Projeto, Operação e Monitoramento de Aterros Sanitários: Nível 2
Projeto, Operação e Monitoramento de Aterros Sanitários: Nível 2
Projeto, Operação e Monitoramento de Aterros Sanitários: Nível 2
Projeto, Operação e
Monitoramento de
Aterros Sanitários
Realização
Organização Promoção
Projeto, Operação e
Monitoramento de
Aterros Sanitários
Instituições integrantes do Nucase Universidade Federal de Minas Gerais (líder) | Universidade Federal do Espírito Santo |
Universidade Federal do Rio de Janeiro | Universidade Estadual de Campinas
Financiamento Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia | Fundação Nacional de Saúde do Ministério
da Saúde | Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades
Parceiros do Nucase
· Cedae/RJ - Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro
· Cesan/ES - A Companhia Espírito Santense de Saneamento
· Comlurb/RJ - Companhia Municipal de Limpeza Urbana
· Copasa – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
· DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo
· DLU/Campinas - Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura Municipal de Campinas
· Fundação Rio-Águas
· Incaper/Es - O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural
· IPT/SP - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
· PCJ - Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí
· SAAE/Itabira - Sistema Autônomo de Água e Esgoto de Itabira – MG.
· SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
· SANASA/Campinas - Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.
· SLU/PBH - Serviço de Limpeza Urbana da prefeitura de Belo Horizonte
· Sudecap/PBH - Superintendência de desenvolvimento da capital da prefeitura de Belo Horizonte
· UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
· UFSCar - Universidade Federal de São Carlos
· UNIVALE – Universidade Vale do Rio Doce
Projeto, Operação e
Monitoramento de
Aterros Sanitários
CDD – 628.4
Créditos
Consultoria pedagógica
Cátedra da Unesco de Educação à Distância – FAE/UFMG
Juliane Correa | Sara Shirley Belo Lança
Impressão
Artes Gráficas Formato Ltda
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
Introdução ..................................................................................10
Resíduos sólidos .........................................................................12
Caracterização e classificação de resíduos sólidos .............14
Formas de tratamento de resíduos sólidos .........................19
Disposição final de resíduos sólidos ................................. 23
Aterro sanitário ......................................................................... 34
Seleção de área ................................................................. 34
Licenciamento ambiental .................................................. 48
Projeto e implantação ....................................................... 53
Método de execução .................................................... 58
Projeto geométrico ...................................................... 60
Sistema de drenagem de águas pluviais ....................... 60
Sistemas de impermeabilização de base e cobertura
intermediária e final .................................................... 61
Sistemas de drenagem e tratamento de lixiviados ........ 71
Sistemas de drenagem e tratamento de gases .............. 87
Atividades complementares à implantação ................... 91
Operação .......................................................................... 92
Monitoramento ................................................................104
Encerramento .................................................................. 110
Reavaliando os conhecimentos .................................................. 115
Unidades de Conversão ............................................................ 116
Referências bibliográficas ......................................................... 117
Caro Profissional,
O aterro sanitário é a opção correta sob vários Outro exemplo seria o caso de os gases gera-
aspectos (ambiental, sanitário, social, entre dos dentro de um aterro sanitário não serem
outros) para a destinação final dos resíduos bem monitorados. O lançamento desses
sólidos urbanos. Contudo, antes de encami- gases, indiscriminadamente, na atmosfera
nhar os resíduos sólidos ao aterro sanitário, causa enormes problemas, como o agrava-
devemos nos perguntar se seria possível reci- mento do efeito estufa.
clá-los, tratá-los, reutilizá-los ou minimizar
sua geração, visando prolongar a vida útil Como vimos, Profissional, exemplos não
dos aterros e torná-los empreendimentos faltam de impactos negativos que um aterro
sustentáveis ao logo dos anos. Além disso, mal projetado, operado e monitorado pode
quando as etapas de um aterro não são bem trazer.
planejadas e executadas, ele pode vir a causar
vários problemas ao meio ambiente, à socie- Assim, um dos objetivos deste guia é discutir
dade e à saúde coletiva. formas de minimizar esses impactos nega-
tivos e, para tal, estruturamos a oficina em
Por exemplo, quando uma área para implan- dois conceitos-chave:
tação de um aterro sanitário não é bem ∙ Resíduos sólidos;
selecionada, pode-se comprometer seriamen- ∙ Aterro sanitário.
te a presença de espécies animais e vegetais
daquela região, ou encarecer os custos de Antes de prosseguirmos, gostaríamos que
operação do aterro pelo simples fato de o você e seus colegas, coletivamente, respon-
mesmo estar longe de jazidas, as quais forne- dessem às questões a seguir.
ceriam materiais para a impermeabilização e
cobertura.
No final deste guia, discutiremos novamente as respostas dadas no item anterior. Agora,
vamos iniciar nossas atividades e estudos.
- Apresentar,
discutir e trabalhar
Caro Profissional, uma ação se repete todos os dias em nossos lares,
a classificação e a
no trabalho, nas ruas e em outros locais, sem nos darmos conta
caracterização de
resíduos sólidos; das conseqüências futuras dela. Essa ação é a geração de resíduos
sólidos, mais conhecidos como lixo. Se pararmos para refletir, nós,
- Apresentar e seres humanos, geramos resíduos sólidos desde o momento em que
discutir formas acordamos até o momento de ir para a cama. Para exemplificar o que
de tratamento de foi dito até agora, vamos ler o texto “Cenas do Cotidiano”, no qual é
resíduos sólidos; mostrada a geração de resíduos sólidos no nosso dia-a-dia.
- Contextualizar e
discutir a disposição
final de resíduos
Cenas do Cotidiano
sólidos no Brasil e
Antes de sair para o trabalho, da- plástico, que amarramos e coloca-
seus impactos no
mos uma arrumada na casa. Reco- mos num lugar de onde possa ser
meio ambiente, na
lhemos o lixo do banheiro, jogamos levado, mais tarde, para longe dali.
saúde coletiva e na
fora o jornal do dia anterior, rasga- E assim tem início, diariamente, uma
sociedade.
mos alguns papéis e correspon- enorme geração de lixo doméstico,
dências inúteis, juntamos as sobras que continua aumentando e só ter-
de uma reuniãozinha da noite ante- mina quando as luzes se apagam.
rior e entramos na cozinha para fa- O preparo das refeições, o lanche
zer o café. Terminada essa refeição, das crianças, a faxina em algum ar-
sobraram migalhas de pão, a caixa mário (que rende sacos e sacos de
do leite, o coador de papel, as cas- coisas para jogar fora); enfim, tudo
cas de frutas, o potinho de iogur- isso dá, em média, meio quilo de
te. Juntamos tudo isso num saco lixo por pessoa, por dia.
Resísuos comerciais
Resísuos domiciliares
Você sabia?
Vimos, até o momento, que existem variadas fontes geradoras de resíduos sólidos em uma
cidade, e que, quanto mais conhecermos as características desses resíduos, melhor pode-
remos gerenciá-los. Assim, antes de caracterizá-los e classificá-los, você e seus colegas
realizarão, coletivamente, a seguinte atividade proposta.
