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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Tradução, adaptação e validação das escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do

Obsessive-Compulsive Inventory-Revised – OCI-R

Aluna: Fernanda Pasquoto de Souza

Orientador: Dr. Aristides Volpato Cordioli

Porto Alegre, abril de 2008

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Tradução, adaptação e validação das escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do

Obsessive-Compulsive Inventory-Revised – OCI-R

Aluna: Fernanda Pasquoto de Souza

Orientador: Dr. Aristides Volpato Cordioli

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-

Graduação em Ciências Médicas: Psiquiatria da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul como

requisito parcial para obtenção do título de

Mestre em Ciências Médicas: Psiquiatria.

Porto Alegre, abril de 2008

2
S726t Souza, Fernanda Pasquoto de

Tradução, adaptação e validação das escalas obsessive-


compulsive inventory – OCI e do obsessive-compulsive
inventory-revised – OCI-R / Fernanda Pasquoto de Souza ;
orient. Aristides Volpato Cordioli. – 2008.
76 f.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio


Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-
Graduação em Ciências Médicas: Psiquiatria, Porto Alegre, BR-
RS, 2008.

1. Transtorno obsessivo-compulsivo 2. Escalas de


graduação psiquiátrica 3. Psicometria 4. Tradução (processo) 5.
Estudos de validação I. Cordioli, Aristides Volpato II. Título.

NLM: WM 176
Catalogação Biblioteca FAMED/HCPA

3
AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Aristides Volpato Cordioli, pela confiança, pela

oportunidade, pela disponibilidade e pela amizade, o que colaborou para o meu

crescimento profissional e pessoal.

Ao Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria da UFRGS.

Ao Centro de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES), pela

bolsa de pesquisa fornecida.

À Fundação de Incentivo à Pesquisa e Eventos, Hospital de Clínicas de Porto

Alegre (FIPE-HCPA), pelo apoio financeiro que permitiu a execução do estudo.

Aos pacientes e aos controles, por terem aceitado participar da pesquisa.

A Elisabeth Meyer, que se tornou uma grande amiga ao longo destes dois anos,

pela incansável dedicação e comprometimento com este trabalho.

À nossa equipe de pesquisa, por todo aprendizado e agradável convivência:

Andréa Raffin, Kátia Niederauer, Paulo Knapp, Daniela Braga, Marcelo Souza, Lucas

Lovato, Juliana Gomes e Cenita Borges.

A Elizeth Heldt, a Daniela Knijnik e à estatística Ceres Oliveira, pela

disponibilidade para auxiliar neste trabalho.

Aos meus pais, pelo amor, incentivo, compreensão e por sempre estarem me

apoiando em todas as horas. Sem eles eu não teria conseguido concluir este trabalho.

Ao meu noivo, Rodrigo, por todo o amor, o incentivo e o companheirismo que

fazem nosso relacionamento ficar mais sólido a cada dia.

4
“Não existe um caminho para a

felicidade. A felicidade é o caminho”

Gandhi

5
SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................................................ 8

LISTA DE FIGURAS E TABELAS ................................................................................................... 9

RESUMO .......................................................................................................................................... 10

ABSTRACT ...................................................................................................................................... 12

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 14

2.1. EPIDEMIOLOGIA......................................................................................................... 14
2.2. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO TOC........................................................... 17
2.3 OBSESSIVE-COMPULSIVE INVENTORY (OCI) ...................................................... 19
2.4. OBSESSIVE COMPULSIVE INVENTORY- REVISED (OCI-R) .............................. 20
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 24

4. OBJETIVOS.................................................................................................................................. 27

4.1. OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 27


4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 27
5. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ....................................................................................................... 28

6. ARTIGOS...................................................................................................................................... 29

6.1 ARTIGO 1 ....................................................................................................................... 30


6.2 ARTIGO 2 ....................................................................................................................... 36
7. CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 49

8. ANEXOS ....................................................................................................................................... 53

Anexo 1 ............................................................................................................................................. 54

Anexo 2 ............................................................................................................................................. 55

Anexo 3 ............................................................................................................................................. 59

Anexo 4 ............................................................................................................................................. 61

Anexo 5 ............................................................................................................................................. 66

Anexo 6 ............................................................................................................................................. 68

Anexo 7 ............................................................................................................................................. 70

Anexo 8 ............................................................................................................................................. 72

Anexo 9 ............................................................................................................................................. 74

6
Anexo 10 ........................................................................................................................................... 76

7
LISTA DE ABREVIATURAS

ANOVA Análise de Variância

BAI Beck Anxiety Inventory

BDI Beck Depression Inventory

CAPES Centro de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior

CBTG Cognitive Behavioral Group Treatment

EUA Estados Unidos da América

FIPE Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos

HCPA Hospital de Clínicas de Porto Alegre

MOCI Maudsley Obsessive-Compulsive Inventory

OCD Obsessive Compulsive Disorder

OCI Obsessive Compulsive Inventory

OCI-R Obsessive Compulsive Inventory Revised

OMS Organização Mundial da Saúde

PEPI Programs for Epidemiologists

PI Pádua Inventory

PROTAN Programa dos Transtornos de Ansiedade

SCID Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

TOC Transtorno Obsessivo Compulsivo

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Y-BOCS Yale Brown Obsessive-Compulsive Scale

8
LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura número Página

Artigo 1

Figure 1. Steps in the translation, adaptation and back-translation for the OCI and the OCI-R

scales 32

Tabela numero

Artigo 2

Table 1 – Demographic Characteristics for the all sample. 41

Artigo 2

Table 2 – Cronbach’s α for the OCI-R total scale and subscales, for the whole sample and

each sample. 43

Artigo 2

Table 3 – Spearman correlation of the scales Y-BOCS, BDI, BAI e OCI-R. 44

Artigo 2

Table 4 – Medians and interquartile ranges for total scores and subscale of the OCI-R for all

samples. 45

9
RESUMO

O objetivo do presente projeto foi traduzir e adaptar para o português do Brasil as

escalas Obsessive-Compulsive Inventory (OCI) e Obsessive-Compulsive Inventory-Revised

(OCI-R) e avaliar as propriedades psicométricas do instrumento OCI-R, o qual avalia a

gravidade dos sintomas obsessivo-compulsivos.

O projeto foi desenvolvido em duas etapas: (1) a tradução, a adaptação transcultural e

a retrotradução das escalas e (2) o estudo de confiabilidade e validade do questionário OCI-R

em uma população clínica e em uma amostra não-clínica.

Essas escalas têm como vantagem em relação as já existentes o fato de serem auto-

respondidas e de produzirem escores para categorias específicas de sintomas obsessivo-

compulsivos.

Na primeira fase, a OCI e OCI-R, desenvolvidos no Centro para o Tratamento e

Estudo de Ansiedade da Universidade da Pensilvânia, EUA foram traduzidas e a adaptadas

para a língua portuguesa. As escalas foram inicialmente traduzidas para o português por dois

psiquiatras bilíngües e retrotraduzidas por outros dois psiquiatras bilíngües de forma

independente e em seguida, aplicadas em 15 portadores do Transtorno Obsessivo Compulsivo

(TOC) com diferente escolaridade e intencionalmente selecionados para efetuar ajustes na

linguagem. A versão final das escalas OCI e OCI-R foram aceitas pelo autor após o processo

de retrotradução destas. As escalas mostraram-se de fácil compreensão e preenchimento pelos

pacientes, podendo ser utilizadas em pacientes com TOC de diferentes classes econômicas e

sociais. As escalas OCI e OCI-R, em suas versões adaptadas para o português do Brasil

poderão auxiliar os profissionais de saúde no rastreamento de possíveis portadores de TOC e

na avaliação da intensidade dos sintomas obsessivos compulsivos em pesquisa, e sua redução

10
com diferentes métodos de tratamento. A tradução e a adaptação serão apresentadas no artigo

nº. 1.

A segunda etapa do projeto avaliou as propriedades psicométricas da versão brasileira

da OCI-R em uma população clínica e em uma não clínica (controle). A validade e

confiabilidade da versão para o Português do Brasil da escala Obsessive–Compulsive

Inventory-Revised (OCI-R) foram examinadas em uma amostra clínica de 64 pacientes com

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), 33 pacientes com Fobia Social, 33 pacientes com

Transtorno do Pânico e em uma amostra não clínica de 130 funcionários de um hospital geral.

Foi verificado que as subescalas da OCI-R discriminam e avaliam a gravidade dos seis

subtipos de sintomas de TOC. A confiabilidade teste-reteste foi examinada usando os dados

dos 64 pacientes com TOC que completaram a OCI-R em dois diferentes momentos. Em cada

amostra o escore total e os escores das subescalas demonstraram consistência interna de

moderada a boa e boa validade concorrente e discriminante. Além disso, demonstrou ser

sensível aos efeitos do tratamento cognitivo-comportamental em grupo. Nossos achados

sugerem que a versão para o Português do Brasil da OCI-R mantêm as propriedades

psicométricas da versão original. Os resultados foram comparados com os dados das versões

da OCI-R em Espanhol e Alemão. Essa fase será apresentada no artigo nº. 2.

A utilização da OCI-R em sua versão em português do Brasil poderá auxiliar os

profissionais de saúde e os pacientes na triagem de pessoas com suspeita de TOC. Mais do

que isto, seu uso poderá identificar os portadores de TOC clínico ou subclínico. Por se tratar

de uma escala auto-respondida, facilita o conhecimento da doença mais cedo, o que é

relevante, visto que os pacientes levam muitos anos para procurar tratamento para o TOC.

Adicionalmente, ao empregarmos este instrumento, poderemos desenvolver e incrementar

programas de prevenção e educação, assim como concentrar esforços nas ações de

intervenção.

11
Palavras-Chaves: Transtorno obsessivo-compulsivo; Adaptação; Tradução,

Semântica; Rastreamento; propriedades psicométricas.

ABSTRACT

The aim of the present project was to translate and adapt the scales Obsessive-

Compulsive Inventory (OCI) and Obsessive-Compulsive Inventory-Revised (OCI-R) to

Brazilian Portuguese and to evaluate the psychometric properties of the OCI-R, which

measures the severity of the obsessive-compulsive symptoms.

The project was developed in two stages: (1) the translation, transcultural adaptation

and back-translation of the scales and (2) the study of reliability and validity of the

questionnaire OCI-R in a clinical population and in a non-clinical sample (controls).

The advantages of those scales, compared to the existent ones, are: (a) they are self-

reported and (b) they produce scores for specific categories of obsessive-compulsive

symptoms.

In the first stage, the OCI and OCI-R, developed by the Center for the Treatment and

Study of Anxiety, University of Pennsylvania, EUA were translated and adapted to the

Brazilian Portuguese language. The scales were initially translated into Brazilian Portuguese

by two bilingual psychiatrists and then independently back-translated by other two bilingual

psychiatrists. The scales were then applied to 15 Obsessive Compulsive Disorder (OCD)

patients, deliberately chosen from different educational levels, to make language adjustments.

The author accepted the final version of the OCI and OCI-R scales after their back translation.

Scales showed to be easy to understand and fill in by individuals and may be used with OCD

patients of different socioeconomic levels. The OCI e OCI-R scales, in their version adapted

to Brazilian Portuguese, can help health professionals in screening potential OCD patients

12
assess the severity of obsessive-compulsive symptoms and the reduction of them through

different treatments. The translation and the adaptation will be reported in the paper nº. 1.

The second stage of the project evaluated the psychometric properties of the Brazilian

version of the OCI-R in a clinical and in a non- clinical (controls) samples. The reliability and

validity of the Brazilian Portuguese version of the Obsessive–Compulsive Inventory –

Revised (OCI-R) were examined in a clinical sample of 64 patients with Obsessive-

Compulsive Disorder (OCD), 33 patients with Social Phobia and 33 patients with Panic

Disorder plus a non-clinical sample of 130 employees of a general hospital. Results indicate

that the OCI-R is a valid measure for identifying and assessing the severity of the six

symptom subtypes of OCD. In each sample the overall and subscale scores demonstrated

moderate to good internal consistency and good convergent and divergent validity.

Furthermore, in patients with OCD, the inventory showed sensitivity to Cognitive-Behavioral

Group Therapy (CBGT). Our findings indicate that the Brazilian Portuguese version of the

OCI-R retains the psychometric properties of its original version. These results were also

compared with the results of validation of the Spanish and German OCI-R versions. That

phase will be reported in the paper nº. 2.

The OCI-R Brazilian Portuguese version can help health professionals and patients to

screen potential people with OCD. More than this, its use can identify clinical or sub clinical

OCD patients. As it is a self-report scale, it facilitates the early awareness of the disease,

which is relevant because patients may take several years to seek treatment for OCD.

Moreover, the use of this instrument can help to develop educational programs which could

ameliorate prevention, as well as focus efforts in intervention actions.

Keywords: Obsessive-compulsive disorder; Adaptation; Translating; Semantic;

Diagnosis, psychometric properties.

