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Exercicios Ultima Quimera

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Lista de exercícios das aulas 27 a 29 e 107 a 110- A Última Quimera

Exercícios Loucos
01) Ana Miranda, em BOCA DO INFERNO, romanceou a vida de Gregório de Matos, o mais
importante poeta do Barroco brasileiro. Em A ÚLTIMA QUIERA, faz o mesmo com importante autor
pré-modernista brasileiro, conhecido como o poeta "do verme, da ferida, do catarro e da
degenerescência". Escreveu apenas um livro - EU - (1912).
Trata-se de:
a) Lima Barreto.
b) Álvares de Azevedo.
c) Alphonsus de Guimaraens.
d) Manuel Bandeira.
e) Augusto dos Anjos.

02) Em A Última Quimera, de Ana Miranda, somente NÃO se confirma a seguinte característica:
a) Os tempos misturam-se na narrativa; o passado é atualizado no presente e o tempo psicológico
ressalta a presença do narrador no texto.
b) O narrador mostra-se muito próximo de Augusto dos Anjos, chegando mesmo a confundir seus
sentimentos aos do poeta.
c) O narrador, que conviveu com Augusto dos Anjos no passado, nutre um desprezo mal disfarçado por
ele.
d) O narrador promove uma incursão à infância de Augusto, tempo em que o poeta já vivia suas
primeiras decepções.

03)Assinale a alternativa que possui a Escola Literária adequada para a obra “A Última Quimera”,
que relata a vida do poeta Augusto dos Anjos:
a) Pré-Modernismo
b) Simbolismo
c) Realismo
d) Pós-modernismo
e) Parnasianismo

04)Leia o texto a seguir.


“Não sabia”, ele diz. “Deve tê-lo conhecido muito bem, portanto.” “Sim, éramos bastante amigos.” “Que
grande privilégio. O que o senhor acha, a poesia de Augusto dos Anjos é parnasiana, simbolista,
cientificista, romântica?” Irritado com sua pergunta, falo sobre minha teoria de que Augusto jamais
representou alguma escola literária. Como poderia ser simbolista, se era adepto da racionalidade? Como
poderia ser romântico, se era tão realista? O professor diz que os temas de Augusto são românticos,
huguianos; digo que nem todos, na verdade apenas alguns, o que não é suficiente para enquadrá-los no
romantismo. “Seus decassílabos são construídos da maneira parnasiana”, ele diz. Mas sua morbidez
egoísta é extremamente oposta à salutar impessoalidade parnasiana. Tampouco a palavra cientificista é
suficiente para explicar Augusto, uma vez que ele insinua todos os sentimentos, e sua poesia é dotada
de uma subjetividade filosófica. (MIRANDA, 1995, p. 260)

Faça uma leitura interpretativa do texto acima, retirado do romance A última Quimera, de Ana
Miranda, e assinale a alternativa INCORRETA.
a) O professor abre uma discussão sobre o lugar que a poesia de Augusto dos Anjos ocupa no cânone
literário.
b) O narrador, com os seus argumentos teóricos, afirma que o poeta Augusto dos Anjos não representa
uma escola literária específica.
c) O narrador, em sua reflexão, classifica a poesia de Augusto dos Anjos como simbolista e romântica.
d) O poeta não pode ser enquadrado em uma corrente cientificista, porque a sua poesia expõe
subjetividade.
Exercícios Muito Loucos
Leia o texto que segue:
Sei de cor todos os versos de Augusto dos Anjos, posso recitar qualquer um deles de frente para trás e
de trás para a frente. Mas nunca consegui imitar os modos de Augusto quando declamava,
transfigurado, sem fazer quase nenhum gesto, usando apenas a voz, numa frieza e paixão simultâneas,
as sílabas escandidas com uma sonoridade metálica, os olhos penetrantes, os lábios tensos. Tiro o
chapéu, aperto-o contra o peito, e com uma voz trêmula, anuncio o título do poema: “Versos íntimos”.
Raspo a garganta. E inicio a declamação. “Vês ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última
quimera (...) Se a alguém causa ainda pena a tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga, escarra
nessa boca de beija!”. Ao terminar estou suspenso, frio, quase tonto e abro os olhos. O senhor
Bilac me fita, imóvel, os lábios entreabertos, os olhos um pouco arregalados, ainda segurando o queixo.
“Pois bem”, ele diz. “Eh...” Tosse, cobrindo a boca com a mão. Depois se cala, visivelmente perturbado.
Olha para os lados. Num impulso súbito deseja livrar -se de mim. “Pois se quem morreu é o poeta que
escreveu esses versos”, ele diz, “então não se perdeu grande coisa”. E parte, caminhando depressa,
como se fugisse. Conto seus passos pela calçada: treze; no décimo quarto ele começa a atravessar a
rua, no vigésimo oitavo cruza com uma carruagem e em seguida desaparece na esquina. Fico sozinho.
Agora sou eu quem está imóvel. Com que, então, o senhor Bilac não apreciou o poema? Talvez
eu devesse Ter escolhido outro, onde não aparecesse m palavras tão pouco poéticas e sentimentos tão
vis. Quiçá sejam versos materialistas demais. Mas esta é a verdade, sem máscaras: Olavo Bilac
não apreciou o poema. Imagino Augusto estendido numa cama, na pequena cidade perdida no
interior de Minas Gerais, pálido, gelado, lábios azulados, mãos rígidas, e Esther debruçada sobre
seu peito, chorando.