Atividade
Você sabia?
No Brasil, a NBR 10004 (ABNT, 2004) apresenta a classificação dos resíduos sólidos conforme
os riscos potenciais ao meio ambiente:
Como a escolha da melhor forma de tratamento para os resíduos sólidos contribui para a
etapa de disposição final? Quais critérios você utiliza para a escolha da melhor forma de
tratamento?
Prosseguindo com nossos estudos, o tratamento para os resíduos sólidos pode ser definido
como uma série de procedimentos destinados a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor
dos resíduos sólidos, seja impedindo descarte do resíduo em ambiente ou em local inade-
quado, seja transformando-o em material inerte ou biologicamente estável. As principais
formas de tratamento empregadas nos resíduos são: reciclagem, incineração, compostagem
e aterro sanitário. Assim, conhecer as características dos resíduos torna-se fundamental,
pois, considerando-se suas peculiaridades, pode-se determinar, com mais precisão, qual o
melhor tratamento, do ponto de vista técnico, a ser empregado.
Aterro Sanitário, além de ser uma forma correta de disposição final, pode também ser
entendido como um tratamento, pois o conjunto de processos físicos, químicos e bioló-
gicos que ocorrem tem como resultado uma massa de resíduos mais estáveis, química e
biologicamente.
Atividade
○ 1 ○ ○ ○
Compostagem Resíduos perigosos, Pode ser empregado à Redução de resíduos
como ácidos, óleos, maioria dos resíduos enviados aos aterros;
materiais químicos, etc.; sólidos; Utilização do composto
Resíduos dos serviços de Comporta, por um na agricultura, em jardins
saúde. período determinado, etc.;
grandes volumes de Pode ser feita na própria
resíduos. residência.
○ 2 ○ ○ ○
Incineração Plásticos; Demanda grandes áreas Pode não haver mercado
Vidros; para sua instalação; consumidor para o
Metais; Os subprodutos gerados, composto;
Papel; biogás e lixiviados, são Pode haver emanação de
Papelão; altamente poluidores, maus odores;
Resíduos da construção merecendo tratamento, Quando não monitorado,
civil. muitas vezes, caro. o composto pode
promover riscos à saúde
do homem, animais e
plantas.
○ 3 ○ ○ ○
Aterro Sanitário Orgânicos, como resto Redução: da extração Alguns processos de
de comida, verduras e de recursos naturais, reciclagem são caros;
frutas; energia e água; Depende de mercado
Lodo de estações de Pode ser rentável; que aceite materiais
tratamento de esgoto. Diminui o volume de recicláveis.
resíduos;
Pode gerar empregos e
renda, entre outros.
○ 4 ○ ○ ○
22 Resíduos sólidos - Projeto, operação e monitoramento de aterros sanitários - Nível 2
Agora que relembramos e fixamos algumas das formas de tratamento dos resíduos, vamos
voltar à primeira atividade desta seção e refazê-la, porém leve em consideração aspectos
ambientais, econômicos, sustentáveis para a escolha do tratamento.
Por fim, quando tudo que podia ser feito para se tratar um determinado resíduo se esgo-
ta, o mesmo deve ser encaminhado a uma destinação final adequada. No Brasil, é possível
identificarmos três formas de destinação final:
Atividade
Assim, os aterros sanitários também podem causar impactos negativos para todo saneamento
básico, meio ambiente, sociedade, saúde coletiva e uso e ocupação do solo. Contudo, a mini-
mização ou eliminação desses impactos está diretamente relacionada ao desenvolvimento de
projetos de aterros tecnicamente fundamentados e à adoção de medidas mitigadoras (atenua-
doras), como a impermeabilização de base, de modo a atender às exigências legais.
No parágrafo anterior, foram citados alguns termos, como saneamento básico e uso e
ocupação do solo. Vamos esclarecer esses termos, pois as atividades seguintes dependem
da compreensão deles.
Acesse o software “Bacia Hidrográfica Virtual” e assista a uma animação sobre saneamento
básico e suas dimensões.
Para exemplificar alguns problemas que os aterros podem trazer ao saneamento, ao uso e
à ocupação do solo, à saúde coletiva, entre outros, vamos ler alguns textos que retratam
essa situação e realizar algumas atividades com base neles.
Atividade
Você sabia?
Para regular as obrigações da gestão associada firmada entre dois entes da Federação ou
entre um deles e um consórcio público, estabeleceu-se então o contrato de programa.
São também exigências para se firmar esse tipo de contrato:
a) o atendimento à legislação de concessões e permissões de serviços públicos
e à que regula os serviços a serem prestados, especialmente no que se refere
ao cálculo de tarifas e outros preços públicos;
b) a previsão de procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica
e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares;
c) a inexistência de cláusula que atribua ao contratado o exercício dos poderes de
planejamento, regulação e fiscalização dos serviços prestados por ele próprio.
Você sabia?
Impacto ambiental pode ser definido como qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a saúde, a segu-
rança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais.
Atividade
a Bacia Hidrográfica?
Você sabia?
a sociedade?
E como projetar, operar e monitorar adequadamente um aterro sanitário? Isso é o que vere-
mos e discutiremos no próximo conceito-chave. Fique atento aos conceitos explorados até
o momento, pois nós precisaremos deles para o desenvolvimento desta oficina.
Para ser ter uma estimativa do tamanho da área, e mesmo para auxiliar as etapas seguin-
tes, é necessário estimar a geração de resíduos e o volume do aterro. A estimativa atual de
geração de resíduos sólidos municipais pode ser feita pela seguinte equação:
Go = Po.Gpo.Co
Gp0 = geração per capita atual (kg/hab.d) yper = taxa de incremento anual da geração
– obtida por amostragem ou literatura; per capita (% a.a.);
Nas colunas (F), (G) e (H) da tabela, calculam-se os volumes dos resíduos quando estes se
encontram compactados no aterro, respectivamente, volume diário anual, anual e acumulado
por ano. O volume diário anual, em m3/d, é calculado a partir da massa diária que chega
ao aterro, em kg/d ou t/d, e da densidade dos resíduos compactados no aterro, que é dada
em t/m3.
No encontro da coluna (H) com a linha (I) da tabela, tem-se o volume de resíduos compactados
e aportados ao aterro ao longo de toda a sua vida útil, na parte mais baixa e, à direita (linha (J)),
tem-se o volume útil total já considerando o espaço ou volume que será ocupado pelo solo
de cobertura intermediária e final. É este o volume que deve ser considerado quando se
iniciam os trabalhos de busca de área para a implantação de um novo aterro sanitário.
10
Atividade
Atividade
Área 4
Condições físicas:
∙ perfil do solo areno-argiloso com 3,8 m de espessura,
classificação SC, LL = 32%, LP = 17%;
∙ condutividade hidráulica do solo: 10-4 cm/s;
∙ Clinografia (declividade): 8%;
∙ lençol freático a 2 m de profundidade;
∙ presença de curso d’água na vizinhança, distância de 800 m;
∙ médio potencial hídrico;
∙ 20 ha de área disponível.
