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Excelentíssimo (A) Juiz (A) de Direito Da - Vara Cível Da Comarca de Maceió - Alagoas

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ____VARA CÍVEL DA
COMARCA DE MACEIÓ – ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348B8.
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE ALAGOAS –
SINTEAL, CNPJ Nº 24.312.928/0001-70, localizado na Avenida Major Cícero de Góis
Monteiro, nº 2.339, Bairro Mutange, CEP 57.017-320, Maceió – AL, por sua presidente
MARIA CONSUELO CORREIA, servidora pública municipal, RG. 1273901 SSP/AL,
CPF.222.826.374-53, por seus advogados regularmente constituídos nos termos do
instrumento de procuração anexo, os quais solicitam receber intimações, vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 8º, III, da Constituição
Federal, lei no 7.347/1985, e demais dispositivos legais aplicáveis à espécie, propor a
presente

AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

em face do MUNICÍPIO DE MACEIÓ-AL, pessoa jurídica de direito público interno,


inscrita CNPJ sob n. 12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua
Procuradoria-Geral, situada na Rua Dr. Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, 57020-
380 por meio de seu representante legal, pelos motivos de fato e de direito expostos a
seguir.

1. Da competência da Justiça Comum


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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Considerando que se propõe a presente demanda contra o Município de
Maceió, na qual se pleiteia a correta aplicação dos valores relativos ao Precatório do
Fundef/Fundeb depositado em conta específica no Banco do Brasil/SA (Precatório nº
20198000013200087- PRC178329-AL - TRF 5) e transferido para conta municipal –

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348B8.
conforme adiante demonstrado; considerando a inexistência de pedido formulado em
desfavor da União e em face da ausência de interesse jurídico do ente federal, não restam
dúvidas de que a competência para processar e julgar a ação é da Justiça Comum.

É o que diz a jurisprudência pátria a respeito do assunto, mormente


recentíssima decisão proferida pelo STJ nos autos do CC 160.627/AL (Rel. Min. Francisco
Falcão):

SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 13A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA


DO ESTADO DE ALAGOAS

SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA VARA DO ÚNICO OFÍCIO DE


MARIBONDO - AL

INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE


ALAGOAS

INTERES. : MUNICIPIO DE MARIBONDO E OUTROS

DECISÃO

Trata-se de conflito negativo de competência instaurado entre o Juízo Federal


da 13ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Alagoas e o Juízo de Direito da
Vara Única de Maribondo/AL, nos autos da ação de conhecimento ajuizada
pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas contra o Município
de Maribondo, com o objetivo de obter a vinculação dos valores decorrentes
do cumprimento de condenação judicial da União ao pagamento de diferenças
devidas ao FUNDEF, a título de complementação do VMNA, presentes nos
precatórios à promoção da manutenção e desenvolvimento da educação
básica e à valorização dos profissionais da educação nos autos da ação civil
pública n. 0806511-31.2018.4.05.8000.

Distribuído o feito ao Juízo de Direito da Vara Única de Maribondo/AL, esse,


entendendo configurada a conexão do processo originário com o de n.
0806511-31.2018.4.05.8000, ajuizado pelo Ministério Público Federal, declinou
da competência em favor da Justiça Federal (fls. 4-6).

O Juízo Federal da 13ª Vara da Seção Judiciária do Estado de Alagoas, por sua
vez, afastou o entendimento supracitado, sob o fundamento de que, além da
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ausência de interesse jurídico da União no feito, a ação civil pública já foi
sentenciada, obstando a possibilidade de reunião dos processos (fls. 60-64).

Apresentado parecer do Ministério Público Federal pela competência do Juízo


de Direito da Vara Única de Maribondo/AL (fls. 346-351).

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É o relatório. Decido.

Esta eg. Corte de Justiça possui entendimento sumulado no sentido de que a


conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado
(Súmula n. 235/STJ).

Neste particular, havendo sentença proferida nos autos da ação civil pública n.
0806511-31.2018.4.05.8000 (fls. 46-57), não se mostra impositiva a reunião dos
processos, conforme pretendido pelo Juízo Estadual.

No mesmo sentido, os seguintes julgados:

CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO DE DIREITO E JUÍZO


TRABALHISTA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM TRÂMITE NA JUSTIÇA DO
TRABALHO E AÇÃO CAUTELAR INOMINADA NO JUÍZO CÍVEL. AÇÃO
CIVIL PÚBLICA SENTENCIADA. SÚMULA N. 235/STJ.

1. Tendo em vista que a ação civil pública já se encontra sentenciada, ainda


que se tratem de ações conexas, o que poderia ocasionar a reunião de
processos, incide, no caso, a Súmula n. 235, do STJ - 'A conexão não determina
a reunião dos processos, se um deles já foi julgado'. 2. Agravo regimental
improvido (AgRg no CC 119.070/ES, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 13/11/2013, DJe 19/11/2013)

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA


INSTAURADO ENTRE JUÍZOS ESTADUAL E FEDERAL. AÇÃO DE
REINTEGRAÇÃO DE POSSE, EM TRÂMITE NO TJ/MG, COM SENTENÇA
FAVORÁVEL AO ESPÓLIO (PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL RURAL). AÇÃO
CIVIL PÚBLICA, EM TRÂMITE NA JF/MG, NA QUAL O JUIZ FEDERAL
SUSCITOU O CONFLITO. IMPOSSIBILIDADE DE REUNIR AS AÇÕES POR
MEIO DA CONEXÃO, UMA VEZ QUE A AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE
POSSE JÁ FOI SENTENCIADA. SÚMULA 235 DO STJ E ART. 55, § 1o. DO
CÓDIGO FUX. FUNDAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ESTÁ ABRANGIDA PELO
ART. 109, I DA CF/1988. A SENTENÇA NÃO PODE SER ANULADA, PARA
DETERMINAR O RETORNO DO PROCESSO AO PRIMEIRO GRAU DE
JURISDIÇÃO NA JF/MG, POIS O PEDIDO DE ASSISTÊNCIA DA
FUNDAÇÃO FOI SUPERVENIENTE AO JULGAMENTO DE
PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CONFLITO
DE COMPETÊNCIA CONHECIDO PARA DECLARAR COMPETENTE O
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1a. REGIÃO.
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1. Moldura fática. 2. (i) Ação de Reintegração de Posse, em trâmite no TJ/MG,
com sentença favorável ao Espólio (proprietário do imóvel rural). Atualmente
aguarda o julgamento de Apelação interposta pelos membros do MST e conta
com pedido de assistência da FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES; e (ii)
Ação Civil Pública, em trâmite na JF/MG, na qual o Juiz Federal suscitou o

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Conflito (fls. 2/14), pois se julgou competente para processar também a Ação
de Reintegração de Posse. 3. Fundamentos jurídicos. 4. O Espólio apresentou
vários documentos (fls. 1.444/1.533) para buscar afastar a caracterização dos
ocupantes do MST como quilombolas; entretanto, isso diz respeito ao mérito
da causa - ou seja, se existe ou não uma comunidade remanescente de
quilombo na fazenda e qual a consequência disso -, e não à competência para
julgamento em si. 5. Observa-se a impossibilidade de reunir as Ações por meio
da conexão, uma vez que a Ação de Reintegração de Posse já foi sentenciada.
É o que consta na Súmula 235 do STJ e no art. 55, § 1o. do Código Fux (AgRg
no AREsp. 588.642/SP, Rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, DJe 2.2.2015; AgRg
no AREsp. 75.585/SP, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe 17.8.2012; e CC
117.637/CE, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJe 16.5.2012). 6. Não
existe qualquer nulidade na sentença proferida na Ação de Reintegração de
Posse. Afinal, quando o feito foi sentenciado se discutia apenas o direito de
posse do Espólio vs. a ocupação do MST. Somente após a sentença é que a
FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES ingressou no feito (fls. 1.214/1.219). 7.
A FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES, enquanto fundação pública federal
(cuja criação foi autorizada pela Lei 7.668/1988), está abrangida pelo art. 109, I
da CF/1988. Por isso, incide ao caso a competência em razão da pessoa, o que
atrai a causa para a Justiça Federal (CC 149.906/SC, Rel. Min. MAURO
CAMPBELL MARQUES, 19.12.2016; e CC 124.289/MG, Rel. Min. SÉRGIO
KUKINA, DJe 27.4.2015). 8. Apesar da inexistência de conexão, a competência
para apreciar a Ação de Reintegração de Posse, a partir de agora, é realmente
da Justiça Federal, em razão da intervenção como assistente de pessoa jurídica
- a Fundação Cultural Palmares - equiparada àquelas do art. 109, I da
CF/1988.9. Entretanto, a sentença não pode ser anulada, para determinar o
retorno do processo ao primeiro grau de jurisdição na JF/MG, pois o pedido
de assistência da Fundação foi superveniente ao julgamento de procedência
da Ação de Reintegração de Posse. A solução mais acertada é determinar a
remessa dos autos ao TRF da 1a. Região, para que este julgue a Apelação (que
hoje está no TJ/MG). Precedente: CC 110.869/DF, Rel. Min. MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe 17.9.2013. 10. Ante o exposto, voto por declarar a
competência do TRF da 1a. Região para julgar a Apelação na Ação de
Reintegração de Posse (a quem caberá, inclusive, verificar a existência de
interesse da FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES na causa, bem como
analisar eventual efeito suspensivo da Apelação ou pleito liminar de
reintegração). A Ação Civil Pública, por sua vez, deverá seguir seu trâmite
regular na JF/MG. É como voto, ousando dissentir das propostas apresentadas
nos votos dos eminentes Ministros BENEDITO GONÇALVES e SÉRGIO
KUKINA. (CC 159.655/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, Rel. p/
Acórdão Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 27/11/2019, DJe 27/04/2020)
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Ademais, o interesse jurídico da União foi explicitamente afastado pelo
Juízo Federal, a quem compete decidir sobre o interesse do aludido ente no
feito, nos termos da Súmula n. 150 desta Corte: "Compete à Justiça Federal
decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas."

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Nesse diapasão, confira-se:

AGRAVO REGIMENTAL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.


AUSÊNCIA DE INTERESSE JURÍDICO DA UNIÃO, DE ENTIDADE
AUTÁRQUICA OU DE EMPRESA PÚBLICA FEDERAL (ART. 109, I, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL). SÚMULA N. 150/STJ.

1. "Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico


que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas
públicas" (Súmula n. 150/STJ). 2. Agravo regimental desprovido. (AgRg no CC
138.158/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA
SEÇÃO, DJe 11/09/2015)

Ante o exposto, conheço do conflito e declaro competente o Juízo de Direito


da Vara Única de Maribondo/AL, o suscitado.

Em atenção à ausência de análise da tutela de urgência requerida nos autos


originários, vide a exordial, oficiem-se, com urgência, aos juízos suscitante e
suscitado, informando-os do teor da presente decisão. Publique-se. Intimem-
se. (g.n)

Brasília (DF), 10 de maio de 2020.

MINISTRO FRANCISCO FALCÃO

Relator

O presente caso é idêntico ao acima decidido. Trata-se de ação movida pelo


sindicato autor para que seja determinado ao município réu que destine 100% dos recursos
recebidos por ação oriunda da Justiça Federal para a área da educação, subvinculando
60% (sessenta por cento) de tais recursos ao pagamento da remuneração dos profissionais
do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos
termos do art. 60 do ADCT, art. 7º da lei n. 9.424/1996 e art. 22 da lei n. 11.494/2007. Ou
seja, trata-se de uma discussão adstrita a sindicato e municipalidade, o que afasta qualquer
interesse da União.
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2. Da legitimidade ativa do sindicato e cabimento da presente ação
civil pública.

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O sindicato autor é uma entidade sindical que representa a categoria dos

servidores da área de educação pública do Estado de Alagoas.

Como bem se sabe, a substituição processual por parte de entidade sindical já é

amplamente reconhecida pela própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a

qual, inclusive, é no sentido da dispensa da autorização expressa dos substituídos para

propor demandas coletivas. Confira-se:

EMENTA: PROCESSO CIVIL. SINDICATO. ART. 8º, III DA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL. LEGITIMIDADE. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. DEFESA DE
DIREITOS E INTERESSES COLETIVOS OU INDIVIDUAIS. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.

O artigo 8º, III da Constituição Federal estabelece a legitimidade


extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses
coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que representam. Essa
legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a liquidação e a execução
dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se tratar de típica hipótese de
substituição processual, é desnecessária qualquer autorização dos
substituídos. Recurso conhecido e provido. (STF – RE 193.503/SP – Pleno – Rel.
Min. Carlos Velloso – DJU 1 24.08.2007).

Assim sendo, o Sinteal possui legitimidade processual ativa para, por meio da

presente ação, litigar judicialmente contra o Poder Público na defesa de interesses e

direitos coletivos dos membros da categoria que representa, tudo em conformidade com o

disposto nos arts. 1º, IV e 3º da Lei n. 7.347/1985.

No presente caso, a ação visa assegurar a correta aplicação dos recursos

oriundos do Fundef nos termos da legislação vigente, em prol da educação e da categoria

dos servidores da educação do Estado de Alagoas.


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A escolha do presente instrumento, Ação Civil Pública, se justifica pela notória

possibilidade jurídica, materializada pela própria matéria aqui tratada, o que demonstra

definitivamente seu cabimento.

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3. Dos fatos e do direito pleiteado.

O Município de Maceió-AL, em 2017, ajuizou ação de cumprimento de sentença

(PROCESSO Nº 0807260-82.2017.4.05.8000) que tramitou na 13ª Vara Federal da Seção

Judiciária de Alagoas, com supedâneo no título executivo oriundo da ação coletiva nº

0011204-19.2003.4.05.8000 pleiteando o pagamento de diferenças referentes a

complementação desse ente federal ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do

Ensino Fundamental e Valorização do Magistério – FUNDEF, ocorridas no período de

1998 a 2006.

O pleito do município foi julgado procedente e a União Federal foi condenada a

pagar os valores correspondentes à diferença entre o que era realmente devido e o que foi

repassado a título de complementação de recursos do FUNDEF.

O processo transitou em julgado e, na fase executiva, foi expedido o Precatório

nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,

tendo como beneficiário o Município de Maceió-AL, o qual está previsto para pagamento

em 03 de julho de 2020, conforme extrato anexo.

Nesse quadro, entende o sindicato autor que, por força da vinculação da

sentença e do mandamento constitucional somente poderão ser destinados em

conformidade com as normas a seguir citadas. Senão vejamos.

O constituinte, no art. 60, §5° do ADCT (incluído pela EC 14/1996), foi quem

elegeu a valorização do profissional da educação como política pública prioritária de

garantia do direito à educação, bem como dispôs acerca da subvinculação do percentual


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de 60% (sessenta por cento) dos recursos do FUNDEF para pagamento dos professores do

ensino fundamental em efetivo exercício no magistério:

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Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios destinarão não menos de sessenta por
cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição
Federal, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, com
o objetivo de assegurar a universalização de seu atendimento e a
remuneração condigna do magistério. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 14, de 1996) (…)
§ 5º Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos recursos de cada
Fundo referido no § 1º será destinada ao pagamento dos professores do
ensino fundamental em efetivo exercício no magistério. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 14, de 1996). (g.n)

Mesmo após a edição da EC 53/2006, tal política foi mantida, assim como a
aludida subvinculação. Confira-se:

Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta
Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da
Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica
e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as
seguintes disposições:
(...)
XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo
referido no inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento
dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício.
(g.n) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006).

O fundo constitucional foi regulamentado, inicialmente, pela lei nº 9.424/1996,


a qual, em consonância com a diretriz constitucional, trouxe a previsão expressa no
sentido de que ao menos 60% (sessenta por cento) dos recursos do fundo devem ser
utilizados no pagamento da remuneração do magistério, in verbis:
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Art. 7º Os recursos do Fundo, incluída a complementação da União,
quando for o caso, serão utilizados pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios, assegurados, pelo menos, 60% (sessenta por cento) para a
remuneração dos profissionais do Magistério, em efetivo exercício de

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suas atividades no ensino fundamental público. (g.n)

A supracitada lei não só reproduziu a vinculação constitucional dos aludidos


recursos, mas também regulamentou que o depósito respectivo deve ser realizado em
contas específicas dos governos Estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios,
vinculadas ao fundo, com programação específica do respectivo orçamento.
A dita subvinculação foi mantida pela lei nº 11.494/2007, que instituiu o
FUNDEB (fundo que veio a substituir o FUNDEF), especificamente em seu artigo 22.
Vejamos:

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais
totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração
dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo
exercício na rede pública. (g.n)

Logo, o real objetivo da presente ação é tão somente preservar a finalidade dos

recursos recebidos pelo município de Maceió a título de diferenças que deixaram de ser

repassadas a título de FUNDEF em período próprio, tudo em conformidade com o

disposto no art. 60 do ADCT, art. 7º da lei nº 9.424/1996 e art. 22 da lei nº 11.494/2007.

Inobstante o precatório constituído em ação judicial proposta pelo referido

município em face da União incorporar-se aos cofres municipais, tais verbas não perdem a

sua natureza vinculante. Ou seja, o pagamento por intermédio de precatório é uma

questão circunstancial que não afeta a natureza ou destinação das verbas em questão.

Uma vez que tal vinculação é amplamente reconhecida, não se pode,

consequentemente, afastar o direito dos professores da rede básica de ensino do município

requerido de receberem 60% (sessenta por cento) desses recursos, haja vista que labutaram
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arduamente durante o período de que trata a presente demanda e não receberam

devidamente o que está expressamente previsto no ordenamento jurídico-constitucional.

Vale registrar que a subvinculação do referido percentual visa, unicamente,

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conferir efetividade ao direito fundamental à educação (previsto pelo art. 6º, caput, da

Carta Fundamental), ao princípio constitucional da valorização dos profissionais da

educação escolar (consagrado no art. 206, inciso V e no art. 60, XII do ADCT), bem como

atender o objetivo fundamental da República de reduzir as desigualdades regionais e

sociais (encartado no art. 3º, inciso III, da Lei Maior).

Impende consignar que a sobredita verba trata de recursos do FUNDEF que não

foram repassados ao município demandado, em tempo, por erro exclusivo da União na

elaboração do cálculo das parcelas devidas, não se configurando, pois, como “sobras” ou

parcelas excedentes, mas sim como a própria prestação que deveria ser repassada e não

foi.

Destarte, a vinculação que se pretende ver declarada decorre da própria

Constituição Federal.

Por conseguinte, tais verbas, por serem vinculadas, não podem sofrer qualquer

desvio de finalidade. Ocorre que, conforme notícias publicadas em variados meios de

comunicação, muitos municípios alagoanos estão aplicando os recursos em outras áreas,

sendo, em não raros casos, lamentavelmente desviados.

3.1. Da Ausência de Qualquer Desarrazoabilidade e Desproporcionalidade no Repasse a


Professores que já Recebem uma das Menores Remunerações do País. Pagamento a
Título de Abono em Única Parcela. Impossibilidade de Incorporação ao Vencimento
dos Professores Substituídos. Ausência de Afronta ao Teto Constitucional
Remuneratório.

Recente pesquisa feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento

Econômico com base em 48 (quarenta e oito) países chegou à conclusão de que os


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professores brasileiros são os profissionais da educação que recebem o menor salário e

possuem o menor poder de compra1.

Além disso, levantamento da OCDE registrou que os professores brasileiros,

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diferentemente de outros que exercem suas atividades em países desenvolvidos, sofrem

com a ausência de ganhos salariais ao longo dos anos de carreira. Segundo tal

levantamento, o salário que o professor brasileiro recebe no início da carreira é

praticamente o mesmo que receberá ao final.

Não restam dúvidas de que esses fatores contribuem, consideravelmente, para a

manutenção dos péssimos índices educacionais do país, em especial das regiões Norte e

Nordeste.

Não bastasse a baixíssima remuneração média nacional, os valores recebidos

por docentes da rede pública dos Estados das aludidas regiões são ainda inferiores à

média nacional, conforme dados levantados em 2018 pelo jornal Gazeta do Povo 2.

Conforme a matéria, os salários dos professores na Bahia, Sergipe, Alagoas,

Pernambuco, e Rio Grande do Norte não superavam os R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos

reais). No Pará e no Acre, o salário não chega a R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Ora, os Estados que pior remuneram seus docentes foram os que ingressaram

em juízo para pleitear a complementação das verbas do FUNDEF pela União, a qual, como

visto, efetuou repasses a menor em razão de cálculos errôneos reconhecidos judicialmente,

o que gerou os créditos (diferenças) consubstanciados nos precatórios em comento.

1 BORGES, Helena. Professores brasileiros têm os piores salários, afirma OCDE em levantamento feito em 48
países. O Globo, 20 jun. 2019. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/professores-brasileiros-
tem-os-piores-salariosafirma-ocde-em-levantamento-feito-em-48-paises-23752804>. Acesso em 23 maio de
2020.

2 SANTIAGO, Abinoan. Mesmo em crise, estados pagam acima do piso para professores; veja ranking.
Gazeta do Povo, 04 abr. 2019. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/mesmo-em-
crise-estados-pagam-acima-dopiso-para-professores-veja-ranking/>. Acesso em 02 jun. 2020.
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Na espécie, cabe ressaltar que o sindicato autor, por meio da presente demanda,

não formula pedido no sentido de que o precatório em comento seja utilizado no

pagamento de verbas passíveis de incorporação a seus vencimentos.

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O que está sendo, realmente, requerido é que o sobredito valor seja transferido

aos professores substituídos sob a forma de abono em parcela única.

Evidencia-se que tal pagamento concretiza a principal política pública de

promoção da educação prevista no art. 60, XII do ADCT, qual seja, a remuneração

condigna dos professores.

Aliás, vale rememorar que essa possibilidade encontra fundamento nos arts. 8º,

parágrafo único e 19, §1º, IV da lei complementar nº 101/00 (Lei de Responsabilidade

Fiscal), os quais são claros ao preverem, in litteris:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em
que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na
alínea c do inciso I do art. 4º , o Poder Executivo estabelecerá a
programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua
vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o
ingresso (...). (g.n)
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados (...).
§ 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não
serão computadas as despesas:
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior
ao da apuração a que se refere o § 2 o do art. 18; (...) (g.n)

Se a verba é carimbada, segue carimbada, pouco importando o momento em

que ingressou no caixa do ente pagador! É exatamente o que prevê o art. 8º da LRF.
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Ora, o erro da União Federal no cálculo do seu repasse não pode comprometer,

repita-se, a execução daquela que, nos termos do art. 60 do ADCT, é a principal política

pública de promoção da educação – qual seja, a crescente valorização dos profissionais do

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magistério.

Lado outro, pode-se argumentar que a observância do art. 60, XII do ADCT, no

caso concreto, afrontaria os postulados da proporcionalidade e da razoabilidade, gerando

suposto “favorecimento pessoal”.

Tal argumento não merece prosperar pelos seguintes motivos.

Em média, os professores da rede pública de ensino de Alagoas recebem, como

acima destacado, R$2.800,00 (dois mil e oitocentos reais). Aqueles que fariam,

excepcionalmente, jus ao pagamento de um abono receberiam a quantia variável entre R$

15,000,00 (quinze mil reais) a R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais).

Ora, como reputar desarrazoado e desproporcional que profissionais cujo

salário mensal não supera o montante de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais)

recebessem as mencionadas quantias mediante pagamento de abono em única parcela?

Infere-se, pois, que os postulados da razoabilidade e da proporcionalidade

devem ser aferidos casuisticamente e, neste caso, a realidade do magistério no Brasil e, em

particular, no Estado de Alagoas, justifica a não mais poder o repasse dos valores que a

própria Constituição Federal de 1988 destina à remuneração dos professores!

Como dizer, no atual momento de calamidade pelo qual passa o país, que esses

valores, a serem depositados em conta do município réu, devem ser destinados,

integralmente, para a construção e reformas de escolas, sem que o capital humano

(professores) receba um percentual que a própria Constituição Federal lhes assegura?

Se, por ordem constitucional, 60% (sessenta por cento) dos valores do Fundo

devem ser destinados, necessariamente, à remuneração dos profissionais da educação,

como reconhecer que os valores que a União Federal deixou de repassar em período certo
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e que o município demandado, em consequência, deixou de pagar os professores não são

mais, agora, destinados a sua remuneração?

Destarte, a matéria abordada nos presentes autos, por ser extremamente

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sensível e delicada, merece uma detida análise, tendo em vista que estamos a tratar de

profissionais que se encontram na linha de frente da educação brasileira e dedicam suas

vidas, apesar das inúmeras adversidades, à nobre missão de proporcionar às pessoas um

futuro digno, contribuindo, dessa forma, para a necessária melhoria da qualidade do

ensino no país.

A respeito do tema, vejamos a lição de Sérgio Jund:

“(...) pelo menos 60% dos recursos anuais do FUNDEB, incluindo a


complementação da União, se houver, devem ser destinados ao pagamento
da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em
efetivo exercício na rede pública. O restante dos recursos deve ser aplicado
em outras despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino da
educação básica pública. Com a promulgação da Emenda Constitucional n.
53/2006, novamente foram alteradas as regras de aplicação mínima de
recursos na manutenção e desenvolvimento do ensino, sendo constituído o
atual FUNDEB, em substituição ao FUNDEF. Contudo, as regras do art. 212
da Constituição da República de 1988 permanecem, devendo os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios aplicar não menos que 25% de suas
receitas de impostos, incluídas as provenientes de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino.” (JUND, Sérgio. Administração,
orçamento e contabilidade pública. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, p.
366).

Ainda sobre o assunto, vejamos o que diz a jurisprudência com destaque para a
do Tribunal de Justiça de Alagoas:

CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. FUNDEF. VINCULAÇÃO.


CABIMENTO. BLOQUEIO. COMPETÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
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A vinculação na utilização dos recursos do FUNDEF no financiamento de
despesas relacionadas com a manutenção e o desenvolvimento da educação
básica afasta a observância do regime de precatório, porquanto o
direcionamento da aplicação dos valores é incompatível com o regime
especial de pagamento de débitos do Estado, permitindo o bloqueio dos

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valores correspondentes.
Caberia ao Município demandado apresentar documentos que
demonstrassem já haver realizado todos os pagamentos referentes à
manutenção e o desenvolvimento da educação básica relacionadas com o
FUNDEF, medida esta que não foi adotada no presente feito, de modo que,
por não haver demonstrado que promoveu a complementação dos valores
não pagos pela União, não cabe neste instante pretender utilizar os recursos
do FUNDEF em despesas diversas da educação.
Nos autos de n. 0804584-90.2016.8.02.0000 em que figuram como parte
recorrente Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas e como
parte recorrida Município de Estrela de Alagoas, ACORDAM os membros
da 3ª Câmara Cível, por unanimidade de votos, em conhecer do recurso
para, após rejeitar as preliminares ventiladas, dar-lhe provimento,
reformando a decisão de primeiro grau. Participaram deste julgamento os
Excelentíssimos Senhores Desembargadores mencionados na certidão retro.
Maceió, 02 de março de 2017.
(TJAL. Agravo de Instrumento nº 0804584-90.2016.8.02.0000 Sistema
Remuneratório e Benefícios. 3ª Câmara Cível. Relator: Des. Celyrio
Adamastor Tenório Accioly. Agravante: Sindicato dos Trabalhadores da
Educação de Alagoas)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO ADMINISTRATIVO. DECISÃO


QUE DETERMINOU O BLOQUEIO DO MONTANTE CORRESPONDENTE
A 60% (SESSENTA POR CENTO) DO VALOR DO PRECATÓRIO JUDICIAL
ORIGINADO DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO, O
QUAL TEM ORIGEM EM VERBA RELATIVA AO FUNDO DE
MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL
E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF). CRÉDITO
VINCULADO QUE NECESSITA SER APLICADO DE ACORDO COM A
LEGISLAÇÃO DO FUNDO QUE LHE DEU ORIGEM. NÃO SE TRATA
DE RECEITA CORRENTE LÍQUIDA À DISPOSIÇÃO DO MUNICÍPIO.
DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (g.n)
(TJAL. Número do Processo: 0804778-22.2018.8.02.0000; Relator (a): Des.
Domingos de Araújo Lima Neto; Comarca: Foro de Água Branca; Órgão
julgador: 3ª Câmara Cível; Data do julgamento: 07/12/2018; Data de registro:
10/12/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO ORDINÁRIA. PERCEPÇÃO DE


VALORES REFERENTES A PRECATÓRIO JUDICIAL EMITIDO PELA
JUSTIÇA FEDERAL. REPASSES RELATIVOS AO ANTIGO FUNDO DE
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MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL
E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO – FUNDEF. CRÉDITO
VINCULADO QUE DEVE SER APLICADO DE ACORDO COM A
LEGISLAÇÃO DO FUNDO QUE LHE DEU ORIGEM. NÃO
CARACTERIZAÇÃO DE RECEITA CORRENTE LÍQUIDA À

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DISPOSIÇÃO DO MUNICÍPIO. MANUTENÇÃO DO BLOQUEIO DO
PERCENTUAL DE 60% (SESSENTA POR CENTO) DO VALOR RECEBIDO
PELO ENTE PÚBLICO ATÉ FINAL JULGAMENTO DA AÇÃO
PRINCIPAL. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (g.n)
(TJAL. Número do Processo: 0803016-68.2018.8.02.0000; Relator (a): Des.
Celyrio Adamastor Tenório Accioly; Comarca: Foro de Santa Luzia do Norte;
Órgão julgador: 3ª Câmara Cível; Data do julgamento: 24/10/2019; Data de
registro: 09/01/2020)

Para realçar o presente entendimento, é preciso levar em consideração o que


consta em parecer da própria Procuradoria da República nos autos do RESP n.º
1.509.457/PE (Rel. Min. Humberto Martins) onde relata com propriedade que os presentes
recursos devem necessariamente ser destinados ao magistério municipal. Vejamos trecho
de decisão:

“O Procurador Regional da República Senhor Domingos Sávio Tenório de


Amorim aduziu em seu recurso especial, ainda, ofensa aos artigos 47 e 60
da Lei nº4.320/64 e artigo 2º da Lei nº 9.424/96, vigente à época do fato.
Argumentou que “os recursos destinados ao FUNDEF, hoje FUNDEB,
como se sabe, são daqueles que têm uma aplicação em finalidade
específica, isto é, vinculada de forma stricto sensu em benefício direto aos
discentes e docentes” e que “por hipótese alguma é possível a utilização
de recursos de tal natureza em outra finalidade, ainda que pública, sem
que isso constitua desvio de finalidade” (g.n).

E, por fim, destacamos o que foi decidido, recentemente, pelo próprio STF no

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.246.629, cuja relatoria coube ao Exmo.

Sr. Min. Edson Fachin, in litteris:

AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.


CONSONÂNCIA DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM ENTENDIMENTO
FIXADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO
RE 636.978- RG (TEMA 422). VINCULAÇÃO DE VERBAS DA UNIÃO
PARA A MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
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BÁSICA. INVIABILIDADE DO USO DOS RECURSOS PARA DESPESAS
DIVERSAS. PROVIMENTO PARCIAL. 1. O acórdão não divergiu do
entendimento firmado pelo Plenário desta CORTE, no julgamento do
mérito da repercussão geral reconhecida no RE 841.526- RG (Rel. Min.
LUIZ FUX, Tema 592). 2. As verbas do FUNDEF não podem ser utilizadas

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para pagamento de despesas do Município com honorários advocatícios
contratuais. 3 . Agravo interno a que se dá parcial provimento.” (ARE
1066281 AgR, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe
26.11.18) Ante o exposto, conheço do agravo e dou parcial provimento ao
recurso extraordinário, com a finalidade de reformar parte do acórdão
recorrido, nos termos do art. 21, §2º, do RISTF, mantendo a vinculação
necessária entre as verbas complementares da União e a manutenção e
desenvolvimento da educação básica e na valorização dos profissionais
da educação, inclusive no tocante ao honorários advocatícios contratuais.
Ônus e custas processuais ex lege. Publique-se. Brasília, 30 de abril de 2020.
Ministro EDSON FACHIN
Relator (NOSSOS GRIFOS)

Tal importantíssima decisão não é a posição solitária daquela Egrégia Corte

Suprema, já que está em total consonância com o que restou decidido na AÇÃO CIVIL

ORIGINÁRIA 658 proposta pelo Estado de Pernambuco cuja íntegra segue anexa:

DIREITO ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO. AGRAVO REGIMENTAL


NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. FUNDO DE MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE
VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO – FUNDEF. EMENDA
CONSTITUCIONAL 14/1996. COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO.
FUNÇÃO SUPLETIVA. VALOR MÍNIMO NACIONAL POR ALUNO.
FIXAÇÃO. LEI 9.424/1996. DECRETO 2.264/1997. FORMA DE
PAGAMENTO. OBRIGAÇÃO DE PAGAR. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. “O valor da
complementação da União ao FUNDEF deve ser calculado com base no
valor mínimo nacional por aluno extraído da média nacional. RE-RG
636.978, de relatoria do Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno do STF.
REsp 1.101.015, de relatoria do Ministro Teori Zavascki, 1ª Seção do STJ.
Acórdão do Pleno TCU 871/2002. A complementação ao FUNDEF realizada
a partir do valor mínimo anual por aluno fixada em desacordo com a
média nacional impõe à União o dever de suplementação de recursos,
mantida a vinculação constitucional a ações de desenvolvimento e
manutenção do ensino” (ACO 683 AgR, Rel. Ministro Edson Fachin,
Tribunal Pleno, DJe 19.2.2020). 2. Agravo regimental a que se nega
provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos,
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acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal em conhecer do agravo
e negar-lhe provimento, nos termos do voto da Relatora e por maioria de
votos, vencido o Ministro Alexandre de Moraes, em sessão virtual do Pleno
de 24 a 30 de abril de 2020, na conformidade da ata do julgamento. Brasília,
5 de maio de 2020. Ministra Rosa Weber Relatora (nossos grifos)

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Interessante aclarar que o posicionamento do STF também é adotado por vários

tribunais pátrios, a exemplo do TJ/PA. Por oportuno, trazemos à baila importante decisão

da Desembargadora EZILDA PASTANA MUTRAN da 1ª Turma de Direito Público

proferida em sede do Agravo de Instrumento nº 0801890-76.2020.8.14.0000:

“(...)
Denota-se que consoante a legislação pertinente, as verbas do FUNDEF
(atual FUNDEB) destinam-se exclusivamente para ações de manutenção e
desenvolvimento do ensino para a educação básica, de forma que, em
análise preliminar, extrai-se plausibilidade jurídica na pretensão invocada
pelo Sindicato, uma vez que visa resguardar o percentual de 60% (sessenta
por cento) dos recursos do Fundo em questão para que seja destinado ao
pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação
básica em efetivo exercício na rede pública. ...”
Assim, em um juízo preliminar, não restam preenchidos os requisitos
necessários para a concessão do efeito suspensivo (probabilidade de
provimento do recurso e, possibilidade de lesão grave e de impossível
reparação), havendo, neste momento processual, plausibilidade pela
manutenção da decisão agravada.
Posto isto, nos termos do art. 1.019, I, do NCPC, NEGO o pedido de efeito
suspensivo ao recurso. (grifos originários)

Embora tenha decidido pela aplicação dos recursos do precatório do FUNDEF

exclusivamente na educação (conforme também decidiu o Supremo Tribunal Federal nas

ACO’s 648, 660, 669 e 700, 718), o Tribunal de Contas da União, equivocadamente,

deliberou pela inaplicabilidade da subvinculação de tais recursos (Acórdão nº 1824/2017 –

TCU – Plenário - Processo nº TC 005.506/2017-4, julgado em 23.08.2017).

Porém, cumpre ressaltar que o Poder Judiciário não se vincula às decisões de

tribunais de constas, os quais possuem natureza estritamente administrativa. Como

acima observado, os tribunais pátrios têm decidido, em diversas ocasiões, contrariamente


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ao entendimento firmado pelo TCU, reconhecendo a destinação de 60% dos recursos em

foco para pagamento aos servidores do magistério. Vejamos:

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Processo nº 0800074-83.2016.4.05.0000 (Agravo de Instrumento) – na ocasião, o

Desembargador Élio Siqueira Filho da 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região

entendeu que, conforme art. 60, incisos I e XII, do ADCT - que trata da destinação de parte

dos recursos à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica e à remuneração dos

trabalhadores em educação - restou estabelecido que, para Estados, Distrito Federal e

Municípios, a distribuição de tais recursos dar-se-á mediante o Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -

FUNDEB, sabendo-se que proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) desse Fundo

será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da educação básica em

efetivo exercício. Assim, deu provimento ao presente agravo de instrumento para

reformar a decisão agravada e determinar o bloqueio de 60% (sessenta por cento) da

verba constante do precatório tal como pleiteado.

Processo nº 0804605-18.2016.4.05.0000 (Agravo de Instrumento) – O

Desembargador relator Paulo Machado Cordeiro da 3ª Turma do Tribunal Regional

Federal da 5ª Região determinou que a aplicação das verbas do precatório do FUNDEF

devem guardar vinculação à educação, com observância do disposto no art. 22 da Lei

11.494/07 ("Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão

destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação

básica em efetivo exercício na rede pública").

Processo nº 8005705-61.2019.8.05.0000 (Agravo de Instrumento) – O Des.

Roberto Maynard Frank do Tribunal de Justiça da Bahia, em 10 de abril de 2019, indeferiu

o efeito suspensivo do Agravo de Instrumento do Município de Vereda, determinando a

manutenção da decisão de origem que determinou o bloqueio de 60% (sessenta por cento)

dos recursos do Precatório do Fundef.


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Processo nº 0800862-53.2017.8.15.0161 (1ª Vara Mista de Cuité/PB) – Em

sentença homologatória de acordo firmado entre ANDRE RICARDO DA SILVA DIAS e

outros e o MUNICÍPIO DE CUITE, o Juízo entendeu que a matéria comporta transação,

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pois apesar de referir-se a verba pública destinada a determinado fim, conforme disposto

no art.22 da Lei 11.494/20074, a remuneração dos professores da educação básica como

forma de valorização do magistério, este fim permite discricionariedade por parte do

Município no que tange à forma que julgar mais adequada efetivar esta remuneração em

face do caráter extraordinário do precatório do FUNDEF. Destacou-se, na ocasião, o fato

de que, em que pese o precatório se refira a valores destinados à aplicação em anos

pretéritos, não tira sua destinação final, a qual subsiste, conforme disposições

constitucionais do art.60 do ADCT. Ainda, o referido julgador afirmou que a lei é taxativa

ao dizer que, no mínimo, pelo menos 60% do precatório seja aplicado na remuneração do

magistério. Desse modo, homologou o acordo para pagamento de remuneração de

profissionais da educação.

Processo nº 8000416-13.2018.8.05.0056 (1ª VARA DOS FEITOS DE RELAÇÃO

DE CONSUMO, CIVEIS E COMERCIAIS DE CHORROCHÓ) – Nos presentes autos, o

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA –

APLB requereu que o Juízo determinasse que o MUNICÍPIO DE MACURURÉ/BA

aplicasse o mínimo de 60% (sessenta por cento) do precatório do FUNDEF para

pagamento de remuneração dos profissionais do magistério e 40% (quarenta por cento) na

manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental, consoante determina o artigo 7º

da Lei nº 9.424/1996, em conformidade com o artigo 60, §5º, do ADCT. O magistrado

Cláudio Santos Pantoja Sobrinho julgou PROCEDENTE O PEDIDO DA PARTE AUTORA

para condenar o Município de Macururé/BA a recolher em conta bancária específica o

valor integral liberado pelo precatório nº 66/2016 (85590352017401198), decorrente da

decisão judicial proferida nos autos nº 2003.33.00.031105-1, referente ao FUNDEF (atual

FUNDEB), destinando 60% (sessenta por cento) ao pagamento dos professores do

Ensino Fundamental em efetivo exercício do magistério, com o consequente rateio entre


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o corpo docente, e 40% (quarenta por cento) na manutenção e desenvolvimento do Ensino

Fundamental.

Agravo de Instrumento nº 0802907-21.2018.8.14.0000 de relatoria da

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Desembargadora Maria Elvina Gemaque Taveira - Em 31 de março de 2019, o Tribunal de

Justiça do Estado do Pará negou pedido de efeito suspensivo no aludido recurso, ajuizado

pelo Município de Parauapebas, que visava sustar os efeitos da decisão interlocutória

proferida pelo Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Parauapebas nos autos

do Processo nº. 0018004-42.2016.8.14.0040, o qual determinou o bloqueio dos valores

oriundos do Precatório do Fundef, ante a plausibilidade jurídica nos termos do art. 60 do

ADCT, redação dada pela EC nº 14/96 e 56/2006; Lei 9.424/1996 e Lei 11.494/2007.

Recentemente, a Justiça Federal de Pernambuco, em processo movido pelo

próprio MPF, decidiu que a vedação de subvinculação dos valores dos precatórios do

FUNDEF, conforme entendimento firmado no acórdão do TCU retro mencionado, é,

flagrantemente, inconstitucional. Confira-se:

Proc. Nº. 0800195-74.2020.4.05.8309 (Tribunal Regional Federal da 5ª


Região)

(...)

(i) declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade incidental do item


9.2.1.2 do acórdão 1.962/2017 - TCU - Plenário; dos itens I e II da decisão
cautelar monocrática referendada no Acórdão 1518/2018 - TCU - Plenário; e
do item 9.2.1 do Acórdão 2866/2018 - TCU - Plenário. (nossos grifos)

Portanto, a presente ação deve ser julgada procedente para, em decisão


provisória, bloquear os recursos do precatório indicado, expedido pelo Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, tendo como beneficiário o Município de Maceió-AL, devendo o valor
correspondente a 60% do montante a ser recebido ser posto à disposição da categoria
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representada pelo sindicato autor (substituto processual), procedendo-se, ao final, com o
rateio dos valores aos servidores beneficiários.

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4. Da tutela provisória de urgência

Uma vez que resta evidente o direito aqui defendido pelo sindicato autor,

requer a concessão do pedido de tutela de urgência com base nos seguintes motivos 3.

O presente caso preenche os requisitos da tutela de urgência previstos no art.

300 do CPC,4 ou seja, a probabilidade do direito, amplamente demonstrada e

suficientemente comprovada com base na legislação acima citada e documentos anexados.

Já o perigo de dano encontra-se, igualmente, concretizado na iminência de

recebimento dos recursos em tela pela edilidade na data de 03/07/2020, além do grande

risco de não destinação dos 60% dos mencionados recursos para o pagamento da

remuneração dos integrantes do magistério, bem como de 40% nas demais ações de

manutenção e desenvolvimento do ensino e outras melhorias necessárias em prol do

ensino municipal.

Conforme matérias jornalísticas veiculadas por jornais locais (cópias anexas),

alguns gestores municipais vêm, há alguns anos, dando destinação diversa a tais recursos,

ocasionando danos irreversíveis.

Importante ressaltar que, em caso semelhante, o juízo da Vara do Único Ofício

da Comarca de Murici/AL deferiu, nos autos do processo nº. 0700396-03.2019.8.02.0045,

pleito de concessão de tutela de urgência no sentido de bloquear 60% dos valores do

precatório do Fundef pagos ao município de Murici/AL:


3 Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
4 Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
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(…)
Ante o exposto, DEFIRO a tutela provisória requestada, porque presentes
os requisitos do art. 300 do CPC/2015, para BLOQUEAR 60% (sessenta por
cento) do crédito oriundo do precatório nº

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0318810-41.2018.4.05.0000/PRC167863-AL para custeio do pagamento dos
professores da educação básica do Município de Murici/AL, ao passo que
oficie-se à CEF e à 7ª Vara Federal para cumprimento da decisão,
transferindo os valores para conta judicial vinculada à presente contenda.

Tal decisão, inclusive, foi mantida pelo E. TJAL nos autos do Agravo de
Instrumento n. 0804974-55.2019.8.02.0000 (interposto pelo mesmo município). Vejamos:

(…)
22 Ante os motivos expostos, entendo que a manutenção do decisum
hostilizado é medida que se impõe, uma vez que as argumentações
levantadas pela parte recorrente não se mostraram suficientes para infirmar
a conclusão obtida pelo juízo da instância singela.
23 Por tais razões, voto no sentido de CONHECER do presente recurso
para, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO, mantendo incólume a
decisão agravada.

Confira-se mais julgados oriundos do TJAL acerca da matéria:

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO ORDINÁRIA.


FAZENDA PÚBLICA. PERCEPÇÃO DE VALORES REFERENTES A
PRECATÓRIO JUDICIAL EMITIDO PELA JUSTIÇA FEDERAL.
REPASSES RELATIVOS AO FUNDO DE MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE
VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO – FUNDEF. CRÉDITO
VINCULADO QUE NECESSITA SER APLICADO DE ACORDO
COM A LEGISLAÇÃO DO FUNDO QUE LHE DEU ORIGEM. NÃO
SE TRATA DE RECEITA CORRENTE LIQUIDA À DISPOSIÇÃO DO
MUNICÍPIO. NECESSIDADE DE BLOQUEIO DO PERCENTUAL
DE SESSENTA POR CENTO DO VALOR RECEBIDO PELO ENTE
PÚBLICO ATÉ FINAL JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL.
Conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, "a
complementação ao Fundef realizada a partir do valor mínimo anual
por aluno fixada em desacordo com a média nacional impõe à União
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o dever de suplementação de recursos, mantida a vinculação
constitucional a ações de desenvolvimento e manutenção do ensino".
(STF. Plenário. ACO 648/BA, ACO 660/AM, ACO 669/SE e ACO 700/
RN, relorig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin,

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julgados em 6/9/2017.) Recurso conhecido e não provido. À
unanimidade. (TJ-AL 0803752-23.2017.8.02.0000, Rel: Des. Alcides
Gusmão da Silva, Julga: 09/11/2017, 3ª Câmara Cível, Publicação:
14/11/2017)

CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. FUNDEF. VINCULAÇÃO.


CABIMENTO. BLOQUEIO. COMPETÊNCIA. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. A vinculação na
utilização dos recursos do FUNDEF no financiamento de despesas
relacionadas com a manutenção e o desenvolvimento da educação
básica afasta a observância do regime de precatório, porquanto o
direcionamento da aplicação dos valores é incompatível com o
regime especial de pagamento de débitos do Estado, permitindo o
bloqueio dos valores correspondentes. Caberia ao Município
demandado apresentar documentos que demonstrassem já haver
realizado todos os pagamentos referentes à manutenção e o
desenvolvimento da educação básica relacionadas com o FUNDEF,
medida esta que não foi adotada no presente feito, de modo que, por
não haver demonstrado que promoveu a complementação dos
valores não pagos pela União, não cabe neste instante pretender
utilizar os recursos do FUNDEF em despesas diversas da educação.
(TJ-AL 0804584- 90.2016.8.02.0000, Rel: Des. Celyrio Adamastor
Tenório Accioly, Julg: 02/03/2017, 3ª Câmara Cível, Publ: 07/03/2017)

Recentemente, nos autos do Processo nº 0000183-04.2016.8.02.0058, o Juízo da 4ª


Vara Cível de Arapiraca prolatou sentença no sentido de reconhecer o direito à
subvinculação de 60 % das verbas em tela, in verbis:

(…)
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido apresentado nas
presentes ações cautelares, confirmando a decisão liminar que determinou
o bloqueio de 60% (sessenta por cento) dos valores referentes ao precatório
nº PRC 121117-AL (requisitório 2014.80.01.008.000013), de modo a garantir
o pagamento de tais valores, sob a forma de rateio, em favor dos
professores substituídos, a serem individualizados em sede de
cumprimento de sentença na ação própria.
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Sobejam razões, pois, para a concessão da medida de urgência ora pleiteada.

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5. Dos Pedidos Finais.

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

1) A concessão da tutela provisória de urgência no sentido de determinar a

indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo

Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº

20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª

Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento do

mérito da presente ação, tudo sob pena de incidência de multa diária;

2) A citação do município demandado, representado judicialmente por sua

Procuradoria-Geral, com endereço já informado para, se possível, conciliar com o autor, ou

contestar a presente ação no prazo previsto em lei, sob pena de revelia e confissão em

relação à matéria de fato;

3) A intimação do representante do Ministério Público para necessária

manifestação;

4) Ao final, requer que seja julgada totalmente procedente a presente ação civil

pública, confirmando a liminar anteriormente concedida para obrigar o Município de

Maceió-AL a aplicar o valor do precatório em foco integralmente na educação, sendo, no

mínimo, 60% (sessenta por cento) destinado para pagamento da remuneração dos

profissionais do magistério da educação municipal e o restante em manutenção e

investimentos, tudo nos termos do art. 60 do ADCT, art. 7º da lei n. 9.424/1996 e art. 22 da

lei n. 11.494/2007.
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A condenação do ente requerido ao pagamento das custas e honorários

advocatícios na base de 20% sobre o valor da condenação.

O autor deixa de recolher custas com base no art. 18 da Lei 7.347/1985.5

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Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos no direito, sobretudo, a

juntada de documentos.

Atribui-se à causa o valor de R$ 300.716.573,89 (trezentos milhões setecentos e

dezesseis mil quinhentos e setenta e três reais e oitenta e nove centavos).

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió-AL, 30 de junho de 2020.

Fabricio Beltrão de Brito


OAB – PB nº 16.253B

Manolys Marcelino Passerat de Silans


OAB-PB nº 11.536

Ciro Varcelon Contin Silva


OAB-AL nº8.663

Nivaldo Barbosa da Silva Júnior


OAB-AL nº 6.411

Anderson Barbosa
OAB/AL n. 13.749

5
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fls. 51

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fls. 53

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Para conferir o original, acesse o site http://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0700379-29.2015.8.02.0005 e código AB766F.
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fls. 56

fls. 17
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01/07/2020 Tribunal Regional Federal da 5ª Região - Resultado Consulta Processual
fls. 57

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PROCESSO Nº 0338835-41.2019.4.05.0000

PRECATÓRIO (PRC178329-AL (@)) AUTUADO EM 27/06/2019


ORGÃO: Divisão de Precatório
PROC. ORIGINÁRIO Nº: 08072608220174058000 - Justiça Federal
- AL
NÚMERO DO REQUISITÓRIO: 20198000013200087
NÚMERO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO: 08072608220174058000
VARA: 13ª Vara Federal de Alagoas
CRÉDITO: Outras Naturezas
ASSUNTO: 01.22.05 - Repasse de Verbas Públicas - Orçamento - Direito Administrativo e outras Matérias de
Direito Público

: 25/06/2020
FASE ATUAL Depósito em Conta
18:42
COMPLEMENTO :
ÚLTIMA LOCALIZAÇÃO : Subsecretaria de Precatórios

REQTE : MUNICIPIO DE MACEIO

REQDO : UNIAO

Deprecante : JUÍZO FEDERAL DA 13ª VARA DE ALAGOAS

RELATOR : DESEMBARGADOR(A) FEDERAL PRESIDENTE

NÃO EXISTEM PETIÇÕES AGUARDANDO JUNTADA

Em 25/06/2020 18:42

Depósito em Conta .
(M949)

Em 24/06/2020 00:01

Depósito efetivado . BANCO DO BRASIL - Antecipação do pagamento - Os valores estarão disponíveis


para saque a partir do dia 3 de julho de 2020.
(M1121)

Em 18/06/2020 15:31

Pagamento em processamento .
(M841)

Em 16/06/2020 17:39

Informativo: Previsão de pagamento - os valores estarão disponíveis para levantamento a partir


10/07/2020. Havendo alteração do calendario, por parte da STN, sera divulgada nova data.
(M949)

Em 02/06/2020 12:02

Correção de valores para depósito Precatório

www4.trf5.jus.br/processo/0338835-41.2019.4.05.0000 1/2
01/07/2020 Tribunal Regional Federal da 5ª Região - Resultado Consulta Processual
fls. 58
(M841)

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Em 25/03/2020 18:22

Informativo: Ainda não ha previsão de data para Pagamento dos precatórios de 2020, pois, diante da
crise do COVID-19, a Secretaria do Tesouro Nacional não definiu o calendario para repasse de valores
aos TRFs.
(M841)

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Em 05/07/2019 11:19

Informativo: Pagto. 2020 - Em data a ser definida pela Secretaria do Tesouro Nacional
(M500)

Em 04/07/2019 17:38

Instituição Financeira para Pagamento Banco: Banco do Brasil S/A


(M841)

Em 04/07/2019 12:35

Atualização de valores Precatório


(M841)

Em 27/06/2019 16:22

Concluso para decisão a(o) Subsecretaria de Precatórios para / por Secretaria Processante

Em 27/06/2019 16:21

Registro ao Desembargador(a) Federal Presidente


(M5388)

Em 27/06/2019 16:14

Individualização Precatório
(M5388)

www4.trf5.jus.br/processo/0338835-41.2019.4.05.0000 2/2
fls. 59

Tribunal Regional Federal da 5ª Região


PJe - Processo Judicial Eletrônico

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Consulta Processual

17/06/2020

Número: 0807260-82.2017.4.05.8000

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Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Partes
Tipo Nome
ADVOGADO BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
TERCEIRO INTERESSADO MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
EXECUTADO UNIÃO FEDERAL
EXEQUENTE MUNICIPIO DE MACEIO

Documentos
Id. Data/Hora Documento Tipo
4058000.6360092 21/05/2020 Despacho Inspeção Despacho Inspeção
14:00
4050000.2048420 12/05/2020 Comunicações Comunicações
3 22:48
4050000.2048420 12/05/2020 Anexos da Comunicação Anexos da Comunicação
4 22:48
4058000.6151111 09/04/2020 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
14:15
4058000.6143273 07/04/2020 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:13
4058000.6121354 02/04/2020 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
14:51
4058000.6117439 01/04/2020 Intimação Expediente
18:06
4058000.6107878 01/04/2020 Despacho Despacho
11:26
4058000.6029292 19/03/2020 Conclusão Certidão
18:27
4058000.5925065 03/03/2020 manifestação ato ordinatório Manifestação
12:18
4058000.5811320 06/02/2020 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
01:50
4058000.5796404 04/02/2020 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
13:02
4058000.5787895 03/02/2020 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
10:58
4058000.5753880 28/01/2020 Intimação Expediente
10:11
4058000.5753875 28/01/2020 Ato Ordinatório Ato Ordinatório
10:10
4050000.1923196 27/01/2020 Anexos da Comunicação Anexos da Comunicação
9 18:12
4050000.1923196 27/01/2020 Comunicações Comunicações
8 18:12
4058000.5181853 14/09/2019 Certidão de decurso de prazo Certidão de decurso de prazo
00:01
4058000.5023759 01/08/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
04:44
4058000.5009981 29/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:20
4058000.4988829 24/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
09:34
4058000.4988783 24/07/2019 Intimação Expediente
09:27
fls. 60

4058000.4958171 18/07/2019 Despacho Despacho


13:14

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4058000.4913203 08/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:00
4058000.4902466 04/07/2019 Conclusão Certidão
12:45
4058000.4901344 04/07/2019 Manifestação da União - pede inclusão de Cota
01:12 restrição de pagamento
4058000.4901341 04/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação

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00:47
4058000.4901340 04/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:46
4058000.4889510 01/07/2019 Certidão do Requisitório 2019.80.00.013.200087 Certidão
17:10
4058000.4884926 01/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
13:00
4058000.4884291 01/07/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
10:57
4058000.4877442 28/06/2019 Intimação Expediente
13:07
4058000.4877435 28/06/2019 Ato Ordinatório Ato Ordinatório
13:06
4058000.4875759 28/06/2019 Certidão de Retificação de Autuação Certidão de retificação de autuação
00:00
4058000.4872476 27/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
15:32
4058000.4872035 27/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
14:07
4058000.4871944 27/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
13:58
4058000.4871816 27/06/2019 Intimação Expediente
13:45
4058000.4870215 27/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:05
4058000.4867445 26/06/2019 Intimação Expediente
17:39
4058000.4867084 26/06/2019 Decisão Decisão
16:54
4058000.4865893 26/06/2019 MANIFESTAÇÃO Manifestação
14:46
4058000.4865894 26/06/2019 MANIFESTAÇÃO - PDF Documento de Comprovação
14:46
4058000.4865236 26/06/2019 Conclusão Certidão
13:41
4058000.4863377 26/06/2019 Petição - Proc n 0807260-82.2017.4.05.8000 - Petição
08:39 Expedição do Precatório
4058000.4863378 26/06/2019 Petição - Proc n 0807260-82.2017.4.05.8000 - Documento de Comprovação
08:39 Expedição do Precatório
4058000.4863379 26/06/2019 CR em AI - Proc 0804335-86.2019.4.05 Documento de Comprovação
08:39
4050000.1583371 25/06/2019 Comunicações Comunicações
5 18:29
4050000.1583371 25/06/2019 Anexos da Comunicação Anexos da Comunicação
6 18:29
4058000.4823923 17/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:01
4058000.4767699 10/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:06
4058000.4758485 07/06/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:18
4058000.4751494 06/06/2019 Intimação Expediente
14:17
4058000.4745462 05/06/2019 Despacho Despacho
17:03
4050000.1550566 27/05/2019 Comunicações Comunicações
3 17:13
4050000.1550566 27/05/2019 Anexos da Comunicação Anexos da Comunicação
4 17:13
fls. 61

4058000.4585598 17/05/2019 Conclusão Certidão


10:06

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4058000.4397436 15/04/2019 Certidão de Recurso Certidão de Recebimento de Recurso
00:04 no 2º grau
4058000.4396931 14/04/2019 UNIÃO Comprovação de Interposição de
23:55 Agravo
4058000.4396932 14/04/2019 Agravo de Instrumento- UNIÃO Documento de Comprovação
23:55
4058000.4396927 14/04/2019 Certidão de Recurso Certidão de Interposição

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23:52
4058000.4245492 18/03/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:07
4058000.4245491 18/03/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:07
4058000.4209425 08/03/2019 Certidão Certidão
08:55
4058000.4209399 08/03/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
08:30
4058000.4207916 07/03/2019 Intimação Expediente
17:47
4058000.4206808 07/03/2019 Despacho Despacho
16:13
4058000.4206696 07/03/2019 Petição PARA DESENTRANHAR Petição
15:21
4058000.4198043 01/03/2019 Conclusão Certidão
13:28
4058000.4183276 27/02/2019 Inspeção Despacho Inspeção
16:34
4058000.4137571 15/02/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:01
4058000.4117055 11/02/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:23
4058000.4100480 06/02/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
09:45
4058000.4094298 04/02/2019 Contrarrazões aos Embargos de Declaração Petição
15:25
4058000.4094299 04/02/2019 Contrarrazões aos Embargos de Declaração da Documento de Comprovação
15:25 União - Proc n 0807260-82.2017.4.05.8000 -
FUNDEF
4058000.4094246 04/02/2019 Intimação Expediente
15:19
4058000.4090341 04/02/2019 Sentença Sentença
15:19
4058000.4087619 01/02/2019 Conclusão Certidão
10:20
4058000.4085836 31/01/2019 IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE Impugnação aos Embargos
16:42 DECLARAÇÃO
4058000.4085837 31/01/2019 IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE Documento de Comprovação
16:42 DECLARAÇÃO - PDF
4058000.4085838 31/01/2019 DOC. 01 - DECISÃO - PROCESSO N° Documento de Comprovação
16:42 0800018-43.2015.4.05.8000
4058000.4070839 28/01/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:17
4058000.4052267 22/01/2019 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:56
4058000.4049050 21/01/2019 Intimação Expediente
14:02
4058000.4025792 11/01/2019 Despacho Despacho
13:18
4058000.4025785 11/01/2019 Conclusão Certidão
11:41
4058000.4025783 11/01/2019 Conclusão Certidão
11:40
4058000.4024508 10/01/2019 Embargos Declaratórios da União Embargos de Declaração
18:31
4050000.1346987 31/12/2018 Comunicações Comunicações
9 02:51
4050000.1346988 31/12/2018 Anexos da Comunicação Anexos da Comunicação
0 02:51
fls. 62

4058000.4010063 30/12/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação


00:00

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4058000.4008738 28/12/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
16:15
4058000.4002062 21/12/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
14:02
4058000.3998496 19/12/2018 Intimação Expediente
15:27
4058000.3995704 19/12/2018 Sentença Sentença

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
15:27
4058000.3962108 10/12/2018 PETIÇÃO Petição
15:41
4058000.3962109 10/12/2018 PETIÇÃO - PDF Documento de Comprovação
15:41
4058000.3962110 10/12/2018 DOC. 01 - DECISÃO - PROCESSO N° Documento de Comprovação
15:41 0800018-43.2015.4.05.8000
4058000.3954812 07/12/2018 Conclusão Certidão
11:15
4058000.3951259 06/12/2018 Juntada de leis municipais - Proc n 0807260- Petição
15:33 82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
4058000.3951260 06/12/2018 Juntada de leis municipais - Proc n 0807260- Documento de Comprovação
15:33 82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
4058000.3951262 06/12/2018 Lei Municipal n 2.065 de 1973 Documento de Comprovação
15:33
4058000.3951264 06/12/2018 Lei Municipal n 4.324 de 1994 Documento de Comprovação
15:33
4058000.3951030 06/12/2018 Contrarrazões aos Embargos de Declaração - Contrarrazões
15:07 Proc n 0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
4058000.3951031 06/12/2018 Contrarrazões aos Embargos de Declaração - Documento de Comprovação
15:07 Proc n 0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
4058000.3910164 26/11/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:19
4058000.3909543 26/11/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:07
4058000.3893792 22/11/2018 Intimação Expediente
09:33
4058000.3889674 21/11/2018 Despacho Despacho
19:03
4058000.3889672 21/11/2018 Conclusão Certidão
09:53
4058000.3889297 20/11/2018 Manifestação da União - QUESTÃO DE ORDEM Petição
17:57 PÚBLICA - ILEGITIMIDADE - pede restrição de
pagamento
4058000.3889126 20/11/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
17:18
4058000.3887273 19/11/2018 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Embargos de Declaração
17:22
4058000.3887274 19/11/2018 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PDF Documento de Comprovação
17:22
4058000.3865587 12/11/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:05
4058000.3865291 12/11/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:28
4058000.3864608 12/11/2018 Intimação Expediente
09:57
4058000.3855301 10/11/2018 Decisão Decisão
19:33
4058000.3853620 08/11/2018 CERTIDÃO Certidão
14:36
4058000.3853621 08/11/2018 Resp 1703697 - Certidão Julgamento STJ Documento de Comprovação
14:36
4058000.3693445 24/09/2018 PETIÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO Manifestação
11:58
4058000.3693446 24/09/2018 PETIÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO - Documento de Comprovação
11:58 PDF
4058000.3693145 24/09/2018 Conclusão Certidão
11:11
fls. 63

4050000.1246685 21/09/2018 Anexos da Comunicação Anexos da Comunicação


3 10:31

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4050000.1246685 21/09/2018 Comunicações Comunicações
2 10:31
4058000.3503232 27/07/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:00
4058000.3460242 17/07/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
11:27
4058000.3459870 17/07/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
10:36
4058000.3459762 17/07/2018 Intimação Expediente
10:19
4058000.3421759 16/07/2018 Despacho Despacho
18:52
4058000.3407276 11/07/2018 PETIÇÃO DE MANIFESTAÇÃO Petição
18:47
4058000.3407277 11/07/2018 PETIÇÃO DE MANIFESTAÇÃO - PDF Documento de Comprovação
18:47
4058000.3407278 11/07/2018 DOC. 01 - ACÓRDÃO AMA Documento de Comprovação
18:47
4058000.3391512 10/07/2018 Conclusão Certidão
10:39
4058000.3386691 09/07/2018 Manifestação da União - CORRETA - NÃO Petição
21:15 existem valores incontroversos - pede
permanência da suspensão
4058000.3386684 09/07/2018 Manifestação da União - pede que se aguarde Petição
21:02 trânsito em julgado da AR
4058000.3224414 20/06/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
20:34
4058000.3173644 14/06/2018 Intimação Expediente
11:26
4058000.3162795 13/06/2018 Despacho Despacho
14:44
4058000.3161482 13/06/2018 Conclusão Certidão
11:34
4058000.3160311 13/06/2018 PETIÇÃO DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS Petição
09:32 CONTRATUAIS - PDF
4058000.3160312 13/06/2018 PETIÇÃO DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS Documento de Comprovação
09:32 CONTRATUAIS - PDF
4058000.3154798 12/06/2018 Petição do Município de Maceió Petição
16:37
4058000.3154799 12/06/2018 Pet continuação feito e inscrição precatório parte Documento de Comprovação
16:37 incontroversa fundef vmaa
4058000.3154801 12/06/2018 Certidão julgamento de rescisória Documento de Comprovação
16:37
4058000.2946246 18/04/2018 Inspeção Despacho Inspeção
15:19
4058000.2681839 11/01/2018 UNIÃO Cota
15:34
4058000.2665744 22/12/2017 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:00
4058000.2653991 18/12/2017 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
10:28
4058000.2639632 13/12/2017 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
12:44
4058000.2634195 12/12/2017 Intimação Expediente
09:58
4058000.2633141 11/12/2017 Decisão Decisão
21:18
4058000.2538332 09/11/2017 Conclusão Certidão
10:23
4058000.2536700 08/11/2017 Resposta à impugnação da União. Réplica
16:30
4058000.2536701 08/11/2017 Resposta a impugnação de execução fundef Documento de Comprovação
16:30 vmaa
4058000.2511398 27/10/2017 Certidão de Retificação de Autuação Certidão de retificação de autuação
00:00
4058000.2502494 24/10/2017 PEDIDO DE RETENÇÃO - INTERVENÇÃO Petição (3º Interessado)
17:37
fls. 64

4058000.2502549 24/10/2017 DOC. 08 - ATA DA ASSEMBLÉIA FPM Documento de Comprovação


17:37 FUNDEF INSS ISS TELEFÔNIA E ENÉRGIA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4058000.2502548 24/10/2017 DOC. 07 - ACÓRDÃO Nº 0803664- Documento de Comprovação
17:36 05.2015.4.05.0000
4058000.2502545 24/10/2017 DOC. 06 - DECISÃO EXECUÇÃO Nº 0800169- Documento de Comprovação
17:36 06.2015.4.05.8001
4058000.2502543 24/10/2017 DOC. 05 - DECLARAÇÃO AMA Documento de Comprovação
17:36

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
4058000.2502540 24/10/2017 DOC. 04 - CONTRATO - MONTEIRO x AMA Documento de Comprovação
17:36
4058000.2502530 24/10/2017 DOC. 02 - OAB BRUNO ROMERO PEDROSA Documento de Comprovação
17:36 MONTEIRO
4058000.2502536 24/10/2017 DOC. 03 - ESTATUTO Documento de Comprovação
17:36
4058000.2502529 24/10/2017 DOC. 01 - PROCURAÇÃO DA MONTEIRO Documento de Comprovação
17:36
4058000.2502526 24/10/2017 DOC. 01 - CARTÃO CNPJ MONTEIRO PE Documento de Comprovação
17:36
4058000.2502523 24/10/2017 DOC. 01 - ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO - Documento de Comprovação
17:36 MONTEIRO E MONTEIRO
4058000.2502496 24/10/2017 DOC. 01 - 11ª ALTERAÇÃO CONTRATUAL DA Documento de Comprovação
17:36 MONTEIRO E MONTEIRO
4058000.2502495 24/10/2017 PEDIDO DE RETENÇÃO - INTERVENÇÃO - Documento de Comprovação
17:36 PDF
4058000.2465776 18/10/2017 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
09:54
4058000.2446992 16/10/2017 Intimação Expediente
10:32
4058000.2443727 13/10/2017 Impugnação da União ao Cumprimento de Impugnação ao Cumprimento de
16:32 Sentença Sentença
4058000.2443730 13/10/2017 PT IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE Documento de Comprovação
16:32 SENTENÇA
4058000.2297137 30/08/2017 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
18:11
4058000.2284129 27/08/2017 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
00:00
4058000.2267641 22/08/2017 Intimação Expediente
12:57
4058000.2264647 21/08/2017 Despacho Despacho
17:28
4058000.2263979 21/08/2017 Conclusão Certidão
14:44
4058000.2263632 21/08/2017 Certidão de Redistribuição Certidão
13:39
4058000.2254441 17/08/2017 Certidão de Redistribuição Certidão
13:06
4058000.2254439 17/08/2017 Intimação Expediente
13:05
4058000.2253526 17/08/2017 Despacho Despacho
10:12
4058000.2253525 17/08/2017 Conclusão Certidão
09:41
4058000.2252143 16/08/2017 Certidão de Distribuição Certidão
18:37
4058000.2252093 16/08/2017 Cumprimento de sentença contra Fazenda Petição Inicial
18:34 Pública
4058000.2252094 16/08/2017 Cumprimento de sentença FUNDEF VMAA 98- Documento de Comprovação
18:34 2006
4058000.2252096 16/08/2017 FUNDEF DIF - Correção de valores e memorial Documento de Comprovação
18:34 de calculos
4058000.2252097 16/08/2017 FUNDEF DIF - FUNDEF repasses Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252099 16/08/2017 FUNDEF DIF - origens FUNDEF Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252100 16/08/2017 FUNDEF DIF - valor recebido e diferença devida Documento de Comprovação
18:34
fls. 65

4058000.2252101 16/08/2017 FUNDEF DIF - VMAA quantitativo de matrícula Documento de Comprovação


18:34

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4058000.2252106 16/08/2017 FUNDEF DIF - índice IPCA E até citação Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252107 16/08/2017 FUNDEF DIF - índice IPCA E jul 09 a ago 17 Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252109 16/08/2017 INICIAL Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252113 16/08/2017 inicial 2 Documento de Comprovação

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18:34
4058000.2252115 16/08/2017 Sentença Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252117 16/08/2017 Acórdão 1 Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252121 16/08/2017 Acordão 2 Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252122 16/08/2017 Decisão Aresp e AgRg STJ Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252128 16/08/2017 Decisão ED e certidão Transito em julgado Documento de Comprovação
18:34
4058000.2252135 16/08/2017 FUNDEF DIF - taxa selic Documento de Comprovação
18:34
fls. 66

PODER JUDICIÁRIO

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
13ª VARA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
INSPEÇÃO ORDINÁRIA - 2020

DESPACHO EM INSPEÇÃO:

Ocorrência Data Prazo


Processo em ordem.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.


Juiz Federal - 13ª Vara

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
20052303403188700000006395945
Data e hora da assinatura: 21/05/2020 14:00:19
Identificador: 4058000.6360092
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 67

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
SUBSECRETARIA DE RECURSOS ESPECIAIS, EXTRAORDINÁRIOS E ORDINÁRIOS

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CERTIDÃO (ComunicaOrigem )

Certifico que, enviei ao Juízo de Origem a decisão proferida doc. id. 4050000.19860811,
documento que integram os presentes autos.

Recife, 12 de Maio de 2020

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
MARIA DE FATIMA PEREIRA DE CARVALHO
20051222484105000000006334835
Data e hora da assinatura: 12/05/2020 22:48:41
Identificador: 4050000.20484203
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
Id.

811
ADVOGADO
AGRAVANTE

Data/Hora
Tipo

19860 19/03/2020 15:50 Decisão


Documento
Consulta Processual

Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO


PJe - Processo Judicial Eletrônico

Número: 0801222-27.2019.4.05.0000
Tribunal Regional Federal da 5ª Região

Partes

Documentos
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
Nome
MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C

Tipo
Decisão
fls. 68

12/05/2020

1/3
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 69

PROCESSO Nº: 0801222-27.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - SREEO

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DECISÃO

Recursos Especial e Extraordinário interpostos por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, com fundamento, respectivamente, no art. 105, III, "a", e 102, III, "a", da CF, em face do
acórdão proferido por esta Corte Regional.

Foram observados os requisitos gerais de admissibilidade extrínsecos (tempestividade, regularidade


formal e preparo) e os intrínsecos (cabimento, legitimação, interesse recursal e inexistência de fato
impeditivo ou extintivo do poder de recorrer), tendo sido prequestionada a matéria objeto dos recursos.
Também foi suscitada a repercussão geral do tema no que se refere ao Recurso Extraordinário.

Recurso Especial

A partir de exame superficial, próprio desta fase de cognição sumária, tem-se que a parte, a teor de suas
razões recursais, demonstrou provável violação ao art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/94 (discussão acerca da
possibilidade de retenção de honorários contratuais de valores a serem repassados ao Município,
decorrentes do pagamento de diferenças do FUNDEF), restando configurada a hipótese do art. 105, III,
"a", da CF, suficiente para justificar o seguimento do recurso, nos termos do art. 1.034, parágrafo único,
do CPC.

Com essas considerações, ADMITO o Recurso Especial.

Recurso Extraordinário

A partir de exame superficial, próprio desta fase de cognição sumária, tem-se que a parte, a teor de suas
razões recursais, demonstrou provável violação aos arts. 5º, caput, 37, caput, 133 e 205 da CF (discussão
acerca do direito do advogado ao recebimento de honorários contratuais, representando o município em
demanda objetivando o recebimento de verbas do FUNDEF), restando configurada a hipótese do art. 102,
III, "a", da CF, suficiente para justificar o seguimento do recurso, nos termos do art. 1.034, parágrafo
único, do CPC.

Com essas considerações, ADMITO o Recurso Extraordinário.

Observe-se, ainda, que o recorrente peticiona requerendo atribuição de efeito suspensivo aos recursos
excepcionais.

Neste tocante, tem-se que a atribuição de efeito suspensivo ao recurso, por sua natureza de tutela de
urgência, encontra-se condicionado à materialização de dois requisitos fundamentais, quais sejam: 1) a
fumaça do bom direito, aferível a partir da probabilidade do direito invocado e da viabilidade do recurso
manejado; e 2) o perigo de demora, caracterizado pela situação concreta de dano grave e iminente ou de
risco ao resultado útil do processo (art. 300 do CPC).

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JOSE LAZARO ALFREDO GUIMARAES - Magistrado Num. 19860811 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20031815054339000000019828972
Número do documento: 20031815054339000000019828972
2/3
fls. 70

No caso concreto, entendo não configurada a fumaça do bom direito. Afinal, sobre a questão, a Primeira
Seção do STJ firmou entendimento no sentido de que a requisição, pelo patrono, de reserva da quantia

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
equivalente à obrigação estabelecida entre si e o constituinte, para a prestação dos serviços advocatícios,
não é aplicável quando os valores a que tem direito o constituinte se referem a verbas decorrentes de
diferenças do FUNDEF que a União deixou de repassar aos Municípios a tempo e modo (REsp
1703697/PE, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/10/2018, DJe
26/02/2019). Ademais, ainda que estejam pendentes de apreciação, pelo STJ, dos Embargos de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Declaração opostos no REsp 1.703.697/PE, não há qualquer determinação de bloqueio dos valores de
precatórios já expedidos.

Na mesma linha, o STF entende que "as verbas do FUNDEF não podem ser utilizadas para pagamento
de despesas do Município com honorários advocatícios contratuais" (ARE 1066281 AgR, Relator(a):
Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em 19/11/2018, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-251 DIVULG 23-11-2018 PUBLIC 26-11-2018).

Ressalte-se que a decisão proferida pelo STF na SL 1.186 não aproveita ao recorrente, uma vez que,
naquela demanda, intentada pelo MPF, o Egrégio Tribunal determinou a suspensão de algumas decisões
que tenham autorizado o destaque de honorários advocatícios contratuais em precatórios expedidos pela
União para o pagamento de diferenças de complementação de verbas do FUNDEB. No caso concreto,
todavia, sequer houve decisão determinando a retenção de honorários advocatícios contratuais. É
exatamente contra a decisão que indeferiu a retenção dos honorários que o escritório de advocacia
interpôs o presente Agravo de Instrumento.

Neste cenário, INDEFIRO o pedido de atribuição de efeito suspensivo aos Recursos Especial e
Extraordinário.

Expedientes necessários.

Após, remetam-se os autos ao STJ.

Desembargador Federal LÁZARO GUIMARÃES

Vice-Presidente do TRF da 5ª Região

NA/NPA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Assinado eletronicamente.
MARIA DE FATIMA A Certificação
PEREIRADigital
DE pertence
CARVALHOa: JOSE LAZARO ALFREDO GUIMARAES - Magistrado Num. 19860811 - Pág. 2
20051222484105000000006334836
Data e hora da assinatura: 12/05/2020 22:48:41
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20031815054339000000019828972
Identificador:
Número do documento: 4050000.20484204
20031815054339000000019828972
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 3/3
fls. 71

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 09/04/2020 14:15, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 01/04/2020 11:26 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 20040118051079100000006150511 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 09/04/2020 14:15 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 09/04/2020 14:15:04
Identificador: 4058000.6151111

1/1
fls. 72

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 07/04/2020 12:13, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 01/04/2020 11:26 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 20040118051079100000006150511 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 07/04/2020 12:13 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 07/04/2020 12:13:56
Identificador: 4058000.6143273

1/1
fls. 73

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 02/04/2020 14:51, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 01/04/2020 11:26 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 20040118051079100000006150511 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 02/04/2020 14:51 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 02/04/2020 14:51:23
Identificador: 4058000.6121354

1/1
fls. 74

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , AS PARTES
, na pessoa de seus representantes legais, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório anexo.

Maceió-AL, 1 de Abril de 2020.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
20040118051079100000006150511
Data e hora da assinatura: 01/04/2020 18:06:13
Identificador: 4058000.6117439
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 75

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
A S S O C I A D O S S / C

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DESPACHO

1. Tendo em vista que o Município exequente veio dizer nos autos que não tem qualquer
manifestação necessária, mantenha-se o feito suspenso até o julgamento do mérito do
Agravo de Instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, interposto da decisão com id.
3855301, que apreciou (indeferindo-as) as questões atinentes ao destaque de honorários
advocatícios contratuais requerido pelo advogado do exequente e à ilegitimidade ativa da
edilidade para estar no polo ativo deste cumprimento de sentença, esta última suscitada pela
União Federal (executada).

2. Providências necessárias.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Guilherme Masaiti Hirata Yendo - Magistrado
20033123043982900000006140877
Data e hora da assinatura: 01/04/2020 11:26:12
Identificador: 4058000.6107878
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 76

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 19 de Março de 2020.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
20031918270708600000006061684
Data e hora da assinatura: 19/03/2020 18:27:48
Identificador: 4058000.6029292
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 77

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Proc. n. 0807260-82.2017.4.05.8000

MUNICÍPIO DE MACEIÓ, pessoa jurídica de direito público interno já devidamente qualificada nos autos do processo em
epígrafe, vem, em atendimento ao Ato Ordinatório de identificação 4058000.5753875, informa que trata-se de documentos
relativos a certidão de transito em julgado do agravo de instrumento de nº 0804335-86.2019.4.05.0000, não havendo qualquer
manifestação necessária por parte do Município de Maceió.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió/AL, 03 de março de 2020.

Diogo Silva Coutinho

Procurador-Geral do Município

OAB/AL 7.489

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
DIOGO SILVA COUTINHO - Gestor
20030312131969700000005956907
Data e hora da assinatura: 03/03/2020 12:18:33
Identificador: 4058000.5925065
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 78

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 06/02/2020 01:50, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Ato
Ordinatório registrado em 28/01/2020 10:10 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 20012810112501100000005785497 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 06/02/2020 01:50 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 06/02/2020 01:50:56
Identificador: 4058000.5811320

1/1
fls. 79

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 04/02/2020 13:02, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de Ato
Ordinatório registrado em 28/01/2020 10:10 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 20012810112501100000005785497 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 04/02/2020 13:02 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 04/02/2020 13:02:11
Identificador: 4058000.5796404

1/1
fls. 80

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 03/02/2020 10:58, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Ato Ordinatório registrado em 28/01/2020 10:10 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 20012810112501100000005785497 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 03/02/2020 10:58 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 03/02/2020 10:58:51
Identificador: 4058000.5787895

1/1
fls. 81

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A)/RÉ(U), na pessoa de seu representante legal, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório
anexo.

Maceió-AL, 28 de Janeiro de 2020.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
20012810112501100000005785497
Data e hora da assinatura: 28/01/2020 10:11:55
Identificador: 4058000.5753880
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 82

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

ATO ORDINATÓRIO

De ordem do MM. Juiz Federal, digam as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre os documentos
juntados aos autos (arts. 436 e 437, CPC).

Maceió-AL, 28 de Janeiro de 2020.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
20012810100273800000005785492
Data e hora da assinatura: 28/01/2020 10:10:58
Identificador: 4058000.5753875
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 83

Tribunal Regional Federal da 5ª Região


PJe - Processo Judicial Eletrônico

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Consulta Processual

27/01/2020

Número: 0804335-86.2019.4.05.0000

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Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Partes
Tipo Nome
AGRAVANTE UNIÃO FEDERAL

Documentos
Id. Data/Hora Documento Tipo
19231 27/01/2020 18:09 Certidão Trânsito em Julgado Certidão Trânsito em Julgado
753
19231 27/01/2020 18:02 CERTIDÃO Certidão
299
15857 10/07/2019 15:00 Inteiro Teor Inteiro Teor do Acórdão
047
15802 10/07/2019 15:00 Ementa Ementa
499
19170 20/01/2020 18:49 Ciência - União Cota
385
15802 10/07/2019 15:00 Relatório Relatório
488
15802 10/07/2019 15:00 Voto Relator Voto
495
19010 19/12/2019 11:37 ato ordinatório Ato Ordinatório
428

1/15
fls. 84

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
DIVISÃO DA 2ª TURMA

C E R T I D Ã O DE TRÂNSITO EM JULGADO E ARQUIVAMENTO

Certifico que do inteiro teor do Acórdão/Decisão proferido(a) no processo acima indicado, MUNICIPIO
DE MACEIO foi intimada em 24.10.2019.

Certifico ainda que o(a) referido(a) Acórdão/Decisão transitou em julgado em 11.11.2019.

Certifico finalmente que, em função do trânsito em julgado do(a) Acórdão/Decisão e em cumprimento ao


artigo 65 do Regimento Interno deste Tribunal, arquivo eletronicamente este processo na pasta “Baixa
Definitiva Arquivo” do PJE. O referido é verdade e dou fé.

Recife, 27 de Janeiro de 2020

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUIZ CARLOS DE SIQUEIRA BEZERRA - Diretor de Secretaria Num. 19231753 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012718090383600000019201211
Número do documento: 20012718090383600000019201211
2/15
fls. 85

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

DIVISÃO DA 2ª TURMA

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

CERTIDÃO

Certifico que esta secretaria certificou, equivocadamente, a exisencência de embargos de declação


interposto pelo Município de Maceio, no identificador 4050000.19010413..

Certifico, outrossim, que também foi expedido, equivocadamente, ato ordinatório registrado no
identificador 4050000.19010428..

O referido é verdade e dou fé.

Recife, 27 de Janeiro de 2020.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LUIZ CARLOS DE SIQUEIRA BEZERRA - Diretor de Secretaria Num. 19231299 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20012717585008300000019200758
Número do documento: 20012717585008300000019200758
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fls. 86

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
RELATÓRIO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO (Relator): Trata-se de pedido


de reconsideração apresentado pelo Município de Maceió, nas contrarrazões do agravo de instrumento,
da decisão que deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o
pagamento do precatório, em sede de cumprimento de sentença (Execução Individual nº
0807260-82.2017.4.05.8000)referente às diferenças de complementação do FUNDEF de acordo com a
fórmula do VMAA, da Ação Coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação dos
Municípios Alagoanos (AMA).

Em suas razões recursais, a parte agravante alega que a legitimidade dos municípios alagoanos já foi
julgada e reconhecida, tanto na Ação Coletiva nº n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), quanto na Ação Rescisória n º
0800907-04.2016.4.05.0000.

Afirma que esta Turma julgou nos autos dos processos nºs 0817227-61.2018.05.0000,
0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000, relativos a quatro
municípios alagoanos representados pela AMA no processo nº 2003.80.00.011204-0, entendendo pela
legitimidade dos municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo como na
demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada consubstancia autorização
expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232.

Suscita,também a ocorrência de preclusão, uma vez que quando intimada para ofertar impugnação à
pretensão executiva, apresentou sua defesa, sem fazer qualquer questionamento sobre a legitimidade da
exequente.

Defende, ainda, que, sendo o FUNDEF integrante das receitas que foram constitucionalmente atribuídas
aos entes municipais, tem a natureza de propriedade dos municípios, incorporando-se ao seu patrimônio.

Finalmente, aduz que a AMA atuou devidamente amparada por permissão outorgada em Assembleia
Extraordinária (ata em apenso). Acentua-se, outrossim, que a jurisprudência não condiciona a eficácia do
título judicial coletivo à participação na Assembleia autorizativa. Deveras, a simples aprovação em
Assembleia da associação supre a previsão constitucional de autorização expressa (inciso XXI, do art. 5º);
sendo desnecessária a prática de qualquer ato volitivo e isolado por parte dos respectivos filiados

É o relatório.

Apresento o feito em mesa para julgamento.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15857047 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19062708352844400000015831203
Número do documento: 19062708352844400000015831203
4/15
fls. 87

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
VOTO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO (Relator): Trata-se de pedido


de reconsideração apresentado pelo Município de Maceió, nas contrarrazões do agravo de instrumento,
da decisão que deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o
pagamento do precatório, em sede de cumprimento de sentença (Execução Individual nº
0807260-82.2017.4.05.8000) referente às diferenças de complementação do FUNDEF de acordo com a
fórmula do VMAA, da Ação Coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação dos
Municípios Alagoanos (AMA).

Inicialmente deferi o efeito suspensivo para fins de sobrestamento de expedição de precatório, referente às
diferenças de complementação do FUNDEF. Entretanto, examinando os autos, observo que a matéria
tratada no presente agravo já foi decidida por esta eg Turma nos autos dos Agravo de Instrumento de nºs
0817227-61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000,
0816734-84.2018.4.05.0000, da Relatoria do Des. Federal Paulo Cordeiro, entendendo que esta Turma,
ao julgar a Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, deu parcial provimento à apelação da AMA,
constando expressamente no voto do relator que " a inicial encontra-se instruída com a ata da assembleia
que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados, nada havendo que impeça o
conhecimento da ação."

Ressaltou, também, que, após o trânsito em julgado da Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, foi
ajuizada a AR º 0800907-04.2016.4.05.0000. em que se decidiu acerca da legitimidade da AMA, sendo
julgada improcedente em 30/05/2018, revogando a liminar que impediu a obtenção por parte dos
Municípios aos recursos financeiros, estando pendente de julgamento de embargos declaratórios opostos
pela União.

Cito o seguinte precedente:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. VERBAS ADVINDAS DO FUNDEF. AÇÃO COLETIVA AJUIZADA POR
ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS TRANSITADA EM JULGADO. AÇÃO RESCISÓRIA
IMPROCEDENTE. ILEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO PARA PROPOSITURA DO PROCESSO
DE CONHECIMENTO E DO MUNICÍPIO PARA EXECUTAR. MATÉRIA ACOBERTADA PELA
COISA JULGADA. AGRAVO DESPROVIDO.

1. Agravo de instrumento interposto contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara - AL, que, nos autos
do Cumprimento de Sentença 0800018-43.2015.4.05.8000 (voltado ao pagamento de R$ 56.931.223,90),
indeferiu o pedido da União de extinção do processo, sob o fundamento de que a matéria relativa à
legitimidade da AMA - Associação dos Municípios Alagoanos para a propositura da Ação Coletiva
0011204-19.2003.4.05.8000 já teria transitado em julgado. O juízo de origem manteve o feito suspenso.

2. A agravante alega, em síntese, que sua pretensão de extinção deve ser acolhida, já que: a) em verdade,
somente o Prefeito e o Procurador Municipal deteriam capacidade para representar judicialmente o
recorrido, não podendo tal representação vir a ser exercida por Associação de Direito Privado mediante
substituição processual; b) ainda que fosse possível a representação do agravado por associação, seria
indispensável a este fim a comprovação da prévia concessão de autorização expressa, nos termos da
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15857047 - Pág. 2
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19062708352844400000015831203
Número do documento: 19062708352844400000015831203
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fls. 88

Constituição Federal (artigo 5º, inciso XXI), da Lei 9.494/1997 (artigo 2º-A) e de entendimento firmado
no âmbito do Colendo Supremo Tribunal Federal; c) a mera filiação e menção em lista de associados não

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
supre a referida necessidade de autorização expressa; d) ao contrário do sugerido no juízo de 1º grau, as
questões atinentes à legitimidade, tratando-se de cumprimento de sentença originado de ação coletiva, não
quedam preclusas com o trânsito em julgado da aludida sentença.

3. Nos autos da Ação Coletiva 0011204-19.2003.4.05.8000, observa-se que: a) a AMA - Associação dos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Municípios Alagoanos, ao ingressar com a ação, fez juntar Ata de Assembleia Geral Extraordinária
realizada em 26/09/2003, em que aprovada deliberação "autorizando a AMA a representar e substituir
seus integrantes associados como representante/substituta processual em defesa de seus interesses,
conforme permissivos disciplinados na Carta Magna", com a relação dos Municípios associados, dentre
os quais o Município de Palmeira dos Índios (agravado); b) em 06/05/2008, a Segunda Turma deste TRF5
deu provimento em parte à apelação da AMA, tendo o voto do Relator consignado que "a inicial
encontra-se instruída com a ata da assembleia que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos
municípios associados, nada havendo que impeça o conhecimento da ação".

4. Em face do trânsito em julgado da Ação Coletiva 0011204-19.2003.4.05.8000, a União ajuizou a Ação


Rescisória 0800907-04.2016.4.05.8000, em que discutida a ilegitimidade ativa da AMA, cujo pedido foi
julgado improcedente em 30/05/2018, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados, estando atualmente pendentes de
apreciação embargos de declaração opostos pela União.

5. Vê-se que a questão referente à legitimidade da AMA - Associação dos Municípios Alagoanos e do
Município exequente já foi amplamente discutida nos autos da Ação Coletiva 0011204-19.2003.4.05.8000
transitada em julgado, encontrando-se acobertada pelo manto da coisa julgada, a qual não foi
desconstituída por este TRF5 quando do julgamento da Ação Rescisória 0800907-04.2016.4.05.8000.

6. Digno de registro que, durante a sessão de julgamento deste agravo de instrumento, esta eg. Segunda
Turma externou posicionamento no sentido de que não há óbice à liberação dos valores incontroversos
respeitantes ao título judicial em comento, diante das razões acima expendidas. Entretanto, como o agravo
de instrumento foi interposto pela União, para que não haja reforma em prejuízo da agravante, a decisão
agravada há de ser mantida em sua integralidade.

7. Agravo de instrumento desprovido.(Processo nº 0816307-87.2018.4.05.0000. Relator:


Desembargador Federal Paulo Cordeiro. DJulg.: 11/06/2019).

Desse modo, demonstrado que a discussão a respeito da legitimidade da AMA - Associação dos
Municípios Alagoanos e do Município, ora agravante, já foi decidida nos autos da Ação Coletiva nº
0011204-19.2003.4.05.8000, já transitada em julgado, além de ter sido julgada improcedente AR nº
0800907-04.2016.4.05.0000, não há qualquer impedimento à liberação dos valores pleiteados, tidos por
incontroversos.

Diante do exposto, dou provimento ao pedido de reconsideração, para cassar a liminar anteriormente
concedida, mantendo a decisão agravada.

É como voto.

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15857047 - Pág. 3
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19062708352844400000015831203
Número do documento: 19062708352844400000015831203
6/15
fls. 89

PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL


JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Alvarenga

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


VERBAS RELATIVAS ÀS DIFERENÇAS DE COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEF DE ACORDO
COM A FÓRMULA DO VMAA . AÇÃO COLETIVA AJUIZADA PELA AMA - ASSOCIAÇÃO DE

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
MUNICÍPIOS DE ALAGOAS TRANSITADA EM JULGADO. LEGITIMIDADE DO MUNICÍPIO E
DA AMA PARA EXECUTAR SENTENÇA. AÇÃO RESCISÓRIA IMPROCEDENTE. GARANTIA
DA COISA JULGADA.

1.Trata-se de pedido de reconsideração apresentado pelo Município de Maceió, nas contrarrazões do


agravo de instrumento, da decisão que deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento da
expedição de qualquer Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já
expedidos, que seja bloqueado o pagamento do precatório, em sede de cumprimento de sentença
(Execução Individual nº 0807260-82.2017.4.05.8000)referente às diferenças de complementação do
FUNDEF de acordo com a fórmula do VMAA, da Ação Coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000,
ajuizada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

2.Em suas razões recursais, a parte agravante alega que a legitimidade dos municípios alagoanos já foi
julgada e reconhecida, tanto na Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação
dos Municípios Alagoanos (AMA), quanto na Ação Rescisória n º 0800907-04.2016.4.05.0000.

3.Afirma que esta Turma julgou nos autos dos processos nºs 0817227-61.2018.05.0000,
0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000, relativos a quatro
municípios alagoanos representados pela AMA no processo nº 2003.80.00.011204-0, entendendo pela
legitimidade dos municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo como na
demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada consubstancia autorização
expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232.

4.Suscita,também a ocorrência de preclusão, uma vez que quando intimada para ofertar impugnação à
pretensão executiva, a União apresentou sua defesa, sem fazer qualquer questionamento sobre a
legitimidade da exequente.

5.Defende, ainda, que, sendo o FUNDEF integrante das receitas que foram constitucionalmente
atribuídas aos entes municipais, tem a natureza de propriedade dos municípios, incorporando-se ao seu
patrimônio.

6.Finalmente, aduz que a AMA atuou devidamente amparada por permissão outorgada em Assembleia
Extraordinária (ata em apenso). Acentua-se, outrossim, que a jurisprudência não condiciona a eficácia do
título judicial coletivo à participação na Assembleia autorizativa. Deveras, a simples aprovação em
Assembleia da associação supre a previsão constitucional de autorização expressa (inciso XXI, do art. 5º);
sendo desnecessária a prática de qualquer ato volitivo e isolado por parte dos respectivos filiados

7.Inicialmente o Relator deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento de expedição de


precatório, referente às diferenças de complementação do FUNDEF. Entretanto, examinando os autos,
observa-se que a matéria tratada no presente agravo já foi decidida por esta eg Turma nos autos dos
Agravo de Instrumento de nºs 0817227-61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000,
0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000, da Relatoria do Desembargador Federal Paulo
Cordeiro, entendendo que esta Turma, ao julgar a Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, deu
parcial provimento à apelação da AMA, constando expressamente no voto do relator que " a inicial
encontra-se instruída com a ata da assembleia que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos
municípios associados, nada havendo que impeça o conhecimento da ação."

8.Ressaltou, também, que, após o trânsito em julgado da Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000,


foi ajuizada a AR º 0800907-04.2016.4.05.0000. em que se decidiu acerca da legitimidade da AMA,
sendo julgada improcedente em 30/05/2018, revogando a liminar que impediu a obtenção por parte dos
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Número do documento: 19062708352844400000015831203
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Municípios dos recursos financeiros, estando pendente de julgamento de embargos declaratórios opostos
pela União.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
9.Desse modo, demonstrado que a discussão a respeito da legitimidade da AMA - Associação dos
Municípios Alagoanos e do Município, ora agravante, já foi decidida nos autos da Ação Coletiva nº
0011204-19.2003.4.05.8000, já transitada em julgado, além de ter sido julgada improcedente AR nº
0800907-04.2016.4.05.0000, não há qualquer impedimento à liberação dos valores pleiteados, tidos por

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
incontroversos.

10.Pedido de reconsideração provido, para cassar a liminar recursal, mantendo a decisão agravada.

[04]

ACORDAM os Desembargadores Federais da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª


Região, à unanimidade, em dar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator e das notas
taquigráficas que estão nos autos e que fazem parte deste julgado.

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PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
VERBAS RELATIVAS ÀS DIFERENÇAS DE COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEF DE ACORDO
COM A FÓRMULA DO VMAA . AÇÃO COLETIVA AJUIZADA PELA AMA - ASSOCIAÇÃO DE
MUNICÍPIOS DE ALAGOAS TRANSITADA EM JULGADO. LEGITIMIDADE DO MUNICÍPIO E
DA AMA PARA EXECUTAR SENTENÇA. AÇÃO RESCISÓRIA IMPROCEDENTE. GARANTIA
DA COISA JULGADA.

1.Trata-se de pedido de reconsideração apresentado pelo Município de Maceió, nas contrarrazões do


agravo de instrumento, da decisão que deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento da
expedição de qualquer Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já
expedidos, que seja bloqueado o pagamento do precatório, em sede de cumprimento de sentença
(Execução Individual nº 0807260-82.2017.4.05.8000)referente às diferenças de complementação do
FUNDEF de acordo com a fórmula do VMAA, da Ação Coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000,
ajuizada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

2.Em suas razões recursais, a parte agravante alega que a legitimidade dos municípios alagoanos já foi
julgada e reconhecida, tanto na Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação
dos Municípios Alagoanos (AMA), quanto na Ação Rescisória n º 0800907-04.2016.4.05.0000.

3.Afirma que esta Turma julgou nos autos dos processos nºs 0817227-61.2018.05.0000,
0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000, relativos a quatro
municípios alagoanos representados pela AMA no processo nº 2003.80.00.011204-0, entendendo pela
legitimidade dos municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo como na
demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada consubstancia autorização
expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232.

4.Suscita,também a ocorrência de preclusão, uma vez que quando intimada para ofertar impugnação à
pretensão executiva, a União apresentou sua defesa, sem fazer qualquer questionamento sobre a
legitimidade da exequente.

5.Defende, ainda, que, sendo o FUNDEF integrante das receitas que foram constitucionalmente
atribuídas aos entes municipais, tem a natureza de propriedade dos municípios, incorporando-se ao seu
patrimônio.

6.Finalmente, aduz que a AMA atuou devidamente amparada por permissão outorgada em Assembleia
Extraordinária (ata em apenso). Acentua-se, outrossim, que a jurisprudência não condiciona a eficácia do
título judicial coletivo à participação na Assembleia autorizativa. Deveras, a simples aprovação em
Assembleia da associação supre a previsão constitucional de autorização expressa (inciso XXI, do art. 5º);
sendo desnecessária a prática de qualquer ato volitivo e isolado por parte dos respectivos filiados

7.Inicialmente o Relator deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento de expedição de


precatório, referente às diferenças de complementação do FUNDEF. Entretanto, examinando os autos,
observa-se que a matéria tratada no presente agravo já foi decidida por esta eg Turma nos autos dos
Agravo de Instrumento de nºs 0817227-61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000,
0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000, da Relatoria do Desembargador Federal Paulo
Cordeiro, entendendo que esta Turma, ao julgar a Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, deu

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15802499 - Pág. 1
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Número do documento: 19062008250874900000015776739
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parcial provimento à apelação da AMA, constando expressamente no voto do relator que " a inicial
encontra-se instruída com a ata da assembleia que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
municípios associados, nada havendo que impeça o conhecimento da ação."

8.Ressaltou, também, que, após o trânsito em julgado da Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000,


foi ajuizada a AR º 0800907-04.2016.4.05.0000. em que se decidiu acerca da legitimidade da AMA,
sendo julgada improcedente em 30/05/2018, revogando a liminar que impediu a obtenção por parte dos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Municípios dos recursos financeiros, estando pendente de julgamento de embargos declaratórios opostos
pela União.

9.Desse modo, demonstrado que a discussão a respeito da legitimidade da AMA - Associação dos
Municípios Alagoanos e do Município, ora agravante, já foi decidida nos autos da Ação Coletiva nº
0011204-19.2003.4.05.8000, já transitada em julgado, além de ter sido julgada improcedente AR nº
0800907-04.2016.4.05.0000, não há qualquer impedimento à liberação dos valores pleiteados, tidos por
incontroversos.

10.Pedido de reconsideração provido, para cassar a liminar recursal, mantendo a decisão agravada.

[04]

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15802499 - Pág. 2
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Número do documento: 19062008250874900000015776739
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Ciente, pela União, da Decisão (4050000.18191429) de 18.10.2019, não verificando embargos de

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
declaração interpostos a serem contrarrazoados.

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Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: MANUELA FREIRE SILVA CORREIA - Procurador Num. 19170385 - Pág. 1
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Número do documento: 20012018480606500000019139939
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PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
RELATÓRIO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO (Relator): Trata-se de pedido


de reconsideração apresentado pelo Município de Maceió, nas contrarrazões do agravo de instrumento,
da decisão que deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o
pagamento do precatório, em sede de cumprimento de sentença (Execução Individual nº
0807260-82.2017.4.05.8000)referente às diferenças de complementação do FUNDEF de acordo com a
fórmula do VMAA, da Ação Coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação dos
Municípios Alagoanos (AMA).

Em suas razões recursais, a parte agravante alega que a legitimidade dos municípios alagoanos já foi
julgada e reconhecida, tanto na Ação Coletiva nº n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), quanto na Ação Rescisória n º
0800907-04.2016.4.05.0000.

Afirma que esta Turma julgou nos autos dos processos nºs 0817227-61.2018.05.0000,
0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000, relativos a quatro
municípios alagoanos representados pela AMA no processo nº 2003.80.00.011204-0, entendendo pela
legitimidade dos municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo como na
demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada consubstancia autorização
expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232.

Suscita,também a ocorrência de preclusão, uma vez que quando intimada para ofertar impugnação à
pretensão executiva, apresentou sua defesa, sem fazer qualquer questionamento sobre a legitimidade da
exequente.

Defende, ainda, que, sendo o FUNDEF integrante das receitas que foram constitucionalmente atribuídas
aos entes municipais, tem a natureza de propriedade dos municípios, incorporando-se ao seu patrimônio.

Finalmente, aduz que a AMA atuou devidamente amparada por permissão outorgada em Assembleia
Extraordinária (ata em apenso). Acentua-se, outrossim, que a jurisprudência não condiciona a eficácia do
título judicial coletivo à participação na Assembleia autorizativa. Deveras, a simples aprovação em
Assembleia da associação supre a previsão constitucional de autorização expressa (inciso XXI, do art. 5º);
sendo desnecessária a prática de qualquer ato volitivo e isolado por parte dos respectivos filiados

É o relatório.

Apresento o feito em mesa para julgamento.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15802488 - Pág. 1
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PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
VOTO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO (Relator): Trata-se de pedido


de reconsideração apresentado pelo Município de Maceió, nas contrarrazões do agravo de instrumento,
da decisão que deferiu o efeito suspensivo para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o
pagamento do precatório, em sede de cumprimento de sentença (Execução Individual nº
0807260-82.2017.4.05.8000) referente às diferenças de complementação do FUNDEF de acordo com a
fórmula do VMAA, da Ação Coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação dos
Municípios Alagoanos (AMA).

Inicialmente deferi o efeito suspensivo para fins de sobrestamento de expedição de precatório, referente às
diferenças de complementação do FUNDEF. Entretanto, examinando os autos, observo que a matéria
tratada no presente agravo já foi decidida por esta eg Turma nos autos dos Agravo de Instrumento de nºs
0817227-61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000,
0816734-84.2018.4.05.0000, da Relatoria do Des. Federal Paulo Cordeiro, entendendo que esta Turma,
ao julgar a Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, deu parcial provimento à apelação da AMA,
constando expressamente no voto do relator que " a inicial encontra-se instruída com a ata da assembleia
que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados, nada havendo que impeça o
conhecimento da ação."

Ressaltou, também, que, após o trânsito em julgado da Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, foi
ajuizada a AR º 0800907-04.2016.4.05.0000. em que se decidiu acerca da legitimidade da AMA, sendo
julgada improcedente em 30/05/2018, revogando a liminar que impediu a obtenção por parte dos
Municípios aos recursos financeiros, estando pendente de julgamento de embargos declaratórios opostos
pela União.

Cito o seguinte precedente:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. VERBAS ADVINDAS DO FUNDEF. AÇÃO COLETIVA AJUIZADA POR
ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS TRANSITADA EM JULGADO. AÇÃO RESCISÓRIA
IMPROCEDENTE. ILEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO PARA PROPOSITURA DO PROCESSO
DE CONHECIMENTO E DO MUNICÍPIO PARA EXECUTAR. MATÉRIA ACOBERTADA PELA
COISA JULGADA. AGRAVO DESPROVIDO.

1. Agravo de instrumento interposto contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara - AL, que, nos autos
do Cumprimento de Sentença 0800018-43.2015.4.05.8000 (voltado ao pagamento de R$ 56.931.223,90),
indeferiu o pedido da União de extinção do processo, sob o fundamento de que a matéria relativa à
legitimidade da AMA - Associação dos Municípios Alagoanos para a propositura da Ação Coletiva
0011204-19.2003.4.05.8000 já teria transitado em julgado. O juízo de origem manteve o feito suspenso.

2. A agravante alega, em síntese, que sua pretensão de extinção deve ser acolhida, já que: a) em verdade,
somente o Prefeito e o Procurador Municipal deteriam capacidade para representar judicialmente o
recorrido, não podendo tal representação vir a ser exercida por Associação de Direito Privado mediante
substituição processual; b) ainda que fosse possível a representação do agravado por associação, seria
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15802495 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19062008250874400000015776735
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indispensável a este fim a comprovação da prévia concessão de autorização expressa, nos termos da
Constituição Federal (artigo 5º, inciso XXI), da Lei 9.494/1997 (artigo 2º-A) e de entendimento firmado

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
no âmbito do Colendo Supremo Tribunal Federal; c) a mera filiação e menção em lista de associados não
supre a referida necessidade de autorização expressa; d) ao contrário do sugerido no juízo de 1º grau, as
questões atinentes à legitimidade, tratando-se de cumprimento de sentença originado de ação coletiva, não
quedam preclusas com o trânsito em julgado da aludida sentença.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
3. Nos autos da Ação Coletiva 0011204-19.2003.4.05.8000, observa-se que: a) a AMA - Associação dos
Municípios Alagoanos, ao ingressar com a ação, fez juntar Ata de Assembleia Geral Extraordinária
realizada em 26/09/2003, em que aprovada deliberação "autorizando a AMA a representar e substituir
seus integrantes associados como representante/substituta processual em defesa de seus interesses,
conforme permissivos disciplinados na Carta Magna", com a relação dos Municípios associados, dentre
os quais o Município de Palmeira dos Índios (agravado); b) em 06/05/2008, a Segunda Turma deste TRF5
deu provimento em parte à apelação da AMA, tendo o voto do Relator consignado que "a inicial
encontra-se instruída com a ata da assembleia que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos
municípios associados, nada havendo que impeça o conhecimento da ação".

4. Em face do trânsito em julgado da Ação Coletiva 0011204-19.2003.4.05.8000, a União ajuizou a Ação


Rescisória 0800907-04.2016.4.05.8000, em que discutida a ilegitimidade ativa da AMA, cujo pedido foi
julgado improcedente em 30/05/2018, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados, estando atualmente pendentes de
apreciação embargos de declaração opostos pela União.

5. Vê-se que a questão referente à legitimidade da AMA - Associação dos Municípios Alagoanos e do
Município exequente já foi amplamente discutida nos autos da Ação Coletiva 0011204-19.2003.4.05.8000
transitada em julgado, encontrando-se acobertada pelo manto da coisa julgada, a qual não foi
desconstituída por este TRF5 quando do julgamento da Ação Rescisória 0800907-04.2016.4.05.8000.

6. Digno de registro que, durante a sessão de julgamento deste agravo de instrumento, esta eg. Segunda
Turma externou posicionamento no sentido de que não há óbice à liberação dos valores incontroversos
respeitantes ao título judicial em comento, diante das razões acima expendidas. Entretanto, como o agravo
de instrumento foi interposto pela União, para que não haja reforma em prejuízo da agravante, a decisão
agravada há de ser mantida em sua integralidade.

7. Agravo de instrumento desprovido.(Processo nº 0816307-87.2018.4.05.0000. Relator:


Desembargador Federal Paulo Cordeiro. DJulg.: 11/06/2019).

Desse modo, demonstrado que a discussão a respeito da legitimidade da AMA - Associação dos
Municípios Alagoanos e do Município, ora agravante, já foi decidida nos autos da Ação Coletiva nº
0011204-19.2003.4.05.8000, já transitada em julgado, além de ter sido julgada improcedente AR nº
0800907-04.2016.4.05.0000, não há qualquer impedimento à liberação dos valores pleiteados, tidos por
incontroversos.

Diante do exposto, dou provimento ao pedido de reconsideração, para cassar a liminar anteriormente
concedida, mantendo a decisão agravada.

É como voto.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15802495 - Pág. 2
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19062008250874400000015776735
Número do documento: 19062008250874400000015776735
14/15
fls. 97

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
DIVISÃO DA 2ª TURMA

ATO ORDINATÓRIO

Nos termos do art. 203, § 4º c/c o art. 1.023, ambos do Código de Processo Civil (CPC), fica(m) o(a)(s)
embargado(a)(s) intimado(a)(s) para apresentar(em) contrarrazões ao(s) embargos declaratórios.

Recife, 19 de Dezembro de 2019

LUIZ CARLOS DE SIQUEIRA BEZERRA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Assinado eletronicamente.
LUIZ CARLOS A DE
Certificação
SIQUEIRA Digital pertence a: LUIZ CARLOS DE SIQUEIRA BEZERRA - Diretor de Secretaria
BEZERRA Num. 19010428 - Pág. 1
20012718121684700000005782669
Data e hora da assinatura: 27/01/2020 18:12:17
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19121911372368200000018980260
Identificador:
Número do documento: 4050000.19231969
19121911372368200000018980260
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 15/15
fls. 98

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
DIVISÃO DA SEGUNDA TURMA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Comunico tr^sito em julgado da decisão proferida no presente processo, bem como envio peças do
julgado ao juízo de origem. O referido é verdade. Dou fé.
Recife, 27 de Janeiro de 2020

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
LUIZ CARLOS DE SIQUEIRA BEZERRA
20012718121684700000005782668
Data e hora da assinatura: 27/01/2020 18:12:16
Identificador: 4050000.19231968
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 99

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA
13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

CERTIDÃO POR DECURSO DE PRAZO

Polo ativo
MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE

Polo passivo
MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C TERCEIRO INTERESSADO
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - PE11338 - ADVOGADO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registro

Certifico que decorreu o prazo sem manifestação das partes.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19091400010812000000005212473 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 14/09/2019 00:01 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 14/09/2019 00:01:08
Identificador: 4058000.5181853

1/1
fls. 100

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 01/08/2019 04:44, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 18/07/2019 13:14 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19072409273022400000005018260 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 01/08/2019 04:44 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 01/08/2019 04:44:32
Identificador: 4058000.5023759

1/1
fls. 101

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 29/07/2019 12:20, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 18/07/2019 13:14 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19072409273022400000005018260 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 29/07/2019 12:20 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 29/07/2019 12:20:32
Identificador: 4058000.5009981

1/1
fls. 102

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 24/07/2019 09:34, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 18/07/2019 13:14 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19072409273022400000005018260 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/07/2019 09:34 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 24/07/2019 09:34:36
Identificador: 4058000.4988829

1/1
fls. 103

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A)/RÉ(U), na pessoa de seu representante legal, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório
anexo.

Maceió-AL, 24 de Julho de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19072409273022400000005018260
Data e hora da assinatura: 24/07/2019 09:27:59
Identificador: 4058000.4988783
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 104

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

1. Intimadas as partes para pronunciamento acerca da Requisição de Pagamento nº


2019.80.00.013.200087, veio a União Federal, através da cota de vista com id. 4901344, requerer que este
Juízo, considerando o vultoso valor (260 milhões de reais) e utilizando-se do poder geral de cautela,
inclua na requisição de pagamento a ordem de restrição, a fim de que os valores pagos não sejam
liberados ao exequente, permanecendo à disposição do Juízo, até o trânsito em julgado do Agravo de
Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000.

2. Ocorre que o aludido requisitório foi expedido em atendimento a decisão do TRF5, proferida no bojo
do citado Agravo, sem nenhuma referência ter feito a inclusão de ordem de restrição, não obstante o
pedido da União ter contemplado a hipótese, consoantes se pode conferir da suma do pedido recursal, nos
seguintes termos:

Em face do exposto, requer a União:

(...);

b) que seja recebido e conhecido o presente agravo, bem como que lhe seja concedido efeito suspensivo,
sustando-se integralmente os efeitos da decisão, para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o
pagamento do precatório ;

3. Sendo assim, como a matéria está submetida à apreciação da Instância ad quem , nada resta a prover
por este Juízo.

4. Providências necessárias.

Maceió, 17 de julho de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19071717585100000000004987630
Data e hora da assinatura: 18/07/2019 13:14:35
Identificador: 4058000.4958171
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 105

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA
REQUISITÓRIO: 2019.80.00.013.200087 - Precatório

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 07/07/2019 00:00, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Requisitório
de Pagamento registrado em 27/06/2019 13:45 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062713454371600000004901001 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 08/07/2019 00:00 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 08/07/2019 00:00:54
Identificador: 4058000.4913203

1/1
fls. 106

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 4 de Julho de 2019.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
19070412453896100000004931847
Data e hora da assinatura: 04/07/2019 12:45:57
Identificador: 4058000.4902466
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 107

C / Vista,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
a União requer que esse juízo inclua na requisição de pagamento a ser expedida a ordem de restrição, a
fim de que os valores pagos não sejam liberados ao exequente, permanecendo à disposição desse juízo até
o trânsito em julgado do Agravo de Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000.

Tal medida se revela coerente com o vultoso valor do crédito (mais de R$ 260 milhões), e pode ser

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
tomada por esse juízo com fundamento no poder geral de cautela.

Pede deferimento.

Maceió, 04 de julho de 2019.

Paulo Henrique Padilha de Melo Novais

Advogado da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
19070400542085100000004930724
Data e hora da assinatura: 04/07/2019 01:12:52
Identificador: 4058000.4901344
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 108

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 04/07/2019 00:47, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Decisão
registrado em 26/06/2019 16:54 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062617381377900000004896616 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 04/07/2019 00:47 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 04/07/2019 00:47:31
Identificador: 4058000.4901341

1/1
fls. 109

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 04/07/2019 00:46, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Ato
Ordinatório registrado em 28/06/2019 13:06 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062813070220400000004906684 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 04/07/2019 00:46 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 04/07/2019 00:46:54
Identificador: 4058000.4901340

1/1
fls. 110

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000
REQUISITÓRIO: 2019.80.00.013.200087 - Precatório
SITUAÇÃO DO REQUISITÓRIO: AUTUADO

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO DO REQUISITÓRIO

CERTIFICO que, em 01/07/2019 17:10, o requisitório nº 2019.80.00.013.200087 foi AUTUADO pelo


Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19070117100077400000004918875 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 01/07/2019 17:10 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 01/07/2019 17:10:00
Identificador: 4058000.4889510

1/1
fls. 111

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 01/07/2019 13:00, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de Ato
Ordinatório registrado em 28/06/2019 13:06 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062813070220400000004906684 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 01/07/2019 13:00 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 01/07/2019 13:00:29
Identificador: 4058000.4884926

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fls. 112

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 01/07/2019 10:57, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Ato Ordinatório registrado em 28/06/2019 13:06 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062813070220400000004906684 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 01/07/2019 10:57 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 01/07/2019 10:57:25
Identificador: 4058000.4884291

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fls. 113

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A)/RÉ(U), na pessoa de seu representante legal, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório
anexo.

Maceió-AL, 28 de Junho de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19062813070220400000004906684
Data e hora da assinatura: 28/06/2019 13:07:34
Identificador: 4058000.4877442
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 114

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

ATO ORDINATÓRIO

Pelo presente, ficam as partes intimadas acerca d a expedição do(s) requisitório(s) nestes autos , cf.
determinado no art. 87, inciso 28, do Provimento nº 01/2009 da Corregedoria-Regional do TRF da 5ª
Região.

Maceió-AL, 28 de Junho de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19062813055100400000004906677
Data e hora da assinatura: 28/06/2019 13:06:27
Identificador: 4058000.4877435
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 115

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13° VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO DE RETIFICAÇÃO

Certifico que, em 27/06/2019, procedi à retificação de autuação deste processo para fazer constar:
Data de Operação
Item Situação anterior Situação atual
alteração realizada
6077:DIREITO
TRIBUTÁRIO|Contribuições|Contrib
6077:DIREITO Especiais|FUNDEF/Fundo de Manu
TRIBUTÁRIO|Contribuições|Contribuições e Desenvolvimento do Ensino Funda
27/06/2019
Assunto Inclusão Especiais|FUNDEF/Fundo de Manutenção e de Valorização do Magistério
10:57
e Desenvolvimento do Ensino Fundamental 10957:DIREITO ADMINISTRATI
e de Valorização do Magistério| OUTRAS MATÉRIAS DE DIRE
PÚBLICO|Orçamento|Repasse de V
Públicas|

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 28/06/2019 00:00:00
Identificador: 4058000.4875759

1/1
fls. 116

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA
REQUISITÓRIO: 2019.80.00.013.200087 - Precatório

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 27/06/2019 15:32, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Requisitório de Pagamento registrado em 27/06/2019 13:45
nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062713454371600000004901001 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 27/06/2019 15:32 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 27/06/2019 15:32:09
Identificador: 4058000.4872476

1/1
fls. 117

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA
REQUISITÓRIO: 2019.80.00.013.200087 - Precatório

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 27/06/2019 14:07, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Requisitório de Pagamento registrado em 27/06/2019 13:45 nos autos judiciais eletrônicos especificados
na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062713454371600000004901001 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 27/06/2019 14:07 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 27/06/2019 14:07:39
Identificador: 4058000.4872035

1/1
fls. 118

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 27/06/2019 13:58, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Decisão registrado em 26/06/2019 16:54 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062617381377900000004896616 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 27/06/2019 13:58 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 27/06/2019 13:58:29
Identificador: 4058000.4871944

1/1
style="font-family: serif;">
REQUISIÇÃO DE PAGAMENTO 2019.80.00.013.200087
Poder Judiciário

JUSTIÇA FEDERAL

JUSTIÇA FEDERAL EM ALAGOAS

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Presidente(a) do Egrégio Tribunal Regional Federal da 5à Região.


fls. 119

1/4
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 120

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
O(A) Doutor(a) , Juiz(a) Federal da 13ª VARA FEDERAL da Seção Judiciária do Estado de ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
FAZ SABER a Vossa Excelência que, perante este Juízo, se processam os autos e termos do
Processo 0807260-82.2017.4.05.8000,
movido por MUNICIPIO DE MACEIO - 12.200.135/0001-80,
contra UNIÃO FEDERAL,
em fase de execução de sentença, tendo sido determinada a expedição da presente requisição de
p a g a m e n t o ,
em cumprimento às disposições contidas na Resolução 458, de 4 de outubro de 2017, do e. CJF, pelo que
p a s s o
a apresentar os requisitos necessários ao seu regular processamento:

class="labelOficio">

Tipo de Requisição: Requisitório: Natureza do Crédito:


Precatório Parcial/Valor Incontroverso Comum

Processo de Execução:
0807260-82.2017.4.05.8000

Exequente: Adv(s):
MUNICIPIO DE MACEIO - 12.200.135/0001-80

2/4
fls. 121

Executado:

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UNIÃO FEDERAL

Natureza da obrigação/assunto:

10957 -

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO | Orçamento |
Repasse de Verbas Públicas |

Valor principal:

R$ 146.785.711,56

Valor juros:
Data do ajuizamento do processo de
R$ 113.514.611,77 conhecimento:
03/11/2003

Data trânsito em julgado da sentença (decisão):


07/10/2015

Tem multa astreintes:


Não

Data da execução:
01/08/2017

Valor total da execução:


R$ 327.508.517,09 ( trezentos e vinte e sete milhões e quinhentos e oito mil e quinhentos e dezessete
reais e nove centavos )

Data trânsito em julgado dos embargos à execução/impugnação ou data do decurso de prazo para sua
oposição:
13/10/2017

Restrição para pagamento:


Sem restrição

3/4
fls. 122

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Data de intimação para fins do Art. 100, §§ 9° e 10° da CF ou data de decisão que dispensou a intimação:
30/08/2017

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Crédito somente advogado:
Não

Data base de cálculo:


01/08/2017

Valor total do requisitório:

R$ 260.300.323,33

( duzentos e sessenta milhões e trezentos mil e trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos )

Natureza tributária:
Não

Compensação de mora:
Juros de poupança

Observações:

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19062713454371600000004901001
Data e hora da assinatura: 27/06/2019 13:45:43
Identificador: 4058000.4871816
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 123

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 27/06/2019 11:05, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Decisão registrado em 26/06/2019 16:54 nos autos judiciais
eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19062617381377900000004896616 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 27/06/2019 11:05 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 27/06/2019 11:05:22
Identificador: 4058000.4870215

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fls. 124

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A)/RÉ(U), na pessoa de seu representante legal, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório
anexo.

Maceió-AL, 26 de Junho de 2019.

ANDREIA APARECIDA MARQUES SILVA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
ANDREIA APARECIDA MARQUES SILVA - Diretor de Secretaria
19062617381377900000004896616
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 17:39:55
Identificador: 4058000.4867445
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 125

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DECISÃO

Vistos etc.

Constam dos autos petições do Município de Maceió/AL e do escritório jurídico Monteiro e Monteiro
Advogados Associados . O primeiro requer a expedição de precatório para pagamento da parcela
incontroversa, nos termos da decisão de id. 3855301, uma vez que não foi dado provimento ao agravo
interposto pela União contra o referido decisum (cf. id. 4863377). O segundo, por sua vez, insiste na
retenção de 20% (vinte por cento) sobre o valor do precatório a título de honorários advocatícios (cf. id.
4865893).

Decido.

Considerando o teor do acórdão proferido pela Segunda Turma do e. TRF da 5ª Região nos autos do
Agravo de Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000, que, "à unanimidade, deu provimento ao pedido
de reconsideração para cassar a liminar recursal, mantendo a decisão agravada, nos termos do voto do
relator" (cf. id. 15833716), defiro o requerido pelo Município de Maceió/AL , ordenando que seja dado
cumprimento à decisão de id. 3855301, expedindo-se o competente precatório em relação à parte
incontroversa dos valores em execução, "no montante de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões,
trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), atualizados até AGOSTO/2017, cf.
Parecer Técnico nº 2.442/2017 - DCP/AGU (id. 2443730) (...) " .

Por outro lado, em relação ao pleito do escritório jurídico Monteiro e Monteiro Advogados Associados ,
verifico que o mesmo já foi indeferido na própria decisão agravada e mantida pela Segunda Turma do
TRF5 (cf. ids. 3855301 e 15833716), não havendo razão para reapreciá-lo.

Intimações devidas.

Adotem-se as demais providências necessárias.

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fls. 126

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Maceió, 26 de junho de 2019.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19062616462383100000004896255
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 16:54:02
Identificador: 4058000.4867084
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 127

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 13.ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROCESSO N.º 0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , devidamente


qualificados nos autos em epígrafe, através de seu advogado abaixo assinado, vem respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, para com base nos fatos e fundamentos abaixo delineados, expor e
requerer o que se segue:

1 - DA SUPERVENIÊNCIA DE FATO NOVO. REVOGAÇÃO DA MEDIDA LIMINAR QUE


IMPEDIA A INSCRIÇÃO DO REQUISITÓRIO. IMINENTE RISCO DE DANO IRREPARÁVEL.
PERMANÊNCIA DA DISCUSSÃO ACERCA DA PARCELA HONORÁRIA. NECESSIDADE DE
IMPOSIÇÃO DE ORDEM DE BLOQUEIO.

Como se pode ver do caderno processual, ocorreu a superveniência de fato novo, que
evidencia a iminência de risco de dano irreparável a ser suportado pelo escritório peticionante .

Referido fato superveniente se funda na revogação da medida liminar recursal


anteriormente deferida, que impedia a expedição do requisitório, concedida nos autos do Agravo de
Instrumento de n.º 0804335-86.2019.4.05.0000.

Naquele instrumental, a União buscava a suposta ilegitimidade do exequente para se


beneficiar o título coletivo, posição já rechaçada pelo juízo de origem e pela jurisprudência recém firmada
pelo TRF5 (TRF5; Segunda Turma; Processo 0817296-93.2018.4.05.0000; Relator: Des. Fed. Paulo
Cordeiro; Julgado em 11/06/2019).

Em razão desta uniformidade jurisprudencial, a Municipalidade requereu a reconsideração

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fls. 128

da decisão liminar impeditiva de inscrição do requisitório, o que lhe foi deferido .

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Veja-se, por oportuno, a certidão do referido julgamento:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
"Processo: 0804335-86.2019.4.05.0000

Sessão ordinária de 25/06/2019

Proclamação do Julgamento:

Certidão

A Turma, à unanimidade, deu provimento ao pedido de reconsideração para cassar a liminar recursal,
mantendo a decisão agravada, nos termos do voto do relator . Participaram do julgamento os Exmos.
Srs. Desembargadores Federais Paulo Cordeiro e Cid Marconi Gurgel de Souza, eventualmente
convidado da e. Terceira Turma para completar o quorum da Segunda, em razão de impedimento do
Exmo. Sr. Desembargador Federal Frederico Wildson da Silva Dantas (convocado em substituição ao
Exmo. Sr. Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, por motivo de férias)."

Inclusive, o Município já requereu a este juízo a " continuidade da marcha executiva e,


assim, a imediata expedição do precatório da parte incontroversa, em favor do Município de Maceió,
conforme já disposto no despacho de id. 4183276, de forma a que seja inscrito ainda no presente mês de
junho de 2019, para que possibilite seu pagamento no exercício financeiro de 2020. "

Desta feita, reafirma-se o IMINENTE risco de dano irreparável ao direito pleiteado


pelo ora peticionante , que permanece em apreciação pelo Quinto Regional nos autos do agravo de
instrumento de n.º 0801222-27.2019.4.05.0000.

O pleito do requerente, referente à sua retenção honorária contratual (art. 22, §§ 4.º e 7.º do
EOAB), ainda se encontra sob análise da Egrégia Segunda Turma do TRF5, não existindo, portanto,
definitividade sobre a questão, posto que remanesce pendência do julgamento dos embargos de
declaração, com efeitos infringentes, opostos em face do julgamento colegiado.

O que busca o requerente, com o pleito que ora se deduz, é a adoção de cautela pelo
juízo, no sentido de não proferir decisão capaz de causar gravíssimo dano ao requerente e,
inclusive, prejudicar o direito ora requerido de modo a torná-lo, factívelmente, inútil .

Desta feita, buscando conciliar o requerimento realizado pelo Município/Exequente, com a


tutela jurisdicional perseguida pela banca jurídica ora peticionante, é que vem se requerer a
DETERMINAÇÃO DE ORDEM DE BLOQUEIO DA PARCELA EQUIVALENTE À 20% DO
REQUISITÓRIO A SER INSCRITO , a ser deduzida em favor da MONTEIRO E MONTEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS , a qual deverá permanecer à disposição do juízo até que se ultime a
discussão ora travada.

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fls. 129

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Tal medida, como pleiteada, garante a inscrição do requisitório de pagamento em tempo
hábil - evitando-se a perda do prazo constitucionalmente previsto - bem como assegura a futura
efetividade do requerido pela MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS .

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Assim, com o pagamento do requisitório pelo devedor federal, poder-se-á efetuar a
liberação da parcela inconteste em favor da Municipalidade/Exequente (80%), mantendo-se resguardada
em juízo unicamente a parcela em que remanesce litígio (20% - parcela honorária) até que
definitivamente dirimida pelo Poder Judiciário.

Também se pontue a inexistência de qualquer prejuízo ao Exequente, posto que haverá a


regular inscrição do requisitório de pagamento, sem que haja a liberação de quaisquer valores honorários
até a existência de decisão judicial final sobre a questão.

Deste modo, garante-se a plena efetividade do direito pleiteado pelo


Município/Exequente e, ao mesmo tempo, evita-se a ocorrência de grave e irreparável dano ao ora
peticionante .

Ante todo o exposto é que a MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS vem requerer que quando da expedição do requisitório de pagamento em favor do
Município/Exequente seja-lhe imposta ORDEM DE BLOQUEIO , referente à parcela honorária
contratual equivalente à 20% do precatório a ser inscrito, a ser deduzida em favor da MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Recife/PE, 26 de Junho de 2019

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE n.º 11.338

OAB/AL n.º 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
19062614434009900000004895060
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 14:46:34
Identificador: 4058000.4865893
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 3/3
fls. 130

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 13.ª VARA FEDERAL
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROCESSO N.º 0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS,


devidamente qualificados nos autos em epígrafe, através de seu
advogado abaixo assinado, vem respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, para com base nos fatos e fundamentos abaixo delineados,
expor e requerer o que se segue:

1 – DA SUPERVENIÊNCIA DE FATO NOVO. REVOGAÇÃO DA


MEDIDA LIMINAR QUE IMPEDIA A INSCRIÇÃO DO REQUISITÓRIO.
IMINENTE RISCO DE DANO IRREPARÁVEL. PERMANÊNCIA DA
DISCUSSÃO ACERCA DA PARCELA HONORÁRIA. NECESSIDADE
DE IMPOSIÇÃO DE ORDEM DE BLOQUEIO.

Como se pode ver do caderno processual, ocorreu a


superveniência de fato novo, que evidencia a iminência de risco de
dano irreparável a ser suportado pelo escritório peticionante.

Referido fato superveniente se funda na revogação da


medida liminar recursal anteriormente deferida, que impedia a
expedição do requisitório, concedida nos autos do Agravo de
Instrumento de n.º 0804335-86.2019.4.05.0000.

Naquele instrumental, a União buscava a suposta


ilegitimidade do exequente para se beneficiar o título coletivo, posição já
rechaçada pelo juízo de origem e pela jurisprudência recém firmada pelo
TRF5 (TRF5; Segunda Turma; Processo 0817296-93.2018.4.05.0000;
Relator: Des. Fed. Paulo Cordeiro; Julgado em 11/06/2019).

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Em razão desta uniformidade jurisprudencial, a

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Municipalidade requereu a reconsideração da decisão liminar impeditiva
de inscrição do requisitório, o que lhe foi deferido.

Veja-se, por oportuno, a certidão do referido julgamento:

“Processo: 0804335-86.2019.4.05.0000
Sessão ordinária de 25/06/2019
Proclamação do Julgamento:
Certidão
A Turma, à unanimidade, deu provimento ao pedido
de reconsideração para cassar a liminar recursal,
mantendo a decisão agravada, nos termos do voto
do relator. Participaram do julgamento os Exmos. Srs.
Desembargadores Federais Paulo Cordeiro e Cid
Marconi Gurgel de Souza, eventualmente convidado da
e. Terceira Turma para completar o quorum da
Segunda, em razão de impedimento do Exmo. Sr.
Desembargador Federal Frederico Wildson da Silva
Dantas (convocado em substituição ao Exmo. Sr.
Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira
Lima, por motivo de férias).”

Inclusive, o Município já requereu a este juízo a


“continuidade da marcha executiva e, assim, a imediata expedição do
precatório da parte incontroversa, em favor do Município de Maceió,
conforme já disposto no despacho de id. 4183276, de forma a que seja
inscrito ainda no presente mês de junho de 2019, para que possibilite seu
pagamento no exercício financeiro de 2020.”

Desta feita, reafirma-se o IMINENTE risco de dano


irreparável ao direito pleiteado pelo ora peticionante, que permanece
em apreciação pelo Quinto Regional nos autos do agravo de instrumento
de n.º 0801222-27.2019.4.05.0000.

O pleito do requerente, referente à sua retenção honorária


contratual (art. 22, §§ 4.º e 7.º do EOAB), ainda se encontra sob análise
da Egrégia Segunda Turma do TRF5, não existindo, portanto,

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
definitividade sobre a questão, posto que remanesce pendência do
julgamento dos embargos de declaração, com efeitos infringentes,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
opostos em face do julgamento colegiado.

O que busca o requerente, com o pleito que ora se


deduz, é a adoção de cautela pelo juízo, no sentido de não proferir
decisão capaz de causar gravíssimo dano ao requerente e, inclusive,
prejudicar o direito ora requerido de modo a torná-lo, factívelmente,
inútil.

Desta feita, buscando conciliar o requerimento realizado


pelo Município/Exequente, com a tutela jurisdicional perseguida pela
banca jurídica ora peticionante, é que vem se requerer a
DETERMINAÇÃO DE ORDEM DE BLOQUEIO DA PARCELA
EQUIVALENTE À 20% DO REQUISITÓRIO A SER INSCRITO, a ser
deduzida em favor da MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS, a qual deverá permanecer à disposição do juízo até que
se ultime a discussão ora travada.

Tal medida, como pleiteada, garante a inscrição do


requisitório de pagamento em tempo hábil – evitando-se a perda do prazo
constitucionalmente previsto – bem como assegura a futura efetividade do
requerido pela MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.

Assim, com o pagamento do requisitório pelo devedor


federal, poder-se-á efetuar a liberação da parcela inconteste em favor da
Municipalidade/Exequente (80%), mantendo-se resguardada em juízo
unicamente a parcela em que remanesce litígio (20% - parcela honorária)
até que definitivamente dirimida pelo Poder Judiciário.

Também se pontue a inexistência de qualquer prejuízo ao


Exequente, posto que haverá a regular inscrição do requisitório de
pagamento, sem que haja a liberação de quaisquer valores honorários até
a existência de decisão judicial final sobre a questão.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Deste modo, garante-se a plena efetividade do direito
pleiteado pelo Município/Exequente e, ao mesmo tempo, evita-se a

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ocorrência de grave e irreparável dano ao ora peticionante.

Ante todo o exposto é que a MONTEIRO E MONTEIRO


ADVOGADOS ASSOCIADOS vem requerer que quando da expedição do
requisitório de pagamento em favor do Município/Exequente seja-lhe
imposta ORDEM DE BLOQUEIO, referente à parcela honorária contratual
equivalente à 20% do precatório a ser inscrito, a ser deduzida em favor da
MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife/PE, 26 de Junho de 2019

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE n.º 11.338
OAB/AL n.º 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
19062614454468200000004895061
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 14:46:34
Identificador: 4058000.4865894
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 134

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 26 de Junho de 2019.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
19062613413817500000004894382
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 13:41:53
Identificador: 4058000.4865236
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 135

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000

Exequente: Município de Maceió

Executado: União Federal

O MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL ,pessoa jurídica de direito público interno, já qualificada nos autos,
por conduto do seu Procurador infra-assinado, vem, perante Vossa Excelência, requerer a imediata
expedição do precatório da parte incontroversa , nos termos a seguir expostos:

Em decisão proferida no id. 4183276, este Juízo determinou a expedição do precatório da parte
incontroversa, em favor do Município de Maceió, determinada na decisão proferida pelo E. TRF da 5ª
Região, id. 12466853.

Desta decisão, a União Federal interpôs Agravo de Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000, obtendo


efeito ativo suspensivo para fins de sobrestamento da expedição do precatório.

Por conseguinte, este Juízo proferiu o despacho de id. 4745462, determinando que a Secretaria deste
Juízo se abstenha de cumprir o que determinado no item 3 do despacho com id. 4206808 (" 3. Por
fim, cumpra a Secretaria o que determinado no despacho com id. 4183276") , até segunda ordem. Ou
seja, este Juízo determinou que a sua Secretaria deixasse de expedir o precatório da parte incontroversa.

Ocorre que, conforme consta na comunicação de id. 15833715, a decisão que concedeu efeito ativo ao
Agravo de Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000 caiu, foi derrubada pelo mesmo E. TRF da 5ª
Região, foi revogada pela mesma Turma que concedera o efeito suspensivo.

A Colenda Segunda Turma, por unanimidade, em sessão realizada no dia 25 de junho de 2019, aceitou e
acolheu em sua integralidade o pedido de reconsideração do Município de Maceió.

Vale registrar que o pedido de reconsideração entabulado nas contrarrazões do Agravo de Instrumento
consistiu em "roga-se, pois, para que V. Exa. reconsidere, com urgência, a decisão de sobrestar a
expedição do precatório referente à parcela tida como incontroversa na origem". Assim, em decisão
unanime, a Segunda Turma do TRF da 5ª Região determinou a continuidade da execução com a
expedição do precatório da parte incontroversa.

Portanto, requer a continuidade da marcha executiva e, assim, a imediata expedição do precatório da parte
incontroversa, em favor do Município de Maceió, conforme já disposto no despacho de id. 4183276, de
forma a que seja inscrito ainda no presente mês de junho de 2019, para que possibilite seu pagamento no
exercício financeiro de 2020.

Pede deferimento.

Maceió/AL, 25 de junhode 2019.

1/2
fls. 136

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Fernando Antonio Reale Barreto

Procurador-Chefe da Procuradoria Judicial

OAB/AL 12.175-A

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
19062608311293500000004892479
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 08:39:42
Identificador: 4058000.4863377
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 137

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA
DE ALAGOAS.

Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000


Exequente: Município de Maceió
Executado: União Federal

O MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL,pessoa jurídica de direito público interno, já


qualificada nos autos, por conduto do seu Procurador infra-assinado, vem, perante Vossa
Excelência, requerer a imediata expedição do precatório da parte incontroversa, nos
termos a seguir expostos:
Em decisão proferida no id. 4183276, este Juízo determinou a expedição do
precatório da parte incontroversa, em favor do Município de Maceió, determinada na
decisão proferida pelo E. TRF da 5ª Região, id. 12466853.
Desta decisão, a União Federal interpôs Agravo de Instrumento nº 0804335-
86.2019.4.05.0000, obtendo efeito ativo suspensivo para fins de sobrestamento da
expedição do precatório.
Por conseguinte, este Juízo proferiu o despacho de id. 4745462, determinando
que a Secretaria deste Juízo se abstenha de cumprir o que determinado no item 3 do
despacho com id. 4206808 (“3. Por fim, cumpra a Secretaria o que determinado no
despacho com id. 4183276”), até segunda ordem. Ou seja, este Juízo determinou que a
sua Secretaria deixasse de expedir o precatório da parte incontroversa.
Ocorre que, conforme consta na comunicação de id. 15833715, a decisão que
concedeu efeito ativo ao Agravo de Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000 caiu, foi
derrubada pelo mesmo E. TRF da 5ª Região, foi revogada pela mesma Turma que
concedera o efeito suspensivo.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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A Colenda Segunda Turma, por unanimidade, em sessão realizada no dia 25 de
junho de 2019, aceitou e acolheu em sua integralidade o pedido de reconsideração do
Município de Maceió.
Vale registrar que o pedido de reconsideração entabulado nas contrarrazões do
Agravo de Instrumento consistiu em “roga-se, pois, para que V. Exa. reconsidere, com
urgência, a decisão de sobrestar a expedição do precatório referente à parcela tida como
incontroversa na origem”. Assim, em decisão unanime, a Segunda Turma do TRF da 5ª
Região determinou a continuidade da execução com a expedição do precatório da parte
incontroversa.
Portanto, requer a continuidade da marcha executiva e, assim, a imediata
expedição do precatório da parte incontroversa, em favor do Município de Maceió,
conforme já disposto no despacho de id. 4183276, de forma a que seja inscrito ainda no
presente mês de junho de 2019, para que possibilite seu pagamento no exercício
financeiro de 2020.
Pede deferimento.
Maceió/AL, 25 de junhode 2019.

Fernando Antonio Reale Barreto


Procurador-Chefe da Procuradoria Judicial
OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
19062608375244800000004892480
Data e hora da assinatura: 26/06/2019 08:39:42
Identificador: 4058000.4863378
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 139

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES FEDERAIS DA 2ª TURMA DO
TRIBUNAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

Agravo de Instrumento nº: 0804335-86.2019.4.05.0000


Agravante: União Federal
Agravado: Município de Maceió

MUNICÍPIO DE MACEIÓ, pessoa jurídica de direito público interno já


devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, por meio do
Procurador abaixo assinado, apresentar

CONTRARRAZÕES EM AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE


RECONSIDERAÇÃO

o que faz com esteio no art. 1.019 do CPC e nas razões que ora passa a
articular.

1. DOS FATOS

O agravo de instrumento em epígrafe deriva de cumprimento de sentença promovido


pelo Município de Maceió em face da União, com vistas à complementação das verbas do
FUNDEF.
O mencionado cumprimento de sentença encontra-se lastreada, por sua vez, em título
executivo formado no bojo da ação coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000 (2003.80.00.011204-
0), ajuizada pela Associação Nacional dos Municípios Alagoanos, na qual a União Federal foi
condenada ao pagamento das diferenças devidas e não repassadas a título de complementação
da transferência dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF, em razão da fixação do valor mínimo anual
por aluno se encontrar em desacordo e aquém do previsto na Lei Federal no 9.424, de 24 de
dezembro de 1996, consoante redação do caput do art. 6º c/c § 1º.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Instada a manifestar-se sobre o cumprimento de sentença, a União apresentou
impugnação, na qual apresentou as seguintes insurgências:
Isto posto, requer a União que:
a) seja a presente impugnação recebida liminarmente COMO TEMPESTIVA, com
efeito suspensivo, sendo a parte Impugnada intimada, para, querendo,
apresentar réplica;
b) seja a presente execução SUSPENSA em razão da tutela antecipada
concedida pelo TRF da 5ª Região na Ação Rescisória nº 0800907-
04.2016.4.05.0000, proposta pela União, na qual aquele Tribunal determinou "a
suspensão da execução do julgado, prolatado nos autos da ação ordinária nº
0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL;
c) seja acolhida a presente impugnação para fixar os juros de mora nos termos
dos cálculos apresentados pela União no Parecer Técnico NECAP/PU/AL em
anexo;
d) sejam deduzidos do montante executado o valor de R$ 24.733,71 de
MAIO/2005 (Portaria 743/2005) executados no processo 0805720-
96.2017.4.05.8000; 25/26
e) seja acolhida a presente impugnação para aplicar a TR como índice de
atualização monetária no lugar do IPCA-E, nos termos do art. 1º-F da Lei nº
9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, determinando-se a correção
dos cálculos, ou manter o processo sobrestado, até a decisão final do STF no RE
870.947/SE, em que foi reconhecida a Repercussão Geral da matéria;
f) sucessivamente, ainda, seja negado o pedido de retenção dos honorários
contratuais, pelas razões supra expostas;
g) sejam os exequentes condenados em honorários advocatícios de 10% sobre
o valor da execução.

Note-se que em nenhum momento da impugnação a União pôs em xeque


a legitimidade do Município de Maceió para postular o cumprimento do título executivo
judicial.
Na mesma impugnação, a União indica o montante que entende como devido
(incontroversos). Em que pese à existência de valores incontroversos, a execução manteve-se
suspensa, em razão de decisão concedida na ação rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000,
proposta pela União, no afã de desconstituir o título coletivo.
Em 30/05/2018, a mencionada demanda rescisória restou julgada improcedente
nessa Corte Regional. Na mesma assentada, revogou-se expressamente a tutela de urgência
que sobrestara o prosseguimento do feito. Noutras palavras, esse preclaro Tribunal entendeu
que os pedidos de cumprimento de sentença que tinham por base o título rescindendo deveriam
prosseguir. A partir de então, esta Municipalidade requereu a continuidade do cumprimento de
sentença, com o pagamento da parcela incontroversa.
Para surpresa do Município, o douto Magistrado de piso optou por manter o
sobrestamento do processo, ao argumento de que não recebera qualquer ordem em sentido

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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oposto. Por não concordar com tal negativa, o Município de Maceió manejou agravo de
instrumento (nº 0812826-19.2018.4.05.0000), o qual quedou provido o efeito ativo, no sentido
de que fosse promovida a imediata expedição do precatório concernente aos
incontroversos.
Em seguida, o ora agravado postulou, na origem, o atendimento da citada ordem
exarada no indicado agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000. O insigne Julgador
singular chegou a deferir a inscrição de precatório e dar cumprimento à determinação deste
Tribunal. Porém, em virtude deste novo agravo e de embargos de declaração, recuou e optou por
aguardar o respectivo exame, mesmo havendo uma determinação deste Tribunal mandando
expedir o precatório, conforme decisão proferida no Agravo de Instrumento nº 0812826-
19.2018.4.05.0000.
Nos embargos declaratórios a agravante inovou no processo, arguindo preliminar
não deduzida oportunamente na fase cognitiva, tampouco na impugnação ao cumprimento de
sentença. A União suscitou a ilegitimidade ativa da capital alagoana. Alegou que o Município de
Maceió não seria parte legítima para executar o título formado na ação coletiva patrocinada pela
AMA. Tal alegação, vale salientar, não fez parte de sua peça de impugnação à execução. Os
embargos de declaração foram rejeitados, nos termos que se seguem:
1. Não há como acolher o pedido de extinção da execução formulado pela União
na petição de id. 3770703, sob alegação de que "o exequente não logrou
comprovar a prévia e regular representação judicial da associação no âmbito
da ação coletiva que originou o título executivo, de modo que se evidencia sua
ilegitimidade ativa para execução".
2. Em primeiro lugar, porque a matéria alegada já se encontra acobertada pela
coisa julgada. Nesse sentido, transcrevo trecho do voto do Exmo.
Desembargador Federal relator (id. 4058000.420528):
"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora,
ora apelante, age em nome dos municípios que lhes são associados, em típica
relação de representação, fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição Federal.
2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o
ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados (Lei nº 9.424/97,
art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274. 3. Nada há, portanto, que impeça o
conhecimento da ação.
(...)"
3. Dessa forma, o título executivo transitado em julgado foi explícito ao afirmar
que a associação representou, na ação coletiva, todos os seus associados
(municípios) constantes da relação acostada às fls. 44 e 274 daquela demanda,
da qual consta o Município de Palmeira dos Índios (fl. 272), conforme pode
constatar a União, que participou da demanda.
4. Logo, se a União discordava do julgamento, e entendia que não havia sido
demonstrada a condição de associado dos Municípios constantes de tal relação,
ou que era necessária a apresentação de autorizações individuais, deveria ter
interposto recurso contra o acórdão, não sendo possível, entretanto, após o seu
trânsito em julgado e durante a execução, pretender rediscuti-lo.

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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Inconformada, a União manuseou o agravo de instrumento em evidência, em clara
tentativa de violar a coisa julgada, bem como o princípio do juiz natural, no qual busca eficácia
suspensiva ativa, a obstar a inscrição de precatório e, ao cabo, pretende ver reconhecida a
ilegitimidade ativa do Município de Maceió para promover o cumprimento de sentença subjacente.
Instado a apreciar o recurso de instrumento, esse eminente Relator proferiu decisão
deferindo o efeito suspensivo, para fins de sobrestamento da expedição de qualquer Precatório
até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o pagamento
do precatório.
Ocorre que, ao interpor o presente agravo, a União Federal sonegou informações
essenciais ao deslinde da demanda, induzindo este Juízo a erro, como a existência de outro
agravo, interposto anteriormente (nº 0812826-19.2018.4.05.0000), tratando da expedição do
precatório em discussão no presente agravo; bem como que a matéria que trouxe no presente
agravo já foi decidida expressamente na ação ordinária e na rescisória, em flagrante tentativa de
violar a coisa julgada.
Eis os fatos, em síntese.

2. PREAMBULARMENTE: DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO QUE OBSTOU


A EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO. DA URGÊNCIA NO EXAME. PROXIMIDADE DO PRAZO
CONSTITUCIONAL PARA INCLUSÃO DE PRECATÓRIOS NO ORÇAMENTO DE 2020.
SUPERVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DOS PROCESSOS NºS 0817227-61.2018.05.0000,
0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000

Antes mesmo de descortinar os fatos e fundamentos jurídicos que conduzem ao


desprovimento do agravo respondido, faz-se imperioso enaltecer a necessidade de retificação da
decisão que deferiu o efeito suspensivo ao recurso “para fins de sobrestamento da expedição de
qualquer Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que
seja bloqueado o pagamento do precatório” (id. 4050000.15482810).
Depreende-se do referido decisório a preocupação desse eminente Relator, acerca
da aplicação, in casu, do RE nº 573.232, o qual versa sobre os limites subjetivos da coisa julgada
em sede de ação coletiva.
Numa análise perfunctória e prefacial, típica das tutelas de urgência, V. Exa.
vislumbrou a necessidade de aferição da legitimidade ativa do agravado, por meio da
comprovação, no particular, de anuência expressa do Município de Maceió para ser representado
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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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pela AMA na ação ordinária coletiva, bem assim de exibição da lista de associados acostada no
indigitado processo cognitivo.
Consignou-se, ainda, que “o Município de Maceió apresentou uma ´lista de
associados da AMA´ (id. 4050000.15481844), entretanto não há nenhuma referência ao número
do processo a que se refere.”
Como será brevemente demonstrado, as razões lançadas acima não constituem,
permissa venia, fundamentos aptos a afastar a legitimidade maceioense, tampouco embaraçar a
inscrição do requisitório em referência.

Primeiramente, acerca da origem do rol de associados incluso no id.


4050000.15481844, ressalta-se que a mesma consta da ação ordinária coletiva promovida pela
AMA (2003.80.00.011204-0) e foi extraída da ação rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000 (fls.
209-235, id. 4050000.3709450), instruída pela própria União, com cópia do mencionado processo
originário.
Já no que tange à legitimidade municipal para executar o título formado nos autos do
Processo nº 2003.80.00.011204-0, importa asseverar que a egrégia Segunda Turma debruçou-
se sobre a matéria na recentíssima assentada do dia 11.6.19, na qual estavam em pauta
recursos rigorosamente iguais, envolvendo pelo menos quatro municípios alagoanos
representados pela AMA no multicitado Processo nº 2003.80.00.011204-0, a saber,
Pariconha, Coité do Noia, Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema (0817227-
61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-
84.2018.4.05.0000). Na ocasião, o Colegiado atestou as legitimidades ativas dos apontados
Municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo como na
demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada consubstancia
autorização expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232.
Com efeito, dada a similitude fático-jurídica do presente caso com aqueles citados
adrede, torna-se inarredável a revisão da decisão que sustou o pagamento dos valores
incontroversos.
Além dos precedentes acima, soma-se recente manifestação da digna Terceira
Turma dessa Corte Regional, nos autos do Processo nº 0004719-53.2015.4.05.8300, de
interesse do Município de Tracunhaém, de cuja ementa se colhe o excerto abaixo:

Recentemente, o Pleno do Supremo Tribunal Federal foi instado a se manifestar, no


Agravo Regimental no Agravo Regimental nos Embargos de Divergência no Recurso
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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Extraordinário no 233.297/DF, de sorte a afastar interpretações distintas da tese fixada
na repercussão geral transcrita, ocasião em que afirmou que: a) a autorização a que
alude o art. 5o, XXI, da Constituição Federal, pode advir de manifestação da assembleia
geral dos filiados; b) A decisão agravada está em consonância com essa orientação, no
sentido de não se exigir das associações autorização individual para a propositura de
ações ordinárias. (Ag. Reg. no Ag. Reg. nos Emb. Div. no Recurso Extraordinário no
233.297/DF, Pleno., Rel. Min. EDSON FACHIN, Jul. 15/2/2019. Publ. DJe 27/2/2019).

Acrescenta-se, ainda, que a simples inscrição do precatório não implicará imediato


repasse das verbas pleiteadas. Como cediço, a indicada expedição apenas garantirá a
disponibilização do recurso no exercício de 2020. Isso significa que haverá tempo hábil para
impedir o desembolso, na eventual e longínqua hipótese de decisão desfavorável a Maceió. Será
visto mais à frente que se está diante de típica situação de perigo de dano reverso. Vale dizer, o
risco da capital alagoana sofrer dano de difícil reparação é muito maior que a chance de prejuízo
por parte da agravante.
Roga-se, pois, para que V. Exa. reconsidere, com urgência, a decisão de sobrestar a
expedição do precatório referente à parcela tida como incontroversa na origem.
Na sequência, passa-se à contraminuta do agravo de instrumento, na qual se esmiúça
com maior profundidade os pontos até então articulados.

3. PRELIMINARES RECURSAIS
3.1 DA COISA JULGADA FORMADA NA FASE DE CONHECIMENTO

Embora a agravante sustente a ilegitimidade do ente ora agravado para “executar


individualmente” o título judicial, toda sua narrativa gira em torno de suposto vício de
representação processual existente ainda no processo de conhecimento. Veja-se:
(...) nos termos do art. 75, III do CPC/2015 (art. 12, II, CPC/1973), c/c CF, art. 5º,
XXI, resta claro que a ação coletiva de n. 0011204- 19.2003.4.05.8000, cujo título
o Município pretende executar individualmente, foi ajuizada por parte
manifestamente ilegítima com vedação legal para representação das
municipalidades, pelo que resta evidente a ilegitimidade para execução.

Ademais, não comprovou a Municipalidade ter autorizado expressamente o


ingresso da coletiva em seu nome, condição sinequa non para ser beneficiária
de demanda coletiva, nos termos do art. 5º, XXI da CF/88. (Grifos apostos)

Acontece, Excelência, que os temas da (i)legitimidade ad causam e da


(ir)regularidade da representação processual na ação coletiva (AC 348312-AL -
2003.80.00.011204-0) já foram enfrentados por esse conspícuo Tribunal no mesmo processo

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
cognitivo. Na ocasião, referendou-se a validade da representação processual nos seguintes
termos:
1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora
apelante, age em nome dos municípios que lhe são associados, em típica relação
de representação, fundada no art. 50, inciso X, da Constituição Federal. 2. A
inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o
ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados (Lei no
9.424/97, art. 2'-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274. 3. Nada há, portanto, que
impeça o conhecimento da ação.

Não bastasse isso, também na ação rescisória intentada pela União, o tema foi trazido
à baila e, novamente, essa Corte Regional endossou a regularidade da representação processual
da AMA e, por conseguinte, a projeção dos efeitos da coisa julgada para seus associados.
Vejamos o trecho da decisão proferida na Ação Rescisória:
III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado
em baila. Ao primeiro ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal.
Com efeito, não foi base da decisão turmária a representação dos entes
federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS.
Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo
Civil, não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei,
até mesmo porque no julgamento da Segunda Turma o tema representação
processual foi focado sob o art. 5o, XXI, da Constituição Republicana e não sob
o fito do art. 12, II do CPC/1973.
IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula
343 do Supremo Tribunal Federal (Não cabe ação rescisória por ofensa a literal
disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal
de interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura não havia
posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS
34.270/MG, relatoria do Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é
ilegítima para postular em nome do Município. Com efeito, a decisão do STJ é de
25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.
[...]
VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que
obstaculizou o acesso dos Municípios substituídos aos recursos
financeiros questionados.

Deste modo, avulta manifestamente descabida e atentatória à coisa julgada a


tentativa da União de reabrir, em sede de cumprimento de sentença e agravo de instrumento, o
debate acerca da representação processual do Município exequente.
Além da ação ordinária, da ação rescisória e a jurisprudência pacífica afirmarem a
possibilidade de o substituído processual ingressar com cumprimento de sentença, no próprio
corpo da decisão em sede de ação rescisória está explícita a superação dessa tese de
ilegitimidade, ora ressuscitada pela União, e está explícita a determinação de acesso aos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Acerca da impossibilidade de reexame da legitimidade em grau de execução, confira-
se o posicionamento do c. Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AÇÃO COLETIVA INTENTADA POR
ASSOCIAÇÃO. EXTENSÃO DA DECISÃO A TODOS OS ESCRIVÃES
ELEITORAIS DEFINIDA NA AÇÃO DE CONHECIMENTO. COISA JULGADA.
LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO INDIVIDUAL RECONHECIDA. AGRAVO
INTERNO DA UNIÃO DESPROVIDO.
1. Depreende-se da análise acurada dos autos que, no julgamento dos Embargos
Infringentes, referente à Ação Ordinária 2003.72.03.001286-3, na qual se funda
a presente execução, o Tribunal de origem afastou a ilegitimidade ativa
sustentada pela UNIÃO ao fundamento de que, no caso em concreto, foi juntada
ata da Assembleia que deliberou pelo ajuizamento da ação coletiva
principal, determinando a extensão do pagamento da gratificação a todos
Escrivães Eleitorais, associados ou não.
2. Reconhecida, assim, a extensão do direito perseguido a todos os
Escrivães Eleitorais nos autos do processo de conhecimento, cuja decisão
transitou em julgado, não é admissível o reexame da questão em sede de
execução de sentença, sob pena de violação à coisa julgada. (...)
(AgInt no REsp 1562515/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe 09/03/2017)

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.


ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. RECONHECIMENTO. TRÂNSITO EM
JULGADO. EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA NA AÇÃO
DE CONHECIMENTO. PRECLUSÃO. COISA JULGADA.
1. A questão da ilegitimidade passiva da Agravante, uma vez que não impugnada
na ação de conhecimento, restou acobertada pela coisa julgada, nos termos do
art. 474 do Código de Processo Civil.
2. Agravo regimental desprovido.’
(AgRg no Ag 1214538/SP, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado em
20/4/2010, DJe 10/5/2010).

Portanto, evidenciada a coisa julgada, o presente agravo de instrumento não merece


ser conhecido. Além disso, por se evidenciar litigância de má-fé, requer a condenação da União
na multa prevista no artigo 81 do CPC.

3.2. DA PRECLUSÃO

O argumento central da União é o de que o Município de Maceió é parte ilegítima para


executar a decisão transitada em julgado proferida no processo de conhecimento. Ocorre que,
conforme uma simples análise de sua impugnação ao cumprimento de sentença, a União não
suscitou tal fato e nem mesmo requereu entre os seus pedidos. Apenas por meio de embargos
de declaração e, agora, em agravo de instrumento, a agravante aduz a ilegitimidade ativa do

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Município de Maceió
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Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Município de Maceió para executar a quantia que lhe condiz na ação de conhecimento que
condenou a União ao ressarcimento de significativa parcela do FUNDEF.
Ora, está evidente a preclusão desta questão, à luz do art. 525 do CPC. Com efeito,
o art. 525 do Código de Ritos1 estipula que o instrumento processual idôneo à apresentação de
inconformismo frente a um cumprimento de sentença consiste na impugnação. O § 1o do mesmo
art. 525 elenca as matérias que devem ser agitadas na indicada impugnação. Dentre elas, figura
a ilegitimidade (inciso II).
Na presente lide, a União foi regularmente intimada para manifestar-se, na
origem, sobre a pretensão executória do Município de Maceió e ofertou sua impugnação.
Contudo, não levantou qualquer suspeita sobre a legitimidade da então exequente. Trata-
se, à toda evidência, de uma inarredável hipótese de preclusão consumativa. Senão, veja-se:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. TRÂNSITO EM JULGADO.
PRECLUSÃO DA MATÉRIA ARGÜIDA. INTUITO MERAMENTE
PROCRASTINATÓRIO. APELAÇÃO IMPROVIDA. (...) 3. As hipóteses idôneas
a ensejar a impugnação do cumprimento da sentença - taxativamente
previstas no art. 575-L do CPC - somente são apreciáveis se surgidas em
momento posterior a ela, sob pena de ferimento da coisa julgada, salvo o
caso do inciso I desse mesmo artigo. 4. Fora desses casos, a impugnação por
meio de embargos à execução demonstra-se mera protelação do processo
executório, o que deve ser evitado em prol do devido processo legal. 5. Apelação
improvida.
(TRF-5 - AC: 362925 PE 0012326-74.2002.4.05.8300, Relator: Desembargador
Federal Napoleão Maia Filho, Data de Julgamento: 09/01/2007, Segunda Turma,
Data de Publicação: Fonte: Diário da Justiça - Data: 05/02/2007 - Página: 468 -
Nº: 25 - Ano: 2007)

Ora, meticulosamente a União, que não arguira ilegitimidade da exequente, primeiro


opôs embargos de declaração no bojo do cumprimento de sentença expondo tal argumento, que
foi rejeitado pelo Magistrado de piso e, em seguida, interpôs o presente agravo de instrumento
repetindo esta mesma incongruente tese, sob o fundamento de que é matéria de ordem pública.
Ora, a verdade é que, sem precisar adentrar no mérito quanto à legitimidade ativa do
Município de Maceió, a arguição de ilegitimidade ativa feita pela União é matéria que deveria ser
feita em impugnação, sob pena de preclusão. Portanto, como não arguiu no momento oportuno
está evidentemente preclusa a matéria e, por conseguinte, o presente agravo de instrumento não
merece conhecimento.

1
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o
executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
(...)
II - ilegitimidade de parte;

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Agravo de instrumento não é recurso para ser manejado com intuito inovatório, muito
menos ser peça que carregue cada um dos assuntos previstos nos incisos do artigo 525 do CPC,
sob pena de quebra de instância, de inovação recursal, violação do duplo gral de jurisdição e de
violação da legalidade. Afinal, o CPC é uma lei. Até nulidades precluem, como bem determina o
CPC, conforme dispõe o artigo 278.
No caso, está evidente a preclusão, bem como a ausência de objeto recursal, de
forma que o presente agravo não merece ser conhecido.

4. DO MÉRITO RECURSAL

Mesmo confiando e sendo convicto do acolhimento das preliminares acima


apresentadas, em fade do princípio da concentração dos atos processuais e da eventualidade,
passa-se a rebater o mérito recursal.

4.1. DA LEGITIMIDADE ATIVA DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ PARA PROMOVER A


EXECUÇÃO

Como exposto na preliminar de coisa julgada, avulta-se manifestamente descabida e


atentatória à coisa julgada a tentativa da União de reabrir, em sede de cumprimento de sentença,
o debate acerca da representação processual do Município exequente.
Além da ação ordinária e a jurisprudência pacífica afirmarem a possibilidade de o
substituído processual ingressar com cumprimento de sentença, no próprio corpo da decisão em
sede de ação rescisória está explícita a superação dessa tese de ilegitimidade, ora ressuscitada
pela União, e está explícita a determinação de acesso aos Municípios substituídos aos recursos
financeiros questionados.
Acerca da impossibilidade de reexame da legitimidade em grau de execução, confira-
se o posicionamento do c. Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AÇÃO COLETIVA INTENTADA POR
ASSOCIAÇÃO. EXTENSÃO DA DECISÃO A TODOS OS ESCRIVÃES
ELEITORAIS DEFINIDA NA AÇÃO DE CONHECIMENTO. COISA JULGADA.
LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO INDIVIDUAL RECONHECIDA. AGRAVO
INTERNO DA UNIÃO DESPROVIDO.
1. Depreende-se da análise acurada dos autos que, no julgamento dos Embargos
Infringentes, referente à Ação Ordinária 2003.72.03.001286-3, na qual se funda
a presente execução, o Tribunal de origem afastou a ilegitimidade ativa
sustentada pela UNIÃO ao fundamento de que, no caso em concreto, foi juntada
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ata da Assembleia que deliberou pelo ajuizamento da ação coletiva
principal, determinando a extensão do pagamento da gratificação a todos
Escrivães Eleitorais, associados ou não.
2. Reconhecida, assim, a extensão do direito perseguido a todos os
Escrivães Eleitorais nos autos do processo de conhecimento, cuja decisão
transitou em julgado, não é admissível o reexame da questão em sede de
execução de sentença, sob pena de violação à coisa julgada. (...)
(AgInt no REsp 1562515/SC, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe 09/03/2017)

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.


ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. RECONHECIMENTO. TRÂNSITO EM
JULGADO. EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA NA AÇÃO
DE CONHECIMENTO. PRECLUSÃO. COISA JULGADA.
1. A questão da ilegitimidade passiva da Agravante, uma vez que não impugnada
na ação de conhecimento, restou acobertada pela coisa julgada, nos termos do
art. 474 do Código de Processo Civil.
2. Agravo regimental desprovido.’
(AgRg no Ag 1214538/SP, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado em
20/4/2010, DJe 10/5/2010).

Destaca-se, mais uma vez que os temas da (i)legitimidadead causam e da


(ir)regularidade da representação processual na ação coletiva (AC 348312-AL -
2003.80.00.011204-0) já foram enfrentados por esse conspícuo Tribunal no mesmo processo
cognitivo. Na ocasião, referendou-se a validade da representação processual nos seguintes
termos:
1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora
apelante, age em nome dos municípios que lhe são associados, em típica relação
de representação, fundada no art. 50, inciso X, da Constituição Federal. 2. A
inicial encontra-se instruída com a ata da assembleia que autorizou o
ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados (Lei no
9.424/97, art. 2'-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274.
3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.

Na ação rescisória intentada pela União, o tema foi trazido à baila e, novamente, essa
Corte Regional endossou a regularidade da representação processual da AMA e, por
conseguinte, a projeção dos efeitos da coisa julgada para seus associados. Vejamos o trecho da
decisão proferida na Ação Rescisória:
III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado
em baila. Ao primeiro ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal.
Com efeito, não foi base da decisão turmária a representação dos entes
federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS.
Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo
Civil, não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei,
até mesmo porque no julgamento da Segunda Turma o tema representação
processual foi focado sob o art. 5o, XXI, da Constituição Republicana e não sob
o fito do art. 12, II do CPC/1973.
IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula
343 do Supremo Tribunal Federal (Não cabe ação rescisória por ofensa a literal
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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal
de interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura não havia
posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS
34.270/MG, relatoria do Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é
ilegítima para postular em nome do Município. Com efeito, a decisão do STJ é de
25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.
[...]
VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que
obstaculizou o acesso dos Municípios substituídos aos recursos
financeiros questionados.

A verdade tão já expressa ao longo de toda a lide, seja na ação de conhecimento,


seja na ação rescisória é que o Município de Maceió é parte legítima para promover o
cumprimento de sentença, pois foi um dos entes públicos que autorizou o ajuizamento da ação
de conhecimento, conforme consta em fls. 44 e 274 do processo de conhecimento, documentos
já anexados no presente agravo, em id. 4050000.15481839 e id. 4050000.15481844.
Segundo a Suprema autorização expressa, prevista no inciso XXI, do art. 5º, da Carta
Fundamental pode ser materializada, alternativamente, por meio de instrumento individualizado,
subscrito por cada associado representado processualmente ou por meio de deliberação tomada
em assembleia da entidade. Deste modo, havendo ata de assembleia conferindo à agremiação
legitimidade para representar em juízo os interesses de seus afiliados, como, aliás, restou
consignado no próprio título executivo, torna-se despicienda qualquer manifestação adicional,
explícita e individualizada por parte de cada associado. Mire-se em trecho de decisão recente da
lavra do insigne Ministro Ricardo Lewandowski (ARE 1184206, DJe 21/02/2019):
(...) Salienta-se que essa questão não possui identidade com a matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida no RE 573.232-RG/SC (Tema 82 da
Repercussão Geral). Por oportuno, destaco trecho do voto proferido pelo
Ministro Teori Zavascki nesse julgamento, ocasião em que elucidou a
distinção na aplicação dos incisos XXI e LXX do art. 5° da Constituição: “3.
Realmente, a legitimidade das entidades associativas para promover demandas
em favor de seus associados tem assento no art. 5º, XXI da Constituição Federal
e a das entidades sindicais está disciplinada no art. 8º, III, da Constituição
Federal. Todavia, em se tratando de entidades associativas, a Constituição
subordina a propositura da ação a um requisito específico, que não existe em
relação aos sindicatos, qual seja, a de estarem essas associações
‘expressamente autorizadas’ a demandar. É diferente, também, da legitimação
para impetrar mandado de segurança coletivo, prevista no art. 5º, LXX da
Constituição, que prescinde da autorização especial (individual ou coletiva) dos
substituídos (Súmula 629 do STF), ainda que veicule pretensão que interesse a
apenas parte de seus membros e associados (Súmula 630 do STF e art. 21 da
Lei 12.016/2009). 4. Pois bem, se é indispensável, para propor ação coletiva,
autorização expressa, a questão que se põe é a que diz com o modo de autorizar
‘expressamente’: se por ato individual, ou por decisão da assembléia de
associados, ou por disposição genérica do próprio estatuto. Quanto a essa
questão, a resposta que tem sido dada pela jurisprudência deste Supremo
Tribunal Federal é no sentido de que não basta a autorização estatutária genérica
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
da entidade associativa, sendo indispensável que a declaração expressa exigida
pela Constituição (art. 5º, XXI) seja manifestada ou por ato individual do
associado ou por deliberação tomada em assembléia da entidade. [...]” (grifei).

A ata de assembleia, conferindo à Associação do Municípios Alagoanos que conferiu


legitimidade para representar em juízo os interesses de seus afiliados, inclusive o Município de
Maceió, restou consignada no próprio título executivo, tornando-se despicienda qualquer
manifestação adicional, explícita e individualizada por parte de cada associado.
Na mesma direção, posição adotada pelo Ministro Celso de Mello, em decisão
unipessoal proferida no ARE 1136371 (DJe 02.08.18) e pelo Ministro Dias Toffoli no ARE
1051776 (DJe11.05.18).
RESSALTA-SE, MAIS UMA VEZ QUE, no que tange à legitimidade municipal para
executar o formado nos autos do Processo nº 2003.80.00.011204-0, importa asseverar que a
egrégia Segunda Turma deste Colendo TRF5 debruçou-se sobre a matéria na recentíssima
assentada do dia 11.6.19, na qual estavam em pauta recursos rigorosamente iguais,
envolvendo pelo menos quatro municípios alagoanos representados pela AMA no
multicitado Processo nº 2003.80.00.011204-0, a saber, Pariconha, Coité do Noia, Palmeira
dos Índios e Santana do Ipanema (0817227-61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000,
0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-84.2018.4.05.0000). Na ocasião, o Colegiado atestou
as legitimidades ativas dos apontados Municípios, seja diante da coisa julgada forjada
tanto no processo cognitivo como na demanda rescisória, seja porque a aquiescência
assemblear apresentada consubstancia autorização expressa, nos precisos termos
preconizados no RE nº 573.232
Deste modo, avulta manifestamente descabida e atentatória à coisa julgada a
tentativa da União de reabrir, em sede de cumprimento de sentença, o debate acerca da
representação processual do Município exequente. Portanto, caso superadas as preliminares
apresentadas, no mérito o presente agravo merece total desprovimento.

Do FUNDEF como patrimônio jurídico das municipalidades

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de


Valorização do Magistério - FUNDEF foi instituído pela Emenda Constitucional n.° 14, de
setembro de 1996, e regulamentado pela Lei n.° 9.424, tendo sido implantado, nacionalmente, em
1° de janeiro de 1998, quando passou a vigorar a nova sistemática de redistribuição dos recursos
destinados ao Ensino Fundamental.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Através do FUNDEF, parte significativa das receitas dos Estados e Municípios
destinadas a Educação ficam reservadas, numa proporção de 60% (sessenta por cento), ao
Ensino Fundamental.
Ademais, o novo Fundo introduziu novos critérios de distribuição e utilização de
15% dos principais impostos de Estados e Municípios, promovendo a sua partilha de recursos
entre o Governo Estadual e seus Municípios, de acordo com o número de alunos atendidos
em cada rede de ensino, auferidos, conforme disposição legal expressa, mediante censo e de
acordo com coeficientes de distribuição estabelecidos e publicados previamente.
De forma genérica, o FUNDEF pode ser definido como o produto de receitas
especificas que, por lei, vincula-se a melhoria do ensino fundamental e do magistério, com
tratamento idêntico ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), em face da
obrigatoriedade de seu repasse e origem de seus recursos.
Assim é que, as parcelas do FUNDEF, na medida em que constituem percentual das
receitas que foram constitucionalmente atribuídas aos entes municipais, tem a natureza de
propriedade dos municípios, incorporando-se ao patrimônio jurídico destes.
Por tal razão, é direito da Municipalidade outorgar à sua Associação a possibilidade
de buscar, em juízo, em ação coletiva, verbas decorrentes do FUNDEF; bem como, é direito da
Municipalidade promover a execução de um julgado de uma quantia que lhe pertence, seja
decorrente de uma ação coletiva ou não. Pois, em tal fase processual, não se discute mais o
direito, mas sim a forma de se pagar. Seria ilógico se entender que a verba do FUNDEF
pertencente ao Município de Maceió só pode ser executada pela Associação a qual ela faça parte.
Também por esta razão, o agravo de instrumento não merece provimento.

Da necessidade de interpretar o RE nº 573.232 em sintonia com os postulados da não-


surpresa, segurança jurídica elencados na LINDB

A ação ordinária coletiva foi proposta em 2003. Não se revela consentâneo com os
primados estabelecidos na LINDB impor-se em 2019 condição da ação cuja existência não tinha
sido consolidada ao tempo do ajuizamento e que nem mesmo está consolidada na atual
jurisprudência.
Ora, o artigo 24 da LINDB instituiu a irretroatividade de eventual nova orientação
administrativa, controladora e judicial para anular a validade de atos administrativos e judiciais
praticados com base na orientação vigente no passado, no momento de proferimento da decisão.

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Município de Maceió
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Tal medida busca assegurar o postulado da segurança jurídica, que inclusive foi uma
determinação estabelecida no artigo 30 da mesma norma. Vejamos:
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à
validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção
já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo
vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem
inválidas situações plenamente constituídas.
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e
especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência
judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática
administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica
na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas
administrativas e respostas a consultas.

Todo o conteúdo jurídico do presente agravo interposto pela União, além de violar a
coisa julgada e estar superado pela preclusão, envolve rediscussão de matéria com base em
jurisprudência nova, que inexistia ao tempo em que as decisões foram proferidas, tanto na ação
ordinária quanto na ação rescisória.
A jurisprudência da época da propositura da ação e até mesmo do proferimento da
sua decisão resguarda a legitimidade da ação judicial. Vejamos:
RE 364051 / SP - SÃO PAULO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 17/08/2004 Órgão Julgador: Primeira Turma
Publicação
DJ 08-10-2004
Parte(s)
RECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO
BRASIL - NOREG/BR
RECDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO DA MAGISTRATURA DO
ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : CORREGEDOR GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Ementa
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO - EXTINÇÃO DE CARTÓRIOS -
FORMA - LEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E
REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG. Consoante dispõe o artigo 5º, inciso
LXX, da Constituição Federal, as associações legalmente constituídas e em
funcionamento há pelo menos um ano têm legitimidade, como substituto
processual, para defender, na via do mandado de segurança coletivo, os
interesses dos associados, não cabendo exigir autorização específica para agir.

RE 192305 / SP - SÃO PAULO


RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO
Julgamento: 15/12/1998 Órgão Julgador: Segunda Turma
Parte(s)

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Município de Maceió
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RECTE. : ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS E
PENSIONISTAS DA VASP AFAPV
RECDO. : ESTADO DE SÃO PAULO
Ementa
REPRESENTAÇÃO - ASSOCIAÇÃO DE CLASSE - FORMALIZAÇÃO.
A representação prevista no inciso XXI do artigo 5º da Constituição
Federal surge regular quando autorizada a entidade associativa a agir
judicial ou extrajudicialmente mediante deliberação em assembléia.
Descabe exigir instrumentos de mandatos subscritos pelos associados.

A prévia autorização dos associados, tese agora levantada pela União, apenas foi
alterada em 2014, como bem lembra o Ministro Alexandre de Moraes, nos autos da AO 1930.
Vejamos:
STF:
A arguição de ilegitimidade da Associação autora para tutelar interesses coletivos
de seus associados está prejudicada. Com efeito, conquanto tenha prevalecido
nesta SUPREMA CORTE a orientação de que a representatividade adequada
das associações de classe depende de prévia autorização de seus
associados, o que se deu em 19/9/2014 e, portanto, em momento posterior
ao ajuizamento desta ação, a autora fez juntar prova documental demonstrando
ser portadora desta autorização, devidamente obtida em assembléia convocada
para tal finalidade (docs. eletrônicos 27 e 28).
(AO 1930, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 13/09/2018,
publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-195 DIVULG 17/09/2018 PUBLIC
18/09/2018)

Dessa forma, a pretensão da União de ver reconhecida a ilegitimidade ativa do


Município de Maceió para promover o cumprimento de sentença não merece guarida, pois, além
de violar a coisa julgada e ser matéria já preclusa, baseia-se em entendimento formado após o
proferimento das decisões na fase de conhecimento e na própria ação rescisória, em flagrante
ofensa à segurança jurídica e, por conseguinte, aos artigos 24 e 30 da LINDB, Decreto-Lei nº
4.657/1942, alterado pela Lei Federal nº 13.655/2018.

Da regularidade da representação processual. Existência de autorização assemblear.

Na longínqua hipótese de superado o obstáculo da coisa julgada, persiste a


insubsistência da tese recursal. Isso porque os Tribunais pátrios já consolidaram o entendimento
de que, para a representação processual de entidade associativa, avulta suficiente a autorização
em Assembleia. Havendo a anuência assemblear, queda dispensável a aquiescência
individualizada. À guisa de exemplo:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ASSOCIAÇÃO
DE CLASSE. LEGITIMIDADE ATIVA. REPRESENTAÇÃO. NECESSIDADE DE

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AUTORIZAÇÃO EXPRESSA OBTIDA EM ASSEMBLEIA OU
INDIVIDUALMENTE DO ASSOCIADO. (...)
(STF. RE 855480 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma,
julgado em 07/04/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-078 DIVULG 27-04-
2015 PUBLIC 28-04-2015)

In casu, constata-se que a AMA atuou devidamente amparada por permissão


outorgada em Assembleia Extraordinária (ata apensada em fls. 44 e 274 do processo de
conhecimento, documentos já anexados no presente agravo, em id. 4050000.15481839 e id.
4050000.15481844).
Acentua-se, outrossim, que a jurisprudência não condiciona a eficácia do título
judicial coletivo à participação na Assembleia autorizativa. Deveras, a simples aprovação em
Assembleia da associação supre a previsão constitucional de autorização expressa (inciso
XXI, do art. 5º); sendo despicienda a prática de qualquer ato volitivo e isolado por parte
dos respectivos filiados.
A recentíssima jurisprudência do STF referenda a tese defendida pelo Município
de Maceió, conforme se extrai do Agravo Regimental nº 233.297/DF, publicado em
27/02/2019. Vejamos:
A G .REG. NO A G .REG. NOS EMB .DIV. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
233.297 DISTRITO FEDERAL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL EM
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ASSOCIAÇÃO. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. AUTORIZAÇÃO
EXPRESSA. ASSEMBLEIA. POSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE.
1. A autorização a que alude o art. 5º, XXI, da Constituição Federal, pode
advir de manifestação da assembleia geral dos filiados. Entendimento
consolidado no julgamento do RE 573.232, Relator para o acórdão o Min.
Marco Aurélio, sob a sistemática da repercussão geral.
2. A decisão agravada está em consonância com essa orientação, no
sentido de não se exigir das associações autorização individual para a
propositura de ações ordinárias.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.

Mais uma vez destaca-se que esta egrégia Segunda Turma se debruçou sobre a
matéria na recentíssima assentada do dia 11.6.19, na qual estavam em pauta recursos
rigorosamente iguais, envolvendo pelo menos quatro municípios alagoanos
representados pela AMA no multicitado Processo nº 2003.80.00.011204-0, a saber,
Pariconha, Coité do Noia, Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema (0817227-
61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000, 0816734-
84.2018.4.05.0000). Na ocasião, o Colegiado atestou as legitimidades ativas dos apontados
Municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo como na
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demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada consubstancia
autorização expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232
Portanto, seja por ser matéria já transitada em julgado, seja pela documentação
presente nos autos, seja pela jurisprudência atual da Corte Suprema e deste TRF5, a legitimidade
da Edilidade maceioense para a promoção do cumprimento de sentença se mostra patente.
Assim, merece total improvimento o agravo de instrumento.

Dos precedentes mencionados no agravo de instrumento em referência

Como arremate, o Município de Maceió, ora agravado, consigna que os julgados


adotados como causa de pedir do agravo infirmado não se revelam aptos a justificar seu
provimento.
Tome-se, como exemplo, o Processo nº 00040162520154058300. Diferentemente do
que sugere a agravante, a Quarta Turma deste TRF proclamou a preclusão da discussão em
torno da legitimidade da respectiva agremiação municipal: “A questão da legitimidade ativa
da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) - Autora do processo de conhecimento -
para representação processual ativa dos municípios resta preclusa, porquanto já decidida no
processo de conhecimento.”
Na verdade, o que levou à exclusão do município pernambucano foram circunstâncias
outras, ligadas ao momento de ingresso daquele no processo coletivo2. Não há identidade fático-
jurídica com a espécie.
Já no Processo nº 0001857-80.2013.4.05.8300, o acórdão proferido pela e. Segunda
Turma pontuou que "a AMUPE juntou durante a ação de cognição lista dos municípios
substituídos” e que "Eventuais irresignações quanto a esse tema, deveriam ter sido tecidas
durante a fase de conhecimento o que não foi feito". Também consignou que "se fosse o caso,
competiria às embargantes comprovar que o exequente não consta da lista dos substituídos, o
que não ocorreu" (ID 4058300.4310844).

2
“Quanto à alegação de que o Município pretendeu entrar na lide após a fase recursal, ou seja, da formação do
litisconsorte ativo posterior, entendo que assiste razão a União, pois, embora tenha juntando vários documentos para
comprovar a referida legitimidade - lista de substituídos, ata de Assembleia Geral Extraordinária, na qual fora
autorizada a propositura da ação e certidão na qual resta esclarecido que o Município era associado à AMUPE, na
época da propositura da ação –o documento mais importante, qual seja, a autorização individual à AMUPE (fl. 54v),
está datado de 10/02/2015, sendo posterior à propositura da ação e à própria sentença (04/12/2006). Assim, levando-
se em consideração que a própria assembleia extraordinária condicionou a eficácia da sentença coletiva à
apresentação do termo de adesão, não poderia o Município se beneficiar deste título, quando juntou tardiamente a
referida autorização”
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Ademais, como citado acima, a recente jurisprudência do STF, consignada no Agravo
Regimental nº 233.297/DF, publicado em 27/02/2019 deixa claro que a autorização a que alude
o art. 5º, XXI, da Constituição Federal, pode advir de manifestação da assembleia geral dos
filiados, como se deu no presente caso.
Dessa forma, em face de todos os argumentos apresentados, o Agravo de
Instrumento oposto pela União deve ser totalmente desprovido.

Do necessário indeferimento do efeito suspensivo ativo. Pretensão que atenta contra os


arestos proferidos na ação rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000 e no agravo de
instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000. Periculum in mora reverso: aproximação do
prazo final para inscrição de precatórios para o exercício de 2020

Por fim, como assentado na primeira preliminar desta peça de contrarrazões, faz-se
imperioso a reconsideração da decisão que concedeu o efeito suspensivo ativo, de modo a
preservar as decisões que ordenaram, na origem, a formação do requisitório judicial.
Na verdade, ao determinar a inscrição do precatório, o decisório ora atacado apenas
atendeu a comandos exarados desse ressabido Tribunal Regional. É o que se pode extrair dos
arestos proferidos na ação rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000 e no agravo de instrumento
nº 0812826-19.2018.4.05.0000. Como antedito, em ambos os processos esse eg. TRF endossou
o pagamento ora pleiteado. Deste modo, a manutenção do efeito suspensivo ativo representaria
afronta às citadas decisões desse col. Tribunal, bem como a jurisprudência pacífica e mais
recente, tanto do STF quanto deste próprio TRF5.
Demais disso, cumpre enaltecer que eventual retardamento na confecção do
requisitório levaria à perda do prazo constitucional (1º de julho) para o correspondente
pagamento ainda no ano de 2020. Dito atraso tem o potencial de impingir relevantes perdas
para um ente federado que vem sofrendo severas crises orçamentárias e ostenta uma histórica
e penosa carência na área educacional. Os recursos devidos promoverão uma grande
“revolução” na educação pública maceioense.
Portanto, requer a imediata revogação da decisão que concedeu efeito ativo ao
agravo, de forma a propiciar a imediata inscrição em precatório da parte incontroversa da ação
de cumprimento de sentença, como decidido na recentíssima assentada do dia 11.6.19, na
qual estavam em pauta recursos rigorosamente iguais, envolvendo pelo menos quatro
municípios alagoanos representados pela AMA no multicitado Processo nº

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Município de Maceió
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2003.80.00.011204-0, a saber, Pariconha, Coité do Noia, Palmeira dos Índios e Santana do
Ipanema (0817227-61.2018.05.0000, 0817296-93.2018.4.05.0000, 0816307-87.2018.4.05.0000,
0816734-84.2018.4.05.0000). Na ocasião, o Colegiado atestou as legitimidades ativas dos
apontados Municípios, seja diante da coisa julgada forjada tanto no processo cognitivo
como na demanda rescisória, seja porque a aquiescência assemblear apresentada
consubstancia autorização expressa, nos precisos termos preconizados no RE nº 573.232.

5. CONCLUSÃO

Ante o exposto, requer o Município agravado a reconsideração e imediata revogação


da decisão que concedeu efeito ativo ao presente agravo de instrumento e sobrestou a expedição
de precatório, bem assim que sejam acolhidas as preliminares acima apresentadas, não se
conhecendo o agravo de instrumento. Contudo, caso seja conhecido, que seja negado
provimento em sua totalidade.
Acaso revogada a decisão concessiva de eficácia suspensiva, pede-se, desde já, seja
informado, em caráter de urgência, ao MM. Juízo a quo, sob pena de perda do prazo
constitucional de expedição e migração do requisitório (1º/07/19).
Por fim, requer-se a condenação da agravante na multa prevista no artigo 81 do CPC.

DIOGO SILVA COUTINHO


Procurador-Geral do Município
OAB/AL 7.489

FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO


Procurador do Município de Maceió
OAB/AL 12.175-A

20
Processo: 0804335-86.2019.4.05.0000
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente
Assinado eletronicamente por: por:
FERNANDO
FERNANDO ANTONIO ANTONIO REALEREALE
BARRETO BARRETO
- Procurador - Procurador
19061317401558000000015695035
19062608385708000000004892481
Data e e
Data hora
hora da assinatura:
da assinatura: 13/06/2019
26/06/2019 08:39:42 17:41:36
Identificador: 4050000.15720638
Identificador: 4058000.4863379
Para conferência
Para conferência da autenticidade
da autenticidade do documento:
do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 20/20
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PODER JUDICIÁRIO

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

DIVISÃO DA 2ª TURMA

Comunico a decisão proferida pela e. 2ª Turma ao apreciar o pedido de reconsideração no presente


processo.

Recife, 25 de Junho de 2019

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
HEITOR DE ALBUQUERQUE WANDERLEY
19062518295883900000004891606
Data e hora da assinatura: 25/06/2019 18:29:59
Identificador: 4050000.15833715
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
Id.

011
AGRAVANTE

Data/Hora
Tipo

Documento
Consulta Processual

Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO

15833 25/06/2019 18:19 Certidão de Julgamento


PJe - Processo Judicial Eletrônico

Número: 0804335-86.2019.4.05.0000
Tribunal Regional Federal da 5ª Região

UNIÃO FEDERAL
Partes

Documentos
Nome

Tipo
Certidão
25/06/2019
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Processo: 0804335-86.2019.4.05.0000

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Sessão ordinária de 25/06/2019

Certidão

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Proclamação do Julgamento:

A Turma, à unanimidade, deu provimento ao pedido de reconsideração para cassar a liminar recursal,
mantendo a decisão agravada, nos termos do voto do relator. Participaram do julgamento os Exmos. Srs.
Desembargadores Federais Paulo Cordeiro e Cid Marconi Gurgel de Souza, eventualmente convidado da
e. Terceira Turma para completar o quorum da Segunda, em razão de impedimento do Exmo. Sr.
Desembargador Federal Frederico Wildson da Silva Dantas (convocado em substituição ao Exmo. Sr.
Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, por motivo de férias).

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital
HEITOR DE ALBUQUERQUE pertence a: HEITOR DE ALBUQUERQUE WANDERLEY - Secretário da Sessão
WANDERLEY Num. 15833011 - Pág. 1
19062518295883900000004891607
Data e hora da assinatura: 25/06/2019 18:29:59
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19062518142700400000015807222
Identificador:
Número do documento: 4050000.15833716
19062518142700400000015807222
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 162

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 16/06/2019 23:59, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 05/06/2019 17:03 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19060614164107000000004779457 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 17/06/2019 00:01 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 17/06/2019 00:01:31
Identificador: 4058000.4823923

1/1
fls. 163

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 10/06/2019 11:06, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 05/06/2019 17:03 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19060614164107000000004779457 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 10/06/2019 11:06 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 10/06/2019 11:06:33
Identificador: 4058000.4767699

1/1
fls. 164

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 07/06/2019 12:18, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 05/06/2019 17:03 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19060614164107000000004779457 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 07/06/2019 12:18 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 07/06/2019 12:18:55
Identificador: 4058000.4758485

1/1
fls. 165

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A)/RÉ(U), na pessoa de seu representante legal, do despacho anexo.

Maceió-AL, 6 de Junho de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19060614164107000000004779457
Data e hora da assinatura: 06/06/2019 14:17:27
Identificador: 4058000.4751494
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 166

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

1. No Agravo de Instrumento nº 0804335-86.2019.4.05.0000, interposto pela União Federal, o eminente


Relator deferiu o efeito suspensivo requestado, nos seguintes termos:

7. Diante do exposto, defiro o efeito suspensivo, para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado
o pagamento do precatório. (Sem destaque no original.)

2. Sendo assim, abstenha-se a Secretaria deste Juízo de cumprir o que determinado no item 3 do
despacho com id. 4206808 , até segunda ordem.

3. Providências necessárias.

Maceió, 05 de junho de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19060511272177200000004773408
Data e hora da assinatura: 05/06/2019 17:03:45
Identificador: 4058000.4745462
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 167

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

DIVISÃO DA 2ª TURMA

Comunico a decisão liminar proferida no presente processo. O referido é verdade. Dou fé.

Recife, 27 de Maio de 2019

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
IVONE MONTEIRO DE ALBUQUERQUE
19052717135505700000004697813
Data e hora da assinatura: 27/05/2019 17:13:55
Identificador: 4050000.15505663
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
Id.

810
AGRAVANTE

Data/Hora
Tipo

15482 27/05/2019 13:55 Decisão


Documento
Consulta Processual

Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO


PJe - Processo Judicial Eletrônico

Número: 0804335-86.2019.4.05.0000
Tribunal Regional Federal da 5ª Região

UNIÃO FEDERAL
Partes

Documentos
Nome

Tipo
Decisão
27/05/2019
fls. 168

1/4
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 169

PROCESSO Nº: 0804335-86.2019.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: UNIÃO FEDERAL
AGRAVADO: MUNICIPIO DE MACEIO
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma
PROCESSO ORIGINÁRIO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - 13ª VARA FEDERAL - AL
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Guilherme Emmanuel Lanzillotti
Alvarenga

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DECISÃO

1. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que, em sede de cumprimento de sentença
referente a diferenças de complementação do FUNDEF de acordo com a fórmula do VMAA, negou
provimento aos embargos de declaração opostos pela União, afastando a alegação de omissão quanto à
análise da ilegitimidade ativa do Município-Exequente para execução do título coletivo proferido nos
autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000.

2. Em suas razões recursais, a União defende que o ente municipal carece de legitimidade ativa para
promover "execução individual" da ação coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Afirma que, nos moldes do art. 75, III, CPC/2015 (art. 12, II, CPC/73), a representação judicial dos
Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do
ente municipal não pode ser exercida por Associação de direito privado, vez que se submete às normas de
direito público. Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de delegação à pessoa jurídica de direito
privado, tutelar interesse de pessoa jurídica de direito público.

Dessa forma, nos termos do art. 75, III do CPC/2015 (art. 12, II, CPC/1973), c/c CF, art. 5º, XXI, entende
que resta claro que a ação coletiva de n. 0011204- 19.2003.4.05.8000, cujo título o Município pretende
executar individualmente, foi ajuizada por parte manifestamente ilegítima com vedação legal para
representação das municipalidades, pelo que resta evidente a ilegitimidade para execução.

Ademais, alega que não comprovou a Municipalidade ter autorizado expressamente o ingresso da coletiva
em seu nome, condição sine qua non para ser beneficiária de demanda coletiva, nos termos do art. 5º, XXI
da CF/88. Aduz que o Supremo Tribunal Federal, ao interpretar o art. 5º, XXI da CF/88, no julgamento do
RE n. 573.232, sob o auspicio de repercussão geral, consignou a necessidade de autorização expressa do
associado para ingresso da coletiva por Associação ao afirmar que: "o disposto no artigo 5º, inciso XXI,
da Carta da República encerra representação específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da
associação arevelar a defesa dos interesses dos associados.

A par disso, sustenta que a simples filiação do exequente à época do ajuizamento da ação coletiva não
supre a falta da prévia "autorização expressa" do interessado. Não basta a "autorização implícita", o
associado deve autorizar o ajuizamento da demanda de modo inequívoco (expresso).

Aduz que se trata de título coletivo, pelo que na execução se deverá demonstrar que o exequente atende
aos requisitos para execução. Isto porque durante o processo coletivo não são examinados os aspectos
probatórios de situações específicas e individuais dos possíveis beneficiários, pois os documentos que
comprovam a titularidade do crédito só são juntados na fase de execução (cumprimento) da sentença.

Por essa razão, afirma que nas execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas é patente a
necessidade de se promover a liquidação do valor a ser pago e a individualização do crédito, com a
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15482810 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19052416411525200000015457480
Número do documento: 19052416411525200000015457480
2/4
fls. 170

demonstração da titularidade do direito do exequente. Isso porque a sentença de procedência em ação


coletiva tem caráter genérico, cujo cumprimento, relativamente a cada um dos titulares individuais,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
pressupõe a adequação da condição do exequente à situação jurídica nela estabelecida.

Além disso, sustenta que foi intimada da decisão desse juízo que, em observância à decisão do TRF da 5ª
Região proferida no Agravo de Instrumento interposto pelo município exequente, determinou a expedição
de requisição de pagamento para os valores incontroversos.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Ocorre que, diante da ilegitimidade do município, suscitada pela União como questão de ordem pública,
entende que não existem quaisquer valores incontroversos a serem objeto de expedição de requisição de
pagamento, pois a evidente ilegitimidade do município acarreta a inexistência do direito a receber
quaisquer valores que tenham a decisão proferida ação coletiva n. 0011204- 19.2003.4.05.8000, de autoria
da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) como fundamento.

Outrossim, mesmo diante da evidência da questão de ordem pública ora suscitada pela União, entende
que, caso venha esse juízo manter o entendimento de expedir a requisição de pagamento, o que se admite
apenas para efeito de argumentação, ainda assim deve tal requisição de pagamento ser expedida com
restrição de pagamento, a fim de que os valores sejam depositados à disposição desse juízo até a solução
definitiva da presente lide.

Frise-se que a referida AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000 ainda não transitou em julgado, devendo, em


razão do princípio da segurança jurídica manter-se o processo suspenso até que tal trânsito ocorra, sob
pena de o prosseguimento da execução, com o pagamento dos requisitórios expedidos, configurar dano
irreparável aos cofres públicos, no caso de reversão da decisão do TRF através dos recursos interpostos
pela União às instâncias superiores.

Cita precedentes favoráveis a sua tese.

3. É o relatório.

4. Em decisão proferida em 03/05/2019 (id. 4050000.15201346), determinei a intimação do Município


agravado para que, no prazo de cinco dias, a contar da intimação, apresente a Ata de Assembleia Geral
Extraordinária e o documento que demonstre que integrou a lista dos associados que autorizaram
expressamente o ajuizamento da ação coletiva pela Associação dos Municípios Alagoanos - AMA.

Decorrido o prazo mencionado, a parte permaneceu inerte, conforme certidão de id. 4050000.15458968.

5. Em 24/05/2019, o Município de Maceió opõe embargos de declaração, defendendo a preclusão da


matéria não veiculada tempestivamente em impugnação ao cumprimento de sentença. Aduz que a União
foi regularmente intimada para manifestar-se, na origem, sobre a pretensão executória do Município de
Maceió e ofertou sua impugnação. Contudo, não levantou qualquer suspeita sobre a legitimidade da então
exequente.

Ainda, sustenta que havendo ata de assembleia conferindo à agremiação legitimidade para representar em
juízo os interesses de seus afiliados, como, aliás, restou consignado no próprio título executivo, torna-se
despicienda qualquer manifestação adicional, explícita e individualizada por parte de cada associado.

Afirma também que os temas da (i)legitimidade ad causam e da (ir)regularidade da representação


processual na ação coletiva (AC 348312-AL - 2003.80.00.011204-0) já foram enfrentados por esse
conspícuo Tribunal no mesmo processo cognitivo.

Não bastasse isso, aduz que também na ação rescisória intentada pela União, o tema foi trazido à baila e,
novamente, essa Corte Regional endossou a regularidade da representação processual da AMA e, por
conseguinte, a projeção dos efeitos da coisa julgada para seus associados.

Na longínqua hipótese de superado o obstáculo da coisa julgada, persiste a insubsistência da tese recursal.
Isso porque os Tribunais pátrios já consolidaram o entendimento de que, para a representação processual
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 15482810 - Pág. 2
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19052416411525200000015457480
Número do documento: 19052416411525200000015457480
3/4
fls. 171

de entidade associativa, avulta suficiente a autorização em Assembleia. Havendo a anuência assemblear,


torna-se dispensável a aquiescência individualizada.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
No caso, aduz que a AMA atuou devidamente amparada por permissão outorgada em Assembleia
Extraordinária (ata em apenso). Acentua-se, outrossim, que a jurisprudência não condiciona a eficácia do
título judicial coletivo à participação na Assembleia autorizativa. Deveras, a simples aprovação em
Assembleia da associação supre a previsão constitucional de autorização expressa (inciso XXI, do art. 5º);

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
sendo desnecessária a prática de qualquer ato volitivo e isolado por parte dos respectivos filiados.

6. Passo à análise do pedido de liminar.

Observa-se, nos autos, que a Associação dos Municípios Alagoanos - AMA ajuizou ação coletiva (proc.
2003.80.00.011204-0) contra a União visando o repasse aos municípios associados de quantia equivalente
aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF que deixaram de receber na vigência da Lei 9424/96, por conta da estimação do
Valor Mínimo Nacional por Aluno - VMNA abaixo da medida nacional. Em sede de apelação (AC
348312), reconheceu-se o direito dos municípios associados.

Diante do julgamento favorável ao pedido da AMA, na ação coletiva, o Município de Maceió/AL


requereu a execução do julgado. O fato é que, apesar de ter sido reconhecido quando do julgamento da
apelação interposta na ação principal, que foram apresentadas na inicial a Ata de Assembleia Geral
Extraordinária e a lista dos municípios associados, tais documentos não foram apresentados nos presentes
autos, sendo necessários para a confirmação da autorização expressa do município exequente à citada
Associação.

Isso porque, por ocasião do julgamento do RE 573.232-SC (Tribunal Pleno, DJe 19/9/2014, relator(a) p/
Acórdão: Min. Marco Aurélio), em sede de repercussão geral, o STF decidiu que as "balizas subjetivas do
título judicial, formalizado em ação proposta por associação, são definidas pela representação no processo
de conhecimento, presente a autorização expressa dos associados".

Segundo o STF, "o disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra representação
específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a revelar a defesa dos interesses
dos associados [...] As balizas subjetivas do título judicial, formalizado em ação proposta por associação,
é definida pela representação no processo de conhecimento, presente a autorização expressa dos
associados e a lista destes juntada à inicial" (RE nº 573.232, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI,
Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 14/05/2014,
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO).

Ressalto que ao interpor embargos de declaração da decisão de id. 4050000.15201346, o Município de


Maceió apresentou uma "lista de associados da AMA" (id. 4050000.15481844), entretanto não há
nenhuma referência ao número do processo a que se refere.

7. Diante do exposto, defiro o efeito suspensivo, para fins de sobrestamento da expedição de qualquer
Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o
pagamento do precatório.

8. Por fim, quanto aos embargos de declaração apresentados pela União, entendo que se mostram
incabíveis, tendo em vista que o ato judicial embargado se trata de um mero despacho, sem conteúdo
decisório. Desse modo, não conheço dos referidos embargos.

9. Dessa decisão, dê-se ciência ao Juízo de 1º grau.

10. Intime-se a parte agravada para contrarrazões.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Assinado eletronicamente.
IVONE MONTEIRO A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado
DE ALBUQUERQUE Num. 15482810 - Pág. 3
19052717135505700000004697814
Data e hora da assinatura: 27/05/2019 17:13:55
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19052416411525200000015457480
Identificador:
Número do documento: 4050000.15505664
19052416411525200000015457480
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fls. 172

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 17 de Maio de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19051710054578300000004611700
Data e hora da assinatura: 17/05/2019 10:06:10
Identificador: 4058000.4585598
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fls. 173

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CERTIDÃO DE INTERPOSIÇÃO DE PROCESSO DA CLASSE: AGRAVO DE INSTRUMENTO

CERTIFICA-SE que, em 14/04/2019 23:52, foi protocolado processo da classe AGRAVO DE


INSTRUMENTO no TRF 5ª, de número 0804335-86.2019.4.05.0000, por DANIELLE COSTA DE

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ALMEIDA, tendo o processo 0807260-82.2017.4.05.8000 como originário.

