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Cléia PRODUTO EDUCACIONAL

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PRODUTO EDUCACIONAL

O CARÁTER CORPUSCULAR DA RADIAÇÃO ATRAVÉS DO


EFEITO FOTOELÉTRICO: UMA PROPOSTA DIDÁTICA

Orientanda: Cléia Neves Bueno


Orientador: Prof. Dr. Frederico Ayres de Oliveira Neto
SUMÁRIO

Apresentação ........................................................................................................................................03

Primeira Semana: Aulas 01 e 02............................................................................................................. 04

Segunda Semana: Aulas 03 e 04............................................................................................................ 08

Terceira Semana: Aulas 05 e 06............................................................................................................. 15

Quarta Semana: Aulas 07 e 08............................................................................................................... 20

Quinta Semana: Aulas 09 e 10................................................................................................................25

Sexta Semana: Aulas 11 e 12..................................................................................................................32

Sétima Semana: Aulas 13 e 14...............................................................................................................38

Oitava Semana: Aulas 15 e 16............................................................................................................... 44

Referências............................................................................................................................................46
3

APRESENTAÇÃO

Esse roteiro didático foi elaborado tendo em vista a relevância da Física Moderna na
atualidade e a necessidade de trabalharmos suas aplicações no Ensino Médio. Uma
abordagem suscinta e clara, com objetivo de favorecer as ações do professor em sala.

A afetividade tem um papel imprescindível nesse processo de aprendizagem. A


satisfação e a curiosidade em aprender é norteadora para as primeiras indagações e
opiniões, até a etapa final.

Muito importante aproveitar o conhecimento prévio do aprendiz para que o assunto


possa ter significado em seu cotidiano. Em toda atividade proposta, é mister
importante incentivar a participação do aluno e auxiliar nas dificuldades apresentadas.
Em outras palavras, envolvê-lo.

O material é composto por questionários, texto para uma discussão introdutória,


exercícios compilados de sites e livros, experimento didático de baixo custo. Cada
parte dessa estrutura foi pensada para que o processo ensino-aprendizagem
obtivesse êxito. Escutar os alunos em suas inquietações nesse processo foi
fundamental. Um ensino que esteja nos anseios dos alunos é envolvente e o resultado
é mais satisfatório.

As atividades podem ser feitas de maneira contextualizada para que o aluno possa
relacionar o conhecimento de sala aula com seu uso na tecnologia.

A execução de todo o roteiro didático é aproximadamente um bimestre, sendo que a


divisão foi feita em aulas duplas, para uma maior clareza do tempo utilizado e das
ações necessárias.
APRESNSENTAÇÃO DA PROPOSTA DE TRABALHO E
4

APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE ENTRADA

PRIMEIRA SEMANA – AULAS 01 E 02


5

1. AULAS 01 E 02

No primeiro momento, deve ser apresentada a proposta de trabalho, cuja previsão de


desempenho é de um bimestre.

Após esclarecimentos, deve ser entregue para cada aluno o questionário com vinte
questões sobre Física Moderna e Efeito Fotoelétrico, para que eles possam apontar
os conhecimentos prévios. A verificação dos conhecimentos prévios no questionário
é feita através da escala de Likert. Todos devem ser orientados para marcar somente
uma alternativa que melhor caracterize o pensar de cada um. Professor, você pode
avaliar com outros instrumentos também, tais como, mapas conceituais.

O modelo de questionário utilizado está descrito abaixo. Cada afirmativa contém as


seguintes alternativas para escolha:

a) Discordo e) Concordo
b) Discordo c) Neutro d) Concordo
fortemente fortemente

QUESTIONÁRIO DE ENTRADA

1) A energia de um fóton é inversamente proporcional ao comprimento de onda.

2) A intensidade da corrente fotoelétrica emitida é proporcional à intensidade da


radiação incidente.

3) Robert Andrews Millikan recebeu o Nobel de Física de 1923, por trabalhos


sobre cargas elétricas elementares e o efeito fotoelétrico.

4) De acordo com o Princípio da Complementaridade, se uma medida prova o


comportamento ondulatório da radiação ou da matéria, então é impossível
provar o comportamento corpuscular na mesma medida.
6

5) A explicação do efeito fotoelétrico está baseada em um modelo corpuscular


da luz.

6) Uma das aplicações do efeito fotoelétrico é permitir acender e desligar


automaticamente a iluminação de ruas.

7) O efeito fotoelétrico, descoberta de Einstein, evidencia as propriedades


ondulatórias de uma onda eletromagnética.

8) Para uma determinada radiação incidente, a velocidade dos elétrons


ejetados depende do metal usado na experiência.

9) O efeito fotoelétrico fornece evidências das naturezas ondulatória e


corpuscular da luz.

10) O efeito fotoelétrico só ocorre com a utilização de uma onda eletromagnética


na faixa de frequência da luz visível.

11) É possível que o efeito fotoelétrico ocorra com luz azul fraca e não ocorra
com a luz vermelha intensa.

12) Albert Einstein recebeu o Prêmio Nobel por contribuições na Teoria da


Relatividade.

13) A energia dos elétrons emitidos depende da frequência da radiação


incidente.

14) A teoria do efeito fotoelétrico afirma que, aumentando a frequência da luz


incidente na superfície metálica, é possível arrancar prótons da superfície do
metal.

15) Os modelos corpuscular e ondulatório são complementares.


7

16) A função trabalho é a energia necessária para se remover um elétron do


metal e independe da substância iluminada pela radiação.

17) Considerando que, no vácuo, o comprimento de onda da luz vermelha é


maior do que o comprimento de onda da luz azul, a energia dos quanta de
luz vermelha é maior do que a energia dos quanta da luz azul.

18) A energia cinética dos fotoelétrons não depende da frequência da radiação


incidente.

19) Emissão de elétrons por uma superfície metálica atingida por uma onda
eletromagnética caracteriza o efeito fotoelétrico.

