D4 - Ens. Médio - L.P
D4 - Ens. Médio - L.P
D4 - Ens. Médio - L.P
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
RESPOSTA : E
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2
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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3
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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4
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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5
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
Hoje, 2010
Eu aspiro ao essencial: uma boa saúde
Eu temo não poder navegar.
Eu desfilo meus sonhos possíveis.
Eu canto e males espanto.
Eu escuto e... “pode repetir, por favor?”
Eu uso, mas não abuso.
Me alegra um bom papo.
Eu pego o violão e procuro um cantinho.
Meu cavaquinho chora quando
surge uma melodia nova.
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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7
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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8
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
A hora dos ruminantes
A noite chegava cedo em Manarairema. Mal o sol se afundava atrás da serra – quase que de
repente, como caindo – já era hora de acender candeeiros, de recolher bezerros, de se enrolar em
xales. A friagem até então continuada nos remansos do rio, em fundos de grotas, em porões escuros, ia
se espalhando, entrando nas casas, cachorro de nariz suado farejando.
Manarairema, ao cair da noite – anúncios, prenúncios, bulícios. Trazidos pelo vento que bate
pique nas esquinas, aqueles infalíveis latidos, choros de criança com dor de ouvido, com medo do
escuro. Palpites de sapos em conferência, grilos afiando ferros, morcegos costurando a esmo,
estendendo panos pretos, enfeitando o largo para alguma festa soturna.
Manarairema vai sofrer a noite. [...]
9
D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
Não se podia mais sair de casa, os bois atravancavam as portas e não davam passagem, não
podiam; não tinham para onde se mexer. Quando se abria uma janela não se conseguia mais fechá-la,
não havia força que empurrasse para trás aquela massa elástica de chifres, cabeças e pescoços que
vinha preencher o espaço.
Frequentemente surgiam brigas, e seus estremecimentos repercutiam longe, derrubavam paredes
distantes e causavam novas brigas, até que os empurrões, chifradas, ancadas forçassem uma
arrumação temporária. O boi que perdesse o equilíbrio e ajoelhasse nesses embates não conseguia
mais se levantar, os outros o pisavam até matar, um de menos que fosse já folgava um pouco o aperto
– mas só enquanto os empurrões vindos de longe não restabelecessem a angústia. [...]
VEIGA, José J. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/literatura>. Acesso em: 5 mar. 2012. Fragmento.
De acordo com esse texto, conclui-se que o título “A hora dos ruminantes” significa que
A) à noite os bezerros eram recolhidos.
B) à noite as pessoas sofriam com o frio intenso.
C) à noite muitos bois tiravam a tranquilidade de Manarairema.
D) os animais invadiam as casas a fim de se aquecerem.
E) os moradores de Manarairema são comparados a animais.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de
anos
Três fósseis encontrados na África desvendam um mistério de quarenta anos e permite aos
especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira
entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do
Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma
segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi
publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito
anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um
adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do
lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos
atrás.
A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta
anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não
uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região,
o que tornava difícil compará-lo com outras espécies.
Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos
especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se
tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do
1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de
um tipo diferente de Homo.
O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia
desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos.
Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o
fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o
que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas-especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7-
milhao-de-anos>.
Acesso em: 14 ago. 2012.
De acordo com esse texto, as evidências encontradas nos novos fósseis comprovam que trata-se de
A) um rosto de um menino.
B) um tipo diferente de Homo.
C) uma descoberta científica inusitada.
D) uma dismorfia da espécie.
E) uma mudança na estrutura fossilizada.
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
No título desse texto, a palavra “verde” foi usada com a intenção de mostrar que é preciso
A) baratear o preço dos produtos orgânicos.
B) melhorar o lanche nas escolas.
C) participar de manifestações ecológicas.
D) recuperar reservas naturais.
E) ter atitudes sustentáveis.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Texto
Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento global?
Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colocadas. Existe
a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos próximos 100 anos se o nível
dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é óbvio que as pessoas vão mudar, vão
construir defesas contra a elevação dos mares. No entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou
cético em relação a algumas previsões, sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de
combate ao aquecimento global. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A
questão é que tipo de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de
gastar bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou um cético da ciência do clima,
mas um cético da política do clima. Basicamente, digo que não estamos adotando as melhores políticas
porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os maiores benefícios.
Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências
Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global,
cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente
aquático amazônico num clima mais quente.
A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100,
da mais branda à mais catastrófica.
O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo.
“Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se
esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo.
No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas
endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática
começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima
mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta.
Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de
oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global.
Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação,
e isso pode prejudicar sua saúde. [...].
A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão no
DNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era
mais quente.
Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para
outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos.
Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios
ambientais, como disputa acirrada por alimentos.
RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-simulara-aquecimento-amazonico-e-
suasconsequencias.
shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
O cego, Renoir, Van Gogh e o resto
Vistos de costas, pareciam apenas dois amigos conversando diante do quadro Rosa e azul, de
Renoir, comentando o quadro. Porém, quem prestasse atenção nos dois perceberia, talvez
estranhasse, que um deles, o de elegantes óculos de sol, parecia um pouco desinteressado, apesar de
todo o empenho do outro, traduzido em gestos e eloquência quase murmurada. [...]
O que falava segurava às vezes o antebraço do de óculos com uma intimidade solícita e confiante.
[...] Aproximei-me do quadro, fingindo olhar de perto a técnica do pintor, voltei-me e percebi: o de óculos
escuros era cego. [...]
Algo extraordinário acontecia ali, que eu só compreendia na superfície: um homem descrevendo
para um amigo cego um quadro de Renoir. Por que tantos detalhes? [...]
– Azul com o quê? Fale mais desse azul – pediu o cego, como se precisasse completar alguma
coisa dentro de si.
– É um azul claro, muito claro, um azul que tem movimento e transparência em muita luz, um azul
tremulando, azul como o de uma piscina muito limpa eriçada pelo vento, uma piscina em que o sol se
reflete e que tremula em mil pequenos reflexos [...] Lembra-se daquela piscina em Amalfi?
– Lembro... lembro... – e sacudia a cabeça ...
Afastei-me, olhei-os de longe. Roupas coloridas, esportivas. [...] O guarda treinado para vigiar
pessoas estava ao meu lado e contou, aos arrancos:
– Eles vêm muito aqui. Só conversam sobre um quadro ou dois de cada vez. É que o cego se
cansa. Era fotógrafo, ficou assim de desastre.
ÂNGELO, Ivan. O comprador de aventuras. In Para gostar de ler: v.: 28. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2007. Fragmento.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
A carta de Caminha nos dias de hoje
Alteza da galáxia,
Peço humildes desculpas por ter de lhe enviar esta mensagem eletrônica neste dia, contudo,
gostaria de relatar que após nossa saída do sistema Gregor, 200 bilhões de anos-luz atrás, chegamos a
uma galáxia jamais explorada. Informo que esta vossa frota de naves encontrou num canto muito
distante de vosso universo, perdido em uma galáxia de um só Sol, um pequeno planeta azul que
resolvemos chamar de Água, pois este é o nome do líquido de cor bonita que mais existe neste lugar.
Além de muita água, existe uma população de seres que se denominam “humanos”. […]
Estes seres humanos são muito estranhos […]. Os povos são divididos pelo planeta em regiões de
características topográficas e climáticas relativamente uniformes, delimitadas por fronteiras às quais os
nativos dão o nome de países […]. Outra característica interessante destes seres é que são muito
dóceis para conosco e aceitam nossa amizade e aproximação
em troca de um simples diagramador estelar ou um rélis relógio atemporal. Penso que será fácil
convencê-los de vossa santa intenção de trazer para este planeta nossa tecnologia que está a muitos
bilhões de anos-luz a frente da que eles possuem. […]
Estamos voltando e levando conosco um ser deste estranho e atrasado planeta para que
possamos estudá-lo. Deixaremos aqui uma de nossas naves com tripulação para que outros povos
saibam que este planeta pertence à Vossa Alteza.
