1

UNIVERSIDADE DO NAMIBE
FACULDADE DE CIÊNCIAS SÓCIAS E HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

TRABALHO DE ORGANIZACAO E GESTAO DE EMPRESA

Revolução Industrial:

Fase da Globalização

Moçâmedes/2021
 2

UNIVERSIDADE DO NAMIBE
FACULDADE DE CIÊNCIAS SÓCIAS E HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

INTEGRANTES DO GRUPO:

ALFA MALUNGO

ALBERTO CAMISA

ADILSON CONDE

CARMINA PÊLO

CÁSSIA JAMBA

DELFINA FRANCISCO

DOMINGAS ZACARIAS

DANIEL PACHECO

EUCLIDES CHIPINA

ELISA ALFREDO

FERNANDO CHIMUCO

FELICIANO WANGO

Moçâmedes/2021
 3

1. INTRODUÇÃO

O Termo revolução é uma palavra que deriva do latim revolutione que significa acto ou
efeito de resolver ou revolucionar. Globalização é um termo que foi elaborado na década de
1980 para descrever o processo de intensificação da integração económica e política
internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transportes e de comunicação.

A Inglaterra foi pioneira do desenvolvimento industrial por ser a nação que possuía as
condições mínimas necessárias para desencadear este processo. O ponto de partida da
revolução industrial foi o desenvolvimento da máquina a vapor.

A Revolução Industrial é o resultado de transformação sensíveis no modo de produção,

das mercadorias, nas relações de trabalho e em forte redução de salário.

1.1. OBJECTIVO GERAL

 Proporcionar conhecimento sobre a Revolução Industrial com destaque a Fase da

Globalização.

1.1.1. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Conceituar a globalização como factor de desenvolvimento industrial.

 Identificar os aspectos do desenvolvimento da Revolução Industrial desde o inciol até

actualidade.
 4

2. FUNDAMENTAÇÃO TERÓRICA
2.1. As fases da revolução industrial:

 Primeira Revolução Industrial ou fase da antiguidade: esta fase é marcada

pelo início do processo de industrialização que transformou o senário económico
e social esta fase corresponde sua eclosão no século XVIII (1760/1850) limitada
a Europa Ocidental e tendo a Inglaterra como percussora.

 Segunda Revolução Industrial ou fase moderna: esta fase é marcada pela

evecção da locomotiva, corresponde ao processo evolutivo das tecnologias que
modificaram ainda mais o senário económico industrial e social. Esta fase
iniciou na metade do século XIX até ao inicio do século XX, findando-se
durante a Segunda Guerra Mundial (1939/1945).

 Terceira Revolução Industrial ou fase da globalização: esta fase representa o

desenvolvimento tecnológico no campo científico, teve inicio na metade do
século XX após o fim da Segunda Guerra Mundial e ficou conhecida também
como Revolução Técnico-Científica.

2.1.1. TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU FASE DA

GLOBALIZAÇÃO (1950 – PRESENTE)

A Terceira Revolução Industrial é a revolução digital, da eletrônica, da robótica e das

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Os avanços tecnológicos, ocorridos após a Segunda Guerra Mundial, possibilitaram

uma produção muito além da demanda de produtos. Com isso, gerou-se a necessidade
de encontrar meios para a assimilação da produção. As duas principais saídas foram:

1. O hiperconsumo - estímulo a um consumo acima das necessidades

2. A busca por novos mercados consumidores

Para o sucesso dessa fase da Revolução Industrial, o desenvolvimento dos meios de

transporte foi crucial. Com a hiperprodução, tornou-se necessário o desenvolvimento de
escoar a produção.

O transporte marítimo e aéreo permitiu a conquista de novos mercados consumidores,

que antes encontravam-se distantes demais, com custos que inviabilizavam o comércio.
Por outro lado, a diminuição dos custos da implementação de tecnologias permitiu a
instalação de indústrias em novos países, como é o caso do Brasil. Nesses países,
ocorreu o que foi chamado de industrialização tardia. Nesse contexto, houve o
desenvolvimento de empresas com sedes em diferentes países, chamadas de empresas
multinacionais.

Vale lembrar que durante boa parte da segunda metade do século XX, o mundo esteve
polarizado entre o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos e o bloco socialista,
 5

liderado pela União Soviética. Cada bloco desenvolveu suas indústrias e organizava a
sua produção.

