................ 51
ANEXOS .................................................................................................................................. 56
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2. Operações que originam os activos e passivos por impostos diferidos .................... 39
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CP Capital Próprio
DR Demonstração de resultados
ID Impostos Diferidos
x
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
1
O enquadramento dos impostos diferidos nas rubricas do balanço, não só dependem das
exigências preconizadas nas NCRF 12, mas também depende do tipo de método de
contabilização dos impostos sobre os rendimentos que são adoptados nas empresas. Estes
métodos por sua vez, tem influências directas, pois, carregam consigo afastamentos de
interpretação das informações financeiras quando procura-se fazer a comparabilidade,
compreensibilidade e fiabilidade das DF’s entre diferentes países.
1.2 Objectivos
De forma a comunicar, a intenção geral do estudo e para chegar-se a uma resposta sobre o que
se pretende com o tema, foram definidos os seguintes objectivos:
2
1.2.1 Objectivo Geral
1. 3 Justificativa
A escolha do tema prende-se, por um lado, pelo facto das empresas moçambicanas no decurso
das suas transacções com o mercado nacional e internacional, serem alvo de maior atenção.
Estas obrigam-se a estarem a par de qualquer modificação dos normativos internacionais de
contabilidade e consequentemente, é exigida uma maior responsabilidade de suas acções no
meio empresarial. Assim sendo, constitui um desafio para as empresas moçambicanas, na
medida em que estas procuram adequar-se em cumprir com os normativos contabilísticos
internacionais. Por outro lado, as normas internacionais de contabilidade ainda constituem
algo novo e de difícil adaptação para as empresas moçambicanas. Sendo assim, levantou-se a
curiosidade de conhecer qual seria o nível de percurso de execução das normas internacionais
de contabilidade, especificamente da NCRF 12, que relata sobre os impostos diferidos nas
empresas da cidade da Beira.
Do ponto de vista académico considera-se importante o estudo do tema acima exposto para a
área de contabilidade, pois, assume-se como sendo mais um contributo a incrementar no
campo científico contabilístico, tornando este cada vez mais robustos de matérias
contabilísticas e proporcionando por um lado, soluções de dilemas relacionados com os
Impostos diferidos, pela qual as empresas tem enfrentado, e por outro lado, este tem tendência
de influenciar numa conduta mais responsável sobre o reconhecimento dos impostos diferidos
para quem procura engrenar no mundo empresarial bem como para os indivíduos que já se
encontram actuando no mesmo.
3
Do ponto vista económico e social, assume-se ser este trabalho benéfico para as entidades
empresariais assim como para o Estado, criando assim um ambiente económico saudável. As
entidades conscientes do objecto em estudo poderão fazer uma análise financeira mais
eficiente e transparente dos acontecimentos inerentes a empresa e delas tomarem decisões
mais acertadas possíveis. O estado deparando-se com entidades que pautam por mais
transparências nas suas transacções, podem melhorar o seu nível de arrecadação das receitas,
satisfazendo desta feita as necessidades públicas que por sua vez melhora o bem-estar social
da sociedade.
Deste modo espera-se que o trabalho contribua na percepção da temática relacionada com os
impostos diferidos, procurando saber que efeitos o seu reconhecimento tem sobre as
demonstrações financeiras quando são contabilizadas ou não pelas empresas na cidade da
Beira.
1.4 Problematização
A prática da não contabilização dos impostos diferidos e sua não revelação nos relatos
financeiros, acaba influenciando negativamente à qualidade das demonstrações financeiras,
contradizendo desta forma com o que foi preconizado no Decreto 70/2009, de 22 de
Dezembro, que as demonstrações financeiras devem mostrar a imagem verdadeira e
apropriada da entidade, ou mesmo um apresentação apropriada da posição financeira, do seu
desempenho e das alterações da posição financeira. Portanto, analisando o enunciado acima
exposto, levanta-se a seguinte questão:
4
Em que medida a situação relacionada com os impostos diferidos afectaram as
Demonstrações Financeiras das Empresas na cidade da Beira no período 2013-2015?
1.5 Hipótese
Hipótese primária
Hipótese secundária
5
1.6 Delimitação da pesquisa
Em relação ao campo de sua actuação, a pesquisa foi especificamente ligada a problemática
dos impostos diferidos. O campo geográfico de sua análise foi a província de Sofala mais
concretamente na cidade da Beira. O estudo de caso foi feito na empresa do ramo de
construção Civil, nomeadamente: Bechane Consultores.
Outra situação encarrada, que limitou o estudo foi a insuficiência de referências bibliográficas
que abordam a temática dos impostos diferidos, principalmente a falta de obras de autores
moçambicanos que evidenciassem como tem sido a implementação de novos normativos
internacionais de contabilidade em Moçambique, assim como a insuficiência de recursos
financeiros para atingir um campo de actuação geográfico maior.
No segundo capítulo temos uma visão geral do capítulo, dedicado a fundamentação teórica,
que corresponde a parte do desenvolvimento do tema. Nesta fase será abordado, o conceito de
impostos, o enquadramento dos impostos diferidos bem como todos os aspectos ligados a
temática, os aspectos relacionados com as diferenças entre as normas contabilísticas e as
normas fiscais, as diferenças de resultados que estes proporcionam, e os exemplos práticos.
No quarto capítulo dedicado a Análise e interpretação dos dados – faz-se a análise dos dados
recolhidos de forma a tirar as conclusões, de acordo com os objectivos e questões colocadas.
E Por fim temos o quinto capítulo, onde encontra-se as considerações finais, em que de
forma sintética se abordam as ilações gerais do trabalho; as sugestões e recomendações onde
estão patentes as medidas sugestivas com vista a inverter o cenário actual; as referências
bibliográficas - parte do trabalho onde constam as obram consultadas, apêndices – a parte pós-
textual do trabalho em que constam o exemplo dos questionários usados para a obtenção de
dados e por fim os anexos – parte pós textual do trabalho em que consta o exemplo das
demonstrações financeiras das empresas em que foram feitas o estudo de caso.
7
CAPÍTULO II – Revisão da Literatura
Para uma melhor contextualização no que diz respeito a situação da contabilização dos impostos
diferidos a nível das empresas, este capítulo traz uma base para melhor compreensão e o âmbito
da sua aplicação. Assim, de forma criteriosa recorreu-se à aspectos bibliográficos através da
revisão da literatura focalizada de modo a trazer as diversas abordagens discutidas em torno deste
tema.
