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CRIS Serviço Social PK

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

OS TRAÇOS SÓCIOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA SOCIEDADE


BRASILEIRA E SEUS REFLEXOS NA CONTEMPORANEIDADE: O
PROBLEMA DA DESIGUALDADE

Rio Verde
2021
OS TRAÇOS SÓCIOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA SOCIEDADE
BRASILEIRA E SEUS REFLEXOS NA CONTEMPORANEIDADE: O
PROBLEMA DA DESIGUALDADE

Produção Textual Interdisciplinar em Grupo apresentado


à Faculdade Unopar como requisito parcial à aprovação
nas disciplinas de: Acumulação Capitalista e
Desigualdade Social; Estatística e Indicadores Sociais;
Fund. Hist. Teór. e Met. do Serviço Social I; Formação
Social, Histórica e Política do Brasil do 2º / 3º semestre
do curso de Serviço Social.

Profs.: Nelma dos Santos Assunção Galli; Hallynnee


Hellen Pires Rossetto; Paulo Sérgio Aragão; Altair Ferraz
Neto.

Rio Verde
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................5
3 CONCLUSÃO......................................................................................................09
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
4

1 INTRODUÇÃO

O Brasil, nas últimas décadas, vem confirmando, infelizmente, uma


tendência de enorme desigualdade na distribuição de renda e elevados níveis de
pobreza. Um país desigual, exposto ao desafio histórico de enfrentar uma herança
de injustiça social que exclui parte significativa de sua população do acesso a
condições mínimas de dignidade e cidadania. Como uma contribuição ao
entendimento dessa realidade, este trabalho procura descrever a situação atual e a
evolução da magnitude e da natureza da pobreza e da desigualdade no Brasil,
estabelecendo inter-relações causais entre essas dimensões.
Tem como objetivo explorar a construção histórica da relação entre
serviços sociais e políticas sociais no Brasil por meio da revisão do Documento 1,
que pode salvar os elementos centrais da influência mútua na vida profissional. Esse
movimento ocorre de forma oscilante, incluindo momentos de reconhecimento, recuo
e até rejeição, mas nunca deixa de existir na matéria.
Diante disso, aprendemos que por meio das políticas sociais, o processo
de trabalho do assistente social se concretiza pela expressão do enfrentamento dos
problemas sociais e, ao longo da história profissional, as secretarias de serviço
social implementaram diferentes políticas em suas rotinas profissionais. A sociedade
e o conhecimento empírico acumulado, com base em fundamentos teóricos, podem
construir um referencial teórico para a atuação dos assistentes sociais nas políticas
sociais. Esta análise baseia-se em trajetórias históricas e estruturais ao longo dos
anos, que vão se alterando de forma cumulativa, o que nos permite compreender
que na construção de um formato sócio-histórico de política profissional e social é
necessário considerar os seguintes fatores: económicos, sociais e determinação
política e a inter-relação de forças aplicáveis a este modo de produção.
Assim, com a mudança de ocupação e a intervenção do seu lugar central,
o estabelecimento da ligação entre as diferentes exigências das competências
profissionais dos assistentes sociais e a consideração das mudanças no âmbito das
políticas sociais definidas em cada período histórico tornou-se importante fonte de
análise, que acontece de forma dialética e plasmada.
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2 DESENVOLVIMENTO