Com a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, o último obstáculo para a
produção cai e a década de 1990 é marcada pelo início do processo de globalização. Isso
possibilitou a segmentação da produção em diversos países, as áreas de controlo e de
produção da indústria não precisavam estar mais no mesmo local. Deu-se início a um
processo de terceirização de segmentos da produção em busca de locais mais atractivos,
que pudessem reduzir ainda mais os custos, maximizando os lucros. Surgem as
empresas transnacionais, segmentadas por todo o globo terrestre e que marcam essa fase
da Revolução Industrial.

2.1.2. Revolução Técnico-Científica-Informacional da segunda metade

do século XX

Nesse período diversas máquinas foram criadas, houve mudanças significativas nos
meios de produção e a economia mundial se transformou. A industrialização progrediu
em diversos países do mundo com avanços importantes na indústria química e na
medicina.

A electrónica surgiu como o centro da modernização no século XX. Foi nesses período
que foram criados os primeiros equipamentos electrónicos, como televisores, satélites,
robôs, computadores, entre outros. Devido aos avanços na área tecnológica, a Terceira
Revolução Industrial, também passou a ser chamada de Revolução Informacional. Há
divergências entre especialistas sobre o início da Terceira Revolução Industrial.
Enquanto alguns afirmam que ela teria começado com a utilização da energia nuclear,
outros defendem que ela só teve início a partir da década de 1970, como o uso da
robótica nas indústrias automobilísticas.

2.1.3. Algumas invenções tecnológicas da Terceira Revolução

Industrial

Durante a Terceira Revolução Industrial houve o desenvolvimento nas áreas de

informática, electrónica e robótica. Nesse período foram criados diversos produtos
ligados à tecnologia. Algumas invenções da década de 1950 foram se aprimorando ao
longo dos anos e permanecem até hoje.

Em 1947, John Eckert e John Mauchly criaram o primeiro computador electrónico do

mundo. O aparelho pesava 30 toneladas e ocupava uma área de 180 m². Com o passar
do tempo e os avanços tecnológicos, o equipamento foi passando por aperfeiçoamentos
até que, na década de 1990, foi criado o primeiro computador pessoal.

O primeiro aparelho celular também foi criado durante a Revolução Informacional.

Embora outros aparelhos similares já tivessem sido criados anteriormente, só em 1973,
a Motorola criou o Motorola Dynatac 8000X, um aparelho que era de fato portátil. O
equipamento também passou por modificações e aprimoramentos ao longo dos anos e
em 1991 houve a primeira transmissão do novo formato digital de sinal de celular.
 6

Outra invenção importante desse período que faz parte da vida das pessoas na
atualidade é a internet. A precursora da internet, chamada de Arpranet, foi criada nos
Estados Unidos, em 1969. Quando surgiu, a internet tinha a finalidade de interligar
laboratórios de pesquisas. A finalidade que ela tem hoje só ocorreu com sua expansão e
popularização a partir do ano de 1990.

Nesse período destacaram-se também os avanços nos desenvolvimento da engenharia

espacial. Apesar de o primeiro foguete ter sido criado em 1926, pelo norte-americano
Robert Goddard, somente no período da Terceira Revolução Industrial que foi criado o
primeiro foguete de longo alcance. Desenvolvido pelo engenheiro alemão Wernher von
Braun e sua equipe, o foguete de longo alcance foi criado para ser usado na Segunda
Guerra Mundial. Foi nesse período também que foram desenvolvidos os primeiros
mísseis e os propulsores para lançar objectos ao espaço.

Entre as principais invenções e descobertas do período destacam-se:

 Utilização da informática e da electrónica nos processos produtivos;
 Uso de energia atómica na produção de electricidade e nas pesquisas
relacionadas à medicina, principalmente na biotecnologia e na engenharia
genética;
 Criação dos primeiros aparelhos celulares e posterior aprimoramento com uso
tecnologias de ponta, que deu origem aos smartphones e tablets;
 Avanços tecnológicos na engenharia espacial, com criação e lançamento de
foguetes, ida do homem à Lua, criação de estações espaciais, de satélites
artificiais e de sondas para estudo de planetas e satélites;
 Criação e expansão da internet.

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FASE DA

GLOBALIZAÇÃO:

Com a globalização muitas barreiras de espaços e tempo, foram vencidas, com isto
apraz-nos mencionar algumas vantagens e desvantagens desta fase. O aumento do ritmo e
frequência das trocas entre países é possível graças às melhorias nos transportes e das
tecnologias de comunicação. Barreiras de tempo e espaço desaparecem, e caídos estes
obstáculos, as empresas ganham acesso a mercados maiores e novas oportunidades.

