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Modalidade Arco e Flecha - Apostila

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Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

MODALIDADE ARCO E FLECHA

 1. Conhecer e explicar todas as regras de segurança do arco e flecha.


 2. Identificar as partes de uma flecha.
 O processo
 3. Identificar as partes de um arco.
 4. Corretamente e com segurança, tencionar a corda do arco.
 5. Descrever e mostrar como usar: braço que segura o arco, dedos
de gatilho, aljava, tiro ou largada, corda.
 6. Demonstrar as seguintes técnicas de tiro:
 a. postura
 b. posicionamento da flecha (nock point)
 c. puxada
 d. apoio
 e. empunhadura e mira
 f. largada
 g. acompanhamento da flecha
 7. Por que é necessário ter a flecha bem posicionada na corda do
arco (nock point)?
 8. Usando um arco – padrão olímpico – alcançar um dos resultados
a seguir:
 a. Competição em local fechado: 30 flechas (5 rodadas) a 18 metros;
fazer 50 pontos num alvo de 60cm.
 b. Competição ao ar livre: 30 flechas (5 rodadas) a 25 metros; fazer
170 pontos num alvo de 122cm.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

UM POUCO DA HISTÓRIA DO ARCO E FLECHA...

História - Antigüidade

Podemos precisar a data de origem de todos os esportes conhecidos nos tempos


modernos e antigos, mas como o arqueirismo isso não aconteceu pois todas as
informações que possuímos se perdem nas origens mais remotas da civilização
humana. Pesquisas feitas em restos arqueológicos trançando-se a presença de
Carbono 14, informam a presença do arqueirismo cerca de 25.000 anos atrás,
tão antigo portanto como as mais remotas manifestações de civilização, e a
descoberta dessa arma formidável pelo homem primitivo assegurou a sua
sobrevivência, permitindo caçar, e a se defender ou atacar outros grupos hostis,
nas guerras tribais de outrora. Podemos afirmar sem medo de erro, que somente
a descoberta do fogo se ombreou em importância com a do arqueirismo,
permitindo a ascensão da espécie humana na superfície do planeta.

Da Antigüidade até a Idade Média

Do período que compreende desde os tempos bíblicos até o século XVI,


encontramos inúmeras referências escritas sobre o arqueirismo, porém a maioria
delas encarando-se sob o ponto de vista da sua utilidade como arma de guerra,
nada especializada sobre esportes , a não ser alguns informes sobre os jugos
olímpicos gregos, a festividades egípcias, assírias, babilônicas e depois os jogos
romanos no Coliseu.

Nesse período que vai até o final da Idade Média, o poder de uma nação, tanto
de conquista como de defesa dependia inteiramente do valor e destreza de seus
arqueiros infantes ou montados, e os episódios históricos que conhecemos
desde os nossos estudos infantis sobre História Geral nos esclarecem tal fato.
Temos também as lendas gregas estáticas sobre seus heróis arqueiros.

Na Europa, Inglaterra é que tem a primazia do desenvolvimento do arqueirismo,


o célebre "arco-longo" inglês e as flechas bem emplumadas para precisão do tiro
escreveram páginas memoráveis nas batalhas e asseguraram a grandeza da
Grã Bretanha, batalhas tais como Crecy, Poitiers e Agincourt, e foi tambémo
poder dos arqueiros dos barões ingleses que forçaram ao Rei João a assinatura
da Magna Carta.

Foi na Inglaterra que se escreveu o primeiro livro sobre o ensinamento da arte


do arqueirismo: "TOXOPHILUS" de Robert Ascham, o qual era instrutor da
Rainha Elizabeth, isto em 1545. Apesar do seu texto em inglês arcaico, o seu
conteúdo é atual, não difere em nada do que se tem escrito modernamente.

Os antigos reis ingleses baixaram éditos obrigando a todos os jovens ingleses a


terem arcos e um número obrigatório de flechas sempre a mão. Isto criava uma
espécie de milícia nacional sempre armada de prontidão, contra as repetidas
invasões dos vikings, normandos, etc... e para que o interesse sobre o
arqueirismo permanecesse aceso, eram promovidos vários torneios nacionais e
regionais nos contatos ingleses e os vencedores recebiam honras de heróis
nacionais e favores de realeza, inclusive bons prêmios em dinheiro, e a guerra

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

das duas rosas marcou o ápice da fama do arqueirismo como principal arma de
guerra. A descoberta da pólvora e a introdução das armas de fogo, tornaram
então obsoleto para a guerra.