CERTIFICA-SE, ainda, que foram incluídos 117 documentos:


Nº Identificador Descrição Tipo do documento
4050000.15052478 Certidão de Distribuição Certidão
AGRAVO DE INSTRUMENTO c.c. PEDIDO DE EFEITO
4050000.15052258 Petição Inicial
SUSPENSIVO-UNIÃO
Documento de
4058000.2252096 FUNDEF DIF - Correção de valores e memorial de calculos
Comprovação
Documento de
4058000.2252094 Cumprimento de sentença FUNDEF VMAA 98-2006
Comprovação
Documento de
4058000.2252097 FUNDEF DIF - FUNDEF repasses
Comprovação
Documento de
4058000.2252099 FUNDEF DIF - origens FUNDEF
Comprovação
Documento de
4058000.2252100 FUNDEF DIF - valor recebido e diferença devida
Comprovação
Documento de
4058000.2252101 FUNDEF DIF - VMAA quantitativo de matrícula
Comprovação
Documento de
4058000.2252106 FUNDEF DIF - índice IPCA E até citação
Comprovação
Documento de
4058000.2252107 FUNDEF DIF - índice IPCA E jul 09 a ago 17
Comprovação
Documento de
4058000.2252109 INICIAL
Comprovação
Documento de
4058000.2252113 inicial 2
Comprovação
Documento de
4058000.2252115 Sentença
Comprovação
Documento de
4058000.2252117 Acórdão 1
Comprovação
Documento de
4058000.2252121 Acordão 2
Comprovação
Documento de
4058000.2252122 Decisão Aresp e AgRg STJ
Comprovação
Documento de
4058000.2252128 Decisão ED e certidão Transito em julgado
Comprovação
Documento de
4058000.2252135 FUNDEF DIF - taxa selic
Comprovação
4058000.2465776 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2297137 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2264647 Despacho Despacho
Impugnação ao
4058000.2443727 Impugnação da União ao Cumprimento de Sentença Cumprimento de

1/4
fls. 174

Sentença

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Documento de
4058000.2443730 PT IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Comprovação
Petição (3º
4058000.2502494 PEDIDO DE RETENÇÃO - INTERVENÇÃO
Interessado)
Documento de
4058000.2502495 PEDIDO DE RETENÇÃO - INTERVENÇÃO - PDF
Comprovação

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DOC. 01 - 11ª ALTERAÇÃO CONTRATUAL DA Documento de
4058000.2502496
MONTEIRO E MONTEIRO Comprovação
DOC. 01 - ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO - Documento de
4058000.2502523
MONTEIRO E MONTEIRO Comprovação
Documento de
4058000.2502529 DOC. 01 - PROCURAÇÃO DA MONTEIRO
Comprovação
Documento de
4058000.2502526 DOC. 01 - CARTÃO CNPJ MONTEIRO PE
Comprovação
DOC. 02 - OAB BRUNO ROMERO PEDROSA Documento de
4058000.2502530
MONTEIRO Comprovação
Documento de
4058000.2502536 DOC. 03 - ESTATUTO
Comprovação
Documento de
4058000.2502540 DOC. 04 - CONTRATO - MONTEIRO x AMA
Comprovação
Documento de
4058000.2502543 DOC. 05 - DECLARAÇÃO AMA
Comprovação
DOC. 06 - DECISÃO EXECUÇÃO Nº Documento de
4058000.2502545
0800169-06.2015.4.05.8001 Comprovação
Documento de
4058000.2502548 DOC. 07 - ACÓRDÃO Nº 0803664-05.2015.4.05.0000
Comprovação
DOC. 08 - ATA DA ASSEMBLÉIA FPM FUNDEF INSS Documento de
4058000.2502549
ISS TELEFÔNIA E ENÉRGIA Comprovação
4058000.2536700 Resposta à impugnação da União. Réplica
Documento de
4058000.2536701 Resposta a impugnação de execução fundef vmaa
Comprovação
4058000.2653991 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2639632 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2665744 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2633141 Decisão Decisão
4058000.3154798 Petição do Município de Maceió Petição
Pet continuação feito e inscrição precatório parte Documento de
4058000.3154799
incontroversa fundef vmaa Comprovação
Documento de
4058000.3154801 Certidão julgamento de rescisória
Comprovação
PETIÇÃO DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS
4058000.3160311 Petição
CONTRATUAIS - PDF
PETIÇÃO DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS Documento de
4058000.3160312
CONTRATUAIS - PDF Comprovação
4058000.3161482 Conclusão Certidão
4058000.3162795 Despacho Despacho
4058000.3173644 Intimação Expediente
4058000.3224414 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
Manifestação da União - pede que se aguarde trânsito em
4058000.3386684 Petição
julgado da AR
Manifestação da União - CORRETA - NÃO existem valores

2/4
fls. 175

4058000.3386691 incontroversos - pede permanência da suspensão Petição

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4058000.3407276 PETIÇÃO DE MANIFESTAÇÃO Petição
Documento de
4058000.3407277 PETIÇÃO DE MANIFESTAÇÃO - PDF
Comprovação
Documento de
4058000.3407278 DOC. 01 - ACÓRDÃO AMA
Comprovação
4058000.3421759 Despacho Despacho

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4058000.3459762 Intimação Expediente
4058000.3459870 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3460242 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3503232 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4050000.12466852 Comunicações Comunicações
Anexos da
4050000.12466853 Anexos da Comunicação
Comunicação
4058000.3693145 Conclusão Certidão
4058000.3693445 PETIÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO Manifestação
Documento de
4058000.3693446 PETIÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO - PDF
Comprovação
4058000.3853620 CERTIDÃO Certidão
Documento de
4058000.3853621 Resp 1703697 - Certidão Julgamento STJ
Comprovação
4058000.3864608 Intimação Expediente
Embargos de
4058000.3887273 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Declaração
Documento de
4058000.3887274 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PDF
Comprovação
Manifestação da União - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA
4058000.3889297 Petição
- ILEGITIMIDADE - pede restrição de pagamento
4058000.3889672 Conclusão Certidão
4058000.3889674 Despacho Despacho
4058000.3893792 Intimação Expediente
4058000.3909543 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3910164 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
Contrarrazões aos Embargos de Declaração - Proc n Documento de
4058000.3951031
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF Comprovação
Contrarrazões aos Embargos de Declaração - Proc n
4058000.3951030 Contrarrazões
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
Juntada de leis municipais - Proc n
4058000.3951259 Petição
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
Juntada de leis municipais - Proc n Documento de
4058000.3951260
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF Comprovação
Documento de
4058000.3951262 Lei Municipal n 2.065 de 1973
Comprovação
Documento de
4058000.3951264 Lei Municipal n 4.324 de 1994
Comprovação
4058000.3954812 Conclusão Certidão
4058000.3962108 PETIÇÃO Petição
Documento de
4058000.3962109 PETIÇÃO - PDF
Comprovação
DOC. 01 - DECISÃO - PROCESSO N° Documento de
4058000.3962110
0800018-43.2015.4.05.8000 Comprovação

3/4
fls. 176

4058000.3995704 Sentença Sentença

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4058000.3998496 Intimação Expediente
4058000.4002062 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4008738 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4010063 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4050000.13469879 Comunicações Comunicações

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Anexos da
4050000.13469880 Anexos da Comunicação
Comunicação
Embargos de
4058000.4024508 Embargos Declaratórios da União
Declaração
4058000.4025783 Conclusão Certidão
4058000.4025785 Conclusão Certidão
4058000.4025792 Despacho Despacho
4058000.4049050 Intimação Expediente
4058000.4052267 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4070839 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Documento de
4058000.4085837
PDF Comprovação
AGRAVO DE INSTRUMENTO c.c. PEDIDO DE EFEITO Documento de
4050000.15052255
SUSPENSIVO-UNIÃO Comprovação
Impugnação aos
4058000.4085836 IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Embargos
DOC. 01 - DECISÃO - PROCESSO N° Documento de
4058000.4085838
0800018-43.2015.4.05.8000 Comprovação
4058000.4094246 Intimação Expediente
4058000.4094298 Contrarrazões aos Embargos de Declaração Petição
Contrarrazões aos Embargos de Declaração da União - Proc n Documento de
4058000.4094299
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF Comprovação
4058000.4117055 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4100480 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4137571 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4090341 Sentença Sentença
4058000.3889126 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3865587 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3865291 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3855301 Decisão Decisão
4058000.2252093 Cumprimento de sentença contra Fazenda Pública Petição Inicial
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19041500041620600000004421110 .

3 - Esta Certidão foi emitida em 15/04/2019 00:04 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 15/04/2019 00:04:16
Identificador: 4058000.4397436

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fls. 177

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EXM. SR. JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE
ALAGOAS

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PROCESSO Nº 0807260-82.2017.4.05.8000

A UNIÃO, por intermédio da Advogada da União infra-assinada, nos termos da Lei Complementar nº.
73/93, irresignando-se, data venia , com a r. decisão retro (id. 4058000.4090341), vem noticiar,
tempestivamente, a interposição de Agravo de Instrumento (art. 1.017 do CPC), oportunidade em que
apresenta cópia integral do aludido recurso e requer, em sede de eventual juízo de retratação, a adoção das
providências de que trata o art. 1.018 do citado diploma legal.

Informa a União, ademais, que todos os documentos constantes no recurso foram extraídos dos autos.

P. Deferimento.

DANIELLE COSTA DE ALMEIDA RÊGO

ADVOGADA DA UNIÃO

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
DANIELLE COSTA DE ALMEIDA - Procurador
19041423544089600000004420604
Data e hora da assinatura: 14/04/2019 23:55:52
Identificador: 4058000.4396931
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 178

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA DA UNIÃO EM ALAGOAS

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A)


PRESIDENTE(A) DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA QUINTA REGIÃO

PROCESSO Nº 0807260-82.2017.4.05.8000 (13ª VARA/JF/AL)


EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIÓ/AL
EXECUTADA: UNIÃO

UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, neste ato


representada por sua Advogada infra-assinada, nos termos da Lei
Complementar n.º 73/93, não se conformando, data venia, com a decisão id.
4058000.4090341, vem contra ela, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO, com
fundamento nos arts. 1.015 e seguintes do NCPC, pedindo que lhe seja
conferido EFEITO SUSPENSIVO.

Na hipótese de não ser exercitado o competente juízo de


retratação previsto no art.1018, § 2º, do NCPC, requer-se o processamento do
presente recurso na forma da lei, com final provimento.

Nos termos do art. 1.017, do NCPC, instrui-se o presente agravo


com cópias de: petição inicial, documentos da parte autora, ora agravada,

1/39
fls. 179

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2

decisão agravada e certidão de intimação da União, as quais se declaram,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
desde já, autênticas, bem como com outros elementos importantes ao deslinde
da causa.

Deixa-se de juntar cópia da procuração da parte agravante e da


parte agravada, visto que seus procuradores atuam com mandato ex lege.

Em cumprimento ao disposto no art. 1.107, incisos I, II e III, do


NCPC, a agravante informa:

a) Advogados do Agravado e seus endereços:

Procurador do Município de Maceió: Dr. Guilherme Emmanuel


Lanzillotti Alvarenga, com domicílio na Procuradoria do Município de Maceió,
localizada na Rua Pedro Monteiro, nº. 291, Centro, Maceió-AL.

b) Advogados da Agravante com respectivos endereços:

Procuradoria da União: Dra. Danielle Costa de Almeida Rêgo,


Advogada da União, com domicílio funcional na Avenida Moreira e Silva, nº.
863, Farol, CEP: 57051-500, Maceió/AL

PEÇAS OBRIGATÓRIAS (NCPC, ART. 1.017, I)

a) Decisão dos embargos da UNIÃO;


b) Embargos de declaração da UNIÃO;
c) Decisão dos embargos do exequente;
d) Manifestação da UNIÃO (questão de ordem pública-ilegitimidade do
Município);
e) Embargos de declaração do exequente;
f) Decisão que determina a expedição dos valores incontroversos;
g) Cópia das petições que ensejaram a decisão agravada (manifestação da

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UNIÃO, requerendo o reconhecimento da matéria de ordem pública e o

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pedido dos exequentes de pagamento dos valores incontroversos);
h) Impugnação da UNIÃO;
i) Cumprimento de sentença;
j) Original da certidão de intimação da decisão agravada;
k) Procuração dispensada.

PEÇAS FACULTATIVAS (NCPC, ART. 1.017, III)

a) Cópia dos demais documentos necessários à compreensão da demanda.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió, 14 de abril de 2019.

Danielle Costa de Almeida Rêgo


Advogada da União

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DA QUINTA REGIÃO,

COLENDA TURMA,

EXCELENTÍSSIMO SENHOR RELATOR:

1- DO BREVE RESUMO DA DEMANDA

Trata-se de execução de título judicial formado em Ação


Ordinária n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ajuizada pela Associação dos
Municípios Alagoanos – AMA em desfavor da União, com o objetivo de
condenar a ré a ressarcir os valores tidos como indevidamente deduzidos das
cotas do FUNDEF, cabíveis aos Municípios associados no exercício de 2005,
por força da Portaria nº 743/2005 do Ministério da Educação.

A Sentença no âmbito da referida Ação Ordinária julgou


procedentes os pedidos, declarando a inconstitucionalidade do desconto
efetuado com base na Portaria nº 743/2005 e condenando a União a ressarcir
aos municípios substituídos pela AMA as diferenças de complementação do

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FUNDEF de acordo com a fórmula do VMAA, nos termos do art. 6º da Lei

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9424/96.

Em sede de Apelação, a r. Sentença foi reformada em parte


para determinar a União o repasse da quantia equivalente aos recursos do
FUNDEF que os Municípios representados deixaram de receber, desde o quinto
ano anterior ao ajuizamento da ação até a implantação do FUNDEB, cuja
apuração deveria ser feita em liquidação por artigos.

Após o improvimento dos embargos declaratórios opostos pela


AMA e pela União, a AMA interpôs recurso especial e a União recurso especial
e recurso extraordinário. Nada obstante, o recurso especial da AMA foi inferido;
enquanto que o recurso extraordinário da União foi declarado prejudicado, ao
passo que o recurso especial teve negado o seu seguimento.

O trânsito em julgado se deu no dia 07/10/2015.

A UNIÃO apresentou impugnação ao cumprimento de sentença,


pedindo, preliminarmente, a suspensão da execução, tendo em vista a tutela
antecipada concedida pelo TRF da 5ª Região na Ação Rescisória nº 0800907-
04.2016.4.05.0000. Impugnou os cálculos apresentados pelo exequente quanto
ao percentual fixo de juros a ser aplicado e requereu o abatimento dos valores já
recebidos pelo Município nos autos do processo nº 0805720-96.2017.4.05.8000.
Pleiteou também a incidência do art. 1º-F, da Lei nº 11.960/09 quanto ao
percentual de juros e correção monetária. Por fim, salientou que não é possível
o destaque dos honorários contratuais no precatório, pois os recursos do
FUNDEF somente podem ser destinados à manutenção, ao desenvolvimento da
educação básica e à valorização dos profissionais da educação (art. 60 do
ADCT, redação dada pela EC nº 14/96 e 56/2006; Leis nºs 9424/96 e
11.494/07).

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O MM. Juiz suspendeu a execução, conforme liminar proferida

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nos autos da ação rescisória nº 0800907- 04.2016.4.05.0000.

O exequente, alegando que a ação rescisória nº 0800907-


04.2016.4.05.0000 foi julgada improcedente, requereu o pagamento dos valores
incontroversos e o destaque no precatório dos honorários contratuais.

O MM. Juiz, por sua vez, acolheu a expedição do precatório


incontroverso, mas indeferiu o pedido de destaque dos honorários contratuais.

O exequente interpôs embargos de declaração e a UNIÃO


atravessou petição, alegando matéria de ordem pública, qual seja: a
ilegitimidade ativa do Município-Exequente para execução do título coletivo
proferido nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000. Também
impugnou o pagamento dos valores incontroversos.

O Magistrado desproveu os aclaratórios do exequente e


indeferiu a petição da UNIÃO no que tange à expedição do precatório
incontroverso.

Inconformada, a UNIÃO opôs embargos de declaração,


alegando haver omissão na r. decisão, uma vez que o juiz a quo não analisou a
ilegitimidade ativa do Município-Exequente para execução do título coletivo
proferido nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000.

Em seguida, foi proferida a seguinte decisão:

“DECISÃO
Vistos etc.

1. Tratam-se de Embargos de Declaração (id. 4024508)


interpostos pela União Federal contra a decisão com id.

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3998496, ao argumento de que a mesma teria incorrido em

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omissão, porque deixou de apreciar a questão de ordem pública
(também suscitada na petição com id. 3889397), relativa à
ilegitimidade passiva do exequente, em razão da ausência de
autorização expressa conferida pelo Município de Maceió à
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA para a propositura
da ação coletiva donde emanou o título executivo objeto deste
cumprimento de sentença, consoante assentado no RE
573232/SC (Adstrito ao regime de repercussão geral.) e na
jurisprudência do STJ e do TRF5.
2. Monteiro e Monteiro Advogados apresentou contra razões aos
aclaratórios (id. 4085836), pronunciando-se pela inexistência da
cogitada omissão, pugnando pelo reconhecimento de sua
legitimidade ativa para estar na execução em tela.

3. É, no essencial, o relatório. Fundamento e decido.


4. Pois bem. Não há que se falar em omissão, porque a questão
de ordem sob enfoque não passou ao largo da apreciação deste
Juízo, que, aliás, declinou as razões do não enfrentamento da
matéria, nos seguintes termos:
"16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja
suspenso, até o julgamento da "Questão de Ordem" de que ora
se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª
Vara revogue a decisão que determinou a suspensão de todos
os processos formados a partir da Ação nº 0011204-
19.2003.4.05.8000, importa consignar que tal matéria está
compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não
cabendo a este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal.
Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da reportada AR
pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE


ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS.
COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a


relatoria do Desembargador Federal MANOEL ERHARDT (AC
348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora
RÉ (a ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a
percepção do que deixaram de receber, na vigência da Lei
9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por
Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO que o acórdão deve ser
rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através

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de indevida instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art.

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12. II, "a representação judicial dos Municípios, ativa e
passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou
Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios


substituídos como litisconsortes necessários, conforme
requerido pelo Município de Maceió/AL.

III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a


reforma do julgado em baila. Ao primeiro ponto, por não ter
ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi
base da decisão turmária a representação dos entes federativos
a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo
do art. 966 do Código de Processo Civil, não devendo ser
invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até
mesmo porque no julgamento da Segunda Turma o tema
representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do
CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a


dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal (Não cabe
ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a
decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de
interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura
não havia posição firme como a que foi adotada posteriormente
pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do Ministro TEORI
ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular
em nome do Município. Com efeito, a decisão do STJ é de
25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de
06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária


que lhe foi desfavorável, fez com que a UNIÃO manejasse
demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo
como alvo a ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE
PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000,
posto sob a relatoria do Desembargador Federal VLADIMIR
SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em


formação plenária, a matéria sob apreciação não se adéqua aos
cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo
de lei, já que ao tempo em que foi levada a julgamento no
âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do

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acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º,

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XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da


liminar que obstaculizou o acesso dos Municípios substituídos
aos recursos financeiros questionados.

5. Em verdade, a União pretende modificar o entendimento


sufragado naquele julgado, desiderato a que não servem os
embargos de declaração.

6. Sendo assim, conheço dos embargos declaratórios, para,


no mérito, negar-lhes provimento, mantendo a decisão
recorrida, tal qual lançada.
Maceió/AL, 01 de fevereiro de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.


Juiz Federal - 13ª Vara/AL”

Dita decisão está a merecer reforma imediata por parte deste


Col. Tribunal, nos seguintes pontos.

2- DAS RAZÕES PARA A REFORMA DA R. DECISÃO

A- DA ILEGITIMIDADE ATIVA DO MUNICÍPIO-EXEQUENTE. AUSÊNCIA DE


AUTORIZAÇÃO EXPRESSA. APLICAÇÃO DO REPETITIVO DO STF DE N. RE
573232/SC. JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DO TRF5ª REGIÃO.

O ente municipal carece de legitimidade ativa para promover


“execução individual” da ação coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000,
ajuizada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Nos moldes do art. 75, III, CPC/2015 (art. 12, II, CPC/73), a
representação judicial dos Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida
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por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente municipal não pode ser

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exercida por Associação de direito privado, vez que se submete às normas de
direito público. Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de delegação a pessoa
jurídica de direito privado, tutelar interesse de pessoa jurídica de direito público
sob forma de substituição processual.

Dessa forma, nos termos do art. 75, III do CPC/2015 (art. 12, II,
CPC/1973), c/c CF, art. 5º, XXI, resta claro que a ação coletiva de n. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título o Município pretende executar individualmente, foi
ajuizada por parte manifestamente ilegítima com vedação legal para
representação das municipalidades, pelo que resta evidente a ilegitimidade para
execução.

Ademais, não comprovou a Municipalidade ter autorizado


expressamente o ingresso da coletiva em seu nome, condição sine qua non
para ser beneficiária de demanda coletiva, nos termos do art. 5º, XXI da CF/88.

Sobre representação de associados em demandas coletivas, é


importante evidenciar que o Supremo Tribunal Federal, ao interpretar o art. 5º,
XXI da CF/88, no julgamento do RE n. 573.232, sob o auspicio de
repercussão geral, consignou a necessidade de autorização expressa do
associado para ingresso da coletiva por Associação ao afirmar que: "o disposto
no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra representação
específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a
revelar a defesa dos interesses dos associados”.

REPRESENTAÇÃO – ASSOCIADOS – ARTIGO 5º, INCISO


XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALCANCE. O disposto no
artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra
representação específica, não alcançando previsão

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genérica do estatuto da associação a revelar a defesa dos

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interesses dos associados. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL –
ASSOCIAÇÃO – BENEFICIÁRIOS. As balizas subjetivas do
título judicial, formalizado em ação proposta por associação, é
definida pela representação no processo de conhecimento,
presente a autorização expressa dos associados e a lista
destes juntada à inicial..
(RE 573232 / SC - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO - Tribunal Pleno
Publicação REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-182
DIVULG 18-09-2014 PUBLIC 19-09-2014 EMENT VOL-02743-
01 PP-00001) (grifos nossos)

Evidencie-se que a autorização estatutária genérica conferida


à Associação não é suficiente para legitimar a sua atuação em benefício de
seus associados. Necessário se faz, assim, autorização expressa
individualmente pelo associado ou mediante deliberação em assembleia
específica.

No mesmo sentido, é o conteúdo do parágrafo único do art. 2º-A


da Lei 9.494, de 10/09/1997:

"Art.2º-A. Nas ações coletivas propostas contra a União, os


Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas autarquias e
fundações, a petição inicial deverá obrigatoriamente estar
instruída com a ata da assembleia da entidade associativa que a
autorizou, acompanhada da relação nominal dos seus
associados e indicação dos respectivos endereços". (grifos
nossos)

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No caso dos autos, não há comprovação de autorização

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expressa conferida à AMA pelo Município exequente para a propositura da
aludida ação coletiva. Dessa forma, não há como este executar o título do
processo coletivo.

Não se comprovou a autorização expressa do Município


exequente para ajuizamento da coletiva, pelo que evidente a sua ilegitimidade
para execução do título.

Consigne-se, por oportuno, que em casos semelhantes ao


presente, nos processos de n. AC 588458-PE e AC 588361-PE, que tratavam
de execuções individuais do mesmo título coletivo de n. 0000001-
28.2006.4.05.83000, pelos Municípios de Manari/PE e Palmerina/PE, os feitos
foram convertidos em diligencia em 07.12.2017 “a fim de intimar as partes para
que, no prazo de cinco dias, se manifestem e comprovem a condição de que o
Município exequente é beneficiário do título executivo, mediante juntada de
autorização individual concedida à AMUPE para a propositura da ação
coletiva, ou de autorização em assembleia geral, nos termos do voto do
Relator” (grifos nossos)

Apesar da concessão do prazo pelo relator, não restou provado


a comprovação de autorização expressa (individual ou assemblear), pelo que,
em 03.07.2018, as execuções de AC 588458-PE e AC 588361-PE foram
extintas pela Egrégia Quarta Turma do TRF 5ª Região, por ausência de
legitimidade das municipalidades para execução do título.

A par disso, a simples filiação do exequente à época do


ajuizamento da ação coletiva não supre a falta da prévia “autorização expressa”
do interessado. Não basta a “autorização implícita”, o associado deve
autorizar o ajuizamento da demanda de modo inequívoco (expresso).

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A “autorização expressa” exigida para a alegada “legitimidade

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processual” da entidade associativa na “ação coletiva” não é comprovada com
a mera e burocrática “lista de associados”, tampouco com a genérica “ata de
assembleia”, sem prova de que os associados estavam aptos à
deliberação, muito menos de que o Município, ora exequente, foi
previamente cientificado da assembleia, tampouco que participou e anuiu.

O exequente não logrou comprovar a prévia e regular


representação judicial da “associação” no âmbito da “ação coletiva” que
originou o “título executivo”, de modo que se evidencia sua ilegitimidade ativa
para execução.

Neste mister, é importante evidenciar que se trata de título


coletivo, pelo que na execução se deverá demonstrar que o exequente atende
aos requisitos para execução. Isto porque durante o processo coletivo não
são examinados os aspectos probatórios de situações específicas e
individuais dos possíveis beneficiários, pois os documentos que
comprovam a titularidade do crédito só são juntados na fase de execução
(cumprimento) da sentença.

Por essa razão, nas execuções individuais de sentença


proferida em ações coletivas é patente a necessidade de se promover
a liquidação do valor a ser pago e a individualização do crédito, com a
demonstração da titularidade do direito do exequente. Isso porque a sentença
de procedência em ação coletiva tem caráter genérico, cujo cumprimento,
relativamente a cada um dos titulares individuais, pressupõe a adequação da
condição do exequente à situação jurídica nela estabelecida.

Em diversas manifestações, o STJ tem indicado a necessidade


de prévia liquidação, não apenas para a definição do quantum debeatur, mas
também para aferição da titularidade do crédito. O cumprimento individual de

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sentença coletiva, voltada à satisfação de interesses individuais homogêneos,

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pressupõe fase prévia de liquidação que não se limita à apuração do quantum
debeatur (valor devido), incluindo também avaliação acerca da legitimidade
(ou titularidade do direito) daquele que se afirma credor (cui debeatur).
Nesse sentido:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. BRASIL TELECOM. CUMPRIMENTO INDIVIDUAL
DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA.
1. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa
de pedir danos referentes a direitos individuais homogêneos (art.
95 do CDC) será, em regra, genérica, dependendo, assim, de
superveniente liquidação, não apenas para simples apuração
do quantum debeatur, mas também para aferição da
titularidade do crédito (art. 97, CDC). Precedentes. (...)” (STJ-
4ª. Turma, AgRg no AREsp 283558/MS, rel. Min. Luis Felipe
Salomão, j. 15.05.14, DJe 22.05.14)

A sentença coletiva de procedência não confere um direito


automático ao exequente, que necessita provar sua condição de titular do
direito obtido no título.

Em caso análogo, de execução do título coletivo proferido na


ação de n. 0000001-28.2006.4.05.8300, o STJ, em dezembro de 2017 (AgInt no
Resp 1679189/PE), determinou o retorno dos autos ao Egrégio TRF 5ª Região
para pronunciamento expresso sobre a afirmação da União de ilegitimidade do
Município para execução do título coletivo. Em razão da clareza que tratou a
matéria, transcreve-se trecho do voto vencedor:

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“(...)

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Com a devida vênia do em. relator, penso que o aresto
regional padece de vício de fundamentação.
No tocante à apontada ilegitimidade ativa para o ajuizamento
da execução, a Corte de origem limitou-se a justificar o seguinte
(e-STJ, fl. 334):
Por fim, quanto às alegações de ilegitimidade ativa e
impossibilidade de litisconsórcio ulterior, entendo que também
não merecem prosperar. Conforme exposto na bem
fundamentada sentença, "não se trata a hipótese dos autos
de formação de litisconsórcio ulterior, e, sim, de mera
execução individualizada de uma sentença coletiva".
No entanto, não foram abordados vários pontos
suscitados no recurso de apelação e reiterados na via
aclaratória, tais como:
a) o argumento de que a AMUPE não possui, entre as
finalidades descritas no estatuto social, a representação judicial
dos municípios associados;
b) o Município exequente não foi parte no processo de
conhecimento;
c) o Município de Quipapá não autorizou a AMUPE a
ajuizar a ação de conhecimento, inexistindo "Termo de
Adesão" oportunamente preenchido pelo exequente; e
d) não há provas de que a municipalidade exequente seria
associada à AMUPE na época do processo de conhecimento.
Como se observa, o acórdão recorrido afastou
genericamente a alegativa de ilegitimidade ativa para o
ajuizamento da execução, sem enfrentar os tópicos
correspondentes trazidos pela União tanto no recurso de
apelação como nos embargos de declaratórios. A análise
desses pontos, por se tratar de temática relacionada às

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condições da ação, é imprescindível para o deslinde da

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controvérsia.
Desse modo, impõe-se a anulação do aresto proferido na
seara aclaratória e o retorno dos autos à instância de origem, a
fim de que sejam expressamente enfrentadas as questões
postas nos embargos declaratórios.
Fica prejudicado o exame dos demais pontos suscitados no
agravo interno.
Ante o exposto, peço vênia ao em. relator para dar
provimento ao agravo interno e reconhecer a existência de
afronta ao art. 535 do CPC/1973, com determinação de retorno
dos autos à instância de origem, a fim de que sejam sanados os
vícios de fundamentação apontados na seara aclaratória. É
como voto.” (grifos nossos)

A ementa do acórdão restou assim disposta:

PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL COLETIVO.
COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEF. OMISSÃO. EXISTÊNCIA.
LEGITIMIDADE ATIVA DO EXEQUENTE. RETORNO DOS
AUTOS PARA A INSTÂNCIA DE ORIGEM. RECURSO
PROVIDO.
1. Há violação do art. 535 do CPC/1973 quando o aresto
recorrido, apesar de regulamente provocado por meio de
embargos de declaração, deixa de se manifestar sobre pontos
relevantes para a solução da controvérsia.
2. No caso, a Corte de origem afastou genericamente a
alegativa de ilegitimidade ativa para o ajuizamento da
execução, sem enfrentar os tópicos trazidos pelo ente
público federal tanto no recurso de apelação quanto nos

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aclaratórios. A análise desses pontos, por se tratar de

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temática relacionada às condições da ação, é
imprescindível para o deslinde da controvérsia.
3. Deve-se reconhecer a existência de afronta ao art. 535 do
CPC/1973 com o consequente retorno dos autos para a
instância de origem sanar os vícios de fundamentação
apontados nos embargos declaratórios.
4. Agravo interno a que se dá provimento.
(STJ, Segunda Turma, AgInt no Resp 1679189/PE, Relator para
o acórdão: Min. OG Fernandes, Data da Publicação: Dje
19.12.2017) (grifos nossos)

Por conseguinte, é de se reconhecer que o Município ora


Exequente carece de legitimidade, uma que não provou ter autorizado
expressamente o ajuizamento da ação coletiva pela AMA em seu nome, de
modo que a extinção da execução individual é medida que se impõe.

Por fim, evidencie-se que a ilegitimidade ativa do Município-


Exequente para execução do título coletivo proferido nos autos do
processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000 é matéria de ordem pública,
cognoscível de ofício pelo Judiciário, tendo em vista tratar de condição da
ação.

B- DA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO DO PROCESSO


ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA AR Nº 0800907-04.2016.4.05.0000.

A União foi intimada da decisão desse juízo que, em


observância à decisão do TRF da 5ª Região proferida no Agravo de Instrumento
interposto pelo município exequente, determinou a expedição de requisição de
pagamento para os valores incontroversos nos seguintes termos:

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"No mais, expeça precatório em prol do Município de

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Maceió, relativamente à parte incontroversa dos valores em
execução, no montante de R$ 260.300.323,33 (duzentos e
sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e
trinta e três centavos), atualizados até AGOSTO/2017, cf.
Parecer Técnico nº 2.442/2017 - DCP/AGU(id. 2443730),
atentando o Setor, quando da expedição do Requisitório, para a
observância das diretrizes estabelecidas na Resolução nº 405,
de 09/06/2016, do Conselho da Justiça Federal, especialmente
no que se refere à necessidade de intimação das partes antes
do encaminhamento da requisição ao TRF 5ª Região."

Ocorre que, diante da ilegitimidade do município, suscitada pela


União como questão de ordem pública, NÃO existem quaisquer valores
incontroversos a serem objeto de expedição de requisição de pagamento, pois a
evidente ilegitimidade do município acarreta a inexistência do direito a receber
QUAISQUER valores que tenham a decisão proferida ação coletiva n. 0011204-
19.2003.4.05.8000, de autoria da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA)
como fundamento.

Outrossim, mesmo diante da evidência da questão de ordem


pública ora suscitada pela União venha esse juízo manter o entendimento de
expedir a requisição de pagamento, o que se admite apenas para efeito de
argumentação, ainda assim deve tal requisição de pagamento ser expedida
COM RESTRIÇÃO DE PAGAMENTO, a fim de que os valores sejam
depositados à disposição desse juízo até a solução definitiva da presente lide.

Com efeito, observe esse juízo que a decisão do TRF da 5ª


Região no Agravo de Instrumento interposto pelo município exequente apenas
manda expedir a requisição de pagamento, NADA dispondo sobre a liberação
dos valores objeto da mesma ao município:

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"No que tange à pretensão de expedição de requisitório da

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parte incontroversa do valor exequendo, assiste razão ao
postulante. De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no
Agravo de Instrumento sob referência, o eminente Relator foi
taxativo ao concluir a sua fundamentação dizendo: "6.
Deferimento do efeito suspensivo ativo, para determinar a
expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos
recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento da
sentença." Portanto, a ordem tem de ser prontamente
cumprida."

Assim, NADA impede que esse juízo, usando do PODER


GERAL DE CAUTELA e considerando a vultosa quantia a ser paga ao município
através de um processo que está longe de ter sua solução definitiva alcançada
(pois pende de julgamento não somente a questão de ordem pública ora
suscitada pela União nas linhas anteriores, como também a AR nº 0800907-
04.2016.4.05.0000), determine que a requisição de pagamento, caso expedida,
o seja COM ORDEM DE RESTRIÇÃO DE PAGAMENTO, para que os valores
sejam depositados em conta à disposição desse juízo.

Frise-se que a referida AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000 ainda


NÃO transitou em julgado, devendo, em razão do princípio da segurança jurídica
manter-se o processo suspenso até que tal trânsito ocorra, sob pena de o
prosseguimento da execução, com o pagamento dos requisitórios expedidos,
configurar dano irreparável aos cofres públicos, no caso de reversão da decisão
do TRF através dos recursos interpostos pela União às instâncias superiores.

Outrossim, como se vê da decisão de ID nº 4058000.2633141


destes autos, a suspensão deste processo de execução se deu em razão da
decisão proferida na Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, nos
seguintes termos:

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"Assim, em cumprimento à decisão em questão, mantenham-

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se suspensas todas as execuções decorrentes da presente
ação em trâmite na 2ª Vara, até decisão ulterior do Tribunal em
contrário. Caso nestas execuções tenham sido expedidos
precatórios, comunique-se a suspensão imediatamente ao
setor respectivo do TRF5."

Assim, embora a decisão proferida na AR nº 0800907-


04.2016.4.05.0000 tenha determinado que a suspensão se dê "até decisão
ulterior do Tribunal em contrário", é necessário, no caso, que o TRF5 comunique
àquele juízo (2ª Vara JF / AL) da revogação da liminar e, então, que a 2ª Vara
comunique a esse juízo da 3ª Vara sua decisão que porventura venha a revogar
a decisão juntada a estes autos na ID nº 4058000.2633141.

Outrossim, como muito bem esclareceu esse juízo na decisão


de ID nº 4058000.3421759, "a União Federal interpôs Embargos de Declaração
do aludido julgado, veiculando pretensão de modificar o acórdão atacado. Isso
significa dizer que ainda não se estabilizou a solução do mérito da rescisória em
comento".

No caso dos autos, estamos falando de valores gigantescos e


que, caso sejam pagos indevidamente ao município autor (se configurarão
indevidos caso a União reverta nos Tribunais Superiores a decisão do TRF5),
ocasionarão um dano irreparável, ou, ao menos, de dificílima reparação aos
cofres da União.

Portanto, a prudência que a liberação de valores tão altos


requer, e que no caso pode ser efetivada pela utilização do poder geral de
cautela e da equidade por esse juízo no presente caso, justifica a manutenção
da suspensão da liberação do pagamento ainda que nenhuma outra razão
houvesse para tanto!

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Nesse sentido já decidiu o juízo da 1ª Vara dessa mesma Seção

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Judiciária de AL, na decisão que segue abaixo transcrita:

"PROCESSO Nº: 0803600-80.2017.4.05.8000 -


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA
EXEQUENTE: FABRIZIO TRINDADE DE QUEIROZ e outros
ADVOGADO: Everton Leite Didoné e outros
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
1ª VARA FEDERAL - AL

DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de embargos de declaração manejados por FABRIZIO


TRINDADE DE QUEIROZ e outros, alegando que a decisão de
ID 4058000.3530055 padeceria de obscuridade e contradição
porque este juízo não expôs os fundamentos pelos quais
condicionou a liberação dos valores ao trânsito em julgado dos
RE 870.947/SE e 579.431/RS, tendo em vista que a suspensão
dos efeitos da decisão dependem da propositura do recurso
cabível, para as instâncias superiores que analisarão os efeitos
cautelatórios.

Argumentaram que não existe nenhuma causa impeditiva para o


cumprimento do decisum de id 4058000.3382070, visto que os
efeitos das decisões dos RE 870.947/SE e 579.431/RS não
afetarão o mérito do julgado sem a propositura de ação própria
ou recurso cabível tempestivamente.

Requereram, então, a reforma da decisão para, suprindo a


obscuridade apontada, reformar a decisão de id
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4058000.3530055 no sentido de permitir o levantamento dos

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requisitórios por parte dos embargantes ou, então,
subsidiariamente, vincular a restrição apenas após o trânsito em
julgado da decisão de id 4058000.3382070.

Era o que havia a relatar.

Fundamento e decido.

1. Não há obscuridade na decisão, nem é isto que os


embargantes substancialmente alegam em seu recurso. A parte
embargante de declaração diz que a decisão foi obscura, mas
ao esclarecer as razões recursais deixa ver que a decisão foi
bem compreendida, apenas a parte discordou dela.

2. Os embargantes sustentam que a decisão embargada não


poderia restringir o pagamento dos valores controversos, uma
vez que a questão de juros e correção monetária foram
decididos dentro dos autos, apenas dependendo de trânsito em
julgado nestes mesmos autos, não podendo haver
condicionamento do pagamento a questões exteriores.

3. Sobre isso, destaco que o meio próprio de impugnação não


seriam os embargos de declaração, pois estes se prestam a
sanar defeito interno da decisão, e não incompatibilidade desta
com outras decisões ou com a lei. Se a parte embargante
discorda, deve se valer do recurso próprio, que não é o caso dos
embargos de declaração.

4. Além disso, o juiz pode se valer do poder geral de cautela


para restringir o pagamento de determinados valores,
especialmente no caso dos autos, que se trata de valores
controversos, uma vez que já houve pagamento da parcela
incontroversa.

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5. Em face do exposto, porque impertinentes, rejeito os

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embargos de declaração interpostos, mantendo a decisão
embargada tal como foi lançada.

6. Intimações e providências necessárias.

Processo: 0803600-80.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Guilherme Masaiti Hirata Yendo - Magistrado
Data e hora da assinatura: 10/09/2018 14:09:11
Identificador: 4058000.3648236" (grifo nosso)

Quanto à necessidade de se aguardar o TRÂNSITO EM


JULGADO da Ação Rescisória, muito bem decidiu o juízo da 4ª Vara dessa
mesma Seção Judiciária de Alagoas, in verbis:

"PROCESSO Nº: 0800691-36.2015.4.05.8000 - EXECUÇÃO


CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE BELÉM
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
4ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR

DESPACHO

1. A União Federal em sua manifestação informa que ainda não


houve o trânsito em julgado dos autos da AR nº 0800907-
04.2016.4.05.0000, a qual foi proposta no intuito de desconstituir
a decisão transitada em julgado no processo nº 0011204-
19.2003.4.05.8000, a qual se constitui no título executivo que
ampara a presente execução.

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2. Com efeito, razão assiste à União Federal, devendo o

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processo manter-se suspenso até que se tenha notícia do
trânsito em julgado da referida Ação Rescisória, ou, no mínimo,
a comunicação oficial do seu julgamento pelo TRF da 5ª Região,
ante a liminar suspensiva concedida na mencionada AR, sendo,
bem por isso, por ora, por demais temerária a expedição dos
requisitórios.

3. Intimações devidas.

Maceió, 20 de junho de 2018.

SEBASTIÃO JOSÉ VASQUES DE MORAES

Juiz Federal da 4ª Vara/AL"

Outrossim, também não houve o julgamento por esse juízo


da Impugnação ao Cumprimento de Sentença feita pela União através da
petição de ID nº 4058000.2443727, na qual a União, dentre outras
impugnações, questiona a destinação dos valores que pretende o
escritório jurídico.

Finalmente, há que chamar a atenção desse juízo para o fato


de que o escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS
possui contrato com a AMA (Associação dos Municípios), e NÃO com o
município de Maceió o qual, neste processo se faz representar por sua
Procuradoria Municipal, revelando que não tem vínculo algum com o
referido escritório.

Frise-se que, não bastasse o fato de o município se fazer


representar neste processo por sua Procuradoria, o escritório MONTEIRO

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E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS NÃO junta aos autos os

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documentos comprobatórios da observância das formalidades
estabelecidas pela Lei de Licitações para a contratação de escritório
jurídico ou profissional da área jurídica para representar o município.

Quanto a este ponto, perfeita a decisão proferida pelo juízo da


11ª Vara dessa mesma Seção Judiciária de Alagoas, in verbis:

"PROCESSO Nº: 0804466-25.2016.4.05.8000 -


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE CARNEIROS
ADVOGADO: Wesley Souza De Andrade e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
11ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

DECISÃO

O ponto controvertido, por ora, gira em torno sobre a retenção


de honorários contratuais sobre os valores recebidos para fins
de complementação de verbas do FUNDEF/FUNDEB.

Argumento a parte exequente que haveria erro material no


despacho que determinou a expedição de precatório sem
retenção dos honorários advocatícios contratuais, ao argumento
de que a questão já teria sido apreciada por este Juízo (id.
4058003.2171421).

Contrarrazões apresentadas pela União (id. 4058003.2228688)


e Ministério Público Federal (id. 4058003.2703466).

Decido.

Inicialmente, destaco que a decisão com id. 4058003.2066005,


em que apreciada a possibilidade de ou não de retenção de
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honorários contratuais sobre os valores recebidos, foi proferida

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em 20/06/2017, antes, portanto, de importantes decisões do
Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Constas da União,
bem como da revogação da resolução 405/2016 do Conselho da
Justiça Federal pela Resolução 458, de 4 de outubro de 2017,
os quais trazem novas luzes à questão.

As verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do


Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF)
e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(FUNDEB), objeto desta ação penal, têm sede constitucional e
seu repasse objetiva financiar a manutenção e o
desenvolvimento da educação, e bem assim a valorização do
magistério (cf. art. 60, § 3º, do ADCT, incluído pela EC nº
14/96).

Segundo os artigos 21 e 22 da Lei nº 11.494/2007 os recursos


do FUNDEB devem ser utilizados da seguinte forma:

"Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de


complementação da União, serão utilizados pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em
que lhes forem creditados, em ações consideradas como de
manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação
básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996.

§ 1o Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e


Municípios indistintamente entre etapas, modalidades e tipos de
estabelecimento de ensino da educação básica nos seus
respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

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§ 2o Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta

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dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União
recebidos nos termos do § 1o do art. 6o desta Lei, poderão ser
utilizados no 1o (primeiro) trimestre do exercício imediatamente
subseqüente, mediante abertura de crédito adicional.

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos
anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação
básica em efetivo exercício na rede pública.

Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo,


considera-se:

I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos


profissionais do magistério da educação, em decorrência do
efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da
estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito
Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos
sociais incidentes;

II - profissionais do magistério da educação: docentes,


profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao
exercício da docência: direção ou administração escolar,
planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e
coordenação pedagógica;

III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das


atividades de magistério previstas no inciso II deste parágrafo
associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou
estatutária, com o ente governamental que o remunera, não
sendo descaracterizado por eventuais afastamentos
temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que
não impliquem rompimento da relação jurídica existente".
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O art. 23 da mencionada Lei nº 11.494/2007 prevê que:

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"Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de


manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme
o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito,


internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao
financiamento de projetos, ações ou programas considerados
como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica".

Assim, de acordo com a Constituição Federal e a legislação


que a regulamenta, os recursos federais do FUNDEF/FUNDEB são
destinados exclusivamente à educação.

Outra não foi a conclusão do Supremo Tribunal Federal[1],


no julgamento da Ação Civil Ordinária - ACO nº 648-BA, com acórdão da lavra
do Min. Edson Fachin, Plenário em 06.09.2017, em que se decidiu que os
recursos do FUNDEF/FUNDEB vinculam-se à finalidade constitucional de
promoção do direito à educação, única possibilidade de dispêndio dessas
verbas públicas, consoante prevê a Lei nº 11.494/2007.

Nesse sentido, transcrevo notícia publicada do sítio eletrônico


do STF em 08.09.2017:

"Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal


(STF), em sessão nesta quarta-feira (6), condenou a União ao
pagamento de diferenças relacionadas à complementação do
Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). De
acordo com a decisão, o valor mínimo repassado por aluno
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em cada unidade da federação não pode ser inferior à média

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nacional apurada, e a complementação ao fundo, fixada em
desacordo com a média nacional, impõe à União o dever de
suplementação desses recursos. Também ficou
estabelecido que os recursos recebidos retroativamente
deverão ser destinados exclusivamente à educação.

A questão foi debatida nas Ações Cíveis Originárias (ACOs)


648, 660, 669 e 700, ajuizadas, respectivamente, pelos Estados
da Bahia, do Amazonas, de Sergipe e do Rio Grande do Norte.
O julgamento de hoje vale apenas para estas unidades da
federação e refere-se a valores apurados para os exercícios
financeiros de 1998 a 2007, quando o Fundef foi substituído
pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb). Também por maioria, o Plenário autorizou os ministros
a decidirem monocraticamente em novas ações sobre a mesma
matéria.

O Fundef foi instituído, por meio da Lei 9.424/1996, como fundo


financeiro de natureza contábil e sem personalidade jurídica,
gerido pela União e composto por 15% do ICMS e do IPI-
exportação arrecadados, e do mesmo percentual para fundos de
participação obrigatórios (FPE e FPM) e ressarcimento da União
pela desoneração de exportações. Não atingido o piso com a
aplicação apenas dos recursos estaduais e municipais, a lei
determinava o aporte da União para efetuar a complementação.

No entendimento dos estados, a União descumpriu a


determinação constitucional, pois efetuou a complementação
com base em coeficientes regionais, e não no Valor Médio Anual
por Aluno (VMAA). A União, por sua vez, alegou que os fundos

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seriam de natureza meramente contábil e independentes entre

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si, devendo ser calculados conforme critérios unicamente
regionais".
(http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteu
do=354959. Acesso em 07.02.2018). (grifo nosso).

Do mesmo modo, o Tribunal de Contas da União[2], por sua


vez, no Acórdão nº 1.824/2017, Plenário, também decidiu que a destinação de
valores relacionados a verbas do FUNDEF/FUNDEB, inclusive as quantias
pagas através de precatório, vinculam-se à finalidade constitucional de
promoção do direito à educação, nos termos do art. 60, do ADCT, com a
redação conferida pela EC 14/1996, e disposições da lei 11.494/2007.

Ademais, o Conselho da Justiça Federal editou a Resolução


458, de 4 de outubro de 2017, a qual revogou e resolução 405/2016, e
eliminou a previsão contida no art. 19 da Resolução 405, que tratava sobre
a possibilidade de destaque do montante da condenação dos honorários
contratuais.

Assim, de acordo com a atual resolução do CJF que disciplina


os procedimentos relativos à expedição de ofícios requisitórios, entre outras
providências, não há previsão de destaque do montante da condenação dos
honorários contratuais.

Para além disso, observo que o contrato (id. 4058003.1800297)


não demonstra ter sido precedido de licitação ou do procedimento formal de
inexigibilidade, conforme exigência para contratação com a Administração
Pública, a teor do que determina o art. 37, caput e XXI, da CF/88 e da Lei nº
8.666/93, observando-se, quando muito, a indicação de se tratar de hipótese de
inexigibilidade, sem, contudo, se fazer acompanhar do processo administrativo
correspondente.

Com efeito, de acordo com o art. 25, inciso II, § 1º da Lei de


Licitações[3], a licitação se torna inexigível quando houver inviabilidade de
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competição para a contratação de serviços técnicos, tais como os enumerados

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em seu art. 13, inciso V (patrocínio ou defesa de causas judiciais ou
administrativas), bem como para serviços de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização. Ademais, por força do que
determina o § 2º, do art. 54, da Lei nº 8.666/93, "Os contratos administrativos
decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos
termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta."

Destarte, ainda que o caso dos autos remeta à hipótese de


dispensa ou inexigibilidade de licitação, a formalização dos contratos debatidos
somente pode ser considerada válida se concretizada com a observância do
regramento formal legalmente estabelecido, através do qual restem
demonstradas, comprovadamente, as justificativas necessárias a autorizar a
inexigibilidade de licitar, notadamente quanto à singularidade do serviço e à
notória especialização do profissional ou empresa, os fundamentos relativos à
razão da escolha do fornecedor ou executante e justificativa do preço, não
sendo possível se prescindir do processo administrativo correspondente, a teor
do que determina o art. 26 da Lei nº 8.666/93[4].

Nesse sentido, trago à colação pertinente julgado do STF:

"IMPUTAÇÃO DE CRIME DE INEXIGÊNCIA INDEVIDA DE


LICITAÇÃO. SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. REJEIÇÃO DA
DENÚNCIA POR FALTA DE JUSTA CAUSA. A contratação
direta de escritório de advocacia, sem licitação, deve observar
os seguintes parâmetros: a) existência de procedimento
administrativo formal; b) notória especialização profissional;
c) natureza singular do serviço; d) demonstração da
inadequação da prestação do serviço pelos integrantes do
Poder Público; e) cobrança de preço compatível com o
praticado pelo mercado. Incontroversa a especialidade do
escritório de advocacia, deve ser considerado singular o serviço
de retomada de concessão de saneamento básico do Município
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de Joinville, diante das circunstâncias do caso concreto.

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Atendimento dos demais pressupostos para a contratação
direta. Denúncia rejeitada por falta de justa causa". (STF, Inq
3074, Relator Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma,
julgado em 26/08/2014). (Grifei).

Assentado nas mesmas linhas do entendimento acima


expendido, segue o recente julgado do TRF da 5ª Região, proferido nos autos
ao AGRT nº 0808735-51.2016.4.05.0000:

"EMENTA: PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E


ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
BLOQUEIO DE VALORES DE PRECATÓRIO EXPEDIDO EM
RAZÃO DE CONDENAÇÃO DA UNIÃO NA
COMPLEMENTAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEF.
DESTAQUE DE MONTANTE PARA PAGAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS.
DISCUSSÃO SOBRE A VALIDADE DO CONTRATO
ADMINISTRATIVO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
ADVOCATÍCIOS FIRMADO ENTRE O MUNICÍPIO E
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. CABIMENTO. LEGITIMIDADE
ATIVA DO MPF E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
PROBABILIDADE DO DIREITO. CONTRATAÇÃO
ENTABULADA SEM PRÉVIA LICITAÇÃO, NEM
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FORMAL DE
DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. ILICITUDE.
NULIDADE. INADMISSIBILIDADE DE PAGAMENTO COM
BASE EM CONTRATO NULO. AUSÊNCIA DE ESPAÇO PARA
DEDUZIR EVENTUAL PRETENSÃO INDENIZATÓRIA. ART.
59, DA LEI Nº 8.666/93. PERIGO DE DEMORA.
CONFIGURAÇÃO. PROVIMENTO.

[...]
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10. Neste caso, não se está discutindo a possibilidade de

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retenção de honorários advocatícios contratuais, ante a
natureza dos valores derivados do Processo nº 000233-
74.2006.4.06.8103, tratando-se de questão superada.
Quanto a essa questão, não há, aqui, espaço para debate,
à vista do que restou definido nos autos do AGTR nº
0802781-58.2015.4.05.0000, em alinhamento ao
entendimento do STJ e do TRF5, que, de seu lado, não
afasta a destinação vinculada, constitucional e legalmente,
dos recursos pagos a Municípios em função de ações
judiciais promovidas para a complementação das verbas
do FUNDEF, apenas excepcionando, dessa vinculação, o
montante necessário ao adimplemento dos honorários
advocatícios contratuais dos advogados contratados pelas
Municipalidades para a promoção das medidas judiciais
necessárias à recuperação dos valores não repassados
pela União, a tempo e modo.

11. O que, aqui, está em debate é a validade do contrato


celebrado entre o Município e o escritório de advocacia
demandados.

[...]

15. Precedentes do TRF5 sobre o cabimento de ação


própria, para discutir a regularidade do contrato de
prestação de serviços advocatícios.

[...]

18. Nos termos do art. 37, caput e XXI, da CF/88, e da Lei nº


8.666/93, a contratação pela Administração Pública exige

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prévia licitação ou procedimento administrativo formal de

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dispensa ou inexigibilidade.

19. Extrai-se dos autos que o contrato telado não foi precedido
de licitação, nem resultou de procedimento solene de dispensa
ou inexigibilidade de licitação, donde se conclui pela solidez da
tese de nulidade contratual defendida pela agravante.

20. Ainda que se tratasse de hipótese de dispensa ou


inexigibilidade de licitação, pela natureza do serviço (o que
não parece ser o caso), ela apenas se realizaria
validamente se tivesse sido respeitado o processo
administrativo correspondente, satisfeitos os requisitos
essenciais dispostos na Lei nº 8.666/93, a teor do seu art.
26.

21. Nos termos do art. 26, da Lei nº 8.666/93, a hipótese de


dispensa ou inexigibilidade de licitação não torna
prescindível a existência de procedimento administrativo
formal em que são apresentados, comprovadamente, os
fundamentos para a definição administrativa (razão da
escolha do fornecedor ou executante e justificativa do
preço).

[...]

24. Reforçam a conclusão de que inexistiu licitação ou


procedimento de dispensa ou inexigibilidade dois
aspectos documentados nestes autos: 1) em ofício dirigido
pela Municipalidade ao MPF, no âmbito do inquérito civil
que antecedeu o ajuizamento da ACP, restou afirmado pela
Prefeita subscritora que "a) o Município de Pacujá não
firmou contrato com escritório de advocacia com vistas a

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obter pela via judicial complementação de recursos do

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FUNDEF/FUNDEB; b) desempenha o mandato de Chefe do
Executivo desde 1º de janeiro de 2009 e não tem
conhecimento de que gestores anteriores tenham
realizado contrato neste sentido" (fl. eletrônica 453); 2) em
sua impugnação ao recurso, além de não afirmar que
houve licitação ou procedimento de
dispensa/inexigibilidade, o escritório agravado tece
considerações sobre situação em que o Poder Público,
"embora obrigado a contratar formalmente, opta por não
fazê-lo".

[...]

29. Agravo de instrumento provido". (TRF-5 - PROCESSO Nº:


0808735-51.2016.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
1ª Turma, RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Elio
Wanderley de Siqueira Filho - Data: 18/05/2017). (Grifei).

Assim, não se verifica que as contratações tenham sido


precedidas de licitação e, tampouco, que se enquadram na
hipótese de inexigibilidade de licitação, tudo conforme os
artigos 25, inciso II, § 1º e art. 13, V, ambos da Lei 8.666/93 e
entendimento do Tribunal de Contas da União no Acórdão
717/2005 (Processo 006.321/2003-9).

Diante do exposto, indefiro o pedido (id. 4058003.2171421)


de destaque dos honorários advocatícios contratuais no
precatório expedido nestes autos.

No mais, defiro o pedido do Ministério Público Federal de


redirecionamento do ofício de id. 2538731, bem como da
resposta de id. 2639575, à 2ª Vara Federal de Alagoas, a

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fim de que informe acerca da existência de bloqueio sobre

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o precatório em comento. Cumpra-se.

Cumpra-se o despacho com id. 4058003.2142528 no


tocante a expedição de precatório em favor do Município
credor, relativamente à parte incontroversa da dívida, sem
destaque de honorários advocatícios contratuais.

Com advento do pagamento, certifique-se. Em seguida, autos


conclusos.

Intimem-se as partes e o Ministério Público Federal do teor


desta decisão.

Intimações e demais providências necessárias.

Felini de Oliveira Wanderley


Juiz Federal da 14ª Vara, respondendo pela 11ª Vara
Ato n. 237/CR-TRF5, de 17 de abril de 2018.”

[1] http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959.
Acesso em 07.02.2018.

[2] http://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-determina-que-recursos-do-
fundeb-so-podem-ser-aplicados-na-area-da-educacao.htm. Acesso em
07.02.2018.

[3] Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,


em especial:

(...)

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de


natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

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(...)

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§ 1º. Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo
conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior,
estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe
técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir
que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena
satisfação do objeto do contrato.

[4] Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e


seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25,
necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo
de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de


retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os
seguintes elementos:

I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a


dispensa, quando for o caso;

II - razão da escolha do fornecedor ou executante;

III - justificativa do preço.

IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão


alocados."

Ante o exposto, requer a União seja mantida a suspensão


do processo até o trânsito em julgado da AR Nº 0800907-04.2016.4.05.0000.

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3. DO PEDIDO DE ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO:

O Código de Processo Civil, em seu art. 1019, assim reza, ad


litteram:

“Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no


tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso
de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no
prazo de 5 (cinco) dias:
(...)

I – poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou


deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente,
a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua
decisão;”

A relevância da fundamentação evidencia-se à luz de tudo que


restou aqui exposto. Os argumentos colacionados demonstraram, à exaustão,
que o pleito da Agravante encontra-se em harmonia ao ordenamento jurídico.

Por sua vez, o perigo de lesão grave ao erário também é


manifesto, caso seja mantida a decisão em relevo, diante da expedição de
ordem de vultoso pagamento indevido, sem olvidar ademais o efeito
multiplicador a gerar impacto nos cofres públicos pelas centenas de
execuções de sentença de igual natureza em trâmite na Justiça Federal em
Alagoas.

4. DOS REQUERIMENTOS

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Em face do exposto, requer a União:

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a) a reconsideração da decisão recorrida, afastando-se seus efeitos;

b) que seja recebido e conhecido o presente agravo, bem como que lhe
seja concedido efeito suspensivo, sustando-se integralmente os
efeitos da decisão, para fins de sobrestamento da expedição de
qualquer Precatório e/ou RPV até o julgamento final do presente
recurso, ou se já expedidos, que seja bloqueado o pagamento do
precatório;

c) o provimento integral do presente recurso, a fim de que seja


reconhecida a ilegitimidade ativa do Município-Exequente para a
execução do título coletivo proferido nos autos do processo de n.
0011204-19.2003.4.05.8000, extinguindo-se o feito sem exame de
mérito;

d) a condenação do exequente em honorários advocatícios;

e) a intimação do agravado, através do seu representante legal, para,


querendo, apresentar contrarrazões.

Ad cautelam, ficam desde já prequestionadas todas as normas


legais mencionadas no decorrer desta defesa, requerendo-se que Vossa
Excelência se digne a examinar as negativas de vigência dos respectivos
dispositivos constitucionais e de leis federais, a fim de que restem supridos os
requisitos das Súmulas 282 e 356, ambas do E. Supremo Tribunal Federal,
além dos artigos 255, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, e
321, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Pede deferimento.

Maceió, 14 de abril de 2019.

DANIELLE COSTA DE ALMEIDA RÊGO


Advogada da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000 39
Assinado eletronicamente por:
DANIELLE COSTA DE ALMEIDA - Procurador
19041423551341800000004420605
Data e hora da assinatura: 14/04/2019 23:55:52
Identificador: 4058000.4396932
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 39/39
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CERTIDÃO

CERTIFICA-SE que foi interposto AGRAVO DE INSTRUMENTO, referente ao processo originário de


nº 0807260-82.2017.4.05.8000, enviado em 14/04/2019 às 23:52.

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CERTIFICA-SE, ainda, que foram incluídos 116 documentos:
Nº Identificador Descrição Tipo do documento
AGRAVO DE INSTRUMENTO c.c. PEDIDO DE EFEITO
Ainda não gerado Petição Inicial
SUSPENSIVO-UNIÃO
Documento de
4058000.2252096 FUNDEF DIF - Correção de valores e memorial de calculos
Comprovação
Documento de
4058000.2252094 Cumprimento de sentença FUNDEF VMAA 98-2006
Comprovação
Documento de
4058000.2252097 FUNDEF DIF - FUNDEF repasses
Comprovação
Documento de
4058000.2252099 FUNDEF DIF - origens FUNDEF
Comprovação
Documento de
4058000.2252100 FUNDEF DIF - valor recebido e diferença devida
Comprovação
Documento de
4058000.2252101 FUNDEF DIF - VMAA quantitativo de matrícula
Comprovação
Documento de
4058000.2252106 FUNDEF DIF - índice IPCA E até citação
Comprovação
Documento de
4058000.2252107 FUNDEF DIF - índice IPCA E jul 09 a ago 17
Comprovação
Documento de
4058000.2252109 INICIAL
Comprovação
Documento de
4058000.2252113 inicial 2
Comprovação
Documento de
4058000.2252115 Sentença
Comprovação
Documento de
4058000.2252117 Acórdão 1
Comprovação
Documento de
4058000.2252121 Acordão 2
Comprovação
Documento de
4058000.2252122 Decisão Aresp e AgRg STJ
Comprovação
Documento de
4058000.2252128 Decisão ED e certidão Transito em julgado
Comprovação
Documento de
4058000.2252135 FUNDEF DIF - taxa selic
Comprovação
4058000.2465776 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2297137 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2264647 Despacho Despacho
Impugnação ao
4058000.2443727 Impugnação da União ao Cumprimento de Sentença Cumprimento de
Sentença
Documento de

1/4
fls. 218

4058000.2443730 PT IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Comprovação

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Petição (3º
4058000.2502494 PEDIDO DE RETENÇÃO - INTERVENÇÃO
Interessado)
Documento de
4058000.2502495 PEDIDO DE RETENÇÃO - INTERVENÇÃO - PDF
Comprovação
DOC. 01 - 11ª ALTERAÇÃO CONTRATUAL DA Documento de
4058000.2502496
MONTEIRO E MONTEIRO Comprovação

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DOC. 01 - ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO - Documento de
4058000.2502523
MONTEIRO E MONTEIRO Comprovação
Documento de
4058000.2502529 DOC. 01 - PROCURAÇÃO DA MONTEIRO
Comprovação
Documento de
4058000.2502526 DOC. 01 - CARTÃO CNPJ MONTEIRO PE
Comprovação
DOC. 02 - OAB BRUNO ROMERO PEDROSA Documento de
4058000.2502530
MONTEIRO Comprovação
Documento de
4058000.2502536 DOC. 03 - ESTATUTO
Comprovação
Documento de
4058000.2502540 DOC. 04 - CONTRATO - MONTEIRO x AMA
Comprovação
Documento de
4058000.2502543 DOC. 05 - DECLARAÇÃO AMA
Comprovação
DOC. 06 - DECISÃO EXECUÇÃO Nº Documento de
4058000.2502545
0800169-06.2015.4.05.8001 Comprovação
Documento de
4058000.2502548 DOC. 07 - ACÓRDÃO Nº 0803664-05.2015.4.05.0000
Comprovação
DOC. 08 - ATA DA ASSEMBLÉIA FPM FUNDEF INSS Documento de
4058000.2502549
ISS TELEFÔNIA E ENÉRGIA Comprovação
4058000.2536700 Resposta à impugnação da União. Réplica
Documento de
4058000.2536701 Resposta a impugnação de execução fundef vmaa
Comprovação
4058000.2653991 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2639632 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2665744 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.2633141 Decisão Decisão
4058000.3154798 Petição do Município de Maceió Petição
Pet continuação feito e inscrição precatório parte Documento de
4058000.3154799
incontroversa fundef vmaa Comprovação
Documento de
4058000.3154801 Certidão julgamento de rescisória
Comprovação
PETIÇÃO DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS
4058000.3160311 Petição
CONTRATUAIS - PDF
PETIÇÃO DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS Documento de
4058000.3160312
CONTRATUAIS - PDF Comprovação
4058000.3161482 Conclusão Certidão
4058000.3162795 Despacho Despacho
4058000.3173644 Intimação Expediente
4058000.3224414 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
Manifestação da União - pede que se aguarde trânsito em
4058000.3386684 Petição
julgado da AR
Manifestação da União - CORRETA - NÃO existem valores
4058000.3386691 Petição
incontroversos - pede permanência da suspensão
4058000.3407276 PETIÇÃO DE MANIFESTAÇÃO Petição

2/4
fls. 219

4058000.3407277 PETIÇÃO DE MANIFESTAÇÃO - PDF Documento de


Comprovação

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Documento de
4058000.3407278 DOC. 01 - ACÓRDÃO AMA
Comprovação
4058000.3421759 Despacho Despacho
4058000.3459762 Intimação Expediente
4058000.3459870 Certidão de Intimação Certidão de Intimação

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
4058000.3460242 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3503232 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4050000.12466852 Comunicações Comunicações
Anexos da
4050000.12466853 Anexos da Comunicação
Comunicação
4058000.3693145 Conclusão Certidão
4058000.3693445 PETIÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO Manifestação
Documento de
4058000.3693446 PETIÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO - PDF
Comprovação
4058000.3853620 CERTIDÃO Certidão
Documento de
4058000.3853621 Resp 1703697 - Certidão Julgamento STJ
Comprovação
4058000.3864608 Intimação Expediente
Embargos de
4058000.3887273 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Declaração
Documento de
4058000.3887274 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PDF
Comprovação
Manifestação da União - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA
4058000.3889297 Petição
- ILEGITIMIDADE - pede restrição de pagamento
4058000.3889672 Conclusão Certidão
4058000.3889674 Despacho Despacho
4058000.3893792 Intimação Expediente
4058000.3909543 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3910164 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
Contrarrazões aos Embargos de Declaração - Proc n Documento de
4058000.3951031
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF Comprovação
Contrarrazões aos Embargos de Declaração - Proc n
4058000.3951030 Contrarrazões
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
Juntada de leis municipais - Proc n
4058000.3951259 Petição
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF
Juntada de leis municipais - Proc n Documento de
4058000.3951260
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF Comprovação
Documento de
4058000.3951262 Lei Municipal n 2.065 de 1973
Comprovação
Documento de
4058000.3951264 Lei Municipal n 4.324 de 1994
Comprovação
4058000.3954812 Conclusão Certidão
4058000.3962108 PETIÇÃO Petição
Documento de
4058000.3962109 PETIÇÃO - PDF
Comprovação
DOC. 01 - DECISÃO - PROCESSO N° Documento de
4058000.3962110
0800018-43.2015.4.05.8000 Comprovação
4058000.3995704 Sentença Sentença
4058000.3998496 Intimação Expediente

3/4
fls. 220

4058000.4002062 Certidão de Intimação Certidão de Intimação

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4058000.4008738 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4010063 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4050000.13469879 Comunicações Comunicações
Anexos da
4050000.13469880 Anexos da Comunicação
Comunicação
Embargos de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
4058000.4024508 Embargos Declaratórios da União
Declaração
4058000.4025783 Conclusão Certidão
4058000.4025785 Conclusão Certidão
4058000.4025792 Despacho Despacho
4058000.4049050 Intimação Expediente
4058000.4052267 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4070839 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Documento de
4058000.4085837
PDF Comprovação
AGRAVO DE INSTRUMENTO c.c. PEDIDO DE EFEITO Documento de
Ainda não gerado
SUSPENSIVO-UNIÃO Comprovação
Impugnação aos
4058000.4085836 IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Embargos
DOC. 01 - DECISÃO - PROCESSO N° Documento de
4058000.4085838
0800018-43.2015.4.05.8000 Comprovação
4058000.4094246 Intimação Expediente
4058000.4094298 Contrarrazões aos Embargos de Declaração Petição
Contrarrazões aos Embargos de Declaração da União - Proc n Documento de
4058000.4094299
0807260-82.2017.4.05.8000 - FUNDEF Comprovação
4058000.4117055 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4100480 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4137571 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.4090341 Sentença Sentença
4058000.3889126 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3865587 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3865291 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4058000.3855301 Decisão Decisão
4058000.2252093 Cumprimento de sentença contra Fazenda Pública Petição Inicial
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19041423523963200000000000000 .

3 - Esta Certidão foi emitida em 14/04/2019 23:52 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 14/04/2019 23:52:39
Identificador: 4058000.4396927

4/4
fls. 221

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 17/03/2019 23:59, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 07/03/2019 16:13 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19030717470805700000004229179 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/03/2019 00:07 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 18/03/2019 00:07:22
Identificador: 4058000.4245492

1/1
fls. 222

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 17/03/2019 23:59, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 07/03/2019 16:13 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19030717470805700000004229179 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/03/2019 00:07 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 18/03/2019 00:07:21
Identificador: 4058000.4245491

1/1
fls. 223

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CERTIDÃO
CERTIFICO e dou fé que excluí a petição de id. 4198001, em cumprimento ao item 2 do despacho retro.

Maceió-AL, 8 de Março de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19030808532768800000004230689
Data e hora da assinatura: 08/03/2019 08:55:28
Identificador: 4058000.4209425
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 224

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 08/03/2019 08:30, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 07/03/2019 16:13 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19030717470805700000004229179 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 08/03/2019 08:30 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 08/03/2019 08:30:15
Identificador: 4058000.4209399

1/1
fls. 225

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A)/RÉ(U), na pessoa de seu representante legal, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório
anexo.

Maceió-AL, 7 de Março de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19030717470805700000004229179
Data e hora da assinatura: 07/03/2019 17:47:36
Identificador: 4058000.4207916
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 226

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

1. Chamo o feito à ordem, para considerar albergada na decisão com id. 4090341 as contrarrazões
(id. 4094298/9) interpostas pelo Município de Maceió/AL em face dos Embargos de Declaração (id.
4024508) deflagrados pela União Federal contra a sentença com id. 3995704. Isto porque, muito embora
as aludidas contrarrazões da edilidade tenham aportado nos autos quando já emanada por este Juízo a
sobredita decisão com id. 4090341, os fundamentos nesta esposados abrigam harmonicamente a tese
deduzida pelo ente municipal, sem qualquer prejuízo para o mesmo.

2. Noutro giro, determino o desentranhamento da petição com id. 4198001(Agravo de Instrumento),


introduzida nestes autos pelo Município de Maceió, eis que diz respeito ao Processo nº
0800083-96.2019.4.05.8000 (Ação Ordinária), em tramitação na 4ª Vara desta Seccional.

3. Por fim, cumpra a Secretaria o que determinado no despacho com id. 4183276 .

4. Providências necessárias.

Maceió, 07 de março de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19030715313718300000004228071
Data e hora da assinatura: 07/03/2019 16:13:17
Identificador: 4058000.4206808
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 227

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Proc. nº: 0807260-82.2017.4.05.8000

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
O MUNICÍPIO DE MACEIÓ , pessoa jurídica de Direito Público já qualificada nos autos, vem, perante
Vossa Excelência, por intermédio dos Procuradores do Município que esta subscrevem, informar que foi
protocolado por equívoco recurso de Agravo de Instrumento aos presentes autos.

Dessa maneira, requer que seja desentranhada dos autos a petição retro protocolada equivocadamente.

São os termos em que pede deferimento.

Maceió-AL, 07 de março de 2019.

FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO

Procurador do Município de Maceió

OAB/AL 12.175-A

SHEYLA SURUAGY AMARAL GALVÃO DO VALE

Procuradora do Município de Maceió

OAB/AL nº 11.829-B

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
SHEYLA SURUAGY AMARAL GALVAO - Procurador
19030715153338300000004227959
Data e hora da assinatura: 07/03/2019 15:21:55
Identificador: 4058000.4206696
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 228

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 1 de Março de 2019.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
19030113275205100000004219220
Data e hora da assinatura: 01/03/2019 13:28:22
Identificador: 4058000.4198043
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 229

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA FEDERAL DE ALAGOAS

13ª VARA FEDERAL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
INSPEÇÃO ORDINÁRIA - 2019

Ocorrência Data Prazo


Segue-se Despacho 15/03/2019

DESPACHO

Certifique o setor se já decorreu o prazo para interposição de recurso pela União Federal à decisão com id.
3855301.

Em não havendo a notícia do efeito suspensivo em sentido contrário, expeça-se o precatório da parte não
controvertida, em favor do Município de Maceió, cf. delineado na decisão supracitada, e nos termos da
decisão com id. 12466853, do E. TRF da 5ª Região.

Maceió, 25 de fevereiro de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Procurador(a) da República/AL Representante da OAB/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19022716343490500000004204441
Data e hora da assinatura: 27/02/2019 16:34:40
Identificador: 4058000.4183276
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 230

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 14/02/2019 23:59, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Sentença
registrado em 04/02/2019 15:19 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19020415191591800000004115344 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 15/02/2019 00:01 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 15/02/2019 00:01:21
Identificador: 4058000.4137571

1/1
fls. 231

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 11/02/2019 11:23, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Sentença registrado em 04/02/2019 15:19 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19020415191591800000004115344 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 11/02/2019 11:23 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 11/02/2019 11:23:59
Identificador: 4058000.4117055

1/1
fls. 232

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 06/02/2019 09:45, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Sentença registrado em 04/02/2019 15:19 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19020415191591800000004115344 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 06/02/2019 09:45 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 06/02/2019 09:45:44
Identificador: 4058000.4100480

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fls. 233

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
ALAGOAS.

Origem: Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Embargante: UNIÃO FEDERAL

Embargada: Município de Maceió

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob n.
12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua Procuradoria Geral, situada na Rua Dr.
Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, por conduto do seu Procurador infra assinado, vem, perante
Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art. 1.023, §2º, do Código de Processo Civil,
apresentar CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO , com base nos fatos e
fundamentos que passa a expor:

I - DA TEMPESTIVIDADE

O Município foi intimado da decisão agravada no dia 22/01/2019, conforme certidão ID


4058000.4052267, sendo dies a quo do prazo recursal o dia 23/01/2019, conforme disposição do art. 224
do CPC. Considerando que, nos termos do art. 1.023, §2º, do CPC, a resposta aos embargos de declaração
pode ser interposta em até 05 dias, e, ainda, que a contagem do referido prazo será em dias úteis e em
dobro, consoante mandamentos dos arts. 183 e 219 do CPC, tem-se como termo ad quem o dia
05/02/2019.

II - DA DECISÃO EMBARGADA

Inicialmente, o Município de Maceió requereu o cumprimento de sentença judicial que condenou a União
à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do VMAA, decorrente dos autos
do processo de conhecimento n. 0011204-19.2003.4.05.8000. Inconformada, a União apresentou
impugnação, apontando como devida a quantia de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões,
trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), conforme Parecer Técnico n.
2.442/2017 (ID 4058000.2443730).

Logo após a impugnação ao cumprimento de sentença, o Juízo de primeiro grau suspendeu a tramitação
do feito, em razão da liminar concedida na Ação Rescisória n. 0800907-4.2016.4.05.0000, também
proposta pela União, em tramitação no E. TRF 5ª Região. Contudo, referida Ação Rescisória foi julgada
improcedente no seu mérito em 30/05/2018, com a consequente revogação da tutela liminar anteriormente
concedida.

Por conseguinte, a municipalidade peticionou no Cumprimento de Sentença informando o resultado do


referido julgamento e requerendo a continuidade do feito, porém, ocorrendo o indeferimento. Por não
concordar com tal indeferimento, o Município de Maceió apresentou agravo de instrumento, o qual foi
dado provimento, no sentido de expedição de precatório em favor de Maceió, no valor incontroverso de
R$ R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e
três centavos).

Logo em seguida, o escritório de advocacia Monteiro e Monteiro Advogados Associados, ora embargante,

1/5
fls. 234

apresentou a petição de identificador 4058000.3693445, requerendo a expedição de precatório com


destaque dos honorários que alega ter direito. Tal pleito foi acertadamente e fundamentadamente

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
indeferido por este Juízo. Dessa decisão de indeferimento, o referido escritório opôs embargos de
declaração, o qual foi não obteve provimento.

Ocorre que, dessa decisão, a União opôs embargos de declaração, ora contraminutado, requerendo a
modificação da decisão e, por conseguinte, a declaração de ilegitimidade passiva do Município de Maceió

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
para executar o julgado que condenou a União ao pagamento das verbas decorrentes do FUNDEF, de
titularidade do Município de Maceió. Alegou que a decisão embargada foi omissa.

Ora, o Município de Maceió, entendendo que não há omissão na decisão, bem com que as alegações da
União fogem aos limites das matérias passíveis de embargos de declaração, apresenta esta contraminuta
de embargos, pugnando pela sua total improcedência, como exposto a seguir.

Eis os fatos, em síntese.

III - PRELIMINAR

- DO NÃO CONHECIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Para que sejam conhecidos os embargos de declaração, o CPC determina que a decisão atacada apresente
contradição, omissão, obscuridade ou erro material e que a parte que recorre comprove ao menos um
destes elementos.

Ora, nos embargos em questão não há o preenchimento deste simplório requisito, seja porque a
embargante alega suposta omissão que não tem natureza de omissão, seja porque a decisão atacada não
apresenta qualquer omissão. A decisão está embasada e bem fundamentada em entendimento recente e
firme do STJ.

A União levanta, por meio de embargos de declaração, na atual fase da fase executiva, a tese de que o
Município de Maceió é parte ilegítima para executar o seu crédito referente às verbas não pagas do
FUNDEF, deferido em sentença transitada em julgado.

Ora, isso é matéria a ser discutida em mérito de impugnação à execução e não em embargos de
declaração. Porém, na impugnação à execução apresentada pela União, id. 4058000.2443727, esta nem
mesmo suscitou esta tese ou apresentou este pedido. Ou seja, precluiu o direito de requerer suposta
ilegitimidade ativa do Município de Maceió na execução, pois não foi requerido no momento oportuno.
Requer agora, em sede de embargos de declaração, além de impossível, pois está precluso tal pedido, é
impossível também por não ser matéria passível de ser levantada via embargos de declaração.

Até mesmo na jurisprudência que apresenta, o AgInt no Resp 1679189/PE, constata-se que a União,
quando atuou em tal processo, onde litigava com a Associação dos Municípios de Pernambuco, fez
requerimento de declaração de ilegitimidade ativa na impugnação à execução. Muito diferente é o que faz
na presente ação, o que mostra que não é nos embargos de declaração que um pedido de ilegitimidade
ativa é cabível. Ademais, no caso da jurisprudência que colaciona, compulsando-se aquele processo,
constata-se que o estatuto daquela Associação não assegurava poderes para esta representar seus
municípios associados em juízo. Porém, no caso da AMA - Associação dos Municípios Alagoanos - seu
Estatuto prevê a possibilidade de representação dos municípios associados em juízo, como consta no
Estatuto anexado com a petição inicial da ação ordinária. Inclusive, com base em tais elementos que, na
sentença dessa ação principal, o Juízo afastou a alegação de ilegitimidade ativa da AMA argüida à época
pela União.

Portanto, não há qualquer omissão, obscuridade ou contradição ou mesmo erro material passível de ser
sanado por meio dos presentes embargos. Assim, merecem não ser conhecidos.

2/5
fls. 235

Ademais, tendo em vista o flagrante efeito protelatório dos embargos, pois não há qualquer omissão e por
se requerer pedido impossível, requer a condenação da União na multa do artigo 1.026, §2º do CPC.

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IV - DO MÉRITO

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Mesmo confiando no não conhecimento dos embargos de declaração, em face do princípio da
eventualidade passa-se a atacar o mérito do recurso.

- DESCABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Os embargantes pretendem o provimento de seu recurso para que seja destacada a ilegitimidade ativa do
Município de Maceió para executar sentença transitada em julgado que condenou a União a pagar verba
não repassada do FUNDEF, de titularidade do Município de Maceió.

Ora, além de ser questão nova, não levantada na impugnação à execução, o que já é fundamento
suficiente para seu indeferimento, um pedido de declaração de ilegitimidade ativa de quem é legalmente
titular do crédito é ilógico. Quer dizer que Maceió não pode executar o crédito que lhe é de direito,
determinado em uma sentença? Claro que pode e deve!

Insurge-se o embargante contra a possibilidade de execução individual em sentença coletiva. Porém, a


jurisprudência vintenária de todos os tribunais considera pacificada a questão da viabilidade de
propositura de ação individual para execução de sentença em ação coletiva.

Vale destacar que o FUNDEF é composto por receita decorrente do Fundo de Participação dos
Municípios, que é receita constitucionalmente assegurada a todos os Municípios brasileiros. Portanto,
cabe ao Município credor executar judicialmente a verba que inconstitucionalmente não lhe for repassada,
pois é o titular de tal direito.

Ademais, há um título executivo judicial transitado em julgado que enfrentou diversas questões, inclusive
a de ilegitimidade ativa da AMA, suscitada à época pela União. Em tal título executivo afastou-se a
alegação de ilegitimidade ativa da AMA e ficou consignado o crédito do Município de Maceió referente à
parcela do FUNDEF que deixou de receber da União. Como esta não cumpriu a determinação judicial
espontaneamente, restou ao credor, o Município de Maceió, executar o comando judicial. Portanto, não há
falar em ilegitimidade ativa de Maceió.

A respeito do tema, entende o STF que:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - TÍTULO JUDICIAL CONSUBSTANCIADOR DE


SENTENÇA COLETIVA - EFETIVAÇÃO EXECUTÓRIA INDIVIDUAL - POSSIBILIDADE
JURÍDICA - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO
INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM PROCESSO COLETIVO. - O fato de
tratar-se de mandado de segurança coletivo não representa obstáculo para que o interessado,
favorecido pela sentença mandamental coletiva, promova, ele próprio, desde que integrante do
grupo ou categoria processualmente substituídos pela parte impetrante, a execução individual
desse mesmo julgado. Doutrina. Precedentes. (RE 648621 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO,
Segunda Turma, julgado em 19/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-051)

Importante acrescer o entendimento da Corte Especial do STJ, firmado em recurso repetitivo, segundo o
qual "a liquidação e a execução individual de sentença genérica proferida em ação civil coletiva pode ser
ajuizada no foro do domicílio do beneficiário, porquanto os efeitos e a eficácia da sentença não estão
circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se

3/5
fls. 236

em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em
juízo" (REsp 1243887/PR, Rel. Ministro LUÍS FELIPE SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
19/10/2011, DJe 12/12/2011).

Por fim, mas não menos importante, constata-se que a União, ao apresentar os presentes embargos com o
único argumento de ilegitimidade ativa de Maceió para executar a sentença, incorre em violação da coisa
julgada. Afinal, a matéria trazida foi discutida na ação ordinária principal. A partir do momento em que se

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
decidiu quanto à alegação da União, na ocasião de sua contestação, sobre a ilegitimidade ativa da AMA
para aquela ação, não cabia mais suscitar a ilegitimidade ativa de Maceió no presente cumprimento de
sentença. Afinal, a relação processual (tanto da AMA, na ação ordinária; quanto do Município de Maceió,
no cumprimento de sentença) está intrínseca e já foi decidida. Suscitar de novo esta questão é violar o
trânsito em julgado e buscar embaraços processuais.

A jurisprudência apresentada pela União em sua peça de embargos não serve ao presente caso. Nesta
jurisprudência, o Estatuto da Associação pernambucana não assegurava poderes para esta representar seus
associados em juízo. No caso da AMA, como já ficou decidido na ação ordinária e como consta em seu
Estatuto juntado com a petição inicial, seu estatuto dava poderes para representar os associados em juízo,
o que ocorreu. Portanto, a União mais uma vez tenta induzir este Juízo a erro.

Dessa forma, em face de todos os argumentos apresentados, os embargos de declaração opostos pela
União devem ser totalmente improvidos.

- DA VENIRE PROCESSUAL

A proibição dos comportamentos contraditórios, também conhecido como venire contra factum proprium
, é um princípio enraizado em nosso ordenamento jurídico, de aplicação quase que pacífica nos tribunais,
notadamente ao se considerar a sua relação com o princípio da boa-fé objetiva e da segurança jurídica.

Por meio deste princípio, é vedado que uma parte adote um comportamento diverso daquele adotado
anteriormente, em verdadeira surpresa à outra parte, sendo evidente que se busca proteger com este
princípio a confiança e lealdade das relações jurídicas. A coerência, então, deve pautar as condutas das
partes a fim de se evitar a violação da legítima expectativa, que fora criada justamente por conta de
atitudes que foram tomadas ao longo da relação jurídica

O novo CPC, apesar de não positivar expressamente o princípio do venire contra factum proprium,
contém diversos artigos que em seu bojo trazem a ideia de que as partes litigantes não podem adotar
comportamentos contraditórios ao longo do curso processual e devem sempre prezar pela boa-fé, não
podendo se beneficiar de sua própria torpeza. Como exemplo, vale colacionar o artigo 5º:

Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a
boa-fé.

Compulsando-se os autos do processo principal, ação ordinária nº 2003.80.00.011204, constata-se que a


União levantou a tese de ilegitimidade ativa da Associação dos Municípios Alagoanos - AMA - para
ajuizar a ação principal, a qual foi rechaçada em todas as instâncias julgadoras, até o trânsito em julgado
da ação. Agora, em evidente postura contraditória, a União, por meio de embargos de declaração, levanta
a tese de que o Município de Maceió é ilegítimo para executar a decisão. Ou seja, a União traz
argumentos para todos os lados, em verdadeira postura contraditória: se não logrou êxito em um (o da
ilegitimidade da AMA) agora tenta outro (o da ilegitimidade do Município de Maceió). Ora, então antes a
União entendia que o Município de Maceió é que seria a parte legítima e agora, como não logrou êxito em
sua tese, argumenta que Maceió é parte ilegítima? Atitudes contraditórias como essa não condizem com o
processo civil.

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fls. 237

Ora, esse tipo de postura contraditória não condiz com o dever de lealdade e boa-fé das partes do
processo. Portanto, resta configurada a má-fé processual da União, nos termos do artigo 80, merecendo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
sua condenação por litigância de má-fé na forma prevista no artigo 81 do CPC.

V - CONCLUSÃO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Ante o exposto, requer o Município embargado digne-se Vossa Excelência a não conhecer o recurso de
embargos de declaração. Contudo, caso o conheça, que o mesmo não seja acolhido, conforme
fundamentação acima. Ainda, que haja a condenação da Embargante por litigância de má-fé, nos termos
do artigo 81 do CPC, bem como na multa do artigo 1.026, §2º do CPC.

Pede deferimento.

Maceió/AL, 06 de dezembro de 2018.

Fernando Antonio Reale Barreto

Procurador Municipal

OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
19020415222868000000004115396
Data e hora da assinatura: 04/02/2019 15:25:19
Identificador: 4058000.4094298
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 5/5
fls. 238

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
ALAGOAS.

Origem: Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000


Embargante: UNIÃO FEDERAL
Embargada: Município de Maceió

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ


sob n. 12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua Procuradoria Geral,
situada na Rua Dr. Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, por conduto do seu Procurador infra
assinado, vem, perante Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art. 1.023, §2º, do Código
de Processo Civil, apresentar CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com base
nos fatos e fundamentos que passa a expor:

I – DA TEMPESTIVIDADE
O Município foi intimado da decisão agravada no dia 22/01/2019, conforme certidão ID
4058000.4052267, sendo dies a quo do prazo recursal o dia 23/01/2019, conforme disposição do art.
224 do CPC. Considerando que, nos termos do art. 1.023, §2º, do CPC, a resposta aos embargos de
declaração pode ser interposta em até 05 dias, e, ainda, que a contagem do referido prazo será em
dias úteis e em dobro, consoante mandamentos dos arts. 183 e 219 do CPC, tem-se como termo ad
quem o dia 05/02/2019.

II – DA DECISÃO EMBARGADA
Inicialmente, o Município de Maceió requereu o cumprimento de sentença judicial que
condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do VMAA,
decorrente dos autos do processo de conhecimento n. 0011204-19.2003.4.05.8000. Inconformada, a
União apresentou impugnação, apontando como devida a quantia de R$ 260.300.323,33 (duzentos e
sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), conforme
Parecer Técnico n. 2.442/2017 (ID 4058000.2443730).
Logo após a impugnação ao cumprimento de sentença, o Juízo de primeiro grau
suspendeu a tramitação do feito, em razão da liminar concedida na Ação Rescisória n. 0800907-
4.2016.4.05.0000, também proposta pela União, em tramitação no E. TRF 5ª Região. Contudo,

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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referida Ação Rescisória foi julgada improcedente no seu mérito em 30/05/2018, com a consequente
revogação da tutela liminar anteriormente concedida.
Por conseguinte, a municipalidade peticionou no Cumprimento de Sentença informando o
resultado do referido julgamento e requerendo a continuidade do feito, porém, ocorrendo o
indeferimento. Por não concordar com tal indeferimento, o Município de Maceió apresentou agravo de
instrumento, o qual foi dado provimento, no sentido de expedição de precatório em favor de Maceió,
no valor incontroverso de R$ R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil,
trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos).
Logo em seguida, o escritório de advocacia Monteiro e Monteiro Advogados Associados,
ora embargante, apresentou a petição de identificador 4058000.3693445, requerendo a expedição de
precatório com destaque dos honorários que alega ter direito. Tal pleito foi acertadamente e
fundamentadamente indeferido por este Juízo. Dessa decisão de indeferimento, o referido escritório
opôs embargos de declaração, o qual foi não obteve provimento.
Ocorre que, dessa decisão, a União opôs embargos de declaração, ora contraminutado,
requerendo a modificação da decisão e, por conseguinte, a declaração de ilegitimidade passiva do
Município de Maceió para executar o julgado que condenou a União ao pagamento das verbas
decorrentes do FUNDEF, de titularidade do Município de Maceió. Alegou que a decisão embargada
foi omissa.
Ora, o Município de Maceió, entendendo que não há omissão na decisão, bem com que
as alegações da União fogem aos limites das matérias passíveis de embargos de declaração,
apresenta esta contraminuta de embargos, pugnando pela sua total improcedência, como exposto a
seguir.
Eis os fatos, em síntese.

III – PRELIMINAR
- DO NÃO CONHECIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Para que sejam conhecidos os embargos de declaração, o CPC determina que a decisão
atacada apresente contradição, omissão, obscuridade ou erro material e que a parte que recorre
comprove ao menos um destes elementos.
Ora, nos embargos em questão não há o preenchimento deste simplório requisito, seja
porque a embargante alega suposta omissão que não tem natureza de omissão, seja porque a
decisão atacada não apresenta qualquer omissão. A decisão está embasada e bem fundamentada
em entendimento recente e firme do STJ.

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Município de Maceió
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Procuradoria Judicial

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A União levanta, por meio de embargos de declaração, na atual fase da fase executiva, a
tese de que o Município de Maceió é parte ilegítima para executar o seu crédito referente às verbas
não pagas do FUNDEF, deferido em sentença transitada em julgado.
Ora, isso é matéria a ser discutida em mérito de impugnação à execução e não em
embargos de declaração. Porém, na impugnação à execução apresentada pela União, id.
4058000.2443727, esta nem mesmo suscitou esta tese ou apresentou este pedido. Ou seja, precluiu
o direito de requerer suposta ilegitimidade ativa do Município de Maceió na execução, pois não foi
requerido no momento oportuno. Requer agora, em sede de embargos de declaração, além de
impossível, pois está precluso tal pedido, é impossível também por não ser matéria passível de ser
levantada via embargos de declaração.
Até mesmo na jurisprudência que apresenta, o AgInt no Resp 1679189/PE, constata-se
que a União, quando atuou em tal processo, onde litigava com a Associação dos Municípios de
Pernambuco, fez requerimento de declaração de ilegitimidade ativa na impugnação à execução.
Muito diferente é o que faz na presente ação, o que mostra que não é nos embargos de declaração
que um pedido de ilegitimidade ativa é cabível. Ademais, no caso da jurisprudência que colaciona,
compulsando-se aquele processo, constata-se que o estatuto daquela Associação não assegurava
poderes para esta representar seus municípios associados em juízo. Porém, no caso da AMA –
Associação dos Municípios Alagoanos – seu Estatuto prevê a possibilidade de representação dos
municípios associados em juízo, como consta no Estatuto anexado com a petição inicial da ação
ordinária. Inclusive, com base em tais elementos que, na sentença dessa ação principal, o Juízo
afastou a alegação de ilegitimidade ativa da AMA argüida à época pela União.
Portanto, não há qualquer omissão, obscuridade ou contradição ou mesmo erro material
passível de ser sanado por meio dos presentes embargos. Assim, merecem não ser conhecidos.
Ademais, tendo em vista o flagrante efeito protelatório dos embargos, pois não há
qualquer omissão e por se requerer pedido impossível, requer a condenação da União na multa do
artigo 1.026, §2º do CPC.

IV – DO MÉRITO
Mesmo confiando no não conhecimento dos embargos de declaração, em face do
princípio da eventualidade passa-se a atacar o mérito do recurso.

- DESCABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

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Os embargantes pretendem o provimento de seu recurso para que seja destacada a
ilegitimidade ativa do Município de Maceió para executar sentença transitada em julgado que
condenou a União a pagar verba não repassada do FUNDEF, de titularidade do Município de Maceió.
Ora, além de ser questão nova, não levantada na impugnação à execução, o que já é
fundamento suficiente para seu indeferimento, um pedido de declaração de ilegitimidade ativa de
quem é legalmente titular do crédito é ilógico. Quer dizer que Maceió não pode executar o crédito que
lhe é de direito, determinado em uma sentença? Claro que pode e deve!
Insurge-se o embargante contra a possibilidade de execução individual em sentença
coletiva. Porém, a jurisprudência vintenária de todos os tribunais considera pacificada a questão da
viabilidade de propositura de ação individual para execução de sentença em ação coletiva.
Vale destacar que o FUNDEF é composto por receita decorrente do Fundo de
Participação dos Municípios, que é receita constitucionalmente assegurada a todos os Municípios
brasileiros. Portanto, cabe ao Município credor executar judicialmente a verba que
inconstitucionalmente não lhe for repassada, pois é o titular de tal direito.
Ademais, há um título executivo judicial transitado em julgado que enfrentou diversas
questões, inclusive a de ilegitimidade ativa da AMA, suscitada à época pela União. Em tal título
executivo afastou-se a alegação de ilegitimidade ativa da AMA e ficou consignado o crédito do
Município de Maceió referente à parcela do FUNDEF que deixou de receber da União. Como esta
não cumpriu a determinação judicial espontaneamente, restou ao credor, o Município de Maceió,
executar o comando judicial. Portanto, não há falar em ilegitimidade ativa de Maceió.
A respeito do tema, entende o STF que:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – TÍTULO JUDICIAL CONSUBSTANCIADOR DE
SENTENÇA COLETIVA – EFETIVAÇÃO EXECUTÓRIA INDIVIDUAL –
POSSIBILIDADE JURÍDICA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM
PROCESSO COLETIVO. - O fato de tratar-se de mandado de segurança coletivo não
representa obstáculo para que o interessado, favorecido pela sentença mandamental
coletiva, promova, ele próprio, desde que integrante do grupo ou categoria
processualmente substituídos pela parte impetrante, a execução individual desse
mesmo julgado. Doutrina. Precedentes. (RE 648621 AgR, Rel. Min. CELSO DE
MELLO, Segunda Turma, julgado em 19/02/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
051)

Importante acrescer o entendimento da Corte Especial do STJ, firmado em recurso


repetitivo, segundo o qual "a liquidação e a execução individual de sentença genérica proferida em
ação civil coletiva pode ser ajuizada no foro do domicílio do beneficiário, porquanto os efeitos e a
eficácia da sentença não estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e
subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extensão do dano e a

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qualidade dos interesses metaindividuais postos em juízo" (REsp 1243887/PR, Rel. Ministro LUÍS
FELIPE SALOMÃO, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/10/2011, DJe 12/12/2011).
Por fim, mas não menos importante, constata-se que a União, ao apresentar os presentes
embargos com o único argumento de ilegitimidade ativa de Maceió para executar a sentença, incorre
em violação da coisa julgada. Afinal, a matéria trazida foi discutida na ação ordinária principal. A partir
do momento em que se decidiu quanto à alegação da União, na ocasião de sua contestação, sobre a
ilegitimidade ativa da AMA para aquela ação, não cabia mais suscitar a ilegitimidade ativa de Maceió
no presente cumprimento de sentença. Afinal, a relação processual (tanto da AMA, na ação ordinária;
quanto do Município de Maceió, no cumprimento de sentença) está intrínseca e já foi decidida.
Suscitar de novo esta questão é violar o trânsito em julgado e buscar embaraços processuais.
A jurisprudência apresentada pela União em sua peça de embargos não serve ao
presente caso. Nesta jurisprudência, o Estatuto da Associação pernambucana não assegurava
poderes para esta representar seus associados em juízo. No caso da AMA, como já ficou decidido na
ação ordinária e como consta em seu Estatuto juntado com a petição inicial, seu estatuto dava
poderes para representar os associados em juízo, o que ocorreu. Portanto, a União mais uma vez
tenta induzir este Juízo a erro.
Dessa forma, em face de todos os argumentos apresentados, os embargos de declaração
opostos pela União devem ser totalmente improvidos.

- DA VENIRE PROCESSUAL
A proibição dos comportamentos contraditórios, também conhecido como venire contra
factum proprium, é um princípio enraizado em nosso ordenamento jurídico, de aplicação quase que
pacífica nos tribunais, notadamente ao se considerar a sua relação com o princípio da boa-fé
objetiva e da segurança jurídica.
Por meio deste princípio, é vedado que uma parte adote um comportamento diverso
daquele adotado anteriormente, em verdadeira surpresa à outra parte, sendo evidente que se
busca proteger com este princípio a confiança e lealdade das relações jurídicas. A coerência,
então, deve pautar as condutas das partes a fim de se evitar a violação da legítima expectativa, que
fora criada justamente por conta de atitudes que foram tomadas ao longo da relação jurídica
O novo CPC, apesar de não positivar expressamente o princípio do venire contra factum
proprium, contém diversos artigos que em seu bojo trazem a ideia de que as partes litigantes não
podem adotar comportamentos contraditórios ao longo do curso processual e devem sempre prezar

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
pela boa-fé, não podendo se beneficiar de sua própria torpeza. Como exemplo, vale colacionar o
artigo 5º:
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de
acordo com a boa-fé.

Compulsando-se os autos do processo principal, ação ordinária nº 2003.80.00.011204,


constata-se que a União levantou a tese de ilegitimidade ativa da Associação dos Municípios
Alagoanos – AMA – para ajuizar a ação principal, a qual foi rechaçada em todas as instâncias
julgadoras, até o trânsito em julgado da ação. Agora, em evidente postura contraditória, a União, por
meio de embargos de declaração, levanta a tese de que o Município de Maceió é ilegítimo para
executar a decisão. Ou seja, a União traz argumentos para todos os lados, em verdadeira postura
contraditória: se não logrou êxito em um (o da ilegitimidade da AMA) agora tenta outro (o da
ilegitimidade do Município de Maceió). Ora, então antes a União entendia que o Município de Maceió
é que seria a parte legítima e agora, como não logrou êxito em sua tese, argumenta que Maceió é
parte ilegítima? Atitudes contraditórias como essa não condizem com o processo civil.
Ora, esse tipo de postura contraditória não condiz com o dever de lealdade e boa-fé das
partes do processo. Portanto, resta configurada a má-fé processual da União, nos termos do artigo
80, merecendo sua condenação por litigância de má-fé na forma prevista no artigo 81 do CPC.

V – CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer o Município embargado digne-se Vossa Excelência a não
conhecer o recurso de embargos de declaração. Contudo, caso o conheça, que o mesmo não seja
acolhido, conforme fundamentação acima. Ainda, que haja a condenação da Embargante por
litigância de má-fé, nos termos do artigo 81 do CPC, bem como na multa do artigo 1.026, §2º do
CPC.
Pede deferimento.
Maceió/AL, 06 de dezembro de 2018.

Fernando Antonio Reale Barreto


Procurador Municipal
OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
19020415245431500000004115397
Data e hora da assinatura: 04/02/2019 15:25:19
Identificador: 4058000.4094299
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 6/6
fls. 244

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

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F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

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DECISÃO

Vistos etc.

1. Tratam-se de Embargos de Declaração (id. 4024508) interpostos pela União Federal contra a decisão
com id. 3998496, ao argumento de que a mesma teria incorrido em omissão, porque deixou de apreciar a
questão de ordem pública (também suscitada na petição com id. 3889397), relativa à ilegitimidade passiva
do exequente, em razão da ausência de autorização expressa conferida pelo Município de Maceió à
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA para a propositura da ação coletiva donde emanou o título
executivo objeto deste cumprimento de sentença, consoante assentado no RE 573232/SC (Adstrito ao
regime de repercussão geral.) e na jurisprudência do STJ e do TRF5.

2. Monteiro e Monteiro Advogados apresentou contra razões aos aclaratórios (id. 4085836),
pronunciando-se pela inexistência da cogitada omissão, pugnando pelo reconhecimento de sua
legitimidade ativa para estar na execução em tela.

3. É, no essencial, o relatório. Fundamento e decido .

4. Pois bem. Não há que se falar em omissão, porque a questão de ordem sob enfoque não passou ao largo
da apreciação deste Juízo, que, aliás, declinou as razões do não enfrentamento da matéria, nos seguintes
termos:

"16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência , não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência
da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO
que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida
instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, " a representação judicial dos Municípios,
ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

1/2
fls. 245

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

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III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal ( Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda
se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela altura não
havia posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do
Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria
do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao
tempo em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do
acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

5. Em verdade, a União pretende modificar o entendimento sufragado naquele julgado, desiderato a que
não servem os embargos de declaração.

6. Sendo assim, conheço dos embargos declaratórios, para, no mérito, negar-lhes provimento ,
mantendo a decisão recorrida, tal qual lançada.

Maceió/AL, 01 de fevereiro de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19020415191591800000004115344
Data e hora da assinatura: 04/02/2019 15:19:16
Identificador: 4058000.4094246
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 246

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DECISÃO

Vistos etc.

1. Tratam-se de Embargos de Declaração (id. 4024508) interpostos pela União Federal contra a decisão
com id. 3998496, ao argumento de que a mesma teria incorrido em omissão, porque deixou de apreciar a
questão de ordem pública (também suscitada na petição com id. 3889397), relativa à ilegitimidade passiva
do exequente, em razão da ausência de autorização expressa conferida pelo Município de Maceió à
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA para a propositura da ação coletiva donde emanou o título
executivo objeto deste cumprimento de sentença, consoante assentado no RE 573232/SC (Adstrito ao
regime de repercussão geral.) e na jurisprudência do STJ e do TRF5.

2. Monteiro e Monteiro Advogados apresentou contra razões aos aclaratórios (id. 4085836),
pronunciando-se pela inexistência da cogitada omissão, pugnando pelo reconhecimento de sua
legitimidade ativa para estar na execução em tela.

3. É, no essencial, o relatório. Fundamento e decido .

4. Pois bem. Não há que se falar em omissão, porque a questão de ordem sob enfoque não passou ao largo
da apreciação deste Juízo, que, aliás, declinou as razões do não enfrentamento da matéria, nos seguintes
termos:

"16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência , não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência
da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO
que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida
instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, " a representação judicial dos Municípios,
ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

1/2
fls. 247

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal ( Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda
se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela altura não
havia posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do
Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria
do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao
tempo em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do
acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

5. Em verdade, a União pretende modificar o entendimento sufragado naquele julgado, desiderato a que
não servem os embargos de declaração.

6. Sendo assim, conheço dos embargos declaratórios, para, no mérito, negar-lhes provimento ,
mantendo a decisão recorrida, tal qual lançada.

Maceió/AL, 01 de fevereiro de 2019.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
19020118245833700000004111436
Data e hora da assinatura: 04/02/2019 15:19:14
Identificador: 4058000.4090341
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 248

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 1 de Fevereiro de 2019.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
19020110201949400000004108711
Data e hora da assinatura: 01/02/2019 10:20:37
Identificador: 4058000.4087619
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 249

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , devidamente qualificada nos autos do


processo em epígrafe, através de seu advogado infra-assinado, vem, perante Vossa Excelência, apresentar
sua IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO apresentado pela UNIÃO FEDERAL ,
diante dos argumentos que passam a expor:

I - BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

No dia 18/09/2018, a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região, deferiu efeito
suspensivo ativo ao agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, interposto pelo município de
Maceió, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos recursos, dando
regular prosseguimento ao cumprimento de sentença.

Antes da expedição do requisitório, o escritório de advocacia, ora embargante, nos termos do artigo 22, §
4º, da Lei 8.906/1994, requereu a retenção dos honorários contratuais, sendo indeferido o pedido, nos
seguintes termos:

No que tange à pretensão de expedição de requisitório da parte incontroversa do valor exequendo, assiste
razão ao postulante. De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no Agravo de Instrumento sob
referência, o eminente Relator foi taxativo ao concluir a sua fundamentação dizendo: "6. Deferimento do
efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos
recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento da sentença." Portanto, a ordem tem de ser
prontamente cumprida.

Passo à análise do pedido de destaque dos honorários contratuais, referido como reiteração do pleito
deflagrado na petição com id. 2502494.

Pois bem. Apesar da previsão legal (art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/1994) autorizando o destaque de
honorários contratuais da quantia a ser recebida pelo constituinte, quando juntado o contrato respectivo
antes do mandado de levantamento ou da expedição do precatório, o caso em tela reclama atenção
especial, pelo fato de os recursos a serem recebidos pela edilidade (constituinte da sociedade de
advogados postulante) versarem sobre verbas oriundas de diferença do FUNDEB, cuja destinação está
vinculada à educação, por imperativo constitucional.

1/9
fls. 250

É bem verdade que o entendimento prevalecente na jurisprudência do TRF da 5ª e, sobretudo, do Superior

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Tribunal de Justiça (consoante evidenciam as ementas de julgado colacionadas pelo postulante) dava
guarida à tese sustentada por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS. Todavia, a 1ª
Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao decidir o mérito do REsp nº 1.703.697/PE, em 10/10/2018,
superou o entendimento até então sufragado, deixando assentado que não é possível a retenção de
honorários advocatícios contratuais em precatório que veicula pagamento de verbas oriundas do
FUNDEB.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Vale salientar, por oportuno, que, em razão de o julgado sob enfoque ainda não estar disponibilizado para
consulta pública, deixo de transcrever sua ementa, mas trago à conferência excerto da certidão da
tramitação do feito que contém a sua confirmação, extraído da consulta processual disponibilizada no
Portal daquela C. Corte . Confira-se: (...) em 10 de Outubro de 2018, PROCLAMAÇÃO FINAL DE
JULGAMENTO: "PROSSEGUINDO NO JULGAMENTO, A SEÇÃO, POR MAIORIA, VENCIDA A
SRA. MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES, DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, NOS
TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR."

Em reforço à fundamentação desta decisão, trago à lume julgado monocrático da lavra do eminente
Ministro Benedito Gonçalves, que, ainda mais recentemente (16/10/2018), negou provimento ao REsp
1.694.644/AL, interposto pelo Município de Jacaré dos Homens, deste Estado, também patrocinado pela
sociedade de advogados ora requerente, arrimado no precedente supra mencionado (REsp 1.703.697/PE).

Inconformados, o escritório opôs embargos de declaração e a União Federal pugnou pela extinção da
execução, sendo negado provimento aos embargos e indeferido o pedido do referido ente, em síntese, nos
seguintes termos:

15. No que concerne ao pedido de indeferimento da pretensão do escritório MONTEIRO E visando à


imediata expedição MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS de requisição de pagamento dos valores
incontroversos, vale ressaltar que tal matéria já restou apreciada na decisão com id. 3855301 (ora
embargada), onde, inclusive, ficou esclarecido que a determinação de prosseguimento desta execução,
com expedição de precatório em relação à parte incontroversa, resultou de determinação do E. TRF da 5ª
Região.

16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na
vigência da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega
a UNIÃO que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de
indevida instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, " a representação judicial dos
Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,

2/9
fls. 251

conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal ( Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se
tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela altura não havia
posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do Ministro
TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.

Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a
ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000,
posto sob a relatoria do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito (
Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao tempo
em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do acórdão
espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido de emanação de ordem de restrição de
pagamento para os valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de apreciação pelo E. TRF da
5ª Região em sede de Agravo de Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de produzir
decisões conflitantes.

18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS para juntar
nos autos procuração e contrato de honorários advocatícios ASSOCIADOS firmado com a edilidade,
tenho que tal medida mostra-se desnecessária, porque, na última decisão proferida por este Juízo nestes
autos, a pretensão de receber honorários contratuais por conta de valores emanados do FUNDEB foi
indeferida.

20. Diante de todo o exposto ;

a) - conheço dos embargos declaratórios interpostos pelo escritório de advocacia MONTEIRO E


MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS (id. 3887273/4), para, no mérito, negar-lhes provimento ,
mantendo a decisão impugnada, tal qual lançada;

b) - indefiro os pedidos da União Federal, consubstanciados na petição com id. 3889397.

Inconformada, a União opõe embargos de declaração alegando omissão da decisão, em relação à questão
de ordem pública relativa à ilegitimidade passiva do município-exequente em razão da ausência de
autorização expressa conferida à AMA pelo Município exequente para a propositura da ação coletiva
(Aplicação do Repetitivo do STF no RE 573232/SC).

3/9
fls. 252

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Com a devida venia , a argumentação da União carece de fundamentação jurídica, conforme adiante
restará demonstrado.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
II - INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. DA COISA JULGADA.

De logo, deve ser esclarecido que consta dos autos os fundamentos que levaram a negativa de provimento
dos pedidos da União, quais sejam:

(...).

16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido de emanação de ordem de restrição de
pagamento para os valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de apreciação pelo E. TRF da
5ª Região em sede de Agravo de Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de produzir
decisões conflitantes.

18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS para juntar
nos autos procuração e contrato de honorários advocatícios ASSOCIADOS firmado com a edilidade,
tenho que tal medida mostra-se desnecessária, porque, na última decisão proferida por este Juízo nestes
autos, a pretensão de receber honorários contratuais por conta de valores emanados do FUNDEB foi
indeferida.

Deste modo, nota-se que a União busca nova apreciação da matéria, situação não previstas nas hipóteses
do artigo 1.022, do CPC - 15.

Todavia, caso a alegação da União seja conhecida, o que sinceramente não acredita, melhor sorte não lhe
assiste.

Pois bem.

Não subsiste a uma análise mais profunda dos autos a alegação da União de que não houve autorização

4/9
fls. 253

pra a propositura ação de conhecimento, uma vez que deste sua primeira intervenção a Procuradoria
expressamente confirmou que autorizou a propositura da ação e anuir com a contratação do escritório.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Vejamos trechos das manifestações do município:

( Identificador: 4058000.2252094, pag. 1).

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Cuida a hipótese de AÇÃO ORDINÁRIA intentada pela AMA -

Associação dos Municípios Alagoanos, em favor de seus filiados, e patrocinada pelo escritório de
advocacia MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS, pleiteando, no mérito, a
condenação da União a repassar quantia equivalente aos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os municípios
alagoanos deixaram de receber, na vigência da Lei n.º 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo
Anual por Aluno (VMAA) abaixo da média nacional.

( Identificador: 4058000.2536701 , pag 18):

(...).

Por fim, com relação ao pedido de Identificador: 4058000.2502494, esta municipalidade vem se
manifestar no sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que
foram requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à
contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a ação coletiva nº.
0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg
no AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp

1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é possível ao patrono da causa, em seu
próprio nome, requerer o

destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do

contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de
levantamento ou precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é

legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão constitucional de vinculação à educação, não retira
do patrono

o direito à percepção da mesma.

Por outro lado, a matéria alegada já se encontra acobertada pela coisa julgada. Nesse sentido,
transcreve-se trecho do voto do Exmo. Desembargador Federal relator no processo de conhecimento
(Identificador: 4058000.2252121):

"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome
dos municípios que lhes são associados, em típica relação de representação, fundada no art. 5º, inciso
XXI, da Constituição Federal.

5/9
fls. 254

2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o ajuizamento da ação e com a
lista dos municípios associados (Lei nº 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274.

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3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.

(...)"

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Dessa forma, o título executivo transitado em julgado foi explícito ao afirmar que a associação
representou, na ação coletiva, todos os seus associados (municípios) constantes da relação acostada às fls.
44 e 274 daquela demanda, da qual consta o Município de Maceió, conforme pode constatar a União, que
participou da demanda.

Logo, se a União discordava do julgamento, e entendia que não havia sido demonstrada a condição de
associado dos Municípios constantes de tal relação, ou que era necessária a apresentação de autorizações
individuais, deveria ter interposto recurso contra o acórdão, não sendo possível, entretanto, após o seu
trânsito em julgado e durante a execução, pretender rediscuti-lo.

Neste sentido, decisão proferida pelo eminente juízo da 2ª Vara Federal de Alagoas em causa idêntico a
dos autos ( DOC. 01 ).

Por fim, é importante destacar a repercussão geral analisada pelo STF, no tema nº 848:

Legitimidade para executar sentença em ação coletiva na hipótese em que o título transitado em
julgado define explicitamente os titulares do direito.

No acórdão, o eminente Ministro Relator, o saudoso Ministro TEORI ZAVASCKI, expressamente


consignou o seguinte:

Ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO DE


SENTENÇA CONDENATÓRIA GENÉRICA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA
POR ASSOCIAÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. A presente demanda
consiste em execução individual de sentença proferida em ação civil pública. O recurso extraordinário
suscita a ilegitimidade ativa dos exequentes, ao argumento de que não deram autorização individual
e específica à associação autora da demanda coletiva para os representarem no processo de
conhecimento, tampouco demonstraram sua condição de associados. Alega-se ofensa ao art. 5º, XXI
e XXXVI, da Constituição, bem como ao precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal
formado no julgamento do RE 573.232/S C. 2. Ocorre que, conforme atestaram as instâncias
ordinárias, no dispositivo da sentença condenatória genérica proferida no processo de
conhecimento desta ação civil pública, constou expressamente sua aplicabilidade a todos os
poupadores do Estado de Santa Catarina. Assim, o fundamento da legitimidade ativa para a
execução, no caso, dispensa exame sobre a necessidade de autorização das associações para a

6/9
fls. 255

representação de seus associados. Em verdade, o que está em jogo é questão sobre limites da coisa
julgada, matéria de natureza infraconstitucional cuja repercussão geral, inclusive, já foi rejeitada

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por esta Corte em outra oportunidade (ARE 748.371-RG, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de
1º/8/2013). 3. Outrossim, ao tratar dos limites subjetivos de sentença condenatória genérica proferida nos
autos de ação civil pública ajuizada por associação, o Tribunal de origem valeu-se de disposições da Lei
7.347/85 e do Código de Defesa do Consumidor, cujo exame é inviável em recurso extraordinário. 4. É
cabível a atribuição dos efeitos da declaração de ausência de repercussão geral quando não há

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matéria constitucional a ser apreciada ou quando eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma
indireta ou reflexa (RE 584.608-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 13/3/2009). 5. Ausência de
repercussão geral da questão suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.

(ARE 901963 RG, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, julgado em 10/09/2015, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-183 DIVULG 15-09-2015 PUBLIC 16-09-2015 ) (grifo nosso).

Desta forma, quando o título coletivo transitado em julgado expressamente identifica quem seriam os
beneficiados, dispensa-se o exame sobre a necessidade de autorização das associações para a
representação de seus associados.

No mesmo norte, o STJ:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO


REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. VÍCIO NO
ACÓRDÃO REGIONAL. INOVAÇÃO RECURSAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. AÇÃO
ORDINÁRIA COLETIVA AJUIZADA POR ENTIDADE ASSOCIATIVA. PERCENTUAL DE
84,32%, DE MARÇO DE 1990. PLANO COLLOR. LEGITIMIDADE. SERVIDORES DA SUCAM EM
PERNAMBUCO. ASSOCIADOS NA DATA DA PROPOSITURA DA AÇÃO. COISA JULGADA
ASSEGURADA. APRESENTAÇÃO DE LISTA NOMINAL. ADVENTO DA MP N. 1.798-1/1999.
IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 573.232/SC. JULGADO
QUE NÃO SE AMOLDA AO CASO DOS AUTOS. INAPLICABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL
PROVIDO.

1. Inviável a análise de matéria não suscitada nas razões do recurso especial, por constituir inovação
recursal.

2. A Ação Ordinária de reposição de vencimentos foi interposta pela Associação dos Servidores da
SUCAM em Pernambuco - ASSUPE contra a União Federal, objetivando a aplicação do percentual de
84,32%, de março de 1990, tendo sido instruída com uma relação de 387 (trezentos e oitenta e sete)
associados.

3. Ainda no conhecimento, após a decisão que assegurou aos servidores da SUCAM em Pernambuco o
reajuste de 84,32%, foi proferida decisão no sentido de que só poderiam ser considerados como

7/9
fls. 256

integrantes do polo ativo da relação processual aqueles associados na data da propositura da ação.

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4. Em execução, a ASSERFESA - Associação dos Servidores Públicos Federais da Saúde em
Pernambuco, na qualidade de substituta da ASSUPE - Associação dos Servidores da SUCAM em
Pernambuco, acostou aos autos a relação dos supostos substituídos em número de 1.372 (hum mil,
trezentos e setenta e dois) associados a mais dos 387 (trezentos e oitenta e sete) já existentes. Foi decidido
que seria incabível acrescentar novos associados ao número de substituídos apontados na exordial.

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5. O Tribunal de origem, em apelação, manifestada pela União Federal, contra a sentença que rejeitou os
embargos à execução, considerando a exigência de juntada de lista de beneficiários em ação coletiva,
concluiu que a execução deveria ser extinta, considerando não existir legitimados para figurar no pólo
ativo da mesma.

5. A Associação interpôs recurso especial pretendendo, em suma, assegurar a coisa julgada formada no
processo de conhecimento para os associados que à época da propositura da ação faziam parte de seu
quadro, independente da apresentação de lista nominal. O recurso foi parcialmente provido pelo então em.
Ministro Relator.

6. A União interpôs agravo regimental, arguindo que a Associação não teria legitimidade para
atuar na execução substituindo todos os seus associados, mas somente aqueles abrangidos pelo
título executivo, que teriam apresentado expressa autorização. Apontou divergência jurisprudencial
com o precedente do Supremo Tribunal Federal, firmado nos autos do RE n. 573.232/SC, julgado
sob a sistemática da repercussão geral. Em juízo monocrático, decisão foi reconsiderada para
aplicação do entendimento do Supremo Tribunal Federal de não ser possível a execução de título
judicial, decorrente de ação ordinária coletiva ajuizada por entidade associativa, por aqueles que
não conferiram autorização individual expressa e não constaram da lista juntada na inicial.

7. A Associação sustenta a impropriedade de aplicação do precedente do STF no RE n. 573.232/SC ao


presente caso.

8. Com efeito, o caso dos autos não se amolda ao julgado do Supremo Tribunal Federal, pois cuida
de execução, cuja ação de conhecimento foi proposta por associação - ASSUPE e transitou em
julgado sem que fosse discutida qualquer tese de ilegitimidade. In casu, o pleito inaugural foi
acolhido integralmente para beneficiar todos os filiados da SUCAM em Pernambuco - ASSUPE
com o reajuste de 84,32% de março de 1990 - Plano Collor, afigurando-se imutável a coisa julgada
formada naquela fase processual.

9. No precedente do Supremo Tribunal Federal, RE n. 573.232, o título judicial havia limitado o


alcance subjetivo da decisão ao legitimar apenas os associados que houvessem dado, na data do
ajuizamento da ação, autorização para postular em seu nome e que constassem da lista de
beneficiários, ou seja, nesse caso, foi garantida a coisa julgada formada na fase de conhecimento do
respectivo processo.

10. A exigência de juntada de lista de beneficiários em ação coletiva surgiu apenas com o advento da MP
n. 1.798-1/1999, não devendo atingir as ações anteriormente ajuizadas e que, inclusive, possuem trânsito
em julgado anterior.

11. Desse modo, correta a interpretação dada no sentido de que só possuem legitimidade para a
execução versada os servidores que se encontravam filiados à ASSUPE no momento da propositura
da ação de conhecimento. Assim como também errônea seria a conclusão no sentido de se
considerar como parte legítima apenas aqueles associados que expressamente autorizassem a
postulação em seu nome e constassem da lista de beneficiários, pois assim se desprezaria a coisa
julgada nascida da ação de conhecimento.

Agravo regimental provido para dar parcial para provimento ao recurso especial da ASSERFESA,
reconhecendo a legitimidade para a propositura da ação executiva aos servidores que, no momento do

8/9
fls. 257

ajuizamento da ação cognitiva, lograram comprovar estarem associados à ASSUPE.

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(AgRg no AgRg nos EDcl no REsp 1160663/PE, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA
TURMA, julgado em 02/08/2016, DJe 10/08/2016) (grifo nosso).

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Neste contexto, deve ser preservada a coisa julgada, devendo ser negado provimento aos embargos de
declaração da União.

III - DO REQUERIMENTO FINAL

Ante o exposto, requer o ora Embargado, com o devido acato, que seja negado provimento ao presente
recurso.

Termos em que,

Pedem e espera deferimento.

Recife/PE, 31 de janeiro de 2019.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
19013116390145800000004106927
Data e hora da assinatura: 31/01/2019 16:42:15
Identificador: 4058000.4085836
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 9/9
fls. 258

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA

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DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº


0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, devidamente qualificada nos autos do processo em
epígrafe, através de seu advogado infra-assinado, vem, perante Vossa
Excelência, apresentar sua IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE

DECLARAÇÃO apresentado pela UNIÃO FEDERAL, diante dos


argumentos que passam a expor:

I – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

No dia 18/09/2018, a Segunda Turma do Egrégio


Tribunal Regional Federal da 5ª Região, deferiu efeito suspensivo ativo ao
agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, interposto pelo
município de Maceió, para determinar a expedição do precatório sobre a
parcela incontroversa dos recursos, dando regular prosseguimento ao
cumprimento de sentença.

Antes da expedição do requisitório, o escritório de


advocacia, ora embargante, nos termos do artigo 22, § 4º, da Lei

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8.906/1994, requereu a retenção dos honorários contratuais, sendo

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indeferido o pedido, nos seguintes termos:

No que tange à pretensão de expedição de requisitório da parte


incontroversa do valor exequendo, assiste razão ao postulante.
De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no Agravo de
Instrumento sob referência, o eminente Relator foi taxativo ao
concluir a sua fundamentação dizendo: "6. Deferimento do
efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do
precatório sobre a parcela incontroversa dos recursos, dando
regular prosseguimento ao cumprimento da sentença."
Portanto, a ordem tem de ser prontamente cumprida.
Passo à análise do pedido de destaque dos honorários
contratuais, referido como reiteração do pleito deflagrado na
petição com id. 2502494.
Pois bem. Apesar da previsão legal (art. 22, § 4º, da Lei nº
8.906/1994) autorizando o destaque de honorários contratuais
da quantia a ser recebida pelo constituinte, quando juntado o
contrato respectivo antes do mandado de levantamento ou da
expedição do precatório, o caso em tela reclama atenção
especial, pelo fato de os recursos a serem recebidos pela
edilidade (constituinte da sociedade de advogados postulante)
versarem sobre verbas oriundas de diferença do FUNDEB, cuja
destinação está vinculada à educação, por imperativo
constitucional.
É bem verdade que o entendimento prevalecente na
jurisprudência do TRF da 5ª e, sobretudo, do Superior Tribunal
de Justiça (consoante evidenciam as ementas de julgado
colacionadas pelo postulante) dava guarida à tese sustentada
por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.
Todavia, a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao decidir
o mérito do REsp nº 1.703.697/PE, em 10/10/2018, superou o
entendimento até então sufragado, deixando assentado que

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não é possível a retenção de honorários advocatícios
contratuais em precatório que veicula pagamento de verbas

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oriundas do FUNDEB.
Vale salientar, por oportuno, que, em razão de o julgado sob
enfoque ainda não estar disponibilizado para consulta pública,
deixo de transcrever sua ementa, mas trago à conferência
excerto da certidão da tramitação do feito que contém a sua
confirmação, extraído da consulta processual disponibilizada
no Portal daquela C. Corte . Confira-se: (...) em 10 de Outubro
de 2018, PROCLAMAÇÃO FINAL DE JULGAMENTO:
"PROSSEGUINDO NO JULGAMENTO, A SEÇÃO, POR
MAIORIA, VENCIDA A SRA. MINISTRA ASSUSETE
MAGALHÃES, DEU PROVIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL, NOS TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO
RELATOR."
Em reforço à fundamentação desta decisão, trago à lume
julgado monocrático da lavra do eminente Ministro Benedito
Gonçalves, que, ainda mais recentemente (16/10/2018), negou
provimento ao REsp 1.694.644/AL, interposto pelo Município
de Jacaré dos Homens, deste Estado, também patrocinado
pela sociedade de advogados ora requerente, arrimado no
precedente supra mencionado (REsp 1.703.697/PE).

Inconformados, o escritório opôs embargos de


declaração e a União Federal pugnou pela extinção da execução, sendo
negado provimento aos embargos e indeferido o pedido do referido ente,
em síntese, nos seguintes termos:

15. No que concerne ao pedido de indeferimento da pretensão


do escritório MONTEIRO E visando à imediata expedição
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS de requisição de
pagamento dos valores incontroversos, vale ressaltar que tal
matéria já restou apreciada na decisão com id. 3855301 (ora

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embargada), onde, inclusive, ficou esclarecido que a
determinação de prosseguimento desta execução, com

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expedição de precatório em relação à parte incontroversa,
resultou de determinação do E. TRF da 5ª Região.
16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja
suspenso, até o julgamento da "Questão de Ordem" de que ora
se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª
Vara revogue a decisão que determinou a suspensão de todos
os processos formados a partir da Ação nº 0011204-
19.2003.4.05.8000, importa consignar que tal matéria está
compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não
cabendo a este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal.
Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da reportada AR
pelo E. TRF da 5ª Região:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE
ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS.
COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO RESCISÓRIA.
I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a
relatoria do Desembargador Federal MANOEL ERHARDT (AC
348312), que assegurou aos Municípios representados pela
ora RÉ (a ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a
percepção do que deixaram de receber, na vigência da Lei
9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por
Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO que o acórdão deve ser
rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através
de indevida instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art.
12. II, " a representação judicial dos Municípios, ativa e
passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou
Procurador."
II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios
substituídos como litisconsortes necessários, conforme
requerido pelo Município de Maceió/AL.

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III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a
reforma do julgado em baila. Ao primeiro ponto, por não ter

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ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi
base da decisão turmária a representação dos entes
federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra
o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil, não
devendo ser invocada a cláusula de violação a literal
dispositivo de lei, até mesmo porque no julgamento da
Segunda Turma o tema representação processual foi focado
sob o art. 5º, XXI, da Constituição Republicana e não sob o fito
do art. 12, II do CPC/1973.
IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a
dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal ( Não
cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei,
quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal
de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela
altura não havia posição firme como a que foi adotada
posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do
Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é
ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o
julgado deste Regional é de 06.05.2008.
V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária
que lhe foi desfavorável, fez com que a UNIÃO manejasse
demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo
como alvo a ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE
PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000,
posto sob a relatoria do Desembargador Federal VLADIMIR
SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).
VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em
formação plenária, a matéria sob apreciação não se adéqua
aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal
dispositivo de lei, já que ao tempo em que foi levada a

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julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como
fundamento do acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973,

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mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.
VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da
liminar que obstaculizou o acesso dos Municípios substituídos
aos recursos financeiros questionados.
17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido
de emanação de ordem de restrição de pagamento para os
valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de
apreciação pelo E. TRF da 5ª Região em sede de Agravo de
Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de
produzir decisões conflitantes.
18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS para juntar nos autos procuração e
contrato de honorários advocatícios ASSOCIADOS firmado
com a edilidade, tenho que tal medida mostra-se
desnecessária, porque, na última decisão proferida por este
Juízo nestes autos, a pretensão de receber honorários
contratuais por conta de valores emanados do FUNDEB foi
indeferida.
20. Diante de todo o exposto ;
a) - conheço dos embargos declaratórios interpostos pelo
escritório de advocacia MONTEIRO E MONTEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS (id. 3887273/4), para, no mérito,
negar-lhes provimento , mantendo a decisão impugnada, tal
qual lançada;
b) - indefiro os pedidos da União Federal, consubstanciados na
petição com id. 3889397.

Inconformada, a União opõe embargos de


declaração alegando omissão da decisão, em relação à questão de
ordem pública relativa à ilegitimidade passiva do município-exequente em
razão da ausência de autorização expressa conferida à AMA pelo

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Município exequente para a propositura da ação coletiva (Aplicação do

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Repetitivo do STF no RE 573232/SC).

Com a devida venia, a argumentação da União


carece de fundamentação jurídica, conforme adiante restará
demonstrado.

II – INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. DA COISA JULGADA.

De logo, deve ser esclarecido que consta dos autos


os fundamentos que levaram a negativa de provimento dos pedidos da
União, quais sejam:

(...).
16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja
suspenso, até o julgamento da "Questão de Ordem" de que ora
se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª
Vara revogue a decisão que determinou a suspensão de todos
os processos formados a partir da Ação nº 0011204-
19.2003.4.05.8000, importa consignar que tal matéria está
compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não
cabendo a este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal.
Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da reportada AR
pelo E. TRF da 5ª Região:

17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido


de emanação de ordem de restrição de pagamento para os
valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de
apreciação pelo E. TRF da 5ª Região em sede de Agravo de

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Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de
produzir decisões conflitantes.

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18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS para juntar nos autos procuração e
contrato de honorários advocatícios ASSOCIADOS firmado
com a edilidade, tenho que tal medida mostra-se
desnecessária, porque, na última decisão proferida por este
Juízo nestes autos, a pretensão de receber honorários
contratuais por conta de valores emanados do FUNDEB foi
indeferida.

Deste modo, nota-se que a União busca nova


apreciação da matéria, situação não previstas nas hipóteses do artigo
1.022, do CPC – 15.

Todavia, caso a alegação da União seja conhecida,


o que sinceramente não acredita, melhor sorte não lhe assiste.

Pois bem.

Não subsiste a uma análise mais profunda dos autos


a alegação da União de que não houve autorização pra a propositura
ação de conhecimento, uma vez que deste sua primeira intervenção a
Procuradoria expressamente confirmou que autorizou a propositura da
ação e anuir com a contratação do escritório. Vejamos trechos das
manifestações do município:

(Identificador: 4058000.2252094, pag. 1).


Cuida a hipótese de AÇÃO ORDINÁRIA intentada pela AMA –

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Associação dos Municípios Alagoanos, em favor de seus
filiados, e patrocinada pelo escritório de advocacia MONTEIRO

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E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS, pleiteando, no
mérito, a condenação da União a repassar quantia equivalente
aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF)
que os municípios alagoanos deixaram de receber, na vigência
da Lei n.º 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo
Anual por Aluno (VMAA) abaixo da média nacional.

(Identificador: 4058000.2536701, pag 18):


(...).
Por fim, com relação ao pedido de Identificador:
4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no
sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários
contratuais nos termos em que foram requeridos pela banca
jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade
anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA,
para que fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.
De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante
jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no
AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é
possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do
contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é
legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.

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Por outro lado, a matéria alegada já se encontra

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acobertada pela coisa julgada. Nesse sentido, transcreve-se trecho do
voto do Exmo. Desembargador Federal relator no processo de
conhecimento (Identificador: 4058000.2252121):

"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do


FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome dos municípios
que lhes são associados, em típica relação de representação,
fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição Federal.
2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que
autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos municípios
associados (Lei nº 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44
e 274.
3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.
(...)"

Dessa forma, o título executivo transitado em


julgado foi explícito ao afirmar que a associação representou, na ação
coletiva, todos os seus associados (municípios) constantes da relação
acostada às fls. 44 e 274 daquela demanda, da qual consta o Município
de Maceió, conforme pode constatar a União, que participou da demanda.

Logo, se a União discordava do julgamento, e


entendia que não havia sido demonstrada a condição de associado dos
Municípios constantes de tal relação, ou que era necessária a
apresentação de autorizações individuais, deveria ter interposto recurso
contra o acórdão, não sendo possível, entretanto, após o seu trânsito em
julgado e durante a execução, pretender rediscuti-lo.

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Neste sentido, decisão proferida pelo eminente juízo

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da 2ª Vara Federal de Alagoas em causa idêntico a dos autos (DOC. 01).

Por fim, é importante destacar a repercussão geral


analisada pelo STF, no tema nº 848:

Legitimidade para executar sentença em ação coletiva na


hipótese em que o título transitado em julgado define
explicitamente os titulares do direito.

No acórdão, o eminente Ministro Relator, o saudoso


Ministro TEORI ZAVASCKI, expressamente consignou o seguinte:

Ementa: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXECUÇÃO DE
SENTENÇA CONDENATÓRIA GENÉRICA PROFERIDA EM
AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA POR ASSOCIAÇÃO.
LEGITIMIDADE ATIVA. LIMITES DA COISA JULGADA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. 1. A presente demanda consiste em
execução individual de sentença proferida em ação civil
pública. O recurso extraordinário suscita a ilegitimidade
ativa dos exequentes, ao argumento de que não deram
autorização individual e específica à associação autora da
demanda coletiva para os representarem no processo de
conhecimento, tampouco demonstraram sua condição de
associados. Alega-se ofensa ao art. 5º, XXI e XXXVI, da
Constituição, bem como ao precedente do Plenário do
Supremo Tribunal Federal formado no julgamento do RE
573.232/SC. 2. Ocorre que, conforme atestaram as
instâncias ordinárias, no dispositivo da sentença
condenatória genérica proferida no processo de

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conhecimento desta ação civil pública, constou
expressamente sua aplicabilidade a todos os poupadores

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do Estado de Santa Catarina. Assim, o fundamento da
legitimidade ativa para a execução, no caso, dispensa
exame sobre a necessidade de autorização das
associações para a representação de seus associados. Em
verdade, o que está em jogo é questão sobre limites da
coisa julgada, matéria de natureza infraconstitucional cuja
repercussão geral, inclusive, já foi rejeitada por esta Corte
em outra oportunidade (ARE 748.371-RG, Rel. Min. GILMAR
MENDES, DJe de 1º/8/2013). 3. Outrossim, ao tratar dos
limites subjetivos de sentença condenatória genérica proferida
nos autos de ação civil pública ajuizada por associação, o
Tribunal de origem valeu-se de disposições da Lei 7.347/85 e
do Código de Defesa do Consumidor, cujo exame é inviável em
recurso extraordinário. 4. É cabível a atribuição dos efeitos
da declaração de ausência de repercussão geral quando
não há matéria constitucional a ser apreciada ou quando
eventual ofensa à Carta Magna ocorra de forma indireta ou
reflexa (RE 584.608-RG, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de
13/3/2009). 5. Ausência de repercussão geral da questão
suscitada, nos termos do art. 543-A do CPC.

(ARE 901963 RG, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, julgado


em 10/09/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-183 DIVULG
15-09-2015 PUBLIC 16-09-2015 ) (grifo nosso).

Desta forma, quando o título coletivo transitado em


julgado expressamente identifica quem seriam os beneficiados, dispensa-
se o exame sobre a necessidade de autorização das associações para a
representação de seus associados.

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No mesmo norte, o STJ:

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ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. VÍCIO NO
ACÓRDÃO REGIONAL. INOVAÇÃO RECURSAL. EXECUÇÃO
DE TÍTULO JUDICIAL. AÇÃO ORDINÁRIA COLETIVA
AJUIZADA POR ENTIDADE ASSOCIATIVA. PERCENTUAL
DE 84,32%, DE MARÇO DE 1990. PLANO COLLOR.
LEGITIMIDADE. SERVIDORES DA SUCAM EM
PERNAMBUCO. ASSOCIADOS NA DATA DA PROPOSITURA
DA AÇÃO. COISA JULGADA ASSEGURADA.
APRESENTAÇÃO DE LISTA NOMINAL. ADVENTO DA MP N.
1.798-1/1999. IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 573.232/SC. JULGADO
QUE NÃO SE AMOLDA AO CASO DOS AUTOS.
INAPLICABILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO.
1. Inviável a análise de matéria não suscitada nas razões do
recurso especial, por constituir inovação recursal.
2. A Ação Ordinária de reposição de vencimentos foi interposta
pela Associação dos Servidores da SUCAM em Pernambuco -
ASSUPE contra a União Federal, objetivando a aplicação do
percentual de 84,32%, de março de 1990, tendo sido instruída
com uma relação de 387 (trezentos e oitenta e sete)
associados.
3. Ainda no conhecimento, após a decisão que assegurou aos
servidores da SUCAM em Pernambuco o reajuste de 84,32%,
foi proferida decisão no sentido de que só poderiam ser
considerados como integrantes do polo ativo da relação
processual aqueles associados na data da propositura da ação.
4. Em execução, a ASSERFESA - Associação dos Servidores
Públicos Federais da Saúde em Pernambuco, na qualidade de
substituta da ASSUPE - Associação dos Servidores da SUCAM

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em Pernambuco, acostou aos autos a relação dos supostos
substituídos em número de 1.372 (hum mil, trezentos e setenta

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e dois) associados a mais dos 387 (trezentos e oitenta e sete)
já existentes. Foi decidido que seria incabível acrescentar
novos associados ao número de substituídos apontados na
exordial.
5. O Tribunal de origem, em apelação, manifestada pela União
Federal, contra a sentença que rejeitou os embargos à
execução, considerando a exigência de juntada de lista de
beneficiários em ação coletiva, concluiu que a execução
deveria ser extinta, considerando não existir legitimados para
figurar no pólo ativo da mesma.
5. A Associação interpôs recurso especial pretendendo, em
suma, assegurar a coisa julgada formada no processo de
conhecimento para os associados que à época da propositura
da ação faziam parte de seu quadro, independente da
apresentação de lista nominal. O recurso foi parcialmente
provido pelo então em. Ministro Relator.
6. A União interpôs agravo regimental, arguindo que a
Associação não teria legitimidade para atuar na execução
substituindo todos os seus associados, mas somente
aqueles abrangidos pelo título executivo, que teriam
apresentado expressa autorização. Apontou divergência
jurisprudencial com o precedente do Supremo Tribunal
Federal, firmado nos autos do RE n. 573.232/SC, julgado
sob a sistemática da repercussão geral. Em juízo
monocrático, decisão foi reconsiderada para aplicação do
entendimento do Supremo Tribunal Federal de não ser
possível a execução de título judicial, decorrente de ação
ordinária coletiva ajuizada por entidade associativa, por
aqueles que não conferiram autorização individual
expressa e não constaram da lista juntada na inicial.
7. A Associação sustenta a impropriedade de aplicação do
precedente do STF no RE n. 573.232/SC ao presente caso.

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8. Com efeito, o caso dos autos não se amolda ao julgado
do Supremo Tribunal Federal, pois cuida de execução, cuja

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ação de conhecimento foi proposta por associação -
ASSUPE e transitou em julgado sem que fosse discutida
qualquer tese de ilegitimidade. In casu, o pleito inaugural
foi acolhido integralmente para beneficiar todos os filiados
da SUCAM em Pernambuco - ASSUPE com o reajuste de
84,32% de março de 1990 - Plano Collor, afigurando-se
imutável a coisa julgada formada naquela fase processual.
9. No precedente do Supremo Tribunal Federal, RE n.
573.232, o título judicial havia limitado o alcance subjetivo
da decisão ao legitimar apenas os associados que
houvessem dado, na data do ajuizamento da ação,
autorização para postular em seu nome e que constassem
da lista de beneficiários, ou seja, nesse caso, foi garantida
a coisa julgada formada na fase de conhecimento do
respectivo processo.
10. A exigência de juntada de lista de beneficiários em ação
coletiva surgiu apenas com o advento da MP n. 1.798-1/1999,
não devendo atingir as ações anteriormente ajuizadas e que,
inclusive, possuem trânsito em julgado anterior.
11. Desse modo, correta a interpretação dada no sentido
de que só possuem legitimidade para a execução versada
os servidores que se encontravam filiados à ASSUPE no
momento da propositura da ação de conhecimento. Assim
como também errônea seria a conclusão no sentido de se
considerar como parte legítima apenas aqueles associados
que expressamente autorizassem a postulação em seu
nome e constassem da lista de beneficiários, pois assim se
desprezaria a coisa julgada nascida da ação de
conhecimento.
Agravo regimental provido para dar parcial para provimento ao
recurso especial da ASSERFESA, reconhecendo a legitimidade
para a propositura da ação executiva aos servidores que, no

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momento do ajuizamento da ação cognitiva, lograram
comprovar estarem associados à ASSUPE.

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(AgRg no AgRg nos EDcl no REsp 1160663/PE, Rel. Ministro
JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em
02/08/2016, DJe 10/08/2016) (grifo nosso).

Neste contexto, deve ser preservada a coisa julgada,


devendo ser negado provimento aos embargos de declaração da União.

III – DO REQUERIMENTO FINAL

Ante o exposto, requer o ora Embargado, com o


devido acato, que seja negado provimento ao presente recurso.

Termos em que,
Pedem e espera deferimento.
Recife/PE, 31 de janeiro de 2019.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
19013116411320300000004106928
Data e hora da assinatura: 31/01/2019 16:42:15
Identificador: 4058000.4085837
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 16/16
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfal.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.seam...
fls. 274

PROCESSO Nº: 0800018-43.2015.4.05.8000 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA

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PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS
ADVOGADO: Marcondes Aurélio De Oliveira e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS

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S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
2ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DECISÃO

1. Não há como acolher o pedido de extinção da execução formulado pela União na petição de
id. 3770703, sob alegação de que "o exequente não logrou comprovar a prévia e regular
representação judicial da associação no âmbito da ação coletiva que originou o título
executivo, de modo que se evidencia sua ilegitimidade ativa para execução".

2. Em primeiro lugar, porque a matéria alegada já se encontra acobertada pela coisa julgada.
Nesse sentido, transcrevo trecho do voto do Exmo. Desembargador Federal relator (id.
4058000.420528):

"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora,


ora apelante, age em nome dos municípios que lhes são associados, em típica
relação de representação, fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição
Federal.

2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o


ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados (Lei nº 9.424/97,
art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274.

3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.

(...)"

3. Dessa forma, o título executivo transitado em julgado foi explícito ao afirmar que a
associação representou, na ação coletiva, todos os seus associados (municípios) constantes da
relação acostada às fls. 44 e 274 daquela demanda, da qual consta o Município de Palmeira dos
Índios (fl. 272), conforme pode constatar a União, que participou da demanda.

4. Logo, se a União discordava do julgamento, e entendia que não havia sido demonstrada a
condição de associado dos Municípios constantes de tal relação, ou que era necessária a
apresentação de autorizações individuais, deveria ter interposto recurso contra o acórdão, não
sendo possível, entretanto, após o seu trânsito em julgado e durante a execução, pretender
rediscuti-lo.

5. Em razão do exposto, indefiro o requerido.

1 de 2 1/2 10:42
30/10/2018
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfal.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.seam...
fls. 275

6. Mantenha-se o feito suspenso.

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7. Intimem-se.

Juiz Federal - 2ª Vara/AL

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KLRL

Processo: 0800018-43.2015.4.05.8000
Assinado eletronicamente por: 18100119101785000000003743717
André Carvalho Monteiro - Magistrado
Data e hora da assinatura: 26/10/2018 10:23:34
Identificador: 4058000.3723160

Para conferência da autenticidade do


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https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo
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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
19013116411320300000004106929
Data e hora da assinatura: 31/01/2019 16:42:15
Identificador: 4058000.4085838
2 de 2 Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2 10:42
30/10/2018
fls. 276

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 28/01/2019 12:17, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 11/01/2019 13:18 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19012114022649200000004070120 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 28/01/2019 12:17 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 28/01/2019 12:17:35
Identificador: 4058000.4070839

1/1
fls. 277

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 22/01/2019 11:56, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 11/01/2019 13:18 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 19012114022649200000004070120 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 22/01/2019 11:56 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 22/01/2019 11:56:51
Identificador: 4058000.4052267

1/1
fls. 278

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

Considerando a pretensão modificativa dos embargos declaratórios, intime-se a parte adversa, a fim de
que se manifeste no prazo de 05 (cinco) dias.

Providências necessárias.

Maceió (AL), 11 de janeiro de 2019.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Luiz Henrique Pimentel Santos - Diretor de Secretaria
19012114022649200000004070120
Data e hora da assinatura: 21/01/2019 14:02:51
Identificador: 4058000.4049050
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 279

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

Considerando a pretensão modificativa dos embargos declaratórios, intime-se a parte adversa, a fim de
que se manifeste no prazo de 05 (cinco) dias.

Providências necessárias.

Maceió (AL), 11 de janeiro de 2019.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Angelo Cavalcanti Alves de Miranda Neto - Magistrado
19011111413909000000004046840
Data e hora da assinatura: 11/01/2019 13:18:43
Identificador: 4058000.4025792
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 280

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 11 de Janeiro de 2019.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
19011111411541300000004046833
Data e hora da assinatura: 11/01/2019 11:41:28
Identificador: 4058000.4025785
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 281

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 11 de Janeiro de 2019.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
19011111404061400000004046831
Data e hora da assinatura: 11/01/2019 11:40:55
Identificador: 4058000.4025783
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 282

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PROCURADORIA DA UNIÃO NO ESTADO DE ALAGOAS

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 13ª VARA DA


SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
A UNIÃO , por seu Advogado abaixo identificado, devidamente representada neste processo judicial
telemático, vem a este juízo interpor os presentes EMBARGOS DE DECLARAÇÃO nos termos das
razões que seguem exposta.

Na decisão atacada esse juízo assim dispôs:

"14. Passo à análise dos pleitos formulados pela União.

15. No que concerne ao pedido de indeferimento da pretensão do escritório MONTEIRO E


MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS visando à imediata expedição de requisição de
pagamento dos valores incontroversos, vale ressaltar que tal matéria já restou apreciada na decisão com
id. 3855301 (ora embargada), onde, inclusive, ficou esclarecido que a determinação de prosseguimento
desta execução, com expedição de precatório em relação à parte incontroversa, resultou de determinação
do E. TRF da 5ª Região.

16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência
da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO
que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida
instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, "a representação judicial dos Municípios,
ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

1/7
fls. 283

ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal (Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura não
havia posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do
Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria
do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao
tempo em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do
acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido de emanação de ordem de restrição de
pagamento para os valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de apreciação pelo E. TRF da
5ª Região em sede de Agravo de Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de produzir
decisões conflitantes.

18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS para juntar nos autos procuração e contrato de honorários advocatícios firmado com a
edilidade, tenho que tal medida mostra-se desnecessária, porque, na última decisão proferida por este
Juízo nestes autos, a pretensão de receber honorários contratuais por conta de valores emanados do
FUNDEB foi indeferida.

20. Diante de todo o exposto;

a) - conheço dos embargos declaratórios interpostos pelo escritório de advocacia MONTEIRO E


MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS (id. 3887273/4), para, no mérito, negar-lhes provimento ,
mantendo a decisão impugnada, tal qual lançada;

b) - indefiro os pedidos da União Federal, consubstanciados na petição com id. 3889397."

Ocorre que na referida petição a União suscitou, além das questões apreciadas por esse juízo na decisão
em questão, também a questão de ordem pública relativa à ilegitimidade passiva do município-exequente
em razão da ausência de autorização expressa conferida à AMA pelo Município exequente para a
propositura da aludida ação coletiva (Aplicação do Repetitivo do STF no RE 573232/SC).

DA ILEGITIMIDADE ATIVA DO MUNICÍPIO-EXEQUENTE. AUSÊNCIA DE


AUTORIZAÇÃO EXPRESSA. APLICAÇÃO DO REPETITIVO DO STF DE N. RE 573232/SC.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DO TRF5ª REGIÃO.

2/7
fls. 284

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
O ente municipal carece de legitimidade ativa para promover "execução individual" da ação coletiva de
n. 0011204-19.2003.4.05.8000 , ajuizada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Nos moldes do art. 75, III, CPC/2015 (art. 12, II, CPC/73), a representação judicial dos Municípios, ativa
e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente municipal não

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
pode ser exercida por Associação de direito privado, vez que se submete às normas de direito público.
Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de delegação a pessoa jurídica de direito privado, tutelar
interesse de pessoa jurídica de direito público sob forma de substituição processual.

Dessa forma, nos termos do art. 75, III do CPC/2015 (art. 12, II, CPC/1973), c/c CF, art. 5º, XXI, resta
claro que a ação coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000 , cujo título o Município pretende executar
individualmente, foi ajuizada por parte manifestamente ilegítima com vedação legal para representação
das municipalidades, pelo que resta evidente a ilegitimidade para execução.

Ademais, não comprovou a Municipalidade ter autorizado expressamente o ingresso da coletiva em


seu nome, condição sine qua non para ser beneficiária de demanda coletiva, nos termos do art. 5º, XXI da
CF/88.

Sobre representação de associados em demandas coletivas, é importante evidenciar que o Supremo


Tribunal Federal, ao interpretar o art. 5º, XXI da CF/88, no julgamento do RE n. 573.232, sob o auspicio
de repercussão geral , consignou a necessidade de autorização expressa do associado para ingresso da
coletiva por Associação ao afirmar que: "o disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República
encerra representação específica , não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a
revelar a defesa dos interesses dos associados " .

REPRESENTAÇÃO - ASSOCIADOS - ARTIGO 5º, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.


ALCANCE. O disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra representação
específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a revelar a defesa dos
interesses dos associados . TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL - ASSOCIAÇÃO - BENEFICIÁRIOS.
As balizas subjetivas do título judicial, formalizado em ação proposta por associação, é definida pela
representação no processo de conhecimento , presente a autorização expressa dos associados e a lista
destes juntada à inicial..

(RE 573232 / SC - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Relator(a) p/ Acórdão: Min.


MARCO AURÉLIO - Tribunal Pleno Publicação REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-182
DIVULG 18-09-2014 PUBLIC 19-09-2014 EMENT VOL-02743-01 PP-00001) (grifos nossos)

Evidencie-se que a autorização estatutária genérica conferida à Associação não é suficiente para
legitimar a sua atuação em benefício de seus associados. Necessário se faz, assim, autorização expressa
individualmente pelo associado ou mediante deliberação em assembleia específica .

No mesmo sentido, é o conteúdo do parágrafo único do art. 2º-A da Lei 9.494, de 10/09/1997:

"Art.2º-A. Nas ações coletivas propostas contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e
suas autarquias e fundações, a petição inicial deverá obrigatoriamente estar instruída com a ata da
assembleia da entidade associativa que a autorizou, acompanhada da relação nominal dos seus associados
e indicação dos respectivos endereços" . (grifos nossos)

3/7
fls. 285

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
No caso dos autos, não há comprovação de autorização expressa conferida à AMA pelo Município
exequente para a propositura da aludida ação coletiva. Dessa forma, não há como este executar o
título do processo coletivo.

Não se comprovou a autorização expressa do Município exequente para ajuizamento da coletiva, pelo que

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
evidente a sua ilegitimidade para execução do título.

Consigne-se, por oportuno, que em casos semelhantes ao presente, nos processos de n. AC 588458-PE e
AC 588361-PE , que tratavam de execuções individuais do mesmo título coletivo de n.
0000001-28.2006.4.05.83000, pelos Municípios de Manari/PE e Palmerina/PE, os feitos foram
convertidos em diligencia em 07.12.2017 " a fim de intimar as partes para que, no prazo de cinco dias,
se manifestem e comprovem a condição de que o Município exequente é beneficiário do título executivo,
mediante juntada de autorização individual concedida à AMUPE para a propositura da ação coletiva,
ou de autorização em assembleia geral, nos termos do voto do Relator " (grifos nossos)

Apesar da concessão do prazo pelo relator, não restou provado a comprovação de autorização expressa
(individual ou assemblear), pelo que, em 03.07.2018, as execuções de AC 588458-PE e AC 588361-PE
foram extintas pela Egrégia Quarta Turma do TRF 5ª Região, por ausência de legitimidade das
municipalidades para execução do título.

A par disso, a simples filiação do exequente à época do ajuizamento da ação coletiva não supre a falta da
prévia "autorização expressa" do interessado. Não basta a "autorização implícita" , o associado deve
autorizar o ajuizamento da demanda de modo inequívoco (expresso).

A " autorização expressa " exigida para a alegada "legitimidade processual" da entidade associativa na
"ação coletiva" não é comprovada com a mera e burocrática "lista de associados", tampouco com a
genérica "ata de assembleia", sem prova de que os associados estavam aptos à deliberação, muito
menos de que o Município, ora exequente, foi previamente cientificado da assembleia, tampouco
que participou e anuiu .

O exequente não logrou comprovar a prévia e regular representação judicial da "associação" no âmbito
da "ação coletiva" que originou o "título executivo", de modo que se evidencia sua ilegitimidade ativa
para execução.

Neste mister, é importante evidenciar que se trata de título coletivo, pelo que na execução se deverá
demonstrar que o exequente atende aos requisitos para execução. Isto porque durante o processo
coletivo não são examinados os aspectos probatórios de situações específicas e individuais dos
possíveis beneficiários, pois os documentos que comprovam a titularidade do crédito só são
juntados na fase de execução (cumprimento) da sentença.

Por essa razão, nas execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas é patente a
necessidade de se promover a liquidação do valor a ser pago e a individualização do crédito, com a
demonstração da titularidade do direito do exequente. Isso porque a sentença de procedência em ação
coletiva tem caráter genérico, cujo cumprimento, relativamente a cada um dos titulares individuais,
pressupõe a adequação da condição do exequente à situação jurídica nela estabelecida.

Em diversas manifestações, o STJ tem indicado a necessidade de prévia liquidação, não apenas para a
definição do quantum debeatur , mas também para aferição da titularidade do crédito . O
cumprimento individual de sentença coletiva, voltada à satisfação de interesses individuais homogêneos,
pressupõe fase prévia de liquidação que não se limita à apuração do quantum debeatur (valor devido),
incluindo também avaliação acerca da legitimidade (ou titularidade do direito) daquele que se
afirma credor ( cui debeatur ). Nesse sentido:

4/7
fls. 286

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BRASIL TELECOM.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
1. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa de pedir danos referentes a direitos
individuais homogêneos (art. 95 do CDC) será, em regra, genérica, dependendo, assim, de superveniente
liquidação, não apenas para simples apuração do quantum debeatur, mas também para aferição da
titularidade do crédito (art. 97, CDC). Precedentes. (...)" (STJ-4ª. Turma, AgRg no AREsp 283558/MS,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 15.05.14, DJe 22.05.14)

A sentença coletiva de procedência não confere um direito automático ao exequente, que necessita
provar sua condição de titular do direito obtido no título.

Em caso análogo, de execução do título coletivo proferido na ação de n. 0000001-28.2006.4.05.8300, o


STJ, em dezembro de 2017 (AgInt no Resp 1679189/PE), determinou o retorno dos autos ao Egrégio TRF
5ª Região para pronunciamento expresso sobre a afirmação da União de ilegitimidade do Município para
execução do título coletivo. Em razão da clareza que tratou a matéria, transcreve-se trecho do voto
vencedor:

"(...)

Com a devida vênia do em. relator, penso que o aresto regional padece de vício de fundamentação.

No tocante à apontada ilegitimidade ativa para o ajuizamento da execução, a Corte de origem limitou-se a
justificar o seguinte (e-STJ, fl. 334):

Por fim, quanto às alegações de ilegitimidade ativa e impossibilidade de litisconsórcio ulterior, entendo
que também não merecem prosperar. Conforme exposto na bem fundamentada sentença, "não se trata a
hipótese dos autos de formação de litisconsórcio ulterior, e, sim, de mera execução individualizada de
uma sentença coletiva".

No entanto, não foram abordados vários pontos suscitados no recurso de apelação e reiterados na
via aclaratória, tais como:

a) o argumento de que a AMUPE não possui, entre as finalidades descritas no estatuto social, a
representação judicial dos municípios associados;

b) o Município exequente não foi parte no processo de conhecimento;

c) o Município de Quipapá não autorizou a AMUPE a ajuizar a ação de conhecimento, inexistindo


"Termo de Adesão" oportunamente preenchido pelo exequente; e

d) não há provas de que a municipalidade exequente seria associada à AMUPE na época do processo de
conhecimento.

Como se observa, o acórdão recorrido afastou genericamente a alegativa de ilegitimidade ativa para
o ajuizamento da execução, sem enfrentar os tópicos correspondentes trazidos pela União tanto no
recurso de apelação como nos embargos de declaratórios. A análise desses pontos, por se tratar de
temática relacionada às condições da ação, é imprescindível para o deslinde da controvérsia.

Desse modo, impõe-se a anulação do aresto proferido na seara aclaratória e o retorno dos autos à instância
de origem, a fim de que sejam expressamente enfrentadas as questões postas nos embargos declaratórios.

5/7
fls. 287

Fica prejudicado o exame dos demais pontos suscitados no agravo interno.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ante o exposto, peço vênia ao em. relator para dar provimento ao agravo interno e reconhecer a existência
de afronta ao art. 535 do CPC/1973, com determinação de retorno dos autos à instância de origem, a fim
de que sejam sanados os vícios de fundamentação apontados na seara aclaratória. É como voto." (grifos
nossos)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
A ementa do acórdão restou assim disposta:

PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO


JUDICIAL COLETIVO. COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEF. OMISSÃO. EXISTÊNCIA.
LEGITIMIDADE ATIVA DO EXEQUENTE. RETORNO DOS AUTOS PARA A INSTÂNCIA DE
ORIGEM. RECURSO PROVIDO.

1. Há violação do art. 535 do CPC/1973 quando o aresto recorrido, apesar de regulamente provocado por
meio de embargos de declaração, deixa de se manifestar sobre pontos relevantes para a solução da
controvérsia.

2. No caso, a Corte de origem afastou genericamente a alegativa de ilegitimidade ativa para o


ajuizamento da execução, sem enfrentar os tópicos trazidos pelo ente público federal tanto no
recurso de apelação quanto nos aclaratórios. A análise desses pontos, por se tratar de temática
relacionada às condições da ação, é imprescindível para o deslinde da controvérsia .

3. Deve-se reconhecer a existência de afronta ao art. 535 do CPC/1973 com o consequente retorno dos
autos para a instância de origem sanar os vícios de fundamentação apontados nos embargos declaratórios.

4. Agravo interno a que se dá provimento.

(STJ, Segunda Turma, AgInt no Resp 1679189/PE, Relator para o acórdão: Min. OG Fernandes, Data da
Publicação: Dje 19.12.2017) (grifos nossos)

Por conseguinte, é de se reconhecer que o Município ora Exequente carece de legitimidade, posto que não
provou ter autorizado expressamente o ajuizamento da ação coletiva pela AMA em seu nome, de modo
que a extinção da execução individual é medida que se impõe.

Por fim, evidencie-se que a ilegitimidade ativa do Município-Exequente para execução do título
coletivo proferido nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000 é matéria de ordem
pública, cognoscível de ofício pelo magistrado, tendo em vista tratar de condição da ação.

Assim, como visto, a decisão padece de vício que justifica a interposição de Embargos Declaratórios.

Com efeito, dispõe o art. 1.022 do NCPC, in verbis:

"Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

6/7
fls. 288

III - corrigir erro material.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1 o ."

Diante de todo o exposto, requer a União que esse juízo conheça e dê provimento aos presentes Embargos
Declaratórios para, suprindo a omissão supra apontada, analisar a questão de ordem pública suscitada
pela União na petição de ID nº 3889397 e, emprestando aos mesmos efeitos infringentes, reconhecer a
inexistência de ausência de autorização expressa conferida à AMA pelo Município exequente para a
propositura da aludida ação coletiva e extinguir a execução, condenando o exequente ao pagamento
das verbas sucumbenciais.

Termos em que,

pede deferimento.

Maceió, 10 de janeiro de 2018.

Paulo Henrique Padilha de Melo Novais

Advogado da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
19011018293647000000004045555
Data e hora da assinatura: 10/01/2019 18:31:20
Identificador: 4058000.4024508
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 7/7
fls. 289

PROCESSO Nº: 0812976-97.2018.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: MUNICIPIO DE MACEIO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

De ordem, comunico a decisão terminativa proferida no presente feito, bem como o seu trânsito em
julgado.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
HEITOR DE ALBUQUERQUE WANDERLEY
18123102513281100000004031796
Data e hora da assinatura: 31/12/2018 02:51:32
Identificador: 4050000.13469879
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 290

Tribunal Regional Federal da 5ª Região


PJe - Processo Judicial Eletrônico

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Consulta Processual

31/12/2018

Número: 0812976-97.2018.4.05.0000

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Partes
Tipo Nome
AGRAVANTE MUNICIPIO DE MACEIO

Documentos
Id. Data/Hora Documento Tipo
13463 28/12/2018 23:38 Certidão Trânsito em Julgado Certidão Trânsito em Julgado
541
12458 20/09/2018 16:49 Decisão Decisão
022

1/3
fls. 291

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
DIVISÃO DA 2ª TURMA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
C E R T I D Ã O DE TRÂNSITO EM JULGADO E ARQUIVAMENTO

Certifico que da decisão proferido(a) no processo acima indicado, a parte agravante foi intimada em
24/09/2018.

Certifico ainda que o(a) referido(a) decisão transitou em julgado em 08/11/2018.

Certifico finalmente que, em função do trânsito em julgado do(a) decisão e em cumprimento ao artigo 65
do Regimento Interno deste Tribunal, arquivo eletronicamente este processo na pasta "Baixa Definitiva
Arquivo" do PJE. O referido é verdade e dou fé.

Recife, 28 de Dezembro de 2018

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: HEITOR DE ALBUQUERQUE WANDERLEY - Diretor de Secretaria Num. 13463541 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18122823381821500000013441312
Número do documento: 18122823381821500000013441312
2/3
fls. 292

PROCESSO Nº: 0812976-97.2018.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: MUNICIPIO DE MACEIO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DECISÃO

1. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que manteve suspenso o curso do
cumprimento de sentença que condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da
subestimação do VMAA.

2. Em consulta ao sistema PJE, observo que contra a mesma decisão o Município de Maceió já havia
interposto agravo de instrumento em 24/08/2018, protocolado sob o nº 0812826-19.2018.4.05.0000.

3. A interposição de dois recursos contra a mesma decisão é vedada pelo ordenamento jurídico,
impedindo o exame daquele que tenha sido protocolado por último, em observância ao princípio da
unirrecorribilidade das decisões.

Note-se, ainda, que o agravo de instrumento nº. 0812826-19.2018.4.05.0000 teve seu pedido de liminar
apreciado na Sessão de Julgamento do dia 18/09/2018.

4. Assim, não conheço do presente agravo do instrumento, com fundamento no art. 932, III, do CPC/2015
e no art. 28, III, do Regimento Interno desta Corte.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital
HEITOR DE ALBUQUERQUE pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado
WANDERLEY Num. 12458022 - Pág. 1
18123102513281100000004031797
Data e hora da assinatura: 31/12/2018 02:51:32
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092013264666500000012437108
Identificador:
Número do documento: 4050000.13469880
18092013264666500000012437108
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 3/3
fls. 293

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 29/12/2018 23:59, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Sentença
registrado em 19/12/2018 15:27 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18121915271559900000004019484 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 30/12/2018 00:00 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 30/12/2018 00:00:02
Identificador: 4058000.4010063

1/1
fls. 294

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 28/12/2018 16:15, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Sentença registrado em 19/12/2018 15:27 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18121915271559900000004019484 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 28/12/2018 16:15 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 28/12/2018 16:15:07
Identificador: 4058000.4008738

1/1
fls. 295

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 21/12/2018 14:02, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Sentença registrado em 19/12/2018 15:27 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18121915271559900000004019484 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 21/12/2018 14:02 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 21/12/2018 14:02:04
Identificador: 4058000.4002062

1/1
fls. 296

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SENTENÇA

Vistos etc.

1. Tratam-se de Embargos de Declaração (id. 3887273/4) interpostos por MONTEIRO E MONTEIRO


ADVOGADOS ASSOCIADOS contra a decisão com id. 3855301, ao argumento de que a mesma teria
incorrido em omissão, porque deixou de seguir jurisprudência que invocara em seu prol, sem demonstrar
a existência de distinção em relação ao caso sob julgamento ou superação daquele entendimento.

2. Aduz que restou esclarecido, na petição com identificador 4058000.3693446, que o Supremo Tribunal
Federal possui jurisprudência pacífica acerca da matéria, entendendo que não há qualquer violação
constitucional acerca da possibilidade de retenção de honorários contratuais nas causas judiciais advindas
do extinto FUNDEF.

3. Também reclama da existência de confronto entre a jurisprudência do STJ e do STF no que tange à
legitimidade de destaque dos honorários contratuais da verba proveniente do FUNDEF, eis que ( verbis)
ao entender pela existência de violação constitucional, o Superior Tribunal de Justiça, acabou por
contrariar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca do mesmo tema .

4. Assevera, ainda, que a decisão embargada deixou de seguir o enunciado da Súmula Vinculante nº 47 do
STF, incorrendo em clara omissão, já que o entendimento externado na Súmula deve ser seguido por todo
o Poder Judiciário.

5. Por último, o embargante alega que este Juízo deixou de declinar os fundamentos determinantes da
decisão recorrida.

6. O Município de Maceió ofereceu contra razões aos embargos declaratórios (id. 3951030/1),
posicionando-se contrariamente ao seu acolhimento.

7. Através do arrazoado com id. 3889297, a União Federal ingressou nos autos com o que chamou de
"Questão de Ordem", deduzindo os seguintes pedidos ( verbis):

a) que seja indeferida as pretensões do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS ao imediato prosseguimento da execução e de expedição de requisição de pagamento
para os valores incontroversos, determinando esse juízo que o processo permaneça suspenso até que seja
definitivamente julgada a QUESTÃO DE ORDEM pública suscitada pela União através da presente
manifestação, e / ou até o trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ao menos, até
que o juízo da 2ª Vara JF/AL revogue expressamente a decisão proferida no processo nº
0011204-19.2003.4.05.8000, a qual determinou a suspensão de todos os demais processos que se
embasam no título ali formado ;

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b) que, caso esse juízo entenda por expedir a requisição de pagamento para os valores incontroversos,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
que determine que a tal requisição seja expedida COM ORDEM DE RESTRIÇÃO DE PAGAMENTO,
para que os valores fiquem depositados à disposição desse juízo até que seja definitivamente julgada a
QUESTÃO DE ORDEM pública suscitada pela União através da presente manifestação, e / ou até o
trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000;

c) que seja determinado ao escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS que

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
traga aos autos Procuração e Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios firmados entre ele o
município de Maceió - no qual se constate a existência da obrigação do município quanto aos honorários
contratuais no percentual pleiteado pelo Advogado para a retenção-, bem como os documentos
comprobatórios da observância de todos os procedimentos estabelecidos pela Lei de Licitações para a
espécie de contratação que envolve o referido município e o também referido escritório e/ou profissional
jurídico.

8. Através da petição com id. 3962108/9, o escritório de advocacia MONTEIRO E MONTEIRO


ADVOGADOS ASSOCIADOS insurgiu-se contra o posicionamento do Município de Maceió, contrário
ao pagamento dos honorários contratuais mediante destaque do valor principal do pagamento das verbas
decorrentes de diferenças do FUNDEB, objeto do precatório a ser expedido, assim como refutou as teses
suscitadas pela União Federal na "Questão de Ordem" alhures referida.

9. É, no essencial, o relatório. Fundamento e decido .

10. No que tange ao primeiro ponto suscitado pelo embargante, aludindo que o STF possui jurisprudência
pacífica acerca da retenção de honorários contratuais de verbas oriundas de pagamento de diferenças do
FUNDEF, afigura-se forçoso dizer que todas as ementas de julgado colacionadas (ARE 1052305 AgR -
Rel. Min. LUIZ FUX; ARE 1015813 AgR - Rel. Min. DIAS TÓFFOLI e ARE 1099387 AgR - Rel(a).
Min. ROSA WEBER), reconhecem que a questão suscitada implica ofensa indireta (reflexa) à
Constituição, configurando matéria de índole infraconstitucional, fugindo, destarte, ao âmbito de
competência daquela Corte. Por essa razão todos os aludidos recursos foram improvidos.

11. Quanto à alegação de que ao emanar jurisprudência vedando o destaque de honorários contratuais de
verba oriunda do FUNDEB o STJ confrontou jurisprudência do STF, não compete a este Juízo dirimir o
impasse, devendo a embargante valer-se dos meios processuais adequados para resolvê-lo (Reclamação
para o STF!?). Mas o fato é que, pelos julgados apresentados, sequer restou configurado o aventado
confronto jurisprudencial.

12. Também não condiz com a matéria tratada na decisão deste Juízo, objeto da impugnação, a alegação
do embargante de que deixou de seguir o enunciado da Súmula Vinculante nº 47. É que tal súmula versa
sobre a natureza alimentar dos honorários incluídos na condenação ou destacados do montante principal,
devendo ser satisfeitos com a expedição do requisitório, com observância da ordem especial restrita aos
créditos de tal natureza, nada tendo a ver com os fundamentos que levou a Segunda Seção do STJ a
concluir pela vedação do destaque de honorários contratuais dos valores referentes a créditos decorrentes
de diferenças do FUNDEB, em razão das verbas de tal natureza ter sua aplicação vinculada à educação,
por imperativo constitucional. Transcrevo, a bem da didática, o teor da Súmula Vinculante nº 47 do STF:
Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao
credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de
precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa
natureza.

13. Em relação à alegação do embargante de que na decisão vergastada não foram indicados os
fundamentos determinantes da decisão tomada como razão de decidir, importa dizer que a decisão
monocrática emanada no REsp 1.694.644/AL, da lavra do Ministro Benedito Gonçalves, invocada com o
mesmo desiderato, afigura-se extremamente pedagógica, a ponto de não deixar margem para dúvidas
quanto ao entendimento predominante acerca da matéria naquela Corte de sobreposição, tomada como
fundamento da decisão taxada de omissa.

14. Passo à análise dos pleitos formulados pela União.

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15. No que concerne ao pedido de indeferimento da pretensão do escritório MONTEIRO E

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS visando à imediata expedição de requisição de
pagamento dos valores incontroversos, vale ressaltar que tal matéria já restou apreciada na decisão com
id. 3855301 (ora embargada), onde, inclusive, ficou esclarecido que a determinação de prosseguimento
desta execução, com expedição de precatório em relação à parte incontroversa, resultou de determinação
do E. TRF da 5ª Região.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência
da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO
que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida
instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, " a representação judicial dos Municípios,
ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal ( Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda
se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela altura não
havia posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do
Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria
do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao
tempo em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do
acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos

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Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido de emanação de ordem de restrição de
pagamento para os valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de apreciação pelo E. TRF da
5ª Região em sede de Agravo de Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de produzir
decisões conflitantes.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS para juntar nos autos procuração e contrato de honorários advocatícios firmado com a
edilidade, tenho que tal medida mostra-se desnecessária, porque, na última decisão proferida por este
Juízo nestes autos, a pretensão de receber honorários contratuais por conta de valores emanados do
FUNDEB foi indeferida.

20. Diante de todo o exposto ;

a) - conheço dos embargos declaratórios interpostos pelo escritório de advocacia MONTEIRO E


MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS (id. 3887273/4), para, no mérito, negar-lhes provimento ,
mantendo a decisão impugnada, tal qual lançada;

b) - indefiro os pedidos da União Federal, consubstanciados na petição com id. 3889397.

11. P. R. I.

Maceió/AL, 18 de dezembro de 2018.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
18121915271559900000004019484
Data e hora da assinatura: 19/12/2018 15:27:15
Identificador: 4058000.3998496
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 300

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

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SENTENÇA

Vistos etc.

1. Tratam-se de Embargos de Declaração (id. 3887273/4) interpostos por MONTEIRO E MONTEIRO


ADVOGADOS ASSOCIADOS contra a decisão com id. 3855301, ao argumento de que a mesma teria
incorrido em omissão, porque deixou de seguir jurisprudência que invocara em seu prol, sem demonstrar
a existência de distinção em relação ao caso sob julgamento ou superação daquele entendimento.

2. Aduz que restou esclarecido, na petição com identificador 4058000.3693446, que o Supremo Tribunal
Federal possui jurisprudência pacífica acerca da matéria, entendendo que não há qualquer violação
constitucional acerca da possibilidade de retenção de honorários contratuais nas causas judiciais advindas
do extinto FUNDEF.

3. Também reclama da existência de confronto entre a jurisprudência do STJ e do STF no que tange à
legitimidade de destaque dos honorários contratuais da verba proveniente do FUNDEF, eis que ( verbis)
ao entender pela existência de violação constitucional, o Superior Tribunal de Justiça, acabou por
contrariar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca do mesmo tema .

4. Assevera, ainda, que a decisão embargada deixou de seguir o enunciado da Súmula Vinculante nº 47 do
STF, incorrendo em clara omissão, já que o entendimento externado na Súmula deve ser seguido por todo
o Poder Judiciário.

5. Por último, o embargante alega que este Juízo deixou de declinar os fundamentos determinantes da
decisão recorrida.

6. O Município de Maceió ofereceu contra razões aos embargos declaratórios (id. 3951030/1),
posicionando-se contrariamente ao seu acolhimento.

7. Através do arrazoado com id. 3889297, a União Federal ingressou nos autos com o que chamou de
"Questão de Ordem", deduzindo os seguintes pedidos ( verbis):

a) que seja indeferida as pretensões do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS ao imediato prosseguimento da execução e de expedição de requisição de pagamento
para os valores incontroversos, determinando esse juízo que o processo permaneça suspenso até que seja
definitivamente julgada a QUESTÃO DE ORDEM pública suscitada pela União através da presente
manifestação, e / ou até o trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ao menos, até
que o juízo da 2ª Vara JF/AL revogue expressamente a decisão proferida no processo nº
0011204-19.2003.4.05.8000, a qual determinou a suspensão de todos os demais processos que se
embasam no título ali formado ;

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b) que, caso esse juízo entenda por expedir a requisição de pagamento para os valores incontroversos,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
que determine que a tal requisição seja expedida COM ORDEM DE RESTRIÇÃO DE PAGAMENTO,
para que os valores fiquem depositados à disposição desse juízo até que seja definitivamente julgada a
QUESTÃO DE ORDEM pública suscitada pela União através da presente manifestação, e / ou até o
trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000;

c) que seja determinado ao escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS que

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
traga aos autos Procuração e Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios firmados entre ele o
município de Maceió - no qual se constate a existência da obrigação do município quanto aos honorários
contratuais no percentual pleiteado pelo Advogado para a retenção-, bem como os documentos
comprobatórios da observância de todos os procedimentos estabelecidos pela Lei de Licitações para a
espécie de contratação que envolve o referido município e o também referido escritório e/ou profissional
jurídico.

8. Através da petição com id. 3962108/9, o escritório de advocacia MONTEIRO E MONTEIRO


ADVOGADOS ASSOCIADOS insurgiu-se contra o posicionamento do Município de Maceió, contrário
ao pagamento dos honorários contratuais mediante destaque do valor principal do pagamento das verbas
decorrentes de diferenças do FUNDEB, objeto do precatório a ser expedido, assim como refutou as teses
suscitadas pela União Federal na "Questão de Ordem" alhures referida.

9. É, no essencial, o relatório. Fundamento e decido .

10. No que tange ao primeiro ponto suscitado pelo embargante, aludindo que o STF possui jurisprudência
pacífica acerca da retenção de honorários contratuais de verbas oriundas de pagamento de diferenças do
FUNDEF, afigura-se forçoso dizer que todas as ementas de julgado colacionadas (ARE 1052305 AgR -
Rel. Min. LUIZ FUX; ARE 1015813 AgR - Rel. Min. DIAS TÓFFOLI e ARE 1099387 AgR - Rel(a).
Min. ROSA WEBER), reconhecem que a questão suscitada implica ofensa indireta (reflexa) à
Constituição, configurando matéria de índole infraconstitucional, fugindo, destarte, ao âmbito de
competência daquela Corte. Por essa razão todos os aludidos recursos foram improvidos.

11. Quanto à alegação de que ao emanar jurisprudência vedando o destaque de honorários contratuais de
verba oriunda do FUNDEB o STJ confrontou jurisprudência do STF, não compete a este Juízo dirimir o
impasse, devendo a embargante valer-se dos meios processuais adequados para resolvê-lo (Reclamação
para o STF!?). Mas o fato é que, pelos julgados apresentados, sequer restou configurado o aventado
confronto jurisprudencial.

12. Também não condiz com a matéria tratada na decisão deste Juízo, objeto da impugnação, a alegação
do embargante de que deixou de seguir o enunciado da Súmula Vinculante nº 47. É que tal súmula versa
sobre a natureza alimentar dos honorários incluídos na condenação ou destacados do montante principal,
devendo ser satisfeitos com a expedição do requisitório, com observância da ordem especial restrita aos
créditos de tal natureza, nada tendo a ver com os fundamentos que levou a Segunda Seção do STJ a
concluir pela vedação do destaque de honorários contratuais dos valores referentes a créditos decorrentes
de diferenças do FUNDEB, em razão das verbas de tal natureza ter sua aplicação vinculada à educação,
por imperativo constitucional. Transcrevo, a bem da didática, o teor da Súmula Vinculante nº 47 do STF:
Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao
credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de
precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa
natureza.

13. Em relação à alegação do embargante de que na decisão vergastada não foram indicados os
fundamentos determinantes da decisão tomada como razão de decidir, importa dizer que a decisão
monocrática emanada no REsp 1.694.644/AL, da lavra do Ministro Benedito Gonçalves, invocada com o
mesmo desiderato, afigura-se extremamente pedagógica, a ponto de não deixar margem para dúvidas
quanto ao entendimento predominante acerca da matéria naquela Corte de sobreposição, tomada como
fundamento da decisão taxada de omissa.

14. Passo à análise dos pleitos formulados pela União.

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fls. 302

15. No que concerne ao pedido de indeferimento da pretensão do escritório MONTEIRO E

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS visando à imediata expedição de requisição de
pagamento dos valores incontroversos, vale ressaltar que tal matéria já restou apreciada na decisão com
id. 3855301 (ora embargada), onde, inclusive, ficou esclarecido que a determinação de prosseguimento
desta execução, com expedição de precatório em relação à parte incontroversa, resultou de determinação
do E. TRF da 5ª Região.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
16. Quanto ao desiderato da União de que este processo seja suspenso, até o julgamento da "Questão de
Ordem" de que ora se cuida, ou até o trânsito em julgado da Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ainda, até que o Juízo da 2ª Vara revogue a decisão que determinou a
suspensão de todos os processos formados a partir da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, importa
consignar que tal matéria está compreendida no bojo da Ação Rescisória sob referência, não cabendo a
este Juízo rever matéria já apreciada pelo Tribunal. Confira-se, a propósito, ementa do julgamento da
reportada AR pelo E. TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência
da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO
que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida
instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, " a representação judicial dos Municípios,
ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal ( Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda
se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela altura não
havia posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do
Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria
do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao
tempo em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do
acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos

3/4
fls. 303

Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
17. Também não se afigura razoável o acolhimento do pedido de emanação de ordem de restrição de
pagamento para os valores incontroversos, porque a matéria está sendo alvo de apreciação pelo E. TRF da
5ª Região em sede de Agravo de Instrumento, recomendando a prudência evitar-se o risco de produzir
decisões conflitantes.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
18. Quanto ao pedido de intimação do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS para juntar nos autos procuração e contrato de honorários advocatícios firmado com a
edilidade, tenho que tal medida mostra-se desnecessária, porque, na última decisão proferida por este
Juízo nestes autos, a pretensão de receber honorários contratuais por conta de valores emanados do
FUNDEB foi indeferida.

20. Diante de todo o exposto ;

a) - conheço dos embargos declaratórios interpostos pelo escritório de advocacia MONTEIRO E


MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS (id. 3887273/4), para, no mérito, negar-lhes provimento ,
mantendo a decisão impugnada, tal qual lançada;

b) - indefiro os pedidos da União Federal, consubstanciados na petição com id. 3889397.

11. P. R. I.

Maceió/AL, 18 de dezembro de 2018.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
18121820462666900000004016687
Data e hora da assinatura: 19/12/2018 15:27:15
Identificador: 4058000.3995704
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 304

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , vem, respeitosamente, à presença de V.


Exa., com esteio no artigo 10 do CPC - 15 , vem apresentar algumas considerações acerca da questão de
ordem apresentada pela União na petição de Identificador: 4058000.3889297, bem como tecer alguns
esclarecimentos acerca das contrarrazões apresentes pela municipalidade Identificador:
4058000.3951030, em razão de ter adotado posicionamento contrário ao que tinha manifestado
anteriormente neste autos na petição de Identificado: 4058000.2536701:

I - DA NOVA MANIFESTAÇÃO DA PROCURADORIA. PROIBIÇÃO DO


COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO. BOA-FÉ PRROCESSUAL. DO ARTIGO 22, § 7º DA
LEI 8.906/1994. DA VEDAÇÃO AO ENQRIQUECIMENTO ILÍCITO.

De logo, deve ser ressaltado que a municipalidade, em sua resposta a impugnação ao cumprimento de
sentença, expressamente anuiu com o pedido do escritório peticionante. Vejamos (Identificador:
4058000.2536701, pag 18):

(...).

Por fim, com relação ao pedido de Identificador: 4058000.2502494, esta municipalidade vem se
manifestar no sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que
foram requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à
contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a ação coletiva nº.
0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg
no AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp

1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é possível ao patrono da causa, em seu
próprio nome, requerer o

destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do

contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de
levantamento ou precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é

legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão constitucional de vinculação à educação, não retira
do patrono

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fls. 305

o direito à percepção da mesma.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Por sua vez, ao responder os embargos de declaração, adotando comportamento totalmente contraditório,
utilizando de patente má-fé processual, o eminente Procurador Fernando Antônio Reale Barreto, prejudica
os interesses da municipalidade nestes autos, devendo ser desconsiderada sua manifestação. Vejamos:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Na referida contrarrazões, o referido Procurador aponta que:

O Município de Maceió possui Órgão de Procuradoria formada e organizada antes mesmo da Carta
Magna de 1988, precisamente desde 19 de outubro de 1973, com a edição da Lei Municipal nº 2.065, em
anexo. Todos os seus Procuradores são de carreira, concursados. Há, para se ter idéia, Procurador ativo
que ingressou no quadro da Procuradoria desde 1982, o atual Procurador decano da casa.

Se de um lado está comprovado que há muitos anos Maceió tem corpo jurídico próprio e representação
judicial própria, o que já torna injustificável a contratação de escritório de advocacia; por outro lado, a
matéria da ação principal (complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do
VMAA, autos do processo de conhecimento n. 0011204-19.2003.4.05.8000) é deveras simples, comum,
que não requer maiores conhecimentos ou especialidade, já muito discutida no Judiciário, o que torna
injustificável e ilegal a contratação de escritório de advocacia para representar o Município .

Como bem destacado, a Procuradoria Municipal do Município de Maceió fora formada em 1973, todavia,
ao contrário do que afirmado, no ano de 2003, por não ter expertise necessária para causas envolvendo
verbas do FUNDEF, anuiu expressamente com a contratação do escritório Monteiro e Monteiro
Advogados para que através da Associação que pertencia (AMA), patrocinasse uma ação judicial em face
da União, buscando a recuperação de verbas não repassadas a título de FUNDEF.

Com a devida consideração, se a matéria fosse simples, a própria Procuradoria teria proposto ação
judicial individual e lutado com a União por anos para conseguir verbas da educação para o
município, mas, na verdade, a batalha fora encampada pelo escritório Monteiro e Monteiro
Advogados, não tendo a Procuradoria de Maceió, realizado um ato processual no processo de
conhecimento.

Assim, se não fosse à atuação do escritório, ora peticionante, a verba estaria prescrita e a população do
município de Maceió, teria perdido mais de duzentos milhões de reais em verbas para a educação.

Além do mais, o Supremo Tribunal Federal há muito possui jurisprudência no sentido de que ao conferir
aos procuradores dos Estados e do Distrito Federal a sua representação judicial, o art. 132 da Constituição
veicula norma de organização administrativa, sem tolher a capacidade de tais entidades federativas para
conferir mandato ad judicia a outros advogados para causas especiais. Vejamos:

2/7
fls. 306

Representação judicial não excludente da Constituição de mandatário ad judicia para causa específica.
Ao conferir aos procuradores dos Estados e do Distrito Federal a sua representação judicial, o art. 132

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da Constituição veicula norma de organização administrativa, sem tolher a capacidade de tais entidades
federativas para conferir mandato ad judicia a outros advogados para causas especiais.

[Pet 409 AgR, rel. p/ o ac. min. Sepúlveda Pertence, j. 18-4-1990, P, DJ de 29-6-1990.]

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Trata-se exatamente do caso concreto, tendo o escritório patrocinado causa em favor de todos os
associados à AMA no processo coletivo nº 0011204-19.2003.4.05.8000.

Também deve ser observado dos autos a ocorrência do Venire contra factum proprium, ou seja, da
vedação do comportamento abusivo no qual o agente público adota uma posição jurídica em contradição
com a conduta assumida por ele anteriormente. Como diz a doutrina, verificam-se dois comportamentos
lícitos e sucessivos, porém o primeiro (fato próprio) é contrariado pelo segundo.

Funda-se na necessidade de se preservar a confiança depositada na outra parte quando da prática do


primeiro ato, ou seja, não se autorizam mudanças bruscas numa realidade consolidada.

No caso, observam-se comportamentos contraditórios pelo Município de Maceió, uma vez que em um
primeiro momento atesta que anuiu com a contratação do escritório e a propositura da ação e no momento
seguinte, nega qualquer relação com a referida banca, realizando mudanças bruscas em uma realidade
consolidada.

Não há dúvidas de que os procuradores possuem independência em relação a teses jurídicas, todavia, tal
fato não se estende a realidade consolidadas, ou seja, não se pode admitir que a parte, sob o pretexto da
independência profissional, modifique ao seu prazer suas afirmações fáticas, causando tumulto processual
e ferindo de morte a segurança jurídica.

Deste modo, em respeito à boa-fé processual, deve ser respeitada a primeira manifestação do município
atestando a anuência para contratação e a propositura da ação.

Por sua vez, o artigo 22, § 7, da Lei 8.906/1994, explicita o seguinte:

Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência

§ 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em substituição

3/7
fls. 307

processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao optarem por adquirir os
direitos, assumirão as obrigações decorrentes do contrato originário a partir do momento em que

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este foi celebrado, sem a necessidade de mais formalidade

Ora, não há dúvida de que o município de Maceió fora beneficiário da ação, tendo optado por adquirir os

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direitos, tanto que está executando o julgado, devendo assumir as obrigações decorrentes do contrato
originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a necessidade de mais formalidade.

Por fim, resta consolidado no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que a parte não pode ser
beneficiada dos serviços prestados e utilizar de suposta nulidade para se esquivar de realizar o pagamento,
sob pena de locupletamento ilícito. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.


CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA POR INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO.
OBRIGAÇÃO DE O ENTE PÚBLICO EFETUAR O PAGAMENTO PELOS SERVIÇOS
EFETIVAMENTE PRESTADOS. VEDAÇÃO AO LOCUPLETAMENTO ILÍCITO. AUSÊNCIA
DE COMPROVAÇÃO ACERCA DA EVENTUAL MÁ-FÉ DA EMPRESA CONTRATADA.

(...).

2. No caso sub examinem, a municipalidade agravante sustenta que o Tribunal de origem assentou
ter sido a contratação da empresa agravada viciada com má-fé. Todavia, a leitura atenta do
acórdão a quo, precisamente de fl. 449, evidencia que o Tribunal de Justiça paulista reputou viciada
de má-fé a própria contratação direta, ao argumento da ausência dos requisitos autorizadores para
tanto, sem, no entanto, ter explicitado qual ato praticado pela contratada teria a propriedade de
contaminar a avença.

3. Deveras, a exegese da jurisprudência desta Corte é no sentido de que a simples contratação direta
não é suficiente para evidenciar a má-fé do contratado; ao revés, deve ser comprovado o ato que
induziu a Administração a erro e propiciou a contratação direta viciada. E, embora o acórdão a
quo assevere a ocorrência de ato de má-fé antes da própria contratação, não consta desse julgado
nehuma indicação da prática objetiva de ato por parte da contratada nesse sentido.

(...).

5. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1140386/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 03/08/2010, DJe 09/08/2010) (grifo nosso).

ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. FORMA VERBAL. NÃO-PAGAMENTO.


COBRANÇA JUDICIAL. PRINCÍPIO DO NÃO-ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. PAGAMENTO
DEVIDO.

(...).

4/7
fls. 308

3. Por isso, na ausência de contrato formal entre as partes - e, portanto, de ato jurídico perfeito que
preservaria a aplicação da lei à celebração do instrumento -, deve prevalecer o princípio do não

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enriquecimento ilícito. Se o acórdão recorrido confirma a execução do contrato e a realização do
serviço pelo recorrido, entendo que deve ser realizado o pagamento devido pelo recorrente.

4. Inclusive, neste sentido, é de se observar que mesmo eventual declaração de nulidade do contrato
firmado não seria capaz de excluir a indenização devida, a teor do que dispõe o art. 59 da Lei n.

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8.666/93.

5. Recurso especial não provido.

(REsp 1231646/MA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 04/12/2014, DJe 19/12/2014) (grifo nosso).

Neste contexto, deve ser desconsiderada a nova manifestação da Procuraodria.

II - DA QUESTÃO DE ORDEM LEVANTADA PELA UNIÃO. EXISTÊNCIA DE


AUTORIZAÇÃO. DA COISA JULGADA.

Na petição de Identificador: 4058000.3889297, a União apresenta questão de ordem acerca da


legitimidade do município em executar o julgado.

De início, reitera-se que a nova manifestação da Procuradoria não pode ser levada em consideração por
este juízo, uma vez que em sua primeira manifestação a municipalidade expressamente afirma que anuiu
com a contratação e a propositura da ação, devendo ser ignorado por este juízo disputa internas entre
Procuradores , sendo preservada, a segurança jurídica o Município de Maceió e sua população.

Pois bem.

Não subsiste a uma análise mais profunda dos autos a alegação da União de que não houve autorização
pra a propositura ação de conhecimento, uma vez que deste sua primeira intervenção a Procuradoria
expressamente confirmou que autorizou a propositura da ação e anuir com a contratação do escritório.
Vejamos trechos das manifestações do município:

( Identificador: 4058000.2252094, pag. 1).

Cuida a hipótese de AÇÃO ORDINÁRIA intentada pela AMA -

Associação dos Municípios Alagoanos, em favor de seus filiados, e patrocinada pelo escritório de
advocacia MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS, pleiteando, no mérito, a
condenação da União a repassar quantia equivalente aos recursos do Fundo de Manutenção e

5/7
fls. 309

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os municípios


alagoanos deixaram de receber, na vigência da Lei n.º 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo

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Anual por Aluno (VMAA) abaixo da média nacional.

( Identificador: 4058000.2536701 , pag 18):

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(...).

Por fim, com relação ao pedido de Identificador: 4058000.2502494, esta municipalidade vem se
manifestar no sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que
foram requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à
contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a ação coletiva nº.
0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg
no AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp

1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é possível ao patrono da causa, em seu
próprio nome, requerer o

destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do

contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de
levantamento ou precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é

legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão constitucional de vinculação à educação, não retira
do patrono

o direito à percepção da mesma.

Deste modo, percebe-se que a nova manifestação da Procuradoria não deve ser considerada por este juízo,
pois, em todo trâmite processual a municipalidade sempre afirmou que autorizou a propositura da ação e
anuiu com a contratação do escritório.

Por outro lado, a matéria alegada já se encontra acobertada pela coisa julgada. Nesse sentido,
transcreve-se trecho do voto do Exmo. Desembargador Federal relator no processo de conhecimento
(Identificador: 4058000.2252121):

"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome
dos municípios que lhes são associados, em típica relação de representação, fundada no art. 5º, inciso
XXI, da Constituição Federal.

2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o ajuizamento da ação e com a
lista dos municípios associados (Lei nº 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274.

3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.

(...)"

6/7
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Dessa forma, o título executivo transitado em julgado foi explícito ao afirmar que a associação
representou, na ação coletiva, todos os seus associados (municípios) constantes da relação acostada às fls.
44 e 274 daquela demanda, da qual consta o Município de Maceió, conforme pode constatar a União, que
participou da demanda.

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Logo, se a União discordava do julgamento, e entendia que não havia sido demonstrada a condição de
associado dos Municípios constantes de tal relação, ou que era necessária a apresentação de autorizações
individuais, deveria ter interposto recurso contra o acórdão, não sendo possível, entretanto, após o seu
trânsito em julgado e durante a execução, pretender rediscuti-lo.

Neste sentido, decisão proferida pelo eminente juízo da 2ª Vara Federal de Alagoas em causa idêntico a
dos autos ( DOC. 01 ).

Neste contexto, em respeito às manifestações legítimas do município nos presentes autos e da coisa
julgada, deve ser indeferida a questão de ordem levantada pela União, devendo ser totalmente
desconsiderada a manifestação do Procurador Fernando Antônio Reale Barreto, uma vez que a
independência funcional, não autoriza a modificação da realidade fática anteriormente apresentada ,
devendo sempre ser protegida a boa-fé processual e a população de Maceió que, não pode ser prejudicada,
por eventuais disputas internas de sua Procuradoria.

III - DO REQUERIMENTO FINAL

Diante do exposto, pugna o peticionante pelo provimento dos embargos de declaração de ID


Identificador: 4058000.3887274 e pelo indeferimento da questão de ordem levantada pela União, devendo
a população de Maceió, ser poupada e preservada por eventuais disputas internas de sua Procuradoria.

Termos em que,

Pedem e espera deferimento.

Recife/PE, 10 de dezembro de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18121015383253500000003983039
Data e hora da assinatura: 10/12/2018 15:41:18
Identificador: 4058000.3962108
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 7/7
fls. 311

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº


0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., com
esteio no artigo 10 do CPC – 15, vem apresentar algumas
considerações acerca da questão de ordem apresentada pela União na
petição de Identificador: 4058000.3889297, bem como tecer alguns
esclarecimentos acerca das contrarrazões apresentes pela
municipalidade Identificador: 4058000.3951030, em razão de ter adotado
posicionamento contrário ao que tinha manifestado anteriormente neste
autos na petição de Identificado: 4058000.2536701:

I – DA NOVA MANIFESTAÇÃO DA PROCURADORIA.


PROIBIÇÃO DO COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO.
BOA-FÉ PRROCESSUAL. DO ARTIGO 22, § 7º DA LEI
8.906/1994. DA VEDAÇÃO AO ENQRIQUECIMENTO
ILÍCITO.

De logo, deve ser ressaltado que a municipalidade,


em sua resposta a impugnação ao cumprimento de sentença,
expressamente anuiu com o pedido do escritório peticionante. Vejamos
(Identificador: 4058000.2536701, pag 18):

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(...).

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Por fim, com relação ao pedido de Identificador:
4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no
sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários
contratuais nos termos em que foram requeridos pela banca
jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade
anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA, para
que fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.
De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante
jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no
AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é
possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do
contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é
legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.

Por sua vez, ao responder os embargos de


declaração, adotando comportamento totalmente contraditório, utilizando
de patente má-fé processual, o eminente Procurador Fernando Antônio
Reale Barreto, prejudica os interesses da municipalidade nestes autos,
devendo ser desconsiderada sua manifestação. Vejamos:

Na referida contrarrazões, o referido Procurador


aponta que:

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O Município de Maceió possui Órgão de Procuradoria formada
e organizada antes mesmo da Carta Magna de 1988,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
precisamente desde 19 de outubro de 1973, com a edição da
Lei Municipal nº 2.065, em anexo. Todos os seus Procuradores
são de carreira, concursados. Há, para se ter idéia, Procurador
ativo que ingressou no quadro da Procuradoria desde 1982, o
atual Procurador decano da casa.
Se de um lado está comprovado que há muitos anos Maceió
tem corpo jurídico próprio e representação judicial própria, o
que já torna injustificável a contratação de escritório de
advocacia; por outro lado, a matéria da ação principal
(complementação das verbas do FUNDEF, em razão da
subestimação do VMAA, autos do processo de conhecimento
n. 0011204-19.2003.4.05.8000) é deveras simples, comum,
que não requer maiores conhecimentos ou especialidade, já
muito discutida no Judiciário, o que torna injustificável e ilegal a
contratação de escritório de advocacia para representar o
Município.

Como bem destacado, a Procuradoria Municipal do


Município de Maceió fora formada em 1973, todavia, ao contrário do que
afirmado, no ano de 2003, por não ter expertise necessária para causas
envolvendo verbas do FUNDEF, anuiu expressamente com a contratação
do escritório Monteiro e Monteiro Advogados para que através da
Associação que pertencia (AMA), patrocinasse uma ação judicial em face
da União, buscando a recuperação de verbas não repassadas a título de
FUNDEF.

Com a devida consideração, se a matéria fosse


simples, a própria Procuradoria teria proposto ação judicial
individual e lutado com a União por anos para conseguir verbas da

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educação para o município, mas, na verdade, a batalha fora

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encampada pelo escritório Monteiro e Monteiro Advogados, não
tendo a Procuradoria de Maceió, realizado um ato processual no
processo de conhecimento.

Assim, se não fosse à atuação do escritório, ora


peticionante, a verba estaria prescrita e a população do município de
Maceió, teria perdido mais de duzentos milhões de reais em verbas
para a educação.

Além do mais, o Supremo Tribunal Federal há muito


possui jurisprudência no sentido de que ao conferir aos procuradores dos
Estados e do Distrito Federal a sua representação judicial, o art. 132 da
Constituição veicula norma de organização administrativa, sem tolher a
capacidade de tais entidades federativas para conferir mandato ad judicia
a outros advogados para causas especiais. Vejamos:

Representação judicial não excludente da Constituição de


mandatário ad judicia para causa específica. Ao conferir aos
procuradores dos Estados e do Distrito Federal a sua
representação judicial, o art. 132 da Constituição veicula norma
de organização administrativa, sem tolher a capacidade de tais
entidades federativas para conferir mandato ad judicia a outros
advogados para causas especiais.
[Pet 409 AgR, rel. p/ o ac. min. Sepúlveda Pertence, j. 18-4-
1990, P, DJ de 29-6-1990.]

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fls. 315

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Trata-se exatamente do caso concreto, tendo o

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
escritório patrocinado causa em favor de todos os associados à AMA no
processo coletivo nº 0011204-19.2003.4.05.8000.

Também deve ser observado dos autos a ocorrência


do Venire contra factum proprium, ou seja, da vedação do comportamento
abusivo no qual o agente público adota uma posição jurídica em
contradição com a conduta assumida por ele anteriormente. Como diz a
doutrina, verificam-se dois comportamentos lícitos e sucessivos, porém o
primeiro (fato próprio) é contrariado pelo segundo.

Funda-se na necessidade de se preservar a


confiança depositada na outra parte quando da prática do primeiro ato, ou
seja, não se autorizam mudanças bruscas numa realidade consolidada.

No caso, observam-se comportamentos


contraditórios pelo Município de Maceió, uma vez que em um primeiro
momento atesta que anuiu com a contratação do escritório e a propositura
da ação e no momento seguinte, nega qualquer relação com a referida
banca, realizando mudanças bruscas em uma realidade consolidada.

Não há dúvidas de que os procuradores possuem


independência em relação a teses jurídicas, todavia, tal fato não se
estende a realidade consolidadas, ou seja, não se pode admitir que a
parte, sob o pretexto da independência profissional, modifique ao seu
prazer suas afirmações fáticas, causando tumulto processual e ferindo de
morte a segurança jurídica.

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Deste modo, em respeito à boa-fé processual, deve

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ser respeitada a primeira manifestação do município atestando a
anuência para contratação e a propositura da ação.

Por sua vez, o artigo 22, § 7, da Lei 8.906/1994,


explicita o seguinte:

Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos


inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados,
aos fixados por arbitramento judicial e aos de
sucumbência

§ 7º Os honorários convencionados com entidades de


classe para atuação em substituição processual poderão
prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao
optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações
decorrentes do contrato originário a partir do momento em
que este foi celebrado, sem a necessidade de mais
formalidade

Ora, não há dúvida de que o município de Maceió


fora beneficiário da ação, tendo optado por adquirir os direitos, tanto que
está executando o julgado, devendo assumir as obrigações decorrentes
do contrato originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem
a necessidade de mais formalidade.

Por fim, resta consolidado no Superior Tribunal de


Justiça o entendimento de que a parte não pode ser beneficiada dos
serviços prestados e utilizar de suposta nulidade para se esquivar de
realizar o pagamento, sob pena de locupletamento ilícito. Vejamos:

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATAÇÃO
DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA POR INEXIGIBILIDADE
DE LICITAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE O ENTE PÚBLICO
EFETUAR O PAGAMENTO PELOS SERVIÇOS
EFETIVAMENTE PRESTADOS. VEDAÇÃO AO
LOCUPLETAMENTO ILÍCITO. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO ACERCA DA EVENTUAL MÁ-FÉ DA
EMPRESA CONTRATADA.
(...).
2. No caso sub examinem, a municipalidade agravante
sustenta que o Tribunal de origem assentou ter sido a
contratação da empresa agravada viciada com má-fé.
Todavia, a leitura atenta do acórdão a quo, precisamente
de fl. 449, evidencia que o Tribunal de Justiça paulista
reputou viciada de má-fé a própria contratação direta, ao
argumento da ausência dos requisitos autorizadores para
tanto, sem, no entanto, ter explicitado qual ato praticado
pela contratada teria a propriedade de contaminar a
avença.
3. Deveras, a exegese da jurisprudência desta Corte é no
sentido de que a simples contratação direta não é
suficiente para evidenciar a má-fé do contratado; ao revés,
deve ser comprovado o ato que induziu a Administração a
erro e propiciou a contratação direta viciada. E, embora o
acórdão a quo assevere a ocorrência de ato de má-fé antes
da própria contratação, não consta desse julgado nehuma
indicação da prática objetiva de ato por parte da
contratada nesse sentido.
(...).
5. Agravo regimental não provido.

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(AgRg no REsp 1140386/SP, Rel. Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 03/08/2010,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DJe 09/08/2010) (grifo nosso).

ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. FORMA


VERBAL. NÃO-PAGAMENTO. COBRANÇA JUDICIAL.
PRINCÍPIO DO NÃO-ENRIQUECIMENTO ILÍCITO.
PAGAMENTO DEVIDO.
(...).
3. Por isso, na ausência de contrato formal entre as partes
- e, portanto, de ato jurídico perfeito que preservaria a
aplicação da lei à celebração do instrumento -, deve
prevalecer o princípio do não enriquecimento ilícito. Se o
acórdão recorrido confirma a execução do contrato e a
realização do serviço pelo recorrido, entendo que deve ser
realizado o pagamento devido pelo recorrente.
4. Inclusive, neste sentido, é de se observar que mesmo
eventual declaração de nulidade do contrato firmado não
seria capaz de excluir a indenização devida, a teor do que
dispõe o art. 59 da Lei n. 8.666/93.
5. Recurso especial não provido.
(REsp 1231646/MA, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/12/2014, DJe
19/12/2014) (grifo nosso).

Neste contexto, deve ser desconsiderada a nova


manifestação da Procuraodria.

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II – DA QUESTÃO DE ORDEM LEVANTADA PELA UNIÃO.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO. DA COISA JULGADA.

Na petição de Identificador: 4058000.3889297, a


União apresenta questão de ordem acerca da legitimidade do município
em executar o julgado.

De início, reitera-se que a nova manifestação da


Procuradoria não pode ser levada em consideração por este juízo, uma
vez que em sua primeira manifestação a municipalidade expressamente
afirma que anuiu com a contratação e a propositura da ação, devendo ser
ignorado por este juízo disputa internas entre Procuradores, sendo
preservada, a segurança jurídica o Município de Maceió e sua população.

Pois bem.

Não subsiste a uma análise mais profunda dos autos


a alegação da União de que não houve autorização pra a propositura
ação de conhecimento, uma vez que deste sua primeira intervenção a
Procuradoria expressamente confirmou que autorizou a propositura da
ação e anuir com a contratação do escritório. Vejamos trechos das
manifestações do município:

(Identificador: 4058000.2252094, pag. 1).


Cuida a hipótese de AÇÃO ORDINÁRIA intentada pela AMA –
Associação dos Municípios Alagoanos, em favor de seus
filiados, e patrocinada pelo escritório de advocacia MONTEIRO
E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS, pleiteando, no
mérito, a condenação da União a repassar quantia equivalente

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aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
que os municípios alagoanos deixaram de receber, na vigência
da Lei n.º 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo
Anual por Aluno (VMAA) abaixo da média nacional.

(Identificador: 4058000.2536701, pag 18):


(...).
Por fim, com relação ao pedido de Identificador:
4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no
sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários
contratuais nos termos em que foram requeridos pela banca
jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade
anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA,
para que fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.
De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante
jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no
AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é
possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do
contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é
legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.

Deste modo, percebe-se que a nova manifestação


da Procuradoria não deve ser considerada por este juízo, pois, em todo
trâmite processual a municipalidade sempre afirmou que autorizou a
propositura da ação e anuiu com a contratação do escritório.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Por outro lado, a matéria alegada já se encontra
acobertada pela coisa julgada. Nesse sentido, transcreve-se trecho do
voto do Exmo. Desembargador Federal relator no processo de
conhecimento (Identificador: 4058000.2252121):

"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do


FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome dos municípios
que lhes são associados, em típica relação de representação,
fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição Federal.
2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que
autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos municípios
associados (Lei nº 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44
e 274.
3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.
(...)"

Dessa forma, o título executivo transitado em


julgado foi explícito ao afirmar que a associação representou, na ação
coletiva, todos os seus associados (municípios) constantes da relação
acostada às fls. 44 e 274 daquela demanda, da qual consta o Município
de Maceió, conforme pode constatar a União, que participou da demanda.

Logo, se a União discordava do julgamento, e


entendia que não havia sido demonstrada a condição de associado dos
Municípios constantes de tal relação, ou que era necessária a
apresentação de autorizações individuais, deveria ter interposto recurso
contra o acórdão, não sendo possível, entretanto, após o seu trânsito em
julgado e durante a execução, pretender rediscuti-lo.

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Neste sentido, decisão proferida pelo eminente juízo

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
da 2ª Vara Federal de Alagoas em causa idêntico a dos autos (DOC. 01).

Neste contexto, em respeito às manifestações


legítimas do município nos presentes autos e da coisa julgada, deve ser
indeferida a questão de ordem levantada pela União, devendo ser
totalmente desconsiderada a manifestação do Procurador Fernando
Antônio Reale Barreto, uma vez que a independência funcional, não
autoriza a modificação da realidade fática anteriormente
apresentada, devendo sempre ser protegida a boa-fé processual e a
população de Maceió que, não pode ser prejudicada, por eventuais
disputas internas de sua Procuradoria.