20) Quando uma luz monocromática incide sobre uma superfície metálica e não
arranca elétrons dela, basta aumentar a sua intensidade para que o efeito
fotoelétrico ocorra.
8

ANÁLISE DO TEXTO: “ DO QUE A LUZ É FEITA E SEUS


Curvatura do espaço-tempo mudando a trajetória da luz

https://www3.unicentro.br/petfisica/2016/04/05/projeto-ligo-e-as-ondas-gravitacionais/ MISTÉRIOS

SEGUNDA SEMANA – AULAS 03 E 04


9

2. AULAS 03 E 04

Após análise dos conhecimentos prévios, foi selecionado material para o trabalho a
ser desenvolvido. A proposta é composta de texto, experimento e exercícios, visando
a aprendizagem significativa. Essa sugestão de trabalho será apresentada a partir
desse capítulo, em aulas sequenciais, nesse Produto Educacional.

A relevância do tema a ser trabalhado pode ser feita através de questionamentos em


fatos corriqueiros como o acender e apagar da iluminação pública diariamente, e,
também, abertura de portas automáticas em bancos e shoppings.

O texto “Do que a luz é feita e seus mistérios”


(https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/05/1632439-do-que-a-luz-e-feita-e-seus-
misterios.shtml), de Marcelo Gleiser, foi escolhido para oportunizar um pensar em
amplitude maior e mostrar quão vasta e importante é a discussão sobre a luz. A
interpretação dos alunos deve ser o norteador da discussão do texto.

2.1 TEXTO

DO QUE A LUZ É FEITA E SEUS MISTÉRIOS

Neste que é seu Ano Internacional, a luz, embora presente em inúmeras tecnologias
do cotidiano, continua sendo fonte de mistérios e objeto de pesquisas. No século 17,
discutia-se se a luz era onda ou partícula; em 1905 Einstein esclareceu que poderia
ser os dois, e a usou como base para a Teoria da Relatividade.

Somos criaturas da luz. Nossa percepção mais imediata da realidade vem dela, do
que podemos ver. Claro, os outros sentidos ajudam e, na cegueira, são essenciais.
Mas acordamos ao abrirmos os olhos, mesmo que mais figurativa do que
fisiologicamente.

A luz representa sabedoria, conhecimento, o lado bom do divino. As trevas são a


ignorância, a violência, o mundo do mal. Nossos corpos evoluíram para detectar
padrões na natureza, algo de fundamental para nossa sobrevivência num mundo
10

cheio de predadores e inimigos. É útil saber diferenciar entre um arbusto e um tigre,


ou entre sombras e um guerreiro da outra tribo.

No romance "Ensaio sobre a Cegueira", José Saramago cria uma sociedade em que
todos (ou quase) ficam cegos subitamente. Essa cegueira pode simbolizar muita
coisa, ou mesmo ela mesma: como a sociedade colapsaria de forma devastadora se
perdêssemos coletivamente nossa visão; ou nossa visão coletiva.
Não é uma coincidência que tantas culturas idolatrassem a luz através de seu
provedor-mor, o Sol. Os egípcios, os incas, os celtas, sabiam que o Sol é a essência
da vida. Sem ele, sem o influxo de luz e energia vindo dele, não estaríamos aqui. O
que vemos da realidade, fração pequena de todas as "luzes" que nos cercam –o
espectro luminoso das ondas de rádio aos raios gama– coincide com o pico de
emissão luminosa do Sol. O processo de seleção natural privilegiou animais capazes
de utilizar ao máximo a luz da estrela que os ilumina. Claro, alguns animais percebem
as franjas além do visível, como as abelhas, que veem no ultravioleta, ou certas
cobras, que veem no infravermelho. Mas a maioria vê o que vemos, a luz que se
espalha pela atmosfera.

O QUE É?

É, portanto, paradoxal que a luz, que nos é tão íntima, seja também um dos grandes
mistérios da natureza. O que é, afinal, a luz? Não é palpável como o ar ou a água, e
nem sabemos exatamente do que é "feita". Se voltássemos ao século 17,
assistiríamos aos debates entre Isaac Newton e Christiaan Huygens, Newton
afirmando que a luz é feita de partículas indivisíveis –de átomos– e Huygens, que a
luz é uma onda que se propaga num meio que preenche todo o cosmo, o éter.

Ambos os cientistas aplicaram sua teoria da luz para explicar uma série de fenômenos,
com sucesso variável. Que partículas seriam essas que compõem a luz?

Newton herdou conceitos atomistas antigos, da época da filosofia pré-socrática de


Leucipo e Demócrito, que, em torno de 450 a.C., sugeriram ser tudo feito de
corpúsculos minúsculos que se propagam no "vazio". Para ele, a noção de que um
tipo de matéria preenche o espaço como o ar preenche nossa atmosfera era absurda.
11

Que matéria é essa, se perguntava, que é transparente e não oferece resistência ao


movimento dos planetas e cometas?
Por outro lado, se o éter de Huygens era um tanto estranho, como atribuir realidade a
pequenos átomos de luz que não podem ser vistos? Como determinar se algo existe
se não pode ser diretamente observado? Por trás do debate sobre a natureza da luz
esconde-se a questão da natureza da realidade: como sabemos se algo existe?

A ciência, em particular a física, cria descrições da realidade baseadas no que


podemos observar. Como disse Werner Heisenberg, um dos arquitetos da física
quântica, "o que vemos não é a natureza, mas a natureza exposta ao nosso método
de questionamento". Em outras palavras, nosso conhecimento do mundo depende de
quem somos e como pensamos. Uma outra inteligência, com métodos e percepções
diferentes, criaria uma outra descrição da realidade.

Esse fato é mais do que claro quando lidamos com a natureza da luz. No final do
século 19, a física estava em crise: na época, a descrição da luz como onda era
universalmente aceita. Com isso, era também aceito o éter como meio por onde as
ondas luminosas se propagavam. Afinal, qualquer onda precisa de um meio material
que a suporte: ondas de água na água, ondas de som no ar... O problema surgiu em
1887, quando o experimento dos americanos Albert Michelson e Edward Morley –
desenhado para detectar o éter– falhou. Se não existia o éter, o que sustentava a
propagação da luz?

Essa tensão entre teoria e experimento é crítica para o desenvolvimento da ciência.


Ao revelarem falhas nas teorias, experimentos forçam cientistas a revisarem suas
hipóteses, muitas vezes levando-os a propor o inusitado. Se aprendemos algo com o
estudo da natureza, é que ela é bem mais criativa do que nós. A ciência precisa falhar
para avançar.