Estas duas grandezas, possuem fortes diferenças que, Segundo (PAIS, 2000 apud CAIADO
2008:538) “devem-se ao facto de:
Olhando pelas asserções que evidenciam as diferenças entre estas duas normas, demonstram
existir a possibilidade de uma relação de interdependência.
Guimarães (1997), olha essa relação em três estágios. “O primeiro, está relacionado com a
subordinação da Fiscalidade à Contabilidade, na medida em que o resultado fiscal é o
resultado contabilístico, quando não existem correcções extra contabilísticas. O Segundo
8
estágio, está ligado a subordinação da Contabilidade à Fiscalidade, isto verifica-se mediante, a
forma como o resultado contabilístico é fortemente influenciado pelas regras fiscais. E por
fim, o terceiro estágio é a autonomia entre a Contabilidade e a Fiscalidade, isto é, o resultado
contabilístico é o ponto de partida para o cálculo do resultado fiscal e as divergências entre
ambos são tratadas extra contabilisticamente nas declarações de rendimentos”
Para (CAIADO & MADEIRA, 2008:539), as diferenças entre as regras fiscais e as normas
contabilísticas, tomam uma dinâmica mais detalhada, pois eles evidenciam a forma do
reconhecimento e mensuração dos elementos correspondente as demonstrações financeiras,
preconizando que “ao reconhecimento e mensuração de activos e passivos, capital próprio,
9
proveitos e custos conduzem ao aparecimento dos impostos diferidos resultantes de diferentes
origens”.
A base para a determinação do valor do imposto sobre os rendimentos a pagar por parte das
empresas, é constituído pelo lucro apurado nas Demonstrações Financeiras. Contudo, a
legislação fiscal, autoriza e noutros casos restringe, que certos elementos registados na
contabilidade sejam reconhecidos para efeitos fiscais. Tal situação, conduz ao reconhecimento
de dois resultados: Contabilístico apurado de acordo com as normas contabilísticas e o fiscal
determinado em conformidade com as normas fiscais.
10
Do ponto de vista de Carlos et.al. (2013), apontam que “ O Resultado Contabilístico e o
Resultado Tributável são grandezas distintas, pois existem importâncias que são gastos e
rendimentos contabilísticos, que não o são na óptica fiscal (exemplo: multas; amortizações
extraordinárias, etc.). E existem também importâncias que são gasto ou rendimento
contabilístico num ano em que só em exercícios posteriores são aceites fiscalmente (exemplo:
imparidades por cobranças duvidosas para além dos limites legais) ”.
Seguindo o mesmo fio de pensamento, é possível verificar que a distinção que existe entre
estas duas grandezas, está directamente ligado a forma com são tratados e mensurados os
gastos e rendimentos por cada uma delas. Entretanto, estas formas de tratamento bem como
de mensuração são baseadas de acordo com o objectivo que cada uma das grandezas possui,
originando assim bases fiscais com efeitos temporárias e permanentes.
As diferenças entre estes dois resultados podem ser temporárias e/ou permanentes e resultam
de situações em que haja divergência entre o que esta contabilizado e o que é aceite para
efeitos fiscais. Contudo, apenas as diferenças temporárias dão origem a impostos diferidos
(AZEVEDO, 2013: 95).
A base fiscal está relacionada com a quantia que será atribuída um determinado activo ou
passivo, para efeitos fiscais, que resultaram de transacções em que o reconhecimento e a
mensuração dos mesmos foram elaborados de acordo com os princípios contabilísticos
geralmente aceites, e que mediante à óptica fiscal não são aceites. Conforme as normas de
contabilidade e relato financeiro 12, evidencia que a base fiscal pode ser de um activo ou
passivo.
A base fiscal de um activo é a quantia que será dedutível para efeitos fiscais contra quaisquer
benefícios económicos tributáveis que fluirão para uma entidade quando esta recuperar a
quantia registada do activo. Se esses benefícios económicos não forem tributáveis, a base
fiscal do activo é igual à quantia registada desse activo.
A base fiscal de um passivo é a sua quantia registada menos qualquer quantia que seja
dedutível para efeitos fiscais em períodos contabilísticos futuros em relação a esse passivo.
No caso de réditos em relação aos quais foram recebidos adiantamentos, a base fiscal do
11
correspondente passivo é a sua quantia registada menos qualquer quantia do redito não
tributável em períodos contabilísticos futuros.
COSTA (2014:1080) em seus conceitos sobre a base fiscal, não foge da ideia central do
conceito já preconizado pelas directrizes contabilísticas. Para o autor, “a base tributável de um
activo é a quantia que será deduzida para efeitos fiscais aos benefícios económicos que fluam
para empresa quando ela recupera a quantia escriturada do activo, e a base tributável de um
passivo é a quantia porque se encontra registado, deduzida de qualquer outra que seja
dedutível para efeitos fiscais revelem a tal responsabilidade em períodos futuros”. Do
conceito pode-se verificar a diferença do termo fiscal e tributável, o que na verdade levam
todos à um único significado.
A directriz contabilística, assume existirem vezes em que alguns itens têm uma base fiscal
mas não estão reconhecidos como activos ou passivos no balanço. É o caso, por exemplo de
algumas despesas que são reconhecidas como um gasto no período contabilísticos em que são
suportados mas não podem ser dedutíveis na determinação do resultado tributável desse
período (podendo sê-lo em períodos posteriores).
A diferença entre a quantia que as autoridades fiscais permitem deduzir nos períodos futuros
(base fiscal) e a quantia registada na contabilidade de zero, é uma diferença temporária que dá
origem a um activo por impostos diferidos, não obstante o reconhecimento do activo por
imposto diferido devem satisfazer as condições pela qual a norma exige.
12
Para Da Costa (2008:1061), “as diferenças resultantes de gastos nunca aceites pela
Administração fiscal são frequentemente designadas de diferenças permanentes ou
definitivas”, o autor toma como exemplo: as despesas confidenciais ou não documentadas, as
multas fiscais e juros compensatórios, as indemnizações por eventos seguráveis, certos gastos
além dos limites fixados e o próprio imposto sobre o rendimento.
Este facto pode constatar-se no artigo 36 do código do Imposto sobre o rendimento de pessoas
colectivas (IRPC), quando preconiza sobre os encargos não dedutíveis para efeitos fiscais,
como veremos de seguida:
14
embora sejam gastos considerados pela contabilidade, mas em termos fiscais não serão aceites
como gasto.