Condições bióticas:
∙ vegetação rasteira;
∙ pequena presença de fauna.
Área 5
Condições físicas:
∙ perfil do solo argiloso com 2 m de espessura, classificação
CL, LL = 40%, LP = 25%;
∙ condutividade hidráulica do solo: 10-5 cm/s;
∙ Clinografia (declividade): 2%;
∙ lençol freático a 1,1 m de profundidade;
∙ presença de curso d’água na vizinhança, distância de 1000 m;
∙ baixo potencial hídrico;
∙ 23 ha de área disponível.
Condições bióticas:
∙ vegetação do tipo cerrado com espécies raras; .
∙ média presença de fauna.
Condições antrópicas:
∙ área de cultivo agrícola, com presença de benfeitorias dos
proprietários;
∙ distância de 1200 m do núcleo populacional mais próximo;
∙ dois proprietários;
∙ distância de via municipal: 950 m.
Você sabia?
Antes da seleção preliminar de áreas, devem ser analisados aspectos como localização em
unidades de proteção ambiental e de conservação, proximidade de aeródromos e áreas
com riscos ambientais identificados, tais como inundação, instabilidade de encostas e
erosão. Áreas que não atendam aos critérios definidos legalmente sobre esses aspectos
não podem ser utilizadas.
Após a identificação dos critérios, devem ser definidas as prioridades e os pesos de cada
critério e a nota a ser atribuída a cada área, em relação ao atendimento ao critério. A pontu-
ação é obtida pela multiplicação do peso pela nota.
A seguir, encontra-se uma tabela de critérios, observações, notas e pesos. Essa tabela
é uma simplificação; portanto, ela deve ser utilizada como referência. Caso seja
necessário avaliar outros critérios, os mesmos podem ser adicionados à tabela.
Continua ►
Infiltração alta:
1
< 10-3 cm/s
Condutividade hidráulica é um parâmetro que Infiltração média:
mede a maior ou menor facilidade com que a 2
Condutividade 10-3 – 10-4 cm/s
água percola através do meio poroso. Um local
hidráulica do Infiltração baixa: 3
com alta condutividade hidráulica permite mais 4
solo (C) 10-4 – 10-5 cm/s
facilmente a passagem de líquidos, entre eles os
lixiviados. Infiltração muito
baixa: 5
> 10-5 cm/s
Quanto mais longe da zona urbana, mais caro 100 - 250 metros 1
é o serviço de transporte. Tem-se adotado uma 250 – 500 metros 2
Distância de
distância máxima de 15 km. A população não se
centros urbanos 500 – 1000 metros 3 1
mostra interessada em possuir um aterro próxi-
(H)
mo às residências. Desses dois fatores, resultou 1000- 2000 metros 4
a pontuação ao lado. > 2000 metros 5
Continua ►
Esse critério justifica-se pela relevância que esta < 0,5 metros 0
variável tem na implantação e, principalmen- 0,5 – 0, 9 metros 1
Espessura do
te, na operação em relação à disponibilidade na 1
solo (J) 1 – 2 metros 3
área de material de empréstimo para confecção
de camadas de cobertura e base de aterros. > 2 metros 5
Fonte: Adaptado de Gomes & Martins (Prosab 3, 2003).
Atividade
Definição/
Critérios Justificativa/ Faixa de avaliação Nota Peso
Observações
(L)
(M)
Notas Pontuação
Critérios Peso
Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 Área 5 Área 1 Área 2 Área 3 Área 4 Área 5
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
(F)
(G)
(H)
(I)
(J)
(L)
(M)
Total
Depois de selecionar uma área, parte-se para um estudo mais aprofundado dela. Assim,
outras informações, além das já conhecidas, somam-se às novas informações para melhor
conhecimento das potencialidades e possíveis novos impactos negativos da referida área.
Veja esse conjunto de informações:
∙ Dados geológico-geotécnicos
○ distribuição e características das unidades geológico-geotécnicas da região;
○ principais feições estruturais (falhas e fraturas);
○ características dos solos: tipos, espessuras, permeabilidade, capacidade
de carga do terreno de fundação;
○ disponibilidade de materiais de empréstimo.
∙ Dados sobre o relevo
○ identificação de áreas de morros, planícies, encostas etc.;
○ declividade dos terrenos.
∙ Dados sobre as águas subterrâneas e superficiais
○ profundidade do lençol freático;
○ padrão de fluxo subterrâneo;
Evapotrans-
○ qualidade das águas subterrâneas;
piração: perda
○ riscos de contaminação; de água de uma
○ localização das zonas de recarga das águas subterrâneas; comunidade ou
○ principais mananciais de abastecimento público; ecossistema
○ áreas de proteção de manancial. para a atmosfera,
∙ Dados sobre o clima causada pela
○ regime de chuvas e precipitação pluviométrica (série histórica); evaporação a
○ direção e intensidade dos ventos; partir do solo e
○ dados de evapotranspiração. pela transpiração
das plantas.
Você e seus colegas podem ter respondido que se deve obter o licenciamento ambiental, não
é mesmo? Mas o que vem a ser o licenciamento ambiental e quais as etapas do mesmo? Para
sanar suas dúvidas, acompanhe atentamente a leitura do texto “Licenciamento Ambiental”.
Licenciamento Ambiental
Licenciamento Ambiental é o procedimento O licenciamento ambiental, invariavelmente, é
administrativo pelo qual o órgão competente li- fornecido por órgãos ambientais estaduais e/ou
cencia a localização, instalação, ampliação e a municipais. A seguir colocamos à disposição
operação de empreendimentos e atividades de os endereços eletrônicos de órgãos ambien-
pessoas físicas ou jurídicas de direito público tais de alguns estados brasileiros para serem
ou privado que utilizem recursos ambientais e consultados quanto às licenças ambientais,
sejam consideradas efetivas ou potencialmente leis, regulamentos, instruções normativas etc.,
poluidoras ou, ainda, daquelas que, sob qual- que regulam os empreendimentos ambientais.
quer forma ou intensidade, possam causar de- Espírito Santo: www.ieam.es.gov.br
gradação ambiental, considerando as disposi- Mato Grosso do Sul: www.supema.ms.gov.br
ções gerais e regulamentares e as normas téc- Minas Gerais: www.feam.br
nicas aplicáveis ao caso. Rio de Janeiro: www.feema.rj.gov.br
São Paulo: www.cetesb.sp.gov.br
Fonte: www.iema.es.gov.br (Acesso em: junho de 2007).