Da Renascença até a Era Moderna

Apesar de substituído como arma de guerra, o arqueirismo entretanto continuou,


principalmente na Inglaterra, como um esporte, tanto de interesse popular como
da aristocracia. Não existem competições, considerava-se um ato de elegância
e de educação aprimorada saber-se atirar uma flecha de maneira correta.

Os ingleses praticavam com o arqueirismo, um jogo que intitulavam de ROVER


(passeio) o qual desenrolava da seguinte maneira: 1 grupo de arqueiros saía
através de um bosque ou de um relvado e um deles indicava um obstáculo
qualquer do local como o primeiro alvo (uma árvore, uma moita, etc...) e em
seguida todos atiravam no mesmo. O que chegasse perto da marca escolhida
era proclamado capitão do grupo e escolha o alvo seguinte. Este ROVER GAME
incrementou o gosto pelo arqueirismo e fez notar a necessidade de competições
organizadas, pois tudo aquilo que é esporte depende desse ponto fundamental.
Em fins do século XVIII fundou-se a REAL SOCIEDADE DE TOXOPHILLIA e em
1844 aconteceu o 1º campeonato Inglês de Arqueirismo. Modernamente o
arqueirismo inglês é controlado pela GRAND NATIONAL ACRCHERY
SOCIETY, na região de Essex.

Na América o arqueirismo foi introduzido nos E.U.A. por um grupo de entusiastas


em 1828, os quais criaram ao ARQUEIROS UNIDOS DE FILADÉLFIA, que
competiram regularmente durante 20 anos, até se desencadear a Guerra Civil.
Em 1879 fundou-se a NATIONAL ARCHERY ASSOCIATION (N.A.A) e realizou-
se o 1º campeonato estadunidense neste mesmo ano, e desde essa época
nunca pararam as competições durante os anos de guerra as competições eram
realizadas por correspondência (MAIL MATCH).

A partir de 1930 as competições nos E.U.A. se estenderam de costa a costa, e


o aparecimento de novos arcos e materiais para as flechas, a preços e facilidade
mais acessíveis aos esportistas, e nos dias de hoje acredita-se que existam mais
arqueiros praticantes do que em todas hordas de Gengis Kahn, ou nos efetivos
dos exércitos europeus. Surgiram publicações técnicas especializadas, tais
como as revistas BOW AND ARROW e THE ARCHERY ' S MAGAZINE.

Em 1940 a caça com arco e flecha foi legalizada em alguns estados americanos
o que abriu um campo novo para milhares de novos praticantes que não se
interessavam pelo tipo de competição ao alvo e então foi fundada a NATIONAL
FIELD ARCHERY ASSOCIATION (N.A.F.A.) que realizou o seu primeiro
campeonato em 1946. Por outro lado os arqueiros profissionais organizaram a
PROFESSIONAL ARCHERS ASSOCIATION (P.A.A.) e os fabricantes de
equipamento fundaram a ARCHERY MANUFACTURES ORGANIZATION
(A.M.O.) esta última é que financia as despesas de viagens das equipes
americanas ao exterior. Na Europa, berço do arqueirismo esportivo, o esporte
evoluiu também de maneira grandiosa e em 1930 criou-se então o organismo
internacional denominado FEDERATION INTERNATIONALE DE TIR L'ARC,

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

conhecida pela sua sigla FITA. Antes disto o arqueirismo já tinha considerado
esporte olímpico em 1908 e 1920, e agora novamente em 1972 e 1976, depois
de consideráveis esforços desenvolvidos pelos países interessados.

Foi grande a modificação do panorama técnico no Brasil, desde a introdução do


arqueirismo até os dias de hoje. Os arcos primitivos foram de madeira, muitos
deles feitos de irí (ou airí) uma madeira fibrosa de palmeira, muito elástica, e
esses arcos adaptados de arcos indígenas até hoje os encontramos em clubes
servindo de material para os novatos.

Também as flechas, elaboradamente feitas à mão, e empenadas com penas de


peru, tingidas ou não, até hoje prestam bons serviços às classes menores
(infantis e juvenis) ou para aprendizado de adultos.

A seguir aparecem os arcos de aço, que marcaram época e muitos recordes,


eram de fabricação sueca (SEFAB), ou então ingleses da marca APOLLO.
Acompanhando esta nova conquista vieram os outros complementos tais como
flechas de tubo de aço (SEFAB e PATHFINDER) , flechas de alumínio
temperado marca EASTON e finalmente as flechas de carbono-alumínio também
da marca EASTON .