Para melhor explanar em que momento nos encontramos com situações ligadas as diferenças
permanentes, vejamos a ilustração do seguinte exemplo:
Exemplo 1
Uma determinada empresa de sociedade por quotas limitadas, durante o exercício económico
do ano N teve como resultado contabilístico 80.000,00 Mts. Entretanto as despesas totais que
ascendiam em 220.000,00 Mts, 30% representavam despesas com indemnização de um evento
que seria possível de ser segurado e que 3% das despesas totais estavam relacionados com
encargos de carácter confidencial e não documentados.
Proposta de Resolução:
15
c) Situação 1: Determinação do lucro tributável e IRPC segundo PCGA
Descrição Valor
Resultado Contabilístico 80.000,00
+ Adicionamentos: 0,00
- Deduções 0,00
= Lucro Tributável 80.000,00
- Prejuízos fiscais de exercícios anteriores 0,00
= Matéria Colectável 80.000,00
x Taxa do IRPC 32%
= Colecta 25.600,00
- Retenção não fonte 0,00
- Pagamento por conta 0,00
- Reportes de créditos anteriores 0,00
= IRPC liquidado 25.600,00
- Dupla tributação económica 0,00
- Dupla tributação internacional 0,00
- Benefícios fiscais 0,00
- Pagamentos especiais por conta 0,00
= IRPC a final 25.600,00
+ Tributação autónoma (35%) referente a
despesas confidencias e não documentadas.
6.600,00 x 35% 2.310,00
= IRPC à Pagar 27.910,00
Esta situação remete-nos ao que foi considerado por Guimarães (1997), na relação de
interdependência, em relação ao primeiro estágio de subordinação, que assume-se o resultado
contabilístico ser igual ao resultado fiscal (resultado tributável), não havendo lugar ao
surgimento de diferenças permanentes.
16
Situação 2 : Determinação do lucro tributável e IRPC segundo o sistema Fiscal
Descrição Valor
Resultado Contabilístico 80.000,00
Adicionamentos:
+ Despesas com indemnização = 66.000,00
Despesas confidenciais e não documentadas = 6.600,00 72.600,00
- Deduções 0,00
= Lucro Tributável 152.600,00
- Prejuízos fiscais de exercícios anteriores 0,00
= Matéria Colectável 152.600,00
X Taxa do IRPC 32%
= Colecta 48.832,00
- Retenção não fonte 0,00
- Pagamento por conta 0,00
- Reportes de créditos anteriores 0,00
= IRPC liquidado 48.832,00
- Dupla tributação económica 0,00
- Dupla tributação internacional 0,00
- Benefícios fiscais 0,00
- Pagamentos especiais por conta 0,00
= IRPC a final 48.832,00
+ Tributação autónoma (35%) referente a despesas confidencias e
não documentadas.
6.600,00 x 35% 2.310,00
= IRPC à Pagar 51.142,00
Tendo como enfoque a situação 2, por esta estar directamente relacionado com a realidade
económica, é possível verificar que, embora os custos com as despesas de indemnização e de
carácter confidencial, respectivamente (66.600,00 e 6.600,00) sejam considerados pela
contabilidade da empresa, os custos destas transacções fazem com que haja diferenças
permanentes, e estas diferenças são sempre tributadas na medida em que o valor
correspondente ao evento que lhe deu origem fizer parte dos adicionamentos para fazer face
ao cálculo do lucro tributável até a aplicação da taxa do imposto do IRPC sobre a matéria
colectável segundo o sistema fiscal.
A situação 2, esta ligada ao segundo estágio considerado por Guimarães (1997), na relação de
interdependência, onde mostra-se que o resultado contabilístico sofre uma influência pelas
regras fiscais. Entretanto na medida em que há o surgimento das diferenças permanentes,
observa-se que estas levam a diferenciação entre o resultado contabilístico e o lucro
17
tributável. Contudo, a diferença permanente mostra-se ser o fruto da legitimidade e da
independência fiscal e nalguns casos, podem desincentivar na prática de eventos que não são
documentados e reduzir o número de despesas confidenciais devido a tributação autónoma
que estas sofrem.
Segundo Da Costa (2008:1061), diz que “ deste tipo de diferença não resulta qualquer
dificuldade contabilística, na medida em que afectam o resultado fiscal no exercício em que
são reconhecidos na demonstração dos resultados”
Na visão de LOPES, Carlos. et. al (2013:612) “diferenças temporárias: são diferenças entre a
sua quantia escriturada de um activo ou de um passivo na demonstração da posição financeira
e a sua base fiscal”
Já, para Da Costa (2008:1062), não foge muito da ideia do Caiado (2008:539), ao afirmar que
“as diferenças do segundo tipo (diferenças temporárias) porque se originam num exercício e
se revertem num ou mais exercícios seguintes, enquadram-se nas denominadas diferenças
temporárias”, evidenciando como exemplo: os ajustamentos de aplicações de tesouraria, os
ajustamentos de dividas a receber e as provisões para garantia à clientes.
18
Importa referir que todas as diferenças tempestivas implicam bases
tributáveis de activos ou passivos diferentes dos seus valores contabilísticos
(diferenças temporárias). No entanto, nem todas as diferenças temporárias implicam
diferenças tempestivas, isto porque, os efeitos fiscais que afectam as bases tributáveis
no exercício em que surgem as diferenças temporárias podem não afectar o resultado
do exercício (CAIADO, 2008:540)
Olhando pelo pressuposto acima, quando é referido que os efeitos fiscais que afectam as bases
tributáveis no exercício em que surgem as diferenças temporárias podem não afectar o
resultado do exercício, está relacionada com situações em que nem todas as diferenças entre
os valores contabilísticos e as bases fiscais têm impactos a nível de gastos e rendimentos do
exercício, portanto, este aspecto pode ser verificado nos casos relacionados, com a mudança
de critérios de mensuração dos activos, isto é, a revalorização de activos fixos tangíveis pelo
justo valor, em que os ganhos ou perdas que são reconhecidos afectam directamente o capital
próprio e não o resultado do exercício.
De acordo com Da Costa (2008), sumariza esta questão das diferenças temporárias, ao firmar
que:
Estes últimos pressupostos enunciados por Da Costa (2008), são definidos pelo IASB e pela
CNC como sendo a diferença entre a base tributável de um activo ou passivo e a quantia por
que é evidenciado nas demonstrações financeiras.
Um exemplo muito simples permite ilustrar o impacto dos efeitos tributários no resultado
líquidos do exercício e, consequentemente, no resultado por acção:
19
Exemplo 2:
Em 20X1, a empresa Alfa interpôs acção judicial pelo que o ajustamento passou a ser
aceite como custo fiscal na totalidade. Neste exercício o resultado contabilístico de 5000
será reduzido da quantia adicionada e tributada em 20X0.