Entra Einstein. Em 1905, com apenas 26 anos, publica dois artigos que irão
revolucionar nossa visão de mundo. Ambos relacionados à natureza da luz, e ambos
profundamente contraintuitivos. As propostas do jovem cientista eram tão chocantes
que só seriam aceitas aos poucos, sob o peso da evidência experimental.
12

No primeiro artigo, Einstein sugere que a luz tem um comportamento dual, podendo
não só ser interpretada como uma onda, mas também como feita de partículas.
Fachos de luz podem ser descritos como sendo compostos por corpúsculos –ou
"quanta"– mais tarde chamados de fótons.

Com isso, Einstein reconcilia as visões antagônicas de Newton (luz é partícula) e


Huygens (luz é onda), criando algo surpreendente: uma entidade que se manifesta de
forma diversa no mundo natural de acordo com a situação. A luz não tem uma
identidade fixa; sua realização –o modo como se manifesta no mundo– depende de
como ela interage com objetos.

No segundo artigo de 1905, Einstein propõe sua famosa teoria da relatividade


especial. A essência da teoria é o postulado: "A luz se propaga sempre com a mesma
velocidade independente do movimento da fonte ou do observador".

Para entender como isso é estranho, imagine que você esteja num carro viajando a
60 km/h e que, do carro, jogue uma bola para frente com velocidade de 20 km/h. Você
verá a bola viajar com 20 km/h, enquanto uma pessoa na calçada verá a bola viajar a
80 km/h (60 + 20 = 80). Se, em vez da bola, você ligasse uma lanterna, tanto você
quanto a pessoa na calçada veriam a luz com a mesma velocidade, 300.000
quilômetros por segundo. A velocidade da luz é sempre a mesma.

TEMPERAMENTAL

Ninguém sabe por que a velocidade da luz não muda, ou por que seu valor no espaço
vazio é de 300.000 km/s. Mas esse comportamento esdrúxulo explica um número
enorme de observações, sendo portanto aceito como uma descrição válida do que
ocorre na natureza.
Como se não bastasse ter captado a natureza dual onda-partícula e sua velocidade
constante, Einstein notou também que a luz, ao contrário de tudo o que conhecemos
no universo, não tem massa. A luz é uma forma de energia pura que se propaga pelo
espaço, interagindo aqui e ali com a matéria, ou seja, com coisas que têm massa.
13

Completando o ciclo de artigos sobre a luz, ainda em 1905 Einstein escreve outro,
mostrando como energia e matéria estão relacionados; em particular, como energia
pode gerar matéria e vice-versa.

Essa é a famosa fórmula 𝐸 = 𝑚𝑐 2 , que tem aplicação direta na luz: se fótons de luz
têm energia suficiente (no caso, o extremo mais energético do espectro luminoso, os
raios gama) podem se transformar em partículas de matéria como, por exemplo,
elétrons. Luz e matéria são, de certa forma, dois lados da mesma moeda.

A física de Einstein mostra que somos criaturas da luz não apenas de modo figurativo.
Não só porque precisamos dela para viver, mas porque podemos –ao menos em
princípio– nos transformar nela.

Antes, porém, que os leitores se imaginem como fótons de luz viajando pelo cosmo a
300.000 km/s, devo deixar claro que essa conversão só ocorreria se houvesse uma
colisão entre você e sua cópia feita de antimatéria.

A antimatéria não é tão exótica quanto parece, mas feita de cópias das partículas que
existem com cargas elétricas opostas. Por exemplo, a antipartícula do elétron é o
pósitron, que tem carga positiva. Essas partículas são rotineiramente geradas em
laboratório.

O produto dessa colisão seria uma explosão de fótons de raios gama com energia
para destruir boa parte do Brasil. Felizmente, estamos longe de criar cópias de
antipessoas no laboratório. No momento, criamos apenas átomos de anti-hidrogênio.

Este é o Ano Internacional da Luz, celebrado no mundo inteiro em uma série de


eventos (light2015.org). Apesar de suas estranhezas, ou por causa delas, a luz é hoje
integrante essencial de nossas tecnologias, dos lasers no caixa de supermercado a
DVDs; de tecnologias usando micro-ondas e ondas de rádio a aplicações industriais
de fontes de luz ultraintensas; dos raios X e outras máquinas de visualização em
medicina a observações astronômicas de estrelas e galáxias longínquas.
14

Considerando os mistérios que sobrevivem em torno da luz e o quanto deles


exploramos nas aplicações tecnológicas, é difícil prever o que nos espera em cem
anos. No mínimo, mais uma revolução em nosso conhecimento do mundo que, tal
como a que começou no início do século 20, será iluminada pela curiosa natureza da
luz.

*MARCELO GLEISER,* 56, é professor titular de física, astronomia e filosofia natural no Dartmouth College, nos
EUA. Seu livro mais recente é "A Ilha do Conhecimento" (Record).
15

INTRODUÇÃO HISTÓRICA E MODELO ONDULATÓRIO DAS


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm
RADIAÇÕES

TERCEIRA SEMANA – AULAS 05 E 06


16

3. AULAS 05 E 06

Muitos problemas que estavam sem solução no final do século XIX, foram
esclarecidos com o nascimento da Física Quântica. O rompimento com a Física
Clássica foi responsável por uma revolução tecnológica sem precedentes na História
da humanidade.

Analisar a radiações eletromagnéticas sob o prisma do modelo ondulatório faz-se


necessário para que o aluno possa fazer uma leitura mais completa das questões que
irão desajustar alguns saberes até então alicerçados.

Obter a compreensão de que o nascer da Física Quântica foi em aproximadamente


trinta anos, deve despertar no estudante um olhar crítico sobre as reais dificuldades e
implicâncias que um novo conhecimento pode trazer.

Exercícios e revisões sobre Ondas Eletromagnéticas podem ser feitos para que, se
algum conceito elementar não estiver previamente estabelecido, não limite a
assimilação de um novo saber.

As contribuições de James Clerk Maxwell (1831-1879) sobre a possibilidade de


propagação conjunta do campo elétrico e do campo magnético e a confirmação
experimental das ondas eletromagnéticas de rádio por Heinrich Hertz (1857-1894)
servem de pontos de partida para introdução de conceitos que viabilizam a
aprendizagem do efeito fotoelétrico.

