Djedje 1
Djedje 1
Djedje 1
Assim, como os Nagôs ou Yorubas, os Jejes língua Ewe, língua Fon, língua
Mina e os Fanti ashantis, formam grupos sudaneses que englobam a África
Ocidental hoje denominada de Nigéria, Benin e Togo. Sua entrada no Brasil
ocorreu em meados do século XVII.
Djedje (jeje) é uma palavra de origem yoruba que significa estrangeiro,
forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por
parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército. Quando os
conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam
dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” (olhem, os jejes estão chegando!).
Um templo para Dan; Kwe Ceja Hundê, mais conhecido como o Roça do Ventura
ou Pó Zehen (pó zerrêm) em Cachoeira e São Felix
Um templo para Heviossô Zoogodo Bogun Male Hundô Terreiro do Bogum em
Salvador
Um templo para Ajunsun que não se sabe porque não foi fundado. Esse é o
segmento jeje-mahi do povo Fon.
O templo de Ajunsun-Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiacu Satu,
em Cachoeira e São Felix e recebeu o nome de Axé Pó Egi, mais conhecido por
Cacunda de Ayá. São os Jeje-Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade
Savalu na África, segundo alguns historiadores, Sakpata foi o único rei que
preferiu o exílio a se render aos conquistadores do Daomé. O dialeto dos savalus
também é o Fon.
No Maranhão encontramos a Casa das Minas fundada por Maria Jesuína,
segundo informação de Sergio Ferretti. É com certeza a mais conhecida casa de
jeje do Brasil. Esse é o segmento do povo Jeje-Mina.
No Rio de Janeiro, foi fundado pela africana Gaiaku Rosena, natural de
Allada, o Terreiro do Pó Dabá no bairro da Saúde, que foi herdado por sua filha
Adelaide do Espírito Santo, também conhecida como Ontinha de Oiá (Devodê),
que por sua vez foi sucedida por Joana da Cruz de Avimadjé, mais conhecida
como Mejitó, que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha. Os
descendentes do Pó Dabá mais ilustres da atualidade são Glorinha Toqüeno, com
terreiro no bairro de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro e Helena de Dã, com
terreiro em Parque Paulista, em Duque de Caxias.
Depois veio Antonio Pinto de Oliveira. Tata Fomutinho que fundou o Kwe
Ceja Nassó, no bairro de Santo Cristo, depois mudou-se para Madureira na
Estrada do Portela, depois para São João de Meriti onde finalmente se estabeleceu
na Rua Paraíba.
Dizem os mais velhos, que Mejitó, ajudou muito Tata Fomutinho no
começo de sua vida de santo aqui no Rio de Janeiro.
Tata Fomutinho deixou uma legião de filhos, netos e bisnetos. Dentre esses,
Jorge de Yemanja que fundou o Kwe Ceja Tessi, Pai Zezinho da Boa Viagem que
fundou o Terreiro de Nossa Senhora dos Navegantes, Tia Belinha que fundou a
Colina de Oxosse e Amaro de Xangô.
Na Nação Jeje existe a necessidade do poço (se não existir uma nascente
nas terras), o ideal é um sítio com nascente, mata natural, plantas e animais.
Infelizmente nas casas urbanas isto já não é tão possível, pois as Casas
cada vez mais diminuem de tamanho. Mas ainda assim toda casa Jeje deverá ter
pelo menos um poço, um local reservado exclusivamente para as plantas e árvores
necessárias ao culto, que chamamos "kpamahin", e alguns animais que são muito
importantes para nós.
Voduns não usam roupas luxuosas não gostam de roupas de festa e
geralmente preferem a boa e velha roupa de ração. As danças são cadenciadas em
um ritmo mais denso e pesado. Os Voduns estão sempre de olhos abertos e salvo
algumas excessões, conversam (usando preferencialmente um dialeto próprio) e
dão conselhos a quem os procura. Informação de Doté Dorivaldo.
A iniciação ao culto dos voduns é complexa é longa e pode envolver longas
caminhadas a santuários e mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou
terreiro hunkpame, que podem chegar a durar um ano, onde os neófitos são
submetido a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas
e votos de segredo e obediência.
Hierarquia
Bokonon - Sacerdote do Vodun Fa equivalente ao Babalawo
Doté Sacerdotes (homens) e Doné Sacerdotisas (mulheres) esse título é usado no
Terreiro do Bogum e casas descendentes.
Vodunsi - após 1 ano da iniciação.
Kajekaji - iniciado que ainda não completou o ciclo de obrigações.
Candomblé de Jeje
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