Já em Minas Gerais, a lei do ICMS Ecológico prevê, em seu inciso VIII - Meio
Ambiente – a distribuição de parte dos recursos disponíveis em dois compo-
nentes - Saneamento Básico e Unidades de Conservação:
“a) parcela de, no máximo, 50% (cinqüenta por cento) do total será
distribuída aos municípios cujos sistemas de tratamento ou disposição
final de lixo ou de esgoto sanitário, com operação licenciada pelo órgão
ambiental estadual, atendam, no mínimo, a, respectivamente, 70%
(setenta por cento) e 50% (cinqüenta por cento) da população, sendo
que o valor máximo a ser atribuído a cada município não excederá o
seu investimento, estimado com base na população atendida e no custo
médio per capita dos sistemas de aterro sanitário, usina de composta-
gem de lixo e estação de tratamento de esgotos sanitários, fixado pelo
Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM”
Como podemos ver, as licenças vão sendo obtidas à medida que as etapas de um aterro sanitário
vão avançando no tempo e no espaço. Na próxima seção, veremos quais os requisitos e siste-
mas que devem constar de um projeto de aterro sanitário e como se dá sua implantação.
- Apresentar, discutir
Na seção anterior, foi visto que as primeiras licenças são a LP e a
e trabalhar os
LI. A primeira libera a elaboração do projeto executivo e a segunda,
sistemas que devem
a implantação dos elementos constantes no projeto. Assim, após a
estar presentes em
obtenção das licenças, as etapas seguintes são de projeto e implan-
um projeto de aterro
tação, as quais serão abordadas conjuntamente nesta seção. Então, sanitário;
vamos lá!
- Discutir como os
Para a apresentação dos projetos de aterros sanitários, recomen- sistemas contribuem
da-se que sejam adotadas as normas brasileiras NBR 13896 (ABNT, para minimizar os
1997), que fixa os critérios de projeto de aterros de resíduos não impactos negativos
perigosos, e a NBR 8419 (ABNT, 1992), que fixa condições mínimas advindos da
exigíveis para a apresentação de projetos de aterros sanitários de implantação de um
resíduos sólidos urbanos. aterro sanitário;
- Dimensionar
∙ Continuidade de fornecimento de energia e combustíveis
um sistema de
no local;
tratamento de
∙ Operação e manutenção de equipamentos sofisticados lixiviados.
ou caros;
∙ Operação e manutenção de bombas, misturadores e
outros equipamentos elétricos ou mecânicos associados
com controle de lixiviados e biogás;
∙ Integridade de longo prazo dos sistemas artificiais de
impermeabilização da base.
• Informações cadastrais;
• Informações sobre os resíduos a serem
dispostos no aterro sanitário;
• Caracterização do local destinado ao
Memorial Informações gerais sobre os resí-
aterro sanitário;
Descritivo duos e sobre o projeto do aterro
• Concepção e justificativa do projeto;
sanitário.
• Descrição e especificações dos elemen-
tos do projeto;
• Operação do aterro sanitário;
• Uso futuro da área do aterro sanitário.
• Equipamentos utilizados;
Cronograma
Cronograma físico-financeiro para • Mão-de-obra empregada;
de execução e
a implantação e operação do ater- • Serviços utilizados;
estimativa de
ro sanitário. • Materiais utilizados;
custos
• Instalações e serviços de apoio.
Atividade
Para começar, vamos relembrar e fixar os métodos de execução de um aterro. O método de execu-
ção é determinado pelo porte do aterro e pelas características topográficas, do tipo de solo e da
profundidade do lençol freático do local escolhido para a disposição dos resíduos e podem ser:
Método de execução
∙ Método da Trincheira
Geralmente é utilizado em áreas planas, onde são escavadas trincheiras ou valas
no solo, com dimensões variadas e adequadas ao volume de lixo gerado, de forma
a permitir a operação dos equipamentos utilizados na aterragem. As dimensões da
trincheira definem os métodos construtivos, a forma de operação e os equipamentos
a serem utilizados. Os resíduos podem ser compactados de forma manual ou mecâ-
nica, dependendo das dimensões da trincheira. Aterros em trincheira mostram-se
adequados a pequenas comunidades, pois podem ser operados de forma manual.
Atividade
Por fim, a etapa seguinte é o planejamento, a execução e implantação dos projetos que
compõem um aterro sanitário.
Projeto geométrico
O projeto geométrico consiste na definição da geometria do aterro sanitário. Ele deve ser
concebido de modo a maximizar o volume a ser disposto na área disponível e atender aos
requisitos mínimos exigidos para a estabilidade de sua fundação e dos seus taludes, garan-
tindo, dessa forma, a segurança do empreendimento. O projeto geométrico é apresentado em
planta e perfis, com indicação das alturas dos alteamentos, larguras das bermas de equilíbrio
e inclinações dos taludes. As figuras a seguir ilustram exemplos de projetos geométricos
realizados em regiões de vale e encosta.
O sistema de drenagem de águas pluviais tem como função minimizar a entrada de águas
de chuva para o interior do aterro, reduzindo, dessa forma, a geração de líquidos lixiviados
e o escoamento superficial, que pode provocar erosão nos taludes do aterro e comprometer
o funcionamento das camadas de cobertura final.
Aos se usarem solos argilosos, a grande dificuldade é garantir que os mesmos possuam as
características apropriadas para serem utilizados como material para impermeabilização de
base. Assim, vamos ler o texto a seguir, no qual é possível identificar algumas das caracte-
rísticas que um solo argiloso deve apresentar para cumprir a função de estanqueidade.
Solos Argilosos
Um solo argiloso, para ser considerado ade-
quado para a impermeabilização de aterros,
deve atender às seguintes características:
• Ser classificado como CL, CH ou SC, se-
gundo sistema unificado de classificação
de solo (Sociedade Americana de Ensaios
e Materiais - ASTM D2487-69);
• Apresentar uma porcentagem maior do que Para atingir o grau de permeabilidade desejada,
30% de partículas, passando pela peneira as camadas impermeabilizantes de argila devem
no 200 da ASTM (Análise de Granulometria ser executadas com controle tecnológico de
por Peneiramento e Sedimentação, confor- compactação, com as seguintes características:
me NBR 7181/84); • Camadas compactadas de, no máximo,
• Apresentar limite de liquidez maior ou igual 20 cm de espessura;
a 30% (conforme NBR 6459/84); • Umidade em torno da umidade ótima obti-
• Apresentar índice de plasticidade maior ou da no ensaio de compactação com ener-
igual a 15% (conforme NBR 7180/84); gia de Proctor normal;
• Apresentar coeficiente de permeabilidade • Densidade de, no mínimo, 95% da densi-
inferior a 10-7cm/s, quando compactado. dade máxima obtida no ensaio de com-
pactação com energia de Proctor normal;
• Coeficiente de permeabilidade de, no míni-
mo, 10-7 cm/s.
Será que algum daqueles solos das áreas pré-selecionadas cumpre esse papel? Volte à
atividade de seleção de área e pense no assunto.