III – DO REQUERIMENTO FINAL

Diante do exposto, pugna o peticionante pelo


provimento dos embargos de declaração de ID Identificador:
4058000.3887274 e pelo indeferimento da questão de ordem levantada
pela União, devendo a população de Maceió, ser poupada e preservada
por eventuais disputas internas de sua Procuradoria.

Termos em que,
Pedem e espera deferimento.
Recife/PE, 10 de dezembro de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18121015404217400000003983040
Data e hora da assinatura: 10/12/2018 15:41:18
Identificador: 4058000.3962109
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 12/12
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfal.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.seam...
fls. 323

PROCESSO Nº: 0800018-43.2015.4.05.8000 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS
ADVOGADO: Marcondes Aurélio De Oliveira e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
2ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DECISÃO

1. Não há como acolher o pedido de extinção da execução formulado pela União na petição de
id. 3770703, sob alegação de que "o exequente não logrou comprovar a prévia e regular
representação judicial da associação no âmbito da ação coletiva que originou o título
executivo, de modo que se evidencia sua ilegitimidade ativa para execução".

2. Em primeiro lugar, porque a matéria alegada já se encontra acobertada pela coisa julgada.
Nesse sentido, transcrevo trecho do voto do Exmo. Desembargador Federal relator (id.
4058000.420528):

"1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora,


ora apelante, age em nome dos municípios que lhes são associados, em típica
relação de representação, fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição
Federal.

2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o


ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados (Lei nº 9.424/97,
art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274.

3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.

(...)"

3. Dessa forma, o título executivo transitado em julgado foi explícito ao afirmar que a
associação representou, na ação coletiva, todos os seus associados (municípios) constantes da
relação acostada às fls. 44 e 274 daquela demanda, da qual consta o Município de Palmeira dos
Índios (fl. 272), conforme pode constatar a União, que participou da demanda.

4. Logo, se a União discordava do julgamento, e entendia que não havia sido demonstrada a
condição de associado dos Municípios constantes de tal relação, ou que era necessária a
apresentação de autorizações individuais, deveria ter interposto recurso contra o acórdão, não
sendo possível, entretanto, após o seu trânsito em julgado e durante a execução, pretender
rediscuti-lo.

5. Em razão do exposto, indefiro o requerido.

1 de 2 1/2 10:42
30/10/2018
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfal.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.seam...
fls. 324

6. Mantenha-se o feito suspenso.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
7. Intimem-se.

Juiz Federal - 2ª Vara/AL

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KLRL

Processo: 0800018-43.2015.4.05.8000
Assinado eletronicamente por: 18100119101785000000003743717
André Carvalho Monteiro - Magistrado
Data e hora da assinatura: 26/10/2018 10:23:34
Identificador: 4058000.3723160

Para conferência da autenticidade do


documento:
https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo
/ConsultaDocumento/listView.seam

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18121015404217400000003983041
Data e hora da assinatura: 10/12/2018 15:41:18
Identificador: 4058000.3962110
2 de 2 Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2 10:42
30/10/2018
fls. 325

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 7 de Dezembro de 2018.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
18120711144300500000003975738
Data e hora da assinatura: 07/12/2018 11:15:08
Identificador: 4058000.3954812
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 326

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
ALAGOAS .

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Origem: Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob n.
12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua Procuradoria Geral, situada na Rua Dr.
Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, por conduto do seu Procurador infra assinado, vem, perante
Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art. 1.023, §2º, do Código de Processo Civil, juntar a
cópia das leis municipais nº 2.065/1973 e 4.324/1994, asseveradas na petição de contrarrazões de
embargos de declaração, id. 4058000.3951030.

Pede deferimento.

Maceió/AL, 06 de dezembro de 2018.

Fernando Antonio Reale Barreto

Procurador Municipal

OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
18120615313627700000003972184
Data e hora da assinatura: 06/12/2018 15:33:06
Identificador: 4058000.3951259
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
ALAGOAS.

Origem: Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no


CNPJ sob n. 12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua Procuradoria
Geral, situada na Rua Dr. Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, por conduto do seu
Procurador infra assinado, vem, perante Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art.
1.023, §2º, do Código de Processo Civil, juntar a cópia das leis municipais nº 2.065/1973 e
4.324/1994, asseveradas na petição de contrarrazões de embargos de declaração, id.
4058000.3951030.
Pede deferimento.
Maceió/AL, 06 de dezembro de 2018.

Fernando Antonio Reale Barreto


Procurador Municipal
OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
18120615321946300000003972185
Data e hora da assinatura: 06/12/2018 15:33:06
Identificador: 4058000.3951260
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Assinado eletronicamente por:

Identificador: 4058000.3951262
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000

Data e hora da assinatura: 06/12/2018 15:33:06


FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador

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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000

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FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador

Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam


18120615323856200000003972189
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
ALAGOAS .

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Origem: Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000

Embargante: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS

Embargada: Município de Maceió

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no CNPJ sob n.
12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua Procuradoria Geral, situada na Rua Dr.
Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, por conduto do seu Procurador infra assinado, vem, perante
Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art. 1.023, §2º, do Código de Processo Civil,
apresentar CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com base nos fatos e
fundamentos que passa a expor:

I - DA TEMPESTIVIDADE

O Município foi intimado da decisão agravada no dia 26/11/2018, conforme certidão ID


4058000.3909543, sendo dies a quo do prazo recursal o dia 27/11/2018, conforme disposição do art. 224
do CPC. Considerando que, nos termos do art. 1.023, §2º, do CPC, a resposta aos embargos de declaração
pode ser interposta em até 05 dias, e, ainda, que a contagem do referido prazo será em dias úteis e em
dobro, consoante mandamentos dos arts. 183 e 219 do CPC, tem-se como termo ad quem o dia
10/12/2018.

II - DA DECISÃO EMBARGADA

Inicialmente, o Município de Maceió requereu o cumprimento de sentença judicial que condenou a União
à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do VMAA, decorrente dos autos
do processo de conhecimento n. 0011204-19.2003.4.05.8000. Inconformada, a União apresentou
impugnação, apontando como devida a quantia de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões,
trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), conforme Parecer Técnico n.
2.442/2017 (ID 4058000.2443730).

Logo após a impugnação ao cumprimento de sentença, o Juízo de primeiro grau suspendeu a tramitação
do feito, em razão da liminar concedida na Ação Rescisória n. 0800907-4.2016.4.05.0000, também

1/5
fls. 363

proposta pela União, em tramitação no E. TRF 5ª Região. Contudo, referida Ação Rescisória foi julgada
improcedente no seu mérito em 30/05/2018, com a consequente revogação da tutela liminar anteriormente

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concedida.

Por conseguinte, a municipalidade peticionou no Cumprimento de Sentença informando o resultado do


referido julgamento e requerendo a continuidade do feito, porém, ocorrendo o indeferimento. Por não
concordar com tal indeferimento, o Município de Maceió apresentou agravo de instrumento, o qual foi

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
dado provimento, no sentido de expedição de precatório em favor de Maceió, no valor incontroverso de
R$ R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e
três centavos).

Logo em seguida, o escritório de advocacia Monteiro e Monteiro Advogados Associados, ora embargante,
apresentou a petição de identificador 4058000.3693445, requerendo a expedição de precatório com
destaque dos honorários que alega ter direito. Tal pleito foi acertadamente e fundamentadamente
indeferido por este Juízo.

Da decisão de indeferimento, o escritório embargante opôs embargos de declaração, ora contraminutado,


requerendo a modificação da decisão e, por conseguinte, a expedição de precatório em seu favor. Ou seja,
requerendo que significativa parte do dinheiro destinado à manutenção da educação e do magistério de
Maceió abasteça os seus cofres, como pagamento de honorários contratuais. Argumentou a ocorrência de
omissão em aplicação de jurisprudência do STF.

Eis os fatos, em síntese.

III - PRELIMINAR

- DO NÃO CONHECIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Para que sejam conhecidos os embargos de declaração, o CPC determina que a decisão atacada apresente
contradição, omissão, obscuridade ou erro material e que a parte que recorre comprove ao menos um
destes elementos.

Ora, nos embargos em questão não há o preenchimento deste simplório requisito, seja porque os
embargantes alegam suposta omissão que não tem natureza de omissão, seja porque a decisão atacada não
apresenta qualquer omissão. A decisão está embasada e bem fundamentada em entendimento recente e
firme do STJ.

Portanto, não há qualquer omissão, obscuridade ou contradição ou mesmo erro material passível de ser
sanado por meio dos presentes embargos. Assim, merecem não ser conhecidos.

IV - DO MÉRITO

Mesmo confiando no não conhecimento dos embargos de declaração, em face do princípio da


eventualidade passa-se a atacar o mérito do recurso.

- DESCABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Os embargantes pretendem o provimento de seu recurso para que seja destacada vultosa quantia dos
precatórios deferidos ao Município de Maceió, decorrentes de verba não paga do FUNDEF.

Ora, se mostraria teratológica uma decisão onde se deferisse destaque de honorários contratuais para um

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escritório de advocacia sem que haja sequer contrato de honorários, sem que tenha havido qualquer
procedimento licitatório ou de dispensa de licitação para a contratação do dito escritório. Ainda, seria

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absurda uma decisão que deferisse destaque de verba vultosa do FUNDEF, que é dinheiro destinado à
educação básica e ao magistério, em favor de um escritório de advocacia, sob o argumento de honorários
advocatícios contratuais.

Onde está o contrato de honorários entre o Município de Maceió e o escritório de advocacia Monteiro e

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Monteiros Advogados Associados que respalde o destaque de honorários?

Onde está o processo administrativo de licitação ou dispensa de licitação onde se deu a contratação do
escritório de advocacia Monteiro e Monteiros Advogados Associados que respalde o destaque de
honorários?

A resposta para as duas perguntas é uma só: NÃO EXISTE! Não existe contrato de prestação de serviços
advocatícios entre o Município de Maceió e o escritório de advocacia Monteiro e Monteiros Advogados
Associados; também, não existe qualquer processo administrativo de licitação ou dispensa de licitação
onde se deu a contratação do escritório de advocacia Monteiro e Monteiros Advogados Associados.

O Município de Maceió possui Órgão de Procuradoria formada e organizada antes mesmo da Carta
Magna de 1988, precisamente desde 19 de outubro de 1973, com a edição da Lei Municipal nº 2.065, em
anexo. Todos os seus Procuradores são de carreira, concursados. Há, para se ter idéia, Procurador ativo
que ingressou no quadro da Procuradoria desde 1982, o atual Procurador decano da casa.

Se de um lado está comprovado que há muitos anos Maceió tem corpo jurídico próprio e representação
judicial própria, o que já torna injustificável a contratação de escritório de advocacia; por outro lado, a
matéria da ação principal (complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do
VMAA, autos do processo de conhecimento n. 0011204-19.2003.4.05.8000) é deveras simples, comum,
que não requer maiores conhecimentos ou especialidade, já muito discutida no Judiciário, o que torna
injustificável e ilegal a contratação de escritório de advocacia para representar o Município.

Vale destacar que não houve a observação das normas previstas na Lei Federal nº 8,666/93 para a
contratação deste escritório de advocacia. Ainda, esta própria norma, em seu artigo 13, aos trazer as
hipóteses de serviço técnico profissional especializado, até enumera o patrocínio de causas judiciais como
umas das hipóteses; porém, o artigo 25, inciso II, da mesma norma determina que a inexigibilidade de
licitação e a contratação apenas ocorram para serviços técnicos enumerados no art. 13, de natureza
singular (o que não foi o caso, pois o serviço é simples, comum), e com profissionais ou empresas de
notória especialização (o que não é o caso, pois o escritório não é titularizado especializado na matéria e
nem a matéria é especial).

Ademais, alega o escritório embargante, em petição identificada nº 4058000.3160311, que o Município de


Maceió concorda com o destaque dos honorários contratuais. Realmente, em resposta à impugnação
apresentada pela União, de identificador nº 4058000.2536700, a Procuradoria manifestou pelo destaque
dos honorários contratuais. Porém, este não é o entendimento da Procuradoria e nem mesmo do
Município de Maceió.

Ocorre que, em reunião do Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Município de Maceió, composta


pelos Procuradores-Chefes das Procuradorias especializadas, os Conselheiros decidiram que a
manifestação identificada sob o nº 4058000.2536700 não corresponde ao pensamento do Município de
Maceió e nem da Procuradoria do Município. Em verdade, corresponde ao pensamento isolado do
Procurador que subscreveu a petição, que, no exercício da sua independência funcional, peticionou
daquela forma.

A verdade é que o Município de Maceió não concorda com o destaque de honorários do FUNDEF para
escritório de advocacia, para pagar contrato de honorários advocatícios, conforme já asseverado acima.
Pois, além do que já afirmou, entende que não houve processo licitatório para tanto e nem mesmo a
assinatura de contrato com o Município de Maceió para tanto, restando nula qualquer possibilidade de
pagamento de honorários contratuais pelo Município de Maceió.

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Ademais, compulsando-se os autos, precisamente o contrato de honorários advocatícios de id.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4058000.2502540, constata-se que a avença assinada envolveu apenas o escritório Monteiro e Monteiros
Advogados Associados e a Associação dos Municípios Alagoanos - AMA. Ainda, a cláusula segunda
dispõe que a contraprestação aos serviços prestados será de 20% (vinte por cento) do benefício
proporcionado à contratante (ou seja, à Associação dos Municípios Alagoanos). Vejamos:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Deste contato, de legalidade ao menos questionável, jamais pode se interpretar que o escritório Monteiro e
Monteiros Advogados Associados tem direito a 20% da quantia que pertence a Maceió a título de
complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do VMAA. Ora, na pior das
hipóteses, o aludido escritório teria direito a 20% do que a Associação obtivesse de benefício. Ou seja,
teria de se averiguar o quanto a Associação ganharia de cada associado (quanto o contrato social entre os
associados e a AMA determina que cada associado deveria repassar para a Associação por causa da ação)
e, deste valor se extrairia os 20% e se destinaria ao escritório embargante. Pensar de forma diversa seria
estabelecer obrigação contratual a terceiro fora do contrato, o que viola os limites subjetivos do contrato.

Mesmo que fosse legal, jamais se poderia interpretar que 20% da quantia que têm direito os associados da
AMA deveria ser destinada ao escritório embargante. Pensar assim é estipular obrigação para terceiro que
não faz parte do contrato.

A verdade é que o contrato de honorários celebrado entre a AMA e o escritório Monteiro e Monteiros
Advogados Associados é NULO, conforme dispõe o artigo 166 do Código Civil. Vejamos:

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Confrontando-se o contrato de honorários com o artigo 166 acima, constata-se que tal contrato não
reveste a forma prescrita em lei (inciso IV). Afinal, faltou o procedimento licitatório de dispensa ou
inexigibilidade de licitação para a contratação do embargante, bem como não respeitou as normas
atinentes a credenciamento de advogados previstas na Lei Municipal maceioense nº 4.324/1994, que
modificou a estrutura da PGM Maceió. Ainda, infringe também o inciso VI, pois tem por objetivo fraudar
a lei imperativa, no caso a Lei Orgânica da Procuradoria do Município de Maceió vigente à época, a Lei
municipal nº 4.324/1994, que logo em seu artigo 1º já determina que a representação judicial do
Município apenas seja feita pela sua Procuradoria. Apenas eventualmente e desde que respeitado o
procedimento de credenciamento, previstos nos artigo 32 e seguintes da mesma lei municipal, que
Advogado poderia representar o Município. Porém, não se respeitou nem a Lei Federal nº 8.666/1993 e
nem a Lei Municipal de Maceió nº 4.324/1994, o que torna o contrato nulo.

Dessa forma, em face de todos os argumentos apresentados, os embargos de declaração opostos pelo
escritório Monteiro e Monteiros Advogados Associados devem ser totalmente improvidos.

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V - CONCLUSÃO

Ante o exposto, requer o Município embargado digne-se Vossa Excelência a não conhecer o recurso de
embargos de declaração. Contudo, caso o conhece, que o mesmo não seja acolhido, conforme
fundamentação acima.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Pede deferimento.

Maceió/AL, 06 de dezembro de 2018.

Fernando Antonio Reale Barreto

Procurador Municipal

OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
18120615060370600000003971953
Data e hora da assinatura: 06/12/2018 15:07:39
Identificador: 4058000.3951030
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 5/5
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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE
ALAGOAS.

Origem: Cumprimento de Sentença 0807260-82.2017.4.05.8000


Embargante: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS
Embargada: Município de Maceió

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público interno, inscrito no


CNPJ sob n. 12.200.135/0001-80, com endereço para intimações na sede da sua Procuradoria
Geral, situada na Rua Dr. Pedro Monteiro, n. 291, Centro, Maceió/AL, por conduto do seu
Procurador infra assinado, vem, perante Vossa Excelência, tempestivamente, com fulcro no art.
1.023, §2º, do Código de Processo Civil, apresentar CONTRARRAZÕES AOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, com base nos fatos e fundamentos que passa a expor:

I – DA TEMPESTIVIDADE
O Município foi intimado da decisão agravada no dia 26/11/2018, conforme certidão ID
4058000.3909543, sendo dies a quo do prazo recursal o dia 27/11/2018, conforme disposição do
art. 224 do CPC. Considerando que, nos termos do art. 1.023, §2º, do CPC, a resposta aos
embargos de declaração pode ser interposta em até 05 dias, e, ainda, que a contagem do referido
prazo será em dias úteis e em dobro, consoante mandamentos dos arts. 183 e 219 do CPC, tem-
se como termo ad quem o dia 10/12/2018.

II – DA DECISÃO EMBARGADA
Inicialmente, o Município de Maceió requereu o cumprimento de sentença judicial que
condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do
VMAA, decorrente dos autos do processo de conhecimento n. 0011204-19.2003.4.05.8000.
Inconformada, a União apresentou impugnação, apontando como devida a quantia de R$
260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e
três centavos), conforme Parecer Técnico n. 2.442/2017 (ID 4058000.2443730).

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Logo após a impugnação ao cumprimento de sentença, o Juízo de primeiro grau
suspendeu a tramitação do feito, em razão da liminar concedida na Ação Rescisória n. 0800907-
4.2016.4.05.0000, também proposta pela União, em tramitação no E. TRF 5ª Região. Contudo,
referida Ação Rescisória foi julgada improcedente no seu mérito em 30/05/2018, com a
consequente revogação da tutela liminar anteriormente concedida.
Por conseguinte, a municipalidade peticionou no Cumprimento de Sentença
informando o resultado do referido julgamento e requerendo a continuidade do feito, porém,
ocorrendo o indeferimento. Por não concordar com tal indeferimento, o Município de Maceió
apresentou agravo de instrumento, o qual foi dado provimento, no sentido de expedição de
precatório em favor de Maceió, no valor incontroverso de R$ R$ 260.300.323,33 (duzentos e
sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos).
Logo em seguida, o escritório de advocacia Monteiro e Monteiro Advogados
Associados, ora embargante, apresentou a petição de identificador 4058000.3693445, requerendo
a expedição de precatório com destaque dos honorários que alega ter direito. Tal pleito foi
acertadamente e fundamentadamente indeferido por este Juízo.
Da decisão de indeferimento, o escritório embargante opôs embargos de declaração,
ora contraminutado, requerendo a modificação da decisão e, por conseguinte, a expedição de
precatório em seu favor. Ou seja, requerendo que significativa parte do dinheiro destinado à
manutenção da educação e do magistério de Maceió abasteça os seus cofres, como pagamento
de honorários contratuais. Argumentou a ocorrência de omissão em aplicação de jurisprudência do
STF.
Eis os fatos, em síntese.

III – PRELIMINAR
- DO NÃO CONHECIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Para que sejam conhecidos os embargos de declaração, o CPC determina que a
decisão atacada apresente contradição, omissão, obscuridade ou erro material e que a parte que
recorre comprove ao menos um destes elementos.
Ora, nos embargos em questão não há o preenchimento deste simplório requisito, seja
porque os embargantes alegam suposta omissão que não tem natureza de omissão, seja porque a
decisão atacada não apresenta qualquer omissão. A decisão está embasada e bem fundamentada
em entendimento recente e firme do STJ.

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

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Portanto, não há qualquer omissão, obscuridade ou contradição ou mesmo erro
material passível de ser sanado por meio dos presentes embargos. Assim, merecem não ser
conhecidos.

IV – DO MÉRITO
Mesmo confiando no não conhecimento dos embargos de declaração, em face do
princípio da eventualidade passa-se a atacar o mérito do recurso.

- DESCABIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO


Os embargantes pretendem o provimento de seu recurso para que seja destacada
vultosa quantia dos precatórios deferidos ao Município de Maceió, decorrentes de verba não paga
do FUNDEF.
Ora, se mostraria teratológica uma decisão onde se deferisse destaque de honorários
contratuais para um escritório de advocacia sem que haja sequer contrato de honorários, sem que
tenha havido qualquer procedimento licitatório ou de dispensa de licitação para a contratação do
dito escritório. Ainda, seria absurda uma decisão que deferisse destaque de verba vultosa do
FUNDEF, que é dinheiro destinado à educação básica e ao magistério, em favor de um escritório
de advocacia, sob o argumento de honorários advocatícios contratuais.
Onde está o contrato de honorários entre o Município de Maceió e o escritório de
advocacia Monteiro e Monteiros Advogados Associados que respalde o destaque de honorários?
Onde está o processo administrativo de licitação ou dispensa de licitação onde se deu
a contratação do escritório de advocacia Monteiro e Monteiros Advogados Associados que
respalde o destaque de honorários?
A resposta para as duas perguntas é uma só: NÃO EXISTE! Não existe contrato de
prestação de serviços advocatícios entre o Município de Maceió e o escritório de advocacia
Monteiro e Monteiros Advogados Associados; também, não existe qualquer processo
administrativo de licitação ou dispensa de licitação onde se deu a contratação do escritório de
advocacia Monteiro e Monteiros Advogados Associados.
O Município de Maceió possui Órgão de Procuradoria formada e organizada antes
mesmo da Carta Magna de 1988, precisamente desde 19 de outubro de 1973, com a edição da Lei
Municipal nº 2.065, em anexo. Todos os seus Procuradores são de carreira, concursados. Há,
para se ter idéia, Procurador ativo que ingressou no quadro da Procuradoria desde 1982, o atual
Procurador decano da casa.

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Se de um lado está comprovado que há muitos anos Maceió tem corpo jurídico próprio
e representação judicial própria, o que já torna injustificável a contratação de escritório de
advocacia; por outro lado, a matéria da ação principal (complementação das verbas do FUNDEF,
em razão da subestimação do VMAA, autos do processo de conhecimento n. 0011204-
19.2003.4.05.8000) é deveras simples, comum, que não requer maiores conhecimentos ou
especialidade, já muito discutida no Judiciário, o que torna injustificável e ilegal a contratação de
escritório de advocacia para representar o Município.
Vale destacar que não houve a observação das normas previstas na Lei Federal nº
8,666/93 para a contratação deste escritório de advocacia. Ainda, esta própria norma, em seu
artigo 13, aos trazer as hipóteses de serviço técnico profissional especializado, até enumera o
patrocínio de causas judiciais como umas das hipóteses; porém, o artigo 25, inciso II, da mesma
norma determina que a inexigibilidade de licitação e a contratação apenas ocorram para serviços
técnicos enumerados no art. 13, de natureza singular (o que não foi o caso, pois o serviço é
simples, comum), e com profissionais ou empresas de notória especialização (o que não é o caso,
pois o escritório não é titularizado especializado na matéria e nem a matéria é especial).
Ademais, alega o escritório embargante, em petição identificada nº 4058000.3160311,
que o Município de Maceió concorda com o destaque dos honorários contratuais. Realmente, em
resposta à impugnação apresentada pela União, de identificador nº 4058000.2536700, a
Procuradoria manifestou pelo destaque dos honorários contratuais. Porém, este não é o
entendimento da Procuradoria e nem mesmo do Município de Maceió.
Ocorre que, em reunião do Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Município de
Maceió, composta pelos Procuradores-Chefes das Procuradorias especializadas, os Conselheiros
decidiram que a manifestação identificada sob o nº 4058000.2536700 não corresponde ao
pensamento do Município de Maceió e nem da Procuradoria do Município. Em verdade,
corresponde ao pensamento isolado do Procurador que subscreveu a petição, que, no exercício da
sua independência funcional, peticionou daquela forma.
A verdade é que o Município de Maceió não concorda com o destaque de honorários
do FUNDEF para escritório de advocacia, para pagar contrato de honorários advocatícios,
conforme já asseverado acima. Pois, além do que já afirmou, entende que não houve processo
licitatório para tanto e nem mesmo a assinatura de contrato com o Município de Maceió para tanto,
restando nula qualquer possibilidade de pagamento de honorários contratuais pelo Município de
Maceió.

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Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Ademais, compulsando-se os autos, precisamente o contrato de honorários
advocatícios de id. 4058000.2502540, constata-se que a avença assinada envolveu apenas o
escritório Monteiro e Monteiros Advogados Associados e a Associação dos Municípios Alagoanos
– AMA. Ainda, a cláusula segunda dispõe que a contraprestação aos serviços prestados será de
20% (vinte por cento) do benefício proporcionado à contratante (ou seja, à Associação dos
Municípios Alagoanos). Vejamos:

Deste contato, de legalidade ao menos questionável, jamais pode se interpretar que o


escritório Monteiro e Monteiros Advogados Associados tem direito a 20% da quantia que pertence
a Maceió a título de complementação das verbas do FUNDEF, em razão da subestimação do
VMAA. Ora, na pior das hipóteses, o aludido escritório teria direito a 20% do que a Associação
obtivesse de benefício. Ou seja, teria de se averiguar o quanto a Associação ganharia de cada
associado (quanto o contrato social entre os associados e a AMA determina que cada associado
deveria repassar para a Associação por causa da ação) e, deste valor se extrairia os 20% e se
destinaria ao escritório embargante. Pensar de forma diversa seria estabelecer obrigação
contratual a terceiro fora do contrato, o que viola os limites subjetivos do contrato.
Mesmo que fosse legal, jamais se poderia interpretar que 20% da quantia que têm
direito os associados da AMA deveria ser destinada ao escritório embargante. Pensar assim é
estipular obrigação para terceiro que não faz parte do contrato.
A verdade é que o contrato de honorários celebrado entre a AMA e o escritório
Monteiro e Monteiros Advogados Associados é NULO, conforme dispõe o artigo 166 do Código
Civil. Vejamos:
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua
validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar
sanção.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Confrontando-se o contrato de honorários com o artigo 166 acima, constata-se que tal
contrato não reveste a forma prescrita em lei (inciso IV). Afinal, faltou o procedimento licitatório de
dispensa ou inexigibilidade de licitação para a contratação do embargante, bem como não
respeitou as normas atinentes a credenciamento de advogados previstas na Lei Municipal
maceioense nº 4.324/1994, que modificou a estrutura da PGM Maceió. Ainda, infringe também o
inciso VI, pois tem por objetivo fraudar a lei imperativa, no caso a Lei Orgânica da Procuradoria do
Município de Maceió vigente à época, a Lei municipal nº 4.324/1994, que logo em seu artigo 1º já
determina que a representação judicial do Município apenas seja feita pela sua Procuradoria.
Apenas eventualmente e desde que respeitado o procedimento de credenciamento, previstos nos
artigo 32 e seguintes da mesma lei municipal, que Advogado poderia representar o Município.
Porém, não se respeitou nem a Lei Federal nº 8.666/1993 e nem a Lei Municipal de Maceió nº
4.324/1994, o que torna o contrato nulo.
Dessa forma, em face de todos os argumentos apresentados, os embargos de
declaração opostos pelo escritório Monteiro e Monteiros Advogados Associados devem ser
totalmente improvidos.

V – CONCLUSÃO
Ante o exposto, requer o Município embargado digne-se Vossa Excelência a não
conhecer o recurso de embargos de declaração. Contudo, caso o conhece, que o mesmo não seja
acolhido, conforme fundamentação acima.
Pede deferimento.
Maceió/AL, 06 de dezembro de 2018.

Fernando Antonio Reale Barreto


Procurador Municipal
OAB/AL 12.175-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO - Procurador
18120615071818600000003971954
Data e hora da assinatura: 06/12/2018 15:07:39
Identificador: 4058000.3951031
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 6/6
fls. 373

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 26/11/2018 12:19, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 21/11/2018 19:03 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18112209322366100000003914652 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 26/11/2018 12:19 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 26/11/2018 12:19:13
Identificador: 4058000.3910164

1/1
fls. 374

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 26/11/2018 11:07, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 21/11/2018 19:03 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18112209322366100000003914652 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 26/11/2018 11:07 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 26/11/2018 11:07:11
Identificador: 4058000.3909543

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fls. 375

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
EXEQUENTE, na pessoa de seu representante legal, do despacho anexo.

Maceió-AL, 22 de Novembro de 2018.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
18112209322366100000003914652
Data e hora da assinatura: 22/11/2018 09:33:14
Identificador: 4058000.3893792
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 376

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

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DESPACHO

Considerando a pretensão modificativa dos embargos declaratórios, intime-se a parte adversa, a fim de
que se manifeste no prazo de 05 (cinco) dias.

Providências necessárias.

Maceió (AL), 21 de novembro de 2018.

Juiz Federal

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RICARDO LUIZ BARBOSA DE SAMPAIO ZAGALLO - Magistrado
18112109533956800000003910533
Data e hora da assinatura: 21/11/2018 19:03:09
Identificador: 4058000.3889674
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 377

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 21 de Novembro de 2018.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
18112109530979100000003910531
Data e hora da assinatura: 21/11/2018 09:53:25
Identificador: 4058000.3889672
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 378

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PROCURADORIA DA UNIÃO EM ALAGOAS

EXCELENTÍSSIMO JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Ref.: Proc. n. 0807260-82.2017.4.05.8000

A UNIÃO , pessoa jurídica de direito público interno, representada nos termos da Lei Complementar nº
73/1993, vem perante Vossa Excelência, relatar e ao final requerer o que se segue:

Trata-se de Execução Provisória de Sentença em razão da ação coletiva n. 0011204-19.2003.4.05.8000 ,


de autoria da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Acontece que o Município Exequente não comprovou sua qualidade de beneficiário do título, como a
União passará a demonstrar.

DA ILEGITIMIDADE ATIVA DO MUNICÍPIO-EXEQUENTE. AUSÊNCIA DE


AUTORIZAÇÃO EXPRESSA. APLICAÇÃO DO REPETITIVO DO STF DE N. RE 573232/SC.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DO TRF5ª REGIÃO.

O ente municipal carece de legitimidade ativa para promover "execução individual" da ação coletiva de
n. 0011204-19.2003.4.05.8000 , ajuizada pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Nos moldes do art. 75, III, CPC/2015 (art. 12, II, CPC/73), a representação judicial dos Municípios, ativa
e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente municipal não
pode ser exercida por Associação de direito privado, vez que se submete às normas de direito público.
Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de delegação a pessoa jurídica de direito privado, tutelar
interesse de pessoa jurídica de direito público sob forma de substituição processual.

Dessa forma, nos termos do art. 75, III do CPC/2015 (art. 12, II, CPC/1973), c/c CF, art. 5º, XXI, resta
claro que a ação coletiva de n. 0011204-19.2003.4.05.8000 , cujo título o Município pretende executar
individualmente, foi ajuizada por parte manifestamente ilegítima com vedação legal para representação
das municipalidades, pelo que resta evidente a ilegitimidade para execução.

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Ademais, não comprovou a Municipalidade ter autorizado expressamente o ingresso da coletiva em

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seu nome, condição sine qua non para ser beneficiária de demanda coletiva, nos termos do art. 5º, XXI da
CF/88.

Sobre representação de associados em demandas coletivas, é importante evidenciar que o Supremo

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Tribunal Federal, ao interpretar o art. 5º, XXI da CF/88, no julgamento do RE n. 573.232, sob o auspicio
de repercussão geral , consignou a necessidade de autorização expressa do associado para ingresso da
coletiva por Associação ao afirmar que: "o disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República
encerra representação específica , não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a
revelar a defesa dos interesses dos associados " .

REPRESENTAÇÃO - ASSOCIADOS - ARTIGO 5º, INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.


ALCANCE. O disposto no artigo 5º, inciso XXI, da Carta da República encerra representação
específica, não alcançando previsão genérica do estatuto da associação a revelar a defesa dos
interesses dos associados . TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL - ASSOCIAÇÃO - BENEFICIÁRIOS.
As balizas subjetivas do título judicial, formalizado em ação proposta por associação, é definida pela
representação no processo de conhecimento , presente a autorização expressa dos associados e a lista
destes juntada à inicial..

(RE 573232 / SC - Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI Relator(a) p/ Acórdão: Min.


MARCO AURÉLIO - Tribunal Pleno Publicação REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-182
DIVULG 18-09-2014 PUBLIC 19-09-2014 EMENT VOL-02743-01 PP-00001) (grifos nossos)

Evidencie-se que a autorização estatutária genérica conferida à Associação não é suficiente para
legitimar a sua atuação em benefício de seus associados. Necessário se faz, assim, autorização expressa
individualmente pelo associado ou mediante deliberação em assembleia específica .

No mesmo sentido, é o conteúdo do parágrafo único do art. 2º-A da Lei 9.494, de 10/09/1997:

"Art.2º-A. Nas ações coletivas propostas contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e
suas autarquias e fundações, a petição inicial deverá obrigatoriamente estar instruída com a ata da
assembleia da entidade associativa que a autorizou, acompanhada da relação nominal dos seus associados
e indicação dos respectivos endereços" . (grifos nossos)

No caso dos autos, não há comprovação de autorização expressa conferida à AMA pelo Município
exequente para a propositura da aludida ação coletiva. Dessa forma, não há como este executar o
título do processo coletivo.

Não se comprovou a autorização expressa do Município exequente para ajuizamento da coletiva, pelo que
evidente a sua ilegitimidade para execução do título.

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fls. 380

Consigne-se, por oportuno, que em casos semelhantes ao presente, nos processos de n. AC 588458-PE e

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AC 588361-PE , que tratavam de execuções individuais do mesmo título coletivo de n.
0000001-28.2006.4.05.83000, pelos Municípios de Manari/PE e Palmerina/PE, os feitos foram
convertidos em diligencia em 07.12.2017 " a fim de intimar as partes para que, no prazo de cinco dias,
se manifestem e comprovem a condição de que o Município exequente é beneficiário do título executivo,
mediante juntada de autorização individual concedida à AMUPE para a propositura da ação coletiva,
ou de autorização em assembleia geral, nos termos do voto do Relator " (grifos nossos)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Apesar da concessão do prazo pelo relator, não restou provado a comprovação de autorização expressa
(individual ou assemblear), pelo que, em 03.07.2018, as execuções de AC 588458-PE e AC 588361-PE
foram extintas pela Egrégia Quarta Turma do TRF 5ª Região, por ausência de legitimidade das
municipalidades para execução do título.

A par disso, a simples filiação do exequente à época do ajuizamento da ação coletiva não supre a falta da
prévia "autorização expressa" do interessado. Não basta a "autorização implícita" , o associado deve
autorizar o ajuizamento da demanda de modo inequívoco (expresso).

A " autorização expressa " exigida para a alegada "legitimidade processual" da entidade associativa na
"ação coletiva" não é comprovada com a mera e burocrática "lista de associados", tampouco com a
genérica "ata de assembleia", sem prova de que os associados estavam aptos à deliberação, muito
menos de que o Município, ora exequente, foi previamente cientificado da assembleia, tampouco
que participou e anuiu .

O exequente não logrou comprovar a prévia e regular representação judicial da "associação" no âmbito
da "ação coletiva" que originou o "título executivo", de modo que se evidencia sua ilegitimidade ativa
para execução.

Neste mister, é importante evidenciar que se trata de título coletivo, pelo que na execução se deverá
demonstrar que o exequente atende aos requisitos para execução. Isto porque d urante o processo
coletivo não são examinados os aspectos probatórios de situações específicas e individuais dos
possíveis beneficiários, pois os documentos que comprovam a titularidade do crédito só são
juntados na fase de execução (cumprimento) da sentença.

Por essa razão, nas execuções individuais de sentença proferida em ações coletivas é patente a
necessidade de se promover a liquidação do valor a ser pago e a individualização do crédito, com a
demonstração da titularidade do direito do exequente. Isso porque a sentença de procedência em ação
coletiva tem caráter genérico, cujo cumprimento, relativamente a cada um dos titulares individuais,
pressupõe a adequação da condição do exequente à situação jurídica nela estabelecida.

Em diversas manifestações, o STJ tem indicado a necessidade de prévia liquidação, não apenas para a
definição do quantum debeatur , mas também para aferição da titularidade do crédito . O
cumprimento individual de sentença coletiva, voltada à satisfação de interesses individuais homogêneos,

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pressupõe fase prévia de liquidação que não se limita à apuração do quantum debeatur (valor devido),
incluindo também avaliação acerca da legitimidade (ou titularidade do direito) daquele que se

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afirma credor ( cui debeatur ). Nesse sentido:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BRASIL TELECOM.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
1. A sentença de procedência na ação coletiva tendo por causa de pedir danos referentes a direitos
individuais homogêneos (art. 95 do CDC) será, em regra, genérica, dependendo, assim, de superveniente
liquidação, não apenas para simples apuração do quantum debeatur, mas também para aferição da
titularidade do crédito (art. 97, CDC). Precedentes. (...)" (STJ-4ª. Turma, AgRg no AREsp 283558/MS,
rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 15.05.14, DJe 22.05.14)

A sentença coletiva de procedência não confere um direito automático ao exequente, que necessita
provar sua condição de titular do direito obtido no título.

Em caso análogo, de execução do título coletivo proferido na ação de n. 0000001-28.2006.4.05.8300, o


STJ, em dezembro de 2017 (AgInt no Resp 1679189/PE), determinou o retorno dos autos ao Egrégio TRF
5ª Região para pronunciamento expresso sobre a afirmação da União de ilegitimidade do Município para
execução do título coletivo. Em razão da clareza que tratou a matéria, transcreve-se trecho do voto
vencedor:

"(...)

Com a devida vênia do em. relator, penso que o aresto regional padece de vício de fundamentação.

No tocante à apontada ilegitimidade ativa para o ajuizamento da execução, a Corte de origem limitou-se a
justificar o seguinte (e-STJ, fl. 334):

Por fim, quanto às alegações de ilegitimidade ativa e impossibilidade de litisconsórcio ulterior, entendo
que também não merecem prosperar. Conforme exposto na bem fundamentada sentença, "não se trata a
hipótese dos autos de formação de litisconsórcio ulterior, e, sim, de mera execução individualizada de
uma sentença coletiva".

No entanto, não foram abordados vários pontos suscitados no recurso de apelação e reiterados na
via aclaratória, tais como:

a) o argumento de que a AMUPE não possui, entre as finalidades descritas no estatuto social, a
representação judicial dos municípios associados;

b) o Município exequente não foi parte no processo de conhecimento;

c) o Município de Quipapá não autorizou a AMUPE a ajuizar a ação de conhecimento, inexistindo


"Termo de Adesão" oportunamente preenchido pelo exequente; e

d) não há provas de que a municipalidade exequente seria associada à AMUPE na época do processo de
conhecimento.

Como se observa, o acórdão recorrido afastou genericamente a alegativa de ilegitimidade ativa para

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o ajuizamento da execução, sem enfrentar os tópicos correspondentes trazidos pela União tanto no
recurso de apelação como nos embargos de declaratórios. A análise desses pontos, por se tratar de

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temática relacionada às condições da ação, é imprescindível para o deslinde da controvérsia.

Desse modo, impõe-se a anulação do aresto proferido na seara aclaratória e o retorno dos autos à instância
de origem, a fim de que sejam expressamente enfrentadas as questões postas nos embargos declaratórios.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Fica prejudicado o exame dos demais pontos suscitados no agravo interno.

Ante o exposto, peço vênia ao em. relator para dar provimento ao agravo interno e reconhecer a existência
de afronta ao art. 535 do CPC/1973, com determinação de retorno dos autos à instância de origem, a fim
de que sejam sanados os vícios de fundamentação apontados na seara aclaratória. É como voto." (grifos
nossos)

A ementa do acórdão restou assim disposta:

PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DE TÍTULO


JUDICIAL COLETIVO. COMPLEMENTAÇÃO DO FUNDEF. OMISSÃO. EXISTÊNCIA.
LEGITIMIDADE ATIVA DO EXEQUENTE. RETORNO DOS AUTOS PARA A INSTÂNCIA DE
ORIGEM. RECURSO PROVIDO.

1. Há violação do art. 535 do CPC/1973 quando o aresto recorrido, apesar de regulamente provocado por
meio de embargos de declaração, deixa de se manifestar sobre pontos relevantes para a solução da
controvérsia.

2. No caso, a Corte de origem afastou genericamente a alegativa de ilegitimidade ativa para o


ajuizamento da execução, sem enfrentar os tópicos trazidos pelo ente público federal tanto no
recurso de apelação quanto nos aclaratórios. A análise desses pontos, por se tratar de temática
relacionada às condições da ação, é imprescindível para o deslinde da controvérsia .

3. Deve-se reconhecer a existência de afronta ao art. 535 do CPC/1973 com o consequente retorno dos
autos para a instância de origem sanar os vícios de fundamentação apontados nos embargos declaratórios.

4. Agravo interno a que se dá provimento.

(STJ, Segunda Turma, AgInt no Resp 1679189/PE, Relator para o acórdão: Min. OG Fernandes, Data da
Publicação: Dje 19.12.2017) (grifos nossos)

Por conseguinte, é de se reconhecer que o Município ora Exequente carece de legitimidade, posto que não
provou ter autorizado expressamente o ajuizamento da ação coletiva pela AMA em seu nome, de modo
que a extinção da execução individual é medida que se impõe.

Por fim, evidencie-se que a ilegitimidade ativa do Município-Exequente para execução do título
coletivo proferido nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000 é matéria de ordem
pública, cognoscível de ofício pelo magistrado, tendo em vista tratar de condição da ação.

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DA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA SUSPENSÃO DO PROCESSO ATÉ O TRÂNSITO

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EM JULGADO DA AR Nº 0800907-04.2016.4.05.0000.

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A União foi intimada da decisão desse juízo que, em observância à decisão do TRF da 5ª Região proferida
no Agravo de Instrumento interposto pelo município exequente, determinou a expedição de requisição de
pagamento para os valores incontroversos nos seguintes termos:

"No mais, expeça precatório em prol do Município de Maceió, relativamente à parte incontroversa
dos valores em execução, no montante de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil,
trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), atualizados até AGOSTO/2017, cf. Parecer Técnico
nº 2.442/2017 - DCP/AGU(id. 2443730), atentando o Setor, quando da expedição do Requisitório, para a
observância das diretrizes estabelecidas na Resolução nº 405, de 09/06/2016, do Conselho da Justiça
Federal, especialmente no que se refere à necessidade de intimação das partes antes do encaminhamento
da requisição ao TRF 5ª Região."

Ocorre que, como esclarecidos nas linhas anteriores, diante da ilegitimidade do município, suscitada pela
União como questão de ordem pública, NÃO existem quaisquer valores incontroversos a serem objeto de
expedição de requisição de pagamento, pois a evidente ilegitimidade do município acarreta a inexistência
do direito a receber QUAISQUER valores que tenham a decisão proferida ação coletiva n.
0011204-19.2003.4.05.8000 , de autoria da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) como
fundamento.

Outrossim, mesmo diante da evidência da questão de ordem pública ora suscitada pela União venha esse
juízo manter o entendimento de expedir a requisição de pagamento, o que se admite apenas para efeito de
argumentação, ainda assim deve tal requisição de pagamento ser expedida COM RESTRIÇÃO DE
PAGAMENTO, a fim de que os valores sejam depositados à disposição desse juízo até a solução
definitiva da presente lide.

Com efeito, observe esse juízo que a decisão do TRF da 5ª Região no Agravo de Instrumento interposto
pelo município exequente apenas manda expedir a requisição de pagamento, NADA dispondo sobre a
liberação dos valores objeto da mesma ao município:

"No que tange à pretensão de expedição de requisitório da parte incontroversa do valor exequendo, assiste
razão ao postulante. De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no Agravo de Instrumento sob
referência, o eminente Relator foi taxativo ao concluir a sua fundamentação dizendo: "6. Deferimento do
efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos
recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento da sentença." Portanto, a ordem tem de ser
prontamente cumprida."

Assim, NADA impede que esse juízo, usando do PODER GERAL DE CAUTELA e considerando a
vultosa quantia a ser paga ao município através de um processo que está longe de ter sua solução
definitiva alcançada (pois pende de julgamento não somente a questão de ordem pública ora suscitada

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pela União nas linhas anteriores, como também a AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000), determine que a
requisição de pagamento, caso expedida, o seja COM ORDEM DE RESTRIÇÃO DE PAGAMENTO,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
para que os valores sejam depositados em conta à disposição desse juízo.

Frise-se que a referida AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000 ainda NÃO transitou em julgado, devendo, em


razão do princípio da segurança jurídica manter-se o processo suspenso até que tal trânsito ocorra, sob
pena de o prosseguimento da execução, com o pagamento dos requisitórios expedidos, configurar dano

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
irreparável aos cofres públicos, no caso de reversão da decisão do TRF através dos recursos interpostos
pela União às instâncias superiores.

Outrossim, como se vê da decisão de ID nº 4058000.2633141 destes autos, a suspensão deste processo de


execução se deu em razão da decisão proferida na Ação Ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000, nos
seguintes termos:

"Assim, em cumprimento à decisão em questão, mantenham-se suspensas todas as execuções decorrentes


da presente ação em trâmite na 2ª Vara, até decisão ulterior do Tribunal em contrário. Caso nestas
execuções tenham sido expedidos precatórios, comunique-se a suspensão imediatamente ao setor
respectivo do TRF5."

Assim, embora a decisão proferida na Ação Ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000 tenha determinado


que a suspensão se dê "até decisão ulterior do Tribunal em contrário", é necessário, no caso, que o TRF5
comunique àquele juízo (2ª Vara JF / AL) da revogação da liminar e, então, que a 2ª Vara comunique a
esse juízo da 3ª Vara sua decisão que porventura venha a revogar a decisão juntada a estes autos na ID nº
4058000.2633141.

Outrossim, como muito bem esclareceu esse juízo na decisão de ID nº 4058000.3421759, "a União
Federal interpôs Embargos de Declaração do aludido julgado, veiculando pretensão de modificar o
acórdão atacado. Isso significa dizer que ainda não se estabilizou a solução do mérito da rescisória em
comento" .

No caso dos autos, estamos falando de valores gigantescos e que, caso sejam pagos indevidamente ao
município autor (se configurarão indevidos caso a União reverta nos Tribunais Superiores a decisão do
TRF5), ocasionarão um dano irreparável, ou, ao menos, de dificílima reparação aos cofres da União.

Portanto, a prudência que a liberação de valores tão altos requer, e que no caso pode ser efetivada pela
utilização do poder geral de cautela e da equidade por esse juízo no presente caso, justifica a
manutenção da suspensão da liberação do pagamento ainda que nenhuma outra razão houvesse para tanto!

Nesse sentido já decidiu o juízo da 1ª Vara dessa mesma Seção Judiciária de AL, na decisão que segue
abaixo transcrita:

" PROCESSO Nº: 0803600-80.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A


F A Z E N D A P Ú B L I C A

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EXEQUENTE: FABRIZIO TRINDADE DE QUEIROZ e outros


ADVOGADO: Everton Leite Didoné e outros

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EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
1ª VARA FEDERAL - AL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de embargos de declaração manejados por FABRIZIO TRINDADE DE QUEIROZ e outros,


alegando que a decisão de ID 4058000.3530055 padeceria de obscuridade e contradição porque este juízo
não expôs os fundamentos pelos quais condicionou a liberação dos valores ao trânsito em julgado dos RE
870.947/SE e 579.431/RS, tendo em vista que a suspensão dos efeitos da decisão dependem da
propositura do recurso cabível, para as instâncias superiores que analisarão os efeitos cautelatórios.

Argumentaram que não existe nenhuma causa impeditiva para o cumprimento do decisum de id
4058000.3382070, visto que os efeitos das decisões dos RE 870.947/SE e 579.431/RS não afetarão o
mérito do julgado sem a propositura de ação própria ou recurso cabível tempestivamente.

Requereram, então, a reforma da decisão para, suprindo a obscuridade apontada, reformar a decisão de id
4058000.3530055 no sentido de permitir o levantamento dos requisitórios por parte dos embargantes ou,
então, subsidiariamente, vincular a restrição apenas após o trânsito em julgado da decisão de id
4058000.3382070.

Era o que havia a relatar.

Fundamento e decido.

1. Não há obscuridade na decisão, nem é isto que os embargantes substancialmente alegam em seu
recurso. A parte embargante de declaração diz que a decisão foi obscura, mas ao esclarecer as razões
recursais deixa ver que a decisão foi bem compreendida, apenas a parte discordou dela.

2. Os embargantes sustentam que a decisão embargada não poderia restringir o pagamento dos valores
controversos, uma vez que a questão de juros e correção monetária foram decididos dentro dos autos,
apenas dependendo de trânsito em julgado nestes mesmos autos, não podendo haver condicionamento do
pagamento a questões exteriores.

3. Sobre isso, destaco que o meio próprio de impugnação não seriam os embargos de declaração, pois
estes se prestam a sanar defeito interno da decisão, e não incompatibilidade desta com outras decisões ou
com a lei. Se a parte embargante discorda, deve se valer do recurso próprio, que não é o caso dos
embargos de declaração.

4. Além disso, o juiz pode se valer do poder geral de cautela para restringir o pagamento de
determinados valores, especialmente no caso dos autos, que se trata de valores controversos, uma
vez que já houve pagamento da parcela incontroversa.

5. Em face do exposto, porque impertinentes, rejeito os embargos de declaração interpostos, mantendo a


decisão embargada tal como foi lançada.

6. Intimações e providências necessárias.

Processo: 0803600-80.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:

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Guilherme Masaiti Hirata Yendo - Magistrado


Data e hora da assinatura: 10/09/2018 14:09:11

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Identificador: 4058000.3648236" (grifo nosso)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Quanto à necessidade de se aguardar o TRÂNSITO EM JULGADO da Ação Rescisória, muito bem
decidiu o juízo da 4ª Vara dessa mesma Seção Judiciária de Alagoas, in verbis:

"PROCESSO Nº: 0800691-36.2015.4.05.8000 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE BELÉM
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
4ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR

DESPACHO

1. A União Federal em sua manifestação informa que ainda não houve o trânsito em julgado dos autos da
AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, a qual foi proposta no intuito de desconstituir a decisão transitada em
julgado no processo nº 0011204-19.2003.4.05.8000, a qual se constitui no título executivo que ampara a
presente execução.

2. Com efeito, razão assiste à União Federal, devendo o processo manter-se suspenso até que se tenha
notícia do trânsito em julgado da referida Ação Rescisória, ou, no mínimo, a comunicação oficial do seu
julgamento pelo TRF da 5ª Região, ante a liminar suspensiva concedida na mencionada AR, sendo, bem
por isso, por ora, por demais temerária a expedição dos requisitórios.

3. Intimações devidas.

Maceió, 20 de junho de 2018.

SEBASTIÃO JOSÉ VASQUES DE MORAES

Juiz Federal da 4ª Vara/AL"

Outrossim, também não houve o julgamento por esse juízo da Impugnação ao Cumprimento de
Sentença feita pela União através da petição de ID nº 4058000.2443727, na qual a União, dentre
outras impugnações, questiona a destinação dos valores que pretende o escritório jurídico .

Finalmente, há que chamar a atenção desse juízo para o fato de que o escritório MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS possui contrato com a AMA (Associação dos
Municípios), e NÃO com o município de Maceió o qual, neste processo se faz representar por sua
Procuradoria Municipal, revelando que não tem vínculo algum com o referido escritório.

Frise-se que, não bastasse o fato de o município se fazer representar neste processo por sua
Procuradoria, o escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS NÃO junta
aos autos os documentos comprobatórios da observância das formalidades estabelecidas pela Lei de
Licitações para a contratação de escritório jurídico ou profissional da área jurídica para
representar o município.

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Quanto a este ponto, perfeita a decisão proferida pelo juízo da 11ª Vara dessa mesma Seção Judiciária de

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Alagoas, in verbis:

"PROCESSO Nº: 0804466-25.2016.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA


EXEQUENTE: MUNICIPIO DE CARNEIROS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ADVOGADO: Wesley Souza De Andrade e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
11ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

DECISÃO

O ponto controvertido, por ora, gira em torno sobre a retenção de honorários contratuais sobre os valores
recebidos para fins de complementação de verbas do FUNDEF/FUNDEB.

Argumento a parte exequente que haveria erro material no despacho que determinou a expedição de
precatório sem retenção dos honorários advocatícios contratuais, ao argumento de que a questão já teria
sido apreciada por este Juízo (id. 4058003.2171421).

Contrarrazões apresentadas pela União (id. 4058003.2228688) e Ministério Público Federal (id.
4058003.2703466).

Decido.

Inicialmente, destaco que a decisão com id. 4058003.2066005, em que apreciada a possibilidade de ou
não de retenção de honorários contratuais sobre os valores recebidos, foi proferida em 20/06/2017, antes,
portanto, de importantes decisões do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Constas da União, bem
como da revogação da resolução 405/2016 do Conselho da Justiça Federal pela Resolução 458, de 4 de
outubro de 2017, os quais trazem novas luzes à questão.

As verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do


Magistério ( FUNDEF ) e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), objeto desta ação penal, têm sede constitucional e
seu repasse objetiva financiar a manutenção e o desenvolvimento da educação, e bem assim a valorização
do magistério (cf. art. 60, § 3º, do ADCT, incluído pela EC nº 14/96).

Segundo os artigos 21 e 22 da Lei nº 11.494/2007 os recursos do FUNDEB devem ser utilizados da


seguinte forma:

" Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão
utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes
forem creditados, em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

§ 1 o Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e Municípios indistintamente entre etapas,
modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica nos seus respectivos âmbitos de
atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

§ 2 o Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à
complementação da União recebidos nos termos do § 1 o do art. 6 o desta Lei, poderão ser utilizados no
1 o (primeiro) trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito

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adicional.

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Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao
pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública.

Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em
decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou
tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos
sociais incidentes;

II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico


direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão,
orientação educacional e coordenação pedagógica;

III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II
deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários
previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica
existente ".

O art. 23 da mencionada Lei nº 11.494/2007 prevê que:

" Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da


educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas, contraídas pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos,
ações ou programas considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica ".

Assim, de acordo com a Constituição Federal e a legislação que a regulamenta, os recursos federais
do FUNDEF/FUNDEB são destinados exclusivamente à educação .

Outra não foi a conclusão do Supremo Tribunal Federal [1] , no julgamento da Ação Civil Ordinária -
ACO nº 648-BA, com acórdão da lavra do Min. Edson Fachin, Plenário em 06.09.2017, em que se
decidiu que os recursos do FUNDEF/FUNDEB vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do
direito à educação, única possibilidade de dispêndio dessas verbas públicas, consoante prevê a Lei nº
11.494/2007 .

Nesse sentido, transcrevo notícia publicada do sítio eletrônico do STF em 08.09.2017:

" Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão nesta quarta-feira (6),
condenou a União ao pagamento de diferenças relacionadas à complementação do Fundo de
Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). De
acordo com a decisão, o valor mínimo repassado por aluno em cada unidade da federação não pode ser
inferior à média nacional apurada, e a complementação ao fundo, fixada em desacordo com a média
nacional, impõe à União o dever de suplementação desses recursos. Também ficou estabelecido que os
recursos recebidos retroativamente deverão ser destinados exclusivamente à educação .

A questão foi debatida nas Ações Cíveis Originárias (ACOs) 648, 660, 669 e 700, ajuizadas,
respectivamente, pelos Estados da Bahia, do Amazonas, de Sergipe e do Rio Grande do Norte. O
julgamento de hoje vale apenas para estas unidades da federação e refere-se a valores apurados para os

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exercícios financeiros de 1998 a 2007, quando o Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Também por maioria, o Plenário autorizou os ministros a decidirem monocraticamente em novas ações
sobre a mesma matéria.

O Fundef foi instituído, por meio da Lei 9.424/1996, como fundo financeiro de natureza contábil e sem
personalidade jurídica, gerido pela União e composto por 15% do ICMS e do IPI-exportação

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arrecadados, e do mesmo percentual para fundos de participação obrigatórios (FPE e FPM) e
ressarcimento da União pela desoneração de exportações. Não atingido o piso com a aplicação apenas
dos recursos estaduais e municipais, a lei determinava o aporte da União para efetuar a
complementação.

No entendimento dos estados, a União descumpriu a determinação constitucional, pois efetuou a


complementação com base em coeficientes regionais, e não no Valor Médio Anual por Aluno (VMAA). A
União, por sua vez, alegou que os fundos seriam de natureza meramente contábil e independentes entre
si, devendo ser calculados conforme critérios unicamente regionais".
(http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959. Acesso em 07.02.2018).
(grifo nosso).

Do mesmo modo, o Tribunal de Contas da União [2] , por sua vez, no Acórdão nº 1.824/2017,
Plenário, também decidiu que a destinação de valores relacionados a verbas do FUNDEF/FUNDEB,
inclusive as quantias pagas através de precatório, vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do
direito à educação , nos termos do art. 60, do ADCT, com a redação conferida pela EC 14/1996, e
disposições da lei 11.494/2007.

Ademais, o Conselho da Justiça Federal editou a Resolução 458, de 4 de outubro de 2017, a qual
revogou e resolução 405/2016, e eliminou a previsão contida no art. 19 da Resolução 405, que
tratava sobre a possibilidade de destaque do montante da condenação dos honorários contratuais.

Assim, de acordo com a atual resolução do CJF que disciplina os procedimentos relativos à expedição de
ofícios requisitórios, entre outras providências, não há previsão de destaque do montante da condenação
dos honorários contratuais.

Para além disso, observo que o contrato (id. 4058003.1800297) não demonstra ter sido precedido de
licitação ou do procedimento formal de inexigibilidade, conforme exigência para contratação com a
Administração Pública, a teor do que determina o art. 37, caput e XXI, da CF/88 e da Lei nº 8.666/93,
observando-se, quando muito, a indicação de se tratar de hipótese de inexigibilidade, sem, contudo, se
fazer acompanhar do processo administrativo correspondente.

Com efeito, de acordo com o art. 25, inciso II, § 1º da Lei de Licitações [3] , a licitação se torna inexigível
quando houver inviabilidade de competição para a contratação de serviços técnicos, tais como os
enumerados em seu art. 13, inciso V (patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas), bem
como para serviços de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
Ademais, por força do que determina o § 2º, do art. 54, da Lei nº 8.666/93, " Os contratos administrativos
decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os
autorizou e da respectiva proposta ."

Destarte, ainda que o caso dos autos remeta à hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação, a
formalização dos contratos debatidos somente pode ser considerada válida se concretizada com a
observância do regramento formal legalmente estabelecido, através do qual restem demonstradas,
comprovadamente, as justificativas necessárias a autorizar a inexigibilidade de licitar, notadamente
quanto à singularidade do serviço e à notória especialização do profissional ou empresa, os fundamentos
relativos à razão da escolha do fornecedor ou executante e justificativa do preço, não sendo possível se
prescindir do processo administrativo correspondente, a teor do que determina o art. 26 da Lei nº 8.666/93
[4] .

Nesse sentido, trago à colação pertinente julgado do STF:

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"IMPUTAÇÃO DE CRIME DE INEXIGÊNCIA INDEVIDA DE LICITAÇÃO. SERVIÇOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
ADVOCATÍCIOS. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA POR FALTA DE JUSTA CAUSA. A contratação direta de
escritório de advocacia, sem licitação, deve observar os seguintes parâmetros: a) existência de
procedimento administrativo formal; b) notória especialização profissional ; c) natureza singular do
serviço ; d) demonstração da inadequação da prestação do serviço pelos integrantes do Poder Público ;
e) cobrança de preço compatível com o praticado pelo mercado. Incontroversa a especialidade do
escritório de advocacia, deve ser considerado singular o serviço de retomada de concessão de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
saneamento básico do Município de Joinville, diante das circunstâncias do caso concreto. Atendimento
dos demais pressupostos para a contratação direta. Denúncia rejeitada por falta de justa causa". (STF,
Inq 3074, Relator Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 26/08/2014). (Grifei).

Assentado nas mesmas linhas do entendimento acima expendido, segue o recente julgado do TRF da 5ª
Região, proferido nos autos ao AGRT nº 0808735-51.2016.4.05.0000:

"EMENTA: PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. BLOQUEIO DE VALORES DE PRECATÓRIO EXPEDIDO EM RAZÃO DE
CONDENAÇÃO DA UNIÃO NA COMPLEMENTAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEF. DESTAQUE DE
MONTANTE PARA PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. DISCUSSÃO
SOBRE A VALIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
ADVOCATÍCIOS FIRMADO ENTRE O MUNICÍPIO E ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. CABIMENTO.
LEGITIMIDADE ATIVA DO MPF E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. PROBABILIDADE DO
DIREITO. CONTRATAÇÃO ENTABULADA SEM PRÉVIA LICITAÇÃO, NEM PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO FORMAL DE DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. ILICITUDE.
NULIDADE. INADMISSIBILIDADE DE PAGAMENTO COM BASE EM CONTRATO NULO.
AUSÊNCIA DE ESPAÇO PARA DEDUZIR EVENTUAL PRETENSÃO INDENIZATÓRIA. ART. 59, DA
LEI Nº 8.666/93. PERIGO DE DEMORA. CONFIGURAÇÃO. PROVIMENTO.

[...]

10. Neste caso, não se está discutindo a possibilidade de retenção de honorários advocatícios
contratuais, ante a natureza dos valores derivados do Processo nº 000233-74.2006.4.06.8103,
tratando-se de questão superada . Quanto a essa questão, não há, aqui, espaço para debate, à vista do
que restou definido nos autos do AGTR nº 0802781-58.2015.4.05.0000, em alinhamento ao
entendimento do STJ e do TRF5, que, de seu lado, não afasta a destinação vinculada, constitucional e
legalmente, dos recursos pagos a Municípios em função de ações judiciais promovidas para a
complementação das verbas do FUNDEF, apenas excepcionando, dessa vinculação, o montante
necessário ao adimplemento dos honorários advocatícios contratuais dos advogados contratados pelas
Municipalidades para a promoção das medidas judiciais necessárias à recuperação dos valores não
repassados pela União, a tempo e modo .

11. O que, aqui, está em debate é a validade do contrato celebrado entre o Município e o escritório de
advocacia demandados .

[...]

15. Precedentes do TRF5 sobre o cabimento de ação própria, para discutir a regularidade do contrato
de prestação de serviços advocatícios .

[...]

18. Nos termos do art. 37, caput e XXI, da CF/88, e da Lei nº 8.666/93, a contratação pela
Administração Pública exige prévia licitação ou procedimento administrativo formal de dispensa ou
inexigibilidade .

19. Extrai-se dos autos que o contrato telado não foi precedido de licitação, nem resultou de
procedimento solene de dispensa ou inexigibilidade de licitação, donde se conclui pela solidez da tese de

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fls. 391

nulidade contratual defendida pela agravante.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
20. Ainda que se tratasse de hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação, pela natureza do
serviço (o que não parece ser o caso), ela apenas se realizaria validamente se tivesse sido respeitado o
processo administrativo correspondente, satisfeitos os requisitos essenciais dispostos na Lei nº
8.666/93, a teor do seu art. 26 .

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
21. Nos termos do art. 26, da Lei nº 8.666/93, a hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação não
torna prescindível a existência de procedimento administrativo formal em que são apresentados,
comprovadamente, os fundamentos para a definição administrativa (razão da escolha do fornecedor ou
executante e justificativa do preço) .

[...]

24. Reforçam a conclusão de que inexistiu licitação ou procedimento de dispensa ou inexigibilidade


dois aspectos documentados nestes autos: 1) em ofício dirigido pela Municipalidade ao MPF, no
âmbito do inquérito civil que antecedeu o ajuizamento da ACP, restou afirmado pela Prefeita
subscritora que "a) o Município de Pacujá não firmou contrato com escritório de advocacia com vistas
a obter pela via judicial complementação de recursos do FUNDEF/FUNDEB; b) desempenha o
mandato de Chefe do Executivo desde 1º de janeiro de 2009 e não tem conhecimento de que gestores
anteriores tenham realizado contrato neste sentido" (fl. eletrônica 453); 2) em sua impugnação ao
recurso, além de não afirmar que houve licitação ou procedimento de dispensa/inexigibilidade, o
escritório agravado tece considerações sobre situação em que o Poder Público, "embora obrigado a
contratar formalmente, opta por não fazê-lo ".

[...]

29. Agravo de instrumento provido". (TRF-5 - PROCESSO Nº: 0808735-51.2016.4.05.0000 - AGRAVO


DE INSTRUMENTO - 1ª Turma, RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Elio Wanderley de Siqueira
Filho - Data: 18/05/2017). (Grifei).

Assim, não se verifica que as contratações tenham sido precedidas de licitação e, tampouco, que se
enquadram na hipótese de inexigibilidade de licitação, tudo conforme os artigos 25, inciso II, § 1º e art.
13, V, ambos da Lei 8.666/93 e entendimento do Tribunal de Contas da União no Acórdão 717/2005
(Processo 006.321/2003-9).

Diante do exposto, indefiro o pedido (id. 4058003.2171421) de destaque dos honorários advocatícios
contratuais no precatório expedido nestes autos.

No mais, defiro o pedido do Ministério Público Federal de redirecionamento do ofício de id.


2538731, bem como da resposta de id. 2639575, à 2ª Vara Federal de Alagoas, a fim de que informe
acerca da existência de bloqueio sobre o precatório em comento. Cumpra-se.

Cumpra-se o despacho com id. 4058003.2142528 no tocante a expedição de precatório em favor do


Município credor, relativamente à parte incontroversa da dívida, sem destaque de honorários
advocatícios contratuais.

Com advento do pagamento, certifique-se. Em seguida, autos conclusos.

Intimem-se as partes e o Ministério Público Federal do teor desta decisão.

Intimações e demais providências necessárias.

Felini de Oliveira Wanderley

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Juiz Federal da 14ª Vara, respondendo pela 11ª Vara


Ato n. 237/CR-TRF5, de 17 de abril de 2018.

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[1] http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959. Acesso em 07.02.2018.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
[2] http://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-determina-que-recursos-do-fundeb-so-podem-ser-aplicad
os-na-area-da-educacao.htm. Acesso em 07.02.2018.

[3] Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

(...)

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade
e divulgação;

(...)

§ 1º. Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir
que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato.

[4] Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as
situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto
no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como
condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,


será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

II - razão da escolha do fornecedor ou executante;

III - justificativa do preço.

IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados."

Ante o exposto, requer a União seja extinta a execução e condenado o exequente ao pagamento das
verbas sucumbenciais.

SUCESSIVAMENTE, requer a União:

a) que seja indeferida as pretensões do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS ao imediato prosseguimento da execução e de expedição de requisição de pagamento
para os valores incontroversos, determinando esse juízo que o processo permaneça suspenso até que seja

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fls. 393

definitivamente julgada a QUESTÃO DE ORDEM pública suscitada pela União através da presente
manifestação, e / ou até o trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ao menos, até

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que o juízo da 2ª Vara JF/AL revogue expressamente a decisão proferida no processo nº
0011204-19.2003.4.05.8000, a qual determinou a suspensão de todos os demais processos que se
embasam no título ali formado ;

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b) que, caso esse juízo entenda por expedir a requisição de pagamento para os valores incontroversos, que
determine que a tal requisição seja expedida COM ORDEM DE RESTRIÇÃO DE PAGAMENTO, para
que os valores fiquem depositados à disposição desse juízo até que seja definitivamente julgada a
QUESTÃO DE ORDEM pública suscitada pela União através da presente manifestação, e / ou até o
trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000;

c) que seja determinado ao escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS


que traga aos autos Procuração e Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios firmados entre ele o
município de Maceió - no qual se constate a existência da obrigação do município quanto aos honorários
contratuais no percentual pleiteado pelo Advogado para a retenção-, bem como os documentos
comprobatórios da observância de todos os procedimentos estabelecidos pela Lei de Licitações para a
espécie de contratação que envolve o referido município e o também referido escritório e/ou profissional
jurídico.

Termos em que,

pede deferimento.

Maceió, 20 de novembro de 2018.

Paulo Henrique Padilha de Melo Novais

Advogado da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
18112017545106800000003910156
Data e hora da assinatura: 20/11/2018 17:57:37
Identificador: 4058000.3889297
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 16/16
fls. 394

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 20/11/2018 17:18, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Decisão
registrado em 10/11/2018 19:33 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18111209542799600000003885424 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 20/11/2018 17:18 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 20/11/2018 17:18:51
Identificador: 4058000.3889126

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , vem, respeitosamente, à presença de V.


Exa., vislumbrando vício no acórdão de fls., opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO , com fulcro no
art. 1.022, do CPC-15, pelas razões que se seguem:

I - PRELIMINARMENTE - DA TEMPESTIVIDADE

O escritório, ora Embargante, fora devidamente intimado em 12/11/2018 (segunda-feira), oportuna


ocasião em que tomou ciência da decisão , iniciando-se o termo a quo do prazo recursal em 13/11/2018
(terça-feira).

Assim, considerando que, os Embargos de Declaração deverão ser opostos no prazo de 05 (cinco) dias,
que a contagem do referido prazo será em dias úteis, em razão do mandamento contido no artigo 219
do CPC - 15 têm-se como termo ad quem o dia 20/11/2018, uma vez que no dia 15/11/2018, não houve
expediente na Justiça Federal de Alagoas, em razão do feriado da Proclamação da Republica.

Apresentados, pois, os Embargos de Declaração antes do prazo limite pré-fixado, resta plenamente
comprovada a sua tempestividade, o que de plano, se ressalta.

II - BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

No dia 18/09/2018, a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região, deferiu efeito
suspensivo ativo ao agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, interposto pelo município de
Maceió, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos recursos, dando
regular prosseguimento ao cumprimento de sentença.

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Antes da expedição do requisitório, o escritório de advocacia, ora embargante, nos termos do artigo 22, §

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4º, da Lei 8.906/1994, requereu a retenção dos honorários contratuais, sendo indeferido o pedido, nos
seguintes termos:

No que tange à pretensão de expedição de requisitório da parte incontroversa do valor exequendo, assiste

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razão ao postulante. De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no Agravo de Instrumento sob
referência, o eminente Relator foi taxativo ao concluir a sua fundamentação dizendo: "6. Deferimento do
efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos
recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento da sentença." Portanto, a ordem tem de ser
prontamente cumprida.

Passo à análise do pedido de destaque dos honorários contratuais, referido como reiteração do pleito
deflagrado na petição com id. 2502494.

Pois bem. Apesar da previsão legal (art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/1994) autorizando o destaque de
honorários contratuais da quantia a ser recebida pelo constituinte, quando juntado o contrato respectivo
antes do mandado de levantamento ou da expedição do precatório, o caso em tela reclama atenção
especial, pelo fato de os recursos a serem recebidos pela edilidade (constituinte da sociedade de
advogados postulante) versarem sobre verbas oriundas de diferença do FUNDEB, cuja destinação está
vinculada à educação, por imperativo constitucional.

É bem verdade que o entendimento prevalecente na jurisprudência do TRF da 5ª e, sobretudo, do Superior


Tribunal de Justiça (consoante evidenciam as ementas de julgado colacionadas pelo postulante) dava
guarida à tese sustentada por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS. Todavia, a 1ª
Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao decidir o mérito do REsp nº 1.703.697/PE, em 10/10/2018,
superou o entendimento até então sufragado, deixando assentado que não é possível a retenção de
honorários advocatícios contratuais em precatório que veicula pagamento de verbas oriundas do
FUNDEB.

Vale salientar, por oportuno, que, em razão de o julgado sob enfoque ainda não estar disponibilizado para
consulta pública, deixo de transcrever sua ementa, mas trago à conferência excerto da certidão da
tramitação do feito que contém a sua confirmação, extraído da consulta processual disponibilizada no
Portal daquela C. Corte . Confira-se: (...) em 10 de Outubro de 2018, PROCLAMAÇÃO FINAL DE
JULGAMENTO: "PROSSEGUINDO NO JULGAMENTO, A SEÇÃO, POR MAIORIA, VENCIDA A
SRA. MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES, DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, NOS
TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR."

Em reforço à fundamentação desta decisão, trago à lume julgado monocrático da lavra do eminente
Ministro Benedito Gonçalves, que, ainda mais recentemente (16/10/2018), negou provimento ao REsp
1.694.644/AL, interposto pelo Município de Jacaré dos Homens, deste Estado, também patrocinado pela
sociedade de advogados ora requerente, arrimado no precedente supra mencionado (REsp 1.703.697/PE).

Assim, não restou outra opção a não ser a oposição do presente recurso, uma vez que há claro vício no
julgado.

III - DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OMISSÃO. HIPÓTESE DE CABIMENTO QUE SE


AMOLDAM AO PRESENTE CASO.

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O art. 1.022 do Código de Processo Civil determina as hipóteses de cabimento dos embargos de
declaração:

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Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:

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I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a
requerimento;

III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de


assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;

II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1 o .

Nessa esteira é de se frisar que a oposição dos embargos é totalmente pertinente, conforme adiante restará
demonstrado:

IV - OMISSÃO. DA JURISPRUDÊNCIA DO STF EM CONFRONTO COM A


JURISPRUDÊNCIA DO STJ. DA APLICAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE Nº 47.

De logo, dever ser esclarecido que o artigo 1.022, parágrafo único, II, do CPC - 15, considera omissa
decisão que incorra em qualquer das condutas descritas no art.489, § 1º, do mesmo artigo.

No caso, a decisão, ora embargada, deixou de seguir jurisprudência invocada pelo embargante, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

Ora, restou esclarecido na petição de Identificador: 4058000.3693446, que o Supremo Tribunal Federal
possui jurisprudência pacífica acerca da matéria, entendendo que não há qualquer violação constitucional
acerca da possiblidade de retenção de honorários contratuais, nas causas judiciais advindas do extinto
Fundef. Neste sentido, os seguintes julgados:

Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.


TRIBUTÁRIO. FUNDEF. VMNA. VINCULAÇÃO DOS VALORES. EXECUÇÃO.
PRECATÓRIO. POSSIBILIDADE DE RETENÇÃO DE HONORÁRIOS CONTRATUAIS.
MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA. REITERADA REJEIÇÃO DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA
PARTE NAS SEDES RECURSAIS ANTERIORES. MANIFESTO INTUITO PROTELATÓRIO.

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MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC/2015. MANTIDA A MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS


DE SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.

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(ARE 1052305 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma , julgado em 20/10/2017,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-251 DIVULG 31-10-2017 PUBLIC 06-11-2017) (grifo nosso)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. FUNDEF. Honorários contratuais.
Retenção. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. 1. Para se ultrapassar o entendimento do
Tribunal de origem acerca da análise da possibilidade de se descontarem das verbas destinadas ao
FUNDEF as quantias referentes aos honorários advocatícios contratuais pagos em razão do
ajuizamento pelo município de demanda judicial para cobrar os valores relativos ao FUNDEF não
transferidos voluntariamente, seria necessário se analisar a legislação infraconstitucional (Leis nºs
8.906/94, 9.424/96 e 11.494/07), o que é vedado em sede de recurso extraordinário . 2. Agravo
regimental ao qual se nega provimento, com imposição de multa de 2% (dois porcento) do valor
atualizado da causa, consoante disposto no art. 1.021, § 4º, do Novo CPC, caso seja unânime a votação.
Não se aplica ao caso dos autos a majoração dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo Código de
Processo Civil, uma vez que não houve o arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de
o r i g e m .
(ARE 1015813 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI , Segunda Turma, julgado em 30/06/2017,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-177 DIVULG 10 -08-2017 PUBLIC 14-08-2017 ) (grifo nosso).

EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. REVISÃO DO VALOR MÍNIMO ANUAL POR


ALUNO DO FUNDEF. COMPLEMENTAÇÃO DO VALOR DO FUNDO PELA UNIÃO.
EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO. RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS.
POSSIBILIDADE. ART. 22, § 4º, DA LEI Nº 8.906/1994. IMPROVIMENTO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015 . ALEGAÇÃO DE OFENSA
AO ART. 60 DO ADCT. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO EXTRAORDINÁRIO . AGRAVO MANEJADO
SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O entendimento assinalado na decisão agravada não diverge da
jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal. Compreensão diversa demandaria a reelaboração da
moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à Constituição,
insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. 2. Obstada a análise da
suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados, porquanto dependeria de prévia análise da
legislação infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional
extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta. 3. As razões do agravo não se
mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à
ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 4. Agravo interno conhecido e não provido.

(ARE 1099387 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 31/08/2018,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-194 DIVULG 14-09-2018 PUBLIC 17-09-2018) (grifo nosso).

Por sua vez, o julgado do STF na ACO 648/BA não tratou da possibilidade (ou não) de destaque de
honorários contratuais, até porque naquele caso (e em todos os demais julgados pela Corte) o
Estado da Federação se encontrava representado por sua Procuradoria Judicial.

Neste norte, recente julgamento da Segunda Turma desta Corte:

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Anote-se, inicialmente, que, no julgamento conjunto das ações cíveis originárias a que se refere a
agravante (ainda pendentes de publicação), não foi decidida a questão acerca da retenção dos
honorários advocatícios. No caso, questionou-se a metodologia utilizada pela União para calcular o
valor mínimo anual por aluno, estabelecido no § 3º do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), ficando definido que "o valor da complementação da União

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ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (Fundef) deve ser calculado com base no valor mínimo nacional por aluno extraído da
média nacional" (Vide informativo nº 876/STF).

(...).

Desse modo, conforme já consignado na decisão agravada, a análise sobre a possibilidade de


retenção dos honorários advocatícios contratuais pagos em razão do ajuizamento de demanda
judicial para cobrar os valores relativos ao FUNDEF não transferidos voluntariamente, antes da
expedição de precatório, demandaria a análise da legislação infraconstitucional (Leis nºs 8.906/94),
o que é incabível em sede de recurso extraordinário.

Com efeito, a afronta ao dispositivo constitucional suscitado no recurso extraordinário seria, se ocorresse,
indireta ou reflexa, o que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Sobre o tema, registrem-se
julgados de ambas as Turmas desta Corte:

(...).

Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.

(ARE 1050028, Relator Ministro Dias Toffoli, Segunda Turma, DJE 06/11/2017 ) (grifo nosso).

Com o devido respeito, observa-se que ao entender pela existência de violação constitucional da causa, o
Superior Tribunal de Justiça, acabou por contrariar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal acerca
do mesmo tema. Vejamos os fundamentos que levaram ao STJ a vedar o destaque dos honorários
contratuais:

Natureza constitucional

Todavia, ponderou Og Fernandes, caso efetivada a separação dos valores, seu efeito recairia sobre os
recursos do fundo, já que a ação judicial tinha como objetivo o pagamento de diferenças não repassadas
ao município pela União. Segundo o ministro, o fato de determinada obrigação pecuniária não ter sido
cumprida espontaneamente, mas somente após decisão judicial, não descaracteriza a sua natureza nem a
sua destinação.

Em virtude da previsão legal e constitucional de vinculação específica dos recursos do Fundef, o


relator também destacou que somente norma constitucional de igual envergadura autorizaria a
utilização de dinheiro atrelado ao fundo para outras finalidades que não a manutenção e o
desenvolvimento do ensino fundamental e a valorização do magistério.

"Desse modo, com suporte nos fundamentos supramencionados, tem-se que a satisfação dos honorários
contratuais ora em questão não deve se realizar nos termos do artigo 22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94,
pois o título executivo judicial se refere a verbas que possuem destinação constitucional e legal

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específica", concluiu o ministro ao prover o recurso da União.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
(
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcias/Primeira-
Se%C3%A7%C3%A3o-veda-reten%C3%A7%C3%A3o-de-honor%C3%A1rios-em-verba-do-Fundeb-liberada-jud
) (grifo nosso).

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Neste norte, percebe-se a colisão entre entendimentos emanados pela Corte Constitucional e pela Corte
Infraconstitucional, devendo prevalece, por obvio, o entendimento do STF acerca da inexistência de
violação constitucional quando se entende pela possibilidade de retenção dos honorários contratuais, nos
termos do artigo 22, § 4º, da Lei 8.906/1994, nas causa judiciais envolvendo o FUNDEF, quando há
expedição de precatório.

Por outro lado, a decisão, ora embargada, deixou de seguir enunciado da Súmula Vinculante nº 47,
incorrendo em clara omissão, já que o entendimento externado na Súmula deve ser seguido por todo o
Poder Judiciário.

A Súmula Vinculante 47 foi editada após reiterados julgamentos desta Corte no sentido da viabilidade do
fracionamento de execução contra a Fazenda Pública, para satisfação autônoma dos honorários do
advogado. A jurisprudência sobre a matéria encontra-se fundada em duas das características da verba
honorária: (i) a autonomia do crédito em relação àquele devido à parte patrocinada, por pertencer a
um outro titular ; e (ii) a natureza alimentar da parcela.

Ressalte-se, ainda, que a proposta de edição da Súmula Vinculante 47 (PSV nº 85), de autoria da Ordem
dos Advogados do Brasil, restou embasada tanto no art. 22, § 4º, quanto no art. 23, ambos da Lei nº
8.906/1994, que tratam, respectivamente, dos honorários contratuais, sucumbenciais e por arbitramento
judicial. Dispõe o Estatuto da OAB:

"Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. () § 4º Se o advogado fizer
juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou
precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida
pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. (...) Art. 23. Os honorários incluídos na
condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em
seu favor" (destaques acrescentados).

O alcance dos honorários contratuais pela Súmula Vinculante Nº 47 pode ser deduzido do seu próprio
texto, que contempla "honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante
principal devido ao credor". A expressão em destaque claramente remete ao § 4º do art. 22 da Lei
nº 8.906/1994. Observe-se ainda que, nos debates para a aprovação da Súmula Vinculante, não foi
acolhida a sugestão da Procuradoria-Geral da República, no sentido de manter no texto apenas os
honorários advocatícios incluídos na condenação, com explícita remissão apenas ao art. 23 do
Estatuto da OAB.

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Dito isso, ofende a Súmula Vinculante 47 decisão que afasta sua incidência dos créditos decorrentes
de honorários advocatícios contratuais.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Nessa linha, confira-se a Rcl 21.516, Rel. Min. Luiz Fux, e a Rcl 21.297, sob a relatoria do Ministro
Roberto Barroso, assim ementada:

Ementa: RECLAMAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PRECATÓRIOS. FRACIONAMENTO.


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. 1. A natureza autônoma e o caráter alimentar são
comuns aos honorários sucumbenciais, por arbitramento judicial e contratuais. 2. Viola a Súmula
Vinculante 47 decisão que exclui do seu âmbito de incidência os honorários advocatícios contratuais. 3.
Reclamação julgada procedente.

No julgamento em questão, a Corte Suprema, por maioria, corroborou o entendimento de que os


honorários contratuais e de sucumbência são autônomos em relação ao crédito principal , haja vista
que aqueles pertencem ao advogado, e este à parte exequente, ou seja, trata-se de créditos que pertencem
a titulares diversos.

Também foi ratificada a natureza de prestação alimentícia dos honorários devidos aos profissionais
liberais do direito, uma vez que constituem a contraprestação ao trabalho prestado por tais profissionais,
que deles se utilizam para a sua mantença, assim como salários e vencimentos, que possuem a natureza
jurídica de verba alimentar.

Deste modo, percebe-se que o entendimento deste juízo e do STJ, afastam a autonomia e a natureza das
verbas executadas, consagradas pela Súmula Vinculante nº 47 do STF, ao definir que inexiste
autonomia entre o crédito principal e os honorários advocatícios, quando se executa judicialmente
verbas que não foram repassadas do extinto FUNDEF, destinando todo o valor do precatório ao
exequente.

Neste contexto, percebe-se que a decisão, ora embargada, incorreu na hipótese do artigo 1.022, parágrafo
único, II c/c 489, § 1º, VI, do CPC -15, devendo ser prestigiado por este juízo o entendimento do
Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, bem como os ensinamentos contidos na Súmula Vinculante nº
47 do STF.

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V - OMISSÃO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DETERMINATES.

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De inicio, deve ser destacado que o Código de Processo Civil de 2015 considera omissa a decisão que
se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Trata-se exatamente do caso concreto, uma vez que o juízo faz referência apenas a uma certidão de
julgamento e uma decisão monocrática que se limitou a citar a tese extraída do julgamento, sem
identificar qualquer disposição legal ou constitucional que pudesse embasar o indeferimento da retenção.

Ressalta-se que a decisão do STJ, não fora proferida em sede de recurso repetitivo, ou seja, não é de
cumprimento obrigatório por todos os juízos.

Pois bem.

No julgamento das ACO'S 648, 660, 669 e 700, o Pleno do Supremo Tribunal Federal, explicitamente
definiu a seguinte tese acerca dos precatórios advindos de demanda judicial envolvendo verbas do
FUNDEF:

O adimplemento das condenações pecuniárias por parte da União e respectiva disponibilidade


financeira aos Autores vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do direito à educação,
única possibilidade de dispêndio dessas verbas públicas.

O artigo 205, da CF/88, explicita que:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade , visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Por sua vez, o artigo 133, da CF/88, dispõe que:

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Ademais, os artigos 5º, caput c/c 37, da CF/88, explicitam o seguinte:

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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza , garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade ,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte

Ora, dos referidos dispositivos constitucionais, retiramos a conclusão de que o serviço prestado pelo
escritório promoveu o direito a educação, inexistindo qualquer desvio de finalidade ou violação do artigo
60 do ADCT, quando se busca que o pagamento pelo serviço prestado seja realizado com a verba que
entrará nos cofres municipais através do seu esforço.

Da legislação infraconstitucional, observamos as seguintes disposições:

(Lei 11.949/2007)

Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação


básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 ;

(Lei nº 9.394/1996)

Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com
vistas à consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis,
compreendendo as que se destinam a:

I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;

II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao


ensino;

III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da


qualidade e à expansão do ensino;

V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;

VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;

VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste

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artigo;

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VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:

I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de

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ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;

II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural;

III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive
diplomáticos;

IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e


psicológica, e outras formas de assistência social;

V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar;

O escritório Monteiro e Monteiro Advogados, fora contratado para propor uma ação judicial visando a
recuperação de verbas da educação que deixaram de ser repassadas pela União Federal, prevendo como
pagamento pelos serviços prestados o percentual de 20% (vinte por cento), do benefício a ser recuperado
em favor dos associados, no caso o município de Maceió.

Com a devida consideração, não se pode dizer que a atuação da referida banca não teve como objetivo a
promoção da educação, já que graças ao serviço prestado, o município de Maceió poderá investir quantia
considerável nos objetivos definidos 70, da Lei da Lei nº 9.394/1996.

Sem a prestação do serviço advocatício nenhuma disposição contida no artigo 70, da Lei nº 9.394/1996,
seria beneficiada, uma vez que a verba restaria prescrita, prejudicando a educação de forma irreparável.

Além do mais, o artigo 71, da Lei nº 9.394/1996, trata de um rola taxativo de situações de que não
constituirá despesa a educação, não constando qualquer vedação a prestação de serviço jurídico que visa
recuperar verba não repassada.

Por desempenhar função essencial à justiça (art. 133 da Carta Magna), o Advogado tem a prerrogativa de,
apresentando ao Juízo o contrato respectivo, reter da liberação do valor disponibilizado ao seu constituinte
a sua verba honorária convencional (art. 22, § 4o. do Estatuto da OAB).

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O trabalho profissional do Advogado foi essencial para a provisão orçamentária municipal; em casos
assim, parece inquestionável que o Advogado deva receber a sua justa remuneração calculada sobre o
valor global dos recursos do FUNDEF, cuja liberação foi por ele obtida na via judicial, mediante o seu
competente labor profissional.

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Por outro lado, também deve ser destacado que o princípio da impessoalidade, expressamente contido na
CF/88, apresenta quatro sentidos, dentre eles o seguinte:

Princípio da igualdade ou isonomia : o princípio da impessoalidade se traduz na ideia de isonomia, pois


a Administração deve atender a todos os administrados sem discriminações . Não se pode favorecer
pessoas ou se utilizar de perseguições indevidas , consagrando assim o princípio da igualdade ou
isonomia.

No caso concreto, a decisão está discriminando o serviço jurídico que promove o direito a educação, em
favor de outros serviços que busquem o mesmo objetivo.

Excelência, qual é a diferença entre o serviço do advogado que promove a educação e o serviço de
uma construtora que promove a educação?

Qual seria a diferença entre o trabalho do advogado que consegue a quantia para a construção da
escola e da construtora que com essa quantia constrói a escola?

O princípio da impessoalidade estaria atendido se a construtora fosse pagar com verba vinculada a
educação, enquanto ao escritório essa possibilidade fosse vedada ?

O Poder Judiciário e a Administração Pública não podem favorecer alguns ramos que promovem a
educação em detrimento de outros, pois, assim fazendo, utiliza perseguições indevidas, ferindo de
morte o princípio da impessoalidade.

Nunca é demais relembra que, é fato notório divulgado continuamente na mídia o quadro lamentável em
que se encontra a educação neste país, principalmente fora das capitais. Inegável, igualmente, é a extrema
limitação orçamentária com o qual o gestor executivo se depara para satisfazer as necessidades locais nas
cidades Interioranas.

No caso concreto, a União deveria ter transferido verbas de grande importe para a manutenção e
desenvolvimento da educação básica e remuneração condigna dos trabalhadores da educação. O
Município, porém, viu-se privado do recebimento das verbas, por conduta manifestamente ilegal dela,

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somente condenada por decisão transitada em julgado em virtude da atuação do Poder Judiciário,
instância provocada e convencida com base no valioso labor do escritório de advocacia contratado para tal

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mister.

É dizer: não tendo a União cumprido o seu dever-poder regularmente, a urbe viu-se obrigada a

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obter assessoria jurídica privada para receber a verba do FUNDEF.

Nessa óptica, a retenção dos honorários contratuais não colide, tampouco é incompatível lógica e
normativamente, com os dispositivos constitucionais e legais a impor determinado percentual de
aplicação na educação básica.

Em verdade, é de certa forma paradoxal que todo o esforço do município para receber as verbas
federais e as investir na educação não abarque em si, conceitualmente, também as ações judiciais
eventualmente ajuizadas para ver concretizada justamente a obrigação legal por parte da União de
disponibilizar o crédito devido .

Caminhar noutro sentido, com o devido respeito, significa por via transversa impor à urbe a árdua tarefa
de alocar recurso financeiro de outra fonte, quando a grande maioria de seus créditos são oriundos da
União, de natureza vinculada por lei, licitação ou convênio e os tributos exíguos. Tudo isso em prejuízo
dos cidadãos da comunidade e delineando um quadro de incerteza quanto ao interesse de advogados
particulares patrocinarem as causas dos municípios.

Neste contexto, devem ser providos os embargos de declaração, para que a decisão aponte fundamentos
determinantes que levaram o indeferimento da retenção, sendo reconhecido, por consequência, que a
legislação infraconstitucional e constitucional acerca da matéria, reconhece ao advogado, que de forma
independente e corajosa (artigo 133, da CF/88), presta serviço visando à promoção da educação do nosso
País (artigo 205, da CF/88 e artigo 60 do ADCT), o direito de ser pago com as verbas recebidas graças ao
seu esforço, vedando que a Administração Pública ou o Poder judiciário favoreçam alguns ramos que
promovem a educação em detrimento de outros, pois, assim fazendo, se estará incentivando
perseguições indevidas, ferindo de morte o princípio da impessoalidade (artigo 5º, caput c/ artigo
37, da CF/88) e as determinações contidas no artigos 70 e 71 da Lei

VI - DA EXCEPCIONALIDADE PRETENDIDA - EFEITOS INFRINGENTES

Como sabe V.Exa, tem-se admitido, inclusive por construção pretoriana, "os efeitos modificativos
ao recurso integrativo, em casos excepcionalíssimos, respeitando-se, ainda, os indispensáveis
contraditório e ampla defesa" ( Edcl no AgRg no RMS 17276/RS, Rel. Ministro Gilson Dipp ,
5ª Turma, DJ 07.03.2005).
Caso acolhido os embargos, e desde que V.Exa. entenda como preponderante os vícios apontados, eis que
os efeitos modificativos resultarão como corolário natural do desdobramento jurisdicional.

Sobre a declaração com efeitos modificativos, o ilustre Magistrado Paulista, Ricardo Cunha Chimenti, em
seus comentários sobre o tema, preconiza que:

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"Há, contudo, situações em que o acolhimento de embargos de declaração realmente fundados em
obscuridade, contradição, omissão ou dúvida (inclusive decorrente de flagrante erro de fato em que
incidiu a decisão) acarreta a modificação do julgado (...) (Teoria e Prática dos Juizados Especiais
Cíveis, Ricardo Cunha Chimenti, editora Saraiva, 3ª edição, 2000)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
No caso em exame, providos os Embargos Declaratórios, eis que se afigura necessária a modificação do
julgado acima transcrito, porquanto a hipótese vertente é excepcional, ou seja, em caso de provimento das
razões ora expostas, deverá ser proferida nova decisão, dessa vez com base nos argumentos trazidos à
baila.

VII - DO REQUERIMENTO FINAL

Diante do exposto, requer o Embargante, o provimento dos presentes embargos, atribuindo-lhes efeitos
infringentes, com a correção das omissões acerca dos pontos levantados, para reconhecer a possibilidade
de retenção dos honorários contratuais, nos termos da Súmula Vinculante nº 47 e na Jurisprudência do
STF acerca da matéria.

Termos em que,

Pedem e espera deferimento.

Recife/PE, 19 de novembro de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18111917184374100000003908129
Data e hora da assinatura: 19/11/2018 17:22:43
Identificador: 4058000.3887273
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 13/13
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA

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DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº


0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa.,
vislumbrando vício no acórdão de fls., opor EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, com fulcro no art. 1.022, do CPC-15, pelas razões que
se seguem:

I – PRELIMINARMENTE – DA TEMPESTIVIDADE

O escritório, ora Embargante, fora devidamente


intimado em 12/11/2018 (segunda-feira), oportuna ocasião em que tomou
ciência da decisão, iniciando-se o termo a quo do prazo recursal em
13/11/2018 (terça-feira).

Assim, considerando que, os Embargos de


Declaração deverão ser opostos no prazo de 05 (cinco) dias, que a
contagem do referido prazo será em dias úteis, em razão do
mandamento contido no artigo 219 do CPC - 15 têm-se como termo ad
quem o dia 20/11/2018, uma vez que no dia 15/11/2018, não houve
expediente na Justiça Federal de Alagoas, em razão do feriado da
Proclamação da Republica.

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Apresentados, pois, os Embargos de Declaração
antes do prazo limite pré-fixado, resta plenamente comprovada a sua
tempestividade, o que de plano, se ressalta.

II – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

No dia 18/09/2018, a Segunda Turma do Egrégio


Tribunal Regional Federal da 5ª Região, deferiu efeito suspensivo ativo ao
agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, interposto pelo
município de Maceió, para determinar a expedição do precatório sobre a
parcela incontroversa dos recursos, dando regular prosseguimento ao
cumprimento de sentença.

Antes da expedição do requisitório, o escritório de


advocacia, ora embargante, nos termos do artigo 22, § 4º, da Lei
8.906/1994, requereu a retenção dos honorários contratuais, sendo
indeferido o pedido, nos seguintes termos:

No que tange à pretensão de expedição de requisitório da parte


incontroversa do valor exequendo, assiste razão ao postulante.
De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no Agravo de
Instrumento sob referência, o eminente Relator foi taxativo ao
concluir a sua fundamentação dizendo: "6. Deferimento do
efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do
precatório sobre a parcela incontroversa dos recursos, dando
regular prosseguimento ao cumprimento da sentença."
Portanto, a ordem tem de ser prontamente cumprida.

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Passo à análise do pedido de destaque dos honorários
contratuais, referido como reiteração do pleito deflagrado na

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petição com id. 2502494.
Pois bem. Apesar da previsão legal (art. 22, § 4º, da Lei nº
8.906/1994) autorizando o destaque de honorários contratuais
da quantia a ser recebida pelo constituinte, quando juntado o
contrato respectivo antes do mandado de levantamento ou da
expedição do precatório, o caso em tela reclama atenção
especial, pelo fato de os recursos a serem recebidos pela
edilidade (constituinte da sociedade de advogados postulante)
versarem sobre verbas oriundas de diferença do FUNDEB, cuja
destinação está vinculada à educação, por imperativo
constitucional.
É bem verdade que o entendimento prevalecente na
jurisprudência do TRF da 5ª e, sobretudo, do Superior Tribunal
de Justiça (consoante evidenciam as ementas de julgado
colacionadas pelo postulante) dava guarida à tese sustentada
por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.
Todavia, a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao decidir
o mérito do REsp nº 1.703.697/PE, em 10/10/2018, superou o
entendimento até então sufragado, deixando assentado que
não é possível a retenção de honorários advocatícios
contratuais em precatório que veicula pagamento de verbas
oriundas do FUNDEB.
Vale salientar, por oportuno, que, em razão de o julgado sob
enfoque ainda não estar disponibilizado para consulta pública,
deixo de transcrever sua ementa, mas trago à conferência
excerto da certidão da tramitação do feito que contém a sua
confirmação, extraído da consulta processual disponibilizada
no Portal daquela C. Corte . Confira-se: (...) em 10 de Outubro
de 2018, PROCLAMAÇÃO FINAL DE JULGAMENTO:
"PROSSEGUINDO NO JULGAMENTO, A SEÇÃO, POR
MAIORIA, VENCIDA A SRA. MINISTRA ASSUSETE
MAGALHÃES, DEU PROVIMENTO AO RECURSO

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ESPECIAL, NOS TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO
RELATOR."

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Em reforço à fundamentação desta decisão, trago à lume
julgado monocrático da lavra do eminente Ministro Benedito
Gonçalves, que, ainda mais recentemente (16/10/2018), negou
provimento ao REsp 1.694.644/AL, interposto pelo Município
de Jacaré dos Homens, deste Estado, também patrocinado
pela sociedade de advogados ora requerente, arrimado no
precedente supra mencionado (REsp 1.703.697/PE).

Assim, não restou outra opção a não ser a oposição


do presente recurso, uma vez que há claro vício no julgado.

III – DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OMISSÃO.


HIPÓTESE DE CABIMENTO QUE SE AMOLDAM AO
PRESENTE CASO.

O art. 1.022 do Código de Processo Civil determina


as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração:

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia
se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento;

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II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489,
o
§1 .

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Nessa esteira é de se frisar que a oposição dos
embargos é totalmente pertinente, conforme adiante restará demonstrado:

IV – OMISSÃO. DA JURISPRUDÊNCIA DO STF EM


CONFRONTO COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. DA
APLICAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE Nº 47.

De logo, dever ser esclarecido que o artigo 1.022,


parágrafo único, II, do CPC – 15, considera omissa decisão que incorra
em qualquer das condutas descritas no art.489, § 1º, do mesmo artigo.

No caso, a decisão, ora embargada, deixou de


seguir jurisprudência invocada pelo embargante, sem demonstrar a
existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.

Ora, restou esclarecido na petição de Identificador:


4058000.3693446, que o Supremo Tribunal Federal possui jurisprudência
pacífica acerca da matéria, entendendo que não há qualquer violação
constitucional acerca da possiblidade de retenção de honorários
contratuais, nas causas judiciais advindas do extinto Fundef. Neste
sentido, os seguintes julgados:

Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. FUNDEF.

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VMNA. VINCULAÇÃO DOS VALORES. EXECUÇÃO.
PRECATÓRIO. POSSIBILIDADE DE RETENÇÃO DE

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HONORÁRIOS CONTRATUAIS. MATÉRIA DE ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. REITERADA REJEIÇÃO
DOS ARGUMENTOS EXPENDIDOS PELA PARTE NAS
SEDES RECURSAIS ANTERIORES. MANIFESTO INTUITO
PROTELATÓRIO. MULTA DO ARTIGO 1.021, § 4º, DO
CPC/2015. MANTIDA A MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS
DE SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
(ARE 1052305 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira
Turma, julgado em 20/10/2017, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-251 DIVULG 31-10-2017 PUBLIC 06-11-2017) (grifo
nosso)

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com


agravo. FUNDEF. Honorários contratuais. Retenção.
Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. 1. Para se
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem acerca
da análise da possibilidade de se descontarem das verbas
destinadas ao FUNDEF as quantias referentes aos
honorários advocatícios contratuais pagos em razão do
ajuizamento pelo município de demanda judicial para
cobrar os valores relativos ao FUNDEF não transferidos
voluntariamente, seria necessário se analisar a legislação
infraconstitucional (Leis nºs 8.906/94, 9.424/96 e 11.494/07),
o que é vedado em sede de recurso extraordinário. 2.
Agravo regimental ao qual se nega provimento, com imposição
de multa de 2% (dois porcento) do valor atualizado da causa,
consoante disposto no art. 1.021, § 4º, do Novo CPC, caso seja
unânime a votação. Não se aplica ao caso dos autos a
majoração dos honorários prevista no art. 85, § 11, do novo
Código de Processo Civil, uma vez que não houve o

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arbitramento de honorários sucumbenciais pela Corte de
origem.

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(ARE 1015813 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI,
Segunda Turma, julgado em 30/06/2017, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-177 DIVULG 10-08-2017 PUBLIC 14-08-
2017) (grifo nosso).

EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. REVISÃO DO VALOR


MÍNIMO ANUAL POR ALUNO DO FUNDEF.
COMPLEMENTAÇÃO DO VALOR DO FUNDO PELA UNIÃO.
EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO. RETENÇÃO DOS
HONORÁRIOS CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE. ART. 22, §
4º, DA LEI Nº 8.906/1994. IMPROVIMENTO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO
CPC/2015. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 60 DO ADCT.
EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA
DO CPC/2015. 1. O entendimento assinalado na decisão
agravada não diverge da jurisprudência firmada no Supremo
Tribunal Federal. Compreensão diversa demandaria a
reelaboração da moldura fática delineada no acórdão de
origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à
Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o
conhecimento do recurso extraordinário. 2. Obstada a análise
da suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados,
porquanto dependeria de prévia análise da legislação
infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge
à competência jurisdicional extraordinária desta Corte
Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta. 3. As razões do
agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à
ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 4.
Agravo interno conhecido e não provido.

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(ARE 1099387 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira
Turma, julgado em 31/08/2018, PROCESSO ELETRÔNICO

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DJe-194 DIVULG 14-09-2018 PUBLIC 17-09-2018) (grifo
nosso).

Por sua vez, o julgado do STF na ACO 648/BA


não tratou da possibilidade (ou não) de destaque de honorários
contratuais, até porque naquele caso (e em todos os demais
julgados pela Corte) o Estado da Federação se encontrava
representado por sua Procuradoria Judicial.

Neste norte, recente julgamento da Segunda Turma


desta Corte:

Anote-se, inicialmente, que, no julgamento conjunto das


ações cíveis originárias a que se refere a agravante (ainda
pendentes de publicação), não foi decidida a questão
acerca da retenção dos honorários advocatícios. No caso,
questionou-se a metodologia utilizada pela União para
calcular o valor mínimo anual por aluno, estabelecido no §
3º do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT), ficando definido que “o valor da
complementação da União ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério (Fundef) deve ser calculado com base no
valor mínimo nacional por aluno extraído da média
nacional” (Vide informativo nº 876/STF).
(...).
Desse modo, conforme já consignado na decisão
agravada, a análise sobre a possibilidade de retenção dos
honorários advocatícios contratuais pagos em razão do
ajuizamento de demanda judicial para cobrar os valores
relativos ao FUNDEF não transferidos voluntariamente,

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antes da expedição de precatório, demandaria a análise da
legislação infraconstitucional (Leis nºs 8.906/94), o que é

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incabível em sede de recurso extraordinário.

Com efeito, a afronta ao dispositivo constitucional suscitado no


recurso extraordinário seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o
que é insuficiente para amparar o apelo extremo. Sobre o
tema, registrem-se julgados de ambas as Turmas desta Corte:
(...).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
(ARE 1050028, Relator Ministro Dias Toffoli, Segunda
Turma, DJE 06/11/2017) (grifo nosso).

Com o devido respeito, observa-se que ao entender


pela existência de violação constitucional da causa, o Superior Tribunal
de Justiça, acabou por contrariar a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal acerca do mesmo tema. Vejamos os fundamentos que levaram
ao STJ a vedar o destaque dos honorários contratuais:

Natureza constitucional
Todavia, ponderou Og Fernandes, caso efetivada a separação
dos valores, seu efeito recairia sobre os recursos do fundo, já
que a ação judicial tinha como objetivo o pagamento de
diferenças não repassadas ao município pela União. Segundo
o ministro, o fato de determinada obrigação pecuniária não ter
sido cumprida espontaneamente, mas somente após decisão
judicial, não descaracteriza a sua natureza nem a sua
destinação.
Em virtude da previsão legal e constitucional de
vinculação específica dos recursos do Fundef, o relator
também destacou que somente norma constitucional de
igual envergadura autorizaria a utilização de dinheiro

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atrelado ao fundo para outras finalidades que não a
manutenção e o desenvolvimento do ensino fundamental e

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a valorização do magistério.
“Desse modo, com suporte nos fundamentos
supramencionados, tem-se que a satisfação dos honorários
contratuais ora em questão não deve se realizar nos termos do
artigo 22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94, pois o título executivo
judicial se refere a verbas que possuem destinação
constitucional e legal específica”, concluiu o ministro ao prover
o recurso da União.
(http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A
7%C3%A3o/noticias/Not%C3%ADcias/Primeira-
Se%C3%A7%C3%A3o-veda-reten%C3%A7%C3%A3o-de-
honor%C3%A1rios-em-verba-do-Fundeb-liberada-
judicialmente) (grifo nosso).

Neste norte, percebe-se a colisão entre


entendimentos emanados pela Corte Constitucional e pela Corte
Infraconstitucional, devendo prevalece, por obvio, o entendimento do STF
acerca da inexistência de violação constitucional quando se entende pela
possibilidade de retenção dos honorários contratuais, nos termos do
artigo 22, § 4º, da Lei 8.906/1994, nas causa judiciais envolvendo o
FUNDEF, quando há expedição de precatório.

Por outro lado, a decisão, ora embargada, deixou de


seguir enunciado da Súmula Vinculante nº 47, incorrendo em clara
omissão, já que o entendimento externado na Súmula deve ser seguido
por todo o Poder Judiciário.

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A Súmula Vinculante 47 foi editada após reiterados

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julgamentos desta Corte no sentido da viabilidade do fracionamento de
execução contra a Fazenda Pública, para satisfação autônoma dos
honorários do advogado. A jurisprudência sobre a matéria encontra-se
fundada em duas das características da verba honorária: (i) a autonomia
do crédito em relação àquele devido à parte patrocinada, por
pertencer a um outro titular; e (ii) a natureza alimentar da parcela.

Ressalte-se, ainda, que a proposta de edição da


Súmula Vinculante 47 (PSV nº 85), de autoria da Ordem dos Advogados
do Brasil, restou embasada tanto no art. 22, § 4º, quanto no art. 23,
ambos da Lei nº 8.906/1994, que tratam, respectivamente, dos honorários
contratuais, sucumbenciais e por arbitramento judicial. Dispõe o Estatuto
da OAB:
“Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos
inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos
fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. (…) §
4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de
honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou
precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos
diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo
constituinte, salvo se este provar que já os pagou. (...) Art. 23.
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito
autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo
requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido
em seu favor” (destaques acrescentados).

O alcance dos honorários contratuais pela Súmula


Vinculante Nº 47 pode ser deduzido do seu próprio texto, que

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contempla “honorários advocatícios incluídos na condenação ou

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destacados do montante principal devido ao credor”. A expressão
em destaque claramente remete ao § 4º do art. 22 da Lei nº
8.906/1994. Observe-se ainda que, nos debates para a aprovação da
Súmula Vinculante, não foi acolhida a sugestão da Procuradoria-
Geral da República, no sentido de manter no texto apenas os
honorários advocatícios incluídos na condenação, com explícita
remissão apenas ao art. 23 do Estatuto da OAB.

Dito isso, ofende a Súmula Vinculante 47 decisão


que afasta sua incidência dos créditos decorrentes de honorários
advocatícios contratuais.

Nessa linha, confira-se a Rcl 21.516, Rel. Min. Luiz


Fux, e a Rcl 21.297, sob a relatoria do Ministro Roberto Barroso, assim
ementada:

Ementa: RECLAMAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.


PRECATÓRIOS. FRACIONAMENTO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. 1. A natureza autônoma e o
caráter alimentar são comuns aos honorários sucumbenciais,
por arbitramento judicial e contratuais. 2. Viola a Súmula
Vinculante 47 decisão que exclui do seu âmbito de incidência
os honorários advocatícios contratuais. 3. Reclamação julgada
procedente.

No julgamento em questão, a Corte Suprema, por


maioria, corroborou o entendimento de que os honorários
contratuais e de sucumbência são autônomos em relação ao crédito
principal, haja vista que aqueles pertencem ao advogado, e este à parte

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exequente, ou seja, trata-se de créditos que pertencem a titulares

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diversos.

Também foi ratificada a natureza de prestação


alimentícia dos honorários devidos aos profissionais liberais do direito,
uma vez que constituem a contraprestação ao trabalho prestado por tais
profissionais, que deles se utilizam para a sua mantença, assim como
salários e vencimentos, que possuem a natureza jurídica de verba
alimentar.

Deste modo, percebe-se que o entendimento deste


juízo e do STJ, afastam a autonomia e a natureza das verbas executadas,
consagradas pela Súmula Vinculante nº 47 do STF, ao definir que
inexiste autonomia entre o crédito principal e os honorários
advocatícios, quando se executa judicialmente verbas que não foram
repassadas do extinto FUNDEF, destinando todo o valor do
precatório ao exequente.

Neste contexto, percebe-se que a decisão, ora


embargada, incorreu na hipótese do artigo 1.022, parágrafo único, II c/c
489, § 1º, VI, do CPC -15, devendo ser prestigiado por este juízo o
entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, bem como
os ensinamentos contidos na Súmula Vinculante nº 47 do STF.

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V – OMISSÃO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS

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FUNDAMENTOS DETERMINATES.

De inicio, deve ser destacado que o Código de


Processo Civil de 2015 considera omissa a decisão que se limitar a
invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes.

Trata-se exatamente do caso concreto, uma vez que


o juízo faz referência apenas a uma certidão de julgamento e uma
decisão monocrática que se limitou a citar a tese extraída do julgamento,
sem identificar qualquer disposição legal ou constitucional que pudesse
embasar o indeferimento da retenção.

Ressalta-se que a decisão do STJ, não fora


proferida em sede de recurso repetitivo, ou seja, não é de cumprimento
obrigatório por todos os juízos.

Pois bem.

No julgamento das ACO’S 648, 660, 669 e 700, o


Pleno do Supremo Tribunal Federal, explicitamente definiu a seguinte
tese acerca dos precatórios advindos de demanda judicial envolvendo
verbas do FUNDEF:

O adimplemento das condenações pecuniárias por parte


da União e respectiva disponibilidade financeira aos
Autores vinculam-se à finalidade constitucional de

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promoção do direito à educação, única possibilidade de
dispêndio dessas verbas públicas.

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O artigo 205, da CF/88, explicita que:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e


da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Por sua vez, o artigo 133, da CF/88, dispõe que:

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da


justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, nos limites da lei.

Ademais, os artigos 5º, caput c/c 37, da CF/88,


explicitam o seguinte:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte

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Ora, dos referidos dispositivos constitucionais,
retiramos a conclusão de que o serviço prestado pelo escritório promoveu
o direito a educação, inexistindo qualquer desvio de finalidade ou violação
do artigo 60 do ADCT, quando se busca que o pagamento pelo serviço
prestado seja realizado com a verba que entrará nos cofres municipais
através do seu esforço.

Da legislação infraconstitucional, observamos as


seguintes disposições:

(Lei 11.949/2007)
Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:
I - no financiamento das despesas não consideradas como de
manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme
o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

(Lei nº 9.394/1996)
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e
desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas
à consecução dos objetivos básicos das instituições
educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se
destinam a:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e
demais profissionais da educação;
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de
instalações e equipamentos necessários ao ensino;
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao
ensino;
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando
precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à expansão
do ensino;

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fls. 424

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
V - realização de atividades-meio necessárias ao
funcionamento dos sistemas de ensino;

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas
públicas e privadas;
VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas
a atender ao disposto nos incisos deste artigo;
VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de
programas de transporte escolar.
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e
desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino,
ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que não
vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade ou à
sua expansão;
II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter
assistencial, desportivo ou cultural;
III - formação de quadros especiais para a administração
pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;
IV - programas suplementares de alimentação, assistência
médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras
formas de assistência social;
V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para
beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar;

O escritório Monteiro e Monteiro Advogados, fora


contratado para propor uma ação judicial visando a recuperação de
verbas da educação que deixaram de ser repassadas pela União Federal,
prevendo como pagamento pelos serviços prestados o percentual de 20%

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(vinte por cento), do benefício a ser recuperado em favor dos associados,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
no caso o município de Maceió.

Com a devida consideração, não se pode dizer que


a atuação da referida banca não teve como objetivo a promoção da
educação, já que graças ao serviço prestado, o município de Maceió
poderá investir quantia considerável nos objetivos definidos 70, da Lei da
Lei nº 9.394/1996.

Sem a prestação do serviço advocatício nenhuma


disposição contida no artigo 70, da Lei nº 9.394/1996, seria beneficiada,
uma vez que a verba restaria prescrita, prejudicando a educação de forma
irreparável.

Além do mais, o artigo 71, da Lei nº 9.394/1996,


trata de um rola taxativo de situações de que não constituirá despesa a
educação, não constando qualquer vedação a prestação de serviço
jurídico que visa recuperar verba não repassada.

Por desempenhar função essencial à justiça (art.


133 da Carta Magna), o Advogado tem a prerrogativa de, apresentando
ao Juízo o contrato respectivo, reter da liberação do valor disponibilizado
ao seu constituinte a sua verba honorária convencional (art. 22, § 4o. do
Estatuto da OAB).

O trabalho profissional do Advogado foi essencial


para a provisão orçamentária municipal; em casos assim, parece
inquestionável que o Advogado deva receber a sua justa remuneração

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calculada sobre o valor global dos recursos do FUNDEF, cuja liberação foi

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por ele obtida na via judicial, mediante o seu competente labor
profissional.

Por outro lado, também deve ser destacado que o


princípio da impessoalidade, expressamente contido na CF/88, apresenta
quatro sentidos, dentre eles o seguinte:

Princípio da igualdade ou isonomia: o princípio da


impessoalidade se traduz na ideia de isonomia, pois a
Administração deve atender a todos os administrados
sem discriminações. Não se pode favorecer pessoas ou
se utilizar de perseguições indevidas, consagrando assim o
princípio da igualdade ou isonomia.

No caso concreto, a decisão está discriminando o


serviço jurídico que promove o direito a educação, em favor de outros
serviços que busquem o mesmo objetivo.

Excelência, qual é a diferença entre o serviço do


advogado que promove a educação e o serviço de uma construtora
que promove a educação?

Qual seria a diferença entre o trabalho do


advogado que consegue a quantia para a construção da escola e da
construtora que com essa quantia constrói a escola?

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O princípio da impessoalidade estaria atendido

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se a construtora fosse pagar com verba vinculada a educação,
enquanto ao escritório essa possibilidade fosse vedada?

O Poder Judiciário e a Administração Pública não


podem favorecer alguns ramos que promovem a educação em detrimento
de outros, pois, assim fazendo, utiliza perseguições indevidas, ferindo
de morte o princípio da impessoalidade.

Nunca é demais relembra que, é fato notório


divulgado continuamente na mídia o quadro lamentável em que se
encontra a educação neste país, principalmente fora das capitais.
Inegável, igualmente, é a extrema limitação orçamentária com o qual o
gestor executivo se depara para satisfazer as necessidades locais nas
cidades Interioranas.

No caso concreto, a União deveria ter transferido


verbas de grande importe para a manutenção e desenvolvimento da
educação básica e remuneração condigna dos trabalhadores da
educação. O Município, porém, viu-se privado do recebimento das verbas,
por conduta manifestamente ilegal dela, somente condenada por decisão
transitada em julgado em virtude da atuação do Poder Judiciário,
instância provocada e convencida com base no valioso labor do escritório
de advocacia contratado para tal mister.

É dizer: não tendo a União cumprido o seu dever-


poder regularmente, a urbe viu-se obrigada a obter assessoria
jurídica privada para receber a verba do FUNDEF.

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Nessa óptica, a retenção dos honorários
contratuais não colide, tampouco é incompatível lógica e
normativamente, com os dispositivos constitucionais e legais a
impor determinado percentual de aplicação na educação básica.

Em verdade, é de certa forma paradoxal que todo


o esforço do município para receber as verbas federais e as investir
na educação não abarque em si, conceitualmente, também as ações
judiciais eventualmente ajuizadas para ver concretizada justamente a
obrigação legal por parte da União de disponibilizar o crédito devido.

Caminhar noutro sentido, com o devido respeito,


significa por via transversa impor à urbe a árdua tarefa de alocar recurso
financeiro de outra fonte, quando a grande maioria de seus créditos são
oriundos da União, de natureza vinculada por lei, licitação ou convênio e
os tributos exíguos. Tudo isso em prejuízo dos cidadãos da comunidade e
delineando um quadro de incerteza quanto ao interesse de advogados
particulares patrocinarem as causas dos municípios.

Neste contexto, devem ser providos os embargos de


declaração, para que a decisão aponte fundamentos determinantes que
levaram o indeferimento da retenção, sendo reconhecido, por
consequência, que a legislação infraconstitucional e constitucional acerca
da matéria, reconhece ao advogado, que de forma independente e
corajosa (artigo 133, da CF/88), presta serviço visando à promoção da
educação do nosso País (artigo 205, da CF/88 e artigo 60 do ADCT), o
direito de ser pago com as verbas recebidas graças ao seu esforço,

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vedando que a Administração Pública ou o Poder judiciário favoreçam

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alguns ramos que promovem a educação em detrimento de outros, pois,
assim fazendo, se estará incentivando perseguições indevidas,
ferindo de morte o princípio da impessoalidade (artigo 5º, caput c/
artigo 37, da CF/88) e as determinações contidas no artigos 70 e 71
da Lei

VI - DA EXCEPCIONALIDADE PRETENDIDA – EFEITOS


INFRINGENTES

Como sabe V.Exa, tem-se admitido, inclusive por


construção pretoriana, “os efeitos modificativos ao recurso integrativo, em
casos excepcionalíssimos, respeitando-se, ainda, os indispensáveis
contraditório e ampla defesa” (Edcl no AgRg no RMS 17276/RS, Rel.
Ministro Gilson Dipp , 5ª Turma, DJ 07.03.2005).

Caso acolhido os embargos, e desde que V.Exa.


entenda como preponderante os vícios apontados, eis que os efeitos
modificativos resultarão como corolário natural do desdobramento
jurisdicional.

Sobre a declaração com efeitos modificativos, o


ilustre Magistrado Paulista, Ricardo Cunha Chimenti, em seus
comentários sobre o tema, preconiza que:

“Há, contudo, situações em que o acolhimento de


embargos de declaração realmente fundados em
obscuridade, contradição, omissão ou dúvida (inclusive
decorrente de flagrante erro de fato em que incidiu a

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decisão) acarreta a modificação do julgado (...) (Teoria e
Prática dos Juizados Especiais Cíveis, Ricardo Cunha

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Chimenti, editora Saraiva, 3ª edição, 2000)

No caso em exame, providos os Embargos


Declaratórios, eis que se afigura necessária a modificação do julgado
acima transcrito, porquanto a hipótese vertente é excepcional, ou seja, em
caso de provimento das razões ora expostas, deverá ser proferida nova
decisão, dessa vez com base nos argumentos trazidos à baila.

VII – DO REQUERIMENTO FINAL

Diante do exposto, requer o Embargante, o


provimento dos presentes embargos, atribuindo-lhes efeitos infringentes,
com a correção das omissões acerca dos pontos levantados, para
reconhecer a possibilidade de retenção dos honorários contratuais, nos
termos da Súmula Vinculante nº 47 e na Jurisprudência do STF acerca da
matéria.

Termos em que,
Pedem e espera deferimento.
Recife/PE, 19 de novembro de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18111917221950100000003908130
Data e hora da assinatura: 19/11/2018 17:22:43
Identificador: 4058000.3887274
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 23/23
fls. 431

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 12/11/2018 12:05, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Decisão registrado em 10/11/2018 19:33 nos autos judiciais
eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18111209542799600000003885424 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 12/11/2018 12:05 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 12/11/2018 12:05:58
Identificador: 4058000.3865587

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 12/11/2018 11:28, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Decisão registrado em 10/11/2018 19:33 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18111209542799600000003885424 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 12/11/2018 11:28 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 12/11/2018 11:28:08
Identificador: 4058000.3865291

1/1
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , AS PARTES
, na pessoa de seus representantes legais, da decisão anexa.

Maceió-AL, 12 de Novembro de 2018.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
18111209542799600000003885424
Data e hora da assinatura: 12/11/2018 09:57:59
Identificador: 4058000.3864608
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 434

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

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F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

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DECISÃO

Vistos etc.

Através da petição com id. 3693445/6, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS,


requer o que segue: a) - a expedição de precatório relativamente à parte incontroversa do crédito
exequendo, sob o argumento de que tal determinação foi emanada pelo E. TRF da 5ª Região, ao conceder
efeito suspensivo ativo ao Agravo de Instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, de sua autoria, cuja
decisão (cf. enfatiza) já foi comunicada a este Juízo pela instância ad quem (id. 12466852); e b) - a
análise, por este Juízo, do requerimento com identificador nº 12466852, mediante o qual pleiteia que os
honorários advocatícios contratuais sejam destacados do valor do precatório, nos moldes do art. 22, § 4º,
da Lei nº 8.906/1994 (Estatuto da OAB).

Decido .

No que tange à pretensão de expedição de requisitório da parte incontroversa do valor exequendo, assiste
razão ao postulante. De fato, ao decidir o pedido de liminar veiculado no Agravo de Instrumento sob
referência, o eminente Relator foi taxativo ao concluir a sua fundamentação dizendo: "6. Deferimento do
efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos
recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento da sentença." Portanto, a ordem tem de ser
prontamente cumprida.

Passo à análise do pedido de destaque dos honorários contratuais, referido como reiteração do pleito
deflagrado na petição com id. 2502494.

Pois bem. Apesar da previsão legal (art. 22, § 4º, da Lei nº 8.906/1994) autorizando o destaque de
honorários contratuais da quantia a ser recebida pelo constituinte, quando juntado o contrato respectivo
antes do mandado de levantamento ou da expedição do precatório, o caso em tela reclama atenção
especial, pelo fato de os recursos a serem recebidos pela edilidade (constituinte da sociedade de
advogados postulante) versarem sobre verbas oriundas de diferença do FUNDEB, cuja destinação está
vinculada à educação, por imperativo constitucional.

É bem verdade que o entendimento prevalecente na jurisprudência do TRF da 5ª e, sobretudo, do Superior


Tribunal de Justiça (consoante evidenciam as ementas de julgado colacionadas pelo postulante) dava
guarida à tese sustentada por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS. Todavia, a 1ª
Seção do Superior Tribunal de Justiça, ao decidir o mérito do REsp nº 1.703.697/PE, em 10/10/2018,
superou o entendimento até então sufragado, deixando assentado que não é possível a retenção de
honorários advocatícios contratuais em precatório que veicula pagamento de verbas oriundas do
FUNDEB.

Vale salientar, por oportuno, que, em razão de o julgado sob enfoque ainda não estar disponibilizado para
consulta pública, deixo de transcrever sua ementa, mas trago à conferência excerto da certidão da

1/5
fls. 435

tramitação do feito que contém a sua confirmação, extraído da consulta processual disponibilizada no
Portal daquela C. Corte . Confira-se: (...) em 10 de Outubro de 2018, PROCLAMAÇÃO FINAL DE

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
JULGAMENTO: "PROSSEGUINDO NO JULGAMENTO, A SEÇÃO, POR MAIORIA, VENCIDA A SRA.
MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES, DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, NOS TERMOS
DO VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR."

Em reforço à fundamentação desta decisão, trago à lume julgado monocrático da lavra do eminente

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Ministro Benedito Gonçalves, que, ainda mais recentemente (16/10/2018), negou provimento ao REsp
1.694.644/AL, interposto pelo Município de Jacaré dos Homens, deste Estado, também patrocinado pela
sociedade de advogados ora requerente, arrimado no precedente supra mencionado (REsp
1.703.697/PE).

A bem da clareza, reproduzo, a seguir, o inteiro teor da decisão do Ministro Benedito Gonçalves:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.694.644 - AL (2017/0213423-0)

RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES

RECORRENTE : MUNICÍPIO DE JACARÉ DOS HOMENS

ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - AL003726A RECORRIDO : UNIÃO

EMENTA PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 1.022,


II, DO CPC/2015). NÃO OCORRÊNCIA. ART. 22, § 4º, DA LEI N. 8.906/1994. RETENÇÃO DE
HONORÁRIOS CONTRATUAIS EM PRECATÓRIO REFERENTE À VERBA DO FUNDEF.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE. RESP 1703697/PE, JULGADO PELA PRIMEIRA SEÇÃO DESTA
CORTE EM 10/10/2018. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. REEXAME
DOS AUTOS. SÚMULA 7/STJ RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA
EXTENSÃO, NÃO PROVIDO.

DECISÃO

Trata-se de recurso especial interposto com fundamento no artigo 105, III, "a" e "c", da Constituição
Federal, contra acórdão proferido pelo TRF da 5ª Região, assim ementado (fls. 249/250):

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. VMAA. LITISPENDÊNCIA. INOCORRÊNCIA.


RETENÇÃO DE HONORÁRIOS CONTRATUAIS. DESCABIMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA.
MANUAL DE CÁLCULOS DA JUSTIÇA FEDERAL.

1. Reconhecimento no título judicial do direito do município de receber as diferenças devidas a título de


complementação do FUNDEF, em razão da subestimação do VMAA.

2. Nos termos do art. 301, §§ 1º e 3º, do CPC, verifica-se a litispendência quando se reproduz ação em
curso que possua as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

3. Hipótese em que o título judicial que lastreia a presente execução condenou a União a reembolsar o
Município de Jacaré dos Homens/AL com o valor que indevidamente deduziu, em virtude da Portaria n.
743/05, da parcela do FUNDEF que lhe foi repassada no mês de maio de 2005. Por outro lado, o título
formado no bojo da Ação Ordinária n. 0011204-19.2003.4.05.8000 condenou a União a complementar
em favor do exequente o Valor Mínimo Anual por Aluno - VMAA, devido no âmbito do FUNDEF,
repassado em descompasso com a fórmula prevista na Lei 9.424/96 entre os anos de 1998 e 2006.

4. Apesar de aparentemente semelhantes, as ações acima mencionadas possuem causa de pedir distintas.
O segundo feito mencionado trata da metodologia de cálculo equivocada que levou à redução dos
repasses mensais do FUNDEF ao recorrente no período acima citado, ocasionando um erro no valor em

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fls. 436

si. Já na primeira hipótese, discutiu-se a ilegalidade/inconstitucionalidade do desconto indevidamente


efetuado sobre o valor a ser repassado ao município a tal título, no mês de maio/2005, ou seja, se não

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existisse tal abatimento, o valor repassado estaria correto.

5. Conforme assentado na jurisprudência desta Corte, a extinção do FUNDEF e a criação do FUNDEB


não tem o condão de tornar inexigível o título executivo constituído em plena vigência de lei
posteriormente revogada.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
6. Em se tratando de diferenças alusivas ao FUNDEF, justifica-se a sua vinculação, quando pagas, a
finalidades relacionadas à área a que se destina, qual seja, a educação.

7. Incumbe à UNIÃO apenas proceder ao pagamento dos valores devidos e reconhecidos no título
judicial exequendo, restando a possibilidade de, em ação autônoma, ou através do Ministério Público,
promover a fiscalização/investigação de possível desvio de finalidade de verba pública da educação, com
a responsabilização daqueles que firmaram o contrato em detrimento do Erário (TRF-5ª R., 2ª T., AG
126413/PE, rel. Des. Federal Rubens de Mendonça Canuto (Convocado), DJ 13/09/12, p. 465).

8. Os honorários advocatícios contratuais devem ser pagos aos patronos contratados pelo ente público
através da verba própria e não com retenção de verba vinculada, sob pena de violação ao texto
constitucional (TRF-5ª R. 1ª T., AG 126993/PE, rel. Des. Federal Francisco Cavalcanti, DJE em
19/10/2012).

9. Considerando que o col. Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE 870.947, julgado em 16/04/15,
reconheceu a existência de repercussão geral a respeito da validade jurídico-constitucional da correção
monetária e dos juros moratórios na forma estabelecida pelo art. 5º da Lei 11.960/09 (no que toca à
condenação imposta à Fazenda Pública até a expedição do requisitório), é de se aplicar o Manual de
Cálculos da Justiça Federal vigente à época do trânsito em julgado dos embargos à execução.

10. Se o êxito da contenda é parcial, os encargos processuais devem ser fixados à luz do art. 21, do CPC,
pois cada um dos litigantes é vencedor e vencido, configurando-se a sucumbência recíproca.

11. Apelação da União parcialmente provida e apelação do embargado prejudicada.

Embargos de declaração rejeitados.

O recorrente alega violação do artigo 1.022, II, do CPC/2015, ao argumento de que a Corte de origem
não se manifestou a respeito da possibilidade de retenção de honorários contratuais em verbas do
FUNDEF, nos termos do artigo 22, § 4º, da Lei 8.906/1994.

Quanto à questão de fundo, sustenta ofensa aos artigos 22, § 4º, e 23 da Lei 8.906/1994 e 86, parágrafo
único, do CPC/2015 e dissídio jurisprudencial, sob os seguintes argumentos: (a) possibilidade de
retenção de honorários contratuais em verbas do FUNDEF; e (b) inexistência de sucumbência recíproca.

Com contrarrazões.

Juízo positivo de admissibilidade às fls. 495/496.

É o relatório. Passo a decidir. Afasta-se a alegada violação do artigo 1.022, II, do CPC/2015, porquanto
o acórdão recorrido manifestou-se de maneira clara e fundamentada a respeito das questões relevantes
para a solução da controvérsia. A tutela jurisdicional foi prestada de forma eficaz, não havendo razão
para a anulação do acórdão proferido em sede de embargos de declaração.

O Tribunal de origem afastou a retenção dos honorários contratuais sobre precatório de verba do
FUNDEF, o que destoava da jurisprudência desta Corte Superior, nos termos dos seguintes julgados:
REsp 1516636/PE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Turma, DJe 13/02/2017; AgInt no
REsp 1639176/PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 14/06/2017; AgInt no
REsp 1571017/SE, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 08/03/2017; REsp 1509457/PE,

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fls. 437

Rel. Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 07/10/2016; AgRg no AREsp 447.744/RS, Segunda
Turma, Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 27/3/2014.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ocorre que no julgamento do REsp 1.703.697/PE, da relatoria do Ministro Og Fernandes, ocorrido em
10/10/2018, a Primeira Seção superou a jurisprudência anteriormente citada e assentou compreensão
segundo a qual não é possível a retenção de honorários advocatícios contratuais em precatório que
veicula pagamento de verbas advindas do FUNDEF . (Os destaques não são do original.)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
No que se refere a alegada violação do art. 86, parágrafo único, do CPC/2015 (art. 21, parágrafo único,
do CPC/1973), porquanto a sucumbência sofrida pelo recorrente seria mínima, a jurisprudência desta
Corte Superior de Justiça firmou-se no sentido de que a revisão dos critérios adotados para atribuição
da sucumbência, com intuito de aferir se foi mínima ou recíproca, demanda incursão nos suportes fático
e probatório dos autos, esbarrando no óbice contido na súmula 7/STJ.

A propósito:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXAME MONOCRÁTICO. POSSIBILIDADE.
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. AFERIÇÃO. MATÉRIA FÁTICA. EXAME. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 7/STJ. DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. COMPETÊNCIA DO STF. 1 - O exame
monocrático do agravo em recurso especial em questão encontra respaldo no artigo 932, III, do CPC,
segundo o qual incumbe ao relator "não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida". 2 - A jurisprudência deste Superior
Tribunal firmou entendimento no sentido de que aferir a proporção do decaimento de cada parte, para
concluir pela ocorrência de sucumbência recíproca ou mínima, demanda o revolvimento do acervo
probatório, providência incompatível com a via eleita, a teor da Súmula 7/STJ. 3. Não cabe ao Superior
Tribunal de Justiça, ainda que para fins de prequestionamento, examinar na via especial matéria
constitucional, sob pena de usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo interno a
que se nega provimento. (AgInt nos EDcl no AREsp 1.157.707/MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina,
Primeira Turma, DJe 1/6/2018).

Ante o exposto, conheço parcialmente do recurso especial para, nessa extensão, negar-lhe provimento.

Publique-se.

Intimem-se.

Brasília, 16 de outubro de 2018.

MINISTRO BENEDITO GONÇALVES

Relator

Ante o exposto, indefiro o pedido (id. 12466852) de destaque dos honorários contratuais , intentado
por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS para recair sobre as verbas a serem
pagas ao Município de Maceió nos presentes autos, a título de diferenças do FUNDEB, através de
precatório.

No mais, expeça precatório em prol do Município de Maceió, relativamente à parte incontroversa


dos valores em execução, no montante de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil,
trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), atualizados até AGOSTO/2017, cf. Parecer Técnico
nº 2.442/2017 - DCP/AGU(id. 2443730), atentando o Setor, quando da expedição do Requisitório, para a
observância das diretrizes estabelecidas na Resolução nº 405, de 09/06/2016, do Conselho da Justiça
Federal, especialmente no que se refere à necessidade de intimação das partes antes do encaminhamento
da requisição ao TRF 5ª Região.

Intimações e Providências necessárias.

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fls. 438

Maceió, 08 de novembro de 2018.

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RAFAEL TAVARES DA SILVA

Juiz Federal em substituição na 13ª Vara/AL

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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TAVARES DA SILVA - Magistrado
18110818490124200000003876109
Data e hora da assinatura: 10/11/2018 19:33:41
Identificador: 4058000.3855301
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 5/5
fls. 439

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CERTIDÃO
Certifico e dou fé, que, nesta data, digitalizei e inseri no PJe a Certidão de Julgamento do REsp n.
1703697/PE, expedida no sítio do Superior Tribunal de Justiça.

Maceió-AL, 8 de novembro de 2018.

ADRIANO DE MORAES MENDONCA SILVA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
ADRIANO DE MORAES MENDONCA SILVA - Diretor de Secretaria
18110814332365100000003874428
Data e hora da assinatura: 08/11/2018 14:36:26
Identificador: 4058000.3853620
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 440

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, com base nos seus registros
processuais eletrônicos, acessados no dia e hora abaixo referidos
CERTIFICA
que, sobre o(a) RECURSO ESPECIAL nº 1703697/PE, do(a) qual é Relator o
Excelentíssimo Senhor Ministro OG FERNANDES e no qual figuram, como
RECORRENTE, UNIÃO e, como RECORRIDO, MUNICÍPIO DE
LIVRAMENTO, advogados(as) CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO
E OUTRO(S) (PB011181), constam as seguintes fases: em 29 de Setembro
de 2017, RECEBIDOS OS AUTOS ELETRONICAMENTE NO(A) SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO TRF5 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA
5ª REGIÃO; em 29 de Setembro de 2017, REMETIDOS OS AUTOS
(OUTROS MOTIVOS) PARA COORDENADORIA DE RECEBIMENTO,
CONTROLE E INDEXAÇÃO DE PROCESSOS RECURSAIS; em 29 de
Setembro de 2017, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) SEÇÃO DE
RECEBIMENTO E CONTROLE DE PROCESSOS RECURSAIS; em 23 de
Outubro de 2017, DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO DE ÓRGÃO
JULGADOR AO MINISTRO OG FERNANDES - SEGUNDA TURMA; em 23
de Outubro de 2017, CONCLUSOS PARA DECISÃO AO(À) MINISTRO(A)
OG FERNANDES (RELATOR) - PELA SJD; em 19 de Março de 2018,
INCLUÍDO EM PAUTA PARA 03/04/2018 14:00:00 PELA SEGUNDA
TURMA; em 19 de Março de 2018, DISPONIBILIZADO NO DJ ELETRÔNICO
- PAUTA DE JULGAMENTOS; em 20 de Março de 2018, PUBLICADO
PAUTA DE JULGAMENTOS EM 20/03/2018; em 20 de Março de 2018,
DISPONIBILIZADA INTIMAÇÃO ELETRÔNICA (PAUTA) AO(À)
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO; em 20 de Março de 2018, ADVOCACIA-
GERAL DA UNIÃO INTIMADO ELETRONICAMENTE DA(O) PAUTA DE
JULGAMENTOS EM 20/03/2018; em 26 de Março de 2018,
ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTO MANDADO DE INTIMAÇÃO Nº
000199-2018-CORD2T (PAUTA) COM CIENTE EM 21/03/2018
(MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL); em 02 de Abril de 2018,
PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 163199/2018 (MEMO - MEMORIAL) EM
02/04/2018; em 03 de Abril de 2018, ATO ORDINATÓRIO PRATICADO
(PETIÇÃO 163199/2018 (MEMORIAL) RECEBIDA NA COORDENADORIA
DA SEGUNDA TURMA); em 03 de Abril de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS
NO(A) COORDENADORIA DA SEGUNDA TURMA; em 03 de Abril de 2018,
JUNTADA DE PETIÇÃO DE MEMORIAL Nº 163199/2018; em 03 de Abril de
2018, CONCLUSOS PARA JULGAMENTO AO(À) MINISTRO(A) OG
FERNANDES (RELATOR); em 03 de Abril de 2018, AFETADO O

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PROCESSO À PRIMEIRA SEÇÃO (ART.14 - RISTJ),POR UNANIMIDADE,
PELA SEGUNDA TURMA; em 03 de Abril de 2018, PROCLAMAÇÃO
PARCIAL DE JULGAMENTO: "A TURMA, POR UNANIMIDADE, EM
QUESTÃO DE ORDEM SUSCITADA PELO SR. MINISTRO HERMAN
BENJAMIN E ACOLHIDA PELO SR. MINISTRO-RELATOR, DECIDIU
REMETER O FEITO À PRIMEIRA SEÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 14, II,
DO RISTJ, DISPENSADA A LAVRATURA DE ACÓRDÃO."; em 03 de Abril
de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA DA
SEGUNDA TURMA; em 09 de Abril de 2018, CONCLUSOS PARA
JULGAMENTO AO(À) MINISTRO(A) OG FERNANDES (RELATOR); em 25
de Abril de 2018, PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 217220/2018 (RCD -
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO) EM 25/04/2018; em 25 de Abril de 2018,
ATO ORDINATÓRIO PRATICADO (PETIÇÃO 217220/2018 (PEDIDO DE
RECONSIDERAÇÃO) RECEBIDA NA COORDENADORIA DA SEGUNDA
TURMA); em 25 de Abril de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A)
COORDENADORIA DA SEGUNDA TURMA; em 25 de Abril de 2018,
JUNTADA DE PETIÇÃO DE PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO Nº
217220/2018; em 25 de Abril de 2018, CONCLUSOS PARA JULGAMENTO
AO(À) MINISTRO(A) OG FERNANDES (RELATOR); em 27 de Abril de 2018,
PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 224900/2018 (PROC -
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) EM 27/04/2018; em 27 de Abril de
2018, ATO ORDINATÓRIO PRATICADO (PETIÇÃO 224900/2018
(PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) RECEBIDA NA
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO); em 27 de Abril de 2018,
INCLUÍDO EM PAUTA PARA 09/05/2018 14:00:00 PELA PRIMEIRA
SEÇÃO; em 27 de Abril de 2018, DISPONIBILIZADO NO DJ ELETRÔNICO -
ADITAMENTO À PAUTA DE JULGAMENTOS; em 30 de Abril de 2018,
PUBLICADO ADITAMENTO À PAUTA DE JULGAMENTOS EM 30/04/2018;
em 30 de Abril de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA
DA PRIMEIRA SEÇÃO; em 30 de Abril de 2018, JUNTADA DE PETIÇÃO DE
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO Nº 224900/2018; em 30 de Abril de
2018, DISPONIBILIZADA INTIMAÇÃO ELETRÔNICA (ADITAMENTO DE
PAUTA) AO(À) ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO; em 30 de Abril de 2018,
CONCLUSOS PARA JULGAMENTO AO(À) MINISTRO(A) OG FERNANDES
(RELATOR) (FLS. 215 E 218/226).; em 02 de Maio de 2018, ADVOCACIA-
GERAL DA UNIÃO INTIMADO ELETRONICAMENTE DA(O) ADITAMENTO
À PAUTA DE JULGAMENTOS EM 02/05/2018; em 04 de Maio de 2018,
ARQUIVAMENTO DE DOCUMENTO MANDADO DE INTIMAÇÃO Nº

Certidão de número 2314755, de código de segurança 832A.59F1.78E4.F39, Página 2 de 5


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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
000112-2018-CORD1S (ADITAMENTO DE PAUTA) COM CIENTE EM
03/05/2018 (MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL); em 04 de Maio de 2018,
PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 238051/2018 (PROC -
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) EM 04/05/2018; em 04 de Maio de
2018, ATO ORDINATÓRIO PRATICADO (PETIÇÃO 238051/2018
(PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) RECEBIDA NA
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO); em 04 de Maio de 2018,
RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA DA SEGUNDA
TURMA; em 07 de Maio de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A)
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO; em 07 de Maio de 2018,
JUNTADA DE PETIÇÃO DE PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO Nº
238051/2018; em 07 de Maio de 2018, JUNTADA DE CERTIDÃO :
CERTIFICO QUE NÃO LOCALIZAMOS NOS AUTOS INSTRUMENTO DE
PROCURAÇÃO, OU SUBSTABELECIMENTO, OUTORGANDO PODERES
AO ADVOGADO SUBSCRITOR DO SUBSTABELECIMENTO DE FL. 238.;
em 07 de Maio de 2018, CONCLUSOS PARA JULGAMENTO AO(À)
MINISTRO(A) OG FERNANDES (RELATOR) COM CERTIDÃO DE
JULGAMENTO À FL. 215; FLS. 218/226, 230/231 E CERTIDÃO RETRO; em
07 de Maio de 2018, PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 245223/2018 (PROC -
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) EM 07/05/2018; em 08 de Maio de
2018, ATO ORDINATÓRIO PRATICADO (PETIÇÃO 245223/2018
(PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) RECEBIDA NA
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO); em 08 de Maio de 2018,
RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO;
em 08 de Maio de 2018, JUNTADA DE PETIÇÃO DE
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO Nº 245223/2018; em 08 de Maio
de 2018, PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 246572/2018 (MEMO - MEMORIAL)
EM 08/05/2018; em 08 de Maio de 2018, ATO ORDINATÓRIO PRATICADO
(PETIÇÃO 246572/2018 (MEMORIAL) RECEBIDA NA COORDENADORIA
DA PRIMEIRA SEÇÃO); em 08 de Maio de 2018, JUNTADA DE PETIÇÃO
DE MEMORIAL Nº 246572/2018; em 08 de Maio de 2018, CONCLUSOS
PARA JULGAMENTO AO(À) MINISTRO(A) OG FERNANDES (RELATOR)
COM CERTIDÃO DE JULGAMENTO À FL. 215; FLS. 218/226, 230/231,
243/244 E 246/256; em 08 de Maio de 2018, PROTOCOLIZADA PETIÇÃO
247511/2018 (PET - PETIÇÃO) EM 08/05/2018; em 08 de Maio de 2018,
ATO ORDINATÓRIO PRATICADO (PETIÇÃO 247511/2018 (PETIÇÃO)
RECEBIDA NA COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO); em 08 de Maio
de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA DA

Certidão de número 2314755, de código de segurança 832A.59F1.78E4.F39, Página 3 de 5


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PRIMEIRA SEÇÃO; em 08 de Maio de 2018, JUNTADA DE PETIÇÃO DE Nº
247511/2018; em 08 de Maio de 2018, CONCLUSOS PARA JULGAMENTO
AO(À) MINISTRO(A) OG FERNANDES (RELATOR) COM CERTIDÃO DE
JULGAMENTO À FL. 215; FL. 258 E 261/279; em 08 de Maio de 2018,
PROTOCOLIZADA PETIÇÃO 247981/2018 (PROC -
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) EM 08/05/2018; em 08 de Maio de
2018, ATO ORDINATÓRIO PRATICADO (PETIÇÃO 247981/2018
(PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) RECEBIDA NA
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO); em 09 de Maio de 2018,
RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO;
em 09 de Maio de 2018, JUNTADA DE PETIÇÃO DE
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO Nº 247981/2018; em 09 de Maio
de 2018, CONCLUSOS PARA JULGAMENTO AO(À) MINISTRO(A) OG
FERNANDES (RELATOR) COM CERTIDÃO DE JULGAMENTO À FL. 215 E
FLS. 258, 261/279.; em 09 de Maio de 2018, ATO ORDINATÓRIO
PRATICADO : ADIADO O JULGAMENTO; em 24 de Maio de 2018,
JUNTADA DE CERTIDÃO : PROCESSO AGUARDANDO JULGAMENTO NA
SESSÃO DO DIA 13.06.2018, EM CONTINUIDADE À SESSÃO DO DIA
23.05.2018.; em 13 de Junho de 2018, PEDIDO DE VISTA DA SRA.
MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES.; em 13 de Junho de 2018,
PROCLAMAÇÃO PARCIAL DE JULGAMENTO: "A SEÇÃO,
PRELIMINARMENTE, POR UNANIMIDADE, INDEFERIU O
REQUERIMENTO DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS
ADVOGADOS DO BRASIL - CFOAB DE INGRESSO NO FEITO. NO
MÉRITO, APÓS O VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR DANDO
PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, PEDIU VISTA ANTECIPADA A
SRA. MINISTRA ASSUSETE MAGALHÃES. AGUARDAM OS SRS.
MINISTROS BENEDITO GONÇALVES, SÉRGIO KUKINA, REGINA HELENA
COSTA, GURGEL DE FARIA, HERMAN BENJAMIN E NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO."; em 15 de Junho de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A)
COORDENADORIA DA PRIMEIRA SEÇÃO; em 15 de Junho de 2018,
CONCLUSOS PARA JULGAMENTO AO(À) MINISTRO(A) ASSUSETE
MAGALHÃES (MINISTRA) APÓS PEDIDO DE VISTA CERTIDÃO DE FLS.
288; em 30 de Agosto de 2018, INCLUÍDO EM PAUTA PARA 12/09/2018
14:00:00 PELA PRIMEIRA SEÇÃO; em 30 de Agosto de 2018,
DISPONIBILIZADO NO DJ ELETRÔNICO - PAUTA DE JULGAMENTOS; em
31 de Agosto de 2018, PUBLICADO PAUTA DE JULGAMENTOS EM
31/08/2018; em 31 de Agosto de 2018, DISPONIBILIZADA INTIMAÇÃO

Certidão de número 2314755, de código de segurança 832A.59F1.78E4.F39, Página 4 de 5


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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ELETRÔNICA (PAUTA) AO(À) ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO; em 31 de
Agosto de 2018, ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO INTIMADO
ELETRONICAMENTE DA(O) PAUTA DE JULGAMENTOS EM 31/08/2018;
em 05 de Setembro de 2018, MANDADO DEVOLVIDO ENTREGUE AO
DESTINATÁRIO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MANDADO Nº 000267-
2018-CORD1S); em 05 de Setembro de 2018, ARQUIVAMENTO DE
DOCUMENTO MANDADO DE INTIMAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES Nº 000267-
2018-CORD1S (PAUTA) COM CIENTE; em 17 de Setembro de 2018,
JUNTADA DE CERTIDÃO : PROCESSO AGUARDANDO JULGAMENTO NA
SESSÃO DO DIA 26.09.2018, EM CONTINUIDADE À SESSÃO DO DIA
12.09.2018.; em 28 de Setembro de 2018, JUNTADA DE CERTIDÃO :
PROCESSO AGUARDANDO JULGAMENTO NA SESSÃO DO DIA
10.10.2018, EM CONTINUIDADE À SESSÃO DO DIA 26.09.2018.; em 10 de
Outubro de 2018, CONHECIDO O RECURSO DE UNIÃO E PROVIDO,POR
MAIORIA, PELA PRIMEIRA SEÇÃO; em 10 de Outubro de 2018,
PROCLAMAÇÃO FINAL DE JULGAMENTO: "PROSSEGUINDO NO
JULGAMENTO, A SEÇÃO, POR MAIORIA, VENCIDA A SRA. MINISTRA
ASSUSETE MAGALHÃES, DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL,
NOS TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR."; em 15 de
Outubro de 2018, RECEBIDOS OS AUTOS NO(A) COORDENADORIA DA
PRIMEIRA SEÇÃO. Certifica, por fim, que o assunto tratado no mencionado
processo é: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE
DIREITO PÚBLICO, Orçamento, Repasse de Verbas Públicas.Liquidação /
Cumprimento / Execução.Contribuições, Contribuições Especiais, FUNDEF -
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério.

Certidão gerada via internet com validade de 30 dias corridos.

Esta certidão pode ser validada no site do STJ com os seguintes dados:
Número da Certidão: 2314755
Código de Segurança: 832A.59F1.78E4.F39
Data de geração: 08 de Novembro de 2018, às 15:24:35

Certidão de número 2314755, de código de segurança 832A.59F1.78E4.F39, Página 5 de 5


gerada em 08/11/2018 15:24:35.
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
ADRIANO DE MORAES MENDONCA SILVA - Diretor de Secretaria
18110814354588300000003874429
Data e hora da assinatura: 08/11/2018 14:36:26
Identificador: 4058000.3853621
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 5/5
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº 0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe,
vem, a presença de Vossa Excelência, expor e requerer o seguinte:

No dia 18/09/2018, a Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região, deferiu efeito suspensivo ativo ao
agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela incontroversa
dos recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento de sentença.

A referida decisão já fora comunicada a este juízo (Identificador: 4050000.12466852), devendo o mesmo analisar o
requerimento do escritório peticionante acerca do destaque dos honorários contratuais antes da expedição do precatório,
nos termos do artigo 22, § 4, da Lei 8.906/1994.

Deve ser ressaltado, que a municipalidade, em sua resposta a impugnação ao cumprimento de sentença, expressamente anuiu
com o pedido do escritório peticionante. Vejamos (Identificador: 4058000.2536701, pag 18):

(...).

Por fim, com relação ao pedido de Identificador: 4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no sentido de
que não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que foram requeridos pela banca jurídica que
patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse
proposta a ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no AREsp
447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp 1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é possível
ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do contrato de
honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou precatório, inclusive nas
questões afetas ao FUNDEF, já que é legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão constitucional de vinculação à
educação, não retira do patrono o direito à percepção da mesma.

(...).

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Ademais, não há dúvida acerca da possibilidade de retenção dos honorários contratuais em execução envolvendo verbas do extinto
FUNDEF. Vejamos jurisprudência do STF, STJ e TRF 5ª Região, acerca da matéria:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. REVISÃO DO VALOR MÍNIMO ANUAL POR ALUNO DO FUNDEF.
COMPLEMENTAÇÃO DO VALOR DO FUNDO PELA UNIÃO. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO. RETENÇÃO DOS
HONORÁRIOS CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE. ART. 22, § 4º, DA LEI Nº 8.906/1994. IMPROVIMENTO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/2015. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 60
DO ADCT. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO MANEJADO SOB A VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O entendimento
assinalado na decisão agravada não diverge da jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal. Compreensão diversa
demandaria a reelaboração da moldura fática delineada no acórdão de origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à
Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. 2. Obstada a análise da suposta
afronta aos preceitos constitucionais invocados, porquanto dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional aplicada
à espécie, procedimento que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte Suprema, a teor do art. 102 da Magna
Carta. 3. As razões do agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no
que se refere à ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 4. Agravo interno conhecido e não provido.

(ARE 1099387 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 31/08/2018, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-194 DIVULG 14-09-2018 PUBLIC 17-09-2018) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. VERBAS DA


EDUCAÇÃO. FUNDEF. ART. 22, § 4º, DA LEI N.

8.906/1994. RETENÇÃO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA N. 568 DO STJ.

I - Recurso especial improvido consoante entendimento dominante desta Corte Superior de Justiça, com aplicação do enunciado n.
568 da Súmula do STJ.

II - "É pacífico, no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento de que é possível ao patrono da causa, em seu próprio nome,
requerer o destaque da verba honorária, mediante juntada aos autos do contrato de honorários, nos termos do artigo 22, § 4º, da
Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou precatório" (AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 20/3/2014, DJe 27/3/2014.).

III - Na hipótese dos autos, os honorários contratuais envolvem verba oriunda do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), o que não afasta o direito do patrono
em reter seus honorários, conforme entendimento da Segunda Turma do STJ, no julgamento do REsp 1.509.457/PE, Rel.
Min. Humberto Martins.

IV - Agravo interno improvido.

(AgInt no REsp 1571017/SE, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe
08/03/2017) (grifo nosso).

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. ORÇAMENTÁRIO. DIREITO DO ADVOGADO A HONORÁRIOS


CONVENCIONAIS. ART. 22, § 4o. DO ESTATUTO DA OAB. PRERROGATIVA ADVOCATÍCIA, QUALQUER QUE SEJA

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O OBJETO DA LIDE. PRECEDENTE DA CORTE ESPECIAL: RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE


CONTROVÉRSIA 1.152.218/RS. RECURSO ESPECIAL DA UNIÃO PARCIALMENTE CONHECIDO E NESTA

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EXTENSÃO DESPROVIDO.

1. Por desempenhar função essencial à justiça (art. 133 da Carta Magna), o Advogado tem a prerrogativa de, apresentando
ao Juízo o contrato respectivo, reter da liberação do valor disponibilizado ao seu constituinte a sua verba honorária
convencional (art. 22, § 4o.

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do Estatuto da OAB).

2 . No caso, os honorários advocatícios contratuais devem ser deduzidos do montante a ser recebido pelo credor, ou seja,
deduzidos do valor integral do precatório, não havendo qualquer justificativa para que, como no caso dos autos, o
Município proceda à negociação com a UNIÃO a fim de quitar seus débitos tributários, para só então chegar à base de
cálculo da verba honorária.

3. O trabalho profissional do Advogado foi essencial para a provisão orçamentária municipal; em casos assim, parece
inquestionável que o Advogado deva receber a sua justa remuneração calculada sobre o valor global dos recursos do
FUNDEF, cuja liberação foi por ele obtida na via judicial, mediante o seu competente labor profissional.

4. Recurso Especial da UNIÃO parcialmente conhecido e nesta extensão desprovido.

(REsp 1516636/PE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/10/2016, DJe
13/02/2017) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FUNDEF. REPASSE DE DIFERENÇAS A TÍTULO DE VMAA


(VALOR MÍNIMO ANUAL POR ALUNO). EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO DA QUANTIA INCONTROVERSA EM
FAVOR DO MUNICÍPIO. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO REQUERIDA ANTES
DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO. CABIMENTO.

1. Trata-se de agravo de instrumento aviado pelo MUNICÍPIO DE OLIVENÇA/AL e OUTRO contra decisão proferida pelo Juízo
da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas que, em sede de cumprimento de sentença proposta pela edilidade agravante em
desfavor da UNIÃO, ora agravada, deferiu o pleito de imediata expedição do precatório, não deferindo, entretanto, a retenção, em
relação ao montante da condenação imposta ao ente federal agravado, dos valores relativos aos honorários contratuais devidos ao
patrono constituído pela municipalidade agravante.

2. O Juízo de origem compreendeu, em suma, que, dada a pendência de julgamento de recurso de apelação interposto pela
União e que poderá manter acesa a controvérsia sobre a possibilidade ou não de destaque dos honorários contratuais,
preferiu deferir tão só a expedição imediata de precatório, por entender haver óbice, no momento, quanto à retenção dos
honorários contratuais.

3. A matéria trazida ao exame desta Corte diz respeito à possibilidade de vedação da retenção de honorários advocatícios
contratuais sobre crédito relativo a diferenças do FUNDEF (atual FUNDEB), reconhecidos em título judicial transitado em
julgado.

4. No caso, o Juízo a quo, nada obstante tenha reconhecido a existência de quantia incontroversa em favor do ente
municipal ora agravante, determinou a expedição de requisitório no valor de R$ 549.019,24 (quinhentos e quarenta e nove
mil, dezenove reais e vinte e quatro centavos) - valor obtido como resultado da subtração dos honorários advocatícios
contratuais (20% - Id. 4058000.647038) do valor incontroverso [R$ 686.274,06 (seiscentos e oitenta e seis mil, duzentos e
setenta e quatro reais e seis centavos)] - em favor do Município Exequente e SEM a retenção/destaque de honorários
advocatícios contratuais.

5. Entretanto, inexiste qualquer óbice à expedição de requisitório relativo ao total da parcela considerada incontroversa
(R$ 686.274,06), conforme valor indicado pela União por meio do Parecer Técnico de lavra do Núcleo Executivo de
Cálculos e Perícias da Procuradoria; como bem observado pela decisão agravada, nem mesmo a questão discutida sobre a
destinação constitucional da verba deve ser tida como empecilho à expedição relativo à quantia inconteste.

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6. Doutra banda, também assiste razão aos agravantes quanto à possibilidade da retenção de honorários advocatícios

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contratuais sobre crédito relativo a diferenças do FUNDEF (atual FUNDEB), reconhecidos em título judicial transitado em
julgado. Acerca de tal tema, constato que esta Corte Regional vem reconhecendo ser direito do advogado a retenção do
percentual de honorários contratuais, se requerida, mediante a juntada do contrato, antes da expedição do requisitório,
com arrimo no art. art. 22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94.

7. Ressalte-se, ademais, que esse entendimento é prestigiado, inclusive, quando a verba executada se destina ao Fundo de

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Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF. Precedentes deste
Regional.

8. Agravo de instrumento provido,para determinar a expedição de requisitório do valor incontroverso de forma integral
(R$ 686.274,06), com destaque dos honorários advocatícios contratuais.

(PROCESSO: 08056745120174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA,


2ª Turma, JULGAMENTO: 05/10/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. VALORES REPASSADOS A


MENOR DO FUNDEF. RETENÇÃO DE HONORÁRIOS CONTRATUAIS. CABIMENTO.

I. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, nos autos de execução de sentença, indeferiu o pedido de
expedição/requisição de quantia incontroversa no valor de R$ 576.815,06 (quinhentos e setenta e seis mil, oitocentos e
quinze reais e seis centavos), sendo realizada a retenção dos honorários contratuais, nos termos do art. 22, parágrafo 4º, da
Lei nº 8.906/94.

II. Em suas razões recursais, defende a parte agravante a possibilidade de que seja destacado o valor a ser pago a título de
honorários advocatícios, questão a ser decidida na execução de sentença, uma vez que o art. 22, parágrafo 4º da Lei
8.906/94 é expresso em determinar o momento do destaque. Diz que seu pedido de destaque foi realizado antes da
expedição do precatório incontroverso, existindo claro atendimento a disposição contida na norma legal.

III. Em relação à verba advocatícia, é direito do causídico a retenção do percentual de honorários contratuais se requerida
mediante a juntada do contrato, antes da expedição do requisitório, com fulcro no art. 22, § 4º, da Lei nº. 8.906/94, mesmo que a
verba executada se destine ao Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF. Precedente: STJ, AgInt no REsp 1629108 / PE, rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe
23.2.2017.

IV. Inexiste óbice para a retenção dos honorários advocatícios contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo advogado do
Município agravante o disposto no parágrafo 4º do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o contrato de honorários advocatícios foi
juntado aos autos antes da expedição do Requisitório.

V. Agravo de instrumento provido.

(PROCESSO: 08044574120154050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO, 2ª Turma,


JULGAMENTO: 10/10/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

Neste contexto, o escritório peticionante pugna que este juízo cumpra a determinação contida no acórdão proferido pela Segunda
Turma do TRF da 5ª Região, expedindo o precatório da quantia incontroversa, com o destaque dos honorários contratuais, nos
termos do artigo 22, § 4º, da Lei 8.906/1994.

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Nestes termos,

Pede deferimento.

Recife/PE, 24 de Setembro de 2018.

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BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE 11.338

OAB/AL 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18092411544887300000003713993
Data e hora da assinatura: 24/09/2018 11:58:38
Identificador: 4058000.3693445
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 5/5
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA

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DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº


0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, devidamente qualificado nos autos do processo em
epígrafe, vem, a presença de Vossa Excelência, expor e requerer o
seguinte:

No dia 18/09/2018, a Segunda Turma do Egrégio


Tribunal Regional Federal da 5ª Região, deferiu efeito suspensivo ativo ao
agravo de instrumento nº 0812826-19.2018.4.05.0000, para determinar a
expedição do precatório sobre a parcela incontroversa dos recursos,
dando regular prosseguimento ao cumprimento de sentença.

A referida decisão já fora comunicada a este juízo


(Identificador: 4050000.12466852), devendo o mesmo analisar o
requerimento do escritório peticionante acerca do destaque dos
honorários contratuais antes da expedição do precatório, nos termos
do artigo 22, § 4, da Lei 8.906/1994.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Deve ser ressaltado, que a municipalidade, em sua

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resposta a impugnação ao cumprimento de sentença, expressamente
anuiu com o pedido do escritório peticionante. Vejamos (Identificador:
4058000.2536701, pag 18):

(...).
Por fim, com relação ao pedido de Identificador:
4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar
no sentido de que não se opõe ao destaque dos
honorários contratuais nos termos em que foram
requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito
coletivo, já que esta edilidade anuiu à contratação que a
mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a
ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora
se executa.
De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante
jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no
AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é
possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do
contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é
legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.
(...).

Ademais, não há dúvida acerca da possibilidade de


retenção dos honorários contratuais em execução envolvendo verbas do

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extinto FUNDEF. Vejamos jurisprudência do STF, STJ e TRF 5ª Região,

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acerca da matéria:

EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. REVISÃO DO VALOR


MÍNIMO ANUAL POR ALUNO DO FUNDEF.
COMPLEMENTAÇÃO DO VALOR DO FUNDO PELA UNIÃO.
EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO. RETENÇÃO DOS
HONORÁRIOS CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE. ART. 22, §
4º, DA LEI Nº 8.906/1994. IMPROVIMENTO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO
CPC/2015. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 60 DO ADCT.
EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA NÃO VIABILIZA O RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO MANEJADO SOB A
VIGÊNCIA DO CPC/2015. 1. O entendimento assinalado na
decisão agravada não diverge da jurisprudência firmada no
Supremo Tribunal Federal. Compreensão diversa demandaria
a reelaboração da moldura fática delineada no acórdão de
origem, a tornar oblíqua e reflexa eventual ofensa à
Constituição, insuscetível, como tal, de viabilizar o
conhecimento do recurso extraordinário. 2. Obstada a análise
da suposta afronta aos preceitos constitucionais invocados,
porquanto dependeria de prévia análise da legislação
infraconstitucional aplicada à espécie, procedimento que refoge
à competência jurisdicional extraordinária desta Corte
Suprema, a teor do art. 102 da Magna Carta. 3. As razões do
agravo não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à
ausência de ofensa a preceito da Constituição da República. 4.
Agravo interno conhecido e não provido.

(ARE 1099387 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira


Turma, julgado em 31/08/2018, PROCESSO ELETRÔNICO

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DJe-194 DIVULG 14-09-2018 PUBLIC 17-09-2018) (grifo
nosso).

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PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. VERBAS DA EDUCAÇÃO.
FUNDEF. ART. 22, § 4º, DA LEI N.
8.906/1994. RETENÇÃO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
SÚMULA N. 568 DO STJ.
I - Recurso especial improvido consoante entendimento
dominante desta Corte Superior de Justiça, com aplicação do
enunciado n. 568 da Súmula do STJ.
II - "É pacífico, no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento
de que é possível ao patrono da causa, em seu próprio nome,
requerer o destaque da verba honorária, mediante juntada aos
autos do contrato de honorários, nos termos do artigo 22, § 4º,
da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento
ou precatório" (AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro
Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 20/3/2014, DJe
27/3/2014.).
III - Na hipótese dos autos, os honorários contratuais
envolvem verba oriunda do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério (FUNDEF), o que não afasta o direito do
patrono em reter seus honorários, conforme entendimento
da Segunda Turma do STJ, no julgamento do REsp
1.509.457/PE, Rel. Min. Humberto Martins.
IV - Agravo interno improvido.
(AgInt no REsp 1571017/SE, Rel. Ministro FRANCISCO
FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe
08/03/2017) (grifo nosso).

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. ORÇAMENTÁRIO.


DIREITO DO ADVOGADO A HONORÁRIOS

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CONVENCIONAIS. ART. 22, § 4o. DO ESTATUTO DA OAB.
PRERROGATIVA ADVOCATÍCIA, QUALQUER QUE SEJA O

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OBJETO DA LIDE. PRECEDENTE DA CORTE ESPECIAL:
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÉRSIA 1.152.218/RS. RECURSO ESPECIAL DA
UNIÃO PARCIALMENTE CONHECIDO E NESTA EXTENSÃO
DESPROVIDO.
1. Por desempenhar função essencial à justiça (art. 133 da
Carta Magna), o Advogado tem a prerrogativa de,
apresentando ao Juízo o contrato respectivo, reter da
liberação do valor disponibilizado ao seu constituinte a
sua verba honorária convencional (art. 22, § 4o.
do Estatuto da OAB).
2. No caso, os honorários advocatícios contratuais devem
ser deduzidos do montante a ser recebido pelo credor, ou
seja, deduzidos do valor integral do precatório, não
havendo qualquer justificativa para que, como no caso dos
autos, o Município proceda à negociação com a UNIÃO a
fim de quitar seus débitos tributários, para só então chegar
à base de cálculo da verba honorária.
3. O trabalho profissional do Advogado foi essencial para a
provisão orçamentária municipal; em casos assim, parece
inquestionável que o Advogado deva receber a sua justa
remuneração calculada sobre o valor global dos recursos
do FUNDEF, cuja liberação foi por ele obtida na via judicial,
mediante o seu competente labor profissional.
4. Recurso Especial da UNIÃO parcialmente conhecido e nesta
extensão desprovido.
(REsp 1516636/PE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 11/10/2016, DJe
13/02/2017) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


FUNDEF. REPASSE DE DIFERENÇAS A TÍTULO DE VMAA

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(VALOR MÍNIMO ANUAL POR ALUNO). EXPEDIÇÃO DE
PRECATÓRIO DA QUANTIA INCONTROVERSA EM FAVOR

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DO MUNICÍPIO. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS
CONTRATUAIS. RETENÇÃO REQUERIDA ANTES DA
EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO. CABIMENTO.
1. Trata-se de agravo de instrumento aviado pelo MUNICÍPIO
DE OLIVENÇA/AL e OUTRO contra decisão proferida pelo
Juízo da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas que,
em sede de cumprimento de sentença proposta pela edilidade
agravante em desfavor da UNIÃO, ora agravada, deferiu o
pleito de imediata expedição do precatório, não deferindo,
entretanto, a retenção, em relação ao montante da condenação
imposta ao ente federal agravado, dos valores relativos aos
honorários contratuais devidos ao patrono constituído pela
municipalidade agravante.
2. O Juízo de origem compreendeu, em suma, que, dada a
pendência de julgamento de recurso de apelação
interposto pela União e que poderá manter acesa a
controvérsia sobre a possibilidade ou não de destaque dos
honorários contratuais, preferiu deferir tão só a expedição
imediata de precatório, por entender haver óbice, no
momento, quanto à retenção dos honorários contratuais.
3. A matéria trazida ao exame desta Corte diz respeito à
possibilidade de vedação da retenção de honorários
advocatícios contratuais sobre crédito relativo a diferenças
do FUNDEF (atual FUNDEB), reconhecidos em título
judicial transitado em julgado.
4. No caso, o Juízo a quo, nada obstante tenha
reconhecido a existência de quantia incontroversa em
favor do ente municipal ora agravante, determinou a
expedição de requisitório no valor de R$ 549.019,24
(quinhentos e quarenta e nove mil, dezenove reais e vinte e
quatro centavos) - valor obtido como resultado da
subtração dos honorários advocatícios contratuais (20% -

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Id. 4058000.647038) do valor incontroverso [R$ 686.274,06
(seiscentos e oitenta e seis mil, duzentos e setenta e

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quatro reais e seis centavos)] - em favor do Município
Exequente e SEM a retenção/destaque de honorários
advocatícios contratuais.
5. Entretanto, inexiste qualquer óbice à expedição de
requisitório relativo ao total da parcela considerada
incontroversa (R$ 686.274,06), conforme valor indicado
pela União por meio do Parecer Técnico de lavra do Núcleo
Executivo de Cálculos e Perícias da Procuradoria; como
bem observado pela decisão agravada, nem mesmo a
questão discutida sobre a destinação constitucional da
verba deve ser tida como empecilho à expedição relativo à
quantia inconteste.
6. Doutra banda, também assiste razão aos agravantes
quanto à possibilidade da retenção de honorários
advocatícios contratuais sobre crédito relativo a diferenças
do FUNDEF (atual FUNDEB), reconhecidos em título
judicial transitado em julgado. Acerca de tal tema, constato
que esta Corte Regional vem reconhecendo ser direito do
advogado a retenção do percentual de honorários
contratuais, se requerida, mediante a juntada do contrato,
antes da expedição do requisitório, com arrimo no art. art.
22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94.
7. Ressalte-se, ademais, que esse entendimento é
prestigiado, inclusive, quando a verba executada se
destina ao Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério -
FUNDEF. Precedentes deste Regional.
8. Agravo de instrumento provido,para determinar a
expedição de requisitório do valor incontroverso de forma
integral (R$ 686.274,06), com destaque dos honorários
advocatícios contratuais.

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(PROCESSO: 08056745120174050000, AG/SE,
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE

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OLIVEIRA LIMA, 2ª Turma, JULGAMENTO: 05/10/2017,
PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO DE SENTENÇA. VALORES REPASSADOS A
MENOR DO FUNDEF. RETENÇÃO DE HONORÁRIOS
CONTRATUAIS. CABIMENTO.
I. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que,
nos autos de execução de sentença, indeferiu o pedido de
expedição/requisição de quantia incontroversa no valor de
R$ 576.815,06 (quinhentos e setenta e seis mil, oitocentos
e quinze reais e seis centavos), sendo realizada a retenção
dos honorários contratuais, nos termos do art. 22,
parágrafo 4º, da Lei nº 8.906/94.
II. Em suas razões recursais, defende a parte agravante a
possibilidade de que seja destacado o valor a ser pago a
título de honorários advocatícios, questão a ser decidida
na execução de sentença, uma vez que o art. 22, parágrafo
4º da Lei 8.906/94 é expresso em determinar o momento do
destaque. Diz que seu pedido de destaque foi realizado
antes da expedição do precatório incontroverso, existindo
claro atendimento a disposição contida na norma legal.
III. Em relação à verba advocatícia, é direito do causídico a
retenção do percentual de honorários contratuais se requerida
mediante a juntada do contrato, antes da expedição do
requisitório, com fulcro no art. 22, § 4º, da Lei nº. 8.906/94,
mesmo que a verba executada se destine ao Fundo de
Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério - FUNDEF. Precedente: STJ,
AgInt no REsp 1629108 / PE, rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, DJe 23.2.2017.

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IV. Inexiste óbice para a retenção dos honorários advocatícios
contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo

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advogado do Município agravante o disposto no parágrafo 4º
do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o contrato de honorários
advocatícios foi juntado aos autos antes da expedição do
Requisitório.
V. Agravo de instrumento provido.

(PROCESSO: 08044574120154050000, AG/SE,


DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO, 2ª
Turma, JULGAMENTO: 10/10/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo
nosso).

Neste contexto, o escritório peticionante pugna que


este juízo cumpra a determinação contida no acórdão proferido pela
Segunda Turma do TRF da 5ª Região, expedindo o precatório da quantia
incontroversa, com o destaque dos honorários contratuais, nos termos do
artigo 22, § 4º, da Lei 8.906/1994.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife/PE, 24 de Setembro de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE 11.338
OAB/AL 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18092411563997000000003713994
Data e hora da assinatura: 24/09/2018 11:58:38
Identificador: 4058000.3693446
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 9/9
fls. 459

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 24 de Setembro de 2018.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
18092411113872900000003713693
Data e hora da assinatura: 24/09/2018 11:11:53
Identificador: 4058000.3693145
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
Id.

835
468
AGRAVANTE

Data/Hora
Tipo

12457 20/09/2018 17:31 Acórdão


Documento
12459 20/09/2018 17:31 Inteiro Teor
Consulta Processual

Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO


PJe - Processo Judicial Eletrônico

Número: 0812826-19.2018.4.05.0000
Tribunal Regional Federal da 5ª Região

Partes

Documentos
MUNICIPIO DE MACEIO
Nome

Tipo

Acórdão
Inteiro Teor do Acórdão
21/09/2018
fls. 460

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 461

PROCESSO Nº: 0812826-19.2018.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

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AGRAVANTE: MUNICIPIO DE MACEIO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

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RELATÓRIO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO (Relator):

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que manteve suspenso o curso do
cumprimento de sentença que condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da
subestimação do VMAA.

Entendeu o Magistrado de 1º grau que ainda não houve a comunicação oficial do improvimento da Ação
Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, tendo a União interposto embargos de declaração em
11/07/2018.

Em suas razões recursais, a parte agravante defende que a decisão agravada obstou o prosseguimento do
pedido de cumprimento de sentença incorrendo em flagrante violação à autoridade do acórdão proferido
pelo Pleno deste e. TRF 5ª Região, nos autos da Ação Rescisória n. 0800907-04.2016.4.05.0000.

Destaca, ainda, que no Código de Processo Civil inexiste qualquer disposição que determine a espera do
trânsito em julgado do acórdão para que se conceda cumprimento as suas determinações. Logo, esperar o
julgamento dos embargos de declaração não é medida lastreada em nenhum dispositivo legal, até porque,
em situações idênticas, este mesmo TRF 5ª Região tem determinado que o Juízo de primeiro grau cumpra
as decisões emanadas da Corte.

Neste contexto, entende a parte agravante que é plenamente possível a continuidade do cumprimento de
sentença, de modo a determinar-se ao Juízo de piso que aprecie o pedido de expedição do precatório
relativo à parte incontroversa dos recursos financeiros em litígio.

É o relatório.

PROCESSO Nº: 0812826-19.2018.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: MUNICIPIO DE MACEIO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

VOTO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO CARVALHO (Relator):

Na hipótese, o perigo do dano se encontra evidenciado, pois a manutenção da decisão agravada irá privar
o Município agravante do recebimento de montante substancialmente significativo (R$ 260.300.323,33,
em agosto/2017 - parcela incontroversa), mormente considerando que a grande maioria dos Municípios se
encontra com dificuldades financeiras.

Da mesma forma, entendo que a probabilidade do direito se apresenta em favor da pretensão recursal.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 12459468 - Pág. 1
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092015222364000000012438554
Número do documento: 18092015222364000000012438554
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O curso do cumprimento de sentença que condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF,

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em razão da subestimação do VMAA, encontrava-se suspenso, em face de decisão liminar proferida nos
autos da Ação Rescisória nº 0800907- 04.2016.4.05.0000 proposta pela União.

Contudo, referida ação rescisória foi julgada improcedente em 30/05/2018, Relator Desembargador
Federal Convocado Ivan Lira de Carvalho, com a consequente revogação da tutela liminar anteriormente
concedida, nos seguintes termos:

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PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na
vigência da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega
a UNIÃO que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de
indevida instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, "a representação judicial dos
Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal (Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se
tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura não havia
posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do Ministro
TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município. Com
efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a
ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000,
posto sob a relatoria do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito (
Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao tempo
em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do acórdão
espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

Contra tal acórdão, foram interpostos embargos de declaração pela União, Ministério Público Federal,
Município de Maceió e Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, ainda pendentes de julgamento.
Entretanto, referidos recursos não são dotados de efeito suspensivo, de modo que não há óbice para o
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 12459468 - Pág. 2
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092015222364000000012438554
Número do documento: 18092015222364000000012438554
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prosseguimento do cumprimento de sentença.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ademais, a jurisprudência desta Corte, em situações idênticas, tem entendido pela possibilidade de
expedição de requisição de pagamento, em sede de execução de sentença contra Fazenda Pública, no
tocante à parcela incontroversa.

Sobre a matéria, cito os seguintes precedentes:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FUNDEF. REPASSE DE DIFERENÇAS A
TÍTULO DE VMAA (VALOR MÍNIMO ANUAL POR ALUNO). EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO
DA QUANTIA INCONTROVERSA EM FAVOR DO MUNICÍPIO. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS
CONTRATUAIS. RETENÇÃO REQUERIDA ANTES DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO.
CABIMENTO.

1. Trata-se de agravo de instrumento aviado pelo MUNICÍPIO DE OLIVENÇA/AL e OUTRO contra


decisão proferida pelo Juízo da 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas que, em sede de
cumprimento de sentença proposta pela edilidade agravante em desfavor da UNIÃO, ora agravada,
deferiu o pleito de imediata expedição do precatório, não deferindo, entretanto, a retenção, em relação ao
montante da condenação imposta ao ente federal agravado, dos valores relativos aos honorários
contratuais devidos ao patrono constituído pela municipalidade agravante.

2. O Juízo de origem compreendeu, em suma, que, dada a pendência de julgamento de recurso de


apelação interposto pela União e que poderá manter acesa a controvérsia sobre a possibilidade ou não de
destaque dos honorários contratuais, preferiu deferir tão só a expedição imediata de precatório, por
entender haver óbice, no momento, quanto à retenção dos honorários contratuais.

3. A matéria trazida ao exame desta Corte diz respeito à possibilidade de vedação da retenção de
honorários advocatícios contratuais sobre crédito relativo a diferenças do FUNDEF (atual FUNDEB),
reconhecidos em título judicial transitado em julgado.

4. No caso, o Juízo a quo, nada obstante tenha reconhecido a existência de quantia incontroversa em
favor do ente municipal ora agravante, determinou a expedição de requisitório no valor de R$ 549.019,24
(quinhentos e quarenta e nove mil, dezenove reais e vinte e quatro centavos) - valor obtido como
resultado da subtração dos honorários advocatícios contratuais (20% - Id. 4058000.647038) do valor
incontroverso [R$ 686.274,06 (seiscentos e oitenta e seis mil, duzentos e setenta e quatro reais e seis
centavos)] - em favor do Município Exequente e SEM a retenção/destaque de honorários advocatícios
contratuais.

5. Entretanto, inexiste qualquer óbice à expedição de requisitório relativo ao total da parcela


considerada incontroversa (R$ 686.274,06), conforme valor indicado pela União por meio do
Parecer Técnico de lavra do Núcleo Executivo de Cálculos e Perícias da Procuradoria; como bem
observado pela decisão agravada, nem mesmo a questão discutida sobre a destinação constitucional
da verba deve ser tida como empecilho à expedição relativo à quantia inconteste.

6. Doutra banda, também assiste razão aos agravantes quanto à possibilidade da retenção de honorários
advocatícios contratuais sobre crédito relativo a diferenças do FUNDEF (atual FUNDEB), reconhecidos
em título judicial transitado em julgado. Acerca de tal tema, constato que esta Corte Regional vem
reconhecendo ser direito do advogado a retenção do percentual de honorários contratuais, se requerida,
mediante a juntada do contrato, antes da expedição do requisitório, com arrimo no art. art. 22, § 4º, da Lei
8.906/94.

7. Ressalte-se, ademais, que esse entendimento é prestigiado, inclusive, quando a verba executada se
destina ao Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF. Precedentes deste Regional.
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https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092015222364000000012438554
Número do documento: 18092015222364000000012438554
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8. Agravo de instrumento provido, para determinar a expedição de requisitório do valor incontroverso de


forma integral (R$ 686.274,06), com destaque dos honorários advocatícios contratuais. (TRF5. Segunda

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Turma. AG 0805674-51.2017.4.05.0000. Rel. Des. Fed. Paulo Roberto de Oliveira Lima. Julg.
03/10/2017)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.
PAGAMENTO DO VALOR INCONTROVERSO DE VERBAS RELATIVAS AO FUNDEF.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO DE 20% (VINTE POR CENTO).
POSSIBILIDADE.

1 - Agravo de instrumento interposto contra decisão proferida em sede de cumprimento de sentença, que
determinou a expedição de precatório para pagamento do valor incontroverso de verbas relativas ao
FUNDEF, indeferindo, porém, o pedido de destaque dos honorários contratuais devidos aos patronos do
agravante.

2 - Não há nenhum óbice a que sejam retidos, na hipótese, os honorários contratuais em questão, pois, nos
termos em que preceitua a norma inserta no art. 22, parágrafo 4º, da Lei nº 8.906/94, a única condição
imposta ao atendimento de tal pleito é a juntada aos autos do contrato escrito da verba honorária antes de
expedida a requisição de pagamento correspondente, o que restou atendido no caso de que ora se trata.

3 - Relativamente ao pedido apresentado na petição atravessada após a concessão da liminar,


relativamente ao despacho proferido pelo Juízo agravado, esclarece-se que, uma vez julgado o processo
de mérito, eventuais recursos cabíveis serão os Especiais e Extraordinários, ambos desprovidos de efeito
suspensivo. Desta feita, há de ser cumprida, de imediato, a liminar confirmada no presente julgamento,
salvo se concedido efeito suspensivo aos recursos excepcionais pela Vice-Presidência deste eg. Regional,
e pelos col. STJ e STF.

4 - Agravo provido. (TRF5, Quarta Turma, AG/SE 08006411720164050000, Rel. Des. Federal Rubens de
Mendonça Canuto, Julg. 05/05/2016)

Ressalto, ainda, que, de acordo com o Parecer Técnico nº 2.442/2017 apresentado pela União, o valor
devido, em agosto/2017, é de R$ 260.300.323,33.

Desse modo, defiro o efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela
incontroversa dos recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento de sentença.

PROCESSO Nº: 0812826-19.2018.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: MUNICIPIO DE MACEIO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. FUNDEF. REPASSE DE DIFERENÇAS A


TÍTULO DE VMAA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO DE
QUANTIA INCONTROVERSA. POSSIBILIDADE.

1. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que manteve suspenso o curso do
cumprimento de sentença que condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da
subestimação do VMAA.
Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 12459468 - Pág. 4
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092015222364000000012438554
Número do documento: 18092015222364000000012438554
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2. Em suas razões recursais, a parte agravante defende que a decisão agravada obstou o prosseguimento
do pedido de cumprimento de sentença incorrendo em flagrante violação à autoridade do acórdão

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
proferido pelo Pleno deste e. TRF 5ª Região, nos autos da Ação Rescisória n.
0800907-04.2016.4.05.0000. Destaca, ainda, que no Código de Processo Civil inexiste qualquer
disposição que determine a espera do trânsito em julgado do acórdão para que se conceda cumprimento as
suas determinações. Logo, entende que esperar o julgamento dos embargos de declaração não é medida
lastreada em nenhum dispositivo legal, até porque, em situações idênticas, este mesmo TRF 5ª Região

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
tem determinado que o Juízo de primeiro grau cumpra as decisões emanadas da Corte.

3. Na hipótese, o perigo do dano se encontra evidenciado, pois a manutenção da decisão agravada irá
privar o Município agravante do recebimento de montante substancialmente significativo (R$
260.300.323,33, em agosto/2017 - parcela incontroversa), mormente considerando que a grande maioria
dos Municípios se encontra com dificuldades financeiras.

4. A probabilidade do direito também se mostra presente em favor da pretensão recursal. O curso do


cumprimento de sentença que condenou a União à complementação das verbas do FUNDEF, em razão da
subestimação do VMAA, encontrava-se suspenso, em face de decisão liminar proferida nos autos da Ação
Rescisória nº 0800907- 04.2016.4.05.0000 proposta pela União. Contudo, referida ação rescisória foi
julgada improcedente em 30/05/2018, Relator Desembargador Federal Convocado Ivan Lira de Carvalho,
com a consequente revogação da tutela liminar anteriormente concedida. Contra tal acórdão, foram
interpostos embargos de declaração pela União, Ministério Público Federal, Município de Maceió e
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, ainda pendentes de julgamento. Entretanto, referidos
recursos não são dotados de efeito suspensivo, de modo que não há óbice para o prosseguimento do
cumprimento de sentença.

5. A jurisprudência desta Corte, em situações idênticas, tem entendido pela possibilidade de expedição de
requisição de pagamento, em sede de execução de sentença contra Fazenda Pública, no tocante à parcela
incontroversa. Precedentes: TRF5. Segunda Turma. AG 0805674-51.2017.4.05.0000. Rel. Des. Fed.
Paulo Roberto de Oliveira Lima. Julg. 03/10/2017; TRF5. Quarta Turma. AG/SE
08006411720164050000. Rel. Des. Federal Rubens de Mendonça Canuto. Julg. 05/05/2016.

6. Deferimento do efeito suspensivo ativo, para determinar a expedição do precatório sobre a parcela
incontroversa dos recursos, dando regular prosseguimento ao cumprimento de sentença. Vencido, em
parte, o Desembargador Federal Convocado Frederico Dantas que entende pela possibilidade de
expedição do precatório, porém com ordem de bloqueio.

ACORDAM os Desembargadores Federais da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª


Região, por maioria, em receber o agravo de instrumento com efeito suspensivo ativo, nos termos do voto
do Relator e das notas taquigráficas que estão nos autos e que fazem parte deste julgado.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado Num. 12459468 - Pág. 5
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092015222364000000012438554
Número do documento: 18092015222364000000012438554
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ACORDAM os Desembargadores Federais da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Região, por maioria, em receber o agravo de instrumento com efeito suspensivo ativo, nos termos do voto
do Relator e das notas taquigráficas que estão nos autos e que fazem parte deste julgado.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Assinado eletronicamente.
IVONE MONTEIRO A Certificação Digital pertence a: LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO - Magistrado
DE ALBUQUERQUE Num. 12457835 - Pág. 1
18092110315885200000003708637
Data e hora da assinatura: 21/09/2018 10:31:59
https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=18092012594012400000012436921
Identificador:
Número do documento: 4050000.12466853
18092012594012400000012436921
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 7/7
fls. 467

PROCESSO Nº: 0812826-19.2018.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AGRAVANTE: MUNICIPIO DE MACEIO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO

DIVISÃO DA 2ª TURMA

Comunico o inteiro teor do acórdão proferido pela egrégia Segunda Turma deste Tribunal, em sessão de
18/09/2018, recebendo o agravo de instrumento com efeito suspensivo ativo. O referido é verdade. Dou
fé.

Recife, 21 de Setembro de 2018

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
IVONE MONTEIRO DE ALBUQUERQUE
18092110315885200000003708636
Data e hora da assinatura: 21/09/2018 10:31:58
Identificador: 4050000.12466852
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 468

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 26/07/2018 23:59, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 16/07/2018 18:52 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18071710184636900000003480067 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 27/07/2018 00:00 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 27/07/2018 00:00:10
Identificador: 4058000.3503232

1/1
fls. 469

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 17/07/2018 11:27, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 16/07/2018 18:52 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18071710184636900000003480067 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 17/07/2018 11:27 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 17/07/2018 11:27:32
Identificador: 4058000.3460242

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 17/07/2018 10:36, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 16/07/2018 18:52 nos autos
judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18071710184636900000003480067 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 17/07/2018 10:36 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 17/07/2018 10:36:47
Identificador: 4058000.3459870

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , AS PARTES
, na pessoa de seus representantes legais, do despacho anexo.

Maceió-AL, 17 de Julho de 2018.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
18071710184636900000003480067
Data e hora da assinatura: 17/07/2018 10:19:41
Identificador: 4058000.3459762
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 472

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
F A Z E N D A P Ú B L I C A
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

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DESPACHO

Mantenho suspenso o curso do presente feito, pelas mesmas razões consignadas na decisão com id.
2633141, destacadamente em seu item 8.

É que, muito embora o Município de Maceió e Monteiro e Monteiro Advogados Associados tenham
pugnado pela retomada da marcha executiva, com expedição de requisitório, sob o fundamento de que o
TRF5 julgou improcedente o mérito da Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, ainda não houve
qualquer comunicação oficial daquele Sodalício a tal respeito.

Aliás, o que se tem de certo é que, em 11/07/2018, a União Federal interpôs Embargos de Declaração do
aludido julgado, veiculando pretensão de modificar o acórdão atacado. Isso significa dizer que ainda não
se estabilizou a solução do mérito da rescisória em comento.

Maceió/AL, 13 de julho de 2018.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
18071310195708700000003442041
Data e hora da assinatura: 16/07/2018 18:52:30
Identificador: 4058000.3421759
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

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EXECUÇÃO Nº 0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, vem, perante Vossa Excelência, apresentar as seguintes considerações:

I - DO ACÓRDÃO PORFERIDO NA AÇÃO RESCISÓRIA.

De logo, o escritório peticionante transcreve a ementa do acórdão proferido nos autos da ação rescisória
nº 0800907-04.2016.4.05.0000. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal
MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na
vigência da Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega
a UNIÃO que o acórdão deve ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de
indevida instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art. 12. II, " a representação judicial dos
Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,


conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro
ponto, por não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão
turmária a representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil,
não devendo ser invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no
julgamento da Segunda Turma o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da
Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal ( Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda

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se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais ), já que àquela altura não
havia posição firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do

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Ministro TEORI ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município.
Com efeito, a decisão do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a
UNIÃO manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a

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ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000,
posto sob a relatoria do Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito (
Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação
não se adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao tempo
em que foi levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do acórdão
espancado o art. 12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso
dos Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, o Pleno do egrégio Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, julgar improcedente Ação Rescisória, nos termos do
relatório e do voto do relator constantes dos autos, que integram o presente julgado.

Recife, 30 de Maio de 2018.

Desembargador Federal IVAN LIRA DE CARVALHO

Relator

Assim, como expressamente a liminar fora expressamente revogada, não há qualquer impedimento
judicial para que ocorra o normal prosseguimento do feito.

II - ALEGAÇÃO DE VINCULAÇÃO DA VERBA EXECUTADA NÃO TORNA O TÍTULO


INEXIGÍVEL.

De logo, nota-se que a argumentação da União de que sua alegação de vinculação da verba tornaria toda a
dívida controversa, não encontra amparo na jurisprudência do TRF da 5ª Região. Vejamos os julgados:

PROCESSUAL CIVIL. DIFERENÇAS DO FUNDEF. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO. EXISTÊNCIA DE RECURSOS ESPECIAL E
EXTRAORDINÁRIO PENDENTES. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIOS COM BLOQUEIO. AGRAVO
DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.

(...),

2. Como os recursos especial e extraordinário, no que diz respeito à parcela incontroversa da


condenação, discutem apenas a possibilidade de destacamento de parte do montante devido ao

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Município para pagamento de honorários contratuais, não haveria como ocorrer em razão do seu
julgamento qualquer alteração no montante devido título de condenação principal.

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3. A providência mais adequada, a fim de evitar prejuízos ao Município e à sociedade de advogados, é a
expedição do precatório pelo valor integral, com o destaque da verba honorária em favor da sociedade de
advogados, mantendo-se, no entanto, esse valor bloqueado até que venha a ocorrer o trânsito em julgado
dos acórdãos proferidos no julgamento dos recursos excepcionais.

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4. Agravo de instrumento parcialmente provido, para determinar a expedição do precatório visando ao
pagamento dos valores incontroversos apurados em favor do ente municipal, mediante o destaque da
verba honorária contratual em favor das sociedades de advogados agravantes, nos termos do art. 22,
parágrafo 4º, da Lei 8.906/94, e ordenar o bloqueio do montante destacado em favor das sociedades de
advogados agravantes, até o pronunciamento definitivo do STJ e do STF acerca dos recursos especial e
extraordinário interpostos pela União.

(PROCESSO: 08056363920174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO FIALHO


MOREIRA, 3ª Turma, JULGAMENTO: 31/10/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DIFERENÇAS DO FUNDEF. EXECUÇÃO DE


SENTENÇA. VALORES INCONTROVERSOS. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO. POSSIBILIDADE
ASSEGURADA EM ACÓRDÃO IMPUGNADO ATRAVÉS DE RECURSOS ESPECIAL E
EXTRAORDINÁRIO. BLOQUEIO DOS VALORES.

1. Agravo de instrumento interposto por contra decisão que deferiu, em parte, o pedido do exequente para
determinar a expedição de requisitório, sem, entretanto, destacar o valor relativo aos honorários
advocatícios contratuais em favor da sociedade de advogados agravante.

2. A imutabilidade da sentença proferida nos embargos à execução, no que tange à definição do valor
principal devido ao Município de Jucás-CE e do percentual dos honorários sucumbencias devidos a
Monteiro e Monteiro Advogados Associados, autoriza a imediata expedição dos precatórios, nos
montantes integrais, independentemente da definição que venha eventualmente dar o STJ e o STF sobre a
possibilidade de retenção da verba honorária contratual.

3. Como os recursos excepcionais discutem apenas a possibilidade de destacamento de parte do


montante devido ao Município para pagamento de honorários contratuais, não teria como haver
qualquer alteração no julgado quanto aos montantes devidos a título de condenação principal e de
honorários sucumbenciais. A dívida, portanto, é líquida e certa, havendo dúvida apenas quanto ao
titular do crédito, o que deixa claro que a determinação de expedição do precatório com o bloqueio
do pagamento é medida que não acarreta prejuízos à UNIÃO, ao mesmo tempo em que agiliza a
conclusão do processo.

4. Agravo de instrumento parcialmente provido, para, confirmando a liminar, assegurar a


expedição dos precatórios, com o bloqueio do pagamento dos valores relativos aos honorários
advocatícios contratuais, até o pronunciamento definitivo do STJ e do STF acerca dos recursos
especial e extraordinário interpostos pela União.

(PROCESSO: 08054796620174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL EMILIANO


ZAPATA LEITÃO (CONVOCADO), 3ª Turma, JULGAMENTO: 16/02/2018, PUBLICAÇÃO: ) (grifo
nosso).

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. VERBAS DESTINADAS AO
FUNDEF. DESTAQUE DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS DE PRECATÓRIO.
POSSIBILIDADE. DISCUSSÃO EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO. RETENÇÃO DOS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
VALORES ATÉ A DECISÃO SE TORNAR IRRECORRÍVEL.

1. Agravo de Instrumento manejado pelo Município de Joaquim Gomes/AL e pelo escritório Monteiro e
Monteiro Advogados Associados em face da decisão que indeferiu o pedido formulado, objetivando a
expedição de precatório da quantia incontroversa, com retenção dos honorários contratuais, em favor do
escritório Agravante, devendo a referida quantia ficar bloqueada até o trânsito em julgados dos Embargos
à Execução que versam sobre a vinculação da verba à educação.

2. É direito do advogado a retenção do percentual de honorários contratuais sobre crédito relativo a


diferenças do FUNDEF, reconhecidos em título judicial transitado em julgado, desde que requerida antes
da expedição do requisitório e juntado o respectivo contrato.

3. Esse entendimento não pode ser, de logo, aplicado, pois um dos pontos alegados nos Embargos à
Execução é a vinculação das verbas relativas ao FUNDEF, recebidas via precatório, ao
desenvolvimento da Educação, o que impede que os valores dos honorários contratuais sejam
destacados e pagos aos advogados.

4. Não há empecilho a que apenas se determine a expedição do correspondente precatório do valor


incontroverso, com a retenção dos honorários advocatícios, para evitar a perda do prazo
constitucionalmente estabelecido, ficando, no entanto, bloqueado o pagamento enquanto não
decididos finalmente os Embargos à Execução.Agravo de Instrumento provido.

(PROCESSO: 08051266020164050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL CID MARCONI, 3ª


Turma, JULGAMENTO: 16/11/2016, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.


PAGAMENTO DO VALOR INCONTROVERSO DE VERBAS RELATIVAS AO FUNDEF
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO DE 20% (VINTE POR CENTO).
POSSIBILIDADE.

1 - Agravo de instrumento interposto contra decisão proferida em sede de cumprimento de


sentença, que determinou a expedição de precatório para pagamento do valor incontroverso de
verbas relativas ao FUNDEF, indeferindo, porém, o pedido de destaque dos honorários contratuais
devidos aos patronos do agravante.

2 - Não há nenhum óbice a que sejam retidos, na hipótese, os honorários contratuais em questão,
pois, nos termos em que preceitua a norma inserta no art. 22, parágrafo 4º, da Lei nº 8.906/94, a
única condição imposta ao atendimento de tal pleito é a juntada aos autos do contrato escrito da
verba honorária antes de expedida a requisição de pagamento correspondente, o que restou
atendido no caso de que ora se trata.

3 - Relativamente ao pedido apresentado na petição atravessada após a concessão da liminar,


relativamente ao despacho proferido pelo Juízo agravado, esclarece-se que, uma vez julgado o
processo de mérito, eventuais recursos cabíveis, serão os Especiais e Extraordinários, ambos
desprovidos de efeito suspensivo. Desta feita, há de ser cumprida, de imediato, a liminar

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confirmada no presente julgamento, salvo se concedido efeito suspensivo aos recursos excepcionais
pela Vice-Presidência deste eg. Regional, e pelos col. STJ e STF.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4 - Agravo provido.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
(PROCESSO: 08006411720164050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL RUBENS DE
MENDONÇA CANUTO, 4ª Turma, JULGAMENTO: 05/05/2016, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. VINCULAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEF À


EDUCAÇÃO. NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE AÇÃO PRÓPRIA. RECURSO NÃO
PROVIDO.

1. É firme o entendimento deste colegiado, no sentido de que a vinculação das verbas do FUNDEF à
educação é controvérsia a ser discutida em ação própria, pois os embargos à execução destinam-se a
discutir a validade e a extensão do título judicial. Se incabível a análise da questão em sede de
embargos à execução, com maior razão não se pode admitir a contenda nos autos da própria
execução.

2. Agravo não provido.

(PROCESSO: 00011512920174050000, AG145938/AL, DESEMBARGADOR FEDERAL EDÍLSON


NOBRE, Quarta Turma, JULGAMENTO: 08/05/2018, PUBLICAÇÃO: DJE 14/05/2018 - Página 93)
(grifo nosso).

Neste contexto, observa-se que a Corte Regional rejeita a argumentação de que a discussão acerca da
vinculação da verba tornaria o título inexigível, sendo plenamente possível a expedição do precatório da
quantia incontroversa.

III - DA IMPOSSIBILIDADE DO JUÍZO DA EXECUÇÃO EM ANALISAR A VALIDADE DO


CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

Com a devida consideração, também resta consolidado no TRF 5ª Região que o juízo da execução não
possui competência para analisar a validade do contrato de honorários firmados entre as partes, não tendo
a União qualquer interesse na causa.

Ademais, o referido Tribunal já assentou que não cabe ao Tribunal de Contas apresentar objeções
jurídicas ao pagamento dos mesmos, pois cabe a Justiça Federal interpretar a legislação
infraconstitucional.

Neste sentido, os seguintes julgados:

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PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. VERBAS DO FUNDEF PAGAS AO MUNICÍPIO. RETENÇÃO DE HONORÁRIOS.
POSSIBILIDADE. DESVIO DE FINALIDADE. INOCORRÊNCIA.

1. Agravo de Instrumento interposto por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ASSOCIADOS contra decisão do Juízo da 3ª Vara Federal de Alagoas que, nos autos do
Cumprimento de Sentença nº 0805720-96.2017.4.05.8000, acolheu a impugnação da UNIÃO,
impedindo o destaque de honorários advocatícios contratuais do montante a ser recebido pelo
Município de Maceió/AL a título de complementação do FUNDEF.

2. O STJ, em inúmeros julgados, reconhece ser direito do advogado o destaque da verba honorária do
montante a ser recebido pelo Município a título de complementação de verbas do FUNDEF, desde que
requerida antes da expedição do requisitório e mediante a juntada do contrato (art. 22, parágrafo 4º, da Lei
nº 8.604/94). Nessa hipótese, o pagamento da verba honorária não consistiria em uma deliberação
administrativa de desvio de finalidade das verbas constitucionalmente destinadas à educação, porque o
repasse dos valores complementares do FUNDEF somente foi levado a efeito pela via judicial, sendo
lícito que parte do montante seja destinado a cobrir os custos que o Município teve com o processo.

3. Não se desconhece a decisão do TCU, através do Acórdão nº 1.824/2017-Plenário, em 23/08/2017,


considerando inconstitucional e ilegal a destinação e valores de precatórios relacionais a verbas do
FUNDEF para o pagamento de honorários advocatícios. Todavia, em respeito ao princípio da
separação de poderes, que tem como corolário a autonomia entre as instâncias administrativa e
judiciária, tenho que a decisão do TCU não tem força para desconstituir uma decisão judicial.

4. Eventual vício na contratação dos serviços advocatícios foge ao objeto do Cumprimento de


Sentença. Demais disso, a relação jurídica travada entre o ente municipal e os profissionais liberais
não envolve interesse federal, tampouco nenhuma das pessoas previstas no art. 109 da CF. Desse
modo, a Justiça Federal é incompetente para analisar a validade do instrumento contratual que
ensejou a retenção objeto deste recurso. Precedente deste Tribunal.

5. Agravo de Instrumento provido, determinando o destaque de 20% a titulo de honorários


advocatícios em favor dos profissionais contratados. Agravo Interno prejudicado.

(PROCESSO: 08092098520174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO


WANDERLEY DE SIQUEIRA FILHO, 1º Turma, JULGAMENTO: 24/05/2018, PUBLICAÇÃO:) (grifo
nosso).

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO REQUERIDA
ANTES DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO. LIBERAÇÃO DOS VALORES CONDICIONADA À
APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO PRÉVIO À CONTRATAÇÃO DO
ESCRITÓRIO. DESCABIMENTO.

1. Cuida-se de agravo de instrumento aviado por MAIA & MARIZ ADVOGADOS ASSOCIADOS
contra decisão proferida pelo Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba que, em sede de
execução contra a Fazenda Pública, determinou a intimação do Município exequente, representado pelo
escritório de advocacia ora agravante, para, no prazo de 5 (cinco) dias, juntar aos autos cópia do
procedimento administrativo formal, regulado pela Lei nº. 8.666/93, que precedeu e lastreou a celebração
do contrato de honorários advocatícios.

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2. O Juízo a quo condicionou a liberação do alvará para levantamento da quantia retida, em favor do
escritório de advocacia referido, à prévia apresentação do procedimento licitatório que resultou no

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contrato de prestação de serviços advocatícios prestado pelos causídicos.

3. É que inexiste óbice para a retenção dos honorários advocatícios contratuais, porquanto foi
devidamente cumprido pelo advogado o disposto no parágrafo 4º do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o
contrato de honorários advocatícios foi juntado aos autos antes da expedição do requisitório. Precedentes

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desta Segunda Turma.

4. No caso, havendo uma quantia a ser recebida pelo constituinte, e restando cumprida a exigência
disposta no artigo 22 da Lei n.º 8.906/94 notadamente em seu parágrafo 4º, há autorização para a dedução
da quantia a ser recebida, quando o contrato de honorários advocatícios (negócio jurídico contratual e
autônomo firmado entre o Município exequente e o seu escritório de advocacia) é juntado aos autos antes
da expedição do requisitório, caso dos autos.

