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Apostila Português Jilmara

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Centro Estadual de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho

Anexo Livramento – Ba.

CURSO: Técnico em Administração 2015.1

COMPONENTE CURRICULAR: Português Instrumental I

PROFESSORA: Jilmara Lima

Rua Bruxelas, S/N, St. Mônica – F. de Santana-BA. CEP.: 44055-470 Tel.: (75) 2102-8500 – www.cetebfsa.com.br
Centro Estadual de Educação Profissional Áureo de Oliveira Filho
Anexo Livramento – Ba.

Sumário

CAPÍTULO 1 - Como falar bem em público e oratória........................................................................ 02


CAPÍTULO 2 – Comunicação/ Linguagem – Língua – Fala...................................................................... 08
CAPÍULO 3 – Noção de Texto.................................................................................................................. 22
CAPÍULO 3 – Redação Técnica................................................................................................................ 25
CAPÍULO 4 – Gramática e Ortografia....................................................................................................... 36

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Anexo Livramento – Ba.

Caro Aluno,

Iniciaremos um importante estudo com o objetivo de compreendermos e aplicarmos, da melhor forma


possível, a Comunicação, a Linguagem, e as Produções Textuais em nosso cotidiano profissional e
pessoal, que nos proporcionarão a absorção de conhecimentos e a preparação para um mercado de
trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico.
Bons estudos!

COMO FALAR BEM EM PÚBLICO E ORATÓRIA


COMUNICAÇÃO GLOBAL
Comunicação é o instrumento pelo qual nos relacionamos, ou seja, é o instrumento de expressão de
nosso interior, do que pensamos, do que acreditamos.
EMISSOR... MENSAGEM... RECEPTOR
Pontos importantes a serem lembrados pelo EMISSOR para evitar problemas na comunicação:
• Preparar sua fala;
• Utilizar “feedback”,
• Confirmar a recepção da mensagem;
• Falar com a linguagem verbal e não verbal.
ELEMENTOS CRÍTICOS DA COMUNICAÇÃO
• Autoimagem;
• Saber ouvir;
• Clareza de expressão;
• Capacidade de lidar com a contrariedade;
• Autoabertura.
“De nada vale nosso conhecimento se não soubermos expressá-lo no mundo”. (Autor Desconhecido).
COMPONENTES DA INFLUÊNCIA HUMANA NA COMUNICAÇÃO
• Palavra;
• Tom de voz;
• Fisiologia.
A capacitada de transmitir nossas mensagens, nossos pensamentos e sentimentos está:
• 7% - PALAVRA (capacidade de influência entre as pessoas);
• 38% - TOM DE VOZ (postura corporal);
• 55%- FISIOLOGIA (estudo das funções orgânicas dos seres vivos).
OBS.: Quanto mais a educação se faz através das palavras, menos comunicativas as pessoas ficam.
COMUNICAÇÃO EFICIENTE
• Palavras;
• Gestos;
• Contexto;
• Mensagem.
VENCENDO A INIBIÇÃO E CONTROLANDO O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO
• Quando o medo aparecer, encare-o normalmente, controle o nervosismo;
• Tenha uma atitude correta;
• Antes de pensar como, saiba o que falar;

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Anexo Livramento – Ba.

• Evite fazer pressupostos;


• Evite adquirir vícios;
• Chame a sua voz pela respiração;
• A prática irá proporcionar-lhe o sucesso.
A emoção do orador tem influência determinante no processo de conquista dos ouvintes.
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer
um novo fim”. (Ayrton Senna)

REGRAS PARA SUPERAR O MEDO E A TIMIDEZ DE FALAR


1- Administrar as inibições;
2- Estruturar-se mentalmente;
3- Motivar-se;
4- Analisar cuidadosamente o tema;
5- Fixar objetivos;
6- Organizar as etapas da exposição;
7- Adequar a linguagem ao público alvo;
8- Utilizar a empatia;
9- Criar zona de confiança;
10- Estabelecer sintonia;
11- Estar atualizado;
12- Cuidar da expressão vocal;
13- Movimentar-se harmoniosamente;
14- Comunicar-se com o olhar;
15- Acelerar o mecanismo de compreensão;
16- Criar um estilo pessoal;
17- Treinar, treinar e treinar.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• Medo é indesejável, mas é normal aos oradores. Use os aspectos positivos dele;
• Admita seu medo. Procure compreender as suas origens;
• Você não precisa e não deve demonstrar seu medo. Mantenha sua privacidade;
• Utilize a adrenalina produzida pelo medo em seu benefício. Carisma e adrenalina são coisas muito
ligadas;
• Encare o público como seu aliado. Transmita sempre o sentimento de: “Sinto-me feliz por estar na
companhia de vocês”;
• Prepare-se. Pense de forma positiva sobre si. Repita sempre consigo mesmo qualquer frase que
contenha forte apelo positivo, como por exemplo: “Estou preparado e equilibrado. Sou convincente,
positivo e forte. Também estou tranquilo e confiante”;
• Falar em público é uma arte que só melhora com o tempo. Aplique-se a ela;
• medo é vencido pela determinação e pelo treinamento.
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Somos uma sociedade visual, as pessoas começam a fazer julgamentos baseadas em sua linguagem
corporal no momento em que o veem. Dificilmente a lógica do seu discurso poderá desfazer uma
primeira má impressão quanto à sua apresentação ou gestos desleixados; ao passo que boa
apresentação, gestos seguros e um estilo confiante já o deixa com metade da batalha ganha. Oradores
sabem que devem não apenas dominar sua apresentação verbal, mas também fazer com que a
comunicação não verbal trabalhe par a eles de uma forma positiva. A comunicação não verbal envolve
nossa expressão facial, expressão corporal, movimentos, gestos e roupas.

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Anexo Livramento – Ba.

Ser um modelo de apresentação pessoal, não quer dizer “estar na moda”, nem mesmo atrativamente
vestido ou “despido”. O ora dor trata com todo tipo de pessoa e, assim, deve compreender que como
existe o gosto pelo livre, moderno, atrativo, existe também, o gosto pelo tradicional e conservador.
Considerando que em uma plateia temos vários tipos de Pessoas a atender, com gostos muito variados,
é recomendável para a adequada apresentação pessoal do orador:
VESTIMENTA
• Corretamente ajustada ao corpo (nem muito colada, nem larga demais);
• Corretamente ajustada ao tamanho (nem muito curta, nem comprida demais);
• A mais sóbria possível, a roupa não deve chamar mais a atenção do que a pessoa;
• Evitar alças, decotes e excesso de transparência.
SAPATOS
• De preferência baixos, para um conforto maior;
• Limpos e em perfeito estado de conservação, o que inclui graxa e solado em boas condições.
O semblante é um dos aspectos mais importantes da expressão corporal, por isso dê atenção especial a
ele. Verifique se ele está expressivo e coerente com o sentimento transmitido pelas palavras. Por
exemplo, não demonstre tristeza quando falar de alegria.
Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas.
Também não é recomendável ficar esfregando as mãos, principalmente no início, para não passar a ideia
de que está inseguro ou hesitante.
Seja bem-humorado - Nenhum estudo comprovou que o bom-humor consegue convencer ou persuadir
os ouvintes. Se isso ocorresse os humoristas seriam sempre irresistíveis. Entretanto, é óbvio que um
orador bem-humorado consegue manter a atenção dos ouvintes com mais facilidade.
Se o assunto permitir e o ambiente for favorável, use sua presença de espírito para tornar a apresentação
mais leve, descontraída e interessante. Cuidado, entretanto, para não exagerar, pois o orador que fica o
tempo todo fazendo gracinhas pode perder a credibilidade.
Prepare-se para falar - Saiba o máximo que puder sobre a matéria que irá expor, isto é, se tiver de falar
15 minutos, saiba o suficiente para discorrer pelo menos 30 minutos.
Não se contente apenas em se preparar sobre o conteúdo, treine também a forma de exposição. Faça
exercícios falando sozinho na frente do espelho, ou se tiver condições, diante de uma câmera de vídeo.
Atenção para essa dica - embora esse treinamento sugerido dê fluência e ritmo à apresentação, de
maneira geral, não dá naturalidade. Para que a fala atinja bom nível de espontaneidade fale com
pessoas. Reúna um grupo de amigos, familiares ou colegas de trabalho, ou de classe, e converse
bastante sobre o assunto que irá expor.
Use toda argumentação disponível: pesquisas, estatísticas, exemplos, comparações, estudos técnicos e
científicos, etc.
Se, eventualmente, perceber que os ouvintes apresentam algum tipo de resistência, defenda os
argumentos refutando essas objeções.
Finalmente, depois de expor os argumentos e defendê-los das resistências dos ouvintes, diga qual foi o
assunto abordado, para que a plateia possa guardar melhor a mensagem principal.
Tenha uma postura correta - Evite os excessos, inclusive das regras que orientam sobre postura. Alguns,
com o intuito de corrigir erros, partem para os extremos e condenam até atitudes que, em determinadas
circunstâncias, são naturais e corretas.
Assim, cuidado com o "não faça", "não pode", "está errado" e outras afirmações semelhantes. Prefira
seguir sugestões que dizem "evite", "desaconselhável", "não é recomendável", e outras que se pareçam
com essas.
Portanto, evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure não deixá-las muito abertas ou
fechadas. É importante que se movimente diante dos ouvintes para que realimentem a atenção, mas

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esteja certo de que o movimento tem algum objetivo, como por exemplo, destacar uma informação,
reconquistar parcela do auditório que está desatenta, etc, caso contrário, é preferível que fique parado.
Cuidado com a falta de gestos, mas seja mais cauteloso ainda com o excesso de gesticulação. Procure
falar olhando para todas as pessoas da plateia, girando o tronco e a cabeça com calma, ora para a
esquerda, ora para a direita, para valorizar e prestigiar a presença dos ouvintes, saber como se
comportam diante da exposição e dar maleabilidade ao corpo, proporcionando, assim, uma postura mais
natural.
CABELOS
• Bem cortados;
• De preferência presos;
• Limpos.
BARBA
• Bem aparada.
UNHAS
• Devidamente tratadas, limpas;
• Não se admite esmalte danificado;
• Dê preferência a cores rosadas.
MAQUILAGEM / PERFUME
• Sóbria;
• Florais, coloniais;
• Desodorante seco.
POSTURA E GESTICULAÇÃO
O orador deve através dos gestos e movimentos demonstrar entusiasmo e vivacidade, embora com
moderação.
Gesticulação e movimentos bem naturais dão grande variedade e vitalidade a conversação; não os
empregando, o orador poderá parecer constrangido e se, ao contrário, empregá-los em excesso ou de
maneira forçada chamará a atenção para eles e não para o assunto.
MANEIRISMO
Evitar os maneirismos, dentre os quais o mais comum é brincar com qualquer objeto que esteja por perto.
Portanto, o orador deve agir com a maior naturalidade, levando em consideração a comunicação de
ideias que é mais importante que muitos detalhes.
CUIDE DA GRAMÁTICA
Um erro gramatical, dependendo de sua gravidade, poderá atrapalhar a sua fala em seu conteúdo e
destruir a imagem que deseja demonstrar.
Toda gramática precisa ser correta, mas principalmente, faça uma revisão de concordância e conjugação
de verbos.
Lembre-se de que a leitura é uma excelente fonte de aprendizado.
TENHA INÍCIO, MEIO E FIM
Toda fala precisa ter início, meio e fim. (início 10%, desenvolvimento 75% e fim 15%)
No início, procure conquistar o ouvinte desarmando suas resistências e conquistando seu interesse e
atenção com cortesia.
No meio, prepare o que vai ser abordado.
No final, faça uma breve recapitulação em apenas um a ou duas frases, faça o resumo e verifique se foi
entendido.
O tamanho e a intensidade dos gestos devem atender ao tipo de auditório que você enfrenta.
REGRA GERAL:
Quanto maior o auditório ou mais inculto, maiores e mais largos deverão ser os gestos; quanto menor o

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auditório ou mais bem preparado, menores e mais moderados deverão ser os gestos.
Os gestos devem ser indicados, representados em parte, quase nunca completados. Alguns erros
comuns são cometidos até por aqueles que ocupam posições hierárquicas importantes e que as plateias
que os ouvem duvidam da formação e da competência de quem os comete.
Os mais graves são: "fazem tantos anos", "menas", "a nível de", "somos em seis", "meia tola", entre
outros.
Saiba quem são os ouvintes - Se você fizer a mesma apresentação diante de plateias diferentes talvez
até possa ter sucesso, mas por acaso. A previsão, entretanto , é que não atinja os objetivos pretendidos.
Cada público possui características e expectativas próprias, e que precisam ser consideradas em uma
apresentação.
Procure saber qual é o nível intelectual das pessoas, até que ponto conhecem o assunto e a faixa etária
predominante dos ouvintes. Assim, poderá se preparar de maneira mais conveniente e com maiores
chances de se apresentar bem.
Tenha começo, meio e fim - Guarde essa regrinha simples e muito útil para organizar uma apresentação.
Anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou. Depois de cumprimentar os ouvintes e conquistá-
los com elogios sinceros, ou mostrando os benefícios da mensagem, conte qual o tema que irá abordar.
Ao anunciar qual o assunto que irá desenvolver, a plateia acompanhará seu raciocínio com mais
facilidade, porque saberá aonde deseja chegar.
Em seguida, transmita a mensagem, sempre facilitando o entendimento dos ouvintes. Se, por exemplo,
deseja apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema. Pretende-se falar de uma
informação atual, esclareça inicialmente como tudo ocorreu até que a informação nova surja.
Não confie na memória - leve um roteiro como apoio - Algumas pessoas memorizam suas apresentações
palavra por palavra imaginando que assim se sentirão mais confiantes. A experiência demonstra que, de
maneira geral, o resultado acaba sendo muito diferente. Se você se esquecer de uma palavra importante
na ligação de duas ideias, talvez se sinta desestabilizado e inseguro para continuar. O pior é que ao
decorar uma apresentação você poderá não se preparar psicologicamente para falar de improviso e ao
não encontrar a informação de que necessita, ficará sem saber como contornar o problema.
Use um roteiro com as principais etapas da exposição e frases que contenham ideias completas. Assim,
diante da plateia, leia a frase e a seguir comente a informação, ampliando, criticando, comparando,
discutindo, até que essa parte da mensagem se esgote. Depois, leia a próxima frase e faça outros
comentários apropriados à nova informação, estabeleça outras comparações, introduza observações
diferentes até concluir essa etapa do raciocínio aja assim até encerrar a apresentação.
Uma grande vantagem desse recurso é que você se sentirá seguro por ter um roteiro com toda a
sequência da apresentação, ao mesmo tempo que terá a liberdade para desenvolver o raciocínio diante
do público.
Se a sua apresentação for mais simples poderá recorrer a um cartão de notas, uma cartolina mais ou
menos do tamanho da palma da mão, que deverá conter as palavras-chave, números, datas, cifras, e
todas as informações que possam mostrar a sequência das ideias. Com esse recurso você bate os olhos
nas palavras que estão no cartão e vai se certificando que a sequência planejada está sendo seguida.
Use uma linguagem correta - Uma escorregadela na gramática aqui, outra ali, talvez não chegue a
prejudicar sua apresentação. Entretanto, alguns erros grosseiros poderão prejudicar a sua imagem e a da
instituição que estiver representando.
A CABEÇA
O semblante é a parte mais expressiva de todo o corpo. Funciona como uma tela onde as imagens do
nosso interior são apresentadas em todas as dimensões. Trabalha também como identifica dor de
coerência e de sinceridade das palavras. Deve demonstrar exatamente aquilo que se está dizendo.
A BOCA