Utilize da afetividade em sala com os alunos. Saiba mais, pesquisando além dos livros
didáticos. Sites, artigos científicos, simuladores e outros meios de aprendizagem
enriquecerão o seu trabalho.

3.1 EXERCÍCIOS – ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

3.1.1 Através do espectro eletromagnético verificamos que as ondas eletromagnéticas


são classificadas e elencadas de acordo com sua frequência e/ou comprimento de
17

onda. Podemos também analisar que algumas podem ser nocivas à saúde em função
dessas mesmas grandezas. Leia atentamente o enunciado abaixo e resolva.

(Fuvest-SP) Radiações, como raios X, luz verde, luz ultravioleta, micro-ondas ou


ondas de rádio, são caracterizadas por seu comprimento de onda (λ) e por sua
frequência (f). Quando essas radiações propagam no vácuo, todas apresentam o
mesmo valor para:

a) 𝜆 b) 𝑓 c) 𝑉 = 𝜆 .𝑓 d) 𝜆⁄ e) 2𝜆⁄
𝑓 𝑓

3.1.2 (PUC-SP) O fone de ouvido tem se tornado cada vez mais um acessório
indispensável para os adolescentes que curtem suas músicas em todos os ambientes
e horários. Antes do advento do iPod e outros congêneres, para ouvir as músicas da
parada de sucessos, os jovens tinham que carregar seu radinho portátil sintonizado
em FM (frequência modulada).

Observando o painel de um desses rádios, calcule a razão aproximada entre o maior


e o menor comprimento de onda para a faixa de valores correspondentes a FM.

3.1.3 (Simulação) Na Copa do Mundo de 2010, a Fifa determinou que nenhum atleta
poderia participar sem ter feito uma minuciosa avaliação cardiológica prévia. Um dos
testes a ser realizado, no exame ergométrico, era o eletrocardiograma. Nele é feito o
registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade do coração.
18

Considere a figura que representa parte do eletrocardiograma de um determinado


atleta.

Sabendo que o pico máximo representa a fase final da diástole, conclui-se que a
frequência cardíaca desse atleta é, em batimentos por minuto:

3.1.4 (UECE-CE) Fornos de micro-ondas usam ondas de rádio de comprimento de


onda aproximadamente 12 cm para aquecer os alimentos. Considerando a velocidade
da luz igual a 300 000 km/s a frequência das ondas utilizadas é:

3.1.5 (FUVEST-SP) Em um ponto fixo do espaço, o campo elétrico de uma radiação


eletromagnética tem sempre a mesma direção e oscila no tempo, como mostra o
gráfico abaixo, que representa sua projeção E nessa direção fixa; E é positivo ou
negativo conforme o sentido do campo.
19

Consultando a tabela acima, que fornece os valores típicos de frequência f para


diferentes regiões do espectro eletromagnético, e analisando o gráfico de E em função
do tempo, é possível classificar essa radiação como:

3.1.6 (UNICAMP-SP) O sistema GPS (“Global Positioning System”) consiste em um


conjunto de satélites em órbita em torno da Terra que transmitem sinais
eletromagnéticos para receptores na superfície terrestre. A velocidade de propagação
dos sinais é de 300.000 km/s. Para que o sistema funcione bem, a absorção
atmosférica desse sinal eletromagnético deve ser pequena. A figura a seguir mostra
a porcentagem de radiação eletromagnética absorvida pela atmosfera em função do
comprimento de onda.

a) A frequência do sinal GPS é igual a 1.500 MHz. Qual o comprimento de onda


correspondente? Qual a porcentagem de absorção do sinal pela atmosfera?
20

RADIAÇÃO TÉRMICA E RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO

QUARTA SEMANA – AULAS 07 E 08


21

4. AULAS 07 E 08

A radiação térmica é emitida por todos os corpos em qualquer temperatura. Em


temperaturas baixas a emissão ocorre na faixa do infravermelho, que não é detectável
por nossos olhos.

À medida que a temperatura aumenta, o corpo começará a emitir luz, inicialmente


avermelhada, indo para amarela, verde, azul, até ficar branca.

Um corpo negro é uma cavidade com pequena abertura que, ao receber radiação em
seu interior, não permite que ela saia. Foi a partir da análise da radiação emitida pelo
corpo negro que nasceu a ideia de quantização de energia. O canal Física Total no
Youtube traz uma série de vídeos sobre física quântica. Como sugestão, utilizá-los em
parte do planejamento será enriquecedor.

Faça atividades e deixe os estudantes analisarem a interferência da temperatura na


variação da intensidade da radiação emitida, através de simuladores. Realize a
atividade através de simulação pronta no endereço eletrônico:

https://phet.colorado.edu/sims/blackbody-spectrum/blackbody-spectrum_en.html
22

4.1 EXERCÍCIOS – RADIÇÃO DE CORPO NEGRO

4.1.1 ENEM 2017 (Segunda aplicação) A faixa espectral da radiação solar que
contribui fortemente para o efeito mostrado na tirinha é caracterizada como:

4.1.2 ENEM 2017 (Segunda aplicação) A figura mostra como é a emissão de radiação
eletromagnética para cinco tipos de lâmpada: haleto metálico, tungstênio, mercúrio,
xênon e LED (diodo emissor de luz). As áreas marcadas em cinza são proporcionais
à intensidade da energia liberada pela lâmpada. As linhas pontilhadas mostram a
sensibilidade do olho humano aos diferentes comprimentos de onda. UV e IV são as
regiões do ultravioleta e do infravermelho, respectivamente. Um arquiteto deseja
iluminar uma sala usando uma lâmpada que produza boa iluminação, mas que não
aqueça o ambiente.

Disponível em http://zeiss-campus.magnet.fsu.edu. Acesso em: 8 maio 2017 (adaptado).

Qual tipo de lâmpada melhor atende ao desejo do arquiteto?