13
1. INTRODUÇÃO

O presente estudo é composto de três partes. A primeira compreende a revisão

bibliográfica, a segunda compreende os artigos publicados ou submetidos à publicação, e a

terceira, as conclusões. A revisão bibliográfica é composta de quatro pontos relevantes: a

epidemiologia do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), os instrumentos mais utilizados

na avaliação dos sintomas e da gravidade do TOC, o Obsessive-Compulsive Inventory (OCI) e

o Obsessive-Compulsive Inventory- Revised (OCI-R).

Para a revisão bibliográfica, foi feita uma busca nas bases de dados Medline, Scielo e

PsychoInfo com as seguintes palavras-chaves: Obsessive–compulsive disorder; Transtorno

obsessivo-compulsivo; TOC; OCD; Obsessive-Compulsive Inventory; Obsessive-Compulsive

Inventory- Revised; OCI; OCI-R; Transtorno obsessivo-compulsivo; Adaptação; Tradução,

Semântica; Rastreamento; Validade; Confiabilidade; Adaptation; Translating; Semantic;

Diagnosis, Validity, Reliability.

2.1. EPIDEMIOLOGIA

O Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é considerado uma doença mental grave,

pois acomete principalmente indivíduos jovens ao final da adolescência, embora muitas vezes

a doença tenha início na infância, (DSM-IV, 2000). Normalmente, o indivíduo apresenta

diversos sintomas, como obsessões e/ ou compulsões, sendo que um ou outro predomina e

causa mais perturbação (Cordioli, 2007).

As obsessões são definidas como pensamentos ou idéias, impulsos ou imagens

recorrentes que são experimentados como intrusivos, impróprios e/ ou desagradáveis. Esses

pensamentos são reconhecidos como produto da mente, mas geralmente são estranhos à

pessoa, que, apesar de esforçar-se, não consegue eliminá-los, o que gera ansiedade ou

angústia. O conteúdo típico das obsessões inclui medos de contaminação, dúvidas repetitivas,

14
necessidade de simetria, pensamentos, imagens ou impulsos de conteúdo agressivo, sexuais

ou blasfemos desagradáveis e impróprios. Indivíduos que experimentam obsessões procuram

ignorá-las ou suprimi-las e tentam neutralizá-las por meio das compulsões ou de

comportamentos evitativos.

Compulsões são comportamentos repetitivos e intencionais, motores ou mentais, que

têm como objetivo prevenir ou reduzir a ansiedade, a aflição ou outros sentimentos

desagradáveis, decorrentes das obsessões ou mesmo na ausência destas. Entre as compulsões

mais comuns estão lavar, verificar, colecionar e ordenar.

A maioria dos pacientes menciona um aumento e uma diminuição dos sintomas, com

exacerbações que chegam a incapacitar 10% dos portadores. (Masellis et al., 2003). O TOC,

mais do que qualquer outro transtorno de ansiedade, é caracterizado por sua cronicidade

(Rasmussen et al.1992), e a possibilidade de remissão sem tratamento é extremamente baixa

(Masellis et al. 2003).

Em 1998, foi feito um levantamento pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e o

TOC foi considerado o quarto transtorno psiquiátrico mais comum, sendo precedido somente

pela depressão, pela fobia social e pelo abuso de substâncias. Ainda, o TOC mostrou-se mais

prevalente que a esquizofrenia e que o transtorno de humor bipolar (Weissman et al.,1994;

Jenike MA.,2001).

O TOC era considerado raro até pouco tempo. Verificou-se, no entanto, que é um

transtorno mental bastante comum, com uma prevalência de 1,6 a 3,1 na população geral

(Kessler et al., 2005). Dados recentes referem uma prevalência, no mundo, ao redor de 1,0%,

sendo ao longo da vida entre 2,0 a 2,5% (Torres et al., 2005). Em um estudo (Fontenelle et al,

2006) de revisão acerca da epidemiologia descritiva do TOC, foi observado que para um

mesmo instrumento (p.ex. Composite International Diagnostic Interview), a prevalência do

15
TOC é bem mais heterogênea, variando de 0,3% (em São Paulo – Brasil) a 3,1% (San Diego-

EUA) na população em geral.

O TOC ocasiona prejuízos importantes na qualidade de vida e no cotidiano dos

portadores (Koran et al 1996, Calvocoressi et al 1998, Steketee 1999, Bobes et al 2001). Além

disto, interfere de maneira acentuada na vida da família, que é forçada a adaptar-se aos

sintomas, modificando suas rotinas e restringindo o uso dos diferentes ambientes e objetos da

casa, o que é motivo para constantes conflitos (Cordioli, 2008).

A maioria dos estudos indica existir uma leve tendência ao maior número de mulheres

com TOC quando comparadas aos homens. É possível observar que nos homens,

freqüentemente, o início é mais precoce, 19,5 anos; DP=9, 2, do que nas mulheres, 22 anos;

DP=9,8 (Lensi et al. 1996; Rasmussen e Eisen, 1992). Nas mulheres, são mais freqüentes os

rituais de limpeza e lavagem, enquanto nos homens são mais comuns as obsessões sexuais

(Lensi et al.,1996; Rachman e Hodgson, 1980; Steketee et al., 1985).

Ainda que insuficientes, os estudos epidemiológicos brasileiros indicam uma

prevalência de TOC na vida de 0,9% e 1,7% homens residentes em Brasília e Porto Alegre,

respectivamente. Quando o foco foi estudar as mulheres, a prevalência de TOC, na vida, foi

de 0,5% em Brasília e de 2,5% em Porto Alegre (Torres et al., 2005). Embora exista ainda

uma discordância entre as diferenças estimativas do TOC, pode-se afirmar que o transtorno

continua subdiagnosticado e subtratado (Heyman, Fombonne, Simmons et al., 2000).

Diversos autores assinalam que freqüentemente é difícil diferenciar o diagnóstico do

TOC de outros transtornos de ansiedade (Antony, Downie, & Swinson, 1998; Brown,

Campbell, Lehman, Grisham, & Mancill, 2001; Grabill k. et al, 2007). Além disso, alguns

pacientes têm dificuldade em informar os sintomas por causa da vergonha que sentem em

relação a estes. Estudos clínicos mostram que portadores levam de seis a 17 anos para buscar

16
ajuda e receber o atendimento adequado para o seu transtorno. Sendo assim, fica evidente que

o diagnóstico preciso é um componente essencial para o sucesso do tratamento.

As pesquisas, tanto com medicamentos como com psicoterapia, exigiram o

desenvolvimento de instrumentos que avaliassem a sua eficácia, medida pela redução da

intensidade dos sintomas ao longo do tratamento. Para tanto, uma série de instrumentos vem

sendo desenvolvida e aprimorada com os objetivos de fazer a triagem, estabelecer o

diagnóstico, fornecer subsídios para o planejamento do tratamento ou avaliar a gravidade dos

sintomas antes, durante e ao término do tratamento.

2.2. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DO TOC

Existem diversos instrumentos que auxiliam no rastreamento do TOC e na medida do

grau de eficácia de seu tratamento. Estudos que permitam determinar a classificação da

gravidade do transtorno obsessivo compulsivo têm sido recomendados (Foa et al., 1998 e

2002; Lee; Telch, 2005).

Entre os instrumentos existentes mais utilizados para auxiliar na avaliação do TOC e

na medida do grau de eficácia de seu tratamento, encontram-se a escala de Yale Brown (Y-

BOCS), o Inventário de Pádua (PI), o Inventário Maudsley de Obsessões e Compulsões

(MOCI) e a Escala Dimensional de Avaliação da Gravidade de Sintomas Obsessivo-

Compulsivos (DY-BOCS).

A escala de Yale Brown (Y-BOCS) produz três escores de gravidade: obsessões,

compulsões e a soma das duas. Embora seja um instrumento há muito tempo utilizado para a

avaliação de mudança na gravidade dos sintomas obsessivo-compulsivos, não discrimina os

diferentes sintomas, e não é uma escala auto-respondida. Cinco itens avaliam tempo,

interferência, sofrimento, resistência e controle das obsessões, e cinco itens medem a

17
gravidade das compulsões, que variam de 0-4 com o máximo de 40 pontos (Goodmanet al.,

1998).

Apesar de apresentarem propriedades psicométricas excelentes e grande utilidade na

pesquisa de resultado de tratamento (Deveaugh-Geis; Laudau; Katz, 1989), os itens principais

da Y-BOCS apresentam duas limitações: a escala foi delineada para ser administrada por

examinadores treinados, e o treinamento e o tempo necessários para a realização da entrevista

aumentam os custos; e os itens que contribuem para o escore da gravidade não contêm

informações sobre o conteúdo específico das obsessões e compulsões. Como foi uma escala

desenvolvida para avaliar resultados de tratamentos farmacológicos, não avalia a intensidade

de comportamentos evitativos; um tópico importante para medir a eficácia das psicoterapias.

A Escala Dimensional de Avaliação da Gravidade de Sintomas Obsessivo-

Compulsivos (DY-BOCS) é aplicada por um entrevistador, sendo a lista dos sintomas auto-

respondida. Os autores diferenciaram seis dimensões com os subseqüentes conteúdos. Os

itens avaliados em cada dimensão referem-se ao tempo despendido, ao desconforto e à

incapacidade proporcionada por aquela dimensão, variando de “0” a “5”. O escore total

baseia-se no nível de prejuízo geral do paciente por causa do TOC, variando de 0 a 12.

Acredita-se que a DYBOCS consiga revelar padrões significativos de resposta

terapêutica, de acordo com dimensões específicas dos sintomas obsessivo-compulsivos. A

limitação deste instrumento é a necessidade de treinamento dos aplicadores e de um

determinado tempo para a realização da entrevista (Rosario-Campos MC. et al, 2006).

O Pádua Inventory (PI) é um inventário de auto-relato com 39 questões que avaliam

as obsessões e as compulsões. Cada item é avaliado em uma escala de 5 pontos, de acordo

com o grau de perturbação causado no pensamento ou no comportamento. Uma das

limitações do PI, quando comparado com outros instrumentos, é que a subescala “obsessões”,

em lugar de avaliar somente as obsessões, avalia também preocupações, ou seja, avalia

18
aspectos sobre a vida real, como finanças, vida escolar e tarefas domésticas, o que, na

verdade, não tem relação com obsessões do TOC e causa confusão. As obsessões e as

preocupações diferem em conteúdo. Outra limitação desta escala é que ela não está traduzida

para o português (Burns et al., 1996).

O Maudsley Obsessive-Compulsive Inventory (MOCI) consiste em 30 perguntas que

se traduzem em um escore geral e em quatro parciais (referentes a quatro subescalas). As

perguntas são balanceadas para haver respostas verdadeiras e falsas e, assim, pode-se avaliar

parcialmente sua confiabilidade, examinando-se a consistência das respostas. O MOCI

apresenta uma desvantagem na medida em que se baseia em conjuntos de sintomas

específicos, e, às vezes, as principais obsessões do indivíduo não constam em sua listagem,

como também suas subescalas parecem não ter valor discriminativo útil (Hodgson; Rachman,

1977).

Um instrumento capaz de identificar as várias apresentações dos sintomas do TOC,

que não exija treinamento prévio do entrevistador, tenha o tempo de aplicação reduzido, possa

ser utilizado em amostras clínicas e não-clínicas, e tanto em ambiente de pesquisa como na

prática clínica é relevante.

2.3 OBSESSIVE-COMPULSIVE INVENTORY (OCI)

Os pesquisadores do Centro para o Tratamento e Estudo de Ansiedade da

Universidade da Pensilvânia desenvolveram o Obsessive-Compulsive Inventory (OCI) –

Inventário de Obsessões e Compulsões – com o objetivo de investigar os diversos sintomas do

TOC e produzir um perfil de freqüência e ansiedade provocada para cada categoria, assim

como estimar a gravidade geral do TOC. Desta forma, torna-se possível identificar as

obsessões e compulsões que predominam e quais são mais sensíveis ao tratamento. Também

foi meta dos autores desse instrumento possibilitar a aplicação tanto em populações clínicas

19
como não clínicas (Foa et al., 1998). Assim, o OCI foi planejado para ser utilizado na

população em geral, na avaliação de pensamentos e comportamentos subclínicos.

O OCI é um inventário auto-respondido, constituído de 42 afirmativas e subdividido

em sete subescalas: verificação, colecionismo, neutralização, obsessão, ordenamento, lavagem

e dúvida. Uma das vantagens em relação aos outros instrumentos existentes reside na sua

validade com amostras de pacientes já diagnosticados como portadores de TOC e de outros

transtornos de ansiedade, bem como com controles não psiquiátricos.

Embora o OCI tenha sido considerado satisfatório em muitos aspectos, várias

considerações levaram o grupo de pesquisa que desenvolveu o instrumento a propor uma

versão mais breve. Foi observado que havia uma alta correlação entre as escalas de freqüência

e ansiedade, assim como se notou que o número de itens das subescalas era diferente. Além

disto, ter 42 itens tornou o instrumento extenso para ser utilizado na prática clínica.