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A boca comunica tanto quando fala, quanto quando cala. É ela que determina a simpatia do semblante.
A IMPORTÂNCIA DO SORRISO
O sorriso poderá quebrar barreiras aparentemente intransponíveis. Ele desarma adversários, conquista
inimigos, muda opiniões, abre vontades e corações. É um elemento especial na comunicação e deve ser
largamente utilizado.
A COMUNICAÇÃO VISUAL
De todo o semblante, os olhos possuem importância mais evidenciada para o sucesso da expressão
verbal.
ATITUDES QUE DEVEM SER EVITADAS
• Fugir com os olhos (para baixo, para cima, para todos os lados), pois dá a impressão de que não tem a
atenção do orador;
• extremo também deve ser evitado, pois olhar insistentemente deixa o ouvinte pouco à vontade;
• Olhar desconfiado (de um lado para outro), pois gera incerteza da atenção merecida pelo ouvinte;
• Olhar fixo, pois dá a impressão de comportamento hostil do orador;
• Olhar de “limpador de para-brisa” (por cima, para os lados);
• Olhar perdido.
Posicione-se na cadeira sem rigidez, mas com elegância. Coloque os dois pés no chão ou cruze as
pernas. Mantenha a cabeça levantada, mas sem exageros, para não projetar uma imagem arrogante.
Não faça gestos exagerados nem fique balançando as pernas ou se mexendo de um lado para outro na
cadeira giratória.
Fale com emoção - demonstre interesse e envolvimento pelo assunto.
O JEITO SIMPLES DE FALAR BEM E CONQUISTAR PLATEIAS
Veja como pode ser simples planejar e fazer apresentações de sucesso.
Acompanhe passo a passo um conjunto de regras que irão ajudá-lo a falar em público com segurança e
desembaraço.
A naturalidade pode ser considerada a melhor regra da boa comunicação - Se você cometer alguns erros
técnicos durante uma apresentação em público, mas comportar-se de maneira natural e espontânea
tenha certeza de que os ouvintes ainda poderão acreditar nas suas palavras e aceitar bem a mensagem.
Entretanto, se usar técnicas de comunicação, mas apresentar- se de forma artificial, a plateia poderá
duvidar das suas intenções.
A técnica será útil quando preservar suas características e respeitar seu estilo de comunicação.
Apresentando-se com naturalidade, irá se sentir seguro, confiante e suas apresentações serão mais
eficientes.
Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente
preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.
COMO OLHAR
Deve-se olhar não apenas com os olhos, mas com todo o corpo.
VOZ – DICÇÃO – VOCABULÁRIO
Sua voz é um dos seus cartões de visita. Ela é muito importante e vai fazer com que o auditório aceite
seu discurso. Para que você obtenha sucesso com a sua voz, é preciso primeiro conhecê-la. O modo
como você começa as frases, forma vogais, faz pausa, tudo isso é muito importante para um bom
discurso. O exercício mais importante é a leitura em voz alta. Leia para você mesmo. Mas quais são os
elementos que você deve trabalhar na sua voz para melhorar a dicção?
Existem alguns fatores que podem ser analisados separadamente na sua voz. Vamos a eles:
a) Volume – Este elemento está associado à modulação do discurso. Caso sua apresentação dure mais
de 03 minutos é necessário modular o volume vocal (falar mais alto e mais baixo, mais depressa e mais
devagar). Em pequenos intervalos, de 45 segundos a 1 minuto e meio, fale mais baixo e mais

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lentamente. Lembre-se, porém, que sempre a sua voz deve ser ouvida por todo o auditório. Após este
intervalo, volte ao seu ritmo normal de forma brusca e energética. Isto vai tornar suas apresentações
mais atraentes. Tome cuidado com a implementação desta técnica, ela requer muito treino para que você
obtenha êxito. Porém, ao falar mais alto, a sua voz tende a sair mais fina e desarmoniosa, exigindo
bastante cuidado.
b) Andamento e Ritmo – Este elemento está associado à quão rapidamente você articula as palavras e
sons, ou seja, sua dicção. Para melhorar bastante neste fator, recomendamos que todos os “quebras-
línguas” que seguem adiante sejam treinados e lidos com fluência. Na realização destes exercícios
sugerimos que cada quebra-língua seja lido 03 vezes seguidas, rapidamente, em voz alta, sem titubear
(pare para respirar quando for necessário) . O segredo reside em começar a pronunciar fonemas no lugar
de palavras.
O conjunto dos fonemas forma as palavras e o conjunto das palavras forma as orações. Levando este
hábito para a sua vida diária , você terá uma dicção mais perfeita. Observe:
• prestidigitador prestativo e prestatório está prestes a prestar a prestidigitação prodigiosa e prestigiosa.
• As pedras pretas da pedreira de Pedro Pedreiras são os pedregulhos com que Pedro apedrejou três
potras prenhas.
• Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastros.
DISCURSO DE IMPROVISO
Falar de improviso é fazer um discurso que não tenha sido previamente trabalhado.
Pode ocorrer que você seja solicitado a fazer uso da palavra, estando desprevenido. É de bom aviso que
esteja capacitado a dizer alguma coisa que faça sentido e que seja pertinente ao assunto da reunião.
Assim, quando for convidado a uma reunião, procure obter o máximo de informações sobre o evento e
seus participantes. Forme seu ponto de vista sobre o assunto e, se for chamado, diga ao auditório o que
pensa a respeito.
O improviso tem também as três fases do discurso, ou seja: abertura ou apresentação, desenvolvimento
e conclusão.
Recomenda-se que o improviso tenha duração de três a cinco minutos.

Comunicação

Linguagem, Língua e Fala - O tudo-comunicar

Em geral, que se entende por "comunicar"? Recebo uma comunicação telefônica. Passo ou recebo uma
comunicação. Estabeleço, corto ou perturbo comunicações. Fui bem-sucedido ou não em comunicar
minhas impressões, ideias ou sentimentos a meu parceiro, a meu vizinho, ao público.
Comunico-me também com o universo físico através dos meus sentidos. Assim, vejo e escuto apreendo
a arte contemporânea, que me comunica arrepios de adesão ou desgosto, aprecio a natureza, esse mar
que vejo azul, esse lago tranquilo.
Posso ainda, em alguns casos, comunicar-me com Deus ou com algum princípio eterno supraterrestre e
chegar ao êxtase, em comunicação com o absoluto. Pelo menos penso que isso possa ocorrer... O amor
promete comunicações de fusão, assim como as fortes pulsões de ambição ou de poder. Uma

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manifestação pública pode pôr-me em estado de comunicação emotiva: um encontro, o discurso de um


líder; vibro juntamente com milhares de outros indivíduos. Em resumo, vivo em meio às comunicações
múltiplas, que distingo uma das outras de maneira implícita.
Contraditório, porém, é falar exageradamente de comunicação exatamente numa sociedade que já não
sabe se comunicar consigo mesma: sua coesão é contestada, seus valores se desintegram, suas regras
se anulam.
(Lucien Sfez, Crítica da Comunicação, Loyola.)
MERGULHANDO NO TEXTO:
1. O autor se refere a várias formas de comunicação. Quais são elas?
2. Responda à pergunta inicial do texto.

ATIVIDADE DIRECIONADA
Apesar do sucesso das novas tecnologias está inextricavelmente ligado às suas capacidades multimídia,
o chat persiste como um dos principais serviços disponíveis na Internet, a ponto de se poder dizer que
"falar" e comunicar na net é ainda, de forma persistente, escrever texto com teclado. (Cassimiro Pinto)
Com base na afirmação acima, escreva um texto dissertativo com o tema: O lugar do computador na
comunicação.

COMUNICAÇÃO - Elementos essenciais do processo de comunicação


Comunicar envolve uma dinâmica que não dispensar as unidades que englobam o processo e
que, dissociadas, constituem os elementos mais importantes da comunicação.
Fonte
Fonte é a origem da mensagem.
Exemplo:
Ao enviar um telegrama, será fonte o redator do mesmo.
Emissor
Emissor é quem envia mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões,
desenhos, etc.
Pode ser também uma organização informativa como rádio, TV, estúdio cinematográfico.
Exemplo: Ao enviar um telegrama, será emissor o telegrafista que codifica a mensagem.
OBERVAÇÃO
Geralmente, a fonte coincide com o emissor.
Exemplo: Num diálogo, o falante é fonte e emissor ao mesmo tempo.
Mensagem
Mensagem é o que a fonte deseja transmitir, podendo ser visual, auditiva ou audiovisual. Serve-se

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de um código que deve ser estruturado e decifrado. É preciso que a mensagem tenha conteúdo,
objetivos e use canal apropriado.
Exemplo: No telegrama, a mensagem é o texto.
Recebedor/Receptor
Recebedor/receptor é um elemento muito importante no processo. Pode ser a pessoa que lê, que
ouve, um pequeno grupo, um auditório, uma multidão.
Ao recebedor/receptor cave decodificar a mensagem e dele dependerá, em termos, o êxito da
comunicação. Temos que considerar, nesse caso, os agentes externos do recebedor/receptor (ruídos
entropia1).
Exemplo: Ao enviar um telegrama, o recebedor/receptor será o telegrafista que decodifica a
mensagem.
Destino
Destino é(são) a(s) pessoa(s) a quem se dirige mensagem.
Exemplo: Ao enviar um telegrama, o destino será o destinatário.

Canal
Canal é a forma utilizada pela fonte para enviar a mensagem. Ele deve ser escolhido
cuidadosamente, para assegurar a eficiência e o bom êxito da comunicação.
 Canal tecnológico espacial:
Leva a mensagem de um lugar para o outro como o rádio, telefone, telex, teletipo, televisão, fax.
 Canal tecnológico temporal:
Transporta a mensagem de uma época para a outra, como os livros, os discos, fotografias, slides,
fitas gravadas, vídeoteipe.
Código
Código, é o conjunto de sinais estruturados. O código pode ser:
O código verbal é o que utiliza a palavra falada ou escrita.
Exemplo: Português, inglês, francês, etc.
O código não-verbal é o que não utiliza a palavra.
Exemplo: Gestos, sinais de trânsito, expressão facial, etc.
O código não-verbal não é só visual ou sonoro, mas plurissignificante. Apresenta-se fragmentado,
imprevisto, não-linear, ao contrário do código verbal, que é discursivo e onde, geralmente, predomina a
lógica.
Alguns códigos não-verbais, pela sua própria natureza, dificultam a decodificação.
Devemos ficar atentos para as FALHAS, as DISTORÇÕES, as DEFORMAÇÕES das mensagens,
os DEVANEIOS e as FALSAS verdades, as quais fazem com que raramente um fato seja relatado da
maneira que realmente ocorreu.

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IMPORTANTE
O seu corpo fala!
Muitas vezes nós não conseguimos harmonizar o que sai da nossa boca com o que sentimos,
outras vezes, o nosso corpo fala por si só. O corpo expressa as nossas ansiedades, desejos e
conquistas de forma natural, mesmo que nossas palavras digam ao contrário. Os gestos podem
significar mais que você imagina! O Corpo Fala sem Palavras. Pela linguagem do corpo, você diz muitas
coisas aos outros. E ele tem muitas coisas a dizer a você
Consciente ou inconscientemente: falar é uma atitude consciente, enquanto a postura é
inconsciente.

Barreiras nas Comunicações


Muitas vezes a comunicação deixa de efetivar-se por barreiras, “obstáculos”, que restringem a sua
eficácia, os quais podem estar ligados ao emissor, ao receptor, ou a ambos, ou ainda a interferências
presentes no canal de comunicação.
Nós podemos entender como barreiras nas comunicações, desde as limitações de ordem
emocional, tais como a incapacidade dos interlocutores para abordar determinados temas considerados
por demais ameaçadores, até as dificuldades relacionadas a utilização dos códigos de linguagem; todos
estes fatores representam maior ou menor grau de obstáculos a uma comunicação plena.
A ideia que se tem da comunicação é que ela existe em mão dupla, ou seja, um indivíduo pode ser
ou não aceito simplesmente pela sua forma de expressar-se.
Para que haja um sentido bilateral da comunicação, é necessário que tanto o emissor quanto o
receptor percebam o outro.
Não poderá haver uma comunicação correta, ou seja, sem interferências, quando não há sintonia
no que se diz, e no que se ouve.

Bases da Comunicação
As recompensas das boas comunicações são grandes, mas difíceis são os meios de se obtê-las,
para isto sempre esteja atento às bases para a boa comunicação, para que ocorra comunicação entre
duas pessoas (transmissor/receptor) é vital que se observem as seguintes regras:

 Saber Ouvir
Demonstre estar apto a ouvir informações mesmo que desagradáveis e críticas, procurando vê-las
de forma construtiva. Escute, ouça atentamente, demonstrando interesse pelo que está sendo
apresentado, não interrompa desnecessariamente.
 Examine o ponto criticado
Seja humilde e examine o ponto criticado para dar crédito as boas ideias e ao trabalho sincero. Ao

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Anexo Livramento – Ba.

receber criticas, procure extrair os aspectos positivos e construtivos. Posteriormente analise e


estabeleça procedimentos de ajuste e/ou correções.
 Evite termos técnicos
Não use gírias e evite termos técnicos que podem atrapalhar na comunicação, se for
imprescindível o seu uso, explique qual o significado dos termos usados. Você pode estar falando com
alguém que quer entender o que você está falando e não consegue, provavelmente na próxima vez ele
não lhe procurará. Use uma linguagem que descreva a realidade.
 Procure ser objetivo
Seja objetivo, não faça rodeios, mesmo que a mensagem seja o que as pessoas não gostariam de
ouvir.

ATIVIDADE 1 – Vamos exercitar os conceitos trabalhados!


Discuta com seus colegas, em grupo de no máximo quatro componentes, o tema a seguir. Em
seguida, apresente as suas ideias aos demais colegas em uma roda de discussões. Não se esqueça de
usar todos os conceitos já trabalhados até o momento sobre Comunicação.
Como a Comunicação pode nos ajudar em nosso dia a dia e no ambiente de trabalho?

LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA


Linguagem: é qualquer sistema de sinais de que o ser humano se serve para expressar suas ideias,
sentimentos e experiências. A linguagem mais utilizada é a linguagem verbal, falada ou escrita, mas
temos também a linguagem não-verbal (gestos, figuras, sons, etc.)
Língua: é a linguagem verbal utiliza por um povo ou por um grupo menor, como m caso de tribos ou de
comunidades que falam dialetos.
Fala: é a linguagem verbal própria de cada indivíduo.
Estilo: é a maneira própria de cada um falar ou escrever. É aquela marca que distingue um escritor de
outro, pelo que ele tem de especial no modo de se expressar.
* Leia os textos a seguir:
Texto 1 - No mundo dos sinais

Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus
galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos. Sinais de seca brava, terrível!
Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado.
Toque de saída. Toque de estrada.
Lá vão eles, deixando no estradão as marcar de sua passagem. (TV Cultura, Jornal do Telecurso.)

TEXTO 2 – A Triste partida

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Anexo Livramento – Ba.