5. A imposição, pelo Juízo de origem, de exigência à expedição do alvará de liberação dos valores
destacados e depositados em favor do escritório agravante, qual seja, a de apresentação de
procedimento licitatório que resultara no contrato de prestação de serviços advocatícios, não possui
respaldo legal, uma vez que a legislação de regência do tema apenas dispõe quanto à necessidade de
juntada do contrato de honorários advocatícios previamente à expedição do precatório.

6. Cumpre gizar, aliás, que eventual discussão em torno da validade do contrato de honorários
advocatícios (e seu procedimento licitatório prévio), não cabe à Justiça Federal, em face da
inexistência de interesse federal no exame da validade dos atos da Administração Pública
Municipal, mormente diante do entendimento segundo o qual é da competência da Justiça comum
estadual o processamento e julgamento de ação de cobrança de honorários advocatícios ajuizada
por profissional liberal em face de seu cliente (Súmula 363 do STJ).

7. Ademais, ainda que o assunto estivesse afeto ao juízo federal, este exame não poderia ser
realizado nos autos do processo em foco. Afinal, o juiz que conduz o processo relativo ao interesse
do Município em receber complementos pretensamente devidos pela União, não realiza fiscalização
sobre o processo de contratação do advogado constituído pelo Município.

8. Agravo de instrumento provido, para determinar a expedição do alvará de liberação dos valores
destacados e depositados em favor do escritório de advocacia agravante.

(TRF 5ª Região, PROCESSO: 08003378120174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL


PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, 2ª Turma, JULGAMENTO: 20/04/2017, PUBLICAÇÃO: )
(grifo nosso).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RETENÇÃO DE HONORÁRIOS EM


PRECATÓRIO. VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS
ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE. PROVIMENTO.

1. A matéria devolvida a esta Corte cinge-se à exigência imposta pelo juiz da execução de verificação da
regularidade do contrato de prestação de serviços advocatícios firmado entre o Município ora agravante e
os causídicos, para fins deexpedição de precatório com destaque dos honorários contratuais respectivos.

2. No caso concreto, observa-se, em juízo de cognição sumária, que o contrato de prestação de serviço
advocatício que diz respeito ao processo nº 0815007-11.2016.4.05.8100, foi juntado aos autos
previamente à expedição do requisitório, conforme exigência prevista no art. 22, parágrafo 4º, da Lei nº
8.906/94, não havendo previsão legal de outro condicionamento para este fim.

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3. Não é cabível discussão em torno da validade do contrato de honorários advocatícios, cujo exame

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não cabe à Justiça Federal, em face da inexistência de interesse federal no exame de validade dos
atos da Administração Pública Municipal, mormente diante do entendimento segundo o qual é da
competência da justiça comum estadual o processamento e julgamento de ação de cobrança de
honorários advocatícios ajuizada por profissional liberal em face de seu cliente(Súmula 363 do
STJ).Precedente:08016626220154050000, EDAG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL MANUEL
MAIA (CONVOCADO), 4ª Turma, JULGAMENTO: 19/12/2015.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
4. Agravo de instrumento parcialmente provido para possibilitar o destaque dos honorários advocatícios
quando da expedição do precatório, devendo o levantamento dos valores ser feito apenas após o trânsito
em julgado do presente agravo.

( TRF 5ª Região, PROCESSO: 08025384620174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL


EDÍLSON NOBRE, 4ª Turma , JULGAMENTO: 19/05/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

No mesmo norte, é importante notar que o Superior Tribunal de Justiça, nos autos do REsp 1218630/SC,
ensina que cumpre ao magistrado seguir legislação que rege a matéria, não sendo possível que se limite as
prerrogativas do advogado, com base em condição desemparada pelo ordenamento jurídico. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO NO ACÓRDÃO


RECORRIDO. MANDADO DE SEGURANÇA. PETIÇÃO INICIAL. 115 LAUDAS.

INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DE AMPARO LEGAL. MUNICÍPIO. ADVOGADO


CONTRATADO. EXIGÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE DO PROCESSO
LICITATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.

1. Não havendo no acórdão omissão, contradição ou obscuridade capaz de ensejar o acolhimento da


medida integrativa, tal não é servil para forçar a reforma do julgado nesta instância extraordinária.

2. O Código de Processo Civil não prevê a possibilidade de se exigir do advogado a redução da exordial
para um número de folhas considerado pelo juiz como razoável, muito menos que se indefira a petição
inicial em razão da quantidade de laudas da peça (no caso, 115 folhas).

3. Muito embora seja censurável a postura do impetrante, que precisou se valer de mais de uma centena
de laudas para expor suas razões, não há óbice jurídico que limite o exercício do direito de ação pela parte
à determinado número de páginas. Esse quantum fica a critério exclusivo do bom senso do advogado, a
quem se recomenda buscar sempre a empatia do julgador, facilitando o seu acesso às teses jurídicas
tratadas na lide.

4 . Cumpre ao magistrado observar a presença de procuração que confira poderes ao advogado


para procurar em juízo, não sendo permitido exigir a juntada do processo licitatório que tenha
autorizado a contratação do representante do município, para verificar a regularidade do ajuste.

5. Eventuais dúvidas quanto à regularidade da licitação deverão ser sanadas na sede adequada, que
não é a da presente demanda, em que se impetrou o mandado de segurança apenas para discutir a
cobrança de tributo e assegurar a emissão de CDA em favor da municipalidade.

6. Recurso especial provido.

(REsp 1218630/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em

8/10
fls. 481

17/02/2011, DJe 10/03/2011) (grifo nosso).

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Desta forma, observa a total incompetência deste juízo em analisar a validade do contrato firmado entre as
partes, bem como a inexistência de interferência das posições adotadas pelo TCU.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
IV - DA EXISTÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

De inicio, é importante destacar que Respondendo à Impugnação ao Cumprimento de Sentença


(Identificador: 4058000.2536701), o Município de Maceió - AL chancelou o destaque dos honorários
contratuais, pleiteados pela Monteiro e Monteiro, mencionando, ainda que:

Por fim, com relação ao pedido de Identificador: 4058000.2502494, esta municipalidade vem se
manifestar no sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que
foram requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à
contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg
no AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp 1509457/PE, Rel. Min.
Humberto Martins, que entende que é possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do contrato de honorários, nos termos do art.
22, §4º da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou precatório, inclusive nas
questões afetas ao FUNDEF, já que é legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono o direito à percepção da mesma.

Ora, tendo a parte se manifestado expressamente nos autos, não há qualquer necessidade de nova
intimação para se manifestar acerca do mesmo ponto.

Neste contexto, percebe-se que a União busca atrasar o regular processamento do feito, devendo ser
rejeitadas suas alegações.

V - DO REQUERIMENTO FINAL

Ex positis , pugna o escritório peticionante pelo regular processamento do feito, sendo expedido o
precatório com a retenção dos honorários contratuais, conforme anteriormente requerido.

Nestes termos,

9/10
fls. 482

Pede deferimento.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Recife/PE, 11 de junho de 2018.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE Nº 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18071118430645500000003427556
Data e hora da assinatura: 11/07/2018 18:47:37
Identificador: 4058000.3407276
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 10/10
fls. 483

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

EXECUÇÃO Nº 0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, devidamente qualificado nos autos do processo em
epígrafe, vem, perante Vossa Excelência, apresentar as seguintes
considerações:

I – DO ACÓRDÃO PORFERIDO NA AÇÃO RESCISÓRIA.

De logo, o escritório peticionante transcreve a


ementa do acórdão proferido nos autos da ação rescisória nº 0800907-
04.2016.4.05.0000. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE


ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS.
COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO RESCISÓRIA.
I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a
relatoria do Desembargador Federal MANOEL ERHARDT (AC
348312), que assegurou aos Municípios representados pela
ora RÉ (a ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a
percepção do que deixaram de receber, na vigência da Lei
9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por

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Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO que o acórdão deve ser
rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
de indevida instituição, pois na conformidade do CPC/1973, art.
12. II, "a representação judicial dos Municípios, ativa e
passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou
Procurador."
II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios
substituídos como litisconsortes necessários, conforme
requerido pelo Município de Maceió/AL.
III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a
reforma do julgado em baila. Ao primeiro ponto, por não ter
ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi
base da decisão turmária a representação dos entes
federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS ALAGOANOS. Daí que a rescisória não encontra
o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil, não
devendo ser invocada a cláusula de violação a literal
dispositivo de lei, até mesmo porque no julgamento da
Segunda Turma o tema representação processual foi focado
sob o art. 5º, XXI, da Constituição Republicana e não sob o fito
do art. 12, II do CPC/1973.
IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a
dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal (Não cabe
ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a
decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de
interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura
não havia posição firme como a que foi adotada posteriormente
pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do Ministro TEORI
ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular
em nome do Município. Com efeito, a decisão do STJ é de
25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de
06.05.2008.
V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária
que lhe foi desfavorável, fez com que a UNIÃO manejasse

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demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo
como alvo a ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE

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PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000,
posto sob a relatoria do Desembargador Federal VLADIMIR
SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).
VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em
formação plenária, a matéria sob apreciação não se adéqua
aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal
dispositivo de lei, já que ao tempo em que foi levada a
julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como
fundamento do acórdão espancado o art. 12, II do CPC/1973,
mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.
VII - Ação rescisória julgada improcedente, com
revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros
questionados.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas, o Pleno do egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, por unanimidade, julgar improcedente Ação Rescisória,
nos termos do relatório e do voto do relator constantes dos
autos, que integram o presente julgado.
Recife, 30 de Maio de 2018.
Desembargador Federal IVAN LIRA DE CARVALHO
Relator

Assim, como expressamente a liminar fora


expressamente revogada, não há qualquer impedimento judicial para que
ocorra o normal prosseguimento do feito.

II – ALEGAÇÃO DE VINCULAÇÃO DA VERBA EXECUTADA


NÃO TORNA O TÍTULO INEXIGÍVEL.

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
De logo, nota-se que a argumentação da União de
que sua alegação de vinculação da verba tornaria toda a dívida
controversa, não encontra amparo na jurisprudência do TRF da 5ª
Região. Vejamos os julgados:

PROCESSUAL CIVIL. DIFERENÇAS DO FUNDEF.


EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
CONTRATUAIS. RETENÇÃO. EXISTÊNCIA DE RECURSOS
ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO PENDENTES. EXPEDIÇÃO
DE PRECATÓRIOS COM BLOQUEIO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
(...),
2. Como os recursos especial e extraordinário, no que diz
respeito à parcela incontroversa da condenação, discutem
apenas a possibilidade de destacamento de parte do
montante devido ao Município para pagamento de
honorários contratuais, não haveria como ocorrer em
razão do seu julgamento qualquer alteração no montante
devido título de condenação principal.
3. A providência mais adequada, a fim de evitar prejuízos ao
Município e à sociedade de advogados, é a expedição do
precatório pelo valor integral, com o destaque da verba
honorária em favor da sociedade de advogados, mantendo-se,
no entanto, esse valor bloqueado até que venha a ocorrer o
trânsito em julgado dos acórdãos proferidos no julgamento dos
recursos excepcionais.
4. Agravo de instrumento parcialmente provido, para
determinar a expedição do precatório visando ao pagamento
dos valores incontroversos apurados em favor do ente
municipal, mediante o destaque da verba honorária contratual
em favor das sociedades de advogados agravantes, nos

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termos do art. 22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94, e ordenar o
bloqueio do montante destacado em favor das sociedades de

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advogados agravantes, até o pronunciamento definitivo do STJ
e do STF acerca dos recursos especial e extraordinário
interpostos pela União.
(PROCESSO: 08056363920174050000, AG/SE,
DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO FIALHO MOREIRA,
3ª Turma, JULGAMENTO: 31/10/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo
nosso).

PROCESSUAL CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DIFERENÇAS


DO FUNDEF. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. VALORES
INCONTROVERSOS. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS.
RETENÇÃO. POSSIBILIDADE ASSEGURADA EM
ACÓRDÃO IMPUGNADO ATRAVÉS DE RECURSOS
ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO. BLOQUEIO DOS
VALORES.
1. Agravo de instrumento interposto por contra decisão que
deferiu, em parte, o pedido do exequente para determinar a
expedição de requisitório, sem, entretanto, destacar o valor
relativo aos honorários advocatícios contratuais em favor da
sociedade de advogados agravante.
2. A imutabilidade da sentença proferida nos embargos à
execução, no que tange à definição do valor principal devido ao
Município de Jucás-CE e do percentual dos honorários
sucumbencias devidos a Monteiro e Monteiro Advogados
Associados, autoriza a imediata expedição dos precatórios, nos
montantes integrais, independentemente da definição que
venha eventualmente dar o STJ e o STF sobre a possibilidade
de retenção da verba honorária contratual.
3. Como os recursos excepcionais discutem apenas a
possibilidade de destacamento de parte do montante

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devido ao Município para pagamento de honorários
contratuais, não teria como haver qualquer alteração no

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julgado quanto aos montantes devidos a título de
condenação principal e de honorários sucumbenciais. A
dívida, portanto, é líquida e certa, havendo dúvida apenas
quanto ao titular do crédito, o que deixa claro que a
determinação de expedição do precatório com o bloqueio
do pagamento é medida que não acarreta prejuízos à
UNIÃO, ao mesmo tempo em que agiliza a conclusão do
processo.
4. Agravo de instrumento parcialmente provido, para,
confirmando a liminar, assegurar a expedição dos
precatórios, com o bloqueio do pagamento dos valores
relativos aos honorários advocatícios contratuais, até o
pronunciamento definitivo do STJ e do STF acerca dos
recursos especial e extraordinário interpostos pela União.

(PROCESSO: 08054796620174050000, AG/SE,


DESEMBARGADOR FEDERAL EMILIANO ZAPATA LEITÃO
(CONVOCADO), 3ª Turma, JULGAMENTO: 16/02/2018,
PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO. VERBAS DESTINADAS AO FUNDEF.
DESTAQUE DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
CONTRATUAIS DE PRECATÓRIO. POSSIBILIDADE.
DISCUSSÃO EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO.
RETENÇÃO DOS VALORES ATÉ A DECISÃO SE TORNAR
IRRECORRÍVEL.
1. Agravo de Instrumento manejado pelo Município de Joaquim
Gomes/AL e pelo escritório Monteiro e Monteiro Advogados
Associados em face da decisão que indeferiu o pedido
formulado, objetivando a expedição de precatório da quantia

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incontroversa, com retenção dos honorários contratuais, em
favor do escritório Agravante, devendo a referida quantia ficar

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
bloqueada até o trânsito em julgados dos Embargos à
Execução que versam sobre a vinculação da verba à
educação.
2. É direito do advogado a retenção do percentual de
honorários contratuais sobre crédito relativo a diferenças do
FUNDEF, reconhecidos em título judicial transitado em julgado,
desde que requerida antes da expedição do requisitório e
juntado o respectivo contrato.
3. Esse entendimento não pode ser, de logo, aplicado, pois
um dos pontos alegados nos Embargos à Execução é a
vinculação das verbas relativas ao FUNDEF, recebidas via
precatório, ao desenvolvimento da Educação, o que
impede que os valores dos honorários contratuais sejam
destacados e pagos aos advogados.
4. Não há empecilho a que apenas se determine a
expedição do correspondente precatório do valor
incontroverso, com a retenção dos honorários
advocatícios, para evitar a perda do prazo
constitucionalmente estabelecido, ficando, no entanto,
bloqueado o pagamento enquanto não decididos
finalmente os Embargos à Execução.Agravo de
Instrumento provido.
(PROCESSO: 08051266020164050000, AG/SE,
DESEMBARGADOR FEDERAL CID MARCONI, 3ª Turma,
JULGAMENTO: 16/11/2016, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO DE SENTENÇA. PAGAMENTO DO VALOR
INCONTROVERSO DE VERBAS RELATIVAS AO FUNDEF
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO
DE 20% (VINTE POR CENTO). POSSIBILIDADE.

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1 - Agravo de instrumento interposto contra decisão
proferida em sede de cumprimento de sentença, que

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determinou a expedição de precatório para pagamento do
valor incontroverso de verbas relativas ao FUNDEF,
indeferindo, porém, o pedido de destaque dos honorários
contratuais devidos aos patronos do agravante.
2 - Não há nenhum óbice a que sejam retidos, na hipótese,
os honorários contratuais em questão, pois, nos termos
em que preceitua a norma inserta no art. 22, parágrafo 4º,
da Lei nº 8.906/94, a única condição imposta ao
atendimento de tal pleito é a juntada aos autos do contrato
escrito da verba honorária antes de expedida a requisição
de pagamento correspondente, o que restou atendido no
caso de que ora se trata.
3 - Relativamente ao pedido apresentado na petição
atravessada após a concessão da liminar, relativamente ao
despacho proferido pelo Juízo agravado, esclarece-se que,
uma vez julgado o processo de mérito, eventuais recursos
cabíveis, serão os Especiais e Extraordinários, ambos
desprovidos de efeito suspensivo. Desta feita, há de ser
cumprida, de imediato, a liminar confirmada no presente
julgamento, salvo se concedido efeito suspensivo aos
recursos excepcionais pela Vice-Presidência deste eg.
Regional, e pelos col. STJ e STF.
4 - Agravo provido.

(PROCESSO: 08006411720164050000, AG/SE,


DESEMBARGADOR FEDERAL RUBENS DE MENDONÇA
CANUTO, 4ª Turma, JULGAMENTO: 05/05/2016,
PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. VINCULAÇÃO


DAS VERBAS DO FUNDEF À EDUCAÇÃO. NECESSIDADE
DE AJUIZAMENTO DE AÇÃO PRÓPRIA. RECURSO NÃO

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fls. 491

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PROVIDO.
1. É firme o entendimento deste colegiado, no sentido de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
que a vinculação das verbas do FUNDEF à educação é
controvérsia a ser discutida em ação própria, pois os
embargos à execução destinam-se a discutir a validade e a
extensão do título judicial. Se incabível a análise da
questão em sede de embargos à execução, com maior
razão não se pode admitir a contenda nos autos da própria
execução.
2. Agravo não provido.

(PROCESSO: 00011512920174050000, AG145938/AL,


DESEMBARGADOR FEDERAL EDÍLSON NOBRE, Quarta
Turma, JULGAMENTO: 08/05/2018, PUBLICAÇÃO: DJE
14/05/2018 - Página 93) (grifo nosso).

Neste contexto, observa-se que a Corte Regional


rejeita a argumentação de que a discussão acerca da vinculação da verba
tornaria o título inexigível, sendo plenamente possível a expedição do
precatório da quantia incontroversa.

III – DA IMPOSSIBILIDADE DO JUÍZO DA EXECUÇÃO EM


ANALISAR A VALIDADE DO CONTRATO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.

Com a devida consideração, também resta


consolidado no TRF 5ª Região que o juízo da execução não possui
competência para analisar a validade do contrato de honorários firmados
entre as partes, não tendo a União qualquer interesse na causa.

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Ademais, o referido Tribunal já assentou que não

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cabe ao Tribunal de Contas apresentar objeções jurídicas ao pagamento
dos mesmos, pois cabe a Justiça Federal interpretar a legislação
infraconstitucional.

Neste sentido, os seguintes julgados:

PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E


ADMINISTRATIVO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
VERBAS DO FUNDEF PAGAS AO MUNICÍPIO. RETENÇÃO
DE HONORÁRIOS. POSSIBILIDADE. DESVIO DE
FINALIDADE. INOCORRÊNCIA.
1. Agravo de Instrumento interposto por MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS contra decisão do
Juízo da 3ª Vara Federal de Alagoas que, nos autos do
Cumprimento de Sentença nº 0805720-96.2017.4.05.8000,
acolheu a impugnação da UNIÃO, impedindo o destaque
de honorários advocatícios contratuais do montante a ser
recebido pelo Município de Maceió/AL a título de
complementação do FUNDEF.
2. O STJ, em inúmeros julgados, reconhece ser direito do
advogado o destaque da verba honorária do montante a ser
recebido pelo Município a título de complementação de verbas
do FUNDEF, desde que requerida antes da expedição do
requisitório e mediante a juntada do contrato (art. 22, parágrafo
4º, da Lei nº 8.604/94). Nessa hipótese, o pagamento da verba
honorária não consistiria em uma deliberação administrativa de
desvio de finalidade das verbas constitucionalmente destinadas
à educação, porque o repasse dos valores complementares do
FUNDEF somente foi levado a efeito pela via judicial, sendo
lícito que parte do montante seja destinado a cobrir os custos
que o Município teve com o processo.

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3. Não se desconhece a decisão do TCU, através do
Acórdão nº 1.824/2017-Plenário, em 23/08/2017,

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considerando inconstitucional e ilegal a destinação e
valores de precatórios relacionais a verbas do FUNDEF
para o pagamento de honorários advocatícios. Todavia, em
respeito ao princípio da separação de poderes, que tem
como corolário a autonomia entre as instâncias
administrativa e judiciária, tenho que a decisão do TCU
não tem força para desconstituir uma decisão judicial.
4. Eventual vício na contratação dos serviços advocatícios
foge ao objeto do Cumprimento de Sentença. Demais
disso, a relação jurídica travada entre o ente municipal e
os profissionais liberais não envolve interesse federal,
tampouco nenhuma das pessoas previstas no art. 109 da
CF. Desse modo, a Justiça Federal é incompetente para
analisar a validade do instrumento contratual que ensejou
a retenção objeto deste recurso. Precedente deste
Tribunal.
5. Agravo de Instrumento provido, determinando o
destaque de 20% a titulo de honorários advocatícios em
favor dos profissionais contratados. Agravo Interno
prejudicado.

(PROCESSO: 08092098520174050000, AG/SE,


DESEMBARGADOR FEDERAL ÉLIO WANDERLEY DE
SIQUEIRA FILHO, 1º Turma, JULGAMENTO: 24/05/2018,
PUBLICAÇÃO:) (grifo nosso).

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO
REQUERIDA ANTES DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO.
LIBERAÇÃO DOS VALORES CONDICIONADA À
APRESENTAÇÃO DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO

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PRÉVIO À CONTRATAÇÃO DO ESCRITÓRIO.
DESCABIMENTO.

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1. Cuida-se de agravo de instrumento aviado por MAIA &
MARIZ ADVOGADOS ASSOCIADOS contra decisão proferida
pelo Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba
que, em sede de execução contra a Fazenda Pública,
determinou a intimação do Município exequente, representado
pelo escritório de advocacia ora agravante, para, no prazo de 5
(cinco) dias, juntar aos autos cópia do procedimento
administrativo formal, regulado pela Lei nº. 8.666/93, que
precedeu e lastreou a celebração do contrato de honorários
advocatícios.
2. O Juízo a quo condicionou a liberação do alvará para
levantamento da quantia retida, em favor do escritório de
advocacia referido, à prévia apresentação do procedimento
licitatório que resultou no contrato de prestação de serviços
advocatícios prestado pelos causídicos.
3. É que inexiste óbice para a retenção dos honorários
advocatícios contratuais, porquanto foi devidamente cumprido
pelo advogado o disposto no parágrafo 4º do art. 22 da Lei
8.906/94, ou seja, o contrato de honorários advocatícios foi
juntado aos autos antes da expedição do requisitório.
Precedentes desta Segunda Turma.
4. No caso, havendo uma quantia a ser recebida pelo
constituinte, e restando cumprida a exigência disposta no artigo
22 da Lei n.º 8.906/94 notadamente em seu parágrafo 4º, há
autorização para a dedução da quantia a ser recebida, quando
o contrato de honorários advocatícios (negócio jurídico
contratual e autônomo firmado entre o Município exequente e o
seu escritório de advocacia) é juntado aos autos antes da
expedição do requisitório, caso dos autos.
5. A imposição, pelo Juízo de origem, de exigência à
expedição do alvará de liberação dos valores destacados e
depositados em favor do escritório agravante, qual seja, a

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de apresentação de procedimento licitatório que resultara
no contrato de prestação de serviços advocatícios, não

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possui respaldo legal, uma vez que a legislação de
regência do tema apenas dispõe quanto à necessidade de
juntada do contrato de honorários advocatícios
previamente à expedição do precatório.
6. Cumpre gizar, aliás, que eventual discussão em torno da
validade do contrato de honorários advocatícios (e seu
procedimento licitatório prévio), não cabe à Justiça
Federal, em face da inexistência de interesse federal no
exame da validade dos atos da Administração Pública
Municipal, mormente diante do entendimento segundo o
qual é da competência da Justiça comum estadual o
processamento e julgamento de ação de cobrança de
honorários advocatícios ajuizada por profissional liberal
em face de seu cliente (Súmula 363 do STJ).
7. Ademais, ainda que o assunto estivesse afeto ao juízo
federal, este exame não poderia ser realizado nos autos do
processo em foco. Afinal, o juiz que conduz o processo
relativo ao interesse do Município em receber
complementos pretensamente devidos pela União, não
realiza fiscalização sobre o processo de contratação do
advogado constituído pelo Município.
8. Agravo de instrumento provido, para determinar a
expedição do alvará de liberação dos valores destacados e
depositados em favor do escritório de advocacia
agravante.
(TRF 5ª Região, PROCESSO: 08003378120174050000,
AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO
DE OLIVEIRA LIMA, 2ª Turma, JULGAMENTO: 20/04/2017,
PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.
RETENÇÃO DE HONORÁRIOS EM PRECATÓRIO.

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VERIFICAÇÃO DA REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE.
PROVIMENTO.
1. A matéria devolvida a esta Corte cinge-se à exigência
imposta pelo juiz da execução de verificação da regularidade
do contrato de prestação de serviços advocatícios firmado
entre o Município ora agravante e os causídicos, para fins
deexpedição de precatório com destaque dos honorários
contratuais respectivos.
2. No caso concreto, observa-se, em juízo de cognição
sumária, que o contrato de prestação de serviço advocatício
que diz respeito ao processo nº 0815007-11.2016.4.05.8100,
foi juntado aos autos previamente à expedição do requisitório,
conforme exigência prevista no art. 22, parágrafo 4º, da Lei nº
8.906/94, não havendo previsão legal de outro
condicionamento para este fim.
3. Não é cabível discussão em torno da validade do
contrato de honorários advocatícios, cujo exame não cabe
à Justiça Federal, em face da inexistência de interesse
federal no exame de validade dos atos da Administração
Pública Municipal, mormente diante do entendimento
segundo o qual é da competência da justiça comum
estadual o processamento e julgamento de ação de
cobrança de honorários advocatícios ajuizada por
profissional liberal em face de seu cliente(Súmula 363 do
STJ).Precedente:08016626220154050000, EDAG/SE,
DESEMBARGADOR FEDERAL MANUEL MAIA
(CONVOCADO), 4ª Turma, JULGAMENTO: 19/12/2015.
4. Agravo de instrumento parcialmente provido para possibilitar
o destaque dos honorários advocatícios quando da expedição
do precatório, devendo o levantamento dos valores ser feito
apenas após o trânsito em julgado do presente agravo.

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( TRF 5ª Região, PROCESSO: 08025384620174050000,

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AG/SE, DESEMBARGADOR FEDERAL EDÍLSON NOBRE, 4ª
Turma, JULGAMENTO: 19/05/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo
nosso).

No mesmo norte, é importante notar que o Superior


Tribunal de Justiça, nos autos do REsp 1218630/SC, ensina que cumpre
ao magistrado seguir legislação que rege a matéria, não sendo possível
que se limite as prerrogativas do advogado, com base em condição
desemparada pelo ordenamento jurídico. Vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU


CONTRADIÇÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. MANDADO DE
SEGURANÇA. PETIÇÃO INICIAL. 115 LAUDAS.
INDEFERIMENTO. AUSÊNCIA DE AMPARO LEGAL.
MUNICÍPIO. ADVOGADO CONTRATADO. EXIGÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE DO PROCESSO
LICITATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
1. Não havendo no acórdão omissão, contradição ou
obscuridade capaz de ensejar o acolhimento da medida
integrativa, tal não é servil para forçar a reforma do julgado
nesta instância extraordinária.
2. O Código de Processo Civil não prevê a possibilidade de se
exigir do advogado a redução da exordial para um número de
folhas considerado pelo juiz como razoável, muito menos que
se indefira a petição inicial em razão da quantidade de laudas
da peça (no caso, 115 folhas).
3. Muito embora seja censurável a postura do impetrante, que
precisou se valer de mais de uma centena de laudas para
expor suas razões, não há óbice jurídico que limite o exercício
do direito de ação pela parte à determinado número de

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páginas. Esse quantum fica a critério exclusivo do bom senso
do advogado, a quem se recomenda buscar sempre a empatia

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do julgador, facilitando o seu acesso às teses jurídicas tratadas
na lide.
4. Cumpre ao magistrado observar a presença de
procuração que confira poderes ao advogado para
procurar em juízo, não sendo permitido exigir a juntada do
processo licitatório que tenha autorizado a contratação do
representante do município, para verificar a regularidade
do ajuste.
5. Eventuais dúvidas quanto à regularidade da licitação
deverão ser sanadas na sede adequada, que não é a da
presente demanda, em que se impetrou o mandado de
segurança apenas para discutir a cobrança de tributo e
assegurar a emissão de CDA em favor da municipalidade.
6. Recurso especial provido.
(REsp 1218630/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/02/2011, DJe
10/03/2011) (grifo nosso).

Desta forma, observa a total incompetência deste


juízo em analisar a validade do contrato firmado entre as partes, bem
como a inexistência de interferência das posições adotadas pelo TCU.

IV – DA EXISTÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO.

De inicio, é importante destacar que Respondendo à


Impugnação ao Cumprimento de Sentença (Identificador:
4058000.2536701), o Município de Maceió – AL chancelou o destaque
dos honorários contratuais, pleiteados pela Monteiro e Monteiro,
mencionando, ainda que:

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Por fim, com relação ao pedido de Identificador:
4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no
sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários
contratuais nos termos em que foram requeridos pela banca
jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade
anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA, para
que fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante


jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no
AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é
possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do
contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é
legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.

Ora, tendo a parte se manifestado expressamente


nos autos, não há qualquer necessidade de nova intimação para se
manifestar acerca do mesmo ponto.
Neste contexto, percebe-se que a União busca
atrasar o regular processamento do feito, devendo ser rejeitadas suas
alegações.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
V - DO REQUERIMENTO FINAL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Ex positis, pugna o escritório peticionante pelo regular
processamento do feito, sendo expedido o precatório com a retenção dos
honorários contratuais, conforme anteriormente requerido.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife/PE, 11 de junho de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE Nº 11.338

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18071118464787100000003427557
Data e hora da assinatura: 11/07/2018 18:47:37
Identificador: 4058000.3407277
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 18/18
11/07/2018 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumen…
fls. 501
PROCESSO Nº: 0800907-04.2016.4.05.0000

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
AUTOR: UNIÃO FEDERAL

ADVOGADO DA UNIÃO: RODRIGO DA CUNHA VELOSO

RÉU: ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ADVOGADO: ANTONIO MENEZES FERNANDO

RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO - PLENO (CONVOCADO)

RELATÓRIO

Trata-se de Ação Rescisória com Pedido de Antecipação de Tutela interposta pela União em face de Acórdão
proferido pela nos autos da Ação nº 0011204-19.2003.4.05.8000, no Tribunal Regional Federal da 5ª Região-
TRF5.

O Acórdão considerou que:

"A Emenda Constitucional 14/96 determinou à instituição, "no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de
natureza contábil", formado, basicamente, por recursos da Unidade Federativa respectiva e dos municípios
nela localizados. Conquanto eventual, a contribuição da União se daria sempre que o valor por aluno não
alcançasse o mínimo definido nacionalmente (ADCT, art. 60, §§ 1º, 2º, 3º e 7º, com a redação da EC 14/96).
Conquanto deixado a critério do Presidente da República, o Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) jamais
poderia ter sido fixado abaixo da média nacional, obtida da divisão dos recursos totais (referentes a todos os
fundos estaduais) pelo total das matriculas realizadas em todo o país, acrescido do total (nacional) estimado
de novas matriculas."[1]

A Ação Rescisória oposta pela União foi, em síntese, nos seguintes termos:

"(...) Nos moldes do art. 12, II, do CPC, a representação judicial dos Municípios, ativa e passivamente, deve
ser exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente municipal não pode ser exercida por
Associação de direito privado, vez que se submete às normas de direito público. Assim sendo, insuscetível de
renúncia ou de delegação a pessoa jurídica de direito privado, tutelar interesse de pessoa jurídica de direito
público sob forma de substituição processual. E isso não é questão de mera representação, mas sim de
ilegitimidade." [2]

O Desembargador Federal, José Bosco Medeiros de Sousa, proferiu decisão nos seguintes termos:

"À primeira vista, vislumbro a probabilidade do direito em face do acórdão rescindendo, o qual, ao meu ver e
com o devido respeito, viola (CPC/1973, art. 485, "literal disposição de lei" V), porquanto o art. 12, II, do
CPC, vigente à época, dispõe que será representado em Juízo, ativa e passivamente, " o Município, por seu
Prefeito ou procurador". Ou seja, não possui legitimidade Associação privada para representar ou tutelar, em
nome próprio, direito ou interesse de Edilidade, conforme a orientação do STJ (...) Por outro lado, já teria
dado início a execução do julgado, a revelar o perigo de dano. Assim, o pedido de tutela antecipada para
https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=e0edb978d… 1/8
1/8
11/07/2018 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumen…
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determinar a suspensão da defiro execução do julgado, prolatado nos autos da ação ordinária nº 0011204-
19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL. Dispenso o depósito "[3]

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
A Ré, Associação dos Municípios Alagoanos, apresentou Contestação, no sentido de:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
"A tese da União não merece prosperar por diversas razões, entre elas pelo simples fato do tema que
fundamenta o pleito rescindendo não ter sido alvo de questionamento ou debate. Observe que a ementa do
julgado cuja União busca rescindir, gerado a partir de apelação da AMA (ora Ré) diante de sentença pela
improcedência de seu pleito perante a instância singular (...) Ou seja: do confronto da própria ementa com os
argumentos questionados como omissos pelas partes JÁ SE NOTA QUE A LEGITIMIDADE DA AMA
NUNCA CHEGOU A SER APONTADA PELA UNIÃO OU MESMO ABORDADA PELO ACÓRDÃO
EXARADO POR ESTA MAGNÂNIMA CORTE"[4]

É o Relatório.

[1] ACÓRDÃO

TRIBUTÁRIO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF). VALOR MÍNIMO
NACIONAL POR ALUNO (VMNA) ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL. 1. Sentença que se nega a condenar a União a repassar quantia equivalente aos recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os municípios representados pela autora supostamente deixaram de
receber, na vigência da Lei n. 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) abaixo da média nacional. 2. A Emenda Constitucional 14/96
determinou a instituição, "no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério, de natureza contábil", formado, basicamente, por recursos da Unidade Federativa respectiva e dos municípios nela localizados. Conquanto eventual, a contribuição
da União se daria sempre que o valor por aluno não alcançasse o mínimo definido nacionalmente (ADCT, art. 60, §§ 1º, 2º, 3º e 7º , com a redação da EC 14/96) 3. Conquanto
deixado a critério do Presidente da República, o Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) jamais poderia ter sido fixado abaixo da média nacional, obtida da divisão dos
recursos totais (referentes a todos os fundos estaduais) pelo total das matriculas realizadas em todo o país, acrescido do total (nacional) estimado de novas matriculas.
Inteligência do art. 6º , §1º, da Lei n. 9.424/96. Precedente da Quarta Turma deste Regional, confirmado pela Primeira Turma do STJ (AC 348.781/AL, Des. Federal Marcelo
Navarro; REsp n. 882.212/AL, Min. José Delgado) 4. Disciplina reformulada a partir da Emenda Constitucional n. 53/06 e da Medida Provisória n. 339/06, convertida na Lei n.
11.494/07. 5. Apelação provida em parte.

[2] AÇÃO RESCISÓRIA

AÇÃO RESCISÓRIA OBJETIVANDO DESCONSTITUIR TUTELA JURISDICIONAL PROLATADA NOS AUTOS DA AÇÃO ORDINÁRIA Nº 0011204-19.2003.4.05.8000
(2003.80.00.011204-0), DASEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS (7ª Vara Federal/AL) A , pessoa jurídica de direito público interno, com sede Brasília/DF, representada UNIÃO
judicialmente pela Procuradoria Regional da União -5ª Região, situada no endereço indicado ao final desta página, através da Advogada da União que esta subscreve, vem,
perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 485 do CPC, ajuizar a presente AÇÃO RESCISÓRIA (com pedido de antecipação de tutela) com fulcro no artigo 485, inciso
V, do Código de Processo Civil, em face da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS , com sede na Avenida Dom Antonio Brandão, 218, Farol, Maceió/AL,
CEP: 57.021-190, inscrita no CNPJ 10.808.582/0001-90. I - DA SÍNTESE DOS FATOS Na origem, foi ajuizada ação ordinária, pela Associação dos Municípios Alagoanos
(processo nº 0011204-19.2003.4.05.8000), na qual se pleiteou provimento jurisdicional para condenar a União ao pagamento de supostas diferenças devidas e não repassadas a
título de complementação da transferência dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF, em razão
da fixação do valor mínimo anual por aluno se encontrar em desacordo e aquém do previsto na Lei Federal nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, consoante redação do caput do
art. 6º combinado com a regra disposta no § 1º. Prolatada sentença na ação ordinária, os pedidos da Associação foram julgados improcedentes, como prova a documentação em
anexo. A Associação ora Ré interpôs recurso de apelação, cujo acórdão proferido por esse Quinto Regional reformou a sentença para julgar procedente a pretensão autoral, nos
seguintes termos: TRIBUTÁRIO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF).
VALOR MÍNIMO NACIONAL POR ALUNO (VMNA) ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL. 1. Sentença que se nega a condenar a União a repassar quantia equivalente aos recursos
do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os municípios representados pela autora supostamente
deixaram de receber, na vigência da Lei n. 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) abaixo da média nacional. 2. A Emenda
Constitucional 14/96 determinou a instituição, "no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério, de natureza contábil", formado, basicamente, por recursos da Unidade Federativa respectiva e dos municípios nela localizados. Conquanto eventual,
a contribuição da União se daria sempre que o valor por aluno não alcançasse o mínimo definido nacionalmente (ADCT, art. 60, §§ 1º, 2º, 3º e 7º , com a redação da EC 14/96)
3. Conquanto deixado a critério do Presidente da República, o Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) jamais poderia ter sido fixado abaixo da média nacional, obtida da
divisão dos recursos totais (referentes a todos os fundos estaduais) pelo total das matriculas realizadas em todo o país, acrescido do total (nacional) estimado de novas
matriculas. Inteligência do art. 6º , §1º, da Lei n. 9.424/96. Precedente da Quarta Turma deste Regional, confirmado pela Primeira Turma do STJ (AC 348.781/AL, Des. Federal
Marcelo Navarro; REsp n. 882.212/AL, Min. José Delgado) 4. Disciplina reformulada a partir da Emenda Constitucional n. 53/06 e da Medida Provisória n. 339/06, convertida
na Lei n. 11.494/07. 5. Apelação provida em parte. A União interpôs recurso de embargos de declaração que foi negado provimento e posteriormente Recurso Especial e
Extraordinário. A Associação ora Ré também interpôs recurso especial, o qual fora negado provimento pelo C. STJ. O Recurso extraordinário do Ente Público Federal foi
inicialmente admitido, porém posteriormente declarado prejudicado, nos termos do art. 543-B, §3º, do CPC. Já o recurso especial foi inadmitido, ensejando a interposição de
agravo de instrumento, o qual foi negado provimento pela Ministra Relatora. Transcreve-se trecho da decisão (...) Nos termos do art. 544 do Código de Processo Civil (redação
anterior à Lei n. 12.322/10), combinado ao art. 254, I, do Regimento Interno desta Corte (redação anterior à Emenda Regimental n. 16/14), o Relator está autorizado, por meio
de decisão monocrática, a negar provimento ao Agravo de Instrumento, quando ausentes os pressupostos de admissibilidade do Recurso Especial. Quanto a preliminar arguída, o
Tribunal de origem decidiu a questão da atuação da Associação Autora em nome dos municípios associados, sob o fundamento de que agia em conduta típica de representação,
conforme extrai-se dos seguintes excertos do acórdão recorrido (fls. 150/162e): 1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age
em nome dos municípios que lhe são associados, em típica relação de representação, fundada no art. 5o, inciso XXI, da Constituição Federal. 2. A inicial encontra-se instruída
com a ata da assembleia que autorizou o ajuizamento da ação e com A lista dos municípios associados (Lei n° 9.424/97, art. 2°-A, parágrafo único) - fs. 44 e 274. 3. Nada há,
portanto, que impeça o conhecimento da ação. Nas razões do Recurso Especial, tal fundamentação não foi refutada, repercutindo na inadmissibilidade do recurso, visto que esta
Corte tem firme posicionamento segundo o qual a falta de combate a fundamento suficiente para manter o acórdão recorrido justifica a aplicação, por analogia, da Súmula n.
283 do Colendo Supremo Tribunal Federal: "É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não
abrange todos eles".(...) No mérito, não se pode conhecer a apontada violação ao art. 535 do Código de Processo Civil, porquanto o recurso cinge-se a alegações genéricas e,
por isso, não demonstra, com transparência e precisão, qual seria o ponto omisso, contraditório ou obscuro do acórdão recorrido, bem como a sua importância para o deslinde
da controvérsia, o que atrai o óbice da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal, aplicável, por analogia, no âmbito desta Corte (...) Ademais, firmou-se nesta Corte o

https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=e0edb978d… 2/8
2/8
11/07/2018 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumen…
fls. 503
entendimento segundo o qual o recurso especial, interposto pela alínea e/ou pela alínea , do inciso III, do art. 105, da Constituição da República, a c não merece prosperar
quando o acórdão recorrido encontra-se em sintonia com a jurisprudência dessa Corte, a teor da Súmula 83/STJ, verbis : Não se conhece do recurso especial pela divergência,
quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida. Cumpre sublinhar que o alcance do referido entendimento aos recursos interpostos com
fundamento na alínea , do permissivo constitucional, decorre do fato de que a aludida divergência a diz respeito à interpretação da própria lei federal ( v.g .: AgRg no AREsp

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
322.523/RJ, 1ª T., Rel. Min. Sérgio Kukina, DJe de 11.10.2013; e AgRg no REsp 1.452.950/PE, 2ª T., Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 26.08.2014). Anote-se que, para a
aplicação do entendimento previsto na Súmula 83/STJ, basta que o acórdão recorrido esteja de acordo com a orientação jurisprudencial firmada por esta Corte, sendo
prescindível a consolidação do entendimento em enunciado sumular, ou a sujeição da matéria à sistemática dos recursos repetitivos, nos termos do art. 543-C, do Código de
Processo Civil, com trânsito em julgado (AgRg no REsp 1.318.139/SC, 2ª T., Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 03.09.2012). Na hipótese dos autos, verifico que o acórdão
recorrido adotou entendimento pacificado nesta Corte no sentido de que para fins de complementação pela União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental - FUNDEF (art. 60 do ADCT, redação da EC 14/96), o Valor Mínimo Anual por Aluno - VMAA, de que trata o art. 6º, § 1º, da Lei n. 9.424/96, deve ser calculado
levando em conta a média nacional, conforme julgado assim ementado (...) Isto posto, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil (redação anterior à Lei n.
12.322/10), combinado ao art. 254, I, do Regimento Interno desta Corte (redação anterior à Emenda Regimental n. 16/14), NEGO PROVIMENTO ao Agravo de Instrumento" A
União ainda interpôs Agravo Regimental que não fora conhecido. A Associação ora Ré interpôs embargos de declaração também rejeitados. A decisão transitou em julgado em

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
07.10.2015 II - DOS PRESSUPOSTOS FORMAIS DE PROCESSAMENTO DA AÇÃO II.1DA TEMPESTIVIDADE Cumpre ressaltar, por cautela, que a presente ação foi
ajuizada dentro do prazo previsto no artigo 495 do CPC , tendo em vista que o trânsito em julgado da decisão rescindenda ocorreu em 07.10.2015 (certidão anexa, emitida pelo
E. STJ), de modo que o prazo fatal para ajuizamento somente ocorreria após o decurso de dois anos da referida data . II.2 - DA DISPENSA DO DEPÓSITO PRÉVIO A União,
pessoa jurídica de direito público interno, está dispensada de fazer o depósito prévio na presente ação rescisória, com base no disposto no art. 488, parágrafo único, do CPC, e
no art. 24-A da Lei nº 9.028, de 12 de abril de 1995, acrescentado pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24/08/2001 (DOU de 27/08/2001). (...)II.3 - DA COMPETÊNCIA DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO Sobre a competência para julgamento de ações rescisórias, dispõe a Constituição Federal (...)Dessa forma, a
CF/88 determinou a competência do STJ para julgamento de ações rescisórias de seus julgados, bem como a competência dos Tribunais Regionais Federais para julgamento de
ações rescisórias de seus julgados e dos juízes federais da região. No presente caso, esta ação tem por objetivo rescindir decisão transitada em julgado em razão de violação ao
art. 12, II, do CPC, tendo em vista que Associações, pessoas jurídicas de direito privado , não podem representar em juízo interesses da municipalidade. Saliente-se que tal
matéria apenas foi suscitada nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000 quando da interposição do Agravo Regimental pela União, o qual não foi conhecido,
pelo que não houve pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça. Dessa forma, ainda que se entenda que o STJ, nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, ao
apreciar o agravo de instrumento interposto pela União em razão da inadmissão de seu recurso especial tenha se manifestado sobre o mérito recursal, princípio da
eventualidade, não houve pronunciamento da C. Corte sobre o objeto da presente rescisória, pelo que a competência para julgamento desta ação é do Quinto Regional. Neste
sentido, é o conteúdo da súmula 515 do STF, aplicada analogicamente. Súmula 515 STF: "A competência para a ação rescisória não é do Supremo Tribunal Federal, quando a
questão federal, apreciada no recurso extraordinário ou no agravo de instrumento, seja diversa da que foi suscitada no pedido rescisório. Isto porque, repita-se, nesta ação se
suscita matéria que não foi apreciada pelo STJ nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, em razão do não conhecimento do agravo regimental da União, pelo que
a competência para apreciação da presente rescisória é deste Egrégio Quinto Regional. Seguem abaixo a jurisprudência do STJ sobre a matéria (...)III - DO MÉRITO A
presente ação rescisória, fulcrada no artigo 485, inc. V, do CPC, busca desconstituir decisão jurisdicional flagrantemente violadora de dispositivo de Lei Federal. (...)Com efeito,
nos moldes do art. 12, II, do CPC, a representação judicial dos Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente
municipal não pode ser exercida por Associação de direito privado, vez que se submete às normas de direito público. Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de delegação a
pessoa jurídica de direito privado, tutelar interesse de pessoa jurídica de direito público sob forma de substituição processual. E isso não é questão de mera representação, mas
sim de ilegitimidade. (...)Logo, não há possibilidade de uma associação se arvorar à condição de representante dos municípios, uma vez que, pela legislação de regência, tal
atribuição é do seu respectivo EXCLUSIVA prefeito e/ou procurador municipal. mais, não pode o Executivo Municipal dispor de sua autonomia e associar-se deliberadamente a
terceiros. A natureza de pessoa jurídica de direito público dos municípios impede que o Chefe do Executivo local delegue à pessoa jurídica que lhe é estranha poderes que lhes
são próprios exclusivos. Não se pode delegar que uma associação decida, em nome do município, se vai ou não ingressar com determinada ação judicial, e assim lhe vincular e a
seus munícipes. (...)Repise-se que a tutela em juízo dos direitos e interesses das pessoas de direito público tem regime próprio, revestido de garantias e privilégios de direito
material e de direito processual, insuscetível de denúncia ou de delegação a pessoa de direito privado, sob forma de substituição processual. O vício processual decorrente da
ilegitimidade é insanável! Em sendo assim, manifesto reconhecer que os Municípios não podem se beneficiar da equivocada ação manejada pela AMA, uma vez que esta não
possuía legitimidade para propô-la, tampouco era hipótese de legitimação extraordinária. Forte nas razões acima expostas, conclui-se que o acórdão que se pretende rescindir
violou disposição literal de lei, quando julgou procedente uma demanda em que a parte autora sequer possuiu legitimidade para estar em juízo. Ante o exposto, requer a União
seja julgada procedente a presente ação para rescindir decisão judicial transitada em julgado proferida nos autos do processo de n. 0011204-19.2003.4.05.8000, por violar o
disposto no art. 12, II, do CPC. IV - DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA A ação rescisória, ora proposta perante esse Eg. Tribunal, tem como escopo a
desconstituição de decisão judicial transitada em julgado, que possui natureza de título executivo. Hordiernamente, desde que observado os requisitos do art. 273, do CPC, resta
pacificado na jurisprudência a possibilidade de concessão de tutela antecipada em ação e rescisória, conforme dispõe o art. 489, do CPC (...)É de se considerar, ademais, que a
antecipação da tutela que se pleiteia desse E. Tribunal, para suspensão das execuções do v. Acórdão rescindendo, têm fundadas razões de ser, porquanto o perigo da demora da
prestação jurisdicional definitiva (julgamento do mérito da rescisória) acarretará prejuízo à Fazenda Pública, quando não irremediável, mas de difícil reparação, uma vez que
não há suspensão dos atos judiciais e administrativos necessários a liquidação dos precatórios expedidos em favor dos municípios alagoanos. Portanto, no que se refere ao
segundo requisito, ou seja, a iminência de dano de difícil reparação, ele se comprova pela iminência de pagamento de quantias vultuosas indevidas aos Municípios Exequentes .
Diante do exposto, liminarmente, requer a concessão da antecipação dos efeitos da tutela pretendida, determinando a suspensão de todas as execuções decorrente do título
judicial coletivo. V - DO PEDIDO Por tudo acima exposto, requer a União: a) a dispensa do depósito a que alude o inciso II, do artigo 488, do Código de Processo Civil, diante
do disposto no art. 24-A, da Lei nº 9.028/95 (com redação convalidada pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001); b) postas as razões acima à apreciação
desse Eg. Tribunal, a União tem como preenchidas as condições para merecer O DEFERIMENTO DA TUTELA JURISDICIONAL ANTECIPADA para suspender a
tramitação de todas as execuções decorrente do título judicial coletivo ora impugnado , com comunicação do inteiro teor dessa a todos os juízos da Seção de Judiciária de
Alagoas, tendo em vista a execução de título coletivo é de livre distribuição, ou, subsidiariamente, a suspensão da expedição dos precatórios decorrentes da execução do título
judicial objeto desta rescisória ; c) a citação do réu para que, em assim desejando, conteste os pedidos da presente Ação Rescisória, sob pena de, não o fazendo, presumirem-se
verdadeiros os fatos aqui articulados; d) a procedência do pedido da presente ação rescisória, a fim de que seja rescindido o r. acórdão em discussão, por violação ao 12, II do
Código de Processo Civil, e que, no juízo rescisório, seja reconhecida a ilegitimidade ativa da AMA para propor a ação ordinária n. 0011204-
19.2003.4.05.8000(2003.80.00.011204-0) e extinção de todas as execuções decorrentes do título rescindido; e) a condenação da ré ao pagamento de honorários advocatícios e
demais despesas sucumbenciais, nos termos da lei. Dá-se à presente causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Protesta-se por todos os meios de prova
admitidos em direito, e, em especial, pela produção de prova documental. Pede deferimento. Recife, 12 de fevereiro de 2016. Rodrigo da Cunha Veloso

[3] DECISÃO

PROCESSO Nº 0800907-04.2016.4.05.0000 - AÇÃO RESCISÓRIA AUTORA: UNIÃO RÉ: ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS D E C I S Ã O 1. R. H. 2. Cuida-
se de ajuizada pela UNIÃO em face da ASSOCIAÇÃO ação rescisória DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS, visando à desconstituição do acórdão transitado em julgado, prolatado
pela 2ª Turma do TRF5, nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000, em tramitação na 7ª Vara Federal (AL), que reconheceu o direito ao pagamento, em favor
dos Municípios alagoanos e representados pela referida Associação, das diferenças devidas e não repassadas a título de complementação da transferência dos recursos do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF, em razão da fixação do valor mínimo anual por aluno se encontrar em
desacordo e aquém do previsto na Lei nº 9.424/1996. 3. A autora alega que o acórdão rescindendo violou o art. 485, V, do CPC/1973, atual art. 966, V, do CPC/2015, uma vez
que a Associação dos Municípios Alagoanos, autora da mencionada ação e ora ré, não possui legitimidade para representar pessoas jurídicas de direito público, no caso,
Municípios, cuja representação deve observância ao art. 12, II, do CPC/1973. 4. Formula pedido de tutela antecipada no sentido da suspensão da execução do julgado em curso
ou "suspender a tramitação de todas as execuções decorrente do título judicial coletivo ora impugnado , com comunicação do inteiro teor dessa a todos os juízos da Seção de
Judiciária de Alagoas, tendo em vista a execução de título coletivo é de livre distribuição, ou, subsidiariamente, a suspensão da expedição dos precatórios decorrentes da
execução do título judicial objeto desta rescisória." (cf. petição inicial) . 5. Decido. 6. O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. (...)8. Sobre a legitimidade ativa da autora, o voto do Exmº
Relator acena que "1. Ao formular pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome dos municípios que lhe são associados, em típica
relação de representação fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição Federal. 2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o ajuizamento da ação
e com a lista dos municípios associados (Lei no 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e274. 3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação." 9. À primeira
vista, vislumbro a probabilidade do direito em face do acórdão rescindendo, o qual, ao meu ver e com o devido respeito, viola (CPC/1973, art. 485, "literal disposição de lei" V),
porquanto o art. 12, II, do CPC, vigente à época, dispõe que será representado em Juízo, ativa e passivamente, " o Município, por seu Prefeito ou procurador". Ou seja, não
possui legitimidade Associação privada para representar ou tutelar, em nome próprio, direito ou interesse de Edilidade, conforme a orientação do STJ (...)10. Por outro lado, já
teria dado início a execução do julgado, a revelar o perigo de dano. 11. Assim, o pedido de tutela antecipada para determinar a suspensão da defiro execução do julgado,
prolatado nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL. 12. Dispenso o depósito (CPC, art. 968, II, § 1º). 13. Oficiem-se ao Juízo de origem
para cumprimento, assim como aos Juízos Federais Cíveis da Seção Judiciária de Alagoas. 14. Intime-se a autora desta decisão. Cite-se a ré para apresentação, querendo, de
resposta, no prazo de 30 (trinta) dias (CPC, art. 970). Recife, data da validação no sistema. Desembargador Federal João Bosco Medeiros de Sousa Relator (Convocado)

[4] CONTESTAÇÃO

https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=e0edb978d… 3/8
3/8
11/07/2018 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumen…
fls. 504
PROCESSO Nº: 0800907-04.2016.4.05.0000 - AÇÃO RESCISÓRIA. AUTORA: UNIÃO FEDERAL. RÉ: ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS - AMA.
ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS - AMA , pessoa jurídica devidamente inscrita sob o CNPJ/MF n.º 10.808.582/0001-90, com sede na Avenida Antônio
Brandão, 218, Farol, Maceió, Alagoas, por conduto de seus advogados e bastantes procuradores, conforme instrumento procuratório e substabelecimento anexos ( Doc. 01) , os
Beis. ANTÔNIO MENEZES FERNANDO BATISTA COSTA, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Alagoas sob o n.º 2.011, com escritório profissional na

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Rua Lafayete Belo, 86, 1º andar, Poço, Maceió, Alagoas; LUCIANO PONTES DE MAYA GOMES , brasileiro, casado, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil -
Seccional Alagoas sob o n.º 6.892, com endereço profissional na Avenida Cid Scala, 427, Poço, Maceió, Alagoas; PEDRO DUARTE PINTO , brasileiro, solteiro, advogado,
inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Alagoas, sob o n.º 11.382, com endereço profissional na Avenida Cid Scala, 427, Poço, Maceió, Alagoas; e ADRIANO
CASTRO E DANTAS, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na Seccional Goiás da Ordem dos Advogados do Brasil sob o n.º 29.138 e na Seccional Pernambuco da Ordem dos
Advogados do Brasil sob o n.º 12.933, com endereço profissional na Rua 10, 365, Centro, Goiânia, Goiás, vem, respeitosamente, perante Vossas Excelências, com fulcro no artigo
970 do Código de Processo Civil de 2015, apresentar CONTESTAÇÃO em face da Ação Rescisória ajuizada pela União, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. DA
TEMPESTIVIDADE. Para verificar a tempestividade da presente contestação, cumpre desde logo observar a prescrição do artigo 239, §1º do Código de Processo Civil de 2015
(...)Assim, o prazo de 30 (trinta) dias para apresentar resposta à presente Ação Rescisória concedido pelo relator na douta decisão liminar, nos termos do artigo 970 do Código
de Processo Civil de 2015 , teve sua contagem iniciada em 29/11/2016 (quinta-feira), sendo suspensa no dia 08/12/2016 (quinta-feira, "Dia da Justiça" - Lei n.º 6.741/1979) e

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
entre os dias 20/12/2016 (terça-feira) e 20/01/2017 (sexta-feira), conforme o artigo 220 do mesmo CPC/2015. O termo final para a apresentação da presente Contestação, dessa
maneira, apenas ocorreria no dia 13/02/2017 (segunda-feira), pelo que resta comprovada sua tempestividade. II. DOS FATOS. Tratam os presentes autos de Ação Rescisória
com pedido de antecipação de tutela ajuizada pela União Federal, cujo pedido principal busca desconstituir título judicial originado deste Egrégio Tribunal Regional Federal da
Quinta Região, no qual foi ordenado à União que adotasse a sistemática de cálculo do valor mínimo anual por aluno nos moldes previstos pela Lei n.º 9.424/1996, em
consequência determinando a realização de complementações relativas aos valores não repassados aos municípios alagoanos associados à Associação dos Municípios de
Alagoas - AMA, ora Embargante. Em suma, a causa de pedir que embasa a pretensão da União resume-se em uma suposta ilegitimidade da AMA para representar os
Municípios Alagoanos em juízo , defendendo com amparo no art. 12, inciso II do Código de Processo Civil de 1973 A tese da União não merece prosperar por diversas raz ões,
entre elas pelo simples fato do tema que fundamenta o pleito rescindendo não ter sido alvo de questionamento ou debate. Observe que a ementa do julgado cuja Uni ão busca
rescindir, gerado a partir de apelação da AMA ( ora Ré) diante de sentença pela improced ência de seu pleito perante a instância singular (...)Ou seja: do confronto da própria
ementa com os argumentos questionados como omissos pelas partes JÁ SE NOTA QUE A LEGITIMIDADE DA AMA NUNCA CHEGOU A SER APONTADA PELA
UNIÃO OU MESMO ABORDADA PELO ACÓRDÃO EXARADO POR ESTA MAGNÂNIMA CORTE. De qualquer forma, vale o registro de que a ambos os Embargos de
Declarações esta Corte negou provimento , o que desencadeou a interposição de Recursos Especiais pelas partes e Recurso Extraordinário pela União. E, conforme narrado pela
própria União na exordial, o Recurso manejado pela AMA teve provimento negado e os Recursos Especial e Extraordinário da União acabaram por ser inadmitidos. Destaque-
se, outrossim, que apenas quando da interposição de Agravo de Instrumento ante a decisão que inadmitira o Recurso Especial da União é que a ora Autora inovou (quando
não mais lhe era dado a assim proceder) e tratou do tema abarcado na presente Ação Rescisória, isto é, apontou para uma suposta ilegitimidade da AMA para representar os
Municípios Alagoanos. Chama a atenção, portanto, que apenas já ao fim da lide, em recurso cujo escopo é exclusivamente destravar os recursos extraordinários inadmitidos
na origem , é que provocou o Judiciário para que houvesse posicionamento acerca da legitimidade da AMA. A , alguns demais a União busca apoiar sua tese de ilegitimidade
da AMA em entendimentos jurisprudenciais apenas exarados no ano de 2011 - cerca de oito anos após o ajuizamento da ação originária e de três anos após a prolação do
acórdão que é atacado pela União - defendendo que teriam aplicação ao acórdão rescindendo, concluindo pelo que existiria vício processual decorrente da ilegitimidade apto a
ensejar a rescisão da decisão judicial transitada em julgado nos autos de n.º 0011204-19.2003.4.05.8000. Vale destacar, por ora, que a União convenientemente OMITIU que à
época do acórdão rescindendo havia controvérsia interpretativa a respeito do artigo 12, II do CPC/1973, o que afasta de pronto o cabimento da presente Ação Rescisória, nos
termos da Súmula n.º 343 do Supremo Tribunal Federal, conforme será mais adiante explicado. Por fim, ressalte-se que a presente Ação Rescisória tem conteúdo idêntico ao
processo n.º 0806650-29.2015.4.05.0000, no qual a União intentou rescindir julgado similar proferido relativamente à Associação Municipalista de Pernambuco - AMUPE,
autos estes que já formaram precedente desfavorável à pretensão da União ( Doc. 02) . São, em suma, os fatos. III. DO DIREITO. III. 1 . DA AUSÊNCIA DOS
PRESSUPOSTOS DA AÇÃO RESCISÓRIA: INEXISTÊNCIA DE DISCUSSÃO NO ACÓRDÃO RESCINDENDO SOBRE O ARTIGO 12, II DO CPC/1973. O primeiro
ponto meritório a ser abordado na presente contestação remete à desconsideração, pela Autora, de que o artigo 12, II do Código de Processo Civil, com base no qual intenta
rescindir o julgado, não foi objeto de enfrentamento pelo acórdão rescindendo, violando o próprio artigo 485, V do CPC/1973, no qual tenta fundar sua ação. Explique-se,
pois. De pronto, cabe destacar que a PRÓPRIA UNIÃO CONFESSA QUE A MATÉRIA RELATIVA À LEGITIMIDADE DA AMA NÃO FOI TRATADA NA AÇÃO
ORDINÁRIA n.º 0011204-19.2003.4.05.8000 , narrando que o tema foi discorrido exclusivamente em agravo interposto junto ao Superior Tribunal de Justiça, que sequer foi
conhecido. Rememore-se as afirmações da União (...)Como se lê, a própria Autora destacou que o artigo 12, II do CPC/1973 apenas fora levantado - e, portanto, tornou-se
apto a ser enfrentado pelo Judiciário - quando da interposição de agravo julgado em maio de 2015 pelo Superior Tribunal de Justiça , ocasião que inclusive inovou em
matéria recursal, o que é vedado pelos Tribunais Superiores. Isto é: conforme narrado pela União nos trechos transcritos, até muito depois da prolação do acórdão
rescindendo o tema que embasa toda a fundamentação da presente Ação Rescisória não havia sequer sido tocado pela Demandante . Ora: se até então a União não havia
ventilado a literalidade do dispositivo invocado como fulcro para rescindir o trânsito em julgado da ação originária, como será possível que o acórdão por si atacado haja
interpretado o artigo 12, II do CPC/1973 de modo a violá-lo diretamente ? Na verdade, Excelências, não houve, no acórdão rescindendo, a discussão da matéria relativa à
legitimidade da AMA em representar os Municípios Alagoanos diante do artigo 12, II do CPC/1973. . Com efeito, o trecho invocado pela União e citado pelo decisum aqui
recorrido NÃO faz qualquer pronunciamento exegético ou menção ao artigo 12, II do Código Processual Civil de 1973, tampouco discorrendo sobre a representação dos
Municípios Alagoanos apenas por seus prefeitos. (...)Ora, Excelências: se a propositura desta Ação Rescisória foi baseada na violação à literal disposição de , nos termos do
artigo lei 485, V do CPC/1973, em que momento do acórdão rescindendo houve a violação ao artigo 12, II do mesmo diploma processual? É que o acórdão atacado pela
União não tratou, em momento algum, da ordem emanada pelo artigo 12, II do CPC/1973, dispositivo invocado pela Autora , de forma que inexiste no acórdão rescindendo
qualquer ofensa à disposição literal de lei, como tenta fundamentar a União. Em outras palavras, a União não tenta afastar um vício do acórdão atacado ao defender a
literalidade do artigo 12, II do CPC/1973 através da presente Ação Rescisória, mas efetivamente adentrar em seu mérito, muito embora tenha tido inúmeras oportunidades de
suscitar o tema ao longo de todo o trâmite da ação originária . Trata-se, pois, de pleito temerário e incabível da União, cujo real escopo é o de enfrentar uma matéria que por
inércia não foi por si levantada no momento processual oportuno, travestindo tamanho desrespeito à ritualística civil e à coisa julgada como a proteção a dispositivo legal
supostamente ofendido. Assim, a Autora intenta desenhar perante esta Ilustre Corte um falso pressuposto, segundo o qual o artigo 12, II do Código Processual Civil de 1973
teria sido violado pelo acórdão rescindendo - na verdade, como se viu, tal dispositivo sequer foi citado . Aliás, no julgamento de Ação Rescisória similar - e já julgada como
improcedente por este mesmo Tribunal Regional Federal da 5ª Região -, de n.º 0806650-29.2015.4.05.0000, houve, da parte do Relator designado para a presente Ação
Rescisória, o Ilustre Desembargador Alexandre Luna Freire, considerações preliminares que destacaram justamente o ponto aqui levantado (...)Sendo assim, tal
posicionamento é imperioso e de necessária observância por esta Relatoria, visto que os precedentes citados no excerto acima têm demonstrado que a propositura de Ação
Rescisória com fulcro no artigo 485, V do CPC/1973 pressupõe que a norma legal apontada tenha sido infringida em sua literalidade pela decisão rescindenda , conforme já
reconhecido pelo douto desembargador relator. Nesse sentido sustentam os precedentes advindos do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal a respeito do
tema, que indicam a impossibilidade de rescindir acórdão que não tratou expressamente e exegeticamente do dispositivo apontado como violado (...)O fato, Excelências, é que
a suposta pacificação invocada pela União e da qual partiu o douto decisum embargado apenas existiu muito posteriormente ao julgamento do acórdão rescindendo, o qual
fora exarado em meio a contexto no qual existia controvérsia a respeito da interpretação adequada do artigo 12, II do CPC/1973 ante o artigo 5º, XXI da Constituição Federal
. Em casos assim, é incabível a propositura de Ação Rescisória, instituto que não poderá ser invocado para defender um dispositivo que suscitava dissídios interpretativos
quando da ocasião de seu julgamento . É a ordem expressa da Súmula n.º 343 do Supremo Tribunal Federal: " SÚMULA 343 Não cabe ação rescisória por ofensa a literal
disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais . "Tal é precisamente a hipótese destes autos: a
União tenta rescindir um acórdão que nada mais fez que se posicionar a respeito de dispositivo que dotava de interpretação controvertida nas cortes do país, entendimento
este que ainda segue sendo objeto de novas decisões díspares, como as acima transcritas . Assim, resta evidenciado equívoco da premissa adotada pela União, que intenta
convencer Vossas Excelências que o dispositivo invocado como violado tinha aplicação literal e incontroversa, o que, como exposto, não corresponde à realidade . A respeito
do tema, o próprio Superior Tribunal de Justiça já entendeu que quando a pacificação referente a um tema jurídico é posterior à prolação de determinado acórdão, este não
poderá ser rescindido com base em violação à legalidade . (...)É essencial ressaltar que o relator desta Ação Rescisória participara do julgamento do acórdão cujo trecho foi
acima transcrito, o qual obteve unanimidade quanto à improcedência daquela Ação Rescisória, de forma que a pretensão da União desobedece aos próprios precedentes desta
Corte Federal, formados com a colaboração e concordância deste ínclito relator, o Desembargador Federal Alexandre Luna Freire . Assim, como a Demandante
convenientemente omitiu-se quanto a observar que o acórdão rescindendo fora proferido três anos antes da pacificação da questão pelo Superior Tribunal de Justiça, seus
fundamentos deverão ser afastados, o que implicará o reconhecimento pela aplicação da Súmula n.º 343 do STF, restando fulminada sua pretensão.IV. DOS PEDIDOS. Ante o
exposto, REQUER-SE: a) Que seja examinado o recurso de Embargos de Declaração à decisão liminar que concedeu parcialmente o efeito suspensivo à rescisória, seja pelas
razões lá invocadas, seja pelas presentes considerações que igualmente apontam para a total ausência do direito à pretensão, máxime quando o Tribunal Pleno desta Corte
Federal, em decisão unânime, já rechaçou pretensão idêntica; b) Que seja julgada a extinta, por ausência de condição da ação, presente Rescisória, reconhecendo-se a
manifesta inadequação da argumentação apresentada pela União, baseada em premissa equivocada segundo a qual o acórdão rescindendo enfrentara ou de algum modo
interpretara o artigo 12, II do CPC/1973, apontado pela Autora como violado por esta Corte quando do julgamento da Ação Ordinária n.º 0011204-19.2003.4.05.8000 ; e/ou
c) Que seja julgada como improcedente a presente Ação Rescisória, fazendo-se isso diante do manifesto equívoco contido nas alegações da Autora, o qual consiste em
desconsiderar que o acórdão rescindendo fora exarado muito anteriormente à fixação de qualquer entendimento por Cortes Superiores a respeito do tema, havendo
interpretado dispositivo que era objeto de controvérsia à época, o que, conforme decidido por esta Corte Federal, pode impedir o prosseguimento de Ação Rescisória que vise a
desconstituir a coisa julgada com base em precedente posterior sobre tema objeto de controvérsia, conforme a Súmula n.º 343 do STF, fulminando-se as alegações da União,
as quais são contrárias aos precedentes formados pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região na Ação Rescisória n.º 0806650-29.2015.4.05.0000. Em consequência, que
seja reformada a decisão recorrida para afastar a ordem liminar por ela deferida, autorizando-se o prosseguimento das diversas execuções ajuizadas pelos Municípios do
Estado de Alagoas. d) A condenação da União ao pagamento de honorários advocatícios, a serem calculados, nos termos do artigo 85, §3º do Código de Processo Civil de
2015, com base no benefício econômico proveniente do presente julgamento, o qual corresponde à somatória dos valores devidos aos Municípios representados pela
Demandada. Por fim, requer-se a produção de provas em todos os meios admitidos em direito. Nesses termos, Pede deferimento.

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VOTO

Como relatado, o desejo da UNIÃO, é reverter acórdão da Segunda Turma sob a relatoria do Desembargador
Federal MANOEL ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a

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ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência da
Lei 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO que o
acórdão dever ser rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida instituição, pois na
conformidade do CPC/1973, art. 12. II, "a representação judicial dos Municípios, ativa e passivamente, deve
ser exercida por seu Prefeito ou Procurador."

Inicialmente, consigno a desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como


litisconsortes necessários, conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro ponto, por não
ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão turmária a representação
dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS. Daí que a rescisória
não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil[1], não devendo ser invocada a cláusula de
violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no julgamento da Segunda Turma o tema representação
processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da Constituição Republicana e não sob o fito do art. 12, II do
CPC/1973.

Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal Federal
(Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado
em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura não havia posição firme como
a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do Ministro TEORI ZAVASCKI,
dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município. Com efeito, a decisão do STJ é de
25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a UNIÃO
manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria do
Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito, já que o resultado foi o seguinte:

"Processual Civil. Aclaratórios de ambas as partes, ante julgado que fulmina de improcedência a pretensão.

O primeiro, da ré, em busca da condenação em honorários advocatícios, omissão que, em verdade, não ocorreu.
Está lá, no voto, bem assentado: Condenação da União em honorários advocatícos arbitrados em dois mil reais.

O segundo, da autora. Nesse, as notas taquigráficas reclamadas, já foram tangidas aos autos.

No mais, traz à tona a Súmula 343, do Supremo Tribunal Federal, a merecer destaque no se refere à expressão -
interpretação controvertida nos tribunais. Ou seja, não é aplicação diversa nos tribunais, mas norma que, pela
sua redação, exige interpretação, que, no caso, varia de tribunal para tribunal. O caso aqui é de aplicação
diversa, porque ora se entende assim, ora se entende de modo diferente. Não se aponta nem a norma devida que
enseja a interpretação controvertida.

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Já as demais, na violação aos arts. 75, inc. III, do Código de Processo Civil vigente, reiteração do inc. II, do art.
12, da lei processual civil anterior, e o art. 5º, inc. XXI, da Constituição, repousa, em verdade, o desejo expresso
de se rediscutir o mérito, pretensão que, evidentemente, não encontra espaço no instrumento processual

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escolhido e utilizado.

Não há defeito assim de omissão no julgado.

Improvimento aos dois embargos de declaração" (TRF5, Pleno, 21.03.2017).

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Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação não se
adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao tempo em que foi
levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do acórdão espancado o art.
12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal

ISTO POSTO, JULGO IMPROCEDENTE A AÇÃO RESCISÓRIA, revogando a liminar impeditiva de


acesso dos Municípios substituídos aos recursos questionados, de lavra do Desembargador Federal
Convocado João Bosco Medeiros de Sousa

É como voto.

MLCL

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. ILEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO DOS


MUNICÍPIOS ALAGOANOS. COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
RESCISÓRIA.

I - Almeja a UNIÃO reverter acórdão da Segunda Turma, sob a relatoria do Desembargador Federal MANOEL
ERHARDT (AC 348312), que assegurou aos Municípios representados pela ora RÉ (a ASSOCIAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS ALAGOANOS), a percepção do que deixaram de receber, na vigência da Lei 9.424/96, por
conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA). Alega a UNIÃO que o acórdão deve ser
rescindido pois as unidades federativas vieram a juízo através de indevida instituição, pois na conformidade do
CPC/1973, art. 12. II, "a representação judicial dos Municípios, ativa e passivamente, deve ser exercida por
seu Prefeito ou Procurador."

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II - Desnecessidade do chamamento de todos os Municípios substituídos como litisconsortes necessários,
conforme requerido pelo Município de Maceió/AL.

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III - Na hipótese, não é a rescisória a sede adequada para a reforma do julgado em baila. Ao primeiro ponto, por
não ter ocorrido violação a literal dispositivo legal. Com efeito, não foi base da decisão turmária a
representação dos entes federativos a cargo da AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS.
Daí que a rescisória não encontra o resguardo do art. 966 do Código de Processo Civil, não devendo ser

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
invocada a cláusula de violação a literal dispositivo de lei, até mesmo porque no julgamento da Segunda Turma
o tema representação processual foi focado sob o art. 5º, XXI, da Constituição Republicana e não sob o fito do
art. 12, II do CPC/1973.

IV - Noutro passo, ergue-se contra o sucesso da rescisória a dicção da Súmula 343 do Supremo Tribunal
Federal (Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver
baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais), já que àquela altura não havia posição
firme como a que foi adotada posteriormente pelo STJ no RMS 34.270/MG, relatoria do Ministro TEORI
ZAVASCKI, dizendo que a associação é ilegítima para postular em nome do Município. Com efeito, a decisão
do STJ é de 25.10.2011, enquanto o julgado deste Regional é de 06.05.2008.

V - O ânimo de rever em sede de rescisória decisão turmária que lhe foi desfavorável, fez com que a UNIÃO
manejasse demanda em tudo e por tudo semelhante à presente, tendo como alvo a ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, sob número 0806650-29.2015.4.05.0000, posto sob a relatoria do
Desembargador Federal VLADIMIR SOUZA CARVALHO, sem lograr êxito ( Pleno, 21.03.2017).

VI - Portanto, na compreensão deste Egrégio Tribunal, em formação plenária, a matéria sob apreciação não se
adéqua aos cânones da ação rescisória, pois não afronta a literal dispositivo de lei, já que ao tempo em que foi
levada a julgamento no âmbito da Segunda Turma, não foi tido como fundamento do acórdão espancado o art.
12, II do CPC/1973, mas sim o art. 5º, XXI, da Constituição Federal.

VII - Ação rescisória julgada improcedente, com revogação da liminar que obstaculizou o acesso dos
Municípios substituídos aos recursos financeiros questionados.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, o Pleno do egrégio Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, por unanimidade, julgar improcedente Ação Rescisória, nos termos do relatório e do voto
do relator constantes dos autos, que integram o presente julgado.

Recife, 30 de Maio de 2018.

Desembargador Federal IVAN LIRA DE CARVALHO


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Relator

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Processo: 0800907-04.2016.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
18060510555505600000011291968
IVAN LIRA DE CARVALHO - Magistrado
Data e hora da assinatura: 28/06/2018 15:41:22
Identificador: 4050000.11311071

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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18071118464787100000003427558
Data e hora da assinatura: 11/07/2018 18:47:37
https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=e0edb978d…
Identificador: 4058000.3407278 8/8
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 8/8
fls. 509

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 10 de Julho de 2018.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
18071010384881400000003411800
Data e hora da assinatura: 10/07/2018 10:39:07
Identificador: 4058000.3391512
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PROCURADORIA DA UNIÃO NO ESTADO DE ALAGOAS

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Processo Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000

Exequentes: Município de Maceió - AL

Executada: União

A UNIÃO , por seu Advogado in fine identificado, vem, tempestivamente, apresentar sua
IMPUGNAÇÃO aos cálculos apresentados pelos exequentes no pedido de cumprimento de sentença, o
que faz com apoio nas razões de fato e de direito a seguir expendidas.

I - DA SINTESE DOS FATOS:

Cuida-se de pedido de CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (acórdão) que julgou ação proposta pela AMA
- Associação dos Municípios de Alagoas em face da União através do qual o Município de Maceió busca
materializar o direito reconhecido na Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, proposta pela referida
associação.

Através da petição de ID nº 4058000.2536701 se constata que o Município de Maceió se faz representar


na presente execução pela sua Procuradoria Municipal, ao passo que através das petições de ID nº
4058000.2502494 e ID nº 4058000.3160311 o escritório de Advocacia MONTEIRO E MONTEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS pede, respectivamente, a intervenção como terceiro sob a alegação
de ter direito a honorários contratuais no percentual de 20% do montante executado em razão do
contrato que possui com a AMA, e a liberação do pagamento do montante objeto da execução -
tanto o valor principal para o município exequente, quanto os referidos honorários contratuais de
20% daquele valor, para o referido escritório -, em razão do julgamento proferido pelo TRF da 5ª
Região pela improcedência da Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, proposta para
desconstituir a decisão proferida na ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, que deu origem ao
título no qual se ampara a execução ora impugnada.

Não merece prosperar as pretensões do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS supra expostas, ante as razões a seguir expostas.

A União foi intimada para se manifestar sobre os documentos anexados pelo referido escritório - que se
referem ao julgamento desfavorável à União da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000 pelo TRF da 5ª
Região, a qual foi proposta pela mesma no intuito de desconstituir a decisão transitada em julgado no
processo nº 0011204-19.2003.4.05.8000, a qual se constitui o título executivo que ampara a presente
execução.

Ocorre que tal AR ainda NÃO transitou em julgado, devendo, em razão do princípio da segurança jurídica
manter-se o processo suspenso até que tal trânsito ocorra, sob pena de o prosseguimento da execução,
com o pagamento dos requisitórios expedidos, configurar dano irreparável aos cofres públicos, no caso de
reversão da decisão do TRF através dos recurso interpostos pela União às instâncias superiores.

1/10
fls. 511

Outrossim, ainda não houve nos autos a comunicação oficial do TRF da 5ª Região quanto ao referido

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
julgamento de 1º grau, devendo o processo permanecer suspenso, ao menos até a realização de tal
comunicação, como muito bem decidiram os juízos da 3ª e 4ª Varas dessa mesma Seção Judiciária de
Alagoas, in verbis:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
" PROCESSO Nº: 0803667-16.2015.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

EXEQUENTE: MUNICIPIO DE JACARE DOS HOMENS e outro


ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
3ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

DESPACHO

1. Não obstante a petição retro, noticiando o julgamento de improcedência da ação rescisória


n.0800907-04.2016.4.05.0000 e pugnando pelo prosseguimento do feito com imediata expedição do
precatório, impõe-se que seja aguardada a comunicação oficial do Eg.TRF5.

2. Nada a prover, pois, em relação ao requerimento formulado.

3. Intimações e providências necessárias.

Maceió-AL, 6 de junho de 2018.

RICARDO LUIZ BARBOSA DE SAMPAIO ZAGALLO

Juiz Federal em substituição legal na 3ª Vara"

"PROCESSO Nº: 0800691-36.2015.4.05.8000 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE BELÉM
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
4ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR

DESPACHO

1. A União Federal em sua manifestação informa que ainda não houve o trânsito em julgado dos autos da
AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, a qual foi proposta no intuito de desconstituir a decisão transitada em
julgado no processo nº 0011204-19.2003.4.05.8000, a qual se constitui no título executivo que ampara a
presente execução.

2. Com efeito, razão assiste à União Federal, devendo o processo manter-se suspenso até que se tenha
notícia do trânsito em julgado da referida Ação Rescisória, ou, no mínimo, a comunicação oficial do seu
julgamento pelo TRF da 5ª Região, ante a liminar suspensiva concedida na mencionada AR, sendo, bem
por isso, por ora, por demais temerária a expedição dos requisitórios.

3. Intimações devidas.

Maceió, 20 de junho de 2018.

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SEBASTIÃO JOSÉ VASQUES DE MORAES

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Juiz Federal da 4ª Vara/AL"

Outrossim, também não houve o julgamento por esse juízo da Impugnação ao Cumprimento de

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Sentença feita pela União através da petição de ID nº 4058000.2443727, na qual a União, dentre
outras impugnações, questiona a destinação dos valores que pretende o escritório jurídico .

Finalmente, há que chamar a atenção desse juízo para o fato de que o escritório MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS possui contrato com a AMA (Associação dos
Municípios), e NÃO com o município de Maceió o qual, neste processo se faz representar por sua
Procuradoria Municipal, revelando que não tem vínculo algum com o referido escritório.

Frise-se que, não bastasse o fato de o município se fazer representar neste processo por sua
Procuradoria, o escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS NÃO junta
aos autos os documentos comprobatórios da observância das formalidades estabelecidas pela Lei de
Licitações para a contratação de escritório jurídico ou profissional da área jurídica para
representar o município.

Quanto a este ponto, perfeita a decisão proferida pelo juízo da 11ª Vara dessa mesma Seção Judiciária de
Alagoas, in verbis:

"PROCESSO Nº: 0804466-25.2016.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA


EXEQUENTE: MUNICIPIO DE CARNEIROS
ADVOGADO: Wesley Souza De Andrade e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
11ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

DECISÃO

O ponto controvertido, por ora, gira em torno sobre a retenção de honorários contratuais sobre os valores
recebidos para fins de complementação de verbas do FUNDEF/FUNDEB.

Argumento a parte exequente que haveria erro material no despacho que determinou a expedição de
precatório sem retenção dos honorários advocatícios contratuais, ao argumento de que a questão já teria
sido apreciada por este Juízo (id. 4058003.2171421).

Contrarrazões apresentadas pela União (id. 4058003.2228688) e Ministério Público Federal (id.
4058003.2703466).

Decido.

Inicialmente, destaco que a decisão com id. 4058003.2066005, em que apreciada a possibilidade de ou
não de retenção de honorários contratuais sobre os valores recebidos, foi proferida em 20/06/2017, antes,
portanto, de importantes decisões do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Constas da União, bem
como da revogação da resolução 405/2016 do Conselho da Justiça Federal pela Resolução 458, de 4 de
outubro de 2017, os quais trazem novas luzes à questão.

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As verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do


Magistério ( FUNDEF ) e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

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Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), objeto desta ação penal, têm sede constitucional e
seu repasse objetiva financiar a manutenção e o desenvolvimento da educação, e bem assim a valorização
do magistério (cf. art. 60, § 3º, do ADCT, incluído pela EC nº 14/96).

Segundo os artigos 21 e 22 da Lei nº 11.494/2007 os recursos do FUNDEB devem ser utilizados da

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seguinte forma:

" Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão
utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes
forem creditados, em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

§ 1 o Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e Municípios indistintamente entre etapas,
modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica nos seus respectivos âmbitos de
atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

§ 2 o Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à
complementação da União recebidos nos termos do § 1 o do art. 6 o desta Lei, poderão ser utilizados no
1 o (primeiro) trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito
adicional.

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao
pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública.

Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se:

I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em


decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou
tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos
sociais incidentes;

II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico


direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão,
orientação educacional e coordenação pedagógica;

III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II
deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários
previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica
existente ".

O art. 23 da mencionada Lei nº 11.494/2007 prevê que:

" Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da


educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas, contraídas pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos,
ações ou programas considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica ".

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Assim, de acordo com a Constituição Federal e a legislação que a regulamenta, os recursos federais
do FUNDEF/FUNDEB são destinados exclusivamente à educação .

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Outra não foi a conclusão do Supremo Tribunal Federal [1] , no julgamento da Ação Civil Ordinária -
ACO nº 648-BA, com acórdão da lavra do Min. Edson Fachin, Plenário em 06.09.2017, em que se
decidiu que os recursos do FUNDEF/FUNDEB vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do
direito à educação, única possibilidade de dispêndio dessas verbas públicas, consoante prevê a Lei nº

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11.494/2007 .

Nesse sentido, transcrevo notícia publicada do sítio eletrônico do STF em 08.09.2017:

" Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão nesta quarta-feira (6),
condenou a União ao pagamento de diferenças relacionadas à complementação do Fundo de
Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). De
acordo com a decisão, o valor mínimo repassado por aluno em cada unidade da federação não pode ser
inferior à média nacional apurada, e a complementação ao fundo, fixada em desacordo com a média
nacional, impõe à União o dever de suplementação desses recursos. Também ficou estabelecido que os
recursos recebidos retroativamente deverão ser destinados exclusivamente à educação .

A questão foi debatida nas Ações Cíveis Originárias (ACOs) 648, 660, 669 e 700, ajuizadas,
respectivamente, pelos Estados da Bahia, do Amazonas, de Sergipe e do Rio Grande do Norte. O
julgamento de hoje vale apenas para estas unidades da federação e refere-se a valores apurados para os
exercícios financeiros de 1998 a 2007, quando o Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Também por maioria, o Plenário autorizou os ministros a decidirem monocraticamente em novas ações
sobre a mesma matéria.

O Fundef foi instituído, por meio da Lei 9.424/1996, como fundo financeiro de natureza contábil e sem
personalidade jurídica, gerido pela União e composto por 15% do ICMS e do IPI-exportação
arrecadados, e do mesmo percentual para fundos de participação obrigatórios (FPE e FPM) e
ressarcimento da União pela desoneração de exportações. Não atingido o piso com a aplicação apenas
dos recursos estaduais e municipais, a lei determinava o aporte da União para efetuar a
complementação.

No entendimento dos estados, a União descumpriu a determinação constitucional, pois efetuou a


complementação com base em coeficientes regionais, e não no Valor Médio Anual por Aluno (VMAA). A
União, por sua vez, alegou que os fundos seriam de natureza meramente contábil e independentes entre
si, devendo ser calculados conforme critérios unicamente regionais".
(http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959. Acesso em 07.02.2018).
(grifo nosso).

Do mesmo modo, o Tribunal de Contas da União [2] , por sua vez, no Acórdão nº 1.824/2017,
Plenário, também decidiu que a destinação de valores relacionados a verbas do FUNDEF/FUNDEB,
inclusive as quantias pagas através de precatório, vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do
direito à educação , nos termos do art. 60, do ADCT, com a redação conferida pela EC 14/1996, e
disposições da lei 11.494/2007.

Ademais, o Conselho da Justiça Federal editou a Resolução 458, de 4 de outubro de 2017, a qual
revogou e resolução 405/2016, e eliminou a previsão contida no art. 19 da Resolução 405, que
tratava sobre a possibilidade de destaque do montante da condenação dos honorários contratuais.

Assim, de acordo com a atual resolução do CJF que disciplina os procedimentos relativos à expedição de
ofícios requisitórios, entre outras providências, não há previsão de destaque do montante da condenação
dos honorários contratuais.

Para além disso, observo que o contrato (id. 4058003.1800297) não demonstra ter sido precedido de
licitação ou do procedimento formal de inexigibilidade, conforme exigência para contratação com a

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Administração Pública, a teor do que determina o art. 37, caput e XXI, da CF/88 e da Lei nº 8.666/93,
observando-se, quando muito, a indicação de se tratar de hipótese de inexigibilidade, sem, contudo, se

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fazer acompanhar do processo administrativo correspondente.

Com efeito, de acordo com o art. 25, inciso II, § 1º da Lei de Licitações [3] , a licitação se torna inexigível
quando houver inviabilidade de competição para a contratação de serviços técnicos, tais como os
enumerados em seu art. 13, inciso V (patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas), bem

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como para serviços de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
Ademais, por força do que determina o § 2º, do art. 54, da Lei nº 8.666/93, " Os contratos administrativos
decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os
autorizou e da respectiva proposta ."

Destarte, ainda que o caso dos autos remeta à hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação, a
formalização dos contratos debatidos somente pode ser considerada válida se concretizada com a
observância do regramento formal legalmente estabelecido, através do qual restem demonstradas,
comprovadamente, as justificativas necessárias a autorizar a inexigibilidade de licitar, notadamente
quanto à singularidade do serviço e à notória especialização do profissional ou empresa, os fundamentos
relativos à razão da escolha do fornecedor ou executante e justificativa do preço, não sendo possível se
prescindir do processo administrativo correspondente, a teor do que determina o art. 26 da Lei nº 8.666/93
[4] .

Nesse sentido, trago à colação pertinente julgado do STF:

"IMPUTAÇÃO DE CRIME DE INEXIGÊNCIA INDEVIDA DE LICITAÇÃO. SERVIÇOS


ADVOCATÍCIOS. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA POR FALTA DE JUSTA CAUSA. A contratação direta de
escritório de advocacia, sem licitação, deve observar os seguintes parâmetros: a) existência de
procedimento administrativo formal; b) notória especialização profissional ; c) natureza singular do
serviço ; d) demonstração da inadequação da prestação do serviço pelos integrantes do Poder Público ;
e) cobrança de preço compatível com o praticado pelo mercado. Incontroversa a especialidade do
escritório de advocacia, deve ser considerado singular o serviço de retomada de concessão de
saneamento básico do Município de Joinville, diante das circunstâncias do caso concreto. Atendimento
dos demais pressupostos para a contratação direta. Denúncia rejeitada por falta de justa causa". (STF,
Inq 3074, Relator Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 26/08/2014). (Grifei).

Assentado nas mesmas linhas do entendimento acima expendido, segue o recente julgado do TRF da 5ª
Região, proferido nos autos ao AGRT nº 0808735-51.2016.4.05.0000:

"EMENTA: PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. BLOQUEIO DE VALORES DE PRECATÓRIO EXPEDIDO EM RAZÃO DE
CONDENAÇÃO DA UNIÃO NA COMPLEMENTAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEF. DESTAQUE DE
MONTANTE PARA PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. DISCUSSÃO
SOBRE A VALIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
ADVOCATÍCIOS FIRMADO ENTRE O MUNICÍPIO E ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. CABIMENTO.
LEGITIMIDADE ATIVA DO MPF E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. PROBABILIDADE DO
DIREITO. CONTRATAÇÃO ENTABULADA SEM PRÉVIA LICITAÇÃO, NEM PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO FORMAL DE DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. ILICITUDE.
NULIDADE. INADMISSIBILIDADE DE PAGAMENTO COM BASE EM CONTRATO NULO.
AUSÊNCIA DE ESPAÇO PARA DEDUZIR EVENTUAL PRETENSÃO INDENIZATÓRIA. ART. 59, DA
LEI Nº 8.666/93. PERIGO DE DEMORA. CONFIGURAÇÃO. PROVIMENTO.

[...]

10. Neste caso, não se está discutindo a possibilidade de retenção de honorários advocatícios
contratuais, ante a natureza dos valores derivados do Processo nº 000233-74.2006.4.06.8103,
tratando-se de questão superada . Quanto a essa questão, não há, aqui, espaço para debate, à vista do
que restou definido nos autos do AGTR nº 0802781-58.2015.4.05.0000, em alinhamento ao
entendimento do STJ e do TRF5, que, de seu lado, não afasta a destinação vinculada, constitucional e

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legalmente, dos recursos pagos a Municípios em função de ações judiciais promovidas para a
complementação das verbas do FUNDEF, apenas excepcionando, dessa vinculação, o montante

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necessário ao adimplemento dos honorários advocatícios contratuais dos advogados contratados pelas
Municipalidades para a promoção das medidas judiciais necessárias à recuperação dos valores não
repassados pela União, a tempo e modo .

11. O que, aqui, está em debate é a validade do contrato celebrado entre o Município e o escritório de

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advocacia demandados .

[...]

15. Precedentes do TRF5 sobre o cabimento de ação própria, para discutir a regularidade do contrato
de prestação de serviços advocatícios .

[...]

18. Nos termos do art. 37, caput e XXI, da CF/88, e da Lei nº 8.666/93, a contratação pela
Administração Pública exige prévia licitação ou procedimento administrativo formal de dispensa ou
inexigibilidade .

19. Extrai-se dos autos que o contrato telado não foi precedido de licitação, nem resultou de
procedimento solene de dispensa ou inexigibilidade de licitação, donde se conclui pela solidez da tese de
nulidade contratual defendida pela agravante.

20. Ainda que se tratasse de hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação, pela natureza do
serviço (o que não parece ser o caso), ela apenas se realizaria validamente se tivesse sido respeitado o
processo administrativo correspondente, satisfeitos os requisitos essenciais dispostos na Lei nº
8.666/93, a teor do seu art. 26 .

21. Nos termos do art. 26, da Lei nº 8.666/93, a hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação não
torna prescindível a existência de procedimento administrativo formal em que são apresentados,
comprovadamente, os fundamentos para a definição administrativa (razão da escolha do fornecedor ou
executante e justificativa do preço) .

[...]

24. Reforçam a conclusão de que inexistiu licitação ou procedimento de dispensa ou inexigibilidade


dois aspectos documentados nestes autos: 1) em ofício dirigido pela Municipalidade ao MPF, no
âmbito do inquérito civil que antecedeu o ajuizamento da ACP, restou afirmado pela Prefeita
subscritora que "a) o Município de Pacujá não firmou contrato com escritório de advocacia com vistas
a obter pela via judicial complementação de recursos do FUNDEF/FUNDEB; b) desempenha o
mandato de Chefe do Executivo desde 1º de janeiro de 2009 e não tem conhecimento de que gestores
anteriores tenham realizado contrato neste sentido" (fl. eletrônica 453); 2) em sua impugnação ao
recurso, além de não afirmar que houve licitação ou procedimento de dispensa/inexigibilidade, o
escritório agravado tece considerações sobre situação em que o Poder Público, "embora obrigado a
contratar formalmente, opta por não fazê-lo ".

[...]

29. Agravo de instrumento provido". (TRF-5 - PROCESSO Nº: 0808735-51.2016.4.05.0000 - AGRAVO


DE INSTRUMENTO - 1ª Turma, RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Elio Wanderley de Siqueira
Filho - Data: 18/05/2017). (Grifei).

Assim, não se verifica que as contratações tenham sido precedidas de licitação e, tampouco, que se
enquadram na hipótese de inexigibilidade de licitação, tudo conforme os artigos 25, inciso II, § 1º e art.
13, V, ambos da Lei 8.666/93 e entendimento do Tribunal de Contas da União no Acórdão 717/2005

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(Processo 006.321/2003-9).

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Diante do exposto, indefiro o pedido (id. 4058003.2171421) de destaque dos honorários advocatícios
contratuais no precatório expedido nestes autos.

No mais, defiro o pedido do Ministério Público Federal de redirecionamento do ofício de id.


2538731, bem como da resposta de id. 2639575, à 2ª Vara Federal de Alagoas, a fim de que informe

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acerca da existência de bloqueio sobre o precatório em comento. Cumpra-se.

Cumpra-se o despacho com id. 4058003.2142528 no tocante a expedição de precatório em favor do


Município credor, relativamente à parte incontroversa da dívida, sem destaque de honorários
advocatícios contratuais.

Com advento do pagamento, certifique-se. Em seguida, autos conclusos.

Intimem-se as partes e o Ministério Público Federal do teor desta decisão.

Intimações e demais providências necessárias.

Felini de Oliveira Wanderley


Juiz Federal da 14ª Vara, respondendo pela 11ª Vara
Ato n. 237/CR-TRF5, de 17 de abril de 2018.

[1] http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959. Acesso em 07.02.2018.

[2] http://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-determina-que-recursos-do-fundeb-so-podem-ser-aplicad
os-na-area-da-educacao.htm. Acesso em 07.02.2018.

[3] Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

(...)

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade
e divulgação;

(...)

§ 1º. Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir
que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato.

[4] Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as
situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto
no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como
condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,


será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

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I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

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II - razão da escolha do fornecedor ou executante;

III - justificativa do preço.

IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados."

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Finalmente, quanto ao pedido de pagamento de valores supostamente incontroversos a título de
honorários contratuais , a União vem dizer que tais valores (incontroversos) NÃO existem no
processo, tendo em vista que na Impugnação apresentada pela União ao Cumprimento de Sentença
a mesma se insurge contra o destaque dos mesmos sob o fundamento de que todos os valores objeto
da execução se encontram vinculados ao FUNDEF e, portanto, não podem ser utilizados para o
pagamento de honorários advocatícios a Advogado contratado pelo município (lembrando que, no
presente caso NÃO existe, sequer, Advogado contratado pelo município!).

Diante do exposto, requer a União:

a) que seja indeferida as pretensões do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS ao imediato prosseguimento da execução e de expedição de requisição de pagamento
para os valores incontroversos (e supostamente incontroversos), determinando esse juízo que o processo
permaneça suspenso até o trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ao menos, até
que o TRF da 5ª Região comunique oficialmente esse juízo a respeito do referido julgamento (da AR nº
0800907-04.2016.4.05.0000);

b) que seja determinado ao escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS


que traga aos autos Procuração e Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios firmados entre ele o
município de Maceió - no qual se constate a existência da obrigação do município quanto aos honorários
contratuais no percentual pleiteado pelo Advogado para a retenção-, bem como os documentos
comprobatórios da observância de todos os procedimentos estabelecidos pela Lei de Licitações para a
espécie de contratação que envolve o referido município e o também referido escritório e/ou profissional
jurídico,;

c) que caso tal documentação não seja apresentada, que seja indeferida a pretensão do escritório
MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS à retenção e destaque dos honorários
contratuais do montante da execução, tendo em vista que o contrato que o mesmo apresenta nos autos
tem como parte a AMA - Associação dos Municípios de Maceió, e NÃO o município de Maceió;

d) sucessivamente, que seja indeferido pedido de expedição de requisição de pagamento para os valores
supostamente incontroversos a título de honorários contratuais , uma vez que tais valores
(incontroversos) NÃO existem no processo, tendo em vista que na Impugnação apresentada pela
União ao Cumprimento de Sentença (ainda não julgada por esse juízo) a mesma se insurge contra o
destaque dos mesmos sob o fundamento de que todos os valores objeto da execução se encontram
vinculados ao FUNDEF e, portanto, não podem ser utilizados para o pagamento de honorários

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advocatícios a Advogado contratado pelo município (lembrando que, no presente caso NÃO existe,
sequer, Advogado contratado pelo município!);

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
d) a intimação do município de Maceió para se manifestar sobre aos petições do escritório MONTEIRO
E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Termos em que,

pede deferimento.

Maceió, 09 de julho de 2018.

Paulo Henrique Padilha de Melo Novais

Advogado da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
18070921042939700000003406978
Data e hora da assinatura: 09/07/2018 21:15:10
Identificador: 4058000.3386691
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 10/10
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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PROCURADORIA DA UNIÃO NO ESTADO DE ALAGOAS

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Processo Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000

Exequentes: Município de Maceió - AL

Executada: União

A UNIÃO , por seu Advogado in fine identificado, vem, tempestivamente, apresentar sua
IMPUGNAÇÃO aos cálculos apresentados pelos exequentes no pedido de cumprimento de sentença, o
que faz com apoio nas razões de fato e de direito a seguir expendidas.

I - DA SINTESE DOS FATOS:

Cuida-se de pedido de CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (acórdão) que julgou ação proposta pela AMA
- Associação dos Municípios de Alagoas em face da União através do qual o Município de Maceió busca
materializar o direito reconhecido na Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, proposta pela referida
associação.

Através da petição de ID nº 4058000.2536701 se constata que o Município de Maceió se faz representar


na presente execução pela sua Procuradoria Municipal, ao passo que através das petições de ID nº
4058000.2502494 e ID nº 4058000.3160311 o escritório de Advocacia MONTEIRO E MONTEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS pede, respectivamente, a intervenção como terceiro sob a alegação
de ter direito a honorários contratuais no percentual de 20% do montante executado em razão do
contrato que possui com a AMA, e a liberação do pagamento do montante objeto da execução -
tanto o valor principal para o município exequente, quanto os referidos honorários contratuais de
20% daquele valor, para o referido escritório -, em razão do julgamento proferido pelo TRF da 5ª
Região pela improcedência da Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, proposta para
desconstituir a decisão proferida na ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, que deu origem ao
título no qual se ampara a execução ora impugnada.

Não merece prosperar as pretensões do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS supra expostas, ante as razões a seguir expostas.

A União foi intimada para se manifestar sobre os documentos anexados pelo referido escritório - que se
referem ao julgamento desfavorável à União da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000 pelo TRF da 5ª
Região, a qual foi proposta pela mesma no intuito de desconstituir a decisão transitada em julgado no
processo nº 0011204-19.2003.4.05.8000, a qual se constitui o título executivo que ampara a presente
execução.

Ocorre que tal AR ainda NÃO transitou em julgado, devendo, em razão do princípio da segurança jurídica
manter-se o processo suspenso até que tal trânsito ocorra, sob pena de o prosseguimento da execução,
com o pagamento dos requisitórios expedidos, configurar dano irreparável aos cofres públicos, no caso de
reversão da decisão do TRF através dos recurso interpostos pela União às instâncias superiores.

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Outrossim, ainda não houve nos autos a comunicação oficial do TRF da 5ª Região quanto ao referido

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julgamento de 1º grau, devendo o processo permanecer suspenso, ao menos até a realização de tal
comunicação, como muito bem decidiram os juízos da 3ª e 4ª Varas dessa mesma Seção Judiciária de
Alagoas, in verbis:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
" PROCESSO Nº: 0803667-16.2015.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

EXEQUENTE: MUNICIPIO DE JACARE DOS HOMENS e outro


ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
3ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

DESPACHO

1. Não obstante a petição retro, noticiando o julgamento de improcedência da ação rescisória


n.0800907-04.2016.4.05.0000 e pugnando pelo prosseguimento do feito com imediata expedição do
precatório, impõe-se que seja aguardada a comunicação oficial do Eg.TRF5.

2. Nada a prover, pois, em relação ao requerimento formulado.

3. Intimações e providências necessárias.

Maceió-AL, 6 de junho de 2018.

RICARDO LUIZ BARBOSA DE SAMPAIO ZAGALLO

Juiz Federal em substituição legal na 3ª Vara"

"PROCESSO Nº: 0800691-36.2015.4.05.8000 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE BELÉM
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
4ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR

DESPACHO

1. A União Federal em sua manifestação informa que ainda não houve o trânsito em julgado dos autos da
AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, a qual foi proposta no intuito de desconstituir a decisão transitada em
julgado no processo nº 0011204-19.2003.4.05.8000, a qual se constitui no título executivo que ampara a
presente execução.

2. Com efeito, razão assiste à União Federal, devendo o processo manter-se suspenso até que se tenha
notícia do trânsito em julgado da referida Ação Rescisória, ou, no mínimo, a comunicação oficial do seu
julgamento pelo TRF da 5ª Região, ante a liminar suspensiva concedida na mencionada AR, sendo, bem
por isso, por ora, por demais temerária a expedição dos requisitórios.

3. Intimações devidas.

Maceió, 20 de junho de 2018.

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SEBASTIÃO JOSÉ VASQUES DE MORAES

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Juiz Federal da 4ª Vara/AL"

Outrossim, também não houve o julgamento por esse juízo da Impugnação ao Cumprimento de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Sentença feita pela União através da petição de ID nº 4058000.2443727, na qual a União, dentre
outras impugnações, questiona a destinação dos valores que pretende o escritório jurídico .

Finalmente, há que chamar a atenção desse juízo para o fato de que o escritório MONTEIRO E
MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS possui contrato com a AMA (Associação dos
Municípios), e NÃO com o município de Maceió o qual, neste processo se faz representar por sua
Procuradoria Municipal, revelando que não tem vínculo algum com o referido escritório.

Frise-se que, não bastasse o fato de o município se fazer representar neste processo por sua
Procuradoria, o escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS NÃO junta
aos autos os documentos comprobatórios da observância das formalidades estabelecidas pela Lei de
Licitações para a contratação de escritório jurídico ou profissional da área jurídica para
representar o município.

Quanto a este ponto, perfeita a decisão proferida pelo juízo da 11ª Vara dessa mesma Seção Judiciária de
Alagoas, in verbis:

"PROCESSO Nº: 0804466-25.2016.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA


EXEQUENTE: MUNICIPIO DE CARNEIROS
ADVOGADO: Wesley Souza De Andrade e outro
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
11ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

DECISÃO

O ponto controvertido, por ora, gira em torno sobre a retenção de honorários contratuais sobre os valores
recebidos para fins de complementação de verbas do FUNDEF/FUNDEB.

Argumento a parte exequente que haveria erro material no despacho que determinou a expedição de
precatório sem retenção dos honorários advocatícios contratuais, ao argumento de que a questão já teria
sido apreciada por este Juízo (id. 4058003.2171421).

Contrarrazões apresentadas pela União (id. 4058003.2228688) e Ministério Público Federal (id.
4058003.2703466).

Decido.

Inicialmente, destaco que a decisão com id. 4058003.2066005, em que apreciada a possibilidade de ou
não de retenção de honorários contratuais sobre os valores recebidos, foi proferida em 20/06/2017, antes,
portanto, de importantes decisões do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Constas da União, bem
como da revogação da resolução 405/2016 do Conselho da Justiça Federal pela Resolução 458, de 4 de
outubro de 2017, os quais trazem novas luzes à questão.

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As verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do


Magistério ( FUNDEF ) e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

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Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), objeto desta ação penal, têm sede constitucional e
seu repasse objetiva financiar a manutenção e o desenvolvimento da educação, e bem assim a valorização
do magistério (cf. art. 60, § 3º, do ADCT, incluído pela EC nº 14/96).

Segundo os artigos 21 e 22 da Lei nº 11.494/2007 os recursos do FUNDEB devem ser utilizados da

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seguinte forma:

" Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão
utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes
forem creditados, em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

§ 1 o Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e Municípios indistintamente entre etapas,
modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica nos seus respectivos âmbitos de
atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

§ 2 o Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à
complementação da União recebidos nos termos do § 1 o do art. 6 o desta Lei, poderão ser utilizados no
1 o (primeiro) trimestre do exercício imediatamente subseqüente, mediante abertura de crédito
adicional.

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao
pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública.

Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se:

I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em


decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou
tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos
sociais incidentes;

II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico


direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão,
orientação educacional e coordenação pedagógica;

III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II
deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários
previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica
existente ".

O art. 23 da mencionada Lei nº 11.494/2007 prevê que:

" Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da


educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas, contraídas pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos,
ações ou programas considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica ".

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Assim, de acordo com a Constituição Federal e a legislação que a regulamenta, os recursos federais
do FUNDEF/FUNDEB são destinados exclusivamente à educação .

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Outra não foi a conclusão do Supremo Tribunal Federal [1] , no julgamento da Ação Civil Ordinária -
ACO nº 648-BA, com acórdão da lavra do Min. Edson Fachin, Plenário em 06.09.2017, em que se
decidiu que os recursos do FUNDEF/FUNDEB vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do
direito à educação, única possibilidade de dispêndio dessas verbas públicas, consoante prevê a Lei nº

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
11.494/2007 .

Nesse sentido, transcrevo notícia publicada do sítio eletrônico do STF em 08.09.2017:

" Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão nesta quarta-feira (6),
condenou a União ao pagamento de diferenças relacionadas à complementação do Fundo de
Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). De
acordo com a decisão, o valor mínimo repassado por aluno em cada unidade da federação não pode ser
inferior à média nacional apurada, e a complementação ao fundo, fixada em desacordo com a média
nacional, impõe à União o dever de suplementação desses recursos. Também ficou estabelecido que os
recursos recebidos retroativamente deverão ser destinados exclusivamente à educação .

A questão foi debatida nas Ações Cíveis Originárias (ACOs) 648, 660, 669 e 700, ajuizadas,
respectivamente, pelos Estados da Bahia, do Amazonas, de Sergipe e do Rio Grande do Norte. O
julgamento de hoje vale apenas para estas unidades da federação e refere-se a valores apurados para os
exercícios financeiros de 1998 a 2007, quando o Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Também por maioria, o Plenário autorizou os ministros a decidirem monocraticamente em novas ações
sobre a mesma matéria.

O Fundef foi instituído, por meio da Lei 9.424/1996, como fundo financeiro de natureza contábil e sem
personalidade jurídica, gerido pela União e composto por 15% do ICMS e do IPI-exportação
arrecadados, e do mesmo percentual para fundos de participação obrigatórios (FPE e FPM) e
ressarcimento da União pela desoneração de exportações. Não atingido o piso com a aplicação apenas
dos recursos estaduais e municipais, a lei determinava o aporte da União para efetuar a
complementação.

No entendimento dos estados, a União descumpriu a determinação constitucional, pois efetuou a


complementação com base em coeficientes regionais, e não no Valor Médio Anual por Aluno (VMAA). A
União, por sua vez, alegou que os fundos seriam de natureza meramente contábil e independentes entre
si, devendo ser calculados conforme critérios unicamente regionais".
(http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959. Acesso em 07.02.2018).
(grifo nosso).

Do mesmo modo, o Tribunal de Contas da União [2] , por sua vez, no Acórdão nº 1.824/2017,
Plenário, também decidiu que a destinação de valores relacionados a verbas do FUNDEF/FUNDEB,
inclusive as quantias pagas através de precatório, vinculam-se à finalidade constitucional de promoção do
direito à educação , nos termos do art. 60, do ADCT, com a redação conferida pela EC 14/1996, e
disposições da lei 11.494/2007.

Ademais, o Conselho da Justiça Federal editou a Resolução 458, de 4 de outubro de 2017, a qual
revogou e resolução 405/2016, e eliminou a previsão contida no art. 19 da Resolução 405, que
tratava sobre a possibilidade de destaque do montante da condenação dos honorários contratuais.

Assim, de acordo com a atual resolução do CJF que disciplina os procedimentos relativos à expedição de
ofícios requisitórios, entre outras providências, não há previsão de destaque do montante da condenação
dos honorários contratuais.

Para além disso, observo que o contrato (id. 4058003.1800297) não demonstra ter sido precedido de
licitação ou do procedimento formal de inexigibilidade, conforme exigência para contratação com a

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Administração Pública, a teor do que determina o art. 37, caput e XXI, da CF/88 e da Lei nº 8.666/93,
observando-se, quando muito, a indicação de se tratar de hipótese de inexigibilidade, sem, contudo, se

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fazer acompanhar do processo administrativo correspondente.

Com efeito, de acordo com o art. 25, inciso II, § 1º da Lei de Licitações [3] , a licitação se torna inexigível
quando houver inviabilidade de competição para a contratação de serviços técnicos, tais como os
enumerados em seu art. 13, inciso V (patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas), bem

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como para serviços de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
Ademais, por força do que determina o § 2º, do art. 54, da Lei nº 8.666/93, " Os contratos administrativos
decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato que os
autorizou e da respectiva proposta ."

Destarte, ainda que o caso dos autos remeta à hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação, a
formalização dos contratos debatidos somente pode ser considerada válida se concretizada com a
observância do regramento formal legalmente estabelecido, através do qual restem demonstradas,
comprovadamente, as justificativas necessárias a autorizar a inexigibilidade de licitar, notadamente
quanto à singularidade do serviço e à notória especialização do profissional ou empresa, os fundamentos
relativos à razão da escolha do fornecedor ou executante e justificativa do preço, não sendo possível se
prescindir do processo administrativo correspondente, a teor do que determina o art. 26 da Lei nº 8.666/93
[4] .

Nesse sentido, trago à colação pertinente julgado do STF:

"IMPUTAÇÃO DE CRIME DE INEXIGÊNCIA INDEVIDA DE LICITAÇÃO. SERVIÇOS


ADVOCATÍCIOS. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA POR FALTA DE JUSTA CAUSA. A contratação direta de
escritório de advocacia, sem licitação, deve observar os seguintes parâmetros: a) existência de
procedimento administrativo formal; b) notória especialização profissional ; c) natureza singular do
serviço ; d) demonstração da inadequação da prestação do serviço pelos integrantes do Poder Público ;
e) cobrança de preço compatível com o praticado pelo mercado. Incontroversa a especialidade do
escritório de advocacia, deve ser considerado singular o serviço de retomada de concessão de
saneamento básico do Município de Joinville, diante das circunstâncias do caso concreto. Atendimento
dos demais pressupostos para a contratação direta. Denúncia rejeitada por falta de justa causa". (STF,
Inq 3074, Relator Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 26/08/2014). (Grifei).

Assentado nas mesmas linhas do entendimento acima expendido, segue o recente julgado do TRF da 5ª
Região, proferido nos autos ao AGRT nº 0808735-51.2016.4.05.0000:

"EMENTA: PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. BLOQUEIO DE VALORES DE PRECATÓRIO EXPEDIDO EM RAZÃO DE
CONDENAÇÃO DA UNIÃO NA COMPLEMENTAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEF. DESTAQUE DE
MONTANTE PARA PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. DISCUSSÃO
SOBRE A VALIDADE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
ADVOCATÍCIOS FIRMADO ENTRE O MUNICÍPIO E ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA. CABIMENTO.
LEGITIMIDADE ATIVA DO MPF E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. PROBABILIDADE DO
DIREITO. CONTRATAÇÃO ENTABULADA SEM PRÉVIA LICITAÇÃO, NEM PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO FORMAL DE DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. ILICITUDE.
NULIDADE. INADMISSIBILIDADE DE PAGAMENTO COM BASE EM CONTRATO NULO.
AUSÊNCIA DE ESPAÇO PARA DEDUZIR EVENTUAL PRETENSÃO INDENIZATÓRIA. ART. 59, DA
LEI Nº 8.666/93. PERIGO DE DEMORA. CONFIGURAÇÃO. PROVIMENTO.

[...]

10. Neste caso, não se está discutindo a possibilidade de retenção de honorários advocatícios
contratuais, ante a natureza dos valores derivados do Processo nº 000233-74.2006.4.06.8103,
tratando-se de questão superada . Quanto a essa questão, não há, aqui, espaço para debate, à vista do
que restou definido nos autos do AGTR nº 0802781-58.2015.4.05.0000, em alinhamento ao
entendimento do STJ e do TRF5, que, de seu lado, não afasta a destinação vinculada, constitucional e

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legalmente, dos recursos pagos a Municípios em função de ações judiciais promovidas para a
complementação das verbas do FUNDEF, apenas excepcionando, dessa vinculação, o montante

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necessário ao adimplemento dos honorários advocatícios contratuais dos advogados contratados pelas
Municipalidades para a promoção das medidas judiciais necessárias à recuperação dos valores não
repassados pela União, a tempo e modo .

11. O que, aqui, está em debate é a validade do contrato celebrado entre o Município e o escritório de

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advocacia demandados .

[...]

15. Precedentes do TRF5 sobre o cabimento de ação própria, para discutir a regularidade do contrato
de prestação de serviços advocatícios .

[...]

18. Nos termos do art. 37, caput e XXI, da CF/88, e da Lei nº 8.666/93, a contratação pela
Administração Pública exige prévia licitação ou procedimento administrativo formal de dispensa ou
inexigibilidade .

19. Extrai-se dos autos que o contrato telado não foi precedido de licitação, nem resultou de
procedimento solene de dispensa ou inexigibilidade de licitação, donde se conclui pela solidez da tese de
nulidade contratual defendida pela agravante.

20. Ainda que se tratasse de hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação, pela natureza do
serviço (o que não parece ser o caso), ela apenas se realizaria validamente se tivesse sido respeitado o
processo administrativo correspondente, satisfeitos os requisitos essenciais dispostos na Lei nº
8.666/93, a teor do seu art. 26 .

21. Nos termos do art. 26, da Lei nº 8.666/93, a hipótese de dispensa ou inexigibilidade de licitação não
torna prescindível a existência de procedimento administrativo formal em que são apresentados,
comprovadamente, os fundamentos para a definição administrativa (razão da escolha do fornecedor ou
executante e justificativa do preço) .

[...]

24. Reforçam a conclusão de que inexistiu licitação ou procedimento de dispensa ou inexigibilidade


dois aspectos documentados nestes autos: 1) em ofício dirigido pela Municipalidade ao MPF, no
âmbito do inquérito civil que antecedeu o ajuizamento da ACP, restou afirmado pela Prefeita
subscritora que "a) o Município de Pacujá não firmou contrato com escritório de advocacia com vistas
a obter pela via judicial complementação de recursos do FUNDEF/FUNDEB; b) desempenha o
mandato de Chefe do Executivo desde 1º de janeiro de 2009 e não tem conhecimento de que gestores
anteriores tenham realizado contrato neste sentido" (fl. eletrônica 453); 2) em sua impugnação ao
recurso, além de não afirmar que houve licitação ou procedimento de dispensa/inexigibilidade, o
escritório agravado tece considerações sobre situação em que o Poder Público, "embora obrigado a
contratar formalmente, opta por não fazê-lo ".

[...]

29. Agravo de instrumento provido". (TRF-5 - PROCESSO Nº: 0808735-51.2016.4.05.0000 - AGRAVO


DE INSTRUMENTO - 1ª Turma, RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Elio Wanderley de Siqueira
Filho - Data: 18/05/2017). (Grifei).

Assim, não se verifica que as contratações tenham sido precedidas de licitação e, tampouco, que se
enquadram na hipótese de inexigibilidade de licitação, tudo conforme os artigos 25, inciso II, § 1º e art.
13, V, ambos da Lei 8.666/93 e entendimento do Tribunal de Contas da União no Acórdão 717/2005

7/9
fls. 527

(Processo 006.321/2003-9).

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Diante do exposto, indefiro o pedido (id. 4058003.2171421) de destaque dos honorários advocatícios
contratuais no precatório expedido nestes autos.

No mais, defiro o pedido do Ministério Público Federal de redirecionamento do ofício de id.


2538731, bem como da resposta de id. 2639575, à 2ª Vara Federal de Alagoas, a fim de que informe

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
acerca da existência de bloqueio sobre o precatório em comento. Cumpra-se.

Cumpra-se o despacho com id. 4058003.2142528 no tocante a expedição de precatório em favor do


Município credor, relativamente à parte incontroversa da dívida, sem destaque de honorários
advocatícios contratuais.

Com advento do pagamento, certifique-se. Em seguida, autos conclusos.

Intimem-se as partes e o Ministério Público Federal do teor desta decisão.

Intimações e demais providências necessárias.

Felini de Oliveira Wanderley


Juiz Federal da 14ª Vara, respondendo pela 11ª Vara
Ato n. 237/CR-TRF5, de 17 de abril de 2018.

[1] http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=354959. Acesso em 07.02.2018.

[2] http://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-determina-que-recursos-do-fundeb-so-podem-ser-aplicad
os-na-area-da-educacao.htm. Acesso em 07.02.2018.

[3] Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

(...)

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade
e divulgação;

(...)

§ 1º. Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir
que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato.

[4] Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as
situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto
no final do parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à
autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como
condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,


será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:

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fls. 528

I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa, quando for o caso;

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;

III - justificativa do preço.

IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados."

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Diante do exposto, requer a União:

a) que seja indeferida a pretensão do escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS ao imediato prosseguimento da execução, determinando esse juízo que o processo
permaneça suspenso até o trânsito em julgado da AR nº 0800907-04.2016.4.05.0000, ou, ao menos, até
que o TRF da 5ª Região comunique oficialmente esse juízo a respeito do referido julgamento (da AR nº
0800907-04.2016.4.05.0000);

b) que seja determinado ao escritório MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS


que traga aos autos Procuração e Contrato de Prestação de Serviços Advocatícios firmados entre ele o
município de Maceió - no qual se constate a existência da obrigação do município quanto aos honorários
contratuais no percentual pleiteado pelo Advogado para a retenção-, bem como os documentos
comprobatórios da observância de todos os procedimentos estabelecidos pela Lei de Licitações para a
espécie de contratação que envolve o referido município e o também referido escritório e/ou profissional
jurídico,;

c) que caso tal documentação não seja apresentada, que seja indeferida a pretensão do escritório
MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS à retenção e destaque dos honorários
contratuais do montante da execução, tendo em vista que o contrato que o mesmo apresenta nos autos
tem como parte a AMA - Associação dos Municípios de Maceió, e NÃO o município de Maceió;

d) a intimação do município de Maceió para se manifestar sobre aos petições do escritório MONTEIRO
E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS.

Termos em que,

pede deferimento.

Maceió, 09 de julho de 2018.

Paulo Henrique Padilha de Melo Novais

Advogado da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
18070920585059500000003406971
Data e hora da assinatura: 09/07/2018 21:02:11
Identificador: 4058000.3386684
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 9/9
fls. 529

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 20/06/2018 20:34, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 13/06/2018 14:44 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 18061411252231100000003193538 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 20/06/2018 20:34 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 20/06/2018 20:34:58
Identificador: 4058000.3224414

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fls. 530

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , a UNIÃO
FEDERAL , na pessoa de seu representante legal, do despacho anexo.

Maceió-AL, 14 de Junho de 2018.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
18061411252231100000003193538
Data e hora da assinatura: 14/06/2018 11:26:06
Identificador: 4058000.3173644
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 531

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
TERCEIRO INTERESSADO: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: Bruno Romero Pedrosa Monteiro
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

Manifeste-se a UNIÃO, em até 15 (quinze) dias, em face do pedido do exeqüente, referente à expedição
de precatório dos valores incontroversos (id. 3160311), e dos novos documentos anexados (3154801
usque 3160312).

Providências necessárias.

Maceió, 13 de junho de 2018.

ÂNGELO CAVALCANTI A. DE MIRANDA NETO

Juiz Federal Substituto - 13ª Vara/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Angelo Cavalcanti Alves de Miranda Neto - Magistrado
18061313440798500000003182686
Data e hora da assinatura: 13/06/2018 14:44:30
Identificador: 4058000.3162795
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 532

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 13 de Junho de 2018.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
18061311342235900000003181373
Data e hora da assinatura: 13/06/2018 11:34:41
Identificador: 4058000.3161482
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 533

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , devidamente qualificado nos autos do


processo em epígrafe, vem, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 22, §4º da Lei 8.906/94,
REQUERER A RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS, nos seguintes termos:

Em petição de Identificador: 4058000.2502494, a Monteiro e Monteiro Advogados Associados ingressou


no feito, na qualidade de Terceiro Interessado, requerendo que, por força do contrato firmado entre ela e a
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, que foram pactuadas em conformidade com o seu
Estatuto, ao qual se filiam os municípios alagoanos, fossem destacados honorários contratuais, em 20%
do valor exequendo, em conformidade com o art. 22, §4º da Lei 8.906/94.

Respondendo à Impugnação ao Cumprimento de Sentença (Identificador: 4058000.2536701 , o


Município de Maceió - AL chancelou o destaque dos honorários contratuais, pleiteados pela
Monteiro e Monteiro, mencionando, ainda que:

Por fim, com relação ao pedido de Identificador: 4058000.2502494, esta municipalidade vem se
manifestar no sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que
foram requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à
contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a ação coletiva nº.
0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg
no AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp 1509457/PE, Rel. Min.

1/3
fls. 534

Humberto Martins, que entende que é possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do contrato de honorários, nos termos do art.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
22, §4º da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou precatório, inclusive nas
questões afetas ao FUNDEF, já que é legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono o direito à percepção da mesma.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Como se vê, o Município de Maceió - AL reconhece a existência e eficácia de avença firmada pela
banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à contratação que a
mesma formalizou com a AMA, para que fosse proposta a ação coletiva nº.
0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

Ocorre que a AÇÃO RESCISÓRIA Nº. 0800907-04.2016.4.05.0000 - a qual impedia a tramitação do


presente feito executivo - fora julgada improcedente no último dia 30/05/2018, por maioria dos votos, de
modo que a liminar, nela proferida, que suspendia a tramitação de todos os feitos executivos oriundos da
ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, não mais subsiste.

Diante deste fato, veio a municipalidade, acertadamente, requerer a expedição de precatório incontroverso
(Identificador: 4058000.3154799), no valor de R$ 260.300.323,33 (Duzentos e sessenta milhões,
trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos) , os quais, por força de contrato,
devem ser distribuídos da seguinte maneira, em conformidade com o art. 22, §4º da Lei 8.906/94:

a) Em favor do Município exequente, a quantia de R$ 208.240.258,67 (Duzentos e oito milhões,


duzentos e quarenta mil, duzentos e cinquenta e oito reais e sessenta e sete centavos) ;

b) Em favor da MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS, inscrita no CNPJ sob o n.º


35.542.612/0001-90, o valor de R$ 52.060.064,66 (cinquenta e dois milhões, sessenta mil, sessenta e
quatro reais e sessenta e seis centavos), equivalente a 20%, em razão do contrato firmado, com retenção
dos honorários, de acordo com o art. 22, §4º da Lei 8.906/94.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Recife/PE, 12 de junho de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

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fls. 535

OAB/AL Nº 3.726-A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18061309262154300000003180202
Data e hora da assinatura: 13/06/2018 09:32:43
Identificador: 4058000.3160311
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 3/3
fls. 536

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, devidamente qualificado nos autos do processo em
epígrafe, vem, perante Vossa Excelência, nos termos do art. 22, §4º da
Lei 8.906/94, REQUERER A RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS
CONTRATUAIS, nos seguintes termos:

Em petição de Identificador: 4058000.2502494, a


Monteiro e Monteiro Advogados Associados ingressou no feito, na
qualidade de Terceiro Interessado, requerendo que, por força do contrato
firmado entre ela e a Associação dos Municípios Alagoanos – AMA, que
foram pactuadas em conformidade com o seu Estatuto, ao qual se filiam
os municípios alagoanos, fossem destacados honorários contratuais, em
20% do valor exequendo, em conformidade com o art. 22, §4º da Lei
8.906/94.

Respondendo à Impugnação ao Cumprimento de


Sentença (Identificador: 4058000.2536701 , o Município de Maceió – AL
chancelou o destaque dos honorários contratuais, pleiteados pela
Monteiro e Monteiro, mencionando, ainda que:

Por fim, com relação ao pedido de Identificador:


4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no
sentido de que não se opõe ao destaque dos honorários
contratuais nos termos em que foram requeridos pela banca
jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade
anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA, para
que fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-
19.2003.4.05.8000, cujo título, ora se executa.

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fls. 537

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
De outra banda, o pedido encontra respaldo na dominante
jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, que entende que é
possível ao patrono da causa, em seu próprio nome, requerer o
destaque da verba honorária, mediante a juntada aos autos do
contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório, inclusive nas questões afetas ao FUNDEF, já que é
legítima a retenção da verba honorária, pois a previsão
constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.

Como se vê, o Município de Maceió – AL


reconhece a existência e eficácia de avença firmada pela banca
jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta edilidade anuiu à
contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que fosse
proposta a ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título,
ora se executa.

Ocorre que a AÇÃO RESCISÓRIA Nº. 0800907-


04.2016.4.05.0000 – a qual impedia a tramitação do presente feito
executivo - fora julgada improcedente no último dia 30/05/2018, por
maioria dos votos, de modo que a liminar, nela proferida, que suspendia a
tramitação de todos os feitos executivos oriundos da ação coletiva nº.
0011204-19.2003.4.05.8000, não mais subsiste.

Diante deste fato, veio a municipalidade,


acertadamente, requerer a expedição de precatório incontroverso
(Identificador: 4058000.3154799), no valor de R$ 260.300.323,33
(Duzentos e sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três
reais e trinta e três centavos), os quais, por força de contrato, devem
ser distribuídos da seguinte maneira, em conformidade com o art. 22, §4º
da Lei 8.906/94:

a) Em favor do Município exequente, a quantia de


R$ 208.240.258,67 (Duzentos e oito milhões, duzentos e quarenta mil,
duzentos e cinquenta e oito reais e sessenta e sete centavos);

2/3
fls. 538

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
b) Em favor da MONTEIRO E MONTEIRO
ADVOGADOS, inscrita no CNPJ sob o n.º 35.542.612/0001-90, o valor de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
R$ 52.060.064,66 (cinquenta e dois milhões, sessenta mil, sessenta e
quatro reais e sessenta e seis centavos), equivalente a 20%, em razão
do contrato firmado, com retenção dos honorários, de acordo com o art.
22, §4º da Lei 8.906/94.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife/PE, 12 de junho de 2018.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/AL Nº 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
18061309305470900000003180203
Data e hora da assinatura: 13/06/2018 09:32:43
Identificador: 4058000.3160312
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 3/3
fls. 539

Petição do Município de Maceió com documento em anexo.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
18061216345261300000003174687
Data e hora da assinatura: 12/06/2018 16:37:36
Identificador: 4058000.3154798
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 540
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA


SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXECUÇÃO Nº 0807260-82.2017.4.05.8000

MUNICÍPIO DE MACEIÓ - AL, devidamente


qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem, perante Vossa
Excelência, nos termos do artigo 535, § 4º, do CPC – 15, requerer a
expedição do precatório incontroverso, nos seguintes termos:

I – DO JULGAMENTO DA AÇÃO RESCISÓRIA. DA NECESSIDADE DE


ANDAMENTO DO FEITO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 535, §4º, DO CPC – 15.
POSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DO PRECATÓRIO. JURISPRUDÊNCIA
TRF 5ª REGIÃO.

Primeiramente, deve ser esclarecido que no dia


30/05/2018, ocorreu o julgamento de mérito da ação rescisória 0800907-
04.2016.4.05.0000, sendo a mesma julgada improcedente, conforme certidão
de julgamento em anexo.

Desta forma, não mais subsiste qualquer impedimento


para o regular andamento processual.

Isso porque, o art. 535, § 4.º do CPC/15, positivou no


sistema processual nacional o entendimento de que é possível a expedição do
precatório de valor incontroverso antes do trânsito em julgado da impugnação
ao cumprimento de sentença. Neste sentido:

“Art. 535 - A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu


representante judicial, por carga, remessa ou meio eletrônico,

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
1/4
fls. 541
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios


autos, impugnar a execução, podendo arguir:
[...]

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
§ 4.º Tratando-se de impugnação parcial, a parte não
questionada pela executada será, desde logo, objeto de
cumprimento”.

Ressalta-se que a própria Advocacia Geral da União


corrobora com o aqui alegado, tanto que editou a Súmula n.º 31/AGU, que
preconiza ser “cabível a expedição de precatório referente a parcela
incontroversa, em sede de execução ajuizada em face da Fazenda Pública”.

No caso dos autos, conforme visto, inexiste qualquer


controvérsia acerca da quantia de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta
milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos),
conforme pode ser observado do PARECER TÉCNICO N.º 2.442/2017
(Identificador: 4058000.2443730).

Neste sentido, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região,


em causas idênticas, têm vislumbrado a possiblidade que se determine a
expedição do correspondente precatório do valor incontroverso, para
evitar a perda do prazo constitucionalmente estabelecido, verbis:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FUNDEF.


REPASSE DE DIFERENÇAS A TÍTULO DE VMAA (VALOR MÍNIMO
ANUAL POR ALUNO). EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO DA QUANTIA
INCONTROVERSA EM FAVOR DO MUNICÍPIO. POSSIBILIDADE.
HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO REQUERIDA ANTES
DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO. CABIMENTO.
1. Trata-se de agravo de instrumento aviado pelo MUNICÍPIO DE
OLIVENÇA/AL e OUTRO contra decisão proferida pelo Juízo da 7ª
Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas que, em sede de
cumprimento de sentença proposta pela edilidade agravante em
desfavor da UNIÃO, ora agravada, deferiu o pleito de imediata
expedição do precatório, não deferindo, entretanto, a retenção, em
relação ao montante da condenação imposta ao ente federal
agravado, dos valores relativos aos honorários contratuais devidos ao
patrono constituído pela municipalidade agravante.

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
2/4
fls. 542
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

2. O Juízo de origem compreendeu, em suma, que, dada a pendência


de julgamento de recurso de apelação interposto pela União e que
poderá manter acesa a controvérsia sobre a possibilidade ou não de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
destaque dos honorários contratuais, preferiu deferir tão só a
expedição imediata de precatório, por entender haver óbice, no
momento, quanto à retenção dos honorários contratuais.
3. A matéria trazida ao exame desta Corte diz respeito à possibilidade
de vedação da retenção de honorários advocatícios contratuais sobre
crédito relativo a diferenças do FUNDEF (atual FUNDEB),
reconhecidos em título judicial transitado em julgado.
4. No caso, o Juízo a quo, nada obstante tenha reconhecido a
existência de quantia incontroversa em favor do ente municipal ora
agravante, determinou a expedição de requisitório no valor de R$
549.019,24 (quinhentos e quarenta e nove mil, dezenove reais e vinte
e quatro centavos) - valor obtido como resultado da subtração dos
honorários advocatícios contratuais (20% - Id. 4058000.647038) do
valor incontroverso [R$ 686.274,06 (seiscentos e oitenta e seis mil,
duzentos e setenta e quatro reais e seis centavos)] - em favor do
Município Exequente e SEM a retenção/destaque de honorários
advocatícios contratuais.
5. Entretanto, inexiste qualquer óbice à expedição de requisitório
relativo ao total da parcela considerada incontroversa (R$
686.274,06), conforme valor indicado pela União por meio do
Parecer Técnico de lavra do Núcleo Executivo de Cálculos e
Perícias da Procuradoria; como bem observado pela decisão
agravada, nem mesmo a questão discutida sobre a destinação
constitucional da verba deve ser tida como empecilho à
expedição relativo à quantia inconteste.
6. Doutra banda, também assiste razão aos agravantes quanto à
possibilidade da retenção de honorários advocatícios contratuais
sobre crédito relativo a diferenças do FUNDEF (atual FUNDEB),
reconhecidos em título judicial transitado em julgado. Acerca de tal
tema, constato que esta Corte Regional vem reconhecendo ser direito
do advogado a retenção do percentual de honorários contratuais, se
requerida, mediante a juntada do contrato, antes da expedição do
requisitório, com arrimo no art. art. 22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94.
7. Ressalte-se, ademais, que esse entendimento é prestigiado,
inclusive, quando a verba executada se destina ao Fundo de
Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF. Precedentes deste Regional.

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
3/4
fls. 543
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

8. Agravo de instrumento provido,para determinar a expedição de


requisitório do valor incontroverso de forma integral (R$ 686.274,06),
com destaque dos honorários advocatícios contratuais.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
(PROCESSO: 08056745120174050000, AG/SE, DESEMBARGADOR
FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA, 2ª Turma,
JULGAMENTO: 05/10/2017, PUBLICAÇÃO: ) (grifo nosso).

Neste contexto, em atenção aos princípios da boa-fé


processual e razoável duração do processo, deve ocorrer à expedição do
precatório no montante de R$ 260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões,
trezentos mil, trezentos e vinte e três reais e trinta e três centavos), para evitar
a perda do prazo constitucionalmente estabelecido.

II - DO REQUERIMENTO FINAL

Diante do exposto, pugna esta municipalidade, nos termos


do art. 535, § 4.º, do CPC/15, pela expedição do precatório no montante de R$
260.300.323,33 (duzentos e sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e vinte e
três reais e trinta e três centavos), para evitar a perda do prazo
constitucionalmente estabelecido.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Maceió/AL, 12 de junho de 2018.

GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI AVARENGA


Procurador do Município de Maceió
OAB/AL n. 11673-B

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
18061216361154000000003174688
_____________________________________________________________________________
Data e hora da assinatura: 12/06/2018 16:37:36
Identificador: 4058000.3154799 Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
01/06/2018 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumen…
fls. 544

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Processo: 0800907-04.2016.4.05.0000

Certidão

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Proclamação do Julgamento:

O Tribunal Pleno, por maioria, julgou improcedente a ação rescisória, nos termos do voto do relator. Vencido o
Exmo. Sr. Desembargador Federal EDILSON PEREIRA NOBRE JÚNIOR.

Participaram do julgamento os Exmos. Srs. Desembargadores Federais: VLADIMIR SOUZA CARVALHO,


ROGÉRIO DE MENESES FIALHO MOREIRA, EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR, FRANCISCO
ROBERTO MACHADO, PAULO MACHADO CORDEIRO, CARLOS REBELO JUNIOR, RUBENS DE
MENDONÇA CANUTO NETO, ELIO WANDERLEY DE SIQUEIRA FILHO, LEONARDO HENRIQUE
DE CAVALCANTE CARVALHO, LEONARDO AUGUSTO NUNES COUTINHO (Convocação do
Desembargador Federal José Lázaro Alfredo Guimarães ao STJ), IVAN LIRA DE CARVALHO (Convocado
por férias do Desembargador Federal Alexandre Luna Freire) e FREDERICO WILDSON DA SILVA DANTAS
(Convocado por férias do Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima).

Presidiu o julgamento o Exmo. Sr. Desembargador Federal CID MARCONI GURGEL DE SOUZA.

Sustentação Oral: Dr. LEONARDO MARROQUIM BEZERRA DE MELLO.

Dr. GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI.

Procurador: Dr. FRANCISCO CHAVES DOS ANJOS NETO.

Recife, 30 de maio de 2018 (Data do Julgamento).

LISIANE RODRIGUES CAVALCANTI

Secretário(a)

Processo: 0800907-04.2016.4.05.0000
Assinado eletronicamente por: 18060116174424400000011261548
LISIANE RODRIGUES CAVALCANTI - Secretário da Sessão
Data e hora da assinatura: 01/06/2018 16:18:17
Identificador: 4050000.11280592

Para conferência da autenticidade do documento:


https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=3f58f7e3cc013c96fc0903e
1/2
01/06/2018 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumen…
fls. 545
Para validar, utilize o link abaixo:
https://pje.trf5.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHashHTML.seam?
hash=c20edb8d0a2f1c1af0c65da88a5e8ea32e315bee&idBin=11261548&idProcessoDoc=11280592

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
18061216364972600000003174690
Data e hora da assinatura: 12/06/2018 16:37:36
https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=3f58f7e3cc013c96fc0903e
Identificador: 4058000.3154801
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 546

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA FEDERAL DE ALAGOAS

13ª VARA FEDERAL

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INSPEÇÃO ORDINÁRIA - 2018

Período: 16/04 a 20/04/2018

Ocorrência Data Prazo


Processo em ordem 20/04/2018

Maceió-AL, 12 de abril de 2018.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

Procurador(a) da República/AL Representante da OAB/AL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
18041815184578300000002964747
Data e hora da assinatura: 18/04/2018 15:19:47
Identificador: 4058000.2946246
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 547

A UNIÃO está ciente da decisão retro.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Alinne de Medeiros Duarte Buchweitz - Gestor
18011115334349300000002699367
Data e hora da assinatura: 11/01/2018 15:34:30
Identificador: 4058000.2681839
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 548

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 21/12/2017 23:59, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Decisão
registrado em 11/12/2017 21:18 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 17121209572996800000002651690 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 22/12/2017 00:00 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 22/12/2017 00:00:06
Identificador: 4058000.2665744

1/1
fls. 549

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 18/12/2017 10:28, o(a) MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS S/C foi intimado(a) acerca de Decisão registrado em 11/12/2017 21:18 nos autos judiciais
eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 17121209572996800000002651690 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/12/2017 10:28 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 18/12/2017 10:28:03
Identificador: 4058000.2653991

1/1
fls. 550

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 13/12/2017 12:44, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Decisão registrado em 11/12/2017 21:18 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 17121209572996800000002651690 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 13/12/2017 12:44 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 13/12/2017 12:44:47
Identificador: 4058000.2639632

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fls. 551

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , AS PARTES
, na pessoa de seus representantes legais, da decisão anexa.

Maceió-AL, 12 de Dezembro de 2017.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
17121209572996800000002651690
Data e hora da assinatura: 12/12/2017 09:58:26
Identificador: 4058000.2634195
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 552

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017 .4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A


FAZENDA PÚBLICA

EXEQUENTE: MUNICÍPIO DE MACEIÓ

EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL

13ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

DECISÃO

1. Trata-se de pedido manejado pelo executado para suspender a presente execução, em face da decisão,
em sede de tutela antecipada, proferida nos autos da Ação Rescisória n. 0800907-04.2016.4.05.0000, a
qual tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que determinou a suspensão da execução do
julgado, prolatado nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL.

2. Intimado para se manifestar sobre o pedido de suspensão do feito, o exequente pugnou pela rejeição do
referido pedido, ao argumento de que não podem ser expedidos os requisitórios, até que se ultime o
julgamento a Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000. Devendo-se manter o regular
prosseguimento do feito, em nome da celeridade e da razoável duração do processo.

3. Decido .

4. O art. 969, do CPC (a qual regula os efeitos do recebimento da ação rescisória), dispõe que:

Art. 969 A propositura da ação rescisória ao impede o cumprimento da decisão


rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.

5. Assim, vê-se que o dispositivo acima transcrito ressalva a suspensão da eficácia da decisão rescindenda
pelo próprio Juízo, diante do qual tramita a rescisória.

6. Insta destacar, é incontroverso a existência de decisão judicial determinando a suspensão da execução


do julgado, prolatado nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000, a qual não foi, até a
presente data, revogada, in verbis :

" PROCESSO Nº 0800907-04.2016.4.05.0000 - AÇÃO RESCISÓRIA

AUTORA: UNIÃO

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fls. 553

RÉ: ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
DECISÃO

1. R. H.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
2. Cuida-se de ação rescisória ajuizada pela UNIÃO em face da ASSOCIAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS ALAGOANOS, visando à desconstituição do acórdão transitado em julgado,
prolatado pela 2ª Turma do TRF5, nos autos da ação ordinária nº
0011204-19.2003.4.05.8000, em tramitação na 7ª Vara Federal (AL), que reconheceu o
direito ao pagamento, em favor dos Municípios alagoanos e representados pela referida
Associação, das diferenças devidas e não repassadas a título de complementação da
transferência dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF, em razão da fixação do valor
mínimo anual por aluno se encontrar em desacordo e aquém do previsto na Lei nº
9.424/1996.

3. A autora alega que o acórdão rescindendo violou o art. 485, V, do CPC/1973, atual art.
966, V, do CPC/2015, uma vez que a Associação dos Municípios Alagoanos, autora da
mencionada ação e ora ré, não possui legitimidade para representar pessoas jurídicas de
direito público, no caso, Municípios, cuja representação deve observância ao art. 12, II, do
CPC/1973.

4. Formula pedido de tutela antecipada no sentido da suspensão da execução do julgado em


curso ou "suspender a tramitação de todas as execuções decorrente do título judicial
coletivo ora impugnado , com comunicação do inteiro teor dessa a todos os juízos da Seção
de Judiciária de Alagoas, tendo em vista a execução de título coletivo é de livre
distribuição, ou, subsidiariamente, a suspensão da expedição dos precatórios decorrentes
da execução do título judicial objeto desta rescisória." (cf. petição inicial) .

5. Decido.

6. O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.

7. No caso em exame, a ementa do acórdão rescindendo possui o seguinte teor:

"TRIBUTÁRIO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO


FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF). VALOR
MÍNIMO NACIONAL POR ALUNO (VMNA) ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL. 1.
Sentença que se nega a condenar a União a repassar quantia equivalente aos recursos do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (FUNDEF) que os municípios representados pela autora supostamente deixaram
de receber, na vigência da Lei n. 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo
Nacional por Aluno (VMNA) abaixo da média nacional. 2. A Emenda Constitucional 14/96
determinou a instituição, "no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de
natureza contábil", formado, basicamente, por recursos da Unidade Federativa respectiva e
dos municípios nela localizados. Conquanto eventual, a contribuição da União se daria
sempre que o valor por aluno não alcançasse o mínimo definido nacionalmente (ADCT, art.
60, §§ 1º, 2º, 3º e 7º , com a redação da EC 14/96). 3. Conquanto deixado a critério do
Presidente da República, o Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) jamais poderia ter
sido fixado abaixo da média nacional, obtida da divisão dos recursos totais (referentes a
todos os fundos estaduais) pelo total das matriculas realizadas em todo o país, acrescido do

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fls. 554

total (nacional) estimado de novas matriculas. Inteligência do art. 6º , §1º, da Lei n.


9.424/96. Precedente da Quarta Turma deste Regional, confirmado pela Primeira Turma do

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
STJ (AC 348.781/AL, Des. Federal Marcelo Navarro; REsp n. 882.212/AL, Min. José
Delgado). 4. Disciplina reformulada a partir da Emenda Constitucional n. 53/06 e da
Medida Provisória n. 339/06, convertida na Lei n. 11.494/07. 5. Apelação provida em
parte."

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8. Sobre a legitimidade ativa da autora, o voto do Exmº Relator acena que "1. Ao formular
pedido de complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome
dos municípios que lhe são associados, em típica relação de representação fundada no art.
5º, inciso XXI, da Constituição Federal. 2. A inicial encontra-se instruída com a ata da
assembléia que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos municípios associados
(Lei no 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e274. 3. Nada há, portanto, que
impeça o conhecimento da ação."

9. À primeira vista, vislumbro a probabilidade do direito em face do acórdão rescindendo, o


qual, ao meu ver e com o devido respeito, viola "literal disposição de lei" (CPC/1973, art.
485, V), porquanto o art. 12, II, do CPC, vigente à época, dispõe que será representado em
Juízo, ativa e passivamente, "o Município, por seu Prefeito ou procurador". Ou seja, não
possui legitimidade Associação privada para representar ou tutelar, em nome próprio,
direito ou interesse de Edilidade, conforme a orientação do STJ, transcrita na ementa
abaixo:

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUPOSTA OFENSA AO ART. 535 DO


CPC. INEXISTÊNCIA DE VÍCIO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. ASSOCIAÇÃO DE
MUNICÍPIOS . ILEGITIMIDADE ATIVA PARA TUTELAR, EM NOME PRÓPRIO,
DIREITOS E INTERESSES DE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO.
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO ESPECIAL
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Não havendo no acórdão recorrido omissão, obscuridade
ou contradição, não fica caracterizada ofensa ao art. 535 do CPC. 2. Aplicam-se às pessoas
jurídicas de direito público sistemática própria, observando-se uma série de prerrogativas e
sujeições, tanto no que se refere ao direito material, quanto ao direito processual. 3. Nos
moldes do art. 12, II, do CPC, a representação judicial dos Municípios, ativa e
passivamente, deve ser exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente
municipal não pode ser exercida por associação de direito privado, haja vista que se
submete às normas de direito público. Assim sendo, insuscetível de renúncia ou de
delegação a pessoa jurídica de direito privado, tutelar interesse de pessoa jurídica de direito
público sob forma de substituição processual. Precedentes da Primeira Turma: AgRg no
AREsp 104.238/CE, Relator Ministro Francisco Falcão, DJe 07/05/2012; RMS 34270/MG,
Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, DJe 28/10/2011. 4. Recurso especial parcialmente
provido, extinguindo o processo sem resolução do mérito." (REsp nº 1.446.813, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJE de 26/11/2014)

10. Por outro lado, já teria dado início a execução do julgado, a revelar o perigo de dano.

11. Assim, defiro o pedido de tutela antecipada para determinar a suspensão da execução
do julgado, prolatado nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara
Federal/AL.

12. Dispenso o depósito (CPC, art. 968, II, § 1º).

13. Oficiem-se ao Juízo de origem para cumprimento, assim como aos Juízos Federais
Cíveis da Seção Judiciária de Alagoas.

14. Intime-se a autora desta decisão. Cite-se a ré para apresentação, querendo, de resposta,
no prazo de 30 (trinta) dias (CPC, art. 970).

3/4
fls. 555

Recife, data da validação no sistema.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Desembargador Federal João Bosco Medeiros de Sousa

Relator (Convocado)"

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7. Ademais, determinada a suspensão do cumprimento da sentença, não serão praticados atos processuais,
inteligência do art. 923 [i] c/c art. 513 [ii] , ambos do CPC.

8. Ante o exposto, defiro o pedido de suspensão do presente feito, nos termos determinados na ação
ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000.

9. Intimações devidas. Demais providências necessárias.

Maceió, 11 de dezembro de 2017.

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13ª Vara/AL

[i] Art. 923. Suspensa a execução, não serão praticados atos processuais, podendo o juiz, entretanto, salvo
no caso de arguição de impedimento ou de suspeição, ordenar providências urgentes.

[ii] Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que
couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
17121118053525800000002650636
Data e hora da assinatura: 11/12/2017 21:18:31
Identificador: 4058000.2633141
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 556

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO, MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS S/C, UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 9 de Novembro de 2017.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
17110910225987600000002555567
Data e hora da assinatura: 09/11/2017 10:23:24
Identificador: 4058000.2538332
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 557

Resposta à impugnação ao cumprimento de sentença da União em anexo.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17110816261176300000002553934
Data e hora da assinatura: 08/11/2017 16:30:17
Identificador: 4058000.2536700
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 558
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

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Procuradoria Judicial

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 13ª VARA FEDERAL DA


SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, devidamente qualificado nos


autos do processo em epígrafe, através de seu procurador infra firmado, vem,
perante Vossa Excelência, em atendimento ao despacho de fls., apresentar
RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, diante
dos argumentos que passa a expor:

1. SINÓPSE FÁTICA

Controverte-se, nos presentes autos, acerca de


cumprimento de sentença proposto pelo Município de Maceió – AL, com
supedâneo no título oriundo da ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, a
qual emanou determinação, de restituir aos municípios, o valor que não foi
repassado, em virtude da fixação equivocada do VMAA do FUNDEF.

À causa, fora atribuído o valor de R$ 327.508.517,09


(Trezentos e vinte e sete milhões, quinhentos e oito mil, quinhentos e
dezessete reais e nove centavos).

Instada a se manifestar, nos termos em que


preleciona o art 535 do CPC-15, a União veio aos presentes autos, apresentar
impugnação, sustentando, para tanto, os seguintes argumentos:

(a) Da suspensão das execuções originárias da ação


coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, tendo em vista
da tutela antecipada, proferida nos autos da ação
rescirória nº. 0800907-04.2016.4.05.0000;

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
1/19
fls. 559
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

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Procuradoria Judicial

(b) Equívoco nos juros de mora;

(c) Bis in idem, em relação ao processo nº. 0805720-


96.2017.4.05.8000;

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
(d) Aduziu que a correção monetária aplicável é a
prevista na Lei 11.960/09, assim como os juros de mora;

(e) Por fim, a impossibilidade de destaque dos honorários


contratuais na presente execução, ante ao suposto
caráter vinculado das verbas aos gastos exclusivos com
a educação;

(f) Entendeu, por fim, que diante do excesso de


execução, o valor devido, era de R$ 260.300.323,33
(Duzentos e sessenta milhões, trezentos mil, trezentos e
vinte e três reais e trinta e três centavos).

Com o devido respeito, tais argumentos não hão de


prosperar. Eis os fundamentos hábeis a ilidir a pretensão da União Federal.
Senão, veja-se:

2. DA DESNECESSIDADE DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO EM VIRTUDE


DA AÇÃO RESCISÓRIA. DA IMPOSSIBILIDADE DE VIOLAÇÃO DA
CELERIDADE PROCESSUAL E DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO
PROCESSO.

De logo, é imperioso que se enfatize a desnecessidade de


que se suspenda a presente execução, em virtude da ação rescisória nº.
0800907-04.2016.4.05.0000.

Em verdade, com a tramitação da mesma, não podem ser


expedidos os requisitórios, até que o seu julgamento se ultime.

Isto porque, a ação em comento, tem grandes chances de


receber a mesma decisão proferida na ação rescisória nº. 0806650-
29.2015.4.05.0000, proposta com o fito de fulminar o título oriundo da ação
coletiva nº. 0000001-28.2006.4.05.8300 (AMUPE). A ação rescisória proposta
contra a AMUPE obteve a seguinte decisão:

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
2/19
fls. 560
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

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Procuradoria Judicial

“PJe-AÇÃO RESCISÓRIA 0806650-29.2015.4.05.0000


AUTOR: UNIÃO FEDERAL
RÉU: ASSOCIAÇÃO MUNICIPALISTA DE
PERNAMBUCO

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ADV: BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
RELATOR: DES. FEDERAL VLADIMIR SOUZA
CARVALHO - PLENO
(férias - 27/06 a 26/07/2016)
RELATOR CONVOCADO: DES. FEDERAL RONIVON DE
ARAGÃO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. DEMANDA PERSEGUINDO A
RESCISÃO DE JULGADO, PROLATADO EM AÇÃO
ORDINÁRIA MOVIDA PELA ASSOCIAÇÃO
MUNICIPALISTA DE PERNAMBUCO, SOB O
ARGUMENTO - A RESCISÓRIA EM FOCO -, DE QUE
QUEM REPRESENTA O MUNICÍPIO É O SEU
PREFEITO OU SEU PROCURADOR, A TEOR DO ART.
12, INC. II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL [DE
1973], ENTÃO VIGENTE. PRELIMINAR DE
ILEGITIMIDADE REJEITADA, POR MAIORIA. NO
MÉRITO, APLICAÇÃO DO ENUNCIADO DA SÚMULA
343, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DIRETA AO DISPOSTO
NO ART. 12, INCISO II, DO CPC/1973.
IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO RESCISÓRIA.
1. A matéria, traduzida na ilegitimidade ativa do ora
demandado, na ação ordinária referida - não foi discutida
no feito aludido, de modo a se tornar inviável a presente
rescisória, a teor de vasta jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.
2. Preliminar rejeitada, por maioria, vencido o relator.
3. À época em que proferida a decisão rescindenda, em
fevereiro de 2009, ainda não havia sequer um
pronunciamento desta e. Corte ou do Superior Tribunal
de Justiça proclamando a ilegitimidade das associações
de municípios para representá-los em juízo, à luz do art.
12, inciso II, do CPC/1973.
4. Por se tratar de suposta ofensa ao disposto no art. 12,
do CPC/1973, não envolvendo questão constitucional, e
tendo em vista que o tema ainda não se encontrava
pacificado em sentido diverso, tanto assim que sequer
fora abordado em contestação pela União na ação
originária, incide à hipótese o disposto na Súmula 343 do
STF, que preconiza: "Não cabe ação rescisória por
ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão
rescindenda se tiver baseado em texto legal de
interpretação controvertida nos tribunais".
5. Improcedência da ação. Condenação da União em
honorários advocatícios arbitrados em dois mil reais”.

Em sendo o objeto da ação rescisória acima, igual o


da ação rescisória nº. 0800907-04.2016.4.05.0000, é de se manter o regular
prosseguimento do feito – até mesmo em vista da inexistência de determinação

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do Tribunal, nestes autos, em sentido contrário – em nome da celeridade e da


razoável duração do processo, condicionando, por óbvio, a expedição de
quaisquer requisitórios ao resultado do julgamento da ação rescisória.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
3. DA INEXISTÊNCIA DE BIS IN IDEM. EXECUÇÕES AFORADAS COM
BASE EM TÍTULOS EXECUTIVOS DISTINTOS. MESMAS PARTES.
CAUSA DE PEDIR E PEDIDOS DIFERENTES. JURISPRUDÊNCIA TRF5ª
REGIÃO. CASO IDÊNTICO.

Inicialmente, cumpre demonstrar que o cumprimento de


sentença, combatido através da Impugnação ofertada pela União Federal, foi
lastreada em título judicial, transitado em julgado, completamente distinto do
título em que se baseou a execução de sentença nº. 0805720-
96.2017.4.05.8000.

Para tanto, veja-se o que dispôs o título judicial oriundo do


processo nº. 0002790-85.2010.4.05.8000, que amparou a execução de
sentença nº. 0805720-96.2017.4.05.8000:

(...)
Em face do exposto, julgo procedente o pedido, declarando a
inconstitucionalidade do desconto efetuado com base na
Portaria nº 743/2005 do Ministério da Educação, ao tempo em
que condeno à União Federal a restituir aos municípios
substituídos pela AMA a dedução efetuada na cota do
FUNDEF em maio/2005, em razão daquela portaria, bem
como a estornar a quantia indevidamente deduzida,
corrigida e acrescida de juros de mora de 1% ao mês, a partir
da citação.
(...).

No que respeita à presente execução, o título condenou a


União a repassar quantia equivalente aos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF) que o Município autor deixara de receber, na vigência da Lei nº
9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA)
abaixo da média nacional.

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Como se vê, ainda que haja identidade de partes, não há


identidade de causa de pedir e de pedidos, vez que as execuções tiveram
como fundamento títulos judiciais distintos e que, importa mencionar, oriundos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
de ações de conhecimento também distintas.

É de se ressaltar que a União Federal, em toda


argumentação articulada em sede de Impugnação ao cumprimento de
sentença, não foi capaz de demonstrar que a causa de pedir e os pedidos, nas
duas execuções, são idênticos, limitando-se suas alegações à existência de bis
in idem, uma vez que, supostamente, a presente execução de sentença,
poderia já ter incluído no valor apurado a quantia referente a maio/2005,
pleiteada na execução de sentença, ora impugnada.

Sem maiores esforços, percebe-se que a alegação de


existência de litispendência não merece amparo jurídico, sendo facilmente
desconstruída pela simples análise dos títulos executivos executados.

Neste diapasão, em causa idêntica à discutida nos


presentes autos, em recentíssima decisão, o TRF 5ª Região afastou a
alegada litispendência:

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À


EXECUÇÃO. LITISPENDÊNCIA. INEXISTÊNCIA.
COMPLEMENTAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDEF PARA A
EDUCAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO
PÚBLICO NA MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO. RETENÇÃO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE.
APELAÇÃO DO MUNICÍPIO PROVIDA E APELAÇÃO DA
UNIÃO IMPROVIDA.
(...)
2. Afastada a alegação de litispendência, tendo em vista
que, no caso, não há identidade de demandas, pois o título
que embasa a presente execução, produzido na ação
coletiva de nº 0002790-85.2010.4.05.8000, é diferente
daquele que embasa a execução de n° 0800008-
24.2014.4.05.8000, produzido nos próprios autos desse
processo. Enquanto na execução ora embargada se busca
a restituição dos valores deduzidos nas cotas do FUNDEF
relativas a maio de 2005 com base na Portaria nº 743/2005,
naquela outra se executam os valores a título de
complementação dos repasses do FUNDEF dos anos de

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2003 a 2006, sob o fundamento de ilegalidade do critério de


fixação do Valor Mínimo Anual por Aluno - VMAA, que não
teria observado as estipulações da Lei nº 9.424/96.
(...)

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8. Apelação de Município provida. Apelação da União
improvida.
(PROCESSO: 08048104020154058000, AC/AL,
DESEMBARGADOR FEDERAL MANUEL MAIA
(CONVOCADO), 1º Turma, JULGAMENTO: 28/10/2016,
PUBLICAÇÃO: ) (grifos nossos)

Em vista do exposto, por qualquer ângulo que se veja, não


subsiste o fundamento de litispendência ou de bis in idem, entre a execução,
ora impugnada, e a execução de nº. 0805720-96.2017.4.05.8000.

4. DA CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEL À ESPÉCIE. DA


DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PROFERIDA PELO C. STF.
ADI’s 4.425/DF e 4.357/DF. INCONSTITUCIONALIDADE POR
ARRASTAMENTO DA LEI N.º 11.960/2009. REPERCUSSÃO SOBRE OS
ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA PREVISTOS
NO ART. 1.º-F da LEI N.º 9.494/97. INAPLICABILIDADE DA TR COMO
ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. INCIDÊNCIA DO IPCA-E.

De logo, pede-se vênia a esta Corte para transcrever


excerto do julgado proferido na ADI 4.357/DF:

“5. O direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º,


XXII) resta violado nas hipóteses em que a atualização
monetária dos débitos fazendários inscritos em
precatórios perfaz-se segundo o índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, na medida em
que este referencial é manifestamente incapaz de
preservar o valor real do crédito de que é titular o
cidadão. É que a inflação, fenômeno tipicamente
econômico-monetário, mostra-se insuscetível de
captação apriorística (ex ante), de modo que o meio
escolhido pelo legislador constituinte (remuneração da
caderneta de poupança) é inidôneo a promover o fim a
que se destina (traduzir a inflação do período).
[...]
7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela
Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09
quanto à atualização monetária e à fixação de juros
moratórios de créditos inscritos em precatórios incorre
nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art.
100, §12, da CF, razão pela qual se revela

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inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão


dos itens 5 e 6 supra.”

De uma simples análise do julgado paradigma pode-

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se extrair uma única tese, pedra fundamental de todo o precedente judicial: A
TR NÃO SE PRESTA COMO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA, POIS
NÃO RECUPERA O PODER AQUISITIVO DO CAPITAL.

Assim, declarada a inconstitucionalidade do artigo


5.º da Lei n.º 11.960/09, que deu nova redação ao artigo 1.º-F da Lei n.º
9.494/97, bem como do § 12 do artigo 100 da CF/88, há vinculação das
decisões proferidas sobre o tema, nos termos do disposto no art. 102, § 2.º, da
Constituição Federal, razão pela qual não se pode adotar para a correção dos
valores a disposição contida nos referidos dispositivos reputados
inconstitucionais.

Todavia, muito embora tenha havido o expurgo


daquele dispositivo de Lei Federal, o acórdão, ora esgrimado, determinou sua
aplicação à presente lide, contrariando a declaração de inconstitucionalidade
proferida pela Corte Máxima Constitucional (ADI’s 4.357/DF e 4.425/DF) bem
como retornando a vulnerar o direito de propriedade (art. 5.º, XXII da CF/88) e
contrariando a correta aplicação do § 12, do art. 100 da CF/88.

Nessa esteira, urge ressaltar, que a decisão


proferida nas referidas ADI’s já foi alvo de modulação de seus efeitos, quando
do julgamento da Questão de Ordem, no dia 25/03/2015, de onde se vê que os
precatórios expedidos até 25/03/2015 são válidos com a correção monetária
determinada pela TR (art.1.º-F da Lei n.º 9.494/97) e que, a partir desta data,
os créditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo IPCA-E.

Veja-se o excerto:

“1. Modulação de efeitos que dê sobrevida ao regime


especial de pagamento de precatórios, instituído pela
Emenda Constitucional nº 62/2009, por 5 (cinco)

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exercícios financeiros a contar de primeiro de janeiro de


2016.
2. Conferir eficácia prospectiva à declaração de
inconstitucionalidade dos seguintes aspectos da ADI,

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fixando como marco inicial a data de conclusão do
julgamento da presente questão de ordem
(25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios
expedidos ou pagos até esta data, a saber:
2.1. Fica mantida a aplicação do índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança (TR), nos
termos da Emenda Constitucional nº 62/2009, até
25.03.2015, data após a qual (i) os créditos em
precatórios deverão ser corrigidos pelo Índice de Preços
ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) e (ii) os
precatórios tributários deverão observar os mesmos
critérios pelos quais a Fazenda Pública corrige seu s
créditos tributários; e
2.2. Ficam resguardados os precatórios expedidos, no
âmbito da administração pública federal, com base nos
arts. 27 das Leis nº 12.919/13 e nº 13.080/15, que fixam o
IPCA-E como índice de correção monetária.
[...]
6. Atribuição de competência ao Conselho Nacional de
Justiça para que monitore e supervisione o pagamento
dos precatórios pelos entes públicos na forma da
presente decisão”.
(grifos nossos)

Ademais, não é de hoje que os ministros da Corte


Suprema vêm aplicando, de forma monocrática, o entendimento explicitado no
julgamento das referidas ADI’s. Senão, vejamos:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO DE


INCONSTITUCIONALIDADE DO § 12 DO ART. 100 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA ALTERADO PELA
EMENDA CONSTITUCIONAL N. 62/2009. AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 4.425.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. Relatório
1. Recurso extraordinário interposto com base no art.
102, inc. III, alínea a, da Constituição da República contra
o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região: “PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. LEI 11.960/09.
CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA IMEDIATA AOS
PROCESSOS EM ANDAMENTO.
(omissis) DECIDO.
3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.
4. Em 14.3.2013, no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade n.º 4.425/DF, Relator o Ministro
Ayres Britto, Redator para acórdão o Ministro Luiz Fux, o
Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade das
expressões “índice oficial de remuneração básica da

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caderneta de poupança” e “independentemente de sua


natureza”, constantes do § 12, do art. 100 da Constituição
da República, alterado pela Emenda Constitucional n.
62/2009 (Informativo n. 698). Dessa orientação

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jurisprudencial divergiu o julgado recorrido.
5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário
(art. 557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, §
2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal),
para que seja observado o que decidido pelo Plenário na
Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.425/DF.”
(STF; RE 747.742; Relator(a): Min. Cármen Lúcia; DJe de
30/09/2013) (grifos nossos)

Assim, não deve prosperar a aplicação da TR como índice


de correção monetária, posto que julgada inconstitucional pelo C. STF,
devendo ser utilizada em seu lugar o IPCA-E (ADI’s 4.425/DF e 4.357/DF) e
juros de mora de 0,5% a.m. (art. 1.º-F da Lei n.º 9.494/97), como se pode ver
do julgamento, ainda em curso, do RE 870.947/SE.

Por fim, ao contrário do que afirmado pelo Executado,


apenas recentemente o Supremo Tribunal Federal concluiu o julgamento
do Recurso Extraordinário (RE) 870947, onde restou definido a tese
acerca da correção monetária aplicada nos casos de condenações
impostas contra a Fazenda Pública. Vejamos:

Quarta-feira, 20 de setembro de 2017


Plenário do STF define teses sobre índices de correção e
juros em condenações contra Fazenda Pública
Ao concluir, na sessão desta quarta-feira (20), o
julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 870947, em
que se discutem os índices de correção monetária e os
juros de mora a serem aplicados nos casos de
condenações impostas contra a Fazenda Pública, o
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu duas
teses sobre a matéria. De acordo com a presidente do
Supremo, ministra Cármen Lúcia, há quase 90 mil casos
sobrestados no Poder Judiciário aguardando a decisão
do STF nesse processo, que teve repercussão geral
reconhecida pelo Plenário Virtual.

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A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, ministro


Luiz Fux, segundo o qual foi afastado o uso da Taxa
Referencial (TR) como índice de correção monetária dos

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débitos judiciais da Fazenda Pública, mesmo no período
da dívida anterior à expedição do precatório. O
entendimento acompanha o já definido pelo STF quanto à
correção no período posterior à expedição do precatório.
Em seu lugar, o índice de correção monetária adotado foi
o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial
(IPCA-E), considerado mais adequado para recompor a
perda de poder de compra.
Quanto aos juros de mora incidentes sobre esses
débitos, o julgamento manteve o uso do índice de
remuneração da poupança, previsto na legislação
questionada, apenas para débitos de natureza não
tributária, como é o caso da disputa com o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) em causa. Na hipótese
de causas de natureza tributária, ficou definido que
deverá ser usado o mesmo índice adotado pelo Fisco
para corrigir os débitos dos contribuintes, a fim de se
preservar o princípio da isonomia. Hoje essa taxa é a
Selic.
Tese
A primeira tese aprovada, referente aos juros moratórios
e sugerida pelo relator do recurso, ministro Luiz Fux, diz
que “O artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação
dada pela Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda
Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem
ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em
respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB,
art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de
relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros
moratórios segundo o índice de remuneração da
caderneta de poupança é constitucional, permanecendo

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hígido, nesta extensão, o disposto no artigo 1º-F da Lei


9.494/1997 com a redação dada pela Lei 11.960/2009.”
Já a segunda tese, referente à atualização monetária,

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tem a seguinte redação: “O artigo 1º-F da Lei 9.494/1997,
com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em
que disciplina a atualização monetária das condenações
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração
oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao
direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que
não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a
promover os fins a que se destina.”
O caso
O RE foi ajuizado pelo INSS contra acórdão da 4ª Turma
do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que,
mantendo concessão de benefício de prestação
continuada (Lei 8.742/93, artigo 20) a um cidadão,
apontou que não caberia a aplicação da Lei 11.960/2009
no tocante aos juros e à correção monetária, ao
argumento de que o STF, no julgamento das ADIs 4357 e
4425, reconheceu, por arrastamento, a
inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei 11.960/2009, que
deu nova redação ao artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97.
O julgamento do caso teve início em dezembro de 2015.
Na ocasião, o relator explicou que quando considerou
inconstitucional o uso da taxa de remuneração básica da
caderneta de poupança (TR) para fim de correção de
débitos do Poder Público, no julgamento das Ações
Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4425 e 4357, o
STF o fez apenas com relação aos precatórios, não se
manifestando quanto ao período entre o dano efetivo (ou
o ajuizamento da demanda) e a imputação da
responsabilidade da Administração Pública (fase de
conhecimento do processo). Uma vez constituído o
precatório, seria então aplicado o entendimento fixado
pelo STF, com a utilização do Índice de Preços ao

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Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) para fins de


correção monetária.
O ministro reafirmou seu entendimento contrário ao uso

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da TR para fim de correção monetária, uma vez que se
trataria de índice prefixado e inadequado à recomposição
da inflação, e votou no sentido de dar parcial provimento
para manter a concessão de benefício de prestação
continuada atualizado monetariamente segundo o IPCA-
E, desde a data fixada na sentença. E, para evitar
qualquer lacuna sobre o tema e com o propósito de
guardar coerência e uniformidade com a decisão do STF
ao julgar a questão de ordem nas ADIs 4357 e 4425, o
ministro disse entender que devem ser idênticos os
critérios para a correção monetária de precatórios e de
condenações judiciais da Fazenda Pública.
Acompanharam esse entendimento, na ocasião, os
ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa
Weber. O ministro Teori Zavascki (falecido) votou pelo
provimento do recurso, mantendo a TR como índice de
correção monetária durante todo o período, e o ministro
Marco Aurélio votou pelo desprovimento total do recurso.
O ministro Dias Toffoli pediu vista dos autos na ocasião e,
quando trouxe o caso novamente para análise do Pleno,
votou pelo provimento integral do recurso, sendo
acompanhado pela ministra Cármen Lúcia.
Na sessão desta quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes
votou pelo provimento do recurso, por entender que não
existe, do ponto de vista constitucional, violação que
impossibilite a aplicação da TR aos juros moratórios e à
correção monetária sobre as condenações judiciais
impostas à Fazenda Pública, nos termos do artigo 1º-F da
Lei 9.494/1997.
Já o ministro Ricardo Lewandowski acompanhou o relator
para dar parcial provimento ao recurso, fixando o IPCA-E
como índice de correção monetária a todas as
condenações impostas à Fazenda Pública. Esse foi o
mesmo entendimento do ministro Celso de Mello, que

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concordou com o relator no sentido do uso do IPCA-E


tanto na correção monetária dos precatórios quanto nas
condenações judiciais da Fazenda Pública, para evitar

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qualquer lacuna sobre a matéria e para guardar
coerência com as decisões do STF na Questão de
Ordem nas ADIs 4357 e 4425.
(acesso em 02 de outubro de 2017,
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idC
onteudo=356240)

Desta feita, não há que se falar na incidência da TR como


critério de correção monetária, às condenações impostas à Fazenda Pública.

5. FUNDEF. ART. 60 DO ADCT DA CF/88. AUSÊNCIA DE OFENSA.


DESVINCULAÇÃO DE VERBA. COISA JULGADA. VIOLAÇÃO AO
TÍTULO EXECUTIVO. JULGADOS DO STF E DO STJ.

Deduz a União, insistente e genericamente, que, por


imperativo legal, os valores pretéritos a título de complementação pela União
ao FUNDEF somente podem ser destinadas à manutenção e desenvolvimento
da educação básica e na valorização dos profissionais da educação, e que, por
tal razão a retenção dos honorários no precatório significa desvio de finalidade
no uso das verbas públicas.

Sem razão a União.

De pronto, há de se ressaltar que a referida


discussão, acerca da vinculação da verba ora perseguida ao FUNDEF, resta
preclusa, porquanto se trata de matéria afeta a fase de conhecimento do
processo, não podendo ser rediscutida (ou inovada) nesta fase executiva, sob
pena de se proceder a violação da coisa julgada ao se alterar o título executivo
judicial transitado em julgado (art. 5.º, XXXVI da CF/88).

Segue aresto corroborando com o entendimento:

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
13/19
fls. 571
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

“EMBARGOS À EXECUÇÃO JUDICIAL. FUNDEF.


JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
I - Cuida-se de apelação de sentença que julgou

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
parcialmente procedente embargos à execução de
sentença, relativa ao pagamento de diferenças devidas e
não repassadas a título de não complementação de
transferência de recursos do FUNDEF, com a aplicação
de juros e correção monetária, nos termos da lei 9494/97,
com redação dada pela Lei nº 11.960/09.
II. Incabível a vinculação da verba devida pela União à
conta específica do Município a título de FUNDEB,
visto que ação que reconheceu o direito da Edilidade
ao pagamento das diferenças do FUNDEF é referente
a verbas que não foram pagas pela UNIÃO, em época
em que não havia sido criado o FUNDEB.
III. Inaplicabilidade do artigo 6º, parágrafo 1º da Lei
9424/96 ao caso concreto, uma vez que os valores a
serem repassados pela União ao Município são
decorrentes de decisão judicial, não se confundindo com
o dispositivo legal, que disciplina a forma do repasse
efetuado em tempo e modo devidos.
IV. Relevante ressaltar, também, que a questão da
vinculação não foi discutida no processo de
conhecimento, o que implica em violação à coisa
julgada.
[...]
VII- Apelação da União improvida.
VIII - Apelação do Município provida.”
(TRF5; Quarta Turma; Processo: 0000072-
19.2014.4.05.8310; Relator: Des. Fed. Ivan Lira de
Carvalho (convocado); Julgado em 16/12/2014; DJe:
19/12/2014) (grifos nossos)

Reafirme-se que não consta do processo de


conhecimento nenhuma determinação acerca da vinculação da verba discutida,
inexistindo no título judicial transitado em julgado qualquer fundamentação
neste sentido.

Nesta toada, é importante realçar que, em causa


semelhante, nos autos do RE 897.174/PE, a Procuradoria Geral da República
emitiu o Parecer n.º 17.850/OBF/PGR, advogando pela impossibilidade de
vinculação da verba em respeito à coisa julgada.

Vejamos:

[...]

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Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
14/19
fls. 572
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

A leitura da sentença exequenda mostra que apenas o


provimento do recurso extraordinário implicaria a ofensa
à coisa julgada.
A decisão de primeiro grau, confirmada pelo TRF5 e

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
alterada apenas em acessórios pelo STJ, nada disse
a respeito de nenhuma das questões aduzidas pela
recorrente. Silenciou a respeito da suposta perda do
interesse pelo advento do Fundeb, em substituição
ao Fundef, assim como calou a respeito da
vinculação dos pagamentos a serem efetuados com
os valores a serem obtidos com esta execução.
Considerando que a decisão exequenda foi proferida pelo
TRF5 em 2009, quando já vigente a EC 53/2006, parece
evidente que não se pode falar em perda do interesse de
agir, pela óbvia razão que isso haveria de ter sido
considerado àquela altura, para evitar a condenação. Se
o Tribunal, ainda que de ofício, reputou o tema
irrelevante na decisão de conhecimento, não parece
ser a execução o momento de tornar a discutir o
tema.
A decisão exequenda tampouco limitou as finalidades
nas quais os valores a serem havidos com esta
execução se podem gastar.
Seria extemporâneo pretender inserir no aresto
passado em julgado condição dele não constante,
pois isso ofenderia a coisa julgada.
A restrição teleológica aventada pela recorrida parece, ao
menos prima facie, correta. Sucede que não pode ser
discutida nestes autos, em decorrência da coisa julgada,
embora seja de se cogitar em demanda de
conhecimento, caso venha a ter no Supremo Tribunal
Federal. Ainda com a limitação da recorrente,
haveriam de ser reputados gastos educacionais as
despesas havidas pelo município com eventuais
dívidas oriundas da mora federal. Isso, contudo,
parece situado além dos limites da decisão trânsita
em julgado.
O Ministério Público Federal opina pelo não
conhecimento ou pelo desprovimento do recurso
extraordinário.
[....]

(grifos nossos)

No julgamento do referido recurso (RE 897.174/PE),


o Supremo Tribunal Federal acolheu a manifestação da Procuradoria Geral da
República, bem como as razões aqui apresentadas.

Ora, data vênia os entendimentos opostos, é de se


repisar que a competência do juízo executivo encontra-se adstrita às

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Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
15/19
fls. 573
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

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Procuradoria Judicial

disposições do título executivo, ainda mais quando o mesmo detém origem


judicial, como o sobre o qual, ora se debruça.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Sobre o assunto, leciona o ilustre doutrinador Araken
de Assis, ao citar Carnelutti, com a propriedade que lhe é particular.
Transcreve-se excerto de sua obra:

“[...] o juiz, no processo de execução, necessita de


âncora explícita para ordenar atos executivos, e alterar a
realidade material, do mesmo modo que o construtor de
edifícios sem o respectivo projeto não saberia tocar o
empreendimento.”
(ASSIS, Araken de. Manual de execução, 18.º ed. São
Paulo. Ed. Revista dos Tribunais. 2016)

Acolhendo esta linha de raciocínio, veja-se o julgado


proferido pelo C. STJ:

“AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. EXCESSO RECONHECIDO. COISA
JULGADA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA.
[...]
3. Em execução, hipótese dos autos, é vedada a
rediscussão de questão decidida no título judicial, em
virtude da coisa julgada. O processo executivo deve
se desenvolver nos limites da decisão exequenda.
Precedentes.
4. Agravo interno a que se nega provimento.”
(STJ; Quarta Turma; Processo: AgInt no AREsp
59196/SC; Relator: Min. Isabel Gallotti; DJe 07/10/2016)

(grifos nossos)

Ao fim, quanto à natureza jurídica do crédito que


se persegue, também já restou pacificamente assentado que o mesmo
trata-se de verba indenizatória, tendente a recomposição dos recursos
indevidamente retirados.

Nesta esteira o C. STJ já firmou sólido entendimento


de que mesmo nos casos em que se discute verba oriunda do FUNDEF

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Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
16/19
fls. 574
Município de Maceió
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Procuradoria Judicial

permanece válida a retenção contratual honorária, em homenagem ao art. 22,


§ 4.º da Lei n.º 8.906/94 (REsp 1.585.265/CE).

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Ora Excelência, como já asseverado anteriormente o
precedente da Corte Máxima infraconstitucional é preciso e exauriente em
acolher, integralmente, os argumentos apresentados pelo Exequente e
acolhidos por aquela Corte.

Trata-se exatamente da mesma ratio decidendi, não


havendo qualquer manifestação, nas razões recursais, de qualquer elemento
diferenciador desta lide daquela resolvida pelo C. STJ.

O referido entendimento segue em aplicação, como


se pode ver do aresto abaixo apresentado:

“PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.


FUNDEF. VERBAS PARA EDUCAÇÃO. JUNTADA DO
CONTRATO ESCRITO DA VERBA HONORÁRIA. ART.
22, § 4º, DA LEI 8.906/1994. RETENÇÃO.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ.
1. Discute-se nos autos a possibilidade de execução de
honorários de contrato de prestação de serviços
diretamente no processo de execução principal, por
dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, nos
termos dos arts. 22, § 4º, e 23 da Lei 8.906/94.
2. "É pacífico, no Superior Tribunal de Justiça, o
entendimento de que é possível ao patrono da causa,
em seu próprio nome, requerer o destaque da verba
honorária, mediante juntada aos autos do contrato de
honorários, nos termos do artigo 22, § 4º, da Lei
8.906/94, até a expedição do mandado de
levantamento ou precatório" (AgRg no AREsp
447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 20/3/2014, DJe
27/3/2014.).
3. A hipótese dos autos possui peculiaridade de que
a constrição se dá em processo em que se discute
verbas do FUNDEF. Questão discutia no REsp
1.509.457/PE está pendente de publicação.
4. A previsão constitucional de vinculação à
educação da verba do FUNDEF não retira do patrono
o direito de retenção dos honorários, pois a sua
atuação decorre das verbas educacionais.
Recurso especial improvido.”
(STJ; Segunda Turma; Processo: REsp 1.591.198/AL;
Relator: Min. Humberto Martins; DJe 25/08/2016)

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
17/19
fls. 575
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

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Procuradoria Judicial

(grifos nossos)

Reafirme-se, o que se busca com a impugnação

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
apresentada nestes autos é apenas protelar o cumprimento do título executivo
transitado em julgado, sem a presença de quaisquer elementos capazes de
afastar a condenação.

Os precedentes judiciais originalmente invocados


são plenamente aplicáveis ao caso em tela, razão pela qual há de ser julgado
improvido o presente recurso, nos termos das razões aqui apresentadas.
Assim, não há como se sustentar a tese formulada
pela União Federal, no sentido de que as verbas do FUNDEF são vinculadas.
Por fim, com relação ao pedido de Identificador:
4058000.2502494, esta municipalidade vem se manifestar no sentido de que
não se opõe ao destaque dos honorários contratuais nos termos em que foram
requeridos pela banca jurídica que patrocinou o feito coletivo, já que esta
edilidade anuiu à contratação que a mesma formalizou com a AMA, para que
fosse proposta a ação coletiva nº. 0011204-19.2003.4.05.8000, cujo título, ora
se executa.

De outra banda, o pedido encontra respaldo na


dominante jurisprudência do C. STJ, nos julgados AgRg no AgRg no AREsp
447.744/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN e REsp 1509457/PE, Rel. Min.
Humberto Martins, que entende que é possível ao patrono da causa, em seu
próprio nome, requerer o destaque da verba honorária, mediante a juntada aos
autos do contrato de honorários, nos termos do art. 22, §4º da Lei 8.906/94, até
a expedição do mandado de levantamento ou precatório, inclusive nas
questões afetas ao FUNDEF, já que é legítima a retenção da verba honorária,
pois a previsão constitucional de vinculação à educação, não retira do patrono
o direito à percepção da mesma.

6. REQUERIMENTO FINAL

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
18/19
fls. 576
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

Ante o exposto, requer o impugnado a este juízo,


que se digne em JULGAR IMPROCEDENTE à impugnação apresentada,
posto que manifestamente infundada.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Por fim, pugna pela condenação da União em
honorários sucumbenciais, nos moldes do art. 85, § 3.º do CPC/15, com base
no valor da condenação.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Maceió/AL, 07 de novembro de 2017.

GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA


Procurador Chefe da Procuradoria Especializada Judicial da PGM
OAB/AL nº. 11.673 -B

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17110816283546400000002553935
_____________________________________________________________________________
Data e hora da assinatura: 08/11/2017 16:30:17
Identificador: 4058000.2536701 Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 19/19
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13° VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE MONTEIRO E MONTEIRO
TERCEIRO
ADVOGADOS ASSOCIADOS
INTERESSADO
S/C
BRUNO ROMERO
ADVOGADO
PEDROSA MONTEIRO
UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO DE RETIFICAÇÃO

Certifico que, em 26/10/2017, procedi à retificação de autuação deste processo para fazer constar:
Data de Operação Usuário
Item Situação anterior Situação atual
alteração realizada responsável
UNIÃO
FEDERAL,
UNIÃO BRUNO
FEDERAL, ROMERO
MONTEIRO E PEDROSA
26/10/2017 Parte - Polo RAFAEL
Inclusão MONTEIRO MONTEIRO,
09:51 Passivo TORRES LEAL
ADVOGADOS MONTEIRO E
ASSOCIADOS MONTEIRO
S/C ADVOGADOS
ASSOCIADOS
S/C
UNIÃO
FEDERAL,
MONTEIRO E
26/10/2017 Parte - Polo UNIÃO RAFAEL
Inclusão MONTEIRO
09:50 Passivo FEDERAL TORRES LEAL
ADVOGADOS
ASSOCIADOS
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000 S/C
Data e hora da inclusão: 27/10/2017 00:00:00
Identificador: 4058000.2511398

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO
JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº
0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS , pessoa jurídica de direito privado (


doc. 01 ), com domicílio social na Rua Eng. Oscar Ferreira, nº 47, Bairro de Casa Forte, Cidade do
Recife, Estado de Pernambuco, inscrita no CNPJ n.º 35.542.612/0001-90 , representada por seu sócio,
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO ( doc. 02 ), vem, respeitosamente, à presença de V. Exa.,
nos autos da execução em epígrafe, movida pelo MUNICÍPIO DE MACEIÓ - AL , em face da UNIÃO
FEDERAL , expor e requerer o seguinte:

1. 1. SÚMULA FÁTICA

De início, saliente-se que consta expressamente no Estatuto da AMA (doc. 03) , no capítulo II (Dos
objetivos), art. 3º, alínea " j ", que a Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, respeitada a
autonomia dos municípios, tem como finalidades, entre elas, a de representar os interesses das
municipalidades junto aos poderes públicos constituídos, inclusive o Poder Judiciário .

Pois bem. A Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, funcionando na qualidade de representante
processual dos municípios associados, conforme lhe faculta a Carta Magna e o seu Estatuto (doc. 03),
firmou contrato de prestação de serviços jurídicos com a sociedade de advogados Monteiro e Monteiro
Advogados Associados, com o escopo de que se fizesse o acompanhamento da ação ordinária proposta
objetivando a devolução das quantias indevidamente retiradas dos cofres dos municípios alagoanos, em
razão dos efeitos da Portaria MEC nº. 743/2005.

Dita ação ordinária, tombada sob o nº. 0011204-19.2003.4.05.80000, fora proposta em 03/11/2003 e,
desde então, acompanhada, pela Monteiro e Monteiro Advogados Associados.

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A ação em comento objetivava a condenação da União Federal à devolução do que deixou de ser
repassado aos municípios, em decorrência da subestimação do VMAA do FUNDEF.

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Como contraprestação aos serviços jurídicos ofertados pela sociedade advocatícia, a cláusula segunda da
avença pactuada previa que "a contratada perceberá remuneração honorária equivalente a 20% (vinte por
cento) sobre o benefício proporcionado aos associados da contratante, por força de decisão judicial, por
ocasião, na proporção e condicionado a que isso venha a ocorrer".

Feitas tais considerações, é curial se mencionar que, desde o ajuizamento da ação em tela, o que se deu há
mais de 10 (dez) anos, vem a sociedade de advogados Monteiro e Monteiro Advogados Associados
atuando diligentemente no feito, sempre com o fito de assegurar os interesses da AMA e, por
consequência, de seus associados, que são os 102 municípios do estado de Alagoas.

Cumpre enfatizar, que os municípios que não aportaram com ações individuais no Judiciário, pleiteando o
mesmo bem jurídico requerido na ação coletiva intentada pela AMA, não poderão mais fazê-lo, em vista
da incidência da prescrição quinquenal, nos moldes do que preconiza o art. 1º do Decreto nº. 20.910/32,
norma que cuida da incidência do prazo prescricional para o pleito de direitos em face da Fazenda
Pública.

Em sendo assim, caso desejem o amparo jurisdicional acerca do direito de obter a devolução dos valores,
repassados a menor em virtude da fixação equivocada do VMAA do FUNDEF, devem se socorrer da ação
coletiva proposta pela AMA.

De posse do título judicial, transitado em julgado, o Município de Maceió - AL ingressou, por intermédio
de sua procuradoria jurídica, com o cumprimento de sentença, em epífrafe, no valor de R$
327.508.517,09 (Trezentos e vinte e sete milhões, quinhentos e oito mil, quinhentos e dezessete reais e
nove centavos), conforme se atesta do memorial de cálculos de Identificador: 4058000.2252096.

Diante deste cenário fático, e da existência de contrato firmado entre a sociedade peticionante e a
AMA, com a anuência dos municípios alagoanos (DOC. 05), entre eles, o município exequente, e
considerando ainda que a contraprestação pelos serviços prestados pela Monteiro durante toda
tramitação da ação coletiva 0011204-19.2003.4.05.80000 está contratualmente vinculada ao
benefício econômico, a ser experimentado por cada um dos associados que promoverem execução, é
que vem, nesta oportunidade, expor, para ao final requerer, o seguinte:

1. 2. - DO INDISPENSÁVEL RESPEITO À AVENÇA PACTUADA ENTRE A SOCIEDADE


DE ADVOGADOS PETICIONANTE E A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS - AMA. POSSIBILIDADE DE DESTAQUE DOS HONORÁRIOS
CONTRATUAIS EM 20% (VINTE POR CENTO) DO BENEFÍCIO ECONÔMICO.

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Pois bem, como restou brevemente relatado nas linhas sobrejacentes, a Associação dos Municípios

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Alagoanos e a Monteiro e Monteiro Advogados Associados firmaram contrato de prestação de serviços
jurídicos, visando o acompanhamento do processo de nº. 0011204-19.2003.4.05.80000 até a sua
conclusão, entenda-se, até que cada município aufira os benefícios econômicos dela decorrentes, o que
ocorrerá com a execução do julgado, bem como com a consequente expedição do precatório e
levantamento dos valores nele dispostos.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Firmado o devido contrato, restou estabelecido na cláusula segunda que, em contraprestação aos serviços
prestados, o referido escritório de advocacia perceberá remuneração honorária equivalente a 20% (vinte
por cento) do benefício proporcionado à Contratante, por ocasião, na proporção e condicionado a que isso
venha a ocorrer.

Assim, foi proposta no ano de 2010, ação judicial visando a declaração de ilegalidade e
inconstitucionalidade da Portaria MEC nº. 743/2005, com a consequente devolução aos cofres dos
municípios associados, das importâncias que foram indevidamente subtraídas em decorrência dos efeitos
do malsinado ato normativo.

Imperioso salientar que cada município só poderá se beneficiar economicamente do título executivo
obtido na ação coletiva, quando propuser execução de sentença e, portanto, nesta ocasião é que se poderá
conferir eficácia à Cláusula Segunda do contrato firmado entre a AMA e a Monteiro e Monteiro
Advogados Associados, com o consequente e justo recebimento dos honorários advocatícios
convencionados.

Deve-se advertir que não se está advogando sobre a impossibilidade do município por meio de sua
procuradoria propor ação de FUNDEF, bem como para executar o título advindo da referida ação.

Nada impedia que o Município de Maceió/AL propusesse ação individual no tempo devido. Todavia,
no presente caso, referido ente está utilizando título judicial adquirido através de processo coletivo,
devendo respeitar as condições estipuladas em contrato.

O judiciário, com a devida consideração, deve prestigiar o labor exercido com competência e em favor da
população de Maceió, uma vez que, no caso concreto, o município se beneficiou, e se beneficia do
trabalho da Monteiro e Monteiro Advogados Associados há mais de 10 (dez) anos, devendo ser
justamente remunerado pelo prestação do serviço.

É imperioso se enfatizar, ainda, que o objeto do contrato firmado entre a sociedade de advogados
peticionante e a AMA não se cinge ao processo de conhecimento, antes inclui todas as fases até o
recebimento do precatório pelo município, uma vez que condiciona o pagamento dos honorários
contratuais à ocorrência do benefício econômico.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ora, Exa., se o benefício apenas ocorrerá ao fim do processo executório, com o levantamento de valores
inscritos em precatório, o contrato é plenamente válido até a baixa da execução.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Por sua vez, é importante destacar que o presente caso versa sobre representação processual para a
propositura de uma ação ordinária coletiva, estando a titularidade da ação com os municípios
representados pela AMA, e não a mesma, em nome próprio, como acontece na substituição.

Ademais, o escritório Monteiro e Monteiro Advogados Associados ou seus representantes, ainda não
auferiram os honorários advocatícios, quer sucumbenciais, quer contratuais - estes a serem devidos
apenas com o deslinde das causas executivas, como a presente.

Por outro lado, é importante destacar que a Lei nº 8906/94, possibilita a retenção pretendida:

Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados , aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.

(...)

§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o
mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente,
por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.

(...)

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao


advogado , tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o
precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor .

No mesmo sentido da referida disposição legal, o Superior Tribunal de Justiça assevera ser possível a
retenção dos valores devidos a título de honorários, no momento do levantamento ou da requisição de
precatório, desde que apresentado o contrato de honorários tempestivamente, vejamos:

'PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. DEDUÇÃO DOS


HONORÁRIOS CONTRATUAIS. IMPOSSIBILIDADE. OPÇÃO DO CONTRIBUINTE DE
COMPENSAR O INDÉBITO NA VIA ADMINISTRATIVA.

1. 'Quanto aos honorários contratuais, pactuados diretamente entre a parte e seu respectivo patrono, o
Superior Tribunal de Justiça consolidou entendimento no sentido de que inexiste legitimidade da parte
para, de forma autônoma, executar tais parcelas. Nos termos do art. 22, § 4º, da Lei 8.906/94, o
destaque da verba honorária deve ser requerido pelo advogado, em seu próprio nome, mediante
juntada aos autos do contrato de honorários ' (AgRg no REsp 970497/RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, DJe 1º. 12.08).

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(..) 3. Recurso especial não provido.

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(REsp 1.095.975/RS, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 19.2.2009, DJe 27.3.2009.)

Do mesmo modo, a jurisprudência deste Egrégio Tribunal é firme no sentido de ser possível a retenção

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
dos honorários contratuais nas causas envolvendo o FUNDEF. Vejamos:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.


RETENÇÃO. TÍTULO JUDICIAL. ARTIGO 22 DA LEI Nº 8.906/2004.

I - Trata-se de agravo de instrumento interposto, com pedido de efeito suspensivo, contra decisão que, nos
autos de execução de sentença, deferiu retenção dos honorários contratuais, em sede do valor exequendo
principal nos termos do parágrafo 4º do art. 22 da Lei nº 8.906/2004.

II - Na presente relação executiva incumbe à União tão somente cumprir o que foi determinado no título
judicial exequendo, onde o fato de a verba executada ser destinada ao Fundo de Manutenção e de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF não impede o
cumprimento do contrato firmado entre o Município exequente e o seu escritório de advocacia, negócio
jurídico contratual e autônomo.

III - Correta a decisão agravada ao assentar que, na espécie, inexiste óbice para a retenção dos honorários
advocatícios contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo advogado do Município de Bezerros o
disposto no parágrafo 4º do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o contrato de honorários advocatícios foi
juntado aos autos antes da expedição do Requisitório.

IV - Agravo de instrumento improvido.

(PROCESSO: 00130110320124050000, AG128971/PE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL


IVAN LIRA DE CARVALHO (CONVOCADO), Quarta Turma, JULGAMENTO: 18/12/2012,
PUBLICAÇÃO: DJE 10/01/2013 - Página 228) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


DIFERENÇAS DECORRENTES DO VALOR MÍNIMO ANUAL POR ALUNO - VMAA. RECURSOS
DO FUNDEF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RETENÇÃO. POSSIBILIDADE. LEI Nº 8.906/2004,
ART. 22, PARÁGRAFO 4º.

1. Agravo de instrumento contra decisão que, em cumprimento de sentença, determinou fosse assegurada
dedução de verba honorária da quantia a ser paga através de precatório.

2. Cabe à União o cumprimento do título judicial exeqüendo no qual fora condenada, a despeito do
negócio firmado entre o município agravado e os advogados que cuidaram de sua causa e ainda que
a verba executada seja proveniente dos recursos destinados ao FUNDEF. Precedente deste
Regional.

3. Manutenção da decisão "a quo" tendo em vista que não há qualquer impedimento à retenção da

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verba honorária contratada, cujo contrato fora juntado aos autos antes da expedição do precatório.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4. Agravo de instrumento improvido.

(PROCESSO: 00421454120134050000, AG135280/PB, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL

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MARCELO NAVARRO, Terceira Turma, JULGAMENTO: 26/11/2013, PUBLICAÇÃO: DJE
02/12/2013 - Página 287) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO


REQUERIDA ANTES DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO. POSSIBILIDADE. DÉBITOS
INSCRITOS EM PRECATÓRIO. COMPENSAÇÃO REPUTADA INCONSTITUCIONAL.

1. Esta Corte Regional vem reconhecendo ser direito do advogado a retenção do percentual de
honorários contratuais, se requerida, mediante a juntada do contrato, antes da expedição do
requisitório, com arrimo no art. art. 22, parágrafo 4º, da Lei 8.906/94, mesmo que a verba
executada se destine ao Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF.

2. A falta de publicação do acórdão em que o Col. Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional
a compensação dos créditos inscritos em precatório judicial (ADI nº 4357 e ADI nº 4425, julgado em
14/03/13 - v. Informativo nº 698, do STF) não inviabiliza a aplicação do novel entendimento pretoriano.

3. Agravo de instrumento desprovido. Pedido de reconsideração prejudicado.

(PROCESSO: 00062658520134050000, AG132876/PB, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL


LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA, Terceira Turma, JULGAMENTO: 12/09/2013, PUBLICAÇÃO:
DJE 26/09/2013 - Página 386) (grifo nosso).

No mesmo norte, é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO


ADMINISTRATIVO N. 3/STJ. APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 83 E 568 DO STJ APÓS A
VIGÊNCIA DO NOVO CPC. POSSIBILIDADE. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. FUNDEF.
RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES.

1. Na hipótese, a decisão agravada está amparada na jurisprudência dominante desta Corte, razão
pela qual não há falar na inadmissibilidade do julgamento monocrático. Incidência da Súmula
568/STJ e do art. 932, VIII do CPC/2015 c/c art. 255, § 4°, III do RISTJ.

2. É vedada a utilização dos recursos do FUNDEF/FUNDEB no financiamento de despesas


não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica.

3. Contudo, não há desvio de finalidade, por parte do ente federativo credor, quando requer
que parte dos valores, recebidos por força de decisão judicial, sejam destinados a cobrir o custo que

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teve com o próprio processo, na hipótese em que, judicialmente, resta reconhecido que a
União não cumpriu integralmente a sua obrigação de complementar os recursos do Fundo.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
4. " A Segunda Turma do STJ, no julgamento do REsp 1509457/PE, Rel. Min. Humberto
Martins, em idêntica questão jurídica, firmou compreensão de que é legítima a retenção da
verba honorária, pois a previsão constitucional de vinculação à educação da verba do FUNDEF
não retira do patrono o direito de retenção dos honorários" (REsp 1.585.265/CE e REsp

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1.604.440/PE, Segunda Turma, Rel. Ministro Humberto Martins, julgados em 14/6/2016, DJe
21/6/2016).

5. Agravo interno não provido.

(AgInt no REsp 1629108/PE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 16/02/2017, DJe 23/02/2017) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


CONTRATUAIS. VERBAS DA EDUCAÇÃO. FUNDEF. ART. 22, § 4º, DA LEI N. 8.906/1994.
RETENÇÃO. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA N. 568 DO STJ.

I - Recurso especial improvido consoante entendimento dominante desta Corte Superior de Justiça,
com aplicação do enunciado n. 568 da Súmula do STJ.

II - "É pacífico, no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento de que é possível ao patrono da causa,
em seu próprio nome, requerer o destaque da verba honorária, mediante juntada aos autos do contrato de
honorários, nos termos do artigo 22, § 4º, da Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento
ou precatório" (AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado
em 20/3/2014, DJe 27/3/2014.).

III - Na hipótese dos autos, os honorários contratuais envolvem verba oriunda do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF), o que não afasta o direito do patrono em reter seus honorários, conforme
entendimento da Segunda Turma do STJ, no julgamento do REsp 1.509.457/PE, Rel. Min.
Humberto Martins.

IV - Agravo interno improvido.

(AgInt no REsp 1571017/SE, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em
16/02/2017, DJe 08/03/2017) (grifo nosso).

Por outro lado, é importante destacar que, em causa idêntica, a Justiça Federal de Alagoas, atestou a
validade da cláusula contratual, indeferindo a pretensão em razão do entendimento, diga-se de passagem,
já superado, da vinculação da verba contratual. Vejamos decisão proferida nos autos da execução de
sentença nº 0800169-06.2015.4.05.8001, em trâmite perante a 12ª Vara Federal da Seção Judiaria de
Alagoas. Vejamos ( DOC. 06 ):

Trata-se de execução de título executivo judicial manejada pelo MUNICÍPIO DE MAJOR ISIDORO/AL

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em desfavor da UNIÃO FEDERAL, com finalidade de executar o crédito certificado no processo nº


0002790-85.2010.4.05.8000.

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Ao promover a presente demanda executiva, a edilidade constituiu, como representante, advogado Rubens
Marcelo Pereira da Silva (OAB/AL nº 6638). Contudo, o escritório de advocacia Monteiro e Monteiro

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Advogados Associados, a partir da petição inserida no ID nº 4058001.625546, pugnou pelo
cumprimento do contrato de prestação de serviços advocatícios, que contém cláusula que possibilita
a retenção dos honorários contratuais do crédito a ser recebido pelo representado.

Decido.

Conforme se infere dos autos, o título executivo judicial que respalda a presente execução é
originário da ação ordinária nº 0002790-85.2010.4.05.8000, em que figurou como autora a
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, na condição de substituta processual.

A par da questão relativa à vinculação do Município de Major Isidoro/AL, aos termos do contrato firmado
com a associação autora, certo é que o ajuizamento da ação individual de liquidação/execução do julgado
não prescinde de nova outorga de poderes, ainda que a advogado distinto daquele que conduziu a ação de
conhecimento. Não há, pois, ilícito processual praticado pela edilidade, que pode, a qualquer tempo,
revogar o mandato outorgado a seus representantes, sobretudo quando isso, por si só, não frustre e
não impeça a observância das cláusulas contratuais pactuadas com a AMA. Tal hipótese foi,
inclusive, ventilada no contrato avençado com o escritório Monteiro e Monteiro Advogados
Associados (parágrafo único da cláusula segunda ).

Nesse caso, no entanto, deverão ser respeitados os direitos dos causídicos relativamente aos
honorários sucumbencais , verba a ser repartida na proporção do trabalho executado, providência,
aliás, expressamente prevista no art. 24, §2º, da Lei nº 8.906/94.

No que concerne aos honorários advocatícios contratuais , o Estatuto da Advocacia preconiza, no


art. 24, §1º, que " a execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que
tenha atuado o advogado, se assim lhe convier ", sendo lícita a retenção da remuneração do
causídico diretamente do crédito a ser recebido pela parte. No ponto, a cláusula segunda do
contrato de prestação de serviços advocatícios (ID nº 4058001.625548), previa:

Em contraprestação aos seus serviços, a CONTRATADA perceberá remuneração honorária


equivalente a 20% (vinte por cento) sobre o benefício proporcionado aos associados da
CONTRATANTE, por força de decisão judicial, por ocasião, na proporção e condicionado a que
isso venha a ocorrer, que será cobrada dos honorários com caráter adesivo ao presente
instrumento, a ser firmado por cada associado que resolver aderir a estas avenças.

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Em princípio, o percentual acima previsto poderia ser glosado diretamente do futuro requisitório
de pagamento a ser expedido em favor do Município de Major Isidoro/AL. Sucede que verbas
oriundas do FUNDEF - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de

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Valorização do Magistério possuem destinação constitucionalmente vinculada, não podendo ser utilizadas
para quaisquer outras finalidades que não aquelas referentes à educação , ex vi do art. 213 da Carta
Magna. A retenção de verbas do FUNDEF para atendimento de crédito vultoso - cerca de R$ 233.331,40
(duzentos e trinta e três mil, trezentos e trinta e um reais e quarenta centavos) - e completamente estranho
ao fundo caracterizaria violação frontal ao texto magno, pois comprometeria a crescente satisfação do
direito social à educação dos munícipes.

Veja-se que, nada obstante convertida em obrigação de pagar quantia certa, a dívida não se desvincula, só
por esse motivo, da natureza da obrigação originária - de fazer, consistente no repasse de verbas do
FUNDEF, conforme o critério do Valor Anual por Aluno -. Inclusive, tal entendimento não está
dissociado no texto constitucional, que reputa relevante a natureza da dívida para, por exemplo, autorizar
o pagamento preferencial de precatórios, caso a dívida seja alimentar, assim definido pela CF, como " Os
débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos,
pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez,
fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos
com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo " (art.
100, §1º).

Assim, nada obstante a validade da cláusula contratual, entendo inviável a retenção de honorários
advocatícios contratuais, em precatório destinado a adimplir verbas de natureza fundamental e de
destinação constitucionalmente vinculada. Nesse caso, deverá o escritório peticionante perseguir o
adimplemento do contrato pelas vias administrativa ou judicial próprias. Em apoio à tese ora sustentada,
colaciono o recente julgado do TRF da 5ª Região:

(...).