05) Em A última quimera, romance sobre a vida de Augusto dos Anjos, escrito por Ana
Miranda, há uma tensão entre a obra de Olavo Bilac e o autor supracitado anteriormente. Qual das
passagens abaixo representam o comportamento Parnasiano do “Príncipe dos Poetas?”:
a) Transfigurado, sem fazer quase nenhum gesto, usando apenas a voz, numa frieza e paixão
simultâneas.
b) As sílabas escandidas com uma sonoridade metálica.
c) Os olhos penetrantes, os lábios tensos.
d) Palavras tão pouco poéticas e sentimentos tão vis.
e) Versos materialistas demais.

06) Assinale a passagem que possui exemplo de metaficção, algo comum em A Última Quimera:
a) ...numa certa época, passava dias e dias perambulando pela cidade tentando esquecer Esther, mas de
noite fazia poemas de amor para ela. (p. 279)
b) ‘assunto palpitante’. (p. 33)
c) Janeiro “que pensara ser uma cidade cosmopolita, mas que [...] lhe parecia ser uma espécie de aldeia
[...]
d) repleta de injustiças sociais, um espetáculo de miseráveis ao lado de caleças e automóveis que
tornavam as ruas tristes corredores” (p. 33)
e) Soube da notícia quando entrei no Castellões, de madrugada, após um sarau.

07) Qual passagem possui uma referência ao “Príncipe dos Poetas”, personagem de a Última
Quimera?
a) continua a sonhar com cavalos azuis e me pede que lhe escreva sonetos [...]
b) guarda todos e os manda a uma casa editora, que os publica.
c) Envia pelo correio exemplares a todas as pessoas importantes do mundo da literatura.
d)Em suas cartas, chega a dizer para a mãe, Sinhá Mocinha, que a cidade “é uma espécie de sereia
falaciosa.
e) ...sinto pudor de dirigir-me a este homem ereto, famoso, rutilante, recém- chegado de Paris.

08) Qual das alternativas possui característica própria da Literatura Contemporânea presente no
livro de Ana Miranda A Última Quimera?
a) Intertextualidade
b) Final Feliz
c) Linearidade Temporal
d) Descrição da natureza
e) Idealização das personagens

Exercícios Alucinados

09)Assinale a alternativa incorreta a respeito das afirmações sobre o livro “A Última Quimera”, de
Ana Miranda.

a) Ana Miranda evoca Olavo Bilac, nominado O Príncipe dos Poetas, falecido em 1918, e
representante maior daquela literatura elitista do final do século XIX e início do XX,
materializando-o para o narrador como a figura de um Deus das letras.
b) Bilac é visto em toda a narrativa como o representante perfeito de poeta, sendo enaltecido e
adorado pelo narrador, além de deter o reconhecimento tão almejado por Augusto.
c) É possível perceber a relatividade das leituras feitas pelos críticos em determinados momentos,
visto que, após sua morte, Augusto passa por um processo de reavaliação, assumindo um papel
representativo em nossa história literária.
d) O narrador constrói o texto de modo a traçar um perfil dos dois poetas, contrapondo-os.
e) Neste romance ficcional nota-se o convencionalismo imbecil de Anibal Tavares, Teófilo Pacheco,
a camarilha inteligente, competindo em bovarismo com letrados de Buenos Aires e Paris.
Entretanto, a maioria dos intelectuais preocupava-se com os problemas sociais do Rio de
Janeiro.

10) Todas as alternativas estão corretas sobre o livro “A Última Quimera”, exceto:

a) A ordenação dos capítulos de A Última Quimera se dá de modo curioso, pois na parte intitulada
Eu, em que a autora apresenta a publicação da obra e a recepção crítica, em 1912, ela quebra a
ordem temporal fazendo com que o narrador se projete novamente para o ano de 1914.
b) No livro, há a reconstrução do cânone pelas palavras do próprio Bilac, representante eterno da
literatura de elite da época.
c) Ao falar sobre a tríade parnasiana (Bilac, Correia e Alberto Oliveira), o narrador pergunta a si
mesmo se realmente Bilac não conhecia a poesia de Augusto, tendo sido ele inclusive membro
da Comissão que o elegera Príncipe dos Poetas.
d) A autora inclui uma parte intitulada "A Luz Lasciva do Luar", composta por 14 capítulos, que
apresenta Bilac, sua produção e fatos de sua “exuberante” vida.

e) No capítulo I estão discutidas algumas questões sobre cânone literário. Nele, o narrador não só
faz as colocações acima, como também discute a relatividade da permanência do poeta: se seus
versos serão duráveis, se um livro é suficiente para perpetuá-lo, como no caso de Augusto, além
de citar Rimbaud e seu reconhecimento só após a morte, e Álvares de Azevedo, com seus anos
de glória igualmente póstuma.

Gabaritos
01-e
02-c
03-d
04-b
05-e
06-a
07-e
08-a
09-e
10-e

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