Setembro passou, com outubro e novembro Lhe foge do peito


Já tamo em dezembro. O resto da fé.
Meu Deus, que é de nós?
Assim fala o pobre do seco Nordeste. Agora pensando segui otra tria,
Com medo da peste. Chamando a famia
Da fome ferroz. Começa a dizê:
Eu vendo meu burro, meu jegue e o cavalo,
Sem chuva na terra descamba janero, Nós vamo a São Palo
depois, feverero. Vivê ou morrê.
E o mermo verão.
Entonce o rocero, pensando consigo, Nós vamo a São Palo, que a coisa tá feia;
Diz: isso é castigo! Por terras aleia
Não chove mais não! Nós vamos vagá.
Se o nosso destino não fô tão mesquinho, Pro
Apela pra maço, que é o mês preferido mermo cantinho
Do Santo querido, Nós torna a vortá.
Senhô São José. (Patativa do Assaré, Cante lá que eu canto cá,
Mas nada de chuva! tá tudo sem jeito, Vozes)

Texto 3 - Fuga

A vida na fazenda se tornara difícil. No céu azul, as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a
pouco, os bichos se finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus um milagre.
Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher,
matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir
do amo.
Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram rumo para o sul. Com a fresca da madrugada,
andaram bastante, em silêncio, quatro sombras no caminho estreito coberto de seixos miúdos, (...)
Caminharam bem três léguas antes que a barra do nascente aparecesse.
Fizeram alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na testa.
Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse realmente mudança (...) Podia continuar a viver num
cemitério? Nada o prendia àquela terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. (Graciliano
Ramos, Vidas Secas, Martins.)
MERGULHANDO NO TEXTO:

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Anexo Livramento – Ba.

1. Além da linguagem verbal, que outros meios o ser humano pode utilizar para comunicar suas ideias e
sentimentos?

2. Qual a diferença entre língua e fala?

3. Qual é o tema principal dos três textos?

4. Cada texto apresenta um estilo próprio. Qual deles lhe agradou mais? Justifique.

5. Qual dos textos lhe deixou maior impressão sobre a seca?

O universo da linguagem

• Variações linguísticas
 Variação básica, geográfica e sociocultural
• O “certo” e o “errado” no idioma
• Língua culta e língua coloquial
• Adequação e inadequação linguística

Uma grande diferença


se fala um deus ou um herói;
se um velho amadurecido
ou um jovem impetuoso na flor da idade;
se uma matrona autoritária
ou uma ama dedicada;
se um mercador errante
ou um lavrador
de pequeno campo fértil [...]

Introdução

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Anexo Livramento – Ba.

Todas as pessoas que falam determinada língua conhecem as estruturas (regras) gerais de
funcionamento dessa língua. Embora sejam mais ou menos uniformes dentro do idioma, essas
estruturas podem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores, como a idade do falante, o
grupo social a que pertence, a relação entre ele e o ouvinte etc. tais variações, que às vezes são pouco
perceptíveis e outras vezes bastantes evidentes, recebem o nome genético de variações linguísticas.

Variações linguísticas

Entre as causas que mais claramente determinam as variações linguísticas, destacam-se: a época
em que o falante vive (variação histórica), o lugar em que ele vive durante certo numero de anos
(variação geográfica) e o grupo social de que ele faz parte (variação sociocultural).

A variação histórica

No texto a seguir, o escritor Carlos Drummond de Andrade mostra, meio em tom de brincadeira,
como a língua vai se alterando com o tempo. No texto, ele faz uso das palavras e expressões de
“antigamente”.

Antigamente
Antigamente, as moas chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas.
Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões,
faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam
tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. [...]. Os mais jovens, esses
iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar
de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas;
não admira que dessem com os burros n’água.
[...] Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos queria ensinar padre-nosso ao vigário,
e com isso punham a mão em cambucá. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A pessoa
cheia de melindres ficava sentinda com a desfeita que lhe faziam quando, por exemplo, insinuavam que
seu filho era artioso. Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados; chegavam a
pitar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: verdadeiros cromos, umas tenteias.
[...] Antigamente, os sobrados tinha assombrações, os meninos lombrigas, asthma os gatos, os
homens portavam ceroulas, botinas e capa-de-goma [...] não havia fotógrafos, mas retratistas, e os
cristãos não morriam: descansavam.
Mas tudo isso era antigamente, isto é, outrora.

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Anexo Livramento – Ba.

A variação geográfica
Leia este trechos de texto:

“É o coração vazio voa vadio “O céu povoado de inquietas


como uma pipa no ar”. pandoras. Outros meninos
erguem-nas, o dia inteiro”.

As palavras pipa e pandora são variações do nome de um brinquedo, que pode também ser
chamado de papagaio, tapioca, maranhão ou arraia.
Temos ai um exemplo claro de variação geográfica no vocabulário: o nome do brinquedo muda de
lugar para lugar, de região para região.
Além de estar presente no vocabulário, a variação geográfica pode ser constatada também em
certas estruturas de frases e principalmente na pronuncia. A pronuncia característica dos falantes de
uma região é comumente chamada de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordestino, sotaque inter-
paulista, sotaque gaúcho etc.

A variação sociocultural
A variação sociocultural pode ser constatada com certa facilidade. Suponha, por exemplo, que
alguém diga a seguinte frase:
• “Ta na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” [Frase 1]
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos caracterizá-la, por exemplo, pela
profissão: um advogado? Um trabalhador braçal da construção civil? Um médico? Um garimpeiro? Um
repórter de televisão?
E quem usaria a frase a seguir?
• “Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões”. [Frase 2]
Já a frase 2 é mais comum aos falantes que tiveram possibilidades socioeconômicas melhores e
puderam, por isso, ter um contato mais duradouro com a escola, com a leitura, com pessoas de um nível
cultural mais elevado e, dessa forma, “aperfeiçoaram” seu modo de utilização da língua.
A comparação entre as duas frases permitem concluir, portanto, que as condições sociais influem
no modo de falar dos indivíduos, gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma mesma
língua. A elas damos o nome de variações socioculturais.

O “certo” e o “errado” no idioma

1. “Ta na cara que eles teve peito de encará os ladrões.”


2. “Obviamente faltou-lhes coragem para enfrentar os ladrões.”

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Anexo Livramento – Ba.

Se lhe perguntassem qual delas é gramaticalmente correta, certamente você não teria duvidas: a
correta é a frase 2.
Mas... se tanto a frase 2 como a frase 1 dizem a mesma coisa, se qualquer pessoa que seja
falante de nosso idioma pode compreendê-las perfeitamente por que se considera correta a frase 2 e
errada a frase 1? Ou seja: que critérios são usados para determinar o que é certo e o que é errado em
um mesmo idioma?
De modo geral, os falantes de um idioma são levados a aceitar como “correto” o modo de falar do
segmento social que, em consequência de sua situação econômica e cultural privilegiada, tem maior
prestigio na sociedade. Assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto
as demais variedades linguísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam a ser
consideradas “erradas”.
É importante estar ciente de que, em principio, não existe uma forma melhor (“mais certa) ou pior
(“mais errada”) de falar. Trata-se apenas de uma diferenciação que se estabelece com base em critérios
sociais e em situações de uso efetivo da língua.
Assim, dizemos que a frase “Eles não teve peito de encará os ladrões” está linguisticamente
correta, já que podemos compreender as ideias que expressa, mas está gramaticalmente incorreta, pois
não obedece aos padrões definidos pela gramática normativa.
Uma das funções da escola é, pelo ensino de língua portuguesa, oferecer ao estudante condições
de dominar as estruturas (regras) da língua padrão, enfim de que, quando necessário, ele tenha
condições de utiliza-la de maneira adequada e eficiente.

Língua culta e língua coloquial


Vimos que, convencionalmente, considera-se “(certa) ou “modelar”, a variedade linguística
utilizada pelo falantes que integram o grupo de maior prestigio social. Essa é a chamada língua culta,
falada e escrita em situações mais formais, pelas pessoas de maior instrução. A língua culta é difundida
principalmente pela ação da escola e dos meios de comunicação.
A língua coloquial, por sua vez, é uma variante mas espontânea, utilizada nas relações informais
entre os falantes. É a língua do cotidiano, sem muita preocupação com as normas. O falante, ao utilizá-
la, comete deslizes gramaticais na frequência considerável. Outra característica da língua coloquial é o
uso constante de expressões populares, frases feitas, gírias etc.
Comparando a língua culta com a língua coloquial, é possível constatar em certos aspectos, as
diferenças entre as duas são bastante evidentes, mas em outros, os limites não são tão claros, ficando
difícil, nesses casos, entrar uma “fronteira” entre o que é culto e o que é coloquial.
Ao quadro a seguir estão resumidas, de forma bem simplificada, as diferenças mais facilmente
observáveis entre a língua coloquial e a culta.

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Anexo Livramento – Ba.

Língua coloquial Língua culta


Pronúncias descritas de palavras e expressões: nóis, Maior cuidado com a pronúncia: nós, vocês, está
oceis, ta bão, num vô, num qué. bom, não vou, não quer.
Emprego frequente de palavras/ expressões do tipo: Raro uso de expressões do tipo ai, então, né, pois é.
aí, então, né, pois é. Uso regular da forma nós.
Uso da expressão a gente, em lugar de nós. Ex: “Nós sempre lutamos muito”.
Ex: “A gente sempre lutou muito”. Utilização das marcas de concordância.
Frequente ausência de marcas de concordância. Ex: “Os meninos vão bem”.
Ex: “Os meninos vai bem”. Uniformidade no uso das pessoas gramaticais.
Mistura de pessoas gramaticais. Exs: “Você sabe que o enganaram”.
Ex: “Você sabe que te enganam”. “Tu sabes que te enganaram”.
Falta de rigor na flexão dos verbos. Utilização da flexão verbal conforme as regras
Exs: “Se ele fazer o serviço...” gramaticais.
“Se o time mantesse o ritmo...” Exs: “Se ele fizer o serviço...”
Uso frequente de gírias. “Se o time mantivesse o ritmo...”
Não utilização de gírias.

Adequação e inadequação linguística

Quando uma pessoa se comunica com outra(s), para que esse ato se realize de forma eficiente, é
necessário que ele faça a adequação da linguagem.
Há situações em que a relação entre os interlocutores é mais descontraída, mais informal ou
pessoal, casos em que fica mais adequado o emprego de uma linguagem informal, mais “solta”. Outras,
vezes relação é mais impessoal, mais distanciada, o requer uma linguagem mais formal, mais “cuidada”
São vários os fatores que, isolamento ou combinados, levam o falante a adequar sua linguagem
às circunstancias do ato de comunicação. Entre esses fatores, destacam-se:
• o interlocutor (não se fala do mesmo modo com um adulto e com uma criança);
• o assunto (não se fala sobre a morte de uma pessoa amiga da mesma maneira que se fala sobre
a derrota do time de futebol);
• o ambiente (não se fala do mesmo jeito em um templo religioso e em um churrasco com amigos);
• a relação falante-ouvinte (não se fala da mesma maneira com um amigo e com e com um
estranho; ou em uma relação social informal e em uma relação formal)
Em um ato de comunicação, a influência desses e de outros fatores resulta num maior ou menor
grau de formalidade ou informalidade na linguagem.
Leia a ocorrência a seguir, na qual o autor contrapõe a língua culta formal à língua coloquial e
explora a inadequação linguística para criar um efeito de humor.

Leia os textos abaixo:

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Anexo Livramento – Ba.

QUANDO SE TEM DOUTORADO


O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido
resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum, (Linneu, 1758) isento de qualquer
outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma
geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e restasretilíneas, configurando pirâmides truncadas de
base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se
disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo
impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que ocorre no
líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis
mellifera.(Linneu, 1758) No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no
estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável
resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de
compressão ao longo do seu eixo em consequência da pequena capacidade de deformação que lhe é
peculiar.

QUANDO SE TEM MESTRADO


A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e
refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular,
impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose
produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas
dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em consequência da
aplicação de compressões equivalentes e opostas.

QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO


O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas
dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia
não muda suas proporções quando sujeito à compressão.

QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO


Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda
de forma quando pressionado.

QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL


Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.

QUANDO NÃO SE TEM ESTUDO

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Anexo Livramento – Ba.

Rapadura é doce, mas não é mole, não!

Língua Falada
Língua Culta
Língua culta é a língua falada pelas pessoas de instrução, niveladas pela escola. Obedece à
gramática da língua-padrão. É mais restrita, pois constitui privilegio e conquista cultural de um número
reduzido de falantes.
Exemplo:
Temos conhecimento de que alguns casos de delinquência juvenil no mundo moderno decorrem da
violência que se proteja, através dos meios de comunicação, com programas que enfatizam a guerra, o
roubo e a venalidade.
Língua Coloquial
Língua coloquial é a língua espontânea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante sem
muita preocupação com as formas linguísticas. É a língua cotidiana, que comete – mas perdoáveis –
deslizes gramaticais.
Exemplo: Cadê o livro que te emprestei? Me devolve em seguida, sim?
Língua Vulgar ou Inculta
Língua vulgar é própria das pessoas sem instrução. É natural, colorida, expressiva, livre de
convenções sociais. É mais palpável, porque envolve o mundo das coisas. Infringe totalmente as
convenções gramaticais.
Exemplo: Nóis ouvimo falá do pograma da televisão.
Língua Regional
Língua Regional, como o nome já indica, está circunscrita a regiões geográficas, caracterizando-se
pelo acento linguístico, que é a soma das qualidades físicas do som (altura, timbre, intensidade). Tem
um patrimônio vocabular próprio, típico de cada região.
Exemplo: Égua! Esse carimbó tem um ritmo paid’égua!
Língua Grupal
Língua grupal é uma língua hermética4, porque pertence a grupos fechados.
Língua Grupal (Técnica)
A língua grupal técnica desloca-se para a escrita. Existem tantas quantas forem as ciências e as
profissões: a língua da Medicina (como é difícil entender um diagnóstico...), a do Direito (restrita aos
meios jurídicos), etc. Só é compreendida, quando sua aprendizagem se faz junto com a profissão.
Exemplo O materialismo dialético rejeita o empirismo realista e considera que as premissas do
empirismo materialista são justas no essencial.
Língua Grupal (Gíria)
Existem tantos quantos grupos fechados. Há a gíria policial, a dos jovens, dos estudantes, dos

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Anexo Livramento – Ba.

militares, dos jornalistas, etc.


Exemplo: O negocio agora é comunicação, e comunicação o cara aprende com material vivo,
deslocando um papo legal. Morou?
OBERVAÇÃO
Quando a gíria é grosseira, recebe o nome de calão.
Língua Escrita
Língua Não-Literária
A língua não-literária apresenta as mesmas características das variantes da língua falada tais
como língua-padrão, coloquial, inculta ou vulgar, regional, grupal, incluindo a gíria e a técnica e tem as
mesmas finalidades e registros, conforme exemplificaremos abaixo:
Língua-Padrão
A língua-padrão é aquela que obedece a todos os parâmetros gramaticais.
Exemplo: “O problema que constitui o objeto da presente obra põe-se, com evidente
principalidade, diante de quem quer que enfrente o estudo filosófico ou o estudo só científico do
conhecimento. Porém não é mais do que um breve capítulo de gnosiologia.”
Língua Coloquial
Exemplo:
- Me faz um favor. Vai ao banco pra mim.
Língua Vulgar ou Inculta
Exemplo: (TRECHO DE UMA LISTA DE COMPRAS)
- assucar (= açúcar)
- basora (= vassoura)
- qejo (= queijo)
- xalxixa (= salsicha)
Língua Regional
Exemplo: Deu-lhe com a boladeira nos cascos, e o índio correu mais que cusco em procissão.
Língua Literária
A língua literária é o instrumento utilizado pelos escritores. Principalmente, a partir do modernismo,
eles cometeram certas infrações gramaticais, que, de modo algum, se confundem com os erros
observados nos leigos. Enquanto nestes as incorreções acontecem por ignorância da norma, naqueles
as mesmas ocorrem por imposição da estilística.
Exemplo: “Macunaima ficou muito contrariado. Maginou, maginou e disse prá velha...”
(Mário de Andrade)

Vamos exercitar os conceitos trabalhados!