2.4. OBSESSIVE COMPULSIVE INVENTORY- REVISED (OCI-R)

Baseados nas evidências citadas anteriormente, Foa et al. (2002) desenvolveram a

versão revisada do OCI intitulada: Obsessive Compulsive Inventory Revised (OCI-R) –

Inventário de Obsessões e Compulsões – Revisado. Formado por 18 alternativas e composto

de seis subescalas: verificação, colecionismo, neutralização, obsessão, ordenamento e

lavagem, quando comparado à primeira versão, apresenta melhora em três aspectos: 1) na

eliminação da escala redundante de freqüência; 2) na simplificação dos escores das

subescalas; e 3) na redução da sobreposição das subescalas. É importante salientar que o OCI-

R, quando comparado com o instrumento ampliado, mostrou excelente fidedignidade.

O OCI-R já foi traduzido e válido para o alemão, para o espanhol e para o islandês,

com resultados semelhantes à versão original. O inventário está em processo de tradução para

o chinês, para o hebraico, para o turco e para o árabe.

20
Hajcak e colaboradores (2004) apresentaram os achados de dois estudos americanos

em que foram examinadas as propriedades psicométricas da OCI-R em uma amostra de 399

estudantes universitários. Os resultados confirmaram a estrutura dos seis fatores e indicaram

alta consistência interna, boa validade divergente e convergente e uma adequada

confiabilidade teste-reteste para o escore total e subescalas.

Em uma amostra clínica americana, Abramowitz et al (2006) examinaram as

propriedades psicométricas e a validade de construto da OCI-R com 167 pacientes com TOC

e 155 pacientes com outros transtornos de ansiedade. Os resultados indicaram que o OCI-R é

um instrumento válido e capaz de identificar as várias apresentações dos sintomas do TOC. O

inventário demonstrou boa validade convergente e mostrou-se capaz de discriminar pacientes

com TOC de portadores de outros transtornos de ansiedade. Por fim, os autores do estudo

concluíram que o OCI-R poderia ser recomendado como um instrumento empiricamente

validado que pode ser usado tanto no ambiente clínico como na pesquisa.

As propriedades psicométricas da versão em espanhol, publicada por Fullana MA. e

colegas (2005), foram verificadas em uma amostra não clínica com 381 universitários. O

escore total e cada uma das subescalas da OCI-R em espanhol demonstraram consistência

interna e confiabilidade teste-reteste de moderada a boa, uma moderada validade convergente

e boa validade divergente. As propriedades psicométricas da versão espanhola do OCI-R,

segundo os autores, estão em acordo com a versão original.

A versão em alemão da OCI-R, realizada por Gönner e colegas (2007), utilizou quatro

amostras: 1) 167 indivíduos com TOC; 2) 62 pacientes com outros transtornos de ansiedade,

mas sem TOC e sem transtorno depressivo; 3) 83 pacientes com transtorno depressivo e sem

transtorno de ansiedade; e 4) 69 pacientes com transtorno depressivo e transtorno de

ansiedade, mas sem TOC. Os achados reproduziram a estrutura original de seis fatores e

21
indicaram boa validade convergente e divergente, tanto no escore total como nas subescalas

em cada uma das amostras.

O estudo da versão em islandês (Smári J. et al., 2007) utilizou uma amostra de 816

estudantes universitários. Os resultados, mais uma vez, confirmaram a consistência dos seis

fatores do OCI-R. Uma comparação das correlações entre OCI-R e dois outros instrumentos

para avaliar os sintomas obsessivo-compulsivos (MOCI e a versão revisada do Pádua

Inventory) corroborou tanto a validade divergente como a convergente. Os autores concluíram

que a versão islandesa do OCI-R parece ser um instrumento válido e seguro para avaliar os

sintomas obsessivo-compulsivos na população de estudantes.

A partir da revisão bibliográfica, algumas considerações podem ser feitas:

1. A prevalência do TOC é de 1,6-3,1 na população geral;

2. O TOC foi considerado o quarto transtorno psiquiátrico mais comum e mostrou-se

mais prevalente que a esquizofrenia e que o transtorno de humor bipolar;

3. A presença do TOC deve ser detectada o mais cedo possível, já que atualmente sabe-

se que, em geral, os pacientes levam muitos anos para procurarem tratamento;

4. A identificação dos subtipos de sintomas do TOC pode servir de orientação relevante;

5. A utilização de inventários auto-respondidos é importante, pois eles facilitam a

triagem de pessoas com suspeita de TOC e permitem aos profissionais da área da

saúde identificar os portadores de TOC clínico ou subclínico;

6. As diversas escalas apresentam diferentes focos: fazer a triagem, estabelecer o

diagnóstico, fornecer subsídios para o planejamento do tratamento ou avaliar a

gravidade dos sintomas antes, durante a ao término do tratamento;

7. A tradução, a adaptação e a validação de um instrumento são de grande relevância,

pois permitem avaliar as características dos pacientes dentro das suas influências

culturais;

22
8. Os achados apresentados nas diferentes pesquisas em que foi utilizado o inventário

OCI-R demonstraram a validade do instrumento diferenciando as dimensões do TOC

em um mesmo paciente, distinguindo os pacientes nas diferentes amostras clínicas e

controles saudáveis;

9. O emprego destes instrumentos colabora para que possamos desenvolver e

incrementar programas de prevenção e educação, assim como concentrar esforços nas

ações de intervenção. Eles podem ser úteis no rastreamento de populações e na

avaliação da eficácia de tratamentos por dimensões.

23
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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26
4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL

Traduzir e realizar a adaptação transcultural dos instrumentos Obsessive-Compulsive

Inventory (OCI) e Obsessive-Compulsive Inventory-Revised (OCI-R) em uma amostra de

pacientes com TOC e avaliar as propriedades psicométricas da OCI-R (em sua versão em

português do Brasil) em outra amostra de pacientes com TOC em comparação com pacientes

portadores de transtorno do Pânico ou Fobia Social e indivíduos normais.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Comparar os achados da versão brasileira aos das versões em alemão,

espanhol e na população americana;

• Examinar a confiabilidade teste-reteste na amostra de pacientes com TOC;

• Examinar a consistência interna em todas as amostras;

• Examinar a validade concorrente na amostra com TOC;

• Examinar a validade discriminante em todas as amostras;

• Examinar a sensibilidade à mudança da OCI-R antes e após o tratamento

para o TOC.

27
5. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O projeto de pesquisa (GPPG 05-505) foi previamente aprovado pelo Grupo de

Pesquisa e Pós-Graduação – Comissão Científica e Comissão de Pesquisa e Ética em Saúde

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Todos os pacientes e controles assinaram um Termo de Consentimento Pós-

Informação antes de participar do estudo (Anexos 6 e 7).

28
6. ARTIGOS

29
6.1 ARTIGO 1

30
31
32
33
34
35
6.2 ARTIGO 2

Submetido: Journal of Anxiety Disorders

Psychometric properties of the Brazilian Portuguese version of the Obsessive-Compulsive

Inventory – Revised in a sample of patients with OCD, with other Anxiety Disorders, and a

non-clinical sample.

Fernanda Pasquoto de Souza1,2, Edna B Foa3, Elisabeth Meyer1,2, Kátia Gomes Niederauer 1,2 ,

Aristides Volpato Cordioli1,2

1. Anxiety Disorders Program, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio

Grande do Sul, Brazil; 2. Postgraduate Program in Medical Sciences,

Department of Psychiatry, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil; and 3. Center for the Treatment and Study of

Anxiety, Department of Psychiatry, University of Pennsylvania, USA

Financing: Fundação de Incentivo à Pesquisa e Eventos (FIPE), Hospital de Clínicas de Porto

Alegre, Centro de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)

Conflict of interests: None

Correspondence
Fernanda Pasquoto de Souza
Av. Neuza Goulart Brizola, 500, apartamento 304 –Bela Vista
90460-230 Porto Alegre, RS, Brazil
Tel: (55 51) 3331-4668 (55 51) 8404-3754
E-mail: fegps@terra.com.br

36
Abstract

The reliability and validity of the Brazilian Portuguese version of the Obsessive–Compulsive

Inventory – Revised (OCI-R) were examined in a clinical sample of 64 patients with

Obsessive-Compulsive Disorder (OCD), 33 patients with Social Phobia and 33 patients with

Panic Disorder plus a non-clinical sample of 130 employees of a general hospital. Results

indicate that the OCI-R is a valid measure for identifying and assessing the severity of the six

symptom subtypes of OCD. Test-retest reliability was examined using the data from 64 OCD

patients who completed the inventory in two different times. In each sample the overall and

subscale scores demonstrated moderate to good internal consistency and good convergent and

divergent validity. Furthermore, in patients with OCD, the inventory showed sensitivity to

Cognitive-Behavioral Group Therapy (CBGT). Our findings indicate that the Brazilian

Portuguese version of the OCI-R retains the psychometric properties of its original version.

These results were also compared with the results of validation of the Spanish and German

OCI-R versions.

Keywords: Obsessive–Compulsive Disorder, Assessment, Symptom, Obsessive-Compulsive

Inventory-Revised, OCI-R, Psychometric properties

1. Introduction

Obsessive–Compulsive Disorder (OCD) is characterized by repetitive behavior

adopted to eliminate the anxiety provoked by intrusive and persistent thoughts. Patients may

present one or more OCD symptoms at the same time, for instance, concerns about

contamination and washing. The intensity of symptoms can also vary. It has been

recommended that measures should be used which are able to determine the following

aspects: (1) accuracy of the OCD diagnosis, (2) distress associated with common symptoms,

37
(3) degree of severity and (4) standards of therapeutic results in accordance with obsessive-

compulsive dimensions.

One measure which has been designed to correspond with the symptom-based

structural model of OCD is the Obsessive-Compulsive Inventory- Revised (OCI-R; Foa et al.,

2002), which is a revised and shortened version of the Obsessive-Compulsive Inventory (OCI;

Foa, Kozak, Salkovskis, Coles, & Amir, 1998). It comprises 18 items and offers

improvements over the first version in three aspects: 1) it eliminates the redundant scale of

“frequency”; 2) it simplifies subscales scores; and 3) it reduces the subscale overlapping. It

should be pointed out that the OCI-R has demonstrated a higher level of reliability than the

longer version, (Foa et al., 2002). In addition to providing an overall score, the OCI-R also

scores six dimensions individually: Checking, Washing, Ordering, Hoarding, Obsessing, and

Neutralizing.

The aims of the present study were: 1) to assess the psychometric properties of the

OCI-R (test-retest reliability, internal consistency and both convergent and discriminate

validity) in a sample comprising patients diagnosed with OCD, patients with other anxiety

disorders and healthy controls; 2) to evaluate the sensitivity of the OCI-R before and after

treatment and compare it to the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS).

(Goodman et al., 1989)

2. Method

2.1. Participants

The sample consisted of 260 adults, of whom 64 were outpatients diagnosed with OCD, 33

were outpatients with Panic Disorder, 33 were outpatients with Social Phobia and 130 were

healthy controls. The OCD patients had been diagnosed by clinical interview and had

completed the Y-BOCS questionnaire (Goodman et al., 1989) in order to confirm this

38
diagnosis according to the definition in the Diagnostic and Statistical Manual of Mental

Disorders ([DSM–IV]; American Psychiatric Association, 1994).

All OCD patients attended 12 weekly sessions of Cognitive-Behavioral Group Therapy as

part of the Anxiety Disorders Program (PROTAN) at the Hospital de Clínicas de Porto

Alegre (HCPA), Universidade Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS), Brazil. In addition to

the OCI-R, patients were also assessed according to: Y-BOCS, the Beck Depression

Inventory (BDI) and the Beck Anxiety Inventory (BAI). Scales were administered at the start

and end of treatment by members of the research team with a minimum qualification of a

Master’s degree.

Patients with Social Phobia and Panic Disorder were diagnosed using the Structured Clinical

Interview of the DSM–IV Axis I Disorders (SCID-IV; First, Spitzer, Gibbon, & Williams,

1995) and referred for medical care at the PROTAN Psychiatry Department of the HCPA.

The control group comprised of healthy volunteers matched for age, education level and

gender. The controls were all employees at the HCPA and were also assessed using the SCID-

IV. All sample subsets (Social Phobia, Panic Disorder and controls) completed the same

instruments administered to the OCD sample. In the event that participants who were not from

the OCD sample met the diagnostic criteria for OCD, they were excluded from the study.

Data were collected between March 2006 and July 2007. Ethical approval was granted by the

Research Ethics Committee at the HCPA and written informed consent was obtained from all

study participants.

2.2. Measures

2.2.1. Obsessive-Compulsive Inventory – Revised (OCI-R): this is an 18-item self-

administered questionnaire which assesses distress associated with obsessive–compulsive

symptoms. It has demonstrated good psychometric properties in patients with Anxiety

Disorders (Foa et al., 2002).

