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Como Falar em Público - DO - FDUAN

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O presente texto destina-se ao uso dos estudantes da disciplina de Direito das Obrigações da FDUAN, sendo a sua

autoria pertencente à disciplina de Técnicas de Expressão da UNL de Portugal

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO

Como falar em público

“Quando falares, procura que as tuas palavras sejam melhores que o teu silêncio.”
(Provérbio Indiano)

Pesquisas feitas em diversos países indicam que o medo de falar em e


para o público é tão significativo que chega até a “superar o medo da
morte! “

Independentemente de sua posição profissional ou social, num momento


qualquer, será necessário falar para uma plateia. Pode ser durante uma
dissertação, numa reunião na empresa, na apresentação de um trabalho
académico, durante um evento social ou mesmo em ocasiões informais
com os amigos.

A boa notícia é que todos nós podemos aprender técnicas para falar em
público, superando receios e constrangimentos, alcançando êxito na
transmissão da mensagem:

Para isso, tenha em conta os seguintes itens;

1. Domine o tema. Procure falar a respeito de um assunto sobre o qual


tenha domínio. Pode ser fruto de sua experiência pessoal, académica ou
profissional. O facto é que conhecer o assunto com certa profundidade
torna a sua exposição mais original, espontânea e cadenciada,
conferindo-lhe maior tranquilidade e credibilidade.

2. Conheça os seus ouvintes. Saiba previamente com quem ou para


quem irá falar e procure informações sobre o seu perfil. Cada audiência
requer uma abordagem diferenciada, porque tem características e
expectativas próprias.

Imagine como dirigir-se a professores, estudantes ou executivos, jovens e


idosos, pós-graduados ou pessoas com menor instrução. A linguagem e
os exemplos seguramente serão distintos em cada situação.

3. Conheça o espaço físico. Visite com antecedência o ambiente no qual


irá discursar. Avalie as suas dimensões e o impacto sobre a acústica, a
O presente texto destina-se ao uso dos estudantes da disciplina de Direito das Obrigações da FDUAN, sendo a sua
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disposição dos assentos em relação ao palco ou ao local em que ficará


colocado (a), o índice de luminosidade, as áreas de circulação. Mais do
que tudo isso, perceba o ambiente a fim de se sentir confortável no
momento da exposição.

4. Use a roupa certa. Fato e gravata para homens, tailleur para as


mulheres, certo? Não necessariamente. Dependendo das características
do evento, um traje mais informal pode ser recomendável e garantia de
sucesso.

5. Crie “nuances” com a sua voz. Uma palestra ou intervenção pública


tem como característica o facto de ser, em essência, um monólogo, ainda
que o conferencista utilize recursos variados, incluindo a participação da
plateia. Por isso, durante a exposição, alterne a entonação e a velocidade
da voz, ora falando mais alto, ora sussurrando; ora discorrendo
pausadamente, ora acelerando as frases.

6. Pronuncie bem as palavras. Além de pronunciar as vogais em


ditongos e os “r” e “s” em finais de palavras, atente para evitar o uso de
cacofonias como “né”, “ããã”, entre outros, uma vez que estes podem
comprometer a qualidade da comunicação. Procure “aprimorar” sempre a
sua dicção, articulando com correcção, palavras e sons.

7. Cuidado com o vocabulário. A linguagem utilizada na comunicação


deve estar adequada ao perfil dos participantes. Assim, jargão
profissional e termos técnicos podem ser utilizados com os seus pares,
mas são inadequados para uma audiência heterogénea. Além disso,
tenha atenção especial em relação às regras gramaticais, conjugação de
verbos, concordância, coesão e coerência textual.

8. Use a expressão corporal. Albert Mehrabian, professor de psicologia


da Universidade da Califórnia (UCLA), conduziu a partir de 1967 estudos
que originaram a Teoria 7-38-55, publicada no Journal of Consulting
Psychology com o título “Inference of attitudes from nonverbal
communication in two channels”.

O estudo indica que no processo de comunicação;

somente 7% do impacto da mensagem decorre de seu


conteúdo,
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38% da comunicação verbal (intensidade e velocidade da voz)


55% da linguagem não-verbal (gestos, postura, contacto
visual).

Portanto, o sucesso da comunicação interpessoal não está naquilo que


você diz, mas em como diz.

9. Conquiste a atenção da audiência. Olhe com atenção para a plateia,


percorrendo todo o ambiente. Movimente-se para alterar o campo visual
de atenção. Aproxime-se das pessoas e procure interagir com elas.
Perceba os sinais emitidos, de interesse ou dispersão da sua mensagem,
alterando, assim, a abordagem, seja por meio de inflexão de voz ou de
mudança no foco temático.

A ordem é persuadir e cativar o público. E lembre-se: os primeiros


minutos da sua exposição são fundamentais. É o momento em que as
pessoas estão mais desarmadas e susceptíveis de serem conquistadas por
si. É aconselhável o recurso a audiovisuais a fim de ganhar a atenção dos
participantes com os sons e as imagens que se integrem no conteúdo
transmitido.

10. Cultive o bom humor. Conduza a sua apresentação com naturalidade


e descontracção, transmitindo a mensagem desejada de forma agradável,
com tranquilidade e toques de bom humor. Um semblante sereno e um
sorriso autêntico são capazes de quebrar resistências, mudar opiniões e
romper barreiras aparentemente intransponíveis.

11. Cuidado com piadas e desculpas. Bom humor não remete


necessariamente para contar piadas. Todavia, caso deseje fazê-lo, evite
piadas de cunho político e religioso, pois é grande o risco de agradar a
alguns e ferir outros. Também é aconselhável evitar desculpar-se com
problemas físicos, por exemplo. Se estiver constipado, por exemplo, ao
desculpar-se pelo seu estado no início da apresentação, fará com que a
audiência se concentre ainda mais no seu problema, o qual poderia até
passar despercebido.

12. Planeie o discurso. Começo, meio e fim. Definir uma estrutura lógica
para a sua apresentação ajudá-lo-á a organizar as suas ideias , facilitando
o entendimento da plateia. Faça a abertura informando sobre o que irá
falar, desenvolva o raciocínio e conclua, fazendo um pequeno resumo
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antes do fecho. Se pretender apresentar uma solução para um problema,


informe antes qual é o problema.

13. Fale de improviso. Este é um reforço da recomendação inicial de se


dominar o assunto que será abordado. É importante ter uma estrutura de
discurso mentalmente definida, conforme mencionado, mas não se cole a
isso como uma norma, mas sim como um guia. Esteja livre para mudar o
conteúdo e a ordem de sua apresentação. E lembre-se de que imprevistos
ocorrem, como problemas técnicos com equipamentos que podem
interferir no seu desempenho.

14. Responda a perguntas. Disponibilize-se sempre para responder às


questões dos participantes. É evidente que para fazê-lo, deverá dominar o
tema, mostrando-se preparado para um eventual debate, eventualmente,
de uma plateia hostil.

Mantenha a serenidade e não se iniba em declinar perguntas para as quais


desconhece a resposta. Demonstre uma postura segura.

15. “Capriche” no encerramento. Uma mensagem poderosa e


consistente no final da sua apresentação poderá ganhar a simpatia de
uma plateia, inclusive daqueles que estiveram reticentes ao longo de toda
a sua explanação.

ISS

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