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Anexo Livramento – Ba.

1) Leio o texto:
No estádio de futebol, a comunicação aparece nos gritos da torcida, nas cores das bandeiras, nos
números das camisetas dos jogadores, nos gestos, apitadas e cartões do juiz e dos bandeirinhas, no
placar eletrônico, nos alto-falantes e radinhos de pilha, nas conversas e insultos dos torcedores, em seus
gritos de estímulo, no trabalho dos repórteres, radialistas, fotógrafos e operadores de TV. O próprio jogo
é um ato de comunicação. Dias antes já tinha provocado dúzias de mensagens e durante dias a fio ele
continuará sendo objeto de comunicação nos botequins, nos escritórios, nas fábricas, nos rádios e
jornais.
A) Classifique em verbal ou não-verbal os aspectos relacionados ao texto:
a) gritos da torcida______________________.
b) cores das bandeiras______________________.
c) número das camisetas______________________.
d) gestos, apitadas e cartões do juiz e dos bandeirinhas __________________.
e) conversas de torcedores______________________.
B) A comunicação não existe como algo separado da vida em sociedade: não poderia existir
comunicação sem sociedade, nem sociedade sem comunicação. Quais os ambientes sociais em que
ocorrem os atos de comunicação descritos no texto lido?
R.:_____________________________________________________________________________.

2) Relacione as duas colunas:


a) Fenômeno universal
b) fenômeno limitado a grupos culturais
c) fenômeno individual
( ) Língua
( ) Linguagem
( ) Fala
3) As orações abaixo encontram-se redigidas desobedecendo a norma culta, reescreva-as obedecendo
as regras do uso padrão.
a) Eu não vi ela hoje. ______________________________________________________________.
b) Ninguém deixou ele falar. ________________________________________________________.
c) Deixe eu ver isso! _______________________________________________________________.
d) Eu te amo, sim, mas não abuse! ___________________________________________________.
e) Não assisti o filme nem vou assisti-lo. _______________________________________________.
f) Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo. _________________________________________________.

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Anexo Livramento – Ba.

4) Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:


(1) Estou preocupado. ( ) gíria, limite da língua popular
(2) Tô preocupado. ( ) língua popular
(3) Tô grilado. ( ) norma culta
5) Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso as afirmativas abaixo.
a) ( ) A língua-padrão é aquela que desobedece a todos os parâmetros gramaticais.
b) ( ) Língua coloquial é a língua espontânea, usada para satisfazer as necessidades vitais do falante,
porém preocupa-se com as formas linguísticas.
c) ( ) A língua grupal técnica desloca-se para a escrita. Ex. A língua da Medicina.
d) ( ) A comunicação não é regida por normas fixas e mutáveis.
e) ( ) Língua vulgar é própria das pessoas sem instrução.
f) ( ) Todo ser humano possui, ao nascer, uma predisposição que faculta a aquisição da mesma
(característica inata).
g) ( ) Língua Regional, como o nome já indica, está circunscrita a regiões geográficas.
h) ( ) A língua culta, é a representação do cotidiano.
i) ( ) A língua literária é o instrumento utilizado pelos escritores.

UNIDADE 3 – Noção de Texto


Conceitos Básicos
O que é texto? É um conjunto de frases? É uma entidade material por meio da qual se comunica
algo.
Categorias de Textos
Narração
A narração é um texto dinâmico, que contém vários fatores de dependência que são extremamente
importantes para a boa estruturação do texto. Narrar é contar um fato, e como todo fato ocorre em
determinado tempo, em toda narração há sempre um começo um meio e um fim. São requisitos básicos
para que a narração esteja completa.
Elementos que formam a estrutura da narrativa
 TEMPO: O intervalo de tempo em que o(s) fato(s) ocorre(m). Pode ser um tempo cronológico,
ou seja, um tempo especificado durante o texto, ou um tempo psicológico, onde você sabe que existe
um intervalo em que as ações ocorreram, mas não se consegue distingui-lo.
 ESPAÇO: O espaço é imprescindível, e deve ser esclarecido logo no início da narrativa, pois
assim o leitor poderá localizar a ação e imaginá-la com maior facilidade.
 ENREDO: É o fato em si. Aquilo que ocorreu e que está sendo narrado. Deve ter um começo,
um meio e um fim.
 PERSONAGENS: São os indivíduos que participaram do acontecimento e que estão sendo

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Anexo Livramento – Ba.

citados pelo narrador. Há sempre um núcleo principal da narrativa que gira em torno de um ou dois
personagens, chamados de personagens centrais ou principais (protagonistas).
 NARRADOR: É quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, o qual por participar da história é
chamado narrador-personagem, ou em terceira pessoa, o qual não participa dos fatos, e é denominado
narrador-observador.
Alguns elementos que ajudam na construção do enredo:
INTRODUÇÃO: Na introdução devem conter informações já citadas acima, como o tempo, o
espaço, o enredo e as personagens.
TRAMA: Nessa fase você vai relatar o fato propriamente dito, acrescentando somente os detalhes
relevantes para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos deve levar a um mistério,
que se desvendará no clímax.
CLÍMAX: O clímax é o momento chave da narrativa, deve ser um trecho dinâmico e emocionante, onde
os fatos se encaixam para chegar ao desenlace.
DESENLACE: O desenlace é a conclusão da narração, onde tudo que ficou pendente durante o
desenvolvimento do texto é explicado, e o “quebra-cabeça”, que deve ser a história, é montado.

Para que no seu texto estejam presentes esses elementos, é necessário que na organização do
texto você faça alguns questionamentos: O que aconteceu? (enredo), quando aconteceu? (tempo), onde
aconteceu? (espaço), com quem aconteceu? (personagens), como aconteceu? (trama, clímax,
desenlace).
DICAS IMPORTANTES
Após fazer essas perguntas e responder a elas, pode-se iniciar a redação da narrativa, na qual
são incluídos todos os itens citados. Para a produção de uma boa redação, o melhor é que se distribuam
as informações dessa forma:
Introdução: Com quem aconteceu? Quando aconteceu? Onde aconteceu?
Desenvolvimento: O que aconteceu? Como aconteceu? Por que aconteceu?
Conclusão: Qual a consequência desse acontecimento?
Se essas dicas forem seguidas, com certeza a narração estará completa e não faltará nenhuma
informação para que se possa entender os fatos.
Descrição ou texto descritivo
O objetivo do texto descritivo é mostrar algo, retratar, relatar as características de uma pessoa, um
objeto, uma situação, um local. Essa categoria de texto é construída por uma série de enunciados
simultâneos, ele não é regido por uma cronologia, como no texto narrativo, ou por uma lógica, como no
texto dissertativo.
O texto descritivo por excelência, consiste em uma percepção sensorial, representada pelos cinco
sentidos (visão, tato, paladar, olfato e audição) no intuito de relatar as impressões capturadas com base

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Anexo Livramento – Ba.

em uma pessoa, objeto, animal, lugar ou mesmo um determinado acontecimento do cotidiano.


É como se fosse uma fotografia traduzida por meio de palavras, sendo que estas são
“ornamentadas” de riquíssimos detalhes, de modo a propiciar a criação de uma imagem do objeto
descrito na mente do leitor.
A descrição pode ser retratada apoiando-se sob dois pontos de vista: o objetivo e o subjetivo.

Descrição objetiva
Na descrição objetiva, como literalmente ela traduz, o objetivo principal é relatar as características
do “objeto” de modo preciso, isentando-se de comentários pessoais ou atribuições de quaisquer termos
que possibilitem a múltiplas interpretações.
Descrição subjetiva
A subjetiva perfaz-se de uma linguagem mais pessoal, na qual são permitidas opiniões, expressão
de sentimentos e emoções e o emprego de construções livres em que revelem um “toque” de
individualismo por parte de quem a descreve.

Dissertação ou texto dissertativo


Esse tipo de texto caracteriza-se pela defesa de uma ideia, de um ponto de vista, ou pelo
questionamento acerca de um determinado assunto. O texto dissertativo dá ênfase ao enunciado e não
ao enunciador. E nele se evitam os verbos me primeira pessoa, como: digo, afirmo, falo, concluo, entre
outros. Deve-se utilizar a linguagem formal. Em geral, para se obter maior clareza na exposição de um
ponto de vista, costuma-se distribuir a matéria em três partes.
Introdução – Apresenta-se a ideia ou o ponto de vista que será defendido.
Desenvolvimento ou argumentação – Desenvolve-se um ponto de vista para tentar convencer o leitor;
para isso, deve-se usar uma sólida argumentação , citar exemplos, recorrer à opinião de especialistas,
fornecer dados, etc.
Conclusão – Nela se dá um fecho ao texto, coerente com desenvolvimento, com os argumentos
apresentados.

O texto de instruções
Essa talvez seja o tipo de texto com o qual mais nos deparamos em nosso dia a dia. Você já
reparou nos textos afixados nos quartos de hotel, geralmente atrás das portas? Eles veiculam uma série
de informações, desde o horário do café da manhã, até avisos que visão à segurança dos hóspedes.
São textos escritos numa linguagem bem clara e objetiva para que o leitor tenha fácil acesso às
informações e para que não haja dúvida sobre o teor da mensagem.
Outros exemplos desse tipo de texto são regras d jogos, receitas culinárias ou manuais de
montagem de determinado equipamento.

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Anexo Livramento – Ba.

DICAS IMPORTANTES
Uma das diferenças entre esses textos é o uso do imperativo negativo nas orientações. O modo
imperativo é muito utilizado nos textos instrucionais, mas, nas regras de jogos e nas receitas,
encontramos mais frequentemente sua forma afirmativa.

Vamos exercitar nossos conhecimentos!


ATIVIDADE 1 –
Agora que já fizemos uma revisão sobre os tipos de textos com mais possibilidades de uso em
nosso cotidiano, em grupo de três pessoas, no máximo, elaborem um texto de Instruções sobre a
utilização dos Equipamentos no local de trabalho. O cenário (ambiente) é um escritório. Não poderá
ultrapassar uma página. Após, socializaremos as produções textuais.
ATIVIDADE 2 – Produção de Texto Narrativo a partir do Tema Transversal “Segurança”.
Elabore um pequeno texto narrativo considerando os elementos e as informações a seguir descritas:
Introdução: Com quem aconteceu? Técnico de informática de uma empresa.
Quando aconteceu? Quando não utilizava o seu equipamento de segurança.
Onde aconteceu? No laboratório (seu local de trabalho).
Desenvolvimento: O que aconteceu? Acidentou-se.
Como aconteceu? Use a sua criatividade.
Por que aconteceu? Porque não utilizava o equipamento de segurança.
Conclusão: Qual a consequência desse acontecimento? Use a sua criatividade.
Se essas dicas forem seguidas com certeza, a narração estará completa e não faltará nenhuma
informação para que se possa entender os fatos.

CAPÍTULO 4 – Redação Técnica


Conceito
O que é redação técnica?
Primeiramente, vejamos esses dois termos em separado:
Redação é o ato de redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através da
escrita.
Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim de se obter um resultado.
Logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos processos sejam
seguidos, como: o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o
texto, dentre outros.
Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios para se fazer
uma redação técnica é imprescindível!
A redação técnica engloba textos como: atas, cartas, certificados, declarações, e-mail’s

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Anexo Livramento – Ba.

comerciais/empresariais, memorandos, ocorrências (termo de), ofícios, relatórios.


Ata (de reunião)
Conceito.
“Ata é o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, sessão ou reunião para um
determinado fim” (Martins, 2003, p. 148).
Medeiros (2005, p. 178), conceitua “... como um registro em que se relata o que se passou numa
reunião, assembleia ou convenção”.
Normas
Geralmente, as atas são transcritas a mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um
termo de abertura e um de encerramento, assinados pela autoridade máxima da entidade ou por quem
receber daquela autoridade delegação de poderes para tanto; esta também deverá numerar e rubricar
todas as folhas do livro.
Por ser um documento de valor jurídico a ata deve ser lavrada de tal forma, que nada lhe poderá
ser acrescentado ou modificado. Caso haja engano, o secretário escreverá “digo”, retificando o
pensamento. Se o engano for notado no final da ata, escrever-se-á a expressão – “Em tempo: Onde se
lê..., leia-se...”.
No livro de atas, os números dever ser escritos por extenso, evitando também as abreviações. As
atas são redigidas sem se deixarem espaços ou parágrafos, a fim de se evitarem acréscimos.
O tempo verbal preferencialmente utilizado na ata é o pretérito perfeito do indicativo. Com relação
às assinaturas, todas as pessoas presentes deverão assinar a ata, ou, quando deliberado, apenas o
presidente e o secretário.
Para se evitar a fraude, permite-se também a transição da ata em folhas digitadas, desde que as
mesmas sejam convenientes arquivadas.
Só em casos especiais, usam-se formulários já impressos, como os das seções eleitorais.
Medeiros (2005, p. 179), destaca os elementos constitutivos básicos de uma ata.
• dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso);
• local da reunião;
• relação e identificação do presidente e secretário;
• ordem do dia (pauta) e
• fecho.
Modelo de Ata (de Reunião)

Data, horário, local e objetivos


Aos seis dias do mês de fevereiro de dois mil e doze, com início às oiro horas no pátio da Escola
Estadual Humberto Leal, sita na Rua Ibitira, s/n, Bairro Taquari, Livramento, realizou-se uma reunião de
todos os alunos, com o objetivo de realizar a abertura do ano letivo de dois mil e doze.

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Anexo Livramento – Ba.

O presidente, a secretária da reunião e as pessoas presentes


A reunião foi presidida pelo Diretor da Instituição, o Sr. ______________ tendo como secretária a
funcionária________________. Contou com a participação de oitenta e dois alunos, dos professores e
demais funcionários.
Relato da reunião propriamente dita.
Inicialmente, o diretor comunicou as providências administrativas e o andamento legal referente ao ano
em curso. Foi passadas a palavra para a coordenadora da escola que deu as boas vindas aos alunos e
reforçou o compromisso da instituição para com os alunos. Deu continuidade com a apresentação dos
professores no qual cada docente confirmou a disciplina a ser lecionada e reforçou a importância do
curso para os jovens que buscam qualificação. Foi dada a palavra a um ex-aluno da instituição,
______________, que falou da importância do CETEB em sua vida profissional, das experiências vividas
e das oportunidades encontradas após a conclusão do curso. Foi lido os direitos e deveres para os
alunos no que se concerne ao uso de fardas.
Encerramento
Nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente ata, que vai assinada por mim,
___________________________, secretária, pelo presidente da reunião, pela coordenadora e pelos
professores e alunos presentes.

EXERCÍCIO:
Elabore uma ata sobre uma reunião de trabalho tendo como objetivo orientações para funcionários de
uma empresa de informática.