39
2.2.2. Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale (Y-BOCS): since 1989, this has been the

clinical instrument most widely used in OCD research. It assesses obsessions and

compulsions and is considered the “gold standard” for assessing the severity of symptoms. It

is based on a Likert scale ranging from 0 (without symptoms) to 4 (very severe). Five

questions evaluate aspects of obsession and five aspects of compulsion (Goodman et al.,

1989).

2.2.3. Beck Depression Inventory (BDI): this scale assesses depression intensity. It is a self-

report scale with 21 items, each one with four severity alternatives (light, moderate or severe)

(Beck et al., 1961).

2.2.4. Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders (SCID-I). This is a semi-

structured interview developed for use in research and for the diagnosis of Axis I disorders,

according to the DSM-IV criteria. (First &Gibbon, 2004)

2.2.5. Beck Anxiety Inventory (BAI): this is a self-report scale with 21 items, thoroughly used

to evaluate clinical anxiety. It returns a total score which varies from 0 to 63 (Beck & Steer,

1993).

2.3. Procedure

The OCI-R was translated into Brazilian Portuguese by two bilingual psychiatrists,

and then administered to 15 OCD patients. In order to make language adjustments, the

inventory was administered using different instruction intentionally selected. Back-

translations were than carried out independently by two other bilingual psychiatrists. The

back-translated version was then reviewed by the author of the original version in order to

verify the accuracy of the translation. A complete description of these procedures is available

elsewhere (Souza et al., 2008).

Test-retest reliability was evaluated using the same interval as in the original study

(seven days) (Foa et al., 2002).

40
Statistical analyses were carried out with the Statistical Package for the Social

Sciences (SPSS) version 12.0 for Windows (SPSS Inc., Chicago, Illinois). Means and

standard deviations were computed for all measures and the differences between OCD

patients, those with other anxiety disorders and healthy controls were examined. ANOVAs

were conducted using Tukey test adjusted for multiple comparisons between groups. The

Kruskal-Wallis test was applied to asymmetric data and the analysis was completed using the

Mann-Whitney test. In order to control for type I errors, the Programs for Epidemiologists

(PEPI) version 4.0 software package was used to apply Finner adjustment to p values.

Pearson’s Chi square was used to asses associations between qualitative variables. In cases of

statistical significance, the adjusted residues test was applied. In addition, Cronbach’s Alpha

was calculated for each subscale to determine internal consistency. Spearman’s correlation

coefficient was calculated to assess test-retest reliability and agreement between scales. The

Wilcoxon test was used to evaluate pre-/post-treatment changes in the sample of OCD

patients. Statistical associations were considered significant when p < 0.05.

3. Results

Age, gender and other sociodemographic variables are presented in table 1.

Table 1 – Demographic Characteristics for the whole sample

Characteristic Total sample OCD Social Phobia Panic Disorder Controls


(n=260) (n=64) (n=33) (n=33) (n=130)
Age (in years) 36.4 ± 11.7 38.9a ± 12.5 31.6b ± 11.9 35.9ab ± 9.98 36.5ab ± 11.4
Mean ± SD
Gender– n(%)
Male 73 (28.1) 13 (20.3) 13 (39.4) 11 (33.3) 36 (27.7)
Female 187 (71.9) 51 (79.7) 20 (60.6) 22 (66.7) 94 (72.3)
Marital status – n(%)
Single 108 (41.5) 23 (35.9) 18 (54.5) 11 (33.3) 56 (43.1)
Married 123 (47.3) 35 (54.7) 12 (36.4) 19 (57.6) 57 (43.8)
Divorced 25 (9.6) 4 (6.3) 3 (9.1) 3 (9.1) 15 (11.5)
Widow 4 (1.5) 2 (3.1) 0 (0.0) 0 (0.0) 2 (1.5)
Education, years – n(%)
≤8 28 (10.8) 5 (7.8) 5 (15.2) 4 (12.1) 14 (10.8)
9 – 11 94 (36.2) 18 (28.1) 13 (39.4) 16 (48.5) 47 (36.2)
> 11 138 (53.1) 41 (64.1) 15 (45.5) 13 (39.4) 69 (53.1)
Note: In each line, different letters indicate statistically significant difference (p <0.05) according to the Tukey test for
quantitative variables or the adjusted residues test for qualitative variables. OCD= Obsessive–Compulsive Disorder

41
Our findings indicated that these patients had higher OCI-R mean scores (33.0 ± 13.9)

than patients in samples studied by Huppert et al., 2006 (26.3±12.8), Gönner et al.,2007

(26.1± 13.3), Foa et al.,2002 (28.0± 13.5) and Abramowitz et al.,2006 (27.0±13.2).

When the overall Y-BOCS score of the OCD patients from our study (30.5 ± 4.3) was

compared with the results of Abramowitz et al., 2006 (23.8 ± 5.2), it was observed that the

severity of symptoms ranged from moderate (Abramowitz) to grave (our finding).

3.1. Internal consistency

Our finding demonstrated high internal consistency for the whole OCI-R in each

sample, ranging from 0.70 (Social Phobia) to 0.94 (OCD), which are similar values to those

reported by Huppert et al., 2006. All subscales presented high internal consistency for the

whole sample, and good internal consistency for patients with OCD or Social Phobia, with

five of six coefficients exceeding 0.70. Checking, hoarding, neutralizing and ordering

subscale scores were similar in our OCD group to those reported by Huppert et al.,2006,

although higher than published by Gönner et al.,2007. In the Panic Disorder sample, subscales

ranged from low to moderate internal consistency, except for the ordering subscale which

demonstrated good internal consistency. In the control group our results was good for the

whole OCI-R (0.84), washing, (0.81) and checking (0.80) subscales and moderate for the rest

of subscales.

When we consulted results for the Spanish version of the OCI-R (Fullana et al.,2005), we

found very similar estimates for total score (0.86), and for the hoarding (0.69), ordering

(0.67), checking (0.77) and neutralizing (0.61) subscales. Moreover it was quite similar to

those found by Hajcak et al.,2004, only differing in the ordering subscale, which was 0.62 on

the Brazilian study and 0.84 in the students' non-clinical sample. Alpha coefficients are shown

in Table 2. Significant statistical differences were found between each sample, with OCD

42
patients (median=33.5; P25=19.8; P75=42.0) having significantly higher scores than the

Social Phobia sample (median=0.0; P25=0.0; P75=3.0), the Panic Disorder sample

(median=1.0; P25=0.0; P75=2.8) and the controls (median=0; P25=0; P75=2).

Table 2 – Cronbach’s α for the OCI-R total score and subscales, for the whole sample and
each subset.
Subscales Total sample OCD Social Phobia Panic Disorder Controls
(n=260) (n=64) (n=33) (n=33) (n=130)
Checking 0.931 0.831 0.810 0.503 0.807
Hoarding 0.896 0.898 0.849 0.317 0.680
Neutralizing 0.733 0.608 0.722 0.387 0.666
Obsessing 0.764 0.477 0.495 0.357 0.612
Ordering 0.923 0.840 0.508 0.679 0.627
Washing 0.881 0.844 1.000 -0.090 0.815
Total score 0.949 0.829 0.703 0.779 0.847
Note: OCD= Obsessive–Compulsive Disorder

3.2. Test-retest Reliability

Sixty-four patients with OCD were included in this phase of the study. Test–retest

reliabilities were calculated with a one-week interval between administrations. A non-

significant difference was found between test (median=29; P25=10; P75=41.5) and retest

(median=27; P25=10; P75=42.5).

Temporal stability of the OCI-R version was examined using Spearman’s correlation.

Our results for the overall score were excellent (0.98), being higher than the results of Hajcak

et al., 2004 (0.7) and for the Spanish version (0.67; Fullana et al., 2005). Furthermore, test-

retest reliability of the subscales had correlations ranging from 0.95 to 0.99. These findings

were similar to Foa et al. (2002) where correlations ranged from 0.74 to 0.91.

3.3. Convergent and divergent validity

Spearman correlations between the OCI–R and Y-BOCS, BDI and BAI scores are

presented in table 3. Data were positively related to the OCI–R total score and all other

measures. The highest correlation (0.47) was between OCI-R total score and Y-BOCS total

score.

43
Our finding demonstrated a moderate correlation between the OCI–R obsession

subscale and the Y-BOCS obsession score, a lower result than that found for the original

version (0.53; Foa et al.,2002), similar to that for the German version (0.40) and higher than

results published by Abramowitz et al., 2006 (0.22). The OCI-R also exhibited a moderate

correlation with the BDI (0.35), with similar values to those presented by the German version

(0.32; Gönner et al., 2007) and close to results observed by Hajcak et al., 2004 (0.39) and

Abramowitz et al., 2006(0.41). In relation to the correlation between OCI-R and BAI, data

demonstrated a moderate correlation (0.38) and were similar to that found for the German

version (0.42; Gönner et al., 2007).

Table 3 – Spearman correlation between


the Y-BOCS, BDI, BAI and OCI-R scales
OCI-R
Scales
Total Obsession
Y-BOCS
Total 0.471* -
Obsessions 0.400** 0.310***
Compulsions 0.473* -
BAI 0.382* -
BDI 0.350* -
Note: OCI-R: Obsessive Compulsive Inventory—Revised;
Y-BOCS: Yale–Brown Obsessive Compulsive Scale; BAI: Beck Anxiety Inventory;
BDI: Beck Depression Inventory; *p<0.001; **p<0.01; *** p<0.05

In order to examine the ability of the OCI-R to discriminate the OCD sample from

other samples we compared medians and interquartile ranges using the Kruskal-Wallis H test.

The same ability was also evaluated by applying the Mann-Whitney test with Finner

adjustment. As shown in Table 4, the Kruskal-Wallis test results showed differences in the

total score for all samples. The Mann-Whitney test demonstrated that OCD patients were

significantly more distressed than individuals from other samples both according to the total

score and all subscales.

44
Table 4 – Medians and interquartile ranges for total scores and subscale of the OCI-R for all
samples
OCD Social Phobia Panic Disorder Controls
Subscales (n=64) (n=33) (n=33) (n=130) p*
Mdn (P25–P75) Mdn (P25–P75) Mdn (P25–75) Mdn (P25–75)
Checking 8a (4.3 – 11.8) 0b (0 – 0.5) 0b (0 – 1) 0b (0 – 0) <0.001
Hoarding 4a (0 – 9) bc
0 (0 – 1.5) 0b (0 – 2) 0c (0 – 0) <0.001
Neutralizing 2a (0 – 5) b
0 (0 – 0) 0b (0 – 0) 0b (0 – 0) <0.001
Obsessing 7a (5 – 8) b
0 (0 – 1) 0b (0 – 2) 0c (0 – 0) <0.001
Ordering 8a (4 – 11) b
0 (0 – 0.5) 0b (0 – 1.5) 0b (0 – 1) <0.001
Washing 4a (0 – 8.8) b
0 (0 – 0) 0b (0 – 0) 0b (0 – 0) <0.001
Total score 33.5a (22.5 – 43) b
2 (0 – 5) 2b (0 – 6.5) 0c (0 -2) <0.001
Note: OCD= Obsessive–Compulsive Disorder. Within each row, different letters in superscript indicate significant
differences ( p < 0.05) according to the Mann-Whitney test with p values subjected to Finner adjustment. * value obtained
using the Kruskal-Wallis H test

3.4. Sensibility effect to treatment in the scales used to evaluate 64 OCD patients

Sensitivity to change was evaluated by comparing changes in total score of the OCI-R

before and after treatment and comparing this to the same change in Y-BOCS scores. Means

and standard deviations of the OCI-R total score before (33.0 ± 13.9) and after (9.5 ± 9.1)

treatment demonstrated statistical difference (p< 0.001). The same order of statistical

significance (p< 0.001) was observed in the Y-BOCS before (30.5 ± 4.3) and after (9.9 ± 6.2)

treatment. The association between Y-BOCS and OCI-R scales was adequate prior to

treatment (r=0.5; p<0.001) and higher after treatment (r=0.7; p<0.001). The OCI-R also

demonstrated a good ability to discriminate between patients with OCD and other groups of

patients with anxiety, with the exception of the hoarding and ordering subscales.

4. Discussion

The main goal of this study was to examine the psychometric properties of the

Brazilian Portuguese version of the OCI-R scale. Therefore, a clinical sample including three

groups with different anxiety disorders and a non-clinical sample were recruited. We also

aimed at examining the performance of each subscale in the OCD sample in addition to

observing the results before and after the CBGT usually provided at the PROTAN. Moreover,

we correlated the OCI-R with other well-known measures.

45
Additionally, we compared our results with those of the original version (Foa et al.,

2002), the Spanish version (Fullana et al., 2005) and the German version (Gönner et al.2007 ).

Total score and subscales results of the OCI-R were consistent with those reported in previous

studies. Internal consistency, test-retest reliability and convergent and divergent validity were

similar to the original, Spanish and German versions.