A Desigualdade social é o fenômeno em que ocorre a diferenciação entre


pessoas no contexto de uma mesma sociedade, colocando alguns indivíduos em
condições estruturalmente mais vantajosas do que outros. Ela manifesta-se e
métodos os aspectos: cultura, cotidiano, política, espaço geográfico e muitos outros,
mas é no plano econômico a sua face mais conhecida, em que boa parte da
população não dispõe de renda suficiente para gozar de mínimas condições de vida.
A evolução da pobreza no Brasil de 1977 a 1998 pode ser reconstruída
com base na análise da pesquisa nacional por amostra de domicílios do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Essas pesquisas domiciliares anuais permitem
a construção de diversos indicadores sociais que, entre outros, descrevem a
evolução da estrutura de distribuição do padrão de vida e da distribuição de renda
dos indivíduos e famílias no Brasil.
A desigualdade, especialmente a de renda, passou a fazer parte da
história do Brasil, por isso ganhou um fórum natural. Além disso, nosso grau extremo
de desigualdade de distribuição é o principal determinante da pobreza.
Compararam-se o nível de desigualdade de renda no Brasil com o nível de
desigualdade de renda em outros países a desigualdade da sociedade brasileira
está entre os maiores do mundo, portanto, há um fato inusitado, um país com renda
per capita relativamente alta manteve cerca de 40% da população nos últimos 20
anos abaixo da população da linha de pobreza.
A diferença na trajetória entre pobreza e sofrimento mostra que os
extremamente pobres são os mais afetados do que a crise que começou no
segundo semestre de 2014. Segundo a economista do Banco Mundial Liliana Sousa,
“Existem diferenças importantes entre estas duas populações. Entre a extrema
pobreza, 40% vive na zona rural e apenas um terço dos agregados familiares tem
algum rendimento do trabalho”. Aqueles que vivem com menos de US $ 5,50 por dia
vivem principalmente em áreas urbanas e 80% têm renda do trabalho, embora
apenas 25% trabalhem no setor formal.
O desemprego agrava a manifestação de problemas sociais e afeta
diretamente as condições materiais de vida da população, portanto, reflete todos os
aspectos da vida social, habitação, alimentação, saúde, lazer, cultura e segurança.
Portanto, o desemprego estrutural também apoia a questões como pobreza,
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violência, crime e doenças (doenças físicas e mentais). Essas questões estão bem
aqui Política social para combater a desigualdade no país, e constitui o espaço
social profissional do país assistente social.
A desigualdade social é inerente ao modo de produção capitalista porque
a produção de riqueza é social, mas sua distribuição é privado, que divide a
sociedade em duas categorias diferentes, aqueles que vendem trabalho para
sobreviver e os empregadores que possuem os meios de produção, então
desenvolve a força de trabalho.
Conforme afirma Iamamoto (2004), buscava a superação do Serviço
Social tradicional tanto no viés teórico-metodológico quanto no interventivo. A teoria
marxista aparece significativamente no universo da categoria profissional.

A ruptura com a herança conservadora expressa-se como uma procura,


uma luta por alcançar novas bases de legitimidade da ação profissional do
assistente social, que, reconhecendo as contradições sociais presentes nas
condições do exercício profissional, busca colocar-se, objetivamente, a
serviço dos interesses dos usuários, isto é, dos setores dominados da
sociedade. Não se reduz a um movimento interno da profissão. Faz parte de
um movimento social mais geral, determinado pelo confronto e a correlação
de forças entre as classes fundamentais da sociedade, o que não exclui a
responsabilidade da categoria pelo rumo às suas atividades e pela forma de
conduzi-las (IAMAMOTO, 2004, p. 37).

O Serviço Social é regulamentado pela Lei nº 8662/93, de 07 de junho de


1993, com alterações determinadas pelas resoluções CFESS nº 290/94 e nº 293/94,
e balizada pelo Código de Ética, aprovado pela resolução CFESS nº 273/93, de 13
de março de 1993. É possível dizer que a origem do Serviço Social é marcadamente
histórica, e sua inserção na divisão sócio técnica do trabalho depende
fundamentalmente do grau de maturação e das formas assumidas pelos embates da
classe social subalterna, com o bloco do poder no enfrentamento da questão social.
Desde a institucionalização do Serviço Social no país, o trabalho
desenvolvido pelos assistentes sociais é direcionado prioritariamente à população
que vive em condição de vulnerabilidade social e em condição de pobreza - procura
no assistente social o profissional que poderá ampará-la, orientá-la para que possa
usufruir o bem-estar social. Com o desenvolvimento do capitalismo no Brasil, advém
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não somente o crescimento econômico, mas também as contradições presentes