Carta Comercial Tradicional e Moderna


Conceito
A carta comercial, também chamada de correspondência técnica, é um documento com objetivo de
se fazer uma comunicação comercial, empresarial.
A redação comercial tem como características comuns:
a) clareza: o texto, além de ser claro, deve ser objetivo, como forma de evitar múltiplas
interpretações, o que prejudica os comunicados e negócios.
b) estética: a fim de causar boa impressão, o texto deve estar bem organizado e dentro da
estruturação cabível. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas ao papel.
c) linguagem: seja conciso e objetivo: passe as informações necessárias, sem ficar usufruindo de
recursos estilísticos. Seja impessoal, ou seja, não faça uso da subjetividade e de sentimentalismo. E por
fim, escreva com simplicidade, mas observando a norma culta da língua.
É muito importante que haja correção, pois um possível equívoco pode gerar desentendimento
entre as partes e possíveis prejuízos de ordem financeira.

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Anexo Livramento – Ba.

Estrutura de uma Carta Comercial


1º passo: O papel deve ter o timbre e/ou cabeçalho, com as informações necessárias (nome, endereço,
logotipo da empresa). Normalmente, já vem impresso.
2º passo: Coloque o nome da localidade e data à esquerda e abaixo do timbre. Coloque vírgula depois
do nome da cidade! O mês deve vir em letra minúscula, o ano dever vir junto (2008), sem ponto ou
espaço. Use ponto final após a data.
3º passo: Escreva o nome e o endereço do destinatário à esquerda e abaixo da localidade e data.
4º passo: Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor(Senhores), Caro cliente, Senhor diretor,
Senhor Gerente, etc.
5º passo: Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação a...”, “Em atenção à
carta enviada..”, “Em atenção ao anúncio publicado...”, “Atendendo à solicitação...”, “Em cumprimento
a...”, “Com relação ao pedido...”, “Solicito que...”, “Confirmamos o recebimento”, dentre outras.
OBERVAÇÃO
Evite iniciar com “Através desta”, “Solicito através desta”, “Pela presente” e similares, pois são
expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio de comunicação adotado é a carta.
6º passo: Exponha o texto, como dito anteriormente, de forma clara e objetiva. Pode-se fazer
abreviações do pronome de tratamento ao referir-se ao destinatário: V.Sª.; V. Exa.; Exmo.; Sr.; etc.
7º passo: Corresponde ao fecho da carta, o qual é o encerramento da mesma. Despeça-se em tom
amigável: Cordialmente, Atenciosamente, Respeitosamente, Com elevado apreço, Saudações cordiais,
etc.
OBERVAÇÃO
Evite terminar a carta anunciando tal fato (Termino esta) ou de forma muito direta (Sem mais para o
momento, despeço-me).
Modelo de Carta Comercial
Loja da Maria
Maria e Cia. Ltda.
Comércio de utensílios
Av. Dr Edilson Pontes, 1000
Livramento – Ba

Livramento, 28 de março de 2014.

Ao diretor
Joaquim Silva
Rua das Palmeiras, 600
Dom Basílio – Ba

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Anexo Livramento – Ba.

Prezado Senhor:

Confirmamos ter recebido uma reivindicação de depósito no valor três mil reais referente ao mês de
fevereiro. Informamos-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de março, na agência 0003, conta
corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que o Sr. verifique o extrato e nos comunique
o pagamento. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não tínhamos ainda
a nova conta bancária.

Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e consideração.


Atenciosamente,
Amélia Sousa
Gerente comercial

EXERCÍCIO –
Elabore uma Carta Comercial sobre o não recebimento de mercadoria solicitada na compra de
equipamentos eletrônicos.

Declaração
Conceito
A declaração é um tipo de texto muito ligado às situações cotidianas, que constitui-se num relato
proferido por alguém a favor de outra pessoa, procurando evidenciar uma verdade em que se acredita.
Trata-se de uma comunicação escrita, cuja estética segue alguns padrões fixos que envolvem
conhecimentos linguísticos adequados, tais como o tipo de linguagem, a estrutura textual, o
espaçamento, a forma de iniciar e finalizar a mensagem, dentre outros fatores.
Estrutura de uma Declaração.
Visando aprimorar nossos conhecimentos acerca da composição textual em evidência,
enfatizaremos as seguintes particularidades:
a) Tal documento deverá fazer referência ao objetivo pretendido por meio do discurso, ou seja, a
expressão “declaração” é grafada com letras maiúsculas, ocupando uma posição de destaque sobre as
demais;
b) Em seguida redige-se a mensagem pretendida, focalizando o assunto específico;
c) Ao final, cita-se o local, a data, enfatizando dia, mês e ano, seguida da assinatura do emissor
(declarante) e seu respectivo cargo (função), quando for o caso.
Modelo de Declaração

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Anexo Livramento – Ba.

DECLARAÇÃO
DECLARAMOS para os devidos fins que a aluna ---------------------------(nome da pessoa a que se refere
as informações prestadas), encontra-se regularmente matriculada na seguinte instituição de ensino
(nome da escola, faculdade). Situada à Rua (endereço completo da instituição).

Por ser verdade, afirmo o presente documento.


----------------------------
(local e data)
--------------------------------
Assinatura do emissor

EXERCÍCIO –
Elabore uma declaração comprovando o estágio de um funcionário em uma empresa de informática;

E-mail’s (mensagens eletrônicas)


“A mensagem eletrônica é como qualquer outra mensagem escrita” (Medeiros, 2005, p. 60).

Ao redigir um e-mail comercial, levam-se em consideração os mesmos aspectos técnicos da carta


comercial, inclusive seus elementos estruturais. Deve haver clareza, simplicidade, coerência e coesão
entre as ideias.
Um perigo constante neste tipo de comunicação é o vício de linguagem. Muitos acham que o e-mail
deve ser redigido com palavras abreviadas (ex. vc = você, td = tudo bem), mas lembre-se estamos
escrevendo uma carta comercial (a um cliente, fornecedor, etc.) em nome de nossa empresa e devemos
passar seriedade e confiança ao receptor da mensagem.
Ao terminar o texto, sempre coloque seu nome completo, para que o interlocutor possa identificar
quem escreveu o e-mail.
Lembramos que estas regras se aplicam aos e-mails comerciais. Não temos aqui o intuito de criticar
ou querer normatizar os e-mail’s particulares, que tem suas próprias regras e linguagem.
DICA IMPORTANTE
O e-mail é uma forma de comunicação eficiente e veloz. Entretanto, assim como em uma carta, a
formalidade não deve ser dispensada em determinadas oportunidades, como é o caso de comunicações
comerciais, dentre outras.
Modelo de E-mail Comercial

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Anexo Livramento – Ba.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

Para (destinatário/empresa)
Atenção a (pessoa ou departamento)

Assunto (tema da comunicação)

Prezados Senhores,

Somos uma empresa de tecnologia da informática e temos em nosso quadro funcional apenas técnicos
altamente capacitados e profissionalizados.

Anexamos nesta oportunidade nosso portfólio para análise e manifestamos nossa intenção de
desenvolver trabalhos em sua empresa e em municípios da região ao qual presta serviços.

Caso haja interesse por parte de sua empresa, nos colocamos à disposição para novos contatos.
Agradecemos a atenção.

Atenciosamente,

Sua Empresa
Seu Nome - Seu Cargo
----------------
EXERCÍCIO –
Imagine que você é um Profissional da área de informática, e que você deseja prestar seu serviço para
particulares. Assim, elabore e envie um e-mail comercial para um amigo(a), mostrando as qualidades do
seu serviço, para provável prestação de serviços.

Memorando
O memorando é um aviso por escrito de caráter interno e administrativo, uma vez que estabelece a
comunicação entre as unidades, departamentos ou setores de uma mesma empresa, instituição, órgão.
Pode apresentar algumas finalidades: complementar uma correspondência anteriormente enviada,
expor projetos e ideias, apresentar novas diretrizes, dentre outras.

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Anexo Livramento – Ba.

É uma carta de tramitação rápida, simples e eficaz, sem se prender a burocracias iminentes. O
despacho pode ser realizado na própria folha do memorando de modo resumido, o que permite agilidade
e transparência no andamento das decisões tomadas.
Estrutura de um Memorando
Quanto à estrutura, o memorando deve ter identificação por número, data, vocativo, assunto, texto
objetivo e claro, despedida e a assinatura, acompanhada do cargo que se atribui ao remetente do
referido documento. A linguagem é formal.
Modelo de Memorando

Memorando Nº 01/2012

Em _____de ______ de______.

Ao Sr. Chefe de Recursos Humanos

Assunto: Desligamento de funcionário

Com base na determinação do próprio funcionário Luciano da Silva, comunicamos que o mesmo foi
desligado, hoje, deste departamento e, portanto, está sob orientação dos senhores para as tramitações
legais.

Atenciosamente,

___________________
Chefe administrativo do Departamento de Produção.

EXERCÍCIO –
Redigir um memorando interno com o seguinte teor: Direção de secretaria comunica à Seção de
Pagamentos o não comparecimento ao serviço, por mais de 30 dias, do servidor Paulo Lopes.

Ofício
O ofício é o documento por meio do qual é feita determinada comunicação ou solicitação, em caráter
oficial, à determinada pessoa física ou jurídica (autoridade).
Estrutura Básica
a) A fonte a ser utilizada é do tipo Verdana, tamanho 11 ou 12 no texto em geral, 11 nas citações e 10
nas notas de rodapé.

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Anexo Livramento – Ba.

b) Na primeira folha deve constar o brasão do Município de Livramento de Nossa Senhora, centralizado
a 1,5cm da borda superior do papel.
c) A partir da segunda folha, a 1,5cm da borda superior do papel, repetem-se o índice e o número do
documento com a respectiva numeração da folha, alinhadas à esquerda, e a inscrição “Prefeitura
Municipal de Livramento”, alinhada à direita.
d) Destinatário: tratamento, nome do destinatário, seguido do cargo que ocupa.
(Ex.: Exmo.Sr. João da Silva- Chefe de Gabinete).
e) Assunto (ou Ementa) – resumo do objetivo do ofício.
f) Texto: exposição do assunto. Se o texto ocupar mais de uma folha, colocam-se endereço e iniciais na
primeira folha e repetem-se o índice e o número nas demais, acrescentando-se o número da respectiva
folha e Prefeitura Municipal de Livramento. Ex.: Ofício nº 52/2009 – SIGLA Fls. 2.
g) Fecho: fórmula de cortesia. Com início na margem esquerda e posicionado acima da assinatura. Usa-
se normalmente: Atenciosamente.
h) Assinatura: nome do signatário, cargo e função.
Ex.: Valter Moreira
Superintendente
i) Opcional – Vocativo, Nome do destinatário, endereço- à esquerda no pé da página.
Forma de Diagramação
a) Timbre ou cabeçalho: dizeres impressos na folha, símbolo (brasão, sigla).
b) Índice e número: número de ordem do documento e hífen seguido da sigla do órgão que expede o
ofício. O número de ordem do ofício e a sigla são separados por hífen e/ou barra com início na margem
esquerda. Ex.: Ofício nº 26 – SIGLA.
c) Local e data: na mesma altura do índice e do número, com alinhamento à direita. Coloca-se ponto
após o ano. Ex.: Livramento de Nossa Senhora, 26 de março de 2012.
d) No rodapé da folha, centralizado a 1,5cm da borda inferior do papel, poderá constar o endereço do
remetente, telefone, fax e email. (uso facultativo)
e) Destinatário com início na margem esquerda.
f) Os parágrafos do texto devem iniciar na margem esquerda.
g) O campo destinado à margem lateral esquerda deverá ter entre 3,5cm a 4cm de largura.
h) O campo destinado à margem lateral direita deverá ter entre 1,5cm a 2cm.
i) Os campos destinados às margens superior e inferior deverão ter 2cm.
j) Deve ser utilizado espaçamento múltiplo 1,5cm entre as linhas.
k) A impressão dos textos deve ser feita preferencialmente na cor preta.
l) Todos os tipos de documentos do padrão ofício devem ser impressos em papel de tamanho A- 4 ou
seja, 29,7cm x 21,0cm.

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Anexo Livramento – Ba.

Modelo de Ofício
Ofício nº (número)/(ano)

À Secretaria de Trânsito
Município de Livramento de Nossa Senhora – BA

Felipe Furtado Machado, brasileiro, solteiro, Técnico em Informática, inscrito no CPF sob o nº (informar),
residente e domiciliado à Rua dos Aracatu, nº 111 - Taquari, nesta cidade, vem respeitosamente à
presença de Vossa Senhoria solicitar a colocação de um quebra molas em meu bairro, em frente ao
Colégio Municipal, tendo em vista que o trânsito de veículos flui em velocidade elevada no local,
colocando em risco a integridade física dos pedestres, especialmente das crianças que frequentam
aquele estabelecimento de ensino.
Certo de que a solicitação será atendida, fique com meus votos de estima e consideração.
(local), (dia) de (mês) de (ano)

(assinatura)
(nome)

EXERCÍCIO –
Redigir um ofício com o seguinte teor: o Sr. Secretário do Departamento de Meio Ambiente - DEMA,
solicita a uma equipe responsável pela poda (corte) de árvores, as quais estão correndo risco de cair
sobre casas.

Relatório
É uma descrição de fatos passados, analisados com o objetivo de orientar o serviço interessado ou
superior imediato para determinada ação. Do ponto de vista da Administração Pública, relatório é um
documento oficial no qual uma autoridade expõe as atividades de uma Unidade Administrativa, ou presta
conta de seus atos a uma autoridade de nível superior.
O relatório não é um ofício desenvolvido. Ele é exposição ou narração de atividades ou fatos, com a
discriminação de todos os seus aspectos ou elementos.
Partes:
a) título: denominação do documento (relatório);
b) invocação: tratamento e cargo ou função da autoridade a quem é dirigido, seguidos,
preferencialmente, de dois-pontos;
c) textos: exposição do assunto.
O texto do relatório deve obedecer à seguinte sequência:

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Anexo Livramento – Ba.

✗ introdução: referência à disposição legal ou à ordem superior que motivou ou determinou a


apresentação do relatório e breve menção ao assunto ou objeto;
✗ análise: apreciação do assunto, com informações e esclarecimentos que se façam necessários à sua
perfeita compreensão. A análise deve ser objetiva e imparcial. O relator deve registrar os fatos de que
tenha conhecimento direto, ou através de fontes seguras, abstendo-se de divagações ou apreciações de
natureza subjetiva sobre fatos desconhecidos ou pouco conhecidos. Quando se fizer necessário, o
relatório poderá ser acompanhado de tabelas, gráficos, fotografia e outros elementos que possam
contribuir para o perfeito esclarecimento dos fatos e sua melhor compreensão por parte da autoridade a
quem se destina o documento. Esses elementos podem ser colocados no corpo do relatório ou, se muito
extensos, reunidos a ele em forma de anexo;
✗ conclusão: determinados os fatos e feita sua apreciação, chega o momento de se tirarem as
conclusões. Não podem ir além da análise feita, o que as tornaria insubsistentes e, por isso mesmo,
despidas de qualquer valor;
d) fecho: fórmula de cortesia. Trata-se de parte dispensável;
e) local e data;
f) assinatura: nome e cargo ou função da(s) autoridade(s) ou servidor(es) que apresenta(m) o relatório

Modelos de Relatório
Empresa _________________________________

Relatório da Diretoria Financeira

Senhores Acionistas:

Em cumprimento às disposições legais e estatuárias, submetemos a sua apreciação o Balanço Geral,


referente ao exercício de 2011, a demonstração da conta “Lucros e Perdas” e o parecer do Conselho
Fiscal.
No exercício que encerrou tivemos o imenso prazer de participar na subscrição do capital inicial da
__________ , com R$ __________. A nossa carteira de ações alcança hoje R$ __________ , quase
todo da __________ de grande valor. O nosso capital foi aumentado de R$ ___________ para R$
________ com incorporação do Fundo __________, passando o valor nominal das ações de R$
_________ para R$ ______, e o nosso patrimônio de R$ _________ para __________.
Finalmente nos colocamos inteiramente à disposição de V.S.ª para todos os esclarecimentos que se
fizerem necessários.