Assim, indefiro o pedido contido no evento nº 4058001.625546.

No mais, aguarde-se o decurso do prazo para embargos à execução.

Intimações e providências necessárias.

Arapiraca, 30 de junho de 2015.

CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE

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Inconformado parcialmente com a referida decisão, o escritório peticionante interpôs agravo de


instrumento, tendo o mesmo sido deferido pelo TRF 5ª Região, uma vez que a vinculação não poderia

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impedir a reserva de honorários ( DOC. 07 ). Vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. FUNDO DE MANUTENÇÃO

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E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO
- FUNDEF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 22, § 4º, DO EOA. PROVIMENTO.

1. Na hipótese em análise, objetiva o agravante que seja concedida a antecipação da tutela recursal para
que, "com arrimo no art. 22, § 4º, do EOA, seja determinado ao juízo a quo que, quando da determinação
de expedição dos precatórios, o faça observando a necessidade de se efetuar o destaque/retenção dos
honorários advocatícios contratuais e, caso já tenha determinado a expedição, que as retifique para que tal
determinação seja observada, sem prejuízo dos patronos da causa".

2. Na presente relação executiva incumbe à União tão somente cumprir o que foi determinado no título
judicial exequendo e o fato de a verba executada ser destinada ao Fundo de Manutenção e de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF não impede o
cumprimento do contrato firmado entre o município exequente e o seu escritório de advocacia, negócio
jurídico contratual e autônomo.

3. Desse modo, penso que merece reforma a decisão agravada, eis que na espécie inexiste óbice para a
retenção dos honorários advocatícios contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo advogado o
disposto no § 4º do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o contrato de honorários advocatícios foi juntado aos
autos antes da expedição do Requisitório.4. Agravo de instrumento provido.

Sendo assim, é indubitável que a referida Sociedade de Advogados faz jus ao pagamento dos honorários
advocatícios pelo trabalho executado durante vários anos na condução da ação de conhecimento, não
podendo ser penalizada agora, quando o feito se encontra na fase de execução.

Em consequência, há de se respeitar o direito dos advogados da MONTEIRO E MONTEIRO


ADVOGADOS ASSOCIADOS quanto ao recebimento da verba honorária objeto da controvérsia.

Diante do cenário fático e jurídico que ora se descortina, é que vem a Monteiro e Monteiro Advogados
Associados, na qualidade de Terceiro Interessado, formular o requerimento a seguir.

3 - DOS REQUERIMENTOS:

Ex positis , a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, neste ato figurando como Terceiro
Interessado, requer que sejam respeitadas as cláusulas do contrato firmado entre ela e a Associação dos
Municípios Alagoanos - AMA, que foram pactuadas em conformidade com o seu Estatuto, ao qual se
filiam os municípios alagoanos, de modo que sejam preservados os honorários contratuais em seu
favor, fixados em 20% sobre o proveito econômico a ser obtido por cada município associado.

In casu , os honorários contratuais devem ser destacados no percentual de 20% sobre o valor da presente
execução, em atenção ao contrato firmado com a sociedade de advogados peticionante e a AMA, bem

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como em observância à regra do art. 22, §4º da Lei 8.906/94 e a Jurisprudência do TRF 5ª Região.

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Nestes termos,

Pede deferimento.

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Recife/PE, 24 de outubro de 2017.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

OAB/PE 11.338

OAB/AL 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417295254000000002519627
Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31
Identificador: 4058000.2502494
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 11/11
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Assinado eletronicamente por:

Identificador: 4058000.2502549
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000

Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31


BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado

Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam


17102417333773700000002519682
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07/08/2017 https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=7e…
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PROCESSO Nº: 0803664-05.2015.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVANTE: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C

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ADVOGADO: BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): DESEMBARGADOR FEDERAL CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO
(CONVOCADO) - 4ª TURMA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
RELATÓRIO

O Exmº. Sr. Desembargador Federal CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO


(Relator convocado):

Trata-se de agravo de instrumento interposto por MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, com pedido de antecipação da tutela recursal, contra decisão exarada pelo juízo da
12ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, nos autos da Execução de Título Judicial nº
0800169-06.2015.4.05.8001, que indeferiu o pedido de destacamento de parcela da condenação
das verbas do FUNDEF/FUNDEB para o pagamento de honorários contratuais.

Às suas razões recursais, sustenta o agravante, em apertada síntese, que a retenção dos
honorários advocatícios contratuais, quando da expedição do precatório, lastreia-se no artigo 22, §
4º, da Lei nº 8.906/94, devendo ser considerada a natureza alimentar e o caráter autônomo da
verba, razão pela qual não é afetada por suposta destinação específica atribuída ao crédito principal.

Colaciona julgados que entende corroborar com a sua tese.

Pugna pela antecipação da tutela recursal.

É o relatório.

PROCESSO Nº: 0803664-05.2015.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO
(CONVOCADO) - 4ª TURMA

VOTO

O Exmº. Sr. Desembargador Federal CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO (Relator


convocado):

Ao desatar a controvérsia, assim me manifestei na decisão que consta do identificador nº


4050000.2796854:

Depreende-se do art. 527, III, c/c o art. 558, ambos do estatuto instrumental civil,
que o relator poderá atribuir efeito suspensivo ao agravo de instrumento ou deferir,
em antecipação de tutela, a pretensão deduzida no recurso, desde que a parte
comprove estar passível de sofrer lesão grave e de difícil reparação, pressupondo,
ainda, a relevância dos seus fundamentos.

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Afasto, desde logo, a possibilidade de conversão do presente agravo de
instrumento em agravo retido, posto que a decisão impugnada restou proferida em
sede de execução de sentença.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Na hipótese em testilha, objetiva o agravante seja concedida a antecipação da
tutela recursal para que, "com arrimo no art. 22, § 4º, do EOA, seja determinado ao
juízo a quo que, quando da determinação de expedição dos precatórios, o faça
observando a necessidade de se efetuar o destaque/retenção dos honorários
advocatícios contratuais e, caso já tenha determinado a expedição, que as retifique

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
para que tal determinação seja observada, sem prejuízo dos patronos da causa".

Sou de que na presente relação executiva incumbe à União tão somente cumprir o
que foi determinado no título judicial exequendo e o fato de a verba executada ser
destinada ao Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério - FUNDEF não impede o cumprimento do contrato
firmado entre o município exequente e o seu escritório de advocacia, negócio
jurídico contratual e autônomo.

Desse modo, penso que merece reforma a decisão agravada, eis que na espécie,
inexiste óbice para a retenção dos honorários advocatícios contratuais, porquanto
foi devidamente cumprido pelo advogado o disposto no § 4º do art. 22 da Lei
8.906/94, ou seja, o contrato de honorários advocatícios foi juntado aos autos antes
da expedição do Requisitório.

No mesmo sentido já se manifestou a egrégia Quarta Turma desta Corte Recursal,


senão vejamos:

PROCESSO CIVIL E CONSTITUCIONAL. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.


RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. POSSIBILIDADE (ART. 22
PARÁGRAFO 4º DA LEI N.º 8.906/94. PRECEDENTES. AGRAVO DE
INSTRUMENTO PROVIDO.

1 - Trata-se de agravo de instrumento ante decisão que indeferiu pedido de


destacamento dos honorários advocatícios contratuais, sob a alegação de ser
impossível sua separação, uma vez que, além de as verbas configurarem
destinação constitucional exclusiva do FUNDEB - Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
educação, não foi juntada cópia autenticada do contrato de honorários.

2 - O município agravante alega ser plenamente possível a retenção da verba do


FUNDEF. Esclarece que o fato de não ter juntado cópia autenticada, em nada
interfere no pedido de retenção, uma vez que o art. 22, parágrafo 4º da Lei n.º
8.906/94 não estabelece critério para o destaque dos honorários advocatícios à
apresentação do contrato originário ou sua cópia autenticada.

3 - Nada obstante a tese adotada pela União no sentido de que o FUNDEB por ter
destinação voltada à educação básica e assim, a verba para pagamento de
honorários advocatícios seria considerada ilegal, a jurisprudência deste Tribunal
tem seguido entendimento diverso. As turmas que compõe esta corte consideram
em uníssono, ser lídima a separação dos valores para pagamento dos honorários
advocatícios pactuados pelo Município. Pensar diferente, implicaria ao próprio
município, dependente das verbas federais, arcar com esta despesa, o que
configuraria uma contradição, haja vista ter ajuizado ação postulando o repasse dos
recursos do FUNDEB, valores estes imprescindíveis à receita do município.

4 - Agravo de Instrumento provido.

(PROCESSO: 00067513620144050000, AG138720/PE, RELATOR:


DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO FIALHO MOREIRA, Quarta Turma,
JULGAMENTO: 11/11/2014, PUBLICAÇÃO: DJE 20/11/2014 - Página 385)
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Nesse passo, em exame compatível com a medida postulada, observa-se que os
fundamentos agitados pelo agravante lograram demonstrar a relevância necessária
à concessão da antecipação da tutela recursal postulada.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Assim, sob esta perspectiva DEFIRO a antecipação da tutela para determinar ao
juízo de origem que, quando da expedição do requisitório de pagamento, proceda
ao destaque da parcela referente aos honorários contratuais, ou, se for o caso,
adote as medidas necessárias para que tal determinação seja observada, sem
prejuízo dos patronos da causa.

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Comunique-se ao juízo de origem.

Intime-se, inclusive, para a apresentação das contrarrazões.

Não verifico o que possa ser acrescido à decisão, cujas razões adoto na íntegra como
fundamento para decidir.

Diante do exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumento.

É o voto.

PROCESSO Nº: 0803664-05.2015.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO


AGRAVANTE: MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C
ADVOGADO: BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO
(CONVOCADO) - 4ª TURMA

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. FUNDO DE MANUTENÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO -
FUNDEF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART. 22, § 4º, DO EOA. PROVIMENTO.

1. Na hipótese em análise, objetiva o agravante que seja concedida a antecipação da tutela recursal
para que, "com arrimo no art. 22, § 4º, do EOA, seja determinado ao juízo a quo que, quando da
determinação de expedição dos precatórios, o faça observando a necessidade de se efetuar o
destaque/retenção dos honorários advocatícios contratuais e, caso já tenha determinado a
expedição, que as retifique para que tal determinação seja observada, sem prejuízo dos patronos da
causa".

2. Na presente relação executiva incumbe à União tão somente cumprir o que foi determinado no
título judicial exequendo e o fato de a verba executada ser destinada ao Fundo de Manutenção e de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF não impede o
cumprimento do contrato firmado entre o município exequente e o seu escritório de advocacia,
negócio jurídico contratual e autônomo.

3. Desse modo, penso que merece reforma a decisão agravada, eis que na espécie inexiste óbice
para a retenção dos honorários advocatícios contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo
advogado o disposto no § 4º do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o contrato de honorários
advocatícios foi juntado aos autos antes da expedição do Requisitório.

4. Agravo de instrumento provido.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos do processo tombado sob o número em epígrafe, em


que são partes as acima identificadas, acordam os Desembargadores Federais da Quarta Turma do
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em sessão realizada nesta data, na conformidade dos votos

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e das notas taquigráficas que integram o presente, por unanimidade, DAR PROVIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO, nos termos do voto do Relator.

Recife (PE), 18 de agosto de 2015 (data do julgamento).

iapl

Processo: 0803664-05.2015.4.05.0000
Assinado eletronicamente por: 15082017100715300000002918382
CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO -
Magistrado
Data e hora da assinatura: 20/08/2015 17:11:50
Identificador: 4050000.2922758

Para conferência da autenticidade do documento:


https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417330451000000002519681
Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31
https://pje.trf5.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=7e018d610…
Identificador: 4058000.2502548 4/4
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
07/08/2017 https://pje.jfal.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=f22…
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PROCESSO Nº: 0800169-06.2015.4.05.8001 - EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MAJOR ISIDORO

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ADVOGADO: RUBENS MARCELO PEREIRA DA SILVA
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
12ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

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DECISÃO

Vistos, etc.

Trata-se de execução de título executivo judicial manejada pelo MUNICÍPIO DE MAJOR ISIDORO/AL em
desfavor da UNIÃO FEDERAL, com finalidade de executar o crédito certificado no processo nº 0002790-
85.2010.4.05.8000.

Ao promover a presente demanda executiva, a edilidade constituiu, como representante, advogado Rubens
Marcelo Pereira da Silva (OAB/AL nº 6638). Contudo, o escritório de advocacia Monteiro e Monteiro
Advogados Associados, a partir da petição inserida no ID nº 4058001.625546, pugnou pelo cumprimento do
contrato de prestação de serviços advocatícios, que contém cláusula que possibilita a retenção dos honorários
contratuais do crédito a ser recebido pelo representado.

Decido.

Conforme se infere dos autos, o título executivo judicial que respalda a presente
execução é originário da ação ordinária nº 0002790-85.2010.4.05.8000, em que figurou como autora a
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, na condição de substituta processual.

A par da questão relativa à vinculação do Município de Major Isidoro/AL, aos termos


do contrato firmado com a associação autora, certo é que o ajuizamento da ação individual de
liquidação/execução do julgado não prescinde de nova outorga de poderes, ainda que a advogado distinto
daquele que conduziu a ação de conhecimento. Não há, pois, ilícito processual praticado pela edilidade, que
pode, a qualquer tempo, revogar o mandato outorgado a seus representantes, sobretudo quando isso, por si só,
não frustre e não impeça a observância das cláusulas contratuais pactuadas com a AMA. Tal hipótese foi,
inclusive, ventilada no contrato avençado com o escritório Monteiro e Monteiro Advogados Associados
(parágrafo único da cláusula segunda).

Nesse caso, no entanto, deverão ser respeitados os direitos dos causídicos relativamente
aos honorários sucumbencais, verba a ser repartida na proporção do trabalho executado, providência, aliás,
expressamente prevista no art. 24, §2º, da Lei nº 8.906/94.

No que concerne aos honorários advocatícios contratuais, o Estatuto da Advocacia


preconiza, no art. 24, §1º, que "a execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em
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que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier", sendo lícita a retenção da remuneração do causídico
diretamente do crédito a ser recebido pela parte. No ponto, a cláusula segunda do contrato de prestação de
serviços advocatícios (ID nº 4058001.625548), previa:

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Em contraprestação aos seus serviços, a CONTRATADA perceberá remuneração honorária equivalente a 20%
(vinte por cento) sobre o benefício proporcionado aos associados da CONTRATANTE, por força de decisão
judicial, por ocasião, na proporção e condicionado a que isso venha a ocorrer, que será cobrada dos honorários

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com caráter adesivo ao presente instrumento, a ser firmado por cada associado que resolver aderir a estas
avenças.

Em princípio, o percentual acima previsto poderia ser glosado diretamente do futuro


requisitório de pagamento a ser expedido em favor do Município de Major Isidoro/AL. Sucede que verbas
oriundas do FUNDEF - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério possuem destinação constitucionalmente vinculada, não podendo ser utilizadas para quaisquer
outras finalidades que não aquelas referentes à educação, ex vi do art. 213 da Carta Magna. A retenção de
verbas do FUNDEF para atendimento de crédito vultoso - cerca de R$ 233.331,40 (duzentos e trinta e três mil,
trezentos e trinta e um reais e quarenta centavos) - e completamente estranho ao fundo caracterizaria violação
frontal ao texto magno, pois comprometeria a crescente satisfação do direito social à educação dos munícipes.

Veja-se que, nada obstante convertida em obrigação de pagar quantia certa, a dívida não se desvincula, só por
esse motivo, da natureza da obrigação originária - de fazer, consistente no repasse de verbas do FUNDEF,
conforme o critério do Valor Anual por Aluno -. Inclusive, tal entendimento não está dissociado no texto
constitucional, que reputa relevante a natureza da dívida para, por exemplo, autorizar o pagamento preferencial
de precatórios, caso a dívida seja alimentar, assim definido pela CF, como "Os débitos de natureza alimentícia
compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações,
benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em
virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo" (art. 100, §1º).

Assim, nada obstante a validade da cláusula contratual, entendo inviável a retenção de honorários advocatícios
contratuais, em precatório destinado a adimplir verbas de natureza fundamental e de destinação
constitucionalmente vinculada. Nesse caso, deverá o escritório peticionante perseguir o adimplemento do
contrato pelas vias administrativa ou judicial próprias. Em apoio à tese ora sustentada, colaciono o recente
julgado do TRF da 5ª Região:

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO - FUNDEF.
REPASSES EFETUADOS A MENOR. VMMA. EXECUÇÃO. LIQUIDAÇÃO. VINCULAÇÃO DO
PRECATÓRIO À EDUCAÇÃO. POSSIBILIDADE. RETENÇÃO DE HONORÁRIOS CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI Nº 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE. 1. (...)
6. Os honorários advocatícios contratuais devem ser pagos aos patronos contratados pelo ente Público através
da verba própria e não com retenção de verba vinculada, sob pena de violação ao texto constitucional,
retirando da destinação do FUNDEF cerca de R$1.600.000,00 (TRF-5ª R. 1ª T., AG 126993/PE, rel. Des.
Federal Francisco Cavalcanti, DJE em 19/10/2012). 7. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp
1270439, sob a sistemática dos recursos repetitivos, decidiu que a declaração de inconstitucionalidade, por
arrastamento, do art. 5º da Lei nº 11.960/09, quando do julgamento da ADI nº 4357 e da ADI nº 4425, ocorrido
em 14/03/13, não teria atingido a disposição alusiva aos juros, que permaneceram sendo calculados com base
nos juros aplicados à caderneta de poupança. No que concerne ao critério de correção monetária, contudo,
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depreende-se, à luz da declaração de inconstitucionalidade do critério estipulado pelo art. 5º da Lei nº
11.960/09, que devem voltar a ser adotados os critérios vigentes anteriormente ao aduzido diploma legal. 8.
Reconhecida a inconstitucionalidade do dispositivo pelo próprio Supremo Tribunal Federal, há que se

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suspender a sua aplicação, dada a sua incompatibilidade com o nosso ordenamento, independentemente de
ainda não haver ocorrido a modulação dos efeitos da decisão pelo STF. 9. Em condenações de natureza
administrativa, a correção monetária das dívidas fazendárias deve observar índices que reflitam a inflação
acumulada do período, no caso, o IPCA (nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, com as
alterações promovidas pela Resolução nº 267/13). 10. Agravo retido desprovido. Apelação parcialmente

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provida (TRF da 5ª Região, AC 578610, Desembargador Federal Paulo Machado Cordeiro, Terceira Turma,
DJE - 06/05/2015, p. 76).

Assim, indefiro o pedido contido no evento nº 4058001.625546.

No mais, aguarde-se o decurso do prazo para embargos à execução.

Intimações e providências necessárias.

Arapiraca, 30 de junho de 2015.

CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE

Juiz Federal Substituto da 10ª Vara em exercício na 12ª Vara Federal, conforme Ato nº 384-
CR/TRF5/2015

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Processo: 0800169-06.2015.4.05.8001
Assinado eletronicamente por: 15063014271347200000000628010
CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE - Magistrado
Data e hora da assinatura: 02/07/2015 05:30:22
Identificador: 4058001.626754

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3/4
07/08/2017 https://pje.jfal.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=f22…
fls. 598

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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417330451000000002519678
Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31
https://pje.jfal.jus.br/pje/ConsultaPublica/DetalheProcessoConsultaPublica/documentoSemLoginHTML.seam?idProcessoDocumento=f225b0efc6…
Identificador: 4058000.2502545 4/4
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 599

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 600

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417330451000000002519676
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2009
AMA
MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DOS
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ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO
DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS - A.M.A.
Capítulo I

DA CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE 2

Art. 1º - A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS - A.M.A., fundada na


cidade de Maceió aos 16 dias do mês de fevereiro de 1981, com sede na Av. Dom
Antônio Brandão, 218-Farol e foro nesta capital, é uma sociedade civil, sem fins
lucrativos, de duração indeterminada, visando à integração administrativa, econômica e
social e à defesa dos interesses dos municípios do Estado de Alagoas, regendo-se pelo
presente Estatuto.

Art. 2º - A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS - A.M.A., atuará em


regime de cooperação com as entidades congêneres e afins, bem como com instituições
estaduais, federais, internacionais, públicas, mistas e privadas, na consecução de suas
finalidades.

Capítulo II

DOS OBJETIVOS

Art. 3º - A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS - A.M.A., respeitada a


autonomia dos municípios, tem como finalidades precípuas:

I. congregar os municípios alagoanos, ampliando e fortalecendo suas


capacidades administrativas, econômicas e sociais;
II. estabelecer programas integrados de modernização administrativa dos
municípios, através da reorganização dos serviços públicos locais, com
ênfase nos serviços fazendários, bem como o treinamento e
aperfeiçoamento dos servidores;

III. Promover capacitação aos municípios na área fiscal com o fim de


incrementar a arrecadação de receitas públicas;
IV. estudar e sugerir a adoção de normas pertinentes à legislação tributária e
leis básicas municipais, visando à sua atualização e aperfeiçoamento;
V. assessorar os municípios associados, cooperando na elaboração e
implantação de medidas legislativas e outras que possibilitem o
aperfeiçoamento das administrações municipais;
VI. incentivar os municípios alagoanos a adotar estímulos fiscais e de outra
ordem, com o objetivo de incrementar o processo de industrialização,
mediante o emprego de seus recursos naturais, matérias-primas e mão-de-
obra disponíveis;

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VII. promover iniciativas voltadas para a implantação do planejamento local e
territorial integrados;

VIII. colaborar com os municípios associados na realização de seus planos


referentes à educação, saúde pública, assistência social, transporte,
comunicação, eletrificação e saneamento básico;
IX. promover iniciativos para melhorar as condições de bem-estar econômico e 3
social das populações rurais;
X. participar de convênios e contratos para o financiamento de Estudos,
planos e projetos de interesse de seus associados.
XI. Assessorar a elaboração de planos, programas e projetos relacionados com:
a) educação, cultura, turismo, saúde pública, assistência social, habitação
e urbanismo;
b) serviços e obras públicas e saneamento básico;
c) transportes, comunicação e eletrificação urbana e rural;
d) agropecuária, comércio, indústria e prestação de serviços;
e) administração, tributação, finanças e informática.

XII. Realizar eventos nas modalidades de Feiras, Congressos, Seminários,


Capacitações, Reuniões e Rodadas de Negócios, cujo objetivo seja o
desenvolvimento dos municípios associados.
XIII. Subsidiar o processo de legalização das micro e pequenas empresas, bem
como difundir a importância de sua participação nas compras
governamentais como forma de ampliar a arrecadação dos tributos por elas
devido aos municípios;
XIV. Subsidiar o constante processo de modernização tecnológica dos
municípios visando à transparência da gestão, o aumento das receitas e o
controle dos gastos públicos;
XV. Incentivar e assessorar aos municípios na implantação e manutenção do
Regime Próprio de Previdência Social para os servidores públicos;
XVI. Incentivar a implantação do Diário Eletrônico com vistas em reduzir os
custos municipais com publicações oficiais;
XVII. Incentivar a implantação do sistema integrado de gestão do ISS.

XVIII. Incentivar o estabelecimento da cooperação intermunicipal e


intergovernamental, visando a:
a) divulgar nos municípios as normas e exigências dos órgãos públicos e
instituições de assistência técnica e financeira aos municípios;
b) conjugar recursos técnicos e financeiros da União, do Estado e dos
Municípios, mediante acordos, convênios ou contratos intermunicipais
para solução de problemas sócio-econômicos comuns;
c) reivindicar a descentralização dos serviços públicos estaduais e federais.
Notadamente os de educação e saúde pública;
d) difundir e incentivar a publicação de jornais, boletins, livros e outros
veículos de divulgação, independente da sua natureza técnica ou
tecnológica, estudos municipais e princípios de doutrina municipalista;

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
e) manter assíduo intercâmbio de conhecimentos e informações de caráter
técnico-administrativo com as associações congêneres, nacionais ou
internacionais, prefeituras e câmaras municipais e promover aproximação
entre elas;
f) defender e reivindicar os interesses econômico-sociais dos municípios
alagoanos;
g) elaborar estudos e levantamentos acerca dos problemas e potencialidades 4
dos municípios alagoanos, com indicação de prioridades para
atendimento pelo poderes públicos;

h) pleitear e adotar medidas úteis aos interesses dos municípios alagoanos,


defendendo propostas de desenvolvimento e progresso das entidades que
representa, interessando-se por financiamentos, bem como aquisição de
equipamentos de utilidade ou uso comum aos municípios;
i) participar de encontros, seminários e congressos municipais, regionais,
nacionais e internacionais representando o conjunto dos municípios
alagoanos;
j) representar os interesses das municipalidades junto aos poderes públicos
constituídos, inclusive o Poder Judiciário.

Capítulo III

DOS SÓCIOS

Art. 4º - São sócios da AMA os municípios que a ela expressamente se associarem.

Parágrafo Único - Nas Assembléias Gerais e demais atos associativos, os municípios


associados far-se-ão representar por seus prefeitos ou representantes legais, através de
designação oficial, com direito a voz e voto.

Art. 5º - São direitos dos municípios associados:

I. participar com voz e voto das deliberações das Assembléias Gerais


Ordinárias e Extraordinárias da AMA;
II. ser beneficiário de todos os serviços institucionais e técnicos prestados pela
AMA, bem como de suas instalações, na forma deste Estatuto e do
Regimento Interno;
III. formular pleitos à consideração da Assembléia ou da Diretoria, conforme a
respectiva competência, visando fins próprios ou da AMA;
IV. eleger e/ou ser eleito para compor os órgãos diretivos e deliberativos da
AMA.

Parágrafo Único - Os municípios associados que não estiverem quites com a tesouraria
da AMA não poderão usufruir dos direitos e vantagens por ela assegurados.

Art. 6º - São deveres dos municípios associados:

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
I. manter em dia suas contribuições estatutárias;
II. cumprir o presente Estatuto e acatar as decisões dos órgãos dirigentes da
AMA;
III. não praticar ato que possa trazer prejuízo à AMA ou ao movimento
municipalista;
IV. cooperar com a AMA em tudo que possa prestigiar e difundir os postulados
municipalistas; 5
V- fazer constar da Lei do Orçamento Anual, dotações específicas para efetuar
as despesas conforme abaixo:
a) contribuições obrigatórias, mensais;
b) contribuições para custeio de programas desenvolvidos pela AMA, desde
que o município tenha interesse de fazer adesão ao programa;
c) participação em feiras e outros eventos promovidos pela AMA, desde que o
município manifeste interesse em participar.

Capítulo IV

DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS

Art. 7º - As eleições para renovação dos quadros dirigentes da Associação dos


Municípios Alagoanos – AMA, serão realizadas na última segunda-feira do mês de
janeiro, após o término do mandato, para um período de 02 (dois) anos, mediante cédula
única e votação direta e secreta.

Parágrafo Primeiro - Só Poderão concorrer às eleições referidas no caput deste artigo, os


Prefeitos, representantes de municípios associados;

a) - Em casos de renúncia ou afastamento definitivo, coletivo ou parcial de


mebros da Diretoria, no último ano de mandato, e estando os demais
associados impedidos ou impossibilitados de assumirem como
substitutos, em virtude de restrições legais ou pessoais, pessoas de
reconhecida capacidade administrativa e política poderão ser
designadas para preencherem os cargos vagos e conduzirem os destinos
da Associação e o Processo Eleitoral sucessório.”

Parágrafo Segundo - É vedado o voto por procuração.

Parágrafo Terceiro - A eleição para renovação do quadro dirigente da Associação dos


Municípios Alagoanos – AMA, relativa ao biênio 2011/2012, se dará excepcionalmente
no dia 06 de dezembro de 2010, com posse dos eleitos na última segunda-feria do mês
de janeiro de 2011.

a) O parágrafo terceiro, e sua alínea “a”, ficarão automaticamente


revogados para as eleições relativas aos biênios posteriores.

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Art. 8º - Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria
dos votos válidos.

Parágrafo Único - A chapa para direção da AMA deve ser composta dos candidatos à
Diretoria Executiva, às Coordenadorias Regionais e ao Conselho Fiscal.
6
Art. 9º - É permitida a reeleição para todos os cargos previstos neste estatuto.

Art. 10 - Os candidatos deverão registrar suas chapas até 48 (quarenta e oito) horas
antes da eleição.

Art. 11 - A eleição, apuração e posse dar-se-ão em sequência, no mesmo dia;

Parágrafo Único - O membro eleito que, nos termos deste artigo, com ou sem motivo
justo, não tomar posse até 30 (trinta) dias após a data designada para a mesma, terá
declarada a perda automática de seu mandato.

Art. 12 - O titular de qualquer cargo eletivo só poderá dela ser destituído, afastado ou
punido mediante o voto de 2/3 (dois terços) do Conselho Deliberativo, especialmente
convocado para este fim.

Art. 13 - Os membros da Diretoria Executiva perderão o mandato nos seguintes casos:

a) malversação do patrimônio social;


b) grave violação deste Estatuto.

Parágrafo Único - A perda do mandato deverá ser declarada pelo Conselho


Deliberativo, mediante o voto de 2/3 (dois terços) dos seus membros, pronunciando-se
em processo ao encargo da Diretoria, assegurado o contraditório e o exercício da ampla
defesa.

Art. 14 – O Conselho Fiscal será eleito pela Assembléia Geral, juntamente com a
eleição da Diretoria Executiva e das Coordenadorias Regionais, com mandato de 02
(dois anos).

Parágrafo Único - O Presidente do Conselho Fiscal será escolhido por seus pares.

Capítulo V

DA ORGANIZAÇÃO

Art. 15 - São órgãos da Associação dos Municípios Alagoanos – AMA:


I. Assembléia Geral
II. Conselho Deliberativo
III. Diretoria Executiva

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IV. Diretorias Especiais
V. Coordenadorias Regionais
VI. Conselho Fiscal
VII. Comissões Especiais

7
Capítulo VI

DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS

Art. 16 - A Assembléia Geral da Associação dos Municípios Alagoanos – AMA,


soberana em suas decisões, constitui-se pela totalidade de seus associados, em dia com
suas obrigações estatutárias.

Art. 17 – O quorum para realização da Assembléia Geral, para deliberações a que se


referem às alíneas “b”, “e”, “g”, “h”, do Art. 24, e o contido no Art. 48, será exigido o
voto concorde de dois terços dos presentes à assembléia especialmente convocada para
esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta
dos associados, em segunda com pelo menos um terço, e na terceira com qualquer
número de associados presentes.

Parágrafo Único – Não sendo alcançado o quorum na primeira convocação, a


Assembléia Geral considerar-se-á automaticamente convocada para 01 (uma) hora
depois, no mesmo local.

Art. 18 - As deliberações da Assembléia Geral, salvo as exceções previstas neste


Estatuto, serão tomadas por maioria simples dos representantes dos municípios
associados presentes.

Art. 19 - Poderão participar da Assembléia Geral, sem direito a voto, personalidades


convidadas pela Diretoria ou pelo Plenário.

Art. 20 - A Assembléia Geral será ordinária ou extraordinária.

Art. 21 - A Assembléia Geral ordinária será realizada anualmente e a sua convocação


deverá ser feita com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, mediante publicação de
Edital em Jornal de grande circulação no Estado, ou através de Circular encaminhada a
todos os municípios associados.

Art. 22 – As reuniões da Assembléia Geral Extraordinária serão convocadas sempre


que houver matéria importante para ser deliberada, pelo Presidente da Associação ou
por iniciativa de no mínimo 1/5 (um quinto) dos Municípios, segundo a forma de
convocação prevista no art. 21º do presente Estatuto.

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Parágrafo Único - Os associados que solicitarem convocação de Assembléia Geral
extraordinária deverão formalizar o pedido por escrito ao presidente da Associação,
justificando os motivos e indicando os assuntos a serem tratados.

Art. 23 - No início de cada reunião da Assembléia Geral a ata da reunião anterior deverá
ser submetida à aprovação do plenário.
8
Art. 24 - É da competência da Assembléia Geral:

a) deliberar acerca de assuntos relacionados com os objetivos da


Associação;
b) eleger os membros da Diretoria Executiva, Coordenadorias Regionais e
Conselho Fiscal.
c) estabelecer a orientação da Associação, recomendando o estudo de
soluções para os problemas administrativos, econômicos e sociais dos
municípios alagoanos;
d) homologar o programa administrativo proposto pelo Conselho
Deliberativo;
e) fixar a contribuição dos associados, destinada ao atendimento das
despesas de custeio e formação do patrimônio da associação;
f) apreciar as atividades executadas pela Associação;
g) reformular o presente Estatuto;
h) decidir sobre a exclusão do associado, por infringência a dispositivos
estatutários, em grau de recurso após decisão do Conselho Deliberativo,
com observância do devido processo legal e amplo direito de defesa, em
deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à
assembléia geral especialmente convocada para esse fim.
i) deliberar sobre qualquer assunto de interesse dos municípios alagoanos e
da AMA.

Capítulo VII

DO CONSELHO DELIBERATIVO

Art. 25 - O Conselho Deliberativo, presidido pelo Presidente da AMA, será composto:

a) pelo Presidente da AMA;


b) pelo Secretário Geral da AMA;
c) pelos Presidentes das Coordenadorias Regionais;
d) por quatro Ex-Prefeitos de municípios associados à AMA;
e) pelos titulares do Conselho Fiscal.

Art. 26 - Ao Conselho Deliberativo, compete traçar as linhas gerais da ação


municipalista e da administração da AMA, de acordo com este Estatuto, com as
resoluções da Assembléia Geral, decidir a respeito de fatos da vida associativa, bem
como:

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a) aprovar o orçamento anual elaborado pela Diretoria;
b) examinar os problemas vinculados ao fortalecimento financeiro, à
recuperação econômica e ao desenvolvimento cultural dos municípios,
propondo soluções;
c) sugerir à Diretoria as medidas que julgar convenientes ao
desenvolvimento da AMA; 9
d) aprovar o Regimento Interno dos órgãos e serviços da Diretoria.

Parágrafo Único: No prazo máximo de 30 dias após a aprovação das alterações


estatutárias, propostas na Assembléia realizada no dia 31/07/09, a Diretoria Executiva
deverá apresentar para apreciação do Conselho Deliberativo proposta de Regimento
Interno disciplinando o funcionamento de todas as instâncias administrativas da
Associação.

Art. 27 - O Conselho Deliberativo reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes por ano e,


extraordinariamente, quando convocado por seu Presidente, ou por 1/3 (um terço) de
seus membros ou da Diretoria.

Capítulo VIII

DA DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 28 - A AMA será dirigida e administrada por uma Diretoria Executiva, assim
composta:

a) Presidente;
b) Vice-Presidente;
c) Secretário Geral;
d) 1º Secretário;
e) 2º Secretário;
f) 1º Tesoureiro;
g) 2º Tesoureiro.

Art. 29 - A Diretoria Executiva reunir-se-á, ordinariamente, em sua sede, uma vez por
mês e, extraordinariamente, sempre que convocada por seu Presidente, ou pela maioria
de seus membros.

Art. 30 - Cabe coletivamente à Diretoria Executiva:

a) aprovar o plano de cargos e salários de seus funcionários, inclusive das


Coordenadorias Regionais;

b) elaborar quadro de cargos, destinados a funções gerenciais e


administrativas, de livre designação da Presidência, com ou sem vínculo
empregatício;

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c) propor alteração dos quantitativos definidos no inciso b deste artigo através
de encaminhamento de Resolução aprovada pela Diretoria Executiva para
apreciação do Conselho Deliberativo;
d) propor alteração de remuneração do Quadro de Pessoal da AMA através de
encaminhamento de Resolução aprovada pela Diretoria Executiva para
apreciação do Conselho Deliberativo;
e) Aprovar a criação de programas para atender os objetivos do artigo 3º e 10
definir o valor da contribuição para o seu custeio;
f) deliberar sobre assunto de interesse da AMA, no âmbito de sua
competência.

Parágrafo Único - Após a aprovação do Regimento Interno pelo Conselho Deliberativo,


qualquer alteração dos quantitativos definidos no item b deste artigo, como também de
alteração de remuneração do Quadro de Pessoal da AMA deverá ser precedido de
encaminhamento de Resolução Aprovada pela Diretoria Executiva para apreciação do
Conselho Deliberativo, e sua aprovação deverá ocorrer exclusivamente por maioria
absoluta dos integrantes do Conselho Deliberativo;

Art. 31 - Cabe ao Presidente da AMA:

a) representar a Associação em juízo ou fora dele;


b) supervisionar todos os serviços da AMA e o exercício das demais funções
pertinentes ao seu cargo;
c) contratar os empregados da Associação, sob regime da Consolidação das
Leis do Trabalho;
d) contratar empresas de reconhecida qualificação para prestação de serviços
especializados, para execução de serviços que eventualmente o quadro de
pessoal permanente da AMA não possa suprir;
e) convocar as reuniões da Diretoria;
f) assinar a correspondência oficial e rubricar os livros da entidade;
g) assinar, juntamente com o tesoureiro, os cheques e documentos relativos à
movimentação dos depósitos bancários;
h) divulgar o orçamento anual elaborado pela Diretoria e submetê-lo à
aprovação do Conselho Deliberativo no máximo até o último dia útil do
mês de novembro de cada ano.
i) convocar e presidir as Assembléias Gerais e o Conselho Deliberativo;
j) solicitar que sejam postos à disposição da Associação servidores dos
municípios associados ou de outros órgãos da administração pública;
k) zelar pelo cumprimento do presente Estatuto;
l) encaminhar aos órgãos e entidades competentes as reivindicações da
Associação;
m) assinar convênios, acordos ou contratos com entidades públicas e
privadas;

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n) autorizar pagamentos e movimentação de recursos financeiros da
Associação, através de cheques bancários nominativos e cruzados, que
assinará em conjunto com o tesoureiro;
o) gerir o patrimônio da Associação.

Parágrafo Único - O presidente da Associação poderá delegar ao vice-presidente ou ao


secretário geral competência para que cumpram ou façam cumprir as atribuições 11
referidas no presente artigo.

Art. 32 - Compete ao vice-presidente substituir o presidente nas suas faltas e


impedimentos.

Art. 33 - Compete ao secretário geral:

a) organizar e supervisionar os serviços gerais da Secretaria Geral, zelando


pela sua eficiência;
b) secretariar as reuniões da Assembléia Geral, lavrando as respectivas atas;
c) lavrar as atas das reuniões mensais da Diretoria e do Conselho
Deliberativo;
d) exercer as funções que lhes forem atribuídas pela Diretoria, ou por seu
Presidente.

Art. 34 - Compete ao 1º secretário:

a) preparar o expediente e a correspondência da AMA;


b) preparar o relatório anual da Diretoria;
c) ter sob sua guarda os livros e arquivos da entidade;
d) dar divulgação às deliberações da Assembléia Geral;
e) exercer qualquer função que lhe for atribuída pela Diretoria ou pelo
secretário geral.

Art. 35 - Ao 2º Secretário compete substituir o 1º secretário em suas faltas e


impedimentos.

Art. 36 - São atribuições do 1º tesoureiro:

a) ter sob guarda e responsabilidade os livros e os serviços contábeis e


valores da AMA;
b) realizar todos os recebimentos e efetuar pagamentos autorizados pelo
Presidente;
c) apresentar, periodicamente, à Diretoria e ao Conselho Deliberativo,
balancetes que serão assinados com o Presidente e disponibilizados aos
interessados na secretaria da entidade;
d) representar a AMA, conjuntamente com o Presidente, perante o sistema
financeiro;

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
e) recolher ao estabelecimento de crédito indicado pela Diretoria os saldos
disponíveis da Tesouraria;
f) desempenhar todas as incumbências que lhes forem cometidas pela
Diretoria ou por seu presidente.

Art. 37 - Ao 2º tesoureiro compete a substituição do 1º tesoureiro em suas faltas e


impedimentos. 12

Capítulo IX

DAS DIRETORIAS ESPECIAIS

Art. 38 – As Diretorias Especiais compreendem:


a) Diretoria de Educação, Esporte e Lazer
b) Diretoria de Saúde e Vigilância Sanitária
c) Diretoria de Desenvolvimento Urbano
d) Diretoria de Turismo
e) Diretoria de Agricultura e Desenvolvimento Agrário
f) Diretoria de Assistência Social
g) Diretoria de Previdência Social
h) Diretoria de Segurança Pública

Art. 39 – Os Diretores Especiais serão designados pela maioria simples dos


representantes da Diretoria Executiva da AMA, e só poderão ser destituídos de suas
funções por decisão da maioria absoluta dos membros da Diretoria da AMA.

Art. 40 – Os Diretores Especiais representarão, em suas áreas de atuação, a entidade


municipalista nos encontros, palestras, reuniões governamentais e demais eventos
relacionados a assuntos de suas competências, juntamente com o Presidente da entidade
municipalista, e, em substituição a este, quando de sua ausência devidamente
justificada.

Art. 41 - Compete às Diretorias Especiais:


a) Formalizar programas visando à modernização dos trabalhos
desenvolvidos pela administração pública municipal, através da
reorganização dos serviços locais, com ênfase no treinamento e
aperfeiçoamento dos servidores;
b) Estudar e sugerir a adoção de normas específicas à área de sua atuação,
visando à atualização e adequação das atividades inerentes;
c) Promover iniciativas voltadas para o planejamento local integrado;
d) Colaborar com os municípios associados na realização de seus planos
referentes à educação, saúde pública, assistência social, transporte,
comunicação, habitação, turismo, segurança pública, etc.
e) Estabelecer cooperação intermunicipal e intergovernamental, em suas
áreas.

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Capítulo X

DAS COORDENADORIAS REGIONAIS

Art. 42 - A AMA, para melhor desempenhar suas funções, compreenderá


Coordenadorias Regionais, criadas pelo Conselho Deliberativo, mediante resolução, ad
13
referendum da Assembléia Geral.

Parágrafo Único - Caberá à Diretoria Executiva da AMA determinar a área de


abrangência de cada Coordenadoria Regional, vinculado os respectivos municípios.

Art. 43 - Cada Coordenadoria Regional terá um Coordenador, escolhido em Assembléia


Geral, juntamente com a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo, com
atribuições definidas no Regimento Interno da AMA.

Capítulo XI

DO CONSELHO FISCAL

Art. 44 - Incumbe ao Conselho Fiscal:

a) examinar a prestação de contas e o relatório geral da Diretoria, emitindo


parecer;
b) fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros;
c) participar das reuniões do Conselho Deliberativo, com direito a voz e
voto.

Parágrafo Único: A diretoria Executiva deverá encaminhar ao Conselho Fiscal os


balancetes financeiros mensais no prazo máximo de 60 dias após o encerramento de
cada mês.

Capítulo XII

DAS COMISSÕES ESPECIAIS

Art. 45 - A AMA, para melhor desempenhar suas funções, criará Comissões Especiais,
através de Resolução da Diretoria Executiva, justificando a necessidade de sua
instalação e informando os seus objetivos, tempo de duração e quando assim exigir, as
metas a serem atingidas.

Parágrafo Único – Caberá a Diretoria da AMA a indicação dos membros que irão
compor a Comissão Especial, sendo sempre em número de três, onde um deles exercerá
a função de presidente, e serão sempre apoiados por um técnico da AMA especializado
na área de sua atuação, também indicado no momento da criação da mesma.

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Capítulo XIII

DA REFORMA DO ESTATUTO E DA DISSOLUÇÃO DA ENTIDADE

Art. 46 – A reforma estatutária será procedida em Assembléia Geral, extraordinária,


especificamente convocada para esse fim, sendo as decisões tomadas por maioria de 2/3
14
(dois terços) dos presentes, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem
maioria absoluta de associados, ou com menos de um terço nas convocações seguintes.

Art. 47 - A dissolução da AMA somente poderá ser efetivada em Assembléia Geral


extraordinária, especialmente convocada para esse fim, por decisão de 2/3 (dois terços)
dos associados, conforme dispõe o art. 59 da lei 10.406/2002.

Art. 48 - No caso de dissolução da AMA, o seu patrimônio ser reverterá em benefício


dos municípios associados, dividido proporcionalmente ao montante dos recursos
entregues pelos mesmos à entidade, desde suas filiações, atendendo-se previamente às
indenizações e outras exigências da legislação.

Capítulo XIV

DO REGIME PATRIMONIAL E FINANCEIRO

Art. 49 - O patrimônio da AMA é constituído:

a) dos bens móveis e imóveis, títulos e rendas, direitos e haveres e ações que
possuir, que lhe sejam doados ou que venha a adquirir no exercício de
suas atividades;
b) de rendimentos patrimoniais.

Art. 50 - Os recursos financeiros da AMA provirão das seguintes fontes:

a) contribuições dos municípios associados;


b) recursos consignados nos orçamentos municipais, estaduais e federais;
c) produto de operações de créditos;
d) recursos eventualmente repassados;
e) receita própria.
f) receita de alienação de bens;
g) receitas especiais e suplementares dos Municípios;
h) receitas de convênios com Municípios, Estado e a União;
i) contribuição para o custeio de programas criados especificamente para
atender os objetivos previstos no artigo 3º.

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Capítulo XV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 51 – Os cargos exercidos pelos membros das Diretorias: Executiva; e Especiais, e


das Coordenadorias Regionais e Conselhos não serão remunerados.
15
Art. 52 - Cada município reconhecerá, em lei especial, sua condição de membro
associado à AMA, obrigando-se aos deveres impostos pelo presente Estatuto.

Art. 53 - É vedado à Associação envolver-se em assuntos que não estejam de acordo


com seus objetivos, especialmente os de natureza partidária.

Art. 54º – Na eventual criação de uma entidade representativa dos prefeitos alagoanos, a
AMA prestará apoio logístico e jurídico na forma Lei.

Art. 55 - Os municípios associados não responderão subsidiariamente pelas obrigações


contraídas pela Associação.

Art. 56 - Os casos omissos no presente Estatuto serão decididos pela Diretoria da


Associação, cabendo recurso não suspensivo ao Conselho Deliberativo.

Art. 57 - O presente Estatuto consolidado entrará em vigor na data de sua aprovação,


revogadas as disposições em contrário, sendo registrado no Cartório de Títulos e
Documentos da Capital do Estado.

Maceió, 03 de agosto de 2009.

José Luciano Barbosa da Silva


PRESIDENTE

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417330450900000002519669
Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31
Identificador: 4058000.2502536
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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
0804282-40.2014.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, Advogado BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
14112614032119400000000391287
17102417330450800000002519662
Data e hora da assinatura: 24/10/2017
26/11/2014 17:37:31
15:09:09
Identificador: 4058000.2502529
4058000.390274
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral - Impressão http://www.receita.fazenda.gov.br/prepararImpressao/ImprimePagina.asp
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Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral

Contribuinte,

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Confira os dados de Identificação da Pessoa Jurídica e, se houver qualquer divergência, providencie junto à
RFB a sua atualização cadastral.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DATA DE ABERTURA
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO
35.542.612/0001-90 15/02/1991
MATRIZ CADASTRAL
NOME EMPRESARIAL
MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C

TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA)


********

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL


69.11-7-01 - Serviços advocatícios

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS


Não informada

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA


223-2 - SOCIEDADE SIMPLES PURA

LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO


R ENG.OSCAR FERREIRA 47

CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF


52.061-020 CASA FORTE RECIFE PE

ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE

ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)


*****

SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL


ATIVA 03/11/2005

MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.470, de 30 de maio de 2014.


Emitido no dia 22/03/2016 às 11:59:18 (data e hora de Brasília). Página: 1/1

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000 © Copyright Receita Federal do Brasil - 22/03/2016


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1 de 1 Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1 12:00
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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417330450700000002519629
Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31
Identificador: 4058000.2502496
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 13/13
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Nº


0807260-82.2017.4.05.8000

MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS


ASSOCIADOS, pessoa jurídica de direito privado (doc. 01), com domicílio
social na Rua Eng. Oscar Ferreira, nº 47, Bairro de Casa Forte, Cidade do
Recife, Estado de Pernambuco, inscrita no CNPJ n.º 35.542.612/0001-90,
representada por seu sócio, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
(doc. 02), vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., nos autos da
execução em epígrafe, movida pelo MUNICÍPIO DE MACEIÓ – AL, em face
da UNIÃO FEDERAL, expor e requerer o seguinte:

1. SÚMULA FÁTICA

De início, saliente-se que consta expressamente no


Estatuto da AMA (doc. 03), no capítulo II (Dos objetivos), art. 3º, alínea “j”,
que a Associação dos Municípios Alagoanos – AMA, respeitada a autonomia
dos municípios, tem como finalidades, entre elas, a de representar os
interesses das municipalidades junto aos poderes públicos
constituídos, inclusive o Poder Judiciário.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Pois bem. A Associação dos Municípios Alagoanos –
AMA, funcionando na qualidade de representante processual dos municípios
associados, conforme lhe faculta a Carta Magna e o seu Estatuto (doc. 03),
firmou contrato de prestação de serviços jurídicos com a sociedade de
advogados Monteiro e Monteiro Advogados Associados, com o escopo de
que se fizesse o acompanhamento da ação ordinária proposta objetivando a
devolução das quantias indevidamente retiradas dos cofres dos municípios
alagoanos, em razão dos efeitos da Portaria MEC nº. 743/2005.

Dita ação ordinária, tombada sob o nº. 0011204-


19.2003.4.05.80000, fora proposta em 03/11/2003 e, desde então,
acompanhada, pela Monteiro e Monteiro Advogados Associados.

A ação em comento objetivava a condenação da União


Federal à devolução do que deixou de ser repassado aos municípios, em
decorrência da subestimação do VMAA do FUNDEF.

Como contraprestação aos serviços jurídicos ofertados


pela sociedade advocatícia, a cláusula segunda da avença pactuada previa
que “a contratada perceberá remuneração honorária equivalente a 20%
(vinte por cento) sobre o benefício proporcionado aos associados da
contratante, por força de decisão judicial, por ocasião, na proporção e
condicionado a que isso venha a ocorrer”.

Feitas tais considerações, é curial se mencionar que,


desde o ajuizamento da ação em tela, o que se deu há mais de 10 (dez)
anos, vem a sociedade de advogados Monteiro e Monteiro Advogados

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Associados atuando diligentemente no feito, sempre com o fito de assegurar
os interesses da AMA e, por consequência, de seus associados, que são os
102 municípios do estado de Alagoas.

Cumpre enfatizar, que os municípios que não


aportaram com ações individuais no Judiciário, pleiteando o mesmo bem
jurídico requerido na ação coletiva intentada pela AMA, não poderão mais
fazê-lo, em vista da incidência da prescrição quinquenal, nos moldes do que
preconiza o art. 1º do Decreto nº. 20.910/32, norma que cuida da incidência
do prazo prescricional para o pleito de direitos em face da Fazenda Pública.

Em sendo assim, caso desejem o amparo jurisdicional


acerca do direito de obter a devolução dos valores, repassados a menor em
virtude da fixação equivocada do VMAA do FUNDEF, devem se socorrer da
ação coletiva proposta pela AMA.

De posse do título judicial, transitado em julgado, o


Município de Maceió – AL ingressou, por intermédio de sua procuradoria
jurídica, com o cumprimento de sentença, em epífrafe, no valor de R$
327.508.517,09 (Trezentos e vinte e sete milhões, quinhentos e oito mil,
quinhentos e dezessete reais e nove centavos), conforme se atesta do
memorial de cálculos de Identificador: 4058000.2252096.

Diante deste cenário fático, e da existência de


contrato firmado entre a sociedade peticionante e a AMA, com a
anuência dos municípios alagoanos (DOC. 05), entre eles, o município
exequente, e considerando ainda que a contraprestação pelos serviços
prestados pela Monteiro durante toda tramitação da ação coletiva
0011204-19.2003.4.05.80000 está contratualmente vinculada ao

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
benefício econômico, a ser experimentado por cada um dos associados
que promoverem execução, é que vem, nesta oportunidade, expor, para
ao final requerer, o seguinte:

2. – DO INDISPENSÁVEL RESPEITO À AVENÇA PACTUADA ENTRE A


SOCIEDADE DE ADVOGADOS PETICIONANTE E A ASSOCIAÇÃO
DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS – AMA. POSSIBILIDADE DE
DESTAQUE DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS EM 20% (VINTE POR
CENTO) DO BENEFÍCIO ECONÔMICO.

Pois bem, como restou brevemente relatado nas linhas


sobrejacentes, a Associação dos Municípios Alagoanos e a Monteiro e
Monteiro Advogados Associados firmaram contrato de prestação de serviços
jurídicos, visando o acompanhamento do processo de nº. 0011204-
19.2003.4.05.80000 até a sua conclusão, entenda-se, até que cada
município aufira os benefícios econômicos dela decorrentes, o que ocorrerá
com a execução do julgado, bem como com a consequente expedição do
precatório e levantamento dos valores nele dispostos.

Firmado o devido contrato, restou estabelecido na


cláusula segunda que, em contraprestação aos serviços prestados, o referido
escritório de advocacia perceberá remuneração honorária equivalente a 20%
(vinte por cento) do benefício proporcionado à Contratante, por ocasião, na
proporção e condicionado a que isso venha a ocorrer.

Assim, foi proposta no ano de 2010, ação judicial


visando a declaração de ilegalidade e inconstitucionalidade da Portaria MEC
nº. 743/2005, com a consequente devolução aos cofres dos municípios

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associados, das importâncias que foram indevidamente subtraídas em
decorrência dos efeitos do malsinado ato normativo.

Imperioso salientar que cada município só poderá se


beneficiar economicamente do título executivo obtido na ação coletiva,
quando propuser execução de sentença e, portanto, nesta ocasião é que se
poderá conferir eficácia à Cláusula Segunda do contrato firmado entre a AMA
e a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, com o consequente e justo
recebimento dos honorários advocatícios convencionados.

Deve-se advertir que não se está advogando sobre a


impossibilidade do município por meio de sua procuradoria propor ação de
FUNDEF, bem como para executar o título advindo da referida ação.

Nada impedia que o Município de Maceió/AL


propusesse ação individual no tempo devido. Todavia, no presente
caso, referido ente está utilizando título judicial adquirido através de
processo coletivo, devendo respeitar as condições estipuladas em
contrato.

O judiciário, com a devida consideração, deve prestigiar


o labor exercido com competência e em favor da população de Maceió, uma
vez que, no caso concreto, o município se beneficiou, e se beneficia do
trabalho da Monteiro e Monteiro Advogados Associados há mais de 10 (dez)
anos, devendo ser justamente remunerado pelo prestação do serviço.

É imperioso se enfatizar, ainda, que o objeto do


contrato firmado entre a sociedade de advogados peticionante e a AMA não

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se cinge ao processo de conhecimento, antes inclui todas as fases até o
recebimento do precatório pelo município, uma vez que condiciona o
pagamento dos honorários contratuais à ocorrência do benefício econômico.

Ora, Exa., se o benefício apenas ocorrerá ao fim do


processo executório, com o levantamento de valores inscritos em precatório,
o contrato é plenamente válido até a baixa da execução.

Por sua vez, é importante destacar que o presente


caso versa sobre representação processual para a propositura de uma
ação ordinária coletiva, estando a titularidade da ação com os
municípios representados pela AMA, e não a mesma, em nome próprio,
como acontece na substituição.

Ademais, o escritório Monteiro e Monteiro Advogados


Associados ou seus representantes, ainda não auferiram os honorários
advocatícios, quer sucumbenciais, quer contratuais – estes a serem devidos
apenas com o deslinde das causas executivas, como a presente.

Por outro lado, é importante destacar que a Lei nº


8906/94, possibilita a retenção pretendida:

Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos


inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados,
aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência.
(...)
§ 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de
honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento
ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos

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diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo
constituinte, salvo se este provar que já os pagou.
(...)
Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento
ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito
autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo
requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido
em seu favor.

No mesmo sentido da referida disposição legal, o


Superior Tribunal de Justiça assevera ser possível a retenção dos valores
devidos a título de honorários, no momento do levantamento ou da
requisição de precatório, desde que apresentado o contrato de honorários
tempestivamente, vejamos:

'PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO DE


SENTENÇA. DEDUÇÃO DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. OPÇÃO DO CONTRIBUINTE DE
COMPENSAR O INDÉBITO NA VIA ADMINISTRATIVA.
1. 'Quanto aos honorários contratuais, pactuados diretamente
entre a parte e seu respectivo patrono, o Superior Tribunal de
Justiça consolidou entendimento no sentido de que inexiste
legitimidade da parte para, de forma autônoma, executar tais
parcelas. Nos termos do art. 22, § 4º, da Lei 8.906/94, o
destaque da verba honorária deve ser requerido pelo
advogado, em seu próprio nome, mediante juntada aos autos
do contrato de honorários ' (AgRg no REsp 970497/RS, Rel.
Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 1º. 12.08).
(..) 3. Recurso especial não provido.
(REsp 1.095.975/RS, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma,
julgado em 19.2.2009, DJe 27.3.2009.)

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Do mesmo modo, a jurisprudência deste Egrégio
Tribunal é firme no sentido de ser possível a retenção dos honorários
contratuais nas causas envolvendo o FUNDEF. Vejamos:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RETENÇÃO. TÍTULO JUDICIAL.
ARTIGO 22 DA LEI Nº 8.906/2004.
I - Trata-se de agravo de instrumento interposto, com pedido de
efeito suspensivo, contra decisão que, nos autos de execução de
sentença, deferiu retenção dos honorários contratuais, em sede do
valor exequendo principal nos termos do parágrafo 4º do art. 22 da
Lei nº 8.906/2004.
II - Na presente relação executiva incumbe à União tão somente
cumprir o que foi determinado no título judicial exequendo, onde o
fato de a verba executada ser destinada ao Fundo de Manutenção
e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF não impede o cumprimento do contrato
firmado entre o Município exequente e o seu escritório de
advocacia, negócio jurídico contratual e autônomo.
III - Correta a decisão agravada ao assentar que, na espécie,
inexiste óbice para a retenção dos honorários advocatícios
contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo advogado do
Município de Bezerros o disposto no parágrafo 4º do art. 22 da Lei
8.906/94, ou seja, o contrato de honorários advocatícios foi juntado
aos autos antes da expedição do Requisitório.
IV - Agravo de instrumento improvido.

(PROCESSO: 00130110320124050000, AG128971/PE,


RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL IVAN LIRA DE
CARVALHO (CONVOCADO), Quarta Turma, JULGAMENTO:
18/12/2012, PUBLICAÇÃO: DJE 10/01/2013 - Página 228) (grifo
nosso).

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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIFERENÇAS DECORRENTES
DO VALOR MÍNIMO ANUAL POR ALUNO - VMAA. RECURSOS
DO FUNDEF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RETENÇÃO.
POSSIBILIDADE. LEI Nº 8.906/2004, ART. 22, PARÁGRAFO 4º.
1. Agravo de instrumento contra decisão que, em cumprimento de
sentença, determinou fosse assegurada dedução de verba
honorária da quantia a ser paga através de precatório.
2. Cabe à União o cumprimento do título judicial exeqüendo no
qual fora condenada, a despeito do negócio firmado entre o
município agravado e os advogados que cuidaram de sua
causa e ainda que a verba executada seja proveniente dos
recursos destinados ao FUNDEF. Precedente deste Regional.
3. Manutenção da decisão "a quo" tendo em vista que não há
qualquer impedimento à retenção da verba honorária
contratada, cujo contrato fora juntado aos autos antes da
expedição do precatório.
4. Agravo de instrumento improvido.

(PROCESSO: 00421454120134050000, AG135280/PB,


RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO
NAVARRO, Terceira Turma, JULGAMENTO: 26/11/2013,
PUBLICAÇÃO: DJE 02/12/2013 - Página 287) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.


HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RETENÇÃO REQUERIDA
ANTES DA EXPEDIÇÃO DO REQUISITÓRIO. POSSIBILIDADE.
DÉBITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIO. COMPENSAÇÃO
REPUTADA INCONSTITUCIONAL.
1. Esta Corte Regional vem reconhecendo ser direito do
advogado a retenção do percentual de honorários contratuais,

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
se requerida, mediante a juntada do contrato, antes da
expedição do requisitório, com arrimo no art. art. 22, parágrafo
4º, da Lei 8.906/94, mesmo que a verba executada se destine
ao Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF.
2. A falta de publicação do acórdão em que o Col. Supremo
Tribunal Federal considerou inconstitucional a compensação dos
créditos inscritos em precatório judicial (ADI nº 4357 e ADI nº 4425,
julgado em 14/03/13 - v. Informativo nº 698, do STF) não inviabiliza
a aplicação do novel entendimento pretoriano.
3. Agravo de instrumento desprovido. Pedido de reconsideração
prejudicado.

(PROCESSO: 00062658520134050000, AG132876/PB,


RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ALBERTO
GURGEL DE FARIA, Terceira Turma, JULGAMENTO: 12/09/2013,
PUBLICAÇÃO: DJE 26/09/2013 - Página 386) (grifo nosso).

No mesmo norte, é a jurisprudência do Superior


Tribunal de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 3/STJ.
APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 83 E 568 DO STJ APÓS A
VIGÊNCIA DO NOVO CPC. POSSIBILIDADE. CUMPRIMENTO
DE SENTENÇA. FUNDEF. RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES.
1. Na hipótese, a decisão agravada está amparada na
jurisprudência dominante desta Corte, razão pela qual não
há falar na inadmissibilidade do julgamento monocrático.
Incidência da Súmula 568/STJ e do art. 932, VIII do CPC/2015 c/c
art. 255, § 4°, III do RISTJ.

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2. É vedada a utilização dos recursos do
FUNDEF/FUNDEB no financiamento de despesas não
consideradas como de manutenção e desenvolvimento da
educação básica.
3. Contudo, não há desvio de finalidade, por parte do
ente federativo credor, quando requer que parte dos valores,
recebidos por força de decisão judicial, sejam destinados a
cobrir o custo que teve com o próprio processo, na
hipótese em que, judicialmente, resta reconhecido que a
União não cumpriu integralmente a sua obrigação de
complementar os recursos do Fundo.
4. "A Segunda Turma do STJ, no julgamento do REsp
1509457/PE, Rel. Min. Humberto Martins, em idêntica
questão jurídica, firmou compreensão de que é legítima a
retenção da verba honorária, pois a previsão constitucional
de vinculação à educação da verba do FUNDEF não retira do
patrono o direito de retenção dos honorários" (REsp
1.585.265/CE e REsp 1.604.440/PE, Segunda Turma, Rel.
Ministro Humberto Martins, julgados em 14/6/2016, DJe
21/6/2016).
5. Agravo interno não provido.
(AgInt no REsp 1629108/PE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe
23/02/2017) (grifo nosso).

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. VERBAS DA EDUCAÇÃO.
FUNDEF. ART. 22, § 4º, DA LEI N. 8.906/1994. RETENÇÃO.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA N. 568 DO STJ.
I - Recurso especial improvido consoante entendimento
dominante desta Corte Superior de Justiça, com aplicação do
enunciado n. 568 da Súmula do STJ.

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II - "É pacífico, no Superior Tribunal de Justiça, o entendimento de
que é possível ao patrono da causa, em seu próprio nome,
requerer o destaque da verba honorária, mediante juntada aos
autos do contrato de honorários, nos termos do artigo 22, § 4º, da
Lei 8.906/94, até a expedição do mandado de levantamento ou
precatório" (AgRg no AREsp 447.744/RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, julgado em 20/3/2014, DJe
27/3/2014.).
III - Na hipótese dos autos, os honorários contratuais
envolvem verba oriunda do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério (FUNDEF), o que não afasta o direito do
patrono em reter seus honorários, conforme entendimento
da Segunda Turma do STJ, no julgamento do REsp
1.509.457/PE, Rel. Min. Humberto Martins.
IV - Agravo interno improvido.
(AgInt no REsp 1571017/SE, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,
SEGUNDA TURMA, julgado em 16/02/2017, DJe 08/03/2017) (grifo
nosso).

Por outro lado, é importante destacar que, em causa


idêntica, a Justiça Federal de Alagoas, atestou a validade da cláusula
contratual, indeferindo a pretensão em razão do entendimento, diga-se de
passagem, já superado, da vinculação da verba contratual. Vejamos decisão
proferida nos autos da execução de sentença nº 0800169-
06.2015.4.05.8001, em trâmite perante a 12ª Vara Federal da Seção Judiaria
de Alagoas. Vejamos (DOC. 06):

Trata-se de execução de título executivo judicial manejada pelo


MUNICÍPIO DE MAJOR ISIDORO/AL em desfavor da UNIÃO

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FEDERAL, com finalidade de executar o crédito certificado no
processo nº 0002790-85.2010.4.05.8000.

Ao promover a presente demanda executiva, a edilidade constituiu,


como representante, advogado Rubens Marcelo Pereira da Silva
(OAB/AL nº 6638). Contudo, o escritório de advocacia Monteiro
e Monteiro Advogados Associados, a partir da petição inserida
no ID nº 4058001.625546, pugnou pelo cumprimento do
contrato de prestação de serviços advocatícios, que contém
cláusula que possibilita a retenção dos honorários contratuais
do crédito a ser recebido pelo representado.

Decido.

Conforme se infere dos autos, o título executivo judicial que


respalda a presente execução é originário da ação ordinária nº
0002790-85.2010.4.05.8000, em que figurou como autora a
Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, na condição de
substituta processual.

A par da questão relativa à vinculação do Município de Major


Isidoro/AL, aos termos do contrato firmado com a associação
autora, certo é que o ajuizamento da ação individual de
liquidação/execução do julgado não prescinde de nova outorga de
poderes, ainda que a advogado distinto daquele que conduziu a
ação de conhecimento. Não há, pois, ilícito
processual praticado pela edilidade, que pode, a qualquer
tempo, revogar o mandato outorgado a seus representantes,
sobretudo quando isso, por si só, não frustre e não impeça a
observância das cláusulas contratuais pactuadas com a AMA.
Tal hipótese foi, inclusive, ventilada no contrato avençado
com o escritório Monteiro e Monteiro Advogados Associados
(parágrafo único da cláusula segunda).

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Nesse caso, no entanto, deverão ser respeitados os direitos
dos causídicos relativamente aos honorários sucumbencais,
verba a ser repartida na proporção do trabalho executado,
providência, aliás, expressamente prevista no art. 24, §2º, da
Lei nº 8.906/94.

No que concerne aos honorários advocatícios contratuais, o


Estatuto da Advocacia preconiza, no art. 24, §1º, que "a
execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos
autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe
convier", sendo lícita a retenção da remuneração do causídico
diretamente do crédito a ser recebido pela parte. No ponto, a
cláusula segunda do contrato de prestação de serviços
advocatícios (ID nº 4058001.625548), previa:

Em contraprestação aos seus serviços, a CONTRATADA


perceberá remuneração honorária equivalente a 20% (vinte por
cento) sobre o benefício proporcionado aos associados da
CONTRATANTE, por força de decisão judicial, por ocasião, na
proporção e condicionado a que isso venha a ocorrer, que
será cobrada dos honorários com caráter adesivo ao presente
instrumento, a ser firmado por cada associado que resolver
aderir a estas avenças.

Em princípio, o percentual acima previsto poderia ser glosado


diretamente do futuro requisitório de pagamento a ser
expedido em favor do Município de Major Isidoro/AL. Sucede
que verbas oriundas do FUNDEF - Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério possuem destinação constitucionalmente vinculada, não
podendo ser utilizadas para quaisquer outras finalidades que não
aquelas referentes à educação, ex vi do art. 213 da Carta Magna.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
A retenção de verbas do FUNDEF para atendimento de crédito
vultoso - cerca de R$ 233.331,40 (duzentos e trinta e três mil,
trezentos e trinta e um reais e quarenta centavos) - e
completamente estranho ao fundo caracterizaria violação frontal ao
texto magno, pois comprometeria a crescente satisfação do direito
social à educação dos munícipes.

Veja-se que, nada obstante convertida em obrigação de pagar


quantia certa, a dívida não se desvincula, só por esse motivo, da
natureza da obrigação originária - de fazer, consistente no repasse
de verbas do FUNDEF, conforme o critério do Valor Anual por
Aluno -. Inclusive, tal entendimento não está dissociado no texto
constitucional, que reputa relevante a natureza da dívida para, por
exemplo, autorizar o pagamento preferencial de precatórios, caso a
dívida seja alimentar, assim definido pela CF, como "Os débitos de
natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por
morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em
virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos
com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre
aqueles referidos no § 2º deste artigo" (art. 100, §1º).

Assim, nada obstante a validade da cláusula contratual,


entendo inviável a retenção de honorários advocatícios contratuais,
em precatório destinado a adimplir verbas de natureza fundamental
e de destinação constitucionalmente vinculada. Nesse caso,
deverá o escritório peticionante perseguir o adimplemento do
contrato pelas vias administrativa ou judicial próprias. Em apoio à
tese ora sustentada, colaciono o recente julgado do TRF da 5ª
Região:
(...).

Assim, indefiro o pedido contido no evento nº 4058001.625546.

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No mais, aguarde-se o decurso do prazo para embargos à
execução.

Intimações e providências necessárias.


Arapiraca, 30 de junho de 2015.

CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE

Inconformado parcialmente com a referida decisão, o


escritório peticionante interpôs agravo de instrumento, tendo o mesmo sido
deferido pelo TRF 5ª Região, uma vez que a vinculação não poderia impedir
a reserva de honorários (DOC. 07). Vejamos:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


JUDICIAL. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO
MAGISTÉRIO - FUNDEF. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ART.
22, § 4º, DO EOA. PROVIMENTO.
1. Na hipótese em análise, objetiva o agravante que seja
concedida a antecipação da tutela recursal para que, "com arrimo
no art. 22, § 4º, do EOA, seja determinado ao juízo a quo que,
quando da determinação de expedição dos precatórios, o faça
observando a necessidade de se efetuar o destaque/retenção dos
honorários advocatícios contratuais e, caso já tenha determinado a
expedição, que as retifique para que tal determinação seja
observada, sem prejuízo dos patronos da causa".
2. Na presente relação executiva incumbe à União tão somente
cumprir o que foi determinado no título judicial exequendo e o fato
de a verba executada ser destinada ao Fundo de Manutenção e de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF não impede o cumprimento do contrato

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firmado entre o município exequente e o seu escritório de
advocacia, negócio jurídico contratual e autônomo.
3. Desse modo, penso que merece reforma a decisão agravada,
eis que na espécie inexiste óbice para a retenção dos honorários
advocatícios contratuais, porquanto foi devidamente cumprido pelo
advogado o disposto no § 4º do art. 22 da Lei 8.906/94, ou seja, o
contrato de honorários advocatícios foi juntado aos autos antes da
expedição do Requisitório.4. Agravo de instrumento provido.

Sendo assim, é indubitável que a referida Sociedade de


Advogados faz jus ao pagamento dos honorários advocatícios pelo trabalho
executado durante vários anos na condução da ação de conhecimento, não
podendo ser penalizada agora, quando o feito se encontra na fase de
execução.
Em consequência, há de se respeitar o direito dos
advogados da MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS
quanto ao recebimento da verba honorária objeto da controvérsia.

Diante do cenário fático e jurídico que ora se


descortina, é que vem a Monteiro e Monteiro Advogados Associados, na
qualidade de Terceiro Interessado, formular o requerimento a seguir.

3 – DOS REQUERIMENTOS:

Ex positis, a Monteiro e Monteiro Advogados


Associados, neste ato figurando como Terceiro Interessado, requer que
sejam respeitadas as cláusulas do contrato firmado entre ela e a Associação
dos Municípios Alagoanos – AMA, que foram pactuadas em conformidade
com o seu Estatuto, ao qual se filiam os municípios alagoanos, de modo que
sejam preservados os honorários contratuais em seu favor, fixados em

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20% sobre o proveito econômico a ser obtido por cada município
associado.

In casu, os honorários contratuais devem ser


destacados no percentual de 20% sobre o valor da presente execução, em
atenção ao contrato firmado com a sociedade de advogados peticionante e a
AMA, bem como em observância à regra do art. 22, §4º da Lei 8.906/94 e a
Jurisprudência do TRF 5ª Região.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Recife/PE, 24 de outubro de 2017.

BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO


OAB/PE 11.338
OAB/AL 3.726-A

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado, BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO - Advogado
17102417325673400000002519628
Data e hora da assinatura: 24/10/2017 17:37:31
Identificador: 4058000.2502495
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 18/18
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 18/10/2017 09:54, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 21/08/2017 17:28 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 17101610315155200000002464063 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 18/10/2017 09:54 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 18/10/2017 09:54:39
Identificador: 4058000.2465776

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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
AUTOR(A), na pessoa de seu representante legal, da sentença/decisão/despacho/ato ordinatório anexo.

Maceió-AL, 16 de Outubro de 2017.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
17101610315155200000002464063
Data e hora da assinatura: 16/10/2017 10:32:52
Identificador: 4058000.2446992
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

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PROCURADORIA DA UNIÃO NO ESTADO DE ALAGOAS

EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA 13ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS.

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Processo Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000

Exequentes: Município de Maceió - AL

Executada: União

A UNIÃO , por seu Advogado in fine identificado, vem, tempestivamente, apresentar sua
IMPUGNAÇÃO aos cálculos apresentados pelos exequentes no pedido de cumprimento de sentença, o
que faz com apoio nas razões de fato e de direito a seguir expendidas.

I - DA SINTESE DOS FATOS:

Trata-se de pedido de Cumprimento de Sentença proposto pelo Município de Maceió/AL em face da


União através do qual o mesmo busca materializar o direito reconhecido na Ação Ordinária nº
2003.80.11204-0 (nº 0011204-19.2003.4.05.8000), que tramitou na 7ª Vara Federal/AL, proposta pela
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), na qual a União foi condenada a revisar o valor mínimo
anual por aluno (VMAA) do FUNDEF, destinado à educação fundamental, nos termos do art. 6º da Lei nº
9.424/96 e a repassar ao substituídos da AMA as verbas relativas as diferenças do quinquênio anterior à
propositura da ação.

O presente pedido de cumprimento de sentença foi proposto para o valor do repasse do período de
novembro/dezembro/1998 até dezembro/2006, corrigidos pela SELIC até junho/2009 e de julho/2009 até
AGO/2017, pelo IPCA E acrescido de juros de 49%, sem honorários, que gera um total de R$
327.508.517,09 (em AGO/2017).

Não merece prosperar a execução proposta ante as razões a seguir expostas.

II - DA SUSPENSÃO DAS EXECUÇÕES ORIGINÁRIAS DA AÇÃO COLETIVA Nº


0011204-19.2003.4.05.8000. TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA PELO TRF DA 5ª REGIÃO
NA AÇÃO RESCISÓRIA Nº 0800907-04.2016.4.05.0000 PROPOSTA PELA UNIÃO.
NECESSIDADE DE SUSPENSÃO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO:

A União foi intimada para se impugnar ou não o pedido de cumprimento de sentença feito pelo Município
de Maceió com base em título executivo formado na Ação Ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000,
proposta pela AMA.

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Ocorre que em decisão proferida pelo TRF da 5ª Região na Ação Rescisória nº


0800907-04.2016.4.05.0000, foi determinada a suspensão da execução do título judicial oriundo daquela

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ação (Ação Ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000, proposta pela AMA), conforme segue em anexo.

Cumprindo tal decisão, o juízo no qual tramita a Ação Ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000, proposta
pela AMA também proferiu decisão determinando a suspensão de todas as execuções promovidas com
base no título oriundo da mesma.

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Portanto, como consectário de tais decisões, também deve ser suspensa a presente execução na fase em
que se encontra - Cumprimento de Sentença..

Assim, requer a União que seja a presente execução suspensa, em observância à determinação do TRF da
5ª Região consubstanciada na decisão concessiva da tutela antecipada proferida na Ação Rescisória nº
0800907-04.2016.4.05.0000, proposta pela União, a qual segue transcrita:

"PROCESSO Nº 0800907-04.2016.4.05.0000 - AÇÃO RESCISÓRIA

AUTORA: UNIÃO

RÉ: ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS

DECISÃO

1. R. H.

2. Cuida-se de ação rescisória ajuizada pela UNIÃO em face da ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS, visando à desconstituição do acórdão transitado em julgado, prolatado pela 2ª Turma do
TRF5, nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000, em tramitação na 7ª Vara Federal
(AL), que reconheceu o direito ao pagamento, em favor dos Municípios alagoanos e representados pela
referida Associação, das diferenças devidas e não repassadas a título de complementação da transferência
dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do
Magistério - FUNDEF, em razão da fixação do valor mínimo anual por aluno se encontrar em desacordo e
aquém do previsto na Lei nº 9.424/1996.

3. A autora alega que o acórdão rescindendo violou o art. 485, V, do CPC/1973, atual art. 966, V, do
CPC/2015, uma vez que a Associação dos Municípios Alagoanos, autora da mencionada ação e ora ré,
não possui legitimidade para representar pessoas jurídicas de direito público, no caso, Municípios, cuja
representação deve observância ao art. 12, II, do CPC/1973.

4. Formula pedido de tutela antecipada no sentido da suspensão da execução do julgado em curso ou


"suspender a tramitação de todas as execuções decorrente do título judicial coletivo ora impugnado, com
comunicação do inteiro teor dessa a todos os juízos da Seção de Judiciária de Alagoas, tendo em vista a
execução de título coletivo é de livre distribuição, ou, subsidiariamente, a suspensão da expedição dos
precatórios decorrentes da execução do título judicial objeto desta rescisória." (cf. petição inicial) .

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5. Decido.

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6. O art. 300 do CPC dispõe que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

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7. No caso em exame, a ementa do acórdão rescindendo possui o seguinte teor:

"TRIBUTÁRIO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO


FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF). VALOR MÍNIMO
NACIONAL POR ALUNO (VMNA) ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL. 1. Sentença que se nega a
condenar a União a repassar quantia equivalente aos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os municípios
representados pela autora supostamente deixaram de receber, na vigência da Lei n. 9.424/96, por conta da
estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA) abaixo da média nacional. 2. A Emenda
Constitucional 14/96 determinou a instituição, "no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de
natureza contábil", formado, basicamente, por recursos da Unidade Federativa respectiva e dos
municípios nela localizados. Conquanto eventual, a contribuição da União se daria sempre que o valor por
aluno não alcançasse o mínimo definido nacionalmente (ADCT, art. 60, §§ 1º, 2º, 3º e 7º , com a redação
da EC 14/96). 3. Conquanto deixado a critério do Presidente da República, o Valor Mínimo Nacional por
Aluno (VMNA) jamais poderia ter sido fixado abaixo da média nacional, obtida da divisão dos recursos
totais (referentes a todos os fundos estaduais) pelo total das matriculas realizadas em todo o país,
acrescido do total (nacional) estimado de novas matriculas. Inteligência do art. 6º , §1º, da Lei n.
9.424/96. Precedente da Quarta Turma deste Regional, confirmado pela Primeira Turma do STJ (AC
348.781/AL, Des. Federal Marcelo Navarro; REsp n. 882.212/AL, Min. José Delgado). 4. Disciplina
reformulada a partir da Emenda Constitucional n. 53/06 e da Medida Provisória n. 339/06, convertida na
Lei n. 11.494/07. 5. Apelação provida em parte."

8. Sobre a legitimidade ativa da autora, o voto do Exmº Relator acena que "1. Ao formular pedido de
complementação das verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome dos municípios que lhe
são associados, em típica relação de representação fundada no art. 5º, inciso XXI, da Constituição
Federal. 2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia que autorizou o ajuizamento da ação
e com a lista dos municípios associados (Lei no 9.424/97, art. 2º-A, parágrafo único) - fs. 44 e274. 3.
Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação."

9. À primeira vista, vislumbro a probabilidade do direito em face do acórdão rescindendo, o qual, ao meu
ver e com o devido respeito, viola "literal disposição de lei" (CPC/1973, art. 485, V), porquanto o art.
12, II, do CPC, vigente à época, dispõe que será representado em Juízo, ativa e passivamente, "o
Município, por seu Prefeito ou procurador". Ou seja, não possui legitimidade Associação privada para
representar ou tutelar, em nome próprio, direito ou interesse de Edilidade, conforme a orientação do STJ,
transcrita na ementa abaixo:

"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUPOSTA OFENSA AO ART. 535 DO CPC.


INEXISTÊNCIA DE VÍCIO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. ASSOCIAÇÃO DE
MUNICÍPIOS. ILEGITIMIDADE ATIVA PARA TUTELAR, EM NOME PRÓPRIO, DIREITOS E

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INTERESSES DE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM


RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Não havendo no

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acórdão recorrido omissão, obscuridade ou contradição, não fica caracterizada ofensa ao art. 535 do CPC.
2. Aplicam-se às pessoas jurídicas de direito público sistemática própria, observando-se uma série de
prerrogativas e sujeições, tanto no que se refere ao direito material, quanto ao direito processual. 3. Nos
moldes do art. 12, II, do CPC, a representação judicial dos Municípios, ativa e passivamente, deve ser
exercida por seu Prefeito ou Procurador. A representação do ente municipal não pode ser exercida por

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associação de direito privado, haja vista que se submete às normas de direito público. Assim sendo,
insuscetível de renúncia ou de delegação a pessoa jurídica de direito privado, tutelar interesse de pessoa
jurídica de direito público sob forma de substituição processual. Precedentes da Primeira Turma: AgRg no
AREsp 104.238/CE, Relator Ministro Francisco Falcão, DJe 07/05/2012; RMS 34270/MG, Rel. Ministro
Teori Albino Zavascki, DJe 28/10/2011. 4. Recurso especial parcialmente provido, extinguindo o
processo sem resolução do mérito." (REsp nº 1.446.813, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., DJE
de 26/11/2014)

10. Por outro lado, já teria dado início a execução do julgado, a revelar o perigo de dano.

11. Assim, defiro o pedido de tutela antecipada para determinar a suspensão da execução do julgado,
prolatado nos autos da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL.

12. Dispenso o depósito (CPC, art. 968, II, § 1º).

13. Oficiem-se ao Juízo de origem para cumprimento, assim como aos Juízos Federais Cíveis da Seção
Judiciária de Alagoas.

14. Intime-se a autora desta decisão. Cite-se a ré para apresentação, querendo, de resposta, no prazo de 30
(trinta) dias (CPC, art. 970).

Recife, data da validação no sistema.

Desembargador Federal João Bosco Medeiros de Sousa

Relator (Convocado)"

Diante do exposto, requer a União que seja a presente execução SUSPENSA em razão da tutela
antecipada concedida pelo TRF da 5ª Região na Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, proposta
pela União, na qual aquele Tribunal determinou "a suspensão da execução do julgado, prolatado nos autos
da ação ordinária nº 0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL.

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III - DA IMPUGNAÇÃO AOS CÁLCULOS APRESENTADOS.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
A impugnação ao valor da execução se faz com supedâneo na manifestação do Núcleo Executivo de
Cálculos e Perícias desta PU/AL, como se aqui estivesse transcrito, conforme documentos em anexo,
mediante a qual pode ser constatada a incorreção quanto aos cálculos apresentados pelo exequente.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
III.1 - DOS JUROS DE MORRA.

Quanto aos juros de mora, o exequente aplicou equivocadamente juros de 49% (contados de JULHO/2009
até AGO/2017), quando o correto é aplicar os juros desde a citação NOV/2003 até AGO/2017 data da
apresentação da conta (em todo o período) o que perfaz 165 meses gerando assim o percentual de 82,50%.

III.2 - DO BIS IN IDEM:

Nos autos do processo nº 0805720-96.2017.4.05.8000 o mesmo município recebeu a título de FUNDEF o


valor de R$ 24.733,71, referente ao mês de MAIO/2005 (Portaria 743/2005), contudo não abateu tal
valor, como devia, dos valores ora executados.

A duplicidade de cobrança do valor objeto do pedido de cumprimento de sentença ora impugnado já foi
objeto de brilhante análise empreendia pelo juízo da 2ª Vara na sentença proferida no processo nº
0800156-73.2016.4.05.8000 em que a União aduziu os mesmos fundamentos ora expostos para requerer a
extinção da execução, pedido esse acolhido, como se vê na transcrição da íntegra da sentença que segue:

"PROCESSO Nº: 0800156-73.2016.4.05.8000 - EMBARGOS À EXECUÇÃO


EMBARGANTE: UNIÃO FEDERAL
EMBARGADO: MUNICÍPIO DE MURICI
ADVOGADO: FABIANO HENRIQUE SILVA DE MELO
2ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. LITISPENDÊNCIA.


INEXISTÊNCIA. NECESSIDADE DE ABATIMENTO DOS VALORES DO FUNDEF JÁ
RECEBIDOS PELO MUNICÍPIO EM AÇÃO ANTERIOR. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO.
PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO QUANTO AOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.
CORREÇÃO MONETÁRIA. ART. 5º DA LEI Nº 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE.

1. Não há litispendência entre execuções fundadas em títulos judiciais diversos, calcados em fundamentos
distintos. Todavia, versando as execuções sobre valores de FUNDEF relativos ao mesmo período, e tendo
sido demonstrado que a execução anterior já abarcou os valores devidos na execução embargada, faz-se
necessária a sua dedução, sob pena de bis in idem. Nada obstante, os pagamentos já realizados pela União
não atingem a execução dos honorários de sucumbência devidos ao causídico que atuou na presente ação;

2. É inconstitucional a norma do art. 5º da Lei nº 11.960/09 que determina a aplicação do índice de


remuneração das cadernetas de poupança para a correção monetária de débitos judiciais, por violação à

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garantia constitucional ao direito de propriedade, devendo-se aplicar o IPCA-E, índice previsto na


legislação anteriormente em vigor.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
2. Embargos julgados parcialmente procedentes, mantendo-se apenas a execução dos honorários de
sucumbência.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SENTENÇA

Vistos, etc.

I - RELATÓRIO

Trata-se de embargos à execução (autos n° 0804189-43.2015.4.05.8000), propostos pela União Federal


em face do Município de Murici, nos quais a embargante alega, em caráter preliminar, litispendência da
execução embargada com aquela de nº 0801480-35.2015.4.05.8000, em trâmite na 7ª Vara Federal; no
mérito, alega excesso na execução, a partir dos índices utilizados no cálculo dos juros moratórios e da
correção monetária, requerendo a vinculação do crédito do precatório a Fundo destinado à promoção da
educação, e discordando ainda do requerimento, formulado pelo embargado, de destaque dos honorários
contratuais no precatório.

Regularmente intimada, a municipalidade embargada não impugnou os embargos (Id. 1036425),


permanecendo silente.

É o relatório. Decido.

II - FUNDAMENTAÇÃO

Inicialmente, verifico que não há litispendência entre a execução embargada (proc. n°


0804189-43.2015.4.05.8000) e a execução nº 0801480-35.2015.4.05.8000. É que, embora ambas tratem
de créditos decorrentes de repasses da União ao FUNDEF, o título objeto da execução ora embargada
deriva da ação ordinária nº 0005927-80.2007.4.05.8000, na qual a União foi condenada a restituir os
valores descontados indevidamente do FUNDEF no ano de 2002, a título de ajuste de valores estimados e
repassados ao Município acima da arrecadação no ano de 2001, com fundamento na Portaria nº 239/2002,
enquanto que o título objeto da execução nº 0801480-35.2015.4.05.8000 deriva da ação coletiva nº
0011204-19.2003.4.05.8000, na qual a União foi condenada a complementar o valor da complementação
repassada ao FUNDEF no período de nov/1998 a dez/2006, a fim de atingir o Valor Mínimo Anual por
Aluno (VMAA) reputado correto.

Logo, tratando-se de condenações sob fundamentos diversos, não se pode falar em litispendência - que,
segundo o Código de Processo Civil, somente ocorre quando se reproduzem ações idênticas, assim
entendidas aquelas que possuam os três elementos identificadores iguais: partes, pedido e causa de pedir.

Todavia, assiste razão à União quanto à impugnação dos cálculos contida no item 3, inciso III da
inicial dos embargos .

É que, embora não haja litispendência entre as execuções, tratando-se de cobrança de valores
relativos a repasses da complementação da União ao FUNDEF que abrangem o mesmo período
(ano de 2002), é preciso verificar se na execução individual promovida pelo Município das
diferenças decorrentes da complementação da União ao FUNDEF em razão da fixação de VMAA
na ação coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, as diferenças executadas não abrangeram o
montante descontado dos repasses daquele ano de 2002, em virtude da Portaria nº 239/2002 .

Isto porque, a despeito da diversidade de fundamento das execuções, a questão é puramente


matemática :

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1) para se encontrar o valor das diferenças de complementação do Fundef pela União devidas ao
Município em virtude do valor mínimo anual por aluno (VMAA) fixado com base na média nacional,

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calcula-se o valor do repasse devido, com base no VMAA fixado (que, no caso do Município de
Murici/AL, foi R$ 3.597.349,06 no ano de 2002) e dele se subtrai o valor repassado pela União ao
Município naquele ano;

2) todavia, uma vez que o valor repassado pela União ao Município de Murici no ano de 2002 sofreu a

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incidência do desconto de R$ 19.794,90, em razão da Portaria nº 239/2002, se o valor subtraído daquele
encontrado como devido (R$ 3.597.349,06) for aquele efetivamente repassado pela União (ou seja, já com
os descontos determinados pela Portaria nº 239/2002, que, no caso do Município de Murici foi de R$
2.355.294,91), a diferença encontrada abrangerá não apenas as diferenças entre aquilo que foi reputado
devido na ação (que determinou a complementação com base no VMAA calculado com base na média
nacional) e o valor do repasse que caberia ao Município naquele ano em função do VMAA anteriormente
empregado pela União, mas também os valores descontados pela União naquele ano em virtude da
Portaria nº 239/2002;

Exemplifica-se:

a) suponha-se que o valor que seria repassado pela União ao Município X no ano de 2002, em função do
VMAA calculado por aquela, segundo a metodologia questionada na ação coletiva (que representaremos
pela letra A), era de R$ 100.000,00 (A = 100.000,00);

b) porém, desse valor a União repassou apenas R$ 80.000,00 no ano de 2002 (que representaremos pela
letra B), em virtude de descontos efetuados sob o argumento de devolução de repasses de valores maiores
que os devidos no ano anterior (R$ 20.000,00), em função de ajuste nas estimativas de arrecadação (B =
80.000,00);

c) e que o valor da complementação devida ao Município X no ano de 2002, segundo o VMAA calculado
de acordo com a média nacional (aqui representado pela letra C) é de R$ 500.000,00 (C = 500.000,00);

d) se, na execução das diferenças devidas em razão da modificação do cálculo do VMAA, o Município
calcular as diferenças subtraindo, do valor encontrado como devido (C), o valor que lhe seria repassado
pela União em função do VMAA anteriormente empregado (sem os descontos realizados pela União
naquele ano a título de reposição de anos anteriores, ou seja, o valor A), a diferença encontrada (C - A =
400.000,00) representará exatamente o proveito econômico decorrente da mudança da metodologia de
cálculo do VMAA determinada na sentença da ação coletiva;

e) porém, se na execução das diferenças devidas em razão da modificação do cálculo do VMAA, o


Município calcular estas subtraindo, do valor encontrado como devido (C), o valor que lhe foi
efetivamente repassado pela União (com os descontos realizados por esta naquele ano, a título de
reposição de anos anteriores, ou seja, o valor B), a diferença encontrada (C - B = 420.000,00) representou
não apenas o proveito econômico decorrente da mudança da metodologia de cálculo do VMAA
determinada na sentença da ação coletiva, mas também a recuperação dos valores descontados pela União
naquele ano;

f) nesse último caso, terá havido excesso de execução, não podendo o Município postular, em outra ação,
o ressarcimento dos valores descontados indevidamente pela União no ano de 2002 (R$ 20.000,00), pois
isto implicaria em bis in idem, ou duplicidade de cobrança.

No caso dos autos, verifica-se do Parecer Técnico nº 1.653/2015, elaborado pela União nos autos dos
embargos apresentados em face da execução nº 0801480-35.2015.4.05.8000 (que executou o título
oriundo da Ação Coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000, que determinou o pagamento das diferenças
com base no VMAA com base na média nacional) - e juntado aos autos destes embargos pela embargante

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- que o valor das diferenças encontradas e executadas em favor do Município de Murici nos autos
daquela ação, no ano de 2002, totalizaram a importância de R$ 1.242.054,15 (em valores históricos,

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antes da atualização monetária e a incidência de juros).

Tal valor , segundo se observa das planilhas anexadas ao Parecer Técnico nº 3.919/2015, elaborado e
anexado pela União a estes autos, representa a diferença entre o valor da complementação devida
pela União ao Município, no ano de 2002, em função do VMAA fixado com base na média nacional

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(R$ 3.597.349,06) e o valor efetivamente repassado pela União ao Município no ano de 2002 (R$
2.355.294,91), já com a dedução/desconto da quantia de R$ 19.794,90, determinada pela Portaria nº
239/2002 ( R$ 3.597.349,06 - R$ 2.355.294,91 = R$ 1.242.054,15 ) .

Porém, o valor que deveria ter sido repassados pela União ao Município de Murici no ano de 2002 com
base no VMAA então empregado, sem o desconto determinado pela Portaria nº 239/2002, era de R$
2.375.089,81.

Se o Município de Murici houvesse calculado a diferença que lhe era devida na execução nº
0801480-35.2015.4.05.8000, subtraindo, do valor da complementação devida pela União no ano de 2002
com base no VMAA fixado segundo a média nacional (R$ 3.597.349,06), o valor que lhe seria repassado
pela União naquele ano com base no VMAA então empregado, sem os descontos determinados pela
Portaria nº 239/2002 (R$ 2.375.089,81) - como era o correto - o valor das diferenças executadas seria de
"apenas" R$ 1.222.259,25 ( R$ 3.597.349,06 - R$ 3.597.349,06 = R$ 1.222.259,25).

Contudo, não foi isso que ocorreu, tendo o Município de Murici/AL (ora embargado) executado não
apenas as diferenças resultantes da alteração no cálculo do VMAA, como também as diferenças
resultantes dos descontos determinados na Portaria nº 239/2002, pela forma como realizado o cálculo que
a embasou.

A execução na forma como realizada nos autos da ação nº 0801480-35.2015.4.05.8000 produz


evidentes reflexos sobre o crédito objeto da execução ora embargada, pois não é admissível que o
Município realize a cobrança de valores já ressarcidos em outros autos.

A impugnação apresentada pelo embargante poderia ensejar controvérsia de natureza fática, com
discussão sobre os valores efetivamente repassados. No caso dos autos, porém, não houve controvérsia,
eis que os presentes embargos, interpostos pela União, não foram impugnados pelo embargado, de modo
que devem se prestigiados os cálculos apresentados pela União, conforme minuciosa descrição nas
planilhas constantes dos ids. 868662 e 868671.

Assim, verifica-se que a execução embargada não pode prosseguir com relação ao crédito postulado
pelo Município, eis que os valores devidos em razão do título judicial nela executado já foram
satisfeitos na execução promovida pelo Município embargado na ação nº
0801480-35.2015.4.05.8000, pelos motivos expostos acima .

Apenas os valores executados pelo patrono deste, a título de honorários de sucumbência, são devidos, eis
que não há prova de que os valores requisitados à União nos autos da execução anterior foram pagos ao
causídico titular dos honorários de sucumbência fixados no título judicial que embasa a execução ora
embargada.

Quanto aos critérios de correção monetária aplicáveis ao valor dos honorários de sucumbência, não
assiste razão a União ao alegar a impossibilidade de utilização do IPCA-E. A TR, atualmente usada na
remuneração das cadernetas de poupança, é imprestável como índice de correção monetária de débitos
judiciais, devendo-se a estes aplicar o IPCA-E, como índice que melhor reflete a inflação acumulada do
período.

Como cediço, a aplicação da Taxa Referencial como índice de correção monetária, determinada no art.
1.º-F da Lei n.º 9.494/97 (com a redação dada pelo art. 5.º da Lei n.º 11.960/09), foi julgada
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal nas ADIs n. 4.357 e 4.425, tendo aquela Corte, em

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25/03/2015, modulado os efeitos daquela decisão para manter a utilização da TR apenas em relação à
correção dos precatórios já expedidos até aquela data; para a correção de créditos a serem requisitados a

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partir de 25/03/2015, estabeleceu sua substituição pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial
(IPCA-E).

É bem verdade que o próprio Supremo Tribunal Federal esclareceu, em seguida, no bojo da Reclamação
21147, que a decisão tomada por aquela Corte no julgamento das ADIs apenas declarou a

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inconstitucionalidade da aplicação da Taxa Referencial (TR) para correção monetária dos débitos da
Fazenda Pública no período entre a inscrição do crédito em precatório e o seu efetivo pagamento (pois a
Emenda Constitucional nº 62 referia-se apenas à atualização monetária do precatório, e não da
condenação/período anterior), e que, quanto à correção monetária do crédito no período anterior à
expedição, a matéria ainda se encontra pendente de apreciação por aquela Corte, através do RE 870.947,
que teve repercussão geral reconhecida e cujo julgamento ainda não foi concluído (após seis votos - cinco
deles no sentido da inconstitucionalidade da adoção da TR como índice de correção monetária - o
julgamento foi interrompido em razão de pedido de vistas do Min. Dias Toffoli).

Todavia, o simples fato de a questão relativa à constitucionalidade da norma que determinou a utilização
da TR como índice de correção monetária ter sido apreciada pelo STF apenas em relação ao período
posterior à expedição do precatório (em razão da delimitação do objeto das ADIs 4.357 e 4.425), em sede
de controle concentrado, não configura óbice à apreciação desta questão em sede de controle difuso em
relação à atualização do crédito no período anterior à requisição.

Com efeito, como também é sabido, o sistema constitucional brasileiro adotou o modelo híbrido ou misto
de controle de constitucionalidade, no qual convivem, simultaneamente, os mecanismos de controle
concentrado e difuso, podendo este último ser realizado por qualquer juízo, incidentalmente ao exame das
questões a ele submetidas. Apenas na hipótese de haver decisão proferida pela Suprema Corte em
controle concentrado de constitucionalidade, com eficácia erga omnes e efeitos vinculantes, é que haveria
óbice à reapreciação da questão em sede de controle difuso.

Todavia, não é este o caso, pois a própria Corte Suprema esclareceu que a questão relativa à
constitucionalidade da norma que determina a utilização da TR para a atualização monetária dos débitos
da Fazenda Pública no período anterior à expedição do precatório NÃO foi objeto de decisão nas ADIs
4.357 e 4.425. Logo, se não houve decisão sobre tal questão em controle concentrado (pelo contrário, o
próprio STF ainda a está examinando em controle iniciado pela via difusa), nada obsta o seu exame como
questão incidental nos presentes embargos.

E, nesse passo, reconheço a inconstitucionalidade, em caráter incidental, da norma do art. 5º da Lei nº


11.960/09, que deu nova redação ao art 1º-F da Lei nº 9.494/97, na parte em que determinou a utilização
da Taxa Referencial (TR) para atualização monetária das obrigações em que a Fazenda Pública figura
como devedora, inclusive no período anterior à expedição da requisição de pagamento. Alinho-me, neste
particular, às razões e fundamentos do voto proferido pelo Min. Luiz Fux, relator do RE 870.947, de que a
utilização da Taxa Referencial para a atualização monetária de créditos por determinação legal viola o
direito constitucional de propriedade, pois, ainda que a definição de um índice aplicável para a correção
monetária de determinados créditos compreenda a eleição de um dentre vários métodos possíveis de
aferição da corrosão do poder aquisitivo da moeda, com larga margem de escolha conferida ao legislador
nesse campo, não pode a lei eleger um mecanismo manifestamente inadequado e inidôneo aos fins a que
se pretende, como é o caso da Taxa Referencial, sob pena de vulneração à própria garantia constitucional
de propriedade do credor.

Desta feita, uma vez reconhecida a inconstitucionalidade, incidenter tantum , da norma que determinou a
utilização da TR para a correção monetária dos débitos da Fazenda Pública, por violação ao direito
constitucional de propriedade, afigura-se legítima a correção do crédito objeto da execução de acordo com
o índice escolhido pelo legislador na legislação vigente anteriormente à edição da norma reputada nula,
qual seja, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), conforme já
reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça e orientado no Manual de Cálculos da Justiça Federal.

No tocante aos juros moratórios, entendo cabível a inclusão de juros de mora no período compreendido

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até o trânsito em julgado dos embargos à execução ou, quando estes não forem opostos, no trânsito em
julgado da decisão homologatória dos cálculos, no percentual de 0,5% ao mês (e não de 1%, como

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empregou o autor no período de 02/2008 a 07/2009).

Diante do exposto, deve-se considerar, para que se prossiga a execução dos honorários de maneira
consentânea com o título exequendo, os parâmetros temporais de apuração dos juros até a liquidação do
valor executado, com a definição do valor devido, fato que ainda ocorrerá com o trânsito em julgado da

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sentença executada, e o IPCA-E, como índice de atualização monetária.

III - DISPOSITIVO

Em face do exposto, julgo parcialmente procedentes os presentes embargos, para extinguir a execução no
tocante à pretensão do Município de Murici/AL, mantendo-se a execução dos honorários de sucumbência,
com a exclusão do excesso nos juros de mora no período de 02/2008 a 07/2009, devendo estes serem
calculados no percentual de 0,5% ao mês até a data do trânsito em julgado dos presentes embargos.

Condeno a parte embargada em honorários de sucumbência, que fixo em 10% sobre o valor da execução
do montante principal (sem a inclusão da verba honorária). Não tendo havido impugnação aos embargos,
deixo de condenar a União em honorários advocatícios quanto à parte em que esta sucumbiu.

Transitada em julgado, translade-se cópia desta sentença para os autos da execução.

Intimem-se.

André Carvalho Monteiro

Juiz Federal Titular -2ª Vara/AL" (grifos nossos)

III.3 - DA CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEL - LEI 11.960/2009.

A União também defende que deve prevalecer a TR como índice de correção monetária, nos termos do
art. 1º. "F", com redação conferida pela Lei nº. 11.960/09.

REGIME DE JUROS MORATÓRIOS INCIDENTES SOBRE AS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À


FAZENDA PÚBLICA.

No julgamento das ADIs nº 4.357 e 4.425, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou
inconstitucional a fixação dos juros moratórios com base na TR apenas quanto aos débitos estatais de
natureza tributária. Foi o que restou consignado na ementa daquele julgado:

DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA


MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009. ()
INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA CADERNETA DE

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POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS


INSCRITOS EM PRECATÓRIOS, QUANDO ORIUNDOS DE RELAÇÕES

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA
ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CF, ART. 5º, CAPUT ).

[]

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6. A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o
índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o princípio constitucional da isonomia (CF, art.
5º, caput ) ao incidir sobre débitos estatais de natureza tributária , pela discriminação em detrimento
da parte processual privada que, salvo expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora
tributária à taxa de 1% ao mês em favor do Estado ( ex vi do art. 161, §1º, CTN). Declaração de
inconstitucionalidade parcial sem redução da expressão "independentemente de sua natureza" ,
contida no art. 100, §12, da CF, incluído pela EC nº 62/09, pno ara determinar que, quanto aos
precatórios de natureza tributária , sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes sobre todo e
qualquer crédito tributário.

7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC
nº 62/09 quanto à atualização monetária e à fixação de juros moratórios de créditos inscritos em
precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art. 100, §12, da CF, razão pela
qual se revela inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra .

[...] (sem destaques no original)

Destarte, a decisão do Supremo Tribunal Federal foi clara no sentido de que o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97,
com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, não foi declarado inconstitucional por completo.
Especificamente quanto ao regime dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à
Fazenda Pública, a orientação firmada pela Corte foi a seguinte:

a) Quanto aos juros moratórios incidentes sobre condenações oriundas de relação jurídico-tributária
, devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito
tributário;

b) Quanto aos juros moratórios incidentes sobre condenações oriundas de relação jurídica
não-tributária , devem ser observados os critérios fixados pela legislação infraconstitucional,
notadamente os índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança,
conforme dispõe o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09.

Assim, quanto aos juros de mora, permanece a sistemática do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97.

REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DAS CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA


PÚBLICA.

Já quanto ao regime de atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública a questão

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reveste-se de sutilezas formais.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Diferentemente dos juros moratórios, que só incidem uma única vez até o efetivo pagamento, a
atualização monetária da condenação imposta à Fazenda Pública ocorre em dois momentos distintos.

O primeiro se dá ao final da fase de conhecimento com o trânsito em julgado da decisão condenatória.


Esta correção inicial compreende o período de tempo entre o dano efetivo (ou o ajuizamento da demanda)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
e a imputação de responsabilidade à Administração Pública. A atualização é estabelecida pelo próprio
juízo prolator da decisão condenatória no exercício de atividade jurisdicional.

O segundo momento ocorre já na fase executiva, quando o valor devido é efetivamente entregue ao
credor. Esta última correção monetária cobre o lapso temporal entre a inscrição do crédito em precatório e
o efetivo pagamento. Seu cálculo é realizado no exercício de função administrativa pela Presidência do
Tribunal a que vinculado o juízo prolator da decisão condenatória.

Pois bem. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar as ADIs nº 4.357 e 4.425, declarou a
inconstitucionalidade da correção monetária pela TR apenas quanto ao segundo período , isto é, quanto
ao intervalo de tempo compreendido entre a inscrição do crédito em precatório e o efetivo pagamento.
Isso porque a norma constitucional impugnada nas ADIs (art. 100, §12, da CRFB, incluído pela EC nº
62/09) referia-se apenas à atualização do precatório e não à atualização da condenação ao concluir-se a
fase de conhecimento.

Essa limitação do objeto das ADIs consta expressamente das respectivas ementas, as quais, idênticas,
registram o seguinte:

DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA


MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009. [...]
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA
CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA.
VIOLAÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE PROPRIEDADE (CF, ART. 5º, XXII).
INADEQUAÇÃO MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. [...]

[...]

5. O direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º, XXII) resta violado nas hipóteses em que a
atualização monetária dos débitos fazendários inscritos em precatórios perfaz-se segundo o índice
oficial de remuneração da caderneta de poupança, na medida em que este referencial é manifestamente
incapaz de preservar o valor real do crédito de que é titular o cidadão. É que a inflação, fenômeno
tipicamente econômico-monetário, mostra-se insuscetível de captação apriorística ( ex ante ), de modo
que o meio escolhido pelo legislador constituinte (remuneração da caderneta de poupança) é inidôneo a
promover o fim a que se destina (traduzir a inflação do período).

[...]

7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC
nº 62/09 quanto à atualização monetária e à fixação de juros moratórios de créditos inscritos em
precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art. 100, §12, da CF, razão pela
qual se revela inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra .

[...] (ADI 4357 - Rel. Min. AYRES BRITTO - Rel. p/Acórdão: Min. LUIZ FUX - Tribunal Pleno -
DJe-188 DIVULG 25-09-2014 PUBLIC 26-09-2014 sem destaques no original)

A redação do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, tal como fixada pela Lei nº 11.960/09, é, porém, mais ampla,
englobando tanto a atualização de requisitórios quanto a atualização da própria condenação.

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As expressões " uma única vez" e "até o efetivo pagamento" , constantes do dispositivo, dão conta de que
a intenção do legislador ordinário foi reger a atualização monetária dos débitos fazendários tanto na fase

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de conhecimento quanto na fase de execução. Daí por que o STF, ao julgar as ADIs nº 4.357 e 4.425, teve
de declarar a inconstitucionalidade por arrastamento do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97. Essa declaração,
porém, teve alcance limitado e abarcou apenas a parte em que o texto legal estava logicamente vinculado
no art. 100, §12, da CRFB, incluído pela EC nº 62/09, o qual se refere tão somente à "atualização de
valores de requisitórios" .

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Na parte em que rege a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública até a
expedição do requisitório , ou seja, entre o dano efetivo/ajuizamento da demanda e a condenação, o art.
1º-F da Lei nº 9.494/97 ainda não foi objeto de pronunciamento expresso do Supremo Tribunal Federal
quanto à sua constitucionalidade e, portanto, continua em pleno vigor.

Este debate não se colocou nas ADIs nº 4.357 e 4.425, uma vez que, naquelas demandas do controle
concentrado, o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 não foi impugnado originariamente e, assim, a decisão por
arrastamento foi limitada à pertinência lógica entre o art. 100, §12, da CF/88 e o aludido dispositivo
infraconstitucional.

Essa limitação, porém, não existe no debate dos juros moratórios, uma vez que, segundo a jurisprudência
pacífica do STF, não incidem juros moratórios sobre precatórios (no prazo constitucional entre a sua
expedição e o pagamento efetivo), de sorte que o arrastamento decidido pelo STF nas ADIs nº 4.357 e
4.425 refere-se, tal como fazia o art. 100, §12 da CF, aos juros moratórios fixados na data da condenação.

Desse modo, fica evidente o equívoco nas interpretações que ampliam o objeto das ADIs nº 4.357 e
4.425 para que as correções monetárias dos débitos da Fazenda Pública incidam desde o
ajuizamento da ação, quando a discussão travada no âmbito da Suprema Corte diz respeito,
apenas, à atualização monetária de precatórios e RPVs.

Conclusões após a Modulação dos Efeitos pelo STF.

Conclui-se que:

a) O objeto das ADIs 4357 e 4425 limitou-se a questionar a forma de atualização monetária dos
precatórios/RPVs e não a incidência do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997 sobre o período anterior às
respectivas requisições;

b) Assim, a declaração de inconstitucionalidade por arrastamento do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997


deve se limitar à fase administrativa das requisições de pagamento (precatório/RPV), não abrangendo a
fase judicial anterior.

Requer-se, desse modo, sejam procedentes os embargos para reconhecer que a atualização do débito, na
fase judicial, deve observar o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 e não o Manual de Cálculos da
Justiça Federal, que adota o IPCA.

Diante desses fundamentos, evidencia-se estar a parte Credora pleiteando quantia superior a existente no
título, gerando assim excesso que deve ser reconhecido pelo MM. Juízo.

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DA REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 870.947 SERGIPE.

Após o julgamento, o Supremo Tribunal Federal reconheceu Repercussão Geral ao Recurso

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Extraordinário 870.947 Sergipe, nos seguintes termos:

"DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS


MORATÓRIOS INCIDENTES SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA.
ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09.

1. Reveste-se de repercussão geral o debate quanto à validade da correção monetária e dos juros
moratórios incidentes sobre condenações impostas à Fazenda Pública segundo os índices oficiais de
remuneração básica da caderneta de poupança (Taxa Referencial - TR), conforme determina o art. 1º-F da
Lei nº 9.494/97, com redação dada

pela Lei nº 11.960/09.

2. Tendo em vista a recente conclusão do julgamento das ADIs nº 4.357 e 4.425, ocorrida em 25 de março
de 2015, revela-se oportuno que o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão geral, as
razões que orientaram aquele pronunciamento da Corte, o que, a um só tempo, contribuirá para orientar os
tribunais locais quanto à aplicação do decidido pelo STF, bem como evitará que casos idênticos cheguem
a esta Suprema Corte.

3. Manifestação pela existência da repercussão geral."

Conforme passagem da aludida decisão de reconhecimento de Repercussão Geral, ainda pende de


definição no STF as seguintes questões, além de outras referidas pelo Relator, verbis :

"Primeira Questão:

Regime de juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à

Fazenda Pública

No julgamento das ADIs nº 4.357 e 4.425, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou
inconstitucional a fixação dos juros moratórios com base na TR apenas quanto aos débitos estatais de
natureza tributária . Foi o que restou consignado na ementa daquele julgado:

DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA


MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009.()
INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO

RENDIMENTO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS


MORATÓRIOS DOS CRÉDITOS INSCRITOS EM PRECATÓRIOS, QUANDO ORIUNDOS DE
RELAÇÕES JURÍDICO-TRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À
ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR PRIVADO (CF, ART. 5º, CAPUT ). ()

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6. A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o
índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o princípio constitucional da isonomia (CF, art.

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5º, caput ) ao incidir sobre débitos estatais de natureza tributária , pela discriminação em detrimento
da parte processual privada que, salvo expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora
tributária à taxa de 1% ao mês em favor do Estado ( ex vi do art. 161, §1º, CTN). Declaração de
inconstitucionalidade parcial sem redução da expressão "independentemente de sua natureza" ,
contida no art. 100, §12, da CF, incluído pela EC nº 62/09, para determinar que, quanto aos precatórios

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de natureza tributária , sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes sobre todo e qualquer
crédito tributário.

7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC
nº 62/09 quanto à atualização monetária e à fixação de juros moratórios de créditos inscritos em
precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art. 100, §12, da CF, razão pela
qual se revela inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra .

Destarte, a decisão do Supremo Tribunal Federal foi clara no sentido de que o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97,
com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, não foi declarado inconstitucional por completo.
Especificamente quanto ao regime dos juros moratórios incidentes sobre as condenações impostas à
Fazenda Pública, a orientação firmada pela Corte foi a seguinte:

Quanto aos juros moratórios incidentes sobre condenações oriundas de relação jurídico-tributária ,
devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito
tributário;

Quanto aos juros moratórios incidentes sobre condenações oriundas de relação jurídica não-tributária ,
devem ser observados os critérios fixados pela legislação infraconstitucional, notadamente os índices
oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, conforme dispõe o art. 1º-F da
Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09.

A decisão recorrida nestes autos, porém, elasteceu o escopo do pronunciamento do Supremo Tribunal
Federal, afastando a aplicação da legislação infraconstitucional com suposto fundamento nas ADIs nº
4.357 e 4.425. Não se trata de caso isolado. Em outros recursos que chegaram ao Supremo Tribunal
Federal, esta mesma circunstância estava presente. Cito, a título ilustrativo, o RE nº 837.729 e o RE nº
859.973.

Revela-se, por isso, necessário e urgente que o Supremo Tribunal Federal reitere, em sede de repercussão
geral, a tese jurídica fixada nas ADIs nº 4.357 e 4.425, orientando a atuação dos tribunais locais aplicação
dos entendimentos formados por esta Suprema Corte.

Segunda Questão:

Regime de atualização monetária das condenações impostas à Fazenda

Pública

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Já quanto ao regime de atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública a questão
reveste-se de sutilezas formais.

Explico.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Diferentemente dos juros moratórios, que só incidem uma única vez até o efetivo pagamento, a
atualização monetária da condenação imposta à Fazenda Pública ocorre em dois momentos distintos.

O primeiro se dá ao final da fase de conhecimento com o trânsito em julgado da decisão condenatória.


Esta correção inicial compreende o período de tempo entre o dano efetivo (ou o ajuizamento da demanda)
e a imputação de responsabilidade à Administração Pública. A atualização é estabelecida pelo próprio
juízo prolator da decisão condenatória no exercício de atividade jurisdicional.

O segundo momento ocorre já na fase executiva, quando o valor devido é efetivamente entregue ao
credor. Esta última correção monetária cobre o lapso temporal entre a inscrição do crédito em precatório e
o efetivo pagamento. Seu cálculo é realizado no exercício de função administrativa pela Presidência do
Tribunal a que vinculado o juízo prolator da decisão condenatória.

Pois bem. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar as ADIs nº 4.357 e 4.425, declarou a
inconstitucionalidade da correção monetária pela TR apenas quanto ao segundo período , isto é, quanto
ao intervalo de tempo compreendido entre a inscrição do crédito em precatório e o efetivo pagamento.
Isso porque a norma constitucional impugnada nas ADIs (art. 100, §12, da CRFB, incluído pela EC nº
62/09) referia-se apenas à atualização do precatório e não à atualização da condenação ao concluir-se a
fase de conhecimento."

Destarte, com base nos fundamentos acima, os quais dispensam maiores digressões, requer a
UNIÃO FEDERAL sejam julgados procedentes os embargos para excluir a aplicação do IPCA-E
ou manter o processo sobrestado, até a decisão final do STF no RE 870.947/SE, em que foi
reconhecida a Repercussão Geral da matéria .

III - IMPOSSIBILIDADE DE DESTAQUE DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS NO


PRECATÓRIO.

Quanto ao pedido de retenção dos honorários contratuais, União Federal não concorda com o destaque
dos mesmos no precatório, por serem as verbas do FUNDEF constitucionalmente vinculadas às ações e
programas voltados à educação.

Senão, vejamos este recente julgado do STJ:

"PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO.


RETENÇÃO DOS HONORÁRIOS CONTRATUAIS. VERBA DO FUNDEF. ACÓRDÃO COM
DUPLO ENFOQUE. SÚMULA 126/STJ. INVIABILIDADE DO APELO NOBRE.

1. Hipótese em que a Corte Regional deu provimento ao agravo de instrumento interposto pela União para
obstar, na expedição do precatório, o destaque de 20% dos honorários advocatícios contratuais do

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montante devido ao Município de Jurema a título de complementação de verbas do FUNDEF.

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2. O Tribunal de origem entendeu presente o interesse da União e inviável a retenção do valor contratual,
porque a verba do FUNDEF, por expressa destinação constitucional (art. 60 do ADCT, CF/88), não pode
ser reduzida para pagamento de honorários advocatícios devidos pelo Município ao escritório de
advocacia. Decidida a questão com duplo enfoque, constitucional e infraconstitucional, e não interposto
recurso extraordinário, é inadmissível o apelo nobre pelo óbice constante da Súmula 126/STJ.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
3. Recurso especial não conhecido." (REsp 1409240/PE, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 03/02/2014)

Assim sendo, os honorários contratuais não podem vir destacados no precatório como pretende o
exequente.

Sobre o FUNDEF, é imperativo tecer algumas considerações:

Em sua redação original, assim dispunha o art. 60 do ADCT (1988):

Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação da Constituição, o Poder Público desenvolverá esforços,
com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de, pelo menos,
cinqüenta por cento dos recursos a que se refere o art. 212 da Constituição, para eliminar o analfabetismo
e universalizar o ensino fundamental.

Alterado, o dispositivo recebeu a seguinte redação, emprestada pela Emenda Constitucional nº 14, de
12/09/1996:

Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda, os Estados, o Distrito federal e os
Municípios destinarão não menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o art. 212 da
Constituição Federal, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental , com o objetivo
de assegurar a universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério.

§1º. A distribuição de responsabilidades e recursos entre os Estados e seus Municípios a ser


concretizada com parte dos recursos definidos neste artigo, na forma do disposto no art. 211 da
Constituição Federal, é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito
Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do magistério de natureza contábil.

§ 2º. O Fundo referido no parágrafo anterior será constituído por, pelo menos, quinze por cento dos
recursos a que se referem os arts. 155, inciso II; 158, inciso IV; e 159, inciso I, alíneas a e b; e inciso II,
da Constituição Federal, e será distribuído entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao
número de alunos nas respectivas redes de ensino fundamental.

§ 3º. A União complementará os recurso dos Fundos a que se refere o § 1º, sempre que em cada

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Estado e no Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.

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§ 4º. A União, os Estados e o Distrito Federal e os Municípios ajustarão progressivamente, em um prazo
de cinco anos, suas contribuições ao Fundo, de forma a garantir um valor por aluno correspondente a um
padrão mínimo de qualidade ensino, definido nacionalmente.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
§ 5º. Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos recursos de cada Fundo referido no § 1º
será destinada ao pagamento dos professores do ensino fundamental em efetivo exercício no
Magistério.

§ 6º. A União aplicará na erradicação do analfabetismo e na manutenção e no desenvolvimento do ensino


fundamental, inclusive na complementação a que se refere o § 3º, nunca menos que o equivalente a trinta
por cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal.

§ 7º. A lei disporá sobre a organização dos Fundos, a distribuição proporcional de seus recursos,
sua fiscalização e controle, bem como sobre a forma de cálculo do valor mínimo nacional por aluno.

Disciplinando o artigo 60 do ADCT, com a redação dada pela EC nº 14/96, foi criado, no âmbito dos
Estados e Municípios, o FUNDEF, através da Lei nº 9.424/96. O FUNDEF foi instituído em nível
nacional, tendo sua implantação alcançado os Estados, o Distrito Federal e os Municípios brasileiros. Os
recursos destinados ao Fundo, em obediência ao disposto no art. 3° da Lei n° 9.424/96, eram repassados
aos Governos Estaduais e Municipais, de acordo com o número de alunos matriculados no ensino
fundamental das respectivas redes de ensino.

A complementação financeira, discutida no processo de conhecimento, à conta do FUNDEF era


assegurada pela União, relativamente aos Estados e Municípios onde a equação aluno/ano não alcançava
o valor nacionalmente estabelecido, e destinada, por mandamento constitucional, " à manutenção e ao
desenvolvimento do ensino fundamental" .

A característica principal do FUNDEF residia na sua natureza contábil definida na Constituição Federal
que, de forma simples, o transformava, junto a cada Governo Estadual e Municipal, numa soma de
recursos vinculados ao ensino fundamental , periódica e automaticamente creditados em conta bancária
específica. Tais recursos, não é demais insistir, deviam ser incluídos no orçamento de cada Governo com
a destinação exclusiva em favor do ensino fundamental .

A Lei n° 9.424/96, assim, dispunha:

"Art. 1° É instituído, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, o Fundo de manutenção e

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desenvolvimento do Ensino Fundamental e de valorização do Magistério, o qual terá a natureza contábil e


será implantado, automaticamente, a partir de 1° de janeiro de 1998.

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(...)

Parágrafo 3° Integra os recursos do Fundo a que se refere este artigo a complementação da União, quando
for o caso, na forma prevista no art. 6°.

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(...)

Art. 2° Os recursos do Fundo serão aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental


público, e na valorização de seu Magistério .

(...)

Parágrafo 6°. É vedada a utilização dos recursos do Fundo como Garantia de Operações de Crédito
internas e externas contraídas pelos Governos da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
admitida somente sua utilização como contrapartida em operações que se destinem, exclusivamente, ao
financiamento de projetos e programas do ensino fundamental .

(...)"

Infere-se, portanto, que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de


Valorização do Magistério ( FUNDEF ), instituído pela Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro
de 1996, e regulamentado pela Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, consistiu na mudança da
estrutura de financiamento do Ensino Fundamental no País, ao subvincular a esse nível de ensino uma
parcela dos recursos constitucionalmente destinados à Educação .

Registre-se, outrossim, que o FUNDEF fora limitado à vigência do art. 60 do ADCT, na redação que
lhe deu a EC 1496 , que criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental -
FUNDEF, com prazo de dez anos. É que, esgotado o prazo, esse Fundo foi substituído pelo Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação - FUNDEB , instituído pela EC 562006, que deu nova redação ao referido art. 60 do
ADCT , com a disciplina própria ali estabelecida, regulamentada pela Lei nº 11.49407.

O artigo 60 do ADCT, com a redação dada pela EC 56/2006 assim preceitua:

Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212
da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração
condigna dos trabalhadores da educação , respeitadas as seguintes disposições:

I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus


Municípios é assegurada mediante a criação , no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um

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Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da


Educação - FUNDEB , de natureza contábil;

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(...)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
III - observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da
Constituição Federal e as metas de universalização da educação básica estabelecidas no Plano
Nacional de Educação, a lei disporá sobre:

a) a organização dos Fundos, a distribuição proporcional de seus recursos, as diferenças e as


ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas e modalidades da educação básica e tipos
de estabelecimento de ensino ;

b) a forma de cálculo do valor anual mínimo por aluno;

c) os percentuais máximos de apropriação dos recursos dos Fundos pelas diversas etapas e
modalidades da educação básica, observados os arts. 208 e 214 da Constituição Federal, bem como
as metas do Plano Nacional de Educação;

d) a fiscalização e o controle dos Fundos;

e) prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica;

IV - os recursos recebidos à conta dos Fundos instituídos nos termos do inciso I do caput deste artigo
serão aplicados pelos Estados e Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação
prioritária , conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal;

V - a União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo
sempre que, no Distrito Federal e em cada Estado, o valor por aluno não alcançar o mínimo
definido nacionalmente, fixado em observância ao disposto no inciso VII do caput deste artigo,
vedada a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal;

VI - até 10% (dez por cento) da complementação da União prevista no inciso V do caput deste
artigo poderá ser distribuída para os Fundos por meio de programas direcionados para a melhoria
da qualidade da educação, na forma da lei a que se refere o inciso III do caput deste artigo;

(...)

XI - o não-cumprimento do disposto nos incisos V e VII do caput deste artigo importará crime de
responsabilidade da autoridade competente;

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XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo referido no inciso I do caput
deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da educação básica em

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
efetivo exercício.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão assegurar, no financiamento da


educação básica, a melhoria da qualidade de ensino, de forma a garantir padrão mínimo definido
nacionalmente.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Regulamentando o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação - FUNDEB , de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, com a redação dada pela EC nº 56/2006, fora promulgada a Lei nº 11.494/2007, que assim
estatui:

"Art. 1 o É instituído, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, um Fundo de Manutenção e


Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de
natureza contábil, nos termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT.

(...)

Art. 2 o Os Fundos destinam-se à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública e à


valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna remuneração, observado o
disposto nesta Lei .

(...)

Art. 4 o A União complementará os recursos dos Fundos sempre que, no âmbito de cada Estado e no
Distrito Federal, o valor médio ponderado por aluno, calculado na forma do Anexo desta Lei, não
alcançar o mínimo definido nacionalmente, fixado de forma a que a complementação da União não seja
inferior aos valores previstos no inciso VII do caput do art. 60 do ADCT.

(...)

Art. 20. Os eventuais saldos de recursos financeiros disponíveis nas contas específicas dos Fundos
cuja perspectiva de utilização seja superior a 15 (quinze) dias deverão ser aplicados em operações
financeiras de curto prazo ou de mercado aberto, lastreadas em títulos da dívida pública, na
instituição financeira responsável pela movimentação dos recursos, de modo a preservar seu poder
de compra.

Parágrafo único. Os ganhos financeiros auferidos em decorrência das aplicações previstas no caput
deste artigo deverão ser utilizados na mesma finalidade e de acordo com os mesmos critérios e

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condições estabelecidas para utilização do valor principal do Fundo.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
(...)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS

Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão
utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que
lhes forem creditados, em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino
para a educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996.

§ 1 o Os recursos poderão ser aplicados pelos Estados e Municípios indistintamente entre etapas,
modalidades e tipos de estabelecimento de ensino da educação básica nos seus respectivos âmbitos
de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal.

(...)

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão
destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em
efetivo exercício na rede pública .

(...)

Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos :

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da


educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 ;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas, contraídas pelos


Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de
projetos, ações ou programas considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino
para a educação básica.

CAPÍTULO VI

DO ACOMPANHAMENTO, CONTROLE SOCIAL, COMPROVAÇÃO E

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FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação
dos recursos dos Fundos serão exercidos, junto aos respectivos governos, no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por conselhos instituídos especificamente para esse

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fim.

(...)

Art. 25. Os registros contábeis e os demonstrativos gerenciais mensais, atualizados, relativos aos
recursos repassados e recebidos à conta dos Fundos assim como os referentes às despesas realizadas
ficarão permanentemente à disposição dos conselhos responsáveis, bem como dos órgãos federais,
estaduais e municipais de controle interno e externo, e ser-lhes-á dada ampla publicidade, inclusive
por meio eletrônico.

(...)

Art. 26. A fiscalização e o controle referentes ao cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição
Federal e do disposto nesta Lei, especialmente em relação à aplicação da totalidade dos recursos dos
Fundos, serão exercidos :

I - pelo órgão de controle interno no âmbito da União e pelos órgãos de controle interno no âmbito
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ;

II - pelos Tribunais de Contas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, junto aos respectivos
entes governamentais sob suas jurisdições;

III - pelo Tribunal de Contas da União, no que tange às atribuições a cargo dos órgãos federais,
especialmente em relação à complementação da União .

Art. 27. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios prestarão contas dos recursos dos Fundos
conforme os procedimentos adotados pelos Tribunais de Contas competentes, observada a
regulamentação aplicável.

Parágrafo único. As prestações de contas serão instruídas com parecer do conselho responsável, que
deverá ser apresentado ao Poder Executivo respectivo em até 30 (trinta) dias antes do vencimento do
prazo para a apresentação da prestação de contas prevista no caput deste artigo.

Art. 28. O descumprimento do disposto no art. 212 da Constituição Federal e do disposto nesta Lei
sujeitará os Estados e o Distrito Federal à intervenção da União, e os Municípios à intervenção dos
respectivos Estados a que pertencem, nos termos da alínea e do inciso VII do caput do art. 34 e do
inciso III do caput do art. 35 da Constituição Federal.

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Art. 29. A defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e individuais
indisponíveis, relacionada ao pleno cumprimento desta Lei, compete ao Ministério Público dos
Estados e do Distrito Federal e Territórios e ao Ministério Público Federal, especialmente quanto às
transferências de recursos federais.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
(...)"

Percebe-se, sem maiores dificuldades, que o montante devido ao credor , no caso o Município
exequente, refere-se a valores pretéritos a título de complementação pela União ao FUNDEF . Tais
verbas , por imperativo legal e, sobretudo, constitucional, SOMENTE PODEM SER DESTINADAS à
manutenção e desenvolvimento da educação básica e na valorização dos profissionais da educação .

A atual Lei nº 11.494/2007, expressamente veda a utilização de recursos do Fundo na realização de


despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, ou que não se
destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas considerados como ação de manutenção e
desenvolvimento do ensino para a educação básica.

Restaram estabelecidos, também, mecanismos de controle social sobre a aplicação dos recursos dos
Fundos, com a criação de Conselhos Municipais para acompanhar a aplicação dos recursos vinculados. A
fiscalização e o controle, em relação à complementação da União, serão exercidos pelo Tribunal de
Contas da União que, inclusive, já se manifestou acerca do assunto na Instrução Normativa nº 362000,
esclarecendo que a sua fiscalização se restringe aos casos em que houver complementação de verba
federal, consoante se vê no seguinte artigo:

"Art. 2.º O Tribunal, ao apreciar processos decorrentes de fiscalização em órgãos estaduais ou municipais
gestores do FUNDEF, cujos estados e municípios tenham recebido a complementação da União,
poderá, em caso de irregularidade ou ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano
ao Fundo, aplicar a multa prevista no art. 58 da Lei nº 8.44392.

§ 1.º Ao exercer a fiscalização de que trata o caput, o Tribunal, se constatar a ocorrência de


desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos, examinará em cada caso a relevância das
irregularidades cometidas e a materialidade dos prejuízos causados ao FUNDEF para decidir se
determina a instauração ou conversão do processo em tomada de contas especial.

§ 2.º Ao decidir na forma deste artigo, o Tribunal remeterá cópia da documentação pertinente ao
respectivo Tribunal de Contas Estadual ou Municipal para conhecimento e providências de sua
alçada, bem como aos Ministérios Públicos da União e dos Estados para as medidas que
entenderem necessárias quanto ao ajuizamento das ações civis e penais cabíveis. "

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Não se pode deixar de lembrar que a utilização de recursos do Fundo na realização de despesas não

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consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, sujeitará o Município
exequente à intervenção do Estado de Alagoas, na forma do inciso III do caput do artigo 35 da
Constituição Federal.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Por fim, ressalte-se que Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000), em seu artigo 8º
assim preceitua:

" Art. 8º (...)

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados


exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso."

Desse modo, o precatório que será expedido na execução deverá obrigatoriamente ser vinculado ao que
foi estabelecido no título executivo judicial, ou seja, à complementação dos valores destinados ao
Município exequente referentes ao desenvolvimento da Educação, eis que os aludidos valores, por
imperativo legal e constitucional , SOMENTE PODEM SER DESTINADOS à manutenção, ao
desenvolvimento da educação básica e à valorização dos profissionais da educação (art. 60 do ADCT,
redação dada pela EC nº 14/96 e 56/2006; Leis nºs 9424/96 e 11.494/07).

Portanto, entende a União que o precatório a ser expedido deverá ser vinculado ao desenvolvimento da
Educação, e creditado em conta específica do atual FUNDEB, na forma operacionalmente definida pelo
Ministério da Educação, tudo em conformidade com a redação atual do Art. 60 do ADCT - EC nº
56/2006, e também da Lei nº 11.494/2007.

IV - DOS PEDIDOS.

Isto posto, requer a União que:

a) seja a presente impugnação recebida liminarmente COMO TEMPESTIVA , com efeito suspensivo,
sendo a parte Impugnada intimada, para, querendo, apresentar réplica;

b) seja a presente execução SUSPENSA em razão da tutela antecipada concedida pelo TRF da 5ª Região
na Ação Rescisória nº 0800907-04.2016.4.05.0000, proposta pela União, na qual aquele Tribunal
determinou "a suspensão da execução do julgado, prolatado nos autos da ação ordinária nº
0011204-19.2003.4.05.8000/7ª Vara Federal/AL;

c) seja acolhida a presente impugnação para fixar os juros de mora nos termos dos cálculos apresentados
pela União no Parecer Técnico NECAP/PU/AL em anexo;

d) sejam deduzidos do montante executado o valor de R$ 24.733,71 de MAIO/2005 (Portaria 743/2005)


executados no processo 0805720-96.2017.4.05.8000;

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fls. 684

e) seja acolhida a presente impugnação para aplicar a TR como índice de atualização monetária no lugar
do IPCA-E, nos termos do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
determinando-se a correção dos cálculos, ou manter o processo sobrestado, até a decisão final do STF no
RE 870.947/SE, em que foi reconhecida a Repercussão Geral da matéria;

f) sucessivamente, ainda, seja negado o pedido de retenção dos honorários contratuais, pelas razões supra
expostas;

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
g) sejam os exequentes condenados em honorários advocatícios de 10% sobre o valor da execução.

Termos em que,

pede deferimento.

Maceió, 13 de outubro de 2017.

Paulo Henrique Padilha de Melo Novais

Advogado da União

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
17101316294371400000002460798
Data e hora da assinatura: 13/10/2017 16:32:58
Identificador: 4058000.2443727
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 26/26
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Redistribuição do Correção Monetária
Valor Mensal
Valor Apurado Indexador % Juros Valor Juros TOTAL
Redistribuido Atualizado
Mensalmente Tabela CJF

MÊS/ANO

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nov/98 214.320,18 2,231713661 478.301,27 82,50% 394.598,55 872.899,82
dez/98 253.147,98 2,23171366 564.953,81 82,50% 466.086,89 1.031.040,69
TOTAL 467.468,16 1.043.255,08 860.685,44 1.903.940,52

MÊS/ANO
jan/99 399.903,53 2,195394063 877.945,84 82,50% 724.305,31 1.602.251,15
fev/99 415.493,18 2,19539406 912.171,26 82,50% 752.541,29 1.664.712,55
mar/99 456.506,48 2,19539406 1.002.211,62 82,50% 826.824,58 1.829.036,20
abr/99 385.660,54 2,19539406 846.676,86 82,50% 698.508,41 1.545.185,27
mai/99 384.489,69 2,19539406 844.106,38 82,50% 696.387,77 1.540.494,15
jun/99 300.809,28 2,19539406 660.394,91 82,50% 544.825,80 1.205.220,71
jul/99 295.999,92 2,19539406 649.836,47 82,50% 536.115,09 1.185.951,55
ago/99 342.076,76 2,19539406 750.993,29 82,50% 619.569,46 1.370.562,75
set/99 342.879,59 2,19539406 752.755,82 82,50% 621.023,55 1.373.779,36
out/99 351.053,38 2,19539406 770.700,51 82,50% 635.827,92 1.406.528,42
nov/99 366.114,85 2,19539406 803.766,37 82,50% 663.107,25 1.466.873,62
dez/99 386.235,94 2,19539406 847.940,09 82,50% 699.550,57 1.547.490,66
TOTAL 4.427.223,14 9.719.499,40 8.018.587,00 17.738.086,40

MÊS/ANO
jan/00 479.727,69 2,015694014 966.984,23 82,50% 797.761,99 1.764.746,23
fev/00 485.399,20 2,015694014 978.416,26 82,50% 807.193,42 1.785.609,68
mar/00 484.706,96 2,01569401 977.020,92 82,50% 806.042,26 1.783.063,17
abr/00 510.119,84 2,01569401 1.028.245,51 82,50% 848.302,54 1.876.548,05
mai/00 491.792,19 2,01569401 991.302,57 82,50% 817.824,62 1.809.127,20
jun/00 425.027,82 2,01569401 856.726,03 82,50% 706.798,98 1.563.525,01
jul/00 414.958,52 2,01569401 836.429,40 82,50% 690.054,26 1.526.483,66
ago/00 467.230,28 2,01569401 941.793,28 82,50% 776.979,45 1.718.772,73
set/00 471.627,02 2,01569401 950.655,76 82,50% 784.291,00 1.734.946,76
out/00 479.200,22 2,01569401 965.921,01 82,50% 796.884,84 1.762.805,85
nov/00 489.755,19 2,01569401 987.196,60 82,50% 814.437,20 1.801.633,80
dez/00 541.621,13 2,01569401 1.091.742,47 82,50% 900.687,54 1.992.430,01
TOTAL 5.741.166,06 11.572.434,06 9.547.258,10 21.119.692,16

MÊS/ANO
jan/01 866.268,68 1,900833038 1.646.632,13 82,50% 1.358.471,50 3.005.103,63
fev/01 727.149,03 1,8889476 1.373.546,42 82,50% 1.133.175,79 2.506.722,21
mar/01 700.318,31 1,87951279 1.316.257,22 82,50% 1.085.912,21 2.402.169,43
abr/01 721.724,26 1,87278442 1.351.633,95 82,50% 1.115.098,01 2.466.731,96
mai/01 818.661,64 1,86350999 1.525.584,15 82,50% 1.258.606,92 2.784.191,07
jun/01 696.155,32 1,85448729 1.291.011,19 82,50% 1.065.084,23 2.356.095,43
jul/01 656.808,05 1,84745909 1.213.426,00 82,50% 1.001.076,45 2.214.502,45
ago/01 669.506,94 1,83027562 1.225.382,23 82,50% 1.010.940,34 2.236.322,57
set/01 698.296,18 1,80897360 1.263.199,36 82,50% 1.042.139,47 2.305.338,82
out/01 716.022,44 1,80213410 1.290.368,45 82,50% 1.064.553,97 2.354.922,42
nov/01 734.737,21 1,79549640 1.319.218,02 82,50% 1.088.354,86 2.407.572,88
dez/01 813.665,43 1,77793435 1.446.643,72 82,50% 1.193.481,07 2.640.124,78
TOTAL 8.819.313,49 16.262.902,83 13.416.894,83 29.679.797,66

3/5
fls. 688

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
MÊS/ANO
jan/02 930.925,29 1,768260511 1.646.118,43 82,50% 1.358.047,70 3.004.166,13
fev/02 928.191,76 1,75739451 1.631.199,10 82,50% 1.345.739,26 2.976.938,36
mar/02 851.982,83 1,74965332 1.490.674,58 82,50% 1.229.806,53 2.720.481,12
abr/02 828.948,91 1,74268768 1.444.599,06 82,50% 1.191.794,22 2.636.393,28
mai/02 937.122,45 1,72920026 1.620.472,38 82,50% 1.336.889,72 2.957.362,10
jun/02 726.866,28 1,72198137 1.251.650,20 82,50% 1.032.611,41 2.284.261,61

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
jul/02 789.898,49 1,71633192 1.355.727,99 82,50% 1.118.475,59 2.474.203,58
ago/02 762.851,42 1,70324784 1.299.325,03 82,50% 1.071.943,15 2.371.268,18
set/02 803.349,72 1,68637471 1.354.748,66 82,50% 1.117.667,64 2.472.416,30
out/02 1.015.995,58 1,67596499 1.702.773,03 82,50% 1.404.787,75 3.107.560,77
nov/02 898.465,17 1,66103926 1.492.385,92 82,50% 1.231.218,39 2.723.604,31
dez/02 913.531,15 1,62714307 1.486.445,88 82,50% 1.226.317,85 2.712.763,74
TOTAL 10.388.129,05 17.776.120,26 14.665.299,22 32.441.419,48

MÊS/ANO
jan/03 1.117.599,10 1,578989988 1.764.677,79 82,50% 1.455.859,18 3.220.536,97
fev/03 1.094.160,84 1,548328882 1.694.120,83 82,50% 1.397.649,68 3.091.770,51
mar/03 1.061.332,49 1,51518791 1.608.118,15 82,50% 1.326.697,48 2.934.815,63
abr/03 1.027.988,14 1,49804442 1.539.971,90 82,50% 1.270.476,81 2.810.448,71
mai/03 1.238.133,47 1,48118224 1.833.901,31 82,50% 1.512.968,58 3.346.869,88
jun/03 953.812,54 1,46870720 1.400.871,35 82,50% 1.155.718,86 2.556.590,21
jul/03 890.907,53 1,46549604 1.305.621,45 82,50% 1.077.137,70 2.382.759,15
ago/03 1.017.745,95 1,46810404 1.494.156,94 82,50% 1.232.679,47 2.726.836,41
set/03 1.004.775,62 1,46419551 1.471.187,95 82,50% 1.213.730,06 2.684.918,01
out/03 914.399,87 1,45584742 1.331.226,69 82,50% 1.098.262,02 2.429.488,71
nov/03 1.074.703,02 1,44632502 1.554.369,86 82,50% 1.282.355,14 2.836.725,00
dez/03 1.186.152,16 1,44389095 1.712.674,36 82,00% 1.404.392,98 3.117.067,34
TOTAL 12.581.710,73 18.710.898,58 15.427.927,96 34.138.826,54

MÊS/ANO
jan/04 1.112.399,84 1,437215224 1.598.757,99 81,50% 1.302.987,76 2.901.745,74
fev/04 1.151.400,54 1,427554077 1.643.686,53 81,00% 1.331.386,09 2.975.072,63
mar/04 1.016.993,38 1,41484169 1.438.884,63 80,50% 1.158.302,13 2.597.186,76
abr/04 1.032.982,21 1,40917154 1.455.649,13 80,00% 1.164.519,30 2.620.168,44
mai/04 1.170.611,41 1,40621517 1.646.131,52 79,50% 1.308.674,56 2.954.806,09
jun/04 927.262,95 1,39869579 1.296.958,79 79,00% 1.024.597,44 2.321.556,23
jul/04 926.774,16 1,39089553 1.289.046,04 78,50% 1.011.901,14 2.300.947,18
ago/04 1.111.944,98 1,37811617 1.532.389,35 78,00% 1.195.263,69 2.727.653,05
set/04 1.032.615,98 1,36722336 1.411.816,69 77,50% 1.094.157,93 2.505.974,62
out/04 1.048.031,64 1,36063182 1.425.985,20 77,00% 1.098.008,60 2.523.993,80
nov/04 1.192.917,39 1,35624407 1.617.887,14 76,50% 1.237.683,66 2.855.570,80
dez/04 2.084.273,42 1,34780696 2.809.198,23 76,00% 2.134.990,65 4.944.188,88
TOTAL 13.808.207,90 19.166.391,23 15.062.472,97 34.228.864,20

MÊS/ANO
jan/05 1.657.884,04 1,336552841 2.215.849,62 75,50% 1.672.966,47 3.888.816,09
fev/05 1.426.380,49 1,327536052 1.893.571,53 75,00% 1.420.178,64 3.313.750,17
mar/05 1.542.032,64 1,31774897 2.032.011,92 74,50% 1.513.848,88 3.545.860,81
abr/05 1.520.053,89 1,31315048 1.996.059,50 74,00% 1.477.084,03 3.473.143,53
mai/05 1.639.459,13 1,30349438 2.137.025,76 73,50% 1.570.713,93 3.707.739,69
jun/05 1.633.830,61 1,29280935 2.112.231,50 73,00% 1.541.928,99 3.654.160,49
jul/05 1.188.864,64 1,29125278 1.535.124,78 72,50% 1.112.965,46 2.648.090,24
ago/05 1.687.212,26 1,28985507 2.176.259,29 72,00% 1.566.906,69 3.743.165,98
set/05 959.843,96 1,28621972 1.234.570,23 71,50% 882.717,71 2.117.287,94
out/05 1.376.399,93 1,28414057 1.767.491,00 71,00% 1.254.918,61 3.022.409,60
nov/05 1.516.733,08 1,27703025 1.936.914,02 70,50% 1.365.524,38 3.302.438,40
dez/05 2.200.932,85 1,26714716 2.788.905,81 70,00% 1.952.234,07 4.741.139,88
TOTAL 18.349.627,52 23.826.014,95 17.331.987,87 41.158.002,83

4/5
fls. 689

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
MÊS/ANO
jan/06 2.632.474,49 1,262299906 3.322.972,30 69,50% 2.309.465,75 5.632.438,05
fev/06 1.868.819,84 1,255943319 2.347.131,79 69,00% 1.619.520,94 3.966.652,73
mar/06 1.422.311,62 1,24943205 1.777.081,72 68,50% 1.217.300,98 2.994.382,70
abr/06 1.944.484,02 1,24479136 2.420.476,92 68,00% 1.645.924,30 4.066.401,22
mai/06 2.128.545,94 1,24269988 2.645.143,79 67,50% 1.785.472,06 4.430.615,85
jun/06 2.044.740,19 1,23939674 2.534.244,33 67,00% 1.697.943,70 4.232.188,03

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
jul/06 1.775.836,98 1,24126157 2.204.278,21 66,50% 1.465.845,01 3.670.123,21
ago/06 1.880.340,96 1,24147711 2.334.400,26 66,00% 1.540.704,17 3.875.104,43
set/06 1.561.342,14 1,23911034 1.934.675,19 65,50% 1.267.212,25 3.201.887,44
out/06 1.862.316,45 1,23846642 2.306.416,39 65,00% 1.499.170,66 3.805.587,05
nov/06 1.758.688,47 1,23490126 2.171.806,61 64,50% 1.400.815,26 3.572.621,87
dez/06 2.202.242,20 1,23036769 2.709.567,66 64,00% 1.734.123,30 4.443.690,96
TOTAL 23.082.143,30 28.708.195,17 19.183.498,37 47.891.693,54

RESUMO GERAL

DIFERENÇA TOTAL
Valor Apurado Valor Atualizado JUROS

1998 R$ 467.468,16 1.043.255,08 860.685,44 1.903.940,52


1999 R$ 4.427.223,14 9.719.499,40 8.018.587,00 17.738.086,40
2000 R$ 5.741.166,06 11.572.434,06 9.547.258,10 21.119.692,16
2001 R$ 8.819.313,49 16.262.902,83 13.416.894,83 29.679.797,66
2002 R$ 10.388.129,05 17.776.120,26 14.665.299,22 32.441.419,48
2003 R$ 12.581.710,73 18.710.898,58 15.427.927,96 34.138.826,54
2004 R$ 13.808.207,90 19.166.391,23 15.062.472,97 34.228.864,20
Soma R$ 56.233.218,53 94.251.501,44 76.999.125,52 171.250.626,96
Valor Apurado Valor Atualizado Juros TOTAL

2005 R$ 18.349.627,52 23.826.014,95 17.331.987,87 41.158.002,83


2006 R$ 23.082.143,30 28.708.195,17 19.183.498,37 47.891.693,54
Soma R$ 41.431.770,82 52.534.210,12 36.515.486,25 89.049.696,37
TOTAL R$ 146.785.711,56 113.514.611,77
TOTAL (em AGO/2017) 260.300.323,33

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
PAULO HENRIQUE PADILHA DE MELO NOVAIS - Procurador
17101316322314900000002460801
Data e hora da assinatura: 13/10/2017 16:32:58
Identificador: 4058000.2443730
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 5/5
fls. 690

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 30/08/2017 18:11, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 21/08/2017 17:28 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 17082212563090300000002284404 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 30/08/2017 18:11 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 30/08/2017 18:11:01
Identificador: 4058000.2297137

1/1
fls. 691

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
13º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A
FAZENDA PÚBLICA

Polo ativo Polo passivo


MUNICIPIO DE MACEIO EXEQUENTE UNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 26/08/2017 23:59, o(a) MUNICIPIO DE MACEIO foi intimado(a) acerca de
Despacho registrado em 17/08/2017 10:12 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 17081713043987100000002271166 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 27/08/2017 00:00 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 27/08/2017 00:00:25
Identificador: 4058000.2284129

1/1
fls. 692

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
EXECUTADO, na pessoa de seu representante legal, do despacho anexo.

Maceió-AL, 22 de Agosto de 2017.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
17082212563090300000002284404
Data e hora da assinatura: 22/08/2017 12:57:23
Identificador: 4058000.2267641
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 693

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

Intime-se o devedor para impugnar, querendo, a execução no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do art.
535 do CPC. No caso de excesso de execução, fica o devedor ciente da necessidade de indicar o valor
incontroverso, sob pena de não conhecimento dessa alegação (§2º).

Caso seja apresentada impugnação ao cumprimento de sentença e/ou, conforme o caso, liquidado o valor
relativo ao PSS, intime-se o credor a se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias.

Decorrido in albis o prazo para impugnação ou estando as partes acordes quanto ao valor devido, voltem
os autos conclusos.

Maceió, 21 de agosto de 2017

RAIMUNDO ALVES DE CAMPOS JR.

Juiz Federal - 13a. Vara

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Raimundo Alves de Campos Júnior - Magistrado
17082116200007700000002281408
Data e hora da assinatura: 21/08/2017 17:28:06
Identificador: 4058000.2264647
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 694

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 21 de Agosto de 2017.

Luiz Henrique Pimentel Santos

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Luiz Henrique Pimentel Santos - Diretor de Secretaria
17082114430109300000002280735
Data e hora da assinatura: 21/08/2017 14:44:18
Identificador: 4058000.2263979
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 695

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000
CLASSE: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL

Certidão de Redistribuição

Tipo da Redistribuição: Competência exclusiva.


Motivo de Redistribuição: Criação de unidade judiciária.
Concorreu(ram): 13ª VARA FEDERAL
Impedido(s): -
Redistribuído para: 13ª VARA FEDERAL.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 21/08/2017 13:39:59
Identificador: 4058000.2263632

1/1
fls. 696

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
2ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000
CLASSE: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL

Certidão de Redistribuição

Tipo da Redistribuição: Dependência.


Motivo de Redistribuição: Dependência.
Concorreu(ram): 2ª VARA FEDERAL
Impedido(s): -
Redistribuído para: 2ª VARA FEDERAL.
Processo Relacionado: 0011204-19.2003.4.05.8000.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 17/08/2017 13:06:30
Identificador: 4058000.2254441

1/1
fls. 697

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [UNIÃO FEDERAL]

TERMO DE INTIMAÇÃO
De ordem do MM. Juiz Federal da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas, sirvo-me do presente
para INTIMAR, por meio eletrônico (Atos nº 112/2010 e 276/2010, do TRF 5ª Região) , o ( a)
EXEQUENTE, na pessoa de seu representante legal, do despacho anexo.

Maceió-AL, 17 de Agosto de 2017.

CINTIA DE CARVALHO PIMENTA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
CINTIA DE CARVALHO PIMENTA - Diretor de Secretaria
17081713043987100000002271166
Data e hora da assinatura: 17/08/2017 13:05:42
Identificador: 4058000.2254439
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 698

PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL
13ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
DESPACHO

Trata-se de feito decorrente de ação anterior ( proc. n 0011204-19.2003.4.05.8000 ) que tramita perante a
2ª Vara Federal, devendo este ser distribuído por dependência aos autos principais.

Diante do exposto, determino a redistribuição destes autos ao juízo da 2ª Vara Federal em Alagoas.

Maceió (AL), 17 de agosto de 2017.

Juiz Federal

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Angelo Cavalcanti Alves de Miranda Neto - Magistrado
17081709413583700000002270253
Data e hora da assinatura: 17/08/2017 10:12:42
Identificador: 4058000.2253526
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 699

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS - 13ª VARA

Pje - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA


PROCESSO nº 0807260-82.2017.4.05.8000
AUTOR: [MUNICIPIO DE MACEIO]
RÉU: [UNIÃO FEDERAL]

CONCLUSÃO

Faço conclusão destes autos ao MM. Juiz Federal, nesta data.

Maceió-AL, 17 de Agosto de 2017.

RAFAEL TORRES LEAL

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
RAFAEL TORRES LEAL - Diretor de Secretaria
17081709405873000000002270252
Data e hora da assinatura: 17/08/2017 09:41:20
Identificador: 4058000.2253525
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 700

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO Nº: 0807260-82.2017.4.05.8000
CLASSE: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
EXEQUENTE: MUNICIPIO DE MACEIO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXECUTADO: UNIÃO FEDERAL

Certidão de Distribuição

Tipo da Distribuição: Sorteio.


Concorreu(ram): 1ª VARA FEDERAL, 2ª VARA FEDERAL, 3ª VARA FEDERAL, 4ª VARA
FEDERAL, 13ª VARA FEDERAL.
Impedido(s): -
Distribuído para: 13ª VARA FEDERAL.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 16/08/2017 18:37:07
Identificador: 4058000.2252143

1/1
fls. 701

Petição de cumprimento de sentença do Município de Maceió contra a União Federal em anexo.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618183544900000002268820
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252093
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 702
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 7.ª VARA


FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PROC. REF. N.º 0011204-19.2003.4.05.8000 (2003.80.00.011204-0)

MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, pessoa jurídica de direito público


interno, inscrito no CNPJ (MF) sob o n.° 12.200.135/0001-80, devidamente
qualificado nos autos da ação ordinária em epígrafe, vem, através de sua
procuradoria regularmente constituída, à presença de Vossa Excelência,
requerer o

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

em face da UNIÃO (Fazenda Nacional), com fundamento nos art. 534 do


CPC/15, tudo conforme as razões expostas adiante.

1- BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

Cuida a hipótese de AÇÃO ORDINÁRIA intentada pela AMA –


Associação dos Municípios Alagoanos, em favor de seus filiados, e patrocinada
pelo escritório de advocacia MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS
ASSOCIADOS, pleiteando, no mérito, a condenação da União a repassar
quantia equivalente aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os
municípios alagoanos deixaram de receber, na vigência da Lei n.º 9.424/96, por
conta da estimação do Valor Mínimo Anual por Aluno (VMAA) abaixo da
média nacional.

Em sede de sentença, o pedido foi julgado improcedente e a parte


autora restou condenada em custas processuais e honorários sucumbenciais à
razão de 5% sobre o valor da causa.

_____________________________________________________________________________
Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
1/7
fls. 703
Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Procuradoria Judicial

Contra a sentença, a Associação interpôs recurso de apelação,


sendo o referido recurso provido, nos seguintes termos:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
“TRIBUTÁRIO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E
DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF).
VALOR MÍNIMO NACIONAL POR ALUNO (VMNA).
1. Sentença que se nega a condenar a União a repassar
quantia equivalente aos recursos do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que os
municípios representados pela autora supostamente
deixaram de receber, na vigência da Lei nº 9.424/96, por
conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno
(VMNA) abaixo da média nacional.
2. A Emenda Constitucional nº 14/96 determinou a
instituição, "no âmbito de cada Estado e do Distrito
Federal, de um Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério, de natureza contábil",
formado, basicamente, por recursos da Unidade
Federativa respectiva e dos municípios nela localizados.
Conquanto eventual, a contribuição da União se daria
sempre que o valor por aluno não alcançasse o mínimo
definido nacionalmente (ADCT, art. 60, §§ 1º, 2º, 3º e 7º,
com a redação da EC 14/96).
3. Conquanto deixado a critério do Presidente da
República, o Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA)
jamais poderia ter sido fixado abaixo da média nacional,
obtida da divisão dos recursos totais (referentes a todos
os fundos estaduais) pelo total das matrículas realizadas
em todo o país, acrescido do total (nacional) estimado de
novas matrículas. Inteligência do art. 6º, § 1º, da Lei nº
9.424/96. Precedente da Quarta Turma deste Regional,
confirmado pela Primeira Turma do STJ (AC nº
348.781/AL, Des. Federal Marcelo Navarro; REsp nº
882.212/AL, Ministro José Delgado).
4. Disciplina reformulada a partir da Emenda
Constitucional nº 53/06 e da Medida Provisória nº 339/06,
convertida na Lei nº 11.494/07.
5. Apelação provida, em parte.”

Inconformadas, as partes oporam embargos de declaração, sendo


negado provimento aos mesmos.

Ainda irresignada, a referida associação, por meio do escritório de


advocacia MONTEIRO E MONTEIRO ADVOGADOS ASSOCIADOS interpôs

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recurso especial, sendo o mesmo admitido para a análise da questão relativa à


majoração dos honorários sucumbenciais.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
A União, por sua vez, interpôs recurso especial e extraordinário,
sendo o especial inadmitido e o recurso extraordinário admitido. Em face da
decisão que inadmitiu o recurso especial, a União interpôs agravo de
instrumento, sendo o mesmo processado com base na lei anterior.

O recurso especial da Associação foi inadmitido em razão do


óbice da Súmula n.º 07 do STJ, tendo o processo sido remetido ao STF para
análise do recurso extraordinário interposto pela União.

Findou-se por remeter o feito ao STF que não reconheceu a


repercussão geral sobre a matéria (Tema n.º 422) devolvendo os autos ao
segundo grau.

Logo após a referida decisão, o eminente Vice-Presidente do TRF


da 5.ª Região determinou a digitalização e re-envio dos autos STJ, ao perceber
que o agravo de instrumento interposto pela União ainda não tinha sido
apreciado pela Corte Cidadã.

Por fim, o C. STJ entendeu por negar seguimento ao recurso


especial da União, bem como ao agravo interno manejado em face da decisão
monocrática, sobrevindo, pois, o trânsito em julgado.

Assim, diante da formação do título executivo judicial coletivo, é


que vem o Município exequente manejar o presente cumprimento de sentença.

2- DOS CÁLCULOS ARITMÉTICOS. BASE DE DADOS PÚBLICA

De logo, é conveniente frisar que não remanesce nenhuma


controvérsia a respeito das informações e dados necessários à confecção dos
cálculos aritméticos da condenação que se busca executar.

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Isso porque os referidos dados já estão disponíveis na base de


dados do próprio Ministério da Educação (MEC) ou do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), de modo que não há espaço para

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controvérsia a respeito da origem dos valores a serem considerados.

Em sendo assim, a natureza da ação ajuizada permite a


realização da liquidação por mero cálculo aritmético, uma vez que o
crédito exequendo foi aferido em conformidade com os dados oficiais
disponíveis nos sites do MEC e do FNDE e mais, porque o título judicial já
especificou o lapso temporal que abrange o pleito da Municipalidade, e
que sobre ele incidiu os honorários advocatícios.

O Egrégio Tribunal Regional Federal da 5.ª Região comunga do


entendimento supra, a saber:

“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


ACÓRDÃO EMBARGADO OMISSO QUANTO À FORMA
DE LIQUIDAÇÃO DO JULGADO. LIQUIDAÇÃO POR
MEROS CÁLCULOS ARITMÉTICOS. POSSIBILIDADE,
DADA À DISPONIBILIZAÇÃO DOS DADOS PELOS
ÓRGÃOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO, COM EFEITOS MODIFICATIVOS,
PROVIDOS.
1. O Município alegou, em suma, que o referido acórdão
incorreu em omissão por não ter apreciado a matéria
referente à forma de liquidação do julgado. Nesse
sentido, entende a embargante que, com base em
jurisprudência deste eg. Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, todos os parâmetros a serem utilizados na
elaboração de contas desse processo se encontram
uniformizados pela União por meio da
disponibilização pelos próprios órgãos federais de
educação, sendo, assim, desnecessário prévio
procedimento de liquidação. Deve, ainda, ser a União
citada nos termos do artigo 730 do CPC e não intimada
nos termos do artigo 475-F do mesmo diploma legal.
Outrossim, pugnou pela aplicação da Súmula 344 do
STJ, ao presente processo, na qual dispõe: "A liquidação
por forma diversa da estabelecida na sentença não
ofende a coisa julgada". Por fim, requereu a concessão
de efeitos infringentes aos presentes embargos.
[...]
4. Entretanto, in casu, conforme afirmado pelo
embargante, os dados são disponibilizados pelos
próprios órgãos federais de educação, o que permite

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a possibilidade de utilização da liquidação por meros


cálculos aritméticos.
5. Por essas razões, dou provimento aos embargos de
declaração, com efeitos infringentes, para determinar o

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prosseguimento da execução com a utilização de meros
cálculos aritméticos.”
(TRF5; Quarta Turma; Processo: 0002818-
55.2014.405.0000; Relator: Desembargador Federal
Lazaro Guimarães; Data de Julgamento: 14/10/2014;
Data de Publicação: 23/10/2014)

Nesse diapasão, plenamente admissível à apuração dos valores


devidos por mero cálculo aritmético e, de conseguinte, o cumprimento de
sentença, sob o permissivo do art. 509, § 2.º do CPC/15, que assim prescreve:

“Art. 509 - Quando a sentença condenar ao pagamento


de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a
requerimento do credor ou do devedor:
[...]
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de
cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde
logo, o cumprimento da sentença.”

(grifamos)

Outrossim, por se tratar de execução judicial contra a Fazenda


Pública, haverá de se observar o rito previsto no art. 534 Código de Processo
Civil, in verbis:

“Art. 534 - No cumprimento de sentença que impuser à


Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa, o
exequente apresentará demonstrativo discriminado e
atualizado do crédito contendo:
I - o nome completo e o número de inscrição no Cadastro
de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica do exequente;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção
monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o
caso;
VI - a especificação dos eventuais descontos obrigatórios
realizados.”

Desta forma, apesar de constar na planilha de cálculos anexa a


presente petição todas as informações necessárias para cumprimento do artigo

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supramencionado, ad cautelam, informa o Exequente, a fim de cumprir


fielmente as regras do art. 534 do diploma processual, senão vejamos:
 Exequente: Município de Maceio/AL (CNPJ:

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12.200.135/0001-80);

 Correção Monetária:

 de Nov/1998 à Nov/2003, IPCA-E;


 da citação (Dez/2003) à Jun/2009, Taxa
SELIC;
 de Jul/2009 até Mai/2017, IPCA-E, tudo
de acordo com a previsão estampada no
Manual de Cálculos da Justiça Federal;

 Juros aplicados: 0,5% ao mês, nos termos


do art. 1.º-F da lei n.º 9.494/97;

 Termo Inicial e Termo Final de Correção: termo


inicial em Nov/1998 e termo final em Mai/2017;

 Termo Inicial e Termo Final de Juros: termo


inicial em Jul/2009 e termo final em Mai/2017.

Portanto, após o cumprimento dos requisitos contidos no art. 534


do CPC/15, resta informar que o valor atualizado, em obediência ao título
executivo formado perfaz a quantia atualizada de R$ 327.508.517,09
(trezentos e vinte e sete milhões, quinhentos e oito mil, quinhentos e
dezessete reais e nove centavos) consoante planilha em anexo.

Após essas considerações e tendo em vista o trânsito em julgado


da presente demanda, nada mais justo que o processamento do cumprimento
de sentença que ora se requer buscando se proceder ao levantamento do
crédito pelo Município exequente.

3- DOS PEDIDOS

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Ex positis, vem o requerer a esse juízo o cumprimento de

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sentença, da decisão transitada em julgado no presente feito originário.
De conseguinte, requer:

a) a intimação da União do presente cumprimento de sentença,


nos termos do art. 535 do CPC/15, observando-se desde logo os ditames do
art. 535, § 4.º também do CPC;

b) seja feita, em favor do Município exequente, a


requisição/expedição de precatório da quantia R$ 327.508.517,09
(trezentos e vinte e sete milhões, quinhentos e oito mil, quinhentos e
dezessete reais e nove centavos);

c) que seja a União condenada ao pagamento de honorários


advocatícios sucumbenciais da fase executiva, na hipótese de resistência
mediante oposição de impugnação à execução, conforme estabelecido no
art. 85, § 3.º e § 7.º, do CPC/15;

Dá-se à causa o valor de R$ 327.508.517,09 (trezentos e vinte e


sete milhões, quinhentos e oito mil, quinhentos e dezessete reais e nove
centavos).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Maceió/AL, 16 de agosto de 2017.

Guilherme Emmanuel Lanzillotti Alvarenga


Procurador Chefe da Especializada Judicial da Procuradoria Geral do Município
de Maceió
OAB/AL 11.673-B

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618202717800000002268821
_____________________________________________________________________________
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252094 Rua Pedro Monteiro, 291, Centro, Maceió-AL
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 7/7
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Proc. nº 0011204-19.2003.4.05.8000
Autor: MUNICÍPIO DE MACEIÓ
MEMORIAL DE CÁLCULOS
Réu: União
Atualizado: ago/17

TABELA DE CORREÇÃO DA JF TABELA DE CORREÇÃO DA JF


-IPCA-E- SELIC (DA CITAÇÃO - IPCA-E - JUROS 0,5% - 1º-F
PRINCIPAL (NOV/1998 ATÉ A CITAÇÃO - NOV/2003) ATÉ JUN/2009) (JUL/2009 ATÉ AGO/2017) (LEI 9.494/97) VLRS. CORREÇÃO + MORA

VLR. VLR. (98 MESES - JUL/09 A


VLR. HISTÓRICO ÍNDICE VLR. ATUALIZADO ÍNDICE ATUALIZADO ÍNDICE ATUALIZADO AGO/17)
MÊS/ANO A B C=AxB D E = (C x D) F G=CxF H = G x 49% I=E+G+H
nov/98 R$ 214.320,18 1,5431411686 R$ 330.726,29 76,76% R$ 253.865,50 1,6347998791 R$ 540.671,30 R$ 264.928,94 R$ 1.059.465,73
dez/98 R$ 253.147,98 1,5431411686 R$ 390.643,07 76,76% R$ 299.857,62 1,6347998791 R$ 638.623,25 R$ 312.925,39 R$ 1.251.406,26
jan/99 R$ 399.903,53 1,5180276121 R$ 607.064,60 76,76% R$ 465.982,79 1,6347998791 R$ 992.429,14 R$ 486.290,28 R$ 1.944.702,21
fev/99 R$ 415.493,18 1,5180276121 R$ 630.730,12 76,76% R$ 484.148,44 1,6347998791 R$ 1.031.117,53 R$ 505.247,59 R$ 2.020.513,55
mar/99 R$ 456.506,48 1,5180276121 R$ 692.989,44 76,76% R$ 531.938,70 1,6347998791 R$ 1.132.899,06 R$ 555.120,54 R$ 2.219.958,29
abr/99 R$ 385.660,54 1,5180276121 R$ 585.443,35 76,76% R$ 449.386,32 1,6347998791 R$ 957.082,72 R$ 468.970,53 R$ 1.875.439,57
mai/99 R$ 384.489,69 1,5180276121 R$ 583.665,96 76,76% R$ 448.021,99 1,6347998791 R$ 954.177,04 R$ 467.546,75 R$ 1.869.745,79
jun/99 R$ 300.809,28 1,5180276121 R$ 456.636,79 76,76% R$ 350.514,40 1,6347998791 R$ 746.509,77 R$ 365.789,79 R$ 1.462.813,96
jul/99 R$ 295.999,92 1,5180276121 R$ 449.336,05 76,76% R$ 344.910,35 1,6347998791 R$ 734.574,52 R$ 359.941,51 R$ 1.439.426,38
ago/99 R$ 342.076,76 1,5180276121 R$ 519.281,97 76,76% R$ 398.600,84 1,6347998791 R$ 848.922,10 R$ 415.971,83 R$ 1.663.494,76
set/99 R$ 342.879,59 1,5180276121 R$ 520.500,69 76,76% R$ 399.536,33 1,6347998791 R$ 850.914,47 R$ 416.948,09 R$ 1.667.398,89
out/99 R$ 351.053,38 1,5180276121 R$ 532.908,73 76,76% R$ 409.060,74 1,6347998791 R$ 871.199,12 R$ 426.887,57 R$ 1.707.147,43
nov/99 R$ 366.114,85 1,5180276121 R$ 555.772,45 76,76% R$ 426.610,93 1,6347998791 R$ 908.576,73 R$ 445.202,60 R$ 1.780.390,27
dez/99 R$ 386.235,94 1,5180276121 R$ 586.316,81 76,76% R$ 450.056,79 1,6347998791 R$ 958.510,66 R$ 469.670,22 R$ 1.878.237,67
jan/00 R$ 479.727,69 1,3937721804 R$ 668.631,11 76,76% R$ 513.241,24 1,6347998791 R$ 1.093.078,06 R$ 535.608,25 R$ 2.141.927,56
fev/00 R$ 485.399,20 1,3937721804 R$ 676.535,90 76,76% R$ 519.308,96 1,6347998791 R$ 1.106.000,81 R$ 541.940,40 R$ 2.167.250,16
mar/00 R$ 484.706,96 1,3937721804 R$ 675.571,08 76,76% R$ 518.568,36 1,6347998791 R$ 1.104.423,51 R$ 541.167,52 R$ 2.164.159,39
abr/00 R$ 510.119,84 1,3937721804 R$ 710.990,84 76,76% R$ 545.756,57 1,6347998791 R$ 1.162.327,74 R$ 569.540,59 R$ 2.277.624,90
mai/00 R$ 491.792,19 1,3937721804 R$ 685.446,27 76,76% R$ 526.148,56 1,6347998791 R$ 1.120.567,48 R$ 549.078,07 R$ 2.195.794,11
jun/00 R$ 425.027,82 1,3937721804 R$ 592.391,95 76,76% R$ 454.720,06 1,6347998791 R$ 968.442,28 R$ 474.536,72 R$ 1.897.699,06
jul/00 R$ 414.958,52 1,3937721804 R$ 578.357,64 76,76% R$ 443.947,33 1,6347998791 R$ 945.499,00 R$ 463.294,51 R$ 1.852.740,84
ago/00 R$ 467.230,28 1,3937721804 R$ 651.212,57 76,76% R$ 499.870,77 1,6347998791 R$ 1.064.602,23 R$ 521.655,09 R$ 2.086.128,08
set/00 R$ 471.627,02 1,3937721804 R$ 657.340,63 76,76% R$ 504.574,66 1,6347998791 R$ 1.074.620,37 R$ 526.563,98 R$ 2.105.759,02
out/00 R$ 479.200,22 1,3937721804 R$ 667.895,94 76,76% R$ 512.676,93 1,6347998791 R$ 1.091.876,21 R$ 535.019,34 R$ 2.139.572,47
nov/00 R$ 489.755,19 1,3937721804 R$ 682.607,16 76,76% R$ 523.969,26 1,6347998791 R$ 1.115.926,10 R$ 546.803,79 R$ 2.186.699,15
dez/00 R$ 541.621,13 1,3937721804 R$ 754.896,46 76,76% R$ 579.458,53 1,6347998791 R$ 1.234.104,65 R$ 604.711,28 R$ 2.418.274,45
jan/01 R$ 866.268,68 1,3144384957 R$ 1.138.656,90 76,76% R$ 874.033,04 1,6347998791 R$ 1.861.476,17 R$ 912.123,32 R$ 3.647.632,53
fev/01 R$ 727.149,03 1,3062093766 R$ 949.808,88 76,76% R$ 729.073,30 1,6347998791 R$ 1.552.747,45 R$ 760.846,25 R$ 3.042.667,00
mar/01 R$ 700.318,31 1,2997108225 R$ 910.211,29 76,76% R$ 698.678,18 1,6347998791 R$ 1.488.013,30 R$ 729.126,52 R$ 2.915.818,01
abr/01 R$ 721.724,26 1,2950486474 R$ 934.668,03 76,76% R$ 717.451,18 1,6347998791 R$ 1.527.995,18 R$ 748.717,64 R$ 2.994.164,00
mai/01 R$ 818.661,64 1,2886056193 R$ 1.054.931,99 76,76% R$ 809.765,80 1,6347998791 R$ 1.724.602,69 R$ 845.055,32 R$ 3.379.423,80
jun/01 R$ 696.155,32 1,2823222403 R$ 892.695,45 76,76% R$ 685.233,03 1,6347998791 R$ 1.459.378,42 R$ 715.095,42 R$ 2.859.706,87
jul/01 R$ 656.808,05 1,2774678624 R$ 839.051,17 76,76% R$ 644.055,68 1,6347998791 R$ 1.371.680,76 R$ 672.123,57 R$ 2.687.860,01
ago/01 R$ 669.506,94 1,2655714904 R$ 847.308,89 76,76% R$ 650.394,31 1,6347998791 R$ 1.385.180,47 R$ 678.738,43 R$ 2.714.313,21
set/01 R$ 698.296,18 1,2508119099 R$ 873.437,18 76,76% R$ 670.450,38 1,6347998791 R$ 1.427.895,00 R$ 699.668,55 R$ 2.798.013,93
out/01 R$ 716.022,44 1,2460768179 R$ 892.218,97 76,76% R$ 684.867,28 1,6347998791 R$ 1.458.599,46 R$ 714.713,73 R$ 2.858.180,47
nov/01 R$ 734.737,21 1,2414833296 R$ 912.164,00 76,76% R$ 700.177,09 1,6347998791 R$ 1.491.205,60 R$ 730.690,74 R$ 2.922.073,43
dez/01 R$ 813.665,43 1,2293131296 R$ 1.000.249,59 76,76% R$ 767.791,59 1,6347998791 R$ 1.635.207,91 R$ 801.251,88 R$ 3.204.251,38
jan/02 R$ 930.925,29 1,2225888907 R$ 1.138.138,91 76,76% R$ 873.635,43 1,6347998791 R$ 1.860.629,36 R$ 911.708,39 R$ 3.645.973,17
fev/02 R$ 928.191,76 1,2150555464 R$ 1.127.804,54 76,76% R$ 865.702,77 1,6347998791 R$ 1.843.734,73 R$ 903.430,02 R$ 3.612.867,51

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TABELA DE CORREÇÃO DA JF TABELA DE CORREÇÃO DA JF


-IPCA-E- SELIC (DA CITAÇÃO - IPCA-E - JUROS 0,5% - 1º-F
PRINCIPAL (NOV/1998 ATÉ A CITAÇÃO - NOV/2003) ATÉ JUN/2009) (JUL/2009 ATÉ AGO/2017) (LEI 9.494/97) VLRS. CORREÇÃO + MORA

VLR. VLR. (98 MESES - JUL/09 A


VLR. HISTÓRICO ÍNDICE VLR. ATUALIZADO ÍNDICE ATUALIZADO ÍNDICE ATUALIZADO AGO/17)
MÊS/ANO A B C=AxB D E = (C x D) F G=CxF H = G x 49% I=E+G+H
mar/02 R$ 851.982,83 1,2097327224 R$ 1.030.671,50 76,76% R$ 791.143,45 1,6347998791 R$ 1.684.941,65 R$ 825.621,41 R$ 3.301.706,50
abr/02 R$ 828.948,91 1,2049130701 R$ 998.811,38 76,76% R$ 766.687,61 1,6347998791 R$ 1.632.856,72 R$ 800.099,79 R$ 3.199.644,13
mai/02 R$ 937.122,45 1,1955874877 R$ 1.120.411,88 76,76% R$ 860.028,16 1,6347998791 R$ 1.831.649,20 R$ 897.508,11 R$ 3.589.185,46
jun/02 R$ 726.866,28 1,1905870222 R$ 865.397,55 76,76% R$ 664.279,16 1,6347998791 R$ 1.414.751,82 R$ 693.228,39 R$ 2.772.259,37
jul/02 R$ 789.898,49 1,1866710079 R$ 937.349,63 76,76% R$ 719.509,58 1,6347998791 R$ 1.532.379,07 R$ 750.865,74 R$ 3.002.754,39
ago/02 R$ 762.851,42 1,1776034612 R$ 898.336,47 76,76% R$ 689.563,07 1,6347998791 R$ 1.468.600,35 R$ 719.614,17 R$ 2.877.777,60
set/02 R$ 803.349,72 1,1659440210 R$ 936.660,80 76,76% R$ 718.980,83 1,6347998791 R$ 1.531.252,97 R$ 750.313,95 R$ 3.000.547,75
out/02 R$ 1.015.995,58 1,1587597108 R$ 1.177.294,75 76,76% R$ 903.691,45 1,6347998791 R$ 1.924.641,31 R$ 943.074,24 R$ 3.771.407,00
nov/02 R$ 898.465,17 1,1484238957 R$ 1.031.818,87 76,76% R$ 792.024,16 1,6347998791 R$ 1.686.817,36 R$ 826.540,51 R$ 3.305.382,02
dez/02 R$ 913.531,15 1,1250234088 R$ 1.027.743,92 76,76% R$ 788.896,24 1,6347998791 R$ 1.680.155,64 R$ 823.276,26 R$ 3.292.328,14
jan/03 R$ 1.117.599,10 1,0917257728 R$ 1.220.111,74 76,76% R$ 936.557,77 1,6347998791 R$ 1.994.638,53 R$ 977.372,88 R$ 3.908.569,19
fev/03 R$ 1.094.160,84 1,0705292928 R$ 1.171.331,23 76,76% R$ 899.113,86 1,6347998791 R$ 1.914.892,16 R$ 938.297,16 R$ 3.752.303,17
mar/03 R$ 1.061.332,49 1,0475871345 R$ 1.111.838,26 76,76% R$ 853.447,05 1,6347998791 R$ 1.817.633,06 R$ 890.640,20 R$ 3.561.720,31
abr/03 R$ 1.027.988,14 1,0357792511 R$ 1.064.768,79 76,76% R$ 817.316,52 1,6347998791 R$ 1.740.683,89 R$ 852.935,11 R$ 3.410.935,52
mai/03 R$ 1.238.133,47 1,0241044602 R$ 1.267.978,01 76,76% R$ 973.299,92 1,6347998791 R$ 2.072.890,29 R$ 1.015.716,24 R$ 4.061.906,45
jun/03 R$ 953.812,54 1,0154729402 R$ 968.570,82 76,76% R$ 743.474,96 1,6347998791 R$ 1.583.419,46 R$ 775.875,54 R$ 3.102.769,96
jul/03 R$ 890.907,53 1,0132438038 R$ 902.706,54 76,76% R$ 692.917,54 1,6347998791 R$ 1.475.744,54 R$ 723.114,82 R$ 2.891.776,89
ago/03 R$ 1.017.745,95 1,0150709315 R$ 1.033.084,33 76,76% R$ 792.995,53 1,6347998791 R$ 1.688.886,13 R$ 827.554,21 R$ 3.309.435,87
set/03 R$ 1.004.775,62 1,0123376200 R$ 1.017.172,16 76,76% R$ 780.781,35 1,6347998791 R$ 1.662.872,93 R$ 814.807,73 R$ 3.258.462,01
out/03 R$ 914.399,87 1,0066000000 R$ 920.434,91 76,76% R$ 706.525,84 1,6347998791 R$ 1.504.726,89 R$ 737.316,17 R$ 2.948.568,90
nov/03 R$ 1.074.703,02 1,0000000000 R$ 1.074.703,02 76,76% R$ 824.942,04 1,6347998791 R$ 1.756.924,36 R$ 860.892,94 R$ 3.442.759,34
dez/03 R$ 1.186.152,16 1,0000000000 R$ 1.186.152,16 75,39% R$ 894.240,12 1,6347998791 R$ 1.939.121,41 R$ 950.169,49 R$ 3.783.531,02
jan/04 R$ 1.112.399,84 1,0000000000 R$ 1.112.399,84 74,12% R$ 824.510,76 1,6347998791 R$ 1.818.551,12 R$ 891.090,05 R$ 3.534.151,92
fev/04 R$ 1.151.400,54 1,0000000000 R$ 1.151.400,54 73,04% R$ 840.982,95 1,6347998791 R$ 1.882.309,46 R$ 922.331,64 R$ 3.645.624,05
mar/04 R$ 1.016.993,38 1,0000000000 R$ 1.016.993,38 71,66% R$ 728.777,46 1,6347998791 R$ 1.662.580,66 R$ 814.664,52 R$ 3.206.022,63
abr/04 R$ 1.032.982,21 1,0000000000 R$ 1.032.982,21 70,48% R$ 728.045,86 1,6347998791 R$ 1.688.719,19 R$ 827.472,40 R$ 3.244.237,45
mai/04 R$ 1.170.611,41 1,0000000000 R$ 1.170.611,41 69,25% R$ 810.648,40 1,6347998791 R$ 1.913.715,39 R$ 937.720,54 R$ 3.662.084,32
jun/04 R$ 927.262,95 1,0000000000 R$ 927.262,95 68,02% R$ 630.724,26 1,6347998791 R$ 1.515.889,37 R$ 742.785,79 R$ 2.889.399,42
jul/04 R$ 926.774,16 1,0000000000 R$ 926.774,16 66,73% R$ 618.436,39 1,6347998791 R$ 1.515.090,28 R$ 742.394,24 R$ 2.875.920,91
ago/04 R$ 1.111.944,98 1,0000000000 R$ 1.111.944,98 65,44% R$ 727.656,79 1,6347998791 R$ 1.817.807,52 R$ 890.725,68 R$ 3.436.189,99
set/04 R$ 1.032.615,98 1,0000000000 R$ 1.032.615,98 64,19% R$ 662.836,20 1,6347998791 R$ 1.688.120,49 R$ 827.179,04 R$ 3.178.135,73
out/04 R$ 1.048.031,64 1,0000000000 R$ 1.048.031,64 62,98% R$ 660.050,33 1,6347998791 R$ 1.713.322,00 R$ 839.527,78 R$ 3.212.900,10
nov/04 R$ 1.192.917,39 1,0000000000 R$ 1.192.917,39 61,73% R$ 736.387,90 1,6347998791 R$ 1.950.181,20 R$ 955.588,79 R$ 3.642.157,89
dez/04 R$ 2.084.273,42 1,0000000000 R$ 2.084.273,42 60,25% R$ 1.255.774,73 1,6347998791 R$ 3.407.369,93 R$ 1.669.611,27 R$ 6.332.755,93
jan/05 R$ 1.657.884,04 1,0000000000 R$ 1.657.884,04 58,87% R$ 975.996,33 1,6347998791 R$ 2.710.308,62 R$ 1.328.051,23 R$ 5.014.356,18
fev/05 R$ 1.426.380,49 1,0000000000 R$ 1.426.380,49 57,65% R$ 822.308,36 1,6347998791 R$ 2.331.846,66 R$ 1.142.604,86 R$ 4.296.759,88
mar/05 R$ 1.542.032,64 1,0000000000 R$ 1.542.032,64 56,12% R$ 865.388,72 1,6347998791 R$ 2.520.914,78 R$ 1.235.248,24 R$ 4.621.551,74
abr/05 R$ 1.520.053,89 1,0000000000 R$ 1.520.053,89 54,71% R$ 831.621,48 1,6347998791 R$ 2.484.983,92 R$ 1.217.642,12 R$ 4.534.247,52
mai/05 R$ 1.664.192,84 1,0000000000 R$ 1.664.192,84 53,21% R$ 885.517,01 1,6347998791 R$ 2.720.622,26 R$ 1.333.104,90 R$ 4.939.244,17
jun/05 R$ 1.633.830,61 1,0000000000 R$ 1.633.830,61 51,62% R$ 843.383,36 1,6347998791 R$ 2.670.986,08 R$ 1.308.783,18 R$ 4.823.152,61

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-IPCA-E- SELIC (DA CITAÇÃO - IPCA-E - JUROS 0,5% - 1º-F
PRINCIPAL (NOV/1998 ATÉ A CITAÇÃO - NOV/2003) ATÉ JUN/2009) (JUL/2009 ATÉ AGO/2017) (LEI 9.494/97) VLRS. CORREÇÃO + MORA

VLR. VLR. (98 MESES - JUL/09 A


VLR. HISTÓRICO ÍNDICE VLR. ATUALIZADO ÍNDICE ATUALIZADO ÍNDICE ATUALIZADO AGO/17)
MÊS/ANO A B C=AxB D E = (C x D) F G=CxF H = G x 49% I=E+G+H
jul/05 R$ 1.188.867,64 1,0000000000 R$ 1.188.867,64 50,11% R$ 595.741,57 1,6347998791 R$ 1.943.560,67 R$ 952.344,73 R$ 3.491.646,98
ago/05 R$ 1.687.212,26 1,0000000000 R$ 1.687.212,26 48,45% R$ 817.454,34 1,6347998791 R$ 2.758.254,40 R$ 1.351.544,65 R$ 4.927.253,39
set/05 R$ 959.843,96 1,0000000000 R$ 959.843,96 46,95% R$ 450.646,74 1,6347998791 R$ 1.569.152,79 R$ 768.884,87 R$ 2.788.684,40
out/05 R$ 1.376.399,93 1,0000000000 R$ 1.376.399,93 45,54% R$ 626.812,53 1,6347998791 R$ 2.250.138,44 R$ 1.102.567,84 R$ 3.979.518,81
nov/05 R$ 1.516.733,08 1,0000000000 R$ 1.516.733,08 44,16% R$ 669.789,33 1,6347998791 R$ 2.479.555,06 R$ 1.214.981,98 R$ 4.364.326,37
dez/05 R$ 2.200.932,85 1,0000000000 R$ 2.200.932,85 42,69% R$ 939.578,23 1,6347998791 R$ 3.598.084,76 R$ 1.763.061,53 R$ 6.300.724,53
jan/06 R$ 2.632.474,49 1,0000000000 R$ 2.632.474,49 41,26% R$ 1.086.158,97 1,6347998791 R$ 4.303.568,97 R$ 2.108.748,80 R$ 7.498.476,74
fev/06 R$ 1.868.819,84 1,0000000000 R$ 1.868.819,84 40,11% R$ 749.583,64 1,6347998791 R$ 3.055.146,45 R$ 1.497.021,76 R$ 5.301.751,85
mar/06 R$ 1.422.311,62 1,0000000000 R$ 1.422.311,62 38,69% R$ 550.292,37 1,6347998791 R$ 2.325.194,87 R$ 1.139.345,48 R$ 4.014.832,72
abr/06 R$ 1.944.484,02 1,0000000000 R$ 1.944.484,02 37,61% R$ 731.320,44 1,6347998791 R$ 3.178.842,24 R$ 1.557.632,70 R$ 5.467.795,38
mai/06 R$ 2.128.545,94 1,0000000000 R$ 2.128.545,94 36,33% R$ 773.300,74 1,6347998791 R$ 3.479.746,65 R$ 1.705.075,86 R$ 5.958.123,24
jun/06 R$ 2.044.740,19 1,0000000000 R$ 2.044.740,19 35,15% R$ 718.726,18 1,6347998791 R$ 3.342.741,01 R$ 1.637.943,09 R$ 5.699.410,28
jul/06 R$ 1.775.836,98 1,0000000000 R$ 1.775.836,98 33,98% R$ 603.429,41 1,6347998791 R$ 2.903.138,08 R$ 1.422.537,66 R$ 4.929.105,14
ago/06 R$ 1.880.340,96 1,0000000000 R$ 1.880.340,96 32,72% R$ 615.247,56 1,6347998791 R$ 3.073.981,17 R$ 1.506.250,77 R$ 5.195.479,51
set/06 R$ 1.561.342,14 1,0000000000 R$ 1.561.342,14 31,66% R$ 494.320,92 1,6347998791 R$ 2.552.481,94 R$ 1.250.716,15 R$ 4.297.519,01
out/06 R$ 1.862.316,45 1,0000000000 R$ 1.862.316,45 30,57% R$ 569.310,14 1,6347998791 R$ 3.044.514,71 R$ 1.491.812,21 R$ 5.105.637,06
nov/06 R$ 1.758.688,47 1,0000000000 R$ 1.758.688,47 29,55% R$ 519.692,44 1,6347998791 R$ 2.875.103,69 R$ 1.408.800,81 R$ 4.803.596,94
dez/06 R$ 2.202.242,20 1,0000000000 R$ 2.202.242,20 28,56% R$ 628.960,37 1,6347998791 R$ 3.600.225,28 R$ 1.764.110,39 R$ 5.993.296,03
TOTAIS R$ 97.689.726,04 R$ 107.183.303,83 R$ 66.425.871,41 R$ 175.223.252,14 R$ 85.859.393,55 R$ 327.508.517,09

VALOR DA CONDENAÇÃO ATUALIZADO = R$ 327.508.517,09

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618213383900000002268823
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252096
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fls. 712

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Município: MUNICÍPIO DE MACEIÓ
UF: AL
Origens do FUNDEF
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios/municipios.asp

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Comp. da
Ano Mês FPE FPM IPI-EXP ICMS LC Nº 87 Total
União
1998 1 414.139,17 249.091,15 1620,64 300.054,04 25034,79 0,00 989.939,79
1998 2 340.639,71 230.320,75 1797,74 343.483,83 23122,47 0,00 939.364,50
1998 3 318.568,03 195.100,94 1625,57 349.256,64 27085,17 0,00 891.636,35
1998 4 379.459,12 243.533,22 1868,54 267.996,76 0 0,00 892.857,64
1998 5 360.919,98 221.380,72 1728,45 290.750,13 0 0,00 874.779,28
1998 6 255.745,80 154.777,02 1908,19 335.106,11 0 0,00 747.537,12
1998 7 269.222,28 163.877,92 1700,93 254.695,97 0 0,00 689.497,10
1998 8 351.475,78 215.809,74 1611,2 303.453,69 0 0,00 872.350,41
1998 9 340.147,21 208.447,59 1686,62 308.169,75 0 0,00 858.451,17
1998 10 289.408,87 176.742,85 1639,04 291.304,12 0 0,00 759.094,88
1998 11 311.303,15 190.527,92 1628,87 316.096,55 0 0,00 819.556,49
1998 12 311.808,43 190.611,80 1704,78 300.602,87 0 163.305,43 968.033,31
10.303.098,04
1999 1 356.785,85 231.309,89 1486,56 303.108,43 0 0,00 892.690,73
1999 2 362.233,90 236.640,69 1747,97 304.925,38 0 21.943,02 927.490,96
1999 3 370.338,57 243.169,96 1472,68 268.720,73 123610,99 11.730,59 1.019.043,52
1999 4 336.216,83 219.888,05 1557,35 262.030,71 41203,66 0,00 860.896,60
1999 5 363.089,70 238.119,72 1514,61 255.558,91 0 0,00 858.282,94
1999 6 242.556,71 156.952,72 1550,77 270.425,88 0 0,00 671.486,08
1999 7 241.250,87 156.366,36 1475,95 261.657,13 0 0,00 660.750,31
1999 8 300.912,68 195.680,80 1676,47 249.766,16 15569,93 0,00 763.606,04
1999 9 280.790,40 182.649,14 1545,14 282.547,87 17865,63 0,00 765.398,18
1999 10 334.510,69 217.712,83 1806,51 229.614,21 0 0,00 783.644,24
1999 11 317.846,52 206.136,37 1914,1 300.172,74 -8804,3 0,00 817.265,43
1999 12 349.327,03 226.988,88 1993,42 283.871,70 0 0,00 862.181,03
9.882.736,06
2000 1 437.756,32 272.746,39 855,31 377.109,12 0 0,00 1.088.467,14
2000 2 415.239,25 247.951,12 1001,21 355.995,67 81148,12 0,00 1.101.335,37
2000 3 452.342,16 270.106,33 846,93 335.895,25 40574,06 0,00 1.099.764,73
2000 4 469.175,72 280.158,15 1041,36 366.475,41 40574,06 0,00 1.157.424,70
2000 5 448.759,29 267.966,89 973,92 357.566,44 40574,06 0,00 1.115.840,60
2000 6 364.003,20 217.356,60 1043,13 381.954,18 0 0,00 964.357,11
2000 7 346.307,20 206.789,76 991,17 365.345,56 22076,92 0,00 941.510,61
2000 8 386.116,15 230.560,84 1083,89 357.249,54 11038,46 74.062,54 1.060.111,42
2000 9 389.333,42 232.482,00 1083,88 387.876,80 0 59.311,21 1.070.087,31
2000 10 411.646,12 245.805,58 1168,08 373.553,64 0 55.096,93 1.087.270,35
2000 11 446.793,80 266.793,21 1209,58 355.099,52 0 41.322,69 1.111.218,80
2000 12 504.233,77 301.092,30 1221,52 394.802,79 0 27.548,45 1.228.898,83
13.026.286,97
2001 1 653.369,32 392.174,78 576,91 559.275,35 0 23.800,72 1.629.197,08
2001 2 532.361,06 319.541,38 559,39 458.185,73 33105,58 23.800,72 1.367.553,86
2001 3 466.825,75 279.910,24 532,09 479.813,19 66211,16 23.800,72 1.317.093,15
2001 4 549.061,35 327.673,53 606,06 423.104,22 33105,58 23.800,72 1.357.351,46
2001 5 617.338,85 368.420,73 608,52 496.387,81 33105,58 23.800,72 1.539.662,21
2001 6 535.634,18 319.660,31 715,59 429.452,99 0 23.800,72 1.309.263,79
2001 7 487.252,62 279.040,67 578,81 444.590,30 0 23.800,72 1.235.263,12
2001 8 512.994,09 306.262,69 589,84 415.498,66 0 23.800,72 1.259.146,00
2001 9 554.864,93 330.501,08 568,7 403.554,69 0 23.800,72 1.313.290,12
2001 10 530.273,98 315.853,61 577,36 476.122,34 0 23.800,72 1.346.628,01
2001 11 551.138,92 328.281,68 569,6 478.034,08 0 23.800,72 1.381.825,00
2001 12 668.426,66 393.709,78 586,46 443.742,18 0 23.800,72 1.530.265,80
16.586.539,60
2002 1 719.166,19 421.814,10 1441,22 595.365,96 0 26.169,43 1.763.956,90
2002 2 842.208,75 510.830,87 1409,86 378.158,38 0 26.169,43 1.758.777,29
2002 3 644.528,88 385.015,25 1243,38 557.416,42 0 26.169,43 1.614.373,36
2002 4 673.161,37 402.119,16 1554,45 467.723,31 0 26.169,43 1.570.727,72
2002 5 771.520,31 460.874,79 1461,28 515.673,74 0 26.169,43 1.775.699,55

1/3
fls. 713

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
2002 6 543.168,75 324.466,85 1362,6 482.129,56 0 26.169,43 1.377.297,19
2002 7 593.915,37 354.780,77 1403,4 520.464,34 0 26.169,43 1.496.733,31
2002 8 562.361,16 335.931,63 1439,89 519.581,26 0 26.169,43 1.445.483,37
2002 9 620.843,66 370.866,66 1444,11 502.897,42 0 26.169,43 1.522.221,28

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2002 10 818.107,52 488.704,12 1514,32 590.656,33 0 26.169,43 1.925.151,72
2002 11 717.578,74 428.652,29 1529,17 528.520,45 0 26.169,43 1.702.450,08
2002 12 702.822,39 419.837,49 1562,42 580.606,01 0 26.169,43 1.730.997,74
19.683.869,51
2003 1 794.233,39 475.148,37 3891,89 658.090,57 0 24.476,51 1.955.840,73
2003 2 836.291,31 500.105,01 3866,52 552.643,16 0 21.916,89 1.914.822,89
2003 3 725.369,57 432.890,26 3572,23 673.623,08 0 21.916,89 1.857.372,03
2003 4 690.643,18 409.986,91 3992,56 672.478,62 0 21.916,89 1.799.018,16
2003 5 968.711,31 578.113,30 3089,13 594.949,80 0 21.916,89 2.166.780,43
2003 6 680.286,21 405.985,14 3452,75 557.567,05 0 21.916,89 1.669.208,04
2003 7 570.387,47 340.399,11 3262,8 623.155,63 0 21.916,89 1.559.121,90
2003 8 748.298,96 446.574,22 3480,03 560.823,83 0 21.916,89 1.781.093,93
2003 9 649.285,33 387.484,25 3144,66 696.564,24 0 21.916,89 1.758.395,37
2003 10 670.028,31 399.861,16 3765,26 504.662,77 0 21.916,89 1.600.234,39
2003 11 747.265,25 445.957,30 3912,37 661.719,15 0 21.916,89 1.880.770,96
2003 12 778.960,26 464.871,89 4197,19 805.864,95 0 21.916,89 2.075.811,18
22.018.470,01
2004 1 828.107,01 493.201,80 3232,7 701.929,54 18061,44 22.611,97 2.067.144,46
2004 2 904.376,41 538.626,14 3556,84 652.385,68 18061,44 22.611,97 2.139.618,48
2004 3 731.909,04 435.908,48 3307,51 678.054,62 18061,44 22.611,97 1.889.853,06
2004 4 806.217,37 480.164,82 4070,62 588.438,47 18061,44 22.611,97 1.919.564,69
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2004 12 940.290,65 560.015,85 4438,74 1.017.228,20 1328567,1 22.611,97 3.873.152,54
25.659.443,24

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2005 1 1.138.247,90 681.839,61 5317,44 969.451,32 0 24.343,85 2.819.200,12
2005 2 996.414,75 596.877,93 4527,58 803.368,66 0 24.343,85 2.425.532,77
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2005 5 1.147.645,98 687.469,24 5016,19 924.561,51 41342,46 23.892,74 2.829.928,12
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2005 12 1.555.459,61 931.435,40 6421,06 1.059.764,85 165369,85 24.193,48 3.742.644,25
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2006 12 1.592.773,23 943.829,64 12337,73 1.043.111,81 0 15.434,05 3.607.486,46
37.810.790,98

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
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Mu icípio: Maceió
UF: AL
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Co ple e Lei 
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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618224143900000002268826
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Proc. nº 0011204-19.2003.4.05.8000 FUNDEF Re e ido


Autor: MUNICÍPIO DE MACEIÓ R$     . . ,
Réu: União R$       . . ,
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Repasse  e sal Repasse a ual % parti ipação A ual Me sal
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Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618231707700000002268827
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Proc. nº 0011204-19.2003.4.05.8000

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Autor: MUNICÍPIO DE MACEIÓ
Réu: União
fls. 722

QUANTITATIVO 
DE MATRÍCULAS VMAA VALOR CORRETO DE REPASSE 
ª a  ª  ª a  ª Edu ação ª a  ª  ª a  ª  Edu ação ª a  ª  ª a  ª  Edu ação VALOR  DIFERENÇA
ANOS Série Série Espe ial Série Série Espe ial Série Série Espe ial TOTAL REPASSADO DEVIDA

A B C D E  F = E x  , G = E x  ,   H = B x E I = C x F J = D x G K = H + I + J L M = K ‐ L

R$                                                         , R$                                                                         . . , R$     . . , R$     . . , R$      . . ,

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R$    , R$      , R$        , R$     . . , R$     . . , R$       . , R$     . . , R$     . . , R$    . . ,

QUANTITATIVO DE MATRÍCULAS VMAA VALOR CORRETO DE REPASSE 


ª a  ª  ª a  ª  ª a  ª 
Série Série ª a  ª Série Série Edu ação  ª a  ª Série ª a  ª Série ª a  ª Série ª a  ª Série Edu ação  ª a  ª Série ª a  ª Série ª a  ª Série ª a  ª Série Edu ação  VALOR  DIFERENÇA
ANOS Ur ana Rural Ur ana Rural Espe ial Ur ana Rural Ur ana Rural Espe ial Ur ana Rural Ur ana Rural Espe ial TOTAL REPASSADO DEVIDA
Q = L + M + 
A B C D E F G  H = G x  ,   I = G x  ,   J = G x  ,   K = G x  ,   L = B x G M = C x H N = D x I O = E x J P = F x K N + O + P R S = Q ‐ R

R$    . , R$               . , R$               . , R$       . , R$               . , R$     . . , R$          . , R$     . . , R$                      ‐ R$                  ‐ R$     . . , ############## R$     . . ,

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 Fatores de po deração  difere ciação  e  co for idade co  o Decreto  º.  . /


 Fatores de po deração  difere ciação  e  co for idade co  o Decreto  º  . / , para o a o de   e co  o Decreto  º  . / , para o a o de 

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
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Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 723
MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA OS CÁLCULOS NA JUSTIÇA FEDERAL - CJF
TABELA DE CORREÇÃO MONETÁRIA
AÇÕES CONDENATÓRIAS EM GERAL
(Cap. 4, item 4.2.1)

Tabela válida para: 11/2003


Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
1998 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686 1,5431411686
1999 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121 1,5180276121
2000 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804 1,3937721804
2001 1,3144384957 1,3062093766 1,2997108225 1,2950486474 1,2886056193 1,2823222403 1,2774678624 1,2655714904 1,2508119099 1,2460768179 1,2414833296 1,2293131296
2002 1,2225888907 1,2150555464 1,2097327224 1,2049130701 1,1955874877 1,1905870222 1,1866710079 1,1776034612 1,1659440210 1,1587597108 1,1484238957 1,1250234088
2003 1,0917257728 1,0705292928 1,0475871345 1,0357792511 1,0241044602 1,0154729402 1,0132438038 1,0150709315 1,0123376200 1,0066000000 1,0000000000

Observações
a) Indexadores b) Fórmula de atualização: Valor em moeda da época X coeficiente de mês/ano = valor em REAL(R$)
- ORTN de 10/1964 a 02/1986 Ex: Atualizar o seguinte valor - 10/1964 Cr$ 10.000,00
- OTN (6,17019) de 03/1986 a 01/1989 A) Valor em moeda da época: 10.000,00
- IPC (IBGE) de 01/1989 a 02/1989 B) Coeficiente do mês/ano: 0,0027612769
- BTN de 03/1989 a 03/1990 C) Valor cor/mor em REAL (R$) = A x B: 27,61
- IPC (IBGE) de 03/1990 a 02/1991
- INPC de 03/1991 a 11/1991
- IPCA (série especial) em 12/1991
- UFIR de 01/1992 a 12/2000
- IPCA-E do ano de 2000 em 12/2000
- IPCA-E de 01/2001 a 11/2003

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618242422200000002268833
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252106
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam Pg 1/1
1/1
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 724

MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA OS CÁLCULOS NA JUSTIÇA FEDERAL - CJF


TABELA DE CORREÇÃO MONETÁRIA
AÇÕES CONDENATÓRIAS EM GERAL
(Cap. 4, item 4.2.1, devedor Fazenda Pública)

Tabela válida para: 08/2017


Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2000 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982 3,0505400982
2001 2,8769029788 2,8588919594 2,8446686163 2,8344645440 2,8203627303 2,8066103397 2,7959855944 2,7699480824 2,7376438846 2,7272802198 2,7172264818 2,6905896443
2002 2,6758723464 2,6593841646 2,6477341344 2,6371853928 2,6167745513 2,6058300650 2,5972591100 2,5774130296 2,5518940888 2,5361698358 2,5135479046 2,4623314113
2003 2,3894530920 2,3430604942 2,2928471418 2,2670033041 2,2414507654 2,2225590138 2,2176801175 2,2216791400 2,2156967587 2,2031388672 2,1886934901 2,1849790258
2004 2,1749741447 2,1602842121 2,1410150764 2,1324851358 2,1280163016 2,1165867333 2,1047998541 2,0854055822 2,0690600081 2,0589710499 2,0524033592 2,0395541679
2005 2,0225646251 2,0089040774 1,9941473867 1,9871922140 1,9725950109 1,9563572457 1,9540124308 1,9518653789 1,9464154157 1,9433061259 1,9324842143 1,9175274998
2006 1,9102684796 1,9005755443 1,8907436772 1,8837737145 1,8805767340 1,8755128493 1,8783303448 1,8787060861 1,8751433138 1,8742062107 1,8687867291 1,8618977076
2007 1,8554037943 1,8458056052 1,8373537778 1,8298513871 1,8258345511 1,8210996919 1,8158337740 1,8114862071 1,8039097860 1,7986935746 1,7943870457 1,7902694260
2008 1,7778246534 1,7654663887 1,7542392575 1,7502137658 1,7399480722 1,7302586239 1,7148251971 1,7040894337 1,6981459230 1,6937421933 1,6886761648 1,6804419990
2009 1,6755828088 1,6689071801 1,6584588891 1,6566365889 1,6506940901 1,6410121186 1,6347998791 1,6312112144 1,6274680379 1,6243817127 1,6214630791 1,6143598956
2010 1,6082485511 1,5999289207 1,5850296421 1,5763596639 1,5688292834 1,5590075359 1,5560510389 1,5574527464 1,5582318623 1,5534162719 1,5438444364 1,5306805833
2011 1,5201912636 1,5087249540 1,4942309141 1,4853190001 1,4739694355 1,4637233718 1,4603645334 1,4589056278 1,4549771894 1,4473064651 1,4412532017 1,4346537942
2012 1,4266644732 1,4174510414 1,4099781572 1,4064620022 1,4004401097 1,3933341057 1,3908306106 1,3862559660 1,3808705707 1,3742740553 1,3653989620 1,3580654088
2013 1,3487589719 1,3369934297 1,3279632794 1,3214879883 1,3147825970 1,3087622905 1,3038078208 1,3028957937 1,3008144905 1,2973117488 1,2911143997 1,2837967582
2014 1,2742399585 1,2657593707 1,2569606462 1,2478513315 1,2381934228 1,2310533135 1,2252944297 1,2232149643 1,2215048575 1,2167594954 1,2109469501 1,2063627716
2015 1,1969072046 1,1863487012 1,1707773623 1,1564375368 1,1441946540 1,1373704314 1,1262208451 1,1196151159 1,1148213839 1,1104904711 1,1032092898 1,0939110459
2016 1,0811534354 1,0712974984 1,0562980658 1,0517754315 1,0464385946 1,0375159574 1,0333824277 1,0278321342 1,0232276099 1,0208795869 1,0189435940 1,0163012109
2017 1,0143739005 1,0112390594 1,0058076978 1,0043012460 1,0021966330 0,9997971200 0,9982000000 1,0000000000

Observações
a) Indexadores b) Fórmula de atualização: Valor em moeda da época X coeficiente de mês/ano = valor em REAL(R$)
- ORTN de 10/1964 a 02/1986 Ex: Atualizar o seguinte valor - 10/1964 Cr$ 10.000,00
- OTN (6,17019) de 03/1986 a 01/1989 A) Valor em moeda da época: 10.000,00
- IPC (IBGE) de 01/1989 a 02/1989 B) Coeficiente do mês/ano: 0,0060435888
- BTN de 03/1989 a 03/1990 C) Valor cor/mor em REAL (R$) = A x B: 60,43
- IPC (IBGE) de 03/1990 a 02/1991
- INPC de 03/1991 a 11/1991
- IPCA (série especial) em 12/1991
- UFIR de 01/1992 a 12/2000
- IPCA-E do ano de 2000 em 12/2000
- IPCA-E de 01/2001 a 08/2017

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618250109200000002268834
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252107
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
(e-STJ Fl.2)
fls. 725

ADVOCACIA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
EMPRESARIAL TL
S.S OQ

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA
FEDERAL DE ALAGOAS

ASSOCIAÇÃO DOS MUNICIPIOS ALAGOANOS - AMA, pessoa jurídica


0
de direito privado (Doc.01), estabelecida na Av. Dom Antônio Brandão, n. 218, no
0
bairro do Farol, na cidade de Maceió, Alagoas, inscrita no CNPJ sob o n.
10.808.582/0001-90, vem através de seus advogados infra-firmados, instrumento
procuratório e substabeleciménto em anexo (Docs. 02/03), com endereço
profissional para fins de comunicação processual constante do timbre,
fundamentando-se no Art. 5O, Caput e inciso XXI da Constituição Federal, e Art.
273 do Código de Processo Civil Brasileiro, para propor a presente

AÇÃO ORDINÁRIA DECLARATORIA COLETIVA


COM PEDIDO URGENTE DE TUTELA ANTECIPADA

contra a UNIÃO, na pessoa de seu representante legal na cidade de Maceió,


Alagoas, com supedãneo nas razões que aduz adiante:
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Com o advento da emenda constitucional n.0 14, foi instituído
o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério - FUNDEF, pelo qual se opera a nova sistemática de
distribuição dos recursos destinados a educação fundamental.