23

4.1.3 (www.stoodi.com.br) Um aquecedor tem a finalidade de transformar energia


elétrica em energia térmica. O aquecedor ilustrado abaixo, possui 6 conectores, 3
-3
filamentos cilíndricos de área superficial A = 9.10 m² e emissividade e = 0,9. Supondo
que toda energia térmica liberada seja na forma de radiação eletromagnética e ocorra
de forma exclusiva pela superfície dos filamentos, a potência, em W, do aquecedor
quando a superfície do filamento atingir 727° C, é de:
-8 2 4
Note e Adote: Constante de Stefan-Boltzmann = 5,7.10 W/(m .k )

4.1.4 ENEM 2013 Em um experimento, foram utilizadas duas garrafas PET, uma
pintada de branco e a outra de preto, acopladas cada uma a um termômetro. No ponto
médio da distância entre as garrafas, foi mantida acesa, durante alguns minutos, uma
lâmpada incandescente. Em seguida, a lâmpada foi desligada. Durante o
experimento, foram monitoradas as temperaturas das garrafas: a) enquanto a
lâmpada permaneceu acesa e b) após a lâmpada ser desligada e atingirem equilíbrio
térmico com o ambiente.

A taxa de variação da temperatura da garrafa preta, em comparação à da branca,


durante todo experimento, foi:
a) Igual no aquecimento e igual no resfriamento;
b) Maior no aquecimento e igual no resfriamento.
24

c) Igual no aquecimento e igual no resfriamento.


d) Menor no aquecimento e igual no resfriamento.
e) Maior no aquecimento e maior no resfriamento.
25

LEI DE DESLOCAMENTO DE WIEN E MODELO QUÂNTICO


DAS RADIAÇÕES
No gráfico observamos que, à medida que a temperatura aumenta, o valor da
Intensidade de radiação emitida pelo corpo também aumenta, sendo que o
ponto de máximo da curva também se desloca para a esquerda. O comprimento
de onda referente à intensidade máxima de radiação emitida foi calculado por
Wien.

QUINTA SEMANA – AULAS 09 E 10


26

5. AULAS 09 E 10

Os resultados experimentais eram discrepantes das teorias clássicas quando se


pretendia explicar a emissão de radiação pelo corpo. Eles apenas concordavam com
explicações da teoria clássica para comprimentos de ondas maiores. Quando se
tratava de comprimento de ondas menores, os resultados da teoria e da experiência
discordavam sobremaneira.

A Lei de deslocamento de Wien pode ser trabalhada com análises gráficas e com
discussões sobre a importância da radiação do corpo negro no surgimento da Física
Quântica. Esse é o momento de falar sobre a catástrofe do ultravioleta e a maneira
que Max Planck resolveu essa discrepância.

Saiba mais sobre como trabalhar esse assunto em Ensino da radiação do corpo negro
em sala de aula, no endereço eletrônico:
(http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/591/894

5.1 EXERCÍCIOS – LEI DE DESLOCAMENTO DE WIEN E RADIAÇÃO DO CORPO


NEGRO

5.1.1 (www.stoodi.com.br) A radiação infravermelha pode ser utilizada para detectar


a temperatura de objetos. Atualmente, em alguns hospitais ou farmácias, utilizam
termômetros capazes de medir a temperatura do corpo humano através da recepção
da radiação infravermelha emitida pelo paciente.
Suponha que um desses termômetros esteja quebrado, e só consegue medir o
comprimento de onda da radiação mais emitida pelo corpo humano, dessa forma de
acordo com a tabela e a figura abaixo, o estado do paciente é de:
27

Note e Adote:
-3
Constante da Lei de Wien b = 2,9.10 m.k
Considere que o corpo humano se comporte como um corpo negro.

5.1.2 (www.stoodi.com.br) Existe uma relação entre a cor e a temperatura das


estrelas, ou seja, se soubermos a cor de determinada estrela, podemos estimar
aproximadamente a sua temperatura. Estrela alpha da constelação de Órion é uma
das estrelas mais interessantes para se observar a olho nu. Seu forte brilho
avermelhado se destaca no início da noite como uma das estrelas mais bonitas do
céu. Note e Adote:
-3
• Constante da Lei de Wien b 3.10 m.K
• Desconsidere o efeito Doppler da luz.
De acordo com o texto e a tabela, a temperatura, da estrela alpha, em Kelvin, é de
aproximadamente:
28

5.1.3 (UFRN) A radiação térmica proveniente de uma fornalha de altas temperaturas


em equilíbrio térmico, usada para fusão de materiais, pode ser analisada por um
espectrômetro. A intensidade da radiação emitida pela fornalha, a uma determinada
temperatura, é registrada por esse aparato em função do comprimento de onda da
radiação. Daí se obtém a curva espectral apresentada na figura:

A análise desse tipo de espectro levou o físico alemão Wilhelm Wien, em 1894, a
propor que, quando a intensidade da radiação emitida é máxima, o comprimento de
onda associado obedece à expressão: 𝜆𝑚á𝑥 . 𝑇 ≈ 3 . 103 (𝜇𝑚𝐾), em que 𝜆𝑚á𝑥 é o
comprimento de onda do máximo da curva espectral e T é a temperatura da fornalha
para um determinado espectro. De acordo com essas informações, é correto afirmar
que a temperatura da fornalha é, aproximadamente,

a) 2000 K e que 𝜆𝑚á𝑥 aumenta quando a temperatura aumenta.


b) 1500 K e que 𝜆𝑚á𝑥 diminui quando a temperatura diminui.
c) 2000 K e que 𝜆𝑚á𝑥 diminui quando a temperatura aumenta.
d) 1500 K e que 𝜆𝑚á𝑥 aumenta quando a temperatura diminui.
29