As expected, overall OCI-R scores and subscale scores were higher in the OCD group

than in the other samples, supporting the clinical utility of the measure. This suggests that the

Brazilian-Portuguese version of the OCI–R is a very useful screening instrument which is able

to discriminate between patients diagnosed with OCD, those with other anxiety disorders and

healthy controls. The OCI–R did not differ from the recently published manuscript (Grabill et

al., 2007) which makes a critical review of instruments used in the assessment and diagnosis

of OCD. Convergent validity was demonstrated by significant correlations between the

Brazilian-Portuguese versions of the OCI-R and the Y-BOCS. Divergent validity was

established by low correlations between the OCI-R and the BDI and BAI, which are

instruments that were not specifically developed to assess OCD.

Furthermore, the OCI-R showed a good ability for assessing the effects of treatment in

OCD patients and can be helpful for measuring treatment outcomes. Our findings are in

agreement with those reported by Abramowitz et al. (2005).

Finally, our results demonstrate that the Brazilian-Portuguese version produces results

that are quite stable over time. The total score and each subscale had correlation values higher

than 0.95, suggesting that the OCI-R is a reliable tool.

In the OCD sample, the total OCI-R score and all the subscale scores also demonstrate

moderate to good convergent validity in terms of good correlations with other measures such

as the YBOCS, BAI and BDI. These results correspond closely with findings reported by

46
other studies (Foa et al.,2002; Hajcak et al., 2004; Abramowitz et al., 2006; Gönner et

al.,2007).

In summary, the Brazilian Portuguese version of the OCI-R correlates very strongly

with the original version and can be recommended as a valid measure. It is appropriate for use

in clinical and non-clinical populations, and for clinical and research purposes.

5. References

Abramowitz, J. S., & Deacon, B. J. (2006). Psychometric properties and construct validity of the
Obsessive-Compulsive Inventory-Revised: Replication and extension with a clinical
sample. Journal of Anxiety Disorders, 20, 1016-1035.

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Beck, A. T. Ward, C. H., Mendelson, M., Mock, J., Eerbaugh, J. (1961). An inventory for
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Cordioli, A.V., Heldt, E., Braga, D.B., Margis, R., Basso, M.S., Fonseca, J.T. (2003). Cognitive-
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Foa, E.B., Kozak, M..J., Salkovskis, P.M. (1998). The Validation of a New Obsessive-
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Foa, E. B., Huppert, J. D., Leiberg, S., Langner, R., Kichic, R., Hajcak G., et al. (2002). The
Obsessive-Compulsive Inventory: Development and validation of a short version.
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Fullana, M. A., Tortella-Feliu, M., Caseras, X., Andión, O., Torrubia, R., & Mataix-Cols, D.
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Gönner, S., Leonhart, R., Ecker, W. (2007). The Obsessive–Compulsive Inventory-Revised (OCI-
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depressive disorders. Journal of Anxiety Disorders, In Print.

47
Grabill K., Merlo L., Duke D., Harford K.-L., Keeley M.L.,
Geffken G.R., Storch E.A., Assessment of Obsessive-Compulsive Disorder: A Review,
Journal of Anxiety Disorders (2007), doi:10.1016/j.janxdis.2007.01.012

Hajcak, G., Huppert, J. D., Simons, R. F., & Foa, E. B. (2004). Psychometric properties of
the OCI-R in a college sample. Behaviour Research and Therapy, 42, 115-123.

Huppert, J.D., Walther, M.R., Hajcak, G; Yadin, G., Foa, E.B.,Simpson, H.B., et al. (2007). The
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Souza, F.P., Foa, E.B., Meyer, E. Niederauer, K.G.,Raffin, A.L.,Cordioli, A.V. (2008). Obsessive-
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46.

Spitzer RL. Williams JB. Gibbon M. First MB. The Structured Clinical Interview for DSM-III-R
(SCID) (1992). I: History. rationale and description. Archives of General Psychiatry, 49(8):624-9.

48
7. CONCLUSÕES

O presente estudo teve como objetivos traduzir e adaptar os instrumentos Obsessive-

Compulsive Inventory (OCI) e Obsessive-Compulsive Inventory-Revised (OCI-R) em uma

amostra de pacientes com TOC e examinar as propriedades psicométricas da OCI-R em outra

amostra de pacientes com TOC, duas amostras de pacientes com outros transtornos de

ansiedade e em uma amostra não-clínica, em sua versão em português do Brasil.

De acordo com nossos objetivos, os achados de nossa pesquisa sinalizam que:

1. O processo de tradução e adaptação de um instrumento para outra cultura

abrange vários elementos e exige uma metodologia cuidadosa: instrumentos

utilizados em culturas diferentes da versão original devem passar por um

processo acurado de tradução, adaptação transcultural e validação, visando

a manter a acuidade relacionada à escala original;

2. A aprovação da autora da versão original dos instrumentos retrotraduzidos,

a partir do português do Brasil para o inglês, confirma a exatidão da

metodologia empregada;

3. As escalas mostraram-se de fácil compreensão e preenchimento pelos

pacientes, podendo ser utilizadas em pacientes com transtorno obsessivo-

compulsivo de diferentes classes econômicas e sociais;

4. Os resultados em relação ao escore total e as subescalas estão em acordo

com aqueles informados em estudos prévios, demonstrando consistência

interna, confiabilidade teste-reteste e validade concorrente e discriminante

muito próximas às das versões americana, espanhola e alemã;

49
5. Os resultados deste estudo indicam que o instrumento é útil para avaliar a

gravidade dos sintomas do TOC, demonstrando consistência nos quesitos

avaliados por meio da alta correlação e da boa validade discriminante;

6. A confiabilidade e a validade de critério, obtidas com a tradução e a

adaptação para o português da escala OCI-R, por meio da metodologia

teste-reteste e confiabilidade contra a escala YBOCS, considerada padrão-

ouro para avaliação de sintomas e gravidade do TOC, sugere que esse

instrumento pode ser utilizado no Brasil. A repetição do método em

diferentes amostras aumentou a robustez destes achados;

7. A utilização da OCI-R permite que as evitações, os rituais mentais e os

comportamentos repetitivos sejam investigados em cada dimensão,

fornecendo uma avaliação mais precisa da gravidade das diferentes

categorias de sintomas dos pacientes;

8. O instrumento Obsessive-Compulsive Inventory- Revised, em sua versão

adaptada para o português do Brasil, poderá auxiliar os profissionais de

saúde no rastreamento de possíveis portadores de transtorno obsessivo-

compulsivo e na avaliação da intensidade dos sintomas obsessivo-

compulsivos;

9. O presente estudo verificou que a OCI-R apresentou sensibilidade ao

tratamento, sendo capaz de identificar as diferenças na intensidade dos

sintomas do TOC com a terapia cognitivo-comportamental em grupo.

50
APRESENTAÇÃO PARCIAL DOS RESULTADOS

Souza, F.P; Meyer, E; Cordioli, A.V. Tradução, adaptação e validação das escalas Obsessive-

Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive Compulsive-Inventory Revised – OCI-R. Pôster.

XXIII Jornada Sul-rio-grandense de Psiquiatria Dinâmica, Porto Alegre, 17 a 19 de Agosto de

2006.

Souza, F.P; Meyer, E; Cordioli, A.V. Tradução, adaptação e validação das escalas Obsessive-

Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive Compulsive-Inventory Revised – OCI-R. Pôster.

26ª Semana Científica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 11 a 15 de

Setembro de 2006.

Souza, F.P; Meyer, E; Raffin, A.L; Cordioli, A.V. Tradução, adaptação e validação das

escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive Compulsive-Inventory Revised

– OCI-R. Apresentação Oral. Simpósio “Avanços no Diagnóstico e Tratamento do Transtorno

Obsessivo-Compulsivo e da Síndrome de Tourette”, São Paulo, 25 de Novembro de 2006.

Souza, F.P; Meyer, E; Cordioli, A.V. Tradução, adaptação e validação das escalas Obsessive-

Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive Compulsive-Inventory Revised – OCI-R.

Apresentação Oral. 6ª Congresso da Sociedade Brasileira de Terapias Cognitivas “ TCC e

Neurociências”, Gramado, 13 de Abril de 2007.

Souza, F.P; Meyer, E; Raffin, A.L; Cordioli, A.V. Reliability and Validity of the Obsessive-

Compulsive Inventory and Obsessive-Compulsive Inventory- Revised Versions: Preliminary

51
American Psychiatric Association – 160th Annual Meeting May 19-24, 2007 San Diego, CA

NR810 - Wednesday, May 23, 2007, New Research 7—Poster Session—Sails Pavilion,

Upper Level, San Diego Convention Center

Souza, F.P; Foa, E.B; Meyer, E; Niederauer, K.G; Raffin, A.L; Cordioli, A.V. Tradução,

adaptação e validação das escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive

Compulsive-Inventory Revised – OCI-R. Pôster. 27ª Semana Científica do Hospital de

Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, 10 a 14 de Setembro 2007.

Souza, F.P; Foa, E.B; Meyer, E; Niederauer, K.G; Raffin, A.L; Cordioli, A.V. Tradução,

adaptação e validação das escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive

Compulsive-Inventory Revised – OCI-R. Pôster. XXV Congresso Brasileiro de Psiquiatria,

Porto Alegre, 10 a 13 de Outubro de 2007.

Souza, F.P; Meyer, E; Cordioli, A.V. Tradução, adaptação e validação das escalas Obsessive-

Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive Compulsive-Inventory Revised – OCI-R.

Apresentação Oral. VII – C-TOC Consórcio Brasileiro de Pesquisas sobre Transtorno

Obsessivo-Compulsivo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 30 de Novembro e 01 de Dezembro de

2007.

Souza, F.P; Foa, E.B; Meyer, E; Niederauer, K.G; Raffin, A.L; Cordioli, A.V. Obsessive

Compulsive Inventory (OCI) and Obsessive Compulsive Inventory Revised (OCI-R) scales:

translation into Brazilian Portuguese and cross cultural adaptation. Rev. Bras Psiquiatr: 2007:

ahead of print.

52
8. ANEXOS

53
Anexo 1

Autorização

From: Ellen Kubis


To: acordioli@terra.com.br
Sent: Wednesday, July 27, 2005 4:50 PM
Subject: OCI & OCI R Translation

Dear Dr. Volpato:

Dr. Foa is out of the country and asked that I respond on her behalf. Yes, you can translate
the OCI & OCI R, but she will need you to send that back translation so she can review.
Thanks.

54
Anexo 2

OBSESSIVE-COMPULSIVE INVETORY

The following statements refer to experiences that many people have in their everyday lives.
Under the column labeled FREQUENCY, circle the number next to each statement that best
describes how FREQUENTLY YOU HAVE HAD THE EXPERIENCE IN THE PAST
MONTH.

Then, in the column labeled DISTRESS, circle the number that best describes HOW MUCH
that experience DISTRESSED OR BOTHERED YOU DURING THE PAST MONTH.

FREQUENCY DISTRESS

0-----------1-----------2-----------3------------4 0-----------1-----------2-----------3------------4
Never Almost Sometimes Often Almost Not at all A little Moderately A lot Extremely
never always

FREQUENCY DISTRESS

1. Unpleasant thoughts come into my mind 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


against my will and I cannot get rid of them.

2. I think contact with bodily secretions (perspiration, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


saliva, blood, urine, etc.) may contaminate my clothes
and somehow harm me.

3. I ask people to repeat things to me several times, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


even though I understood them the first time.

4. I wash and clean obsessively. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

5. I have to review mentally past events, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


conversations, and actions to make sure that I didn’t
do something wrong.

6. I have saved up so many things that they get in the 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


way.

7. I check things more often than necessary. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

8. I avoid using public toilets because I am afraid of 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


disease or contamination.

9. I repeatedly check doors, windows, drawers, etc. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

10. I repeatedly check and water taps and light 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


switches after turning them off

11. I collect things I don’t need. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

12. I have thoughts of hurting someone and not 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


knowing it.

55
FREQUENCY DISTRESS

0-----------1-----------2-----------3------------4 0-----------1-----------2-----------3------------4
Never Almost Sometimes Often Almost Not at all A little Moderately A lot Extremely
never always

FREQUENCY DISTRESS

13. I have thoughts I might want to harm myself or 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


others.

14. I get upset if objects are not arranged properly. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

15. I feel obliged to follow a particular order in 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


dressing, undressing, and washing myself.

16. I feel compelled to count while I am doing things. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

17. I am afraid of impulsively doing embarrassing or 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


harmful things.

18. I need to pray to cancel bad thoughts or feelings. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

19. I keep on checking forms or other things I have 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


written.

20. I get upset at the sight of knives, scissors, and other 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


sharp objects in case I lose control with them.

21. I am excessively concerned with cleanliness. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

22. I find it difficult to touch an object when I know 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


it has been touched by strangers or certain people.

