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Microbiologia Endodontica Aula I Endo II

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Microbiologia

Endodôntica

Prof. MSc. Wagner Barros


Endodontia

é a disciplina envolvida com o


controle e a prevenção da infecção
pulpar e perirradicular
lopes & siqueira jr. (2015)
O que devemos saber:
• principais causas do processo infeccioso
endodôntico;

• reconhecer principais microrganismos envolvidos;

• vias de acesso ao sistema de CR;

• padrão de colonização;

• e consequências da infecção endodôntica para o


hospedeiro;
Microbiologia Endodontica
inflama
físicas
ção
controle e
prevenção da
Endodo infecção alterações inflama
ntia químicas
pulpar e pulpares ção
perirradicular

biológi inflama
infecção
cas ção
lesões perirradiculares são doenças
inflamatórias de origem infecciosa causadas
por bactérias infectando o sistema de canais
radiculares.

Lopes & Siqueira Jr., 2015


• 1697 - Antony van Leeuwenhoek

• 1894 - Willoughby Dayton Miller


Sundqvist, 1976
perda da
vitalidade por injuria
traumática

32 canais de dentes
unirradiculares com polpas
necrosadas e coroas
não havia dp, nem
intactas fístula
Sundqvist, 1976
havia uma correlação
positiva entre o tamanho da
lesão perirr// e a densidade
e o n. de espécies bact.
presentes no canal 19 dentes foram
detectadas
radiograficamente,
lesão perirradicular

32 canais de dentes
só detectaram bacterias,
unirradiculares com nos casos de lesão
polpas necrosadas e perirradic. associada.

coroas intactas

casos sintomáticos foram


diretamente relacionados com
maior n. de bac. no canal
• microrganismos exercem um papel chave no
desenvolvimento das patologias pulpares e
perirradiculares.

• tecido pulpar necrosado na ausência de


infecção, não tem capacidade de estimular lesão
perirradicular.

• lesões perirradiculares, podem ser incluídas no


grupo de doenças causadas por biofilmes
bacterianos
Fatores químicos e físicos podem causar inflamação pulpar e
perirradicular, somente microrganismos perpetuar a inflamação.
Alterações Pulpares
física

química biológica
Microrganismos e seus subprodutos
exercem um papel de extrema relevância
na indução dos seguintes problemas:
• PATOLOGIA PULPAR E PERIRRADICULAR

• AGUDIZAÇÃO (FLARE-UPS)

• SINTOMATOLOGIA E EXSUDAÇÃO
PERSISTENTES

• FRACASSO TRAT. ENDODÔNTICO

LOPES & SIQUEIRA Jr., 2015


Microbiologia Endodontica
inflama
físicas
ção
controle e
prevenção da
Endodo infecção alterações inflama
ntia químicas
pulpar e pulpares ção
perirradicular

biológi inflama
infecção
cas ção
patologia microrganism
infecção pulpar e os e
perirradicular subprodutos
A intensidade da resposta inflamatória
pulpar, sob uma área de dentina cariada
dependerá da relação de equilíbrio entre
os produtos bacterianos que alcançam a
polpa e a capacidade de drenagem da
microcirculação pulpar.

Lopes & Siqueira Jr., 2015


agudização
(flare-up)

patologia microrganism sintomatologi


infecção pulpar e os e a e exudatos
perirradicular subprodutos persistente

fracasso no
trat.
endodon.
Microbiologia Endodontica
inflama
físicas
ção
controle e
prevenção da
Endodo infecção alterações inflama
ntia químicas
pulpar e pulpares ção
perirradicular

biológi inflama
infecção
cas ção
vias de infecção da polpa dental
túbulos dentinários

exposição pulpar

doença periodontal
vias de infecção da polpa dental
túbulos dentinários

exposição pulpar

doença periodontal
Túbulos Dentinários
• Junção DP (JDP) - Junção AD (JAD) - JCD.

• conformação cônica, com diâmetro > próximo a


polpa.

• mais numerosos na JDP.

• contém prolongamentos odontoblásticos,


fibras colágenas, fluido dentinário e em
algumas vezes fibras nervosas.

lopes & siqueira Jr., 2015


• na maioria das vezes,
bactérias não alcançam a
polpa, via túbulos
dentinários, até que o
processo carioso tenha
destruído o tec. dent. e
deixado uma espessura
remanescente de dentina
de 0,2 mm separando da
polpa.

• polpa saudável e jovem x


polpa alterada e processo
carioso profundo.
vias de infecção da polpa dental
túbulos dentinários

exposição pulpar

doença periodontal
Exposição Pulpar
• cárie é a causa mais comum de exposição puplar.

• milhares de espécies bacterianas passam a


colonizar a superfície da polpa.

• Em resposta, a polpa torna-se inflamada. Se o


tec. pulpar irá permanecer inflamado por um
longo período de tempo ou irá necrosar,
dependerá dos seguintes fatores: número e
virulência dos microrganismos, resistência do
hospedeiro, estado da microcirculação e grau de
drenagem do edema gerado durante a inflamação.
Trauma
• polpa exposta a trauma permanecendo ate 48 horas
em contato com microbiota da cavidade oral

procedimento - capeamento pulpar direto


• polpa exposta a trauma por mais de 48 horas em
contato com microbiota da cavidade oral

procedimento - pulpotomia ou pulpectomia.


vias de infecção da polpa dental
túbulos dentinários

exposição pulpar

doença periodontal
doença periodontal
Durante o curso de uma dp, bactérias e seus produtos,
presentes no biofilme da bolsa periodontal, podem ter
acesso à polpa.

e x i s t e m
evidências, que a
total necrose
pulpar, apenas
ocorre quando a
dp atinge o
forame apical.
Influência no equilíbrio e
resposta inflamatória

• virulência microbiana

• concentração de produtos
bacterianos

• duração da agressão

• estado geral da saúde da polpa.


bacterias

fungos

vírus
As bactérias avançam na polpa em direção
apical, a agressão passa a incidir sobre a porção
tecidual adjacente.