Citamos também um outro grupo de materiais, chamados geossintéticos, que incluem, entre
outros, as geomembranas e os geotêxteis, que são definidos a seguir:
Vale lembrar que, na seleção de uma geomembrana sintética para aterro sanitário, o material
a ser utilizado deve atender aos seguintes requisitos:
∙ Resistir satisfatoriamente ao ataque de todos os produtos químicos aos quais
estiver exposto, assim como à radiação ultravioleta e aos microrganismos;
∙ Apresentar resistência às intempéries para suportar os ciclos de umedecimento
e secagem e de frio e de calor;
∙ Apresentar adequada resistência à tração e flexibilidade e alongamento
suficientes para suportar os esforços de instalação e de operação, sem
apresentar falhas;
∙ Resistir à laceração, abrasão e punção de qualquer material pontiagudo ou
cortante que possa estar presente nos resíduos;
∙ Apresentar facilidade para execução de emendas e reparos em campo, sob
quaisquer circunstâncias
Você sabia?
Com o objetivo de proteger a geomembrana de danos que possam ser causados pela colo-
cação do sistema de drenagem (brita) ou mesmo dos resíduos sólidos (materiais pontiagudos
e cortantes), uma camada de proteção mecânica deverá ser colocada sobre a geomembra-
na. Esta camada, com cerca de 20 a 30 cm de espessura, poderá ser de qualquer solo, não
sendo necessário que seja argila, uma vez que a sua função não é de impermeabilização,
mas de proteção. Esta camada de solo também evita que a geomembrana fique exposta à
ação da temperatura e dos raios solares. A seguir apresenta-se um esquema de impermea-
bilização de base, devendo ser está utilizada apenas como referência.
Atividade
Dando continuidade aos nossos estudos, há indicações claras de que o sistema de cobertura
intermediário tem funções sanitárias e operacionais. Dentre as funções sanitárias, destacam-
se a eliminação da exposição dos resíduos e a conseqüente possibilidade de espalhamento
dos mesmos pela ação do vento, a proliferação de vetores, presença de animais e exalação
de odores. Sob o ponto de vista operacional, a implantação da cobertura intermediária deve
permitir o tráfego de veículos e equipamentos diretamente sobre a camada, além de possi-
bilitar o desvio de águas de chuva para o sistema de drenagem superficial. As camadas de
cobertura intermediária devem atender a essas funções com a menor espessura possível,
pois grandes espessuras reduzem o volume útil do aterro e demandam a exploração de
jazidas. Usualmente, são utilizadas espessuras entre 20 e 40 cm.
Acesse o software Bacia Hidrográfica Virtual. Agora, vamos ver e discutir como a exploração
de jazidas pode afetar negativamente o meio ambiente, a sociedade e a saúde coletiva.
Já o sistema de cobertura final tem como principais funções: minimizar a infiltração de água
para o interior do aterro, reduzindo o volume de líquidos lixiviados gerados; minimizar o
escape descontrolado de gases para a atmosfera; permitir a recuperação ambiental da área
a partir do plantio de vegetação. Observa-se, dessa forma, que os materiais a serem utili-
Fonte: SLU-BH/UFMG.
Por fim, Profissional, discuta novamente as respostas dadas às questões que iniciaram o
item cobertura intermediária e final.
Alessandro Duarte
Fonte: Adaptado de: http://veja.abril.com.br/vejasp/240402/litoral.html (Acesso em: janeiro de 2008).
Atividade
Q = 1 . P.A.K
t
Em seguida, utiliza-se a Lei de Darcy, adotando-se o gradiente hidráulico como sendo igual
à declividade do dreno.
Q = K.i.A
Q = a vazão de projeto para a seção do i = gradiente hidráulico, que pode ser apro-
dreno de lixiviado considerada (m /s);
3
ximado pela declividade do dreno no trecho
considerado (m/m);
K = coeficiente de permeabilidade do meio
drenante (brita) (m/s); A = área de contribuição do aterro para o
dreno considerado (m2).
Você sabia?
Foi o francês Henry Darcy quem, em 1856, estabeleceu uma lei para avaliação do fluxo
em meios porosos. A sua lei estabelece que a vazão de água que passa através de
um leito de areia ou outro material poroso é diretamente proporcional ao gradiente
hidráulico, à área da seção considerada e a um coeficiente, denominado coeficiente de
permeabilidade ou condutividade hidráulica, que depende da natureza do material.
A=Q
K.i
Para permitir melhores condições de escoamento dos lixiviados, as declividades dos drenos devem
ficar entre 1% ou 2 % (1 < i < 2 %, ou seja, 0,01 < i < 0,02 m/m). O material de preenchimento do
dreno, preferencialmente, deve ser feito com brita de rochas metamórficas (gnaisse) por sua maior
resistência, e com a utilização de britas 3, 4 ou 5. A porosidade destas britas varia de 40 a 50 %.
´
L = 2hmax/{ c1/2[ (tan2 Ø/c) ´
+ 1 – (tan Ø/c) ´ + c)1/2]}
(tan2 Ø
Como é feito o tratamento de lixiviados no aterro sanitário de seu município, caso exista,
Profissional? Os sistemas de tratamento de lixiviados, empregados no Brasil, são eficientes?
Eles atendem às exigências ambientais para lançamento de efluentes? Caso a resposta seja
“não”, proponha soluções para resolver esse problema.
Tratamento biológico:
Se quiser saber mais sobre
∙ Lodos ativados;
o processo de tratamento
∙ Lagoas de estabilização;
biológico, faça as oficinas da
∙ Lagoas aeradas;
área temática de Sistema de
∙ Contadores biológicos rotatórios (biodiscos); Esgotamento Sanitário.
∙ Digestão anaeróbia.
Tratamento físico-químico:
∙ Floculação e sedimentação;
∙ Filtração;
∙ Coagulação e precipitação;
∙ Carvão ativado, entre outros.
Processos Alternativos:
∙ Aplicação no solo;
∙ Tratamento combinado com águas residuárias (esgoto doméstico);
∙ Recirculação.
E A + + + + A
Temperatura
M A A + A + A
média
B A A - - - A
E A - - A A A
Precipitação M A - - A A A
B A + + A A A
E - A A A - -
Vazão de
M - A A A A A
lixiviado
B + + + A A A
E - + A - + -
Concentração de
M A A + A + -
lixiviado
B + A + + A +
V + A - - - +
Idade do aterro
J - + + + + A
E A A + + A A
Área disponível M A A A A + +
B + A - - + +
OBS.: Elevado (E); Médio (M); Baixo (B); Jovem (J); Velho (V); Favorável (+); Desfavorável (-); Indiferente (A).
Como vimos, Profissional, existe uma quantidade variada de tratamentos; portanto, apre-
sentaremos um exemplo de dimensionamento de um dos possíveis sistemas de tratamento.
Devemos ficar atentos, pois usualmente utilizam-se, para o tratamento de lixiviados, valores
para os parâmetros de operação, especialmente para filtros e lagoas, de esgoto doméstico. É
importante lembrar que estamos falando de dois efluentes diferentes. Assim, é fundamental
que seja feita uma caracterização completa do lixiviado, uma vez que a variabilidade desse
efluente é imensa (tipo de resíduo, clima, operação e idade do aterro etc.). Redobre sua
atenção para o lixiviado gerado em seu aterro sanitário e as suas condições em área para
o tratamento do mesmo.
Taxa de aplicação: quantidade de matéria orgânica, expressa em DBO, que entra no sistema
de tratamento em um determinado tempo.