23. I need things to be arranged in a particular order. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

24. I get behind in my work because I repeat things 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


over and over again.

25. I feel I have to repeat certain numbers. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

26. After doing something carefully, I still have the 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


impression that I have not finished it.

27. I find it difficult to touch garbage or dirty things. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

28. I find it difficult to control my own thoughts. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

29. I have to do things over and over again until it 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


feels right.

30. I am upset by unpleasant things that come into my 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


mind against my will.

31. Before going to sleep I have to do things in a 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


certain way.

56
FREQUENCY DISTRESS

0-----------1-----------2-----------3------------4 0-----------1-----------2-----------3------------4
Never Almost Sometimes Often Almost Not at all A little Moderately A lot Extremely
never always

FREQUENCY DISTRESS

32. I go back to places to make sure that I have not 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


harmed anyone.

33. I frequently get nasty thoughts and have difficulty 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


getting rid of them.

34. I avoid throwing things away because I am afraid 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


I might need them later.

35. I get upset if others change the way I have arranged 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


things.

36. I feel that I must repeat certain words or phrases in 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


my mind in order to wipe out bad thoughts, feelings or
actions.

37. After I have done things, I have persistent doubts 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


about whether I really did them.

38. I sometimes have to wash or clean myself simply 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


because I feel contaminated.

39. I feel that there are good and bad numbers. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

40. I repeatedly check anything which might cause a 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


fire.

41. Even when I do something very carefully I feel 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


that it is not quite right.

42. I wash my hands more often and longer than 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


necessary.

Total frequency score ___________ Total distress score __________

57
Obsessive-Compulsive Inventory (OCI)
Scoring Instructions

Checking (9): 3, 7, 9, 10, 19, 24, 31, 32, 40

Hoarding (3): 6, 11, 34

Neutralizing (6): 5, 16, 18, 25, 36, 39

Obsessing (8): 1, 12, 13, 17, 20, 28, 30, 33

Ordering (5): 14, 15, 23, 29, 35

Washing (8): 2, 4, 8, 21, 22, 27, 38, 42

Doubting (3): 26, 37, 41

Total = all items

The frequency and distress total and subscale scores are obtained by adding the scores of the

respective items. No items are reverse scored.

58
Anexo 3

OBSESSIVE-COMPULSIVE INVETORY REVISED

The following statements refer to experiences that many people have in their everyday lives.
Circle the number that best describes HOW MUCH that experience has DISTRESSED or
BOTHERED you during the PAST MONTH. The numbers refer to the following verbal
labels:
0 = Not at all 3 = A lot
1 = A little 4 = Extremely
2 = Moderately

1. I have saved up so many things that they get in the way. 0 1 2 3 4

2. I check things more often than necessary. 0 1 2 3 4

3. I get upset if objects are not arranged properly. 0 1 2 3 4

4. I feel compelled to count while I am doing things. 0 1 2 3 4

5. I find it difficult to touch an object when I know it has 0 1 2 3 4


been touched by strangers or certain people.

6. I find it difficult to control my own thoughts. 0 1 2 3 4

7. I collect things I don’t need. 0 1 2 3 4

8. I repeatedly check doors, windows, drawers, etc. 0 1 2 3 4

9. I get upset if others change the way I have arranged things. 0 1 2 3 4

10. I feel I have to repeat certain numbers. 0 1 2 3 4

11. I sometimes have to wash or clean myself simply because 0 1 2 3 4


I feel contaminated.

12. I am upset by unpleasant thoughts that come into my 0 1 2 3 4


mind against my will.

13. I avoid throwing things away because I am afraid I might 0 1 2 3 4


need them later.

14. I repeatedly check gas and water taps and light switches 0 1 2 3 4
after turning them off.

15. I need things to be arranged in a particular order. 0 1 2 3 4

16. I feel that there are good and bad numbers. 0 1 2 3 4

17. I wash my hands more often and longer than necessary. 0 1 2 3 4

18. I frequently get nasty thoughts and have difficulty 0 1 2 3 4


in getting rid of them.

Total distress score________


SUBSCALES AND THEIR ITEMS OF THE OCI-SV

1. New Scale Item Numbers:

Checking: 2, 8, 14

Hoarding: 1, 7, 13

Neutralizing: 4, 10, 16

Obsessing: 6, 12, 18

Ordering: 3, 9, 15

Washing: 5, 11, 17

2. Item Numbers from the OCI long version:

Checking: 7, 9, 10

Hoarding: 6, 11, 34

Neutralizing: 16, 25, 39

Obsessing: 28, 30,33

Ordering: 14, 23, 35

Washing: 22, 38, 42

The total and subscale scores are obtained by adding the scores of the respective items.

60
Anexo 4

INVENTÁRIO DE OBSESSÕES E COMPULSÕES - OCI

As afirmativas a seguir referem-se a experiências que muitas pessoas têm em sua vida diária.
Na coluna FREQUÊNCIA, circule o número próximo a cada afirmativa que melhor descreve O
QUÃO FREQUENTEMENTE VOCÊ TEVE ESSA EXPERIENCIA NO ÚLTIMO MÊS.

Após, na coluna ANSIEDADE, circule o número que melhor descreve O QUANTO à experiência
mencionada tem lhe causado ansiedade ou incomodado NESTE ÚLTIMO MÊS.

FREQUÊNCIA ANSIEDADE
0-----------1-----------2-----------3-----------------4 0-----------------1---------------2----------------3------------4
Nunca Quase Às vezes Frequen- Quase Nem um Um pouco Moderadamente Muito Extremamente

nunca temente sempre pouco

FREQUÊNCIA ANSIEDADE

1.Pensamentos desagradáveis vêm a minha. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


mente contra a minha vontade e não consigo
me livrar deles.

2. Acho que o contato com secreções corporais, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


(suor, saliva sangue, urina, etc.) pode contaminar
minhas roupas e, de alguma forma, me fazer mal.

3. Peço que as pessoas repitam coisas para mim 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


muitas vezes, mesmo que já as tenha
entendido na primeira vez..

4. Lavo-me e limpo-me obsessivamente 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


(excessivamente).

6. Tenho que rever mentalmente , 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


acontecimentos, passados, conversas e ações para me
certificar de que não fiz algo errado.

6. Tenho guardado tantas coisas que elas 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


atravancam o caminho.

7. Verifico coisas mais freqüentemente que o 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


necessário.

8. Evito usar toaletes (banheiros) públicos, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


porque tenho medo de doenças ou contaminação.

9. Verifico repetidamente portas, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


janelas, gavetas, etc.

61
FREQUÊNCIA ANSIEDADE
0-----------1-----------2-----------3-----------------4 0-----------------1---------------2----------------3------------4
Nunca Quase Às vezes Frequen- Quase Nem um Um pouco Moderadamente Muito Extremamente

nunca temente sempre pouco

FREQUÊNCIA ANSIEDADE

10. Verifico repetidamente o gás, as torneiras e 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


os interruptores de luz após desligá-los.

11. Coleciono coisas de que não preciso. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

12. Tenho pensamentos (ou medo) de ferir 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


alguém e não saber.

13. Tenho pensamentos de que posso querer 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


causar danos (machucar ou ferir) a mim ou aos outros.

14. Fico perturbado se os objetos não estão, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


arrumados apropriadamente (de maneira adequada).

15. Sinto-me obrigado a seguir uma 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


determinada seqüência ao vestir-me,
despir-me e lavar-me.

16. Sinto-me compelido a (tenho necessidade de) 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


contar enquanto estou fazendo coisas.

17. Tenho medo de, impulsivamente, fazer 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


coisas embaraçosos ou nocivas (que possam fazer mal).

18. Preciso rezar para anular maus. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


pensamentos ou sentimentos.

19. Fico verificando os formulários 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


(papéis, documentos) ou outras coisas que tenha escrito.

20. Fico perturbado ao ver facas, tesouras, 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


e outros objetos pontiagudos, com receio de
perder o controle sobre eles.

21. Sou excessivamente preocupado com 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


limpeza

22. Acho difícil (não gosto de) tocar um objeto 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


quando eu sei que ele já foi tocado por estranhos
ou certas pessoas.

62
FREQUÊNCIA ANSIEDADE
0-----------1-----------2-----------3-----------------4 0-----------------1---------------2----------------3------------4
Nunca Quase Às vezes Frequen- Quase Nem um Um pouco Moderadamente Muito Extremamente

nunca temente sempre pouco

FREQUÊNCIA ANSIEDADE

23. Necessito que as coisas estejam 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


arrumadas em uma certa ordem

24. Atraso-me (demoro demais) com o meu 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


trabalho pois repito coisas várias vezes.

25. Sinto que tenho que repetir certos 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


números.

26. Após fazer algo cuidadosamente, ainda tenho 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


a impressão de que não terminei.

27. Acho difícil tocar no lixo ou em coisas 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


sujas.

28. Acho difícil controlar meus 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


próprios pensamentos.

29. Tenho que fazer as coisas várias e várias vezes 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


até sentir que está certo.

30. Perturbo-me com coisas desagradáveis 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


que vêm à minha mente contra a minha vontade.

31. Antes de ir dormir eu tenho que fazer 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


coisas de uma certa maneira.

32. Retorno aos lugares para ter certeza 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


de que não machuquei ninguém.

33. Freqüentemente tenho pensamentos 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


sórdidos/sujos (maus ou ruins) e tenho dificuldade de me
livrar deles.

34. Evito jogar coisas fora pois tenho 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


receio de que possa precisar delas
mais tarde.

35. Perturbo-me se outras pessoas 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


mudam a forma como arrumei as coisas

63
FREQUÊNCIA ANSIEDADE
0-----------1-----------2-----------3-----------------4 0-----------------1---------------2----------------3------------4
Nunca Quase Às vezes Frequen- Quase Nem um Um pouco Moderadamente Muito Extremamente

nunca temente sempre pouco

FREQUÊNCIA ANSIEDADE

36. Sinto que devo repetir certas palavras 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


ou frases em minha mente para que possa
apagar maus pensamentos, sentimentos ou
ações.

37. Após fazer certas coisas, tenho dúvidas 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


persistentes se realmente as fiz.

38. Às vezes tenho que me lavar ou me limpar 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


pelo simples fato de me sentir contaminado.

39. Sinto que há números bons e maus. 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4

40. Verifico repetidamente tudo que 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


possa causar um incêndio.

41. Mesmo quando faço algo com muito 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


cuidado, sinto que não está totalmente certo.

42. Lavo minhas mãos com maior freqüência 0 1 2 3 4 0 1 2 3 4


e por mais tempo que o necessário (do que
a maioria das outras pessoas).

Escore Total de Freqüência __________ Escore Total Ansiedade ____________

64
Inventários de Obsessões e Compulsões (OCI)
Instruções para Escore

Verificação (9): 3, 7, 9, 10, 19, 24, 31, 32, 40

Colecionismo (3): 6, 11, 34

Neutralização (6): 5, 16, 18, 25, 36, 39

Obsessão (8): 1, 12, 13, 17, 20, 28, 30, 33

Ordenamento (5): 14, 15, 23, 29, 35

Lavagem (8): 2, 4, 8, 21, 22, 27, 38, 42

Dúvida (3): 26, 37, 41

Total = todos os itens

A freqüência e a aflição total e os escores das subescalas são obtidos adicionando-se os


escores dos respectivos itens. Não há itens com escore reverso.

65
Anexo 5

INVENTÁRIO DE OBSESSÕES E COMPULSÕES - OCI-R

As afirmativas a seguir referem-se a experiências que muitas têm em sua vida diária.
Circule o número que melhor descreve O QUANTO a experiência mencionada tem lhe causado
ansiedade ou incomodado NESTE ÚLTIMO MÊS. Os números referem-se às seguintes etiquetas
verbais:
0 = Nem um pouco 3 = Muito
1 = Um pouco 4 = Extremamente
2 = Moderadamente

1. Tenho guardado tantas coisas que elas atravancam o caminho. 0 1 2 3 4

2. Verifico coisas mais freqüentemente que o necessário. 0 1 2 3 4

3. Fico perturbado se os objetos não estão arrumados apropriadamente 0 1 2 3 4


(de maneira adequada).

4. Sinto-me compelido a (tenho necessidade de) contar 0 1 2 3 4


enquanto estou fazendo coisas .

5. Acho difícil (não gosto de) tocar um objeto quando eu sei 0 1 2 3 4


que ele já foi tocado por estranhos ou certas pessoas.

6. Acho difícil controlar meus próprios pensamentos. 0 1 2 3 4

7. Coleciono coisas de que não preciso. 0 1 2 3 4

8. Verifico repetidamente portas, janelas gavetas, etc. 0 1 2 3 4

9. Perturbo-me se outras pessoas mudam a forma como arrumei as coisas. 0 1 2 3 4

10. Sinto que tenho que repetir certos números. 0 1 2 3 4

11. Às vezes tenho que me lavar ou me limpar pelo simples fato de me 0 1 2 3 4


sentir contaminado.