nesse modo de produção, quais sejam, a propagação do capital, que traz com ela
um quadro de fragilização das relações de trabalho e a competição acirrada entre as
pessoas, em busca de um lugar no mercado de trabalho
Os assistentes sociais brasileiros vêm lutando em diferentes frentes e de
diversas formas para defender e reafirmar direitos e políticas sociais que, inseridos
em um projeto societário mais amplo, buscam cimentar as condições econômicas,
sociais e políticas para construir as vias da equidade, num processo que não se
esgota na garantia da cidadania. A concepção presente no projeto ético-político
profissional do Serviço Social brasileiro articula direitos amplos, universais e
equânimes, orientados pela perspectiva de superação das desigualdades sociais e
pela igualdade de condições e não apenas pela instituição da parca, insuficiente e
abstrata igualdade de oportunidades, que constitui a fonte do pensamento liberal.
As estatísticas públicas, principalmente as coletadas no censo, são
essenciais para a formulação de políticas públicas de governo em três níveis, pois
permitem a interpretação da área de estudo, do detalhamento territorial e da
comparabilidade histórica do diagnóstico socioeconômico. Os indicadores de renda
e pobreza, acesso domiciliar a saneamento básico, energia elétrica e pavimentação
de rodovias, ocupação, insuficiência ocupacional do chefe da família e desemprego,
evasão e atraso, analfabetismo de adultos, mortalidade de jovens negros, migração
e deslocamento para escola e trabalho são da seguinte forma: É essencial para
determinar as necessidades sociais, propor políticas e planos e orientar os
investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços urbanos.
Um bom diagnóstico de programas públicos deve incluir a coleta de
indicadores relacionados às características do público-alvo a ser atendido. Os
indicadores demográficos também devem fazer parte do diagnóstico, especialmente
aqueles indicadores que podem mostrar tendências de crescimento populacional no
passado e previsões futuras da população, porque podem atingir o público-alvo de
vários programas no futuro. As necessidades sociais dependem das características
demográficas.
As estatísticas públicas, principalmente as coletadas no censo, são
fundamentais para a formulação de políticas públicas de governo em três níveis,
pois permitem interpretar o diagnóstico socioeconômico da área de estudo, o
detalhamento territorial e a comparabilidade histórica. Os indicadores de renda e
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pobreza, acesso domiciliar a saneamento básico, energia elétrica e pavimentação de


rodovias, ocupação, insuficiência ocupacional do chefe da família e desemprego,
evasão e atraso, analfabetismo de adultos, mortalidade de jovens negros, migração
e deslocamento para escola e trabalho são da seguinte forma: É essencial para
determinar as necessidades sociais, propor políticas e planos e orientar os
investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços urbanos.
Mesmo assim, devido à existência do tradicionalismo, essa situação não
se deu por completo, o tradicionalismo ainda prevalece na indústria. De acordo com
a experiência real, o trabalho dos assistentes sociais é uma ferramenta para servir
às massas, não a sua direção. Esses são os processos de auto-organização social
da comunidade que resistem à inovação da modernidade. Do ponto de vista da
experiência e da espontaneidade, diante dos problemas fundamentais causados
pela lacuna entre a vida e o trabalho, "o que fazer" é definido pelas massas. Os
elementos rudimentares de escolha histórica existem entre as massas latino-
americanas, que experimentaram severa escassez de materiais devido à falta de
soluções de longo prazo para as necessidades das massas.
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3 CONCLUSÃO