Essas flechas de uma qualidade insuperável, altamente resistentes, hoje


dominam as preferências dos arqueiros, devido à precisão do seu vôo, resultado
de um equilíbrio quase perfeito.

Os arcos modernos são todos laminados de fibra de vidro madeira e carbono


com o corpo em alumínio e magnésio, evoluíram do LONGBOW (arco longo e
reto) para o deflexo e depois para o deflexo-reflexo, onde o limbo ou parte flexível
é caprichosamente recurvo em duas curvas que trabalham em oposição,
conferindo uma resposta elástica inexcedível no tiro. Mais modernos ainda são
os arcos compostos, surgidos em 1969.

Também os acessórios indispensáveis sofreram evolução, as cordas para os


arcos, antigamente feitas laboriosamente com linha crua encerada, ou de linho,
foram substituídas por um novo material sintético, o fio de FAST FLIGHT, um
poliester inextensível.. Os aparelhos de pontaria sofreram melhoras
consideráveis, existindo até miras telescópicas e elétricas.

Os alvos, laboriosamente pintados à mão, hoje já são impressos.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

SEGURANÇA

Não esqueça de que o arco é uma arma primitiva, e como tal, também tem suas
regras de segurança.

Nunca aponte um arco armado e com flecha em direção a uma pessoa.

Nunca dispare uma flecha para cima, a não ser em competição ou treino em local
apropriado para essa modalidade de tiro ( clout, alvo na horizontal e no solo).

Nunca arme um arco fora da linha de tiro.

Nunca retire flechas do alvo com pessoas assistindo, próximas ao mesmo, na


direção em que as flechas serão retiradas.

Nunca reinicie os disparos antes que todos os atiradores tenham regressado à


linha de espera.

Nunca solte a corda de um arco, sem flecha, isso poderá ocasionar a quebra dos
limbos ou da corda.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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O ARCO

1.1 Arma elástica que consiste numa haste de madeira, aço, laminados ou outro
material flexível, cujas extremidades estão ligadas por uma corda, que quando
retesada e solta arremessa a flecha.
2.1 Nomenclatura de um arco para tiro ao alvo, para principiantes. Fig. 1

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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Arco encordoado e arco armado. Fig. 2

ARCO RECURVO:

a) Empunhadura - pode ser fabricada de madeira, alumínio fundido ou


maquinado.

b) Lâminas - podem ser fabricadas de madeira com fibra de vidro, fibra de


carbono ou espuma carbono.

c) Corda - normalmente elaboradas de dacron para arcos escola.

d) Mira - é composta por uma alidade presa em um trilho que propicia


movimentos verticais e laterais para ajuste. É importante frisar que o ajuste da
mira sempre acompanha o erro. Exemplo: se o arqueiro atirou e sua flecha
impactou no azul às 9 horas, ele deverá tocar a mira para a esquerda para que
o arco fique mais à direita no segundo disparo.

e) Apoio (rest) - artefato no qual a flecha fica apoiada ao arco. Pode ser de
plástico, de plástico com metal ou totalmente de metal.

f) Flechas - são compostas de: tubo ou corpo - podendo ser de madeira,


alumínio, carbono puro ou alumínio carbono; ponta - em geral de aço; rabeia -
atualmente de plástico; penas - de peru ou plásticas.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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2. A corda do arco

Para os arcos de madeira, de uma só peça, a corda poderá ser feita com linha
extra ou linha crua com 8 a 10 pernas. O enrolado pode ser feito com fio torcido
de nylon 210/8, facilmente encontrado no comércio, Encere bem o fio com cera
de abelha, antes de fazer a corda.