Pela metodologia adotada pelo FUNDEF, foram introduzidos


novos critérios de distribuição e utilização de 15% dos principais impostos de
Estados e dos Municípios, promovendo a partilha de recursos entre o Governo
Estadual e seus municípios, de acordo com o número de alunos atendidos em
cada rede de ensino, auferidos mediante censo e de acordo com coeficientes de
distribuição estabelecidos e publicados previamente.

Com este fito, em harmonia com a determinação


constitucional, deverá ser fixado anualmente um piso nacional, por ato do
Presidente da República, de forma a garantir este repasse mínimo por aluno
matriculado em cada rede de ensino da federação.

Tal prerrogativa, longe de ser legada ao poder descricionário


do executivo federal, está jungida aos critérios rigidamente estabelecidos pelo
art.6 da Lei n. 9424, de 24 de dezembro de 1996, a partir da razão entre a
0 0
previsão da receita total para o FUNDEF e a matrícula total do ensino fundamental
do ano anterior, acrescido do total estimado de novas matrículas, cujos dados são
obtidos do censo anual educacional realizado pelo Ministério da Educação.

Ademais, definido este valor, a União fica obrigada a


complementar os recursos dos Fundos sempre que, em cada Estado e no Distrito
Federal, os valores por aluno não alcançarem o mínimo definido nacionalmente.

Assim é que, desde a sua criação, todas as


municipalidades brasileiras dispõem de tais recursos como fomento
essencial à manutenção da educação fundamental, constituindo-se em
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patrimônio jurídico dos entes públicos que, em vista à regularidade do seu repasse
e dentro de uma previsão média, estruturam o sistema educacional.

Entrementes, com base em parecer exarado pelo Conselho


Nacional dos Secretários Estaduais da Educação - CONSED, restou constatado
que a União tem realizado os cálculos de fixação do valor mínimo anual de
forma equivocada, o que resultou em diferença no repasse ao Fundef e
imenso prejuízo aos Estados e Municípios mais carentes, que tiveram os
seus repasses deveras reduzidos em face do valor subestimado.

A respeito, já foi elucidado que, regulamentando os recursos


destinados ao FUNDEF, ficou estabelecido que seria determinado um valor
mínimo de âmbito nacional, sendo complementados tais valores, pela União,
sempre que, no âmbito de cada Estado, o valor dos recursos repassados não
alcancem o mínimo previsto.

Em que pese a importância da determinação deste piso


nacional para a fixação das quantias a serem repassadas aos Estados e
Municípios, conforme quedará demonstrado, a União vem definindo este valor em
completo arrepio aos critérios legalmente estabelecidos.

Ora, quando o legislador estabeleceu rígidos critérios para a


fixação do valor de referência não o fez por acaso, mas a partir de minuciosos
critérios matemáticos, para o melhor emprego dos recursos públicos
orçamentários, cujo quantum, por tais especificidades, seja capaz de assegurar a
manutenção essencial e regular de um sistema educacional com um mínimo de
qualidade.

Ademais, quis, por certo, o legislador, afastar a possibilidade


de que atos discricionários pudessem manipular e deturpar a finalidade prevista na
instituição do Fundef, inviabilizando a consecução dos objetivos ali previstos.

Decerto, quando arbitrariamente, sem a observância dos


expressos critérios legais, o poder executivo determina o valor mínimo aquém da
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quantia real devida, tem-se um ente da federação sobrepondo-se
desmedidamente à outro, subtraindo-lhes os imprescindíveis recursos.

Neste toar, o malsinado ato administrativo, ao privar a


edilidade da disposição de tais quantitativos pecuniários, obsta
incontornavelmente a prestação de um serviço público essencial, já que as
municipalidades dispõem tão somente destes recursos para fomentar a educação
básica de sua comunidade.

Para além, feriu-se a garantia constitucional da autonomia


municipal, uma vez que tais recursos, fazem parte do patrimônio jurídico das
edilidades, utilizados que são para a remuneração dos serviços de educação que,
em cada região, são prestados por estes entes.

Neste correr, encontram-se os serviços de ensino das


Municipalidades Associadas no risco eminente de sofrerem gritante e
indeterminada solução de continuidade, o que, à luz de nosso pátrio Ordenamento
Jurídico, não encontra explicação legal razoável para circunstanciar e sobreviver o
ato que lhe deu malsinada causa.

li. 1 - DA LEGITIMIDADE ATIVA DA ASSOCIAÇÃO

Embora não seja a regra, vige no Direito Processual


hodierno a figura da legitimidade extraordinária, permitindo-se que o ingresso em
juizo se dê por pessoa diversa do sujeito da relação material, in casu, o substituto
processual, que atua como parte, mas postula direito de outrem - do substituído.

Tal instituto, com características próprias, é denominado


substituição processual e não se confunde com a figura da representação, pois
enquanto o substituto age na qualidade de parte, o representante atua em nome
alheio na defesa do interesse do representado, como se observa na relação entre
mandante e mandatário.
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Com o advento da Constituição Federal de 1988, no capitulo
concernente aos direitos fundamentais, o art. 50, XXI, tratando da legitimidade das
associações, assim dispôs:

Art. 5- (.
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial
ou extrajudicialmente;"

06 Desta feita, em conformidade com o clamor das entidades


associativas, a Carta Magna dotou as associações de importante instrumento para
a tutela dos interesses de seus associados, pelo que lhe foi reconhecida a
legitimidade ativa para agir judicialmente em defesa destes.

Assim é que ensina o mestre Alexandre de Moraesl:


"As entidades associativas devidamente constituídas, quando
expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente, possuindo legitimidade ad causam
para, em substituição processual, defender em juizo direitos de seus
associados, nos termos do art. 50, XXI, da Constituição Federal, sendo
desnecessária a expressa e específica autorização de cada um dos
seus integrantes, desde que a abrangência dos direitos defendidos
seja suficiente para assumir a condição de interesses coletivos.
Dessa forma, não haverá sempre necessidade de prévia autorização
especifica, no caso concreto, dos associados para que as
associações representem-nos judicial ou extrajudícialmente, desde
que ela exista de forma genérica na própria lei que criou a entidade,
ou em seus atos constitutivosde pessoa jurídica." (grifos nossos)

Por certo, inexistindo previsão expressa de necessidade de


autorização dos seus membros, com o art. 50, XXI, as entidades associativas
foram dotadas de indiscutível poder próprio de legitimidade processual
extraordinária, através do instituto da substituição processual.

Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional, São Paulo :Atlas, 2002, p.2621263
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Assim é que, apesar de pleitear direito dos seus participes, a
entidade associativa o faz em nome próprio, razão pela qual se faz desnecessária
autorização expressa dos associados para ingressar em juizo.

Entrementes, com o fim de coibir eventual alegação de


nulidade, mas com a convicção de que tal exigência é descipienda no caso em
apreço, cumpre trazer à colação a ata da Assembléia Geral, cuja pauta envolve a
contratação de escritório de advocacia para o ajuizamento de demandas judiciais,
bem como, o estatuto social da Demandante, no qual consta expressamente a
legitimidade para a propositura de demandas judiciais entre as atribuições da
referida entidade.

Neste correr, restam exaustivamente demonstradas, bem


como supridas, as exigências legais que legitimam a Demandante a figurar no
pólo ativo da presente ação.

II .2- DO FUNDEF COMO PATRIMÔNIO JURÍDICO DAS MUNICIPALIDADES

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino


Fundamental e de Valorização do Magistério FUNDEF foi instituído pela
-

Emenda Constitucional n.0 14, de setembro de 1996, e regulamentado pela Lei n.0
9.424, tendo sido implantado, nacionalmente, em 10 de janeiro de 1998, quando
passou a vigorar a nova sistemática de redistribuição dos recursos destinados ao
Ensino Fundamental.

Através do FUNDEF, parte significativa das receitas dos


Estados e Municípios destinadas à Educação ficam reservadas, numa proporção
de 60% (sessenta por cento), ao Ensino Fundamental.

Ademais, o novo Fundo introduziu novos critérios de


distribuição e utilização de 15% dos principais impostos de Estados e Municípios,
promovendo a sua partilha de recursos entre o Governo Estadual e seus
municípios, de acordo com o número de alunos atendidos em cada rede de
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ensino, auferidos, conforme disposição legal expressa, mediante censo e de
acordo com coeficientes de distribuição estabelecidos e publicados previamente.

De forma genérica, o FUNDEF pode ser definido como o


produto de receitas especificas que, por lei, vincula-se à melhoria do ensino
fundamental e do magistério, com tratamento idêntico ao Fundo de Participação
dos Municípios (FPM), em face da obrigatoriedade de seu repasse e origem de
seus recursos.

Assim é que, as parcelas do FUNDEF, na medida em que


constituem percentual das receitas que foram constitucionalmente atribuidas aos
entes municipais, têm a natureza de propriedade dos municípios, incorporando-se
ao patrimônio jurídico destes.

Destarte, com a edição da emenda 14, foi dada nova


redação aos §§ 10 e 20 do art. 211 da Constituição Federal, imputando à União a
seguinte competência:

"§11 A união organizará o sistema federal de ensino e o dos


Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e
supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante
assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios. "

A partir desta norma, dotou-se a União da competência de


redistribuir as verbas destinadas à educação com vistas a atenuar as disparidades
havidas em termos de níveis educacionais nos diversos entes federados.

Ademais, além de visar a equalização do sistema


educacional nacional, determinou que a União se encarregaria supletivamente de
financiar o ensino básico de forma a garantir um padrão mínimo de qualidade no
âmbito de toda a federação.
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A política adotada pelo legislador constitucional se afina com
a percepção mundial de que o progresso de um país encontra-se intimamente
ligado à qualidade da educação disponível, mormente no que atine ao ensino
básico.

No Brasil, em que pesem a existência anterior de patamares


mínimos de aplicação de recursos na área de educação, o que se observava era a
completa disparidade entre as diversas redes de ensino.

Outrossim, é de se ponderar que a simples redistribuição dos


recursos estaduais de acordo com o número de alunos da rede escolar de cada
município não é o bastante para garantir um padrão mínimo de ensino e a
conseqüente melhoria do sistema educacional nas localidades carentes de verbas.

Assim é que, alterando o art. 60 do ADCT e nele são


inserindo novos parágrafos, o Fundef foi criado nos seguintes termos:

"Art 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta emenda,


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão não
menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o
caput do art. 212 da Constituição Federal, a manutenção e ao
desenvolvimento do ensino fundamental, com o objetivo de
assegurar a universaliza ção de seu atendimento e a
remuneração condigna do magistério.
§ 10 A distribuição de responsabilidades e recursos entre os
estados e seus municípios a ser concretizada com parte dos
recursos definidos neste artigo, na forma do disposto no art. 211
da Constituição Federal, e assegurada mediante a criação, no
âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um fundo de
manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e de
valorização do magistério, de natureza contábil.
§ 20 0 Fundo referido no parágrafo anterior será constituído por,
pelo menos, quinze por cento dos recursos a que se referem os
arts. 155, inciso i; 158, inciso IV,- e 159, inciso 1,alíneas "a"e "b",
e inciso, li, da Constituição Federal, e será distribuído entre cada
Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de
alunos nas respectivas redes de ensino fundamental
§ 301 A União complementará os recursos dos Fundos a que
se refere o § 10~, sempre que, em cada Estado e no Distrito
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Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido
nacionalmente.
§ 401 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
ajustarão progressivamente, em um prazo de cinco anos, suas
contribuições ao Fundo, de forma a garantir um valor por aluno
correspondente a um padrão mínimo de qualidade de ensino,
definido nacionalmente.
§ 50 Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos
recursos de cada Fundo referido no 5 10 será destinada ao
pagamento dos professores do ensino fundamental em efetivo
exercício no magistério.
§ 60 A União aplicará na erradicação do analfabetismo e na
manutenção e no desenvolvimento do ensino fundamental,
inclusive na complementação a que se refere o § 30, nunca
menos que o equivalente a trinta por cento dos recursos a que se
refere o caput do art. 212 da Constituição Federal.
§ 70 A lei disporá sobre a organização dos Fundos, a distribuição
proporcional de seus recursos, sua fiscalização e controle, bem
como sobre a forma de cálculo do valor mínimo nacional por
aluno. "

Repare que, no §30, justamente para dar efetividade aos fins


propostos, o legislador determinou a complementação do valor mínimo pela União
sempre que, no âmbito de cada estado, o valor por aluno não alcançar o mínimo
previsto nacionalmente.

Com efeito, esta vem a ser a única forma de equalizar a


educação e assegurar um padrão mínimo de qualidade.

Sem a complementação financeira prevista, desnatura-se o


Fundef pelo que, para além de não promover o necessário nivelamento do sistema
educacional nacional, deixam-se os estados menos desenvolvidos à mingua de
recursos para garantir o mínimo de qualidade na prestação desse serviço público
essencial.

.3- DO CÁLCULO DO VALOR MÍNIMO


11.

Conforme determinado na emenda constitucional n.0 14,


coube ao legislador federal dispor sobre a organização dos Fundos, sua
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fiscalização e controle, bem como definir os critérios para a fixação do valor
mínimo nacional.

Assim, em 24 de dezembro de 1996, foi editada a lei n.'


9.424, a qual dispôs:

"Art. 611A União com plementará os recursos do Fundo a que se


refere o art. 10 sempre que, no âmbito de cada Estado e do
Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo
definido nacionalmente."

E para não restar dúvidas quanto ao cálculo do valor minimo


nacional, definem os §§ 10 e 20 deste mesmo artigo:

u§ 10 0 valor mínimo anual por aluno, ressalvado o disposto no §


40, será fixado por ato do Presidente da República e nunca será
inferior á razão entre a previsão da receita total para o Fundo e a
matrícula total do ensino fundamental no ano anterior, acrescida
do total estimado de novas matriculas, observado o disposto no
art. 2ý, § 10 incisos 1e li.
§ 20 As estatísticas necessárias ao cálculo do valor anual mínimo
por aluno, inclusive as estimativas de matriculas, terão como
base o censo educacional realizado pelo Ministério da Educação
e do Desporto, anualmente, e publicado no Diário Oficial da
União. "

Da inteligência desta norma, depreende-se que a disposição


é precisa quanto à fixação do valor mínimo nacional, nunca em patamar inferior à
quantia definida pela fórmula oferecida.

Tal dispositivo, da forma como vem expresso, reflete a clara


intenção do legislador em garantir o repasse de verbas destinadas à educação,
num valor que assegure um nível mínimo de decência na prestação da educação
fundamental.
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Com efeito, a previsão de complementação federal, tem por
escopo proporcionar a distribuição da renda da União, a quem compete o maior
poder de tributação, entre os demais entes públicos, de forma a promover o
financiamento do ensino fundamental e garantir um patamar de qualidade
educacional.

Assim é que o valor mínimo anual nunca poderá ser inferior à


razão entre a previsão da receita total para o Fundo e a matrícula total do ensino
fundamental no ano anterior, acrescida do total estimado de novas matrículas,
com base nos dados fornecidos pelo censo educacional do Ministério da
Educação e do Desporto.

Neste diapasão, a fixação do piso mínimo nacional não é ato


discricionário do poder executivo federal, mas plenamente vinculado a critérios
numéricos precisos. E de outra forma não poderia deixar de ser. Senão vejamos.

Já foi alhures comentado que o Fundef consiste em


patrimônio jurídico dos municípios, pelo que é um direito constitucional que lhes foi
assegurado, com natureza semelhante ao fundo de participação municipal.

Tal como naquele, não é dado à União realizar quaisquer


atos que importem na usurpação das quantias ali referidas, sob pena de macular
de morte o princípio federativo dos poderes.

Destarte, entender possível a livre fixação do piso mínimo


nacional seria o mesmo que deixar ao livre arbítrio do Governo Federal a
determinação do fundo de participação municipal.

Se lhe é vedada a discricionariedade naquele caso, pelo


mesmo motivo o é na hipótese do mínimo nacional, em vista da proteção jurídica
do próprio sistema federativo, onde não é dado a um ente federado sobrepor-se
às vontades do outro, dispondo acerca de suas finanças.
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11 . 4 - DA PROTEÇÃO AO SISTEMA FEDERATIVO E À AUTONOMIA
MUNICIPAL

Conforme o artigo primeiro de nossa Constituição Federal, o


Brasil é uma República Federativa, cujo princípio fundamental é a autonomia dos
entes públicos que o compõem.

Neste aspecto, autonomia se deve entender, nos dizeres de


José Afonso da Silva2
"acapacidade ou poder de gerir os próprios negócios dentro
de um circulo prefixado por entidade superio?', que na Federação é a sua
Constituição.

Assim é que nossa Constituição Federal, declara, em seu


art.1 0, que nossa Federação é formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal e, em seu art. 18, que:

"Art. 18. A organização politico-administrativa da Republica


Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta
Constituição. "

No campo municipal, nossa Lei Fundamental também


assegura autonomia própria, nos arts. 18, 29, 30 e no 34 ViI, "c", reconhecendo ao
Município a capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e
capacidade normativa, dentro das áreas reservadas à sua competência exclusiva
e suplementar.

Neste correr, a Carta Magna prima por garantir a


integralidade das transferências constitucionais, como segurança imprescindível
ao sistema federativo.

22José Afonso da Silva, Direito Constitucional Positivo. Malheiros, 9 ed., São Paulo., 1994, p. 545
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É que para a consecução da autonomia plena, é primordial
que os entes municipais disponham de recursos que assegurem a sua auto-
sustentabilidade, ou seja, que cada um deles possa cumprir com os seus deveres
públicos, ofertando à população a satisfação das necessidades básicas de saúde,
educação, lazer, saneamento básico, dentre outras.

Sob esta ótica é que o ilustre professor Roque Carrazza,


discorrendo acerca do principio da autonomia municipal, previsto nos arts. 29 e 30
da Carta Magna, assevera que "tão expressivo é o princípio insculpido nestes
artigos, que lei alguma, nenhum poder, nenhuma autoridade (inclusive judiciária),
poderá direta ou indiretamente, às claras ou sub-repticiamente, mediante ação ou
omissão, derroga-lo ou, de algum modo, amesquinhá-lo."»

E a seguir continua:

"0 texto máximo, concedendo autonomia aos Municípios, mais do


que exteriorizar um ideário ou uma expressão de anseios,
levantou diques aos caprichos do legislador (federal ou estadual)
ou do intérprete, que, diante de preceitos tão categóricos, válidos
e subsistentes por si sós, não podem desrespeitá-la,
desconhecê-la ou modifica-la. "

Decerto, a fixação do valor mínimo em patamar inferior ao


previsto na lei importa em usurpação de valores aos cofres municipais na medida
em que, subestimando o piso mínimo nacional, reduz-se a quantia a que fazem jus
as entidades municipais ou, de outra forma, reduzindo-se o teto mínimo reduz-se
ou, no mínimo, exclui-se a contrapartida financeira da União.

Ora, ao determinar os rígidos critérios de fixação do valor do


piso mínimo, bem como o fez com as receitas tributárias a serem repartidas, o
legislador assim determinou justamente para evitar que os entes federados
tivessem suas receitas jungidas ao arbítrio da discricionariedade do poder
executivo.
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3Curso de Direito ConstitucionalTributário, Malheiros, 15 ed., p. 120112 1

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Nesta linha, tem-se esclarecedor parecer exarado pelo
Ministério Público Federal, da lavra do Sub-procurador Geral da República,
Alcides Martins, na Ação Cível Originaria n.0 660-1/010O, em 06 de março de 2003,
onde se discute paripasso caso:

"Ora, a suposta fixação de um valor mínimo anual por aluno em


0
dissonância com o estabelecido na Lei n. 9.424/96, pode
significar prejuízo para a autonomia do Estado do Amazonas,
pois:.
a)tanto a Ré quanto o Autor têm a obrigação de destinar parte
dos recursos provenientes da receita dos impostos para a
manutenção e desenvolvimento do ensino, segundo os ditames
do art. 212 da Constituição Federal;
b) se a União não estiver cumprindo sua parte de acordo com
o estabelecido no art. 60, caput e §1*, da Lei n.* 9.424/96,
poderá haver um desequilíbrio nas contas estaduais,
inviabilizando, desta maneira, a universaliza ção do ensino
fundamental e a remuneração condigna do magistério, nos
termos do art. 60, caput, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
Logo, constata-se que existe a possibilidade de violação ao
pacto federativo por violação ao princípio da autonomia à
medida em que o inadimplemento das obrigações
constitucionais e legais impostas à Ré tem reflexos
imediatos no Estado-Membro que, da mesma forma, fica
impossibilitado de cumprir seu dever de atender àpopulação
naquilo que lhe é imposto pela lei e pela Constituição. Além
disso, se o Estado-Membro se insurge contra essa situação,
recorrendo ao Judiciário para sana-la, trata-se de quebra da
harmonia no convívio institucional entre os entes federativos."

Assim é que se impõe o respeito ao patrimônio jurídico dos


Municípios como forma de dar suporte ao próprio sistema federativo de Estado.
Com efeito, o administrador público municipal precisa ter a
necessária segurança jurídica de que não terá os seus recursos definidos e
reduzidos, sem qualquer previsão, ao sabor da discricionariedade do poder
executivo.
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
A Lei n.0 9.424/96 (Lei do Fundef), ao dispor em seu §10,
acerca da determinação do valor mínimo, estabeleceu expressamente critérios
matemáticos precisos, de forma a não restar dúvidas quanto ao seu patamar
mínimo.

Ficou assim estabelecido que o piso mínimo nacional, para


os anos de 1998 e subseqüentes, deve ser fixado por ato do presidente, "e nunca
será inferior à razão entre a previsão da receita total para o Fundo e a matricula
total do ensino fundamental no ano anterior, acrescida do total estimado de novas
matrículas, observado o disposto no art. 20, § 10, incisos 1e U."

Na referida norma, inclusive vinculou-se os cálculos à


utilização dos dados fornecidos pelo Censo Educacional realizado pelo Ministério
da Educação e Desporto, anualmente publicado no Diário Oficial da União.

O legislador Federal, desta forma, cercou de todos os


cuidados a definição do valor mínimo, pautando-se na imprescindi bil1idade do
repasse deste valor para assegurar a manutenção do ensino fundamental em
cada um dos municípios brasileiros.

Em que pese o zelo legal em resguardar o aporte de verbas,


em visível manobra para desvincilhar-se da obrigação ao qual estava legalmente
vinculado, em 27 de junho de 1997, o Governo Federal editou o Decreto 2.264,
que, regulamentando o sistema de distribuição e repasse do Fundef assim
determinou:

"Art. 30 Compete ao Ministério da Fazenda efetuar o cálculo da


complementação anual devida pela União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
Valorização Magistério em cada Estado e no Distrito Federal.
§ 11 0 cálculo da complementação da União em cada ano terá
como base o número de alunos de que trata o § 10 do Ad. 20
deste Decreto, o valor mínimo por aluno, definido nacionalmente,
na forma do ad. 60, da Lei n0 9.424, de 24 de dezembro de 1996,
e a arrecadação das receitas vinculadas ao Fundo. "
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EMPRESARIAL
FI sT0008

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Do que se vê, no decreto presidencial, extrapolando os
limites regulamentares da espécie da norma, o executivo federal introduziu um
novo elemento para o cálculo do valor de despesa mínima.

Jogado dessa forma, simples palavras podem parecer


inofensivas, mas, quando da definição do valor mínimo nacional, o termo
'arrecadação das receitas vinculadas ao fundo", dada a sua subjetividade, vem
reiteradamente servindo de escusa para a subestimação do valor mínimo
nacional.

É que, sob o amparo do novo critério legal, deu-se ensejo a


ponderações acerca da realidade financeira do país, da crise tributária, dos
problemas de elisão fiscal, ou seja, toda a sorte de argumentos para justificar a
redução do valor mínimo nacional por aluno.

Com efeito, durante os anos de 1998 e 1999 o valor fixado foi


reiterado em exatos R$315,00 (trezentos e quinze reais).

A irrealidade destes valores pode ser presumida até mesmo


intuitivamente, dês que é impensado que de um ano para outro, dadas as
características de nossa economia, a razão resultante da equação legal, levando
em conta a previsão de arrecadação e o total estimado de matrículas, resulte
exatamente no mesmo número.

À época, a conduta do governo foi inclusive fartamente


noticiada:
"0 valor mínimo pago por aluno no ensino fundamental em 99
deve ficar entre R$ 330 e R$ 340. A previsão repete uma
tendência já verificada este ano, quando o governo fixou um
valor mínimo inferior ao que determina a lei que criou o
Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério), conhecido como fundão.
Em 98, o valor mínimo pago foi de R$ 315, mas deveria ter sido
de aproximadamente R$400.
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EMPRESARIAL ~S~BJ~0J».LSFS001

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A decisão final sobre o valor deverá ser divulgada pelo MEC
(Ministério da Educação) até o final de agosto. Esses valores se
referem aos repasses mínimos feitos a Estados por meio do
Fundef -um fundo fiscal criado para agregar recursos a serem
aplicados exclusivamente no ensino fundamental. A lei que criou
o fundo estabelece uma metodologia de cálculo do valor mínimo
por aluno -divisão da previsão de arrecadação pelo número de
matrículas. "Falta transparência. É quase inacreditável que o
governo não cumpra uma lei criada por ele próprio", diz João
Monlevade, membro da Câmara de Educação Básica do CNE
(Conselho Nacional de Educação).
Estudos realizados pela Câmara de Educação Básica
revelam que o valor mínimo deveria ficar entre R$ 453 e R$
433. A perspectiva mais pessimista se baseia em uma
previsão de arrecadação do Fundef de cerca de R$ 13,8
milhões e em uma previsão de matriculas de 31,8 milhões de
matrículas de 1a' a 8 série na rede pública.Para Ramiro
Wahrhafig, presidente do Consed (Conselho Nacional de
Secretários de Estado da Educação), é fundamental que a lei
seja respeitada. "(Folha de São Paulo, Caderno Cotidiano, p.3-1
8/228, publ. em 01/O08/1998, Reportagem de Betina Bernardes)

Bem registra o Ministério Público Federal, na petição inicial


da Ação Civil Pública n." 1999.61.00.050616-0, que tramita na 19a Vara Cível da
Justiça Federal em São Paulo, da lavra dos Procuradores da República, Duciram
Van Marsen Farena, Marlon Alberto Weichert e André de Carvalho Júnior,
elucidando perfeitamente a questão:

«Criou-se, assim, uma defasagem por aluno matriculado no


ensino fundamental de 104 reais (em 1997). Em 1998, a União
gastou com a complementação R$ 491.811.943,00 para seis
Estados da Federação. Se o valor mínimo houvesse sido fixado,
conforme o critério legal e segundo as previsões de 1997, em R$
407,54, a complementação deveria ser de R$ 1.703.026.493,00,
para quinze Estados da Federação.
Economizou, portanto, a União cerca de um bilhão e duzentos
milhões de reais.
Para o ano corrente (1999) foi mantido esse valor, agora já
com uma justificativa, 'tendo em vista a atual situação
econômico-financeira que atravessa o pais'.
Com esta confissão, fica bem claro que o Governo Federal
reserva-se ao direito de modular o critério legal segundo
suas concepções sobre conjuntura econômica eprioridades.
Em outras palavras, patenteia que a Lei, no que tange às
suas obriga ções, não épara valer."
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D~FS002

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P 104ýCorrobora tal fato, reportagem trazida na Folha de São
Paul, publicada no último 15 de julho de 2003, na qual o próprio diretor do
Fundef admite a irregularidade no cálculo do valor:

uNeste ano, o valor mínimo está em R$ 446 para alunos de 1aa


4 ,1séries e em R$468,30, para os de 5 8 a 8 8.Com isso, a União
com plementa o valor para quatro Estados (Bahia, Maranhão,
Pará e Piaui), que não o atingem.
Se fosse levada em consideração a média, passaria para R$
733,80 e R$ 770,50, respectivamente. Assim, 14 Estados
receberiam complementação.
O Ministério da Educação reconhece que o valor mínimo
deveria ser acima de R$ 700, mas diz que não há recursos
para elevá-lo.
"Este governo está trabalhando no sentido de atingir o valor
legal. Mas o Orçamento não permite. Não temos condição de
chegar a este valor por enquanto', afirmou Francisco das
Chagas Fernandes, diretor do Fundef. "

Assim é que, com o advento de sucessivos decretos em


desconformidade com a equação legal, a situação tem se agravado a cada ano,
gerando um déficit insuportável nas, já fragilizadas, finanças municipais.

Todavia, a modificação dos critérios de cálculo, com a


inclusão de critério subjetivo, em face da hierarquia e competência material das
normas, não pode prosperar, conforme restará adiante demonstrado.

111I. 1 - DA IMPOSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DA LEI N.O 9.424196 POR


REGULAMENTO DO PODER EXECUTIVO - AFRONTA AO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL DA HIERARQUIA DAS LEIS E DA LEGALIDADE

0 princípio da hierarquia das leis é a lápide central de um


ordenamento jurídico.

4 Vide cópia da publica çâo anexa


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Decerto, através do ordenamento legal de um sistema - o
qual, por definição, pressupõe o encadeamento de normas que buscam,
sucessivamente, fundamento de validade nas que lhe são superiores
hierarquicamente - temos o necessário corolário lógico de que somente possuem
validade perante o sistema as normas que guardem coerência material/lógica com
a norma superior que lhe fornece fundamento de validade.

Se a norma superior, no caso, uma lei federal, estabelece


critérios e limites precisos, pela hierarquia das normas, é inaceitável que um
regulamento de poder executivo possa modificar os parâmetros
determinados no instrumento normativo hierarquicamente superior.

Ademais, tratando-se de critérios de determinação do valor


mínimo nacional, conforme o comando constitucional, é matéria resguardada à
competência de lei federal.

Quando, através de decreto, o Poder Executivo Federal


exorbita de suas atribuições, e trata de matéria restrita à lei, para além de estar
maculando a hierarquização normativa, queda ferindo outro importante princípio: o
da legalidade.

É que, sendo a matéria resguardada à lei em sentido estrito,


não é lícito dispor de seu objeto por meio simples regulamento, tampouco
modificar-lhe o sentido ou o comando exarado.

Neste correr, o poder judiciário tem o dever de restaurar o


princípio da legalidade toda vez que se verificar a sua violação em razão da
edição de atos viciados, invalidando-os quando estes não estejam dentro da
margem discricionária de atuação, como no caso em comento.

Alias, o princípio da legalidade, em nosso sistema jurídico,


decorre mesmo do regime democrático de governo, pelo qual entende-se que
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somente o próprio povo, através de seus representantes eleitos, tem o poder de
definir as regras a que legitimamente se submeterão.

Assim é que, em nossa Carta de Constituição, no capitulo


reservado aos direitos e garantias fundamentais, ficou expressamente
estabelecido que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei".

A propósito, o Tribunal Federal Regional já teve a


oportunidade de asseverar o mesmo no seguinte decisum:

"As portarias, regulamentos, instruções e demais atos editados


pelo Executivo não se enquadram no princípio da legalidade, não
podendo ser considerados lei em sentido formal e não se
prestando para estabelecer deveres e obrigações aos
particulares." (Acórdão unânime prolatado na MAS 36103-PE,
Juiz Ridalvo Costa)

Decerto, quando da edição de uma lei, devemos ter em


mente que ali consagrou-se a vontade popular através do voto de seus
representantes legais.

Exatamente no sistema representativo que dá gênese às leis


que regem o país que se funda a democracia.

Impensado que os atos administrativos presidenciais possam


subverter a ordem emanada pelo poder legislativo, não só pelo desrespeito ao
espírito da norma, mas também pela intervenção de um poder sobre o outro, em
clara afronta ao princípio da repartição dos poderes insculpido em nossa Carta
Magna.

0 sistema constitucional vigente não admite que, ao exercer


a competência regulamentar, o poder executivo inove na ordem jurídica,
introduzindo novos critérios, modificando o significado ou o alcance da lei editada.
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Processo: 0800907-04.2016.4.05.0000
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente
Assinado eletronicamente por: por:
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LANZILLOTTI ALVARENGA GAYAO - Gestor- Procurador
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Ao introduzir novo requisito na equação precisamente
estabelecida pelo legislador federal, o poder executivo exorbitou de suas funções,
agredindo frontalmente não apenas o sistema legal, mas o próprio sistema
federativo de governo, dês que, modificando o critério para a fixação do valor
mínimo, tem-se a união sobrepondo a sua vontade à receita de propriedade dos
outros entes estatais.

Decerto, já foi alhures explicitado que a redução do valor


mínimo nacional implica na conseqüente redução do aporte financeiro,
constitucionalmente previsto, para o financiamento da educação fundamental nas
regiões mais carentes.

Ao modificar arbitrariamente o critério para a fixação do valor


mínimo nacional, automaticamente a União está delegando ao caráter
discricionário, o quantum devido aos Estados e municípios a título de
complementação.

Ou seja, é o mesmo que deixar ao sabor da


discricionariedade os repasses constitucionais.

Imagine-se a insegurança gerada pela incerteza acerca da


"bondade" do agente responsável pelo repasse. Teríamos fatalmente a figura de
um ente federativo subjugando outro.

Do que foi colacionado, extrai-se que a definição do valor


anual mínimo, da forma como veio expressamente previsto em lei, está sujeito ao
princípio constitucional da estrita legalidade.

Neste diapasão, somente lei em sentido formal e material,


observada a base constitucional imperativamente estabelecida, é que poderia
alterar os critérios de apuração e cálculo desse piso nacional.
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(e-STJ Fl.23)
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ADVOCACIA D~1STPflMiIG~AO-JF./ÀI. FLS OOOO2~

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Destarte, é completamente ilegal a conduta levada a efeito
pelo poder executivo federal para se abster de repassar aos Estados e municípios
os recursos a que têm direito em face de expressa disposição constitucional.

III 2 DO DECRÉSCIMO ILEGAL NA COMPOSIÇÃO DO VALOR MÍNIMO


-

NACIONAL

Regulamentando a definição do valor mínimo nacional para


fins de repasse do Fundef, prevê o §10 do art. 60 da lei Federal n.0 9.424/96:
1~ O valor mínimo anual por aluno, ressalvado o disposto no §
"~

40 será fixado por ato do Presidente da República e nunca será


inferior à razão entre a previsão da receita total para o Fundo
e a matrícula total do ensino fundamental no ano anterior,
acrescida do total estimado de novas matrículas, obseivado o
disposto no ad. 2~ § l~, incisos 1e II."

E para restringir ainda mais a atuação discricionária do


governo federal, complementou:
~ 2~ As estatísticas necessárias ao cálculo do valor anual
mínimo por aluno, inclusive as estimativas de matrículas, terão
como base o censo educacional realizado pelo Ministério da
Educação e do Desporto, anualmente, e publicado no Diário
Oficial da União.»

Neste diapasão, a equação para a fixação do piso mínimo


nacional encontra-se perfeitamente delineada:

Q Custo aluno! Ano médio = Previsão de Receita do Fundo


Número total de matriculas

Outrossim, o Decreto 3.326 de 31 de dezembro de 1999,


dando cumprimento ao estabelecido no §20 do art. 20 da citada lei, estabeleceu os
seguintes fatores de ponderação para a diferenciação do custo por aluno no ensino
fundamental, a serem utilizados a partir do ano de 2000:
"1 1,00 para os alunos da 1~ a 4~ séries, nas escolas urbanas e
-

rurais;
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EMPRESARIAL *vspjI...VI; 5FL ooC)

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11- 1,05 para os alunos da 5-@
a 8p! séries do ensino fundamental,
bem assim das classes de educação especial, nas escolas
urbanas e rurais. "

Do que foi enunciado, extrai-se que se trata de matemática


pura, pelo que, aplicando corretamente a equação legal encontramos os seguintes
valores:

ANO SÉRIE Valor Calculado com base


_________na Lei n. 0 9424196
-1998 TODAS 418,77
-1999 TODAS 449,96
ia à4a 494,90
2000 5a à8a 519,60
_______ Especial 519,60
a à 4a 541,80
2001 5a à 8a 568,90
Especial 568,90
la à4a 655,08
2003 5aà 8a 688,67
________ Especial 688,67

Tais quantias, dada a precisão matemática com que foram


definidas, têm a sua procedibilidade confirmada inclusive através de diversos
estudos efetuados por diferentes órgãos públicos e conselhos de fiscalização.

Veja-se, a exemplo, as planilhas de cálculo apresentadas


pelos estados de Minas Gerais, Sergipe e Pernambuco5 , em anexo. Em
todos, confrontando-se os dados, verificamos que convergem para os
mesmos resultados.

Aliás, esses mesmos valores são corroborados pelo


próprio Ministério da Educação e Cultura, no relatório final 6 do grupo de
5Planilhasde cálculo efetuadas pelas respectivas Secretarias da Fazenda, acostadas as Ações interpostas
junto ao Supremo Tribunal Federal, de n.0s. ACO 658/PE, Pet 261 1/MG eACO 669/SE em anexo.
6 Veja cópia anexa.
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(e-STJ Fl.25)
fls. 748

ADVOCACIA

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EMPRESARIAL .s LSF oo2

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trabalho instituído pela portaria MEC n.0 71, de 14 de fevereiro de 2003, com
a finalidade de estudar a fixação do valor mínimo nacional, onde, além de
expor os valores dos pisos mínimos corretos, lê-se expressamente na página 5:

"Verifica-se que entre 1998 e 2002, o valor mínimo nacional


tomou como base apenas a atualização do valor de R$ 300,00
inicialmente fixado pela Lei de regulamentação do FUNDEF,
tanto que no período 1998/2002, para uma inflação 42,1%
(medida pelo IPCAIIBGE) a correção do valor mínimo repôs
apenas o efeito da inflação do período.
Nesse período não foram adotados, na definição do valor
mínimo do FUNDEF, mecanismos que guardassem
vincula ção com a relação de variáveis: receita do FUNDEF e
n.0 de alunos do ensino fundamental;prevista na lei como
parâmetro a ser observado. 0 crescimento de 76,5% na receita
do Fundo, associado a um crescimento de 76,5% na receita do
Fundo, associado a um crescimento de 5,3% nas matrículas fez
com que o per capita (aluno/ano) crescesse 67,6% entre 1998 e
2002 (Quadro 11), enquanto o valor mínimo fixado evoluiu apenas
42, 1%. "

Confrontando estes dados com os valores mínimos definidos


pelos decretos 7 n.0
2.935/99, 3.326/99, 3.742/2001, 4.103/2002 e 4.580/2003,
obtemos as seguintes diferenças:

ANO SÉRIE Valor definido pelo Valor em respeito à Diferença


governo 0
lei n. 9.4241996 _____

1998 TODAS 315,00 418,77 (103,77)


1999 TODAS 315,00 449,96 (134,96)
2000 la à4a 333,00 494,90 (161,90)
5aà 8a 349,65 519,60 (169,95)
Especial 349,65 519,60 (169,95)
2001 ia à 4a 363,00 541,80 (178,80)
5a à8a 381,15 568,90 (187,75)
Especial 381,15 568,90 (187,75)
2002 ia à 4a 418,00 655,08 (237,08)
5a à 8a 438,90 688,67 (249,77)
_____ Especial 438,90 688,67 (249,77)

7Integras dos decretos am anexo.


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(e-STJ Fl.26)
fls. 749

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EMPRESARIAL Tr, LSSF5oor

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Da inteligência destes números já se percebe o quantum
injustamente usurpado dos Estados e Municípios brasileiros, na medida em que,
no ano de 1999, já se acumulava uma diferença de R$103,77 (cento e três reais e
setenta e sete centavos) por aluno da rede de ensino.

Outrossim, volvendo-se ao caso em apreço, para se


determinar a quantia devida aos municípios de Alagoas tem-se que apurar a
existência de diferenças entre o valor mínimo atingido no âmbito daquele Estado e
o valor mínimo determinado em conformidade com a Lei 9.424/96.
E que, conforme alhures explicitado, a emenda
constitucional ni. 0
14, instituidora do Fundef, bem como a Lei 9.424/96,
determinaram a obrigatoriedade de complementação do valor mínimo sempre que
o piso definido no âmbito de cada Estado não atinja o patamar definido
nacionalmente.

Assim é que, para verificar o aporte de verbas devido pela


União, é necessário confrontar a diferença havida entre o valor real do piso
mínimo nacional e o valor encontrado no âmbito do Estado de Alagoas:

Valor Mínimo
AOSÉRIE Valor de 0acordo com a definido em Complementação
AOLei n. 9.424/96 Alagoas devida por aluno
1998 TODAS 418,77 335,78 82,99
1999 TODAS 449,96 315,12 134,84
2000 laà4a 494,90 341,56 153,34
5a à8a 519,60 359,08 160,52
_____ Especial 519,60 359,08 160,52
2001 aà 4a 541,80 383,18 158,62
5a à 8a 568,90 402,81 166,09
Especial 568,90 402,81 166,09
2002 ia à 4a 655,08 442,65 212,43
5a à 8a 688,67 465,35 223,32
_____ Especial 688,67 465,35 223,32
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(e-STJ Fl.27)
fls. 750

ADVCACA

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ISTPflUIÇKJA-*jF 'AL L55 FIS C)0002 8

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De posse destes dados, a quantificação do valor devido a
cada município é efetuada de forma simples, levando-se em conta o número de
alunos atendidos na rede de ensino fundamental de cada uma das edilidades.

1VD BRIGATORIE-DAD
ÉEAS, ýDO, DO F r

A Constituição Federal de 1988, seguindo a orientação


trazida pela carta anterior, previu no capítulo concernente ao Sistema Tributário
Nacional, a repartição das receitas entre os entes tributantes, estabelecendo, em
seu corpo, limites precisos de distribuição e repasse do produto arrecadado.

E buscando coibir eventuais subterfúgios com fins de desvio


ou retenção da participação municipal, o constituinte asseverou:
"Art. 160. E vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e
ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos
adicionais e acréscimos relativos a impostos. "

Tal dispositivo, da forma como vem expresso, reflete a clara


intenção do legislador de garantir a integralidade das transferências
constitucionais, bem como proibir eventuais subtrações indevidas nas referidas
quotas.

Neste correr, sendo o Fundef formado precisamente por


parcela destas transferências, tem a sua natureza análoga a do Fundo de
Participação dos Municípios, estando a obrigatoriedade de seu repasse jungida
aos mesmos comandos constitucionais.

Aliás, se levarmos em consideração que o legislador


constituinte vinculou duplamente as verbas destinadas ao Fundo, estabelecendo
os estreitos fins de sua utilização, percebe-se que o cuidado com estas receitas
deve ser até maior, dada o seu caráter de essencialidade.
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6/22
(e-STJ Fl.28)
fls. 751

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EMPRESARIAL i-F/ÁLS-S5"
0i-uc F1.35 00002ei9

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E fiel a este pensamento, a Lei n.0 9.424/96, regulamentando
os repasses do Fundef, assevera em seu art.11:

"Art. 11. Os órgãos responsáveis pelos sistemas de ensino, assim


como os Tribunais de Contas da União, dos Estados e
Municípios, criarão mecanismos adequados à fiscalização do
cumprimento pleno do disposto no art. 212 da Constituição
Federal e desta Lei, sujeitando-se os Estados e o Distrito
Federal à intervenção da União, e os Municípios à
intervenção dos respectivos Estados, nos termos do art. 34,
inciso Vil, alínea e, e do art. 35, inciso /i/, da Constituição
Federal.»"

O que não se podia esperar é que justamente o governo


federal, a quem caberia uma maior consciência e respeito aos referidos
dispositivos legais, viesse a desrespeitar a norma posta.

Inclusive, deve ser enfatizado que o próprio art. 80, do


Decreto n. 2.264197, concernente as verbas devidas ao Fundef, determina:

"Art. 80' Constitui falta grave a adoção de quaisquer


procedimentos que impliquem pagamento incorreto, pela União,
dos valores devidos ao Fundo de que trata este Decreto,
aplicando-se aos responsáveis as cominações legais cabíveis."

Entrementes, em que pese os diversos comandos expressos


no sentido de salvaguardar o aporte de verbas para o financiamento do ensino
fundamental, o Governo Federal, conforme já restou elucidado, vem
reiteradamente descumprindo a Lei no tocante a fixação do piso mínimo nacional.

Ora, não há como validar esta situação, sob pena de incitar o


total desrespeito aos preceitos constitucionais.
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(e-STJ Fl.29)
fls. 752

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EMPRESARIAL DY.STRIBUJç~O--JF/~L 1SS FLS 000030

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V ~DOS R~QU1$11ÕS H!~ÉJÁNTES DO ~ URGEN ciÂ'.~ A
VEROSSIMILHANÇA~ DAS ALEGAÇÕES E A iMINENCIA D~ DANO
IRIjEVERS.JY~L AOS MUNIGIPIOS ASSQ~IADOS ~

"Ainovação mais importante instituída pela Lei n0 8952, de 1994,


fo~ sem dúvida, a que autoriza o juiz, em caráter geral, a
conceder liminar satisfativa em qualquer ação de conhecimento,
desde que preenchidos os requisitos que o novo texto do art. 273
arrola. "(Humberto Theodoro Júnior As Inovações no Código de
-

Processo Civil Forense 6~ ed. -1996, p. 11)


- -

Nos tópicos anteriores, restou à saciedade demonstrado que


o governo federal vem fixando o piso mínimo nacional em completo desalinho com
a legislação federal, de forma a esquivar-se do aporte de verbas a que está
constitucionalmente vinculado.

A verossimilhança dessas alegações, conforme


documentação colacionada, é corroborada pelos cálculos efetuados pelas
secretarias de quatro Estados diferentes, por inúmeras reportagens nos principais
jornais do país e inclusive por declarações dos próprios representantes do
governo federal.

O desrespeito à sistemática de repasse de receitas do


Fundef serviu inclusive de tema para a confecção de um estudo da lavra do Prof.
João Monlevade8, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional
de Educação:

"Em 1995, quando dos estudos para a criação do Fundo, na


hipótese do Valor Mínimo ser fixado em R$ 300,00, a União,
estaria com plementando os Fundos Estaduais em algo entre R$
700.000.000,00 e R$ 800.000.000,00, o que, na época atingia a
treze estados da Federação. Àquela época, o valor de R$300, 00,
se baseava numa proposta de representar aproximadamente
90% do valor médio dos Fundos. É claro que, se a Lei 9424/96
alterou o critério para a razão entre 'previsão de receita' e

~O Fundef e seus pecados Capitais, 2.a ed., Brasília Idéia Editora, 1998, pp. 73114.
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8/22
8/22
(e-STJ Fl.30)
fls. 753

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EMPRESARIAL 0 JU .. U, S L oo

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'previsão de matrículas' era de se esperar não um decréscimo,
mas um aumento da contribuição da União, mesmo se tendo em
conta que a médio prazo as matriculas cresceriam menos que as
receitas, por força da quase-universaliza ção da cobertura do
ensino fundamental e da diminuição nos cortes de ingresso
graças às quedas de natalidade nos últimos anos.

E prossegue, assentindo expressamente o direito aqui


perseguido:
"Os estudos preliminares da Câmara de Educação Básica do
CNE indicam que, a prevalecer o Valor Mínimo de R$ 315,00, o
aporte da União para os Fundos se reduziria para
aproximadamente R$ 491.000.000,00 anuais, destinados a seis
Estados; PA, RI, CE, PE, e BA. Se o valor mínimo se fixasse
em R$ 400,00, o complemento da União seria
aproximadamente R$ 1.559.000.000,00 anuais, beneficiando
os Fundos de quinze Estados :RO, PA, RI, PB, PE, AL, BA,
MG, PR, MT, MS EGO. "

De fato, o desrespeito à metodologia legal de cálculo do piso


mínimo nacional e as suas repercussões têm sido amplamente discutidas e
noticiadas na mídia nacional, pelo que a verossimilhança das alegações é de
plano comprovada.

De outro turno, cabe trazer à colação a situação caótica em


que se encontram os municípios alagoanos, carentes de recursos para garantir até
mesmo os serviços básicos à comunidade.

Por certo, trata-se de hipótese fática em que a atuação


jurisdicional imediata é incontornável para evitar os danos iminentes à
manutenção do ensino fundamental na região.

Nestes casos, segundo preleciona Marinoni 9, um dos


maiores especialistas em tutelas de urgência no Brasil, 'o principio da
inafastabilidade, ou da proteção judiciária, previsto no art. 50, XXXV, da
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9Marinani,Luiz Guilherme, A Tutela Antecipada (Tutela cautelar e Tutela Antecipató ria ), Malheiros, 2002, p. 158

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9/22
(e-STJ Fl.31)
fls. 754

ADVOCACIA S FI-S
!ýc-F/X CO3

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EMPRESARIAL

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Constituição da República, consagra, em nível constitucional, o direito à adequada
tutela jurisdicional.'

E segue adiante:

"Se o direito que se visa amparar através do mandamus


requer procedimento acelerado, a possibilidade de aferição
da eventual peiclitação deste direito em virtude do
periculum in mora não pode ser suprimida."

Abraçando este pensamento, em conformidade com o


entendimento pacificado em suas turmas, assim pronunciou-se a Corte Superior:

"(...)Sob o prisma científico, admissível a concessão da


antecipação de tutela na espécie. 0 objetivo desse admirável e
avançado instituto do sistema processual brasileiro,
inegavelmente de vanguarda, é exatamente obter, o quanto
antes, desde que ocorrentes os seus pressupostos, a
antecipação dos efeitos da pretensão deduzida em juízo, na
busca de um processo marcado pela efetividade. " (STJ - MC
2786 / BA Dj Data:27/08/2001 Pig:00338 Min Sálvio de
Figueiredo Teixeira)

Na hipótese, a possibilidade de dano irreversível se afigura


em face da precária realidade financeira que acomete os municípios nordestinos,
conforme se pronunciou o Juiz Edvaldo José Palmeira, em processo movido pelo
município de Petrolina (e veja-se que é um dos municípios de interior com
melhores condições financeiras na região nordeste), in verbis:

"0 fundado receio de dano de difícil ou impossívelreparação


parece-me evidente, posto que é notório o estado pré-
(alimentar vivido por todos os municípios do interior. E o que
se vê diariamente nos meios de comunicação.

A ausência da receita reclamada pelo município autor


agravará ainda mais as dificuldades de
administração, atingindo, sobremaneira, Suas
atividades junto á população mais carente. Tenho em
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10/22
10/22
(e-STJ Fl.32)
fls. 755

AVCCADISTRiAUIrADJ/AL LSIS FLS 0000o33

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vista, aqui, ainda, a regra segundo o qual os fatos
notórios independem de prova (CPC, art. 333, 1).

Considero, outrossim, ser a antecipação de tutela totalmente


reversível, caso saia vencido na demanda o autor, posto que,
sendo permanente credor do Estado réu, na partilha do ICMS;- a
qualquer época poderá ser deduzido no repasse a que tem direito
o que recebeu em razão da tutela que se antecipa. " (TJPE -
Processo 0011998065458-1 - Dc, Edvaldo José Palmeira, 04 de
fevereiro de 1999)

De fato, é cediço que nos municípios mais carentes, as


transferências externas podem significar até mesmo a alimentação básica
necessária para a sobrevivência das famílias mais desvalidas, pelo que não
dispõem de condições para arcar sozinhos com os custos de uma rede
educacional satisfatória.

Neste contexto de pobreza que assola a região, diante da


própria dificuldade imputada pelas condições desfavoráveis do clima, a educação
fundamental é vital para asse-gurar um mínimo de digqnidade, cidadania e
esperança de desenvolvimento para a população.

Se o governo federal, a quem coube o maior poder de


tributação, não repassa as receitas necessárias para a manutenção desta
essencialidade, a população fatalmente perecerá ao sabor da ignorância face á
inexistência de outros recursos que possam assegurar as verbas necessárias.

Sob outro prisma, se de um lado a indevida sonegação de


recursos imputa inegáveis prejuízos aos entes municipais, de outro, o provimento
liminar decerto não terá os mesmos efeitos para a União.

Ademais, na inconcebível hipótese da improcedência do


presente feito, nada obsta que o Governo Federal, promova o desconto dos
valores conforme previsto no parágrafo único do art. 160 da Constituição Federal.
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11/22
11/22
(e-STJ Fl.33)
fls. 756

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UiTiU~ Oo

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Exatamente defendendo a verossimilhança do direito aqui
reclamado, pronunciou-se a Juíza Federal Raquel Fernandez Perrini:

«Claros são os critérios estabelecidos pelo art. 60 , §1* , da


Lei n.0 9424/96, no sentido de que a fixação do valor mínimo
anual por aluno nunca será inferior à razão entre a previsão
da receita total para o Fundo e a matrícula total do ensino
fundamental no ano anterior, acrescida de total estimado das
novas matriculas.
Este cálculo terá por base o censo educacional realizado
anualmente pelo Ministério da Educação e do Desporto (art. 60,
§20).
Colho dos autos que o valor mínimo atual foi fixado pelo Decreto
n.0 2935, de 11 de janeiro de 1999, no montante de R$ 315, 00
(trezentos e quinze reais), valor este que é o mesmo de 1998.
Evidencia-se, ao menos em análise sumária do pedido, que a
equação legal não foi integralmente observada, tendo em vista
que a receita total para o fundo é composta por 15% dos recursos
:a) da parcela do ICMS devido ao Distrito Federal, aos Estados e
Municípios; b) do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito
Federal - FPE e dos Municípios - FPM; c) da parcela do IPI
devida aos Estados e ao Distrito Federal; e dos recursos oriundos
do ressarcimento pela desoneração das exportações (LC 87/96),
bem como de outras compensações de outra natureza que
vierem a ser instituidas (art. 10, §1v, Lei n.0 9424/96). Estas
receitas, por certo, não permaneceram estagnadas.
Deve ser levada em conta, ainda, a matrícula total do ensino
fundamental no ano anterior, acrescida do total estimado das
novas matrículas.
Além disso, o fator que evidencia a não observância dos
critérios legais reside na afirmação do Sr. Secretário
Executivo do Ministério da Educação, no sentido de que "o
valor mínimo por aluno/ano foi fixado, para o ano de 1999,
pelo Decreto n.0 2935, de 11.01.99, sendo mantido o mesmo
valor de 1998, tendo em vista a atual situação econômico-
financeira em (sic) que atravessa o Pais" (fls.54).
Resta claro que a situação econômico-financeira da
economia nacional não figura entre os critérios legais, não
havendo como ser adotado para a fixação do valor mínimo.
Fatos como este denunciam que a mesma situação pode vir a
ocorrer por ocasião da fixação do valor mínimo para o ano de
2.000. " (TRF3 - Processo 99.61.050616-0 - Ação Civil Pública -
Juíza Federal Raquel Femandez Perrini, em 21 de outubro de
1999)
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12/22
12/22
(e-STJ Fl.34)
fls. 757

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EMPRESARIAL
DiSUTBIICAOJF~. L~SFLS.5 o3

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Com efeito, a situação econômica do país não tem o condão
de liberar o Governo Federal de cumprir os desígnios legais, conforme assim
ressalvou a douta julgadora, assentindo pela procedibilidade do provimento de
urgência vindicado:

"Não podem, ainda, ser ignorados os fundamentos e


objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,
em especial a cidadania (art. 10, iI,CF), a dignidade da pessoa
humana (art 11, fiI, CF) e a redução das desigualdades
sociais (art3 0, li/, CF), a dignidade da pessoa humana (art.11",
li, CF) e a redução das desigualdades sociais (art. 30, /1/ CF).
Embora possam ser classificadas como expressões vagas e
genéricas, ao intérprete cumpre atribuir-lhes contorno mínimo de
significação, sob pena de, assim não sendo, tornarem-se
disposições despidas de utilidade e eficácia, caindo no abismo
que a vaguidade sugere.
Nesta esteira de raciocínio, a ninguém é dado desconhecer o
papel fundamental da educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho (art. 205, CF).
Daí exsurge a verossimilhança da alegação a permitir o
provimento excepcional pretendido.
Outrossim, levando-se em conta o censo educacional, cujos
dados servirão de base à fixação do valor mínimo por aluno para
o ano vindouro, deve ser publicado até o dia 30 de novembro de
cada ano (ar. 20 § 20', b, Decreto n.0 2264/9 7) aproxima-se a
época oportuna para o ato presidencial, fazendo surgir o
periculum in mora e o dano de difícil reparação.
Pelo exposto, concedo a tutela liminar, determinando à ré que se
abstenha de definir o valor mínimo anual por aluno em
importância inferior àquela resultante dos critérios impostos pelo
artigo 60, §10, da Lei n.0 9424/9 6, sob pena de imposição de
multa diária. "

Referido entendimento, primando pela observância da ordem


jurídica, foi inteiramente corroborado pelo Tribunal Regional Federal da 3a região
em agravo regimental assim ementado:

"AGRAVO REGIMENTAL: SUSPENSÃO DE SEGURANÇA.


FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO
ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZA ÇAO DO
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(e-STJ Fl.35)
fls. 758

ADVOCACIA

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EMPRESARIAL DISIBIJrS L . o,((,,S
-OQé.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
MAGISTÉRIO - FUNDEF. FIXAÇÃO DO VALOR MÍNIMO
ANUAL POR ALUNO.
1- Não basta a alegação de que estão sendo envolvidos
vultosos valores para justificar o pedido de suspensão no
que se refere à ocorrência de grave lesão à ordem e à
economia públicas.
11 - Grave lesão à ordem pública pode ocorrer caso o ensino
fundamental fique sem as verbas mínimas necessárias ao
seu custeio.
111 - Argumentos puramente econômicos não podem se
sobrepor à ordem jurídica, justificando o não cumprimento
das leis, sob pena de primazia da ordem econômica sobre as
ordens jurídica e administrativa.
IV - Não configura grave lesão á economia pública, liminar que
determinou a aplicação das disposições da Lei n.0 9424/9 6 na
fixação do valor mínimo anual por aluno das verbas destinadas
ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF.
V - Agravo Regimental desprovido. (TRF3 - Agravo Regimental
na Suspensão de Segurança n.0 2000.03.00.010450-2 - DJU
27/05/2003, seção 2,pág. 164)

No julgamento deste recurso, ficou assim consignou o


Desembargador Federal José KaIIas:

"No que se refere á ocorrência de grave lesão á ordem e à


economia públicas, não basta, a meu ver, alegar vultosos valores
envolvidos para justificar o acolhimento do pedido de suspensão,
como fez a agravante, quando afirma que o cumprimento da
decisão atacada implicaria na saida de receitas significativas dos
cofres da União Federal, sem a correspondente previsão
orçamentária.
É que, na sua decisão, a ilustre juíza de primeiro grau determinou
simplesmente a aplicação das disposições constantes do §10 do
artigo 60 da Lei n.0 9424/96, na fixação do valor mínimo anual por
aluno, das verbas destinadas ao FUNDEF - Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
Valorização do Magistério, a cargo do Presidente da República,
mas que nunca poderá ser "inferior à razão entre a previsão de
receita total para o Fundo e a matricula total para do ensino
fundamental no ano anterior, acrescida do total estimado de
novas matrículas...»
Dessa forma, a alegação de que o cumpimento da decisão em
comento ocasionaria a saida de expressiva quantia econômica
sem a necessária previsão orçamentária é destituída de
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14/22
(e-STJ Fl.36)
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EMPRESARIAL ~. Úoi.37LS
Inm.uI,~

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fundamento, uma vez que se o valor mínimo por aluno, a ser
estabelecido anualmente por ato do Presidente da República, tem
sua fixação determinada pela própria lei e em importância nunca
inferior á resultante dos critérios objetivos nela também
estabelecidos, tal circunstância impõe a conclusão de que a
União Federal já teria condições de efetuar a inclusão
orçamentária dos valores devidos, o que toma a afirmação da
imprevisão orçamentária inverossímel.
Grave lesão à ordem pública ocorreria se o presente pedido de
suspensão fosse acolhido, fazendo com que o ensino
fundamental ficasse sem as verbas mínimas necessárias ao seu
custeio, simplesmente porque a União Federal alegou motivos de
ordem econômica conjuntural para descumprir os preceitos do §
10 do art. 60 da Lei 9424/9 6, que, para melhor compreensão, vale
transcrever.-(..)"

E continuou, asseverando pela impossibilidade de abstração


da norma em face de argumentos financeiros:

"Argumentos puramente econômicos não podem se sobrepor á


economia pública, defendida pelo Agravante, implicaria em
causar lesão maior ordem jurídica, abrindo perigoso precedente
no sentido de que bastaria á União Federal alegar motivos de
ordem econômica para descumprir a lei e, no caso do Judiciário
determinar o seu cumprimento, autorizar a suspensão da decisão
judicial sob tais e injurídicos argumentos.
Como conclusão do pensamento acima ex pendido, temos que a
grave lesão à ordem econômica para justificar a suspensão de
decisão liminar, deve ser comprovada de plano e,
concomitantemente, não implicar em qualquer desrespeito e
violação flagrante ás leis vigentes. Do contrário, teríamos a
primazia da ordem econômica sobre as ordens jurídica e
administrativa.
Ante o exposto, diante da inexistência de grave lesão á ordem e à
economia públicas a justificar o pedido de suspensão, nego
provimento ao agravo regimental interposto."

De fato, o perigo de dano irreversível se afigura


multiplamente: se levarmos em conta a lesão às finanças municipais, se
sopesarmos o prejuizo à população, bem como se considerarmos a afronta à
ordem jurídica.
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15/22
(e-STJ Fl.37)
fls. 760

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EMPRESARIAL
DIJ~ISII.DJFAi SSFLS OOOo:ý..

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A manutenção desta situação, para além de inviabilizar o
implemento do ensino fundamental no âmbito dos municípios carentes, incita o
total desrespeito à Constituição e às transferências ali previstas.

Ora, se a União, que reconhecidamente tem maior poder


econômico pode, com supedâneo na crise que atravessa o pais, se negar a
realizar o aporte de verbas previstos na Carta Magna, decerto encoraja aos
Estados a fazerem o mesmo.

A situação abre ensanchas a que todos os entes federados


passem a descumprir os comandos constitucionais no tocante a repartição das
receitas.

Conforme já alhures esposado, o legislador constituinte


procurou de todas as formas, resguardar o repasse do Fundo de Participação
Municipal das arbitrariedades e injustas retenções.

Quando assim o determinou, o legislador o fez em


observância à própria sistemática de distribuição das competências tributárias, de
forma a garantir o mínimo de recursos à manutenção dos entes municipais.

Desta forma, restou sobejamente caracterizada a presença


dos requisitos ensejantes da imediata intervenção judicial.

À luz das considerações tecidas, restaram verificadas as


seguintes conclusões:

1 . Com o advento da emenda constitucional n.0 14, foi instituído o Fundo de


Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
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16/22
16/22
(e-STJ Fl.38)
fls. 761

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EMPRESARIAL IWLJO.I:LS L00Ç9

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Magistério - FUNDEF, pelo qual se opera a nova sistemática de distribuição dos
recursos destinados a educação fundamental.

2 . De acordo com a nova política educacional, ficou estabelecido que seria


determinado um valor mínimo de âmbito nacional, sendo complementados tais
valores, pela União, sempre que, no âmbito de cada estado, o valor dos recursos
repassados não alcancem o mínimo previsto.
3 . A seu turno, regulamentando o Fundef, a Lei n.0 9.424/96, em seu artigo 60,
determinou que o valor mínimo anual nunca poderá ser inferior à razão entre a
previsão da receita total para o Fundo e a matricula total do ensino fundamental
no ano anterior, acrescida do total estimado de novas matrículas, com base nos
dados fornecidos pelo censo educacional do Ministério da Educação e do
Desporto.

4 . Quando o legislador estabeleceu rígidos critérios para a fixação do valor de


referência não o fez por acaso, mas a partir de minuciosos critérios matemáticos,
para o melhor emprego dos recursos públicos orçamentários, cujo quantum, por
tais especificidades, seja capaz de assegurar a manutenção essencial e regular de
um sistema educacional com um mínimo de qualidade.

5. Dessa forma o legislador cercou de todos os cuidados a determinação do piso


nacional a ser resguardado a cada uma das edilidades, em função do número de
alunos matriculados em sua rede de ensino.

6 . Em que pese a importância da determinação deste parâmetro mínimo nacional


para a fixação das quantias a serem repassadas aos Estados e Municípios, a
União vem definindo este valor em completo arrepio aos critérios legalmente
estabelecidos.

7. Para tanto, o governo federal vem se utilizando de sucessivos decretos,


extrapolando de seu poder regulamentar em clara afronta ao princípio da
legalidade e da hierarquia das normas.
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17/22
17/22
(e-STJ Fl.39)
fls. 762

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EMPRESARIAL

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8 . Decerto, quando arbitra riamente, sem a observância dos expressos critérios
legais, o poder executivo determina o valor mínimo aquém da quantia real devida,
tem-se um ente da federação sobrepondo-se desmedidamente à outro,
subtraindo-lhes os imprescindíveis recursos.

9 . Para além, feriu-se a garantia constitucional da autonomia municipal, uma vez


que tais recursos, fazem parte do patrimônio jurídico das edilidades, utilizados que
são para a remuneração dos serviços de educação que, em cada região, são
prestados por estes entes.

10 .Tal como no Fundo de Participação Municipal, não é dado à União realizar


quaisquer atos que importem na usurpação das quantias ali referidas, sob pena de
macular de morte o princípio federativo dos poderes

11 . Sem a complementação financeira prevista, desnatura-se o Fundef pelo que,


para além de não promover o necessário nivelamento do sistema educacional
nacional, deixam-se os estados menos desenvolvidos à mingua de recursos para
garantir o mínimo de qualidade na prestação desse serviço público essencial.

12 . Mediante a análise dos estudos efetuados por diversos órgãos de outros


entes públicos, depreende-se a verossimilhança das alegações aqui expendidas,
pelos que todos os resultados são perfeitamente convergentes.

13 .De igual forma, a documentação colacionada, consistente em reportagens,


pronunciamentos judiciais e pareceres corroboram com a argumentação aqui
intentada.

14 . A seu turno, o perigo de dano irreversível desponta de múltiplas razões :se


levarmos em conta a lesão às finanças municipais, se sopesarmos o prejuízo à
população, bem como se considerarmos a afronta à ordem jurídica.
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18/22
18/22
(e-STJ Fl.40)
fls. 763

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EMPRESARIAL ýH.5FFLS 0,C

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Desta forma, vem requerer a V.Exa. o imprescindível amparo
judicial imediato, mediante expediçao de liminar inaudita altera pars a fim de
ordenar à União que passe a adotar, em relação aos Municípios Associados da
Autora, o valor mínimo por aluno calculado conforme determina a Lei n.0 9.474/96,
a saber de R$710,73 (setecentos e dez reais e setenta e três centavos) para os
alunos da la à 4 a série e de R$743,26 (setecentos e quarenta e três e vinte e seis
centavos) para os alunos da 5 ' à 8a série e do ensino especial, com relação ao
ano de 2003.

Deferida a medida pleiteada, requer a intimação da União, na


pessoa de seu representante legal, para que dê efetivo cumprimento à decisão,
em todos os seus termos, sob pena de aplicação de multa diária não inferior à 2%
(dois por cento) do valor a ser repassado aos municípios.

Nos moldes legais, pleiteia a intimação do Ministério Público


Federal, para intervir no feito na qualidade de custos legis.

Requer ademais, a citação da União, na pessoa de seu


representante em Maceió/AL, para querendo, contestar o feito no prazo legal, sob
pena de revelia.
No mérito, pugna pela completa procedência da ação,
confirmando em definitivo a tutela antecipada, para declarar ilegais os valores dos
pisos mínimos fixados entre os anos de 1998 e 2003, e condenar à União à:
1) repassar aos Municípios Associados da Demandante as diferenças
decorrentes da subestimação do valor mínimo nacional, averiguadas de
acordo com os valores previstos no art. 60 da Lei n.0 9.424/96;
2) efetuar os repasses futuros em conformidade com o valor mínimo nacional
legalmente determinado no art. 60 da Lei n.0 9.424/96.
3) realizar o pagamento de custas e honorários advocatícios na base de 20%
(vinte por cento) sobre o valor da causa.
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19/22
19/22
(e-STJ Fl.41)
fls. 764

ADVOCACIA

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D~IUIA-FL LS 3 LSOOO
EMPRESARIAL

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Protesta pela produção de todas as provas em direito
admitidas, especialmente a juntada posterior de documentos, perícias contábeis, e
todas as que se fizerem necessárias para a persecução da verdade.

Dá-se à causa o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para


efeitos fiscais.

Recife, 27 de outubro de 2003

AR SENIO ME IA DEÉ V. JÚ.NIOR


OAB3/PE n1 20.639

Acadêmica de Direito

DOCUMENTAÇÃO ANEXA

1. Instrumento de Constituição da AMA


2. Instrumento de Procuração e substabelecimento
3. Ata da assembléia extraordinária
4. Decretos Presidenciais para a fixação dos valores mínimos
5. Reportagens
6. Estudos do MEC sobre o FUNDEF
7. Estudos efetuados pelas Secretarias da Fazenda de Sergipe,
Pernambuco e Minas Gerais
8. Liminar conced ida no TRF3
9. Parecer do Ministério Público Federal
lO0Agravo Regimental
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Rua Engenheiro Oscar Ferreiro, 47 - Casa Forte - Recife/PE - CEP 52061-020

20/22
20/22
21/22
21/22
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(e-STJ Fl.42)
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(e-STJ Fl.43)
fls. 766
DISTMIUÇAN-
'AL U-.

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ASS~IÇO MO
MUi~O AlAGOmNs

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Ata da Assembléia Geral Extraordinária da Associação dos Municípios Alág8no9
-AMA, realizada no dia vinte e seis (26) de setembro de dois mil e três (2003). -\.

Aos vinte e seis (26) dias do mês de setembro do ano de dois mil e três (2003) 'as -

nove horas (09 h), na sede da Associação dos Municípios Alagoanos - AMA, situada _n4 ~v'---.
Dom Antônio Brandão, 218, Farol, nesta cidade de Maceió, instalou-se a Assembléia' ieral -,'
Extraordinária da AMA, sob a presidência da Sra. Rosiana Lima Beltrão Siqueira, conV~~ii-
na forma. do Estatuto da Associação. Dando início aos trabalhos, a Sra Presidente conviãbu os
presentes para assinarem a lista de presença que, depois de encerrada, demonstrou não IeY'id
atingido o quorum miímo exigido pelo Estatuto para a sua realização, naquele momento. Em
face de ocorrência constatada a Sra. Presidente comunicou aos presentes que seria observ o
oprazo legal disposto no Estatuto, de uma hora (1 h), quando a Assembléia Gral ~. -"

Extraordinária estaria automaticamente convocada para se reunir no mesmo local e deiberar../


com a presença de qualquer número de associados. Às dez horas (10 h), a Sra. Pred't
reiniciou os trabalhos determinando ao Secretário que procedesse a leitura da ata da re na 9 < \

anterior, que após lida fora aprovada por unanimidade dos presentes. Em seguida, rsa1i~
que conforme convocação feita, na forma Estatutária, a Assembléia Geral Extraordinlária" '

estava instalada com a finalidade de deliberar sobre a seguinte matéria: I- a atrzço r


que a Associação (AMA) possa representar e substituir seus integrantes associados, c~TO_ mo
representante/substituto processual, em defesa de seus interesses, conforme peràússivos.
disciplinados na Carta Magna; e 11- autorização para contratar os serviços advocat.icýjdc-
Escritório Jurídico Monteiro e Filho Advogados Associados SIC, visando a recuperação de ~
tributos indevidamente pagos em exercícios anteriores, bem como a redução dos valq rloS' -

débitos, referente aos tributos, que estão sendo praticados atualmente. Após amplo debateaw
matéria foi colocada em votação sendo aprovada por unanimidade dos presentes. Coiný fias
nada houvesse a ser tratado, foi lavrada a presente ata que, após lida e achada confo e, 7aYw
assinada pela senhora presidenta e por mim, Manuilson Andrade Santos, que secretaieiiosY-
trabalhos e a redigi, e pelos demais presentes que o desejarem. -.. ½
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Maceió/Al., 26 de setembr d2.-

Processo: 0800907-04.2016.4.05.0000
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
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LANZILLOTTI ALVARENGA GAYAO - Gestor- Procurador
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(e-STJ Fl.92)
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(e-STJ Fl.93)
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(e-STJ Fl.94)
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(e-STJ Fl.95)
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(e-STJ Fl.96)
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(e-STJ Fl.97)
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Identificador: 4058000.2252115
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000

Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37


GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor

Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam


(e-STJ Fl.98)

17081618273762200000002268842
fls. 777

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(e-STJ Fl.380)
fls. 778

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República Federativa do Brasil
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5! REGIÃO
Gabinete do Desembargador Federal Manoel Erhardt

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APELAÇÃO CIVEL 3483 12-AL (2003.80.00.0 11204-O).
APTE AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADV/PROC ARSÉNIO MEIRA DE VASCONCELOS JÚNIOR E OUTROS
APDO UNIÃO.
ORIGEM JUÍZO DA 7a VARA FEDERAL DE ALAGOAS
RELATOR DESEMBARGADOR FEDERAL MANOEL ERHARDT.

RELATO RI O
1. A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS interpõe apelação da sentença do MM Juiz Federal da 7 a
Vara da Seção Judiciária de Alagoas, que julgou improcedente sua
pretensão de obrigar a UNIÃO a repassar aos municípios associados
quantia equivalente aos recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (FUNDEF) que eles deixaram de receber, na vigência da Lei
no 9.424/96, por conta da estimação do Valor Mínimo Nacional por
Aluno (VMNA) abaixo da média nacional.

2. Negando a prescrição de sua pretensão, insiste


que o VMNA vinha sendo estipulado de forma aleatória e abaixo do piso
fixado no art. 60 da Lei no 9.424/96.

3. A UNIÃO ofereceu contra-razões, questionando


a representatividade da autora, invocando a prescrição qüinqüenal e
negando qualquer irregularidade nos repasses referentes ao FUNDEF.

4. É o relatório.
Documento recebido eletronicamente da origem

AC348312-AL
RELATóRIO -f. 1/ 1
Gil

1/7
15/21
(e-STJ Fl.381)
fls. 779

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República Federativa do Brasil
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5' REGIÃO
Gabinete do Desembargador Federal Manoel Erhardt

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APELAÇÃO CIVEL 3483 12-AL (2003.80.00.0 11204-O).
APTE AMA - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADV/PROC ARSÊNIO MEIRA DE VASCONCELOS JÚNIOR E OUTROS
APDO :UNIÃO.
ORIGEM JUíZO DA 7a VARA FEDERAL DE ALAGOAS
RELATOR DESEMBARGADOR FEDERAL MANOEL ERHARDT.

VOTO
1. Ao formular pedido de complementação das
verbas do FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome dos
municípios que lhe são associados, em típica relação de representação,
fundada no art. 50, inciso =X, da Constituição Federal.

2. A inicial encontra-se instruída com a ata da


assembléia que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos
municípios associados (Lei no 9.424/97, art. 2'-A, parágrafo único) - fs.
44 e274.

3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento


da ação.

4. No mais, o acesso gratuito ao ensino


fundamental é um direito assegurado constitucionalmente (CF/88, adt.
208, 1).

5. Para viabilizá-lo, previu-se, a partir da Emenda


Constitucional no 14/96, a instituição, "no âmbito de cada Estado e do
Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de natureza
contábil", formado, basicamente, por recursos da própria Unidade
Federativa e dos municípios nela localizados, cabendo, eventualmente,
complementação pela União, sempre que "seu valor por aluno não
alcançar o mínimo definido nacionalmente" (ADCT, ad. 60, §§ 10, 20, 30
Documento recebido eletronicamente da origem

e 7').

6. A efetiva instituição dos referidos fundos viria a


se dar pela Lei no 9.424/96, cujo ad. 60, após reafirmar, no caput, o
papel complementar da União, em função de um valor "mínimo definido

A 4 2-AL
GH

2/7
16/21
(e-STJ Fl.382)
fls. 780

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nacionalmente", fixou, no seu § 40, em trezentos reais o valor mínimo
por aluno, a ser observado durante o primeiro ano de vigência da lei.

7. Para os exercícios subseqüentes, estabeleceu no


seu § 10:

"0 valor mínimo anual por aluno, ressalvado o


disposto no § 40, será fixado por ato do Presidente
da República e nunca será inferior à razão entre a
previsão da receita total para o Fundo e a matrícula
total do ensino fundamental no ano anterior,
acrescida do total estimado de novas matriculas,
observado o disposto no art. 20, § 10, incisos I e I"
(sic).

8. 0 propósito do artigo em comento, caput e


parágrafos, afigura-se evidente: dispor, tal como preconizado no § 70 do
art. 60 do ADCT, "sobre a forma de cálculo do valor mínimo nacional
por aluno", em função do qual se daria a complementação da União.

9. Para este fim específico, os dados relativos a


cada um dos fundos estaduais hão de ser considerados conjuntamente,
não apenas porque a isto induzem as referências à "receita total" e à
"6matricula total", mas por ser a forma mais lógica de obter um valor
mínimo de referência nacional.

10. Tudo, afinal, se resolve por meio de operações


aritméticas, sem a necessidade de recorrer à figura de um suposto
Fundo Nacional nem de, por qualquer outro modo, comprometer a
autonomia dos vários fundos estaduais, porquanto o que se consolidam
são apenas os dados contábeis e estatisticos pertinentes, não os
recursos alocados.

li. Descabido, pois, cogitar-se de transferências


financeiras entre os referidos fundos, menos ainda de questões
relacionadas à política fiscal de cada um das unidades da Federação.
Documento recebido eletronicamente da origem

12. Esta compreensão em nada desnatura o caráter


eventual da participação da União, permanecendo esta obrigatória
apenas em relação aos fundos estaduais cujo "valor por aluno não
alcançar o mínimo definido nacionalmente".

4 12-AL
VO0- f. 2
Gil

3/7
17/21
(e-STJ Fl.383)
fls. 781

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 59 REGIÃO
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13. A interpretação dada tampouco cria despesa
nova. Apenas identifica o sentido e o alcance da norma aplicável à
questão controvertida.

14. No extremo oposto, a ênfase à relação


receita/aluno, no âmbito de cada fundo estadual isoladamente, e à
discricionariedade do Presidente na escolha, dentre os resultados assim
apurados, daquele que servirá de referencial mínimo, além de soar
artificial, abre margem para que a complementação federal venha a se
tomar inexpressiva, o que, acaso confirmado, frustraria inteiramente a
proposta original da EC 14/96 de buscar, por meio da referida
complementação, a redução das desigualdades regionais no campo da
ensino fundamental.

15. Em caso similar, decidiu a Quarta Turmna deste


Regional:
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. AÇÃO INDIVIDUAL E AÇÃO
COLETIVA PROPOSTA POR ASSOCIAÇÃO QUE
ATUA COMO SUBSTITUTO PROCESSUAL.
LITISPENDENCIA. INEXISTÊNCIA. MUNICIPIO.
DEFINIÇÃO DO VALOR MÍNIMO ANUAL POR
ALUNO PARA FINS DE COMPLEMENTAÇÃO DO
FUNDEF. UNIÃO. ÔNUS DA SUCUMBENCIA.
1. Não existe litispendência entre a ação proposta
individualmente e a ação coletiva proposta por
Associação, que atua como substituto processual, já
que esta não pode inibir o exercício de direito de
ação por via de processo individual ajuizado pelo
respectivo titular. Preliminar rejeitada.
2. Tratando-se de ato administrativo que, pelo
menos em tese, pode lesar direitos e interesses
legítimos, e pressupondo, o exercício do poder
discricionário pela Administração, a valoração do
interesse público, e a utilização de critérios de
oportunidade e conveniência, nem por isso
Documento recebido eletronicamente da origem

prescindirá o agente público do juízo prévio da


adequação de tais critérios às regras jurídicas,
princípios, valores, e aspectos de legalidade e de
constitucionalidade, que legitimam o controle
judicial do ato.

GH»3412A

4/7
18/21
(e-STJ Fl.384)
fls. 782

f1

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República Federativa do Brasil
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5,1 REGIAO
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3. 0 FUNDEF, a teor das suas normas de regência -
Lei n.o 9.424/96, regulamentada pelo Decreto n.o
2.264/97 -, é fundo contábil, cujos recursos devem
ser aplicados para a manutenção e desenvolvimento
do ensino fundamental público e na valorização do
magistério, e distribuídos no âmbito de cada Estado
e do Distrito Federal, na proporção do número de
alunos matriculados anualmente nas escolas
cadastradas, consideradas as matrículas da 1 .a à 8 .a
séries do ensino fundamental.
4. A União somente complementará os recursos
destinados ao FUNDEF, no âmbito de cada Estado e
do Distrito Federal, caso o valor destes recursos não
alcance o mínimo definido nacionalmente. O Valor
Mínimo Anual por Aluno (VMAA) é fixado por ato do
Presidente da República, e seu cálculo é efetuado a
partir da razão entre a previsão da receita total para
o FUNDEF e a matrícula total do ensino
fundamental no ano anterior, acrescido do total
estimado de novas matrículas, cujos dados são
extraidos do censo anual educacional realizado pelo
Ministério da Educação.
5. O § 1.0 do art. 6.' da Lei n.' 9.424/96 dispõe que
o VMAA "nunca será inferior à razão entre o total
para o fundo e a matrícula total do ensino
fundamental no ano anterior, acrescida do total
estimado de novas matrículas", devendo-se definir
tais variáveis no ámbito nacional, sem que isso
implique o desvirtuamento do caráter plural do
FUNDEF.
6. O Presidente da República poderá fixar o VMAA
(nacional) no patamar que entender mais
conveniente para a consecução de seu programa de
governo (art. 6.0, caput, da Lei n.' 9.424/96), desde
que esse valor mínimo seja superior à média
nacional, que é quociente dos recursos totais
(nacionais) do Fundo e da matrícula total (nacional)
no ano anterior, acrescida do total (nacional)
estimado de novas matrículas (§ 1.', do artigo 6.0, da
Documento recebido eletronicamente da origem

Lei n.o 9.424/96).


7. A Constituição Federal erigiu a eliminação das
desigualdades regionais e o acesso universal à
educação básica à categoria de garantias
fundamentais, disso resultando que a n as

G 11

5/7
19/21
(e-STJ Fl.385)
fls. 783

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tnfraconstitucionais que regem a matéria devem ser
interpretadas à luz daqueles princípios superiores
encartados na Lei Maior.
8. O artigo 60, § 30' do Ato das Disposições
Constitucionais T'ransitórias, na redação dada pela
Emenda Constitucional n.' 14/96, adotou como
mecanismo de repartição igualitária dos recursos
destinados ao FUNDEF, a sua complementação pela
União, quando o valor mínimo por aluno, nos
Estados e no Distrito Federal, não alcançar o
mínimo nacionalmente estipulado. Nesse contexto, a
complementação dos recursos do FUNDEF, servindo
aos princípios emanados da Constituição Federal, e
instrumento de erradicação do analfabetismo, de
universalização da educação fundamental, e de
diminuição das disparidades regionais, nisto
residindo a mens legis vinculante do ato em
apreciação.
9. É inaceitável a utilização como valor mínimo
nacional por aluno, do menor valor médio por aluno
encontrado nos Estados, já que, mesmo na hipótese
de o Presidente da República fixar um VMAA
superior ao menor quociente estadual, porém menor
do que a média nacional, não seria este o critério
mais adequado para efetivar o mandamento
constitucional, pois limita arbitrariamente, a
concretização da diretriz constitucional de repartição
igualitária dos recursos destinados aos Fundos
instituidos nos entes federativos, em homenagem ao
principio da universalização do acesso à educação
fundamental. Isto sem mencionar que, levado ao seu
extremo, tal sistemática inviabilizaria qualquer
hipótese de repartição.
10. O grau de discricionariedade conferido ao
Presidente da República, na fixação do VMA, não é
absoluto, encontrando limites constitucionais e
legais nos artigos 212 da Constituição, e 60 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, por
sua vez inspiradores da fórmula do § 1.0, do artigo
Documento recebido eletronicamente da origem

6.0, da Lei n.o 9.424/96. Na hipótese, o ato em


questão revela-se alheio aos aludidos mandamentos
constitucionais e legais, não podendo, assim,
subsistir.

GH

6/7
20/21
(e-STJ Fl.386)
fls. 784

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11. Faz jus o Município ao repasse dos valores
devidos à titulo de complementação do FUNDEF, em
virtude da aplicação da sistemática efetivamente
prevista no § 1.0 ,do artigo 6.0 Lei n.o 9.424/96, que
não admite a estipulação do VMAA em patamar
inferior à média nacional obtida através da razão
entre o somatório dos valores destinados aos
diversos fundos estaduais, e o número total de
alunos matriculados no ensino fundamental, em
todo o País, acrescido da previsão de novas
matriculas.
12. O cálculo de tais verbas deverá ser efetuado na
fase de liquidação, de acordo com a fórmula
supracitada, com efeito retroativo aos exercícios
financeiros findos desde a instituição do FUNDEF,
observando-se a prescrição qüinqüenal, a contar da
data do despacho judicial que ordenou a citação da
União Federal (artigos 1.0, do Decreto n.o 20.910/32,
e 212, do Código Civil).
13. Sentença reformada para condenar a União a
fixar doravante o VMAA com observãncia dos limites
legais supracitados, bem como a efetuar o repasse
das diferenças vencidas, observada a prescrição
qüinqüenal.
14. Verba honorária a ser paga pela União, em
virtude da sucumbência, à razão de 1%sobre o valor
da condenação, nos termos do artigo 20, § 4.0, do
Código de Processo Civil. Incabível a condenação da
União ao pagamento de custas e despesas
processuais. Artigo 4.0, § 1.0, da Lei n.o 9.289/96.
15. Apelação da União improvida. Remessa oficial e
apelação do Município de Branquinha/AL
parcialmente providas.
(AC n' 348.781/AL, Des. Federal Marcelo Navarro,
DJ 26/04/05, p. 358).
16. O entendimento foi confirmado por acórdão da
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Primeira Turma do STJ, de cuja ementa destaco o seguinte trecho:


ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. VALOR
MÍNIMO ANUAL POR ALUNO - VMAA. CRITÉRIO
DE FIXAÇÃO. VALOR MÉDIO MÍNIMO OBTIDO A
PARTIR DE VARIAVEIS DE AMBIJý NACIONAL.
Processo: 0800907-04.2016.4.05.0000
Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente
Assinado eletronicamente por: por:
CRISTIANE
GUILHERME EMMANUELMARCELA COUTO PESSOA
LANZILLOTTI ALVARENGA GAYAO - Gestor- Procurador
16021211110190500000003703095
17081618280900000000002268844
(3H
Data e e
Data hora
hora da assinatura:
da assinatura: 12/02/2016
16/08/2017 18:34:37 12:02:33
Identificador: 4050000.3709462
Identificador: 4058000.2252117
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21/21
(e-STJ Fl.387)
4~a, fls. 785

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República Federativa do Brasil
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LEGALIDADE. COMPLEMENTAÇÃO PELA UNIAO
DOS RECURSOS DESTINADOS AO FUNDO DE
MANUTENÇAO E DE DESENVOLVIMENTO DO
ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO
MAGISTÉRIO FUNDEF. APONTADA VIOLAÇÃO
-

DOS ARTIGOS 20, § 40 E 60, § 10, DA LEI 9.424/96.


NÃO-OCORRENCIA.
1. Trata-se de recurso especial interposto pela
União, com supedâneo na alinea "a" do permissivo
constitucional, contra acórdão que, ao dar parcial
provimento à apelação do Município recorrente,
determinou à União a complementação das verbas
do Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
- FUNDEF. Alega a União que o valor utilizado como
referência para a determinação do Valor Mínimo
Anual por Aluno (XTMAA) não se vincula a uma
média nacional, mas deve observar a menor
importância encontrada, por exemplo, no âmbito de
uma das unidades da federação, ou seja, qualquer
dos Estados ou o Distrito Federal.
2. Contudo, não está caracterizada a violação dos
dispositivos da legislação federal indicada. Tal como
argumentado pelo Município, deve mesmo ser
utiJizada a média mínima nacional como critério de
fixação do VMAA, e não a média mínima obtida em
determinado Estado ou no Distrito Federal. Esse
entendimento aplica critério teleológico de exegese
normativa, na medida em que resguarda os objetivos
de integração nacional dos processos e da politica
educacional, por via dos quais o Estado busca
reduzir ou eliminar as distorções verificadas no
panorama educacional no Brasil.
3. Recurso especial conhecido e não-provido.
(REsp n0 882.212/AL, Ministro José Delgado, DJ
20/09/07, p. 244).
17. Por não haver observado, na fixação do VMNA,
Documento recebido eletronicamente da origem

o piso estabelecido no art. 60, § 10, da Lei n0 9.624/96, deve a União


repassar aos municípios representados pela autora a quantia
equivalente aos recursos do FUNDEF que eles, por conta disso,
deixaram de receber, desde o quinto ano anterior ao ajuizamento da
ação até a implantação do FUNDEB (Medid Provisória O 339/06,
3 12-AL
-f. 7/8
GH

1/7
1/18
(e-STJ Fl.388)
fls. 786

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República Federativa do Brasil
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 59 REGIÃO
Gabinete do Desembargador Federal Manoel Erhardt

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
convertida na Lei nO 11.494/07), restando prejudicada a pretensão
inicial relativamente ao período posterior ao advento da nova disciplina
normativa.

18. A apuração do montante da dívida pressupõe a


alise de dados financeiros e estatísticos que levem à definição do
valor médio nacional por aluno e à identificação dos recursos
efetivamente repassados ao Município. Impõe-se, pois, a liquidação por
artigos, tomando-se como limite do débito o valor indicado na inicial.

19. Afigurando-se mínima a sucumbência da


autora, arcará a União com os honorários advocatícios. Estes devem ser
fixados consoante avaliação eqüitativa, que leve em consideração, além
da natureza e importãncia da causa, o lugar da prestação, o zelo
profissional, o trabalho realizado e o tempo nele dispensado (CPC, art.
20, §§ 30 e 4').

20. Além de economicamente expressiva, a causa


revelou-se de complexidade mediana, demonstrando os procuradores de
ambas as partes elogiável dedicação na defesa de suas respectivas
teses. A vista disso, arbitro os honorários de sucumbência em três mil
reais.

21. Com estas considerações, dou provimento, em


parte, à apelação.

22. É como v to.


Documento recebido eletronicamente da origem

AC348312-AL
GH ~VOTO -f. 8/8

2/7
2/18
(e-STJ Fl.389)
fls. 787
JRIUNAL EGIONALFEDERAL DA QUINTA RGÃ
Eparta-
B TF5

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.- ,

Mináuta de Julgamento de Sessão OrdináriaI .


a' .Segunda Turma

2030 0 1120Ô4 0.' P~auta: 06/05/20,08. Julgad «06/05/2008' ~


AC348312-ALr >

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.

Processo Origiriári:2003.à0.00.01 1204-0 ,'a"a


,Origem:.7ýVarà&Fedéral deÃAladoas< '-

ReIaor' Exmo. Sr.,'ESEMBARGADOR FEDERAL-MANOEL DE OLIVEI1RA ERHARIiT,-


Presidente da.SessãoE x{o, S..DÉ_SEMBARGADOR FDRL MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDbf'
a-oc ráõ-aRpbi .à:UJ'Ió-C Sr.,AIII'à. FRANCISCO C HAVIES DOS'ANJOS NETO

APTE.-AMAASSOCAÇAODOS MUNICíPIOS? ALAGOAN.OS


APDO UNlÃO,'
.,*~ a ',a.

Ar-ÀDWiROC .-. *:,ocSÉ,IOMEIRA DE VAC_ýLSJÚNIOR*e outros

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eunedcso 1a ae

CeTrtificoà
qu alEgréidad dudaTrmiaa '~a
prociet
àâessço, ems ermpígrafe, em seso

réIator, Participaram do julgamento os Exmos. Srs. De'sembargadóres, Federais Rog ério


deoMeneses''FialhoMrraeJ aro *naLins Peire (convocada '&~ ust~ãa
Exni0. Sr. Desembargador'Fe eral, Luiz AIbe o GúrgeI de. Faria,,'por ri otivo de férias)..
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deAuquerque Wanderey
Secretario(a)

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3/18
Documento recebido eletronicamente da origem

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APELAÇAO-CIVEL N1 348.31-AL
RELATÓRIO, EVOTO (NO GABINETE)

..
_AOL;RAD.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DAS5R -G1AO,

:SRS -DESEMBARGADORES FEDERASMANOGEI ERHA.

---CAROLINA LINS PEREIRA:-'.Dé- acordo, (sem


e
2á T'Urma'-O.5.&~~
(e-STJ Fl.390)
fls. 788

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(e-STJ Fl.391)
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(e-STJ Fl.392)
fls. 790
N .. flhI~
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República Federativa do Brasil
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5! REGIÃO
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4. Disciplina reformulada a partir da Emenda
Constitucional n0 53/06 e da Medida Provisória n0 339/06, convertida
na Lei n0 11.494/07.

5. Apelação provida, em parte.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de AC


3483 12-AL, em que são partes as acima mencionadas, ACORDAM os
Desembargadores Federais da Segunda Turma do TRF da 5a. Região,
por unanimidade, em dar provimento, em parte à apelação, nos termos
do relatório, voto e notas taquigraficas constantes os autos, que ficam
fazendo parte do presente julg o.

Rec e, 6 d maio de

Des Fed r oe ardt


OR
Documento recebido eletronicamente da origem

AC3483 12-AL
ACÓRDÃO f. 2/2
-
GH

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(e-STJ Fl.393)
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¾PDR . IRI

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APE AM - SOCAÇ.; DOS, JUICIIOSLGONS
AD/PO. TR''EIBUNAFEINA EDALN DAE~, OGIA0 e u.r

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Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252121
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(e-STJ Fl.644)
fls. 792

Superior T ribunal deJ ustiça

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RC07

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL (2014/0057936-0)

RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA


AGRAVANTE : UNIÃO

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AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

DECISÃO
Vistos.
Trata-se de Agravo de Instrumento da UNIÃO, interposto
contra decisão de inadmissão do Recurso Especial, porquanto não
demonstrada violação ao art. 535, II, do Código de Processo Civil,
aplicação do enunciado da Súmula n. 284/STF e que o acórdão decidiu a
controvérsia sob enfoque constitucional (fls. 298/299e).
Sustenta-se, preliminarmente, a ausência de capacidade
postulatória e, no mérito, estarem presentes os pressupostos de
admissibilidade do recurso especial (fls. 01/08e).
Com contraminuta (fls. 574/583e), os autos foram
encaminhados a esta Corte.
Feito breve relato, decido.
Nos termos do art. 544 do Código de Processo Civil
(redação anterior à Lei n. 12.322/10), combinado ao art. 254, I, do
Regimento Interno desta Corte (redação anterior à Emenda Regimental n.
16/14), o Relator está autorizado, por meio de decisão monocrática, a
negar provimento ao Agravo de Instrumento, quando ausentes os
pressupostos de admissibilidade do Recurso Especial.
Quanto a preliminar arguída, o Tribunal de origem decidiu a
questão da atuação da Associação Autora em nome dos municípios
associados, sob o fundamento de que agia em conduta típica de
representação, conforme extrai-se dos seguintes excertos do acórdão
recorrido (fls. 150/162e):

1. Ao formular pedido de complementação das verbas do


FUNDEF, a autora, ora apelante, age em nome dos
municípios que lhe são associados, em típica relação de
representação, fundada no art. 5o, inciso XXI, da
Constituição Federal.

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RC07

2. A inicial encontra-se instruída com a ata da assembléia


que autorizou o ajuizamento da ação e com a lista dos
municípios associados (Lei n° 9.424/97, art. 2°-A, parágrafo

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único) - fs. 44 e 274.
3. Nada há, portanto, que impeça o conhecimento da ação.

Nas razões do Recurso Especial, tal fundamentação não foi


refutada, repercutindo na inadmissibilidade do recurso, visto que esta
Corte tem firme posicionamento segundo o qual a falta de combate a
fundamento suficiente para manter o acórdão recorrido justifica a
aplicação, por analogia, da Súmula n. 283 do Colendo Supremo Tribunal
Federal: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão
recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não
abrange todos eles”.
Nessa linha, destaco os seguintes julgados de ambas as
Turmas que compõem a 1ª Seção desta Corte:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO


REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
OCUPAÇÃO DE TERRA PÚBLICA. ÁREA DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE. DEMOLIÇÃO DE
CONSTRUÇÃO. OMISSÃO NÃO CARACTERIZADA.
INTERPRETAÇÃO DE LEI LOCAL. SÚMULA N. 280 DO
STF. ACÓRDÃO A QUO QUE CONCLUI, COM BASE NOS
FATOS E PROVAS DOS AUTOS, PELA
IRREGULARIDADE DA EDIFICAÇÃO. REVISÃO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ.
FUNDAMENTO AUTÔNOMO INATACADO. SÚMULA N.
283 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO À LEI FEDERAL.
DISPOSITIVOS NÃO INDICADOS. FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE. SÚMULA N. 284 DO STF.
(...)
4. A argumentação do recurso especial não atacou o
fundamento autônomo e suficiente empregado pelo acórdão
recorrido para decidir que o Código de Edificações do
Distrito Federal autoriza à Administração Pública, no
exercício regular do poder de polícia, determinar a
demolição de obra irregular, inserida em área pública e de
preservação permanente. Incide, no ponto, a Súmula
283/STF.
(...)
(AgRg no AREsp 438526/DF, Rel. Ministro BENEDITO
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/08/2014,

Ag 1432901 C542452155218083230<14@ C8210:13082900:1@


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RC07

DJe 08/08/2014).

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. FASE DE


EXECUÇÃO DE SENTENÇA CONDENATÓRIA POR ATO

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DE IMPROBIDADE. BENS IMÓVEIS PENHORADOS,
LEVADOS A HASTA PÚBLICA E ARREMATADOS.
SUPERVENIÊNCIA DE DECISÃO EM AÇÃO
RESCISÓRIA, RESCINDINDO O ACÓRDÃO
CONDENATÓRIO. PRETENSÃO DE ANULAÇÃO DAS
ARREMATAÇÕES. NECESSIDADE DE AÇÃO PRÓPRIA.
IMÓVEIS QUE TERIAM SIDO ARREMATADOS POR
PREÇO VIL. INDENIZAÇÃO QUE DEVE SER BUSCADA
EM AÇÃO PRÓPRIA. ACÓRDÃO RECORRIDO CUJOS
FUNDAMENTOS NÃO SÃO IMPUGNADOS PELAS
TESES DO RECORRENTE. SÚMULA N. 283 DO STF.
INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC.
(...)
4. Com relação aos demais pontos arguidos pelo recorrente,
forçoso reconhecer que o recurso especial não merece
conhecimento, porquanto, além da ausência de
prequestionamento das teses que suscita (violação dos
artigos 687, 698 do CPC e 166, inciso IV, e 1.228 do Código
Civil) (Súmula n. 211 do STJ), tem-se que as razões
recursais não impugnam, especificamente, os fundamentos
do acórdão recorrido, o que atrai o entendimento da Súmula
n. 283 do STF.
(...)
(REsp 1407870/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 12/08/2014, DJe
19/08/2014).

No mérito, não se pode conhecer a apontada violação ao art.


535 do Código de Processo Civil, porquanto o recurso cinge-se a
alegações genéricas e, por isso, não demonstra, com transparência e
precisão, qual seria o ponto omisso, contraditório ou obscuro do acórdão
recorrido, bem como a sua importância para o deslinde da controvérsia, o
que atrai o óbice da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal, aplicável,
por analogia, no âmbito desta Corte.
Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PRESCRIÇÃO


DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. AFASTAMENTO.
AUSÊNCIA DE INÉRCIA DO CREDOR. NECESSIDADE
DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. DISSÍDIO

Ag 1432901 C542452155218083230<14@ C8210:13082900:1@


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RC07

NÃO COMPROVADO.
1. É deficiente a fundamentação do recurso especial em que
a alegação de ofensa ao art. 535 do CPC se faz de forma

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genérica, sem a demonstração exata dos pontos pelos quais
o acórdão se fez omisso, contraditório ou obscuro. Aplica-se,
na hipótese, o óbice da Súmula 284 do STF.
(...)
(AgRg no REsp 1450797/RS, Rel. Ministro SÉRGIO
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 05/06/2014, DJe
11/06/2014)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO


REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC. SÚMULA 284/STF.
SERVIDOR PÚBLICO. PROFISSIONAL DA ÁREA DA
SAÚDE. IMPOSSIBILIDADE DE ACUMULAÇÃO DE
CARGOS. ACÓRDÃO COM FUNDAMENTO
EMINENTEMENTE CONSTITUCIONAL.
INCOMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS.
IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO, NA VIA ELEITA.
SÚMULA 7/STJ. PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO.
I. Quanto à alegação de negativa de prestação jurisdicional,
verifica-se que, apesar de apontar como violado o art. 535
do CPC, a agravante não evidencia qualquer vício no
acórdão recorrido, deixando de demonstrar no que consistiu
a alegada ofensa ao citado dispositivo, atraindo, por
analogia, a incidência da Súmula 284 do Supremo Tribunal
Federal ("é inadmissível o recurso extraordinário, quando a
deficiência na sua fundamentação não permitir a exata
compreensão da controvérsia"). Nesse sentido: STJ, AgRg
no AREsp 422.907/RJ, Rel. Ministra ELIANA CALMON,
SEGUNDA TURMA, DJe de 18/12/2013; AgRg no AREsp
75.356/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, DJe de 21/10/2013.
(AgRg no AREsp 318.883/RJ, Rel. Ministra ASSUSETE
MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/06/2014,
DJe 01/07/2014, destaque meu).

Ademais, firmou-se nesta Corte o entendimento segundo o


qual o recurso especial, interposto pela alínea a e/ou pela alínea c, do
inciso III, do art. 105, da Constituição da República, não merece prosperar
quando o acórdão recorrido encontra-se em sintonia com a jurisprudência
dessa Corte, a teor da Súmula 83/STJ, verbis:

Ag 1432901 C542452155218083230<14@ C8210:13082900:1@


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(e-STJ Fl.648)
fls. 796

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RC07

Não se conhece do recurso especial pela divergência,


quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo
sentido da decisão recorrida.

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Cumpre sublinhar que o alcance do referido entendimento
aos recursos interpostos com fundamento na alínea a, do permissivo
constitucional, decorre do fato de que a aludida divergência diz respeito à
interpretação da própria lei federal (v.g.: AgRg no AREsp 322.523/RJ, 1ª
T., Rel. Min. Sérgio Kukina, DJe de 11.10.2013; e AgRg no REsp
1.452.950/PE, 2ª T., Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 26.08.2014).
Anote-se que, para a aplicação do entendimento previsto na
Súmula 83/STJ, basta que o acórdão recorrido esteja de acordo com a
orientação jurisprudencial firmada por esta Corte, sendo prescindível a
consolidação do entendimento em enunciado sumular, ou a sujeição da
matéria à sistemática dos recursos repetitivos, nos termos do art. 543-C,
do Código de Processo Civil, com trânsito em julgado (AgRg no REsp
1.318.139/SC, 2ª T., Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 03.09.2012).
Na hipótese dos autos, verifico que o acórdão recorrido
adotou entendimento pacificado nesta Corte no sentido de que para fins
de complementação pela União ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental - FUNDEF (art. 60 do ADCT,
redação da EC 14/96), o Valor Mínimo Anual por Aluno - VMAA, de que
trata o art. 6º, § 1º, da Lei n. 9.424/96, deve ser calculado levando em
conta a média nacional, conforme julgado assim ementado:

ADMINISTRATIVO. FUNDO DE MANUTENÇÃO E


DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE
VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO - FUNDEF. VALOR
ANUAL MÍNIMO POR ALUNO - VMAA. FIXAÇÃO.
CRITÉRIO: MÉDIA NACIONAL.
1. Para fins de complementação pela União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental -
FUNDEF (art. 60 do ADCT, redação da EC 14/96), o "valor
mínimo anual por aluno" (VMAA), de que trata o art. 6º, § 1º
da Lei 9.424/96, deve ser calculado levando em conta a
média nacional. Precedentes.
2. Recurso especial a que se nega provimento. Acórdão
sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ

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Publicação no DJe/STJ nº 1726 de 06/05/2015. Código de Controle do Documento: 51463109-69E7-412B-8526-A6308A227F93

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(e-STJ Fl.649)
fls. 797

Superior T ribunal deJ ustiça

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RC07

08/08.
(REsp 1101015/BA, Rel. Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/05/2010,
DJe 02/06/2010).

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
EM RECURSO ESPECIAL. FUNDO DE MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E
DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO (FUNDEF). VALOR
ANUAL MÍNIMO POR ALUNO (VMAA). FIXAÇÃO.
CRITÉRIO. MÉDIA NACIONAL. ENTENDIMENTO
FIRMADO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL
JULGADO SOB O RITO DO ART. 543-C DO CPC. JUROS
DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI 11.960/09.
MATÉRIA PENDENTE DE JULGAMENTO NO STF. ADI
4.357/DF. SOBRESTAMENTO DO FEITO.
DESCABIMENTO. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento do REsp 1.101.015/BA, da relatoria do Min.
TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe 2/6/10, recurso submetido
ao rito dos recursos repetitivos (art.
543-C do CPC), firmou entendimento no sentido de que,
para fins de complementação pela União ao Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental -
FUNDEF (art. 60 do ADCT, redação da EC 14/96), o Valor
Mínimo Anual por Aluno - VMAA, de que trata o art.
6º, § 1º, da Lei n. 9.424/96, deve ser calculado levando em
conta a média nacional.
2. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp
1.270.439/PR, submetido ao rito do art. 543-C do CPC,
adequou seu entendimento ao decidido na ADIn 4.357/DF,
julgada pelo STF, que declarou a inconstitucionalidade
parcial do art. 5º da Lei 11.960/09. Assim, os juros de mora
nas ações contra a Fazenda Pública devem ser calculados
com base no índice oficial de remuneração básica e juros
aplicados à caderneta de poupança, nos termos da regra do
art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação da Lei 11.960/09. Já a
correção monetária, por força da declaração de
inconstitucionalidade parcial do art. 5º da Lei 11.960/09,
deverá ser calculada com base no IPCA, índice que melhor
reflete a inflação acumulada do período.
3. "Segundo a jurisprudência desta Corte, a pendência de
julgamento pelo STF, de ação em que se discute a
constitucionalidade de lei, não enseja o sobrestamento dos
recursos que tramitam no STJ" (AgRg no REsp
1.359.965/RJ, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS

Ag 1432901 C542452155218083230<14@ C8210:13082900:1@


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(e-STJ Fl.650)
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RC07

CUEVA, Terceira Turma, DJe 31/05/2013).


4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 130.573/BA, Rel. Ministro ARNALDO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
18/02/2014, DJe 24/02/2014).

RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. FUNDEF.


CRITÉRIOS DE APURAÇÃO DO VALOR MÍNIMO ANUAL
POR ALUNO (VMAA). PRONUNCIAMENTO PELA
SISTEMÁTICA DO ART. 543-C DO CPC (RECURSO
ESPECIAL 1.101.015/BA). JUROS DE MORA.
CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA. VERBAS
ALIMENTARES OU DE NATUREZA NÃO-TRIBUTÁRIA.
ENTENDIMENTO FIRMADO SOB O RITO DO ART. 543-C
DO CPC. PRINCÍPIO DA NON REFORMATIO IN PEJUS.
1. O entendimento consolidado pela Primeira Seção desta
Corte no Resp 1.101.015/BA, julgado na sistemática do art.
543-C do CPC, foi no sentido de que o cálculo do valor
mínimo anual por aluno (VMAA) deve levar em consideração
a média nacional.
2. A instituição do FUNDEB, por meio da Lei 11.494/2007,
não impede que o ajuste financeiro a título de FUNDEF seja
realizado.
3. A Primeira Seção, por ocasião do julgamento do REsp
1.270.439/PR, sob o rito dos recursos repetitivos, diante da
declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 1º-F da
Lei 9.494/1997 no tocante à correção monetária, tratou da
incidência dos juros de mora aplicáveis às condenações da
Fazenda Pública de verbas não-tributárias.
4. Tratando-se de pagamento de verbas alimentares ou de
natureza não-tributária, excluídos os valores devidos a
servidores/empregados públicos, os juros de mora incidirão
da seguinte forma: (a) percentual de 1% ao mês, nos termos
do art.1.062 do Código Civil de 1916, no período até
10.1.2003; (b) índice previsto no art. 406 do Código Civil de
2003, de 11.1.2003 a 29.6.2009; e (c) juros aplicados à
caderneta de poupança, a partir de 30.6.2009, conforme o
art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei
11.960/2009.
5. A título de correção monetária (a) aplicam-se os índices
previstos no Manual de Orientação de Procedimentos para
os Cálculos na Justiça Federal, conforme aprovado pela
Resolução 134/2010/CJF, até 29.6.2009; e (b) a partir de
30.6.2009, calcula-se com base no IPCA, índice que melhor
reflete a inflação acumulada no período.
6. Se os juros de mora corresponderem à Taxa SELIC, esse

Ag 1432901 C542452155218083230<14@ C8210:13082900:1@


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Publicação no DJe/STJ nº 1726 de 06/05/2015. Código de Controle do Documento: 51463109-69E7-412B-8526-A6308A227F93

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(e-STJ Fl.651)
fls. 799

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RC07

índice não pode ser cumulado com outro a título de correção


monetária (REsp 1102552/CE, Rel. Ministro TEORI ALBINO
ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado sob o rito do art.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
543-C do CPC).
7. Inviável, no caso concreto, a modificação do termo final do
período de correção pleiteado, bem como quanto à
aplicação da Taxa SELIC, ante o princípio da non reformatio
in pejus.
8. Recurso especial não provido.
(REsp 1337579/PB, Rel. Ministra ELIANA CALMON,
SEGUNDA TURMA, julgado em 19/09/2013, DJe
26/09/2013).

Isto posto, com fundamento no art. 544 do Código de


Processo Civil (redação anterior à Lei n. 12.322/10), combinado ao art.
254, I, do Regimento Interno desta Corte (redação anterior à Emenda
Regimental n. 16/14), NEGO PROVIMENTO ao Agravo de Instrumento.
Publique-se e intimem-se.
Brasília (DF), 04 de maio de 2015.

MINISTRA REGINA HELENA COSTA


Relatora

Ag 1432901 C542452155218083230<14@ C8210:13082900:1@


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Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 04/05/2015 18:03:43
Publicação no DJe/STJ nº 1726 de 06/05/2015. Código de Controle do Documento: 51463109-69E7-412B-8526-A6308A227F93

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(e-STJ Fl.652)
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Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ag 1432901/AL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
PUBLICAÇÃO

Certifico que foi disponibilizada no Diário da Justiça


Eletrônico/STJ em 05/05/2015 a r. decisão de fls. 644 e
considerada publicada na data abaixo mencionada, nos
termos do artigo 4º, § 3º, da Lei 11.419/2006.
Brasília, 06 de maio de 2015.

COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA


*Assinado por BENEDITO JOSÉ DA SILVA
em 06 de maio de 2015 às 06:56:36
Documento eletrônico juntado ao processo em 06/05/2015 às 06:57:13 pelo usuário: BENEDITO JOSÉ DA SILVA

* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006

9/18
36/58
(e-STJ Fl.653)
fls. 801

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Superior T ribunal deJ ustiça
Fls. ________
Ag 1432901/AL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Mandado de Intimação nº.

000825-2015-CORD1T - Decisão/Vista , o(a) UNIÃO foi intimado(a) da

publicação do dia 06/05/2015, com ciente em 06/05/2015, conforme

Mandado arquivado nesta Coordenadoria em 07/05/2015.

Brasília-DF, 7 de maio de 2015.

COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA


Documento eletrônico juntado ao processo em 07/05/2015 às 07:45:07 pelo usuário: BENEDITO JOSÉ DA SILVA

*Assinado por BENEDITO JOSÉ DA SILVA


em 07 de maio de 2015 às 07:44:47

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(e-STJ Fl.654)
fls. 802

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Superior T ribunal deJ ustiça
Fls. ________
Ag 1432901/AL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Mandado de Intimação nº.

000826-2015-CORD1T - Decisão/Vista , o(a) MINISTÉRIO PÚBLICO

FEDERAL foi intimado(a) da publicação do dia 06/05/2015, com ciente

em 11/05/2015, conforme Mandado arquivado nesta Coordenadoria em

14/05/2015.

Brasília-DF, 14 de maio de 2015.


Documento eletrônico juntado ao processo em 14/05/2015 às 07:50:22 pelo usuário: BENEDITO JOSÉ DA SILVA

COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA


*Assinado por BENEDITO JOSÉ DA SILVA
em 14 de maio de 2015 às 07:45:54

11/18
38/58
(e-STJ Fl.664)
fls. 803

Superior T ribunal deJ ustiça

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RC39

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL


(2014/0057936-0)

RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA

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AGRAVANTE : UNIÃO
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

RELATÓRIO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA REGINA


HELENA COSTA (Relatora):
Trata-se de Agravo Regimental interposto contra a decisão
que negou provimento ao Agravo de Instrumento, fundamentada na
incidência das Súmulas n. 283 e 284/STF, por analogia, assim como
83/STJ.
Entretanto, as razões do recurso apresentam conteúdo
genérico.
Por fim, requer o provimento do recurso, a fim de que seja
reformada a decisão impugnada e determinado o processamento do
Recurso Especial ou, alternativamente, sua submissão ao
pronunciamento do Colegiado.
É o relatório.

Ag 1432901 Petição : 191671/2015 C542452155218083230<14@ C2210<5980131092@


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12/18
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(e-STJ Fl.665)
fls. 804

Superior T ribunal deJ ustiça

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RC39

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL


(2014/0057936-0)

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RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA
AGRAVANTE : UNIÃO
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

VOTO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA REGINA


HELENA COSTA (Relatora):
Não assiste razão à Agravante.
Da leitura das razões do Agravo Regimental, constata-se
que não houve impugnação específica dos fundamentos da decisão
agravada, tendo em vista que nenhum fundamentos foi combatido nas
razões deste Agravo Regimental, atraindo, portanto, o óbice da Súmula n.
182 desta Corte: "é inviável o agravo do art. 545 do CPC que deixa de
atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada".
Com efeito, à luz do princípio da dialeticidade, constitui ônus
do Recorrente expor, de forma clara e precisa, a motivação ou as razões
de fato e de direito de seu inconformismo, impugnando os fundamentos
da decisão recorrida, de forma a amparar a pretensão recursal deduzida,
requisito essencial à delimitação da matéria impugnada e consequente
predeterminação da extensão e profundidade do efeito devolutivo do
recurso interposto, bem como à possibilidade do exercício efetivo do
contraditório.
Nessa linha, o entendimento jurisprudencial consagrado na
Súmula n. 182/STJ, segundo o qual compete à Agravante, sob pena de
não conhecimento do agravo, impugnar especificamente os fundamentos
da decisão hostilizada, consoante julgados cujas ementas transcrevo:

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE


IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ.
Ag 1432901 Petição : 191671/2015 C542452155218083230<14@ C2210<5980131092@
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49/58
(e-STJ Fl.666)
fls. 805

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RC39

1. As razões do agravo não impugnaram o fundamento da


decisão agravada, nada aduzindo sobre o óbice constante
da Súmula 281/STF.

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2. Inviável a apreciação do agravo que deixa de atacar
especificamente os fundamentos da decisão agravada,
incidindo na espécie, mutatis mutandis, a Súmula 182/STJ.
3. Agravo regimental não conhecido.
(AgRg no AREsp 542.984/SP, Rel. Ministro SÉRGIO
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/09/2014, DJe
30/09/2014).

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. MEDIDOR.
IRREGULARIDADE. NEGLIGÊNCIA DA
CONCESSIONÁRIA. DANO MORAL. REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 7/STJ. FUNDAMENTO INATACADO. SÚMULA
182/STJ.
1. Trata-se de Agravo Regimental contra decisão que
desproveu o Agravo em Recurso Especial sob o fundamento
de que rever a conclusão adotada pelo Tribunal a quo no
tocante ao defeito na prestação do serviço e à configuração
de dano moral demanda reexame do contexto
fático-probatório dos autos, o que é inviável no Superior
Tribunal de Justiça, ante o óbice da Súmula 7/STJ.
2. A agravante não combate a motivação mencionada e
cinge-se a afirmar que agiu em conformidade com a
legislação de regência.
3. Não se conhece de Agravo Regimental que deixa de
atacar os fundamentos da decisão impugnada. Incidência,
por analogia, da Súmula 182/STJ.
4. Agravo Regimental não conhecido.
(AgRg no AREsp 478.945/MS, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2014,
DJe 25/09/2014).

Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do presente Agravo


Regimental.

Ag 1432901 Petição : 191671/2015 C542452155218083230<14@ C2210<5980131092@


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Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 10/06/2015 12:52:18
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14/18
50/58
(e-STJ Fl.667)
fls. 806

Superior T ribunal deJ ustiça S.T.J

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Fl.__________

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

AgRg no

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Número Registro: 2014/0057936-0 PROCESSO ELETRÔNICO Ag 1.432.901 / AL

Números Origem: 200380000112040 200905000961601 348313


EM MESA JULGADO: 09/06/2015

Relatora
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. JOSÉ ELAERES MARQUES TEIXEIRA
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : UNIÃO
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições - Contribuições Especiais - FUNDEF / Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério

AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : UNIÃO
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, nos termos do
voto da Sra. Ministra Relatora.
Os Srs. Ministros Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª
Região), Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente)
votaram com a Sra. Ministra Relatora.

C542452155218083230<14@ 2014/0057936-0 - Ag 1432901 Petição : 2015/0019167-1 (AgRg)


Documento eletrônico VDA12067801 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 09/06/2015 19:00:13
Código de Controle do Documento: 4E52808E-F791-43F1-AFB5-2BB4511796A6

15/18
51/58
(e-STJ Fl.668)
fls. 807

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
RC39

AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL


(2014/0057936-0)

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RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA
AGRAVANTE : UNIÃO
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA N. 182/STJ.
I - Razões de agravo regimental que não impugnam especificamente os
fundamentos da decisão agravada, o que, à luz do princípio da
dialeticidade, constitui ônus da Agravante.
II - Incidência da Súmula n. 182 do STJ: "É inviável o agravo do art. 545
do CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão
agravada".
III - Agravo Regimental não conhecido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da


PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do agravo regimental, nos termos do voto da
Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Olindo Menezes (Desembargador
Convocado do TRF 1ª Região), Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito
Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente) votaram com a Sra. Ministra
Relatora.

Brasília (DF), 09 de junho de 2015(Data do Julgamento)

MINISTRA REGINA HELENA COSTA


Relatora

Ag 1432901 Petição : 191671/2015 C542452155218083230<14@ C2210<5980<05209@


2014/0057936-0 Documento Página 1 de 1
Documento eletrônico VDA12074650 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 10/06/2015 12:52:16
Publicação no DJe/STJ nº 1755 de 17/06/2015. Código de Controle do Documento: C52A1BC8-3849-4545-A002-CBB0518E9073

16/18
52/58
fls. 808

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
(e-STJ Fl.669)

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Superior T ribunal deJ ustiça

AgRg no Ag 1432901/AL (2014/0057936-0)

PUBLICAÇÃO

Certifico que foi disponibilizado no Diário da Justiça


Eletrônico/STJ em 16/06/2015 o referido acórdão de fls. 668 e considerado
publicado em 17 de junho de 2015, nos termos do artigo 4º, § 3º, da Lei
11.419/2006. Certifico, ainda, que o cabeçalho da decisão foi atualizado
quanto à autuação do processo, para fins de intimação.

______________________________________________
COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA

(*) Documento assinado eletronicamente


por RENILTON ANTÔNIO CRUZEIRO DE CASTRO nos termos
do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006

Código de Controle do Documento: 1958F9AC-6DED-4698-B349-70A56AC96552

17/18
53/58
(e-STJ Fl.670)
fls. 809

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Superior T ribunal deJ ustiça
Fls. ________
Ag 1432901/AL

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CERTIDÃO

Certifico que, em cumprimento ao Mandado de Intimação nº.

001277-2015-CORD1T - Acórdão , o(a) UNIÃO foi intimado(a) da

publicação do dia 17/06/2015, com ciente , conforme Mandado arquivado

nesta Coordenadoria em 18/06/2015.

Brasília-DF, 18 de junho de 2015.


Documento eletrônico juntado ao processo em 18/06/2015 às 08:35:50 pelo usuário: RENILTON ANTÔNIO CRUZEIRO DE CASTRO

COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA


*Assinado por RENILTON ANTÔNIO CRUZEIRO DE CASTRO
em 18 de junho de 2015 às 08:35:14

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618291866500000002268849
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252122
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 18/18
54/58
(e-STJ Fl.708)
fls. 810

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
RC49

EDcl no AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL


(2014/0057936-0)

RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA

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EMBARGANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
EMBARGADO : UNIÃO

RELATÓRIO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA REGINA


HELENA COSTA (Relatora):
A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS opõe
embargos de declaração contra o acórdão proferido em sede de agravo
regimental que, por unanimidade, não o conheceu (fls. 664/668e), cuja
ementa transcrevo:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO


AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA AOS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.
182/STJ.
I - Razões de agravo regimental que não impugnam
especificamente os fundamentos da decisão agravada, o
que, à luz do princípio da dialeticidade, constitui ônus da
Agravante.
II - Incidência da Súmula n. 182 do STJ: "É inviável o agravo
do art. 545 do CPC que deixa de atacar especificamente os
fundamentos da decisão agravada".
III - Agravo Regimental não conhecido.

Sustenta, em síntese, que o mesmo padece de omissão


(535, II do CPC), nos seguintes termos (fl. 675e):

(...) como aqui se alega questões de ordem pública,


referente à correção monetária e juros de mora, são
cabíveis os embargos, pois tratam de questões que podem
e devem ser analisadas a qualquer tempo pelo órgão
julgador.

Ag 1432901 Petição : 254166/2015 C542452155218083230<14@ C12804789018841<@


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Documento eletrônico VDA12740863 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 16/09/2015 13:47:31
Código de Controle do Documento: 3760A00F-0686-41BF-A38F-917CC8E15A26

1/10
34/44
(e-STJ Fl.709)
fls. 811

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
RC49

Os embargos foram opostos tempestivamente.


É o relatório.

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Ag 1432901 Petição : 254166/2015 C542452155218083230<14@ C12804789018841<@


2014/0057936-0 Documento Página 2 de 4
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2/10
35/44
(e-STJ Fl.710)
fls. 812

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
RC49

EDcl no AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL


(2014/0057936-0)

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RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA
EMBARGANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
EMBARGADO : UNIÃO
VOTO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA REGINA


HELENA COSTA (Relatora):
Sustenta a Embargante que há omissão a ser suprida, nos
termos do art. 535, II, do Código de Processo Civil.
Verifico, no caso, que não há nenhum vício a ensejar a
declaração do julgado ou sua revisão, mediante embargos de declaração.
Cabe a oposição de embargos de declaração quando a
omissão disser respeito à fundamentação ou ao pedido expostos, e não
quando os argumentos invocados pela parte não são estampados no
julgado, como pretende a Embargante.
Com efeito, depreende-se da leitura do acórdão que a
controvérsia foi examinada de forma satisfatória, mediante apreciação da
disciplina normativa e cotejo ao firme posicionamento jurisprudencial
aplicável à hipótese.
O procedimento encontra amparo em reiteradas decisões no
âmbito desta Corte Superior, de cujo teor merece destaque a dispensa ao
julgador de rebater, um a um, os argumentos trazidos pelas partes (v.g.
Corte Especial, EDcl nos EDcl nos EREsp 1284814/PR, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 03.06.2014; 1ª Turma, EDcl nos
EDcl no AREsp 615.690/SP, Rel. Min. Sérgio Kukina, DJe de 20.02.2015;
e 2ª Turma, EDcl no REsp 1365736/PE, Rel. Min. Humberto Martins, DJe
de 21.11.2014).
Desse modo, totalmente destituída de pertinência
mencionada formulação, uma vez que não se ajusta aos estritos limites
de atuação dos embargos, o qual se destina, exclusivamente, à correção
de eventual omissão, contradição ou obscuridade do julgado.

Ag 1432901 Petição : 254166/2015 C542452155218083230<14@ C12804789018841<@


2014/0057936-0 Documento Página 3 de 4
Documento eletrônico VDA12740863 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 16/09/2015 13:47:31
Código de Controle do Documento: 3760A00F-0686-41BF-A38F-917CC8E15A26

3/10
36/44
(e-STJ Fl.711)
fls. 813

Superior T ribunal deJ ustiça

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RC49

Isto posto, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

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Ag 1432901 Petição : 254166/2015 C542452155218083230<14@ C12804789018841<@


2014/0057936-0 Documento Página 4 de 4
Documento eletrônico VDA12740863 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 16/09/2015 13:47:31
Código de Controle do Documento: 3760A00F-0686-41BF-A38F-917CC8E15A26

4/10
37/44
(e-STJ Fl.712)
fls. 814

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

EDcl no AgRg no
Número Registro: 2014/0057936-0 Ag 1.432.901 / AL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Números Origem: 200380000112040 200905000961601 348313
EM MESA JULGADO: 15/09/2015

Relatora
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. JOSÉ BONIFÁCIO BORGES DE ANDRADA
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA
AUTUAÇÃO
AGRAVANTE : UNIÃO
AGRAVADO : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições - Contribuições Especiais - FUNDEF / Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
EMBARGANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
EMBARGADO : UNIÃO

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do
voto da Sra. Ministra Relatora.
Os Srs. Ministros Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª
Região), Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente)
votaram com a Sra. Ministra Relatora.

C542452155218083230<14@ 2014/0057936-0 - Ag 1432901 Petição : 2015/0025416-6 (EDcl)


Documento eletrônico VDA12737216 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA, COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA Assinado em: 15/09/2015 19:36:46
Código de Controle do Documento: BEE1B67E-4232-4953-9EFB-07D0777B3508

5/10
38/44
(e-STJ Fl.713)
fls. 815

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
RC49

EDcl no AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.432.901 - AL


(2014/0057936-0)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA
EMBARGANTE : ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS ALAGOANOS
ADVOGADO : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO
EMBARGADO : UNIÃO

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OMISSÃO.
AUSÊNCIA DE VÍCIO.
I – A fundamentação adotada no acórdão é suficiente para respaldar a
conclusão alcançada, pelo quê ausente pressuposto a ensejar a oposição
de embargos de declaração.
II - Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da


PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto da
Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Olindo Menezes (Desembargador
Convocado do TRF 1ª Região), Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito
Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente) votaram com a Sra. Ministra
Relatora.

Brasília (DF), 15 de setembro de 2015 (Data do Julgamento)

MINISTRA REGINA HELENA COSTA


Relatora

Ag 1432901 Petição : 254166/2015 C542452155218083230<14@ C128047890809128@


2014/0057936-0 Documento Página 1 de 1
Documento eletrônico VDA12740862 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRA Regina Helena Costa Assinado em: 16/09/2015 13:47:30
Publicação no DJe/STJ nº 1820 de 21/09/2015. Código de Controle do Documento: 8AAF4231-C707-4BBD-95B5-139A66903B0F

6/10
39/44
fls. 816

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
(e-STJ Fl.714)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
Superior T ribunal deJ ustiça

EDcl no AgRg no Ag 1432901/AL (2014/0057936-0)

PUBLICAÇÃO

Certifico que foi disponibilizado no Diário da Justiça


Eletrônico/STJ em 18/09/2015 o referido acórdão de fls. 713 e considerado
publicado em 21 de setembro de 2015, nos termos do artigo 4º, § 3º, da Lei
11.419/2006. Certifico, ainda, que o cabeçalho da decisão foi atualizado
quanto à autuação do processo, para fins de intimação.

______________________________________________
COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA

(*) Documento assinado eletronicamente


por RENILTON ANTÔNIO CRUZEIRO DE CASTRO nos termos
do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006

Código de Controle do Documento: D7D7762A-2A3C-4BAA-9598-D4962479675C

7/10
40/44
Documento eletrônico juntado ao processo em 23/09/2015 às 13:17:05 pelo usuário: RENILTON ANTÔNIO CRUZEIRO DE CASTRO

Certifico
Ag

nesta Coordenadoria em 23/09/2015.


que, em cumprimento ao
CERTIDÃO
1432901/AL

Mandado

Brasília-DF, 23 de setembro de 2015.


Superior T ribunal deJ ustiça

em 23 de setembro de 2015 às 13:16:43


COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA
*Assinado por RENILTON ANTÔNIO CRUZEIRO DE CASTRO
001957-2015-CORD1T - Acórdão , o(a) UNIÃO foi intimado(a) da

publicação do dia 21/09/2015, com ciente , conforme Mandado arquivado


Fls. ________

de Intimação nº.
fls. 817

41/44
8/10
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
(e-STJ Fl.715)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
(e-STJ Fl.716)
fls. 818

Superior T ribunal deJ ustiça

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ag 1432901/AL (2014/0057936-0)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CERTIDÃO

Certifico que o Mandado de Intimação nº


1955/2015-1ªT, encaminhado ao Ministério Público Federal
para ciência do v. acórdão publicado no Diário da Justiça
Eletrônico de 21/09/2015 , não foi devolvido nos termos da
certidão lavrada em 30/09/2015 pelo Oficial de Justiça
Avaliador Federal da Secretaria dos Órgãos Julgadores do
Superior Tribunal de Justiça e arquivada nesta
Coordenadoria.

Brasília, 1 de outubro de 2015

COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA


*Assinado por GIL LUIZ DE RESENDE
em 01 de outubro de 2015 às 11:04:19
Documento eletrônico juntado ao processo em 01/10/2015 às 11:06:27 pelo usuário: GIL LUIZ DE RESENDE

* Assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006

9/10
42/44
(e-STJ Fl.717)
fls. 819

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Superior T ribunal deJ ustiça
Ag 1432901/AL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
CERTIDÃO DE TRÂNSITO E TERMO DE BAIXA

Certifico que o v. acórdão retro transitou em julgado no dia 07 de


outubro de 2015.
Remeto os presentes autos (da Certidão de Digitalização ao Trânsito em
Julgado)à(o) TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO nesta data.

Brasília - DF, 08 de outubro de 2015

COORDENADORIA DA PRIMEIRA TURMA

*Assinado por GIVANILDO BATISTA DA ROCHA


em 08 de outubro de 2015 às 17:25:38
1 Volume(s)
0 Apenso(s)
Documento eletrônico juntado ao processo em 08/10/2015 às 17:25:38 pelo usuário: GIVANILDO BATISTA DA ROCHA

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
* Assinado eletronicamente
Assinado eletronicamente por: nos termos do Art. 1º § 2º inciso III alínea "b" da Lei 11.419/2006
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618295512900000002268855
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252128
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 10/10
43/44
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348CF.
fls. 820
MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS PARA OS CÁLCULOS NA JUSTIÇA FEDERAL - CJF
TABELA DE CORREÇÃO MONETÁRIA
REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO
(Cap. 4, item 4.4.1)

Tabela válida para: 06/2009


TAXA SELIC ACUMULADA
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
1996 241,90% 239,32% 236,97% 234,75% 232,68% 230,67% 228,69% 226,76% 224,79% 222,89% 221,03% 219,23%
1997 217,43% 215,70% 214,03% 212,39% 210,73% 209,15% 207,54% 205,94% 204,35% 202,76% 201,09% 198,05%
1998 195,08% 192,41% 190,28% 188,08% 186,37% 184,74% 183,14% 181,44% 179,96% 177,47% 174,53% 171,90%
1999 169,50% 167,32% 164,94% 161,61% 159,26% 157,24% 155,57% 153,91% 152,34% 150,85% 149,47% 148,08%
2000 146,48% 145,02% 143,57% 142,12% 140,82% 139,33% 137,94% 136,63% 135,22% 134,00% 132,71% 131,49%
2001 130,29% 129,02% 128,00% 126,74% 125,55% 124,21% 122,94% 121,44% 119,84% 118,52% 116,99% 115,60%
2002 114,21% 112,68% 111,43% 110,06% 108,58% 107,17% 105,84% 104,30% 102,86% 101,48% 99,83% 98,29%
2003 96,55% 94,58% 92,75% 90,97% 89,10% 87,13% 85,27% 83,19% 81,42% 79,74% 78,10% 76,76%
2004 75,39% 74,12% 73,04% 71,66% 70,48% 69,25% 68,02% 66,73% 65,44% 64,19% 62,98% 61,73%
2005 60,25% 58,87% 57,65% 56,12% 54,71% 53,21% 51,62% 50,11% 48,45% 46,95% 45,54% 44,16%
2006 42,69% 41,26% 40,11% 38,69% 37,61% 36,33% 35,15% 33,98% 32,72% 31,66% 30,57% 29,55%
2007 28,56% 27,48% 26,61% 25,56% 24,62% 23,59% 22,68% 21,71% 20,72% 19,92% 18,99% 18,15%
2008 17,31% 16,38% 15,58% 14,74% 13,84% 12,96% 12,00% 10,93% 9,91% 8,81% 7,63% 6,61%
2009 5,49% 4,44% 3,58% 2,61% 1,77% 1,00%

Observações
a) Indexadores b) Fórmula de atualização: Valor em moeda da época X coeficiente de mês/ano. Após esta atualização, incluir a respectiva taxa SELIC.
- ORTN de 10/1964 a 02/1986 Ex1: Atualizar o seguinte valor - 10/1964 Cr$ 10.000,00
- OTN (6,17019) de 03/1986 a 01/1989 A) Valor em moeda da época: 10.000,00
- IPC (IBGE) de 01/1989 a 02/1989 B) Coeficiente do mês/ano: 0,0015428833
- BTN de 03/1989 a 03/1990 C) Subtotal = A x B: 15,42
- IPC (IBGE) de 03/1990 a 02/1991 D) Taxa SELIC: 241,90%
- INPC de 03/1991 a 11/1991 E) Valor atualizado em REAL (R$) = C x (D/100+1): 52,75
- IPCA (série especial) em 12/1991 Obs.: As parcelas com competência a partir de 01/96 devem ser atualizadas com base no total da SELIC do mês seguinte à respectiva parcela.
- UFIR de 01/1992 a 01/1996
- SELIC de 01/1996 a 06/2009

Processo: 0807260-82.2017.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
GUILHERME EMMANUEL LANZILLOTTI ALVARENGA - Gestor
17081618330967600000002268862
Data e hora da assinatura: 16/08/2017 18:34:37
Identificador: 4058000.2252135
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam Pg 1/1
1/1
Página 1 de 1
fls. 821
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA QUINTA REGIÃO
Esparta - TRF5

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Extrato Demonstrativo de Cálculo
Processo: No de registro (0338835-41.2019.4.05.0000) e nº de classe (PRC178329-AL (@))
Extrato do Autor : MUNICIPIO DE MACEIO

Demonstrativo de Cálculos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348D7.
PRC178329
Valor Original 260.300.323,33
Valor Custa 0,00
Composição do valor original
Valor Principal 146.785.711,56
Juros 113.514.611,77

Data Cálculo 01/08/2017


Data Autuação 27/06/2019
Índice de Atualização 1,0785292671 Fator de Agosto/2017 até Julho/2019
Atualização (Vlr.Inscrito) 295.116.579,52 = (Vlr.Princ.Atualz. + Vlr.Juros Atualz. + Compensação de Mora)
Atualização (Vlr.Custas) 0,00
Atualizado até 01/07/2019
Composição do valor atualizado (Vlr. Inscrito)
Valor Principal Atualz. 158.312.685,90
Juros Atualz. 122.428.831,03 = Valor Juros x Ind. de Atualização

Compensação de Mora 14.375.062,59 = Valor Principal Atualz. x Ind. Juros Mora

Parcela ÚNICA
Valor Inscrito 295.116.579,52
Data Pagamento
Índice de Correção 1,01897553297008 Fator entre Jul/2019 - Jun/2020
Correção (Vlr. Inscrito) 300.716.573,89 = Valor Atualizado X Ind. Correção
Correção (Vlr. Custas) 0,00
Composição do Valor Corrigido
Valor Principal 161.316.753,49
Juros 124.751.983,34

IRRF Corrigido 0,00


PSS Corrigido 0,00
Valor a Receber 300.716.573,89 = (Valor Principal + Juros + Compensação de Mora)
Compensação de Mora 14.647.837,06

Índices utilizados no Demonstrativo de cálculo


(PRC178329-AL (@)) - (0338835-41.2019.4.05.0000)
1 - Atualização 01/Jul/2019
Valor original: 260.300.323,33
* 1,0386239139 (IPCA-E Acumulado - Cálculo - Ago/2017)
* 1,0384213695 (IPCA-E Acumulado - Anual - Jul/2018)
* 9,080171% (Compensação da Mora - Jul/2019)
(9,080171%) Juros Poupança para todos os meses
= 295.116.579,52
2 - Correção período Julho/2019 até Junho/2020 - Parcela Única
Valor atualizado até Julho/2019 = 295.116.579,52
* 1,01897553297007875 (IPCA-E de Correção de PRC - Mês/Ano = 06/2020 e Ano de Exercício = 2020)

= 300.716.573,89
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfpe.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
fls. 822

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
PODER JUDICIÁRIO

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JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Seção Judiciária de Pernambuco

27ª VARA

PROCESSO Nº: 0800195-74.2020.4.05.8309 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA CÍVEL


AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RÉU: MUNICIPIO DE OURICURI
27ª VARA FEDERAL - PE (JUIZ FEDERAL TITULAR)

DECISÃO

Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de tutela provisória de urgência, proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO
FEDERAL em face do MUNICÍPIO DE OURICURI, por meio da qual pretende, em suma, garantir a vinculação e a
subvinculação das verbas oriundas do Fundef/Fundeb, decorrentes de precatório judicial.

Requereu o MPF o deferimento de tutela antecipada para que seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade
do item 9.2.1.2 do acórdão 1.962/2017 do Plenário do TCU; do acórdão 1518/2018 do Plenário do TCU, notadamente
dos itens I e II; e do item 9.2.1 do acórdão 2866/2018 do Plenário do TCU.

Ademais, pugnou pela determinação ao Município de Ouricuri que, no emprego dos recursos do precatório do
FUNDEF/FUNDEB, observe a vinculação dos referidos recursos à educação, bem como a subvinculação prevista no
art. 60, XII do ADCT.

Por fim, requereu, ainda, em sede de tutela, a elaboração pelo ente municipal de plano de aplicação dos recursos, em
conjunto com o sindicato dos professores, na forma da recomendação contida no Acórdão 2866/2018 do Plenário do
TCU.

Decido.

A teor do que preceitua o Direito Processual Civil, para a concessão da tutela antecipada deve ser observada a
verossimilhança da alegação (fumus boni iuris), consistente na aparência de veracidade do fato alegado pelo
demandante, corroborado pelo conjunto probatório, considerando se tratar de juízo de probabilidade.

Além disso, deve ser observado o requisito do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação (periculum
in mora), de modo que a tutela antecipada impeça que o tempo necessário para a concessão da tutela definitiva
funcione em desfavor da sua efetividade.

São dois os principais pontos a serem examinados na presente demanda, a saber:

(i) a vinculação da verba oriunda do FUNDEF/FUNDEB ao custeio da educação básica, mesmo quando os
referidos valores decorrem de diferenças do FUNDEF/FUNDEB que a União deixou de repassar aos Municípios
a tempo e modo, pagos por meio de ação judicial; e

(ii) a subvinculação do montante ao pagamento dos profissionais do magistério, na proporção de pelo menos
60%, conforme o art. 60, XII do ADCT.

O FUNDEF foi criado, no âmbito dos Estados e Municípios, por meio da Lei 9.424/1996, de forma a disciplinar o art.
60 do ADCT, com a redação dada pela Emenda 14/1996.

O intuito de sua criação foi a promoção, em nível nacional, do desenvolvimento das ações na área de Educação, a fim
de universalizar o atendimento a este tão importante direito social, com enfoque no desenvolvimento do ensino
fundamental e remuneração mais digna aos seus respectivos professores.

1 de 5 29/06/2020 11:29
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfpe.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
fls. 823
Contudo, o fundo foi limitado à vigência do art. 60 do ADCT, na redação que lhe deu a EC 14/1996, ao prazo de 10
(dez) anos.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Após o escoamento do prazo, esse Fundo foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, criado pela EC 56/2006, que deu nova redação ao
referido art. 60 do ADCT, com a disciplina própria ali estabelecida da Lei 11.494/2007.

As verbas decorrentes do FUNDEF correspondiam a recursos integrantes de um fundo contábil destinado à


manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e da valorização do magistério, conforme se extrai da leitura

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348D9.
dos dispositivos constitucionais e legais que à época regiam o ato.

Confira-se o disposto nos artigos 60 do ADCT (redação dada pela EC 14/96) e art. 2º da Lei 9.424:

Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios destinarão não menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o caput do art.
212 da Constituição Federal, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, com o
objetivo de assegurar a universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

§ 1º A distribuição de responsabilidades e recursos entre os Estados e seus Municípios a ser


concretizada com parte dos recursos definidos neste artigo, na forma do disposto no art. 211 da
Constituição Federal, é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito
Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério, de natureza contábil. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 14, de 1996)

Art. 2º Os recursos do Fundo serão aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino


fundamental público, e na valorização de seu Magistério. (Vide Medida Provisória n. 339, de 2006).
(Revogado pela Lei n. 11.494, de 2007)

O caráter vinculado dos referidos recursos também ficou consagrado com a criação do FUNDEB, segundo se constata
da redação atual do art. 60 do ADCT e do art. 23, I, da Lei 11.494/07. Vejamos:

Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do
art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à
remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006). (Vide Emenda Constitucional n. 53, de
2006)

Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de manutenção e desenvolvimento da


educação básica, conforme o art. 71 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

Por sua vez, o disposto no artigo 5º da Lei 11.494/07 prevê expressamente o caso de vinculação da verba
complementar do FUNDEF/FUNDEB, dispondo que "A complementação da União destina-se exclusivamente a
assegurar recursos financeiros aos Fundos, aplicando-se o disposto no caput do art. 160 da Constituição Federal".

Verifica-se, desta forma, que os recursos do FUNDEF/FUNDEB encontram-se constitucional e legalmente vinculados
a uma destinação específica, sendo vedada a sua utilização em despesa diversa da manutenção e desenvolvimento da
educação básica.

Dessa forma, conclui-se que se trata de vinculação constitucional que não permite flexibilização nem pelo legislador
infraconstitucional, nem pelo Poder Judiciário. Tampouco cabe ao administrador público atuar com discricionariedade
na aplicação dos recursos do FUNDEBF/FUNDEB recebidos da União, mesmo quando a receita seja repassada a
partir de decisão judicial.

Insta destacar ainda que, em recente decisão exarada no âmbito do Supremo Tribunal Federal ao apreciar o ARE
1.122.529 AgR/PE, a Corte acolheu em parte o recurso extraordinário manejado pela União, para manter a
"vinculação necessária entre as verbas complementares da União e a manutenção e desenvolvimento da educação
básica e na valorização dos profissionais da educação, inclusive no tocante ao honorários advocatícios contratuais".

Ademais, o Egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região também vem corroborando o entendimento acima
esposado, vejamos:

CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. APLICAÇÃO DO


MONTANTE INTEGRAL DO CRÉDITO ORIUNDO DA AÇÃO AJUIZADA COM VISTAS À
COMPLEMENTAÇÃO DAS VERBAS DO FUNDEF/FUNDEB NA MANUTENÇÃO E

2 de 5 29/06/2020 11:29
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfpe.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
fls. 824
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. AUSÊNCIA DE DISCRICIONARIEDADE
ADMINISTRATIVA PARA A DEFINIÇÃO DE OUTRA FORMA DE APLICAÇÃO DOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
VALORE. PRECEDENTES. REMESSA NECESSÁRIA IMPROVIDA.

1. Trata-se de remessa necessária tida por interposta contra sentença que, em sede de Ação Civil
Pública, julgou procedente o pedido, com fulcro no art. 487, I, do Código de Processo Civil, para
determinar ao Município réu que aplique integralmente os valores oriundos do Precatório nº
136062/AL exclusivamente na área da educação fundamental.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348D9.
2. Em se discutindo sobre a aplicação de verbas inerentes ao FUNDEB, programa do governo federal
no campo da educação, não se pode afastar a legitimidade e o interesse da União e, por conseguinte,
a competência da Justiça Federal para o julgamento da Ação Civil Pública.

3. O cerne da presente controvérsia consiste em perquirir se as diferenças da complementação do


VMNA, repassadas pela União em decorrência de condenação judicial, teriam natureza
indenizatória, porquanto destinada à recomposição dos recursos, de forma a serem aplicados de
forma indistinta pelo Município, ou, ao contrário, tratar-se-iam de verba vinculada a uma finalidade
específica, uma vez que o pagamento por intermédio de precatório seria questão circunstancial, não
afetando a natureza ou destinação da verba.

4. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na sessão do dia 10.10.2018, firmou
posicionamento no sentido da impossibilidade de sua retenção em crédito do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(FUNDEB/FUNDEF) concedido por via judicial em razão da necessidade de sua vinculação ao
desenvolvimento da Educação. Entendeu aquela Corte, no julgamento do Resp 1.703.697/PE, que as
verbas são afetadas constitucionalmente à educação, não podendo ter sua destinação alterada. Nesse
sentido, ainda, AgInt no Respe 1634207/PB, rel. Ministro GURGEL DE FARIA, DJe 26.03.2019;
AgInt no Resp 1736176/AL, rel. ministro Herman Benjamin, DJe 22.04.2019.

5. Também esta Corte Regional tem se manifestado no sentido da vinculação dos recursos para as
finalidades do FUNDEF/FUNDEB, embora recebidos por decisão judicial. Precedentes:
PROCESSO: 08012072220164058000, AGTAC - Agravo Interno na Apelação Cível -
DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO AUGUSTO NUNES COUTINHO
(CONVOCADO), 4ª Turma, JULGAMENTO: 30/10/2019. PROCESSO: 08133172620184050000,
AG - Agravo de Instrumento - , DESEMBARGADOR FEDERAL MANUEL MAIA
(CONVOCADO), 4ª Turma, JULGAMENTO: 30/07/2019.

6. Remessa necessária improvida.

(PROCESSO: 08003670620164058002, APELREEX - Apelação / Reexame Necessário -


,DESEMBARGADOR FEDERAL MANOEL ERHARDT, 4ª Turma, JULGAMENTO: 12/03/2020,
PUBLICAÇÃO: )

Desta forma, entendo que o simples fato de a obrigação pecuniária não ter sido cumprida espontaneamente, mas
somente após decisão judicial com trânsito em julgado, não descaracteriza a sua natureza nem a da prestação
correspondente.

Nesse sentido, considerando o art. 60 do ADCT, é imperioso concluir pela existência de evidente
inconstitucionalidade do Acórdão 1.962/2017 - TCU - Plenário, no item 9.2.1.2, o qual afirma que:

9.2.1.2. a natureza extraordinária dos recursos advindos da complementação da União obtida pela
via judicial afasta a subvinculação estabelecida no art. 22 da Lei 11.494/2007;

Ocorre que os recursos repassados à edilidade, a título de complementação do FUNDEF/FUNDEB, conservam a


natureza de recurso público federal, devendo ser aplicados, em ações consideradas como de manutenção e
desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, vedada a alocação para despesas estranhas a essa
finalidade.

Da mesma forma, reconheço a manifesta inconstitucionalidade do Acórdão 1518/2018 - TCU - Plenário,


especificamente os itens I e II da decisão cautelar monocrática referendada; bem como do item 9.2.1 do Acórdão
2866/2018 - TCU - Plenário, a saber:

I) determino, cautelarmente, nos termos do artigo 276, caput, do Regimento Interno/TCU, aos entes
municipais e estaduais beneficiários de precatórios provenientes da diferença no cálculo da
complementação devida pela União, no âmbito do Fundef, que se abstenham de utilizar tais
recursos no pagamento a profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, a
qualquer título, a exemplo de remuneração, salário, abono ou rateio, até que este Tribunal decida
sobre o mérito das questões suscitadas no presente feito;

3 de 5 29/06/2020 11:29
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfpe.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
fls. 825
II) alerto os entes municipais e estaduais referidos no item anterior que a não observância dos
entendimentos manifestos nos Acórdãos 1824/2017TCU-Plenário e 1962/2017-TCU Plenário, bem

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
como nos presentes autos, pode ensejar a responsabilização, pelo Tribunal de Contas da União, dos
agentes públicos que lhe derem causa;

9.2.1. além de não estarem submetidos à subvinculação de 60%, prevista no artigo 22 da Lei
11.494/2007, consoante o subitem 9.2.1.2, Acórdão 1962/2017 - Plenário, não podem ser utilizados
para pagamentos de rateios, abonos indenizatórios, passivos trabalhistas ou previdenciários,
remunerações ordinárias, ou de outras denominações de mesma natureza, aos profissionais da

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348D9.
educação;

Eis que a subvinculação de 60%, destinada aos profissionais do magistério, é regramento constitucional previsto no
art. 60, XII do ADCT, o qual impõe a observância da "proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada
Fundo referido no inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício".

Ademais, a razão de ser do dispositivo foi claramente exposta no próprio caput do art. 60 do ADCT, ao propor que o
FUNDEF/FUNDEB prestará não só à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica, mas como também deve
servir "à remuneração condigna dos trabalhadores da educação".

Dessa forma, a simples leitura do dispositivo, partindo-se de uma interpretação gramatical/literal, autoriza, por si só,
concluir que os referidos itens do Acórdão do TCU padecem de inconstitucionalidade, na medida em que vedam a
subvinculação das verbas do FUNDEF/FUNDEB.

A conclusão não é diferente quando se propõe uma interpretação teleológica do art. 60 do ADCT, sendo certo que a
norma fora estipulada com a finalidade de garantir que parte da verba federal seja destinada ao pagamento de
professores.

Quanto ao perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora), tem-se que está demonstrado à
saciedade, na medida em que os munícipes de Ouricuri permanecem, desde o ano de 1998, privados de melhorias no
âmbito da educação, o que somente é possível com a imperiosa valorização do magistério, para o que a utilização
das verbas do FUNDEF/FUNDEB, oriundas do cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública nº
0001628-77.2005.4.05.8308S irá contribuir.

De mais a mais, o que se verifica é a existência de recursos limitados, situação que se agrava pela atual situação
econômica, visto que a principal fonte de receitas de municípios de pequeno porte decorre de repasses constitucionais,
em especial do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS, o qual já vem sofrendo impactos negativos em
decorrência dos primeiros sinais da recessão econômica causada pela pandemia do COVID-19.

É bem verdade que a liberação de valores subvinculados à valorização do magistério implica, em certa medida, o
perigo de dano inverso diante da dificuldade do restabelecimento do status quo ante. Contudo, depara-se com um
cenário de necessária preservação do direito fundamental à educação, constitucionalmente assegurado, o qual não
deve ser maculado pela demora em efetiva prestação jurisdicional.

Aliás, o Município de Ouricuri firmou acordo com a União e MPF, já devidamente homologado pelo juízo,
comprometendo-se a vincular as verbas pagas na ação nº 0001628-77.2005.4.05.8308S, aos fins do
FUNDEB/FUNDEF, sendo certo que, ainda que venha a contestar a presente demanda de subvinculação dos valores, o
numerário será, inevitavelmente, destinado aos fins do FUNDEB/FUNDEF.

Assim, presentes os requisitos autorizadores da medida de urgência, defiro o pedido de tutela antecipada para:

(i) declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade incidental do item 9.2.1.2 do acórdão 1.962/2017 - TCU -
Plenário; dos itens I e II da decisão cautelar monocrática referendada no Acórdão 1518/2018 - TCU - Plenário; e
do item 9.2.1 do Acórdão 2866/2018 - TCU - Plenário.

(ii) determinar ao Município de Ouricuri que, ao utilizar as verbas do precatório decorrente do


FUNDEF/FUNDEB, observe:

(a) a vinculação na aplicação exclusiva na educação, sob pena de multa de 1% sobre o valor utilizado em
qualquer área que não seja a educação, a ser suportado pelo prefeito do município de Ouricuri.

(b) a subvinculação prevista no art. 60, XII do ADCT, devendo destinar pelo menos 60% de todos os recursos
oriundos do precatório no pagamento dos profissionais do magistério da educação básica que, nos exercícios
financeiros e meses correspondentes ao precatório, exerciam efetivamente a atividade e na proporção de tempo
que o fez, sob pena de multa de 1% sobre o valor utilizado sem a subvinculação, a ser suportado pelo prefeito
municipal de Ouricuri. Em caso de óbito, os valores devem ser destinados aos sucessores.

(iii) determinar que o Município de Ouricuri, no prazo de 60 (sessenta) dias, elabore um plano de aplicação dos

4 de 5 29/06/2020 11:29
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.jfpe.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.sea...
fls. 826
recursos, conforme a recomendação contida no Acórdão 2866/2018 - TCU - Plenário, o que deverá ser feito em
participação com o sindicato dos professores no tocante aos 60% subvinculados. Deverá o referido plano ter

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
ampla divulgação, devendo o Município promover, no que diz respeito ao plano:

(a) a ciência do respectivo conselho do FUNDEB;

(b) a ciência dos membros do Poder Legislativo local;

(c) a ciência da comunidade diretamente envolvida; e

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348D9.
(d) a sua juntada nos autos, no prazo concedido para a sua elaboração.

Determino ainda a citação da parte ré para apresentar defesa no prazo legal, nos termos do art. 335 do CPC c/c art.
219 do CPC.

Traslade-se cópia dessa decisão ao processo n.º 0001628-77.2005.4.05.8308.

Oficie-se a 1ª Vara da Comarca de Ouricuri, na qual tramita o processo nº 0001422-59.2019.8.17.3020, para dar
ciência desta decisão.

Oficie-se também o Tribunal de Contas da União, comunicando-lhe desta decisão.

Distribua-se, por dependência ao processo n.º 0001628-77.2005.4.05.8308, vinculando-se ao Juízo Substituto.

Intime-se, com urgência, o Município de Ouricuri.

Intime-se a União a, querendo, intervir no feito.

Expedientes necessários.

Processo: 0800195-74.2020.4.05.8309
Assinado eletronicamente por: 20052215393782400000014564795
VIRGINIA CANDIDA DE SOUZA GAMA
QUEIROZ TEIXEIRA DE BARROS - Diretor
de Secretaria
Data e hora da assinatura: 22/05/2020 15:41:14
Identificador: 4058309.14529551

Para conferência da autenticidade do


documento:
https://pje.jfpe.jus.br/pje/Processo
/ConsultaDocumento/listView.seam

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fls. 827
fls. 171

16:36 ., sob o número 07149019720208020001.


Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Arapiraca / Fazenda Pública
Rua Samaritana, s/nº, Fórum Des. Orlando Monteiro Cavalcanti Manso, Santa Edwirges - CEP

0000183-04.2016.8.02.0058 e código 45348DA.


57310-245, Fone: 3482-9523 / 952, Arapiraca-AL - E-mail: vara4arapiraca@tjal.jus.br

32F7483.
Autos n° 0000183-04.2016.8.02.0058
Ação: Cautelar Inominada
Requerente: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Requerido: Município de Arapiraca

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às 11:37
SENTENÇA

01/07/2020 às
em 28/02/2019
Vistos, etc.
Tratam os autos de Ação Cautelar Incidental intentada pelo

nos autos em
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas Sinteal em face do

protocolado
Município de Arapiraca/AL, na qual sustenta que, na condição de entidade
defensora dos interesses de todos os trabalhadores da educação no Estado de

JATUBA, liberado
SILVA e www2.tjal.jus.br,
Alagoas, possui legitimidade ativa para pleitear o seguinte: 1) liminarmente,
a concessão do pedido de bloqueio, junto à Caixa Econômica Federal, de
60% (sessenta por cento) do precatório nº PRC 121171 AL (requisitório

DE OLIVEIRA
2014.80.01.008.000013), expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, no valor de R$111.359.914,32 (cento e onze milhões, trezentos e

CONTIN
cinquenta e nove mil, novecentos e quatorze reais e trinta e dois centavos),

ALFREDO
sacado junto à União Federal, decorrente do FUNDEF, tendo como

VARCELON
beneficiário o aludido município; 2) no mérito, a confirmação da medida

GIOVANNI
liminar a fim de garantir o pagamento, em favor dos servidores substituídos,
dos valores bloqueados sob a forma de rateio. Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
Acompanham a inicial os documentos de p. 15/69.
Às p. 77/79, este juízo deferiu a medida liminar requestada no
sentido de determinar o bloqueio e imediato depósito do valor de
R$111.359.914,32 (cento e onze milhões, trezentos e cinquenta e nove mil,
novecentos e quatorze reais, trinta e dois centavos) correspondente a 60%
(sessenta por cento) do sobredito precatório.
Em sede de contestação (p. 90/101), foram apresentados os
seguintes argumentos: 1) existência de litispendência com a Ação Cautelar
Inominada tombada sob o n. 0707195-62.2015.8.02.0058; 2) a ausência de

Mod. Sentença Genérica


fls. 828
fls. 172

16:36 ., sob o número 07149019720208020001.


Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Arapiraca / Fazenda Pública
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32F7483.
interesse de agir pela perda superveniente do objeto da causa, já que houve
prolação de sentença com resolução do mérito em Ação Civil Pública
proposta pelo Ministério Público Federal em face do município réu perante a

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


Justiça Federal (processo n. 0800734-67.2015.4.05.8001S), a qual tramita na

às 11:37
12ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Arapiraca/AL; 3)

01/07/2020 às
em 28/02/2019
impossibilidade de tutela satisfativa em ação cautelar, pois o pedido do autor
de ratear entre os substituídos a verba perquirida tem natureza satisfativa e
não cautelar; 4) no mérito, a improcedência do pedido em razão da

nos autos em
protocolado
inexistência dos requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora.
Réplica à contestação apresentada às p 144/148.

JATUBA, liberado
Instado a se manifestar, o membro do Ministério Público

SILVA e www2.tjal.jus.br,
Estadual opinou pela improcedência do pedido (p. 154/165).
Tramita, também, perante este juízo a Ação Cautelar
Inominada número 0707195-62.2015.8.02.0058 ajuizada pelo Sinteal em

DE OLIVEIRA
face do município de Arapiraca, a qual possui causa de pedir e pedido
idênticos ao da Ação Cautelar número 0000183-04.2016.8.02.0058.

CONTIN
Instruem a inicial os documentos de p. 17/114.

ALFREDO
Às p. 129/156, o município demandado apresentou

VARCELON
contestação por meio da qual suscitou os seguintes argumentos.

GIOVANNI
Preliminarmente: 1) existência de litispendência com o processo número
0800685-26.2015.4.05.8001 que tramita na 8ª Vara Federal da Subseção Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

Judiciária de Arapiraca/AL; 2) a ausência de interesse de agir pela perda


superveniente do objeto da causa, já que houve prolação de sentença com
resolução do mérito na Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público
Federal em face do município réu perante a Justiça Federal (processo n.
0800734-67.2015.4.05.8001S), a qual tramita na 12ª Vara Federal da
Subseção Judiciária de Arapiraca/AL; 3) impossibilidade jurídica do pedido
em razão da inaplicabilidade da lei nº 9.424/1996 a verba indenizatória
recebida pelo município via precatório; 4) impossibilidade de tutela
satisfativa em ação cautelar, pois o pedido do autor de tem natureza

Mod. Sentença Genérica


fls. 829
fls. 173

16:36 ., sob o número 07149019720208020001.


Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Arapiraca / Fazenda Pública
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57310-245, Fone: 3482-9523 / 952, Arapiraca-AL - E-mail: vara4arapiraca@tjal.jus.br

32F7483.
satisfativa e não cautelar.
Como prejudicial de mérito, alegou a ocorrência de prescrição
e, no mérito: 1) a improcedência do pedido em razão da inexistência dos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora; 2) a natureza

às 11:37
indenizatória do precatório em exame; 3) a impossibilidade de rediscutir

01/07/2020 às
em 28/02/2019
coisa julgada formada nos autos do processo n. 0012048-66.2003.4.05.8000;
4) e o risco de prejuízos irreversíveis para a Administração Municipal, na
hipótese de bloqueio e rateio das verbas.

nos autos em
protocolado
Às p. 198/206, foi protocolado pedido de intervenção de
terceiros.

JATUBA, liberado
Às p. 477/488, o representante do Ministério Público Estadual

SILVA e www2.tjal.jus.br,
opinou pela improcedência do pedido.
Após o oferecimento dos pareceres pelo órgão ministerial, foi
determinado o apensamento dos autos nº 0707195-62.2015.8.02.0058 vindo-

DE OLIVEIRA
me os referidos processos conclusos.

CONTIN
É, em síntese, o relatório.

ALFREDO
Decido.

VARCELON
GIOVANNI
As demandas foram regularmente propostas, tendo as petições
iniciais e respectivos pedidos atendidos ao disposto na legislação processual Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
(art. 319 do CPC/2015).
Nos termos do art. 55 do CPC, duas ações são consideradas
conexas quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. Segundo,
ainda, o §1º do sobredito dispositivo, os processos de ações conexas serão
reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido
sentenciado.
Uma vez que as aludidas ações são conexas e de modo a evitar
o risco de decisões conflitantes ou contraditórias, reúno ambos os processos
para julgamento conjunto.

Mod. Sentença Genérica


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fls. 174

16:36 ., sob o número 07149019720208020001.


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32F7483.
De antemão, reconheço a legitimidade do sindicato
demandante, visto que se encontra legalmente constituído e ativo,
defendendo os interesses de todos os trabalhadores da educação no Estado de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


Alagoas, nos exatos termos do disposto no art. 8º, III da Constituição

às 11:37
Federal.

01/07/2020 às
em 28/02/2019
Em sua defesa, o município promovido sustenta que a
pretensão do sindicato demandante encontra-se fulminada pela prescrição,
alegando que já transcorreram mais de 10 (dez) anos do não repasse das

nos autos em
protocolado
verbas federais relativas ao FUNDEF.
Não há como reconhecer, na espécie, os efeitos do tempo,

JATUBA, liberado
uma vez que foi necessária a busca da tutela jurisdicional para que o crédito

SILVA e www2.tjal.jus.br,
tivesse a sua existência declarada.
Resta mais que evidenciado nos autos que o ente público teve
de demandar contra a União, visando o pagamento de diferenças referentes

DE OLIVEIRA
aos repasses do FUNDEF, os quais, conforme previsto na legislação de
regência, possuem como destinatários os profissionais do magistério, aqui

CONTIN
representados pela entidade autora.

ALFREDO
Como se fez necessário, portanto, a constituição de um título

VARCELON
judicial atestando o direito pretendido e vindicado pela categoria, não há que

GIOVANNI
se falar em ocorrência de prescrição da pretensão ora analisada, tendo em
vista que esta, na verdade, somente se aperfeiçoou com o reconhecimento Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

judicial do crédito e o posterior repasse ao ente público.


Quanto às preliminares ventiladas pelo município requerido,
entendo que elas devem ser rejeitadas com base nas seguintes razões.
Quanto à preliminar de falta de interesse de agir pela perda
superveniente do objeto da causa decorrente da prolação de sentença com
resolução do mérito em sede de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério
Público Federal em face do município réu perante a Justiça Federal (processo
n. 0800734-67.2015.4.05.8001S), entendo pela sua rejeição. Explico.
Fazendo um comparativo entre as ações cautelares em análise

Mod. Sentença Genérica


fls. 831
fls. 175

16:36 ., sob o número 07149019720208020001.


Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Arapiraca / Fazenda Pública
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0000183-04.2016.8.02.0058 e código 45348DA.


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32F7483.
e a Ação Civil Pública intentada pelo MPF, verifico que não há identidade
entre os pedidos deduzidos.
Nas demandas que tramitam neste juízo, o Sinteal pleiteia, nos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


termos do artigo 7º da lei n. 9.424/1996 e artigo 22 da lei 11.494/2006, a

às 11:37
destinação de no mínimo 60% (sessenta por cento) do precatório nº PRC

01/07/2020 às
em 28/02/2019
121171 AL na valorização/remuneração dos profissionais do magistério
que atuam na rede municipal de ensino. Por seu turno, o órgão ministerial
pretende obter o bloqueio integral das verbas dos precatórios do FUNDEF,

nos autos em
protocolado
inclusive de honorários advocatícios contratuais.
Assim, o fato de a ação proposta pelo MPF já se encontrar

JATUBA, liberado
sentenciada isso não impede o prosseguimento das ações em exame, dada a

SILVA e www2.tjal.jus.br,
flagrante divergência encontrada nos pedidos deduzidos.
Não há motivos, portanto, para se acolher a sobredita
preliminar.

DE OLIVEIRA
No que tange à impossibilidade de rediscutir coisa julgada
formada nos autos do processo número 0012048-66.2003.4.05.8000

CONTIN
(processo de conhecimento que deu origem ao precatório PRC 121171

ALFREDO
AL), invoco o disposto no art. 337, § 4º do CPC, o qual prevê que há coisa

VARCELON
julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em

GIOVANNI
julgado.
O supramencionado dispositivo fala, pois, em uma tríplice Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

identidade: partes, causa de pedir e pedido. No entanto, não vislumbro, a


partir do cotejo das demandas, a existência de ponto de contato em qualquer
dos elementos da ação.
É que, muito embora as ações em análise façam referência a
recursos do FUNDEF liberados em processo judicial, certo é que a causa de
pedir não guarda qualquer relação com a demanda de conhecimento
(originária), a qual se limitou a certificar a existência de um direito de crédito
do Município de Arapiraca.
Aqui, ao revés, o sindicato autor pretende garantir a

Mod. Sentença Genérica


fls. 832
fls. 176

16:36 ., sob o número 07149019720208020001.


Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Arapiraca / Fazenda Pública
Rua Samaritana, s/nº, Fórum Des. Orlando Monteiro Cavalcanti Manso, Santa Edwirges - CEP

0000183-04.2016.8.02.0058 e código 45348DA.


57310-245, Fone: 3482-9523 / 952, Arapiraca-AL - E-mail: vara4arapiraca@tjal.jus.br

32F7483.
observância da destinação dos recursos a serem incorporados ao patrimônio
municipal, nos exatos termos preconizados pela lei nº 9.394/1996
(regulamenta o FUNDEF).

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Aliás, vale observar que não integrava o objeto da ação

às 11:37
cognitiva a posterior destinação dos recursos requisitados via precatório,

01/07/2020 às
em 28/02/2019
motivo que reforça a inexistência de coisa julgada sobre esse particular
aspecto. E, ainda que assim não fosse, a decisão proferida naquele processo
não seria apta a vincular o Sinteal, tendo em vista que tal entidade não

nos autos em
protocolado
integrou nenhum dos polos processuais.
Logo, rejeito a alegação de que existe coisa julgada formada

JATUBA, liberado
na ação de conhecimento número 0012048-66.2003.4.05.8000.

SILVA e www2.tjal.jus.br,
Segundo o município réu, o pedido do sindicato autor de ratear
entre os substituídos a verba do precatório nº PRC 121171 AL possui
natureza satisfativa, o que é incabível em sede de ação cautelar.

DE OLIVEIRA
A tutela provisória de urgência divide-se em: a) antecipada
(satisfativa) que é aquela em que o órgão julgador antecipa um direito ou

CONTIN
bem da vida que o autor espera conseguir ao final do processo; e b) cautelar,

ALFREDO
na qual o órgão julgador confere uma medida para assegurar aquele direito

VARCELON
ou bem da vida que o requerente espera obter ao fim do processo.

GIOVANNI
Veja a lição de Marcus Vinicius Rios Gonçalves acerca do
tema: Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

(...) “A satisfatividade é o critério mais útil para distinguir


a tutela antecipada da cautelar. As duas são provisórias e
podem ter requisitos muito assemelhados, relacionados à
urgência ou evidência. Mas somente a primeira tem
natureza satisfativa, permitindo ao juiz que já defira os
efeitos que, sem ela, só poderia conceder no final. Na
cautelar, o juiz não defere, ainda, os efeitos pedidos, mas
apenas determina uma medida protetiva assecurativa, que
preserva o direito do autor, em risco pela demora no
processo.
Tanto a tutela antecipada quanto a cautelar podem ser

Mod. Sentença Genérica


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úteis para afastar uma situação de perigo de prejuízo
irreparável ou de difícil reparação. Mas diferem quanto à
maneira pela qual alcançam esse resultado: enquanto a
primeira afasta o perigo atendendo ao que foi postulado, a
segunda o afasta tomando alguma providência de

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proteção.

às 11:37
Imagine-se, por exemplo, que o autor corra um grave
risco de não receber determinado valor. A tutela

01/07/2020 às
satisfativa lhe concederá a possibilidade de, desde logo,

em 28/02/2019
promover a execução do valor, em caráter provisório,
alcançando-se os efeitos almejados, que normalmente só
seriam obtidos com a sentença condenatória.
Já por meio de tutela cautelar, o autor pode arrestar bens

nos autos em
do devedor, preservando-os em mãos de um depositário

protocolado
para, quando obtiver sentença condenatória e não houver
recurso com efeito suspensivo, poder executar a quantia
que lhe é devida. A tutela cautelar não antecipa os efeitos

JATUBA, liberado
da sentença, mas determina uma providência que protege

SILVA e www2.tjal.jus.br,
o provimento, cujos efeitos serão alcançados ao final”.
(Direito Processual Civil Esquematizado. 7ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2016, p. 721-722).

DE OLIVEIRA
Como visto, o procedimento cautelar é eminentemente
instrumental, não possuindo natureza satisfativa, já que se destina a preservar

CONTIN
uma situação de fato para sobre ela incidir a prestação jurisdicional futura

ALFREDO
VARCELON
(objeto da ação de mérito) que irá compor a lide.
Evidencia-se, pois, que a espécie possui natureza de tutela

GIOVANNI
cautelar, já que não antecipa os efeitos da sentença, mas determina uma
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
medida que protege/assegura o provimento, cujos efeitos serão alcançados ao
final.
Analisando os pedidos formulados nas exordiais, verifico que
a medida liminar pleiteada diverge, claramente, do pedido meritório, tendo
em vista que a primeira se restringe ao bloqueio, junto à Caixa Econômica
Federal, de 60% (sessenta por cento) do precatório nº PRC 121171-AL,
enquanto o segundo pleiteia a confirmação da referida medida, de modo a
garantir o pagamento futuro, sob a forma de rateio, em favor dos professores
substituídos, dos valores atinentes àquele percentual, a serem

Mod. Sentença Genérica


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individualizados em sede de cumprimento de sentença.
Uma vez que ambas as cautelares em análise foram ajuizadas
durante a vigência do CPC de 1973 (art. 796 e seguintes), o sindicato

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demandante, nas petições iniciais, declina a ação principal a ser ajuizada e

às 11:37
seus fundamentos, o que demonstra o cumprimento dos requisitos exigidos

01/07/2020 às
em 28/02/2019
pelo antigo código.
Por não vislumbrar, portanto, natureza satisfativa nas cautelares em exame,
rejeito a preliminar.

nos autos em
Ainda em sede de preliminar, o município requerido ventila a

protocolado
impossibilidade jurídica do pedido, visto que, segundo ele, as verbas
oriundas do precatório em tela possuem caráter indenizatório, tornando

JATUBA, liberado
SILVA e www2.tjal.jus.br,
inaplicáveis as disposições da lei nº 9.424/1996 (regulamenta o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF).

DE OLIVEIRA
Por considerar que tal argumento se confunde com o mérito
propriamente dito, deixo para apreciá-lo a seguir.

CONTIN
Superadas as preliminares suscitadas pela edilidade ré em

ALFREDO
sede de contestações, passo ao julgamento do mérito propriamente dito.

VARCELON
Por acreditar que os repasses relativos ao Fundo de

GIOVANNI
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF estavam sendo realizados a menor, o Município de Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

Arapiraca ajuizou ação em face da União Federal perante a Justiça Federal


em Alagoas.
Em final deliberação, o Tribunal Regional Federal da 5ª
Região considerou que, de fato, a estimação do Valor Mínimo Nacional por
Aluno (VMNA), elemento fundamental para cálculo da quantia devida a
cada município em razão do FUNDEF, estava sendo realizada de forma
aleatória e abaixo da média nacional, causando prejuízos à edilidade.
Com base em tais fundamentos, determinou-se, na ocasião,
que a União efetivasse o repasse da quantia relativa ao FUNDEF que o

Mod. Sentença Genérica


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município deixou de receber, desde o quinto ano anterior ao ajuizamento da
ação até a implantação do atual FUNDEB.
Os valores foram devidamente apurados e liberados por meio

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do precatório requisitório em questão, esgotando-se a jurisdição federal no

às 11:37
caso concreto.

01/07/2020 às
em 28/02/2019
Ocorre que o ente réu vem defendendo a tese de que o crédito
possui natureza indenizatória, uma vez que tão somente promoveu o
ressarcimento de montante que deveria ter sido pago em época própria e por

nos autos em
protocolado
essa razão não haveria subvinculação de 60% (sessenta por cento) para
pagamento aos professores da rede de ensino básico municipal.

JATUBA, liberado
O entendimento firmado pela municipalidade e a expedição

SILVA e www2.tjal.jus.br,
do precatório em seu favor motivaram a propositura das presentes demandas
cautelares, as quais objetivam o bloqueio de 60% (sessenta por cento) do
valor do sobredito precatório, sob o fundamento de que as complementações

DE OLIVEIRA
do FUNDEF só poderiam ser destinadas à remuneração dos professores
substituídos.

CONTIN
Na espécie, comporta a verificação dos elementos instituídos

ALFREDO
no art. 300 do CPC, qual seja, a probabilidade do direito e o perigo de dano

VARCELON
ou o risco ao resultado útil do processo.

GIOVANNI
Não há que se falar em ausência dos pressupostos para o
regular trâmite e conhecimento dos processos cautelares em tela, pois, como Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

bem se vê pelo que nos autos consta, inclusive pela documentação acostada,
ficou demonstrada a existência de controvérsia a ser discutida e por conta da
qual se requereu a medida liminar de bloqueio de parte desses recursos.
Por força do que dispunha o art. 7º da lei n.º 9.424/1996, in
verbis:

Art. 7º. Os recursos do Fundo, incluída a


complementação da União, quando foro caso, serão
utilizados pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios,assegurados, pelo menos, 60% (sessenta por

Mod. Sentença Genérica


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cento) para a remuneração dos profissionais do
Magistério, em efetivo exercício de suas atividades no
ensino fundamental público.

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às 11:37
O permissivo legal acima transcrito fora revogado pela lei nº

01/07/2020 às
11.494/2007, a qual substituiu o FUNDEF pelo Fundo de Manutenção e

em 28/02/2019
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação FUNDEB.

nos autos em
No mesmo sentido, é o artigo 22 da supramencionada lei:

protocolado
Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos

JATUBA, liberado
recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao

SILVA e www2.tjal.jus.br,
pagamento da remuneração dos profissionais do
magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública.

DE OLIVEIRA
Os supracitados dispositivos corroboram o entendimento de

CONTIN
que o montante perquirido não se caracteriza como receita corrente líquida,

ALFREDO
mas sim crédito vinculado, que necessita ser aplicado em razão de sua

VARCELON
origem de acordo com a legislação do fundo que lhe deu origem.

GIOVANNI
É o que prevê, aliás, o art. 212 da Constituição Federal:
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante
de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida
pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios,
não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste
artigo, receita do governo que a transferir.

Mod. Sentença Genérica


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32F7483.
Ainda sobre o assunto, prescreve o artigo 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias cujo texto inspirou a legislação de
regência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

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Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF:

às 11:37
01/07/2020 às
Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da

em 28/02/2019
promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos
recursos a que se refere o caput do art. 212 da
Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da

nos autos em
educação básica e à remuneração condigna dos

protocolado
trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes
disposições: (Redação dada pela EC nº 53, de 2006).
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades

JATUBA, liberado
entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é

SILVA e www2.tjal.jus.br,
assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado
e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza
contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de

DE OLIVEIRA
2006). [...]
IV - os recursos recebidos à conta dos Fundos instituídos
nos termos do inciso I do caput deste artigo serão

CONTIN
aplicados pelos Estados e Municípios exclusivamente nos

ALFREDO
respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição

VARCELON
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de
2006). [...]

GIOVANNI
XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento)
de cada Fundo referido no inciso I do caput deste artigo
será destinada ao pagamento dos profissionais do Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
magistério da educação básica em efetivo exercício.

Nada obstante a evidente escassez de recursos públicos,


sobretudo nos entes federados de menor abrangência como os municípios,
certo é que eles possuem o compromisso com a progressividade da satisfação
desse direito social consagrado constitucionalmente, garantindo-lhe padrão
de qualidade e equidade (art. 212, §3º, da Constituição Federal de 1988).
Assim, o inadimplemento da União, por longo lapso temporal,

Mod. Sentença Genérica


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não pode escudar a edilidade de aplicar os recursos que, caso fossem pagos
na época própria, seriam, inquestionavelmente, destinados à valorização do
magistério e ao desenvolvimento da educação.

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Eis que surgem, então, as seguintes indagações: por qual

às 11:37
motivo ainda não houve o repasse aos professores? Qual a razão do atraso?

01/07/2020 às
em 28/02/2019
Neste cenário, abre-se ao Poder Judiciário a “zona de
sindicabilidade” por força do descumprimento de encargos previstos na
Carta Fundamental.

nos autos em
protocolado
No mesmo sentido, entende Germana de Oliveira Moraes, in
litteris: (...) "há redução da discricionariedade a zero, quando as

JATUBA, liberado
circunstâncias normativas e fáticas do caso concreto eliminam a

SILVA e www2.tjal.jus.br,
possibilidade de escolha entre diversas opções a ponto de subsistir apenas
uma solução juridicamente possível. Nestas hipóteses, restará apenas uma
solução unívoca para o caso e a Administração estará obrigada a tomá-

DE OLIVEIRA
la, podendo, portanto, o juiz compeli-la a tanto" (Controle Jurisdicional
da Administração Pública. 2ª edição. Dialética. São Paulo. 2004. p. 169)

CONTIN
(grifamos).

ALFREDO
Analisando os fundamentos jurídicos expostos pelo Sinteal,

VARCELON
mormente os dispositivos legais pertinentes à matéria, entendo que 60%

GIOVANNI
(sessenta por cento) dos valores relativos ao precatório judicial em discussão
devem ser destinados única e exclusivamente para o pagamento de Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

professores da rede de ensino básico municipal, o que rechaça a tese de que


sua natureza é indenizatória.
Por outro lado, restou igualmente demonstrado o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo quanto à possibilidade de
destinação a outros fins dos valores em disputa pelo município requerido.
Saliento que não pretendo fazer qualquer referência ao atual
gestor municipal, porém a realidade brasileira permite registrar inúmeros
casos em que o direito assegurado judicialmente não chega às mãos do seu
destinatário em função de desordens políticas provocadas, muitas vezes,

Mod. Sentença Genérica


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pelos próprios gestores.
Em vista desse contexto e de modo a garantir a execução
prática dos provimentos jurisdicionais, entendo que a medida de bloqueio de

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parte da verba em comento é a que melhor se coaduna ao caso.

às 11:37
Ao contrário do sustentado pela parte ré, certifico que as

01/07/2020 às
em 28/02/2019
vedações previstas na lei nº 8.437/1992 não se aplicam à espécie, visto que a
medida liminar não tem como escopo determinar o pagamento/concessão de
vantagens ou remuneração pela Fazenda Pública, mas sim preservar um

nos autos em
protocolado
recurso até ulterior pronunciamento jurisdicional definitivo.
A alegação de que o bloqueio dos valores trará prejuízos à

JATUBA, liberado
ordem e à economia do município demandado, que aguardou durante anos o

SILVA e www2.tjal.jus.br,
recebimento dos mesmos, além de demasiadamente genérica, não dá guarida
ao seu direito.
Primeiramente, porque, ainda que a alegação restasse

DE OLIVEIRA
comprovada, o que não se verifica no caso em apreço, tal fato seria
irrelevante, ante a já constatada vinculação da verba às finalidades legais e

CONTIN
constitucionais acima citadas.

ALFREDO
Ainda que se entendesse que a verba possui caráter

VARCELON
indenizatório, o que, como já dito, não é, não seria o caso de se determinar o

GIOVANNI
desbloqueio dos recursos, por não haver comprovação, pelo município
demandado, de quais atividades administrativas imprescindem do precatório Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

em questão para serem realizadas.


Além disso, inexistem quaisquer provas no sentido de que, em
razão do bloqueio, a edilidade restará impossibilitada de pagar a
remuneração de seus servidores, de manter serviço público de saúde,
educação, etc. Situações que evidenciariam, de forma concreta, que a
manutenção dos efeitos da decisão que determinou o bloqueio teria o condão
de atravancar o exercício da atividade administrativa municipal.
Para além, não é despiciendo repisar que a verba em
discussão, oriunda de decisão judicial transitada em julgado, não integra a

Mod. Sentença Genérica


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receita regular do Município de Arapiraca, o qual, em razão disso, não
deveria dela depender para o custeio de suas atividades ordinárias, cuja
realização está vinculada a valores que, comumente, ingressam nos cofres

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municipais, e não de verba recebida em caráter excepcional ou

às 11:37
extraordinário.

01/07/2020 às
em 28/02/2019
Impende assinalar que, no caso, o requisito do perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo está presente de modo inverso, haja
vista que, de posse dos valores, a edilidade poderá despendê-los, de maneira

nos autos em
protocolado
que, caso se verifique ao final do trâmite processual que as verbas de fato são
vinculadas ao pagamento dos professores, a medida restará inócua em razão

JATUBA, liberado
dos dispêndios.

SILVA e www2.tjal.jus.br,
Logo, não há que se falar em lesão à ordem e à economia
públicas.
Ressalvo, por fim, que a prestação de contas do uso do

DE OLIVEIRA
montante em discussão deverá ser feita pelo município demandado junto aos
órgãos de controle competentes por meio de expedientes encaminhados fora

CONTIN
dos autos, pois não compete a este magistrado averiguar o detalhamento de

ALFREDO
realização das despesas, recaindo tal ônus sobre o sindicato autor, que poderá

VARCELON
adotar as medidas cabíveis no sentido de reparar possíveis desvios na

GIOVANNI
aplicação dos recursos.
Insta advertir ao ente réu que eventual tredestinação dos Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

recursos poderá ser controlada e combatida pelos referidos órgãos nas vias
administrativas e judiciais adequadas.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido
apresentado nas presentes ações cautelares, confirmando a decisão liminar
que determinou o bloqueio de 60% (sessenta por cento) dos valores
referentes ao precatório nº PRC 121117-AL (requisitório
2014.80.01.008.000013), de modo a garantir o pagamento de tais valores,
sob a forma de rateio, em favor dos professores substituídos, a serem
individualizados em sede de cumprimento de sentença na ação própria.

Mod. Sentença Genérica


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Intime-se o Município de Arapiraca para que, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, informe a este juízo se a decisão interlocutória de p.
77/79 foi devidamente cumprida, devendo informar também, em caso

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


positivo, os dados relativos à conta judicial ou conta corrente de titularidade

às 11:37
da prefeitura onde o montante se encontra retido.

01/07/2020 às
em 28/02/2019
Faça-se constar no mandado que, caso tal comando não seja
devidamente atendido dentro do prazo fixado, o silêncio do município poderá ser
considerado como não cumprimento da ordem.

nos autos em
protocolado
Ante a sucumbência, condeno a parte requerida ao pagamento
de honorários advocatícios cujo percentual, contudo, somente será fixado quando da

JATUBA, liberado
liquidação da sentença, em atenção ao que dispõe o art. 85, § 4o,, II do CPC.

SILVA e www2.tjal.jus.br,
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com baixa
na distribuição.

DE OLIVEIRA
P.R.I.
Arapiraca,28 de fevereiro de 2019.

ALFREDO CONTIN
Giovanni Alfredo de Oliveira Jatubá

VARCELON
Juiz de Direito

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO GIOVANNI

Mod. Sentença Genérica


, sob o número 07149019720208020001.
fls. 842
fls. 108

0700396-03.2019.8.02.0045 e código 45348DC.


3728CF8.
Juízo de Direito - Vara do Único Ofício de Murici
Parque Res. Antenor Marinho de Melo, 2, . - CEP 57820-000, Fone: 3286-1334,
Murici-AL - E-mail: murici@tjal.jus.br

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às 16:36
Autos nº: 0700396-03.2019.8.02.0045

às 13:07 .
Ação: Petição

em 01/07/2020
Requerente: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Requerido: Município de Murici

autos em 20/05/2019
liberado nos protocolado
DECISÃO

Vistos, etc.

e www2.tjal.jus.br,
Cuida-se de AÇÃO ORDINÁRIA proposta por SINDICATO DOS
TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS em desfavor do
MUNICÍPIO DE MURICI/AL com fito em obter provimento jurisdicional, liminar,

Porangaba,
para bloquear 60% (sessenta por cento) do crédito referente ao precatório de n.
0318810-41.2018.4.05.0000/PRC167863-AL, oriundo de ação coletiva

OliveiraSILVA
(0011204-19.2003.4.05.8000) proposta pela AMA – Associação dos Municípios
Alagoanos que pleiteou o pagamento de diferenças não pagas do FUNDEF (atual

CONTIN
FUNDEB), devidamente reconhecido pelo Judiciário, mesmo após a interposição dos
pertinentes recursos.

Bianca de
VARCELON
Objetiva a parte autora assegurar que o percentual legal seja respeitado, mais
precisamente, com relação ao custeio da remuneração dos professores, inserto no art.

Emanuela
22, caput, da Lei n. 11.494/2007, pugnando, pela imediata concessão da tutela
provisória.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO


Documentos às fls. 21/107.

É o que importa relatar. Decido.

O Novo Código de Processo Civil traz um regramento especial às tutelas


provisórias, apresentando novas espécies: tutelas de urgência e de evidência. Dentro das
primeiras se encontram as tutelas antecipadas satisfativas e as tutelas cautelares, que
têm por características a sumariedade da cognição e a precariedade (possibilidade de
modificação e/ou revogação). As características da tutela cautelar continuam
preservadas, isto é, o perfil assecuratório do direito é o que a difere das demais tutelas
provisórias.

In casu, estar-se-á diante de uma antecipação dos efeitos de uma tutela


, sob o número 07149019720208020001.
fls. 843
fls. 109

0700396-03.2019.8.02.0045 e código 45348DC.


3728CF8.
Juízo de Direito - Vara do Único Ofício de Murici
Parque Res. Antenor Marinho de Melo, 2, . - CEP 57820-000, Fone: 3286-1334,
Murici-AL - E-mail: murici@tjal.jus.br
satisfativa, a clássica tutela antecipada, com a necessidade de comprovação de seus

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


requisitos, fumus boni iuris e periculum in mora, nos termos do art. 300 do NCPC.1

às 16:36
às 13:07 .
A substituição processual não encontra embaraço no presente litígio, pois

em 01/07/2020
realmente desnecessária a autorização específica de cada beneficiado pela contenda, por
se tratar de sindicato, com arrimo no art. 8º, III, da Constituição Federal.

autos em 20/05/2019
O direito em debate tem seu nascedouro encartado no art. 22 da Lei n.
11.494/2007:

liberado nos protocolado


Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais
totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede
pública.

e www2.tjal.jus.br,
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo,
considera-se:
I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do

Porangaba,
magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo,
emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores

OliveiraSILVA
do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os
encargos sociais incidentes;

CONTIN
II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais
que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção ou

Bianca de
administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação

VARCELON
educacional e coordenação pedagógica;
III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de

Emanuela
magistério previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua regular
vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente governamental

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO


que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos
temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que não
impliquem rompimento da relação jurídica existente.

Nessa toada, prudente o pleito em questão, pois se percebe dos autos a


existência de precatório expedido e possivelmente já pago, qual seja, o de processo de
nº. 0318810-41.2018.4.05.000, com número do requisitório nº. 20188002007200021 e
do processo de execução nº. 08034989220164058000.

É cediço que o direito à educação é garantia fundamental positivada no texto


constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30, VI; art.
205 e seguintes, entre outros, revelando a importância do tema para o poder constituinte
1 DIDIER JR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria. Curso de Direito Processual Civil. 11ª ed.
Salvador: Jus Podivm, 2016.
, sob o número 07149019720208020001.
fls. 844
fls. 110

0700396-03.2019.8.02.0045 e código 45348DC.


3728CF8.
Juízo de Direito - Vara do Único Ofício de Murici
Parque Res. Antenor Marinho de Melo, 2, . - CEP 57820-000, Fone: 3286-1334,
Murici-AL - E-mail: murici@tjal.jus.br
originário. A oferta de uma educação de qualidade à população e seu pleno acesso

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


deriva da adequada maneira de gerir seus recursos, com respeito aos ditames legais

às 16:36
postos para oferecimento do mínimo necessário.

às 13:07
em 01/07/2020 .
Calha destacar que o pedido autoral, mesmo que prudente e legítimo, revela o
descrédito que pesa sobre o Poder Público, pois se revelou necessário a intervenção

autos em 20/05/2019
judicial para que o dispositivo do art. 22, caput, da Lei n. 11.494/2007 seja respeitado.

A probabilidade do direito está perfeitamente caracterizado no caso em comento,

liberado nos protocolado


pois o seu respaldo se encontra em diploma legal, qual seja, Lei n. 11.494/2007 que
regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB (antigo FUNDEF).

e www2.tjal.jus.br,
Outrossim, a inexistência de interesse da União no caso em testilha é patente,
por já integrar o patrimônio da municipalidade, em consonância com a jurisprudência
pátria e ausência de condicionantes a serem prestadas junto ao ente público federal.

Porangaba,
O perigo da demora é evidente sobre o caso em questão, pois diante da ausência

OliveiraSILVA
de comprovação de que as verbas destinadas ao Município serão realmente utilizadas
conforme preconiza a Lei n. 11.494/2007, a atuação do Judiciário é legítima e urgente.

CONTIN
Ante o exposto, DEFIRO a tutela provisória requestada, porque presentes os

Bianca de
requisitos do art. 300 do CPC/2015, para BLOQUEAR 60% (sessenta por cento) do

VARCELON
crédito oriundo do precatório nº 0318810-41.2018.4.05.0000/PRC167863-AL para
custeio do pagamento dos professores da educação básica do Município de Murici/AL,

Emanuela
ao passo que oficie-se à CEF e à 7ª Vara Federal para cumprimento da decisão,
transferindo os valores para conta judicial vinculada à presente contenda.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO


Designo audiência de conciliação para o dia 18.07.2019, às 8:15 horas.

Cite-se o requerido para, querendo, contestar o feito, no prazo de 30 (trinta) dias


úteis, nos termos dos arts. 183 c/c 335, ambos do CPC 2015.
Ciência ao Ministério Público.
Cumpra-se.

Murici , 20 de maio de 2019.

Emanuela Bianca de Oliveira Porangaba


Juíza de Direito
fls. 845
fls. 166

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000
FUNDEF/Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério
3ª Câmara Cível
Relator:Des. Alcides Gusmão da Silva
Agravante : Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas - Sinteal
Advogado : Cyro Visalli Terceiro (OAB: 16506/PB)
Advogado : Ciro Varcelon Contin Silva (OAB: 8663/AL)
Advogado : Nivaldo Barbosa da Silva Júnior (OAB: 6411/AL)

01/07/2020
Advogado : Celso Tadeu Lustosa Pires Segundo (OAB: 11181/PB)

.
Advogado : Anderson José Bezerra Barbosa (OAB: 13749/AL)

às 16:55
Agravado : Município de Tanque D´Arca

22/08/2019 em
C55330.
nos autos emprotocolado
DECISÃO / MANDADO / CARTA / OFÍCIO – N. _____________ / 2019

processo
informee ocódigo
1 Trata-se de agravo de instrumento com pedido de efeito ativo (fls. 01-21)

e www2.tjal.jus.br,
interposto pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


ALAGOAS - SINTEAL, inconformado com a decisão (fls. 159-162) proferida pelo

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


Juízo de Direito da Vara do Único Ofício de Anadia 1, nos autos da ação ordinária

liberado
(fls. 52-72) tombada sob o n. 0700145-93.2019.8.02.0203, manejada em desfavor do

SILVA
MUNICÍPIO DE TANQUE D'ARCA-AL.

DA SILVA,
GUSMAOCONTIN
2 No referido "decisum" (fls. 159-162), o juízo singular indeferiu o pedido
de tutela provisória formulado na exordial, notadamente no que se refere à

VARCELON
determinação de bloqueio do percentual de 60% (sessenta por cento) do valor
recebido pelo ora agravante, relativo ao requisitório n. 20188000002200274,

ALCIDES
PRC168727-AL, expedido pelo TRF da 5ª Região.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
3 Sustenta o recorrente que os requisitos autorizadores da antecipação de
tutela estão presentes no processo originário, sobretudo porque juntou provas
suficientes de suas alegações. Defende que mesmo tendo sido originado de decisão
judicial relativa a diferenças no repasse do FUNDEF, os valores continuam
vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, tendo os professores
direito a perceber 60% (sessenta por cento) da importância total.
4 Após afirmar que a verba não pode ser gasta com qualquer despesa
municipal, mas apenas na destinação a que está vinculada, bem como tratar acerca
1
Juiz prolator: Dra. Nathallye Costa Alcântara de Oliveira.

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 1 de 8
fls. 846
fls. 167

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


da verossimilhança das alegações e do perigo de dano grave e irreversível (na
medida em que se não for bloqueado, poderá ser facilmente desviado de sua
finalidade), requereu a atribuição de efeito ativo ao recurso, com a concessão do
pedido liminar.
5 É o relatório. Fundamento e decido.
6 Preenchidos os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso

01/07/2020
interposto.

às 16:55 .
7 Não se pode olvidar que esta primeira apreciação é de cognição rasa,

22/08/2019 em
C55330.
servindo-se apenas para pronunciamento acerca do pedido de efeito ativo formulado

nos autos emprotocolado


processo
pela parte agravante.

informee ocódigo
8 Transcende-se, pois, à análise do pedido de efeito ativo (artigo 1.019,

e www2.tjal.jus.br,
inciso I, do Novo Código de Processo Civil), cujos requisitos para concessão restam

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


delineados no artigo 995 da Lei Adjetiva Civil:

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
NCPC, Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão,
salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.

SILVA
DA SILVA,
Par. único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa

GUSMAOCONTIN
por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos
houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e
ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.

VARCELON
9 Ao conferir a possibilidade de conceder efeito suspensivo (ou ativo) ao

ALCIDES
recurso manejado, a lei processual o faz com a ressalva de que seja observada a
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
presença - no caso concreto - do perigo de ser ocasionada à parte lesão grave ou de
difícil reparação, bem como preceitua que a fundamentação exposta deve ser
plausível, de maneira que a ausência de quaisquer dos elementos ocasiona o
indeferimento da pretensão.
10 Assim, cinge-se a controvérsia, neste momento processual, em verificar
se o recorrente demonstrou, ou não, estarem presentes nos autos a verossimilhança
de suas alegações bem como o perigo da demora, requisitos indispensáveis ao
deferimento da antecipação de tutela em sede recursal.
11 No que se refere à plausibilidade do direito invocado pelo recorrente, da

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 2 de 8
fls. 847
fls. 168

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


atenta leitura dos documentos que constituem o instrumento do agravo, sobretudo
em conjunto com a argumentação esposada na petição, é possível perceber que o
litigio se originou a partir do recebimento de valores referentes a precatório, emitido
pela Justiça Federal, em favor do Município.
12 Sobre este fato primário, válido tecer pontuais observações.
13 Por acreditar que os repasses relativos ao Fundo de Manutenção e

01/07/2020
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério –

às 16:55 .
FUNDEF estavam sendo realizados a menor pela União, a municipalidade

22/08/2019 em
C55330.
demandou contra a Fazenda Pública Nacional, em processos que tramitaram perante

nos autos emprotocolado


processo
a Justiça Federal em Alagoas, com recurso julgado pelo TRF da 5ª Região.

informee ocódigo
14 Em final deliberação, o Tribunal Regional Federal considerou que, de

e www2.tjal.jus.br,
fato, a estimação do Valor Mínimo Nacional por Aluno (VMNA), elemento

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


fundamental para cálculo da quantia devida a cada Município em razão do

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


FUNDEF, estava sendo realizada de forma aleatória e abaixo da média nacional,

liberado
causando prejuízos ao ente municipal.

SILVA
DA SILVA,
15 Por estes fundamentos, restou determinado que a União realizasse o

GUSMAOCONTIN
repasse da quantia relativa ao FUNDEF que o município deixou de receber, desde o
quinto ano anterior ao ajuizamento da ação até a implantação do FUNDEB. Tais

VARCELON
valores foram apurados e liberados ao agravado por meio do requisitório n.
20188000002200274, PRC168727-AL, esgotando-se a jurisdição federal no caso

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO ALCIDES


concreto.
16 Ocorre que após ser depositada a importância das contas do Município, a
Administração firmou entendimento de que o crédito possuiria natureza
indenizatória, vez que tão somente promoveu o ressarcimento de montante que
deveria ter sido pago em momento anterior. Por essa razão, poderia aplicar a verba
para quitação de qualquer despesa, não se vinculando aos dispositivos da Lei de
regência do FUNDEF.
17 Tal deliberação ensejou a propositura de ação por parte dos servidores
ligados a Secretaria Municipal de Educação (notadamente professores, por meio de
substituto processual - SINTEAL), desta vez perante a Justiça Estadual, os quais

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 3 de 8
fls. 848
fls. 169

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


apontaram que a legislação pertinente lhes garantiria o recebimento da parcela de
sessenta por cento do crédito discutido, e, caso seja empregado de forma
discricionária pelo administrador, em despesas públicas das mais diversas naturezas,
seu direito seria, flagrantemente, lesionado.
18 O juízo singular indeferiu a medida liminar, que buscava a determinação
do bloqueio da parcela de 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos, até final

01/07/2020
julgamento da lide.

às 16:55 .
19 Este o escorço fático e jurídico que orbita a pretensão recursal.

22/08/2019 em
C55330.
20 Desde já, fixo a seguinte premissa: sendo proveniente de recursos não

nos autos emprotocolado


processo
repassados do FUNDEF, o crédito objeto da demanda – ao menos sob a análise que

informee ocódigo
esta fase processual permite realizar – deve ser aplicado com observância ao sistema

e www2.tjal.jus.br,
normativo que regula o funcionamento do fundo, e não de forma aleatória, como

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


pretende o município.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


21 Também não merece guarida o argumento de que, ao longo dos anos em

liberado
que os valores foram percebidos a menor, empregou-se receita de outras áreas, a fim

SILVA
DA SILVA,
de suprir a carência da educação, de forma que tal indenização serviria para

GUSMAOCONTIN
recomposição de tais recursos. Não considero que o montante se caracterize como
receita corrente líquida, mas sim crédito vinculado, que necessita ser aplicado – em

VARCELON
razão de sua origem – de acordo com a legislação do fundo que lhe deu origem. É o
que indica a Constituição Federal:

CF/88, Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO ALCIDES
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino. (grifou-se)

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União


aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para
efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que
a transferir. (grifou-se)

22 Na mesma linha, estabelece a Lei 11.494/2007, que regulamenta o


Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 4 de 8
fls. 849
fls. 170

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


dos Profissionais da Educação – FUNDEB:

Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:

I - no financiamento das despesas não consideradas como de


manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme
o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;

II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito,

01/07/2020
internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito

.
Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao

às 16:55
financiamento de projetos, ações ou programas considerados
como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a

22/08/2019 em
C55330.
educação básica. (grifou-se)

nos autos emprotocolado


processo
informee ocódigo
23 Nesse toar, eis o que prescreve o artigo 60, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (em cujo texto foi inspirada a legislação de regência do

e www2.tjal.jus.br,
https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


do Magistério – FUNDEF – Lei 9.424/96):

liberado
Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação

SILVA
desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os

DA SILVA,
Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput

GUSMAOCONTIN
do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e
desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna
dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes

VARCELON
disposições: (Redação dada pela EC nº 53, de 2006).

I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o

ALCIDES
Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada
mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
- FUNDEB, de natureza contábil; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006). [...]

IV - os recursos recebidos à conta dos Fundos instituídos nos


termos do inciso I do caput deste artigo serão aplicados pelos
Estados e Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos
de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do
art. 211 da Constituição Federal; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006). [...]
XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de
cada Fundo referido no inciso I do caput deste artigo será
destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 5 de 8
fls. 850
fls. 171

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


educação básica em efetivo exercício. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006).

24 Como se observa, o texto Constitucional impõe que proporção não


inferior a 60% (sessenta por cento) do fundo deve se destinar ao pagamento dos
profissionais do magistério, e, já tendo sido fixada a premissa de que o crédito
recebido vincula-se à legislação de sua origem, me parece plausível, ao menos por

01/07/2020
hora, a tese defendida pelos professores, ora agravantes.

