04
04
04
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo de abordar algumas perspectivas do ensino de lei-
tura e escrita no ambiente escolar. Assim, propomos uma investigação sobre de que
forma tais práticas têm sido concretizadas na sala de aula. Partindo da concepção de
que a leitura e a escrita constituem-se em importantes canais de comunicação entre as
pessoas, destaca-se que todos os indivíduos têm direito ao acesso aos mesmos, e, na
medida em que uns sabem ler e escrever, e outros não, cria-se uma relação de desi-
gualdade. Para delinear esse processo estudamos o processo de aprendizagem da lei-
tura e da escrita e suas implicaturas: quando existe algo que impeça ou dificulte essa
aquisição. Dentre essas, abordamos prioritariamente a dislexia, o transtorno da aqui-
sição da linguagem e da aprendizagem, utilizando referenciais teóricos dentre eles:
SAMPAIO (2011); IMBERNÓN (2010); AZEVEDO (2004); ZORZI (2003). Observa-
mos a responsabilidade da escola em fornecer o acesso igualitário à aquisição do sis-
tema de leitura e escrita, considerando a importância de valorizar a capacidade co-
municativa que cada indivíduo possui, bem como o respeito à diversidade cultural que
desencadeará diferentes interpretações do objeto de estudo. Refletimos sobre a prática
educativa e a necessidade de uma maior abordagem das questões referentes às dificul-
dades de aprendizagem na formação inicial dos professores e a importância da forma-
ção continuada, a fim de que o acesso ao ensino de leitura e escrita nas escolas seja di-
nâmico e eficaz.
Palavras-chave:
Aprendizagem. Dislexia. Escrita. Leitura.
1. Introdução
O objetivo deste artigo é realizar um breve diálogo entre escola,
professores e estudantes sobre as práticas ensino de leitura, escrita e ora-
lidade no Ensino Fundamental I, a fim de vincular a pesquisa à realidade
da sala de aula.
4. A natureza da dislexia
Etimologicamente, a palavra dislexia compõe-se do radical lexia e
do prefixo dis. O radical lexia significa linguagem, enquanto o prefixo
dis significa dificuldade. Sendo assim podemos entender a dislexia como
sendo uma dificuldade na aquisição da linguagem.
Conforme cita Piérart (1997), a definição clássica da dislexia é
uma definição por exclusão, isto é, uma definição frágil: a dislexia é uma
dificuldade para aprender a ler, apesar de uma inteligência suficiente – o
QI deve ser normal – e de um ensino clássico. A criança deve estar isenta
de distúrbios sensoriais ou neurológicos e não provir de um meio muito
desfavorável. A sintomatologia dos distúrbios de leitura é unânime para
todos os especialistas preocupados com as dificuldades persistentes de
aprendizagem da leitura.
Porém, a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) nos apresenta
uma definição mais recente, em 2003: “Dislexia é uma dificuldade de a-
prendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade
com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de deco-
dificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit
no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a
outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABD – Associação Brasileira de Dislexia. Disponível em: <http://www.
dislexia.org.br/category/s2-o-que-e-dislexia/c12-definicao-de-dislexia/>.
Acesso em: setembro de 2018.
AZEVEDO, A. C. P. de. Brinquedoteca no diagnóstico e intervenção em
dificuldades escolares. Campinas-SP: Alínea, 2004.
BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
BRASIL, Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB nº 9394/96 – Disponível em :<http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: julho de 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educa-
ção Especial na Educação Básica. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em: julho de 2018.
CHABANNE, J. Dificuldades de Aprendizagem: um enfoque inovador
do ensino escolar; Trad. de Regina Rodrigues. São Paulo: Ática, 2006.