12. Pensamentos desagradáveis vêm à minha mente 0 1 2 3 4


contra a minha vontade e não consigo me livrar deles.

13. Evito jogar coisas fora, pois tenho receio de que. 0 1 2 3 4


possa precisar delas mais tarde.

14. Verifico repetidamente o gás, as torneiras e os interruptores 0 1 2 3 4


de luz após desligá-los.

15. Necessito que as coisas estejam arrumadas em uma 0 1 2 3 4


certa ordem.

16. Sinto que há números bons e maus. 0 1 2 3 4

17. Lavo minhas mãos com maior freqüência e por mais tempo que . 0 1 2 3 4
o necessário (do que a maioria das outras pessoas).

18. Freqüentemente tenho pensamentos sórdidos/sujos (maus ou ruins) 0 1 2 3 4


e tenho dificuldade de me livrar deles.

TOTAL:__________

66
1. Números dos Itens da Nova Escala

Verificação: 2, 8, 14

Colecionismo: 1, 7, 13

Neutralização: 4, 10, 16

Obsessão: 6, 12, 18

Ordenamento: 3, 9, 15

Lavagem: 5, 11, 17

2. Números dos Itens da Versão Completa do OCI

Verificação: 7, 9, 10

Colecionismo: 6, 11, 34

Neutralização: 16, 25, 39

Obsessão: 28, 30,33

Ordenamento: 14, 23, 35

Lavagem: 22, 38, 42

Os escores totais e das subescalas são obtidos adicionando-se os escores dos respectivos itens.

67
Anexo 6

Termo de Consentimento Informado para Pacientes

Estamos realizando uma pesquisa que tem como objetivo a tradução, adaptação e
validação das escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive-Compulsive
Inventory –Revised- OCI-R. Estas escalas avaliam as “obsessões e as compulsões” dos
indivíduos.
Obsessões são: pensamentos, idéias, imagens, palavras, frases, números ou impulsos
que invadem a consciência de forma repetitiva e persistente e as compulsões são
comportamentos ou atos mentais voluntários e repetitivos executados em resposta a obsessões
ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente.
Você está sendo convidado a participar do estudo por estar participando de programas
específicos de tratamento para Transtornos de Ansiedade no Hospital de Clínicas de Porto
Alegre. Indivíduos que possuem o diagnóstico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo e que
possuem os sintomas acima geralmente têm muita ansiedade. Por isso esse diagnóstico faz
parte de uma família de Transtornos de Ansiedade, onde estão incluídos Transtornos como o
Transtorno do Pânico e os Transtornos Fóbicos, como a Fobia Social.
Para entender melhor, damos abaixo os conceitos dos Transtornos citados acima.
Transtorno Obsessivo Compulsivo - caracteriza-se por pensamentos, frases, palavras
cenas ou impulsos, que invadem a consciência, involuntários ou impróprios, persistentes e
recorrentes – as obsessões - geralmente acompanhadas de aflição ou medo e de tentativas de
ignorar, suprimir ou neutraliza-los pela realização de atos repetitivos – as compulsões ou
rituais.
Transtorno do Pânico - caracteriza-se pela presença de ataques súbitos de ansiedade,
acompanhados de sintomas físicos como: palpitações, tonturas, sudorese, tremor, dor no peito
e etc e sintomas afetivos, do medo de ter um novo ataque e da evitação de locais ou situações
nos quais já ocorreram os ataques de pânico.
Fobia Social - caracteriza-se por um medo marcante e persistente de uma ou mais
situações sociais ou de desempenho, em que a pessoa se sente exposta a desconhecidos ou a
uma possível avaliação dos outros. O individuo teme agir de forma a demonstrar sua
ansiedade e receia que este comportamento possa ser humilhante ou embaraçoso para si.
Dentro do método científico, quando estamos traduzindo, adaptando e validando uma
escala/instrumento, devemos aplicar essa escala/instrumento em pessoas que possuem o
diagnóstico que queremos, mas devemos também aplicar a escala em pessoas que possuem
diagnósticos que podem ser confundidos com aquele que é nosso alvo.
Nesse caso o TOC é nosso alvo, mas pessoas com Transtorno de Pânico e Fobia Social
podem ter níveis de ansiedade e alguns sintomas que se confundem com o TOC. Além disso
devemos aplicar também a escala/instrumento em pessoas que não possuem nenhum
diagnóstico psiquiátrico, para podermos entender melhor aquilo que pertence apenas ao TOC.
Por isso pessoas sem diagnóstico psiquiátrico, pessoas com TOC, com Transtornos de
Pânico e com Fobia Social estarão participando desta pesquisa.
Caso você concorde em participar, sua participação será responder a uma entrevista
psiquiátrica e preencher escalas. A entrevista terá duração total aproximada de duas horas.
Suas informações serão manuseadas apenas pelos integrantes do grupo de pesquisa
diretamente envolvidos com esta pesquisa. As informações colhidas estarão disponíveis
apenas para uso da pesquisa. Você terá toda a liberdade para interromper sua participação a
qualquer momento, não acarretando nenhum prejuízo, caso você participe de algum dos
programas oferecidos no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
68
Você pode e deve fazer todas as perguntas que julgar necessárias antes de concordar em
participar do estudo, assim como a qualquer momento durante os encontros.

Eu .......................................................................................... fui informado dos objetivos


acima descritos e da justificativa para qual estão sendo utilizadas as escalas de forma clara e
detalhada. Sei que poderei solicitar novos esclarecimentos e que, a qualquer momento, terei
liberdade de retirar meu consentimento da participação da pesquisa, sem prejudicar meu
atendimento no HCPA.
O (a) pesquisador(a) ........................................................... certificou-me de que as
informações por mim fornecidas terão caráter confidencial e no caso de divulgação serão sem
identificação e unicamente para fins de pesquisa.

Porto Alegre, ...... de ....................................... de .......... .

Assinatura do paciente ..................................................................................

Assinatura do pesquisador ............................................................................

Contato com pesquisadora: Fernanda Pasquoto de Souza– Fone: (51) 84043754


Pesquisador Responsável: Aristides Volpato Cordioli

69
Anexo 7

Termo de Consentimento Informado para Controles

Estamos realizando uma pesquisa que tem como objetivo a tradução, adaptação e validação
das escalas Obsessive-Compulsive Inventory – OCI e do Obsessive-Compulsive Inventory-Revised –
OCI-R. Estas escalas avaliam as “obsessões e as compulsões” dos indivíduos.
Obsessões são: pensamentos, idéias, imagens, palavras, frases, números ou impulsos que
invadem a consciência de forma repetitiva e persistente e as compulsões são comportamentos ou
atos mentais voluntários e repetitivos executados em resposta a obsessões ou em virtude de regras
que devem ser seguidas rigidamente.
Você está sendo convidado a participar da pesquisa por não apresentar transtorno
psiquiátrico no presente momento do estudo. Caso seja diagnosticado algum transtorno psiquiátrico
você será encaminhado para tratamento específico conforme a patologia que apresentar, como
também será verificada a possibilidade de encaminhamento para o próprio serviço do HCPA,
havendo vaga. Indivíduos que possuem o diagnóstico de Transtorno Obsessivo-Compulsivo e que
possuem os sintomas acima geralmente têm muita ansiedade. Por isso esse diagnóstico faz parte de
uma família de Transtornos de Ansiedade, onde estão incluídos Transtornos como o Transtorno do
Pânico e os Transtornos Fóbicos, como a Fobia Social.
Para entender melhor, damos abaixo os conceitos dos Transtornos citados acima.
Transtorno Obsessivo Compulsivo - caracteriza-se por pensamentos, frases, palavras cenas
ou impulsos, que invadem a consciência, involuntários ou impróprios, persistentes e recorrentes – as
obsessões - geralmente acompanhadas de aflição ou medo e de tentativas de ignorar, suprimir ou
neutraliza-los pela realização de atos repetitivos – as compulsões ou rituais.
Transtorno do Pânico - caracteriza-se pela presença de ataques súbitos de ansiedade,
acompanhados de sintomas físicos como: palpitações, tonturas, sudorese, tremor, dor no peito e etc
e sintomas afetivos, do medo de ter um novo ataque e da evitação de locais ou situações nos quais já
ocorreram os ataques de pânico.
Fobia Social - caracteriza-se por um medo marcante e persistente de uma ou mais situações
sociais ou de desempenho, em que a pessoa se sente exposta a desconhecidos ou a uma possível
avaliação dos outros. O individuo teme agir de forma a demonstrar sua ansiedade e receia que este
comportamento possa ser humilhante ou embaraçoso para si.
Dentro do método científico, quando estamos traduzindo, adaptando e validando uma
escala/instrumento, devemos aplicar essa escala/instrumento em pessoas que possuem o diagnóstico
que queremos, mas devemos também aplicar a escala em pessoas que possuem diagnósticos que
podem ser confundidos com aquele que é nosso alvo.
Nesse caso o TOC é nosso alvo, mas pessoas com Transtorno de Pânico e Fobia Social
podem ter níveis de ansiedade e alguns sintomas que se confundem com o TOC. Além disso
devemos aplicar também a escala/instrumento em pessoas que não possuem nenhum diagnóstico
psiquiátrico, para podermos entender melhor aquilo que pertence apenas ao TOC.
Por isso pessoas sem diagnóstico psiquiátrico, pessoas com TOC, com Transtornos de
Pânico e com Fobia Social estarão participando desta pesquisa.
Caso você concorde em participar, sua participação será responder a uma entrevista
psiquiátrica e preencher escalas. A entrevista terá duração total aproximada de duas horas.
Suas informações serão manuseadas apenas pelos integrantes do grupo de pesquisa
diretamente envolvidos com esta pesquisa. As informações colhidas estarão disponíveis apenas para
uso da pesquisa. Você terá toda a liberdade para interromper sua participação a qualquer momento.
Você pode e deve fazer todas as perguntas que julgar necessárias antes de concordar em
participar do estudo, assim como a qualquer momento durante os encontros.
Eu .......................................................................................... fui informado dos objetivos
acima descritos e da justificativa para qual estão sendo utilizadas as escalas de forma clara e
detalhada. Sei que poderei solicitar novos esclarecimentos e que, a qualquer momento, terei
liberdade de retirar meu consentimento da participação da pesquisa, sem prejudicar meu trabalho no
HCPA.
O (a) pesquisador(a) ........................................................... certificou-me de que as informações por
mim fornecidas terão caráter confidencial e no caso de divulgação serão sem identificação e
unicamente para fins de pesquisa.

Porto Alegre, ...... de ....................................... de .......... .

Assinatura do controle ..................................................................................

Assinatura do pesquisador ............................................................................

Contato com pesquisadora: Fernanda Pasquoto de Souza – Fone: (51) 84043754


Pesquisador responsável: Aristides Volpato Cordioli

71
Anexo 8

ESCALA OBSESSIVO-COMPULSIVO DE YALE-BROWN – Y-BOCS

As questões 1 a 5 são sobre PENSAMENTOS OBSESSIVOS.

Obsessões são idéias, imagens ou impulsos indesejados que penetram no pensamento contra a vontade ou esforços para
resistir a eles. Geralmente envolvem temas relacionados a danos, riscos ou perigos. Algumas obsessões comuns são:
medo excessivo de contaminação, dúvidas recorrentes sobre perigo, preocupação extrema com ordem, simetria ou
perfeição, medo de perder coisas importantes.
Por favor, responda cada questão assinalando o quadrado respectivo.