3. Acessórios
O descanso de flecha tem a finalidade de apoiar a mesma à janela do arco. É
instalado de modo que o apoio da flecha corresponda ao ponto pivot, ou fundo
do encaixe da mão, na empunhadura.
Encontram-se nas casas especializadas, em modelos variados.
Este é um dos mais simples. Você pode fazer um. Fig. 12

3.3. O beijador é um pequeno disco colocado na corda do arco, acima do batente


de flecha. É uma referência para auxiliar o encaixe dos dedos do gatilho, sob o
queixo. Não é obrigatório. Deverá ficar entre os lábios, quando os dedos do
gatilho estiverem sob o queixo. Figs 13, 13-a e 13-b

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Dez itens deverão ser lembrados ao atirar cada flecha, são eles:

1º Postura: Busto na vertical , com afastamento das pernas sobre a linha de tiro
de modo a permitir o equilíbrio do corpo. O pé de trás poderá estar ligeiramente
recuado ou avançado de modo a proporcionar o equilíbrio, principalmente
quando houver vento lateral. Fig. 46

2º Empunhamento do arco: Segurar sem apertá-lo ou apoiá-lo entre os dados


polegar e indicador, com a mão aberta, sem enrijecer os dedos, quando usar
pulseira. Encaixe no prolongamento do pulso e do braço. Manter o arco na
vertical. Fig. 47

3º Braço que segura o arco: Esticado, com o cotovelo girado para fora. Mão no
alinhamento do antebraço. Fig. 48

4º Dedos de Gatilho: Puxar a corda usando apenas 3 dedos, o indicador, o


médio e o anular, encaixando-a na articulação da primeira falange e mantendo
a rabeira da flecha entre os dedos indicador e médio. Manter sempre o mesmo,
o encaixe da corda nos dedos. Não apertar a rabeira da flecha entre os dedos.
Um separador na dedeira é permitido. Fig. 49

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5º Posição da Corda: Inclinar a cabeça para o ombro do braço que segura o


arco, de modo a alinhar a corda pelo centro do nariz e do queixo, a fim de
auxiliar a manter o arco na vertical. Fig. 50

6º Visada da Corda e do Alvo: Visar a corda tangenciando a ponta do visor e


manter sempre a mesma posição quando visando o centro do alvo para tiro.
Fig. 51

7º Respiração: Deverá estar paralisada a meio em ser trancada. O pulmão não


deverá estar nem cheio nem todo vazio.
8 º Largada: Abrir rápido e uniformemente os dedos de gatilho, ao mesmo tempo
puxando a mão para trás sem desviá-la para o lado.

9º Braço em Pontaria: Manter o braço em posição de tiro, até ouvir o impacto de


sua flecha no alvo. Não tente vê-la em vôo.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

10º Dúvida: No caso de estar em dúvida de não haver executado corretamente


qualquer dos itens anteriores ou " clic" demorado, desarme, relaxe e torne a
armar.

Obs: É essencial que todos os itens sejam repetidos sempre iguais. A variação
de um deles modificará o seu tiro. Não tenha pressa em começar a contar
pontos, treine-se com calma. De um bom começo dependerá sua forma futura.
Equipamento

No Brasil, os primeiros arcos eram de madeira, muitos deles feitos de irí ou airí,
madeira fibrosa da palmeira, bastante elástica, e adaptados dos arcos indígenas.
As flechas eram feitas a mão e utilizavam penas de peru (tingidas ou não).

Com a evolução do esporte, surgiram arcos de aço, de fabricação sueca


(SEFAB) ou italiana (APOLLO), flechas de tubo de aço (SEFAB e
PATHFINDER). A evolução continuou com o surgimento de arcos de fibra de
vidro e madeira, carbono e cerâmica. Surgiram flechas de alumínio e carbono,
que, devido a sua resistência e precisão de vôo, permitem um equilíbrio perfeito.

Existem basicamente três tipos de arcos. Os arcos evoluíram do LONGBOW


(arco longo e reto) para o deflexo e, posteriormente, deflexo-reflexo (RECURVO
ou OLÍMPICO). Em 1969, surgiram os arcos compostos.

• Arco Tradicional
• Arco Recurvo
• Arco Composto
• Cordas
• Flechas
• Button
• Rest
• Estabilizador
• Mira
• Braçadeira
• Pulseira (sling)
• Dedeira
• Gatilho
• Aljava

Arco Tradicional

Conhecido em alguns países como Longbow, muito se parece com os arcos da


Idade Média. É arco longo, mais primitivo e simples(tipo utilizado por Hobin
Hood). Mantendo sua simplicidade por não conter alça de mira cria um grau de
dificuldade que agregam milhares de seguidores pelo mundo. Essa modalidade
cria um elo mais direto da sensação de tiro das gerações passadas. É comum
que um arqueiro de outras modalidades tenha em sua casa um arco tradicional.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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A modalidade de arco tradicional no Brasil tem seu similar conhecido como arco
nativo e está regulamentado pela CBTARCO, fazendo parte do calendário e já
tendo participado do Campeonato Brasileiro.