Resolução:
Taxa real suportada ao imposto corrente 20X0: 2.385,00/8.000,00 = 0,2981 x 100% = 29,81%
O exemplo apresentado permite constatar que por via das diferenças temporárias o imposto
corrente de 20X0 corresponde a uma taxa de 29,81% do resultado contabilístico antes do
20
imposto enquanto em 20X1 a taxa resultante é de apenas 21, 2%. Caso o imposto não fosse
corrigido do efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias o resultado líquido do
exercício não seria determinado de acordo com os princípios de contabilidade geralmente
aceites.
Reavaliações;
Ajustamento de activos não monetários em economia hiper-inflacionária;
Activos e passivos não monetários de um estabelecimento estrangeiro que seja parte
integrante das operações da entidade que relata quando sejam transpostas às taxas de
câmbio históricas, e
Do reconhecimento inicial quando existirem diferenças entre as quantias porque são
registados os activos e passivos e a sua base de tributação.
Para Lopes, Carlos. et. al (2013:612) “As diferenças temporárias podem ser: diferenças
temporárias tributáveis e diferenças temporárias dedutíveis”
21
tributável será revertida e a entidade terá um lucro tributável tornando provável que benefícios
económicos fluirão para a entidade na forma de pagamentos de impostos.
Segundo a directriz contabilística moçambicana, na norma 12, no seu parágrafo 17, apresenta
alguns exemplos desse tipo de diferenças temporárias, que consequentemente originam os
passivos por impostos diferidos, a saber:
Caiado (2008: 545), define Diferenças temporárias dedutíveis como sendo “diferenças
temporárias de que resultam importâncias que sejam dedutíveis na determinação do resultado
fiscal de períodos futuros, quando os correspondentes activos ou passivos se extinguirem”
O imposto é uma prestação pecuniária, singular ou reiterada que não apresenta conexão com
qualquer contraprestação retributiva especifica, exigida por uma entidade pública a uma
entidade (sujeito passivo1), utilizada exclusiva ou principalmente para a cobertura de despesas
públicas (SANCHES, 2007:22).
Seguindo este conceito, é possível verificar em determinado momento que o imposto é uma
quota-parte, única ou continua que tem uma característica obrigatória e que por mais que seja
desembolsado uma determinada quantia por parte do sujeito passivo, isto não implica
1
Sujeito passivo da relação tributária é a pessoa singular ou colectiva, o património ou a organização de facto ou
direito que, nos termos da lei, está vinculado ao cumprimento da prestação tributária, seja como contribuinte
directo, substituto ou responsável.
23
necessariamente a entidade publica que exige o imposto de fornecer lhe algum tipo de favor
ou beneficio particular, e por fim, pode notar-se que o destino último dos impostos é cobrir as
despesas públicas provenientes das necessidades colectivas, constituindo esta um meio de
arrecadação de receitas por parte da entidade pública.
Esta definição, não aceita apenas que o imposto tem como finalidade a satisfação das
necessidades públicas mas também, vela pela redistribuição de riqueza, contudo, pode-se
verificar que é um conceito mais abrangente do que venha ser o imposto.
Tendo em conta, as literaturas que abordam aspectos relacionados com a classificação dos
impostos, verifica-se a existência de vários tipos, distribuídos em ramos diferentes.
Entretanto, a maior parte das literaturas assume existirem no geral dois tipos: os impostos
directos e indirectos, que desdobram-se de várias formas.
Para Sanches (2007), quanto aos tipos de impostos, o autor assume existirem dois tipos, os
impostos directos e os indirectos, afirmando que, “ nos impostos directos existe, no regime do
imposto, uma coincidência entre o devedor do imposto e aquele que o vai suportar em termos
económicos enquanto que nos impostos indirectos o devedor do imposto procede a sua
repercussão junto daquele que o deve suportar. (SANCHES, 2007:25)”
24
a) Critério financeiro
Por este critério são directos os impostos que atingem manifestações
imediatas da capacidade contributiva e têm por pressuposto a própria existência dum
sujeito, dum património ou dum rendimento. Impostos indirectos serão aqueles que
atingem manifestações mediatas da capacidade contributiva e tributam a despesa ou a
transferência de bens ou manifestações indirectas da capacidade tributária passiva.
b) Critério económico
Por este critério, os impostos directos visam atingir faculdades contributivas
permanentes ou estáveis ou aquelas que não constituem custos de produção das
empresas. Os impostos indirectos corresponderão aos impostos sobre o consumo que
deduzidos do produto nacional fazem apurar o rendimento nacional e visam atingir
faculdades contributivas intermitentes.
d) Critérios jurídicos
d.1. Critério do lançamento administrativo
Directos seriam aqueles impostos em que houvesse um acto administrativo de
lançamento e indirectos seriam aqueles em cujo procedimento fiscal não houvesse
lançamento.
d.2. Critério do rol nominativo ou critério administrativo
São directos os impostos cujo lançamento é feito com base numa lista
nominativa de contribuintes preexistente na administração fiscal. Os indirectos serão
os impostos cujo lançamento não se baseia em lista pré-elaborada pela administração
fiscal.
d.3. Critério do tipo de relação jurídica, base do imposto
Será indirecto o imposto cuja relação jurídica e desencadeada por factos
isolados, instantâneos e sem continuidade. Se a relação jurídica basear-se em situações
não temporárias, mas estáveis, geradoras de obrigações jurídicas, isto é, renováveis
periodicamente, o imposto que dela nascer é directo.
Nesse âmbito, quanto a classificação dos impostos, pode-se verificar que os impostos sobre os
lucros (correntes ou diferidos), assemelham-se, aquele conjunto das características que foram
25
enunciados nos impostos directos, isto é, os impostos diferidos ou correntes são classificados
como impostos directos.
De acordo com o Plano Geral de Contabilidade com base nas Normas Internacionais de
Relato Financeiro (PGC-NIRF), aprovado pelo Decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro, esta
norma tem como objectivo estabelecer o tratamento dos impostos sobre os lucros
designadamente como contabilizar as consequências actuais e futuras, em impostos
relacionados com:
Quanto ao seu âmbito o PGC-NIRF preconiza que os impostos sobre o rendimento incluem
todos os impostos baseados nos lucros tributáveis, quer sejam impostos nacionais quer
estrangeiro.