5.1.4 (MEC) Em 1900, Max Planck apresenta à Sociedade Alemã de Física um estudo,
onde, entre outras coisas, surge a ideia de quantização. Em 1920, ao receber o prêmio
Nobel, no final do seu discurso, referindo-se às ideias contidas naquele estudo,
comentou: "O fracasso de todas as tentativas de lançar uma ponte sobre o abismo
logo me colocou frente a um dilema: ou o quantum de ação era uma grandeza
meramente fictícia e, portanto, seria falsa toda a dedução da lei da radiação, puro jogo
de fórmulas, ou na base dessa dedução havia um conceito físico verdadeiro. A admitir-
se este último, o quantum tenderia a desempenhar, na física, um papel fundamental...
destinado a transformar por completo nossos conceitos físicos que, desde que
Leibnitz e Newton estabeleceram o cálculo infinitesimal, permaneceram baseados no
pressuposto da continuidade das cadeias causais dos eventos. A experiência se
mostrou a favor da segunda alternativa." (Adaptado de Moulton, F.R. e Schiffers, J.J.
Autobiografia de la ciencia. Trad. Francisco A. Delfiane. 2 ed. México: Fondo de
Cultura Económica, 1986. p. 510)
O referido estudo foi realizado para explicar:

a) a confirmação da distribuição de Maxwell-Boltzmann, de velocidades e de


trajetórias das moléculas de um gás.
b) a experiência de Rutherford de espalhamento de partículas alfa, que levou à
formulação de um novo modelo atômico.
c) o calor irradiante dos corpos celestes, cuja teoria havia sido proposta por Lord
Kelvin e já havia dados experimentais.
d) as emissões radioativas do isótopo Rádio-226, descoberto por Pierre e Marie Curie,
a partir do minério chamado "pechblenda".
e) o espectro de emissão do corpo negro, cujos dados experimentais não estavam de
acordo com leis empíricas até então formuladas.

5.1.5 (MEC) No gráfico ao lado estão representadas três curvas que mostram como
varia a energia emitida por um corpo negro para cada comprimento de onda, E(λ), em
função do comprimento de onda λ, para três temperaturas absolutas diferentes: 1000
K, 1200 K e 1 600 K.
30

Com relação à energia total emitida pelo corpo negro e ao máximo de energia em
função do comprimento de onda, pode-se afirmar que a energia total é:

a) proporcional à quarta potência da temperatura e quanto maior a temperatura, menor


o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre.
b) proporcional ao quadrado da temperatura e quanto maior a temperatura, maior o
comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre.
c) proporcional à temperatura e quanto maior a temperatura, menor o comprimento de
onda para o qual o máximo de energia ocorre.
d) inversamente proporcional à temperatura e quanto maior a temperatura, maior o
comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre.
e) inversamente proporcional ao quadrado da temperatura e quanto maior a
temperatura, maior o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre.

5.1.6 (UFRN) As lâmpadas incandescentes são pouco eficientes no que diz respeito
ao processo de iluminação. Com intuito de analisar o espectro de emissão de um
filamento de uma lâmpada incandescente, vamos considerá-lo como sendo
semelhante ao de um corpo negro (emissor ideal) que esteja à mesma temperatura
do filamento (cerca de 3000 K). Na figura, temos o espectro de emissão de um corpo
negro para diversas temperaturas.
31

Diante das informações e do gráfico, podemos afirmar que, tal como um corpo negro,
a) os fótons mais energéticos emitidos por uma lâmpada incandescente ocorrem onde
a intensidade é máxima.
b) a frequência em que ocorre a emissão máxima independe da temperatura da
lâmpada.
c) a energia total emitida pela lâmpada diminui com o aumento da temperatura.
d) a lâmpada incandescente emite grande parte de sua radiação fora da faixa do
visível.
EFEITO FOTOELÉTRICO E DUALIDADE DA LUZ
32

SEXTA SEMANA – AULAS 11 E 12


33

6. AULAS 11 E 12

Nessas aulas serão apresentados os seguintes tópicos:


• Efeito fotoelétrico;
• Conceito de fóton;
• Relação entre energia e frequência da radiação.

Importante ressaltar a função trabalho como dependente de cada material escolhido.


A frequência de corte e, também, o comprimento de onda de corte, devem estar
presentes para melhor compreensão sobre o efeito fotoelétrico.

A natureza dual da luz deve ser mais uma vez ressaltada para que o aluno possa
compreender que nenhum dos modelos, corpuscular ou ondulatório, deve ser tratado
isoladamente.

As atividades abaixo são indicadas para serem realizadas após a aula:

6.1 Simulação com variação de radiação incidente, intensidade de radiação e de


material utilizado para incidir a radiação. É um momento de observações e
questionamentos:

https://phet.colorado.edu/en/simulation/legacy/photoelectric
34

6.2 EXERCÍCIOS – EFEITO FOTOELÉTRICO

6.1.1 (UFC) Quanto ao número de fótons existentes em 1 joule de luz verde, 1 joule
de luz vermelha e 1 joule de luz azul, podemos afirmar, corretamente, que:

a) Existem mais fótons em 1 joule de luz verde que em 1 joule de luz vermelha e
existem mais fótons em 1 joule de luz verde que em 1 joule de luz azul.

b) Existem mais fótons em 1 joule de luz vermelha que em 1 joule de luz verde e
existem mais fótons em 1 joule de luz verde que em 1 joule de luz azul.

c) Existem mais fótons em 1 joule de luz azul que em 1 joule de luz verde e existem
mais fótons em 1 joule de luz vermelha que em 1 joule de luz azul.

d) Existem mais fótons em 1 joule de luz verde que em 1 joule de luz azul e existem
mais fótons em 1 joule de luz verde que em 1 joule de luz vermelha.

e) Existem mais fótons em um joule de luz vermelha que em 1 joule de luz azul e
existem mais fótons em 1 joule de luz azul que em 1 joule de luz verde.

6.1.2 (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) correta(s):


01) a luz, em certas interações com a matéria, comporta-se como uma onda
eletromagnética; em outras interações ela se comporta como partícula, como os
fótons no efeito fotoelétrico.

02) a difração e a interferência são fenômenos que somente podem ser explicados
satisfatoriamente por meio do comportamento ondulatório da luz.

04) o efeito fotoelétrico somente pode ser explicado satisfatoriamente quando


consideramos a luz formada por partículas, os fótons.

08) o efeito fotoelétrico é consequência do comportamento ondulatório da luz.


35

16) devido à alta frequência da luz violeta, o "fóton violeta" é mais energético do que
o "fóton vermelho".

a) Dê como resposta a soma das alternativas corretas.


b) Justifique.

