Sempre É Uma Companhia
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Sempre É Uma Companhia
COMPANHIA
SÍNTESE GLOBAL DE PREPARAÇÃO PARA
O EXAME NACIONAL
PAULO INÁCIO
GUERREIROINACIO3@GMAIL.COM
VIDA E OBRA
RESUMO DO CONTO
O conto tem lugar na aldeia alentejana da Alcaria, onde um casal é proprietário de uma venda.
António Barrasquinho, o Batola, passa o dia arrastando-se da cama para venda e da venda para
a cama, embebedando-se frequentemente. A mulher é determinada e lutadora e percebe-se
"que é ela quem ali põe e dispõe", contra a vontade de Batola.
Acompanhada da sonolência de Batola está a solidão, uma vez que os restantes habitantes
trabalham e vão logo para casa, exaustos.
Num dos seus momentos introspetivos, Batola recorda-se do "velho Rata", um mendigo, que
percorria quilómetros e tinha sempre muitas novidades para contar ao dono da venda. No
entanto, o velho Rata matou-se quando um reumatismo o impedia de se mover com facilidade.
Certo dia, chega um carro com dois homens que trazem uma "telefonia", uma "caixa do modelo
pequeno" para vender.
Batola tudo faz para ficar com o equipamento, embora a mulher não tenha aprovado a decisão,
ficando o aparelho à experiência durante um mês. Durante esse perídio, a vida na Alcaria mudou
totalmente, visto que, do rádio saiam novidades de todo o mundo, assim como músicas,
tornando, consequentemente, a venda num ponto de encontro.
A sonoridade da telefonia trouxe muitos benefícios: a quebra do "silêncio" e da "solidão dos
campos", a aproximação a população, a ajuda no divertimento (não apenas a trabalhar),
acabando mesmo por pacificar o casamento de Batola e da mulher.