Partindo do pressuposto acima exposto, é possível verificar que a existência dos impostos
diferidos vem acompanhado quando é fundamentado as divergências entre a contabilidade e a
fiscalidade, e por conseguinte, eles fazem-se reflectir nas demonstrações financeiras todos os
efeitos provenientes das normas fiscais, efeitos estes que são originado das correcções feitas
nas transacções contabilísticas seguidas de acordo com PCGA. Entretanto, para que as DF’s
continuem apresentado uma imagem fiel, verdadeira e apropriada da situação económico-
financeira, o qual é o esperado que as DF’s possuam, recorre-se no uso de dois princípios
26
contabilísticos geralmente aceites, nomeadamente: o de especialização do exercício e o da
prudência.
Nesse sentido, os impostos diferidos, tendem a considerar numa primeira fase, as transacções
contabilísticas que estiveram em conformidade com os princípios de contabilidade geralmente
aceites, mas que em termos dos normativos fiscais sofreram correcções por não serem aceites
e foram tributadas directamente na matéria colectável do período corrente, permitindo dessa
forma que tais transacções corrigidas sejam dedutíveis na matéria colectável nos períodos
futuros. E numa segunda fase, tendem a velar para as operações contabilísticas que são
tributadas por direito num período corrente mas por imperativos das normas fiscais elas são
diferidas e tributadas num período futuro. Estas duas situações dão lugar aos activos e
passivos por impostos diferidos.
No entanto, Guimarães (1997), vem reforçar a origem dos impostos diferidos, evidenciando
que, os “impostos diferidos surgem devido às mencionadas divergências entre o resultado
contabilístico (ou o resultado liquido do exercício), determinado com os PCGA e o resultado
fiscal (classifica-se de “lucro tributável” se for positivo e de “prejuízo” para efeitos fiscais se
for negativo) ”
Uma outra situação geradora de impostos diferidos é a que respeita à diferença existente entre
os critérios de amortização para efeitos contabilísticos e os aceites para efeitos fiscais (Da
COSTA, 2001:1032)
Nesta ordem de ideias, pode se verificar que existe uma visão cósmica acerca do surgimento
dos impostos diferidos, todas elas baseadas na coligação da contabilidade versus fiscalidade.
27
autor é favor de que nos relatos financeiros deviam integrar os impactes fiscais decorrentes
das diferenças dessas duas correntes, considerando-se mais a substância das operações e não a
sua forma.
Desta feita, são apresentadas em uma tabela, as principais operações que dão lugar aos
impostos diferidos e a sua respectiva movimentação que são objectos da relevação
contabilística.
Movimentação
Operação Conta (s) a Conta (s) a creditar
debitar
Perdas por Imparidade em dívidas a receber 4.4.6.1 8.5.2
para além dos limites legais
Revalorização dos activos fixos tangíveis e 5.6.2.2 4.4.6.2
intangíveis
Subsidio ao Investimento 5.8.2 4.4.6.2
Prejuízo Fiscal Dedutível 4.4.6.1 8.5.2
Depreciações e amortizações além dos limites 4.4.6.1 8.5.2
legais
Realização do passivo por Imposto Diferido 5.9 5.6.2.2
Reversão do Passivo por Imposto Diferido 4.4.6.2 8.5.2
Reversão do Activo por imposto Diferido 8.5.2 4.4.6.1
Fonte: Ilídio Lopes (2013:356)
28
Esta tabela é referente as principais operações que originam os impostos diferidos, em relação
as contas usadas na movimentação, foram aproximadas tendo por base, o código de contas
que consta no PGC-NIRF, utilizado em Moçambique, portanto, as contas acima indicadas têm
a seguinte designação:
Nesse sentido, a contabilização dos ID, fruto da contabilização das consequências fiscais dos
impostos sobre os lucros, parece prevalecer das divergências entre a contabilidade e a
fiscalidade, facto que o torna complexo.
Na contabilização dos impostos diferidos sobre os lucros outra questão que se coloca é a
de mensuração, se devem ser reconhecidos numa perspectiva do imposto que se estima venha a
ser liquidado, em sede de imposto sobre o rendimento, com referencia a matéria colectável do
período (numa óptica de caixa); ou se deve ser reconhecido no quadro dos designados
“impostos diferidos”, contemplando, por isso, também as diferenças temporárias entre o
resultado contabilístico e o resultado tributável (numa óptica de acréscimo) (DA SILVA ,
2010:201)
29
métodos ou modelos de contabilização dos impostos, que por sua vez, pode ser adoptada de
acordo com a dimensão da empresa.
Esta asserção vem dar mais suporte, quando foi evidenciado que a contabilização dos
impostos diferidos embora fácil, traz consigo um grau de complexidade bastante elevado.
Considerando os impostos sobre lucros como custos do período, a sua contabilização pode ser
efectuada de acordo com o método de imposto a pagar ou através de métodos de
contabilização dos efeitos tributários (CAIADO, 2008: 547)
Para Caiado (2008:547), neste método, o custo de imposto sobre os lucros é reconhecido
numa base de regime de caixa, considerando que, os efeitos tributários sobre os lucros devem
ser reconhecidos nas demonstrações financeiras como a quantia a pagar (recuperar) de
impostos correntes calculados a partir do lucro tributável do período económico.
Nesse sentido, o enfoque do Caiado não difere do que foi preconizado por Da costa(2008) ao
se referir, de como funciona o método do imposto a pagar. Da Costa (2008), vai mais além ao
referir que, a aplicação deste método pressupõe que os impostos sobre os lucros são mais
distribuições do que gastos, não atendendo, por consequência, aos princípios de contabilidade
geralmente aceites, nomeadamente o do acréscimo.
Nestes métodos consideram-se que os impostos sobre os lucros são custos incorridos pela
empresa, no sentido de obter lucros, sendo contabilizados nos períodos em que também os
são, as transacções e eventos com que se relacionam (PAIS, 2000:41 apud CAIADO,
2008:547)
30
Portando, assume-se que neste método, os princípios de contabilidade geralmente aceites, não
são violados ou mesmo ignorados, pois é também através deste método de contabilização, que
se faz recorrer ao reconhecimento de activos ou mesmo dos passivos por impostos diferidos.
Ainda neste método, Caiado (2008), afirma a existência de diversos métodos que repercutem
aos impostos correntes os efeitos tributáveis das diferenças temporárias a saber:
a) Método do Diferimento
Segundo este método, as consequências tributárias das diferenças tempestivas
correntes, são diferidas ou acrescidas e imputadas aos períodos futuros em que
reverterem as diferenças diferenças tempestivas, não abordando as diferenças
temporárias.