6.1.3 (UEPB)
“Quanta do latim”
Plural de quantum
Quando quase não há
Quantidade que se medir
Qualidade que se expressar
Fragmento infinitésimo
Quase que apenas mental...”
(Gilberto Gil)

O trecho acima é da música Quanta, que faz referência ao quanta, denominação


atribuída aos pequenos pacotes de energia emitidos pela radiação eletromagnética,
segundo o modelo desenvolvido por Max Planck, em 1900. Mais tarde Einstein admite
que a luz e as demais radiações eletromagnéticas deveriam ser consideradas como
um feixe desses pacotes de energia, aos quais chamou de fótons, que significa
“partículas de luz”, cada um transportando uma quantidade de energia.
Adote, h = 6,63 . 10-34 J.s e 1 eV = 1,6 . 10-19 J.
Com base nas informações do texto acima, pode-se afirmar que:

a) quando a frequência da luz incidente numa superfície metálica excede um certo


valor mínimo de frequência, que depende do metal de que foi feita a superfície, esta
libera elétrons;

b) as quantidades de energia emitidas por partículas oscilantes, independem da


frequência da radiação emitida;
36

c) saltando de um nível de energia para outro, as partículas não emitem nem


absorvem energia, uma vez que mudaram de estado quântico;

d) a energia de um fóton de frequência 100 MHz é de 663.10 -28 eV;

e) o efeito fotoelétrico consiste na emissão de fótons por uma superfície metálica,


quando atingida por um feixe de elétrons.

6.1.4 (MEC)
O efeito fotoelétrico contrariou as previsões teóricas da física clássica porque mostrou
que a energia cinética máxima dos elétrons, emitidos por uma placa metálica
iluminada, depende:

a) exclusivamente da amplitude da radiação incidente.


b) da frequência e não do comprimento de onda da radiação incidente.
c) da amplitude e não do comprimento de onda da radiação incidente.
d) do comprimento de onda e não da frequência da radiação incidente.
e) da frequência e não da amplitude da radiação incidente.

6.1.5 (UFG-GO)
Para explicar o efeito fotoelétrico, Einstein, em 1905,
apoiou-se na hipótese de que:

a) a energia das radiações eletromagnéticas é quantizada.


b) o tempo não é absoluto, mas depende do referencial em relação ao qual é medido.
c) os corpos contraem-se na direção de seu movimento.
d) os elétrons em um átomo somente podem ocupar determinados níveis discretos de
energia.
e) a velocidade da luz no vácuo corresponde à máxima velocidade com que se pode
transmitir informações.

6.1.6 (UFC) O gráfico mostrado a seguir resultou de uma experiência na qual a


superfície metálica de uma célula fotoelétrica foi iluminada, separadamente, por duas
fontes de luz monocromática distintas, de frequências 𝑓1 = 6 . 1014 𝐻𝑧 e 𝑓2 =
37

7,5 . 1014 𝐻𝑧, respectivamente. As energias cinéticas máximas, 𝐾1 = 2,0 𝑒𝑉 e 𝐾2 =


3,0 𝑒𝑉, dos elétrons arrancados do metal, pelos dois tipos de luz, estão indicadas no
gráfico. A reta que passa pelos dois pontos experimentais do gráfico obedece à
relação estabelecida por Einstein para o efeito fotoelétrico, ou seja,𝐾 = ℎ𝑓 − Φ, onde
ℎ é a constante de Planck e Φ é a chamada função trabalho, característica de cada
material. Baseando-se na relação de Einstein, o valor calculado de Φ, em elétron-
volts, é:
EXPERIMENTO: OBSERVAÇÃO DO EFEITO FOTOELÉTRICO
38

ATRAVÉS DA VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA

SÉTIMA SEMANA – AULAS 13 E 14


39

7. AULAS 13 E 14

O experimento foi escolhido para dar aporte ao conceito aprendido sobre efeito
fotoelétrico, a saber por influência da radiação luminosa incidente na ejeção de
partículas, através da variação da resistência elétrica de um LDR
(Light Dependent Resistor).

O LDR é um dispositivo eletrônico cuja resistência elétrica diminui com a exposição à


radiação luminosa. Ao receber iluminação, a energia dos elétrons da camada de
valência (última camada do átomo) é aumentada, favorecendo o aumento de elétrons
livres devido à aquisição de energia. Isso faz com que a resistência elétrica do LDR
diminua.

A percepção do aluno sobre o efeito fotoelétrico se dará através de comparações com


valores medidos da resistência elétrica do LDR sob a incidência de radiações
luminosas obtidas de LEDs e na ausência da luz (escuro). Uma opção didática é
entregar o material experimental ao grupo de estudantes e permitir que os próprios
alunos percebam a necessidade de manter o emissor de luz e o receptor no escuro.

Para realizar a prática, escolha uma sala que fique totalmente escurecida quando os
interruptores das lâmpadas forem desligados. A turma deve ser dividida em grupos.
Cada grupo deve ter acessível os seguintes materiais:

Figura 1 – Um LDR Figura 2 – Um resistor de cerâmica


40

Figura 3 – Duas protoboards Figura 4 – Quatro LEDS coloridos

Figura 5 – Duas pilhas AA 1,5 V Figura 6 – Um multímetro

Figura 7 – Um suporte para duas pilhas AA Figura 8 – Dois jumpers


41

7.1 MONTAGEM E PRÁTICA

Num circuito elétrico, o resistor pode ser utilizado para transformar energia elétrica em
térmica ou, tão somente, reduzir a corrente elétrica. No primeiro momento, os alunos
têm contato com o resistor de cerâmica (figura 4) e com o multímetro (figura 6). Dessa
forma, é possível familiarizarem-se com o componente eletrônico e obter agilidade
com o multímetro.

Para leitura da resistência do resistor de cerâmica (figura 4) e da resistência do LDR,


é necessário posicionar o multímetro na posição ohmímetro e conectar os fios na base
do resistor, verificar se o fundo de escala é adequado e anotar. Se não for adequado,
será necessário trocar a escala do marcador de resistência, até achar um valor que
seja suficiente. Essas medidas devem ser repetidas cinco vezes e o valor da
resistência elétrica será obtido através de média aritmética simples.

Após a leitura através do multímetro, o método do código de cores é utilizado, de


acordo com a figura 9, para leitura da resistência elétrica do resistor de cerâmica.