Filtro anaeróbio de leito fixo: Construídos com brita 3 ou 4, os filtros são responsáveis
basicamente pela remoção de matéria orgânica particulada ou dissolvida, em ambientes
sem a presença de oxigênio livre.
Edital 5 - Tema 3-2008
Fonte:Wagner G. Moravia / Pesquisador DTI - PROSAB
V = Q/t
Em geral, o dimensionamento desses sistemas é feito com base na taxa de aplicação hidráu-
lica ou carga volumétrica. As cargas aplicadas variam de 0,2 a 1,8 kg DBO / m3.d. O volume
do filtro é dado por:
V = Q.So
La
Lagoas de estabilização: A lagoa anaeróbia tem menor volume e maior profundidade. Sua
eficiência na remoção de DBO é de 40% a 50%. A DBO remanescente é removida na lagoa
facultativa. A taxa de aplicação volumétrica Lv é função da temperatura do ar e varia entre
0,1 a 0,3 kg. DBO5/m3.d. Quanto maiores as temperaturas, maiores as taxas que se podem
usar no projeto.
L = Q.So
1000
V = L/Lv
t = V/Q
A = V/h
As dimensões adotadas devem ser tais que a lagoa tenha relação comprimento/largura de 1:1
(quadrada) ou 2:1 (retangular). Assim, conhecida a área e definida a relação de dimensões,
calcula-se a largura e o comprimento da lagoa anaeróbia.
A lagoa facultativa tem pouca profundidade e grande área. A DBO solúvel é particulada e
estabilizada aerobiamente por bactérias dispersas no meio líquido e a DBO suspensa tende a
sedimentar-se, sendo estabilizada anaerobiamente por bactérias no fundo da lagoa. O oxigê-
nio requerido pelas bactérias aeróbias é fornecido pelas algas, através da fotossíntese.
L = Q.So
1000
A = L/LS
Valores de Ls
V = A.h
Você sabia?
A eficiência de remoção de DBO pelo filtro anaeróbio está entre 70% e 80%. Para os
filtros aeróbios, a seguinte expressão pode ser utilizada:
E = 1/ 1 + 0,443 (w/V)1/2
E= S – So 100
So
S = So/ (1 + k.t)
OBS.: Para se calcular a eficiência de remoção de DBO em uma lagoa facultativa, utiliza-
se a mesma equação para lagoas anaeróbias.
Atividade
Dados do problema:
Q = 1 L/s;
DBO = 7000mg/L
La = Carga aplicada de: 1 kg DBO/m3.d
Lv = 0,2 kg/m3.d
Um outro subproduto gerado da decomposição dos resíduos sólidos nos aterros sanitários
são os gases. Esses gases gerados são, basicamente, o metano (CH4) e o dióxido de carbo-
no (CO2). Como os dois contribuem para o agravamento do efeito estufa, eles precisam ser
drenados e tratados adequadamente. Estima-se uma geração de 370 a 400 Nm3 de biogás,
outro nome pelo qual é conhecido o metano, por tonelada de matéria seca digerida dos
resíduos sólidos. Esses valores têm sido freqüentemente utilizados em projetos de aterros
brasileiros.
Uma vez definido raio de influência de cada dreno, o projetista faz a distribuição dos drenos
verticais em planta, de modo a haver sobreposição dos raios de influência. Cabe lembrar,
novamente, que os drenos verticais devem ficar conectados com os drenos de lixiviados
colocados na base do aterro. Assim, pode haver a necessidade de ajustes da posição em
planta dos drenos, de modo a sempre garantir essa interconexão.
Depois de drenado, o biogás é encaminhado para o tratamento. A forma mais usual e barata
de se tratar o biogás é queimá-lo, pois dessa maneira diminui-se o efeito poluidor causado
por ele na atmosfera (o metano é cerca de 21 vezes mais nocivo para o efeito estufa do que
o dióxido de carbono).
Fonte:SLU-BH
Atividade
Há outras atividades que devem ser executadas para a implantação de um aterro sanitário.
São elas:
Bom, Profissional, chegamos ao final desta seção na qual relembramos os sistemas que
compõem um aterro sanitário e os problemas que eles causam ao meio ambiente, à saúde
coletiva e à sociedade, quando mal projetados ou inexistentes.
OBJETIVOS: Operação
- Apresentar alguns
Uma vez implantado, o aterro começa a receber os resíduos. Nesse
aspectos ligados
momento, inicia-se a nova etapa: operação. Para essa etapa, lembre-se
à operação de
de que é necessário obter a LO estudada no licenciamento ambiental.
aterros sanitários;
Descrever e avaliar
a operação de A etapa de operação engloba a execução direta do aterro sanitário,
aterros sanitários incluindo o controle e a pesagem dos resíduos, a compactação dos
dos profissionais mesmos, a execução dos sistemas de drenagem de águas pluviais,
em treinamento. lixiviados e gases. Vamos iniciar esta seção, com a seguinte atividade
coletiva.
Retomamos os nossos estudos, sabendo que a operação do aterro é uma etapa fundamental
para o sucesso do empreendimento, ou seja, para que a disposição dos resíduos seja feita
com a minimização dos impactos ambientais e sanitários. A disposição segura e bem orga-
nizada dos resíduos distingue um aterro sanitário de uma disposição a céu aberto (lixão).
Mesmo um aterro que tenha sido bem projetado e bem implantado terá sérios problemas
ambientais se for mal operado. Por outro lado, boas técnicas de operação do aterro podem
vir a compensar debilidades de locação do sítio ou de projeto. Dessa maneira, apresentam-
se, a seguir, considerações relativas a alguns aspectos de operação de aterros sanitários.
Da mesma forma, é desejável que o aterro inicie suas atividades antes da chegada dos
veículos coletores. É necessário que os trabalhadores preparem os equipamentos e a área
de trabalho onde os resíduos serão dispostos.
Logo, é indispensável que os aterros sanitários possuam um sistema de pesagem, dado que
se deve conhecer a quantidade de resíduos sólidos que entram no aterro, com a finalidade
de estabelecer parâmetros de controle da operação, assim como para a determinação de
tarifas e cobrança. Quando não há balanças no aterro, o funcionário encarregado de veri-
ficar a carga deve ser treinado para a determinação, mais precisa possível, do volume de
resíduos nos veículos.
O funcionário da balança deverá registrar os dados de cada veículo (peso da tara, peso da
carga), cobrar as taxas, emitir faturas ou recibos e documentos de pesagem. Quando não se
conhece a tara do veículo, pode ser realizada a sua pesagem após a descarga dos resíduos
e, posteriormente, cobrar as taxas.
Com relação aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), cuja fração já foi devidamente tratada
(segundo orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA) e demais
frações que não demandam tratamento, poderão ser enviados a locais especiais devida-
mente licenciados, por exemplo, a um aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos.
Isolamentos
O isolamento da área é fundamental para o bom andamento dos serviços. Toda a área do
aterro deverá estar cercada, com o objetivo de limitar o espaço e impedir a entrada de animais
e de catadores ao local. O tipo de cerca a ser utilizado depende das condições específicas do
local onde está o aterro. Pode ser de arame farpado, ou de tela, que oferece uma proteção
maior à entrada de pessoas e de animais terrestres.