Vitória, ___ de _____ de _____ .

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Anexo Livramento – Ba.

______________________
_______________________
Assinaturas

Balanço Geral em: ________________


Ativo ___________________
Passivo __________________

EXERCÍCIO – Faça uma entrevista as pessoas que trabalham na área técnica de informática e pessoas
a quem se pode prestar serviços e faça um relatório abordando as possibilidades de ganho, mercado de
trabalho e projeções para o futuro.

CAPÍTULO 5 – Gramática e Ortografia


Introdução
A falta de capacidade de escrever, falar e ler corretamente decorre, por vezes, da falta do hábito de
ler, pois quem lê com frequência escreve melhor, tem melhor raciocínio, melhor interpretação e melhor
organização de ideias. Mas não é somente essa questão que faz com que tenhamos dificuldades de nos
comunicar. O pouco domínio ou a falta de conhecimento das regras básicas estabelecidas em nosso
código linguístico são, também, fatores importantes que devemos considerar no processo de uma
comunicação eficiente e eficaz. Pensando nisso, propomos nesta unidade recuperar alguns conceitos
gramaticais e ortográficos de nosso código linguístico.
Forma e grafia de algumas palavras que apresentam mais dificuldades para uma comunicação
escrita ideal e o caso das concordâncias
1. Uso do “a” ou “há”
Para saber se você deve usar “a” ou “há” apresentamos aqui algumas dicas para facilitar a
eliminação de dúvidas a esse respeito:
• Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e é conjugado na terceira
pessoa do singular.
Exemplo:
Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Existe um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
• Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim
como o verbo “fazer”.
Exemplos:

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Anexo Livramento – Ba.

Há muito tempo não como esse bolo.


Faz muito tempo que não como esse bolo.
Logo, para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas expressões
indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da frase, emprega-se “há”.
Exemplos:
Há cinco anos não escutava uma música como essa.
Substituindo por faz: Faz cinco anos que não escutava uma música como essa.
• Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”, nem de “tempo
decorrido”, então, emprega-se “a”.
Exemplos:
Daqui a pouco você poderá ir embora.
Estamos a dez minutos de onde você está.
DICA IMPORTANTE
Não se usa “Há muitos anos atrás”, pois é redundante, pleonasmo. Não é necessário colocar
“atrás”, uma vez que o verbo “haver” está no sentido de tempo decorrido.
Concordância Nominal – Regra Geral
Introdução
Concordância é o mecanismo pelo qual algumas palavras alteram suas terminações, para se
adequar harmonicamente umas às outras na frase. Há dois tipos de concordância: a Nominal e a Verbal.
Concordância Nominal
É o acordo entre o nome (substantivo) e seus modificadores (artigo, pronome, numeral, adjetivo)
quanto ao gênero (masculino ou feminino) e o número (plural ou singular).
Exemplo: Minha casa é extraordinária.
Temos o substantivo “casa”, o qual é núcleo do sujeito “Minha casa”. O pronome possessivo
“minha” está no gênero feminino e concorda com o substantivo. O adjetivo “extraordinária”, o qual é
predicativo do sujeito (trata-se de uma oração com complemento conectado ao sujeito por um verbo de
ligação), também concorda com o substantivo “casa” em gênero (feminino) e número (singular).
Para finalizar, veremos mais um exemplo, com análise bem detalhada:
Exemplo: Dois cavalos fortes venceram a competição.
Primeiro, verificamos qual é o substantivo da oração acima: cavalos. Os termos modificadores do
substantivo “cavalos” são: o numeral “Dois” e o adjetivo “fortes”. Esses termos que fazem relação com o
substantivo na concordância nominal devem, de acordo com a norma culta, concordar em gênero e
número com o mesmo.
Nesse caso, o substantivo “cavalos” está no masculino e no plural e a concordância dos
modificadores está correta, já que “dois” e “fortes” estão no gênero masculino e no plural.
Observe que o numeral “dois” está no plural porque indica uma quantidade maior do que “um”.

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Anexo Livramento – Ba.

Então temos por regra geral da concordância nominal que os termos referentes ao substantivo são seus
modificadores e devem concordar com o mesmo em gênero e número.

DICA IMPORTANTE
Localize na oração o substantivo primeiramente, como foi feito no último exemplo. Após a
constatação do substantivo, observe o seu gênero e o número. Os termos referentes ao substantivo são
seus modificadores e devem estar em concordância de gênero e número com o nome (substantivo).
Casos especiais de Concordância Nominal
Lembro que a matéria é complexa e controversa, sujeita a soluções divergentes. As normas que a
seguir mostramos têm como base as regras da gramática normativa.
• Alerta é advérbio e invariável:
Exemplo: Ambos estavam alerta.
Mas atenção: É variável como sinônimo de aviso (substantivo):
Exemplo: As sentinelas deram vários alertas (= vários avisos).
• Menos sempre, menas nunca:
Exemplo: Havia menos alunas na aula.
• Bastante pode ser adjetivo ou advérbio. Como advérbio (intensidade = muito) é invariável:
Exemplo: Eles falam bastante (muito). Como adjetivo concorda com o substantivo: Você ainda
verá bastantes > novidades.
Macete
Para fazermos à diferenciação basta substituirmos [bastante] por [muito]; se muito variar bastante
também ira variar, em qualquer circunstância:
Exemplos: Você conheceu muitas pessoas (muitas = bastantes).
Elas são muito simpáticas (muito = bastante).
• Meio (= um pouco, um tanto) é advérbio e invariável:
Exemplo: A porta estava meio (um tanto) aberta.
Significando metade, concordará com o nome a que se refere:
Exemplo: Tomou meia > garrafa de cerveja.
• Anexo, Incluso e Junto são palavras adjetivas e, como tais, concordam com o nome a que se referem:
Exemplos: Remeto-lhe anexa, inclusa > a fotocópia do recibo.
Remeto-lhe anexos, inclusos > os convites.
Remeto-lhe anexas, inclusas > as faturas.
As irmãs estavam juntas.
Encontrei os amigos juntos.
Mas Atenção: Anexo precedido da preposição [em] fica invariável: Em anexo, seguem as faturas.
Junto à / junto de / junto com (= perto de) são invariáveis:

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Anexo Livramento – Ba.

Exemplos: As certidões seguem junto com / dos / aos documentos.


Construiu os edifícios junto às estações.
• Mesmo, Próprio, são palavras adjetivas e, como tais, concordam com o nome a que se referem:
Exemplos: Ela < mesma / própria fará os convites.
Ele < mesmo / próprio fará os convites.
Mesmo [= de fato, realmente], é invariável: Elas farão mesmo (= de fato) parte do grupo.
• Quite é palavra adjetiva e concorda com o nome a que se refere:
Exemplos: Estou < quite com o serviço militar.
Estamos < quites com o serviço militar.
• Caro e Barato são invariáveis quando usados com o verbo custar:
Exemplo: Curiosidade está custando caro.
Sem o verbo custar concorda com o nome a que se refere:
Exemplo: A gasolina está cara.
• É Bom / É Necessário / É Proibido / É Permitido, estas expressões só concordam com o substantivo se
este vier precedido de um artigo ou palavra semelhante; caso contrário, a expressão fica invariável:
Exemplos: Água mineral é bom para a saúde.
A água mineral é boa para a saúde.
Virtude é necessário. / A virtude é necessária.
Sua demissão não foi boa para o governo.
Bebida alcoólica é proibido. / A bebida alcoólica é proibida.
• Possível quando acompanhado de: o/a mais, o/a menos, o/a melhor, o/a pior; fica no singular:
Exemplos: Recebemos a melhor notícia possível.
Quero um carro o mais barato possível.
Possível irá para o plural quando o [artigo] das expressões estiver no plural:
Exemplo: Vestia roupas as mais modernas possíveis.
A expressão quanto possível é invariável:
Exemplo: Proporcionou-lhes conforto quanto possível.
• Substantivo como Adjetivo (derivação imprópria) não varia:
Exemplo: Mulher monstro. => Mulheres monstro.
• Nenhum varia normalmente:
Exemplo: Vocês não são nenhuns coitadinhos.
O plural só pode ser usado, se o pronome vem antes do adjetivo. Se vier depois, só admite o
singular: Vocês não são coitadinhos nenhum.
• Sós (= sozinho, único) é adjetivo. Concorda em número com o substantivo:
Exemplo: Os dirigentes ficaram sós (= sozinhos).
A locução adverbial [a sós] é invariável:

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Exemplo: Estamos a sós.


• Só (= somente, apenas) é advérbio e invariável:
Exemplo: Nesta sala, só (= somente) os dirigentes podem entrar.
• Obrigado concorda normalmente com o nome a que se refere. A mulher deve dizer [obrigada] (= grata,
reconhecia):
Exemplos: A moça disse: muito obrigada./ O rapaz disse: muito obrigado./ As moças disseram:
muito obrigadas./ Os rapazes disseram: muito obrigados.
• Salvo / Exceto / Obstante é invariável:
Exemplos: Salvo honrosas exceções.
Iremos, não obstante as ordens em contrário.
Os fiscais levaram tudo, exceto os quadros artísticos.
Não confunda salvo (= exceto, menos) preposição, com salvo (= livre, são, salvado), adjetivo que é
variável:
Exemplo: Os fugitivos estão salvos.
• A Olhos Vistos (= visivelmente) é locução adverbial, portanto, invariável:
Exemplo: Lúcia emagrecia a olhos vistos.
• Pronomes de Tratamento que tenham um adjetivo como referente, concordarão com o sexo da pessoa
representada por esse nome:
Exemplos: Vossa Majestade (um rei) está preocupado./ Vossa Majestade (uma rainha) está
preocupada.
• Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos concorda, por norma, com o substantivo mais próximo:
Exemplos: Manifestou profundo respeito e admiração./ Manifestou profunda admiração e respeito.
• Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos haverá duas opções de concordância. O adjetivo
concorda com o substantivo mais próximo.
Exemplos: Encontramos uma jovem e um homem preocupado./ Encontramos um homem e uma
jovem preocupada.
Ou vai para o plural, concordando com os substantivos. Se os substantivos forem gêneros diferentes,
prevalecerá sempre o masculino:
Exemplos: Encontramos uma jovem e um homem preocupados./ Encontramos uma jovem e uma
mulher preocupadas.
As Exceções
a) Se os substantivos forem sinônimos ou puderem ser considerados sinônimos, o adjetivo concordará
com o mais próximo:
Exemplo: Luís tinha ideia e pensamento fixo./ Luís tinha pensamentos e ideias fixas.
b) Se os substantivos forem antônimos o adjetivo deverá ir obrigatoriamente para o plural:
Exemplo: Passei dias e noites frios na Europa.

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Anexo Livramento – Ba.

c) Se o adjetivo só puder referir-se ao último substantivo porque o sentido assim exige, só com ele fará a
concordância:
Exemplo: Comprei livros e pera madura (livros não amadurecem).
d) Quando dois ou mais adjetivos qualificam um único substantivo, ocorrem as seguintes concordâncias:
- Se houver repetição do artigo o substantivo ficará no singular concordando com um adjetivo de cada
vez:
Exemplos: Suportou [a] pressão interna e [a] (pressão) externa./ O produto conquistou [o] mercado
europeu e [o] americano.
- Se não houver repetição do artigo, o substantivo irá para o plural juntamente com o artigo que o
antecede, concordando com todos os adjetivos:
Exemplos: Suportou as pressões interna e externa./ O produto conquistou os mercados europeu e
americano.
e) O adjetivo como predicativo do sujeito for composto, o adjetivo vai para o plural. Se os substantivos
que formam o sujeito forem gêneros diferentes, o adjetivo vai para o plural masculino:
Exemplos: O mar e o céu estavam serenos./ O vale e a montanha são frescos.
- Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, em geral, com o mais próximo:
Exemplos: Escolheste boa hora e lugar./ Escolheste bom lugar e hora.
f) O adjetivo como predicativo do objeto seguem as mesmas regras para o adjetivo como predicativo do
sujeito:
Exemplos: Julgaram o filme e o ator bem fracos./ A prática tornou respeitada a enfermeira e o
médico.
g) Um e outro + substantivo + adjetivo, o substantivo vai para o singular e o adjetivo para o plural:
Exemplos: Um e outro aspecto obscuros./ Uma e outra causa juntas./
Revisando o assunto!!
Exercícios de Concordância Nominal

1) Faça a Concordância Correta rasurando o termo incorreto.


01. Tenho [bastante / bastantes] razões para julgá-lo.
02. Viveram situações [bastante / bastantes] tensas.
03. Estavam [bastante / bastantes] preocupados.
04. Acolheu-me com palavras [meio / meias] tortas.
05. Os processos estão [incluso / inclusos] na pasta.
06. Estas casas custam [caras / caro].
07. Seguem [anexa /anexas] as faturas.
08. É [proibido / proibida] conversas no recinto.
09. Vocês estão [quite / quites] com a mensalidade?

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Anexo Livramento – Ba.

10. Hoje temos [menas / menos] lições.


11. Água é [boa / bom] para rejuvenescer.
12. Ela caiu e ficou [meio / meia] tonta.
13. Elas estão [alerta / alertas].
14. As duplicatas [anexa / anexas] já foram resgatadas.
15. Quando cheguei era meio-dia e [meia / meio].
16. A lealdade é [necessária / necessário].
17. A decisão me custou muito [caro /cara].
18. As meninas me disseram [obrigada / obrigadas].
19. A porta ficou [meia / meio] aberta.
20. Em [anexo / anexos] vão os documentos.
21. É [permitido / permitida] entrada de crianças.
22. [Salvo / Salvos] os doentes, os demais partiram.
23. As camisas estão [caro / caras].
24. Seu pai já está [quite / quites] com o meu?
25. Escolhemos as cores mais vivas [possível / possíveis].
26. É [necessário / necessária] muita fé.
27. É [necessário / necessária] a ação da polícia.
28. A maçã é [boa / bom] para os dentes.
29. [Excetos / Exceto] os dois menores, todos entram.
30. A sala tinha [bastante / bastantes] carteiras.
31. Eram moças [bastante / bastantes] competentes.
32. Suas opiniões são [bastante / bastantes] discutidas.
33. João ficara a [sós / só].
34. É [proibido / proibida] a entrada neste recinto.
35. Bebida alcoólica não é [boa / bom] para o fígado.
36. Maçã é [bom / boa] para os dentes.
37. É [proibida / proibido] a permanência de veículos.
38. V. Exa. está [enganada / enganado], senhor vereador.
39. Está [incluso / inclusa] a comissão.
40. Tenho uma colega que é [meia / meio] ingênua.
41. Ela apareceu [meio / meia] nua.
42. Manuel está [meio / meia] gripado.
43. As crianças ficaram [meia / meio] gripadas.
44. Nunca fui pessoa de [meio / meia] palavra.
45. A casa estava [meia / meio] velha.

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Anexo Livramento – Ba.

46. Quero [meio / meia] porção de fritas.


47. Vocês [só / sós] fizeram isso?
48. Fiquem [alerta / alertas] rapazes.
49. Esperava [menas / menos] pergunta na prova.
50. As certidões [anexa / anexas] devem ser seladas.