às 16:55 .
25 A título de complementação, a Lei 11.494/2007, que regulamenta o

22/08/2019 em
C55330.
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

nos autos emprotocolado


processo
dos Profissionais da Educação – FUNDEB:

informee ocódigo
Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos

e www2.tjal.jus.br,
anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


remuneração dos profissionais do magistério da educação
básica em efetivo exercício na rede pública. (grifou-se)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


liberado
26 Corroborando com o entendimento aqui esposado, colham-se os

SILVA
seguintes julgados, proferidos pelo Tribunal de Justiça de Alagoas em casos

DA SILVA,
análogos:

GUSMAOCONTIN
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO ORDINÁRIA.

VARCELON
FAZENDA PÚBLICA. PERCEPÇÃO DE VALORES
REFERENTES A PRECATÓRIO JUDICIAL EMITIDO
PELA JUSTIÇA FEDERAL. REPASSES RELATIVOS AO

ALCIDES
FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO
MAGISTÉRIO – FUNDEF. CRÉDITO VINCULADO QUE
NECESSITA SER APLICADO DE ACORDO COM A
LEGISLAÇÃO DO FUNDO QUE LHE DEU ORIGEM. NÃO
SE TRATA DE RECEITA CORRENTE LIQUIDA À
DISPOSIÇÃO DO MUNICÍPIO. NECESSIDADE DE
BLOQUEIO DO PERCENTUAL DE SESSENTA POR
CENTO DO VALOR RECEBIDO PELO ENTE PÚBLICO
ATÉ FINAL JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL.
Conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, "a
complementação ao Fundef realizada a partir do valor
mínimo anual por aluno fixada em desacordo com a média
nacional impõe à União o dever de suplementação de
recursos, mantida a vinculação constitucional a ações de
desenvolvimento e manutenção do ensino". (STF. Plenário.
ACO 648/BA, ACO 660/AM, ACO 669/SE e ACO 700/RN, rel.

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 6 de 8
fls. 851
fls. 172

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin,
julgados em 6/9/2017.) Recurso conhecido e não provido. À
unanimidade. (TJ-AL 0803752-23.2017.8.02.0000, Rel: Des.
Alcides Gusmão da Silva, Julga: 09/11/2017, 3ª Câmara Cível,
Publicação: 14/11/2017)

CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. FUNDEF.


VINCULAÇÃO. CABIMENTO. BLOQUEIO.
COMPETÊNCIA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

01/07/2020
DECISÃO UNÂNIME. A vinculação na utilização dos recursos
do FUNDEF no financiamento de despesas relacionadas com

às 16:55 .
a manutenção e o desenvolvimento da educação básica afasta
a observância do regime de precatório, porquanto o

22/08/2019 em
C55330.
direcionamento da aplicação dos valores é incompatível com o

nos autos emprotocolado


regime especial de pagamento de débitos do Estado,

processo
permitindo o bloqueio dos valores correspondentes. Caberia ao

informee ocódigo
Município demandado apresentar documentos que
demonstrassem já haver realizado todos os pagamentos referentes

e www2.tjal.jus.br,
à manutenção e o desenvolvimento da educação básica

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


relacionadas com o FUNDEF, medida esta que não foi adotada no
presente feito, de modo que, por não haver demonstrado que

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


promoveu a complementação dos valores não pagos pela União,
não cabe neste instante pretender utilizar os recursos do

liberado
FUNDEF em despesas diversas da educação. (TJ-AL 0804584-

SILVA
90.2016.8.02.0000, Rel: Des. Celyrio Adamastor Tenório

DA SILVA,
Accioly, Julg: 02/03/2017, 3ª Câmara Cível, Publ: 07/03/2017)

GUSMAOCONTIN
27 Demonstrada, portanto, a verossimilhança das alegações do agravado, e

VARCELON
sendo patente o perigo da demora, na medida em que os Municípios defendem a
ideia de não vinculação, correndo-se o risco de que aplique boa parte do crédito em

ALCIDES
outras áreas, chega-se à conclusão – em juízo de cognição rasa – de que os
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
requisitos para concessão da liminar estão, sim, presentes, no processo originário,
merecendo reforma a decisão combatida.
28 Forte nessas considerações, CONCEDO o efeito ativo requerido ao
presente recurso e determino o bloqueio do percentual de 60% (sessenta por cento)
do valor recebido pelo ora agravante, relativo ao requisitório n.
20188000002200274, PRC168727-AL, até julgamento ulterior de mérito.
29 OFICIE-SE ao juiz da causa, comunicando-lhe o inteiro teor da presente

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 7 de 8
fls. 852
fls. 173

às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.


Tribunal de Justiça
Gabinete do Des. Alcides Gusmão da Silva

0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E2.


decisão, em virtude do que dispõe o artigo 1.018, §1º, do NCPC 2.
30 INTIME-SE a parte agravada para, querendo, responder ao recurso
interposto, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme prevê o inciso II, do artigo
1.019, do Novo Código de Processo Civil.
31 Decorrido o prazo para manifestação do agravado, INTIME-SE o
Ministério Público, para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem

01/07/2020
jurídica, tendo vistas dos autos, produzindo provas, requerendo as medidas

às 16:55 .
processuais que entender pertinentes e recorrer, nos termos dos artigos 178 e 179 do

22/08/2019 em
C55330.
Novo Código de Processo Civil.

nos autos emprotocolado


processo
informee ocódigo
Maceió-AL, 22 de agosto de 2019

e www2.tjal.jus.br,
Des. Alcides Gusmão da Silva

https://www2.tjal.jus.br/esaj, informe o processo 0804974-55.2019.8.02.0000


Relator

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,


Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO ALCIDES GUSMAOCONTIN
VARCELON liberado
SILVA
DA SILVA,

2 NCPC, Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da
petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos
que instruíram o recurso. § 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator
considerará prejudicado o agravo de instrumento.

Agravo de Instrumento n.º 0804974-55.2019.8.02.0000 Decisão TJ/AL 3ª Câmara Cível A/3 – Pág. 8 de 8
o número 07001182720188020048.
fls. 95
853
Superior Tribunal de Justiça

, sob07149019720208020001.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 149.952 - CE (2016/0308450-9)

RELATOR : MINISTRO GURGEL DE FARIA


SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA DE CANINDÉ - CE

0700118-27.2018.8.02.0048 e código 45348E7.


266F201.
SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 10A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO
ESTADO DO CEARÁ

o número
INTERES. : SINDICATO DOS PROFESSORES, SUPORTE PEDAGÓGICO,

às 16:20
SUPERVISORES ESCOLARES, COORDENADORES
PEDAGÓGICOS DA REDE MUNICIPAL DE CANINDÉ -

às 16:36 , sob
SINPROSEC

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


em 13/03/2018
ADVOGADO : JOUFRE MEDEIROS MONTENEGRO E OUTRO(S) - CE024047
INTERES. : MUNICIPIO DE CANINDE

em 01/07/2020
EMENTA

protocoladoprotocolado
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS
FEDERAL E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO
NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS

e www2.tjal.jus.br,
VALORES. UNIÃO. INTERESSE. INEXISTÊNCIA.
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato
representante de profissionais da área de educação e município,

e www2.tjal.jus.br,
pertinente à aplicação dos valores relativos a precatório, expedido no
âmbito federal, referente à complementação do FUNDEF reconhecida

SILVA SEGUNDO
em sentença judicial.
2. Embora o direito do município demandado à complementação dos
valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da

CONTINPIRES
Justiça Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da
União, não havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes

TADEU LUSTOSA
elencados no art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir
constante do feito originário não tem o condão de acarretar
necessariamente o interesse jurídico do ente federal.

VARCELON
3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal
decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a
presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas
públicas". Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO CELSO
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo
Estadual, suscitante.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima


indicadas, acordam os Ministros da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, conhecer do conflito e declarar competente o JUÍZO DE DIREITO DA 1A
VARA DE CANINDÉ - CE, o suscitante, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs.
Ministros Francisco Falcão, Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes, Mauro Campbell
Marques, Benedito Gonçalves, Assusete Magalhães, Sérgio Kukina e Regina Helena Costa
votaram com o Sr. Ministro Relator.

Documento: 1584646 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/04/2017 Página 1 de 6
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E7.
fls. 854

Documento: 1584646 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/04/2017

Superior Tribunal de Justiça


Brasília, 22 de março de 2017 (Data do julgamento).
MINISTRO GURGEL DE FARIA
Relator
Página 2 de 6

fls. 96
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 13/03/2018 às 16:20 , sob o número 07001182720188020048.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0700118-27.2018.8.02.0048 e código 266F201.
o número 07001182720188020048.
fls. 97
855
Superior Tribunal de Justiça

, sob07149019720208020001.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 149.952 - CE (2016/0308450-9)

0700118-27.2018.8.02.0048 e código 45348E7.


266F201.
RELATÓRIO

o número
às 16:20
às 16:36 , sob
O EXMO. SR. MINISTRO GURGEL DE FARIA (Relator):

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


em 13/03/2018
Trata-se de conflito de competência instaurado entre o JUÍZO DE
DIREITO DA 1ª VARA DE CANINDÉ/CE, suscitante, e o JUÍZO FEDERAL DA 10ª

em 01/07/2020
VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ, suscitado, em ação ordinária ajuizada pelo
SINDICATO DOS PROFESSORES, SUPORTE PEDAGÓGICO, SUPERVISORES

protocoladoprotocolado
ESCOLARES, COORDENADORES PEDAGÓGICOS DA REDE MUNICIPAL DE
ENSINO DE CANINDÉ-CE/SINPROSEC em desfavor do MUNICÍPIO DE CANINDÉ/CE,
objetivando a distribuição dos valores relativos ao Precatório n. 134663 entre os profissionais

e www2.tjal.jus.br,
da educação, que no período de 1999 a 2003 percebiam seus vencimentos com recursos do
FUNDEF, nos termos do art. 60 do ADCT, por força da EC n. 14/1996, c/c a Lei n.
9.424/1996 e o art. 70 da Lei n. 9.304/1996.

e www2.tjal.jus.br,
Defende o suscitante, em síntese, que "os julgados citados na decisão

SILVA SEGUNDO
do Juízo Federal foram todos prolatados pelo TRF-5 em sede de fase executiva, discutindo-se
exatamente a matéria versada nestes autos: se valores pagos a título de precatório judicial,
oriundos de sentença que condenara a União a complementar repasses/transferências ao
FUNDEF, continuam vinculados à educação e, in casu, também vinculados ao pagamento da

CONTINPIRES
remuneração dos servidores da área da educação." (e-STJ fl. 252)

TADEU LUSTOSA
O suscitado, a seu turno, sustenta que a causa de pedir constante da
demanda originária não atrai o interesse jurídico da União ou de suas autarquias, sendo certo

VARCELON
que o pedido foi formulado em desfavor do Município de Canindé/CE. (e-STJ fls. 245/249)

Ouvido, o MPF salientou a desnecessidade, no presente caso, da sua

CELSO
manifestação (e-STJ fls. 278/281).
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
O promovente, SINPROSEC, formula pleito de desistência da ação.
(e-STJ fls 282/283)

É o relatório.

Documento: 1584646 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/04/2017 Página 3 de 6
o número 07001182720188020048.
fls. 98
856
Superior Tribunal de Justiça

, sob07149019720208020001.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 149.952 - CE (2016/0308450-9)

0700118-27.2018.8.02.0048 e código 45348E7.


266F201.
VOTO

o número
às 16:20
O EXMO. SR. MINISTRO GURGEL DE FARIA (Relator):

às 16:36 , sob
A matéria trazida ao exame desta Corte Superior diz respeito à

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


em 13/03/2018
definição da competência para conhecer e julgar pretensão deduzida pelo SINDICATO DOS
PROFESSORES, SUPORTE PEDAGÓGICO, SUPERVISORES ESCOLARES,
COORDENADORES PEDAGÓGICOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE

em 01/07/2020
CANINDÉ-CE/SINPROSEC em desfavor do MUNICÍPIO DE CANINDÉ/CE,

protocoladoprotocolado
consubstanciada na aplicação dos valores relativos ao Precatório n. 134663, expedido no
âmbito federal, referente à complementação do FUNDEF reconhecido em sentença judicial.

No exame da questão, verifico que assiste razão ao suscitado.

e www2.tjal.jus.br,
Com efeito, muito embora o direito do Município de Canindé tenha
sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal, inexiste nos autos pedido formulado em

e www2.tjal.jus.br,
desfavor da União, não havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados
no art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não tem

SILVA SEGUNDO
o condão de acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal.

De outro lado, nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça


Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo,

CONTINPIRES
da União, suas autarquias ou empresas públicas".

TADEU LUSTOSA
Nesse sentido:

VARCELON
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE
COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL E ESTADUAL. INSTITUIÇÃO DE
ENSINO PRIVADA. PETIÇÃO INICIAL. PEDIDO. ANÁLISE. INDENIZAÇÃO.
DANOS MORAIS. UNIÃO. INTERESSE. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 150/STJ.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO CELSO
INCIDÊNCIA.
1. Em ação de indenização por danos morais ajuizada contra instituição de
ensino particular, inexistindo pedido relativo a registro do diploma no MEC e
tendo a Justiça Federal concluído pela falta de interesse da União no julgamento
da lide, firmada está a competência da Justiça Comum. Precedentes.
2. "Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico
que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas
publicas" (Súmula 150/STJ).
3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no CC 145308/PR, rel. Min
DIVA MALERBI - Convocada, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 10/05/2016)

Com relação à petição de desistência (e-STJ fls. 282/283), patente a


incompetência desta relatoria para tal exame, considerando que a formulação de tal
requerimento há de ser realizada no juízo de origem, perante o Juízo ora indicado como
competente.

Documento: 1584646 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/04/2017 Página 4 de 6
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348E7.
fls. 857

não conhecido (e-STJ fls. 282/283).


competente o JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE CANINDÉ/CE. Pedido de desistência
Documento: 1584646 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/04/2017

Superior Tribunal de Justiça


Ante o exposto, CONHEÇO do conflito para DECLARAR
É como voto.
Página 5 de 6

fls. 99
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 13/03/2018 às 16:20 , sob o número 07001182720188020048.
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0700118-27.2018.8.02.0048 e código 266F201.
o número 07001182720188020048.
fls. 100
858
Superior Tribunal de Justiça

, sob07149019720208020001.
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA SEÇÃO

0700118-27.2018.8.02.0048 e código 45348E7.


266F201.
o número
Número Registro: 2016/0308450-9 PROCESSO ELETRÔNICO CC 149.952 / CE

às 16:20
às 16:36 , sob
Números Origem: 00039901120164058100 170819020168060055 39901120164058100

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


em 13/03/2018
PAUTA: 22/03/2017 JULGADO: 22/03/2017

Relator

em 01/07/2020
Exmo. Sr. Ministro GURGEL DE FARIA

protocoladoprotocolado
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Subprocurador-Geral da República

e www2.tjal.jus.br,
Exmo. Sr. Dr. FLAVIO GIRON
Secretária
Bela. Carolina Véras

e www2.tjal.jus.br,
AUTUAÇÃO

SILVA SEGUNDO
SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA DE CANINDÉ - CE
SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 10A VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO
CEARÁ
INTERES. : SINDICATO DOS PROFESSORES, SUPORTE PEDAGÓGICO,
SUPERVISORES ESCOLARES, COORDENADORES PEDAGÓGICOS DA

CONTINPIRES
REDE MUNICIPAL DE CANINDÉ - SINPROSEC
ADVOGADO : JOUFRE MEDEIROS MONTENEGRO E OUTRO(S) - CE024047

TADEU LUSTOSA
INTERES. : MUNICIPIO DE CANINDE
ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Contribuições - Contribuições Especiais - FUNDEF - Fundo de

VARCELON
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO CELSO
"A Seção, por unanimidade, conheceu do conflito e declarou competente o JUÍZO DE
DIREITO DA 1A VARA DE CANINDÉ - CE, o suscitante, nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator."
Os Srs. Ministros Francisco Falcão, Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes, Mauro
Campbell Marques, Benedito Gonçalves, Assusete Magalhães, Sérgio Kukina e Regina Helena
Costa votaram com o Sr. Ministro Relator.

Documento: 1584646 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 26/04/2017 Página 6 de 6
15/06/2018 Alagoas: Ministério Público Estadual investiga 9 prefeituras por possível desvio de verbas - TNH1
fls. 859

ywH

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Ministério Público Estadual investiga 9
prefeituras por possível desvio de verbas

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348EB.
17/12/2015 - 10:10 - Atualizado em 17/12/2015 - 10:10

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I
y
w
H

Ministério Público Estadual


investiga 9 prefeituras por possível
desvio de verbas (Crédito: Imagem
ilustrativa)

Atualizada às 18h01
Promotores de Justiça de nove cidades alagoanas instauraram procedimentos preparatórios
de investigação para apurar o possível desvio de recursos decorrentes do recebimento de
precatórios pelas prefeituras investigadas.

Os valores recebidos pelos Municípios, por via judicial, foram complementações do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF), e o Ministério Público Estadual quer se saber se foram utilizados para as devidas
nalidades.

Foram instaurados procedimentos contra as gestões dos municípios de Flexeiras, Feira


Grande, Traipu, Arapiraca, Monteirópolis, Novo Lino, Teotônio Vilela, Canapi e Boca da Mata.
A investigação deverá apontar se houve fraude na utilização do recurso. Caso seja
comprovada, a ação deverá demonstrar também os autores dos desvios. As aberturas das
investigações estão publicadas no Diário O cial do Estado desta quinta-feira (17).

Prefeituras

O TNH1 não conseguiu contato com nenhum dos prefeitos das cidades investigadas. Os
telefones dos prefeitos de Feira Grande, Veridiano Almir Lira Soares (PMDB), e de Novo Lino,
Aldemir Ru no da Silva (PMDB) estavam na caixa postal. Já os prefeitos de Traipu, Conceição
Tavares (DEM), de Arapiraca, Célia Rocha (PTB), e de Boca da Mata, Gustavo Feijó (PDT) não
atenderam as ligações.

A reportagem não conseguiu contato com os prefeitos de Canapi, Celso Luiz Tenório
Brandão (PMDB), de Teotônio Vilela, Pedro Henrique de Jesus Pereira (PSDB), e de
Monteirópolis, Elmo Antônio Medeiros (PMDB).

O TNH1 tentou ainda contato através das assessorias de comunicação dos municípios. A
assessoria de Traipu encaminhou nota à redação, em que a rma não estar sendo
investigada por desvio de verbas.

http://www.tnh1.com.br/noticias/noticias-detalhe/alagoas/ministerio-publico-estadual-investiga-9-prefeituras-por-possivel-desvio-de-verbas/?cHas… 1/3
15/06/2018 A nota diz que "o procedimento instaurado
Alagoas: Ministério pelo Ministério
Público Estadual Público tem
investiga 9 prefeituras por opossível
intuitodesvio
apenas de
de verbas - TNH1
fls. 860
acompanhar a utilização dos recursos oriundos de precatórios, que nem sequer chegaram
aos cofres municipais. Como poderia haver desvio de recursos que nem sequer chegaram

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
ao município?".

A Prefeitura ainda alega que "já se pronti cou a encaminhar à Promotoria de Justiça local
todas as informações referentes à verba dos precatórios e vai dar todo o apoio necessário
para a scalização do correto uso desses recursos quando entrarem nos cofres públicos".

Apesar dos argumentos, a publicação do MPE a rma que informações levadas à Promotoria

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348EB.
da cidade dão conta do possível desvio.

A assessoria de Arapiraca informou que vai procurar informações sobre as ações do MP


para informar a reportagem. A reportagem não conseguiu contato com as assessorias de
Monteirópolis, Novo Lino e Boca da Mata. Já as prefeituras de Feira Grande e Canapi não
possuem assessoria.

Já o secretário de Administração de Fleixeiras, Marcos Cavalcante, informou que os recursos


citados não foram creditados na conta do município. "Inclusive, nós já informamos ao MPE
que Fleixeiras não recebeu o recurso e que, tão logo seja creditado, a promotoria será
informada", disse o secretário. 

O mesmo argumento foi usado pela secretária de Educação de Teotônio Vilela, Noêmia
Pereira. "O município de Teotônio Vilela não recebeu recursos do Fundef. Estamos
aguardando para utilizar em projetos na área educacional em benefício do povo Vilelense,
tudo dentro da legalidade, como sempre fazemos, o que demonstra a inverdade da notícia
veiculada", disse.

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15/06/2018 Alagoas: Ministério Público Estadual investiga 9 prefeituras por possível desvio de verbas - TNH1
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às, 17:55
Por Thiago Gomes e Eduardo Almeida 12/05/2017 11h50

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às 16:36
em 01/06/2018
em 01/07/2020
Genaldo Vieira ainda não foi localizado; ex-prefeito Celso Luiz foi detido em Maceió

protocolado
O ex-vice-prefeito do município de Canapi, no Sertão de
Alagoas, Genaldo Vieira, é considerado foragido da

protocolado
Justiça. Um dos alvos da operação Deusa da Espada, da
Polícia Federal (PF), ele tem mandado de prisão

e www2.tjal.jus.br,
preventiva em aberto, expedido pela juíza Camila Monteiro
Pullin Milan, titular da 11ª Vara da Justiça Federal,

e www2.tjal.jus.br,
subseção judiciária de Santana do Ipanema/AL, e ainda
não foi localizado.

A investigação apontou que ele transferiu, em dezembro

BARBOSA
do ano passado, cerca de R$ 5 milhões dos cofres
públicos de maneira ilícita.

SILVA
Detalhes sobre o esquema que deve ter desviado R$ 17

BEZERRA
Ex-vice-prefeito de Canapi, Genaldo milhões da prefeitura de Canapi foram repassados em

JOSECONTIN
Vieira, está foragido entrevista coletiva, no fim da manhã desta sexta-feira (12),
na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em
FOTO: REPRODUÇÃ O
Alagoas.

VARCELON
A investigação revelou o ex-vice-prefeito Genaldo Vieira

ANDERSON
resistiu a ingressar no esquema, inicialmente, mas logo mudou de ideia e fez as transações bancárias ilegais no fim
do ano passado. Do montante transferido da prefeitura, R$ 200 mil foram parar na conta de uma empresa que
contratou três bandas para as festas de fim de ano e R$ 260 mil na conta do ex-prefeito afastado, no caso Celso Luiz Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
Tenório Brandão, preso na operação deflagrada pela PF nesta sexta-feira.

As penas pelos crimes de lavagem de dinheiro, desvio de verbas federais, organização criminosa e fraude à lei de
licitações, se somadas, podem alcançar 44 anos de reclusão. O ex-prefeito Celso Luiz foi detido em Maceió e não
ofereceu resistência, conforme revelou o superintendente da PF em Alagoas, Bernardes Gonçalves Torres.

Já Genaldo Vieira, conhecido como Vieira do Povão, até o momento não foi preso e nem se apresentou
espontaneamente. Agora os ex-secretários Jorge Valença e Carlos Alberto estão na Justiça Federal de Santana do
Ipanema, para audiência de custódia.

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em 01/06/2018
em 01/07/2020
Durante coletiva, Polícia Federal deu detalhes da operação

protocolado
FOTO: EDUA RDO A LMEIDA

protocolado
Bermudas

e www2.tjal.jus.br,
Esta é a segunda fase da operação Triângulo das Bermudas e teve como objetivo o cumprimento de três mandados
de prisão preventiva e diligências nos municípios de Canapi/AL, Mata Grande/AL, Santana do Ipanema/AL,

e www2.tjal.jus.br,
Maceió/AL e Aracaju/SE.

A ação objetiva desarticular uma organização criminosa responsável por um prejuízo que chega a R$ 17 milhões,
dinheiro oriundo do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

BARBOSA
Magistério (Fundef) e de outros programas do governo federal na área de educação, que foi depositado pela União
nas contas da prefeitura de Canapi, entre 2015 e 2016.

SILVA
Além dos desvios que foram apurados na primeira fase da operação policial, constatou-se a continuidade das ações

BEZERRA
criminosas a cargo do grupo, a partir da liberação de valores remanescentes do fundo nos últimos dias da gestão do

JOSECONTIN
ex-prefeito Celso Luiz, o qual assumira a gestão da cidade após afastamento do seu antecessor, determinado
judicialmente.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON


ANDERSON

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0700135-03.2018.8.02.0068 e código 45348ED.
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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON
ANDERSON BEZERRA
JOSECONTIN BARBOSA
SILVA e www2.tjal.jus.br,
e www2.tjal.jus.br, protocolado
protocolado às 16:36
em 01/06/2018
em 01/07/2020

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em 01/06/2018
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON


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às, 17:55
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às 16:36
em 01/06/2018
em 01/07/2020
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VARCELONJOSECONTIN
BEZERRA SILVA
BARBOSA
e www2.tjal.jus.br,
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protocolado
em 01/07/2020
em 01/06/2018
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sob o ,número
sob o número
07149019720208020001.
07001350320188020068.
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e www2.tjal.jus.br, protocolado
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em 01/06/2018
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON


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0700135-03.2018.8.02.0068 e código 45348ED.
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e www2.tjal.jus.br, protocolado
protocolado às 16:36
em 01/06/2018
em 01/07/2020
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON


ANDERSON BEZERRA
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24/06/2020 Com apoio do MPF, Polícia Federal deflagra operação para apurar desvio de precatórios do Fundef de município alagoano — Pro…
fls. 873
COMBATE À CORRUPÇÃO 26 DE SETEMBRO DE 2019 ÀS 11H55

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
Com apoio do MPF, Polícia Federal deflagra operação para apurar desvio
de precatórios do Fundef de município alagoano
Investigações apontam para um desvio de mais de R$ 5 milhões nos últimos dias da gestão de
2016, em São José da Tapera (AL)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348F1.
Na manhã desta quinta-feira (26),
com apoio do Ministério Público
Federal (MPF) e da Controladoria
Geral da União (CGU) em Alagoas, a
Polícia Federal (PF) deflagrou a fase
ostensiva da Operação “Casa
Abandonada”, com o objetivo de dar
cumprimento a 18 Mandados de
Busca e Apreensão, oito Mandados
de Prisão Temporária e Mandados de
Sequestros (imóveis, veículos, crédito
em bancos) e de 150 cabeças de
Arte: Secom/PGR gado.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Alagoas, em razão de representação da PF,
com parecer favorável do MPF, para serem cumpridos nas cidades de Maceió, Palmeira dos Índios,
Quebrangulo, São José da Tapera, Piranhas, Jacaré dos Homens e Penedo.

O MPF requisitou a instauração de inquérito policial pela PF, a fim de apurar notícia de desvio de
recursos oriundos de precatórios do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) de conta da Prefeitura de São José da Tapera
(AL).

A Polícia Federal em Alagoas apurou o desvio de R$ 5.476.785,42 no período de 13/12/2016 a


30/12/2016. Este recurso desviado é parte dos R$ 31.890.000,00 creditados na conta do
município, a título de pagamento do precatório do antigo Fundef.

Durante as apurações, constatou-se que os contratos administrativos de licitações foram


executados sem disponibilidade financeira pela Prefeitura São José da Tapera e, em seguida, os
pagamentos eram realizados sem a respectiva documentação comprobatória da execução e ou do
recebimento.

Além disso, constatou-se, também, a dispensa indevida de licitação, restando indícios de


Responsabilidade do Prefeito (Decreto-Lei nº 201/67), Organização Criminosa (Lei Nº 12850/13) e
crimes de licitação (Lei 8666/93), tipos penais pelos quais os investigados estão sendo indiciados.
As penas podem chegar a 32 anos de reclusão.

www.mpf.mp.br/al/sala-de-imprensa/noticias-al/com-apoio-do-mpf-policia-federal-deflagra-operacao-para-apurar-desvio-de-precatorios-do-fundef… 1/2
24/06/2020 Com apoio do MPF, Polícia Federal deflagra operação para apurar desvio de precatórios do Fundef de município alagoano — Pro…
fls. 874
Operação – O nome da Operação remete à palavra Tapera, em Tupi, que significa casa de aparência
ruim, abandonada por quem deveria cuidar. A Operação “Casa Abandonada” contou com o efetivo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 01/07/2020 às 16:36 , sob o número 07149019720208020001.
de 85 policiais federais.

Assessoria de Comunicação Social


Ministério Público Federal em Alagoas

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45348F1.
*Com informações da Comunicação Social da PF/AL
(82) 2121-1485/9.9117.4361
pral-ascom@mpf.mp.br
twitter.com/mpf_al
 
Atendimento ao cidadão
(82) 2121-1400

www.mpf.mp.br/al/sala-de-imprensa/noticias-al/com-apoio-do-mpf-policia-federal-deflagra-operacao-para-apurar-desvio-de-precatorios-do-fundef… 2/2
fls. 875

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4561A3B.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 08/07/2020 às 16:08 .
Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

DECISÃO

Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência


ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal,
devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado.
Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de substituta processual dos
servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no
sentido de determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a
serem recebidos pelo Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através
do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
judicial até o julgamento do mérito da presente ação.
Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal, como
também constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais
do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos
termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art.
7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007.
Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos
municípios estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna
fls. 876

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Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
pela imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 08/07/2020 às 16:08 .
valores, até a resolução do mérito da demanda.
Documentos às fls. 27 usque 874.
Quanto ao pedido de concessão da tutela provisória de urgência, faz-se
necessária a presença de alguns requisitos peculiares, a saber: existência de elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo (art.300, caput, do NCPC); a existência de fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de direito de defesa ou
manifesto propósito protelatório do réu (art. 311, caput e inciso I, do NCPC)
Com relação à probabilidade do direito, após uma análise dos fatos
relatados e dos documentos acostados, observo que o cerne da lide encontra seu
fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei n. 11.494/2007, senão vejamos:

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais
totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício
na rede pública.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo,
considera-se:
I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do
magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em
cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela
de servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o
caso, inclusive os encargos sociais incidentes;
II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais
que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência:
direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão,
fls. 877

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Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
orientação educacional e coordenação pedagógica;

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 08/07/2020 às 16:08 .
III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades
de magistério previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua
regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por
eventuais afastamentos temporários previstos em lei, com ônus para o
empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica
existente.

Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos:


I - no financiamento das despesas não consideradas como de
manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art.
71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas
ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos, ações
ou programas considerados como ação de manutenção e
desenvolvimento do ensino para a educação básica.

Desta forma, parece-me preenchido o requisito da probabilidade do direito apto


a justificar a concessão da tutela provisória requerida, tendo em vista a existência de
precatório requisitório expedido e, ao que parece, já pago ou prestes a ser pago ao
Município de Maceió – Precatório Requisitório de nº. 20198000013200087 -
PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Como se sabe, resta indiscutível a caracterização do direito à educação como
garantia fundamental constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24,
IX; art. 30, VI; art. 205 e seguintes, bem como que a oferta de uma educação de
fls. 878

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4561A3B.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
qualidade à população e seu pleno acesso deriva da adequada maneira de gerir seus

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 08/07/2020 às 16:08 .
recursos, com respeito aos ditames constitucionais e legais postos para oferecimento do
mínimo existencial.
No mais, tendo em vista que os referidos recursos, com o pagamento do
precatório, restarão definitivamente incorporados ao Patrimônio Municipal, resta óbvia
a inexistência de interesse da União, conforme o pacífico entendimento de nossos
Tribunais Superiores.
Por fim, em que pese não tenha o autor trazido aos autos nenhum indício de que
o Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e constitucionalmente
prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também
se encontra presente, haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular
disposição dos recursos traria à educação na capital alagoana.
Por fim, a tutela provisória pleiteada visa, tão somente, a determinação da
indisponibilidade dos recursos, e não o seu imediato repasse aos servidores da
educação, razão pela qual presente também se faz a reversibilidade da medida.
Ex positis, presentes os requisitos legais, DEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA
REQUERIDA, ao passo em que determino o imediato bloqueio de 60% (sessenta por
cento) do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL,
expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam
indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o
julgamento do mérito da presente ação.
Vedo, desde já, o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora,
aos substituídos, ou a quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda.
Diante do que prevê a Súmula 011/2016 da Procuradoria Geral do Município de
Maceió (Os processos judiciais em que os entes da Administração Direta e indireta
Municipal forem parte não admitem autocomposição, não se justificando a designação
de audiência de conciliação (art. 334, § 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16 de março de
fls. 879

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4561A3B.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
2015), salvo quando houver autorização específica em sentido contrário, a exemplo do

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 08/07/2020 às 16:08 .
disposto no art. 22 da Lei Delegada Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334,
§4º, II do NCPC, por ser medida, in casu, desnecessária e que vai de encontro à
celeridade processual.
Cite-se o Município réu, através de seu representante legal, para que, querendo,
apresente resposta à presente demanda, no prazo de 30 (trinta) dias.
Após, caso haja resposta por parte do réu, vista à parte autora para que,
querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias.
Em seguida, com ou sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de
Alagoas, para parecer.
Publique-se. Intimem-se.

Maceió , 08 de julho de 2020

Antonio Emanuel Dória Ferreira


Juiz de Direito
DB
fls. 880

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 08/07/2020 20:14


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4565412.
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0206/2020, encaminhada para publicação.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Softplan Planejamento e Sistemas Ltda, liberado nos autos em 08/07/2020 às 20:12 .
Advogado Forma
Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) D.J

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil
Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de
Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos autos,
em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de
substituta processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de determinar a
indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo Município de Maceió-AL,
depositado em conta específica, através do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o
julgamento do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal,
como também constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007. Por fim,
aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios estão dando destinação diversa aos
referidos recursos, razão pela qual pugna pela imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e
salvaguarda dos valores, até a resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. Quanto ao
pedido de concessão da tutela provisória de urgência, faz-se necessária a presença de alguns requisitos
peculiares, a saber: existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo (art.300, caput, do NCPC); a existência de fundado receio de dano irreparável
ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu
(art. 311, caput e inciso I, do NCPC) Com relação à probabilidade do direito, após uma análise dos fatos relatados
e dos documentos acostados, observo que o cerne da lide encontra seu fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei n.
11.494/2007, senão vejamos: Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos
Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em
efetivo exercício na rede pública. Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se: I -
remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em decorrência do
efetivo exercício em cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do
Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II - profissionais
do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da
docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e
coordenação pedagógica; III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério
previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com
o ente governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários
previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica existente. Art.
23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não consideradas como de
manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996; II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas, contraídas pelos Estados,
pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas
considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica. Desta forma,
parece-me preenchido o requisito da probabilidade do direito apto a justificar a concessão da tutela provisória
requerida, tendo em vista a existência de precatório requisitório expedido e, ao que parece, já pago ou prestes a
fls. 881

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 08/07/2020 20:14


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 2

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4565412.
ser pago ao Município de Maceió Precatório Requisitório de nº. 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido
pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Como se sabe, resta indiscutível a caracterização do direito à
educação como garantia fundamental constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30,
VI; art. 205 e seguintes, bem como que a oferta de uma educação de qualidade à população e seu pleno acesso
deriva da adequada maneira de gerir seus recursos, com respeito aos ditames constitucionais e legais postos para
oferecimento do mínimo existencial. No mais, tendo em vista que os referidos recursos, com o pagamento do
precatório, restarão definitivamente incorporados ao Patrimônio Municipal, resta óbvia a inexistência de interesse
da União, conforme o pacífico entendimento de nossos Tribunais Superiores. Por fim, em que pese não tenha o
autor trazido aos autos nenhum indício de que o Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e
constitucionalmente prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também se

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Softplan Planejamento e Sistemas Ltda, liberado nos autos em 08/07/2020 às 20:12 .
encontra presente, haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular disposição dos recursos traria à
educação na capital alagoana. Por fim, a tutela provisória pleiteada visa, tão somente, a determinação da
indisponibilidade dos recursos, e não o seu imediato repasse aos servidores da educação, razão pela qual
presente também se faz a reversibilidade da medida. Ex positis, presentes os requisitos legais, DEFIRO A
TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA, ao passo em que determino o imediato bloqueio de 60% (sessenta por
cento) do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta
unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação. Vedo, desde já, o repasse dos referidos valores à
Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Diante do
que prevê a Súmula 011/2016 da Procuradoria Geral do Município de Maceió (Os processos judiciais em que os
entes da Administração Direta e indireta Municipal forem parte não admitem autocomposição, não se justificando a
designação de audiência de conciliação (art. 334, § 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16 de março de 2015), salvo
quando houver autorização específica em sentido contrário, a exemplo do disposto no art. 22 da Lei Delegada
Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334, §4º, II do NCPC, por ser medida, in casu, desnecessária e que
vai de encontro à celeridade processual. Cite-se o Município réu, através de seu representante legal, para que,
querendo, apresente resposta à presente demanda, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, caso haja resposta por
parte do réu, vista à parte autora para que, querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias. Em seguida, com
ou sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para parecer. Publique-se. Intimem-se.
Maceió , 08 de julho de 2020 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito DB"

Maceió, 8 de julho de 2020.


fls. 882

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 09/07/2020 10:34


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4568F7B.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0206/2020, foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico em 09/07/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima
mencionada. O prazo terá início em 13/07/2020, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
10/08/2020 - Dia da Justiça - Alteração - Ato Normativo nº04/2020 - Prorrogação

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Softplan Planejamento e Sistemas Ltda, liberado nos autos em 09/07/2020 às 10:33 .
11/08/2020 - Dia do Advogado - Prorrogação

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) 30 25/08/2020

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil
Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação
de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na
qualidade de substituta processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de
obter determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de
determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo Município de
Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL -
expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
judicial até o julgamento do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por
disposição não só legal, como também constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22
da Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios
estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela imediata concessão da
tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos valores, até a resolução do mérito da demanda.
Documentos às fls. 27 usque 874. Quanto ao pedido de concessão da tutela provisória de urgência, faz-se
necessária a presença de alguns requisitos peculiares, a saber: existência de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art.300, caput, do NCPC);
a existência de fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de
direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (art. 311, caput e inciso I, do NCPC) Com relação
à probabilidade do direito, após uma análise dos fatos relatados e dos documentos acostados, observo que o
cerne da lide encontra seu fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei n. 11.494/2007, senão vejamos: Art. 22. Pelo
menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se: I - remuneração: o total de
pagamentos devidos aos profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em
cargo, emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal
ou Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II - profissionais do magistério da
educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção
ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação
pedagógica; III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no
inciso II deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários
previstos em lei, com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica existente.
Art. 23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não consideradas
como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996; II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito, internas ou externas,
fls. 883

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 09/07/2020 10:34


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 2

contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios que não se destinem ao financiamento de
projetos, ações ou programas considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a
educação básica. Desta forma, parece-me preenchido o requisito da probabilidade do direito apto a justificar a
concessão da tutela provisória requerida, tendo em vista a existência de precatório requisitório expedido e, ao

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4568F7B.
que parece, já pago ou prestes a ser pago ao Município de Maceió Precatório Requisitório de nº.
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Como se
sabe, resta indiscutível a caracterização do direito à educação como garantia fundamental constitucional, nos
art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30, VI; art. 205 e seguintes, bem como que a oferta de
uma educação de qualidade à população e seu pleno acesso deriva da adequada maneira de gerir seus
recursos, com respeito aos ditames constitucionais e legais postos para oferecimento do mínimo existencial.
No mais, tendo em vista que os referidos recursos, com o pagamento do precatório, restarão definitivamente
incorporados ao Patrimônio Municipal, resta óbvia a inexistência de interesse da União, conforme o pacífico
entendimento de nossos Tribunais Superiores. Por fim, em que pese não tenha o autor trazido aos autos
nenhum indício de que o Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e constitucionalmente
prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também se encontra presente,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Softplan Planejamento e Sistemas Ltda, liberado nos autos em 09/07/2020 às 10:33 .
haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular disposição dos recursos traria à educação na
capital alagoana. Por fim, a tutela provisória pleiteada visa, tão somente, a determinação da indisponibilidade
dos recursos, e não o seu imediato repasse aos servidores da educação, razão pela qual presente também se
faz a reversibilidade da medida. Ex positis, presentes os requisitos legais, DEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA
REQUERIDA, ao passo em que determino o imediato bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo
do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o
julgamento do mérito da presente ação. Vedo, desde já, o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical
autora, aos substituídos, ou a quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Diante do que prevê a
Súmula 011/2016 da Procuradoria Geral do Município de Maceió (Os processos judiciais em que os entes da
Administração Direta e indireta Municipal forem parte não admitem autocomposição, não se justificando a
designação de audiência de conciliação (art. 334, § 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16 de março de 2015), salvo
quando houver autorização específica em sentido contrário, a exemplo do disposto no art. 22 da Lei Delegada
Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334, §4º, II do NCPC, por ser medida, in casu, desnecessária e
que vai de encontro à celeridade processual. Cite-se o Município réu, através de seu representante legal, para
que, querendo, apresente resposta à presente demanda, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, caso haja
resposta por parte do réu, vista à parte autora para que, querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias.
Em seguida, com ou sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para parecer.
Publique-se. Intimem-se. Maceió , 08 de julho de 2020 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito DB"

Maceió, 9 de julho de 2020.


fls. 884

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 456A655.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE REMESSA DE CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO - PORTAL ELETRÔNICO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Softplan Planejamento e Sistemas Ltda, liberado nos autos em 09/07/2020 às 11:32 .
Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

CERTIFICA-SE, que em 09/07/2020 o ato abaixo foi encaminhado para


CITAÇÃO/INTIMAÇÃO no portal eletrônico.

Município de Maceió
Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió
DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada
pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e
por intermédio de advogados regularmente constituídos nos autos, em face do Município de
Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de substituta
processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de
determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento do mérito da presente
ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal, como também
constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da
Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos
municípios estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos valores, até a
resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. Quanto ao pedido de
concessão da tutela provisória de urgência, faz-se necessária a presença de alguns requisitos
peculiares, a saber: existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art.300, caput, do NCPC); a existência de
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de direito
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Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
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fls. 885

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ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
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CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (art. 311, caput e inciso I, do NCPC) Com

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relação à probabilidade do direito, após uma análise dos fatos relatados e dos documentos
acostados, observo que o cerne da lide encontra seu fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei n.
11.494/2007, senão vejamos: Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais
totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério
da educação básica em efetivo exercício na rede pública. Parágrafo único. Para os fins do disposto
no caput deste artigo, considera-se: I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos
profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego
ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou
Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II - profissionais do
magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao
exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão,
orientação educacional e coordenação pedagógica; III - efetivo exercício: atuação efetiva no
desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua
regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente governamental que o
remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários previstos em lei,
com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica existente. Art.
23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não
consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; II - como garantia ou contrapartida de operações de
crédito, internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios
que não se destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas considerados como ação
de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica. Desta forma, parece-me
preenchido o requisito da probabilidade do direito apto a justificar a concessão da tutela
provisória requerida, tendo em vista a existência de precatório requisitório expedido e, ao que
parece, já pago ou prestes a ser pago ao Município de Maceió Precatório Requisitório de nº.
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Como se sabe, resta indiscutível a caracterização do direito à educação como garantia
fundamental constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30, VI;
art. 205 e seguintes, bem como que a oferta de uma educação de qualidade à população e seu
pleno acesso deriva da adequada maneira de gerir seus recursos, com respeito aos ditames
constitucionais e legais postos para oferecimento do mínimo existencial. No mais, tendo em vista
que os referidos recursos, com o pagamento do precatório, restarão definitivamente incorporados
ao Patrimônio Municipal, resta óbvia a inexistência de interesse da União, conforme o pacífico
entendimento de nossos Tribunais Superiores. Por fim, em que pese não tenha o autor trazido aos
autos nenhum indício de que o Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e
constitucionalmente prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo também se encontra presente, haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular

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disposição dos recursos traria à educação na capital alagoana. Por fim, a tutela provisória

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pleiteada visa, tão somente, a determinação da indisponibilidade dos recursos, e não o seu
imediato repasse aos servidores da educação, razão pela qual presente também se faz a
reversibilidade da medida. Ex positis, presentes os requisitos legais, DEFIRO A TUTELA
PROVISÓRIA REQUERIDA, ao passo em que determino o imediato bloqueio de 60% (sessenta
por cento) do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL,
expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis
em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente
ação. Vedo, desde já, o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos,
ou a quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Diante do que prevê a Súmula
011/2016 da Procuradoria Geral do Município de Maceió (Os processos judiciais em que os entes
da Administração Direta e indireta Municipal forem parte não admitem autocomposição, não se
justificando a designação de audiência de conciliação (art. 334, § 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16
de março de 2015), salvo quando houver autorização específica em sentido contrário, a exemplo
do disposto no art. 22 da Lei Delegada Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334, §4º, II
do NCPC, por ser medida, in casu, desnecessária e que vai de encontro à celeridade processual.
Cite-se o Município réu, através de seu representante legal, para que, querendo, apresente resposta
à presente demanda, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, caso haja resposta por parte do réu, vista à
parte autora para que, querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias. Em seguida, com ou
sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para parecer. Publique-se.
Intimem-se. Maceió , 08 de julho de 2020 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito DB

Maceió (AL), 09 de julho de 2020

Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
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CARTA DE CITAÇÃO - FAZENDA PÚBLICA
Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Assunto: Medidas de Urgência
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

Destinatário: Município de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por DIRLENE MARIA SILVA MAGALHAES, liberado nos autos em 13/07/2020 às 18:00 .
Prezado(a) Senhor(a),

De ordem do Doutor Antonio Emanuel Dória Ferreira, Juiz de Direito da 14ª Vara
Cível da Capital/Fazenda Municipal e através da presente carta de citação, fica o destinatário
desta CITADO para responder a ação acima descrita, querendo, na forma legal, no prazo de
30 dias úteis (prazo em dobro, na forma do art. 183 do Código de Processo Civil), conforme
decisão prolatada e diante da petição inicial.

OBSERVAÇÕES:
1. A presente carta de citação é desacompanhada da petição inicial, sendo que a visualização
das peças processuais poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça na
internet, no endereço http://www.tjal.jus.br, sendo considerada vista pessoal (art. 9º, § 1º, da
Lei n. 11.419/2006).
2. Fica o réu advertido de que não oferecida resposta a ação, os referidos autos correrão à sua
revelia, sem, no entanto, induzir a presunção de veracidade os fatos articulados pelo autor, nos
termos da lei processual civil.

Eu, Cláudia Maria Coimbra, o digitei e subscrevi. Maceió (AL), 09 de julho de 2020

Mod. Carta de Citação Fazenda Pública - Portal - Endereço: Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia
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CERTIDÃO DE REMESSA DE CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO - PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 13/07/2020 às 19:31 .
CERTIFICA-SE, que em 13/07/2020 o ato abaixo foi encaminhado para
CITAÇÃO/INTIMAÇÃO no portal eletrônico.

Município de Maceió
Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió
DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada
pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e
por intermédio de advogados regularmente constituídos nos autos, em face do Município de
Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de substituta
processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de
determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento do mérito da presente
ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal, como também
constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da
Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos
municípios estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos valores, até a
resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. Quanto ao pedido de
concessão da tutela provisória de urgência, faz-se necessária a presença de alguns requisitos
peculiares, a saber: existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art.300, caput, do NCPC); a existência de
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de direito
Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
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fls. 889

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4582E9E.
ESTADO DE ALAGOAS
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Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
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de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (art. 311, caput e inciso I, do NCPC) Com
relação à probabilidade do direito, após uma análise dos fatos relatados e dos documentos
acostados, observo que o cerne da lide encontra seu fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei n.
11.494/2007, senão vejamos: Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais
totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério
da educação básica em efetivo exercício na rede pública. Parágrafo único. Para os fins do disposto
no caput deste artigo, considera-se: I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos
profissionais do magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 13/07/2020 às 19:31 .
ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou
Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II - profissionais do
magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico direto ao
exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão,
orientação educacional e coordenação pedagógica; III - efetivo exercício: atuação efetiva no
desempenho das atividades de magistério previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua
regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente governamental que o
remunera, não sendo descaracterizado por eventuais afastamentos temporários previstos em lei,
com ônus para o empregador, que não impliquem rompimento da relação jurídica existente. Art.
23. É vedada a utilização dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não
consideradas como de manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; II - como garantia ou contrapartida de operações de
crédito, internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios
que não se destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas considerados como ação
de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica. Desta forma, parece-me
preenchido o requisito da probabilidade do direito apto a justificar a concessão da tutela
provisória requerida, tendo em vista a existência de precatório requisitório expedido e, ao que
parece, já pago ou prestes a ser pago ao Município de Maceió Precatório Requisitório de nº.
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Como se sabe, resta indiscutível a caracterização do direito à educação como garantia
fundamental constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30, VI;
art. 205 e seguintes, bem como que a oferta de uma educação de qualidade à população e seu
pleno acesso deriva da adequada maneira de gerir seus recursos, com respeito aos ditames
constitucionais e legais postos para oferecimento do mínimo existencial. No mais, tendo em vista
que os referidos recursos, com o pagamento do precatório, restarão definitivamente incorporados
ao Patrimônio Municipal, resta óbvia a inexistência de interesse da União, conforme o pacífico
entendimento de nossos Tribunais Superiores. Por fim, em que pese não tenha o autor trazido aos
autos nenhum indício de que o Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e
constitucionalmente prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo também se encontra presente, haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular

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disposição dos recursos traria à educação na capital alagoana. Por fim, a tutela provisória
pleiteada visa, tão somente, a determinação da indisponibilidade dos recursos, e não o seu
imediato repasse aos servidores da educação, razão pela qual presente também se faz a
reversibilidade da medida. Ex positis, presentes os requisitos legais, DEFIRO A TUTELA
PROVISÓRIA REQUERIDA, ao passo em que determino o imediato bloqueio de 60% (sessenta
por cento) do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL,
expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis
em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 13/07/2020 às 19:31 .
ação. Vedo, desde já, o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos,
ou a quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Diante do que prevê a Súmula
011/2016 da Procuradoria Geral do Município de Maceió (Os processos judiciais em que os entes
da Administração Direta e indireta Municipal forem parte não admitem autocomposição, não se
justificando a designação de audiência de conciliação (art. 334, § 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16
de março de 2015), salvo quando houver autorização específica em sentido contrário, a exemplo
do disposto no art. 22 da Lei Delegada Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334, §4º, II
do NCPC, por ser medida, in casu, desnecessária e que vai de encontro à celeridade processual.
Cite-se o Município réu, através de seu representante legal, para que, querendo, apresente resposta
à presente demanda, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, caso haja resposta por parte do réu, vista à
parte autora para que, querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias. Em seguida, com ou
sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para parecer. Publique-se.
Intimem-se. Maceió , 08 de julho de 2020 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito DB

Maceió (AL), 13 de julho de 2020

Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
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fls. 891

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ESTADO DE ALAGOAS
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Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
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CERTIDÃO DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO – PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 20/07/2020 às 00:18 .
CERTIFICA-SE que, em 19/07/2020, transcorreu o prazo de leitura no portal
eletrônico, do ato abaixo, tendo iniciado o prazo em data 20/07/2020, com previsão de
encerramento em 27/07/2020.

Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió


Município de Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de
Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de
Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal,
devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade
Sindical autora agir na qualidade de substituta processual dos servidores públicos do
magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter determinação deste Juízo para que
seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de determinar a
indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da
5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento
do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por
disposição não só legal, como também constitucional, ser destinado ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007.
Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios
estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos
valores, até a resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874.
Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
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Quanto ao pedido de concessão da tutela provisória de urgência, faz-se necessária a


presença de alguns requisitos peculiares, a saber: existência de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (art.300, caput, do NCPC); a existência de fundado receio de dano irreparável
ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de direito de defesa ou manifesto
propósito protelatório do réu (art. 311, caput e inciso I, do NCPC) Com relação à
probabilidade do direito, após uma análise dos fatos relatados e dos documentos
acostados, observo que o cerne da lide encontra seu fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 20/07/2020 às 00:18 .
n. 11.494/2007, senão vejamos: Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos
recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se: I -
remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da
educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função,
integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou
Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II - profissionais
do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico
direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento,
inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica; III - efetivo
exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no
inciso II deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou
estatutária, com o ente governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por
eventuais afastamentos temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que
não impliquem rompimento da relação jurídica existente. Art. 23. É vedada a utilização
dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não consideradas como de
manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996; II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito,
internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas
considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação
básica. Desta forma, parece-me preenchido o requisito da probabilidade do direito apto
a justificar a concessão da tutela provisória requerida, tendo em vista a existência de
precatório requisitório expedido e, ao que parece, já pago ou prestes a ser pago ao
Município de Maceió Precatório Requisitório de nº. 20198000013200087 - PRC178329-
AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Como se sabe, resta
indiscutível a caracterização do direito à educação como garantia fundamental
constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30, VI; art.
205 e seguintes, bem como que a oferta de uma educação de qualidade à população e

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 893

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45AC73D.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

seu pleno acesso deriva da adequada maneira de gerir seus recursos, com respeito aos
ditames constitucionais e legais postos para oferecimento do mínimo existencial. No
mais, tendo em vista que os referidos recursos, com o pagamento do precatório, restarão
definitivamente incorporados ao Patrimônio Municipal, resta óbvia a inexistência de
interesse da União, conforme o pacífico entendimento de nossos Tribunais Superiores.
Por fim, em que pese não tenha o autor trazido aos autos nenhum indício de que o
Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e constitucionalmente
prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 20/07/2020 às 00:18 .
se encontra presente, haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular
disposição dos recursos traria à educação na capital alagoana. Por fim, a tutela
provisória pleiteada visa, tão somente, a determinação da indisponibilidade dos
recursos, e não o seu imediato repasse aos servidores da educação, razão pela qual
presente também se faz a reversibilidade da medida. Ex positis, presentes os requisitos
legais, DEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA, ao passo em que determino
o imediato bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo do Precatório de nº
20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta
unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação. Vedo, desde já, o
repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Diante do que prevê a Súmula
011/2016 da Procuradoria Geral do Município de Maceió (Os processos judiciais em
que os entes da Administração Direta e indireta Municipal forem parte não admitem
autocomposição, não se justificando a designação de audiência de conciliação (art. 334,
§ 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16 de março de 2015), salvo quando houver autorização
específica em sentido contrário, a exemplo do disposto no art. 22 da Lei Delegada
Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334, §4º, II do NCPC, por ser medida, in
casu, desnecessária e que vai de encontro à celeridade processual. Cite-se o Município
réu, através de seu representante legal, para que, querendo, apresente resposta à presente
demanda, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, caso haja resposta por parte do réu, vista à
parte autora para que, querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias. Em seguida,
com ou sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para
parecer. Publique-se. Intimem-se. Maceió , 08 de julho de 2020 Antonio Emanuel Dória
Ferreira Juiz de Direito DB

Maceió (AL), 20 de julho de 2020.

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 894

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45D52EB.
ESTADO DE ALAGOAS
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CERTIDÃO DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO – PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 24/07/2020 às 00:24 .
CERTIFICA-SE que, em 23/07/2020, transcorreu o prazo de leitura no portal
eletrônico, do ato abaixo, tendo iniciado o prazo em data 24/07/2020, com previsão de
encerramento em 11/09/2020.

Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió


Município de Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de
Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de
Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal,
devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade
Sindical autora agir na qualidade de substituta processual dos servidores públicos do
magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter determinação deste Juízo para que
seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de determinar a
indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da
5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento
do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por
disposição não só legal, como também constitucional, ser destinado ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007.
Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios
estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos
valores, até a resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874.
Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 895

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45D52EB.
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Quanto ao pedido de concessão da tutela provisória de urgência, faz-se necessária a


presença de alguns requisitos peculiares, a saber: existência de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (art.300, caput, do NCPC); a existência de fundado receio de dano irreparável
ou de difícil reparação ou caracterização do abuso de direito de defesa ou manifesto
propósito protelatório do réu (art. 311, caput e inciso I, do NCPC) Com relação à
probabilidade do direito, após uma análise dos fatos relatados e dos documentos
acostados, observo que o cerne da lide encontra seu fundamento nos arts. 22 e 23 da Lei

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 24/07/2020 às 00:24 .
n. 11.494/2007, senão vejamos: Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos
recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se: I -
remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do magistério da
educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo, emprego ou função,
integrantes da estrutura, quadro ou tabela de servidores do Estado, Distrito Federal ou
Município, conforme o caso, inclusive os encargos sociais incidentes; II - profissionais
do magistério da educação: docentes, profissionais que oferecem suporte pedagógico
direto ao exercício da docência: direção ou administração escolar, planejamento,
inspeção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica; III - efetivo
exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de magistério previstas no
inciso II deste parágrafo associada à sua regular vinculação contratual, temporária ou
estatutária, com o ente governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por
eventuais afastamentos temporários previstos em lei, com ônus para o empregador, que
não impliquem rompimento da relação jurídica existente. Art. 23. É vedada a utilização
dos recursos dos Fundos: I - no financiamento das despesas não consideradas como de
manutenção e desenvolvimento da educação básica, conforme o art. 71 da Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996; II - como garantia ou contrapartida de operações de crédito,
internas ou externas, contraídas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios que não se destinem ao financiamento de projetos, ações ou programas
considerados como ação de manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação
básica. Desta forma, parece-me preenchido o requisito da probabilidade do direito apto
a justificar a concessão da tutela provisória requerida, tendo em vista a existência de
precatório requisitório expedido e, ao que parece, já pago ou prestes a ser pago ao
Município de Maceió Precatório Requisitório de nº. 20198000013200087 - PRC178329-
AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Como se sabe, resta
indiscutível a caracterização do direito à educação como garantia fundamental
constitucional, nos art. 6º, caput; art. 22, XXIV; art. 23, V; art. 24, IX; art. 30, VI; art.
205 e seguintes, bem como que a oferta de uma educação de qualidade à população e

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
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fls. 896

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ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

seu pleno acesso deriva da adequada maneira de gerir seus recursos, com respeito aos
ditames constitucionais e legais postos para oferecimento do mínimo existencial. No
mais, tendo em vista que os referidos recursos, com o pagamento do precatório, restarão
definitivamente incorporados ao Patrimônio Municipal, resta óbvia a inexistência de
interesse da União, conforme o pacífico entendimento de nossos Tribunais Superiores.
Por fim, em que pese não tenha o autor trazido aos autos nenhum indício de que o
Município réu não pretende dar às verbas a destinação legal e constitucionalmente
prevista, entendo que o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo também

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 24/07/2020 às 00:24 .
se encontra presente, haja vista a gravidade e certeza dos danos que a irregular
disposição dos recursos traria à educação na capital alagoana. Por fim, a tutela
provisória pleiteada visa, tão somente, a determinação da indisponibilidade dos
recursos, e não o seu imediato repasse aos servidores da educação, razão pela qual
presente também se faz a reversibilidade da medida. Ex positis, presentes os requisitos
legais, DEFIRO A TUTELA PROVISÓRIA REQUERIDA, ao passo em que determino
o imediato bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo do Precatório de nº
20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta
unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação. Vedo, desde já, o
repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Diante do que prevê a Súmula
011/2016 da Procuradoria Geral do Município de Maceió (Os processos judiciais em
que os entes da Administração Direta e indireta Municipal forem parte não admitem
autocomposição, não se justificando a designação de audiência de conciliação (art. 334,
§ 4º, inciso II da Lei 13.105 de 16 de março de 2015), salvo quando houver autorização
específica em sentido contrário, a exemplo do disposto no art. 22 da Lei Delegada
Municipal nº 02/2014)), deixo de aplicar o art. 334, §4º, II do NCPC, por ser medida, in
casu, desnecessária e que vai de encontro à celeridade processual. Cite-se o Município
réu, através de seu representante legal, para que, querendo, apresente resposta à presente
demanda, no prazo de 30 (trinta) dias. Após, caso haja resposta por parte do réu, vista à
parte autora para que, querendo, se manifeste no prazo de 30 (trinta) dias. Em seguida,
com ou sem manifestação, vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para
parecer. Publique-se. Intimem-se. Maceió , 08 de julho de 2020 Antonio Emanuel Dória
Ferreira Juiz de Direito DB

Maceió (AL), 24 de julho de 2020.

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 897

.
Município de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 09/09/2020 às 17:55 , sob o número WMAC20701848448
Procuradoria Geral do Município

Procuradoria Judicial

EXCELENTÍSSIMO (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 14ª VARA CÍVEL DA CAPITAL -


FAZENDA MUNICIPAL - FORO DE MACEIÓ

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728709.
Processo n.º: 0714901-97.2020.8.02.0001
Autor: Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas
– SINTEAL

O MUNICÍPIO DE MACEIÓ, pessoa jurídica de direito público interno, com


endereço para intimações nesta Capital, na Rua Pedro Monteiro, nº 291, no bairro do
Centro, CEP: 57.020-380, representado pela Procuradora do município infra firmada,
vem, tempestivamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO, nos autos do processo em epígrafe, pelos fatos e fundamentos
jurídicos a seguir expostos:

DA TEMPESTIVIDADE

Conforme certidão de fl. 894-896, o prazo final para apresentação da


contestação foi o dia 11/09/2020, sexta-feira. Assim, protocolada esta peça até tal
data, tempestiva estará.

SÍNTESE PROCESSUAL

Trata-se de Ação Civil Pública de Obrigação de Fazer com Pedido de


Tutela De Urgência proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de
Alagoas – SINTEAL, em desfavor do Município de Maceió.
Alega que o Município de Maceió ajuizou o cumprimento de sentença nº
0807260-82.2017.4.05.8000, que tramita na 13ª Vara da Seção Judiciária de Alagoas,
com base no título executivo firmado na ação coletiva nº 0011204-19.2003.4.05.8000.
fls. 898

.
Município de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 09/09/2020 às 17:55 , sob o número WMAC20701848448
Procuradoria Geral do Município

Procuradoria Judicial

Nesta ação discutiu-se o pagamento das diferenças oriundas da complementação da


União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e

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Valorização do Magistério – FUNDEF, entre os anos de 1998 e 2006.
Afirma que, no cumprimento de sentença, foi expedido o precatório nº
20198000013200087 – PRC178329-AL em favor da Edilidade maceioense.
Cria a tese de que 60% do valor daquele precatório deve ser pago aos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício. Ou seja, para
tais profissionais que estão em labor atualmente no ente maceioense.
O autor não tece nenhuma consideração quanto à legalidade de um
eventual incremento extremamente alto aos vencimentos dos profissionais do
magistério da educação básica em efetivo exercício.
O autor não tece nenhuma consideração sobre uma possível vinculação
dos vencimentos desses profissionais ao FUNDEF, hoje FUNDEB.
O autor não faz prova de eventual sonegação salarial que tenha ocorrido,
por parte do Município réu, nos anos em que a União deixou de repassar a quantia
atinente ao FUNDEF, 1998 a 2006, quando errou o cálculo do valor do VMA – valor
médio por aluno.
O autor não faz qualquer menção à eventual consequência jurídica de uma
eventual procedência da ação. Afinal, se houvesse uma vinculação do valor do
precatório ao pagamento direto aos profissionais em questão, como seria no próximo
ano se o VMA baixasse (e, por consequência o valor de repasse do hoje FUNDEB),
poderia haver diminuição dos vencimentos? E nos anos em que o Município precisou
complementar a quantia com receita própria (como faz todo ano), poderia haver
compensação antes de se fazer o tal rateio pretendido pelo sindicato autor? Enfim, o
autor se esquiva de todas essas questões e quer 60% do valor do crédito do precatório
e fazer rateio entre seus associados que estejam na atividade, como se isso não
implicasse qualquer tipo de consequência jurídica.
Ainda, não junta qualquer documentação que guarneça suas pretensões,
nem mesmo um único contracheque de algum servidor, comprovando que este tenha
deixado de receber seus vencimentos por causa da ausência do repasse correto do
FUNDEB pela União, entre os anos de 1998 a 2006.
O Autor quer, de forma transversa, rediscutir e reverter matéria já
decidida pelo TCU, questionando, agora no âmbito da Justiça estadual, a
fls. 899

.
Município de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 09/09/2020 às 17:55 , sob o número WMAC20701848448
Procuradoria Geral do Município

Procuradoria Judicial

validade do item 9.2.2 do Acórdão n° 1.824/2017 do Plenário do Tribunal de


Contas da União, que afastou a vinculação à remuneração dos profissionais do

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magistério do mínimo de 60% dos recursos do FUNDEF (sucedido pelo
FUNDEB), relativos às diferenças obtidas judicialmente quanto à
complementação devida pela União.
Ou seja, como não pode mais rediscutir a matéria no âmbito do TCU,
em vez de questionar na Justiça Federal a decisão plenária do Tribunal de
Constas da União, em uma ação contra a União, questiona o cumprimento e
aplicação, pelo Município de Maceió, da decisão determinada pelo TCU, o que,
juridicamente, é incongruente, impossível, fora de qualquer realidade jurídica.
Portanto, não resta razão ao sindicato.
São os fatos, em síntese.

PRELIMINARES

Como dispõe o NCPC, em seu artigo 337, antes de se discutir o mérito, cabe a
parte alegar as preliminares, dentre elas a litispendência e ausência de legitimidade
ou interesse processual.

-DA SUSPENSÃO PROCESSUAL EM DECORRÊNCIA DA TRAMITAÇÃO DA


ADPF Nº 528

Tramita na Corte Suprema a Arguição de Descumprimento de Preceito


Fundamental nº 528, em que se discute a destinação dos recursos oriundos das ações
judiciais envolvendo os repassas a menor do FUNDEF, se para os profissionais da
educação ou para toda a coletividade, por meio de ingresso como receita nos cofres
municiais. Ou seja, o pano de fundo em lide daquela ADPF é o mesmo da presente
ação.
Inclusive, compulsando-se os autos daquela ADPF, de nº 528, constatou-
se que o sindicato autor ingressou naquela ação constitucional como amicus curiae.
Ou seja, o autor já tinha ciência da tramitação daquela ação no STF quando ajuizou
esta ação. Mas, não é surpresa o ajuizamento desta ação. Afinal, sabe o autor que a
ADPF nº 528 está fadada ao insucesso, está prestes a ser julgada improcedente,
fls. 900

.
Município de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 09/09/2020 às 17:55 , sob o número WMAC20701848448
Procuradoria Geral do Município

Procuradoria Judicial

como já entendeu o relator, Ministro Alexandre de Moraes, seguindo o entendimento


do TCU. Portanto, não restava outra alternativa a não ser a desesperada tentativa de

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728709.
conseguir um julgamento favorável pelas mãos de outro julgador, na instância inicial.
Portanto, com o fito de evitar julgamentos dissonantes para situações
idênticas, coerente que a presente ação seja suspensa, até que se conclua o
julgamento da ADPF nº 528 no Supremo Tribunal Federal.

-DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO SINDICATO AUTOR

Como se extrai dos próprios fatos apresentados pelo autor, bem como dos
presentes na ADPF nº 528, a quantia em testilha NÃO envolve suposto direito apenas
de servidores sindicalizados, ao contrário, é muito mais amplo, o que foge dos limites
da legitimidade ativa das associações sindicais.
Especificamente no caso das entidades sindicais, a Constituição Federal,
ao dispor, no seu artigo 8º, inciso III, que ao Sindicato cabe a defesa dos direitos e
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
administrativas, conferiu claramente ao ente sindical a legitimidade para o exercício
da substituição processual. Porém, a presente lide não envolve apenas um suposto
direito de servidores públicos municipais vinculados ao sindicato autor. Em verdade,
em verdade envolve um suposto direito de muito mais pessoas, de forma que não há
legitimidade ativa ao sindicato.
Ora, o valor discutido nos autos envolve uma verba decorrente do antigo
FUNDEF, que deveria ter sido paga entre os anos de 1998 e 2006, mas que só
ingressou nos cofres municipais por meio de precatório, após o ajuizamento da ação
judicial de conhecimento nº 0011204-19.2003.4.05.8000 e do processo executivo nº
0807260-82.2017.4.05.8000. Portanto, os supostos detentores do suposto direito em
discussão seriam os servidores profissionais do magistério da educação básica que
estavam em efetivo exercício nos anos entre os anos de 1998 e 2006. Ou seja, muitos
dessas pessoas nunca foram sindicalizados, e, se foram, não são mais; muitas
morreram, muitas já abandonaram os cargos que exerciam nessa época, muito foram
cedidos e nunca retornaram ao município. Enfim, o suposto detentor desse suposto
direito em lide é uma coletividade não assistida pelo sindicato autor.
fls. 901

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O sindicato autor não representa todas essas pessoas supostamente


detentoras desse suposto direito. Ao contrário, ele apenas representa uma pequena

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parcela de servidores, tanto que pede que toda a grande monta em lide seja destinada
ao pagamento dos servidores da ativa (“em efetivo exercício”, como o sindicato
mesmo afirma).
Portanto, não cabe ao sindicato autor a titularidade da lide, mesmo na
função de substituto processual, pois o suposto direito em lide abrange uma
coletividade muito além, muitíssimo além, dos servidores municipais sindicalizados.
Em uma interpretação bem solidária e extensiva, o sindicato teria
legitimidade ativa para representar única e exclusivamente os servidores
sindicalizados profissionais do magistério da educação básica que estavam em efetivo
exercício nos anos entre os anos de 1998 e 2006. Mas, para tanto, o sindicato teria
de provar que tais servidores fazem parte de seus filiados, apresentando uma lista
com tais profissionais. Então, a representação seria única e exclusiva para estes. Mas
o sindicato autor não fez nada disso. Não apresentou qualquer relação de filiados. Ao
contrário, pelo teor de sua peça, entende que o suposto direito em lide nem mesmo
pertence a esses servidores, mas sim, pertence aos que estão na ativa, em efetivo
exercício.
A jurisprudência tem posicionamentos contundentes pela ilegitimidade
ativa, em situações semelhantes. Vejamos:
RECURSO DE APELAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. SINDICATO.
ILEGITIMIDADE ATIVA. INTERESSE FORA DA CATEGORIA.
INTERESSE DIFUSO. RECURSO IMPROVIDO. 1 - Trata-se de
apelação objetivando a reforma da sentença que julgou extinto o
processo sem resolução de mérito, sob o fundamento de que o autor
não seria parte legítima para figurar no polo ativo da ação, eis que o
direito tutelado seria difuso, não havendo que se falar em ofensa a
direito específico da categoria que representa.
2 - A impugnação feita aos editais beneficiaria tão somente aqueles
que ainda não ingressaram na carreira de Professor do Magistério do
Ensino Básico, os quais não são integrantes da categoria
representada pelo SINASEFE. 3 - Os sindicatos, como entidades de
classe, defendem interesses coletivos e individuais da categoria,
porém, na hipótese, não há demonstração de interesse de seus
filiados acerca da norma impugnada nos editais. 4 - A condição
editalícia será obedecida por candidatos a cargos efetivos, mas que
ainda não fazem parte dos quadros da Administração Pública, ao
contrário do que ocorre com os associados do apelante. 5 - Não há
que se falar em legitimidade ad causam da entidade sindical como
substituto processual em ações que não dizem respeito a direitos da
classe por ele representada. 6 - Recurso de apelação conhecido e
fls. 902

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improvido. (TRF2 - Acórdão 0103399-94.2014.4.02.5001 (trf2


2014.50.01.103399-5), Relator(a): Des. Guilherme Calmon Nogueira
da Gama, data de julgamento: 02/07/2015, data de publicação:

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06/07/2015, 6ª Turma Especializada)

Já em recente julgado, a própria Colenda Corte afastou a legitimidade ativa


de sindicato em ação envolvendo repasse de orçamento, ação muito semelhante a
presente. Vejamos:
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA.
LIBERAÇÃO DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS A TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. REPASSE DE DUODÉCIMOS. AÇÃO MANDAMENTAL
IMPETRADA POR SINDICATO DE SERVIDORES DO PODER
JUDICIÁRIO. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. INEXISTÊNCIA
DE TITULARIDADE DO DIREITO PRETENSAMENTE LESADO.
REITERAÇÃO DO PEDIDO FORMULADO NA INICIAL.
SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO AGRAVADA. AGRAVO A QUE SE
NEGA PROVIMENTO.
I - As razões do agravo regimental são inaptas para desconstituir os
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm hígidos.
II - Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação da
multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. (STF - Acórdão Ms 34050
Agr / Pr - Paraná, Relator(a): Min. Ricardo Lewandowski, data de
julgamento: 11/05/2018, data de publicação: 18/05/2018, 2ª Turma)

Em outro julgado, dessa vez proferido pelo TRF4, fica claro que haveria
ofensa à coisa julgada uma ação promovida por um sindicato. Na questão, a decisão
condenatória estabeleceu o rol dos beneficiários da quantia em lide. Assim, não cabia
ao sindicato ajuizar a execução. Ora, na presente lide, entende-se que não há direito
de pagamento aos servidores profissionais do magistério da educação básica, porém
se houvesse tal direito, seriam apenas dos servidores que estavam em efetivo
exercício nos anos entre os anos de 1998 e 2006. Portanto, resta ilegítima a atuação
sindical. Vejamos o julgado:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À


EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO COLETIVO. SINDICATO.
EXECUÇÃO INDIVIDUAL. ILEGITIMIDADE ATIVA. AUSÊNCIA DO
NOME NO ROL DE SUBSTITUÍDOS DO SINDICATO. COISA
JULGADA.
1. Em que pese o entendimento de que a coisa julgada formada nos
autos da ação coletiva promovida pelo Sindicato favorece a todos os
integrantes da categoria, que possuem legitimidade para propor
execução individual, excetuam-seas hipóteses em que o título
executivo expressamente limita os efeitos da condenação àqueles
beneficiários constantes da lista nominal acostada aos respectivos
autos.
fls. 903

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2. O título executivo formado nos autos ação coletiva


n.2002.72.00.006762-6 expressamente limitou os efeitos da
condenaçãosomente aos servidores/pensionistas constantes do rol

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que está juntado àqueles autos, de modo que tal limitação deve ser
observada em sede de execução, sob pena de ofensa à coisa julgada.
3. Hipótese em que a parte exequente não consta do rol de
substituídos da ação coletiva, restando configurada a ilegitimidade
ativapara propor a execução individual. (TRF4 - Acórdão Ac -
Apelação Civel 5003247-24.2016.4.04.7200, Relator(a): Des. Vânia
Hack de Almeida, data de julgamento: 30/01/2018, data de publicação:
30/01/2018, 3ª Turma)

Por fim, como bem entende a jurisprudência (colacionada uma abaixo,


como paradigma) o sindicato não possui legitimidade ativa para ajuizar ação em
substituição processual de sindicalizado falecido. Considerando-se que se houvesse
algum direito ao repasse da quantia, que esse repasse fosse feito apenas aos
servidores que estavam em efetivo exercício entre 1998 e 2006, muitos desses
provavelmente estão falecidos, excluindo, assim, a legitimidade ativa do sindicato,
pois este não pode substituir servidor já falecido. Vejamos:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FALECIMENTO DO ASSOCIADO. EXECUÇÃO.
28.86%. ILEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO. ÓBITO ANTERIOR
AO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO.
Consoante a orientação assentada no âmbito deste Tribunal, a
entidade sindical não tem legitimidade para substituir, em execução de
sentença, filiado falecido antes do ajuizamento da ação executiva.
(TRF4 - Acórdão Ag - Agravo de Instrumento 5013673-
30.2017.4.04.0000, Relator(a): Des. Ricardo Teixeira do Valle Pereira,
data de julgamento: 30/05/2017, data de publicação: 30/05/2017, 3ª
Turma)

Assim, por estar clara a ilegitimidade ativa do sindicato, visto que o suposto
direito, caso fosse procedente, pertenceria a uma quantidade de pessoas muito maior
do que os servidores filiados ao autor, resta a declaração da ilegitimidade ativa do
Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas – SINTEAL, extinguindo-se o
feito sem julgamento de seu mérito.

-DA AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL

Influenciado pela doutrina Liebman, o Código de Processo Civil de 1973


adotou a teoria eclética sobre o direito de ação, segundo a qual o direito de ação, que
existe de forma autônoma e independente, não se confunde com o direito material.
fls. 904

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De acordo com tal concepção, a autora tem o direito a um julgamento de mérito –


irrelevante se favorável ou desfavorável –, que só ocorre caso preenchidos alguns

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requisitos.
Esses requisitos necessários ao julgamento de mérito eram justamente as
chamadas condições da ação, consubstanciadas na possibilidade jurídica do pedido,
legitimidade das partes e interesse processual, previstas de maneira explícita no
artigo 267, VI, do CPC/73.
O novo CPC não mais menciona a categoria condição da ação. O inciso
VI do art. 485 do CPC autoriza a extinção do processo sem resolução do mérito pela
ausência de “legitimidade ou de interesse processual”.
O texto normativo do novo CPC não se vale da expressão “condição da
ação”. Apenas se determina que, reconhecida a ilegitimidade ou a falta de interesse,
o órgão jurisdicional deve proferir decisão de inadmissibilidade. Também não há mais
uso da expressão carência de ação.
A legitimidade e o interesse passaram, então, a constar da exposição
sistemática dos pressupostos processuais de validade: o interesse, como
pressuposto de validade objetivo extrínseco; a legitimidade, como pressuposto de
validade subjetivo relativo às partes.
Na lição de Fredie Didier “o exame do interesse de agir (interesse
processual) passa pela verificação de duas circunstâncias: a) utilidade e b)
necessidade do pronunciamento judicial. Há quem acrescente, ainda, a ‘adequação
do remédio judicial ou procedimento’ como elemento necessário à configuração do
interesse de agir, posição com a qual não concordamos” (DIDIER JR., Fredie. Curso
de Direito Processual Civil. Vol. 1. 15ª ed. Salvador: Jus Podivm, 2013, p. 246).
A utilidade da prestação jurisdicional estará presente toda vez que o
demandante puder obter, por meio do processo, o resultado favorável pretendido, ou
seja, a melhora em sua situação fática, a justificar o tempo, energia e dinheiro que
serão gastos pelo Poder Judiciário na resolução da demanda.
A necessidade da prestação jurisdicional, por sua vez, fundamenta-se na
premissa de que a jurisdição tem de ser encarada como última forma de solução do
conflito, ou seja, haverá necessidade sempre que a autora não puder obter o bem da
vida pretendido sem a devida intervenção do Judiciário.
fls. 905

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Pois bem, para legitimar o interesse processual da parte autora em


provocar a tutela jurisdicional do Estado, necessário em princípio seria a

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comprovação nos autos de haver uma pretensão legítima resistida. Deveria haver a
comprovação de um direito e a negativa da Administração em deferir o postulado pela
parte requerente, e a partir desse momento, ter-se-ia a parte autora o indispensável
interesse processual. Sendo assim, o interesse processual só existe se houver a
manutenção da pretensão resistida.
Ora, o SINTEAL ajuizou a presente ação civil pública como se a
Edilidade maceioense tivesse sonegado os vencimentos dos servidores
profissionais do magistério da educação básica que estavam em efetivo
exercício nos anos entre os anos de 1998 e 2006. Não se desincumbiu da tarefa
de juntar uma única prova que evidenciasse qualquer espécie de negativa
municipal em adimplir os vencimentos desses servidores à época. Aliás, EM
NENHUM MOMENTO O SINDICATO AUTOR ALEGA QUE A EDILIDADE
MACEIOENSE DEIXOU DE PAGAR OS VENCIMENTOS DOS SERVIDORES
PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ENTRE OS ANOS
DE 1998 A 2006.
A Administração Pública de Maceió, por meio da Secretaria Municipal
de Gestão, da Secretaria Municipal da Educação e da Secretaria Municipal de
Economia, exerce diuturnamente suas funções com esmero, nunca se
olvidando dos servidores municipais. Em uma máquina administrativa de cerca
de 20 mil pessoas, o SINTEAL NÃO JUNTOU NEM MESMO UMA ÚNICA PROVA
para fundamentar que a Edilidade negou o pagamento salarial entre os anos de
1998 a 2006, dos servidores profissionais do magistério da educação básica.
ABSURDO!!!!
Está evidente a ausência de interesse processual na presente ação.
O SINTEAL não prova o que alega. O Município de Maceió, mesmo nos anos em que
recebeu a menos a verba decorrente do FUNDEF, nunca deixou de pagar os salários
dos servidores profissionais do magistério da educação básica que estavam em
efetivo exercício nos anos entre os anos de 1998 e 2006. Portanto, está patente a
ausência do interesse processual.
Ante o exposto, requer, o Município de Maceió a extinção do processo sem
resolução do mérito, com fulcro no art. 485, VI, do novo Código de Processo Civil.
fls. 906

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-DA AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO E

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DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO / PEDIDO QUE
CONTRARIA DETERMINAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Como dito na exposição fática, o Autor quer, de forma transversa, rediscutir


e reverter matéria já decidida pelo TCU, questionando, agora no âmbito da Justiça
estadual, a validade do item 9.2.2 do Acórdão n° 1.824/2017 do Plenário do Tribunal
de Contas da União, que afastou a vinculação à remuneração dos profissionais do
magistério do mínimo de 60% dos recursos do FUNDEF (sucedido pelo FUNDEB),
relativos às diferenças obtidas judicialmente quanto à complementação devida pela
União.
Ou seja, como não pode mais rediscutir a matéria no âmbito do TCU, o
Autor, em vez de questionar na Justiça Federal a decisão plenária do Tribunal de
Constas da União, em uma ação contra a União, questiona o cumprimento e
aplicação, pelo Município de Maceió, de uma imposição determinada pelo TCU, o que,
juridicamente, é incongruente, impossível, fora de qualquer realidade jurídica.
Portanto, não resta razão ao sindicato.
Ora, como seria possível dar uma destinação diversa da determinada pelo
Tribunal de Contas da União à quantia presente precatório nº 20198000013200087 –
PRC178329-AL? Para tanto, para o Autor conseguir o que pleiteia, caberia antes ele
questionar a decisão do TCU junto à Justiça Federal, por meio de uma ação
desconstitutiva de decisão do TCU ou uma ação anulatória de acórdão do TCU ou
outra que entendesse cabível, mas que se discutisse a decisão proferida pela Corte
de Contas da União. Afinal, o Município de Maceió NÃO PODE desobedecer a decisão
proferida no Acórdão n° 1.824/2017, sob pena de crime de desobediência, prática de
improbidade administrativa, malversação do patrimônio público, dentre outras
consequências.
O inciso IV do art. 485 do CPC autoriza a extinção do processo sem
resolução do mérito pela ausência de “a ausência de pressupostos de constituição e
de desenvolvimento válido e regular do processo”.
A pretensão do Autor, de fazer com que a Edilidade maceioense
desrespeite decisão do Plenário do TCU, é um pedido impossível, esbarra no
fls. 907

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pressuposto processual da na falta de constituição e de desenvolvimento válido e


regular do processo. Afinal, não há como seu pedido ser procedente, sem que viole

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a decisão do TCU.
Portanto, em face da a ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo, a ação merece ser extinta, sem
julgamento do mérito.

-DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO

Como afirmado na preliminar acima, caberia ao autor ajuizar uma ação


contra o Acórdão n° 1.824/201, antes de requerer que a edilidade maceioense dê
destino diverso do determinado pelo TCU, à quantia disposta no precatório nº
20198000013200087 – PRC178329-AL.
Esta ação, seja ela uma ação desconstitutiva de decisão do TCU ou uma
ação anulatória de acórdão do TCU ou outra que o autor entendesse cabível,
tramitaria junto à Justiça Federal. Afinal, o Município de Maceió NÃO PODE
desobedecer a decisão proferida no Acórdão n° 1.824/2017, sob pena de crime de
desobediência, prática de improbidade administrativa, malversação do patrimônio
público, dentre outras consequências.
Portanto, como a ação contra uma decisão do TCU deve, necessariamente,
tramitar na Justiça Federal, por força do comando constitucional, este Juízo estadual
é incompetente para apreciar e julgar o presente feito. Assim, pugna pela declaração
da incompetência absoluta deste juízo.

DO MÉRITO

Mesmo confiando no acolhimento das preliminares, em face do princípio


da eventualidade ataca-se o mérito da ação.

-DA IMPOSSIBILIDADE DE SUBVINCULAÇÃO NA APLICAÇÃO DE RECURSOS


DE NATUREZA EXTRAORDINÁRIA DO FUNDEF À REMUNERAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
fls. 908

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Como visto, o Autor em verdade questiona a validade do item 9.2.2 do


Acórdão n° 1.824/2017 do Plenário do Tribunal de Contas da União, que afastou a

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vinculação à remuneração dos profissionais do magistério do mínimo de 60% dos
recursos do FUNDEF (sucedido pelo FUNDEB), relativos às diferenças obtidas
judicialmente quanto à complementação devida pela União.
Segundo o que consta na petição inicial, a não destinação de 60% do valor
contido no precatório aos profissionais da educação violaria o disposto no artigo 60,
inciso XII, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e o artigo 7º, da Lei
Federal nº 9.424/1996.
Sobre o tema, cumpre notar que o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação — FUNDEB foi instituído pela Emenda Constitucional n° 53, de 19 de
dezembro de 20065, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério — FUNDEF. Trata-se de
mecanismo de ampla distribuição de recursos vinculados à educação básica no País,
que viabiliza o repasse de recursos financeiros aos entes governamentais com base
no número de alunos matriculados em seus sistemas de ensino, de acordo com seus
respectivos âmbitos de atuação prioritária.
A composição do fundo, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal,
consiste em montante integrado por 20% (vinte por cento) de determinados impostos
e transferências constitucionais, bem como da complementação da União, cujo
objetivo é assegurar o valor mínimo nacional por aluno, definido a cada ano, aos entes
federados que não conseguirem, com seus próprios recursos, atingir esse patamar. A
propósito, confira-se o teor do artigo 3° da Lei n° 11.494, de 20 de junho de 2007, a
qual regulamenta o artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:
Art. 3° Os Fundos; no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, são
compostos por 20% (vinte por cento) das seguintes fontes de receita:
I - imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer
bens ou direitos previsto no inciso I do com!' do art. 155 da
Constituição Federal;
II - imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transportes interestadual e
intermunicipal e de comunicação previsto no inciso II do capul do art.
155 combinado com o inciso IV do capul do art. 158 da Constituição
Federal;
fls. 909

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III - imposto sobre a propriedade de veículos automotores previsto no


inciso III do capta do art. 155 combinado com o inciso III do caiou, do
art. 158 da Constituição Federal;

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IV - parcela do produto da arrecadação do imposto que a União
eventualmente instituir no exercício da competência que lhe é
atribuída pelo inciso I do caput do art. 154 da Constituição Federal
prevista no inciso II do caput do art. 157 da Constituição Federal;
V - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade
territorial rural, relativamente a imóveis situados nos Municípios,
prevista no inciso II do caput do art. 158 da Constituição Federal;
VI - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos
industrializados devida ao Fundo de Participação dos Estados e do
Distrito Federal — FPE e prevista na alínea a do inciso I do caput do
art. 159 da Constituição Federal e no Sistema Tributário Nacional de
que trata a Lei n°5.172, de 25 de outubro de 1966;
VII - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre renda e
proventos de qualquer natureza e do imposto sobre produtos
industrializados devida ao Fundo de Participação dos Municípios —
FPM e prevista na alínea b do inciso I do caput do art. 159 da
Constituição Federal e no Sistema Tributário Nacional de que trata a
Lei n°5.172, de 25 de outubro de 1966;
VIII - parcela do produto da arrecadação do imposto sobre produtos
industrializados devida aos Estados e ao Distrito Federal e prevista no
inciso Il do capuz' do art. 159 da Constituição Federal e na Lei
Complementar n° 61, de 26 de dezembro de 1989: e
IX - receitas da dívida ativa tributária relativa aos impostos previstos
neste artigo, bem como juros e multas eventualmente incidentes.
§ 1º Inclui-se na base de cálculo dos recursos referidos nos incisos do
caput deste artigo o montante de recursos financeiros transferidos pela
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, conforme
disposto na Lei Complementar n° 87, de 13 de setembro de 1996.
§ 2º Além dos recursos mencionados nos incisos do caput e no § 1'
deste artigo, os Fundos contarão com a complementação da União,
nos termos da Seção II deste Capítulo.

Destarte, o FUNDEB se caracteriza como fundo especial, de natureza


contábil e de âmbito estadual, formado por receitas especificas, cuja destinação se
refere à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública e à
valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna remuneração,
nos termos do artigo 60, caput, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e
do artigo 2° da Lei n° 11.494/2007.
Em decorrência de sua natureza jurídica, o valor a ser repassado aos entes
federados resulta do montante efetivamente arrecadado, de modo que as variações
fls. 910

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nos valores do repasse decorrem das oscilações atinentes à arrecadação. Sendo


assim, como a arrecadação das receitas que compõem o referido fundo se sujeita ao

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comportamento da própria atividade econômica, as variações nos valores repassados
são comuns, fator decorrente do caráter dos recursos que integram seu montante.
As variações nos valores repassados advêm, ainda, de alterações no
número de alunos da educação básica pública', tendo em vista que a distribuição dos
recursos do FUNDEB é realizada com base nos dados do último censo escolar, sendo
computados os alunos matriculados nos respectivos âmbitos de atuação prioritária,
conforme preceitua o artigo 211 da Constituição Federal. Eis o teor desse dispositivo
constitucional:
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1° A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,
financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em
matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a
garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo
de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
§ 2° Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e
na educação infantil. § 3' Os Estados e o Distrito Federal atuarão
prioritariamente no ensino fundamental e médio.
§ 4° Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de
modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
§ 5° A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino
regular.
Nesse sentido, com base no número de alunos matriculados em cada
Estado, é criado um valor mínimo per capita a ser assegurado como investimento no
ano. Esse valor mínimo aluno/ano de cada Estado é calculado de acordo com os
recursos provenientes da contribuição dos Estados e Municípios (sem os recursos de
complementação da União, previstos no artigo 4° da Lei n° 11.494/2007), o número
de alunos e os fatores de ponderação, devendo ser definido anualmente pela
Comissão Intergovemamental de Financiamento para a Educação Básica de
Qualidade, conforme previsto no artigo 13, inciso I, da Lei n° 11.494/2007.
Uma vez definido o valor por aluno/ano no âmbito de cada Estado, deve-se
atentar se essa quantia não é inferior ao valor mínimo nacional por aluno/ano, pois,
se isso ocorrer, torna-se necessária a garantia de recursos federais a título de
complementação ao fundo no âmbito do Estado. Dessa forma, haverá
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complementação da União apenas naqueles Estados onde o valor per capita se situe
abaixo do mínimo nacional.

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Na hipótese em exame nesta lide, a verdade é que o autor quer rediscutir
NÃO a forma como o Município de Maceió vai aplicar o recurso oriundo do precatório
nº 20198000013200087 – PRC178329-AL , MAS SIM a parte da decisão proferida
pelo Tribunal de Contas da União nos autos da Representação n° 005.506/2017-4, na
qual se apurava possíveis irregularidades na destinação do pagamento de precatórios
aos Municípios que faziam jus a diferenças na complementação devida pela União no
âmbito do FUNDEF/FUNDEB.
Na referida ocasião, a Corte de Contas decidiu que não cabe a vinculação
à remuneração dos profissionais do magistério do mínimo de 60% dos recursos do
FUNDEF/FUNDEB relativos às diferenças obtidas judicialmente na complementação
devida pela União (artigo 22 da Lei n° 11.494/2007), considerando que a destinação
exclusiva dessa verba extraordinária a tal finalidade poderia resultar em graves
implicações futuras quando exauridos esses recursos.
Conforme ressaltado no acórdão sob invectiva, "em termos práticos, devido
ao expressivo montante a ser recebido pelos municípios, tem-se como real a
possibilidade de aumentos totalmente desproporcionais aos profissionais do
magistério, havendo inclusive o risco de superação do teto remuneratório
constitucional, caso se aplique a literalidade do supracitado normativo. Quando se
esvaírem os recursos extraordinariamente recebidos, não poderão os municípios
reduzir salários em virtude da irredutibilidade salarial" (documento eletrônico n° 05, p.
24).
Ademais, eventual incremento na remuneração dos profissionais do
magistério deve ser acompanhado de estudos sobre o impacto orçamentário-
financeiro, bem como deve guardar compatibilidade com as leis orçamentárias,
inclusive com o plano plurianual, nos termos dos artigos 15, 16 e 21 da Lei
Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Eis
o teor dos referidos dispositivos:
Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao
patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação
que não atendam o disposto nos mis. 16 e 17.
Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado
de:
fls. 912

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I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que


deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem

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adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 1° Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:
I - adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de
dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito
genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma
espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho,
não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;
II - compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes
orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes,
objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não
infrinja qualquer de suas disposições.
§ 2° A estimativa de que trata o inciso Ido caput será acompanhada
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.
§ 3° Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada
irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4° As normas do caput constituem condição prévia para:
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução
de obras;
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3° do art.
182 da Constituição.
(...)
Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da
despesa com pessoal e não atenda:
I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o
disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1' do art. 169 da Constituição;
II - o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com
pessoal inativo.
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte
aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão
referido no art. 20.

Vale destacar, ainda, que o artigo 22 da Lei n° 11.494/2007, ao prever que


pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos fundos sejam
destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica pública, incide somente sobre os recursos ordinários anuais. De
fato, consoante as informações prestadas pelo Tribunal de Contas da União na ADPF
fls. 913

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nº 528 (fl. 24), mostra-se inviável sua aplicabilidade em caso de montantes


extraordinários "devido à ausência de continuidade dos recursos recebidos em

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contraposição à perpetuidade de possíveis aumentos concedidos aos profissionais do
magistério".
O Acórdão 1.824/2017-TCU-Plenário, em decisão densa e muito bem
fundamentada, desobriga os gestores públicos de cumprir a subvinculação
constitucional e legal de aplicar, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos valores a
serem recebidos via precatório, para pagamento dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício. Veja-se o excerto do relatório condutor do
decisum impugnado, que apresenta a análise realizada pela Secex Educação acerca
do tema, a qual foi acolhida e incorporada às razões de decidir do Ministro-Relator do
feito, verbis:
(III.1) SUBVINCULAÇÃO NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO
FUNDEF E UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS NO EXERCÍCIO
FINANCEIRO EM QUE FOREM CREDITADOS 101. Diante da
conclusão de que os recursos devidos pela União aos municípios – no
âmbito da Ação Civil Pública (ACP) 1999.61.00.050616-0, referente à
complementação da União em função do VMAA – devem seguir
vinculados à finalidade do Fundef/Fundeb, surge a questão quanto à
necessidade de subvinculação na aplicação dos recursos oriundos de
tal ACP.
102. A subvinculação ora em comento diz respeito ao previsto no art.
7º da Lei 9.424/1996 e cuja a essência foi mantida no art. 22 da Lei
11.494/2007: “Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos
anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em
efetivo exercício na rede pública.
103. Consultado a respeito do tema (peça 13), o FNDE se posicionou
no sentido de que não cabe, contudo, a prevalência da subvinculação
do percentual de 60% do Fundef à remuneração dos profissionais do
magistério. Após a exposição de suas razões, apresentou a seguinte
conclusão:
21. Não se afigura, pois, coerente que, contrariando a legislação
de regência e as metas e estratégias previstas no PNE, 60% de
um montante exorbitante, que poderia ser destinado à melhoria
do sistema de ensino no âmbito de uma determinada
municipalidade, seja retido para favorecimento de determinados
profissionais, sob pena de incorrer em peremptória
desvinculação de uma parcela dos recursos que deveriam ser
direcionados à educação. Isto porque a sua destinação aos
profissionais do magistério, no caso das verbas de precatórios,
configuraria favorecimento pessoal momentâneo, não
valorização abrangente e continuada da categoria, fazendo
perecer o fundamento utilizado para a subvinculação, de
melhoria sustentável nos níveis remuneratórios praticados.
fls. 914

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22. Nesses termos, considerando-se a finalidade dos preceitos


que objetivam a valorização dos profissionais do magistério, as
metas e estratégias do Plano Nacional de Educação e, por fim,

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o risco iminente de enriquecimento sem causa, em vista dos
elevados montantes constantes dos precatórios das ações
relacionadas ao FUNDEF, não se afigura plausível, s.m.j., à luz
dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, a
subvinculação dos recursos dos precatórios à “remuneração”
dos profissionais do magistério. (Peça 15, p.16).
104. Nesse sentido, também se posicionou o TCM/BA, por meio da
Resolução 1346/2016: “Art. 2º Em estrita obediência ao princípio
constitucional da razoabilidade, a proporção prevista no art. 22 da Lei
Federal nº 11.494/2007 não se aplica, obrigatoriamente, à utilização
dos recursos de que trata o artigo anterior” (peça 7, p. 3).
105. Em termos práticos, devido ao expressivo montante a ser
recebido pelos municípios, tem-se como real a possibilidade de
aumentos totalmente desproporcionais aos profissionais do
magistério, havendo inclusive o risco de superação do teto
remuneratório constitucional, caso se aplique a literalidade do
supracitado normativo. Quando se esvaírem os recursos
extraordinariamente recebidos, não poderão os municípios reduzir
salários em virtude da irredutibilidade salarial.
106. Cabe registrar, ainda, que qualquer gasto com remuneração dos
profissionais do magistério (criação ou expansão), deve obedecer
estritamente aos dispositivos da Lei Complementar 101/2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal), especialmente os arts. 15, 16 e 21, no
sentido que tal despesa deve ser acompanhada de estudos sobre o
impacto orçamentário-financeiro e compatibilidade com as leis
orçamentárias, inclusive com o plano plurianual.
107. Assim, além dos relevantes argumentos do TCM/BA e do FNDE,
é importante ressaltar que se torna impossível a obediência absoluta
à tal subvinculação em virtude de os recursos advindos de decisão
judicial não representarem um aumento permanente de recursos aos
municípios. Assim, caso esses recursos sejam utilizados para o
pagamento de pessoal, haverá graves implicações futuras quando
exauridas as verbas de origem extraordinária, com potencial
comprometimento de diversas disposições constitucionais, tais como
a irredutibilidade salarial, e o teto remuneratório constitucional.
108. Nesse mesmo sentido, tem-se que o supramencionado art. 22 da
Lei 11.494/2007 estabelece que “recursos anuais totais dos Fundos
serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do
magistério”. Desse modo, percebe-se que o normativo incide tão
somente sobre os recursos ordinários anuais. Assim, resta prejudicada
sua aplicação em casos de montantes extraordinários devido à
ausência de continuidade dos recursos recebidos em contraposição à
perpetuidade de possíveis aumentos concedidos aos profissionais do
magistério.
109. Em linha com tal entendimento, entende-se que a regra existente
no art. 21 da Lei 11.494/2007, segundo a qual os recursos do Fundeb
“serão utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios, no exercício financeiro em que lhes forem creditados”,
fls. 915

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deve ser interpretada de forma sistêmica, em conformidade com art.


22, supracitado. Ou seja, em se tratando de recursos extraordinários,
que fogem ao correto planejamento municipal, tal regra deve ser

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flexibilizada, de modo a permitir que os gestores possam definir
cronograma de despesas que englobe mais de um exercício.
110. Desse modo, com fulcro no art. 30, I, III e IV, da Lei 11.494/2007
(Lei do Fundeb), propõe-se determinar ao MEC que expeça orientação
aos municípios interessados no sentido de:
a) utilizarem tais recursos cientes de que, a despeito de os recursos
recebidos a título de complementação da União no Fundef,
reconhecidos judicialmente, permaneçam com sua aplicação
vinculada à educação – conforme determina o art. 60 da ADCT e o art.
21 da Lei 11.494/2007 –, a subvinculação estabelecida no art. 22 da
Lei 11.494/2007 torna-se prejudicada, haja vista que a destinação de
60% dos recursos mencionados para o pagamento da remuneração
dos profissionais do magistério da educação básica pode resultar em
graves implicações futuras quando exauridos tais recursos, havendo
potencial afronta a disposições constitucionais – tais como a
irredutibilidade salarial, o teto remuneratório constitucional e os
princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da economicidade
– e legais, em especial os arts. 15, 16 e 21 da Lei Complementar
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);
b) utilizarem tais recursos cientes de que a aplicação da totalidade
deles pode ser definida em cronograma de despesas que englobe
mais de um exercício financeiro.

De fato, segundo se depreende da análise acima reproduzida, o Tribunal


de Contas da União, na mesma linha de entendimento do FNDE, se posicionou no
sentido de que não cabe a prevalência da subvinculação do percentual de 60% do
Fundef à remuneração dos profissionais do magistério, “haja vista que a destinação
de 60% dos recursos mencionados para o pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica pode resultar em graves implicações
futuras quando exauridos tais recursos, havendo potencial afronta a disposições
constitucionais – tais como a irredutibilidade salarial, o teto remuneratório
constitucional e os princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da
economicidade – e legais, em especial os arts. 15, 16 e 21 da Lei Complementar
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal)”.
Ressalte-se, ainda, que tal questão foi elucidada no voto condutor do
Acórdão 1.962/2017-TCU-Plenário, que deu provimento aos embargos de declaração
opostos contra o Acórdão 1.824/2017-TCU-Plenário, verbis:
Estão devidamente claras as razões pelas quais não deve ser
observada a subvinculação do percentual de 60% (sessenta por cento)
fls. 916

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para fins de remuneração dos professores, e delas não se extrai


qualquer contradição com as demais razões de decidir adotadas pelo
Acórdão embargado. Os embargantes demonstram, apenas,

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inconformismo com a adoção de tese que não é aquela de sua
preferência.
Por fim, em decorrência do saneamento da omissão em relação ao
tema da subvinculação, entendo necessário dar efeitos infringentes
aos presentes embargos também em relação ao item 9.2.2.1 da
decisão recorrida, para melhor facilitar o cumprimento da deliberação
desta Corte.
Esse item trata da obrigatoriedade de recolhimentos dos recursos à
conta específica do Fundeb, e foi vazado nos seguintes termos:
“9.2.2. aos recursos provenientes da complementação da União
ao Fundef/Fundeb, ainda que oriundos de sentença judicial,
devem ser aplicadas as seguintes regras:
(...)
9.2.2.1. recolhimento integral à conta bancária do Fundeb,
prevista no art. 17 da Lei 11.494/2007, a fim de garantir-lhes a
finalidade e a rastreabilidade;”
Ocorre, porém, que não se revela recomendável misturar os
recursos advindos de precatórios com os recursos ordinários da
Fundeb, especialmente porque, como visto, são verbas que
deverão ter regras de aplicação distintas. Os recursos
ordinários, ou seja, aqueles que se repetem ano a ano, devem
se sujeitar, por exemplo, à subvinculação estabelecida no art. 22
da Lei 11.494/2007. Já os recursos de natureza extraordinária,
como este tratado nos autos, não possuem essa subvinculação
específica.

Cumpre destacar, ainda, a análise empreendida pela SecexEducação,


elaborada recentemente no intuito de prestar esclarecimentos referentes às questões
alegadas na ADPF 528, extremamente elucidativa quanto a não vinculação da verba
decorrente de precatório ao pagamento dos servidores profissionais da educação.
Vejamos:
Memorando 6/2018-SecexEducação, de 16/08/2018 (doc. anexo)
“(...)
II – DA DECISÃO ATACADA (Acórdão 1824/2017–TCU–Plenário)
5. O acórdão questionado por meio da ADPF 528 analisou
representação interposta conjuntamente pelo Ministério Público
Federal, pelo Ministério Público do Estado do Maranhão e pelo
Ministério Público de Contas do Maranhão, com pedido de medida
cautelar, acerca de irregularidades na destinação de recursos do
Fundef/Fundeb provenientes de precatórios. 6. Segundo os autores de
tal ADPF, o Acórdão 1824/2017 teria descumprido preceitos
constitucionais fundamentais em razão de ter desobrigado “os entes
fls. 917

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federados de respeitarem a vinculação de no mínimo 60% dos


recursos do FUNDEF/FUNDEB para pagamento de profissionais do
magistério, relativos às diferenças obtidas judicialmente na

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complementação devida pela União”.
7. Ocorre que o referido acórdão – embora tenha definido que a
aplicação dos recursos da complementação da União ao
Fundef/Fundeb deva ser destinada exclusivamente a gastos na área
da Educação (nos termos do art. 21, da Lei 11.494/2007, e da art. 60
do ADCT) – não firmou qualquer entendimento em relação à
subvinculação de 60% (matéria questionada na ADPF 528). É o que
se observa no texto do acórdão:
[excerto do acórdão já colacionado acima]
8. Conforme se observa, não houve no acórdão atacado a menção à
questão da subvinculação de 60%. Todavia, esse tema, de fato, foi
abordado na instrução da unidade técnica incorporada ao relatório do
supracitado acórdão. Em razão de tal omissão, houve a apresentação
de embargos de declaração a fim de esclarecer o posicionamento do
TCU a respeito da matéria.
9. Os referidos embargos de declaração foram apreciados por meio do
Acórdão 1962/2017– TCU–Plenário, de relatoria do Min. Walton
Alencar, no qual o TCU decidiu que, in verbis: “9.2.1.2. a natureza
extraordinária dos recursos advindos da complementação da União
obtida pela via judicial afasta a subvinculação estabelecida no art. 22
da Lei 11.494/2007” (grifos inseridos).
10. Como se observa, o Acórdão que sedimentou o entendimento do
TCU em relação à matéria objeto da ADPF foi o Acórdão 1962/2017–
TCU–Plenário. O trecho acima transcrito deixa evidente que a
motivação da decisão do TCU reside na extraordinariedade dos
recursos recebidos pela via judicial relacionados à complementação
da União ao Fundef/Fundeb.
11. O acórdão, de forma acertada, deixa claro que a subvinculação
dos recursos do Fundef/Fundeb (segundo a qual 60% dos recursos do
fundo devem ser direcionados para pagamento de profissionais do
magistério) só se aplica em relação aos recursos ordinários.
12. É exatamente isso que o art. 22 da Lei 11.494/2007 prescreve:
“Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos
Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício
na rede pública”.
13. Como se observa, o Acórdão 1962/2017–TCU–Plenário apenas
reforçou o que a própria legislação de regência do Fundeb determina
quando condiciona expressamente a subvinculação aos recursos
anuais, ordinários.
14. Outro aspecto a ser destacado é que o supratranscrito art. 22 da
lei do Fundeb destaca claramente que os recursos anuais do fundo
seriam destinados ao “pagamento da remuneração dos profissionais
do magistério”. Ora, o conceito de remuneração, segundo a Lei
8112/1990 é assim disposto: “Art. 41. Remuneração é o vencimento
fls. 918

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do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes


estabelecidas em lei.” (grifos inseridos).
15. Assim, em se tratando de remuneração, há diversas disposições

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constitucionais a serem observadas, tal como a irredutibilidade
remuneratória (Constituição Federal, art. 37, XV) e o teto
remuneratório (Constituição Federal, art. 37, XV), além dos princípios
da razoabilidade, proporcionalidade e da responsabilidade fiscal (limite
de gasto com pessoal estabelecido na Lei Complementar 101/2000).
16. Além disso, vale pontuar que o conceito de remuneração não
abriga pagamentos pontuais, tais como abonos ou indenizações, que
poderiam ser criados com a única finalidade de cumprir a
subvinculação do art. 22 da Lei do Fundeb.
17. Diante de todo o exposto, a decisão do TCU, sob o enfoque legal,
afastou a subvinculação prevista no art. 22 da Lei 11.494/2007 em
razão de os recursos da complementação da União ao Fundef/Fundeb
obtidos pela via judicial serem extraordinários. Essa origem
extraordinária dos recursos possui duas claras consequências à
destinação desses recursos: a) tais recursos não se enquadram ao
previsto no citado dispositivo legal que limitou a aplicação da
subvinculação apenas aos recursos ordinários anuais do
Fundef/Fundeb; e b) tais recursos não obrigam a concessão aumentos
na remuneração de profissionais do magistério, nem de pagamentos
avulsos a eles, visto que o conceito de remuneração engloba apenas
o vencimento e as vantagens pecuniárias permanentes a que os
profissionais têm direito.
III – DOS ASPECTOS CONSTITUCIONAIS ENVOLVIDOS
18. Em se tratando de informações prestadas ao STF em julgamento
de ADPF, considera-se relevante pontuar alguns aspectos
constitucionais que motivaram a decisão do TCU.
19. Dois dos princípios constitucionais avocados na fundamentação
do Acórdão do TCU foram: a irredutibilidade remuneratória
(Constituição Federal, art. 37, XV) e o teto remuneratório (Constituição
Federal, art. 37, XV).
20. O voto do Ministro Relator Walton Alencar, condutor do Acórdão
1962/2017 – Plenário, ao incorporar a instrução da SecexEducação
como suas razões de decidir, bem comprova isso:
[excerto do voto já colacionado acima]
21. Como se observa, esses dois princípios constitucionais tornam
impossível que uma verba extraordinária justifique aumentos
remuneratórios que, além de superar o teto constitucional, gerariam
consequências paras as próximas décadas em virtude da
irredutibilidade remuneratória.
22. Desse modo, a decisão do TCU não descumpriu qualquer preceito
fundamental, do contrário, dirimiu dúvidas que poderiam pairar em
relação à aplicação de tais recursos extraordinários, prevenindo a
afronta a diversos princípios constitucionais.
23. Outros princípios levados em consideração foram a razoabilidade
e a proporcionalidade. Em relação a isso, ressalta-se que outros
fls. 919

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órgãos, como o FNDE e o TCM/BA manifestaram-se de modo similar.


Esses princípios também foram mencionados no referido voto do Min.
Walton Alencar ao transcrever o seguinte trecho da instrução da

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SecexEducação:
[excerto do voto já colacionado acima]
24. Conforme se observa, o TCU levou em consideração diversos
aspectos constitucionais ao decidir a questão. A afirmação, aventada
na ADPF 528, de que houve violação ao direito fundamental da
educação, não merece prosperar, visto que, em linha com o afirmado
pelo FNDE no trecho acima transcrito, tem-se que não é razoável que
o montante que “poderia ser destinado à melhoria do sistema de
ensino no âmbito de uma determinada municipalidade, seja retido para
favorecimento de determinados profissionais”. Ou seja, em verdade,
corroborando o entendimento do FNDE, a decisão do TCU buscou
melhor viabilizar o direito fundamental à educação, de forma alguma o
violando.
25. Por fim, o princípio da responsabilidade fiscal também foi
enfatizado na instrução da SecexEducação e, por conseguinte, no
voto condutor do Acórdão 1962/2017–TCU–Plenário. Eis o trecho:
[excerto do voto já colacionado acima]
26. Dessa forma, ainda que fosse possível aplicar parte dos recursos
extraordinários recebidos na via judicial na remuneração de
professores, há que se ressalvar a necessidade de observância dos
dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal acima elencados (Lei
Complementar 101/2000).
27. Por todo o exposto, do ponto de vista constitucional, a decisão do
TCU se mostra acertada, pois visa garantir o cumprimento de diversas
disposições constitucionais além de dar segurança jurídica aos
gestores que receberão esses recursos extraordinários. Tanto é assim
que o Min. Luís Roberto Barroso, do STF, negou liminar em Mandado
de Segurança impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Estado do Pará – SINTEPP, em razão da
razoabilidade dos argumentos do TCU, conforme se observa na
ementa da decisão:
DIREITO ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.
ATO DO TCU. SUBVINCULAÇÃO PARA REMUNERAÇÃO DE
PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO. RECURSOS
EXTRAORDINÁRIOS.
1. Em sede de cognição sumária, os argumentos apresentados
para afastar a subvinculação do art. 22 da Lei nº 11.494/2007
são relevantes e possuem ampla razoabilidade, o que faz com
que não esteja presente, neste momento processual, a
probabilidade de existência do direito invocado pelo impetrante.
2. Não há demonstração concreta de que os recursos iriam ser
utilizados imediatamente para outras despesas.
3. Medida liminar indeferida.
(STF. MS: 35675 DF - DISTRITO FEDERAL 0070050-
35.2018.1.00.0000, Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Data
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de Julgamento: 17/05/2018, Data de Publicação: DJe-098


21/05/2018)
O referido entendimento foi adotado pelo Ministro Roberto Barroso ao

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indeferir a liminar no Mandado de Segurança n° 35.675, no qual se discutia o mesmo
ato e matéria analisados na presente arguição, tendo sido extinto, posteriormente, em
razão do pedido de desistência formulado pelo impetrante.
Veja-se, a propósito, o seguinte trecho da referida decisão:
13. Não vislumbro plausibilidade nas alegações. No caso, a
representação em apreço (Processo n° TC 005.506/2017-4) foi
instaurada para se evitar o pagamento de honorários
advocatícios contratuais pelos municípios do Estado do
Maranhão por meio de precatórios referentes às diferenças na
complementação devida pela União no Fundef/Fundeb. Tendo
em conta o disposto nos arts. 21 e 22 da Lei n° 11.494/2007, a
Corte de Contas acabou por analisar, também, a aplicação de
60% dos recursos para o pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério (art. 22). O voto condutor do julgado
(acórdão 1.824/2017) acolheu e incorporou a análise efetuada
pela Secex-Educação, que assentou o seguinte:
(...)
15. Em sede de cognição sumária, os argumentos postos acima
são relevantes e possuem ampla razoabilidade, o que faz com
que não esteja presente, neste momento processual, a
probabilidade de existência do direito invocado pelo impetrante.
É verdade que, no julgamento das ações civis ordinárias n's 648,
660, 669 e 700, o pleno desta Corte, ao confirmar a condenação
da União ao pagamento da diferença do Fundef/Fundeb,
manteve a vinculação da receita à educação. Esse fato, todavia,
não importa em reconhecer de forma automática que deva ser
mantida a subvinculação de 60% para pagamento de
remuneração dos profissionais do magistério como requer a
impetrante.
16. A probabilidade do direito invocado é esvaziada,
principalmente, por conta de dois argumentos. Em primeiro
lugar, o art. 22 da Lei n" 11.494/2007 faz expressa menção a
60% dos 'recursos anuais', sendo razoável a interpretação que
exclui de seu conteúdo recursos eventuais ou extraordinários,
como seriam os recursos objeto deste mandado de segurança.
Em segundo lugar, a previsão legal expressa é de que os
recursos sejam utilizados para o pagamento da 'remuneração
dos professores no magistério', não havendo qualquer previsão
para a concessão de abono ou qualquer outro favorecimento
pessoal momentâneo, e não valorização abrangente e
continuada da categoria.
Desse modo, constata-se que o posicionamento firmado no item 9.2.2 do
Acórdão n° 1.824/2017 do Plenário do Tribunal de Contas da União compatibiliza-se
com o Texto Constitucional, na medida em que assegura o emprego dos recursos em
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exame na manutenção e desenvolvimento da educação básica pública, evitando,


contudo, o favorecimento momentâneo de determinados profissionais diante da

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inexistência de lastro permanente para custear essas despesas.
Por tais razões, não merecem guarida as pretensões do autor, em destinar
ao menos 60% dos recursos oriundos do precatório nº 20198000013200087 –
PRC178329-AL aos profissionais do magistério da educação básica em efetivo
exercício, seja por ser inconstitucional, seja por ser ilegal, seja porque contrariar
decisão firmada pelo TCU; seja porque escolheu a via errada (ação civil pública), a
Justiça errada (Justiça Estadual, quando deveria ser a Federal) e o réu errado (o
Município de Maceió, quando deveria ser este e a União Federal) para rediscutir
matéria já decidida pelo Tribunal de Contas da União.

-DA INCONSTITUCIONALIDADE / AUMENTO DE VENCIMENTOS SEM PREVISÃO


LEGAL

Apesar de acima já ter sido abordado sobre a questão da


inconstitucionalidade/ilegalidade da aplicação dos recursos oriundos do precatório no
pagamento de vencimentos dos servidores, abre-se este tópico como forma de ser
ainda mais claro.
O artigo 37, inciso X da Constituição Federal, ao mesmo tempo que
assegura a revisão geral anual aos servidores, estabelece que esta somente poderá
ser feita por lei específica. Por isso, deve ser observado o disposto no artigo 61,
parágrafo 1º, inciso II, alínea “a”, da Carta Magna, que estabelece ser de iniciativa
privativa do chefe do Poder Executivo as leis que disponham sobre o aumento de
remuneração dos cargos, funções ou empregos públicos, na administração direta e
autárquica.
Assim, reajustes de remuneração de servidores públicos do Poder
Executivo só podem ser efetivados mediante lei específica de iniciativa do chefe do
Poder Executivo. Portanto, não cabe ao Poder Judiciário implementar a revisão ou
aumento de vencimentos do funcionalismo, sob pena de violação ao princípio da
separação de Poderes.
O que o autor quer é nada mais nada menos que um verdadeiro aumento
salarial para os servidores profissionais do magistério da educação básica que
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estavam em efetivo exercício. Afinal, não há como desvincular seu pleito de uma
natureza jurídica salarial.

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Porém, a verdade é outra. É a de que a natureza jurídica da verba em
questão é extraordinária, decorrente de uma ação judicial e não de um repasse
espontâneo da União e, portanto, não segue a regra de vinculação com o pagamento
de remuneração de servidores.
Como bem entende o Tribunal de Contas da União, nos acórdãos n.
1.824/2017 e 1.962/2017:
Nesse mesmo sentido, tem-se que o supramencionado art. 22 da Lei
11.494/2007 estabelece que “recursos anuais totais dos Fundos serão
destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do
magistério”. Desse modo, percebe-se que o normativo incide tão
somente sobre os recursos ordinários anuais. Assim, resta prejudicada
sua aplicação em casos de montantes extraordinários devido à
ausência de continuidade dos recursos recebidos em contraposição à
perpetuidade de possíveis aumentos concedidos aos profissionais do
magistério.

Assim, resta prejudicada sua aplicação ao pagamento de salários, por ser


montante extraordinários, devido à ausência de continuidade dos recursos recebidos,
em contraposição à perpetuidade de possíveis aumentos concedidos aos profissionais
do magistério.
Dessa maneira, seguindo o melhor entendimento já firmado pelos tribunais
de contas, inclusive o TCU, a regra existente no art. 21 da Lei 11.494/2007, segundo
a qual os recursos do Fundeb “serão utilizados pelos Estados, pelo Distrito Federal e
pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes forem creditados”, deve ser
interpretada de forma sistêmica, em conformidade com art. 22 da mesma norma. Ou
seja, em se tratando de recursos extraordinários, que fogem ao correto planejamento
municipal, tal regra deve ser flexibilizada, de modo a permitir que os gestores possam
definir cronograma de despesas que englobe mais de um exercício.
Portanto, em face do princípio da legalidade e da impossibilidade de
aumento de remuneração sem previsão legal, bem como da natureza jurídica de
caráter extraordinário da verba presente no precatório nº 20198000013200087 –
PRC178329-AL, pugna pela improcedência da ação.

CONCLUSÃO
fls. 923

.
Município de Maceió

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Procuradoria Geral do Município

Procuradoria Judicial

Diante de todo o exposto, pugna pelo acolhimento das preliminares acima


apresentadas, primeiro a de suspensão do julgamento desta ação, com o fito de

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causar decisões conflituosas, conforme exposto na fundamentação daquela
preliminar. Em seguida, após o julgamento pugna pela retomada da marcha
processual e, assim, a apreciação e acolhimento das demais preliminares, com a
consequente extinção da ação, se julgamento do mérito.
Por fim, caso sejam superadas as preliminares, no mérito, requer a total
improcedência da ação, mantendo-se a desvinculação e desobrigação de destinação
da verba oriunda do precatório nº 20198000013200087 – PRC178329-AL ao
pagamento dos servidores profissionais do magistério da educação básica em efetivo
exercício, respeitando-se a decisão do TCU (Processo n° TC 005.506/2017-4,
Acórdão 1.824/2017-TCU-Plenário) que afastou a subvinculação do art. 22 da Lei
11.494/2007, conforme já decidido, inclusive, pelo Min. Roberto Barroso, nos autos do
Mandado de Segurança n° 35.675.
Pugna que seja deferida a juntada de prova documental suplementar.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em
direito e que se fizerem necessários, em especial, pela juntada posterior de
documentos.
São os termos em que pede deferimento.
Maceió, 09 de setembro de 2020.

FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO


Procurador do Município
OAB/AL Nº 12.175-A
fls. 924

Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal


Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45F863F.
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001


Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:25 .
CERTIFICO, para os devidos fins, que conforme comprovação
em anexo, encaminhei via e-mail a decisão interlocutória de fls. 875 à 879 ao banco do
Brasil e a 13ª Vara Federal.

O referido é verdade, do que dou fé.

Maceió, 29 de julho de 2020.

João Victor de Melo Baía


Protocolista Cartorário

Mod. Genérico
fls. 925

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45F8643.
fls. 926

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:25 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 45F8643.
fls. 927

SETOR PÚBLICO MACEIÓ (AL)


Maceió-AL, 05 de Agosto de 2020

Processo n°: 0714901-97.2020.8.02.0001


Ofício n° : DECISÃO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4628275.
Requerente : Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Requerido : Município de Maceió

Meritíssimo(a) Juiz(a)

Em atendimento à requisição de Vossa Excelência, por meio do ofício expedido nos autos do
processo em epígrafe, informamos que os valores referentes ao Precatório PRC178329-AL
(20198000013200087) – TRF 5ª Região foi levantado pelo Município de Maceió, CNPJ n°

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:25 .
12.200.135/0001-80 em 10/07/2020, não restando saldo disponível para bloqueio.

Enviamos em anexo extrato da Conta Judicial n° 3900126159836, assim como comprovante de


resgate.

Declaramos que as informações constantes deste documento e de seus eventuais anexos,


requisitados ao Banco do Brasil S.A., estão protegidos pela Lei Complementar n° 105, de
10/01/2001, que dispõe sobre o sigilo das operações e serviços prestados pelas Instituições
Financeiras, cuja integridade e preservação ora transferimos para essa Autoridade.

Colocamo-nos à disposição para eventuais esclarecimentos, aproveitando o ensejo para enviar


protestos de elevada estima e consideração.

Respeitosamente,

Banco do Brasil S.A. - Agência 3557-2 Setor Público Maceió.


Rua do Livramento, 120, 6º andar, Centro.
Maceió – AL.
57020-913

Denize Costa Jessyca Oliveira


Gerente de Módulo ee Caixa

M.M. Juiz(a) de Direito,


14ª Vara Cível da Capital/ Fazenda Municipal
Tribunal de Justiça de Alagoas
fls. 928
Comprovante de Resgate Precatório Federal
------------------------------------------------
Numero de Protocolo : 00000000048006337
Processo : 08072608220174058000
Precatorio : 03388354120194050000
Numero do Alvará : SEM ALVARA
Data do Alvará : 10/07/2020
Data do Levantamento : 10/07/2020
Beneficiário : MUNICIPIO DE MACEIO
CPF/CNPJ : 12.200.135/0001-80

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4628275.
Agência do Resgate : 3557 SETOR PUBLICO AL
------------------------------------------------
DADOS DO RESGATE
Valor do Capital : R$ 300.716.573,89
Valor dos Rendimentos: R$ 205.141,02
Valor Bruto Resgate : R$ 300.921.714,91
Valor do IR : R$ 0,00
Valor Líquido Resgate: R$ 300.921.714,91
DADOS DO CRÉDITO
Finalidade : Resgate Centralizado
INFORMAÇOES ADICIONAIS
Fonte Pagadora : Banco do Brasil S.A.
CNPJ : 00.000.0000/0001-91

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:25 .
Código de Retenção : 5928
Conta Resgatada : 3900126159836
================================================
Autenticação Eletrônica: 4B91D6E913342AE7
Acesse seus comprovantes diretamente no site
www.bb.com.br, no menu Judiciário > Serviços
Exclusivos > Depósito Judicial > Comprovantes.
Clientes BB também podem acessar no Autoatendi-
mento Pessoa Física e Gerenciador Financeiro.
24/08/2020 Zimbra
fls. 929

Zimbra vcivel14@tjal.jus.br

Re: Decisão Interlocutória 14ª vara civel fazenda pública municipal

De : Luiz Henrique Pimentel Santos Qui, 20 de Ago de 2020 14:09

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 46B136F.
<diretor13@jfal.jus.br>
Assunto : Re: Decisão Interlocutória 14ª vara civel fazenda
pública municipal
Para : vcivel14@tjal.jus.br

Acuso o recebimento do presente e-mail.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:25 .
De: vcivel14@tjal.jus.br
Para: "diretor13" <diretor13@jfal.jus.br>
Enviadas: Quarta-feira, 29 de julho de 2020 19:28:47
Assunto: Decisão Interlocutória 14ª vara civel fazenda pública municipal

De ordem, venho por meio deste comunicar a V. Exa. o inteiro teor da decisão proferida
pelo Drº. Antônio Emanuel Dória Ferreira, juíz titular da 14ª vara cível da capital fazenda
pública municipal, nos autos do processo nº 0714901-97.2020.8.02.0001 autor: Sindicato
dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal e Réu: Município de Maceió, acaso o
precatório descrito na referida decisão já tenha sido expedido por esta unidade, solicito
reenviar este e-mail para o setor de precatório da Justiça Federal com as devidas
determinações.

Processo na 13ª vara federal que originou o precatório 0807260-82.2017.4.05.8000


(cumprimento de sentença).

Atenciosamente.

João Victor de Melo Baía


M94941
Servidor

https://webmail.tjal.jus.br/h/printmessage?id=3309&tz=America/Sao_Paulo&xim=1 1/1
fls. 930

Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal


Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728C7B.
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001


Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:38 .
CERTIFICO, para os devidos fins, que as 14 horas e 42 minutos
do dia de hoje, recebi em minha residência o oficial de justiça plantonista da justiça
federal para dar cumprimento a uma decisão judicial da 13ª vara federal, o qual juntarei
a seguir.

O referido é verdade, do que dou fé.

Maceió, 09 de setembro de 2020.

João Victor de Melo Baía


Protocolista Cartorário

Mod. Genérico
fls. 931

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:41 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728BD6.
fls. 932

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fls. 933

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728BD6.
fls. 936

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:41 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728BD6.
fls. 937

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:41 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728BD6.
fls. 938

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 09/09/2020 às 18:41 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4728BD6.
fls. 939

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e www2.tjal.jus.br, protocolado em 10/09/2020 às 12:06 , sob o número WMAC20701854545
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA CÍVEL

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 472EF05.
DA COMARCA DA CAPITAL – FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL.

Processo n. 0714901-97.2020.8.02.0001

SINDICATO DOS TRABALHADORES DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS - SINTEAL,


pessoa jurídica de direito privado, já qualificada nos autos em epígrafe, por conduto de seus
advogados, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer o seguinte.

Dos documentos acostados às págs. 925/938, extrai-se a informação de que o


Precatório PRC178329-AL (20198000013200087) – TRF 5ª Região foi levantado pelo
Município de Maceió em 10/07/2020, não restando saldo disponível para bloqueio.

Uma vez que este juízo, em 08/07/2020, concedeu o pedido de tutela


provisória de urgência formulado pelo sindicato autor no sentido de bloquear 60% (sessenta
por cento) dos recursos em tela (págs. 875/879); considerando que, em 09/07/2020, foi
expedida certidão de remessa de citação/intimação para o ente demandado no portal
eletrônico (págs. 884/886), requer que a edilidade seja intimada, com a máxima
urgência, a informar, nos presentes autos, a destinação dos aludidos recursos, bem como a
conta bancária onde se encontra depositado, tudo de modo a conferir ampla efetividade à
citada decisão.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió/AL, 10 de setembro de 2020.

CIRO VARCELON CONTIN SILVA NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR


OAB/AL N. 8.663 OAB/AL Nº 6.411

1
Rua Manoel Ribeiro da Rocha, nº 453, Ponta Verde, Maceió, Alagoas, CEP: 57.035-395
Fone: (82) 3013-2209
fls. 940

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47A37D1.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 25/09/2020 às 16:05 .
Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

DECISÃO

Tendo em vista o que informado pela entidade sindical autora, no sentido de


que, mesmo após a concessão de medida liminar por este Juízo, procedeu o Município
de Maceió com o levantamento da integralidade do precatório requisitório PRC178329-
AL (20198000013200087) – TRF 5ª Região, defiro o que requerido à fl. 939, ao passo
em que determino INTIMAÇÃO do Município de Maceió para que, no prazo de 05
(cinco) dias, informe nos presentes autos a destinação dos aludidos recursos, bem como
a conta bancária onde se encontra depositado.
Ato contínuo, e tendo em vista o latente interesse social da presente demanda,
abro vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para que tome conhecimento da
demanda, oferte parecer e, querendo, requeira o que entender de direito.
Publico. Intimem-se. Cumpra-se, COM URGÊNCIA.

Maceió , 25 de setembro de 2020.

Antonio Emanuel Dória Ferreira


Juiz de Direito
A2
fls. 941

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 25/09/2020 20:09


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47A870D.
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0294/2020, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) D.J

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Tendo em vista o que
informado pela entidade sindical autora, no sentido de que, mesmo após a concessão de medida liminar por este
Juízo, procedeu o Município de Maceió com o levantamento da integralidade do precatório requisitório

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 25/09/2020 às 20:09 .
PRC178329-AL (20198000013200087) TRF 5ª Região, defiro o que requerido à fl. 939, ao passo em que
determino INTIMAÇÃO do Município de Maceió para que, no prazo de 05 (cinco) dias, informe nos presentes autos
a destinação dos aludidos recursos, bem como a conta bancária onde se encontra depositado. Ato contínuo, e
tendo em vista o latente interesse social da presente demanda, abro vista ao Ministério Público do Estado de
Alagoas, para que tome conhecimento da demanda, oferte parecer e, querendo, requeira o que entender de
direito. Publico. Intimem-se. Cumpra-se, COM URGÊNCIA. Maceió , 25 de setembro de 2020. Antonio Emanuel
Dória Ferreira Juiz de Direito A2"

Maceió, 25 de setembro de 2020.


fls. 942

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 28/09/2020 09:23


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47AE3F4.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0294/2020, foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico em 28/09/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima
mencionada. O prazo terá início em 30/09/2020, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) 5 06/10/2020

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Tendo em vista o que
informado pela entidade sindical autora, no sentido de que, mesmo após a concessão de medida liminar por
este Juízo, procedeu o Município de Maceió com o levantamento da integralidade do precatório requisitório
PRC178329-AL (20198000013200087) TRF 5ª Região, defiro o que requerido à fl. 939, ao passo em que

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 28/09/2020 às 09:23 .
determino INTIMAÇÃO do Município de Maceió para que, no prazo de 05 (cinco) dias, informe nos presentes
autos a destinação dos aludidos recursos, bem como a conta bancária onde se encontra depositado. Ato
contínuo, e tendo em vista o latente interesse social da presente demanda, abro vista ao Ministério Público do
Estado de Alagoas, para que tome conhecimento da demanda, oferte parecer e, querendo, requeira o que
entender de direito. Publico. Intimem-se. Cumpra-se, COM URGÊNCIA. Maceió , 25 de setembro de 2020.
Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2"

Maceió, 28 de setembro de 2020.


fls. 943

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47B6429.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Autos n°: 0714901-97.2020.8.02.0001


Ação: Ação Civil Pública

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEANDRO SILVA DE AZEVEDO, liberado nos autos em 28/09/2020 às 19:08 .
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

ATO ORDINATÓRIO

Em cumprimento ao Provimento nº 13/2009, da Corregedoria-


Geral da Justiça do Estado de Alagoas, dou vista à(o) douta(o) representante do
Ministério Público.

Maceió, 28 de setembro de 2020

Leandro Silva de Azevedo


Técnico Judiciário

Mod. Ato Ordinatorio Vista MP - Automático - Prazo 5 dias - Endereço: Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador
Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 944

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47B642F.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE REMESSA DE CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO - PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal e outro
Réu: Município de Maceió
Ministério Público Estadual de AlagoasMinistério Público Estadual de Alagoas

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 28/09/2020 às 19:08 .
CERTIFICA-SE, que em 28/09/2020 o ato abaixo foi encaminhado para
CITAÇÃO/INTIMAÇÃO no portal eletrônico.

Ministério Público Estadual de Alagoas


Destinatário do Ato: Ministério Público do Estado de Alagoas

Teor do Ato: ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Provimento nº 13/2009, da


Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Alagoas, dou vista à(o) douta(o) representante do
Ministério Público. Maceió, 28 de setembro de 2020

Maceió (AL), 28 de setembro de 2020

Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Ministério Público do Estado de Alagoas - MPAL - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 945

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47B644F.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE REMESSA DE CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO - PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 28/09/2020 às 19:10 .
CERTIFICA-SE, que em 28/09/2020 o ato abaixo foi encaminhado para
CITAÇÃO/INTIMAÇÃO no portal eletrônico.

Município de Maceió
Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió
DECISÃO Tendo em vista o que informado pela entidade sindical autora, no sentido de que,
mesmo após a concessão de medida liminar por este Juízo, procedeu o Município de Maceió com
o levantamento da integralidade do precatório requisitório PRC178329-AL
(20198000013200087) TRF 5ª Região, defiro o que requerido à fl. 939, ao passo em que
determino INTIMAÇÃO do Município de Maceió para que, no prazo de 05 (cinco) dias, informe
nos presentes autos a destinação dos aludidos recursos, bem como a conta bancária onde se
encontra depositado. Ato contínuo, e tendo em vista o latente interesse social da presente
demanda, abro vista ao Ministério Público do Estado de Alagoas, para que tome conhecimento da
demanda, oferte parecer e, querendo, requeira o que entender de direito. Publico. Intimem-se.
Cumpra-se, COM URGÊNCIA. Maceió , 25 de setembro de 2020. Antonio Emanuel Dória
Ferreira Juiz de Direito A2

Maceió (AL), 28 de setembro de 2020

Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 946

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 28/09/2020 20:23


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47B6BC2.
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0296/2020, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) D.J

Teor do ato: "ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Provimento nº 13/2009, da Corregedoria-Geral da


Justiça do Estado de Alagoas, dou vista à(o) douta(o) representante do Ministério Público. Maceió, 28 de setembro
de 2020"

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 28/09/2020 às 20:23 .
Maceió, 28 de setembro de 2020.
fls. 947

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 29/09/2020 09:58


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 47BA76E.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0296/2020, foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico em 29/09/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima
mencionada. O prazo terá início em 01/10/2020, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) 5 07/10/2020

Teor do ato: "ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Provimento nº 13/2009, da Corregedoria-Geral


da Justiça do Estado de Alagoas, dou vista à(o) douta(o) representante do Ministério Público. Maceió, 28 de
setembro de 2020"

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 29/09/2020 às 09:58 .
Maceió, 29 de setembro de 2020.
fls. 948

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4818C2E.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO – PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 09/10/2020 às 00:31 .
CERTIFICA-SE que, em 08/10/2020, transcorreu o prazo de leitura no portal
eletrônico, do ato abaixo, tendo iniciado o prazo em data 09/10/2020, com previsão de
encerramento em 19/10/2020.

Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió


Município de Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de
Maceió DECISÃO Tendo em vista o que informado pela entidade sindical autora, no
sentido de que, mesmo após a concessão de medida liminar por este Juízo, procedeu o
Município de Maceió com o levantamento da integralidade do precatório requisitório
PRC178329-AL (20198000013200087) TRF 5ª Região, defiro o que requerido à fl.
939, ao passo em que determino INTIMAÇÃO do Município de Maceió para que, no
prazo de 05 (cinco) dias, informe nos presentes autos a destinação dos aludidos
recursos, bem como a conta bancária onde se encontra depositado. Ato contínuo, e
tendo em vista o latente interesse social da presente demanda, abro vista ao Ministério
Público do Estado de Alagoas, para que tome conhecimento da demanda, oferte parecer
e, querendo, requeira o que entender de direito. Publico. Intimem-se. Cumpra-se, COM
URGÊNCIA. Maceió , 25 de setembro de 2020. Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz
de Direito A2

Maceió (AL), 09 de outubro de 2020.

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 949

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4818C4C.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO – PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal e outro
Réu: Município de Maceió
Ministério Público Estadual de AlagoasMinistério Público Estadual de Alagoas

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por www2.tjal.jus.br, liberado nos autos em 09/10/2020 às 00:33 .
CERTIFICA-SE que, em 08/10/2020, transcorreu o prazo de leitura no portal
eletrônico, do ato abaixo, tendo iniciado o prazo em data 09/10/2020, com previsão de
encerramento em 19/10/2020.

Destinatário do Ato: Ministério Público do Estado de Alagoas


Ministério Público Estadual de Alagoas

Teor do Ato: ATO ORDINATÓRIO Em cumprimento ao Provimento nº 13/2009, da


Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de Alagoas, dou vista à(o) douta(o)
representante do Ministério Público. Maceió, 28 de setembro de 2020

Maceió (AL), 09 de outubro de 2020.

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Ministério Público do Estado de Alagoas - MPAL - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
fls. 950

Município de Maceió
Procuradoria Geral do Município
Procuradoria Judicial

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022C.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA CÍVEL /
FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DE MACEIÓ-AL

Processo n.º: 0714901-97.2020.8.02.0001

O MUNICÍPIO DE MACEIÓ-AL, pessoa jurídica de direito público já


qualificada nos autos do processo acima epigrafado, vem, à presença de V.
Excelência, em atenção ao despacho de fl. 940, expor e requerer o seguinte:
Conforme DECRETO Nº. 8.907 MACEIÓ/AL, 19 DE JUNHO DE 2020,
a Edilidade maceioense, antes mesmo de que a presente ação fosse ajuizada,
aprovou o Plano de Aplicação dos Recursos Decorrentes de Precatórios
Oriundos de Diferenças das Transferências do FUNDEF. Tal Decreto foi
publicado no Diário Oficial do Município de 23 de junho de 2020.
Conforme consta no artigo 4º referido Decreto, a quantia equivalente
aos 60% (sessenta por cento) do valor do precatório em lide (PRC nº. 178329-
AL) permanecerá aplicado e não será utilizado até que o Supremo Tribunal
Federal pacifique o entendimento acerca da destinação ou não destes recursos
para o pagamento de professores.
Portanto, ratifica-se o alegado em contestação, ao passo em que
pugna pela suspensão desta ação até que o Supremo Tribunal Federal se
posicione quanto a esta matéria.
Maceió-AL, 19 de outubro de 2020.

Fernando Antonio Reale Barreto


Procurador do Município
OAB/AL 12.175-A

1
fls. 951

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987

MUNICÍPIO DE MACEIÓ
EXPEDIENTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ

01 - PREFEITO DE MACEIÓ GABINETE DO PREFEITO - GP


RUI SOARES PALMEIRA PORTARIA. Nº. 0898 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020.
02 - VICE-PREFEITO
MARCELO PALMEIRA CAVALCANTE O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas
atribuições e prerrogativas legais,
03 - GABINETE DE GOVERNANÇA – GGOV
ÍRIA ROCHA CAVALCANTE DE ALMEIDA
RESOLVE:
04 - SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO – SMG
JAILTON SANTOS COSTA
TORNAR SEM EFEITO, a Portaria n°.0891 de 17 de Junho de
05 - PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO – PGM 2020, publicada no Diário Oficial Eletrônico do Município de Maceió,
DIOGO SILVA COUTINHO
no dia 18 de Junho de 2020, que nomeou EDSON DOS SANTOS,
06 - SECRETARIA MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO – SMCI CPF n°. 030.781.854-35.
NEANDER TELES ARAÚJO
07 - SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SEMAS RUI SOARES PALMEIRA
LUIZ HENRIQUE LIMA ALVES PINTO Prefeito de Maceió
08 - SECRETARIA MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO – SECOM Publicado por:
ELIANE ALBUQUERQUE DE AQUINO Evandro José Cordeiro
09 - SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E Código Identificador:73A3AA4A
MEIO AMBIENTE – SEDET
ROSA MARIA BARROS TENÓRIO GABINETE DO PREFEITO - GP
10 - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED PORTARIA Nº. 0899 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020.
ANA DAYSE REZENDE DOREA
11 - SECRETARIA MUNICIPAL DE ECONOMIA – SEMEC O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas
FELLIPE DE MIRANDA FREITAS MAMEDE atribuições e prerrogativas legais,
12 - SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO – SEMGE
REINALDO BRAGA DA SILVA JÚNIOR RESOLVE:
13 - SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA – SEMINFRA
MAC MERRHON LIRA PAES Exonerar, a pedido, MARIA GABRIELLA MARTINS COELHO DA
PAZ, do cargo em comissão de Assessor Técnico, Símbolo DAS-3,
14 - SECRETARIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA E CONVÍVIO
SOCIAL – SEMSCS CPF n°. 057.845.054-24, do(a) SECRETARIA MUNICIPAL DE
ENIO BOLIVAR DE ALBUQUERQUE GOVERNO - SMG, do Quadro de Pessoal do Poder Executivo
15 - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE – SMS
Municipal.
JOSÉ THOMAZ DA SILVA NONÔ NETTO
RUI SOARES PALMEIRA
16 - SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO, ABASTECIMENTO E
ECONOMIA SOLIDÁRIA – SEMTABES Prefeito de Maceió
FLÁVIO SARAIVA DA SILVA Publicado por:
17 - SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO, ESPORTE E LAZER – SEMTEL
Evandro José Cordeiro
JAIR GALVÃO FREIRE NETO Código Identificador:AFB0D4E8
18 - AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DELEGADOS –
ARSER GABINETE DO PREFEITO - GP
RODRIGO BORGES FONTAN PORTARIA Nº. 0900 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020.
19 - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
MUNICÍPIO DE MACEIÓ – IPREV O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas
FABIANA TOLEDO VANDERLEI DE AZEVEDO atribuições e prerrogativas legais,
20 - FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE AÇÃO CULTURAL – FMAC
VÂNIA LUÍZA BARREIROS AMORIM RESOLVE:
21 - SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL - SUDES Exonerar, a pedido, JOÃO PAULO DA SILVA SANTOS, do cargo
GUSTAVO ALBERTO ACIOLI DE PAIVA TORRES em comissão de Assessor, Símbolo DAS-1, CPF n°. 115.743.064-30,
22 - SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE ILUMINAÇÃO DE MACEIÓ – SIMA do(a) GABINETE DO PREFEITO - GP, do Quadro de Pessoal do
CÍCERO RODRIGO CAVALCANTE FERREIRA Poder Executivo Municipal.
23 - SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES E TRÂNSITO –
SMTT RUI SOARES PALMEIRA
ANTÔNIO JOSÉ GOMES DE MOURA Prefeito de Maceió
24 - COMPANHIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO, RECURSOS HUMANOS E Publicado por:
PATRIMÔNIO – COMARHP Evandro José Cordeiro
YVIA LÚCIA DE JESUS MELLO Código Identificador:14D68AC1
O Diário Oficial Eletrônico do Município de Maceió é uma solução voltada à
modernização e transparência da gestão municipal. GABINETE DO PREFEITO - GP
PORTARIA Nº. 0901 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas


atribuições e prerrogativas legais,

www.diariomunicipal.com.br/maceio 1
ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987
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RESOLVE: SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE - SEDET
Nomear RODRIGO MACHADO CORREIA, para o cargo em ISENÇÃO AMBIENTAL
comissão de Assessor Técnico, Símbolo DAS-3, CPF n°.
035.765.794-27, do(a) SECRETARIA MUNICIPAL DE A SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
GOVERNO - SMG, do Quadro de Pessoal do Poder Executivo TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE – SEDET, torna público
Municipal. que os interessados abaixo relacionados estão ISENTOS de
Licenciamento Ambiental, uma vez que suas atividades não se
RUI SOARES PALMEIRA enquadram na Lei Complementar nº. 140/2011:
Prefeito de Maceió

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
Publicado por: PROCESSO Nº. CNPJ Nº. INTERESSADO
Evandro José Cordeiro 12.056.157/0001- MARITME CLUB INDÚSTRIA E COMERCIO DE
03100.005959/2020
18 VESTUÁRIO LTDA.
Código Identificador:66C6E42F 04.944.975/0002-
03100.028148/2020 PINHEIRO SEGURANÇA E VIGILÂNCIA EIRELI.
00
GABINETE DO PREFEITO - GP 61.012.019/0407- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D’A IGREJA DE JESUS
03100.012427/2020
99 CRISTO DOS ÚLTIMOS DIASCOLINA.
PORTARIA Nº. 0902 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D’A IGREJA DE JESUS
61.012.019/1407-
03100.017570/2020 CRISTO DOS ÚLTIMOS DIAS- TABULEIRO DOS
42
MARTINS.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas 61.012.019/1534- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D’A IGREJA DE JESUS
atribuições e prerrogativas legais, 03100.017566/2020
88 CRISTO DOS ÚLTIMOS DIAS- PETRÓPILIS.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D’A IGREJA DE JESUS
61.012.019/0796-
03100.012484/2020 CRISTO DOS ÚLTIMOS DIAS – CACHOEIRA DO
RESOLVE: 52
MEIRIM.
08.328.663/0001-
03100.007471/2020 ESTACIONAMENTO R A LTDA-ME.
Nomear THAÍSE ALENE DA SILVA REGO, para o cargo em 41
23.078.815/0001-
comissão de Assessor, Símbolo DAS-2, CPF n°. 058.415.024-50, 03100.016246/2020
99
MANAUS MOTO PEÇAS LTDA-ME.
do(a) SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO - SEMGE, do 03100.121972/2019
47.960.950/0822-
MAGAZINE LUIZA S/A.
Quadro de Pessoal do Poder Executivo Municipal. 68
08.343.492/0111-
03100.009183/2020 MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A.
64
RUI SOARES PALMEIRA
Prefeito de Maceió Maceió/AL, 19 de Junho de 2020.
Publicado por:
Evandro José Cordeiro ROSA MARIA BARROS TENÓRIO
Código Identificador:6F29C3EA Secretária/SEDET
Publicado por:
GABINETE DO PREFEITO - GP Evandro José Cordeiro
PORTARIA Nº. 0903 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020. Código Identificador:275C17E9
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
atribuições e prerrogativas legais, TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE - SEDET
PORTARIA Nº. 020 MACEIÓ/AL, 05 DE JUNHO DE 2020.
RESOLVE:
PRORROGA OS PRAZOS REFERIDOS NA
Nomear FÁBIO ANTÔNIO DA SILVA, para o cargo em comissão de PORTARIA Nº. 018/2020, DE 19 DE ABRIL DE
Assessor, Símbolo DAS-1, CPF n°. 010.783.964-42, do(a) 2020, POR FORÇA DA AMPLIAÇÃO DO PRAZO
GABINETE DO PREFEITO - GP, do Quadro de Pessoal do Poder DE QUARENTENA RESULTANTE DO CENÁRIO
Executivo Municipal. PANDÊMICO DO (COVID-19), E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.
RUI SOARES PALMEIRA
Prefeito de Maceió A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
Publicado por: TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE - SEDET, no uso de suas
Evandro José Cordeiro atribuições e prerrogativas legais, tendo em vista as disposições do
Código Identificador:092F6CE7 Decreto Municipal nº. 8.896, de 1º de Junho de 2020, bem assim as
disposições da Portaria SEDET nº. 018/2020, de 19 de Abril de 2020,
GABINETE DO PREFEITO - GP e
PORTARIA Nº. 0904 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020.
CONSIDERANDO a ampliação dos prazos de quarentena
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas decorrentes do cenário pandêmico do (COVID-19), a importar o
atribuições e prerrogativas legais, funcionamento apenas interno das atividades da SEDET;
RESOLVE: CONSIDERANDO a necessidade de preservar os direitos dos
administrados quanto aos prazos para a prática de atos administrativos
Nomear JEFFERSON FERREIRA DA SILVA SANTOS, para o no âmbito do mesmo órgão;
cargo em comissão de Assessor, Símbolo DAS-1, CPF n°.
107.308.884-79, do(a) SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE RESOLVE:
TRANSPORTES E TRÂNSITO - SMTT, do Quadro de Pessoal do
Poder Executivo Municipal. Art. 1º - Os prazos referidos no art. 1º, incisos I e II, da Portaria nº.
017/2020, de 27 de março de 2020, publicada no Diário Oficial
RUI SOARES PALMEIRA Eletrônico do Município de Maceió - DOEM, de 30 de Março de
Prefeito de Maceió 2020, alterados pelo art. 1º da Portaria nº. 018/2020, de 19 de Abril de
Publicado por: 2020, publicada no Diário Oficial Eletrônico do Município de Maceió
Evandro José Cordeiro - DOEM, de 28 de Abril de 2020, ficam prorrogados para a data de 30
Código Identificador:858BF17D de Junho de 2020.

Parágrafo único. Os prazos referidos no caput deste artigo dizem


respeito:

www.diariomunicipal.com.br/maceio 2
ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987
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I – à apresentação de defesas administrativas pelos interessados, Dessa forma ficam paralisados todos os serviços de construção até o

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cumprimento de diligências para prestação de informações e juntadas final pronunciamento desta Diretoria de Fiscalização do Uso do Solo.
de documentos relativamente a prazos que deveriam ser cumpridos
originariamente a partir de 23 de Março de 2020; e Dados da Notificação e Auto de Infração

II – à solicitação de renovação de licenças administrativas urbanísticas Nº de Notificação: 002263/2019- Região Administrativa: 03


e ambientais cujas datas de expiração ocorram a partir de 23 de Março Código do Fiscal: 57
de 2020. Processo de Embargo: 3100.113932/2019
Anexo:
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor da data da sua publicação, Representação de Embargo: 71/2020 - DFUS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
revogadas as disposições em contrário.
Maceió/AL, 02 de Junho de 2020.
Dê-se ciência, publique-se e cumpra-se.
ENGª. ROSA MARIA BARROS TENÓRIO
Maceió/AL, 05 de Junho de 2020. Secretária Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio
Ambiente/SEDET
ROSA MARIA BARROS TENÓRIO
Secretária - SEDET ARQTª. CRISTINA BENAMOR DE ARAÚJO JORGE
Publicado por: Secretária Adjunta de Análise e Licenciamento
Evandro José Cordeiro
Código Identificador:54445DAE ARQUTª. ROSÂNGELA SILVA DE AZEVEDO
Diretora de Fiscalização do Uso do Solo
SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE - SEDET *Republicado por Incorreção.
AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL DE Publicado por:
IMPLANTAÇÃO Nº. 031/2020. - PROCESSO Evandro José Cordeiro
ADMINISTRATIVO Nº. 03100.120994/2019. Código Identificador:6BFCCB7D

A SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA -


TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE – SEDET, torna público SEMINFRA
que concedeu a Autorização Ambiental de Implantação n°. 031/2020 AVISO DE RESULTADO DE LICITAÇÃO - TOMADA DE
com prazo de validade de 02(dois) anos, nos autos do processo PREÇOS Nº. 004/2020.
administrativo n° 03100.120994/2019, em favor de ENGENHARQ
LTDA, CNPJ n.º 03.72.728/0001-15 localizado na AVENIDA A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÕES DE OBRAS E
ERALDO LINS CAVALCANTE, N° 237 – LOTEAMENTO SERVIÇOS DE ENGENHARIA - CPLOSE DA SECRETARIA
MURILÓPOLIS Bairro: SERRARIA- MACEIÓ/AL, para a MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA - SEMINFRA, torna
atividade principal: CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS do público, para conhecimento da sociedade brasileira e demais
empreendimento denominado: RESIDENCIAL JARDIM DOS interessadas, que foi finalizado o certame licitatório na modalidade
LÍRIOS, endereço do empreendimento: LOTEAMENTO GRAN Tomada de Preços nº. 004/2020, do tipo menor preço, sob o regime de
JARDIM III, S/N°, Bairro: CIDADE UNIVERSITÁRIA, execução indireta de empreitada por preço unitário, nos termos do
MACEIÓ/AL Item 3 do Edital acima epigrafado, cujo objeto é a contratação de
empresa no ramo de Construção Civil para execução de serviços de
Publique-se. reforma da Unidade de Saúde José Guedes de Farias - Porte II, situada
no Conjunto Medeiros Neto I, nº 03, Santa Amélia, Maceió/AL. Após
Maceió/AL, 01 de Junho de 2020. sessão realizada em 22 de Abril de 2020, sagrou-se VENCEDORA a
empresa ÚNICA ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS
JOSÉ ROBERTO DA FONSECA E SILVA IMOBILIÁRIOS EIRELI - EPP, inscrita no CNPJ sob nº.
Secretário Adjunto de Meio Ambiente – SEDET 14.554.855/0001-79, com a proposta de preço no valor de R$
454.583,23 (Quatrocentos e cinquenta e quatro mil, quinhentos e
ROSA MARIA BARROS TENÓRIO oitenta e três reais e vinte e três centavos). Abre-se prazo de 05
Secretária – SEDET (cinco) dias úteis, a contar desta publicação, conforme art. 109, I,
Publicado por: alínea “b” da Lei Federal nº. 8666/1993.
Evandro José Cordeiro
Código Identificador:FC5AC530 Maceió/AL, 22 de Junho de 2020.

SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO JOSÉ MARÇAL DE ARANHA FALCÃO FILHO


TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE - SEDET Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEMINFRA
EMBARGO - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº. Presidente da CPLOSE
03100.113932/2019. Matrícula nº. 952032-5
Publicado por:
AUTUADO: ELEAZAR HASTEN REITER JÚNIOR Evandro José Cordeiro
CPF/CNPJ: 309.433.294-34. Código Identificador:0AE0E721
ENDEREÇO: AVENIDA DR. VENCESLAU LINDOSO DE
ASSIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS
NÚMERO: S/N, BAIRRO: JARDIM PETRÓPOLIS OFÍCIO Nº. 513/2020 - SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES
INSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA: 28030 PRÁTICAS ACADÊMICAS NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ
DEMAIS INFORMAÇÕES: LOTEAMENTO JARDIM
PETROPOLIS, QUADRA: AT, LOTE: 16. CONSIDERANDO o estado atual de calamidade pública devido à
EMBARGO Pandemia (COVID-19) e a Portaria n°. 544 do Diário Oficial da
União, artigo 1°, §3°, onde apenas autoriza as disciplinas teórico-
O PRESENTE EMBARGO originou-se da constatação pelo cognitivas do primeiro ao quarto ano e ao internato do curso de
autuante, que o autuado infringiu o Artigo 237, Inciso I, da Lei medicina, juntamente, com o art 6° do Decreto n°. 70.066 publicado
Municipal de nº 5593 de 08/02/2007, ficando enquadrado no Artigo no Diário Oficial do Estado de Alagoas, que dispõe sobre a
638, Incisos I, II e III, da Lei Municipal de nº. 5.593 de 08/02/2007. suspensão de todas as aulas presenciais em escolas, universidades e

www.diariomunicipal.com.br/maceio 3
ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987
fls. 954

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faculdades das Redes de Ensino Pública e Privada do Estado de Publicado por:

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
Alagoas. Evandro José Cordeiro
CONSIDERANDO a situação atual dos cenários das atividades de Código Identificador:0757F461
práticas acadêmicas, foi informado pelas coordenações/gerências a
dificuldade encontrada nesse momento de enfrentamento da AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
pandemia, a reorganização dos serviços e afastamento dos DELEGADOS - ARSER
profissionais de Saúde. TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Por todo o exposto, informamos que as atividades práticas
acadêmicas oferecidas por esta Secretaria Municipal de Saúde - Fica o representante da empresa EMBALASTIL PAPEIS LTDA. -
SMS, estão suspensas até ulterior deliberação, com o objetivo de ME, inscrita no CNPJ nº. 19.025.406/0001-57, NOTIFICADO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
cumprir o requerido na portaria e no decreto supracitados, e acerca do Processo Administrativo nº 03000.030277-2020, que tem
levando em consideração o cenário atual de serviço. por objeto a apuração de possível irregularidade na prestação de
serviços, decorrente do inadimplemento das obrigações assumidas na
Maceió/AL, 18 de Junho de 2020. Ata de Registro de Preços nº 442/2019 (vigente até 25/10/2020) –
oriunda do Pregão Presencial nº 80/2019, devido inadimplência na
JOSÉ THOMAZ DA SILVA NONÔ NETTO entrega dos equipamentos e utensílios de limpeza e higienização para
Secretário Municipal de Saúde/SMS atender os programas socioassistenciais geridos por esta Secretaria,
Publicado por: através Processo nº 03000.027981/2020 com Empenho nº
Evandro José Cordeiro 2020NE000169, emita no dia 31/03/2020, no valor total de R$
Código Identificador:DE9D4BC7 6.320,16 (seis mil, trezentos e vinte reais e dezesseis centavos). A
empresa fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis,
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões
AVISO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO - COTAÇÃO que julgar cabíveis, endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação
ELETRÔNICA Nº. 026/2020. - PROCESSO ADMINISTRATIVO de Sanções Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua
Nº. 5800.27860/2020. Engenheiro Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro,
Maceió/Alagoas, CEP. 57.020-680, no horário das 08h00min às
A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MACEIÓ - SMS, 14h00min, ou através do endereço eletrônico:
torna público, para conhecimento dos interessados, que estará cpasa@arser.maceio.al.gov.br. O processo administrativo terá
realizando até odia 25/06/2020 às17:59 horas (horário de Brasília), no continuidade independentemente do comparecimento do fornecedor-
sítio do Comprasnet (www.comprasnet.gov.br), a Cotação Eletrônica beneficiário, franqueada vista dos autos e autorizada cópia às suas
em epígrafe dos Itens fracassados na cotação eletrônica n°. expensas, bem como, poderá fazer-se representar por Procurador,
025/2020, são eles de acordo com o termo de referência: 3, 4, 5, 6, devidamente constituído e com poderes específicos para tratar sobre o
8, 9 e 10. assunto.

Objeto: Aquisição de material para serralheria. Maceió/AL, 29 de Maio de 2020.

Maiores informações: DANIELLI MANZINI DE CARVALHO


e-mail:mczsuprimentos@gmail.com Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
Telefone:(82)3312-5457. Administrativas
Endereço: Rua Dias Cabral, n°. 569 – Centro Sede/SMS 4º andar. ARSER
CEP Nº. 57.020-250 - Maceió/AL. Publicado por:
Evandro José Cordeiro
Maceió – AL, 22 de Junho de 2020. Código Identificador:275EF662

KEITH DA SILVA MENDES AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS


Coordenadora Geral de Compras e Suprimento DELEGADOS - ARSER
Publicado por: TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Evandro José Cordeiro
Código Identificador:E9941F63 Fica o representante da empresa BRUNO BARBOSA DE SOUZA
EIRELI - ME, inscrita no CNPJ nº 13.344.533/0001-32,
AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS NOTIFICADO acerca do Processo Administrativo nº 03000.030280-
DELEGADOS - ARSER 2020, que tem por objeto a apuração de possível irregularidade na
AVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO prestação de serviços, decorrente do inadimplemento das obrigações
CPL/ARSER – Nº. 072/2020. / UASG Nº. 926703. - PROCESSO assumidas na Ata de Registro de Preços nº 441/2019 (vigente até
ADMINISTRATIVO Nº. 05800.096545/2019. 25/10/2020) – oriunda do Pregão Presencial nº 80/2019, devido
inadimplência na entrega dos equipamentos e utensílios de limpeza e
Objeto: Aquisição de 01(um) Veiculo tipo furgão, adaptado para higiene para atender as necessidades dos programas socioassistenciais
Castra Móvel. geridos por esta Secretaria, através das Notas de Empenhos nº
Total de Itens Licitados: 01. 2020NE000164; nº 2020NE000286; nº 2020NE000288;
Data da Disponibilidade do Edital: A partir de 25/06/2020 de 08h00 às 2020NE000289; e 2020NE000167, no valor total de R$ 5.930,55
12h00 e de 13h às 17h00. (cinco mil, novecentos e trinta reais e cinquenta e cinco centavos). A
Endereços: Rua Engenheiro Roberto Gonçalves Menezes, n.º 71, empresa fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis,
Centro, Maceió/AL – CEP 57.020-680, ou contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões
www.comprasgovernamentais.gov.br/edital ou que julgar cabíveis, endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação
http://www.licitacao.maceio.al.gov.br/ de Sanções Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua
Entrega das Propostas: A partir de 25/06/2020 às 08h00 no site Engenheiro Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro,
http://www.comprasgovernamentais.gov.br/ Maceió/Alagoas, CEP. 57.020-680, no horário das 08h00min às
Abertura das Propostas: 13/07/2020 às 09h (horário de Brasília) no 14h00min, ou através do endereço eletrônico:
site http://www.comprasnet.gov.br/ cpasa@arser.maceio.al.gov.br. O processo administrativo terá
continuidade independentemente do comparecimento do fornecedor-
Maceió/AL, 19 de junho de 2020. beneficiário, franqueada vista dos autos e autorizada cópia às suas
expensas, bem como, poderá fazer-se representar por Procurador,
BERNARDINA MARIA DE JESUS SILVA devidamente constituído e com poderes específicos para tratar sobre o
Pregoeira assunto.

www.diariomunicipal.com.br/maceio 4
ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987
fls. 955

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Maceió/AL, 29 de Maio de 2020. DANIELLI MANZINI DE CARVALHO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
DANIELLI MANZINI DE CARVALHO Administrativas/ARSER
Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções Publicado por:
Administrativas/ARSER Evandro José Cordeiro
Publicado por: Código Identificador:D36CA090
Evandro José Cordeiro
Código Identificador:AF04EBEA AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
DELEGADOS - ARSER
AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS TERMO DE NOTIFICAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
DELEGADOS - ARSER
TERMO DE NOTIFICAÇÃO Fica o representante da empresa MEDICAH COMÉRCIO DE
MEDICAMENTOS LTDA – ME, inscrita no CNPJ nº
Fica o representante da empresa BRUNO BARBOSA DE SOUZA 11.195.977/0001-28, NOTIFICADO acerca do Processo
EIRELI - ME, inscrita no CNPJ nº. 13.344.533/0001-32, Administrativo nº 05800.029219-2020, que tem por objeto a apuração
NOTIFICADO acerca do Processo Administrativo nº 03000.030281- de possível irregularidade na prestação de serviços, decorrente do
2020, que tem por objeto a apuração de possível irregularidade na inadimplemento das obrigações assumidas na Ata de Registro de
prestação de serviços, decorrente do inadimplemento das obrigações Preços nº 150/2019 (vigente até 08/05/2020) – oriunda do Pregão
assumidas na Ata de Registro de Preços nº 583/2019 (vigente até Eletrônico nº 140/2018, devido inadimplência na entrega da
30/12/2020) – oriunda do Pregão Presencial nº 121/2019, devido medicação solicitada: Item 40 (Cefalexina suspensão oral + copo
inadimplência na entrega dos equipamentos e utensílios de limpeza e dosador) e Item 52 (Diazepam), através da Ordem de Fornecimento nº
higiene para a pandemia do COVID-19, através da Nota de Empenho 107/2019 e Nota de Empenho nº 013120/2019, emita no dia
nº 2020NE000166, emita no dia 31/03/2020, no valor total de R$ 03/06/2019, no valor total de R$ 50.364,72 (cinquenta mil, trezentos e
2.175,00 (dois mil e cento e setenta e cinco centavos), fls. 03 e fls. 10. sessenta e quatro reais e setenta e dois centavos). A empresa fica
A empresa fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis, ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da
contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões que julgar
que julgar cabíveis, endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação cabíveis, endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação de
de Sanções Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua Sanções Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua
Engenheiro Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro, Engenheiro Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro,
Maceió/Alagoas, CEP. 57.020-680, no horário das 08h00min às Maceió/Alagoas, CEP. 57.020-680, no horário das 08h00min às
14h00min, ou através do endereço eletrônico: 14h00min, ou através do endereço eletrônico:
cpasa@arser.maceio.al.gov.br. O processo administrativo terá cpasa@arser.maceio.al.gov.br. O processo administrativo terá
continuidade independentemente do comparecimento do fornecedor- continuidade independentemente do comparecimento do fornecedor-
beneficiário, franqueada vista dos autos e autorizada cópia às suas beneficiário, franqueada vista dos autos e autorizada cópia às suas
expensas, bem como, poderá fazer-se representar por Procurador, expensas, bem como, poderá fazer-se representar por Procurador,
devidamente constituído e com poderes específicos para tratar sobre o devidamente constituído e com poderes específicos para tratar sobre o
assunto. assunto.

Maceió/AL, 26 de Maio de 2020. Maceió/AL, 25 de Maio de 2020.

DANIELLI MANZINI DE CARVALHO DANIELLI MANZINI DE CARVALHO


Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
Administrativas/ARSER Administrativas/ARSER
Publicado por: Publicado por:
Evandro José Cordeiro Evandro José Cordeiro
Código Identificador:3F6AEFC7 Código Identificador:340C35BB

AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS


DELEGADOS - ARSER DELEGADOS - ARSER
TERMO DE NOTIFICAÇÃO TERMO DE NOTIFICAÇÃO

Fica o representante da empresa PROFOX NETWORKS PROCESSO Nº.05800.029240/2020


SOLUÇÕES EIRELI - EPP, inscrita no CNPJ nº. 18.782.546/0001- INTERESSADO: COORDENAÇÃO DE FARMÁCIAS E
07, NOTIFICADO acerca do Processo Administrativo nº BIOQUÍMICA/SMS
05800.028018/2020, que tem por objeto a apuração de possível ASSUNTO: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS –
irregularidade na prestação de serviços, decorrente do inadimplemento INADIMPLEMENTO – ARP nº. 168/2019 – PE nº. 124/2018.
das obrigações assumidas na Ata de Registro de Preços nº 88/2019
(vigente até 08/04/2020) – oriunda do Pregão Eletrônico nº 20/2019, Fica a empresa LUMANN DISTRIBUIDORA DE
devido a recusa em assinar o Contrato nº 053/2020 quando MEDICAMENTOS LTDA. - EPP, inscrita no CNPJ nº.
convocado. A empresa fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) 26.419.311/0001-83, NOTIFICADA acerca do Processo
dias úteis, contados da cientificação oficial deste termo, para Administrativo nº 05800.029240/2020, que tem por objeto o
apresentar as razões que julgar cabíveis, endereçadas à Comissão descumprimento de obrigação contratual constante Ata de Registro de
Permanente de Aplicação de Sanções Administrativas da ARSER Preços nº 168/2019 – oriunda do Pregão Eletrônico nº 124/2018,
(CPASA), situada na Rua Engenheiro Roberto Gonçalves de celebrado com o Município de Maceió, que ensejou apuração de
Menezes, nº 71, Centro, Maceió/Alagoas, CEP. 57.020-680, no responsabilidade, devido ao descumprimento integral do fornecimento
horário das 08h00min às 14h00min, ou através do endereço de medicamentos.
eletrônico: cpasa@arser.maceio.al.gov.br. O processo administrativo O contratado fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis,
terá continuidade independentemente do comparecimento do contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões
fornecedor-beneficiário, franqueada vista dos autos e autorizada cópia que julgar cabíveis, sob pena de sofrer as sanções constantes nas Leis
às suas expensas, bem como, poderá fazer-se representar por que regulam a matéria e na Ata de Registro de Preços nº 233/2019,
Procurador, devidamente constituído e com poderes específicos para endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
tratar sobre o assunto. Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua Engenheiro
Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro, Maceió/Alagoas, CEP.
Maceió/AL, 25 de Maio de 2020.

www.diariomunicipal.com.br/maceio 5
ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987
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57.020-680, no horário das 08h00min às 14h00min, ou através do descumprimento de obrigação contratual constante Ata de Registro de

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
endereço eletrônico: cpasa@arser.maceio.al.gov.br. Preços nº 440/2019 – oriunda do Pregão Eletrônico nº 80/2019,
O processo administrativo terá continuidade independentemente do celebrado com o Município de Maceió, que ensejou apuração de
comparecimento do fornecedor-beneficiário, franqueada vista dos responsabilidade, devido ao descumprimento integral do fornecimento
autos e autorizada cópia às suas expensas, bem como, poderá fazer-se de produtos de limpeza e higienização.
representar por Procurador, devidamente constituído e com poderes O contratado fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis,
específicos para tratar sobre o assunto. contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões
que julgar cabíveis, sob pena de sofrer as sanções constantes nas Leis
Maceió/AL, 28 de Maio de 2020. que regulam a matéria e na Ata de Registro de Preços nº 440/2019,
endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação de Sanções

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
WALKÍRIA GOMES S. AGUIAR Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua Engenheiro
Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro, Maceió/Alagoas, CEP.
Administrativas/ARSER 57.020-680, no horário das 08h00min às 14h00min, ou através do
Publicado por: endereço eletrônico: cpasa@arser.maceio.al.gov.br.
Evandro José Cordeiro O processo administrativo terá continuidade independentemente do
Código Identificador:965CD4B6 comparecimento do fornecedor-beneficiário, franqueada vista dos
autos e autorizada cópia às suas expensas, bem como, poderá fazer-se
AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS representar por Procurador, devidamente constituído e com poderes
DELEGADOS - ARSER específicos para tratar sobre o assunto.
TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Maceió/AL, 28 de Maio de 2020.
PROCESSO Nº.03000.030276/2020
INTERESSADO: CONTROLADORIA GERAL WALKÍRIA GOMES S. AGUIAR
ADMINISTRATIVA/SEMAS Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
ASSUNTO: PROVIDÊNCIAS – APURAÇÃO DE Administrativas/ARSER
IRREGULARIDADE – INADIMPLEMENTO – ARP nº. 233/2019 – Publicado por:
PE nº. 34/2019. Evandro José Cordeiro
Código Identificador:92DC19A7
Fica a empresa ELISVANDIA MATOS DONINI EIRELI - EPP,
inscrita no CNPJ nº 13.547.970/0001-53, NOTIFICADA acerca do AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
Processo Administrativo nº 03000.030276/2020, que tem por objeto o DELEGADOS - ARSER
descumprimento de obrigação contratual constante Ata de Registro de TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Preços nº 233/2019 – oriunda do Pregão Eletrônico nº 34/2019,
celebrado com o Município de Maceió, que ensejou apuração de PROCESSO Nº.05800.029238/2020
responsabilidade, devido ao descumprimento integral do fornecimento INTERESSADO: COORDENAÇÃO DE FARMÁCIAS E
de material de higiene pessoal. BIOQUÍMICA/SMS
O contratado fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis, ASSUNTO: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS –
contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões INADIMPLEMENTO – ARP nº. 153/2019 – PE nº. 140/2018.
que julgar cabíveis, sob pena de sofrer as sanções constantes nas Leis
que regulam a matéria e na Ata de Registro de Preços nº 233/2019, Fica a empresa DEPÓSITO GERAL DE SUPRIMENTOS
endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação de Sanções HOSPITALARES LTDA, inscrita no CNPJ nº. 06.224.321/0001-56,
Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua Engenheiro NOTIFICADA acerca do Processo Administrativo nº
Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro, Maceió/Alagoas, CEP. 05800.029238/2020, que tem por objeto o descumprimento de
57.020-680, no horário das 08h00min às 14h00min, ou através do obrigação contratual constante Ata de Registro de Preços nº 153/2019
endereço eletrônico: cpasa@arser.maceio.al.gov.br. – oriunda do Pregão Eletrônico nº 140/2018, celebrado com o
O processo administrativo terá continuidade independentemente do Município de Maceió, que ensejou apuração de responsabilidade,
comparecimento do fornecedor-beneficiário, franqueada vista dos devido ao descumprimento integral do fornecimento de
autos e autorizada cópia às suas expensas, bem como, poderá fazer-se medicamentos.
representar por Procurador, devidamente constituído e com poderes O contratado fica ciente que possui o prazo de 05 (cinco) dias úteis,
específicos para tratar sobre o assunto. contados da cientificação oficial deste termo, para apresentar as razões
que julgar cabíveis, sob pena de sofrer as sanções constantes nas Leis
Maceió/AL, 28 de Maio de 2020. que regulam a matéria e na Ata de Registro de Preços nº 233/2019,
endereçadas à Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
WALKÍRIA GOMES S. AGUIAR Administrativas da ARSER (CPASA), situada na Rua Engenheiro
Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções Roberto Gonçalves de Menezes, nº 71, Centro, Maceió/Alagoas, CEP.
Administrativas/ARSER 57.020-680, no horário das 08h00min às 14h00min, ou através do
Publicado por: endereço eletrônico: cpasa@arser.maceio.al.gov.br.
Evandro José Cordeiro O processo administrativo terá continuidade independentemente do
Código Identificador:2F65F442 comparecimento do fornecedor-beneficiário, franqueada vista dos
autos e autorizada cópia às suas expensas, bem como, poderá fazer-se
AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS representar por Procurador, devidamente constituído e com poderes
DELEGADOS - ARSER específicos para tratar sobre o assunto.
TERMO DE NOTIFICAÇÃO
Maceió/AL, 28 de Maio de 2020.
PROCESSO Nº.03000.030285/2020
INTERESSADO: CONTROLADORIA GERAL WALKÍRIA GOMES S. AGUIAR
ADMINISTRATIVA/SEMAS Membro da Comissão Permanente de Aplicação de Sanções
ASSUNTO: PROVIDÊNCIAS – APURAÇÃO DE Administrativas/ARSER
IRREGULARIDADE – INADIMPLEMENTO – ARP nº 440/2019 – Publicado por:
PE nº 80/2019. Evandro José Cordeiro
Código Identificador:7F2088ED
Fica a empresa AYRES E QUEIROZ LTDA. - ME, inscrita no
CNPJ nº 08.591.679/0001-42, NOTIFICADA acerca do Processo
Administrativo nº 03000.030285/2020, que tem por objeto o

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ANO XXIII - Maceió/AL, Terca-Feira, 23 de Junho de 2020 - Nº 5987
fls. 957

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AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS Publicado por:

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
DELEGADOS - ARSER Evandro José Cordeiro
HOMOLOGAÇÃO Código Identificador:A9B2A8D7

HOMOLOGO o resultado do processo licitatório, modalidade Pregão FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE AÇÃO CULTURAL - FMAC
Eletrônico nº. 62/2020, tipo MENOR PREÇO, relativo ao Processo SÚMULA DO TERMO DE FOMENTO Nº. 003/2020. -
Administrativo nº. 6700.24180/2020, da AGÊNCIA MUNICIPAL PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº. 1500.035786/2020.
DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DELEGADOS DE MACEIO
– ARSER, tendo por objeto o registro de preços de materiais PARTICIPES: ASSOCIAÇÃO DOS FORROZEIROS DE
pedagógicos, remanescentes do PE nº. 14/2020, sagrando-se como ALAGOAS, inscrita no CNPJ/MF sob o n°. 20.389.496/0001-44, e a

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
vencedoras as empresas: FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE AÇÃO CULTURAL - FMAC,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº. 01.834.835/0001-00.
Itens 01 e 06: V.T.A. MACHADO DE ARRUDA EIRELI - EPP,
com o CNPJ nº. 16.667.433/0001-35, com sede na Avenida OBJETO: Constitui objeto do presente TERMO DE FOMENTO
Governador Osman Loureiro, nº. 3.506 – Edifício Premium Office - execução do Projeto “São João de Maceió 2020: Arrasta-pé na Sua
Sala 334 - Bairro: Mangabeiras - Maceió/AL - CEP Nº. 57.037-630, Casa”, que será no período de 23 a 29 de Junho de 2020, serão 04
no valor global de R$ 14.864,60 (Quatorze mil, oitocentos e sessenta e (quatro) lives transmitidas nas plataformas digitais da PREFEITURA
quatro reais e sessenta centavos). MUNICIPAL DE MACEIÓ; FMAC e ASFORRAL.
I - Integra este instrumento, independente de transcrição, o Termo de
Itens 02, 07 e 08: MIX PAPELARIA EIRELI - ME, com o CNPJ Referência e Plano de Trabalho proposto pelo Proponente e aprovado
nº. 24.180.611/0001-27, com sede na Rua 02 de Dezembro, nº. 74 - pela Concedente, bem como toda documentação técnica que dele
Bairro: Centro - Maceió/AL - CEP Nº. 57.020-120, no valor global de resulte, cujos termos os partícipes acatam integralmente.
R$ 28.125,20 (Vinte e oito mil, cento e vinte e cinco reais e vinte
centavos). VIGÊNCIA: À partir da sua publicação até 31 de Julho de 2020.

Itens 03 e 05: V.F. DA MOTA SILVEIRA - EPP, com o CNPJ nº. VALOR: O valor global deste repasse é de R$ 65.000,00 (Sessenta e
09.487.821/0001-79, com sede na Rua Doutor Murilo Cardoso cinco mil reais).
Santana, nº. 106 - Bairro: Clima Bom II - Maceió/AL - CEP Nº.
57.071-150, no valor global de R$ 41.107,12 (Quarenta e um mil, RECURSOS: Unidade Orçamentária 001 – Fundação Municipal de
cento e sete reais e doze centavos). Ação Cultural – Dotação Orçamentária nº. 13.392.0025.4080 –
Fomento a Cultura, elemento de despesa nº 33.50.41.00.00
Maceió/AL, 22 de Junho de 2020. Contribuições, Recurso Próprio.

RODRIGO BORGES FONTAN FUNDAMENTO LEGAL: Artigo. 31, inciso II c/c art. 38 da Lei
Diretor-Presidente/ARSER Federal nº. 13.204/2015.
Publicado por:
Evandro José Cordeiro Maceió/AL, 22 de Junho de 2020.
Código Identificador:0F0918A7
VÂNIA LUÍZA BARREIROS AMORIM
INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES Diretora-Presidente/FMAC
PÚBLICOS DE MACEIÓ - IPREV Publicado por:
RESENHA Nº. 087/2020. – CG/IPREV Evandro José Cordeiro
Código Identificador:8355618F
A DIRETORA-PRESIDENTE DO INSTITUTO DE
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES E
DE MACEIÓ (IPREV), AOS DIAS 22 DO MÊS DE JUNHO DE TRÂNSITO - SMTT
2020, DESPACHOU OS SEGUINTES PROCESSOS: PORTARIA Nº. 094 MACEIÓ/AL, 22 DE JUNHO DE 2020.

PROCESSO Nº: 07000.060602/2016 O SUPERINTENDENTE MUNICIPAL DE TRANSPORTES E


INTERESSADO: Mauro Peixoto da Silva TRÂNSITO - SMTT, no uso de suas atribuições e prerrogativas
ASSUNTO: Sol. pagamento FGTS legais,
DESTINO: Secretaria Municipal de Gestão - SEMGE RESOLVE:
REVOGAR A FUNÇÃO GRATIFICADA FG-4 DA SERVIDORA,
PROCESSO Nº: 07000.033097/2020 SRA. DANIELA INÊS DOS SANTOS PESSOA, MATRÍCULA N°.
INTERESSADO: Laerte Baracho Wanderley 939920-8 CPF Nº. 060.933.074-84, QUE FORA CONCEDIDA
ASSUNTO: Sol. pagamento FGTS ATRAVÉS DA PORTARIA Nº. 065 NO DIA 04 DE ABRIL DE
DESTINO: Secretaria Municipal de Gestão - SEMGE 2018, DESTA SUPERINTENDÊNCIA MUNICIPAL DE
TRANSPORTES E TRÂNSITO - SMTT.
PROCESSO Nº: 07000.037840/2020
INTERESSADO: Diretoria de Finanças Previdênciárias/IPREV ANTÕNIO JOSÉ GOMES DE MOURA
ASSUNTO: Ofício nº 631/2020/CG/IPREV - Sol. de contratação de Superintendente/SMTT
estagiário Publicado por:
DESTINO: Secretaria Municipal de Gestão - SEMGE Evandro José Cordeiro
Código Identificador:012F96E0
PROCESSO Nº: 07000.037839/2020
INTERESSADO: Diretoria de Finanças Previdênciárias/IPREV PUBLICAÇÕES PRIVADAS
ASSUNTO: Ofício nº 629/2020/CG/IPREV - Sol. de substituição de EDITAL
estagiário
DESTINO: Secretaria Municipal de Gestão - SEMGE NOME DA EMPRESA: PRIME CONSTRUÇÕES E
INCORPORAÇÕES LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº.
ITALO DENNIS DE OLIVEIRA 12.415.313/0001-90, situada na Avenida Comendador Gustavo Paiva,
Chefe de Gabinete/IPREV nº. 2.789 – Sala 214 - Bairro: Mangabeiras - Maceió/AL, com
Atividades de: CONSTRUÇÃO CIVIL (EDIFÍCIOS). Torna
público que requereu a SECRETARIA MUNICIPAL DE

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fls. 958

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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE - 451 – Quadra A – Bairro: Cidade Universitária - Maceió/AL. Não Foi

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
SEDET, a AUTORIZAÇÃO Ambiental Municipal de exigido apresentação de Estudo Ambiental.
REGULARIZAÇÃO DE OPERAÇÃO empreendimento Publicado por:
denominado “EDIFÍCIO JOSÉ APRÍGIO VILELA”, situado na Evandro José Cordeiro
Avenida Professor Vital Barbosa, s/nº. – Bairro: Ponta Verde - Código Identificador:93FB3F61
Maceió/AL. Não Foi exigido apresentação de Estudo Ambiental.
PUBLICAÇÕES PRIVADAS
Publicado por: EDITAL
Evandro José Cordeiro
Código Identificador:B1FA97D5 NOME DA EMPRESA: CVT EMPREENDIMENTOS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
TURÍSTICOS E IMOBILIÁRIOS LTDA. - EPP, inscrita no CNPJ
PUBLICAÇÕES PRIVADAS sob o nº. 29.403.412/0001-54, situada na Rua Pão de Açúcar, nº. 120 -
EDITAL Bairro: Cruz das Almas – Maceió/AL, com Atividades de: HOTÉIS.
Torna público que requereu a SECRETARIA MUNICIPAL DE
NOME DA EMPRESA: SOLIDEZ ENGENHARIA LTDA, DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E MEIO AMBIENTE -
inscrita no CNPJ sob o nº. 06.937.784/0001-65, situada na Avenida SEDET, a AUTORIZAÇÃO Ambiental Municipal de
Comendador Gustavo Paiva, nº. 2.789 – Sala 214-B - Bairro: REGULARIZAÇÃO DE OPERAÇÃO do empreendimento
Mangabeiras - Maceió/AL, com Atividades de: CONSTRUÇÃO denominado “ÁGUA DE CÔCO HOTEL POUSADA”, situada na
CIVIL (EDIFÍCIOS). Torna público que requereu a SECRETARIA Rua Pão de Açúcar, nº. 120 - Bairro: Cruz das Almas – Maceió/AL.
MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E Foi exigido Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos –
MEIO AMBIENTE - SEDET, a AUTORIZAÇÃO Ambiental (PGRS).
Municipal de REGULARIZAÇÃO DE OPERAÇÃO Publicado por:
empreendimento denominado “RESIDENCIAL PARQUE Evandro José Cordeiro
METROPOLITAN”, situado no Conjunto Village Campestre, nº. Código Identificador:C0E4D00B

GABINETE DO PREFEITO - GP
DECRETO Nº. 8.907 MACEIÓ/AL, 19 DE JUNHO DE 2020.

APROVA O PLANO DE APLICAÇÃO DOS RECURSOS DECORRENTES DE PRECATÓRIOS ORIUNDOS DE


DIFERENÇAS DAS TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEF, DE EXERCÍCIOS ANTERIORES E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas prerrogativas legais previstas no art. 55, V, da Lei Orgânica do Município de
Maceió, e;

CONSIDERANDO a expedição de precatório federal (PRC nº. 178329-AL) e a aproximação do respectivo pagamento, referente a diferenças nos
repasses federais do FUNDEF, atual FUNDEB, reconhecidas nos autos do Processo nº. 0807260-82.2017.4.05.8000, em trâmite na 13ª Vara Federal
da Seção Judiciária de Alagoas;

CONSIDERANDO as orientações do Acórdão nº. 2.866/2018 do Plenário do Tribunal de Contas da União - TCU;

CONSIDERANDO o que preza o art. 70 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB nº. 9.394/1996 sobre as despesas de Manutenção e
Desenvolvimento de Ensino, assim como a Lei nº. 11.494/2007;

CONSIDERANDO que os Planos Nacional e Municipal de Educação estabelecem metas e estratégias para o Município de Maceió/AL;

CONSIDERANDO que a necessidade deste Plano de Aplicação fundamenta-se na eficiência e otimização dos recursos públicos;

CONSIDERANDO o respeito aos princípios constitucionais que regem a Administração Pública.

DECRETA:

Art. 1º - Aprovar o PLANO DE APLICAÇÃO DOS CRÉDITOS DECORRENTES DE PRECATÓRIOS DE DIFERENÇAS DAS
TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEF, para o exercício de 2020 e seguintes, conforme constante do ANEXO ÚNICO deste Decreto.

Art. 2º - Os rendimentos advindos da aplicação financeira deste recurso serão incorporados aos recursos originais, observando sempre sua
destinação que é a manutenção e desenvolvimento de ensino.

Art. 3° - O Plano de Aplicação poderá ser alterado para ajuste de valores e adequação de ações, inclusive para inserir os rendimentos provenientes
dos da aplicação financeira.

Art. 4º - O Plano Aplicação ora apresentado contempla o uso de apenas 40% (quarenta por cento) do valor a ser creditado em favor do Município. O
saldo de 60% (sessenta por cento) deverá permanecer aplicado e não será utilizado até que o Supremo Tribunal Federal pacifique o entendimento
acerca da destinação ou não destes recursos para o pagamento de professores.

Parágrafo Único. Uma vez pacificado o entendimento pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, caberá à SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO – SEMED, apresentar um Plano de Aplicação complementar, nos moldes definidos na referida Corte Superior.

Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ, em 19 de Junho de 2020.

RUI SOARES PALMEIRA


Prefeito de Maceió

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ANEXO ÚNICO AO DECRETO Nº. 8.907 DE 19/06/2020.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS
1) Origem do Recurso

Transferência de Recursos da Complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério – FUNDEF/Precatórios.

Recurso proveniente de Ação Judicial FUNDEF – Precatórios, vinculado ao Processo nº. 0807260-82.2017.4.05.8000 tramitado no TRF 5ª Região.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
Valor atual dos recursos a serem creditados ao MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL é R$ 295.116.579,52 (Duzentos e noventa e cinco milhões, cento
e dezesseis mil, quinhentos e setenta e nove reais e cinquenta e dois centavos), dos quais 40% (quarenta por cento) significam R$ 118.046.631,81
(Cento e dezoito milhões, quarenta e seis mil, seiscentos e trinta e um reais e oitenta e um centavos).

Ressalte-se que, neste momento, o Plano de Aplicação irá utilizar 40% (quarenta por cento) do valor a ser creditado ao Município, parcela
incontroversa destinada às despesas de manutenção e desenvolvimento da educação básica. Os 60% (sessenta por cento) restantes, mantido o
entendimento por parte do TCU/CGU/STF, devem ser distribuídos nas rubricas definidas no presente Plano.

Dados da Conta Corrente:

A PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ providenciará conta corrente exclusiva para receber o Precatório em comento, no BANCO DO
BRASIL S/A, na Agência nº. 3557-2, visando melhor controle e ações de execução e prestação de contas.

A contabilização dos recursos decorrentes da diferença de transferências do FUNDEF, referentes a exercícios anteriores, objeto de precatório, deve
ser efetuada sob a rubrica 1.7.5.8.01.2.1.02.00 – Transferência de Recursos da Complementação da União ao Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério FUNDEF/Precatórios, na Fonte de Recurso 95, Detalhamento 375 (Ação
Judicial FUNDEF Precatórios) na Fonte de Detalhamento 0095/375.

2) Justificativa

O Município de Maceió/AL ajuizou ação contra a União, originando o Processo nº. 0807260-82.2017.4.05.8000, em virtude de insuficiência dos
depósitos do FUNDEF, atual FUNDEB, referentes a exercícios anteriores, e culminou em precatório cujo valor foi confirmado para liberação para
este Município no primeiro semestre de 2020, recursos estes, que somente poderão ser aplicados na manutenção e desenvolvimento de ensino básico,
em conformidade com o dispositivo nas Leis Federais nºs: 9.394/1996 e 11.494/2007.

Assim, as diferenças relativas a diversos exercícios financeiros, a Prefeitura deverá realizar as despesas consoante a este plano de aplicação, podendo
estas serem efetivadas em exercícios diversos daquele em que ocorrer a transferência financeira para o cofre municipal, não estando sujeitos ao prazo
limite previsto no art. 21, caput, da Lei nº. 11.494 de 2007, conforme indicado no Acórdão nº. 2866/2018 do Tribunal de Conta da União - TCU.

O Município de Maceió/AL, garantirá a ampla publicidade deste plano de aplicação de recursos, em especial aos:
- Conselho do FUNDEB;
- Membros do Poder Legislativo;
- Ministério Público;
- Tribunal de Contas do Estado;
- Tribunal de Contas da União; e
- Comunidade diretamente envolvida.

3) Planejamento das Ações

As ações a serem implementadas neste plano de aplicação de recursos na educação do Município de Maceió/AL, a cargo da SECRETARIA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEMED, estão agrupadas em dimensões de desenvolvimento das condições do ensino básico:
- Obras e Serviços de Manutenção;
- Formação Continuada – Profissionais da Educação Básica;
- Frota;
- Aquisição de Equipamentos Escolares;
- Mobiliário em Geral;
- Eletros de Utilidades Coletivas;
- Eletrônicos de Necessidades Pedagógicas;
- Informática: Equipamentos, Serviços e Sistemas;

- Materiais Didáticos;
- Laboratórios de Ciências; e
- Manutenção da Educação Básica.

TABELA 1 – RESUMO DOS VALORES DAS AÇÕES

DETALHAMENTO DAS AÇÕES DO PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS


(FUNDEF - MACEIÓ-AL)
DIMENSÕES QDE. AÇÕES VALORES DESTINADOS (R$)
- Obras e Serviços de Manutenção 7 R$ 33.915.243
- Formação Continuada - Profissionais da Educação 3 R$ 2.052.000
- Frota 1 R$ 1.390.000
- Aquisição de Equipamentos Escolares 2 R$ 5.300.419
- Mobiliário em Geral 1 R$ 8.368.343
- Eletros de Utilidades Coletivas 2 R$ 2.600.000
- Eletrônicos de Necessidades Pedagógicas 3 R$ 897.000

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- Informática: Equipamentos, Serviços e Sistemas 5 R$ 9.936.393

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
- Materiais Didáticos 2 R$ 1.400.000
- Laboratórios de Ciências 1 R$ 9.926.074
- Manutenção da Educação Básica 1 R$ 42.261.160
TOTAL R$ 118.046.632

TABELA 2 – AÇÕES EM OBRAS E SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO

Obras e Serviços de Manutenção


Total do Investimento R$ 33.915.242,83
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
Metas 1, 2, 6, 7 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
1 Reforma da Escola Yeda Oliveira R$ 3.800.000,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Meta 1, 6 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL,
2 Nova CMEI Ipioca R$ 3.087.471,80 2020
LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Meta 1, 6 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL,
3 Nova CMEI Ouro Preto R$ 2.102.660,43 2020
LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Meta 1, 6 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL,
4 Novas CMEI: Residencial - 1; e Res. Cidade Sorriso 1 R$ 6.174.943,60 2020
LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Ampliação de CMEI (novas 20 salas nas Unidades CMEI: Ana Carolina
Meta 1, 6 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL,
5 Galina, Fúvia Rosemberg, Maria Salete, Rodrigues Alves, Silvanio R$ 1.726.983,65 2020
LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Barbosa e José Aprígio)
Novos Ginásios (Nas Unidades Escolares Zumbi dos Palmares, José Meta 26 e 7 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL,
6 R$ 4.537.108,51 2020
Haroldo e Jayme de Altavila) LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Novas Quadras (Nas Unidades Selma Bandeira, Rio Novo, Suzel Dantas,
Neide França, Cleto Marques, Benedita da Silva, Aurélio Buarque, Dom
Meta 1, 2, 7, 11, 12 e 13 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015
7 Antônio Brandão, Gastone Beltrão, José Correia Costa, João XXIII, R$ 12.486.074,84 2020
M.Maceió- AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Luiza Suruagy, Nise da Silveira, Jarede Viana e Complexo Esportivo
Nosso Lar )

TABELA 3 – AÇÕES PARA FORMAÇÃO CONTINUADA

Formação Continuada - Profissionais da Educação


Total do Investimento R$ 2.052.000,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Reformulação do sistema educacional com assessoria pedagógica e
realização de formação continuada para professores da rede municipal, Metas 1, 2, 6, 7 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015
1 R$ 1.515.000,00 2020
reordenamento da rede, construção colaborativa do projeto de educação e M.Maceió-AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
das diretrizes curriculares
Formação para gestores a cerca de indicadores de gestão, indicadores Meta 1, 6 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
2 R$ 187.000,00 2020
pedagógicos, dentre outros. AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Meta 1, 6 e 19 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
3 Formação para utilização de laboratórios de ciências e computação R$ 350.000,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"

TABELA 4 – AÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE VEÍCULO

Frota
Total do Investimento R$ 1.390.000,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Aquisição de Ônibus Escolares (para atividades extra-curriculares da Rede
Metas 1, 2 e 7 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
1 Municipal de Educação, não definidas no contrato de serviços de transporte R$ 1.390.000,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
escolar)

TABELA 5 – AÇÕES PARA AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESCOLARES

Aquisição de Equipamentos Escolares


Total do Investimento R$ 5.300.419,27
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL, LDB nº
1 Aquisição de brinquedos pedagógicos R$ 3.300.419,27 2020
9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Metas 1, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL, LDB nº
2 Aquisição de Parques Infantis/Playground R$ 2.000.000,00 2020
9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"

TABELA 6 – AÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE MÓVEIS ESCOLARES

Mobiliário em Geral
Total do Investimento R$ 8.368.343,01
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL, LDB nº
1 Aquisição de Móveis Escolares R$ 8.368.343,01 2020
9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"

TABELA 7 – AÇÕES PARA AQUISIÇÃO DE APARELHOS ELÉTRICOS

Eletros de Utilidades Coletivas


Total do Investimento R$ 2.600.000,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL, LDB nº
1 Aquisição de Eletrodomésticos - Linha Branca R$ 2.100.000,00 2020
9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Aquisição de Splits para salas especiais em Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL, LDB nº
2 R$ 500.000,00 2020
Unidades Escolares 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"

TABELA 8 – AÇÕES PARA AQUISIÇÃO DE APARELHOS ELETRÔNICOS

Eletrônicos de Necessidades Pedagógicas


Total do Investimento R$ 897.000,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
1 Aquisição de DataShow R$ 560.000,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"

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Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
2 Aquisição de Lousa/mesa Eletrônica R$ 22.000,00 2020

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
Aquisição de Sistema de Vídeo Conferência/Atividade Remota
Metas 1, 2, 6, 7 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
3 (destinado às Unidades Escolares e Setores de Formação, para R$ 315.000,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "II"
capacitação pedagógica de equipes de forma remota e outras formações)

TABELA 9 – AÇÕES PARA AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INFORMÁTICA

Informática: Equipamentos, Serviços e Sistemas


Total do Investimento R$ 9.936.392,50
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Aquisição de Computadores para as Unidades Escolares (chrome Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 486022E.
1 R$ 3.954.928,00 2020
books, notebooks, dentre outros) AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
2 Aquisição de Computadores para as Coordenações Pedagógicas R$ 1.448.280,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
Aquisição de Sistema Pedagógico de Gestão da Educação (ou Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
3 R$ 180.000,00 2020
atualização) AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
4 Aquisição de Sistema Informatizado de Frequência (biométrico) R$ 3.213.184,50 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
5 Ativos para Rede Unidades Escolares/SEMED/PMM R$ 1.140.000,00 2020
AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"

TABELA 10 – AÇÕES PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS

Materiais Didáticos
Total do Investimento R$ 1.400.000,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Aquisição de livros de literatura e paradidáticos, inclusive no Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-
1 R$ 1.000.000,00 2020
meio digital na forma de e-books AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
Metas 1, 2, 4, 6 e 8 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL, LDB
2 Aquisição de material para Educação Inclusiva R$ 400.000,00 2020
nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"

TABELA 11 – AÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE LABORATÓRIOS DE CIÊNCIAS

Laboratórios de Ciências
Total do Investimento R$ 9.926.074,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Aquisição e Implantação de Laboratórios de Ciências, Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015 M.Maceió-AL,
1 R$ 9.926.074,00 2020
Matemática, Robótica, Inteligência Emocional e outros LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"

TABELA 12 – AÇÕES PARA AS DESPESAS DE MANUTENÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Manutenção da Educação Básica


Total de Despesas R$ 42.831.160,00
Item Ação Embasamento Jurídico Investimento R$ Período
Aplicação nas despesas de manutenção da Educação Básica da Rede até 31
Metas 1, 2, 6, 7, 8, 19 e 20 do PME de Maceió, Lei 6.493/2015
1 de Dezembro de 2020 (contratos de limpeza, de água, de energia elétrica, R$ 42.831.160,00 2020
M.Maceió-AL, LDB nº 9.394 de 20/12/96, Art. 70 - Alínea "VIII"
sanitização, dedetização, dentre outros)

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Evandro José Cordeiro
Código Identificador:E93B12A8

AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DELEGADOS - ARSER


EXTRATO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº. 135/2020. - ORIUNDA DO PREGÃO ELETRÔNICO Nº. 57/2020. - PROCESSO
ADMINISTRATIVO Nº. 6700.30511/2020.

OBJETO: Registro de preços para futura e eventual registro de preços referenteo(a)FORNECIMENTO/PRESTAÇÃO DE INSUMOS PARA O
COMBATE A (COVID-19), a fim de atender as necessidades do MUNICÍPIO DE MACEIÓ.

PARTES: A AGÊNCIA MUNICIPAL DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DELEGADOS ARSER, inscrita no CNPJ/MF sob o nº.
26.981.455/0001-29, e a empresa 3MED DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS LTDA. - EPP, inscrita no CNPJ sob o nº.29.043.834/0001-
66, situada à Rua Francisco Ferdinando Losina, nº. 229 - Bairro: Bela Vista – Erechim/RS – CEP Nº. 99.704-168, perfazendo o valor global de R$
106.002,00 (Cento e seis mil e dois reais).

ITEM 06 - COTA PRINCIPAL (AMPLA PARTICIPAÇÃO – 90% DO QUANTITATIVO)

Item Descrição do Produto Unid Quant Marca/ Modelo/ Fabricante Valor Unitário R$ Valor Total R$
Luva em látex de borracha natural descartável,
anatômica, não cirúrgico, ambidestra, em látex de
borracha natural e levemente com pó bioabsorvível
atóxico; hipoalergênica, superfície lisa, descartável.
Tamanhos: PP, P M e G. Caixa com 100 unidades.
06 Dados de identificação, procedência, validade CX 2447 lemgruber 39,00 95.433,00
mínima de 12 meses a partir da emissão da ordem
de fornecimento, número de lote e registro no
Ministério da Saúde. Com Certificado de
Aprovação (CA) expedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego

ITEM 13 - COTA RESERVADA PARA ME/EPP NO PERCENTUAL DE 10% DO ITEM

Item Descrição do Produto Unid Quant Marca/ Modelo/ Fabricante Valor Unitário R$ Valor Total R$
Luva em látex de borracha natural descartável,
13 anatômica, não cirúrgico, ambidestra, em látex de Cx 271 lemgruber 39,00 10.569,00
borracha natural e levemente com pó bioabsorvível

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atóxico; hipoalergênica, superfície lisa, descartável.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDO ANTONIO REALE BARRETO e www2.tjal.jus.br, protocolado em 19/10/2020 às 17:09 , sob o número WMAC20702165107
Tamanhos: PP, P M e G. Caixa com 100 unidades. dados
de identificação, procedência, validade mínima de 12
meses a partir da emissão da ordem de fornecimento,
número de lote e registro no Ministério da Saúde. Com
Certificado de Aprovação (CA) expedido pelo Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE) válido

VIGÊNCIA: A presente Ata de Registro de Preços terá validade de 180 (cento e oitenta) dias, contados da sua assinatura, tendo sua eficácia a partir
da publicação deste Extrato no DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ.

Maceió/AL, 22 de Junho de 2020.

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RUTH GRAZIELA BRANDÃO DANTAS
Gerente – Matrícula nº. 953068-1
Gerência de Gestão de Contratos e Atas/ARSER
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Evandro José Cordeiro
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fls. 963

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ESTADO DE ALAGOAS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
16ª Promotoria de Justiça da Capital - Fazenda Pública Municipal

Ação Civil Pública


Processo nº:0714901-97.2020.8.02.0001 08.2020.00056596-4
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas -
Sinteal
Réu: Município de Maceió

MANIESTAÇÃO

I. OS FATOS

Trata-se de AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE OBRIGAÇÃO DE FAZER, COM

PEDIDO DE CONCESSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA,

ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas –

SINTEAL, em face do Município de Maceió.

Segundo consta da inicial, o Autor busca a correta aplicação dos valores

relativos ao Precatório do Fundef/Fundeb depositado em conta específica no

Banco do Brasil/SA (Precatório nº 20198000013200087- PRC178329-AL - TRF 5) e

transferido para conta municipal. Para isso, defende que nos termos da lei nº

11.494/2007, que instituiu o FUNDEB (fundo que veio a substituir o FUNDEF),

pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos

serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do

magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública (art. 22).

Ressalta que os valores do Fundo preservam seu caráter vinculante,

independentemente de serem pagos por precatórios, de modo que a verba

deveria manter a sua destinação legal. Contudo, de acordo com o Sindicato


.
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fls. 964

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autor, muitos municípios têm dado destino diverso a tais recursos que são

oriundos do FUNDEF e que não haviam sido repassados por erro da União.

Em decisão de fls. 875 a 879, o MM Juiz deferiu a tutela provisória

determinando o imediato bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito

oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido

pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam

indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o

julgamento do mérito da presente ação.

Em sua contestação de fls. 897 a 923, o Município de Maceió entende que

o autor quer, de forma transversa, rediscutir e reverter matéria já decidida pelo

TCU, questionando, agora no âmbito da Justiça estadual, a validade do item

9.2.2 do Acórdão n° 1.824/2017 do Plenário do Tribunal de Contas da União,

que afastou a vinculação à remuneração dos profissionais do magistério do

mínimo de 60% dos recursos do FUNDEF (sucedido pelo FUNDEB), relativos

às diferenças obtidas judicialmente quanto à complementação devida pela

União.

Segundo o réu, caberia ao autor ajuizar uma ação contra o Acórdão n°

1.824/201, antes de requerer que a edilidade maceioense dê destino diverso do

determinado pelo TCU, à quantia disposta no precatório nº 20198000013200087

– PRC178329-AL. Esta ação, seja ela uma ação desconstitutiva de decisão do

TCU ou uma ação anulatória de acórdão do TCU ou outra que o autor

entendesse cabível, tramitaria junto à Justiça Federal. Afinal, o Município de

Maceió NÃO PODE desobedecer a decisão proferida no Acórdão n° 1.824/2017,


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sob pena de crime de desobediência, prática de improbidade.

O Município também aduz que se houvesse uma vinculação do valor do

precatório ao pagamento direto aos profissionais em questão, como seria no

próximo ano se o VMA baixasse (e, por consequência o valor de repasse do hoje

FUNDEB), poderia haver diminuição dos vencimentos? Questiona também

acerca dos anos em que o Município precisou complementar a quantia com

receita própria (como faz todo ano), poderia haver compensação antes de se

fazer o tal rateio pretendido pelo sindicato autor? Enfim, conclui que o autor se

esquiva de todas essas questões e quer 60% do valor do crédito do precatório e

fazer rateio entre seus associados que estejam na atividade, como se isso não

implicasse qualquer tipo de consequência jurídica.

Em sede preliminar, o Município aventa a tese de SUSPENSÃO

PROCESSUAL EM DECORRÊNCIA DA TRAMITAÇÃO DA ADPF Nº 528, que

discute a destinação dos recursos oriundos das ações judiciais envolvendo os

repasses a menor do FUNDEF, se para os profissionais da educação ou para

toda a coletividade, por meio de ingresso como receita nos cofres municiais.

II. DO DIREITO

Compulsando os autos, vê-se que merece guarida a

preliminar aventada pelo Município de Maceió, consubstanciada

no pedido de suspensão do feito. De fato, a ADPF nº. 528,

questiona decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que


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desobrigou estados e municípios de destinarem percentual mínimo

de recursos complementados pela União no repasse do Fundo de

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

Magistério. É exatamente a mesma matéria tratada nestes autos, ou

seja, a subvinculação dos precatórios.