3.1. VANTAGENS:

1. Redução de Barreiras
2. Redução de Custos
3. Avanços Tecnológicos
4. Facilidades de Investimentos
5. Incentivos à Criatividade
6. Conhecimento e Novas Culturas.
 7

3.1.1. DESVANTAGENS:

1. Benefícios aos países desenvolvidos

2. Concorrências Desleal
3. Poluição Ambiental
4. Favorecimento de Crises
5. Perda de Entidade de Povos

4. GLOBALIZAÇÃO PODE AMPLIAR OPORTUNIDADES PARA

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

A internacionalização de negócios e o aumento do fluxo de trocas comerciais no mundo

são alguns dos efeitos da globalização, processo que atravessa séculos e que foi
intensificado na década de 1990 com a criação da Organização Mundial do Comércio
(OMC). A possibilidade de pequenas e médias empresas competirem, hoje, em
mercados internacionais está associada a esse procedimento de integração global. Isso
porque a globalização, além de impulsionar as operações de comércio exterior, facilitou
a transmissão de informação e o compartilhamento de novas tecnologias pelo mundo.
De certa forma, a globalização permitiu que as empresas ampliassem o seu campo de
atuação, não se restringindo apenas ao território de seu país.

De todo modo, no mundo globalizado, a informação flui com celeridade, o que

possibilita que as empresas incorporem inovações que melhoram as atividades
operacionais. Para isso, é importante que o empresário se mantenha informado, visite
feiras nacionais e internacionais e invista em viagens de prospecção de mercados. O
contato direto com outras realidades é uma importante fonte de conhecimento para a
prosperidade dos negócios, principalmente quando se trata de iniciativas internacionais.

4.1. CARACTERÍSTICAS DA TERCEIRA REVOLUÇÃO

INDUSTRIAL

A Terceira Revolução Industrial surgiu no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Nesse período, o mundo passou por uma série de transformações importantes ligadas
principalmente às evoluções tecnológicas. Os principais avanços foram ligados à
criação de computadores, robôs, celulares, chips, circuitos eletrônicos, softwares, entre
outros. Nas telecomunicações reflectiram e refletem significativamente na vida das
pessoas. Actualmente, a facilidade de acesso à televisão, ao telefone, à internet e aos
celulares possibilitam o acesso rápido e fácil às informações, as notícias podem ser
dadas em tempo real, as antigas correspondências deram lugar às mensagens eletrônicas
instantâneas.

Portanto, além de influenciar diretamente na produção industrial, a Revolução

Informacional exerceu influência na vida cotidiana e nas relações sociais. Entre as
principais características da Terceira Revolução Industrial, estão:
 8

 Otimização do processo produtivo o que possibilitou a diminuição dos custos e o

aumento da produção industrial;
 Crescimento da economia capitalista e geração de emprego;
 Utilização de diferentes fontes de energia, optando por fontes renováveis e
menos poluentes, o que demonstra a preocupação com questões ambientais;
 Expansão de empresas multinacionais e consolidação do capitalismo financeiro;
 Criação e avanço de tecnologias nas áreas de robótica, engenharia genética e
biotecnologia.

4.1.1. Consequências da Terceira Revolução Industrial

As invenções da Terceira Revolução Industrial impactaram positivamente a vida das

pessoas. Essas melhorias podem ser observadas ao levar em consideração a criação de
produtos que facilitam o dia a dia, entre os quais podem se destacar: computador
pessoal, caixa electrónico, aparelho celular, tablets, sistema de GPS, entre outros.
A evolução tecnológica possibilitou a utilização de técnicas e métodos revolucionários
como o Controle de Qualidade e o Toyotismo – sistema que aumenta a produtividade
e a eficiência, evitando o desperdício.

Por outro lado, com o uso de tecnologia avançada, a crescente substituição do homem
pela máquina no processo produtivo ganhou maiores proporções. A aceleração da
economia e os avanços tecnológicos trouxeram consequências negativas, como a
desvalorização e a exploração da mão de obra.

Desse modo, o homem passou a ser complemento de um maquinário cada vez mais
amplo e complexo, sendo substituído também por softwares. A terceirização da
economia levou a uma concentração da maioria dos empregos no setor de comércio e
serviços. Com isso, houve a precarização das condições do trabalho, contribuindo para a
perda de direitos trabalhistas.