No caso do Aterro Zona Norte de Porto Alegre (operado até 1999), a forma mais eficaz de
isolamento da área foi a escavação de um canal de mais de 10 m de largura em redor de
toda a área, para evitar a entrada de catadores e animais de fazendas vizinhas. A cerca de
arame farpado, inicialmente colocada, além de, evidentemente, não evitar a entrada de cata-
dores, ainda era sistematicamente retirada por habitantes das vilas vizinhas, o que permitia
a entrada de animais (bovinos e eqüinos).
A construção de um cinturão verde, juntamente com outro tipo de cerca, também é uma
forma de isolamento.
Escritório ou Administração
Constitui a base de controle e gerenciamento de todo o aterro. Entre as atividades realizadas
pelo escritório cita-se o controle administrativo de todas as atividades do aterro, incluindo
a contabilização das quantidades de resíduos dispostos, materiais utilizados, controle de
pessoal e fornecimento de elementos para cálculo dos custos. É desejável que possua uma
infra-estrutura mínima, incluindo recursos de informática, telefonia e de comunicação na
área do aterro, incluindo sistema de rádio transreceptor.
Acessos internos
Os acessos internos visam permitir interligação entre os diversos pontos do aterro. Esses
acessos devem resistir ao trânsito de veículos mesmo em dias de chuva; por isso, devem
estar sempre em perfeitas condições. Para mantê-las, pode-se utilizar saibro, brita ou até
resíduos de construção civil.
Fonte:SLU-BH/UFMG
de descarga dos veículos, que ocorre, geralmente, próximo
à rampa da célula em execução. Tal operação costuma
ocorrer durante todo o dia, em aterros que atendem a
cidades de grande porte, demonstrando a necessidade de
se prever um plano de manutenção adequado dessas áreas,
uma vez que, se mal cuidados, podem trazer transtornos
operacionais, principalmente no período de chuvas.
Espalhamento
A cada duas ou três viagens descarregadas, os resíduos devem ser empurrados, de baixo
para cima, e espalhados no talude da frente de disposição, com tratores de esteira. A incli-
nação do talude dessa frente é da ordem de 1V:3H. Esse espalhamento inicial visa constituir
camada de espessura aproximadamente uniforme, dentro dos padrões ideais de eficiência
de compactação dos equipamentos, e promover uma homogeneização dos resíduos.
As camadas não devem ser muito espessas de cada vez (30 cm a 50 cm), e a altura da célula
deve ser de 2 a 3 metros para que seja propiciado um melhor aproveitamento do equipa-
mento compactador. Em alguns projetos costumam-se empregar alturas de até 5 metros. No
entanto, para se conseguir uma boa compactação com essa altura, muitas vezes, torna-se
necessário empregar mais equipamentos ou exigir mais daqueles que estão sendo utilizados.
A camada executada com uma altura de 5,0 metros tem a vantagem de reduzir o volume da
camada de material de cobertura.
Cabe ressaltar que uma compactação bem realizada possibilita o tráfego imediato de veículos
sobre o maciço.
Fonte:SLU-BH/UFMG
Você sabia?
Os resíduos de serviço de saúde não podem ser compactados, para se evitar o rompimento
dos sacos que os acondicionam, evitando uma possível contaminação dos profissionais
que manuseiam esse tipo de resíduos nos aterros sanitários.
Plano de emergência
Deverá ser elaborado um Plano de Emergência para o caso de acidentes, imprevistos e outras
questões emergenciais que venham a ocorrer no aterro. Os coordenadores de emergência
– que deverão estar devidamente identificados – deverão receber treinamentos específicos
para cada uma das situações expostas nesse plano. Em caso de sinistro, deverão ser adotadas
as medidas observadas nesses treinamentos, com o objetivo de combater a situação gerada.
Os elementos que compõem o plano de emergência são apresentados a seguir.
∙ Coordenadores de emergência:
Com o objetivo de ter sempre pelo menos uma pessoa que coordene o plano de
emergência no local, sugere-se treinar três coordenadores de emergência durante
o período diurno e um no período noturno (quando houver), atuando em ordem
hierárquica dentro do aterro. Para a ocupação desse cargo, sugere-se o engenheiro
responsável técnico, o chefe do aterro e o encarregado geral.
∙ Procedimentos de emergência
As situações de emergência que podem acontecer na implantação e na operação
de aterros sanitários são as seguintes:
○ Incêndios;
○ Explosões;
○ Vazamentos de lixiviados;
○ Vazamentos de gases;
○ Ruptura ou rompimento de taludes;
○ Tombamento e colisão de veículos ou equipamentos.
Atividade
Total
Qualidade do ar
Inspeções de campo
Líquidos lixiviados
Recalques superficiais
Pressão sonora
Controle tecnológico
dos materiais
geotécnicos
utilizados
∙ Qualidade do ar
○ Objetivo: monitorar a qualidade do ar no entorno do aterro sanitário.
○ Por quê? Preservar a qualidade do ar e evitar doenças, como as
respiratórias.
○ Como? Equipamentos de avaliação da qualidade do ar (HI-VOL e o PM 10)
– NBR 13412 (ABNT, 1995) e NBR 9547 (ABNT, 1997).
○ Onde? Localização dos pontos de amostragem na direção preferencial dos
ventos.
Fonte: SLU-BH.
Você sabia?
∙ Líquidos lixiviados
∙ Objetivo: monitorar a qualidade e quantidade de lixiviados gerados no
aterro sanitário.
∙ Por quê? Avaliar a eficiência do sistema de tratamento e atender aos padrões
de lançamento em corpos de água.
∙ Como? Através de análises laboratoriais de diversos parâmetros, como DBO,
DQO, sólidos, metais pesados, entre outros – CONAMA Nº 357 de 2005.
∙ Onde? Na entrada e na saída do sistema de tratamento.
∙ Recalques superficiais
○ Objetivo: monitorar os deslocamentos verticais e horizontais do aterro
sanitário.
○ Por quê? Permitir uma avaliação contínua da vida útil do aterro e
fornecer elementos para a avaliação da estabilidade dos taludes do
aterro, evitando acidentes, como desmoronamento.
○ Como? Por meio do registro topográfico das posições de medidores de
recalque e marcos superficiais.
○ Onde? Nas superfícies dos taludes, bermas e topo do aterro.
Fonte: SLU-BH.
Medidor de Recalque de
Base Quadrada
Tampão d=25 mm
Redução PVC 25 x 20 mm
Redução PVC 50 x 25 mm
Válvula d = 20 mm
Profundidade da Câmara (Variável) Tê 50 x 25 mm
Tubo PVC d = 50 mm
Tubo PVC d = 25 mm
Areia Fina
20 20
Areia Grossa
Seixos
130
50
Câmara de PVC
Ranhurada d = 50 mm
20 20
Pasta de bentonita
50
Cap d = 50 mm
150 mm
∙ Inspeções de campo
○ Objetivo: avaliar o desempenho dos elementos do aterro sanitário.