Diante dessa situação, teve o objetivo de apresentar a pesquisa


interdisciplinar como meio da estratégia de processo do caso analisado, de forma a
dar às pessoas uma compreensão da tecnologia no serviço social e delinear a
estrutura e o processo de pesquisa para cada disciplina. Enfatizando a necessidade
de complementar essa tecnologia de forma a utilizar os conceitos obtidos na revisão
bibliográfica para aumentar os resultados.
As políticas sociais são elementos-chave porque desempenham um papel
na manutenção e no controle da classe dominante e garantem a legitimidade do
Estado e do próprio processo de acumulação capitalista, mas também afetam a
institucionalização, a proteção e a implementação de direitos. Organizar e mobilizar
a classe governada são um dos compromissos das políticas sociais. Portanto, na
visão de Iamamoto e Carvalho (2005), somente sob a ótica do capital, é necessário
intervir nas políticas sociais, e quando os governantes começarem a se organizar e
a pedirem que se reconheçam pela precariedade do trabalho, orientando questões
sociais em ambientes sociais e políticos.
Como vimos, a trajetória da política social implementada pelos países
capitalistas brasileiros marca de forma decisiva a formação e a intervenção cotidiana
dos assistentes sociais brasileiros. No mundo contemporâneo, essa profissão tem
experimentado uma significativa expansão em número no mercado de trabalho. No
entanto, os desafios da atualidade são inúmeros e, evidentemente, esses desafios
precisam considerar a necessidade de confirmação de seus referenciais
fundamentais para a instrumentalização e a certificação da qualificação profissional
no processo de realização do "projeto de política ética" da profissão.
A intervenção material do profissional tem limites na sociedade capitalista.
Seu avançar na direção da classe dominada também depende da correlação de
forças presente na sociedade que, no momento atual, se coloca contrária à
construção de uma política social amplamente universal, capaz de efetivar
mudanças no padrão de desigualdade social existente e persistente no país.
 Deste modo, no mundo de hoje, os assistentes sociais enfrentam o
desafio de atender às necessidades urgentes da população sem deixar de lado o
fato de que embora essas necessidades sejam reais, precisa ser atendidas, sua
satisfação por si só não pode resolver problemas estruturais.
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REFERÊNCIAS

ANTUNES Ricardo. Trabalho e precarização numa ordem neoliberal. Bueno


Aires. 2000. Disponível em
http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/gt/20101010021549/3antunes.pdf Acesso: 22
mar. 2021.

CFESS. Teletrabalho e Teleperícia: orientações para assistentes sociais no


contexto da pandemia. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Nota-
teletrabalhotelepericiacfess.pdf Acesso: 22 mar. 2021.

COSTA, Simone da Silva. Pandemia e desemprego no Brasil. RAP – Revista de


Administração Pública, Rio de Janeiro 54(4):969-978, jul. - ago. 2020. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/rap/v54n4/1982-3134-rap-54-04-969.pdf Acesso: 22
mar. 2021.

IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações sociais e serviço social no Brasil:


esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 17.ed. São Paulo: Cortez,
2005.

LEITE, Márcia Pereira. Sobre a Covid-19 e as relações do mundo do trabalho:


Biopolítica da precariedade em tempos de pandemia. Disponível em: Acesso: 22
mar. 2021.

MOREIRA, E.; GOUVEIA, R. (Orgs) Em Tempos de pandemia: propostas para


defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: UERJ, Centro de Filosofia e
Ciências Humanas, Escola de Serviço Social, 2020. Disponível em:
http://www.cresses.org.br/wp-content/uploads/2020/05/1_5028797681548394620.pdf
Acesso: 22 mar. 2021.

SILVA. Anália Barbosa da. SILVA Diego Tabosa da. JUNIOR. Luiz Carlos de Souza.
O serviço social no brasil: das origens à renovação ou o “fim” do “início”
Disponível em: https://cressmg.org.br/hotsites/Upload/Pics/ec/ecd5a070-a4a6-4ba1-
8e4a-81b016479890.pdf Acesso: 22 mar. 2021.

Portal Geledes: Greve dos entregadores expõe precarização do trabalho por


aplicativos. Entrevista com Ricardo Antunes e Ruy Braga. 07 jul 2020. Disponível
em: https://www.geledes.org.br/greve-dos-entregadores-expoe-precarizacao-do-
trabalho-poraplicativos/ Acesso: 22 mar. 2021.

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