Figura 9 - Clube da eletrônica - Clodoaldo Silva

Para medir a resistência através do código de cores, à primeira faixa de cor deve ser
associado o primeiro número da resistência e, à segunda faixa de cor, o segundo
número da resistência. Na terceira faixa, é necessário realizar uma multiplicação dos
dois primeiros números pelo fator multiplicador da terceira faixa. Após o término da
42

medida, deve-se calcular a tolerância do resistor e acrescentá-la ao valor já obtido.


Veja um exemplo:

1ª Faixa (primeiro dígito): Vermelho = 2


2ª Faixa (segundo dígito): Violeta = 7
3ª Faixa (multiplicador): Marrom = x 10
Valor obtido: 270 Ω
4ª Faixa (tolerância): Dourado = ± 5% = 13,5 Ω
Portanto, a resistência poderá variar de 256,5 Ω a 283,5 Ω.

Após realizadas as medidas do resistor através do multímetro e pelo código de cores


(vide figura 9), com o intuito de certificar suas medidas, os grupos debatem a
montagem do experimento sobre efeito fotoelétrico.

As placas de ensaio ou protoboards (figura 1) servem para montagem de circuitos


eletrônicos sem uso de solda. Contém furos para inserção dos componentes
eletrônicos e conexões condutoras. A praticidade e o baixo custo foram os motivos da
escolha desse componente.

Os LEDS (figura 2) são utilizados individualmente, adaptados na protoboard, com a


verificação se todos funcionam adequadamente com o posicionamento correto, com
os polos positivos e negativos dos LEDS coincidindo, respectivamente, com os polos
positivos e negativos da bateria. Essa verificação é importante, pois alguns LEDS
talvez precisem ser substituídos por estarem queimados. Caso não sejam verificados,
podem comprometer a prática do Efeito Fotoelétrico.

O LDR (Light Dependent Resistor) é um componente cuja resistência varia de acordo


com a intensidade da luz (figura 3). Quanto mais luz incidir sobre o componente, menor
a resistência elétrica que ele apresentará. Ele deve ser fixado em outra protoboard,
posicionado de tal forma que a radiação luminosa do LED incida sobre ele. A
resistência do LDR deve ser medida cinco vezes com o multímetro colocado na
43

posição ohmímetro para cada radiação luminosa diferente, cujo resultado é a média
aritmética simples.

O aluno perceberá que os valores da resistência do LDR variam de acordo com a cor
do LED utilizado e, principalmente, uma variação muito maior quando o LDR não
estiver sob influência de radiação luminosa.

Média dos valores da resistência elétrica, semelhante à que foi feita com o resistor de
cerâmica, deve ser feita com o LDR. Para isso, basta conectar as pilhas (figura 5),
através do suporte de pilhas, na protoboard com os LEDS acesos um por vez. Para
acender os LEDS, o suporte de pilhas AA (figura 7) foi conectado à protoboard através
dos jumpers (figura 8), que são pequenos condutores utilizados para conexão em
circuitos eletrônicos.

À medida que o LED acender, o LDR, que está encaixado em outra protoboard, deve
ser aproximado da iluminação do LED. Novamente, o multímetro na escala de medida
de resistência será utilizado para fornecer os valores da resistência em todas as
medidas. Para a medida da resistência de cada LED, deve ser adotado o método já
descrito, com a leitura realizada cinco vezes para cada LED e a média aritmética
simples de cada. Medida similar também será feita com a ausência de radiação
luminosa.
44

APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE SAÍDA


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OITAVA SEMANA – AULAS 15 E 16


45

8. AULAS 15 E 16

Para comparação e análise com os resultados obtidos no questionário de entrada,


aplique após a sequência didática das aulas anteriores o mesmo questionário utilizado
nas aulas iniciais.

O tempo e a forma da aplicação, seguirão os mesmos moldes desenvolvidos nas aulas


01 e 02.

Catalogue os dados dos questionários e, após término do processo, converse com os


alunos sobre o trabalho desenvolvido e analise conjuntamente as respostas obtidas.
Deixe-os expressar os sentimentos que estão presentes nessa aquisição de
conhecimento e na construção da afetividade presente no ensino de física.

Pergunte sobre o que mais gostaram, qual foi o maior incentivo que tiverem nesse
processo, se gostariam que o próximo conteúdo fosse ministrado de forma análoga...
Dessa forma, ficará mais perceptível o resultado da proposta desenvolvida.
46

REFERÊNCIAS

BONADIMAN, H., NONENMACHER, S. E. B. O Gostar e o Aprender no Ensino de


Física: Uma proposta Metodológica. In: Caderno Brasileiro de Ensino de Física –
SBF: Sociedade Brasileira de Ensino de Física. v. 24, n. 2, p. 194 – 223, ago. 2007.

CAVALCANTE, M. A. et al. Efeito fotoelétrico no desenvolvimento de


competências e habilidades. Física na escola, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 24-29, maio
2002.

COELHO, J. V. Mecânica quântica. Cuiabá. Editora Universitária, p. 22-27, 1993.

EISBERG, R; RESNICK, R. Física quântica - átomos, moléculas e partículas.


Editora Campus. p.19 – 10, 1994.

FÍSICA E VESTIBULAR. Física e vestibular universidades. Disponível em:


<http://fisicaevestibular.com.br>. Acesso em: 13 jul. 2018.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; KRANE, K. S. Física 4. 4 ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A, 1996.

HECKLER V., SARAIVA M. F.; FILHO K. S. O. Uso de Simuladores, Imagens e


Animações como Ferramentas Auxiliares no Ensino/Aprendizagem de Óptica.
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 2, p. 267-273, 2007.

<https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/05/1632439-do-que-a-luz-e-feita-e-
seus-misterios.shtml>. Acesso em: 03 jun. 2018.

MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem – São Paulo: EPU, 1999.

SILVA, L. F.; ASSIS, A. Física moderna no ensino médio: um experimento para


abordar o efeito fotoelétrico. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 29, n. 2, p.
313–324, 2012.

VALADARES, E. C.; MOREIRA, A. M. Ensinando Física Moderna no segundo


grau: Efeito fotoelétrico, laser e emissão de corpo negro. Caderno Brasileiro de
Ensino de Física, v.15, n.2, p. 121-135, 1998.

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