Desculpo-me mais uma vez pelo incômodo e termino minha mensagem com votos de longa vida
ao Rei.
Disponível em: <http://edinanarede.webnode.com.br/atividades>. Acesso em: 8 abr. 2012. Fragmento.
No final do Texto, pode-se concluir que os seres que chegaram ao planeta pretendiam
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Antes e depois
O salão entornava luz pelas janelas. No sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno consorte, o desembargador, apreciava o fresco da noite à
janela, sugando com ruído a fumaça de um havana, com os olhos nos astros e as mãos nas algibeiras.
Perto do piano, arrulavam à meia-voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...
O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; Clara... tocava e cantava...
II
– Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar...
– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.
Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de
Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...
– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga
Clarinha...
O desembargador olhava outra vez para os astros...
III
Rola o tempo...
Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...
Os vizinhos dizem cousas... ih!
IV
– Como vais, Belmiro?
– Mal!
– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua Clarinha...
– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ninguém vive; é de feijões...
– Então...
– Devo até a roupa com que me cubro!...
– E o dote?
– Ah! Ah! Adeusinho...
V
É noite.
D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D.
Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada
em nós sobre o cóccix.
Clara toca; e não canta, porque tem os olhos vermelhos e inflamados...
O Dr. Belmiro vem da rua zangado.
– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as suas
músicas e vá-se com elas!
POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em: <http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.
br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento.
Nesse texto, o trecho “... foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...” (ℓ. 9) sugere que
A) as personagens estavam apaixonadas.
B) Clara estava cantando com emoção.
C) Belmiro gostava de músicas românticas.
D) a música despertou o amor de Belmiro por Clara.
E) a música abriu o apetite de Belmiro.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
Cinco minutos
Capítulo 5
Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a
impressão triste de suas palavras.
Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua serenidade, disse-me com um tom doce e
melancólico:
– Não pensas que melhor é esquecer do que amar assim?
– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um grande consolo para a desgraça. O que é triste, o
que é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã, não; aí há um sentimento que vive,
apesar da morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo
e que passa como um estranho por entre os prazeres que o cercam.
– Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu sonhava ser amada! ...
– E me pedias que te esquecesse!...
– Não! não! Ama-me; quero que me ames ao menos...
– Não me fugirás mais?
– Não. [...]
ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.
No trecho “É, sim, esse vácuo do coração que não tem uma afeição no mundo e que passa como um
estranho por entre os prazeres que o cercam.” (ℓ. 13-14), o homem demonstra estar
A) confuso.
B) consolado.
C) deprimido.
D) preocupado.
E) revoltado.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
A economia da felicidade
Vivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o mundo usufruir de uma riqueza total sem
precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande
maioria dos americanos acredita que o país está “no caminho errado”. O pessimismo está nas alturas.
O mesmo vale para muitos outros lugares.
Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de
felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma
ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação
na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o
buscarmos junto com outras metas. [...]
SACHS, Jeffrey D.. Disponível em: <http://zelmar.blogspot.com/2011/08/economia-da-felicidade.html>. Acesso em: 18 nov. 2011.
Fragmento.
Segundo esse texto, o que tem causado a alta ansiedade vivida no mundo é
A) a busca incansável por rendas maiores.
B) a iniquidade sem precedentes.
C) a riqueza total sem precedentes.
D) o alto grau de pessimismo do mundo.
E) o progresso econômico.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
No Brasil ocorrem 132 mortes por ano devido às descargas elétricas atmosféricas, os raios, o que nos
coloca na quinta posição de fatalidade entre os países com estatísticas confiáveis. E a probabilidade de um
homem ser atingido por uma dessas descargas, curiosamente, é dez vezes maior que a de uma mulher.
Além disso, a probabilidade de ser vítima de um raio na fase adulta é o dobro da representada tanto por
jovens quanto idosos.