Este método já foi abandonado pelas principais normas internacionais pelo que não é
preconizado pela directriz contabilística, (CAIADO, 2008: 548)
Segundo este método os efeitos tributários das diferenças temporárias são calculados e
relatados como activos e passivos por impostos diferidos, isto é, são encaradas como
dando origem a passivos por imposto a pagar no futuro (passivos por impostos), ou
impostos pagos adiantadamente (activos por impostos). Este método possui duas
variantes:
31
Método da divida baseada nas demonstrações de resultados – centrado nas
diferenças tempestivas;
Segundo Pais (2000), citado por Caiado (2008:548), “o método do valor liquido do
imposto não é propriamente um método de cálculo dos efeitos tributários das
diferenças temporárias, pois estes continuam a ser calculados usando o método do
diferimento ou da dívida.
De acordo com Da Costa (2008:1083), afirma, existirem países em que os efeitos tributários
derivados de diferenças entre os normativos contabilísticos e fiscais ainda não são geralmente
considerados, e outros países em que tal procedimento constitui prática corrente. Entretanto,
pode dar a entender, que o método mais utilizados na contabilização dos impostos sobre os
lucros seja o método do imposto a pagar, uma vez que, o método dos efeitos tributários ainda
constitui um factor complexo, devido a aceitação da contabilização ou não dos impostos
diferidos por parte das empresas, que vai em conformidade com a dimensão da empresa.
Exemplo 3:
32
Descrição 20X0
Resultado contabilístico antes do Imposto 6.750,00
+ Gastos não fiscais (a acrescer)
Multas fiscais 100,00
Provisões para garantia a clientes 600,00
Indemnizações por eventos seguráveis 150,00
a) O imposto sobre o lucro com base no método a pagar e determinar o resultado líquido
do exercício.
b) O imposto sobre o lucro com base no método do passivo e determinar o resultado
líquido do exercício.
Resolução:
p/ imposto estimado
Descrição 20X0
Resultado contabilístico antes do Imposto 6.750,00
+ Diferenças definitivas
Multas fiscais 100,00
Indemnizações por eventos seguráveis 150,00 250,00
Diferenças temporárias dedutíveis
Provisões para garantia a clientes 600,00
Lançamento:
Descrição Débito Crédito
34
(6.750,00 + 250,00) x 0,30 = 2.100,00
De notar que as provisões para garantias a clientes constituem um passivo de base tributável
nula na medida em que a mesma corresponde à quantia que são dedutíveis para efeitos fiscais
relativamente a esse passivo em períodos futuros.
Segundo Caiado (2008: 548), “Em relação aos métodos de contabilização dos efeitos
tributários, o reconhecimento e mensuração dos activos e passivos, resultantes das diferenças
temporárias, pode ser efectuado segundo duas formas:
35
2.3.2.1 Reconhecimento e registo de activos por impostos diferidos
Segundo a directriz contabilística moçambicana, respeitante a norma 12, no seu parágrafo 16,
evidencia que, o reconhecimento de um activo pressupõe que a sua quantia registada será
recuperada através de benefícios económicos que fluirão para a entidade no futuro.
De acordo com a NRCF 12, “Devem ser reconhecidos activos por impostos diferidos para
todas as diferenças temporárias dedutíveis na medida em que for provável que o resultado
tributável, estará disponível para ser utilizado contra as diferenças temporárias dedutíveis,
excepto quando tais activos por impostos diferidos resultem do reconhecimento inicial de um
activo ou passivo numa transacção que:
Tendo em consideração, o pressuposto acima referido, Lopes (2013), olha essa abordagem,
como sendo probabilística demais, o que poderá numa fase dificultar o seu reconhecimento,
devido aos pressupostos condicionais que estas carregam consigo, como podemos então, ver a
ênfase do autor:
“ Relativamente ao reconhecimento de activos por impostos diferidos,
importa referir que essa possibilidade esta condicionada a existência de lucro
tributável relativamente ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada ou à
disponibilidade de lucros tributáveis futuros contra os quais possam ser usadas as
perdas fiscais não usadas e os créditos fiscais não usados. Estas asserções, de natureza
probabilística, para além de acentuarem a discricionariedade, incutem uma maior
exigência a nível do relato financeiro em termos de divulgação dos pressupostos que
as suportam (LOPES, 2013: 355).
Neste sentido, é possível verificar que, reconhecer um activo por imposto diferido não é tão
simples como parece, devido ao pressuposto ou exigências que lhe são requeridas, entretanto,
torna-se difícil fazer o seu reconhecimento de forma evidente com um alto grau de certeza,
pois, trata-se de um fenómeno aleatório, ao procurar-se pré-determinar a existência de lucros
para a empresa num futuro exercício económico, uma vez que, as transacções contabilísticas,
bem como os factos históricos com relação ao património de uma entidade empresarial, não
36
depende apenas das acções da empresa em si, mas também, de todos os colaboradores
internos e externos que diariamente lhe dão com a entidade empresarial, sem deixar de lado
factores demográficos, contudo, o pressuposto probabilístico, não pode ser um obstáculo para
não se poder realizar o reconhecimento dos activos por impostos diferidos, pois, uma gestão
empresarial com altos níveis de desempenho, pode ser um bom indicador para tornar uma
empresa mais lucrativa num futuro económico.
Quanto aos AID resultantes de reportes de perdas fiscais não utilizados e dos créditos
tributáveis não utilizados, a NCRF 12, evidencia que, “ deve ser reconhecido um activo por
imposto diferido em relação aos prejuízos fiscais não utilizados na medida em que seja
provável que estarão disponíveis lucros fiscais futuros contra os quais os prejuízos fiscais não
utilizados e os créditos fiscais não utilizados podem ser deduzidos”. Entretanto, considera-se
que ao existir prejuízos fiscais leva a fortes evidências de que lucros tributáveis futuros
possam não estar disponíveis.
De acordo com a NCRF 12, no parágrafo 25, uma entidade deve considerar os seguintes
critérios para avaliar a probabilidade de que estarão disponíveis lucros tributáveis contra os
quais os prejuízos fiscais e os créditos fiscais podem ser utilizados:
Quando uma entidade tiver diferenças temporárias tributáveis suficientes que resultem
em quantias de impostos contra os quais podem ser utilizados prejuízos fiscais e
créditos fiscais antes de expirarem;
Quando for provável que a entidade tenha lucros tributáveis antes de os prejuízos
fiscais e os créditos fiscais expirarem; e
37
Quando os prejuízos fiscais não utilizados resultarem de causas perfeitamente
identificadas que é improvável que voltem a ocorrer.
