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W de CARTA ESCOLAR E MICRO-PLANIFICAAO

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Bernardino Amade

As Taxas Principais de Acesso na educação


Curso de Licenciatura em Administração e Gestão da Educação

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
1

Bernardino Amade

As Taxas Principais de Acesso na educação

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue


dr. Rosário Teófilo
no Departamento de Educação e Psicologia,
na cadeira de carta escolar e micro-
planificacao, 4°Ano/ 2°Semestre,
recomendado por docente:

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2021

Índice
Introdução...................................................................................................................................3

1.AS TAXAS PRINCIPAIS DE ACESSO NA EDUCAÇÃO...................................................4

2.Taxa de escolarização bruta e líquida......................................................................................4


2

3.A Taxa Bruta de Escolarização................................................................................................4

4.Taxa líquida de escolarização..................................................................................................5

5.Taxa de admissão bruta............................................................................................................6

6.Taxa de transição.....................................................................................................................7

7.Taxa de escolarização por idade específica.............................................................................8

8.Taxa de admissão por idade específica....................................................................................8

Conclusão....................................................................................................................................9

Referência bibliográfica............................................................................................................10
3

Introdução
O presente trabalho tem o seguinte tema: “As Taxas Principais de Acesso na educação”, na
mesma linha de pensamento serão abordados alguns indicadores tais como: Taxa aparente de
admissão (taxa de admissão bruta); Taxa de admissão por idade específica; Taxa bruta de
escolarização; Taxa líquida de escolarização; Taxa de escolarização por idade específica;
Taxa de transição. Dizer que Estes indicadores mostram o percentual de crianças e
adolescentes que encontram-se matriculados na escola, no mesmo fio de pensamento importa
salientar os procedimentos de matrícula por parte das escolas e os ajustes e acomodações por
parte das redes de ensino, no que se refere à garantia do acesso da população à escola. Para o
cálculo deste indicador é necessária a utilização de duas bases de informação, a do Censo
Escolar, sob a responsabilidade do INEP, e a base de informações populacionais, sob a
responsabilidade do IBGE. Assim, o trabalho tem como objectivos:

Objectivo geral:

 Compreender as Taxas Principais de Acesso na educação.

Objectivos específicos:

 Explicar as Taxas Principais de Acesso na educação,


 Identificar as Taxas Principais de Acesso na educação
 Descrever as Taxas Principais de Acesso na educação.

Metodologias do trabalho

A metodologia usada para a realização deste trabalho, foi a consulta de obras que consistiu na
leitura e, analise das mesmas cujos autores estão devidamente citados ao longo do trabalho e,
nas referências bibliográficas.
Quanto a organização o presente trabalho apresenta a seguinte estrutura: Introdução onde faz
apresentação do tema de uma forma simples, e desenvolvimento onde aborda-se o tema de
uma forma mais profunda e, critica, por fim apresenta a Conclusão seguida das Referências
Bibliográficas.
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1. AS TAXAS PRINCIPAIS DE ACESSO NA EDUCAÇÃO


2. Taxa de escolarização bruta e líquida

A Taxa de Escolarização Bruta é a razão entre o número total de matrículas (independente da


faixa etária) e a população correspondente na faixa etária prevista (15 a 17 anos) para o curso
na etapa de ensino. A Taxa de Escolarização Líquida representa a razão entre o número de
matrículas de alunos com idade prevista (15 a 17 anos) para estar cursando determinada etapa
de ensino e a população total na mesma faixa etária.

Expressa o percentual de pessoas matriculadas em determinado nível de ensino na


idade ou faixa etária teoricamente adequada a esse nível em relação à população na
faixa etária teoricamente adequada ao mesmo nível de ensino (MEC, 2004).

A taxa de escolarização líquida identifica o percentual da população em determinada faixa


etária que se encontra matriculada no nível de ensino regular teoricamente adequado a essa
faixa etária. Essa taxa pode ser calculada para a creche (0 a 3 anos), pré-escola (4 a 6 anos),
ensino fundamental (7 a 14 anos) e ensino médio (15 a 17 anos).

3. A Taxa Bruta de Escolarização

A Taxa Bruta de Escolarização de um determinado ciclo é obtida dividindo-se o número de


alunos matriculados nesse nível pela população em idade escolar teórica para esse nível. A
TBE é um indicador que nos indica a proporção de alunos que um determinado país tem
capacidade de escolarizar, relativamente ao número total de crianças que deveriam ser
matriculadas.

A taxa de escolarização bruta possibilita comparar o total de matrículas de


determinado nível de ensino com a população na faixa etária adequada à esse nível de
ensino. Essa taxa pode ser calculada para a creche (0 a 3 anos), pré-escola (4 a 6 anos),
ensino fundamental (7 a 14 anos) e ensino médio (15 a 17 anos). A taxa de
escolarização bruta pode assumir valores superiores a 100%, já que o total de
matrícula no nível de ensino k pode ser superior à população com idade teoricamente
adequada a este nível de ensino (INEP, 2004, 14).