Lopes & Siqueira Jr., 2015


morfologia bacteriana

morfologicamente, a microbiota endodôntica consiste em


cocos, bacilos, filamentos e espirilos.
colonização bacteriana

• existem bactérias em suspensão na fase fluida


na luz do canal principal, e grandes
aglomerados bacterianos aderidos às paredes
do CR.

• quanto maior o grau de organização maior o


potencial patogênico.

• quanto maior a lesão perirradicular maior a


probabilidade de se encontrar biofilmes bem
organizados na porção apical do canal.
• Porphyromonas endodontalis, Porphyromonas
gingivalis, Fusobacterium nucleatum,
Actinomyces israelii, Propionibacterium acnes e
Enterococcus faecalis.

• (microrganismos com capacidade


de invadir os túbulos dentinários)

Siqueira et al, 2015


Peters et al isolaram e identificaram bactérias presentes em
túbulos dentinários em diferentes profundidades.

Fungos, principalmente na forma de leveduras e ou hifas tem


sido ocasionalmente encontrados na microbiota associada a
infecção endodôntica primária.

Candida albicans, também pode ser encontrado nos túbulos


dentinários.
Patogenicidade

• A patogênese da lesão perirradicular


depende da ação conjunta de bactérias que
estejam formando uma comunidade mista.

• A concentração e a virulência dependerão da


densidade populacional, da composição das
espécies e das interações entre elas no
biofilme.
Mesmo quando bem realizado, o
tratamento pode fracassar em
promover a total eliminação
bacteriana dos canais radiculares.
Para que as bactérias remanescentes causem o
fracasso após o tratamento elas devem:

A. Adaptar-se ao microambiente
drasticamente modificado pelos
procedimentos do tratamento, adquirindo
nutrientes e resistindo aos efeitos
microbianos dos materiais obturadores.
B. Alcançar números críticos e exibir
atributos de virulência suficientes para
manter ou induzir a inflamação
perirradicular.
C. Ter acesso irrestrito aos tecidos
perirradiculares para exercer a
patogenicidade
QUANTO MAIS EU ESTUDO A SEPSIA ORAL COMO
CAUSA DE DOENÇAS MÉDICAS, MAIS IMPRESSIONADO
EU FICO COM SUA IMPORTÂNCIA E COM A
EXTRAORDINÁRIA NEGLIGÊNCIA COM A QUAL ELA É
TRATADA POR MÉDICOS E CIRURGIÕES DENTISTAS.
WILLIAM HUNTER, 1900
Problematizações

1- Paciente T. F. H, 16 anos, procurou atendimento na


clínica/escola com relato de trauma dentário há mais de
180 dias. Ao exame clínico verificou-se fratura de esmalte
e dentina até terço médio da coroa do dente 21. Não
ocorreu intrusão, tão pouco, neste momento, há luxação do
elemento dentário.

a) Quais procedimentos devem ser adotados pelo aluno/cd.


b) Existe a possibilidade de existir lesão perirradicular?
Explique sua resposta sendo ela afirmativa ou negativa.
c) Quais as possibilidades de tratamento. Explique a
razão de ter escolhido estas possibilidades de
tratamento.
Problematizações

2- Paciente G. G. T., 10 anos, acompanhado pela mãe,


procuraram atendimento na clínica/escola com relato de
dor de dente quando se alimenta. Ao exame clínico
verificou-se que existe uma lesão cariosa profunda no
elemento dentário 46.

a) Quais procedimentos devem ser adotados pelo aluno/cd.


b) Existe a possibilidade de existir lesão perirradicular?
Explique sua resposta sendo ela afirmativa ou negativa.
c) Quais as possibilidades de tratamento. Explique a
razão de ter escolhido estas possibilidades de
tratamento.
Problematizações

3- Paciente B. M. A., 08 anos, acompanhado pela mãe,


procuraram atendimento na clínica/escola com relato de
trauma dentário do dente 11, ocorrido no dia anterior à
consulta. Ao exame clínico verificou-se que existe uma
perda de esmalte, dentina e pequena exposição pulpar.

a) Quais procedimentos devem ser adotados pelo aluno/cd.


b) Existe a possibilidade de existir lesão perirradicular?
Explique sua resposta sendo ela afirmativa ou negativa.
c) Quais as possibilidades de tratamento. Explique a
razão de ter escolhido estas possibilidades de
tratamento.
Problematizações

4- Paciente J. J. S., 40 anos, procurou atendimento na


clínica/escola querendo realizar algumas “extrações”
dentárias. Ao exame clínico verificou-se que o mesmo tinha
raízes radiculares dos elementos 34, 35, 36 e suposto
tratamento endodontico no elemento 33. O paciente relata
total ausência de dor ou sinais de infecção na região.
a) Quais procedimentos devem ser adotados pelo aluno/cd.
b) Existe a possibilidade de existir lesão perirradicular?
Explique sua resposta sendo ela afirmativa ou negativa.
c) Quais as possibilidades de tratamento. Explique a
razão de ter escolhido estas possibilidades de
tratamento.

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