○ Por quê? Assegurar o funcionamento adequado dos elementos de projeto
implantados.
○ Como? Por meio de observações que visem detectar trincas, focos erosivos,
vazamento de lixiviados, condições do sistema de drenagem superficial,
entre outros.
○ Onde? Em todo o aterro e imediações.
Por fim, vamos reavaliar o exercício que abre esta seção e esclarecer eventuais dúvidas que
OBJETIVOS: Encerramento
- Apresentar a etapa
Os aterros sanitários devem possuir uma vida útil em torno de 20 a
de encerramento de
25 anos. Após esse tempo, eles precisam ser encerrados, e um novo
aterro sanitário;
processo de busca de novas áreas, licenciamento ambiental, projeto,
Discutir e trabalhar
implantação, operação e monitoramento ocorrem. Antes de continuar-
alternativas para a
utilização futura das mos a explorar esta seção, realize coletivamente a atividade a seguir.
áreas que foram
usadas como aterro
sanitário. Atividade
Avalie a possibilidade de uso futuro para estes três perfis de aterros
já encerrados:
Quais usos para aterros encerrados não são recomendáveis? Por quê?
Dando seqüência aos nossos estudos, geralmente, em projetos de aterros sanitários, prevê-
se um plano de atividades a serem executadas no intuito de minimizar os possíveis impactos
remanescentes e a manutenção da área, após o encerramento das atividades de disposição.
De acordo com as recomendações da NBR 13896 (ABNT, 1997), por ocasião do enceramento
das atividades de operação do aterro sanitário, devem ser tomadas medidas de forma a:
∙ minimizar a necessidade de manutenção futura;
∙ minimizar ou evitar liberação de líquidos lixiviados e/ou gases para as águas
subterrâneas, para os corpos de água superficiais ou para a atmosfera.
Caso a área continue isolada, deve-se também prever um plano de acompanhamento da manu-
tenção da cerca de isolamento. A manutenção da vegetação também deve ser observada, uma
vez que, se a vegetação não for podada, a probabilidade de ocorrerem incêndios é grande.
A seguir são listados alguns possíveis usos futuros da área do aterro sanitário:
O texto a seguir explora melhor alguns dos usos dados a aterros sanitários, suas vantagens
e desvantagens.
Espaços abertos e recreação raízes não entrem em contato com resíduos dis-
São, sem dúvida, a que parece ser a forma postos. Na realidade, sugere-se que as raízes
mais indicada de uso futuro de sítios de aterros cheguem, no máximo, até a camada de argila
sanitários. Os tipos de usos podem ser para a da cobertura final (para isso faz-se necessária
prática de esportes locais (como campos de a colocação de uma camada mais espessa de
futebol), ao passo que parques e espaços mais solo nos locais do aterro onde se pretende fa-
abertos poderão ser de interesse de um núme- zer a plantação). Este contato das raízes seria
ro maior de pessoas, e uma área verde, com um fator limitante ao crescimento dos vegetais,
trabalho paisagístico de implantação de grama- mas também seria uma via de introdução de
dos, arbustos e árvores, pode trazer benefícios substâncias nocivas na cadeia alimentar e no
para a comunidade. Adicionalmente, esse tipo meio ambiente. Outro aspecto negativo seria
de uso não implica a construção de grandes um aumento da infiltração de água da chuva
estruturas no local, apenas pequenas e leves (e fuga de biogás) pela camada superior, devi-
construções, como prédios administrativos e do aos caminhos preferenciais causados pelo
sanitários públicos. enraizamento. Exemplos de profundidades de
raízes são:
Estas pequenas construções devem ser, no en- • Gramíneas – 0,3 m ou mais para algumas
tanto, construídas de modo a evitar o acumulo espécies;
de biogás na base ou no interior das mesmas e • Cereais – até um 1 m;
devem resistir aos recalques diferenciais. • Hortigranjeiros de raiz (tubérculos) – acima
de 1 m;
Agricultura • Árvores com sistema radicular radial – 1 a
Aterros concluídos podem ser utilizados para 2 m;
pastagens ou plantações (de grãos, frutíferas, • Árvores com sistema radicular axial ou pi-
lenhosas, viveiros de mudas etc.). Em ambos votante – até 4 m.
os casos, a camada de cobertura deve ter es-
pessura suficiente de modo a garantir que as
Atividade
Qual o uso futuro a ser dado ao aterro de seu município? Por quê? Caso
ainda não tenha pensado nisso, qual uso seria mais apropriado ao seu
aterro, levando em conta questões sociais, ambientais, econômicas e
de sustentabilidade? Discuta as respostas com seus colegas.
Bom, Profissional, chegamos ao final desta seção. Volte à atividade proposta no início da
seção e a reavalie com base na sua experiência e no que estudamos.
Concluímos, então, o segundo conceito-chave, no qual foram vistas todas as etapas que consti-
tuem o ciclo de vida de um aterro, desde a seleção de área até o encerramento. Nesse percurso,
vimos que algumas áreas não podem ser usadas para se implantar um aterro sanitário. Estudamos
e dimensionamos alguns sistemas que o compõem, como o sistema de impermeabilização de
base. Avaliamos a operação da disposição final dos resíduos sólidos de seu município e apro-
fundamos nossos conhecimentos no monitoramento desses empreendimentos ambientais.
- Comparar e
analisar os dois
Atividade exercícios (inicial e
final).
Por fim, Profissional, esperamos que todo o conhecimento que
trocamos tenha contribuído para o seu aperfeiçoamento pessoal
e profissional. Assim, como nossa última atividade, vamos refazer
o exercício proposto no início deste guia e avaliar criticamente as
mudanças ocorridas no que conhecemos sobre aterros sanitários
entre o início e fim desta oficina.
Publicações
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tico: NBR-10152. Rio de Janeiro: ABNT 4p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1997. Aterros de resíduos não perigosos – crité-
rios de projeto, implantação e operação – Procedimento: NBR-13896. Rio de Janeiro, 12p.
Castilhos Jr., A.B.; Medeiros, P.A.; Firta, I.N.; Lupatini, G.; Silva, J.D. 2003. Principais processos
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Lange, L.C.; Simões, G.F.; Ferreira C.A.F. 2003. Aterro Sustentável: Um Estudo para a Cidade de
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PEQUENO PORTE. Castilhos Jr., A.B. (Coordenador). Rio de Janeiro: ABES, RiMA, 2003, 280p.
Lange, L.C.; et al. 2006. Processos Construtivos de Aterros Sanitários: Ênfase no Estudo
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GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM ÊNFASE NA PROTEÇÃO DE CORPOS
D’ÁGUA: PREVENÇÃO, GERAÇÃO E TRATAMENTO DE LIXIVIADOS DE ATERROS SANITÁRIOS.
Castilhos Jr., A.B. (Coordenador). Rio de Janeiro: ABES, Projeto PROSAB, 2006, 475 p.
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www.naturlink.pt