A NCRF 12, ainda acrescenta, preconizando que “ sempre que não for provável que existirão
lucros tributáveis disponíveis contra os quais prejuízos fiscais e créditos fiscais não utilizados
possam ser deduzidos, o activo por impostos diferidos não deve ser reconhecido”
Entre as muitas situações geradoras de PID, Da Costa (2008:1090), diz serem salientadas as
seguintes:
Tipo de
Impacte nas Alteração da
Descrição Imposto
DF base Fiscal
Diferido
A tabela 2 refere-se as operações que originam os activos e passivos por impostos diferidos,
fazendo desta uma menção daquelas que são as operações principais, atendo e considerando
os impactos que cada operação tem no capital próprio e na demonstração de resultados.
39
Segundo COSTA (2001:1021) A contabilização dos activos e dos passivos por impostos
diferidos exige os seguintes passos:
O autor sustenta que “ apesar do princípio da consistência que permite, de certo modo, a
comparabilidade da informação financeira, a verdade é que as regras contabilísticas estão
constantemente a mudar, muitas vezes por imperativo das alterações no ambiente económico
e financeiro.
Quanto a questões relacionadas com as decisões sobre os custos fiscais Das Neves (2005:16),
salienta que
Segundo o Plano Geral de contabilidade com base nas normas Internacionais de Relato
Financeiro (PGC-NIRF), aprovado pelo Decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro. O objectivo
das demonstrações financeiras é o de proporcionar informações sobre a posição financeira, o
desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e que seja útil a um
conjunto alargado de utilizadores para tomarem decisões económicas”
A análise visa relatar, com base nas informações contabeis fornecidos pela
empresa, a posição económica financeira actual, as causas que determinaram
a evolução apresentada e as tendências futuras, em outras palavras, pela
análise extraem-se sobre as posições passadas, presente e futuro (projectada)
de uma empresa” (NETO, (1998) Apud. SALAZAR, 2004).
Nesse âmbito, qualquer que seja analise financeira feita por uma entidade ela deve ir de
acordo com os indicadores que melhor revelaram o desempenho daquela organização segundo
a dimensão da empresa. Entretanto esta análise tem como objectivo relatar a situação da
empresa tendo em vista o passado, o presente e o futuro económico da entidade.
41
Capítulo III Metodologias
Neste capitulo pretende-se abordar quais foram os métodos e as técnicas usados no processo
de pesquisa a fim de extrair-se resultados que atinjam os objectivos da pesquisa previamente
proposto, entretanto, evidenciou-se o tipo de pesquisa a ser seguida, as técnicas para colectar
os dados brutos, os métodos empregues para a apresentação, analise e interpretação de dados
e por fim a identificação de qual foi o universo e amostra para o estudo de caso.
Os dados qualitativos obtidos por meio dos questionários foram posteriormente sujeitos a
análise de conteúdos tendo em consideração o que pretendia-se com cada questão.
O método de tratamento de dados foi realizado em cinco etapas i) identificação de cada
questão; ii) transcrição das respostas vindas dos questionários ii) analise segundo o que era
pretendido; iv) constatação de similaridade de cada questão bem como a interdependência da
mesma; e v) confronto dos resultados em função da revisão da literatura e possíveis
identificações de erros ou falhas.
Foi feita uma revisão textual baseada na eliminação de erros capazes de provocar enganos na
apresentação e posteriormente os dados foram organizados de forma prática e racional. Para
apresentação de dados foi utilizado um pacote informático nomeadamente; Microsoft word.
44
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
4.1 Introdução
No entanto, de realçar que esta parte do trabalho é muito importante, visto que dela foi possível
retirar as conclusões e obter respostas práticas sobre a realidade da situação da contabilização dos
impostos diferidos. Sendo assim, são avaliadas as respostas de cada questão, com vista a obter
uma informação coesa da situação da contabilização dos impostos diferidos na empresa em
estudo.
4.3 Análise e Interpretação dos Dados das respostas provenientes dos Questionários.
Já alguma vez contabilizou os impostos diferidos? A resposta foi sim, considerando os activos
e os passivos por impostos diferidos. Pressupõem-se neste caso que pode-se contabilizar os
impostos mas estes não deverão fazer parte do relato financeiro e nem constar na rubrica do
balanço principalmente os activos por impostos diferidos devido as exigências que o seu
reconhecimento requer.
A empresa tem feito a revisão dos activos por impostos diferidos mas não tem evidenciado
nas demonstrações financeiras.
45
Em relação aos aspectos que se tem verificado com mais frequência que podem originar os
impostos diferidos, a resposta é prejuízo fiscal. Considera-se entretanto, que a maior parte das
empresas tem tendências de contabilizar os activos por impostos diferidos provenientes dos
prejuízos fiscais, mas estas ficam limitadas por não saberem se no exercício económico
seguinte obterão lucros, negligenciado assim o reconhecimento de activos por impostos
diferidos por questão de prudência, entretanto, assume-se que as suas demonstrações
financeiras podem não condizer com a realidade que se vive.
Na questão relacionada com os métodos de imposto a pagar, uma vez que, quanto a dimensão
da empresa pertence as pequenas empresas, a resposta mais evidente é o método de impostos
a pagar, deixando assim de considerar qualquer contabilização dos efeitos tributários, o que
implica a não contabilização dos impostos diferidos. Em função do que motivou o uso deste
método a resposta é totalmente determinística ao dizer que é o mais adequado para a empresa.
E em relação aos outros métodos, a resposta foi são inadequados a empresa.
Com objectivo de conhecer qual seria o impacto da contabilização dos impostos diferidos,
uma vez que fossem reconhecidos nas demonstrações financeiras da empresa, o entrevistado
disse que seria positivo, pois haveria de melhorar a estrutura económica-financeira e dos
rácios da empresa, pois a contabilização dos impostos diferidos, haveriam de afectar os
indicadores relacionados com a autonomia financeira e a solvabilidade, dando assim mais
credibilidade aos novos investidores bem como os agentes de empréstimos de créditos quer
seja bancários ou não. E quanto ao modelo das DF’s que se fariam sentir no processo de
contabilização dos impostos diferidos a resposta foi Balanço e demonstração dos resultados.
Pretendendo saber como seria o processo de contabilização dos impostos diferidos, uma vez
que a contabilização deste exige passos a seguir, a resposta foi simplesmente normal.
Entretanto não deixou de mencionar que uma das dificuldades encaradas em todo esse
processo, seria a obtenção de informações adequadas sobre os aspectos que originam apenas
os activos por impostos diferidos.
Em relação a uma decisão futura a tomar sobre a contabilização dos impostos diferidos, a
resposta foi, ser consistente na contabilização independentemente dos seus impactos.