Arco Recurvo

Também conhecido como arco olímpico, por ser o equipamento usado para as
disputas Olímpicas, nada mais é do que uma evolução do arco tradicional
assumindo alguns aparatos, tais como: alça de mira, estabilizadores, materiais
de ponta, que propicionam um rendimento mais apurado para distâncias longas.
Como o anterior, tem uma só corda presa diretamente as extremidades. Tem
seu nome devido ao tipo de lâminas, que são curvadas. Podem ser inteiriços ou
desmontáveis.

Seu design fornece grande velocidade à flecha. O equipamento de cada arqueiro


tem características pessoais, portanto, é de fundamental importância a compra
correta de material, obedecendo a envergadura e força de cada atleta.

Arco Composto

Este arco criou um novo conceito no tiro com arco. Ao contrário do que se
imagina, o arco composto já era desenvolvido nos anos 40. Com seu conceito
absolutamente revolucionário, demorou cerca de 30 anos até ser realmente
aceito e incorporado ao esporte em âmbito internacional. Recebe este nome por
apresentar um conjunto de cabos e roldanas excêntricas que permitem ao
arqueiro mais conforto ao disparar.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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Apresenta grande evolução tecnológica, como o uso de roldanas que multiplicam


a potência do disparo, miras telescópicas que aproximam a imagem do alvo de
4 a 12 vezes, assim como gatilhos disparadores. Os arcos modernos muito se
assemelham a equipamentos futuristas, mas nem por isso tiram a sensação
inenarrável do disparo de uma flecha. Muitos se enganam acreditando que o
arco composto oferece um nível de facilidade maior que os demais. Em realidade
para se tornar um arqueiro de ponta é necessário total dedicação, tal qual o
recurvo ou o tradicional.

Cordas

As cordas para os arcos, antigamente feitas com linha encerada ou linho,


evoluíram para materiais sintéticos, como o poliester (Kevlar, Dacron).

Flechas

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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As flechas podem ser de madeira, alumínio, carbono ou alumínio/carbono. O


tamanho, peso e flexibilidade apropriadas são importantes para o tiro. A escolha
da flecha adequada depende, principalmente, da puxada e potência do arco.

Estão à disposição diversos tipos de pontas para as flechas. Dependendo do tipo


de tiro (field, outdoor, indoor, etc.) as pontas poderão ser diferentes.

As penas podem ser de tamanhos, materiais e formas diferentes. Sua função é


dar estabilidade de vôo da flecha.Os nocks ou rabeiras, são responsáveis pela
fixação da flecha na corda do arco.

A função das penas em uma flecha é minimizar os defeitos da flecha e do disparo


estabilizando o vôo de nosso projétil. Os problemas causados pelo excesso ou
falta de rigidez da flecha também são, em parte, corrigidos pelas penas.

Rabeira/ Nock

Haste Pode ser de carbono, madeira, fibra, alumínio

Ponta da Flecha

Rest

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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Equipamento que serve de apoio da flecha no arco. Ele é desenvolvido de moda


a interferir o mínimo possível na trajetória da flecha.
Estabilizador

Haste ou conjunto de hastes de diversos materiais (alumínio, carbono) com a


função de estabilização do arco.

Mira

Equipamento de precisão de mira. Fica presa na empunhadura do arco. Para os


arcos composto trabalha em conjunto com o scope, que é uma lente de
aproximação do alvo.

Braçadeira

Protetor de antebraço. Serve para evitar que a corda atinja o antebraço após a
largada da flecha.

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


Apostila de Treinamento Básico de Arco e Flecha para Desbravadores

Pulseira (sling)

Aparato que serve para manter o arco junto à mão após o momento da largada.
Prende o arco junto ao punho ou antebraço do arqueiro.
Dedeira

Utilizada para arcos recurvo e tradicional. Equipamento confeccionado em couro


que serve para proteger os dedos no momento da largada da flecha.
Gatilho

Utilizado em substituição à dedeira nos arcos compostos. Propiciam um disparo


mais preciso.

Aljava

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com


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Bolsa de couro, tecido ou plástico que se prende à cintura e onde são colocadas
as flechas. Para competições field muitos arqueiros preferem uma aljava presa
nas costas.

Nocking Pointg
Ponto de referência para alojamento da flecha na corda,

Instrutor: Eduardo Costa Soares e-mail: Eduardo.cs54@gmail.com

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