4.1.2. O Processo da globalização

O Termo revolução é uma palavra com origem no latim revolutione que significa acto
ou efeito de resolver ou revolucionar. Globalização é um termo que foi elaborado na
década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração económica e
política internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transportes e de
comunicação.
Todo conceito em ciência social é dificilmente conceituado. A globalização não foge à
regra. Trata-se de sua ligação com a mudança social. Não é algo que ocorre de um
momento para outro. Nem é algo exactamente igual em todos os países. Nem é algo que
possa ser exactamente situado no tempo e no espaço. Em alguns países não há
condições de que os efeitos da globalização venham a ser sentidos em menos de dez
anos. Em outros países, diversos efeitos já são notáveis há mais de dez anos. A ideia de
globalização é mais abrangente que a simples internacionalização da economia. Pode-se
 9

proceder a uma abstracção, definindo-se a internacionalização como sendo um primeiro

passo, seguido da actuação multinacional, e, finalmente, da globalização.
A) A Internacionalização se iniciou com o fato puro e simples de uma companhia
passar a exportar seus produtos. O problema conceitual da internacionalização,
no entanto, é complicado. É um conceito dificilmente encontrado na realidade
económico. Apenas pequenas companhias podem exportar produtos, sem se
preocuparem com algum tipo de beneficiamento nos países importadores.

B) Nenhuma companhia pode simplesmente se dar ao luxo de continuar exportando

a partir da sua sede: surgem diversas pressões dos países importadores para que
algo seja realizado nesses mercados finais. Essas pressões são especialmente em
a das divisas fortes do país, aumento do conteúdo da
produção local geração de empregos, aumento de impostos.

A Actuação Multinacional significa a existência de bases de produção e

comercialização em diversos países. É um avanço em relação à
internacionalização. É impossível que uma empresa mantenha abastecidos os
principais mercados de todo o mundo, apenas a partir de sua matriz.
Comerciais, fábricas, centros de P&D. Para tanto, realizaram associações ou
joint-ventures com parceiros locais ou internacionais, ou abriram filiais
totalmente controladas. .

C) A Globalização se refere a bens que utilizam componentes produzidos em

todo o mundo, e que visam atingir o mercado global, não apenas um mercado
nacional. A globalização compreende mudanças amplas no sistema produtivo
pela utilização de métodos, meios e recursos que transcendem as fronteiras
nacionais. Finalmente, a globalização implica na existência de uma estratégia
global, para utilizar os recursos disponíveis da melhor forma, obtendo os
menores custos, e os melhores produtos para serem oferecidos a cada mercado.

4.1.3 Consequências da Terceira Revolução Industrial

As invenções da Terceira Revolução Industrial impactaram positivamente a vida das

pessoas. Essas melhorias podem ser observadas ao levar em consideração a criação de
produtos que facilitam o dia a dia, entre os quais podem se destacar: computador
pessoal, caixa eletrônico, aparelho celular, tablets, sistema de GPS, entre outros.
A evolução tecnológica possibilitou a utilização de técnicas e métodos revolucionários
como o Controle de Qualidade e o Toyotismo – sistema que aumenta a produtividade
e a eficiência, evitando o desperdício.

Por outro lado, com o uso de tecnologia avançada, a crescente substituição do homem
pela máquina no processo produtivo ganhou maiores proporções. A aceleração da
economia e os avanços tecnológicos trouxeram consequências negativas, como a
desvalorização e a exploração da mão de obra.

Desse modo, o homem passou a ser complemento de um maquinário cada vez mais
amplo e complexo, sendo substituído também por softwares. A terceirização da
economia levou a uma concentração da maioria dos empregos no setor de comércio e
serviços. Com isso, houve a precarização das condições do trabalho, contribuindo para a
perda de direitos trabalhistas.
 10

5. CONCLUSÃO

A globalização é um processo irreversível, com diversas vantagens e desvantagens

associadas. Não é um fenômeno recente: suas raízes começaram a ser firmemente
criadas há mais de um século, e puderam florescer nas últimas décadas, em função da
conjugação de diversos fatores conforme apresentados acima.

Como um longo processo de mudança, a globalização foi se estendendo de modo

gradual em diversos sectores da economia, e nos principais países e companhias. Assim,
a globalização não é uma novidade recente, ou uma nova “receita de bolo”. A
globalização é, portanto, uma constatação da realidade, mais do que uma poção mágica
para a resolução de todos os problemas.
Nenhum processo é perfeito: a globalização não é uma exceção. Possíveis problemas
que traz consigo são difíceis de uma identificação clara em termos de causa e efeito, na
medida em que esses mesmos efeitos podem ser atribuídos não apenas à globalização,
mas –principalmente– à mudança tecnológica. De qualquer forma, é irrelevante a busca
de culpados para os problemas. A vida econômica e social não é um tribunal. É mais
importante que se proceda ao aproveitamento das potencialidades trazidas pelo
fenômeno.
 11

6. Referncias Bibliográficas
12
13