46
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
5.1 Introdução
Depois deste todo processo de pesquisa, com este capítulo pretende-se concluir os aspectos
pesquisados bem como deixar algumas considerações que o pesquisador acha necessário e
importantes quer para as empresas, ou então todos os que terão a oportunidade de ler a presente
monografia. Por isso, esta componente de extrema importância é composta pelas considerações
finais e pelas sugestões.
Concluindo, o pesquisador considera aproximar-se dos seus objectivos, quer gerais, quer os
específicos, pois em relação ao objectivo geral, conclui-se que os impostos diferidos tem uma
dimensão bastante ampla, pois a sua contabilização afecta directamente as DF’s bem como
pode dar uma visão diferente nas análises financeiras a serem feitas de acordo com os
indicadores que melhor traduzem o desempenho de uma entidade.
5.3 Sugestões
Nesta última secção, pretende-se deixar algumas recomendações na qual tiveram base as análise
efectuadas nas empresas e das conclusões retiradas. Deste modo, atendendo ao tema pesquisado,
para além de se deixar sugestões Belchane Consultores, procura-se deixar algumas sugestões ao
Governo, aos futuros pesquisadores e as empresas alvo de estudos.
5.3.2 Ao Governo
Tendo em conta que NCRF 12 ainda constitui algo novo para as empresas, o qual de certa
forma acaba constituindo uma dificuldade na sua adaptação por parte destas. Deste modo
sugere-se ao governo, que tem como órgão competente a área da administração fiscal, à
formação mais eficazes das NIRF’s na medida em que estes promovem para as entidades.
Pois tem-se mais enfoques teóricos do que práticos, o que faz com que os responsáveis pela
área de contabilidade continuem possuindo dificuldades de aplicação deste normativo.
DA COSTA, Baptista Carlos & ALVES, Gabriel Correia. Contabilidade Financeira. 4ª ed.
Porto, Rei dos livros, 2001.
DA SILVA, Eusébio Pires, DE JESUS, Tânia Alves, DA SILVA, Ana Cristina Pires.
Contabilidade Financeira: Sistema de Normalização Contabilística, Casos Práticos. Rei dos
Livros, 2010.
DAS NEVES, João Carvalho. Avaliação e gestão da performance estratégica. 1ª ed. Lisboa:
Texto editores, 2005.
GIL, A. C. Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LOPES, Carlos Rosa et. al. Manual de Contabilidade: Teoria e Casos Práticos. Lisboa:
Escolar, 2013.
Major, M. J., & Vieira, R. Contabilidade e Controlo de Gestão: teoria, metodologia e prática.
Lisboa: Escolar Editora, 2009
SANCHES, Saldanha, J.L. Manual de Direito Fiscal. 3ª ed. Coimbra Editora, 2007.
49
WATY, Teodoro Andrade. Introdução ao Direito Fiscal. Maputo, W & W editora, 2004
Leis e decretos
50
APÊNDICES
51
PESQUISA DE CAMPO PARA O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
CIDADE BEIRA
ANO DE EXECUÇÃO DA
PESQUISA 2017 Mês : Fevereiro - Março
LEVI GUEDES MARIANO CAMÕES
AUTOR
CONTACTO: 84 16 76 566
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO DA CONTABILIZAÇÃO
Perfil do Entrevistado
O Entrevistado será um individuo que de antemão possua mínimos conhecimentos sólidos na
matéria relacionada à impostos diferidos preconizado nas Normas contabilísticas de Relato
Financeiro 12 e que tenha como grau académico mínimo o nível técnico médio profissional.
Objectivo da pesquisa
O objectivo da pesquisa é de obter informações relevantes sobre a necessidade da contabilização
dos impostos diferidos nas Empresas da cidade da Beira, na tentativa de identificar, avaliar o real
impacto que esta prática possui.
Tipo de questão
As questões serão claras, sintéticas e objectivas, todas elas baseadas de acordo com o objectivo
do tema em estudo. A classificação das questões quanto a sua forma terão uma abordagem mista,
isto é, algumas questões abertas, fechadas e de múltiplas escolhas
52
QUESTIONÁRIO PARA AS EMPRESAS
Secção I
Assinale no quadro com (X) as respostas que lhe forem mais familiar.
1. Dimensão da Empresa
Micro Pequena Média Grande
Secção II
Dados de pesquisa
3 Já contabilizou algum imposto diferido nos períodos económicos relativo a 2013- 2015?
a) Sim b) Não
c) Apenas em 2016
Se a sua resposta foi alínea b, apenas marque as opções da pergunta 3.1, 3.3, 4, 5, 6 e 7. Se foi alínea a e c
marque as opções da pergunta 3.2 e as outras, excepto a pergunta 3.1.
53
3.1 Porque motivos?
a) Nunca ouvi falar b) É difícil de contabilizar
c) As exigências do seu reconhecimento são complexas
d) As previsões de lucros tributáveis futuros são incertas contra as quais servirão para deduções dos
prejuízos fiscais
Outros:____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
4 Que aspectos se verificaram com mais frequência que deram origem aos impostos diferidos?
8. Das vezes que contabilizou os impostos diferidos. Que impacto essa contabilização teve nas
demonstrações financeiras da empresa?
a) Positivo, pois melhorou a estrutura económica-financeira e dos rácios da Empresa
b) Negativo, pois não melhorou a estrutura económica-financeira e dos rácios da Empresa
c) Outros:___________________________________________________________________
9. Que modelo das Demonstrações financeiras fez-se sentir o processo e a contabilização dos
impostos diferidos?
a) Balanço b) Demonstração de resultados c) Balanço e demonstração de resultados
d) Demonstração das variações no capital próprio
12. Que dificuldades encararam durante o processo da contabilização dos impostos diferidos?
a) Nenhuma
b) Identificação dos aspectos que deram origem aos activos e passivos por impostos diferidos
c) Classificação dos aspectos que deram origem os activos e passivos por impostos diferidos
d) Obtenção de informação adequada sobre os aspectos que originam apenas os activos por
impostos diferidos
e) Obtenção de informação adequada sobre os aspectos que originam apenas os passivos por
impostos diferidos.
f) Quantificação dos efeitos fiscais em relação aos activos e passivos por impostos diferidos
g) Outros:_____________________________________________________________________
13. Que decisões futuras tomaram em relação a contabilização dos impostos diferidos?
a) Ser consistente na sua contabilização independentemente dos seus impactos
b) Deixar de reconhecer , pois não proporcionaram as expectativas desejadas nas Demonstrações
Financeiras da empresa.
c) Outros:_____________________________________________________________________
Fim
55
ANEXOS
56