Ora, a questão da vinculação de recursos extraordinários do

FUNDEB ao pagamento da remuneração dos profissionais do

magistério, não é simples como faz parecer o Sindicato autor,

existem diversas implicações jurídicas, como já bem ressaltado

pelo Município de Maceió.

Ao que parece, o artigo 22 da Lei n° 11.494/2007, ao prever

que pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais

dos fundos sejam destinados ao pagamento da remuneração dos

profissionais do magistério da educação básica pública, incide

somente sobre os recursos ordinários anuais. De fato, consoante as

informações prestadas pelo Tribunal de Contas da União na ADPF

nº 528, mostra-se inviável sua aplicabilidade em caso de montantes

extraordinários "devido à ausência de continuidade dos recursos

recebidos em contraposição à perpetuidade de possíveis aumentos

concedidos aos profissionais do magistério".

III. CONCLUSÃO

Dito isso, entende o Ministério Público pela necessidade de


trâmite no Supremo Tribunal Federal.

Maceió-AL, 21 de outubro de 2020.


ESTADO DE ALAGOAS

Promotor de Justiça
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

Marcus Rômulo Maia de Mello


16ª Promotoria de Justiça da Capital - Fazenda Pública Municipal
suspensão do feito, até ulterior julgamento da ADPF nº. 528 em
fls. 967

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fls. 968

Saseal
Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado de Alagoas

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA DA

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FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DA COMARCA DE MACEIÓ, ESTADO DE
ALAGOAS.

Proc. nº 0714901-97.2020.8.02.0001

SINDICATO DOS ASSISTENTES SOCIAIS DO ESTADO DE


ALAGOAS – SASEAL, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.778.595/0001-64, com sede na
Rua Álvaro Marinho, nº 627, prado, CEP: 57.010-050 Maceió-AL,
por conduto de seu advogado, regularmente constituído pelo
incluso instrumento de mandato, vem perante Vossa Excelência,
com supedâneo nos artigos 119 e seguintes do CPC, REQUERER
sua INTERVENÇÃO na qualidade de ASSISTENTE LITISCONSORCIAL,
ante os fatos e fundamentos jurídicos adiante consignados.

I. DOS FATOS:

O peticionária na condição de substituto processual


dos Assistentes Sociais laboram na Rede Pública Municipal de
Ensino, integrantes do grupo ocupacional de apoio
administrativos, vez que esses também oferecem suporte
pedagógico a tais atividades, como os de administração ou
direção de escola, planejamento, inspeção, supervisão e
orientação educacional.

Registre-se que em 07.03.2021, a vereadora GABY


RONALSA apresentou projeto de lei, alterando alguns
dispositivos, bem como acrescentado o inciso V ao artigo 1º
da Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, no caso, a figura
do grupo ocupacional de apoio administrativo da educação,
como é o caso dos assistentes sociais.

(Fundado em 1985) CNPJ Nº 10.778.595/0001-64


Rua Álvaro Marinho, 627 – Prado – Maceió – AL – CEP 57.010-050 – Fone/Fax: (82) 3221 0231
fls. 969

Saseal
Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado de Alagoas

.
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O Código de Processo Civil dispõe, em seu artigo

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124 que, quem tiver interesse jurídico no resultado de uma
sentença poderá intervir no processo prestando assistência a
uma das partes, conforme:

Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o


assistente sempre que a sentença influir na relação
jurídica entre ele e o adversário do assistido.

Desta forma, resta mais do que demonstrado o


interesse do peticionante em intervir neste processo judicial
na qualidade de ASSISTENTE, tendo em vista que o resultado
desta demanda judicial.

II. DOS REQUERIMENTOS:

Em razão do exposto, requer-se a Vossa Excelência:

a) a intimação das demais partes para que se


manifestem no prazo de 15 (quinze) dias a acerca do presente
pedido de assistência, com fulcro no artigo 120 do Código de
Processo Civil (CPC/2015);

b) que após o prazo de 15 (quinze) dias com ou sem


a manifestação das partes, seja deferido o pedido para
conceder ao peticionante a participação nestes autos como
assistente do demandante.

Nesses termos,
Pede deferimento.
Maceió, 13 de maio de 2021.

FELIPE LOPES DE AMARAL


Advogado - OAB/AL 11.299

(Fundado em 1985) CNPJ Nº 10.778.595/0001-64


Rua Álvaro Marinho, 627 – Prado – Maceió – AL – CEP 57.010-050 – Fone/Fax: (82) 3221 0231
fls. 970

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CÂMARA MUNICIPAL DE MACEIÓ


PRESIDÊNCIA
PROLONGAMENTO DO EXPEDIENTE
16ª SESSÃO ORDINÁRIA DE 2021
25/3/2021
PROCESSO FASE DE
PROPOSIÇÃO AUTOR ASSUNTO
ADMINISTRATIVO TRAMITAÇÃO

PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A) PROJETO DE LEI / REVOGA A LEI N.4473/1995 SOBRE PROIBIÇÃO DE
1 LEITURA
LEI 03230040/2021 LEONARDO DIAS SUBSTITUIÇÃO DE NOMES PRÓPRIOS EM LOGRADOUROS PÚBLICOS.

DISPÕE SOBRE A EMISSÃO DE DECLARAÇÃO DE QUITAÇÃO ANUAL DE


PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A)
2 DÉBITOS PELAS PESSOAS JURÍDICAS PÚBLICAS E PRIVADAS NO ÂMBITO LEITURA
LEI 03150017/2021 JOÃOZINHO
DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

TORNA A PUBLICAÇÃO NO SÍTIO ELETRÔNICO DA


PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A) PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ A RELAÇÃO DE ITENS
3 LEITURA
LEI 03160011/2021 SAMYR MALTA DISPONÍVEIS EM SEUS DEPÓSITOS E ALMOXARIFADOS E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DISPÕE SOBRE A APLICAÇÃO DO RECURSO RECEBIDO PELO MUNICÍPIO DE


PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A) MACEIÓ A TÍTULO DE PRECATÓRIO DO FUNDO DE MANUTENÇÃO E
4 LEITURA
LEI 03180045/2021 JOÃO CATUNDA DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E DE VALORIZAÇÃO DO
MAGISTÉRIO – FUNDEF.
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fls. 991

ACRESCENTA O § 3º AO ARTIGO 2º DA
PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A)
5 LEI Nº 5.917 DE 13 DE SETEMBRO DE LEITURA
LEI 03220027/2021 JOÃO CATUNDA
2010

ALTERA OS DISPOSITIVOS DA LEI MUNICIPAL Nº


6.695 DE 27 DE SETEMBRO DE 2017 QUE DISPÕE
VEREADOR (A)
PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° SOBRE A CRIAÇÃO EM MACEIÓ DA PARADA SEGURA
6 OLIVIA LEITURA
LEI 03180047/2021 PARA MULHERES, EM HORÁRIOS NOTURNOS NO
TENÓRIO
ITINERÁRIO DO TRANSPORTE COLETIVO, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DISPÕE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DO


VEREADOR (A)
PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° FORNECIMENTO DE ABSORVENTES HIGIÊNICOS NA
7 OLIVIA LEITURA
LEI 03180048/2021 REDE PÚBLICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE
TENÓRIO
MACEIÓ, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A) ALETRA A DENOMINAÇÃO DA RUA DOS TUPIS PARA RUA CONSELHEIRO
8 LEITURA
LEI 03190013/2021 FÁBIO COSTA EUSTÁQUIO TOLEDO.

INSTITUI O PROGRAMA DE COOPERAÇÃO E O


CÓDIGO “SINAL VERMELHO” NO MUNICÍPIO DE
PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A)
9 MACEIÓ, VISANDO O COMBATE E A PREVENÇÃO LEITURA
LEI 03110044/2021 GABY RONALSA
À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

ALTERA A EMENTA E ALGUNS DISPOSITIVOS, BEM


PROJETO DE PROTOCOLO WEB N° VEREADOR (A)
10 COMO ACRESCENTA O INCISO V AO ART. 1º DA LEITURA
LEI 03110008/2021 GABY RONALSA
LEI Nº 7.054, DE 21 DE JANEIRO DE 2021.
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MUNICÍPIO DE MACEIÓ

.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FELIPE LOPES DE AMARAL e *.tjal.jus.br., protocolado em 13/05/2021 às 09:32 , sob o número WMAC21701156334
GABINETE DA VEREADORA GABY RONALSA

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4E885CC.
____________________________________________________________________

PROJETO DE LEI Nº ________/2021

Altera a Ementa e alguns dispositivos, bem


como acrescenta o inciso V ao art. 1º da
Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021.

A Câmara Municipal de Maceió decreta:

Art. 1º A Ementa da Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, passa a vigorar com a seguinte
redação:

"AUTORIZA O PODER EXECUTIVO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ A FIRMAR ACORDO NO


PROCESSO JUDICIAL Nº 0714901-97.2020.8.02.0001, EM TRÂMITE NA 14ª VARA
CÍVEL − FAZENDA MUNICIPAL, DA COMARCA DE MACEIÓ, NA FORMA QUE
DISCIPLINA.”

Art. 2º Altera o Art. 1º da Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, passando a vigorar com a
seguinte redação:

“Art. 1° Fica o Executivo autorizado a celebrar acordo nos autos do processo judicial
nº 0714901-97.2020.8.02.0001, em trâmite na 14ª Vara Cível − Fazenda Municipal da
Comarca de Maceió, nos seguintes termos:”

[...]

“IV - Entende-se por professores beneficiários os discriminados nas alíneas a seguir,


sempre respeitando a proporcionalidade, se for o caso, do tempo de serviço
desempenhado em sala de aula durante o interstício de 1998 até os dias atuais,
devendo haver a respectiva comprovação:”

“a) Estatutários do período e da ativa, independente do período de investidura no


cargo; “

[...]

Art. 3º O Art. 1º da Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, passa a vigorar acrescido do


inciso V, com a seguinte redação:

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Art. 1º [...]

[...]

“V - Fica o Poder Executivo Municipal, também, autorizado a negociar com o


sindicato estadual da categoria para efetuar o pagamento de parte dos recursos
relativos ao Precatório de que trata o inciso I deste artigo, aos profissionais do Grupo
Ocupacional de Apoio Administrativo do Quadro de Pessoal Permanente da Rede
Pública Municipal de Ensino.”

Art. 4º Ficam revogadas as disposições em contrário.

Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala de Sessões da Câmara Municipal de Maceió/AL, em 07 de março de 2021.

GABY RONALSA
Vereadora − DEM

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JUSTIFICATIVA

A presente proposição visa adequar informações mais precisas ao objeto da


matéria, tendo em vista acontecimentos supervenientes à propositura do Projeto de Lei que
ensejou a Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, bem como contemplar os profissionais do
Grupo Ocupacional de Apoio Administrativo do Quadro de Pessoal Permanente da Rede
Pública Municipal de Ensino ao direto previsto na aludida legis.

Passo a explicar:

A matéria em comento diz respeito ao repasse do antigo FUNDEF − Fundo


de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(atual FUNDEB − Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação), o qual fora instituído pela Emenda
Constitucional nº 14, de setembro de 1996, regulamentado pela Lei nº 9.424, de 24 de
dezembro de 1996 e no Decreto nº 2.264, de junho de 1997.

Cabe, a priori, tecer breve explanação sobre o FUNDEF, consoante abaixo


delineada:

O FUNDEF fora criado para garantir uma subvinculação dos recursos da


educação para o Ensino Fundamental, bem como para assegurar melhor distribuição desses
recursos. Com este fundo de natureza contábil, cada Estado e cada município recebe o
equivalente ao número de alunos matriculados na sua rede pública do Ensino Fundamental.
Além disso, fora definido um valor mínimo nacional por aluno/ano, diferenciado para os
alunos da então 1ª à 4ª série e para os da então 5ª à 8ª série e os da Educação Especial
Fundamental.

Os recursos do FUNDEF destinavam-se exclusivamente ao Ensino


Fundamental e deveriam ter sido aplicados nas despesas enquadradas como “manutenção
e desenvolvimento do ensino”, conforme estabelecido pelo Art. 70 1 da Lei Federal nº
9.394/96 − LDB2.

1 Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas à
consecução dos objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se
destinam a:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino;
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à
expansão do ensino;
V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino;
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Destaque-se que o inciso I do referido dispositivo, por se tratar de


valorização do magistério, teria como percentual de destinação, no mínimo 60%, enquanto
que os demais, no máximo, 40% desta verba.

Ou seja, os recursos do FUNDEF deveriam ser utilizados da seguinte


maneira:

1. No mínimo 60% da verba do FUNDEF destinado à remuneração do


magistério. Assim, nos termos do inciso I do Art. 70 da LDB e
consoante orientações constantes na Resolução nº 03, de 08 de
outubro de 1997, do Conselho Nacional de Educação, nesta rubrica
somente poderiam ser realizadas, no âmbito do ensino fundamental
(regular, especial, indígena ou supletivo), as despesas adiante
descritas:

a. Remuneração dos profissionais do magistério: professores,


inclusive os leigos, e dos profissionais que exercessem
atividades de suporte pedagógico, tais como: direção,
administração, planejamento, inspeção, supervisão e
orientação educacional, estando estes profissionais em
exercício em uma ou mais escolas da respectiva rede de
ensino; e,
b. Durante os primeiros 5 anos de vigência da Lei nº 9.429/96,
ou seja, entre 1997 e 2001, era permitida a utilização de
parte dos recursos dessa parcela de 60% do FUNDEF na
capacitação de professores leigos, sendo a utilização
definida pelo próprio governo (estadual ou municipal) de
acordo com suas necessidades, sendo permitida a cobertura
de despesas relacionadas à formação dos professores, de
modo a torná-los habilitados ao exercício regular da
docência.

2. No máximo, 40% da verba do FUNDEF era empregado para


pagamentos das ações de manutenção e desenvolvimento do Ensino

VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;


VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;
VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.

2LDB − Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional − Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 − Estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.

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Fundamental, ou seja, o restante dos recursos do FUNDEF3 deveria


ser utilizado na cobertura das despesas previstas nos incisos II a VIII
do Art. 70 da LDB, como, por exemplo: na capacitação de
professores, na aquisição de equipamentos, no transporte escolar,
na reforma e nas melhorias de escolas da rede de ensino público.

Feitas as considerações iniciais, destaca-se que fora constatado que,


durante o período de 1998 a 2006, a União cometeu erros no cálculo do valor transferido
por meio do FUNDEF, repassando aos municípios valores a menor. Assim, em 2003, os
Municípios das Regiões Norte e Nordeste ajuizaram demandas judiciais, e, após trâmites
processuais, foram vitoriosos, gerando precatórios que, somados, chegam à cifra de R$ 90
bilhões.

Ocorre que os Municípios, ao receberem os valores devidos em precatório,


começaram a usar referida verba como indenizatória, destinando este recurso para
despesas diversas. Assim, o Supremo Tribunal Federal − STF e o Tribunal de Contas da União
− TCU firmaram entendimento que 100% desta verba é de uso exclusivo para Educação,
portanto, somente poderia ser destinada para despesas com a Educação. Contudo, na
ocasião, os colegiados não se manifestaram quanto ao rateio para o magistério, ou seja,
quanto ao percentual de 60% do FUNDEF que era para a valorização do magistério, ficando
à critério do ente federativo.

Questionado, o TCU, no Acórdão nº 1.824/2017, firmou entendimento


desobrigando os estados e os municípios de destinarem percentual mínimo de 60% dos
Precatórios do FUNDEF, para pagamento dos profissionais do Magistério.

Inconformado, em meados de 2018, o Partido Social Cristão − PSC,


protocolou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental − ADPF de nº 528,
perante o STF contra a Decisão do TCU (Acórdão nº 1.824/2017).

Em abril de 2020, o julgamento da ADPF nº 528, fora suspenso, em virtude


de, após voto do relator Ministro Alexandre de Moraes, que defende a improcedência, o
Ministro Ricardo Lewandowski ter pedido vista, permanecendo até a presente data.

Vale mencionar a existência do Projeto de Lei nº 1.581/2020, com a


seguinte previsão, no parágrafo único do seu art. 7º: “Os repasses de que trata o caput
deste artigo deverão obedecer à destinação originária, inclusive para fins de garantir pelo
menos 60% (sessenta por cento) do seu montante para os profissionais do magistério
ativos, inativos e pensionistas do ente público credor, na forma de abono, sem que haja
incorporação à remuneração dos referidos servidores.”

3 40% deduzidos os 60% de valorização do magistério.


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No entanto, ao transformá-lo na Lei nº 14.057, de 11 de setembro de 20204,


o Presidente da República vetou o parágrafo único do art. 7º do r. Projeto de Lei nº
1.581/2020, nos termos do VETO 485.

O Congresso Nacional votará o VETO 486 em março deste ano, no sentindo


de mantê-lo ou rejeitá-lo, e se espera por uma medida de justiça que seja o mesmo
rejeitado, devendo sua redação de origem voltar ao Presidente da República para
promulgação.

Torna-se imprescindível, ainda, a título de conhecimento, fazer uma síntese


das demandas judiciais atinentes ao repasse do FUNDEF no estado de Alagoas, pertinentes
ao caso, em especial a Maceió, a fim de comprovar o motivo do presente Projeto de Lei.

A Associação dos Municípios Alagoanos − AMA intentou ação processual de


nº 2003.80.00.011204-0 (0011204-19.2003.4.05.8000), na Justiça Federal de Alagoas,
pleiteando provimento judicial concernente em adotar para os recursos subsequentes de
repasse do FUNDEF o valor mínimo anual por aluno, calculado nos moldes da Lei n°
9.424/96, tendo sido, em primeiro grau, julgada improcedente.

Contudo, após Apelação (Apelação Cível − AC 348312-AL) interposta pela


AMA, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região reformou a Sentença considerando que não
fora observado, na fixação do Valor Mínimo Nacional por Aluno − VMNA, o piso
estabelecido no § 1º do art. 6º, da Lei nº 9.624/96, condenando a União a repassar aos
municípios alagoanos a quantia equivalente aos recursos do FUNDEF que eles, por conta
disso, deixaram de receber. Transitado em julgado em 17/09/2013.

Destarte, a AMA, ajuizou demanda judicial de Cumprimento de Sentença


contra a Fazenda Pública de nº 0807260-82.2017.4.05.8000, na 13ª Vara Federal da Seção
Judiciária de Alagoas, já que ao estado de Alagoas era devido quase R$ 2 bilhões, cabendo à
Maceió o importe de um pouco mais de R$ 300 milhões.

Assim, fora expedido o Precatório Federal (nº 20198000013200087 − PRC


nº. 178329-AL) nos autos do Processo nº 0338835-41.2019.4.05.0000 destinado ao
Município de Maceió. Em 24 de junho de 2020 o depósito com o valor devido fora efetivado
(antecipação de pagamento), cujo valor de R$ 300.716.573,89 estaria disponível para saque
a partir de 03 de julho de 2020.

4 Publicada em 14 de setembro de 2020, no Diário Oficial da União.

5 48.20.005.
6 Mensagem nº 517, de 11 de setembro de 2020.
6
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Desta feita, havendo o impasse e não definição quanto ao Rateio dos 60%
para os profissionais do magistério, em 01/07/2020, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Alagoas − SINTEAL ajuizou Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória
de Urgência de nº 0714901-97.2020.8.02.0001, em trâmite na 14ª Vara Cível - Fazenda
Municipal, no intuito de conceder tutela provisória de urgência, para determinar a
indisponibilidade de 60% dos valores a serem recebidos pelo Município de Maceió/AL,
depositado em conta específica, por meio do Precatório nº 20198000013200087 -
PRC178329-AL, expedido pelo TRF da 5ª Região, até o julgamento final da demanda.

O r. Juízo da 14ª Vara Cível - Fazenda Municipal, por meio de Decisão


Interlocutória, datada de 08 de julho de 2020, deferiu a Tutela Provisória, determinando o
imediato bloqueio de 60% do crédito oriundo do Precatório supramencionado, devendo
permanecer indisponível, em conta judicial, até o julgamento do mérito do Processo nº
0714901-97.2020.8.02.0001.

Em 19 de outubro de 2020 o Município de Maceió/AL, informou ao Juízo,


nos autos nº 0714901-97.2020.8.02.0001, que consoante o Decreto nº 8.907, 19 de junho
de 2020, o qual aprovou o Plano de Aplicação dos Recursos decorrentes de Precatórios
oriundos de diferenças das transferências do FUNDEF, publicado no Diário Oficial do
Município − DOM em 23 de junho de 2020, estabeleceu em seu art. 4º que a quantia
equivalente ao percentual de 60% do valor do Precatório − PRC nº. 178329-AL permanecerá
aplicado e não será utilizado até que o STF pacifique o entendimento, nos autos da ADPF nº
528, acerca da destinação ou não destes recursos para o pagamento dos profissionais do
magistério.

Ultrapassando a epítome quanto às explicações do FUNDEF e às


considerações das demandas judiciais, passo agora a justificar o objeto e os motivos da
presente proposição.

Cabe recordar que por questões de justiça e lógica, o rateio deve ser
respeitado sim, afinal, se no interstício de 1998 a 2006 a União tivesse repassado os valores
corretos, os entes federativos, na ocasião, teriam destinado dos 100%, dessa verba, no
mínimo, 60% para a valorização do magistério.

O Projeto de Lei nº 51/2020, de autoria do nobre Vereador Francisco Sales,


que culminou na Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, publicada no DOM em 22 de
janeiro do corrente ano, fora protocolado, nesta Casa Legislativa, em 25 de junho de 20207,
ou seja, anterior a 01 de julho de 2020, data do ajuizamento da Ação Civil Pública com
pedido de Tutela Provisória de Urgência de nº 0714901-97.2020.8.02.0001, intentada pelo

7 https://www.maceio.al.leg.br/projetos-lei.
7
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SINTEAL, consequentemente, antes da concessão da Tutela Provisória, conforme acima


mencionado.

Desta forma, diante de todo alegado, certificados que a propositura da


supracitada Ação Civil Pública e o deferimento, em sede de liminar, da Tutela requestada,
que determinou o bloqueio e a indisponibilidade de 60% dos valores recebidos por
Maceió/AL, à título de Precatórios do FUNDEF, são fatos supervenientes, resta comprovada
a necessidade de retificar a Lei nº 7.054, de 21 de janeiro de 2021, com o fito de alterar sua
Ementa e seu Art. 1º, para constar o Processo Judicial nº 0714901-97.2020.8.02.0001, da
14ª Vara Cível - Fazenda Municipal da Comarca de Maceió, ao invés de Processo nº
0807260-82.2017.4.05.8000, da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas,
autorizando assim a celebração de Acordo no primeiro.

Aproveita-se a presente proposição para incluir o inciso V ao art. 1º da Lei nº


7.054, de 21 de janeiro de 2021, visando contemplar, no rateio de 60% do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL, os profissionais do Grupo Ocupacional de Apoio
Administrativo do Quadro de Pessoal Permanente da Rede Pública Municipal de Ensino, vez
que os profissionais do magistério não são apenas aqueles que exercem atividades de
docência (professores) como também aqueles que oferecem suporte pedagógico a tais
atividades, como os de administração ou direção de escola, planejamento, inspeção,
supervisão e orientação educacional, por isto o direito constante na supra legis deve ser
estendido a eles.

Por tais razões, proponho esta proposição e submeto ao crivo dos nobres
membros desta Casa, para que seja debatido e aprovado o presente Projeto de Lei.

Sala de Sessões da Câmara Municipal de Maceió/AL, em 07 de março de 2021.

GABY RONALSA
Vereadora − DEM

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)


fls. 1000

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCUS ROMULO MAIA DE MELLO e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/05/2021 às 12:20 , sob o número WMAC21800489200
ESTADO DE ALAGOAS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
16ª Promotoria de Justiça da Capital - Fazenda Pública Municipal

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4F0CD4E.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA CÍVEL DA
CAPITAL – FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL

Ação Civil Pública


Processo n. 0714901-97.2020.8.02.0001 08.2020.00056596-4
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, por conduto dos representantes

que adiante subscrevem,considerando o objeto dos autos e o interesse público primário a

ele atinente, consubstanciado no zelo pelo adequado dispêndio de recursos públicos

oriundos do FUNDEF, vem, através do presente, reforçar a necessidade de sua intimação

de todos os atos processuais emanados no processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua

intervenção como custos legis.

Outrossim, REQUER o parquet se digne Vossa Excelência a deliberar sobre o

pedido de suspensão do feito até o julgamento da ADPF nº 528 pelo Supremo Tribunal

Federal, nos termos do que já explanado na manifestação ministerial de fls. 963/967.

Termos em que pede deferimento.

Maceió-AL, 25 de maio de 2021.

Marcus Rômulo Maia de Mello


Promotor de Justiça

Fernanda Maria Moreira de Almeida Lôbo


Promotora de Justiça
fls. 1001

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4F971BA.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 15/06/2021 às 11:52 .
Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

DECISÃO

Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência


ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal,
devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado.
Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de substituta processual dos
servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no
sentido de determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a
serem recebidos pelo Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através
do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
judicial até o julgamento do mérito da presente ação.
Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal, como
também constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais
do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos
termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art.
7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007.
Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos
municípios estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna
fls. 1002

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4F971BA.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
pela imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 15/06/2021 às 11:52 .
valores, até a resolução do mérito da demanda.
Documentos às fls. 27 usque 874.
A tutela provisória de urgência pleiteada foi deferida por este Juízo, conforme se
verifica na decisão interlocutória de fls. 875 usque 879, oportunidade em que foi
determinado o bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo do Precatório
de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal
da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a
esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação, bem como para
vedar o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda.
Pois bem, analisando os autos, percebo assistir razão ao argumento de
necessidade de suspensão do feito, conforme levantado não só pelo Município de
Maceió, mas também pelo representante do Ministério Público Estadual.
A este respeito, noto que a questão posta a este Juízo encontra-se em discussão
perante o Supremo Tribunal Federal, através da Ação de Descumprimento de Preceito
Fundamental – ADPF de nº 528, ainda pendente de julgamento, e por meio da qual
questiona-se à Suprema Corte a constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de
Contas da União – TCU, que desobrigou os entes federados - Estados e Municípios - de
destinarem percentual mínimo de recursos complementados pela União no repasse do
Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
Para casos como o presente, assim dispõe o Novo Código de Processo Civil, que
há de ser aplicado por analogia ao caso presente:

Art. 313. Suspende-se o processo:

I a IV - (omissis);

V - quando a sentença de mérito:


fls. 1003

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4F971BA.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 15/06/2021 às 11:52 .
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro
processo pendente (grifos nossos)

b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a


produção de certa prova, requisitada a outro juízo;

(...)

Sendo assim, por entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no
artigo 313, V, a e b do NCPC, sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao
desenrolar deste processo, bem como por não vislumbrar qualquer óbice ao
requerimento da municipalidade, defiro o que requerido pelo Município réu e pelo
Ministério Público Estadual, ao passo que determino a suspensão do processo até que
seja definitivamente decidida a ADPF nº 528, interposta perante o Supremo Tribunal
Federal, oportunidade em que saber-se-á o rumo adequado a ser tomado nestes autos,
posto que uma das decisões antagônicas, apenas, prevalecerá após o julgamento da
Corte Suprema, que, ao final, decidirá se há de prevalecer, ou não, a necessária
destinação pleiteada pelo Sindicato Autor.

Defiro, ainda, o que requerido pelo parquet à fl. 1.000, ao passo em que
determino seja o Ministério Público Estadual intimado de todos os atos processuais
emanados no processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua intervenção como custos
iures.

Por fim, tendo em vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação
preventiva de abstenção por parte do ente municipal, fundamentada tão somente no
receio de que o réu venha a indevidamente alocar os recursos pleiteados e no indevido
proceder de outros entes, estranhos à lide, entendo que o valor atribuído à causa – mais
de trezentos milhões de reais -, não se coaduna com o que prevê o ordenamento jurídico
pátrio. Neste ponto, resta indubitável que a não correção do dito valor teria o condão de,
fls. 1004

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4F971BA.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
em caso de procedência da ação, atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 15/06/2021 às 11:52 .
pagamento de honorários sucumbenciais em cifras milionárias quando – repita-se -, o
ente réu sequer agiu, em momento algum, em desconformidade com o que pleiteia o
Sindicato autor.

Isto posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo Código de Processo
Civil, corrijo, de ofício, o valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$ 1.100,00 (Hum
mil e cem reais)

Publico. Intimem-se.

Maceió, 14 de junho de 2021

Antonio Emanuel Dória Ferreira


Juiz de Direito
A2
fls. 1005

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 15/06/2021 14:04


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA0710.
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0493/2021, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) D.J

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil
Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de
Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos autos,
em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de
substituta processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 15/06/2021 às 14:04 .
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de determinar a
indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo Município de Maceió-AL,
depositado em conta específica, através do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o
julgamento do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal,
como também constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007. Por fim,
aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios estão dando destinação diversa aos
referidos recursos, razão pela qual pugna pela imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e
salvaguarda dos valores, até a resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. A tutela
provisória de urgência pleiteada foi deferida por este Juízo, conforme se verifica na decisão interlocutória de fls.
875 usque 879, oportunidade em que foi determinado o bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo
do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do
mérito da presente ação, bem como para vedar o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos
substituídos, ou a quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Pois bem, analisando os autos,
percebo assistir razão ao argumento de necessidade de suspensão do feito, conforme levantado não só pelo
Município de Maceió, mas também pelo representante do Ministério Público Estadual. A este respeito, noto que a
questão posta a este Juízo encontra-se em discussão perante o Supremo Tribunal Federal, através da Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528, ainda pendente de julgamento, e por meio da qual
questiona-se à Suprema Corte a constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU, que
desobrigou os entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de recursos
complementados pela União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério. Para casos como o presente, assim dispõe o Novo Código de Processo Civil, que há de ser
aplicado por analogia ao caso presente: Art. 313. Suspende-se o processo: I a IV - (omissis); V - quando a
sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência
de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente (grifos nossos) b) tiver de ser
proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
(...) Sendo assim, por entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no artigo 313, V, a e b do NCPC,
sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao desenrolar deste processo, bem como por não vislumbrar
qualquer óbice ao requerimento da municipalidade, defiro o que requerido pelo Município réu e pelo Ministério
Público Estadual, ao passo que determino a suspensão do processo até que seja definitivamente decidida a ADPF
nº 528, interposta perante o Supremo Tribunal Federal, oportunidade em que saber-se-á o rumo adequado a ser
tomado nestes autos, posto que uma das decisões antagônicas, apenas, prevalecerá após o julgamento da Corte
Suprema, que, ao final, decidirá se há de prevalecer, ou não, a necessária destinação pleiteada pelo Sindicato
fls. 1006

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 15/06/2021 14:04


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 2

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA0710.
Autor. Defiro, ainda, o que requerido pelo parquet à fl. 1.000, ao passo em que determino seja o Ministério Público
Estadual intimado de todos os atos processuais emanados no processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua
intervenção como custos iures. Por fim, tendo em vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação
preventiva de abstenção por parte do ente municipal, fundamentada tão somente no receio de que o réu venha a
indevidamente alocar os recursos pleiteados e no indevido proceder de outros entes, estranhos à lide, entendo
que o valor atribuído à causa mais de trezentos milhões de reais -, não se coaduna com o que prevê o
ordenamento jurídico pátrio. Neste ponto, resta indubitável que a não correção do dito valor teria o condão de, em
caso de procedência da ação, atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo pagamento de honorários
sucumbenciais em cifras milionárias quando repita-se -, o ente réu sequer agiu, em momento algum, em
desconformidade com o que pleiteia o Sindicato autor. Isto posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo
Código de Processo Civil, corrijo, de ofício, o valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$ 1.100,00 (Hum mil e
cem reais) Publico. Intimem-se. Maceió, 14 de junho de 2021 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2"

Maceió, 15 de junho de 2021.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 15/06/2021 às 14:04 .
fls. 1007

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA1C2C.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE REMESSA DE CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO - PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 15/06/2021 às 15:31 .
CERTIFICA-SE, que em 15/06/2021 o ato abaixo foi encaminhado para
CITAÇÃO/INTIMAÇÃO no portal eletrônico.

Município de Maceió
Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió
DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada
pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e
por intermédio de advogados regularmente constituídos nos autos, em face do Município de
Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de substituta
processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de
determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento do mérito da presente
ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal, como também
constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da
Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos
municípios estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos valores, até a
resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. A tutela provisória de
urgência pleiteada foi deferida por este Juízo, conforme se verifica na decisão interlocutória de
fls. 875 usque 879, oportunidade em que foi determinado o bloqueio de 60% (sessenta por cento)
do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 1008

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA1C2C.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação, bem
como para vedar o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Pois bem, analisando os autos, percebo
assistir razão ao argumento de necessidade de suspensão do feito, conforme levantado não só pelo
Município de Maceió, mas também pelo representante do Ministério Público Estadual. A este
respeito, noto que a questão posta a este Juízo encontra-se em discussão perante o Supremo
Tribunal Federal, através da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528,
ainda pendente de julgamento, e por meio da qual questiona-se à Suprema Corte a
constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU, que desobrigou os
entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de recursos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 15/06/2021 às 15:31 .
complementados pela União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério. Para casos como o presente, assim dispõe o Novo Código de
Processo Civil, que há de ser aplicado por analogia ao caso presente: Art. 313. Suspende-se o
processo: I a IV - (omissis); V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra
causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto
principal de outro processo pendente (grifos nossos) b) tiver de ser proferida somente após a
verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo; (...) Sendo
assim, por entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no artigo 313, V, a e b do
NCPC, sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao desenrolar deste processo, bem como por
não vislumbrar qualquer óbice ao requerimento da municipalidade, defiro o que requerido pelo
Município réu e pelo Ministério Público Estadual, ao passo que determino a suspensão do
processo até que seja definitivamente decidida a ADPF nº 528, interposta perante o Supremo
Tribunal Federal, oportunidade em que saber-se-á o rumo adequado a ser tomado nestes autos,
posto que uma das decisões antagônicas, apenas, prevalecerá após o julgamento da Corte
Suprema, que, ao final, decidirá se há de prevalecer, ou não, a necessária destinação pleiteada pelo
Sindicato Autor. Defiro, ainda, o que requerido pelo parquet à fl. 1.000, ao passo em que
determino seja o Ministério Público Estadual intimado de todos os atos processuais emanados no
processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua intervenção como custos iures. Por fim, tendo em
vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação preventiva de abstenção por parte do
ente municipal, fundamentada tão somente no receio de que o réu venha a indevidamente alocar
os recursos pleiteados e no indevido proceder de outros entes, estranhos à lide, entendo que o
valor atribuído à causa mais de trezentos milhões de reais -, não se coaduna com o que prevê o
ordenamento jurídico pátrio. Neste ponto, resta indubitável que a não correção do dito valor teria
o condão de, em caso de procedência da ação, atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo
pagamento de honorários sucumbenciais em cifras milionárias quando repita-se -, o ente réu
sequer agiu, em momento algum, em desconformidade com o que pleiteia o Sindicato autor. Isto
posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo Código de Processo Civil, corrijo, de ofício, o
valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$ 1.100,00 (Hum mil e cem reais) Publico. Intimem-

Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 1009

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA1C2C.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

se. Maceió, 14 de junho de 2021 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2

Maceió (AL), 15 de junho de 2021

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 15/06/2021 às 15:31 .

Mod. Certidão de Remessa de Citação e Intimação para o Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av.
Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 1010

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA1C2F.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro -
CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

CERTIDÃO DE REMESSA DE CITAÇÃO/ INTIMAÇÃO - PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal e outro
Réu: Município de Maceió
Ministério Público Estadual de AlagoasMinistério Público Estadual de Alagoas

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CERTIFICA-SE, que em 15/06/2021 o ato abaixo foi encaminhado para
CITAÇÃO/INTIMAÇÃO no portal eletrônico.

Ministério Público Estadual de Alagoas


Destinatário do Ato: Ministério Público do Estado de Alagoas

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió
DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada
pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e
por intermédio de advogados regularmente constituídos nos autos, em face do Município de
Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na qualidade de substituta
processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter
determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de
determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento do mérito da presente
ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por disposição não só legal, como também
constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da
Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos
municípios estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos valores, até a
resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. A tutela provisória de
urgência pleiteada foi deferida por este Juízo, conforme se verifica na decisão interlocutória de
fls. 875 usque 879, oportunidade em que foi determinado o bloqueio de 60% (sessenta por cento)
do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
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Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
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ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
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CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação, bem
como para vedar o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Pois bem, analisando os autos, percebo
assistir razão ao argumento de necessidade de suspensão do feito, conforme levantado não só pelo
Município de Maceió, mas também pelo representante do Ministério Público Estadual. A este
respeito, noto que a questão posta a este Juízo encontra-se em discussão perante o Supremo
Tribunal Federal, através da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528,
ainda pendente de julgamento, e por meio da qual questiona-se à Suprema Corte a
constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU, que desobrigou os
entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de recursos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 15/06/2021 às 15:31 .
complementados pela União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
de Valorização do Magistério. Para casos como o presente, assim dispõe o Novo Código de
Processo Civil, que há de ser aplicado por analogia ao caso presente: Art. 313. Suspende-se o
processo: I a IV - (omissis); V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra
causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto
principal de outro processo pendente (grifos nossos) b) tiver de ser proferida somente após a
verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo; (...) Sendo
assim, por entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no artigo 313, V, a e b do
NCPC, sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao desenrolar deste processo, bem como por
não vislumbrar qualquer óbice ao requerimento da municipalidade, defiro o que requerido pelo
Município réu e pelo Ministério Público Estadual, ao passo que determino a suspensão do
processo até que seja definitivamente decidida a ADPF nº 528, interposta perante o Supremo
Tribunal Federal, oportunidade em que saber-se-á o rumo adequado a ser tomado nestes autos,
posto que uma das decisões antagônicas, apenas, prevalecerá após o julgamento da Corte
Suprema, que, ao final, decidirá se há de prevalecer, ou não, a necessária destinação pleiteada pelo
Sindicato Autor. Defiro, ainda, o que requerido pelo parquet à fl. 1.000, ao passo em que
determino seja o Ministério Público Estadual intimado de todos os atos processuais emanados no
processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua intervenção como custos iures. Por fim, tendo em
vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação preventiva de abstenção por parte do
ente municipal, fundamentada tão somente no receio de que o réu venha a indevidamente alocar
os recursos pleiteados e no indevido proceder de outros entes, estranhos à lide, entendo que o
valor atribuído à causa mais de trezentos milhões de reais -, não se coaduna com o que prevê o
ordenamento jurídico pátrio. Neste ponto, resta indubitável que a não correção do dito valor teria
o condão de, em caso de procedência da ação, atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo
pagamento de honorários sucumbenciais em cifras milionárias quando repita-se -, o ente réu
sequer agiu, em momento algum, em desconformidade com o que pleiteia o Sindicato autor. Isto
posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo Código de Processo Civil, corrijo, de ofício, o
valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$ 1.100,00 (Hum mil e cem reais) Publico. Intimem-

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Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
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se. Maceió, 14 de junho de 2021 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2

Maceió (AL), 15 de junho de 2021

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fls. 1013

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 16/06/2021 09:19


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA6DED.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0493/2021, foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico em 16/06/2021. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima
mencionada. O prazo terá início em 18/06/2021, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
24/06/2021 à 02/07/2021 - ATO NORMATIVO Nº 07, DE 20 DE ABRIL DE 2021. - Suspensão

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) 15 19/07/2021

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil
Pública com pedido de Tutela Provisória de Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 16/06/2021 às 09:19 .
de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na
qualidade de substituta processual dos servidores públicos do magistério no Estado de Alagoas, no intuito de
obter determinação deste Juízo para que seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de
determinar a indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo Município de
Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL -
expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
judicial até o julgamento do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por
disposição não só legal, como também constitucional, ser destinado ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22
da Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios
estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela imediata concessão da
tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos valores, até a resolução do mérito da demanda.
Documentos às fls. 27 usque 874. A tutela provisória de urgência pleiteada foi deferida por este Juízo,
conforme se verifica na decisão interlocutória de fls. 875 usque 879, oportunidade em que foi determinado o
bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo do Precatório de nº 20198000013200087 -
PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam
indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente
ação, bem como para vedar o repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Pois bem, analisando os autos, percebo assistir
razão ao argumento de necessidade de suspensão do feito, conforme levantado não só pelo Município de
Maceió, mas também pelo representante do Ministério Público Estadual. A este respeito, noto que a questão
posta a este Juízo encontra-se em discussão perante o Supremo Tribunal Federal, através da Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528, ainda pendente de julgamento, e por meio da
qual questiona-se à Suprema Corte a constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União
TCU, que desobrigou os entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de
recursos complementados pela União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério. Para casos como o presente, assim dispõe o Novo Código de Processo Civil, que
há de ser aplicado por analogia ao caso presente: Art. 313. Suspende-se o processo: I a IV - (omissis); V -
quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente (grifos nossos) b)
tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova,
requisitada a outro juízo; (...) Sendo assim, por entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no
artigo 313, V, a e b do NCPC, sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao desenrolar deste processo,
bem como por não vislumbrar qualquer óbice ao requerimento da municipalidade, defiro o que requerido pelo
Município réu e pelo Ministério Público Estadual, ao passo que determino a suspensão do processo até que
fls. 1014

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 16/06/2021 09:19


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 2

seja definitivamente decidida a ADPF nº 528, interposta perante o Supremo Tribunal Federal, oportunidade em
que saber-se-á o rumo adequado a ser tomado nestes autos, posto que uma das decisões antagônicas,
apenas, prevalecerá após o julgamento da Corte Suprema, que, ao final, decidirá se há de prevalecer, ou não,
a necessária destinação pleiteada pelo Sindicato Autor. Defiro, ainda, o que requerido pelo parquet à fl. 1.000,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FA6DED.
ao passo em que determino seja o Ministério Público Estadual intimado de todos os atos processuais
emanados no processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua intervenção como custos iures. Por fim, tendo em
vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação preventiva de abstenção por parte do ente
municipal, fundamentada tão somente no receio de que o réu venha a indevidamente alocar os recursos
pleiteados e no indevido proceder de outros entes, estranhos à lide, entendo que o valor atribuído à causa
mais de trezentos milhões de reais -, não se coaduna com o que prevê o ordenamento jurídico pátrio. Neste
ponto, resta indubitável que a não correção do dito valor teria o condão de, em caso de procedência da ação,
atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo pagamento de honorários sucumbenciais em cifras
milionárias quando repita-se -, o ente réu sequer agiu, em momento algum, em desconformidade com o que
pleiteia o Sindicato autor. Isto posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo Código de Processo Civil,
corrijo, de ofício, o valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$ 1.100,00 (Hum mil e cem reais) Publico.
Intimem-se. Maceió, 14 de junho de 2021 Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2"

Maceió, 16 de junho de 2021.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 16/06/2021 às 09:19 .
fls. 1015

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AL
PODER JUDICIÁRIO

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CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO

Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001


Foro: Foro de Maceió

Declaramos ciência nesta data, através do acesso ao portal eletrônico, do teor do


ato transcrito abaixo.

Data da Intimação: 21/06/2021 15:18:23


Prazo: 30 dias
Intimado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE ALAGOAS
Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu:
Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de
Tutela Provisória de Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de
Educação de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de
advogados regularmente constituídos nos autos, em face do Município de
Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade Sindical autora agir na
qualidade de substituta processual dos servidores públicos do magistério no
Estado de Alagoas, no intuito de obter determinação deste Juízo para que seja
concedida tutela provisória de urgência no sentido de determinar a
indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório
nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial
até o julgamento do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido
percentual deve, por disposição não só legal, como também constitucional, ser
destinado ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da
educação básica em efetivo exercício na rede pública municipal, nos termos do
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, do art. 7º da
Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007. Por fim, aponta que, em
afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios estão dando
destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela imediata
concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos
valores, até a resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874.
A tutela provisória de urgência pleiteada foi deferida por este Juízo, conforme se
fls. 1016

verifica na decisão interlocutória de fls. 875 usque 879, oportunidade em que foi
determinado o bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo do

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por PROCURADORIA GERAL DE JUSTICA DO ESTADO DE ALAGOA e *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 21/06/2021 às 15:24 .
Precatório de nº 20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta
judicial, vinculada a esta unidade judiciária, até o julgamento do mérito da

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FD3113.
presente ação, bem como para vedar o repasse dos referidos valores à Entidade
Sindical autora, aos substituídos, ou a quaisquer outros, até o trânsito em
julgado da demanda. Pois bem, analisando os autos, percebo assistir razão ao
argumento de necessidade de suspensão do feito, conforme levantado não só pelo
Município de Maceió, mas também pelo representante do Ministério Público
Estadual. A este respeito, noto que a questão posta a este Juízo encontra-se em
discussão perante o Supremo Tribunal Federal, através da Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528, ainda pendente de
julgamento, e por meio da qual questiona-se à Suprema Corte a
constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU, que
desobrigou os entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual
mínimo de recursos complementados pela União no repasse do Fundo de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. Para
casos como o presente, assim dispõe o Novo Código de Processo Civil, que há de
ser aplicado por analogia ao caso presente: Art. 313. Suspende-se o processo: I a
IV - (omissis); V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de
outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica
que constitua o objeto principal de outro processo pendente (grifos nossos) b)
tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a
produção de certa prova, requisitada a outro juízo; (...) Sendo assim, por
entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no artigo 313, V, a e b
do NCPC, sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao desenrolar deste
processo, bem como por não vislumbrar qualquer óbice ao requerimento da
municipalidade, defiro o que requerido pelo Município réu e pelo Ministério
Público Estadual, ao passo que determino a suspensão do processo até que seja
definitivamente decidida a ADPF nº 528, interposta perante o Supremo Tribunal
Federal, oportunidade em que saber-se-á o rumo adequado a ser tomado nestes
autos, posto que uma das decisões antagônicas, apenas, prevalecerá após o
julgamento da Corte Suprema, que, ao final, decidirá se há de prevalecer, ou
não, a necessária destinação pleiteada pelo Sindicato Autor. Defiro, ainda, o que
requerido pelo parquet à fl. 1.000, ao passo em que determino seja o Ministério
Público Estadual intimado de todos os atos processuais emanados no processo
em epígrafe, a fim de viabilizar sua intervenção como custos iures. Por fim,
tendo em vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação
preventiva de abstenção por parte do ente municipal, fundamentada tão somente
no receio de que o réu venha a indevidamente alocar os recursos pleiteados e no
indevido proceder de outros entes, estranhos à lide, entendo que o valor
atribuído à causa mais de trezentos milhões de reais -, não se coaduna com o que
prevê o ordenamento jurídico pátrio. Neste ponto, resta indubitável que a não
correção do dito valor teria o condão de, em caso de procedência da ação,
atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo pagamento de honorários
fls. 1017

sucumbenciais em cifras milionárias quando repita-se -, o ente réu sequer agiu,


em momento algum, em desconformidade com o que pleiteia o Sindicato autor.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por PROCURADORIA GERAL DE JUSTICA DO ESTADO DE ALAGOA e *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 21/06/2021 às 15:24 .
Isto posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo Código de Processo Civil,
corrijo, de ofício, o valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$ 1.100,00 (Hum
mil e cem reais) Publico. Intimem-se. Maceió, 14 de junho de 2021 Antonio

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FD3113.
Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2

Maceió (AL), 21 de Junho de 2021


.
fls. 1018

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARCUS ROMULO MAIA DE MELLO e *.tjal.jus.br., protocolado em 21/06/2021 às 15:18 , sob o número WMAC21800556470
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FD31EC.
ESTADO DE ALAGOAS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
16ª Promotoria de Justiça da Capital - Fazenda Pública Municipal

Ação Civil Pública


Processo nº 0714901-97.2020.8.02.0001 08.2020.00056596-4
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas -
Sinteal
Réu: Município de Maceió

MM Juiz,

O Ministério Público toma ciência da decisão proferida às

fls. 1001/1004.

Maceió, 21 de junho de 2021

Marcus Rômulo Maia de Mello


Promotor de Justiça
fls. 1019

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FF464A.
ESTADO DE ALAGOAS
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CERTIDÃO DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO – PORTAL ELETRÔNICO

Autos n° 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió
Município de MaceióMunicípio de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 26/06/2021 às 00:41 .
CERTIFICA-SE que, em 25/06/2021, transcorreu o prazo de leitura no portal
eletrônico, do ato abaixo, tendo iniciado o prazo em data 05/07/2021, com previsão de
encerramento em 17/08/2021.

Destinatário do Ato: Procuradoria do Município de Maceió – PGM/Maceió


Município de Maceió

Teor do Ato: Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor:
Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de
Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de Tutela Provisória de
Urgência ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal,
devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente constituídos nos
autos, em face do Município de Maceió, igualmente qualificado. Aduz a Entidade
Sindical autora agir na qualidade de substituta processual dos servidores públicos do
magistério no Estado de Alagoas, no intuito de obter determinação deste Juízo para que
seja concedida tutela provisória de urgência no sentido de determinar a
indisponibilidade de 60% (sessenta por cento) dos valores a serem recebidos pelo
Município de Maceió-AL, depositado em conta específica, através do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da
5ª Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial até o julgamento
do mérito da presente ação. Informa ainda que o referido percentual deve, por
disposição não só legal, como também constitucional, ser destinado ao pagamento da
remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública municipal, nos termos do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias - ADCT, do art. 7º da Lei n. 9.424/1996 e do art. 22 da Lei n. 11.494/2007.
Por fim, aponta que, em afronta ao texto constitucional e legal, diversos municípios
estão dando destinação diversa aos referidos recursos, razão pela qual pugna pela
imediata concessão da tutela provisória para que haja o bloqueio e salvaguarda dos
valores, até a resolução do mérito da demanda. Documentos às fls. 27 usque 874. A
Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 1020

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FF464A.
ESTADO DE ALAGOAS
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Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

tutela provisória de urgência pleiteada foi deferida por este Juízo, conforme se verifica
na decisão interlocutória de fls. 875 usque 879, oportunidade em que foi determinado o
bloqueio de 60% (sessenta por cento) do crédito oriundo do Precatório de nº
20198000013200087 - PRC178329-AL, expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª
Região, de modo que permaneçam indisponíveis em conta judicial, vinculada a esta
unidade judiciária, até o julgamento do mérito da presente ação, bem como para vedar o
repasse dos referidos valores à Entidade Sindical autora, aos substituídos, ou a
quaisquer outros, até o trânsito em julgado da demanda. Pois bem, analisando os autos,
percebo assistir razão ao argumento de necessidade de suspensão do feito, conforme
levantado não só pelo Município de Maceió, mas também pelo representante do

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 26/06/2021 às 00:41 .
Ministério Público Estadual. A este respeito, noto que a questão posta a este Juízo
encontra-se em discussão perante o Supremo Tribunal Federal, através da Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528, ainda pendente de
julgamento, e por meio da qual questiona-se à Suprema Corte a constitucionalidade do
que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU, que desobrigou os entes federados
- Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de recursos complementados
pela União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério. Para casos como o presente, assim dispõe o Novo Código
de Processo Civil, que há de ser aplicado por analogia ao caso presente: Art. 313.
Suspende-se o processo: I a IV - (omissis); V - quando a sentença de mérito: a)
depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de
inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo
pendente (grifos nossos) b) tiver de ser proferida somente após a verificação de
determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo; (...) Sendo
assim, por entender que o caso dos autos se adequa ao que previsto no artigo 313, V, a e
b do NCPC, sendo inegavelmente uma questão prejudicial ao desenrolar deste processo,
bem como por não vislumbrar qualquer óbice ao requerimento da municipalidade,
defiro o que requerido pelo Município réu e pelo Ministério Público Estadual, ao passo
que determino a suspensão do processo até que seja definitivamente decidida a ADPF nº
528, interposta perante o Supremo Tribunal Federal, oportunidade em que saber-se-á o
rumo adequado a ser tomado nestes autos, posto que uma das decisões antagônicas,
apenas, prevalecerá após o julgamento da Corte Suprema, que, ao final, decidirá se há
de prevalecer, ou não, a necessária destinação pleiteada pelo Sindicato Autor. Defiro,
ainda, o que requerido pelo parquet à fl. 1.000, ao passo em que determino seja o
Ministério Público Estadual intimado de todos os atos processuais emanados no
processo em epígrafe, a fim de viabilizar sua intervenção como custos iures. Por fim,
tendo em vista que a presente demanda tem por objeto uma obrigação preventiva de
abstenção por parte do ente municipal, fundamentada tão somente no receio de que o

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 1021

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 4FF464A.
ESTADO DE ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO
Juízo de Direito da 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro
Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail: vcivel14@tj.al.gov.br

réu venha a indevidamente alocar os recursos pleiteados e no indevido proceder de


outros entes, estranhos à lide, entendo que o valor atribuído à causa mais de trezentos
milhões de reais -, não se coaduna com o que prevê o ordenamento jurídico pátrio.
Neste ponto, resta indubitável que a não correção do dito valor teria o condão de, em
caso de procedência da ação, atribuir à municipalidade a responsabilidade pelo
pagamento de honorários sucumbenciais em cifras milionárias quando repita-se -, o ente
réu sequer agiu, em momento algum, em desconformidade com o que pleiteia o
Sindicato autor. Isto posto, com fundamento no artigo 292, §3º do Novo Código de
Processo Civil, corrijo, de ofício, o valor atribuído à causa, reduzindo-o para R$
1.100,00 (Hum mil e cem reais) Publico. Intimem-se. Maceió, 14 de junho de 2021

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 26/06/2021 às 00:41 .
Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2

Maceió (AL), 26 de junho de 2021.

Mod. Certidão de Citação e Intimação - Portal - Procuradoria do Município de Maceió - PGM-Maceió - Endereço: Av. Presidente
Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-
mail: vcivel14@tj.al.gov.br
fls. 1022

Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal


Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52732EB.
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001


Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR DE MELO BAIA, liberado nos autos em 14/09/2021 às 18:20 .
CERTIFICO, para os devidos fins, que recebi dois documentos
encaminhados via whatsapp pela servidora Carolyna do MPF alagoas 12º Ofício o qual
junto a seguir.

O referido é verdade, do que dou fé.

Maceió, 14 de setembro de 2021.

João Victor de Melo Baía


Protocolista Cartorário

Mod. Genérico
fls. 1023

PR-AL-00030091/2021

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527333E.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA - ALAGOAS/UNIÃO DOS PALMARES
GABINETE DE PROCURADOR DA REPÚBLICA

acesse
OFÍCIO nº560/2021/GABINETE DE PROCURADOR DA REPÚBLICA

a autenticidade
Maceió, 14 de setembro de 2021.

às 18:24 .
A Sua Excelência o o Senhor

3DACD8CB.85EBF1B4.28784CFC.DBF7B100
Antônio Emanuel Dória Ferreira

verificar
14/09/2021
JUÍZO DA 14ª VARA CÍVEL DA CAPITAL - FAZENDA MUNICIPAL
14ª Vara Cível da Capital Fazenda Municipal.

Para
autos em
Assunto: Interesse federal na demanda. Informa TAC firmado no âmbito do Ministério

liberado nos13:58.
Público Federal em Alagoas. Procedimento Administrativo 1.11.000.001104/2020-54.

em 14/09/2021
Referência: Processo judicial nº 0714901-97.2020.8.02.0001

Senhor Magistrado,

Chave
DEBOMFIM,
MELO BAIA,
Cumprimentando-o, e em atenção ao processo judicial em epígrafe que tramita

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
BARBOSA
perante essa Vara Estadual e que tem por objeto a destinação de recursos oriundos de

LIMAVICTOR
precatórios do antigo FUNDEF relativos ao Município de Maceió, informamos que:
1. Tramita na Procuradoria da República em Alagoas o Procedimento
por JOAO
Administrativo 1.11.000.001104/2020-54 no qual foi firmado Termo de Ajustamento de
por ROBERTA

Conduta (anexo) com o Município de Maceió, em 02 de setembro de 2020, que tem por
digitalmente

objeto a necessidade de fiscalizar e acompanhar a aplicação de recursos provenientes do


precatório judicial nº 178329/AL, no montante de R$ 300.716.573,89, com recebimento
e senha

previsto para julho de 2020, exclusivamente em ações consideradas como de manutenção e


assinado

desenvolvimento do ensino para a educação básica pública;


com login

2. E que, posteriormente, foi expedida a RECOMENDAÇÃO CONJUNTA


cópia do original,

MPF e MP/AL e n.º 2/2021, de 17/06/2021, que recomendou ao Município de MACEIÓ a


Este documento é Assinado

adoção de providências necessárias para: i) que se abstenha de efeituar rateios ou abonos a


profissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, a qualquer título, com

Página 1 de 2
fls. 1024

os recursos dos FUNDEF; ii) o integral cumprimento do TAC, tendo em vista que constitui
ato jurídico perfeito.
3. Considerando ainda que, em 02/06/2021 o Procurador-Geral da República
ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido de cautelar (PETIÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527333E.
INICIAL AJCONST Nº 200049/2021) contra o art. 7º, parágrafo único, da Lei 14.057, de
11.9.2020, requerendo que o Supremo Tribunal Federal conceda medida cautelar para
suspensão da eficácia da norma questionada, que estabelece que pelo menos 60% dos valores
recebidos por ente público a título de precatórios do Fundef devem ser destinados aos

acesse
profissionais do magistério ativos, inativos e pensionistas.
4. Ademais, existe posicionamento recente do Plenário do Tribunal de Contas

a autenticidade
da União, por meio do Acórdão 1.039/2021, determinando que Municípios e Estados não
utilizem os recursos de precatórios do extinto FUNDEF em pagamentos de rateios, abonos

às 18:24 .
indenizatórios, passivos trabalhistas/previdenciários e remunerações ordinárias dos
professores do magistério.

3DACD8CB.85EBF1B4.28784CFC.DBF7B100
verificar
14/09/2021
5. Neste cenário, o MPF segue acompanhando a destinação dos recursos e
fiscalizando seu investimento para garantir a integral aplicação na manutenção e no

Para
desenvolvimento da educação básica, em observância ao que preconiza a Constituição

autos em
Federal.

liberado nos13:58.
6. Inegável, portanto, o interesse direto da União no tema em questão, que no

em 14/09/2021
entender deste Parquet atrai a competência da Justiça Federal para processar e julgar feitos a
este relacionados, tal qual o ora sob tela.

BAIA,
Diante do exposto, solicita-se especial atenção de Vossa Excelência quanto às

Chave
considerações acima tecidas, motivo pelo qual requer seja o feito em epígrafe remetido à

DEBOMFIM,
MELO
Justiça Federal para que esta decida a respeito da competência para processá-lo e julgá-lo.

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
BARBOSA
LIMAVICTOR
Atenciosamente,

por JOAO
por ROBERTA
digitalmente

ROBERTA LIMA BARBOSA BOMFIM


PROCURADORA DA REPÚBLICA
e senha
assinado

JÚLIA WANDERLEY VALE CADETE


com login

PROCURADORA DA REPÚBLICA
cópia do original,
Este documento é Assinado

Página 2 de 2
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 1

Este documento é cópia do original assinado digitalmente por LUCAS SACHSIDA JUNQUEIRA CARNEIRO, MARIA LUISA MAIA SANTOS, FERNANDA MARIA MOREIRA DE ALMEIDA e UBIRAJARA
fls. 1

RAMOS DOS SANTOS. Para conferir o original, acesse o site https://www.mpal.mp.br/autenticidade, informe o processo 02.2020.00005012-0 e o código 300C62.
fls. 1025

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MELO
ChaveBAIA, liberado nos11:45.
autos em 14/09/2021
F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
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Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 2

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fls. 2

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fls. 1026

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F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
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fls. 1028

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fls. 5

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fls. 1029

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fls. 6

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Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 7

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fls. 7

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fls. 1031

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autos em 14/09/2021
F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
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Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 8

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fls. 8

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fls. 1032

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F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
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Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 9

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fls. 9

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fls. 1033

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autos em 14/09/2021
F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
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Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 10

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fls. 10
fls. 1034

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autos em 14/09/2021
F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
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Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 11

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RAMOS DOS SANTOS. Para conferir o original, acesse o site https://www.mpal.mp.br/autenticidade, informe o processo 02.2020.00005012-0 e o código 300C62.
fls. 11
fls. 1035

com login e senha por JULIA WANDERLEY VALE em 08/09/2020 Para verificar a autenticidade acesse
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cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. DECADETE,
MELO
ChaveBAIA, liberado nos11:45.
autos em 14/09/2021
F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 21.1, Página 12

Este documento é cópia do original assinado digitalmente por LUCAS SACHSIDA JUNQUEIRA CARNEIRO, MARIA LUISA MAIA SANTOS, FERNANDA MARIA MOREIRA DE ALMEIDA e UBIRAJARA
RAMOS DOS SANTOS. Para conferir o original, acesse o site https://www.mpal.mp.br/autenticidade, informe o processo 02.2020.00005012-0 e o código 300C62.
fls. 12
fls. 1036

com login e senha por JULIA WANDERLEY VALE em 08/09/2020 Para verificar a autenticidade acesse
Este documento é Assinado
cópia do original, assinado digitalmente por JOAO VICTOR
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. DECADETE,
MELO
ChaveBAIA, liberado nos11:45.
autos em 14/09/2021
F3194CBC.F4D0A454.C0862B96.453C3EF6 às 18:24 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 1
fls. 1037

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


DA CAPITAL - NÚCLEOS DE DEFESA PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
Referências: Procedimento Administrativo nº 1.11.000.001104/2020-54- MPF/AL e
Procedimento Administrativo n° 09.2020.00000833-3 no âmbito da 15ª Promotoria de
Justiça da Capital- MP Alagoas.

a autenticidade
Maceió/AL, 7 de junho de 2021.

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45 às 18:24
verificar .
A Sua Excelência, o Senhor

14/09/2021
JOÃO HENRIQUE CALDAS
Prefeito do Município de Maceió

Para
autos em
liberado nos08:37.
A Sua Excelência o Senhor
ELDER PATRICK MAIA ALVES

em 17/06/2021
Secretário de Educação do município de Maceió

BAIA,
RECOMENDAÇÃO CONJUNTA MPF e MP/AL e n.º 2/2021

Chave
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. DECADETE,
VALE MELO
1. O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ES-

VICTOR
WANDERLEY
TADO DE ALAGOAS, por intermédio da Procuradora da República e Promotores de Jus-

por JOAO
tiça subscritores, no exercício de suas funções institucionais previstas na Constituição Fede-
ral e na legislação vigente, evocando especificamente o disposto nos artigos 127, caput e 129,
por JULIA

III, da Carta da República, bem como o que preceitua os artigos 5.º, II, “b” e “d”, III, “b” e
digitalmente

“d”, e artigo 6.º, VII, “b” e d””, XIV, “f” e “g” e XX da Lei Complementar 75/1993, vem
e senha

expor e recomendar o que abaixo segue:


assinado
com login

2. CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à fun-


cópia do original,

ção jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrá-


Este documento é Assinado

tico, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis, nos termos do art. 127,
caput, da Constituição Federal;

1/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 2
fls. 1038

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


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DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
3. CONSIDERANDO que são funções institucionais do Ministério Público zelar pela ob-
servância dos princípios constitucionais relativos à seguridade social, à educação, à cultura e

a autenticidade
ao desporto, à ciência e à tecnologia, à comunicação social e ao meio ambiente, bem como a
defesa do patrimônio público e do meio ambiente;

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45 às 18:24 .
4. CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a

verificar
14/09/2021
ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos (CRFB, artigo 129, III), levando a efeito as medidas

Para
autos em
cíveis adequadas para a proteção dos direitos constitucionais e a proteção dos interesses in-

liberado nos08:37.
dividuais indisponíveis, difusos e coletivos (LC nº 75/93, artigo 6º, VII, 'b');

em 17/06/2021
5. CONSIDERANDO que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento

BAIA,
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, na

Chave
DECADETE,
MELO
forma do artigo 205, da Constituição da República;

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
VALE
6. CONSIDERANDO que foi firmado em 02 de setembro de 2020 TERMO DE

VICTOR
COMPROMISSO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA que tem por objeto a

WANDERLEY
necessidade de fiscalizar e acompanhar a aplicação de recursos provenientes do precatório
por JOAO
judicial nº 178329/AL, no montante de R$ 300.716.573,89, com recebimento previsto para
por JULIA

julho de 2020, exclusivamente na destinação prevista no art. 212 da Lei 11.494/2007 e no


digitalmente

art. 603 do ADCT da CF/1988, isto é, exclusivamente em ações consideradas como de


e senha

manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, conforme disposto


assinado

no art. 704 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


com login

7. CONSIDERANDO a notícia de que a Câmara de Vereadores de Maceió aprovou no dia


cópia do original,

02/06/2021 projeto de autoria do Executivo Municipal que autoriza a prefeitura a ratear cerca
Este documento é Assinado

de R$ 180 milhões com profissionais do magistério (ativos, inativos e pensionistas) da rede

2/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 3
fls. 1039

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DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
municipal com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) para professores do município.

a autenticidade
8. CONSIDERANDO que em 26/03/2021 foi promulgado o parágrafo único do art. 7º da
Lei 14.057/2020, que estabelece que pelo menos 60% dos valores recebidos por ente público

às 18:24 .
a título de precatórios do Fundef devem ser destinados aos profissionais do magistério ativos,

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
verificar
inativos e pensionistas, na forma de abono, traz mudança relevante em relação ao arcabouço

14/09/2021
normativo e jurisprudencial estabelecido quanto ao uso desses recursos, especialmente com

Para
relação ao entendimento de que não podem ser utilizados para pagamentos de rateios, abonos

autos em
indenizatórios, passivos trabalhistas ou previdenciários, remunerações ordinárias, ou de ou-

liberado nos08:37.
tras denominações de mesma natureza, aos profissionais da educação (item 9.2.1 do

em 17/06/2021
2866/2018–TCU– Plenário);

9. CONSIDERANDO que esse novo regramento vai de encontro às posições sobre o tema

BAIA,
firmadas até então pelo Tribunal de Contas da União, Superior Tribunal de Justiça e Supremo

Chave
DECADETE,
MELO
Tribunal Federal de que os recursos dos precatórios do Fundef devem ser destinados exclu-

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
sivamente em ações consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino básico

VALE
VICTOR
público, não estando sujeitos à subvinculação estabelecida no art. 22 da Lei 11.494/2007,

WANDERLEY
segundo o qual pelo menos 60% dos recursos anuais totais do Fundeb devem ser destinados
por JOAO
ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo
por JULIA

exercício na rede pública (Acórdãos 1824/2017-Plenário e 1962/2017-Plenário, do TCU


digitalmente

(Rel. Ministro Walton Alencar), ACOs 648, 660, 669 e 700, do STF e MS 35.675, do STF).
e senha
assinado

10. CONSIDERANDO que no âmbito do Supremo Tribunal Federal, ainda está sob análise
com login

a ADPF 528, na qual se discute, entre outros temas, a consonância Constitucional da juris-
cópia do original,

prudência do TCU atinente ao entendimento de que, no que toca os precatórios do Fundef,


resta afastada a subvinculação estabelecida pelo art. 22 da Lei 11.494/2007 (60% para pro-
Este documento é Assinado

fissionais do magistério);

3/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 4
fls. 1040

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DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
11. CONSIDERANDO que o TCU no Processo nº TC 012.379/2021-2, na Sessão de
5/5/2021, proferiu o Acórdão nº 1039/2021, para determinar, cautelarmente, nos termos do

a autenticidade
artigo 276, caput, do Regimento Interno do TCU, aos entes municipais e estaduais benefici-
ários de precatórios, provenientes da diferença no cálculo da complementação devida pela

às 18:24 .
União, no âmbito do Fundef, que se abstenham de utilizar tais recursos no pagamento a pro-

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
fissionais do magistério ou a quaisquer outros servidores públicos, a qualquer título, até

verificar
14/09/2021
mesmo de abono, até que este Tribunal decida sobre o mérito das questões suscitadas no
presente feito bem como alertar os entes municipais e estaduais que a inobservância dos en-

Para
autos em
tendimentos, manifestos nos presentes autos, é passível de responsabilização, pelo Tribunal

liberado nos08:37.
de Contas da União, dos agentes públicos que lhe derem causa;

em 17/06/2021
12. CONSIDERANDO que em 02/06/2021 o Procurador-Geral da República ingressou com
uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido de cautelar (PETIÇÃO INICIAL

BAIA,
AJCONST Nº 200049/2021) contra o art. 7º, parágrafo único, da Lei 14.057, de 11.9.2020,

Chave
DECADETE,
MELO
requerendo que o Supremo Tribunal Federal conceda medida cautelar para suspensão da efi-

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
cácia da norma questionada;

VALE
VICTOR
WANDERLEY
13. Considerando ainda a baixa execução dos recursos nos termos dos ofícios nº 169/GAB-
SEMED/2021 e n° 202/GABSEMED, datados de 04 de maio e 20 de maio do corrente ano, por JOAO
por JULIA

respectivamente, de lavra do Secretário Municipal de Educação de Maceió, encaminhados


digitalmente

ao Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, acerca das informações atuali-
zadas sobre a implementação do Plano de Aplicação dos recursos oriundos do Precatório,
e senha
assinado

consta o seguinte cenário:


com login

OBJETO PROCESSOS INSTAURADOS


cópia do original,

Concorrência n° 001/20 - Novo CMEI Ouro Preto Proc. 039624/20 – Finalizada com OS
R$ 1.840.032,48
Pagas duas parcelas do contrato
Este documento é Assinado

Concorrência n° 002/20 - Ginásio José Haroldo Proc. 039623/20 - Análise propostas de preço
Pregão Eletrônico n° 132 – Aquisição de ar Proc. 041546/20 – Concluído R$ 134.698,83
condicionado

4/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 5
fls. 1041

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


DA CAPITAL - NÚCLEOS DE DEFESA PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
Concorrência n° 003/20 - Ginásio Jayme Altavila Proc. 039620/20 - Prazo de diligências (proposta)
Concorrência n° 004/20 - Ginásio Zumbi dos Palmares Proc. 039626/20 - Prazo de diligências (proposta)

a autenticidade
Pregão Eletrônico n° 135 – Aquisição de amplificador Proc. 048154/20 - Suspensa (impugnação)
portátil
Pregão Eletrônico n° 136 – Aquisição de mobiliário Proc. 103756/19 - Suspensa (impugnação)

.
(carteiras escolares)

às 18:24
Concorrência n° 005/20 - CMEI Silvânio Barbosa Proc. 043912/20 - Abertura propostas 16/12

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
verificar
Pregão Eletrônico n° 137 – Aquisição de Proc. 069978/19 Concluído (homologado)

14/09/2021
eletrodomésticos R$ 203.165,50
Pregão Eletrônico n° 138 – Acessórios para biblioteca Proc. 050550/20 Concluído (aguardando
homologação) R$ 66.080,20

Para
autos em
Concorrência n° 006/20 - CMEI Ieda Collor Proc. 043849/20 – Decisão recurso (habilitação)

liberado nos08:37.
Concorrência n° 007/20 - CMEI Rodrigo Alves Proc. 043852/20 – Classificação propostas de
preços

em 17/06/2021
Concorrência n° 008/20 - CMEI Ana Carolina Proc. 043844/20 - Prazo de contrarrazões
habilitação (06/01)
Concorrência n° 009/20 - CMEI Fúvia Rosemberg Proc. 043848/20 - Prazo de contrarrazões
habilitação (06/01)

BAIA,
Concorrência n° 010/20 - CMEI Maria José Oliveira Proc. 043850/20 – Abertura envelopes da

Chave
DECADETE,
MELO
proposta de preço (30/12)
Pregão Eletrônico n° 134 – Aquisição de carrinhos Proc. 045699/20 - Suspensa (impugnação)

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
chomebooks

VALE
VICTOR
Pregão Eletrônico n° 146 – Aquisição de estabilizador Proc. 044758/20 - Em recurso
100 VA

WANDERLEY
Pregão Eletrônico n° 147 – Aquisição de crome books Proc. 045697/20 – Aceitabilidade das propostas
de preço por JOAO
Concorrência n° 013/20 - Reforma Escola Yeda Proc. 044185/20 - Prazo para apresentação
por JULIA

recurso (habilitação)
digitalmente

Concorrência n° 014/20 - CMEI Cidade Sorriso Proc. 039632/20 - Prazo para apresentação
recurso (habilitação)
e senha

Concorrência n° 011/20 - CMEI Ipioca Proc. 044186/20 - Prazo para apresentação


recurso (habilitação)
assinado

Concorrência n° 012/20 - CMEI Cidade Maceió I Proc. 039627/20 - Prazo para apresentação
com login

recurso (habilitação)
cópia do original,

Formação continuada Suite for education plataforma on Proc. 06500/048492/20 - CGA (solicitação
line cotação)
Este documento é Assinado

Formação matemática Proc. 06500/048500/20CGA (solicitação cotação)


Letramento Digital Proc. 06500/063347/20 - CGA (solicitação
cotação)

5/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 6
fls. 1042

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DA EDUCAÇÃO

acesse
Indicadores de gestão Proc. -
Construção de quadra e vestiários da Escola Selma Proc. 057001/20 - CEL

a autenticidade
Bandeira
Construção Quadra Rio Novo Proc. 066725/20 - Aguardando autorização
SEDET

.
Construção de quadra e vestiários da Escola Suzel Proc. 057008/20 - Aguardando autorização

às 18:24
Dantas SEDET

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
verificar
Construção Quadra Neide França Proc. 066714/20 - Aguardando autorização

14/09/2021
SEDET
Construção Quadra Cleto Marques Proc. 057002/20 - Aguardando autorização
SEDET

Para
Construção Quadra Dom Miguel Fenelon Proc. 066717/20 - Aguardando autorização

autos em
SEDET

liberado nos08:37.
Construção Quadra Carmelita Gama Proc. 066730/20 - Aguardando autorização
SEDET

em 17/06/2021
Construção Quadra Dom Antonio Brandão Proc. 066722/20 - Aguardando autorização
SEDET
Construção Quadra Gastone Beltrão Proc. 057003/20 - Aguardando autorização

BAIA,
SEDET

Chave
Construção Quadra José Correia Costa Proc. 057004/20 - Aguardando autorização

DECADETE,
MELO
SEDET

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
Construção Quadra João Sampaio Proc. 066721/20 - Aguardando autorização

VALE
SEDET

VICTOR
Construção Quadra Luiza Suruagy Proc. 057005/20 - Aguardando autorização

WANDERLEY
SEDET

por JOAO
Construção Quadra Nise da Silveira Proc. 057007/20 - Aguardando autorização
SEDET
por JULIA

Construção Quadra Jarede Viana Proc. 066728/20 - Aguardando autorização


SEDET
digitalmente

Construção Quadra Nosso Lar Proc. - Elaboração de Projeto Básico


e senha

Aquisição Terreno Garça Torta para instalação CMEI Proc. - Elaboração de Projeto Básico
CMEI Garça Torta Proc. - Elaboração de Projeto Básico
assinado

CMEI EMEF Carrascosa Proc. - Elaboração de Projeto Básico


com login

CMEI Chácara Azul Proc. 066709/20 - Aguardando autorização


cópia do original,

SEDET
Reparação/Adaptação predial das 142 Unidades Proc. - Setor de Infraestrutura (Planilha
Este documento é Assinado

Escolares Externa)
Reforma e ampliação CMEI São Sebastião Proc. - Elaboração de Projeto Básico
Brinquedos pedagógicos Proc. 045832/19 - Aguardando publicação

6/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 7
fls. 1043

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


DA CAPITAL - NÚCLEOS DE DEFESA PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
(ARSER)
Aquisição de materiais didáticos e brinquedos Proc. 062978/20 - Setor de suprimentos e compras

a autenticidade
pedagógicos (cotação de preços)
Playground Proc. 059953/10 - CGPlan (disponibilidade
orçamentária e financeira)

.
Mobiliário de biblioteca Proc. 045817/18 - DGE (TR)

às 18:24
Mobiliário Proc. 046226/19 - ARSER

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
verificar
Brinquedos Proc. 055626/20 - DGE

14/09/2021
Materiais/equipamentos escritório Proc. 062480/20 - CEL
Eletrodomésticos Proc. 069978/19 - PGM

Para
Eletrodomésticos II (atas vigentes) Proc. 113571/19 - CGA

autos em
liberado nos08:37.
Equipamentos Proc. 115550/19 - CEL
Equipamentos de informática (Tv 43”) Proc. 053816/20 - CGA

em 17/06/2021
Mesa Digital Interativa Proc. 050781/20 - DGE
Equipamento de videoconferência Proc. 049718/20 - CEL
Equipamento para professores Proc. 048154/20 - CEL

BAIA,
Equipamento de informática (microsystems) Proc. 053816/20 - CGA

Chave
DECADETE,
MELO
Materiais de informática (servidor Rack) Proc. 061140/20 - CGOF

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
Equipamento de informática Proc. 053816/20 - CGOF

VALE
Maquina de datilografia em braile Proc. 062476/20 - CEL

VICTOR
300 computadores para unidades escolares Proc. 070981/20 - CGOF

WANDERLEY
Controladores de frequencia escolar por reconhecimento Proc. 05744/20 - PGM
facial por JOAO
Ativos de rede Proc. 049729/20 - CEL
por JULIA

Equipamento eletrônico de imagem e som Proc. 062487/20 - CEL


digitalmente

Infraestrutura de rede para escolas Proc. 073037/20 – Setor Suprimentos e compras


(cotação de preços)
e senha

Livros para biblioteca Proc. 050551/20 - Setor Suprimentos e compras


assinado

(cotação de preços)
com login

Materiais gráficos Proc. 062481/20 - Setor Suprimentos e compras


(cotação de preços)
cópia do original,

Material esportivo Proc. 055363/20 - CGOF


Material didático para laboratório de ciências Proc. 062483/20 - Setor Suprimentos e compras
Este documento é Assinado

(cotação de preços)
Material didático para laboratório de matemática Proc. 050788/20 - Setor Suprimentos e compras
(cotação de preços)

7/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 8
fls. 1044

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


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DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
Kit de robótica Proc. 050776/20 - CEL
Software Proc. 062474/20 -Setor Suprimentos e compras

a autenticidade
(cotação de preços)
CASAL Proc. 058189/20 – CGOF (pagamento
R$ 1.000,00 ref agosto + setembro, outubro e
novembro)

às 18:24 .
EQUATORIAL Proc. 056613/20 – CGOF

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
R$ 905.000,00(agosto)

verificar
14/09/2021
EQUATORIAL Proc. 061797/20– CGOF (setembro) + outubro
e novembro
Locação de imóveis para uso como Unidade Escolar Proc. 032875/20 – CGOF (pagamento)

Para
R$ 1.030.868,00

autos em
Proc. 032883/20 - CGOF (pagamento)

liberado nos08:37.
Proc. 032888/20 - CGOF (pagamento)
Proc. 032876/20 - CGOF (pagamento)

em 17/06/2021
Proc. 032874/20 - CGOF (pagamento)
Proc. 113856/19 - CGOF (pagamento)

BAIA,
Serviço de transporte escolar Contrato n° 01/20 – CGA (Suspenso)
R$ 7.200.000,00

Chave
DECADETE,
MELO
Serviços de vigilância/segurança TA Contrato n° 585/15 -
R$ 740.000,00 CGOF (pagamento)

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
VALE
Fornecimento de rede de internet Previsão despesa futura

VICTOR
R$ 370.000,00

WANDERLEY
Serviço de manutenção de transporte escolar Proc. 113114/19 – CGA
R$ 512.500,00
Serviços de dedetização Proc. 001973/20 - por JOAO
R$ 575.382,15 CGOF (pagamento)
por JULIA

R$ 180.631.753,71 (60%) R$ 180.849.776,08 em 30/04/21


digitalmente

Em 30/12/20 (fl. 102)


BB Ag. 3557-2
e senha

CC 8680-0
Não utilizado Plano de Aplicação
assinado

R$ 112.375.082,13 (40%) Gestão anterior R$ 3.621.779,09


com login

Em 30/12/20 (fl. 102) Não utilizado em janeiro e fevereiro


BB Ag. 3557-2 Março R$ 1.122.303,26
cópia do original,

CC 8689-4 (Semed – Prec. II) Abril R$ 1.555.265,08


Empenhado R$ 13.902.414,88 Saldo R$ 109.818.408,43 em 30/04/21
Este documento é Assinado

Liquidado R$ 8.418.722,73
Pago R$ 8.075.773,77
Execução (fl. 107)
- em destaque os itens em execução ou executados

8/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 9
fls. 1045

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


DA CAPITAL - NÚCLEOS DE DEFESA PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
14. CONSIDERANDO que o caráter preventivo da Recomendação não produzirá qualquer

a autenticidade
prejuízo se os comandos recomendados já tiverem sido atendidos previamente por seus des-
tinatários;

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45 às 18:24
verificar .
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO

14/09/2021
DE ALAGOAS RESOLVEM RECOMENDAR AO MUNICÍPIO DE MACEIÓ que, no
prazo de 5 (cinco), adote as providências necessárias para:

Para
autos em
i) que se abstenha de efeituar rateios ou abonos a profissionais do magistério ou a quaisquer

liberado nos08:37.
outros servidores públicos, a qualquer título, com os recursos dos FUNDEF;

em 17/06/2021
ii) o integral cumprimento do TAC, tendo em vista que constitui ato jurídico perfeito.

ChaveBAIA,
15. CONSIDERANDO a urgência que a situação requer, fixamos o prazo de 5 (cinco)

DECADETE,
MELO
dias, a contar do recebimento, para manifestação quanto ao atendimento da

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento.
VALE
Recomendação, indicando as medidas que tenham sido ou que serão adotadas pelo

VICTOR
destinatário quanto ao conteúdo recomendado, por meio dos e-mails:pral-

WANDERLEY
12oficio@mpf.mp.br / gab.pgj@mpal.mp.br, e através de protocolo eletrônico no sítio virtual
por JOAO
http://www.mpf.mp.br/mpfservicos se haverá acatamento da recomendação.
por JULIA
digitalmente

16. A partir da data de entrega da presente recomendação, o Ministério Público considera


e senha

seu destinatário como pessoalmente ciente da situação ora exposta e, nesses termos, passíveis
assinado

de eventual responsabilização por quaisquer eventos futuros imputáveis a sua omissão.


com login
cópia do original,

17. Por fim, faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação
Este documento é Assinado

do Ministério Público sobre o tema, não excluindo futuras recomendações ou outras iniciati-
vas com relação aos agentes públicos mencionados acima ou outros, bem como com relação
aos entes públicos com responsabilidade e competência no objeto.

9/10
Procedimento 1.11.000.001104/2020-54, Documento 26, Página 10
fls. 1046

44ª E 15ª PROMOTORIAS DE JUSTIÇA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


DA CAPITAL - NÚCLEOS DE DEFESA PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 527338D.
DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E ESTADO DE ALAGOAS
DA EDUCAÇÃO

acesse
18. ENCAMINHE-SE, além dos destinatários, à 1ª CCR do Ministério Público Federal

a autenticidade
e ao Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.

às 18:24 .
19. Publique-se no portal eletrônico do Ministério Público Federal, conforme art. 23 da

5A37DEFA.55A5F9BC.2339AA8C.A238AC45
Resolução nº 87/2006, do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

verificar
14/09/2021
Para
Assinado digitalmente

autos em
FERNANDA MARIA MOREIRA DE ALMEIDA

liberado nos08:37.
Promotora de Justiça

em 17/06/2021
Assinado digitalmente
UBIRAJARA RAMOS DOS SANTOS

BAIA,
Promotor de Justiça

Chave
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. DECADETE,
VALE MELO
Assinado digitalmente

VICTOR
JÚLIA WANDERLEY VALE CADETE

WANDERLEY
Procuradora da República
Assinado de forma digital por JOSE CARLOS SILVA

por JOAO
CASTRO:01305274830
JOSE CARLOS SILVA DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=Secretaria da Receita Federal do
Brasil - RFB, ou=RFB e-CPF A3, ou=(EM BRANCO),

CASTRO:01305274830
por JULIA

ou=Autenticado por AR Fecomercio AL, cn=JOSE CARLOS


SILVA CASTRO:01305274830
Assinado digitalmente
digitalmente

Dados: 2021.06.11 08:49:19 -03'00'


JOSÉ CARLOS SILVA CASTRO
Promotor Justiça
e senha

Núcleo de Defesa ao Patrimônio Público


assinado
com login
cópia do original,

Assinado digitalmente
LUCAS SACHSIDA JUNQUEIRA CARNEIRO
Promotor Justiça
Este documento é Assinado

Núcleo de Defesa da Educação

10/10
fls. 1047

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDA MARIA MOREIRA DE ALMEIDA e *.tjal.jus.br., protocolado em 15/09/2021 às 11:24 , sob o número WMAC21800798946
ESTADO DE ALAGOAS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
15ª Promotoria de Justiça da Capital- Fazenda Pública Municipal

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 5279697.
Ação Civil Pública
Autos do processo n. 08.2020.00056596-4
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

MANIFESTAÇÃO

MM Juiz,

Considerado os termos da manifestação exarada pelo Ministério

Público Federal às fls. 1023 e 1024, a qual pugna pelo reconhecimento da competência

federal para apreciar os autos, este Ministério Público Estadual vem expor e requer o

que se segue.

Pois bem, o interesse da União, em casos como a presente, encontra-se

demonstrado em outras ações em trâmite na Justiça Federal. No caso, toda a

discussão sobre tais valores teve início em demanda proposta pelo Ministério Público

Federal, no ano de 1999, perante a Seção Judiciária do Estado de São Paulo (ACP nº

1999.61.00.050616-0).

A atuação ministerial diz respeito a possível malversação de valores

que têm destinação pública específica, a educação e origem de complementação da

União (art. 60, § 3º1, do ADCT, incluído pela EC nº 14/96). Ora, tanto é assim, que a

origem dos valores relativos aos denominados "precatórios do FUNDEF" foi

1
ADCT, art. 60 (...) § 3º A União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o § 1º, sempre que, em cada Estado e no Distrito
Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.
fls. 1048

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDA MARIA MOREIRA DE ALMEIDA e *.tjal.jus.br., protocolado em 15/09/2021 às 11:24 , sob o número WMAC21800798946
ESTADO DE ALAGOAS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
15ª Promotoria de Justiça da Capital- Fazenda Pública Municipal

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 5279697.
discutida na Justiça Federal e o órgão de contas de controle de aplicação das verbas

advindas do FUNDEF/FUNDEB é o Tribunal de Contas da União. Destaco o seu

posicionamento:

“a ocorrência de transferência da União aos estados e

municípios a título de complementação do FUNDEF/FUNDEB

confere ao TCU competência para fiscalizar tais repasses e sua

aplicação, por se tratar de recursos federais” (Acórdão TCU

2584/2014- TCU- Plenário, 5684/2014 TCU- 1ª Câmara,

3686/20140 TCU- 2ª Câmara e 665/2009, TCU- Plenário).

Da mesma forma, a Excelentíssima Ministra Cármen Lúcia, em caso

similar (SL 1113 MC, Relatora Ministra Presidente Cármen Lúcia, julgado em

20/12/2016, publicado em 31/01/2018), entendeu que “se se entender pela destinação

específica da verba, ainda que oriunda do pagamento de precatório, é possível

concluir (…) que a competência para o processo e julgamento da ACP é mesmo da

Justiça Federal, diante da necessidade de prestação de contas perante o TCU”.

É cediço que estamos a tratar de incompetência absoluta, matéria de

ordem pública, portanto, que deve ser alegada de ofício pelo juiz em qualquer tempo

e grau de jurisdição (art. 64, § 1º, CPC). E como se sabe, nas causas em que há

interesse da União, a Justiça Federal tem competência absoluta (art. 45, CPC).

Quanto à competência da Justiça Federal para conhecimento do tema

não se tem dúvidas há muito. Devo apenas acrescentar que nova lei do Fundeb
fls. 1049

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FERNANDA MARIA MOREIRA DE ALMEIDA e *.tjal.jus.br., protocolado em 15/09/2021 às 11:24 , sob o número WMAC21800798946
ESTADO DE ALAGOAS
MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
15ª Promotoria de Justiça da Capital- Fazenda Pública Municipal

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 5279697.
trouxe tal de forma expressa, quando se tem a complementação da União. Eis o teor

do artigo 33:

Lei 14.113/20, art. 32.  A defesa da ordem jurídica, do regime

democrático, dos interesses sociais e individuais indisponíveis,

relacionada ao pleno cumprimento desta Lei, compete ao

Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal e Territórios

e ao Ministério Público Federal, especialmente quanto às

transferências de recursos federais.

Por tal razão, entendemos é o caso de reconhecimento da

incompetência absoluta (Súmula 150, STJ).

Note-se, apenas para trazer à baila outro enfoque da temática, que se

for proposta ação para persecução de atos de improbidade administrativa correlatos,

o ente público lesado deve ser intimado (Lei 8.429/92, art. 17, § 3º), e no caso, tal será

a União. O processo, então, terá de ser remetido à Justiça Federal.

Nessa esteira, de modo a se evitar nulidades, corroboramos o pedido de

fls. 1023 e 1024, pugnando pelo reconhecimento da incompetência absoluta da Justiça

Estadual e remessa dos autos à Justiça Federal.

Maceió, 15 de setembro de 2021.

Fernanda Maria Moreira de Almeida Lôbo


Promotora de Justiça
fls. 1050

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA CÍVEL DA

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
COMARCA DA CAPITAL/AL – FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821B8.
PROCESSO Nº 0714901-97.2020.8.02.0001

SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE ALAGOAS

(SINTEAL), entidade de classe já qualificada nos autos em epígrafe, por conduto de seus

advogados legalmente constituídos, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,

requerer o seguinte.

Às p. 1047/1049, o Ministério Público Estadual apresenta manifestação,

sustentando a competência da Justiça Federal para processar e julgar a presente ação.

Denota-se que tal argumento, além de totalmente improcedente, visa tão somente

tumultuar o prosseguimento do feito, visto que, como será adiante demonstrado, a

jurisprudência do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e, em especial, do Superior

Tribunal de Justiça é uníssona no sentido de que a competência para processar e julgar

demandas que discutem o mesmo objeto da lide em foco é da Justiça Estadual.

Nos autos do processo n. 0801074-40.2017.4.05.80001, o TRF da 5ª Região, ao

constatar que, na contenda, litigavam o sindicato requerente e o Município de Lagoa da

Canoa/AL (ambos não inseridos no rol das pessoas definidas no art. 109, I, da CRFB/1988 –

competência firmada ratione personae), afastou a competência da Justiça Federal para

processar e julgar o feito, entendendo ser irrelevante a natureza da relação jurídica

litigiosa ou a atuação do Ministério Público Federal como fiscal da ordem jurídica (cópia
anexa de decisão). Confira-se:
fls. 1051

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821B8.
fls. 1052

Por sua vez, a Primeira Seção do STJ, instada a dirimir conflitos de competência

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
instaurados em ações que possuem o mesmo objeto, colocou uma pá de cal sobre o tema,

firmando o entendimento de que "embora o direito do município demandado à complementação

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821B8.
dos valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal, inexiste nos

autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer

dos entes elencados no art. 109 da Constituição da República, sendo certo que a causa de pedir

constante do feito originário não tem o condão de acarretar necessariamente o interesse

jurídico do ente federal" (g.n). Senão vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL


E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO ÂMBITO DA
JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS VALORES. UNIÃO. INTERESSE.
INEXISTÊNCIA.
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato representante
de profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação dos
valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à
complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial. 2. Embora
o direito do município demandado à complementação dos valores
relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal,
inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo,
no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no art. 109 da
CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não
tem o condão de acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente
federal. 3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal
decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas". 4. Conflito
conhecido, com a declaração da competência do Juízo Estadual, suscitante.
(g.n)
(CC 149.952/CE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 22/03/2017, DJe 26/04/2017)

Na mesma toada, são as decisões proferidas, pela aludida Corte Superior, em

conflitos de competência instaurados nas ações propostas pelo SINTEAL em face dos

municípios alagoanos de Santana do Ipanema, Pariconha, Piranhas, Maragogi, Água Branca

e Delmiro Gouveia (cópias anexas de decisões),


fls. 1053

Considerando que a discussão travada nos autos está adstrita ao SINTEAL e ao

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
Município de Maceió/AL; considerando a farta jurisprudência no tocante ao tema e que o

provimento jurisdicional pleiteado visa a condenação do ente demandado a uma obrigação

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821B8.
de fazer, não afetando, portanto, interesses da União, requer a Vossa Excelência que seja

reconhecida a competência deste Juízo para processar e julgar a ação em tela.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió/AL, 16 de setembro de 2021.

CIRO VARCELON CONTIN SILVA

OAB/AL N. 8.663
https://pje.trf5.jus.br/pjeconsulta/ConsultaPublica/DetalheProcessoCon...
fls. 1054

PROCESSO Nº: 0801074-40.2017.4.05.8001 - APELAÇÃO CÍVEL


APELANTE: MUNICIPIO DE LAGOA DA CANOA
ADVOGADO: Luciano Henrique Gonçalves Silva

.
APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
APELANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS
ADVOGADO: Nivaldo Barbosa Da Silva Júnior
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821BD.
APELADO: Os mesmos
ADVOGADO: Os mesmos
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Rubens de Mendonça Canuto Neto - 4ª Turma
MAGISTRADO CONVOCADO: Desembargador(a) Federal Carlos Vinicius Calheiros Nobre
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Aloysio Cavalcanti Lima

RELATÓRIO

Trata-se de recursos de apelação interpostos pelo Município de Lagoa da


Canoa/AL, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL) e Ministério
Público Federal (MPF) em face de sentença proferida pelo MM. Juízo Federal da 12ª Vara da
Alagoas que julgou improcedente o pedido de vinculação das quantias judiciais depositadas em
favor do município a título de complementação de FUNDEF, bem como indeferiu o pedido de
homologação de acordo firmado entre município e sindicato para destinação da citada verba.

O sindicato, ora apelante, alega a possibilidade de ser determinada a


vinculação, na proporção não inferior a 60% (sessenta por cento), da quantia depositada em
favor do município, como complementação do FUNDEF, à remuneração dos professores
municipais, nos termos do art. 60 do ADCT.

Sustenta, ainda, a viabilidade de homologação judicial do acordo firmado


com o município versando sobre a destinação de tais verbas.

O município, em seu apelo, manifesta a possibilidade do acordo firmado


com o sindicato de professores para destinação do recurso em comento.

O MPF alega a proibição de retenção de honorários advocatícios


contratuais nos valores requisitados em favor do município e busca que o precatório seja
exclusivamente aplicado na manutenção e desenvolvimento da educação.

Devidamente intimados, apenas o Município de Lagoa da Canoa/AL e o


Ministério Público Federal apresentaram as devidas contrarrazões.

A Procuradoria Regional da República ofertou parecer, opinando pelo


provimento parcial do recurso interposto pelo MPF e julgar prejudicados os apelos do sindicato
e município.

1 de 4 05/02/2020 09:38
https://pje.trf5.jus.br/pjeconsulta/ConsultaPublica/DetalheProcessoCon...
fls. 1055

É o relatório.

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
PROCESSO Nº: 0801074-40.2017.4.05.8001 - APELAÇÃO CÍVEL
APELANTE: MUNICIPIO DE LAGOA DA CANOA
ADVOGADO: Luciano Henrique Gonçalves Silva

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821BD.
APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
APELANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS
ADVOGADO: Nivaldo Barbosa Da Silva Júnior
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva
APELADO: Os mesmos
ADVOGADO: Os mesmos
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Rubens de Mendonça Canuto Neto - 4ª Turma
MAGISTRADO CONVOCADO: Desembargador(a) Federal Carlos Vinicius Calheiros Nobre
JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal Aloysio Cavalcanti Lima

VOTO

Compulsando os autos, vejo que na demanda litigam sindicato e


município, ambos não inseridos no rol das pessoas definidas no art. 109, I, da CF, revelando a
ausência de competência à Justiça Federal para processar e julgar o feito, porque esta é
firmada ratione personae, sendo irrelevante a natureza da relação jurídica litigiosa ou a atuação
do MPF como fiscal do ordenamento jurídico.

Ademais, tratando-se de verbas devidas pela União já repassadas e


depositadas ao Município, inexiste prejuízo a bens, serviços ou interesse direto e específico da
União, suas entidades autárquicas ou empresas públicas. Interesse ou prejuízo, se houver, diz
respeito exclusivamente ao Município, pelo que competiria à Justiça Estadual decidir sobre a
presente lide.

Nesse sentido, os seguintes precedentes deste Tribunal: Processo nº


0805959-03.2017.4.05.8000. 1ª Turma, Relator Desembargador Federal Roberto Machado,
unânime, j. fevereiro de 2019; Processo nº 0800430-19.2016.4.05.8103, 3ª Turma, Relator
Desembargador Federal Fernando Braga, j. 14/12/2017; Processo nº 08011196620164058102,
2ª Turma, Relator Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, j. 06/09/2017;
Processo nº 0800837-63.2018.4.05.8100, 4ª Turma, Relator Desembargador Federal Edilson
Pereira Nobre Júnior, j. 18/12/2018; e Processo n.º 0800848-23.2017.4.05.8102, 1ª Turma,
Desembargador Federal Leonardo Augusto Nunes Coutinho (Convocado), j. 17/10/2019.

Dessa forma, restando ausente pressuposto de desenvolvimento válido e


regular do feito, deve ser reconhecida a incompetência absoluta da Justiça Federal para o
processamento da demanda, nos termos do art. 109, I da CF, uma vez que se trata de matéria
de ordem pública, na qual o art. 485, IV, § 3º do CPC permite o seu conhecimento de ofício, em

2 de 4 05/02/2020 09:38
https://pje.trf5.jus.br/pjeconsulta/ConsultaPublica/DetalheProcessoCon...
fls. 1056

qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.

Atendido o disposto no art. 10 do CPC, uma vez que a questão acerca

.
competência jurisdicional foi abordada durante a instrução processual (id. 4058001.2522616).

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
Com base em tais considerações, anulo, de ofício, a sentença combatida

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821BD.
no tocante aos capítulos referentes à presente demanda, declinando a competência para o
processamento do feito perante a Justiça Estadual, restando prejudicados os apelos.

É como voto.

EMENTA

CONSTITUCIONAL. APELAÇÕES. VINCULAÇÃO DE VERBAS DO FUNDEF DEPOSITADAS


EM FAVOR DO MUNICÍPIO. LIDE ENTRE SINDICATO E MUNICÍPIO. INEXISTÊNCIA DE
PREJUÍZO À UNIÃO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ANULAÇÃO DE OFÍCIO.
RECURSOS PREJUDICADOS.

1. Apelações interpostas em face de sentença que julgou improcedente o pedido de vinculação


das quantias judiciais depositadas em favor do município a título de complementação de
FUNDEF, bem como indeferiu o pedido de homologação de acordo firmado entre município e
sindicato para destinação da citada verba.

2. Na demanda litigam sindicato e município, ambos não inseridos no rol das pessoas definidas
no art. 109, I, da CF, revelando a ausência de competência à Justiça Federal para processar e
julgar o feito, porque esta é firmada ratione personae, sendo irrelevante a natureza da relação
jurídica litigiosa ou a atuação do MPF como fiscal do ordenamento jurídico.

3. Tratando-se de verbas devidas pela União já repassadas ao Município, inexiste prejuízo a


bens, serviços ou interesse direto e específico da União, suas entidades autárquicas ou
empresas públicas. Interesse ou prejuízo, se houver, diz respeito exclusivamente ao Município,
pelo que competiria à Justiça Estadual decidir sobre a presente lide.

4. Precedentes: Processo nº 0805959-03.2017.4.05.8000. 1ª Turma, Relator Desembargador


Federal Roberto Machado, unânime, j. fevereiro de 2019; Processo nº
0800430-19.2016.4.05.8103, 3ª Turma, Relator Desembargador Federal Fernando Braga, j.
14/12/2017; Processo nº 08011196620164058102, 2ª Turma, Relator Desembargador Federal
Paulo Roberto de Oliveira Lima, j. 06/09/2017; Processo nº 0800837-63.2018.4.05.8100, 4ª
Turma, Relator Desembargador Federal Edilson Pereira Nobre Júnior, j. 18/12/2018; e
Processo n.º 0800848-23.2017.4.05.8102, 1ª Turma, Desembargador Federal Leonardo
Augusto Nunes Coutinho (Convocado), j. 17/10/2019.

5. Reconhecimento, de ofício, da incompetência absoluta da Justiça Federal, nos termos do art.

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fls. 1057

485, IV, § 3º do CPC. Atendido o disposto no art. 10 do CPC, uma vez que a questão acerca
competência jurisdicional foi abordada durante a instrução processual.

.
6. Anulação da sentença de ofício no tocante aos capítulos referentes à presente demanda,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856
declinando a competência para o processamento do feito perante a Justiça Estadual.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821BD.
7. Apelos prejudicados.

drc

ACÓRDÃO

Decide a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por


unanimidade, anular, de ofício, a sentença para declinar a competência do feito para a Justiça
Estadual, declarando prejudicadas as apelações, nos termos do Relatório, Voto e notas
taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Relator

Processo: 0801074-40.2017.4.05.8001
Assinado eletronicamente por: 20012313132839200000019168887
CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE - Magistrado
Data e hora da assinatura: 23/01/2020 14:33:07
Identificador: 4050000.19199375

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idProcessoDoc=19199375

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1131
Superior Tribunal de Justiça

. o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
..
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 170.983 - AL (2020/0044407-8)

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
RELATOR : MINISTRO SÉRGIO KUKINA

48A0DAE.
SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 11A VARA DE SANTANA DO IPANEMA

49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
- SJ/AL
SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE SANTANA DO
IPANEMA - AL

o número
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE

às 11:53
16:40
ALAGOAS

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
11:34 , sob
ADVOGADOS : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR - AL006411

em 27/10/2020
02/12/2020
CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO - PB011181

às 21:14
CYRO VISALLI TERCEIRO - PB016506
CIRO VARCELON CONTIN SILVA E OUTRO(S) - AL008663

16/09/2021
em 25/03/2021
INTERES. : MUNICÍPIO DE SANTANA DO IPANEMA

protocoladoprotocolado
INTERES. : UNIÃO

DESPACHO

e www2.tjal.jus.br,
O presente conflito de competência, em razão da singularidade da hipótese que

e *.tjal.jus.br.,
lhe dá origem, não comporta solução de plano, fundada no art. 955, parágrafo único do CPC,
razão pela qual deve ser levado à apreciação colegiada.

BARBOSA
Dessarte, com fundamento no disposto no art. 955, caput do CPC, designo,

SILVA
desde logo, o Juízo de Direito da 2.ª Vara Cível da Comarca de Santana do Ipanema/AL

BEZERRA
JOSECONTIN
(suscitado) para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes.

Dê-se vista ao MPF.

VARCELON
Oficiem-se aos juízos conflitantes.

ANDERSON
Publique-se.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

Brasília (DF), 26 de fevereiro de 2020.

Ministro SÉRGIO KUKINA


Relator

Documento: 106685333 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 28/02/2020 Página 1 de 1


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1059
1132
Superior Tribunal de Justiça

. o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
..
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 171.137 - AL (2020/0056584-9)

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
RELATOR : MINISTRO GURGEL DE FARIA
SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 11A VARA DE SANTANA DO IPANEMA -

48A0DB2.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
SJ/AL
SUSCITADO : JUIZ DE DIREITO DE ÁGUA BRANCA - AL
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE

o número
ALAGOAS

às 11:53
16:40
ADVOGADOS : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR - AL006411
CYRO VISALLI TERCEIRO - PB016506

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
11:34 , sob
CIRO VARCELON CONTIN SILVA - AL008663

em 27/10/2020
02/12/2020
INTERES. : MUNICIPIO DE PARICONHA

às 21:14
ADVOGADOS : JOÃO LUÍS LOBO SILVA - AL005032
FABIANO DE AMORIM JATOBÁ - AL005675

16/09/2021
em 25/03/2021
FELIPE RODRIGUES LINS - AL006161

protocoladoprotocolado
DECISÃO

Trata-se de conflito negativo de competência, suscitado pelo Juiz Federal

e www2.tjal.jus.br,
da 11ª Vara de Santana do Ipanema – SJ/AL, em face da declinação de competência do Juiz de
Direito de Água Branca/AL, nos autos de ação ordinária ajuizada pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Educação de Alagoas – SINTEAL contra o Município de Pariconha/AL,

e *.tjal.jus.br.,
consubstanciada na aplicação dos valores relativos ao Precatório PRC 147.218/AL, expedido no
âmbito federal, referente à complementação do FUNDEF reconhecido em sentença judicial.

BARBOSA
O Juízo Federal sustenta que não há interesse jurídico do Poder Público

SILVA
Federal em tais demandas. O Juízo Estadual defendeu a competência do suscitante, aduzindo que

BEZERRA
a UNIÃO manifestou o seu interesse em ingressar na lide, na condição de assistente.

JOSECONTIN
Manifestação do MPF pela competência do suscitante. (e-STJ fls.
504/509).

VARCELON
ANDERSON
Passo a decidir.

A dicção do art. 34, XXII, do RISTJ permite ao relator "decidir o conflito Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
de competência quando for inadmissível, prejudicado ou quando se conformar com tese fixada
em julgamento de recurso repetitivo ou de repercussão geral, a entendimento firmado em
incidente de assunção de competência, a súmula do Superior Tribunal de Justiça ou a súmula do
Supremo Tribunal Federal, a jurisprudência dominante acerca do tema ou as confrontar".

Dito isso, penso que assiste razão ao suscitante.

É que, muito embora o direito do Município de Pariconha/AL tenha sido


reconhecido no âmbito da Justiça Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da
União, não havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no art. 109 da
CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não tem o condão de
acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal.

Documento: 108076416 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 31/03/2020 Página 1 de 2


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1060
1133
Superior Tribunal de Justiça

. o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
WMAC21702247856 ..
De outro lado, nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça

, sobWSJT21700009630
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da
União, suas autarquias ou empresas públicas".

48A0DB2.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
Nesse sentido:

o número
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL E
ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA

às 11:53
16:40
FEDERAL. APLICAÇÃO DOS VALORES. UNIÃO. INTERESSE.

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
INEXISTÊNCIA.

11:34 , sob
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato representante de

em 27/10/2020
02/12/2020
profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação dos

às 21:14
valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à
complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial.
2. Embora o direito do município demandado à complementação dos valores

16/09/2021
em 25/03/2021
relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal,

protocoladoprotocolado
inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo, no
polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no art. 109 da
CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não tem
o condão de acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal.

e www2.tjal.jus.br,
3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal decidir sobre a
existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União,
suas autarquias ou empresas públicas".
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo Estadual,

e *.tjal.jus.br.,
suscitante. (CC 149.952/CE, minha relatoria, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 26/4/2017)

BARBOSA
Ante o exposto, nos termos do art. 34, XXII, do RISTJ, CONHEÇO DO
CONFLITO para declarar a competência do Juízo de Direito de Água Branca/AL.

BEZERRA SILVA
Publique-se. Intimem-se.

VARCELONJOSECONTIN
Brasília (DF), 26 de março de 2020.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO ANDERSON

MINISTRO GURGEL DE FARIA

Relator

Documento: 108076416 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 31/03/2020 Página 2 de 2


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fls. 508
1061
1134

. o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630 ..
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 171119 - AL (2020/0055955-3)

48A0DB4.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA
SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 11A VARA DE SANTANA DO IPANEMA - SJ/AL
SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DE PIRANHAS - AL

o número
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE

às 11:53
16:40
ALAGOAS

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
ADVOGADOS : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR - AL006411

11:34 , sob
CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO - PB011181

em 27/10/2020
02/12/2020
às 21:14
CIRO VARCELON CONTIN SILVA - AL008663
INTERES. : MUNICIPIO DE PIRANHAS
ADVOGADOS : PAULO VITOR FERNANDES BEZERRA - AL012981

16/09/2021
em 25/03/2021
GEÓRGIA TENÓRIO PEREIRA DE OLIVEIRA RICARDO - AL010497

protocoladoprotocolado
INTERES. : UNIÃO

DECISÃO

e www2.tjal.jus.br,
Vistos.
Trata-se de Conflito Negativo de Competência instaurado entre o JUÍZO

e *.tjal.jus.br.,
FEDERAL DA 11ª VARA DE SANTANA DO IPANEMA - SJ/AL em face do JUÍZO DE

BARBOSA
DIREITO DE PIRANHAS - AL, em ação movida em pelo Sindicato dos Trabalhadores
em Educação de Alagoas (SINTEAL) contra o Município de Piranhas - AL objetivando

SILVA
que 60% dos recursos sejam destinados, a título de remuneração, entre os

BEZERRA
JOSECONTIN
professores em efetivo exercício na rede pública.
Dispensada a manifestação do Ministério Público Federal.

VARCELON
Feito breve relato, decido.

ANDERSON
Inicialmente, acentuo que o Conflito comporta conhecimento, porquanto se
trata de controvérsia instaurada entre Juízes vinculados a Tribunais distintos,
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
consoante o disposto no art. 105, I, d, da Magna Carta.
Cinge-se a controvérsia à destinação de recursos do extinto FUNCEF
obtidos pelo Município de Piranhas/AL, em ação que tramitou na Justiça Federal, em
face da União.
A questão posta é definir se tais recursos podem ser aplicados livremente no
âmbito da educação básica municipal ou se uma parte deve ser direcionada com
exclusividade à remuneração dos professores do ensino básico, especificamente
mediante rateio do montante pretendido entre o número de profissionais de educação
municipal ativos e inativos, ou seja, o que se pretende tutelar é tão somente a forma
como os valores serão aplicados pelo ente municipal cujo direito já foi reconhecido pela

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA25088712 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): REGINA HELENA COSTA Assinado em: 15/04/2020 18:17:33
Publicação no DJe/STJ nº 2890 de 17/04/2020. Código de Controle do Documento: f277f7c2-343d-4e03-9d61-7d15ed44f421
fls. 199
fls. 509
1062
1135
Justiça Federal.

. o número WPOC20700048375
Assim, não há como se vislumbrar, no caso em apreço, qualquer pedido ou

WFDG20700053581
providência dirigido à União, sendo certo que a causa de pedir constante do feito

..
originário não tem o condão de acarretar o interesse do ente federal.

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
Nesse sentido:

48A0DB4.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL
E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO ÂMBITO DA
JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS VALORES. UNIÃO. INTERESSE.
INEXISTÊNCIA.

o número
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato representante

às 11:53
16:40
de profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
dos valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à

11:34 , sob
complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial.

em 27/10/2020
02/12/2020
às 21:14
2. Embora o direito do município demandado à complementação dos
valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça
Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não

16/09/2021
em 25/03/2021
havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no

protocoladoprotocolado
art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito
originário não tem o condão de acarretar necessariamente o interesse
jurídico do ente federal.
3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal decidir

e www2.tjal.jus.br,
sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas".
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo Estadual,

e *.tjal.jus.br.,
suscitante.
(CC 149.952/CE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 22/03/2017, DJe 26/04/2017)

BARBOSA
SILVA
Isto posto, nos termos do art. 955, parágrafo único, do Código de Processo

BEZERRA
Civil, combinado com art. 34, XVIII, do Regimento Interno desta Corte, conheço do

JOSECONTIN
conflito e declaro competente o JUÍZO DE DIREITO DE PIRANHAS - AL.
Comunique-se, com urgência, ao Juízo Suscitante e ao Juízo Suscitado.

VARCELON
Publique-se. Intimem-se.

ANDERSON
Brasília, 15 de abril de 2020.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

REGINA HELENA COSTA


Relatora

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA25088712 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): REGINA HELENA COSTA Assinado em: 15/04/2020 18:17:33
Publicação no DJe/STJ nº 2890 de 17/04/2020. Código de Controle do Documento: f277f7c2-343d-4e03-9d61-7d15ed44f421
fls. 200
fls. 510
1063
1136

. o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630 ..
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 172733 - AL (2020/0133663-4)

48A0DB7.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
RELATOR : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO
SUSCITANTE: JUÍZO FEDERAL DA 13A VARA DE MACEIÓ - SJ/AL
SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE MARAGOGI - AL

o número
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE

às 11:53
16:40
ALAGOAS

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
ADVOGADOS : CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO - PB011181

11:34 , sob
CIRO VARCELON CONTIN SILVA - AL008663

em 27/10/2020
02/12/2020
às 21:14
ANDERSON JOSÉ BEZERRA BARBOSA - AL013749
INTERES. : MUNICIPIO DE MARAGOGI

16/09/2021
em 25/03/2021
protocoladoprotocolado
DECISÃO

Trata-se de conflito negativo de competência instaurado entre o Juízo

e www2.tjal.jus.br,
Federal da 13a Vara de Maceió-AL, o suscitante, e o Juízo de Direito da Vara Única de
Maragogi-AL, o suscitado, para processar e julgar da ação de conhecimento ajuizada
pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas contra o Município de

e *.tjal.jus.br.,
Maragogi-AL, com o objetivo de obter a vinculação dos valores decorrentes do
cumprimento de condenação judicial da União ao pagamento de diferenças devidas

BARBOSA
ao FUNDEF, a título de complementação do Valor Mínimo Nacional por Aluno -
VMNA, presentes nos respectivos precatórios.

SILVA
O Juízo suscitado declinou da competência em favor da Justiça Federal, sob

BEZERRA
o fundamento de que a União Federal manifestou interesse na causa.

JOSECONTIN
O Juízo suscitante, por sua vez, sustentou que não há interesse da União
Federal, considerando que o feito originário entre o Município e a União Federal para

VARCELON
auferir as verbas complementares do FUNDEF já se encerrou, e que os valores
correspondentes ingressaram na esfera patrimonial do Município, com a liquidação, em

ANDERSON
seu prol, do respectivo precatório.
É o relatório. Decido. Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

Conforme o art. 109, I, da Constituição Federal, "a competência da Justiça


Federal, em matéria cível, é estabelecida em razão da pessoa, abrangendo as causas em
que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes
de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho" (AgInt no CC
143.871/BA, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Primeira Seção, DJe 4/12/2019).
No caso, o interesse jurídico da União foi explicitamente afastado pelo
Juízo Federal, a quem compete decidir sobre o interesse do aludido ente no feito, nos
termos do Enunciado Sumular n. 150 do Superior Tribunal de Justiça ("Compete à Justiça
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas.").
O processo de conhecimento trata de verbas já incorporadas ao patrimônio

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA25771192 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Francisco Falcão Assinado em: 25/06/2020 14:48:09
Publicação no DJe/STJ nº 2937 de 26/06/2020. Código de Controle do Documento: 890d72ba-e6b3-465f-b1e6-3c111faa7093
fls. 201
fls. 511
1064
1137
do Município e o conflito sobre o requisitório envolve interesses individuais/coletivos da

.
categoria profissional representada pelo sindicato e o Município demandado (não a União

o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
Federal). Nesse contexto, foi afastado pelo Juízo Federal qualquer pedido ou providência
dirigido à União Federal, cujo interesse no acompanhamento da causa não tem o condão

..
de acarretar o interesse do ente federal.

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
A propósito:

48A0DB7.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
JUÍZOS FEDERAL E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL
EXPEDIDO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS

o número
VALORES. UNIÃO. INTERESSE. INEXISTÊNCIA.

às 11:53
16:40
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
representante de profissionais da área de educação e município, pertinente à

11:34 , sob
aplicação dos valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal,

em 27/10/2020
02/12/2020
às 21:14
referente à complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial.
2. Embora o direito do município demandado à complementação
dos valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da

16/09/2021
em 25/03/2021
Justiça Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União,

protocoladoprotocolado
não havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados
no art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito
originário não tem o condão de acarretar necessariamente o interesse
jurídico do ente federal.

e www2.tjal.jus.br,
3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal
decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas".

e *.tjal.jus.br.,
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo
Estadual, suscitante. (CC 149.952/CE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA,

BARBOSA
PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 26/4/2017)

SILVA
AGRAVO REGIMENTAL. CONFLITO NEGATIVO DE

BEZERRA
COMPETÊNCIA. AUSÊNCIA DE INTERESSE JURÍDICO DA UNIÃO,

JOSECONTIN
DE ENTIDADE AUTÁRQUICA OU DE EMPRESA PÚBLICA
FEDERAL (ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL). SÚMULA N.

VARCELON
150/STJ.
1. "Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de

ANDERSON
interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas
autarquias ou empresas públicas" (Súmula n. 150/STJ).
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
2. Agravo regimental desprovido. (AgRg no CC 138.158/RS,
Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA SEÇÃO, DJe
11/9/2015)

Ante o exposto, conheço do conflito e declaro competente o Juízo de


Direito da Vara Única de Maragogi-AL, o suscitado.
Publique-se. Intimem-se.
Brasília, 13 de junho de 2020.

Ministro Francisco Falcão


Relator

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA25771192 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Francisco Falcão Assinado em: 25/06/2020 14:48:09
Publicação no DJe/STJ nº 2937 de 26/06/2020. Código de Controle do Documento: 890d72ba-e6b3-465f-b1e6-3c111faa7093
fls. 202
fls. 512
1065
1138

. o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630 ..
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 172275 - AL (2020/0112945-0)

48A0DBA.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA
SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 11A VARA DE SANTANA DO IPANEMA -
SJ/AL

o número
SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DE ÁGUA BRANCA - AL

às 11:53
16:40
INTERES. : UNIÃO

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
11:34 , sob
INTERES. : MUNICIPIO DE ÁGUA BRANCA

em 27/10/2020
02/12/2020
ADVOGADO : JOSÉ MARIA CAMILO DE LIMA JÚNIOR - AL010108

às 21:14
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE
ALAGOAS

16/09/2021
em 25/03/2021
ADVOGADOS : NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR - AL006411

protocoladoprotocolado
CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO - PB011181
CYRO VISALLI TERCEIRO - PB016506
CIRO VARCELON CONTIN SILVA - AL008663

e www2.tjal.jus.br,
ANDERSON JOSÉ BEZERRA BARBOSA - AL013749

DECISÃO

e *.tjal.jus.br.,
Vistos.

BARBOSA
Trata-se de conflito negativo de competência suscitado pelo Juízo Federal
da 11ª Vara de Santana do Ipanema/AL em face do Juízo de Direito de Água

SILVA
Branca/AL, nos autos da Ação n. 0700119-43.2018.802.0070, proposta pelo Sindicato

BEZERRA
JOSECONTIN
dos Trabalhadores da Educação de Alagoas em face do Município de Água Branca/AL,
objetivando o bloqueio de valores oriundos de precatórios expedidos em benefício do

VARCELON
ente municipal, em virtude destes decorrerem das verbas do FUNDEF e a sua

ANDERSON
vinculação à área da educação.
A ação foi inicialmente proposta perante a Justiça Estadual, o qual
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
reconheceu sua incompetência absoluta e determinou a remessa dos autos ao Juízo
Federal para inclusão da União, no polo passivo da demanda.
Por sua vez, o Juízo Federal afastou o interesse jurídico da União no feito e,
então, suscitou o conflito.
Designei o Juízo suscitante para resolver, em caráter provisório, eventuais
medidas urgentes, requisitei informações e determinei vista dos autos ao Ministério
Público Federal (fl. 633e).
Prestadas informações (fls. 643/648e e fls. 652/656e).
O Ministério Público Federal opinou pela competência do Juízo Estadual (fls.
659/661e).

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA26440359 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): REGINA HELENA COSTA Assinado em: 27/08/2020 15:59:42
Publicação no DJe/STJ nº 2981 de 28/08/2020. Código de Controle do Documento: 111b07a6-3475-4ac8-b045-1c3bf138c29d
fls. 203
fls. 513
1066
1139
É o relatório. Decido.

. o número WPOC20700048375
Por primeiro, consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão

WFDG20700053581
realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação

..
do provimento jurisdicional impugnado. Assim sendo, in casu, aplica-se o Código de

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
Processo Civil de 2015.
O art. 955, parágrafo único, I, do Código de Processo Civil, determina ser

48A0DBA.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
possível o julgamento do conflito de competência por decisão monocrática quando a
decisão fundar-se em tese firmada em súmula do Supremo Tribunal Federal ou desta

o número
Corte.

às 11:53
16:40
Nessa linha, o enunciado da Súmula n. 568/STJ:

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
11:34 , sob
em 27/10/2020
02/12/2020
às 21:14
O Relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar
ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante
acerca do tema.

16/09/2021
em 25/03/2021
protocoladoprotocolado
Tratando-se de incidente instaurado entre juízos vinculados a tribunais
diversos, conheço do presente conflito de competência, nos termos do art. 105, I, d, da
Constituição da República.

e www2.tjal.jus.br,
Consoante inteligência do art. 109, I, da Carta Política, como regra, a
competência da Justiça Federal, em matéria cível, é estabelecida em razão da pessoa,

e *.tjal.jus.br.,
abrangendo as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública

BARBOSA
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes,
exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à

SILVA
Justiça do Trabalho.

BEZERRA
JOSECONTIN
A controvérsia diz respeito ao juízo competente para julgar ação ordinária
proposta por sindicato contra município, para que seja destinado aos substituídos do

VARCELON
autor, 60% do valor de precatório a ser pago pelo FUNDEF à municipalidade.

ANDERSON
No caso, verifica-se que o Juízo Federal reconheceu a ausência de interesse
jurídico da União para integrar o feito, não havendo, portanto,quaisquer dos entes Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
referidos no art. 109, I, da Constituição Federal na ação.
De fato, compete à Justiça Federal decidir sobre o interesse jurídico que
justifique a presença da União, suas autarquias e empresas públicas no processo, nos
termos do enunciado da Súmula 150 desta Corte, conforme ocorreu no presente caso.
Assim, prevalece o entendimento do Juízo Federal, que apesar da
manifestação da União (fls. 49/51e), decidiu pela ausência de interesse do ente federal
(fls. 16/20e).
A Primeira Seção desta Corte tem entendimento no sentido de que "embora
o direito do município demandado à complementação dos valores relativos ao FUNDEF
tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal, inexiste nos autos pedido

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA26440359 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): REGINA HELENA COSTA Assinado em: 27/08/2020 15:59:42
Publicação no DJe/STJ nº 2981 de 28/08/2020. Código de Controle do Documento: 111b07a6-3475-4ac8-b045-1c3bf138c29d
fls. 204
fls. 514
1067
1140
formulado em desfavor da União, não havendo, no polo passivo da demanda,

. o número WPOC20700048375
quaisquer dos entes elencados no art. 109 da Constituição da República, sendo certo

WFDG20700053581
que a causa de pedir constante do feito originário não tem o condão de acarretar

..
necessariamente o interesse jurídico do ente federal".

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL

48A0DBA.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO ÂMBITO DA
JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS VALORES. UNIÃO. INTERESSE.
INEXISTÊNCIA.

o número
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato representante

às 11:53
16:40
de profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação
dos valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
11:34 , sob
complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial.

em 27/10/2020
02/12/2020
2. Embora o direito do município demandado à complementação dos

às 21:14
valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça
Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não
havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no

16/09/2021
em 25/03/2021
art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito

protocoladoprotocolado
originário não tem o condão de acarretar necessariamente o interesse
jurídico do ente federal.
3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal decidir

e www2.tjal.jus.br,
sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas".
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo Estadual,
suscitante.

e *.tjal.jus.br.,
(CC 149.952/CE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 22/03/2017, DJe 26/04/2017)

BARBOSA
Por outro lado, tendo o Juízo Federal decidido que não há interesse jurídico

SILVA
que justifique a presença da União no polo passivo da ação, não cabe ao Juízo

BEZERRA
JOSECONTIN
Estadual reexaminar tal decisão, conforme estabelecem as Súmulas 150 e 254 desta
Corte.

VARCELON
Nessa linha:

ANDERSON
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIA. Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE
DA UNIÃO RECONHECIDA PELA JUSTIÇA FEDERAL. COMPETÊNCIA
DO JUÍZO ESTADUAL SUSCITANTE. SÚMULAS 150 E 224/STJ.
1. "Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse
jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias
ou empresas públicas" (Súmula 150/STJ).
2. "Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a
declinar da competência, deve o Juiz Federal restituir os autos e não
suscitar conflito" (Súmula 224/STJ).
3. "O art. 109 da CF/88 elenca a competência da Justiça Federal em rol
taxativo, que, em seu inciso I, menciona as causas a serem julgadas pelo
juízo federal em razão da pessoa, e compete a este decidir sobre a
existência de interesse jurídico que justifique, no processo, a presença da
União, suas autarquias ou empresas públicas (Súmula 150/STJ)" (AgInt no
CC 157.365/PI, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA26440359 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): REGINA HELENA COSTA Assinado em: 27/08/2020 15:59:42
Publicação no DJe/STJ nº 2981 de 28/08/2020. Código de Controle do Documento: 111b07a6-3475-4ac8-b045-1c3bf138c29d
fls. 205
515
1068
SEÇÃO, DJe 21/2/2020). Nesse mesmo sentido: AgInt no CC 166.407/SP, fls. 1141

.
Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 17/12/2019.

o número WPOC20700048375
WFDG20700053581
4. "O conflito de competência não se constitui em remédio processual
adequado para o inconformismo da parte quanto à decisão proferida pelo
Juízo Federal, uma vez que o incidente não pode ser utilizado como

..
sucedâneo recursal, nem se constitui meio hábil para atacar decisões de

WMAC21702247856
, sobWSJT21700009630
instâncias inferiores" (AgInt no CC 163.678/RS, Rel. Ministro OG
FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 16/4/2020).
5. Agravo interno não provido.

48A0DBA.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
(AgInt no CC 170.182/SC, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 02/06/2020, DJe 05/06/2020).

o número
PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO CONFLITO DE

às 11:53
16:40
COMPETÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIA. FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTO. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO

0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
11:34 , sob
RECONHECIDA PELA JUSTIÇA FEDERAL.

em 27/10/2020
02/12/2020
1. Tendo o Juízo Estadual determinado a inclusão de ofício da União no

às 21:14
polo passivo de demanda ajuizada para o fornecimento de medicamento, o
Juízo Federal afastou o interesse da respectiva entidade federal, com
suporte na Súmula 150/STJ. Em tal contexto, está firmada a competência

16/09/2021
em 25/03/2021
da Justiça comum estadual para o deslinde da causa.

protocoladoprotocolado
2. O conflito de competência não se constitui em remédio processual
adequado para o inconformismo da parte quanto à decisão proferida, pelo
Juízo Federal, uma vez que o incidente não pode ser utilizado como

e www2.tjal.jus.br,
sucedâneo recursal, nem se constitui meio hábil para atacar decisões de
instâncias inferiores.
3. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no CC 163.678/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA

e *.tjal.jus.br.,
SEÇÃO, julgado em 07/04/2020, DJe 16/04/2020).

BARBOSA
Posto isso, nos termos do art. 955, parágrafo único, I, do Código de

SILVA
Processo Civil, conheço do conflito para declarar competente o juízo suscitado, o

BEZERRA
Juízo de Direito de Água Branca/AL.

JOSECONTIN
Após as providências cabíveis, arquivem-se os autos.
Publique-se. Intime-se. Comunique-se.

VARCELON
Brasília, 27 de agosto de 2020.

ANDERSON
REGINA HELENA COSTA
Relatora Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO

Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA26440359 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): REGINA HELENA COSTA Assinado em: 27/08/2020 15:59:42
Publicação no DJe/STJ nº 2981 de 28/08/2020. Código de Controle do Documento: 111b07a6-3475-4ac8-b045-1c3bf138c29d
Processo Judicial Eletrônico: https://pje.trf5.jus.br/pje/Painel/painel_usuario/documentoHTML.seam?...

. WFDG20700053581
WPOC20700048375
fls. 206
fls. 516
1069
1142

WMAC21702247856
WSJT21700009630 ..
Processo: 0808701-30.2019.4.05.8000

48A0DBD.
49BB942.
0700719-27.2018.8.02.0050 e código 52821C0.
4D15583.
sob o número
Certidão

sob o ,número
0700121-13.2018.8.02.0070
0700420-63.2016.8.02.0036
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001
16:40
às, 11:53
Proclamação do Julgamento:

11:34
às 21:14
02/12/2020
em 27/10/2020
Decide a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, à unanimidade, DAR

16/09/2021
em 25/03/2021
PROVIMENTO à apelação, para anular a sentença e determinar a remessa do processo à Justiça
Estadual, nos termos do voto do relator, na forma do relatório e notas taquigráficas constantes dos

protocolado
autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Recife, 22 de outubro de 2020.

protocolado
e www2.tjal.jus.br,
Participaram do Julgamento os Desembargadores Federais ISABELLE MARNE CAVALCANTI
DE OLIVEIRA LIMA, LUIZ BISPO DA SILVA NETO, ROGÉRIO DE MENESES FIALHO

SILVA e *.tjal.jus.br.,
MOREIRA.

GERALDO XAVIER DE AZEVEDO SOBRINHO

CONTIN BARBOSA
Secretário(a)

JOSE BEZERRA
CIRO VARCELON
ANDERSON
Processo: 0808701-30.2019.4.05.8000
Assinado eletronicamente por: 20102521314501200000023091935
GERALDO XAVIER DE AZEVEDO SOBRINHO -

por
Secretário da Sessão

digitalmentepor
Data e hora da assinatura: 25/10/2020 21:40:19

assinadodigitalmente
Identificador: 4050000.23131103

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Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001


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16/09/2021 às 21:14
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 25/03/2021

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Superior Tribunal de Justiça fls. 1165
fls. 1074

. . , sob o número WMAC21702247856


514A3B8.
código 52821C3.
Ofício n. 008267/2021-CPDP

e código
Brasília, 12 de agosto de 2021.

0700121-13.2018.8.02.0070 e
CONFLITO DE COMPETÊNCIA n. 179596/AL (2021/0148085-7)

processo 0714901-97.2020.8.02.0001
RELATOR : MINISTRO GURGEL DE FARIA
PROC. : 08002539420214058001, 8002539420214058001,

11:34
ORIGEM 07001211320188020070, 7001211320188020070

09:50
SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 11A VARA DE SANTANA DO IPANEMA -

às às
SJ/AL

16/09/2021
SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE DELMIRO GOUVEA -

13/08/2021
AL
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE
ALAGOAS

autos emem
o processo
INTERES. : MUNICÍPIO DE DELMIRO GOUVÊIA

protocolado
INTERES. : UNIÃO

informe o
https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe
liberado nos
SILVA e *.tjal.jus.br.,
Senhor(a) Juiz(a),

site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
Comunico a Vossa Excelência, para as providências pertinentes, que

E SIQUEIRA,
o(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Ministro(a) Relator(a) proferiu decisão no processo em
epígrafe, cuja parte final foi redigida nos seguintes termos:

"(...) Ante o exposto, nos termos do art. 34, XXII, do RISTJ,

CONTIN
MARIA VIEIRA
CONHEÇO DO CONFLITO para declarar a competência do Juiz de Direito da 2ª
Vara Cível de Delmiro Gouveia/AL.(...)."

VARCELON
A íntegra do processo poderá ser acessada no site do Tribunal
(https://aus.stj.jus.br/processo/chave) mediante o uso da chave de acesso constante no
rodapé deste documento.

Respeitosamente, digitalmente por CLAUDIA


por CIRO

Samara Daphne Bertin


assinado digitalmente

Coordenadora de Processamento de Feitos de Direito Público

A SUA EXCELÊNCIA O(A) SENHOR(A)


original, assinado

JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE DELMIRO GOUVEA - AL


(Malote Digital)
o site
do original,
acesse o
original, acesse
cópia do
é cópia
o original,

www.stj.gov.br
SAFS - Quadra 06 - Lt. 01 - Tr e ch o I I I - CEP: 70095-900, Brasília - D F
documento é
Este documento

PABX: (061) 3319-8000


conferir o
Para conferir

C542164515221854218212@
Documento eletrônico VDA29759776
dorotea assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso I I I da Lei 11.419/ 2006
Signatário(a): DOROTÉA DA SI LVA CARVALHO MACK, COORDENADORI A DE PROCESSAMENTO DE FEI TOS DE DI REI TO PÚBLI CO Assinado em: 12/ 08/ 2021 10:53:02
Para
Este

Código de Controle do Documento: 60388905-04C1-49D0-9085-3BCDD9F12F61


Chave de Acesso: https:/ / cpe.web.stj.jus.br/ # / chave?k= E8451D43E54F121A3F5B, válida até 11/ 10/ 2021 às 10:07:28
fls. 1166
fls. 1075

. . , sob o número WMAC21702247856


CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 179596 - AL (2021/0148085-7)

514A3B8.
código 52821C3.
RELATOR : MINISTRO GURGEL DE FARIA
SUSCITANTE : JUÍZO FEDERAL DA 11A VARA DE SANTANA DO IPANEMA

e código
- SJ/AL
SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 2A VARA CÍVEL DE DELMIRO

0700121-13.2018.8.02.0070 e
GOUVEA - AL

processo 0714901-97.2020.8.02.0001
INTERES. : SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE

11:34
ALAGOAS

09:50
ADVOGADOS : MANOLYS MARCELINO PASSERAT DE SILANS E OUTRO(S)

às às
16/09/2021
- PB011536

13/08/2021
CELSO TADEU LUSTOSA PIRES SEGUNDO - PB011181
FABRÍCIO BELTRÃO DE BRITTO - PB016253

autos emem
o processo
Documento eletrônico juntado ao processo em 11/ 08/ 2021 às 16:10:04 pelo usuário: SI STEMA JUSTI ÇA - SERVI ÇOS AUTOMÁTI COS

INTERES. : MUNICÍPIO DE DELMIRO GOUVÊIA

protocolado
INTERES. : UNIÃO

informe o
https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe
liberado nos
DECISÃO

SILVA e *.tjal.jus.br.,
site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
Trata-se de conflito negativo de competência, suscitado pelo Juiz

E SIQUEIRA,
Federal da 11ª Vara de Santana do Ipanema – SJ/AL, em face da declinação de
competência do Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de Delmiro Gouveia/AL, nos autos de

CONTIN
ação ordinária ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas –

MARIA VIEIRA
SINTEAL contra o Município de Delmiro Gouveia/AL, consubstanciada na aplicação dos

VARCELON
valores relativos ao Precatório PRC 147.156/AL, expedido no âmbito federal, referente à
complementação do FUNDEF reconhecido em sentença judicial.
CLAUDIA
por CIRO
O juízo federal sustenta que não há interesse jurídico do Poder digitalmente por

Público Federal em tais demandas, posição com a qual não concorda o suscitado.
assinado digitalmente

Manifestação do MPF pela competência do suscitado (e-STJ fls.


1.198/1.206).
original, assinado

Passo a decidir.
o site
do original,

A dicção do art. 34, XXII, do RISTJ permite ao relator "decidir o


acesse o
original, acesse

conflito de competência quando for inadmissível, prejudicado ou quando se conformar


cópia do
é cópia
o original,

com tese fixada em julgamento de recurso repetitivo ou de repercussão geral, a


documento é
Este documento
conferir o
Para conferir

Documento eletrônico VDA29750357 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso I I I da Lei 11.419/ 2006
Para
Este

Signatário(a): LUI Z ALBERTO GURGEL DE FARI A Assinado em: 11/ 08/ 2021 15:54:24
Código de Controle do Documento: 7c19a232-11eb-4ca7-8e37-8842e6878d44
fls. 1167
fls. 1076

entendimento firmado em incidente de assunção de competência, a súmula do Superior


Tribunal de Justiça ou a súmula do Supremo Tribunal Federal, a jurisprudência
dominante acerca do tema ou as confrontar".

. . , sob o número WMAC21702247856


Dito isso, penso que assiste razão ao suscitante.

514A3B8.
código 52821C3.
É que, muito embora o direito material do Município de Delmiro
Gouveia/AL tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal, inexiste nos autos

e código
pedido formulado em desfavor da União, não havendo, no polo passivo da demanda,
quaisquer dos entes elencados no art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir

0700121-13.2018.8.02.0070 e
processo 0714901-97.2020.8.02.0001
constante do feito originário não tem o condão de acarretar necessariamente o interesse

11:34
jurídico do ente federal.

09:50
às às
De outro lado, nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à

16/09/2021
13/08/2021
Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença,
no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas".

autos emem
o processo
Documento eletrônico juntado ao processo em 11/ 08/ 2021 às 16:10:04 pelo usuário: SI STEMA JUSTI ÇA - SERVI ÇOS AUTOMÁTI COS

protocolado
Nesse sentido:

informe o
PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS

https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe
liberado nos
FEDERAL E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO

SILVA e *.tjal.jus.br.,
ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS VALORES.

site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do,
UNIÃO. INTERESSE. INEXISTÊNCIA.
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato representante de

E SIQUEIRA,
profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação dos
valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à
complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial.
2. Embora o direito do município demandado à complementação dos valores

CONTIN
relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal,

MARIA VIEIRA
inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo, no
polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no art. 109 da

VARCELON
CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não
tem o condão de acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal.
3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal decidir sobre

CLAUDIA
a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da
União, suas autarquias ou empresas públicas". por CIRO
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo Estadual,
digitalmente por

suscitante. (CC 149.952/CE, minha relatoria, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe


26/4/2017)
assinado digitalmente

Ante o exposto, nos termos do art. 34, XXII, do RISTJ, CONHEÇO


DO CONFLITO para declarar a competência do Juiz de Direito da 2ª Vara Cível de
original, assinado

Delmiro Gouveia/AL.
o site
do original,

Publique-se. Intimem-se.
acesse o
original, acesse

Brasília, 10 de agosto de 2021.


cópia do
é cópia
o original,
documento é
Este documento
conferir o
Para conferir

Documento eletrônico VDA29750357 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso I I I da Lei 11.419/ 2006
Para
Este

Signatário(a): LUI Z ALBERTO GURGEL DE FARI A Assinado em: 11/ 08/ 2021 15:54:24
Código de Controle do Documento: 7c19a232-11eb-4ca7-8e37-8842e6878d44
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 16/09/2021 às 11:34 , sob o número WMAC21702247856 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52821C3.
Documento eletrônico juntado ao processo em 11/ 08/ 2021 às 16:10:04 pelo usuário: SI STEMA JUSTI ÇA - SERVI ÇOS AUTOMÁTI COS
Código de Controle do Documento: 7c19a232-11eb-4ca7-8e37-8842e6878d44
Signatário(a): LUI Z ALBERTO GURGEL DE FARI A Assinado em: 11/ 08/ 2021 15:54:24
Documento eletrônico VDA29750357 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso I I I da Lei 11.419/ 2006
fls. 1077

Ministro GURGEL DE FARIA


Relator

fls. 1168
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CLAUDIA MARIA VIEIRA E SIQUEIRA, liberado nos autos em 13/08/2021 às 09:50 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0700121-13.2018.8.02.0070 e código 514A3B8.
fls. 1078

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 529F2D5.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001
Ação: Ação Civil Pública

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 21/09/2021 às 15:31 .
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

DECISÃO

Trata-se de Ação Civil Pública com pedido de tutela provisória de urgência


proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal,
devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente habilitados, em
face do Município de Maceió, igualmente qualificado, por meio da qual se pleiteia a
condenação do Município de Maceió-AL a aplicar o valor do Precatório nº
20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal Regional Federal da
5ª Região -, integralmente na educação, sendo, no mínimo, 60% (sessenta por cento)
destinado para pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação
municipal e o restante em manutenção e investimentos, tudo nos termos do art. 60 do
ADCT, art. 7º da lei n. 9.424/1996 e art. 22 da lei n. 11.494/2007.
Após o deferimento da tutela provisória de urgência para tornar indisponíveis os
recursos até o trânsito em julgado da demanda, houve a apresentação de contestação do
réu e, ato posteriori, a correção de ofício do valor atribuído à causa e a suspensão do
feito (fls. 1.001/1.004), em razão da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental
– ADPF de nº 528, ainda pendente de julgamento, por meio da qual questiona-se à
Suprema Corte a constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União
– TCU, que desobrigou os entes federados - Estados e Municípios - de destinarem
percentual mínimo de recursos complementados pela União no repasse do Fundo de
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
Às fls. 1.023/1.024, foi juntado aos autos petição interposta pelo Ministério
Público Federal, por meio da qual requer a remessa dos autos à Justiça Federal, o que se
justifica pelo fato de Tramitar na Procuradoria da República em Alagoas o
fls. 1079

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 529F2D5.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
Procedimento Administrativo 1.11.000.001104/2020-54 no qual foi firmado Termo de

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 21/09/2021 às 15:31 .
Ajustamento de Conduta (anexo) com o Município de Maceió, que tem por objeto a
necessidade de fiscalizar e acompanhar a aplicação de recursos provenientes do
precatório judicial nº 178329/AL; ter sido expedida RECOMENDAÇÃO CONJUNTA
do MPF e MP/AL e n.º 2/2021, de 17/06/2021, que recomendou ao Município de
MACEIÓ a adoção de providências a serem adotadas quanto à disponibilização dos
valores; ter o Procurador-Geral da República ingressado com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade com pedido de cautelar no STF contra o art. 7º, parágrafo único,
da Lei 14.057, de 11.9.2020, requerendo a suspensão da eficácia da norma que
estabelece que pelo menos 60% dos valores recebidos por ente público a título de
precatórios do FUNDEF devem ser destinados aos profissionais do magistério ativos,
inativos e pensionistas; ter o Plenário do Tribunal de Contas da União, por meio do
Acórdão 1.039/2021, determinando que Municípios e Estados não utilizem os recursos
de precatórios do extinto FUNDEF em pagamentos de rateios, abonos indenizatórios,
passivos trabalhistas/previdenciários e remunerações ordinárias dos professores do
magistério; e, por fim, que o MPF segue acompanhando a destinação dos recursos e
fiscalizando seu investimento para garantir a integral aplicação na manutenção e no
desenvolvimento da educação básica.
Às fls. 1.047/1.049, foi interposta petição pelo Ministério Público Estadual, por
meio da qual ratifica tudo o que exposto pelo parquet federal, bem como reforça a
necessidade de remessa dos autos à Justiça Federal.
Pois bem, compulsando os autos, verifico assistir razão ao requerimento de
remessa dos autos à Justiça Federal, haja vista que as argumentações e fundamentos
trazidos tanto pelo Ministério Público Federal quanto pelo Estadual demonstram o
notório interesse da União no deslinde da causa, o que possui o condão de retirar a
demanda da esfera de competência desta Vara da Fazenda Pública Municipal, até
mesmo porque a demanda discute o escorreito destino a ser dado à verbas públicas
fls. 1080

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 529F2D5.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br
federais, motivo pelo qual parece-me imperiosa a incidência do artigo 109, I da CF:

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 21/09/2021 às 15:31 .
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Ademais, por ser competência em razão da pessoa e, portanto, absoluta, não há


que se falar em sua prorrogação. Senão vejamos o que dispõe o art. 64 do NCPC:

Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão


preliminar de contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau
de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a
alegação de incompetência.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos
de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se
for o caso, pelo juízo competente.

Ante o exposto, DECLARO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTE


JUÍZO para processar e julgar o presente feito, o que faço com fulcro no artigo 109, I,
CF e no art. 64 do Novo Código de Processo Civil, determinando a remessa imediata
dos autos à Justiça Federal.
Publico. Intimem-se. Cumpra-se.
fls. 1081

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 529F2D5.
Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal
Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Maceió , 21 de setembro de 2021.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANTONIO EMANUEL DORIA FERREIRA, liberado nos autos em 21/09/2021 às 15:31 .
Antonio Emanuel Dória Ferreira
Juiz de Direito
A2
fls. 1082

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 21/09/2021 18:51


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52A4401.
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0757/2021, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) D.J

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil
Pública com pedido de tutela provisória de urgência proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação de
Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente habilitados, em face do
Município de Maceió, igualmente qualificado, por meio da qual se pleiteia a condenação do Município de
Maceió-AL a aplicar o valor do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo Tribunal

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 21/09/2021 às 18:51 .
Regional Federal da 5ª Região -, integralmente na educação, sendo, no mínimo, 60% (sessenta por cento)
destinado para pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação municipal e o restante
em manutenção e investimentos, tudo nos termos do art. 60 do ADCT, art. 7º da lei n. 9.424/1996 e art. 22 da lei n.
11.494/2007. Após o deferimento da tutela provisória de urgência para tornar indisponíveis os recursos até o
trânsito em julgado da demanda, houve a apresentação de contestação do réu e, ato posteriori, a correção de
ofício do valor atribuído à causa e a suspensão do feito (fls. 1.001/1.004), em razão da Ação de Descumprimento
de Preceito Fundamental ADPF de nº 528, ainda pendente de julgamento, por meio da qual questiona-se à
Suprema Corte a constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU, que desobrigou os
entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de recursos complementados pela
União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. Às fls.
1.023/1.024, foi juntado aos autos petição interposta pelo Ministério Público Federal, por meio da qual requer a
remessa dos autos à Justiça Federal, o que se justifica pelo fato de Tramitar na Procuradoria da República em
Alagoas o Procedimento Administrativo 1.11.000.001104/2020-54 no qual foi firmado Termo de Ajustamento de
Conduta (anexo) com o Município de Maceió, que tem por objeto a necessidade de fiscalizar e acompanhar a
aplicação de recursos provenientes do precatório judicial nº 178329/AL; ter sido expedida RECOMENDAÇÃO
CONJUNTA do MPF e MP/AL e n.º 2/2021, de 17/06/2021, que recomendou ao Município de MACEIÓ a adoção
de providências a serem adotadas quanto à disponibilização dos valores; ter o Procurador-Geral da República
ingressado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido de cautelar no STF contra o art. 7º,
parágrafo único, da Lei 14.057, de 11.9.2020, requerendo a suspensão da eficácia da norma que estabelece que
pelo menos 60% dos valores recebidos por ente público a título de precatórios do FUNDEF devem ser destinados
aos profissionais do magistério ativos, inativos e pensionistas; ter o Plenário do Tribunal de Contas da União, por
meio do Acórdão 1.039/2021, determinando que Municípios e Estados não utilizem os recursos de precatórios do
extinto FUNDEF em pagamentos de rateios, abonos indenizatórios, passivos trabalhistas/previdenciários e
remunerações ordinárias dos professores do magistério; e, por fim, que o MPF segue acompanhando a destinação
dos recursos e fiscalizando seu investimento para garantir a integral aplicação na manutenção e no
desenvolvimento da educação básica. Às fls. 1.047/1.049, foi interposta petição pelo Ministério Público Estadual,
por meio da qual ratifica tudo o que exposto pelo parquet federal, bem como reforça a necessidade de remessa
dos autos à Justiça Federal. Pois bem, compulsando os autos, verifico assistir razão ao requerimento de remessa
dos autos à Justiça Federal, haja vista que as argumentações e fundamentos trazidos tanto pelo Ministério Público
Federal quanto pelo Estadual demonstram o notório interesse da União no deslinde da causa, o que possui o
condão de retirar a demanda da esfera de competência desta Vara da Fazenda Pública Municipal, até mesmo
porque a demanda discute o escorreito destino a ser dado à verbas públicas federais, motivo pelo qual parece-me
imperiosa a incidência do artigo 109, I da CF: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as
causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça
Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Ademais, por ser competência em razão da pessoa e, portanto, absoluta, não há
fls. 1083

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 21/09/2021 18:51


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 2

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52A4401.
que se falar em sua prorrogação. Senão vejamos o que dispõe o art. 64 do NCPC: Art. 64. A incompetência,
absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. § 1o A incompetência absoluta pode
ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. § 2o Após manifestação da
parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência. § 3o Caso a alegação de
incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo decisão judicial em
sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja
proferida, se for o caso, pelo juízo competente. Ante o exposto, DECLARO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DESTE JUÍZO para processar e julgar o presente feito, o que faço com fulcro no artigo 109, I, CF e no art. 64 do
Novo Código de Processo Civil, determinando a remessa imediata dos autos à Justiça Federal. Publico.
Intimem-se. Cumpra-se. Maceió , 21 de setembro de 2021. Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2"

Maceió, 21 de setembro de 2021.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 21/09/2021 às 18:51 .
fls. 1084

Juízo de Direito - 14ª Vara Cível da Capital / Fazenda Municipal


Av. Presidente Roosevelt, 206, Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes,

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52A5D85.
Barro Duro - CEP 57045-900, Fone: 4009-3523, Maceió-AL - E-mail:
vcivel14@tj.al.gov.br

Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001


Ação: Ação Civil Pública
Autor: Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal
Réu: Município de Maceió

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 22/09/2021 às 05:31 .
CERTIDÃO

CERTIFICO, para os devidos fins, que conforme decisão de fls.


1078/1081 passo a remeter os presentes autos à Distribuição. O referido é verdade, do
que dou fé.

Maceió, 22 de setembro de 2021.

Glauquia Heires Rocha e Passos


Analista Judiciário

Mod. Genérico
fls. 1085

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 22/09/2021 09:24


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 1

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52A739C.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0757/2021, foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico em 22/09/2021. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil subseqüente à data acima
mencionada. O prazo terá início em 24/09/2021, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Ciro Varcelon Contin Silva (OAB 8663/AL) 5 30/09/2021

Teor do ato: "Autos nº: 0714901-97.2020.8.02.0001 Ação: Ação Civil Pública Autor: Sindicato dos
Trabalhadores de Educação de Alagoas - Sinteal Réu: Município de Maceió DECISÃO Trata-se de Ação Civil
Pública com pedido de tutela provisória de urgência proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação
de Alagoas - Sinteal, devidamente qualificado e por intermédio de advogados regularmente habilitados, em
face do Município de Maceió, igualmente qualificado, por meio da qual se pleiteia a condenação do Município
de Maceió-AL a aplicar o valor do Precatório nº 20198000013200087 - PRC178329-AL - expedido pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região -, integralmente na educação, sendo, no mínimo, 60% (sessenta por

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 22/09/2021 às 09:24 .
cento) destinado para pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação municipal e o
restante em manutenção e investimentos, tudo nos termos do art. 60 do ADCT, art. 7º da lei n. 9.424/1996 e
art. 22 da lei n. 11.494/2007. Após o deferimento da tutela provisória de urgência para tornar indisponíveis os
recursos até o trânsito em julgado da demanda, houve a apresentação de contestação do réu e, ato posteriori,
a correção de ofício do valor atribuído à causa e a suspensão do feito (fls. 1.001/1.004), em razão da Ação de
Descumprimento de Preceito Fundamental ADPF de nº 528, ainda pendente de julgamento, por meio da qual
questiona-se à Suprema Corte a constitucionalidade do que decidido pelo Tribunal de Contas da União TCU,
que desobrigou os entes federados - Estados e Municípios - de destinarem percentual mínimo de recursos
complementados pela União no repasse do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério. Às fls. 1.023/1.024, foi juntado aos autos petição interposta pelo Ministério Público
Federal, por meio da qual requer a remessa dos autos à Justiça Federal, o que se justifica pelo fato de
Tramitar na Procuradoria da República em Alagoas o Procedimento Administrativo 1.11.000.001104/2020-54
no qual foi firmado Termo de Ajustamento de Conduta (anexo) com o Município de Maceió, que tem por objeto
a necessidade de fiscalizar e acompanhar a aplicação de recursos provenientes do precatório judicial nº
178329/AL; ter sido expedida RECOMENDAÇÃO CONJUNTA do MPF e MP/AL e n.º 2/2021, de 17/06/2021,
que recomendou ao Município de MACEIÓ a adoção de providências a serem adotadas quanto à
disponibilização dos valores; ter o Procurador-Geral da República ingressado com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade com pedido de cautelar no STF contra o art. 7º, parágrafo único, da Lei 14.057, de
11.9.2020, requerendo a suspensão da eficácia da norma que estabelece que pelo menos 60% dos valores
recebidos por ente público a título de precatórios do FUNDEF devem ser destinados aos profissionais do
magistério ativos, inativos e pensionistas; ter o Plenário do Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão
1.039/2021, determinando que Municípios e Estados não utilizem os recursos de precatórios do extinto
FUNDEF em pagamentos de rateios, abonos indenizatórios, passivos trabalhistas/previdenciários e
remunerações ordinárias dos professores do magistério; e, por fim, que o MPF segue acompanhando a
destinação dos recursos e fiscalizando seu investimento para garantir a integral aplicação na manutenção e no
desenvolvimento da educação básica. Às fls. 1.047/1.049, foi interposta petição pelo Ministério Público
Estadual, por meio da qual ratifica tudo o que exposto pelo parquet federal, bem como reforça a necessidade
de remessa dos autos à Justiça Federal. Pois bem, compulsando os autos, verifico assistir razão ao
requerimento de remessa dos autos à Justiça Federal, haja vista que as argumentações e fundamentos
trazidos tanto pelo Ministério Público Federal quanto pelo Estadual demonstram o notório interesse da União
no deslinde da causa, o que possui o condão de retirar a demanda da esfera de competência desta Vara da
Fazenda Pública Municipal, até mesmo porque a demanda discute o escorreito destino a ser dado à verbas
públicas federais, motivo pelo qual parece-me imperiosa a incidência do artigo 109, I da CF: Art. 109. Aos
juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; Ademais, por ser
competência em razão da pessoa e, portanto, absoluta, não há que se falar em sua prorrogação. Senão
fls. 1086

TJ/AL - COMARCA DE MACEIÓ Emitido em: 22/09/2021 09:24


Certidão - Processo 0714901-97.2020.8.02.0001 Página: 2

vejamos o que dispõe o art. 64 do NCPC: Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como
questão preliminar de contestação. § 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e
grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. § 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá
imediatamente a alegação de incompetência. § 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52A739C.
serão remetidos ao juízo competente. § 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os
efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo
competente. Ante o exposto, DECLARO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTE JUÍZO para processar e
julgar o presente feito, o que faço com fulcro no artigo 109, I, CF e no art. 64 do Novo Código de Processo
Civil, determinando a remessa imediata dos autos à Justiça Federal. Publico. Intimem-se. Cumpra-se. Maceió ,
21 de setembro de 2021. Antonio Emanuel Dória Ferreira Juiz de Direito A2"

Maceió, 22 de setembro de 2021.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por *.tjal.jus.br., liberado nos autos em 22/09/2021 às 09:24 .
fls. 1087

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 14ª VARA

.
CÍVEL DA COMARCA DE MACEIÓ-AL.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78EF.
PROCESSO N. 0714901-97.2020.8.02.0001

SINDICATO DOS TRABALHADORES DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS –


SINTEAL, pessoa jurídica de direito privado, já qualificada nos autos do processo em
epígrafe, por conduto de seu advogado legalmente constituído, vem, respeitosamente,
informar que interpôs Agravo de Instrumento com Pedido de Concessão de Tutela
Provisória de Urgência em face da decisão de p. 1078/1081 (conforme cópias anexas de
petição e recibo de protocolo).

Em vista do exposto, requer, com fulcro no §1º do art. 1018 do CPC, que seja
exercido o juízo de retratação, na hipótese de acolhimento das razões aduzidas na aludida
peça recursal.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió/AL, 27 de setembro de 2021.

CIRO VARCELON CONTIN SILVA


OAB/AL N. 8.663
fls. 1088

.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78F0.
URGENTE. PEDIDO DE
CONCESSÃO DE TUTELA
PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE ALAGOAS –


SINTEAL, CNPJ nº 24.312.928/0001-70, localizado na Avenida Major Cícero de
GóisMonteiro, nº 2.339, Bairro Mutange, CEP 57.017-320, Maceió – AL, por intermédio de
seus advogados, legalmente constituídos nos termos encerrados no instrumento de
procuração anexo, vem, tempestiva e respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
interpor

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE


TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA

em face de decisão interlocutória proferida nos autos do processo acima epigrafado (cópia
anexa), o que faz com supedâneo nas razões recursais adiante aduzidas e na cópia integral
do presente feito (art. 1.017 do CPC).

Dessa forma, requer que, adotadas as medidas processuais de praxe, seja


conhecido o presente recurso e, após concedido o pedido de tutela de urgência requestado,
seja o mesmo, ao final, confirmado com o seu provimento.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió/AL, 21 de setembro de 2021.


1
OAB/AL n. 6.411
NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR

OAB/PB N. 11.536

OAB/AL N. 13.749
OAB/PB N. 16.506
CYRO VISALLI TERCEIRO

ANDERSON JOSÉ BEZERRA BARBOSA


MANOLYS MARCELINO PASSERAT DE SILANS
OAB/AL n. 8.663
CIRO VARCELON CONTIN SILVA

2
fls. 1089

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78F0.
fls. 1090

.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78F0.
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

REF. PROCESSO N. 0714901-97.2020.8.02.0001


ORIGEM: 14ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE MACEIÓ/AL
AGRAVANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE ALAGOAS –SINTEAL,
ADVOGADOS: CIRO VARCELON CONTIN SILVA (OAB/AL N. 8.663) E NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR (OAB/AL
N. 6.411)
AGRAVADO: MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL

I. DOS FATOS

O sindicato agravante ajuizou ação ordinária em face do Município de Maceió,


objetivando, em síntese, o pagamento, sob a forma de abono, de 60% (sessenta por cento)
dos recursos oriundos do precatório do FUNDEF (requisitório nº 20198000013200087 -
PRC178329-AL), expedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ªRegião, em favor dos
profissionais do magistério da rede pública municipal de ensino.

Tal demanda fora distribuída para o Juízo da 14ª Vara Cível da Comarca de
Maceió (processo n. 0714901-97.2020.8.02.0001), o qual, instado a se pronunciar a respeito
do pleito de concessão de tutela provisória de urgência, o deferiu no sentido de determinar
o bloqueio de 60% (sessenta por cento) dos aludidos valores, de modo que permaneçam
indisponíveis em conta judicial até o julgamento do mérito da ação (cópia anexa de decisão).

Eis que, no decorrer da demanda, o Ministério Público Federal atravessou petição


nos autos, requerendo a sua remessa para a Justiça Federal, sob a alegação de tramitar, na
Procuradoria da República em Alagoas, o Procedimento Administrativo
1.11.000.001104/2020-54, no qual fora firmado Termo de Ajustamento de Conduta com o
Município de Maceió, que tem por objeto a necessidade de fiscalizar e acompanhar a

3
fls. 1091

aplicação de recursos provenientes do sobredito precatório e haver sido expedida a

.
RECOMENDAÇÃO CONJUNTA do MPF e MP/AL n.º 2/2021, de 17/06/2021,

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123
recomendando ao dito município a adoção de providências a serem adotadas quanto à
disponibilização de tais valores.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78F0.
Segundo o MPF, o Procurador-Geral da República ingressou com uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade com pedido de cautelar no STF em face do art. 7º, parágrafo
único, da lei n. 14.057, de 11/9/2020, requerendo a suspensão da eficácia da norma que
estabelece que pelo menos 60% (sessenta por cento) dos valores recebidos por ente público
a título de precatórios do FUNDEF devem ser destinados aos profissionais do magistério
ativos, inativos e pensionistas. Além disso, aduziu que o Plenário do Tribunal de Contas da
União, por meio do Acórdão 1.039/2021, determinou que Municípios e Estados não utilizem
os recursos de precatórios do extinto FUNDEF em pagamentos de rateios, abonos
indenizatórios, passivos trabalhistas/previdenciários e remunerações ordinárias dos
professores do magistério. Sustentou, por fim, que o MPF segue acompanhando a destinação
dos recursos e fiscalizando seu investimento para garantir a integral aplicação na
manutenção e no desenvolvimento da educação básica.

No mesmo sentido, o Ministério Público Estadual apresentou manifestação,


ratificando as razões do MPF.

Logo em seguida, o sindicato agravante impugnou tais pedidos, colacionando aos


autos uma série de decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça em sede de
Conflitos de Competência, as quais demonstram a competência da Justiça Estadual para
processar e julgar demandas que tratam do mesmo objeto perseguido pelo sindicato
agravante.

Sem tecer uma linha sequer a respeito da impugnação oferecida pela


entidade agravante, o Juízo da 14ª Vara Cível de Maceió, inesperada e celeramente,
declarou a sua incompetência absoluta para processar e julgar o feito, determinando a sua
remessa à Justiça Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas, nos seguintes termos:

(...)
Ante o exposto, DECLARO A INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DESTEJUÍZO
para processar e julgar o presente feito, o que faço com fulcro no artigo 109,
I, CF e no art. 64 do Novo Código de Processo Civil, determinando a remessa
imediatados autos à Justiça Federal. (...)

Eis o resumo dos fatos. Demonstrar-se-á a seguir que a decisão objurgada merece
4
fls. 1092

ser reformada, visto que a própria Justiça Federal, além do STJ, vêm reconhecendo a

.
competência da Justiça Estadual para processar e julgar demandas rigorosamente

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123
idênticas à ação em comento.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78F0.
II. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS.
II.1. DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO.

Como bem se sabe, o agravo de instrumento é o recurso cabível contra as decisões


interlocutórias proferidas pelo juiz no curso do processo.

Em dezembro de 2018, ao concluir o julgamento do Recurso Especial 1.704.520,


sob o rito dos recursos repetitivos, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça definiu
o conceito de “taxatividade mitigada” do rol previsto no artigo 1.015 do Código de
Processo Civil, abrindo caminho para a interposição do agravo de instrumento em outras
hipóteses, além daquelas listadas expressamente no texto legal.

Ao apresentar seu voto no supracitado recurso, a ministra Nancy Andrighi,


relatora, argumentou que a enunciação, em rol exaustivo, das hipóteses de cabimento do
agravo revela-se insuficiente e em desconformidade com as normas fundamentais do
processo civil, na medida em que sobrevivem questões urgentes fora da lista do artigo 1.015,
as quais "tornam inviável a interpretação de que o referido rol seria absolutamente taxativo
e que deveria ser lido de modo restritivo".

Por outro lado, destacou a ministra relatora a existência de outra corrente


interpretativa, segundo a qual a lista do artigo 1.015 seria puramente exemplificativa, de
modo que, em determinadas situações, a recorribilidade da decisão interlocutória seria
imediata, "ainda que a matéria não conste expressamente do rol ou que não seja possível
dele extrair a questão por meio de interpretação extensiva ou analógica".

Na ocasião, a relatora propôs uma tese baseada no requisito da urgência como


critério para a admissão do agravo fora das situações elencadas no sobredito rol.
Com isso, acrescentou, “atende-se ao objetivo do legislador, que, pretendendo restringir a
utilização do recurso, limitou seu cabimento a uma relação de hipóteses nas quais não seria
possível esperar pelo julgamento da apelação”. (...) "Trata-se de reconhecer que o rol do
artigo 1.015 do CPC possui uma singular espécie de taxatividade mitigada por uma cláusula
adicional de cabimento, sem a qual haveria desrespeito às normas fundamentais do próprio
5
fls. 1093

CPC e grave prejuízo às partes ou ao próprio processo", declarou a magistrada.

.
Tal julgamento resultou no Tema 988 dos recursos repetitivos: "O rol do artigo

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CIRO VARCELON CONTIN SILVA e *.tjal.jus.br., protocolado em 27/09/2021 às 20:23 , sob o número WMAC21702336123
1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de
instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 52D78F0.
questão no recurso de apelação".

Com amparo em tal premissa, a aludida Corte Superior firmou, ainda,


entendimento no sentido de que o recurso de agravo de instrumento é plenamente cabível
para impugnar decisão interlocutória relacionada à questão da competência. Confira-se:

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL.


DECISÃO DECLINATÓRIA DE COMPETÊNCIA. RECORRIBILIDADE POR
AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSIBILIDADE. HIPÓTESES DE
CABIMENTO LISTADAS NOS INCISOS DO ART. 1.015 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL DE 2015. TAXATIVIDADE MITIGADA. TEMA N.
988/STJ. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO.
INAPLICABILIDADE EM PREJUÍZO DA PARTE QUE PROCEDEU EM
CONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO FIXADO NO RECURSO
REPETITIVO. PRECEDENTES. PROVIMENTO DO AGRAVO INTERNO E
DO PRÓPRIO RECURSO ESPECIAL.
1. Mesmo antes do julgamento do Tema n. 988, a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça vinha afirmando o cabimento de
agravo de instrumento para impugnação de decisão
interlocutória relacionada à questão da competência, apesar de
não expressamente prevista essa possibilidade nos incisos do art.
1.015 do Código de Processo Civil de 2015. Entendimento que se
compatibiliza com a tese fixada pela Corte Especial no sentido de
que "o rol do art. 1.015 do Código de Processo Civil é de
taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de
instrumento quando verificada a urgência decorrente da
inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação". 2.
A modulação dos efeitos da decisão proferida pela Corte Especial no
julgamento do Tema n. 988 não pode ser tomada em prejuízo da parte que
procedeu em conformidade com o balizamento traçado no próprio repetitivo,
independentemente da data em que foi proferida a decisão interlocutória na
fase de conhecimento. Precedentes. 3. Agravo interno e recurso especial
providos. (g.n)
(AgInt no REsp 1799493/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE,
TERCEIRA TURMA, julgado em 16/03/2021, DJe 04/05/2021)

CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. AGRAVO INTERNO


EM RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE VERSA SOBRE COMPETÊNCIA.
RECORRIBILIDADE IMEDIATA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO.
POSSIBILIDADE. AÇÃO FUNDADA EM ALEGADO DELITO CIVIL E
CRIMINAL AJUIZADA NO FORO DO DOMICÍLIO DO AUTOR.
6
fls. 1094

POSSIBILIDADE. ART. 53, V, DO CPC/15.


1- Ação de reparação de danos materiais e morais em decorrência de alegado

.
ato ilícito civil e penal praticado no mercado de capitais. 2- Examinadas todas

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as questões relevantes ao desfecho da controvérsia, não há que se falar em
violação aos arts. 489, §1º e 1.022, ambos do CPC/15. 3- É cabível agravo
de instrumento contra a decisão interlocutória que versa sobre

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competência. Precedentes. 4- A norma do art. 53, IV e V, do CPC/15 (antigo
art. 100, V, do CPC/73), materializadora do forum commissi delicti, refere-
se aos delitos de modo geral, tanto civis quanto penais. Precedentes. 5-
Agravo interno em recurso especial desprovido . (g.n)
(AgInt no REsp 1773999/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 31/08/2020, DJe 03/09/2020)

Logo, não sobejam dúvidas quanto ao cabimento da presente peça recursal.

II.2. DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL PARA PROCESSAR E JULGAR A DEMANDA


EM FOCO. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DO STJ.

Evidencia-se, primeiramente, que a conduta do Juízo de primeiro grau afronta o


princípio da cooperação processual (consagrado no art. 6º, do CPC) e o disposto no
art. 10, do CPC, haja vista que, além de proferir decisão totalmente avessa à jurisprudência
pacífica do STJ com relação à matéria, desconsiderou os argumentos suscitados pelo
sindicato agravante, atendo-se à análise de requerimentos formulados pelos ministérios
públicos estadual e federal com o único intento de tumultuar e retardar o
prosseguimento do feito. Senão vejamos:

Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de
ofício.

No tocante à conduta do juiz no curso do processo, Luiz Guilherme Marinoni


assim leciona, in litteris:

7
fls. 1095

.
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(...) encarar o processo civil como uma comunidade de trabalho regida pela
ideia de colaboração, portanto, é reconhecer que o juiz tem o dever de
cooperar com as partes, a fim de que o processo civil seja capaz de chegar
efetivamente a uma decisão justa, fruto de efético ‘dever de engajamento’ do

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juiz no processo. Longe de aniquilar a autonomia individual e
autorresponsabilidade das partes, a colaboração apenas viabiliza que o juiz
atue para a obtenção de uma decisão justa com a incrementação de seus
poderes de condução no processo, responsabilizando-o igualmente pelos
seus resultados. A colaboração não apaga obviamente o princípio da
demanda e as suas consequências básica: o juízo de conveniência a respeito
da propositura ou não da ação e a delimitação do mérito da causa continuar
tarefas ligadas exclusivamente à conveniência das partes. O processo não é
encarado nem como coisa exclusivamente das partes, nem como coisa
exclusivamente do juiz – é uma coisa comum ao juiz e às partes (chose
commune des parties et du juge)1. (g.n)

Com efeito, nos autos que originaram o precatório em foco discute-se o pedido de
complementação de recursos do FUNDEF que deixaram de ser repassados pela União ao
Município de Maceió em época própria.

Nesse sentido, os valores pagos pela União decorrem de sentença judicial


transitada em julgado e já ingressaram nos cofres do ente agravado para compor o
seu orçamento geral, desvinculando-se de bens ou interesses da União.

Além disso, o sindicato agravante pleiteia, nos termos do artigo 7º da lei n.


9.424/1996 e artigo 22 da lei 11.494/2006, a destinação, sob a forma de abono, de 60%
(sessenta por cento) do citado precatório em favor dos profissionais do magistério que
atuam na rede pública municipal de ensino.

Denota-se, portanto, que não estamos tratando de transferências


voluntárias por parte da União, tampouco de transferências constitucionais,
mas sim de um pagamento decorrente de decisão judicial transitada em julgado.

Sob esses fundamentos, a Justiça Federal, de há muito, vem entendendo que o


Juízo competente para processar e julgar demandas de mesma natureza é o da Justiça
Estadual.

A título de exemplo, convém trazer à baila decisão proferida pelo TRF da 5ª


Região nos autos do processo n. 0801074-40.2017.4.05.80001.
Na ocasião, ao constatar que, na contenda, litigavam o sindicato agravante e o

1
O projeto do CPC: críticas e propostas. São Paulo: RT 2010. Pag. 48.
8
fls. 1096

Município de Lagoa da Canoa/AL (ambos não inseridos no rol das pessoas definidas no art.
109, I, da CRFB/1988 – competência firmada ratione personae), o referido tribunal afastou

.
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a competência da Justiça Federal para processar e julgar a demanda, entendendo ser
irrelevante a natureza da relação jurídica litigiosa ou a atuação do Ministério

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Público Federal como fiscal da ordem jurídica (cópia anexa de decisão). Confira-se:

9
fls. 1097

.
Por seu turno, a Primeira Seção do STJ, instada a dirimir vários conflitos de

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competência instaurados em ações que possuem o mesmo objeto, colocou uma pá de cal
sobre o tema, firmando o entendimento de que "embora o direito do município demandado

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à complementação dos valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da
Justiça Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo,
no polo passivo da demanda, quaisquer dos entes elencados no art. 109 da Constituição da
República, sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não tem o
condão de acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal"
(g.n). Senão vejamos:

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL


E ESTADUAL. PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO ÂMBITO DA
JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS VALORES. UNIÃO. INTERESSE.
INEXISTÊNCIA.
1. Autos originários que contemplam demanda entre sindicato representante
de profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação dos
valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à
complementação do FUNDEF reconhecida em sentença judicial. 2. Embora
o direito do município demandado à complementação dos valores
relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça
Federal, inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da
União, não havendo, no polo passivo da demanda, quaisquer dos
entes elencados no art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa
de pedir constante do feito originário não tem o condão de
acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal. 3.
Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal decidir sobre
a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da
União, suas autarquias ou empresas públicas". 4. Conflito conhecido, com a
declaração da competência do Juízo Estadual, suscitante. (g.n)
(CC 149.952/CE, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 22/03/2017, DJe 26/04/2017)

Na mesma toada, são as decisões proferidas, pela aludida Corte Superior, em


conflitos de competência instaurados nas ações propostas pelo SINTEAL em face dos
municípios alagoanos de Santana do Ipanema, Pariconha, Piranhas, Maragogi, Água Branca
e Delmiro Gouveia (cópias anexas de decisões),
De arremate, não podemos olvidar de que esta E. Corte de Justiça já se
pronunciou em caso semelhante, mais precisamente nos autos do Mandado de Segurança n.
0804952-31.2018.8.02.0000 (Des. Rel. Celyrio Adamastor Tenório Accioly):

MANDADO DE SEGURANÇA. ATO JUDICIAL. CABIMENTO.


10
fls. 1098

PRECATÓRIO JUDICIAL EMITIDO PELA JUSTIÇA FEDERAL. VALORES


DE COMPLEMENTAÇÃO DOS REPASSES RELATIVOS AO FUNDEF.

.
DECISÃO QUE DECLAROU A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.

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ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. AUSÊNCIA DE
INTERESSE DA UNIÃO. PRECEDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA EM CONFLITO DE COMPETÊNCIA COM A MESMA TEMÁTICA.
RECONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

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ESTADUAL. CONCESSÃO DA SEGURANÇA. DECISÃO UNÂNIME. (g.n)

Considerando que a discussão travada nos autos originários está adstrita ao


SINTEAL e ao Município de Maceió/AL; considerando a farta jurisprudência quanto
ao assunto (com destaque para a do STJ) e que o provimento jurisdicional pleiteado visa a
condenação do ente agravado a uma obrigação de fazer, não afetando, portanto, interesses
da União, resta inquestionável a competência da Justiça Estadual para processar e
julgar a ação em tela.

III. DO PEDIDO DE CONCESSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.

Consoante é cediço, para a concessão da tutela provisória de urgência, é


necessário que seja demonstrada a probabilidade do direito e o perigo que a demora na
entrega da prestação jurisdicional representa para a efetividade da jurisdição e a eficaz
realização do direito (art. 300 do CPC).

A probabilidade do direito, por sua vez, traduz-se na verossimilhança fática por


meio da qual se constata que há um grau considerável de plausibilidade em torno da
narrativa dos fatos trazida pelo requerente. Logo, apesar de não ser necessária a prova
integral da realidade do direito postulado, é preciso que se visualize, na narrativa, uma
verdade provável sobre os fatos, independentemente da produção de prova.

Além disso, deve-se verificar se é provável a subsunção dos fatos à norma


invocada, a qual conduzirá aos efeitos pretendidos.

Tais requisitos podem ser facilmente identificados na presente peça recursal.


Senão vejamos.

Acerca da discussão travada nos autos originários, qual seja, a quem compete
processar e julgar a pretensão deduzida pelo sindicato agravante, cumpre repisar que a
Primeira Seção do STJ, instada a dirimir vários conflitos de competência instaurados em
ações que possuem o mesmo objeto, colocou uma pá de cal sobre a matéria, firmando o
11
fls. 1099

entendimento de que "embora o direito do município demandado à complementação dos

.
valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal,

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inexiste nos autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo, no polo passivo
da demanda, quaisquer dos entes elencados no art. 109 da Constituição da República,

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sendo certo que a causa de pedir constante do feito originário não tem o condão de
acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente federal".

Adicionalmente, os valores pagos pela União, como observado supra, decorrem


de sentença judicial transitada em julgado e já ingressaram nos cofres do ente
agravado para compor o seu orçamento geral, desvinculando-se, assim, de bens ou
interesses da União.

Vale insistir que o sindicato agravante pleiteia a condenação da edilidade à


obrigação de fazer no sentido de que seja destinado, sob a forma de abono, 60% (sessenta
por cento) do citado precatório em favor dos profissionais do magistério que atuam na rede
pública municipal de ensino, tudo nos termos do artigo 7º da lei n. 9.424/1996 e artigo 22
da lei 11.494/2007.

Ou seja, a discussão travada nos autos originários está adstrita ao SINTEAL e ao


Município de Maceió/AL, não afetando, pois, interesses da União.

Ante o exposto, não restam dúvidas quanto à presença, na espécie, do requisito


da probabilidade do direito.

Lado outro, cumpre consignar que, conforme cópia anexa de extrato processual,
o processo originário já foi encaminhado para redistribuição, o que demonstra a grande
probabilidade de ser remetido para a Justiça Federal a qualquer momento.

Cabe pontuar que há, também, forte probabilidade de o Juízo Federal se declarar
igualmente incompetente, instaurar o conflito negativo de competência e remetê-lo ao
STJ, o que poderá retardar a solução da lide, prejudicando sobremaneira a persecução do
direito pleiteado pelos profissionais do magistério substituídos.

Em vista disso, torna-se imperiosa a concessão da tutela provisória de urgência


no sentido de que os efeitos da decisão atacada sejam imediatamente suspensos, de modo
que os autos principais permaneçam tramitando perante o Juízo da 14ª Vara Cível da
Comarca de Maceió até o julgamento definitivo do presente recurso.

IV. DOS PEDIDOS FINAIS.

12
fls. 1100

Ante o exposto, requer a Vossas Excelências:

.
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1) Que seja deferido o pleito de concessão de tutela provisória de urgência no
sentido de suspender os efeitos da decisão guerreada, de modo que os autos principais

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permaneçam tramitando perante o Juízo da 14ª Vara Cível da Comarca de
Maceió até o julgamento definitivo do presente recurso;

2) Que o ente agravado seja intimado a responder o presente recurso dentro d0


prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 1.019, II do CPC;

3) Que o representante do Ministério Público seja intimado a se manifestar,


querendo, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, em conformidade com o disposto no art.
1.019, III do CPC;

4) Que sejam concedidos os benefícios da justiça gratuita, por tratar a


demanda originária de uma Ação Civil Pública, tudo em consonância com o preceituado no
art. 18 da lei n. 7.347/1988;

5) No mérito, requer que o presente recurso seja integralmente provido no


sentido de confirmar o pleito liminar acima deduzido, reconhecendo-se em definitivo a
competência da Justiça Estadual para processar e julgar o feito originário.

Nestes termos, pede deferimento.

Maceió/AL, 21 de setembro de 2021.

CIRO VARCELON CONTIN SILVA NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR


OAB/AL n. 8.663 OAB/AL n. 6.411

MANOLYS MARCELINO PASSERAT DE SILANS


OAB/PB N. 11.536

CYRO VISALLI TERCEIRO


OAB/PB N. 16.506

ANDERSON JOSÉ BEZERRA BARBOSA


OAB/AL N. 13.749
13
fls. 1101

.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

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ALAGOAS
PODER JUDICIÁRIO

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RECIBO DO PROTOCOLO
PETICIONAMENTO INICIAL - SEGUNDO GRAU

Dados Básicos
Unidade:
Processo: 08070005520218020000
Classe do Processo: Agravo de Instrumento
Assunto principal: 6077 - FUNDEF/Fundo de
Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de
Valorização do Magistério
Data/Hora: 23/09/2021 18:48:48

Partes
Agravante: Sindicato dos Trabalhadores
de Educação de Alagoas -
Sinteal
Agravado: Município de Maceió

Documentos
Petição: AI x decisão que declinou de
competência - 1-13.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 1-
32.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 33-
45.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 46-
49.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 50-
54.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 55-
139.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 140-
265.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 266-
339.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 340-
393.pdf
fls. 1102

Diversos: inicial e atos constitut - 394-


500.pdf

.
Diversos: inicial e atos constitut - 501-

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568.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 569-
600.pdf

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Diversos: inicial e atos constitut - 601-
612.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 613-
663.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 664-
728.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 729-
764.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 765-
817.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 818-
865.pdf
Diversos: inicial e atos constitut - 866-
874.pdf
Diversos: decisao tutela de urgencia - 1-
22.pdf
Diversos: contest - 1-35.pdf
Diversos: contest - 36-42.pdf
Diversos: diversos 01 - 1.pdf
Diversos: diversos 02 - 1-10.pdf
Diversos: diversos 03 - 1-13.pdf
Diversos: manifest MP 01 - 1-5.pdf
Diversos: diversos 04 - 1-19.pdf
Diversos: diversos 04 - 20-32.pdf
Diversos: pedido de susp do feito pelo
MP - 1.pdf
Diversos: decisao que corrige o valor da
causa - 1-17.pdf
Diversos: diversos 05 - 1-11.pdf
Diversos: diversos 05 - 12-15.pdf
Diversos: diversos 05 - 16-26.pdf
Diversos: diversos 05 - 27-29.pdf
Diversos: pedido de MP competencia -
1-3.pdf
Diversos: manifest sinteal - 1-22.pdf
Diversos: manifest sinteal - 23-28.pdf
Diversos: decisao impugnada - 1-9.pdf

Nota: Alguns dos documentos peticionados foram segmentados para manter


o padrão de tamanho definido pelo Tribunal.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ABIGAIL FALCAO FERREIRA SOUZA, liberado nos autos em 04/10/2021 às 17:31 .
Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 53141C1.
012302404336783 9

722 1
 2

2     fls. 1103

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722 1
 2

2     323
fls. 1104
fls. 1105

Este documento é cópia do original assinado digitalmente por DOMINGOS DE ARAUJO LIMA NETO. Para conferir o original, acesse o site , informe o processo 0807000-55.2021.8.02.0000 e o código

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 5321101.
012345679
 4 26
6325

9
25 9
1626

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SUELY SILVA CALHEIROS DA ROSA, liberado nos autos em 05/10/2021 às 18:01 .
X6N2:41YH69=-H4<O8049-56-/12Z[4-\O<2-G6:4
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por DOMINGOS DE ARAUJO LIMA NETO. Para conferir o original, acesse o site , informe o processo 0807000-55.2021.8.02.0000 e o código

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 5321101.
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Este documento é cópia do original assinado digitalmente por DOMINGOS DE ARAUJO LIMA NETO. Para conferir o original, acesse o site , informe o processo 0807000-55.2021.8.02.0000 e o código

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por SUELY SILVA CALHEIROS DA ROSA, liberado nos autos em 05/10/2021 às 18:01 .
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fls. 1111

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


PODER JUDICIÁRIO

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
MALOTE DIGITAL

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
Tipo de documento: Informações Processuais
Código de rastreabilidade: 40520219428710
Nome original: PROCESSO 0815546-10.2021.4.05.8000T.pdf
Data: 11/11/2021 13:42:00
Remetente:
SUELEIDE
SJAL - Diretoria da 1ª Vara
Tribunal Regional Federal da 5ª Região
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para anexar ao Processo 0714901-97.2020.8.02.0001.
Assunto: DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA - PROCESSO 0815546-10.2021.4.05.8000T (NOSSO) - PARA AN
XAR AO PROCESSO 0714901-97.2020.8.02.0001)
fls. 1112

Tribunal Regional Federal da 5ª Região


PJe - Processo Judicial Eletrônico
Consulta Processual

11/11/2021

Número: 0815546-10.2021.4.05.8000

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
Classe: AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Partes
Tipo Nome
AUTOR SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS
ADVOGADO Ciro Varcelon Contin Silva
ADVOGADO FABRICIO BELTRAO DE BRITTO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
ADVOGADO MANOLYS MARCELINO PASSERAT DE SILANS
ADVOGADO Nivaldo Barbosa da Silva Júnior
ADVOGADO Anderson José Bezerra Barbosa
RÉU MUNICIPIO DE MACEIO
TERCEIRO INTERESSADO UNIÃO FEDERAL

Documentos
Id. Data/Hora Documento Tipo
4058000.9650683 11/11/2021 Intimação Expediente
13:37
4058000.9564033 11/11/2021 Decisão Decisão
12:14
4058000.9550922 20/10/2021 DECURSO DE PRAZO Certidão
21:44
4058000.9493268 11/10/2021 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
09:33
4058000.9492830 11/10/2021 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
09:29
4058000.9471611 08/10/2021 Manifestação Manifestação
12:08
4058000.9463283 07/10/2021 Intimação Expediente
09:55
4058000.9462087 07/10/2021 Despacho Despacho
09:54
4058000.9462367 07/10/2021 Certidão de Retificação de Autuação Certidão de retificação de autuação
00:00
4058000.9451397 05/10/2021 Certidão de Distribuição Certidão
13:36
fls. 1113

PROCESSO Nº: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA


AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva e outros
RÉU: MUNICIPIO DE MACEIO
TERCEIRO INTERESSADO: UNIÃO FEDERAL
1ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de Ação Civil Pública proposta pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES EM


EDUCAÇÃO DE ALAGOAS - SINTEAL em face do MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, requerendo
provimento jurisdicional que determine ao requerido a aplicação do valor do precatório nº
20198000013200087 - PRC 178329-AL, integralmente na educação, sendo, no mínimo, 60% (sessenta

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
por cento) destinada para pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação
municipal.

Nos autos tombados sob o nº 0714901-97.2020.8.02.0001, o douto juízo estadual declarou a


incompetência daquele juízo, visto que a União teria interesse na causa (id. 9451385).

Todavia, intimada para manifestar interesse no feito (id. 9462087), a União não se manifestou.

Era o que havia a relatar.

Fundamento e decido.

1. Inicialmente, destaco que a Constituição Federal, em seu artigo 109, I [1] , fixou a competência dos
juízes federais para processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas, exceto as de falência, acidentes de trabalho e as sujeitas às Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho.

2. Da análise do dispositivo supracitado, clarividente se torna que a competência da Justiça Federal


cinge-se quando algum dos entes listados figura na relação processual na condição de autores, réus,
assistentes ou opoentes.

3. Na hipótese vertente, não pode ser incluída a União na demanda, uma vez que esta não manifestou
interesse, e o caso em questão, limita-se aos interesses da categoria profissional autora e o Município de
Maceió/AL.

4. Friso, por fim, que em se tratando de incompetência absoluta, visto que a competência neste caso
firma-se em razão da pessoa, deve ser esta reconhecida de ofício pelo magistrado.

5. Por tais razões, reconheço a incompetência da Justiça Federal para o julgamento do feito.

6. Considerando que os processos tramitam em meio eletrônico sob sistemas informatizados diversos, não
permitindo a "remessa" dos autos propriamente ditos (com a manutenção da numeração unificada), e que
a ação foi originalmente distribuída perante o juízo estadual, é suficiente a remessa de cópia da presente
decisão e dos atos praticados desde a chegada dos autos a este juízo, ao Juízo de Direito da 14ª Vara
Cível da Capital/Fazenda Municipal, a fim de que esta seja juntada/anexada aos autos do processo
nº 0714901-97.2020.8.02.0001, distribuindo àquele juízo, a fim de que naqueles tenha
prosseguimento.

7. Providências necessárias.

1/2
fls. 1114

[1] Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Sueleide Alves Cantuária - Diretor de Secretaria
21111113373698100000009716643
Data e hora da assinatura: 11/11/2021 13:37:58
Identificador: 4058000.9650683
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 1115

PROCESSO Nº: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA


AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva e outros
RÉU: MUNICIPIO DE MACEIO
TERCEIRO INTERESSADO: UNIÃO FEDERAL
1ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
DECISÃO

Vistos etc.

Trata-se de Ação Civil Pública proposta pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES EM


EDUCAÇÃO DE ALAGOAS - SINTEAL em face do MUNICÍPIO DE MACEIÓ/AL, requerendo
provimento jurisdicional que determine ao requerido a aplicação do valor do precatório nº
20198000013200087 - PRC 178329-AL, integralmente na educação, sendo, no mínimo, 60% (sessenta

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
por cento) destinada para pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação
municipal.

Nos autos tombados sob o nº 0714901-97.2020.8.02.0001, o douto juízo estadual declarou a


incompetência daquele juízo, visto que a União teria interesse na causa (id. 9451385).

Todavia, intimada para manifestar interesse no feito (id. 9462087), a União não se manifestou.

Era o que havia a relatar.

Fundamento e decido.

1. Inicialmente, destaco que a Constituição Federal, em seu artigo 109, I [1] , fixou a competência dos
juízes federais para processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas, exceto as de falência, acidentes de trabalho e as sujeitas às Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho.

2. Da análise do dispositivo supracitado, clarividente se torna que a competência da Justiça Federal


cinge-se quando algum dos entes listados figura na relação processual na condição de autores, réus,
assistentes ou opoentes.

3. Na hipótese vertente, não pode ser incluída a União na demanda, uma vez que esta não manifestou
interesse, e o caso em questão, limita-se aos interesses da categoria profissional autora e o Município de
Maceió/AL.

4. Friso, por fim, que em se tratando de incompetência absoluta, visto que a competência neste caso
firma-se em razão da pessoa, deve ser esta reconhecida de ofício pelo magistrado.

5. Por tais razões, reconheço a incompetência da Justiça Federal para o julgamento do feito.

6. Considerando que os processos tramitam em meio eletrônico sob sistemas informatizados diversos, não
permitindo a "remessa" dos autos propriamente ditos (com a manutenção da numeração unificada), e que
a ação foi originalmente distribuída perante o juízo estadual, é suficiente a remessa de cópia da presente
decisão e dos atos praticados desde a chegada dos autos a este juízo, ao Juízo de Direito da 14ª Vara
Cível da Capital/Fazenda Municipal, a fim de que esta seja juntada/anexada aos autos do processo
nº 0714901-97.2020.8.02.0001, distribuindo àquele juízo, a fim de que naqueles tenha
prosseguimento.

7. Providências necessárias.

1/2
fls. 1116

[1] Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
André Luís Maia Tobias Granja - Magistrado
21102317471529600000009629490
Data e hora da assinatura: 11/11/2021 12:14:23
Identificador: 4058000.9564033
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
fls. 1117

PROCESSO Nº: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA


AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva e outros
RÉU: MUNICIPIO DE MACEIO
TERCEIRO INTERESSADO: UNIÃO FEDERAL
1ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

CERTIDÃO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
CERTIFICO que, apesar de devidamente intimada, a União Federal não se manifestou até a presente data.

O referido é verdade e dou fé.

Maceió, 20 de Outubro de 2021.

Sueleide Alves Cantuária

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Sueleide Alves Cantuária - Diretor de Secretaria
21102021433142200000009616377
Data e hora da assinatura: 20/10/2021 21:44:07
Identificador: 4058000.9550922
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 1118

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
Polo ativo Polo passivo
SINDICATO DOS MUNICIPIO DE
RÉU
TRABALHADORES DA AUTOR MACEIO
EDUCACAO DE ALAGOAS TERCEIRO
UNIÃO FEDERAL
Ciro Varcelon Contin Silva ADVOGADO INTERESSADO
FABRICIO BELTRAO DE
ADVOGADO
BRITTO
MANOLYS MARCELINO
ADVOGADO
PASSERAT DE SILANS
Nivaldo Barbosa da Silva
ADVOGADO
Júnior
Anderson José Bezerra
ADVOGADO
Barbosa

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 11/10/2021 09:29, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 07/10/2021 09:54 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 21100709550125600000009528514 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 11/10/2021 09:33 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 11/10/2021 09:29
Identificador: 4058000.9492830
Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 11/10/2021 09:33:18
Identificador: 4058000.9493268

1/1
fls. 1119

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
Polo ativo Polo passivo
SINDICATO DOS MUNICIPIO DE
RÉU
TRABALHADORES DA AUTOR MACEIO
EDUCACAO DE ALAGOAS TERCEIRO
UNIÃO FEDERAL
Ciro Varcelon Contin Silva ADVOGADO INTERESSADO
FABRICIO BELTRAO DE
ADVOGADO
BRITTO
MANOLYS MARCELINO
ADVOGADO
PASSERAT DE SILANS
Nivaldo Barbosa da Silva
ADVOGADO
Júnior
Anderson José Bezerra
ADVOGADO
Barbosa

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 11/10/2021 09:29, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca de Despacho
registrado em 07/10/2021 09:54 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço


https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam , através do código de autenticação
nº 21100709550125600000009528514 .

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 11/10/2021 09:29 - Seção Judiciária de Alagoas.

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 11/10/2021 09:29:48
Identificador: 4058000.9492830

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fls. 1120

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE


ALAGOAS.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
Processo nº 0815546-10.2021.4.05.8000

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
SINDICATO DOS TRABALHADORES DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS - SINTEAL , já
qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédio de seus advogados abaixo assinados, vem,
respeitosamente, perante V. Ex.ª, expor e requerer o que segue.

Conforme se extrai da petição e documentos constantes nos autos em id nº 4058000.9451384, fls. 1.050 -
1077, o Autor já avia alertado ao Juízo da 14ª Vara Cível da Comarca da Capital/AL, acerca do
posicionamento do Superior Tribunal de Justiça pela competência da Justiça Estadual para processar e
julgar as demandas desta natureza.

Veja, Excelência, foram dezenas de demandas idênticas, contra diversos entes municipais do Estado de
Alagoas, propostas pelo Sindicato Autor. Em todas elas, em que foi suscitado o conflito negativo de
competência, o STJ decidiu pela competência da Justiça Estadual para apreciar o feito.

Com efeito, o art. 109, inciso I, da Constituição da República (CRFB/88) dispõe que a Justiça Federal de
1ª Instância é competente para processar e julgar as causas em que a União Federal for interessada na
condição de autora, réu, assistente ou opoente, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho (competência ratione personae).

Para que se conclua pelo enquadramento do presente caso nessas balizas, deve-se verificar os contornos
da lide intentada. Consiste o caso dos autos em ação ajuizada pelo SINTEAL - Sindicato de Professores
do Estado de Alagoas - por meio da qual pleiteia-se a condenação do Município de Boca da Mata/AL a
destinar aos profissionais de educação básica 60% (sessenta por cento) dos valores de certo precatório,
conforme constante nos autos, com fundamento no disposto no art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT) e no art. 22 da Lei n° 11.494/07.

O cerne da controvérsia resta vinculado, pois, à definição da destinação dos recursos pertencentes ao
município, oriundos do extinto FUNDEF, discutindo se estes podem ser aplicados livremente no âmbito
da educação básica municipal ou se uma parte deve ser direcionada com exclusividade à remuneração dos
professores do ensino básico, especificamente mediante rateio do montante pretendido entre o número de
profissionais de educação municipal ativos e inativos.

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fls. 1121

Portanto, a demanda coletiva em apreço foi instaurada por legitimado extraordinário (art. 8°, inciso III, da
CRFB/88), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SINTEAL), exclusivamente contra o
Município de Maceió, com o escopo de que a categoria obtenha, nos termos em que formulado o pedido
parte dos valores devidos pela União ao município demandado por força de ação judicial que tramitou na
Justiça Federal envolvendo os valores do extinto FUNDEF.

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
Observe, assim, os limites em que proposta a lide. Em que pese o direito à verba já reconhecida tenha sido
obtido pelo Município de Maceió em face da União, por meio de feito que tramitou na Justiça Federal
(art. 109, inciso I, da CRFB/88), não há como se vislumbrar, no caso em apreço, qualquer pedido dirigido
a ente federal ou possível comando judicial pretendido que se destine à União, suas autarquias ou
empresas públicas.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
Limita-se a controvérsia, portanto, aos interesses individuais/coletivos da categoria profissional
representada pelo Autor e do Município demandado, não havendo sequer a possibilidade de que a União
tenha que adotar alguma providência administrativa mínima que seja, em caso de acolhimento do pedido.
Afinal, o que se pretende tutelar é tão somente a forma como o ente municipal, cujo direito já foi
reconhecido, aplicará os valores objeto da questão.

A propósito, o Superior Tribunal de Justiça vem reconhecendo a incompetência da Justiça Federal para o
processo e julgamento de causas da espécie. Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente:

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL E ESTADUAL.


PRECATÓRIO JUDICIAL EXPEDIDO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DOS
VALORES. UNIÃO. INTERESSE. INEXISTÊNCIA. 1. Autos originários que contemplam demanda
entre sindicato representante de profissionais da área de educação e município, pertinente à aplicação dos
valores relativos a precatório, expedido no âmbito federal, referente à complementação do FUNDEF
reconhecida em sentença judicial. 2. Embora o direito do município demandado à complementação
dos valores relativos ao FUNDEF tenha sido reconhecido no âmbito da Justiça Federal, inexiste nos
autos pedido formulado em desfavor da União, não havendo, no polo passivo da demanda,
quaisquer dos entes elencados no art. 109 da CF/1988, sendo certo que a causa de pedir constante
do feito originário não tem o condão de acarretar necessariamente o interesse jurídico do ente
federal. 3. Nos termos da Súmula 150 do STJ, "compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de
interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas".
4. Conflito conhecido, com a declaração da competência do Juízo Estadual, suscitante. (CC 149.952/CE,
Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/03/2017, DJe 26/04/2017). (...)
Veja-se, no mesmo sentido, precedente da 3ª Turma do Egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE ENTE FEDERAL NA RELAÇÃO


PROCESSUAL ART. 109, I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL. ATUAÇÃO DO MPF COMO FISCAL DO ORDENAMENTO JURÍDICO.
IRRELEVÂNCIA PARA DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA. IMPROVIMENTO. 1.
Trata-se de Apelação interposta pelo SINDICATO - APEOC contra a sentença que declinou da
competência, e, em razão da incompatibilidade dos sistemas de tramitação processual, extinguiu sem
resolução do mérito a Ação Civil Pública ajuizada contra MUNICÍPIO DE APUIARÉS/CE, buscando a
vinculação dos recursos oriundos do processo judicial n.º 0021950-97.2004.4.05.8100, (Precatório n.º

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PRC134672-CE), decorrente do cumprimento de condenação judicial da União ao pagamento de


diferenças devidas ao FUNDEF, a título de complementação do VMNA, à promoção da manutenção e
desenvolvimento da educação básica e à valorização dos profissionais da educação, com a aplicação de
proporção não inferior a 60% dos recursos ao pagamento dos professores do ensino fundamental em
efetivo exercício no magistério.2. No caso dos autos, instada a manifestar se tinha interesse no feito, a
União requereu a dilação de prazo para manifestação conclusiva. O MPF, por sua vez, informou que
atuaria no processo na qualidade de fiscal da ordem jurídica. Além disso, o SINDICATO DOS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE APUIARÉS compareceu aos autos para informar que
protocolizou Petição de Oposição, por dependência aos presentes autos, autuada pelo número
0800613-69.2016.4.05.8109, requerendo a vinculação por dependência de tais processos. O referido feito
tramita na 6ª Apenas exemplificativamente, citem-se outros três Conflitos de Competência recentemente
apreciados pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça e decididos de igual forma, apenas entre processos
remetidos por esta 11ª Vara Federal/SJAL: C.C. nº 171121/AL, C.C. nº 171137/AL e C.C. nº 170983/AL.

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Por fim, ainda que houvesse legitimidade/interesse da União Federal (como pessoa jurídica interessada) e
do Ministério Público Federal (na tutela de interesses difusos), em conjunto ou isoladamente, de
instaurarem ações coletivas lato sensu visando a controlar verbas de fundos mantidos por recursos
públicos federais, tal como o extinto FUNDEF, o que é autorizado por vasto arcabouço normativo (v.g
arts. 127, 129, inciso III, da CRFB/88; art. 29 da Lei Federal n° 11.494/01; arts. 1°, inciso IV, e 5°,
incisos I e III, da Lei n° 7.347/85), a pretensão ali possível se resumiria à condenação de Município à
obrigação de aplicar os valores obtidos a título de complementação do extinto FUNDEF
exclusivamente na manutenção e no desenvolvimento da educação municipal .

Entretanto, como já consignado e na esteira dos precedentes sobremencionados, a causa em apreço foi
instaurada por sindicato de categoria profissional exclusivamente contra o Município para discutir
se haveria vinculação a uma ou outra ação de educação na aplicação das verbas, inexistindo
pretensões veiculadas diretamente contra os entes elencados no inciso I do art. 109 da Constituição
da República.

Calha registrar, também, que não se desconhece a possibilidade de a União, na qualidade de pessoa
jurídica de direito público, intervir nas causas cuja decisão possa ter reflexos indiretos de natureza
econômica, independentemente da demonstração de interesse jurídico (art. 5°, parágrafo único, da Lei n°
9.469/97). Todavia, a presente ação, movida por ente sindical contra o ente municipal não tem o condão,
ainda que indiretamente, de onerar economicamente a União Federal, porquanto inexiste qualquer
pretensão tendente a causar-lhe efeitos diretos ou reflexos, até porque os valores do precatório e,
questão já se integraram ao patrimônio municipal e serão utilizados para os fins a que se destinam.

Diante do exposto, o Autor requer, considerando que não está caracterizado o interesse jurídico de entes
federais na presente demanda, com fulcro no art. 951 e ss. do CPC, que Vossa Excelência reconheça a
incompetência desta Justiça Federal para apreciação do feito, suscitando o conflito negativo de
competência, e, com arrimo no art. 105, inciso I, alínea "d", da Constituição da República, seja
determinada a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para apreciação.

Maceió/AL, 08 de outubro de 2021.

3/4
fls. 1123

NIVALDO BARBOSA JR.

OAB/AL Nº 6.411

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
ANDERSON BARBOSA

OAB/AL Nº 13.749

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
Anderson José Bezerra Barbosa - Advogado
21100812050847200000009536853
Data e hora da assinatura: 08/10/2021 12:08:30
Identificador: 4058000.9471611
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 4/4
fls. 1124

PROCESSO Nº: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA


AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva e outros
RÉU: MUNICIPIO DE MACEIO
1ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
DESPACHO

Vistos etc.

1. Em se tratando de ação originalmente proposta na Justiça Estadual, faz-se imprescindível,


para fins de fixação da competência deste juízo federal, que seja oportunizada a manifestação
da União Federal, indicando se têm ou não interesse na presente demanda.

2. Intimações e providências necessárias.

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
André Luís Maia Tobias Granja - Magistrado
21100709550125600000009528514
Data e hora da assinatura: 07/10/2021 09:55:01
Identificador: 4058000.9463283
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 1125

PROCESSO Nº: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA


AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
ADVOGADO: Ciro Varcelon Contin Silva e outros
RÉU: MUNICIPIO DE MACEIO
1ª VARA FEDERAL - AL (JUIZ FEDERAL TITULAR)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
DESPACHO

Vistos etc.

1. Em se tratando de ação originalmente proposta na Justiça Estadual, faz-se imprescindível,


para fins de fixação da competência deste juízo federal, que seja oportunizada a manifestação
da União Federal, indicando se têm ou não interesse na presente demanda.

2. Intimações e providências necessárias.

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Assinado eletronicamente por:
André Luís Maia Tobias Granja - Magistrado
21100622073169300000009527317
Data e hora da assinatura: 07/10/2021 09:54:53
Identificador: 4058000.9462087
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfal.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
fls. 1126

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
1° VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO: 0815546-10.2021.4.05.8000 - AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
Polo ativo Polo passivo
SINDICATO DOS MUNICIPIO DE
RÉU
TRABALHADORES DA AUTOR MACEIO
EDUCACAO DE ALAGOAS TERCEIRO
UNIÃO FEDERAL
Ciro Varcelon Contin Silva ADVOGADO INTERESSADO
FABRICIO BELTRAO DE
ADVOGADO
BRITTO
MANOLYS MARCELINO
ADVOGADO
PASSERAT DE SILANS
Nivaldo Barbosa da Silva
ADVOGADO
Júnior
Anderson José Bezerra
ADVOGADO
Barbosa

Outros participantes
Sem registros

CERTIDÃO DE RETIFICAÇÃO

Certifico que, em 06/10/2021, procedi à retificação de autuação deste processo para fazer constar:
Data de Operação Usuário
Item Situação anterior Situação atual
alteração realizada responsável
MUNICIPIO DE
MACEIO (RÉU),
06/10/2021 Parte - Polo MUNICIPIO DE Sueleide Alves
Inclusão UNIÃO FEDERAL
22:09 Passivo MACEIO (RÉU) Cantuária
(TERCEIRO
INTERESSADO)

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 07/10/2021 00:00:00
Identificador: 4058000.9462367

1/1
fls. 1127

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO


1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ALAGOAS
PROCESSO Nº: 0815546-10.2021.4.05.8000
CLASSE: AÇÃO CIVIL PÚBLICA
AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES DA EDUCACAO DE ALAGOAS

Para conferir o original, acesse o site https://www2.tjal.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0714901-97.2020.8.02.0001 e código 545D1CE.
ADVOGADO: CIRO VARCELON CONTIN SILVA
ADVOGADO: FABRICIO BELTRAO DE BRITTO
ADVOGADO: MANOLYS MARCELINO PASSERAT DE SILANS
ADVOGADO: NIVALDO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR
ADVOGADO: ANDERSON JOSÉ BEZERRA BARBOSA
RÉU: MUNICIPIO DE MACEIO

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GLAUQUIA HEIRES ROCHA E PASSOS, liberado nos autos em 12/11/2021 às 07:42 .
Certidão de Distribuição

Tipo da Distribuição: Sorteio.


Concorreu(ram): 1ª VARA FEDERAL, 4ª VARA FEDERAL, 2ª VARA FEDERAL, 3ª VARA
FEDERAL, 13ª VARA FEDERAL.
Impedido(s): -
Distribuído para: 1ª VARA FEDERAL.

Processo: 0815546-10.2021.4.05.8000
Data e hora da inclusão: 05/10/2021 13:36:42
Identificador: 4058000.9451397

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