Problemas Gerais da Língua Culta


Expressões que nos confundem na produção de textos ou frases
• Acerca de ou há cerca de – Na expressão “há cerca de” está inserido o verbo “haver” no sentido de
tempo decorrido, sem saber o período com exatidão de dias, meses ou anos. Aproxima-se do sentido de
“faz” quando também se refere a tempo. Na dúvida substitua o verbo “há” por “faz”.
Exemplo: Lembramos que a revolução ocorreu há cerca de meio século. (faz cerca de)
Já o termo “acerca” ou a locução prepositiva “acerca de” têm significado de: “a respeito de”,
“sobre algo”.
Exemplos: Falávamos acerca de sua resposta à professora./ Não falei nada acerca disso.
• Tampouco ou tão pouco – Tampouco significa “também não” e é advérbio. Geralmente, é usado na
expressão “nem tampouco” para enfatizar o sentido de negação.
Exemplos: Não sei escrever esta palavra, você tampouco./ Não verifiquei se minha grafia está
correta, nem tampouco a pontuação.
Tão pouco significa “muito pouco” e refere-se à medida (de tempo, de valor).
Exemplos: Faz tão pouco tempo que estamos trabalhando!/ Que bom, o sapato que quero comprar
custa tão pouco!
• Sentar-se na mesa e Sentar-se à mesa – Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa.
Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. O mesmo ocorre “estar ao computador, ao
telefone, ao portão, à janela”.
Exemplos: Todos os dias no almoço, minha família senta-se à mesa./ Um pássaro veio e sentou-
se na mesa.
• Estadia e Estada – Estadia é usada para veículos em geral. Estada é usada para pessoas.
Exemplos: Foi curta minha estada na cidade./ Paguei a estadia de meu automóvel.
• A domicílio e Em domicílio – A domicílio só se usa quando dá ideia de movimento. Em domicílio se usa
sem ideia de movimento:
Exemplos: Enviarei a domicílio seus documentos./ Fazemos entregas em domicílio./ Levaram a
domicílio as compras. / Damos aulas particulares a domicílio.
• Escutar e ouvir – Escutar significa “estar atento para ouvir”. Ouvir significa “perceber pelo sentido da
audição”:
Exemplos: Escutou, a tarde toda, as reclamações da esposa./ Ao ouvir aquele barulho estranho,

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Anexo Livramento – Ba.

saiu em disparada.
• Olhar e Ver – Olhar significa “estar atento para ver”. Ver significa “perceber pelo sentido da visão”:
Exemplo: Quando olhou para o lado, nada viu, pois ele saíra de lá.
• Eminente e Iminente - Eminente quer dizer notável, ilustre, alto, elevado. Iminente, como dito
anteriormente, expressa algo que vai ocorrer em breve.
Exemplos: João era figura eminente em seu bairro, pois era um cozinheiro de mão cheia!/ O prédio
precisou ser interditado, pois havia perigo iminente.
• “Traz” e “Trás” – Termo “trás” (com acento e grafado com “s”) tem o mesmo significado de atrás,
detrás. Tem função de advérbio de lugar, vem sempre acompanhado de uma preposição, formando com
esta uma locução adverbial:
Exemplos: Ela olhou para trás e se arrependeu do que fez./ O menino surgiu de trás da moita.
O termo “traz” (sem acento e escrito com “z”) tem o mesmo significado de conduzir, transportar, causar,
ocasionar, oferecer. É a conjugação do verbo “trazer” na terceira pessoa do singular do indicativo ou na
primeira pessoa do singular do imperativo.
Exemplo: Ele traz notícias boas para nós!
• Se não / Senão – Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso
não”, “quando não” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva
direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa. Use “senão” quando puder substituir por “do
contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.
Exemplos: Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo) Se
não fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não)
• Este, Esta, Isto / Esse, Essa, Isso - “Esse” ou “este” são pronomes demonstrativos que tem suas
formas variáveis de acordo com o número ou gênero. A definição de pronomes demonstrativos
demonstra muito bem a função desses: são empregados para indicar a posição dos seres no tempo e
espaço em relação às pessoas do discurso: quem fala (1ª pessoa) e com quem se fala (2ª pessoa).
Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso.
a) Este, esta e isto – são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, é
usado no presente.
Exemplos: Este brinco na minha orelha é meu./ Esta meia no meu pé é minha./ Isto aqui na minha
mão é de comer?
b) Esse, essa, isso – são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala, ou seja,
da 2ª pessoa (tu, você). Em relação ao tempo é usado no passado ou futuro.
Exemplos: Quando comprou esse brinco que está na sua orelha?/ É sua essa escova que caiu?/
Isso que você pegou na geladeira é de comer?
Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este” lembre-se: “este” (próximo a mim,
presente) e “esse” (distante de mim, passado e futuro).

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Anexo Livramento – Ba.

• Mas/Mais - Mas: conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto. Mais: pronome ou
advérbio de intensidade, opõe-se a menos:
Exemplos: A felicidade voa tão leve, mas tem a vida breve./ Este é o curso mais caro da
faculdade.
• Onde/Aonde – Onde: lugar em que se está ou que se passa algum fato. Aonde: indica movimento
(refere-se a verbos de movimento):
Exemplos: Onde vai ser a festa?/ Aonde você vai domingo à noite?
• Que/Quê – Que: pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva. Quê: monossílabo tônico,
substantivo, ou interjeição.
Exemplos: Convém que você durma bastante./ Você tem sede de quê?
• Mal/Mau – Mal: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial. Mau:
adjetivo (ruim, de má qualidade).
Exemplos: Sua aula foi mal preparada. (advérbio)/ A criança sofre desse mal há dois anos.
(substantivo)/ Tive um mau presságio hoje. (adjetivo)
• Ao encontro de/De encontro a – Ao encontro de: significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”. De
encontro a: indica oposição, colisão.
Exemplos: Para não sofrer fui ao encontro dela./ Seus sonhos sempre vieram de encontro aos
meus.
• Afim/A fim – Afim: adjetivo que indica igual, semelhante. A fim: indica finalidade:
Exemplos: Tínhamos ideias afins./ Vesti-me a fim de ir ao cinema.
• A par/ Ao par – A par: sentido de “bem informado”. Ao par: indica igualdade entre valores financeiros.
Exemplos: Eu não estou a par das novidades./ O dólar está ao par do real.
• Demais/De mais - Demais: advérbio de intensidade, sentido de “muito”. Demais também pode ser
pronome indefinido, sentido de “os outros”. De mais: opõe-se a de menos.
Exemplos: Você é linda demais./ O papa rezava enquanto os demais dormiam./ Não vejo nada de
mais em sua atitude.
• Na medida em que/ À medida que – Na medida em que: equivale a porque, já que, uma vez que. À
medida que: indica proporção, equivale a à proporção que.
Exemplos: Na medida em que os alunos foram saindo a escola foi ficando deserta./ A emoção
aumentava à medida que o Brasil ganhava mais uma medalha.
• Nenhum/nem um – Nenhum é o oposto de algum Nem um equivale a nem sequer um.
Exemplos: Nenhuma composição daquele músico fez sucesso./ Nem um aluno ficará no pátio,
quanto mais sete!
• Dia-a-dia/dia a dia – Dia-a-dia significa cotidiano Dia a dia significa cada dia.
Exemplos: Ela reclama de seu dia-a-dia doméstico./ No dia a dia era uma pessoa infeliz.
• Fim-de-semana/fim de semana – Fim-de-semana significa descanso. Fim de semana significa final de

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Anexo Livramento – Ba.

semana.
Exemplos: Passarei o fim-de-semana no sítio./ Ela faz o curso de pós-graduação nos fins de
semana.
• Meio-dia e meio ou meio-dia e meia? – A expressão meio-dia e meio (12h 30min.) é comumente dita,
no entanto, é incorreta, pois o numeral fracionário meio deve concordar em gênero com a palavra da
qual ele é uma fração.
Exemplos: Comprei três metros e meio de tecido (três metros mais meio metro)./ Andei duas
léguas e meia para chegar até aqui. (duas léguas mais meia légua).
Podemos concluir que a expressão correta é meio-dia e meia, já que o numeral fracionário
concorda em gênero com a palavra hora, embora essa esteja subtendida.
• Meu óculos ou meus óculos? – A palavra óculos, assim como parabéns, férias, núpcias, é comumente
usada no plural, já que seu singular, “óculo”, é desconhecido da maioria. Quanto ao seu uso, há duas
opções: ou usamos tudo no plural, ou usamos tudo no singular:
Exemplos: Os meus óculos novos./ O meu óculo novo.
A estrutura apresentada no plural é a preferida.
• Quite ou Quites? – É questão só de atenção. Veja: usa-se quite para o singular quites para o plural:
Exemplos: Ele está quite com a tesouraria./Eles estão quites com a tesouraria.
• Meio x Meia - Uma regra prática para empregar corretamente o advérbio meio ou o adjetivo meia é
tentar substituir esses termos pelas palavras mais ou menos e metade, respectivamente. Onde couber a
palavra mais ou menos, emprega-se o termo meio (advérbio); onde couber a palavra metade, emprega-
-se o termo meia (adjetivo).
Exemplos: Eles acrescentaram meia porção de frios ao pedido original. [Adjetivo]...[meia porção =
metade de uma porção] / Elas estavam meio preocupadas hoje. [Advérbio]...[meio preocupadas = mais
ou menos preocupadas]
• Ao invés, invés ou em vez de? – Muita dúvida surge no emprego de “ao invés”, “invés” ou “em vez de”
e é comum, uma vez que são muito semelhantes na grafia e também no significado. Primeiramente, o
termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”, “avesso". Na expressão “ao
invés”, o substantivo “invés” continua com o mesmo significado, contudo, é utilizada para indicar
oposição a algo ou alguma coisa e, portanto, significa “ao contrário de”. Geralmente vem acompanhada
da preposição “de”:
Exemplos: A empresa de cobrança ao invés de enviar o boleto, optou pelo débito em conta./ Ao
invés de protestar seu nome, conceder-lhe-ei uma nova chance.
O termo “invés” é substantivo e variante de “inverso” e significa “lado oposto”, “avesso". Já a expressão
“em vez de” é mais empregada com o significado de “em lugar de”, porém, pode significar “ao invés de”,
“ao contrário de”:
Exemplos: A menina assistiu à TV em vez de filme. (não poderá ser usado “ao invés de”, pois não

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Anexo Livramento – Ba.

há oposição de termos).
A professora, em vez de diminuir a nota do aluno, aumentou-a (a expressão “em vez de” poderia
ser substituída por “ao invés de”, pois temos termos contrários “diminuir” e “aumentou”).
Se “em vez de” pode significar “ao invés de”, como poderemos identificar o emprego de ambas as
expressões? A expressão de “em vez de” pode ser empregada em múltiplas circunstâncias, desde que
seus significados sejam mantidos. Já “ao invés de” poderá ser aplicada somente quando há termos que
indicam oposição na frase, significando “ao inverso de”.
• Por que / Por quê / Porque ou Porquê? – O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz
muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não
haja mais imprecisão a respeito desse assunto.
a) Por que – O por que tem dois empregos diferenciados:
- Quando fora junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado
de “por qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)/ Não sei por que não quero ir. (por
qual motivo)
- Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e
poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)
b) Por quê – Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir
acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos: Vocês não comeram tudo. Por quê? / Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de
carro.
c) Porque – É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para
que”.
Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)/ Não vá fazer intrigas
porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
d) Porquê – É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo,
pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)/ Diga-
me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)
• Sessão, Cessão ou Seção – Você sabe o que são palavras homófonas? Se não, aí vai a definição: são
as palavras que possuem o mesmo som, mas diferentes escritas. E é justamente o caso de sessão,
seção e cessão. Quanto à oralidade, não há problema algum no emprego das mesmas. Mas quando se
trata da escrita são praticamente inevitáveis certos equívocos. No entanto, não vamos nos conformar
quanto às dúvidas, ao contrário, vamos esclarecê-las e, ao mesmo tempo, nos livrar da situação
incômoda de não saber qual escrever. Vejamos:

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Anexo Livramento – Ba.

a) Sessão – Tem sentido de reunião ou algo que você vá fazer sentado, já que a palavra é derivada do
latim “sessio” que significa “sentar-se”:
Exemplos: Vamos à sessão das nove e meia!/ A sessão durou mais do que o previsto./ Decidimos
fazer uma sessão extra para decidir o novo acordo.
b) Cessão – Tem sentido de ceder, doar, transferir algo a alguém.
Exemplos: Será necessário fazer uma cessão de direitos./ A herança constitui, primeiramente, no
ato de cessão dos direitos aos herdeiros./ A cessão do capital foi autorizada pelo doador.
c) Seção – Tem sentido de separar, repartir. Portanto, está adequada para repartições de empresas.
Exemplos: A seção de registro é logo à frente./ Qual a sua seção eleitoral?/ Para esclarecer sua
dúvida vá até a seção de atendimento, por favor.

É importante internalizar os sentidos das palavras em questão, e não apenas decorá-las. Para isso,
tenha sempre em mente pelo menos um significado de cada uma: cessão/ceder, sessão/sentar,
seção/repartir. Depois disso, é só escrever sem se preocupar em estar cometendo algum erro ou de
arranjar um sinônimo para não ter que escrever a palavra.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) Elabore uma frase de cada expressão abaixo, empregando-as conforme estabelece a norma
gramatical. NÃO UTILIZE FRASES DESTA APOSTILA.
Acerca de
Há cerca de
Sessão
Cessão
Porquê
Quites
Onde
Por quê
Meio
Em vez de
Mais
Menos

Concordância Verbal
Regra Geral
Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o verbo
concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver no plural, o
mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se

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Anexo Livramento – Ba.

procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? Ou Que(m) é que
possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar.
Por exemplo, a frase As instalações da empresa são precárias tem como sujeito “as instalações da
empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são precárias, e não a empresa; por isso
o verbo fica no plural.
Até aí tudo bem. O problema surge, quando o sujeito é uma expressão complexa, ou uma palavra
que suscite dúvidas. São os casos especiais, que estudaremos agora.
Casos
• Coletivo – Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando, multidão, matilha,
arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique diversos elementos, como, por
exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande parte, metade, porção, etc., poderão ocorrer três
circunstâncias:
a) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de qualquer restritivo: Nesse caso, o verbo
ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.
Exemplos: A multidão invadiu o campo após o jogo./ O bando sobrevoou a cidade./ A maioria está
contra as medidas do governo.
b) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural: Nesse caso, o verbo tanto
poderá ficar no singular, quanto no plural.
Exemplos: A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo./ O bando de
pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade./ A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do
governo.
c) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de restritivo, e se encontra distante do verbo:
Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Exemplos: A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
A maioria, hoje em dia, está / estão contra as medidas do governo.