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
Viver na zona rural ou urbana também altera essas chances. Na área rural, a probabilidade de receber
uma descarga é dez vezes maior.
O Brasil é um dos poucos países que dispõem de um mapeamento detalhado das circunstâncias das
mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as
regras nacionais de proteção contra o fenômeno.
Nos Estados Unidos, a circunstância que mais provoca mortes por raios são as atividades esportivas
ou de recreação, como pescar, acampar e jogar golfe, diferentemente do Brasil.
Uma análise sociológica permite deduzir que essa diferença está atrelada principalmente ao fato de os
Estados Unidos serem um país desenvolvido e o Brasil estar ainda em desenvolvimento. Assim, atentar para
a proteção de pessoas jogando golfe não seria a melhor forma de fazer uma campanha de proteção
nacional. O ideal é instruir a população a não realizar atividades agropecuárias (causa principal das
fatalidades no Brasil), assim como orientar as pessoas a não permanecerem próximas aos meios de
transporte, sob árvores e em campo de futebol durante as tempestades.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/os_numeros__surpreendentes__de_mortes_por_raios_no_brasil_3.html>.
Com base nesse texto, a campanha ideal de proteção nacional contra raios deve considerar
A) a posição ocupada pelo Brasil entre os países com estatísticas confiáveis.
B) as circunstâncias em que ocorrem as mortes por descargas elétricas no Brasil.
C) as possibilidades de um homem ser atingido por uma descarga elétrica no Brasil.
D) o número de habitantes da zona urbana e da zona rural no Brasil.
E) o número de mortes que ocorrem no Brasil durante um ano.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
A vida sem casamento
Afinal, o que as mulheres querem? No campo das aspirações femininas mais fundamentais, essa
é uma pergunta facílima de responder. Por razões sociais, culturais e biológicas, a maioria absoluta das
mulheres aspira a encontrar um companheiro, casar-se, construir família e, por intermédio dos filhos,
ver cumprido o imperativo tão profundamente entranhado em seu corpo e em sua psique ao longo de
centenas de milhares de anos de história evolutiva.
A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais um calendário fixo para que isso
aconteça. A formidável mudança que eclodiu e se consolidou ao longo do ultimo século, com o
processo de emancipação feminina, o acesso à educação e a conquista do controle reprodutivo,
permitiu a um número crescente de mulheres adiar a “ programação” materno-familiar. As mulheres que
dispõem de autonomia econômica e vida independente não são mais consideradas balzaquianas aos
30 anos – apenas 30 anos! - , encalhadas aos 35 e aos 40, reduzidas irremediavelmente à condição de
solteironas, quando não agregadas de baixíssimo status social, melancolicamente mexendo tachos de
comida para os sobrinhos nas grandes cozinhas das famílias multinucleares do passado.
Imaginem só chamar de titia uma profissional em pleno florescimento, com um ou mais títulos
universitários – e um corpinho bem-cuidado que enfrenta com honras o jeans de cintura baixa ou o
biquíni nos intervalos dos compromissos de trabalho. Além de fora de moda, o termo pode ser até
ofensivo. O contraponto a esses avanços é que, quanto mais as mulheres prorrogam o casamento,
mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-lo.
Bel Moherdani. Revista Veja. 29 Novembro 2006 (Fragmento)
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D4 – Inferir uma informação implicíta em um texto.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
Anúncio do zoornal I
B) homem.
C) leão.
D) macaco.
E) pássaro.
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(SPAECE). Leia o texto abaixo.
As enchentes de minha infância
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os
que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins,
como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha
dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a
enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras,
vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio
cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar
camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas
contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava
a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e
mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da
cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo — aquilo era uma traição, uma fraqueza do
Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva
muita, anunciava águas nas cabeceiras, então
dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior
de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro, 1990.
Com base nesse texto, observa-se que o autor lembra mais fortemente
A) da casa em que morou.
B) da casa dos Martins.
C) das enchentes da infância.
D) do café tarde da noite.
E) dos colegas de infância.
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