4. RESISTÊNCIA CONTRA OBSESSÕES


1. TEMPO OCUPADO POR PENSAMENTOS P.: Até que ponto você se esforça para resistir aos seus
OBSESSIVOS pensamentos obsessivos? Com que freqüência você tenta
P.: Quanto de seu tempo é ocupado por pensamentos não ligar ou distrair a atenção desses pensamentos quando
obsessivos? eles entram na sua mente?
0 = Nenhum 0 = Faz sempre esforço para resistir, ou sintomas
1 = Menos de 1 hora/dia ou ocorrência ocasional mínimos que não necessitam de resistência ativa.
2 = 1 a 3 horas/dia ou freqüente 1 = Tenta resistir a maior parte das vezes
3 = Mais de 3 horas até 8 horas/dia ou ocorrência muito 2 = Faz algum esforço para resistir
freqüente 3 = Entrega-se a todas as obsessões sem tentar controlá-
4 = Mais de 8 horas/dia ou ocorrência quase constante las, ainda que faça isso com alguma relutância
4 = Cede completamente a todas as obsessões de modo
voluntário

5. GRAU DE CONTROLE SOBRE OS PENSAMENTOS


OBSESSIVOS
2. INTERFERÊNCIA provocada pelos PENSAMENTOS
P.: Até que ponto você consegue controlar os seus
OBSESSIVOS
pensamentos obsessivos? É habitualmente bem-sucedido
P.: Até que ponto seus pensamentos obsessivos interferem
quando tenta afastar a atenção dos pensamentos
com seu trabalho, escola, vida social ou outras
obsessivos ou interrompê-los? Consegue afastá-los?
atividades importantes? Há qualquer coisa que você não
0 = Controle total
faça por causa deles?
1 = Bom controle: geralmente capaz de interromper ou
0 = Nenhuma
afastar as obsessões com algum esforço e
1 = Alguma: leve interferência com atividades sociais ou
concentração
ocupacionais, mas o desempenho geral não é
2 = Controle moderado: algumas vezes capaz de
prejudicado
interromper ou afastar as obsessões
2 = Moderada: clara interferência no desempenho social
3 = Controle leve: raramente bem sucedido quando tenta
ou ocupacional, mas conseguindo ainda desempenhar
interromper ou afastar as obsessões, consegue
3 = Grave: provoca prejuízo considerável no
somente desviar a atenção com dificuldade.
desempenho social ou ocupacional
4 = Nenhum controle: as obsessões experimentadas
4 = Muito grave: incapacitante
como completamente involuntárias, raramente capaz,
mesmo que seja momentaneamente, de desviar seus
pensamentos obsessivos.
3. SOFRIMENTO relacionado aos PENSAMENTOS
OBSESSIVOS
P.: Até que ponto os seus pensamentos obsessivos o
perturbam ou provocam mal-estar em você? (Na maior
parte dos casos, a perturbação/mal-estar é equivalente à
Uso do entrevistador
ansiedade; contudo, alguns pacientes podem descrever as
suas obsessões como perturbadoras mas negam sentir
ansiedade. (Avalie somente a ansiedade que parece ser
__________
desencadeada pelas obsessões, não a ansiedade
ESCORE OBSESSÒES
generalizada ou a ansiedade associada a outras condições).
(parcial)
0 = Nenhuma
1 = Não atrapalha muito
2 = Incomoda, mas ainda é controlável
3 = Muito incômoda
4 = Angústia constante e incapacitante

72
As questões seguintes são sobre COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS.
As compulsões são impulsos que as pessoas têm que fazer para diminuir sentimentos de ansiedade ou outro
desconforto. Freqüentemente, elas têm comportamentos intencionais repetitivos, propostos, chamados rituais. O
comportamento em si pode parecer apropriado, mas se torna um ritual quando feito em excesso. Lavar, conferir, repetir,
organizar, acumular coisas e outros comportamentos podem ser rituais. Alguns rituais são mentais. Por exemplo, pensar
ou dizer coisas várias vezes em voz baixa.
6. TEMPO GASTO COM COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS 9. RESISTÊNCIA às COMPULSÕES
P.: Quanto tempo você gasta com comportamentos compulsivos? P.: Até que ponto você se esforça para resistir às suas
Quanto tempo você leva a mais do que a maioria das pessoas para compulsões?
realizar atividades rotineiras por causa de seus rituais? Com que 0 = Faz sempre esforço para resistir ou sintomas tão
freqüência você faz rituais? mínimos que não necessitam de resistência ativa
0 = Nenhum 1 = Tenta resistir na maior parte das vezes
1 = Leve: menos de 1 hora/dia ou ocorrência ocasional de 2 = Faz algum esforço para resistir
comportamentos compulsivos 3 = Cede a todas as compulsões sem tentar controlá-las,
2 = Moderado: passa 1 a 3 horas/dia realizando as compulsões (ou ainda que faça isso com alguma relutância
execução freqüente de comportamentos compulsivos) 4 = Cede completamente a todas as compulsões de modo
3 = Grave: mais de 3 horas/dia até 8 horas/dia ou execução muito voluntário
freqüente de comportamentos compulsivos
4 = Muito grave: passa mais de 8 horas/dia realizando compulsões
(ou execução quase constante de comportamentos compulsivos -
muito numerosos para contar)
7. INTERFERÊNCIA provocada pelos COMPORTAMENTOS 10. GRAU DE CONTROLE SOBRE O
COMPULSIVOS COMPORTAMENTO COMPULSIVO
P.: Até que ponto suas compulsões interferem em sua vida social ou P.: Com que força você se sente obrigado a executar os
profissional? Existe alguma atividade que você deixa de fazer por comportamentos compulsivos? Até que ponto consegue
causa das compulsões? (se atualmente não estiver trabalhando, avalie controlar as suas compulsões?
até que ponto o desempenho seria afetado se o paciente estivesse 0 = Controle total
empregado) 1 = Bom controle: sente-se pressionado a realizar as
0 = Nenhuma compulsões mas tem algum controle voluntário
1 = Alguma: leve interferência com atividades sociais ou 2 = Controle moderado: sente-se fortemente pressionado
ocupacionais, mas o desempenho global não está deteriorado a realizar as compulsões e somente consegue
2 = Moderada: clara interferência no desempenho social ou controlá-las com dificuldade
ocupacional, mas conseguindo ainda desempenhar 3 = Controle leve: pressão muito forte para executar as
3 = Grave: provoca prejuízo considerável no desempenho social ou compulsões; o comportamento compulsivo tem que
ocupacional ser executado até o fim e somente com dificuldade
4 = Muito grave: incapacitante consegue retardar a execução dessas compulsões
4 = Nenhum controle: a pressão para realizar as
compulsões é experimentada como completamente
dominadora e involuntária; raramente capaz de,
mesmo que seja momentaneamente, de retardar a
execução das compulsões
8. SOFRIMENTO relacionado aos COMPORTAMENTOS
COMPULSIVOS
P.: Como você sentiria se fosse impedido de realizar sua(s)
compulsão(ões)? Quão ansioso você ficaria?
0 = Nenhum
Uso do entrevistador
1 = Leve: ligeiramente ansioso se as compulsões forem
interrompidas, ou ligeiramente ansioso durante a sua execução
2 = Moderado: A ansiedade sobe a um nível controlável se as
__________
compulsões forem interrompidas, ou a ansiedade sobe a um nível
ESCORE COMPULSÕES
controlável durante a sua execução
3 = Intenso: aumento proeminente e muito perturbador da ansiedade
se as compulsões forem interrompidas, ou aumento de ansiedade
proeminente e muito perturbador durante sua execução
4 = Muito intenso: ansiedade incapacitante a partir de qualquer
intervenção com o objetivo de modificar as compulsões, ou
ansiedade incapacitante Durante a execução das compulsões

ESCORE TOTAL: ___________


(OBSESSÕES +COMPULSÕES)

73
Anexo 9

ESCALA DE DEPRESSÃO DE BECK (BDI)

Neste questionário existem grupos de afirmativas. Leia com atenção cada uma delas e selecione a afirmativa que melhor
descreve como você se sentiu na SEMANA QUE PASSOU, INCLUINDO O DIA DE HOJE.

Marque um X no quadrado ao lado da afirmativa que você selecionou. Certifique-se de ter lido todas as afirmativas
antes de fazer sua escolha.

1. 0 = não me sinto triste


1 = sinto-me triste
2 = sinto-me triste o tempo todo e não consigo sair disto
3 = estou tão triste e infeliz que não posso agüentar

2. 0 = não estou particularmente desencorajado(a) frente ao futuro


1 = sinto-me desencorajado(a) frente ao futuro
2 = sinto que não tenho nada por que esperar
3 = sinto que o futuro é sem esperança e que as coisas não vão melhorar

3. 0 = não me sinto fracassado(a)


1 = sinto que falhei mais do que um indivíduo médio
2 = quando olho para trás em minha vida, só vejo uma porção de fracassos
3 = sinto que sou um fracasso completo como pessoa

4. 0 = obtenho tanta satisfação com as coisas como costumava fazer


1 = não gosto das coisas da maneira como costumava gostar
2 = não consigo mais sentir satisfação real com coisa alguma
3 = estou insatisfeito(a) ou entediado(a) com tudo

5. 0 = não me sinto particularmente culpado(a)


1 = sinto-me culpado(a) boa parte do tempo
2 = sinto-me muito culpado(a) a maior parte do tempo
3 = sinto-me culpado(a) o tempo todo

6. 0 = não sinto que esteja sendo punido(a)


1 = sinto que posso ser punido(a)
2 = espero ser punido(a)
3 = sinto que estou sendo punido(a)

7. 0 = não me sinto desapontado(a) comigo mesmo(a)


1 = sinto-me desapontado(a) comigo mesmo(a)
2 = sinto-me aborrecido(a) comigo mesmo(a)
3 = eu me odeio

8. 0 = não sinto que seja pior que qualquer pessoa


1 = critico minhas fraquezas ou erros
2 = responsabilizo-me o tempo todo por minhas falhas
3 = culpo-me por todas as coisas ruins que acontecem

9. 0 = não tenho nenhum pensamento a respeito de me matar


1 = tenho pensamentos a respeito de me matar mas não os levaria adiante
2 = gostaria de me matar
3 = eu me mataria se tivesse uma oportunidade

10. 0 = não costumo chorar mais do que o habitual

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1 = choro mais agora do que costumava chorar antes
2 = atualmente choro o tempo todo
3 = eu costumava chorar, mas agora não consigo, mesmo que queira

11. 0 = não me irrito mais agora do que em qualquer outra época


1 = fico incomodado(a) ou irritado(a) mais facilmente do que costumava
2 = atualmente sinto-me irritado(a) o tempo todo
3 = absolutamente não me irrito com as coisas que costumam irritar-me

12. 0 = não perdi o interesse nas outras pessoas


1 = interesso-me menos do que costumava pelas outras pessoas
2 = perdi a maior parte do meu interesse pelas outras pessoas
3 = perdi todo o meu interesse nas outras pessoas

13. 0 = tomo as decisões quase tão bem como em qualquer outra época
1 = adio minhas decisões mais do que costumava
2 = tenho maior dificuldade em tomar decisões do que antes
3 = não consigo mais tomar decisões

14. 0 = não sinto que minha aparência seja pior do que costumava ser
1 = preocupo-me por estar parecendo velho(a) ou sem atrativos
2 = sinto que há mudanças em minha aparência que me fazem parecer sem atrativos
3 = considero-me feio(a)

15. 0 = posso trabalhar mais ou menos tão bem quanto antes


1 = preciso de um esforço extra para começar qualquer coisa
2 = tenho que me esforçar muito até fazer qualquer coisa
3 = não consigo fazer trabalho nenhum

16. 0 = durmo tão bem quanto de hábito


1 = não durmo tão bem quanto costumava
2 = acordo 1 ou 2 horas mais cedo do que de hábito e tenho dificuldade de voltar a dormir
3 = acordo várias horas mais cedo do que costumava e tenho dificuldade de voltar a dormir

17. 0 = não fico mais cansado(a) do que de hábito


1 = fico cansado(a) com mais facilidade do que costumava
2 = sinto-me cansado(a) ao fazer qualquer coisa
3 = estou cansado(a) demais para fazer qualquer coisa

18. 0 = o meu apetite não está pior do que de hábito


1 = meu apetite não é tão bom como costumava ser
2 = meu apetite está muito pior agora
3 = não tenho mais nenhum apetite

19. 0 = não perdi muito peso se é que perdi algum ultimamente


1 = perdi mais de 2,5 kg # estou por vontade própria
2 = perdi mais de 5,0 kg tentando perder peso,
3 = perdi mais de 7,0 kg comendo menos: sim não

20. 0 = não me preocupo mais do que de hábito com minha saúde


1 = preocupo-me com problemas físicos como dores e aflições, ou perturbações no estômago, ou prisões de ventre
2 = estou preocupado(a) com problemas físicos e é difícil pensar em muito mais do que isso
3 = estou tão preocupado(a) em ter problemas físicos que não consigo pensar em outra coisa

21. 0 = não tenho observado qualquer mudança recente em meu interesse sexual
1 = estou menos interessado(a) por sexo do que acostumava
2 = estou bem menos interessado(a) por sexo atualmente
3 = perdi completamente o interesse por sexo
TOTAL: _____

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Anexo 10

ESCALA DE ANSIEDADE DE BECK (BECK-A)

Abaixo temos uma lista de sintomas comuns à ansiedade. Favor preencher cada item da lista cuidadosamente. Indique
agora os sintomas que você apresentou durante A ÚLTIMA SEMANA, INCLUINDO HOJE. Marque com um X os
espaços correspondentes a cada sintoma.

0 1 2 3

Ausente Leve, Moderado, Grave, quase


não me é desagradável não consigo
suportar
incomoda mas consigo
muito suportar
1. dormência ou formigamento
2. sensações de calor
3. tremor nas pernas
4. incapaz de relaxar
5. medo de acontecimentos ruins
6. confuso ou delirante
7. coração batendo forte e rápido
8. inseguro(a)
9. apavorado(a)
10. nervoso(a)
11. sensação de sufocamento
12. tremor nas mãos
13. trêmulo(a)
14. medo de perder o controle
15. dificuldade de respirar
16. medo de morrer
17. assustado(a)
18. indigestão
19. desmaio / “cabeça leve”
20. rosto quente / enrubescido
21. suor frio / quente

TOTAL: _______

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