• Um milhão, um bilhão, um trilhão – Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no
singular. Caso surja a conjunção e, o verbo ficará no plural.
Exemplos: Um milhão de pessoas assistiu ao comício./ Um milhão e cem mil pessoas assistiram
ao comício.
• Mais de, menos de, cerca de, perto de – Quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o
verbo concordará com o numeral que vier imediatamente à frente.
Exemplos: Mais de uma criança se machucou no brinquedo./ Menos de dez pessoas chegaram na
hora marcada./ Cerca de duzentos mil reais foram desviados.
- Quando Mais de um estiver indicando reciprocidade ou com a expressão repetida, o verbo ficará no

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Anexo Livramento – Ba.

plural.
Exemplos: Mais de uma pessoa agrediram-se./ Mais de um carro se entrechocaram./ Mais de um
deputado se xingaram durante a sessão.
• Nome próprio no plural – Quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o
elemento a que ele se refere.
a) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Exemplos: Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.
b) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo; caso não haja artigo,
o verbo ficará no singular.
Exemplos: Os Estados Unidos comandam o mundo./ Campinas fica em São Paulo./ Os Andes
cortam a América do Sul.
• Qual de nós / Quais de nós – Quando o sujeito contiver as expressões ...de nós, ...de vós ou ...de
vocês, deve-se analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:
a) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada um, alguém,
algum...), o verbo deverá ficar no singular.
Exemplos: Quem de nós irá conseguir o intento?/ Quem de vós trará o que pedi?/ Cada um de
vocês deve ser responsável por seu material.
b) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns, muitos...), o verbo
tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar com o pronome nós ou vós.
Exemplos: Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?
Quais de vós trarão / trareis o que pedi?
Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material.
• Pronomes Relativos – Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o
seguinte:
a) Pronome Relativo que – O verbo concordará com o elemento antecedente.
Exemplos: Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça)/ Fomos nós que telefonamos a
você. (Nós telefonamos a você)/ Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram
expulsos)
b) Pronome Relativo quem – Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", utiliza-se o verbo na terceira
pessoa do singular, ou este concorda com o seu antecedente, ou seja, é flexionado de acordo com o
sujeito.
Exemplos: Fui eu quem trouxe os presentes./ Fomos nós quem respondemos às questões.
• Crase – A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa, crase é a
fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificar principalmente a contração ou
fusão da preposição a com os artigos definidos femininos (a, as) ou com os pronomes demonstrativos a,

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Anexo Livramento – Ba.

as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro, aqueloutro.


Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:
1) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento grave indicativo de crase
diante de palavras que não sejam femininas.
Exemplos: O sol estava a pino. (sem crase, pois pino não é palavra feminina)./ Ela recorreu a mim.
(sem crase, pois mim não é palavra feminina)./ Estou disposto a ajudar você. (sem crase, pois ajudar
não é palavra feminina).
2) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-
se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que
indicar procedência, surgir da, diante do que indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá
crase.
Exemplos: Vou a Porto Alegre. (sem crase, pois Venho de Porto Alegre)./ Vou à Bahia. (com
crase, pois Venho da Bahia).
3) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outra masculina; se,
diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Exemplos: Assisti à peça. (com crase, pois Assisti ao filme)./ Paguei à cabeleireira. (com crase,
pois Paguei ao cabeleireiro)./ Respeito as regras. (sem crase, pois Respeito os regulamentos).
Casos Especiais
1) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e à maneira de, mesmo
que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorre crase.
Exemplos:Fizemos um churrasco à gaúcha./ Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e
espaguete à bolonhesa./ Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.
2) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre crase.
Exemplos: à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à esquerda,
à vontade, à revelia...
3) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase.
Exemplos: à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à
proporção que...
4) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução prepositiva, ou seja,
se não houver a preposição de, não ocorrerá crase.
Exemplos: Reconheci-o a distância./ Reconheci-o à distância de duzentos metros./
5) Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da preposição a com o pronome
demonstrativo a, as (= aquela, aquelas).
Exemplos: Essa roupa é igual à que comprei ontem./ Sua voz é igual à de um primo meu.
6) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir
a preposição a, ocorre crase.

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Anexo Livramento – Ba.

Exemplos: A cena à qual assisti foi chocante. (quem assiste, assiste a algo)
7) Quando o “a” estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase.
Exemplos: Referi-me a todas as alunas, sem exceção./ Não gosto de ir a festas desacompanhado.
8) Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, a não ser que cause ambiguidade.
Exemplos: Preencheu o formulário a caneta./ Paguei a vista minhas compras.
Nota: Modernamente, alguns gramáticos estão admitindo crase diante de adjuntos adverbiais de meio,
mesmo não ocorrendo ambiguidade.
9) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a
preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.
Exemplos: Referi-me a sua professora./ Referi-me à sua professora.
10) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, quando esta for necessária ao elemento
anterior ao até, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa.
Exemplos: Fui até a secretaria ou Fui até à secretaria, pois quem vai, vai a algum lugar.
11) A palavra CASA – A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá crase
diante da palavra casa nesse caso.
Exemplos: Cheguei a casa antes de todos./ Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos.
12) A palavra TERRA – Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, consequentemente,
quando houver a preposição a, ocorrerá a crase; significando chão firme, solo, só tem artigo, quando
estiver especificada, portanto só nesse caso poderá ocorrer a crase.
Exemplos: Os astronautas voltaram à Terra./ Os marinheiros voltaram a terra./ Irei à terra de meus
avós.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Faça a Concordância Correta rasurando o verbo incorreto.
01. O pessoal não [gostaram / gostou] da festa.
02. A turma [gostou / gostaram] da aula de ontem.
03. Metade dos alunos [fez / fizeram] o trabalho.
04. Um bloco de foliões [animavam / animava] a festa.
05. Uma porção de índios [surgiram / surgiu] do nada.
06. Um bando de pulhas [saqueou / saquearam] as casas.
07. A maior parte dos recursos se [esgotou / esgotaram].
08. O povo [aclamou / aclamaram] o candidato.
09. A multidão [invadiu / invadiram] o campo.
10. Os Estados Unidos [é / são] um país rico.
11. Minas Gerais [são / é] um belo estado.

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Anexo Livramento – Ba.

12. Os Andes [fica / ficam] na América do Sul.


13. A maior parte dos carros [tinham / tinha] defeitos.
14. O bando [fuçava / fuçavam] a casa deserta.
15. A maioria [está / estão] contra o aumento do pão.
16. O Amazonas [correm / corre] para o mar.
17. Os Lusíadas [tornaram / tornou] Camões imortal.
18. Os Imigrantes [agradou / agradaram] os telespectadores.
19. Os Três Mosqueteiros [são / é] de Alexandre Dumas.
20. Vossa Excelência [agiu / agistes] com moderação.
21. Vossa Senhoria [está / estais] melhor agora?
22. Vossa Senhoria me [entendeu / entendestes] mal.
23. Vossa Excelência se [enganaste / enganou].
24. Vossa Senhoria [continuais / continua] zangado comigo?
25. Os cardumes [subiam / subia] o rio.
26. Metade das laranjas [estava / estavam] podre(s).
27. A multidão [vociferava / vociferavam] ameaças.
28. Alguém dentre vós [sois / é] culpado(s).
29. [Chegava / Chegavam] à multidão de passageiros.
30. Mais de mil pessoas [acertaram / acertou] na loteria.
31. Mais de um avião [caíram / caiu] este mês.
32. Mais de um jogador se [xingava / xingavam].
33. Mais de um funcionário [foram / foi] exonerado(s).
34. Mais de um político se [desacatou / desacataram].
35. Minhas férias [é / são] um período de descanso.
36. Frases [é / são] o sujeito da oração.
37. Lágrimas [é /são] coisa que ele não tem
38. Itens nuca [teve / tiveram] acento gráfico.
39. Nenhum de nós [sabíamos / sabia] disso.
40. Alguns de nós [viveremos / viverá] até lá.
41. Quais de vocês me [faria / fariam] esse favor.
42. Nenhuma de nós a [viu / vimos].
43. Somos nós quem [levamos / leva] o prejuízo.
44. Foram eles quem [escreveu / escreveram].
45 Fomos nós que [pichou / pichamos] o muro.
46. Fui eu que [espalhei / espalhou] os boatos.
47. Fui eu quem [enviei / enviou].

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Anexo Livramento – Ba.

48. Montes Carlos [ficam / fica] em Minas Gerais.


49. Minas Gerais [possuem / possui] grandes jazidas.
50. Vassouras [são / é] uma cidade fluminense.

Ortografia

A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se
no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e
pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto,
do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se
em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).
Fique bastante atento e prepare-se para as novas adaptações!
Em 12 de outubro de 1990, a Academia Brasileira de Letras, Academia das Ciências de Lisboa e
delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, aprovaram em
Lisboa um projeto de ortografia unificada da Língua Portuguesa.
O novo acordo ortográfico entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009. Visa à unidade da língua, o
aumento de seu prestígio social e a redução, ou até mesmo a extinção das barreiras encontradas pelos
países e falantes lusófonos quando, por exemplo, tentam difundir suas conquistas, reflexões e
conteúdos, pois as diferenças ortográficas atrapalham a circulação de tais obras.
O Novo Acordo Ortográfico foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países
lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial.
Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a
grafia hoje vigente como a nova será aceita oficialmente. A partir de 1º de janeiro de 2016, a grafia
correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo.
Algumas Regras Novas
- Trema: o trema deixa de existir, com exceção de palavras de nomes próprios estrangeiros.
Exemplos: mülleriano, de Müller.
- Acentuação: o acento dos ditongos orais abertos “éi” e “ói” desaparece nas palavras paroxítonas. O
acento se mantém caso se trate de oxítonas. herói, heroico.
Exemplos: herói, heroico.
- H inicial: emprega-se por força da etimologia e em virtude da adoção convencional.
Exemplos: homem, humor, hã?, hum!
Mantém-se numa palavra composta ligada a um elemento anterior por meio do hífen.

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Anexo Livramento – Ba.

Exemplos: pré-história, anti-higiênico.


Em Portugal, o "h" inicial será suprimido, apesar da etimologia, quando sua ausência já está consagrada
pelo uso, como em erva (herva) e úmido (húmido). Suprime-se em composição por aglutinação:
desarmonia, inábil, reabilitar.
- Alfabeto: O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", do "w" e do "y".
Usadas principalmente em siglas e palavras originárias de outras línguas.
Exemplos: Franklyn, Darwin, darwinismo, Kuwait, Kuwaitiano, km (para quilometro), kg (para
quilograma), kW (para kilowatt).
 Quanto à grafia correta em língua portuguesa
1) O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç:
 as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos:
Pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir
aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir – consensual.
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
 os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou meter.
Exemplos:
Agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso
/ percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter
– submissão.
 quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por “s”.
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir.
 no pretérito imperfeito simples do subjuntivo.
Exemplos: ficasse, falasse.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
 os vocábulos de origem árabe.
Exemplos: cetim, açucena, açúcar.
 os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique.
 os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço.
 nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.

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Anexo Livramento – Ba.

 após ditongos.
Exemplos: foice, coice, traição.
 palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r).
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
2) O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
 os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
 os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
 as formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
 nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir – difusão.
 os diminutivos cujos radicais terminam com s.
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
 após ditongos.
Exemplos: coisa, pausa, pouso.
 em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar.
Escreve-se com Z e não com S:
 os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo.
Exemplos: macio - maciez / rico – riqueza.
 os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s).
Exemplos: final - finalizar / concreto – concretizar.
 como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho – lapisinho.
3) O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
 as palavras de origem grega ou árabe.
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
 estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
 as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções).
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.

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Anexo Livramento – Ba.

Observação:
Exceção: pajem
 as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
 os verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
 depois da letra "r" com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
 depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
 as palavras de origem latinas.
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
 as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jiboia, manjerona.
 as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje.
4) O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
 as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
 as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampú, lagartixa.
 depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
 depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval.
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente).
Escreve-se com CH e não com X:
 as palavras de origem estrangeira.
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
5) As letras e e i:
 os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno. cãibra.
 os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue.
 Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.

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Anexo Livramento – Ba.

 atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área
(superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir
(mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a
seguir. Assinale-a:
Na cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador.
a) mendingos; reivindicar; rebuliço
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço
c) mindigos; reivindicar, reboliço
d) mendigos; reivindicar, rebuliço
e) mendigos; reivindicar, reboliço
2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre
parênteses:
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
3. (TRE-SP) Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ...... .
a) escusas - a fim - mal-entendidos
b) excusas - afim - mal-entendidos
c) excusas - a fim - malentendidos
d) excusas - afim - malentendidos
e) escusas - afim - mal-entendidos
4. (TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar
b) estrangeiro - naturalisar
c) extranjeiro - naturalizar
d) estrangeiro - naturalizar
e) estranjeiro - naturalisar
5. (TTN) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) quiseram, essência, impecílio
b) pretencioso, aspectos, sossego
c) assessores, exceção, incansável

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Anexo Livramento – Ba.

d) excessivo, expontâneo, obseção


e) obsecado, reinvidicação, repercussão
6. (FT) A alternativa cujas palavras se escrevem respectivamente com -são e -ção, como "expansão" e
"sensação", é:
a) inven..... / coer.....
b) absten..... / asser.....
c) dimen..... / conver.....
d) disten..... / inser.....
e) preten..... / conver..
7. (U-UBERLÂNDIA) Das palavras abaixo relacionadas, uma não se escreve com h inicial. Assinale-a:
a) hélice
b) halo
c) haltere
d) herva
e) herdade
8. (EPCAR) Só não se completa com z:
a) repre( )ar
b) pra( )o
c) bali( )a
d) abali( )ado
e) despre( )ar
9. (EPCAR) Completam-se com g os vocábulos abaixo, menos:
a) here( )e
b) an( )élico
c) fuli( )em
d) berin( )ela
e) ti( )ela
10. (BB) Alternativa correta:
a) estemporanêo
b) escomungado
c) esterminado
d) espontâneo
e) espansivo
"Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles sabem que
se recusam a aprender, reaprender e voltar a aprender"

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Anexo Livramento – Ba.

Alvin Toffler

REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de; HENRIQUES, Antônio; Língua Portuguesa: noções básicas para
cursos superiores. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2000.
MARCUSCHI, L. A. “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” In DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros
textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna,2002.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental. 24 ed. Porto Alegre:
Sagra Luzzatto, 2003.
MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental: para cursos de contabilidade, economia e
administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
CIPRO NETO, Pasquale. Coleção professor Pasquale explica. Barueri, SP: Gold Editora, 2011
PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. Ed. Renovada. São Paulo: FTD, 2008.
Fontes de pesquisa
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=entropia)
http://opiniaocorderosa.blogspot.com/2011/02/linguagem-corporal-seu-corpo-diz-o-que.html
http://rh-td.blogspot.com/2008/11/barreiras-nas-comunicaes.html
http://www.attender.com.br/publico/dicas/comun-bases.htm
http://www.dicio.com.br/hodierno/
http://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=venalidade.
http://www.dicio.com.br/hermetico/
http://www.dicio.com.br/dialetico/
http://www.dicio.com.br/empirismo/
http://www.dicio.com.br/gnosiologia/
http://www.youtube.com/watch?v=OHM15CXDRYA
http://www.dicio.com.br/cusco_2/
http://www.infoescola.com/redacao/narracao/
http://www.brasilescola.com/redacao/o-texto-descritivo.htm
http://www.brasilescola.com/redacao/redacao-tecnica.htm
http://www.gfsolucoes.net/trabalhos/correspondencia.pdf
http://www.tudobox.com/460/modelo_de_email_formal.html
http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/29945/termo-de-ocorrencias-modelo-6/
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/54626
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1678049
http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/mas-ou-mais-onde-ou-aonde.htm

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Anexo Livramento – Ba.

http://www.mundovestibular.com.br/articles/271/1/Meio-x-Meia/Paacutegina1.html
http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/sessao-secao-ou-cessao.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/redacao/crase-4.php

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