A Taxa Bruta de Escolarização (TBE) é a relação entre as crianças efectivamente


escolarizadas num determinado nível de ensino e o total da população nessa idade escolar
teórica correspondente a esse nível:

Formula de calculo segundo INEP (2014):

total de Matriculas nesse nivel


TBE=
populacao do grupo etario teorico para o nivel
6

A idade escolar teórica depende da idade oficial de acesso a esse ciclo e da duração do
mesmo. Os ciclos de ensino primário, por exemplo, têm uma duração que varia entre os
quatro e os oito anos, conforme os países. A idade oficial de acesso ao ensino primário varia
entre os 5 e os 7 anos de idade. Assim sendo, um país onde a idade oficial de acesso seja os 6
anos e o ciclo primário tenha uma duração de seis anos, o grupo teórico dessa idade escolar é
dos 6 aos 11 anos de idade.

Segundo MINED (1994) & MEC (2008) sustentam que:

Como resultado, a Taxa Bruta de Escolarização ao nível do EP1 (TBE - a proporção


entre o total de alunos frequentando o EP1 e a população do grupo etário oficial para
frequentar o EP1) subiu de 63% em 1990 para 147% em 2008.

Consequentemente, a Taxa Bruta de Escolarização é muitas vezes considerada como um


indicador da capacidade física do sistema, e não um indicador de cobertura escolar: uma TBE
de 50% indica que a infra-estrutura escolar só pode receber metade das crianças em idade
escolar. Uma TBE de 100 por cento não implicaria que todas as crianças frequentassem a
escola, mas sim que as escolas têm capacidade de receber todas as crianças em idade escolar.
Por conseguinte, é frequente que 70 a 80% das crianças em idade escolar estejam
efectivamente matriculadas, e que um número significativo de crianças com mais idade ainda
frequente a escola devido à repetência. A TBE pode, assim, chegar ou ser superior a 100 por
cento, apesar de 20 a 30% das crianças estarem fora da escola.

4. Taxa líquida de escolarização

A Taxa Líquida de Escolarização é frequentemente utilizada em paralelo com a TBE para


avaliar a cobertura escolar.

Segundo MEC (2008) diz que A taxa líquida é a proporção entre os alunos que frequentam
um certo nível - nesse caso os EP1 que têm a idade oficial para o frequentar e a população
no mesmo grupo etário.

A Taxa Liquida Escolarização é uma medida da participação, cujo valor reside na medição
das matrículas de um grupo de idade escolar teórico num determinado ciclo. Os especialistas
em educação consideram que as crianças fazem a maior parte da sua educação quando
seguem programas especificamente concebidos para a sua idade.
7

O ensino de um determinado ano de escolaridade deverá ser adaptado à idade teórica


correspondente, já que os conteúdos podem ser muito complexos para as crianças mais jovens
ou inadequado para as mais velhas. As crianças mais velhas deparam-se com problemas
adicionais relacionados com a escolaridade tardia (custo de oportunidade de uma maior
escolarização associado a melhores rendimentos profissionais, a puberdade, a maternidade e
assim por diante).

A Taxa Liquida Escolarização é, portanto, uma medida de cobertura escolar para os


grupos etários teóricos, mas, infelizmente, está mal-adaptada para medir a cobertura
global. A sua principal desvantagem é excluir, por definição, os que entram mais
tarde, os que começam mais cedo e os repetentes. Por outro lado, a TLE é muito
afectada pelas crianças que repetem dois anos consecutivos, enquanto estes ainda
estejam em idade escolar teórica, mesmo que nunca cheguem ao fim do ciclo. Nos
níveis secundário e superior, as idades efectivas de frequência são muitas vezes
bastante diferentes das idades teóricas. Como resultado, a TLE pode fornecer números
totalmente tendenciosos sobre as matrículas.

Além disso, a Taxa Liquida de Escolarização é gravemente afectada pela imprecisão dos
dados por idade. As idades indicadas para as crianças nos censos escolares são muitas vezes
erradas, devido ao desconhecimento das crianças ou dos seus professores, particularmente
quando o registo de nascimentos não é generalizado, ou devido a alterações ao registo de
nascimento.

Segundo MINED (2000) argumenta que:

Tanto a Taxa Bruta de Escolarização como a Taxa Liquida de Escolarização


fornecem um valor médio para o ciclo completo, o que é insuficiente para descrever os
percursos de escolaridade dos indivíduos. Para uma descrição mais completa, estes
indicadores devem ser complementados com a proporção de crianças que iniciam a
escola (acesso) e a proporção daqueles que permanecem na escola até o final do ciclo
(conclusão). Estas descrições de níveis de acesso e retenção de um sistema de ensino
são fundamentais para permitir aos decisores definir políticas adequadas.

5. Taxa de admissão bruta

A taxa bruta de admissão, definida como a razão entre o número de novos alunos no 1º ano e
a população em idade oficial de acesso a esse ciclo. A análise da sua evolução é útil para
avaliar as tendências em termos de acesso ao 1º ano.

Uma Taxa de Acesso é o número de não repetentes num determinado ano de escolaridade,
independentemente da idade, em percentagem da população em idade.

Fórmula de Calculo segundo INEP (2014):


8

Nã o−repetente no primeiro
Taxa de Acesso ao 1º Ano de Estudos ¿
populaçã em idade escolar teorica

A Taxa Bruta de Acesso (TBA) é o número total de novos alunos no primeiro ano da escola
primária independentemente da idade, em percentagem da população em idade escolar oficial
para esse ano:

Formula de calculo segundo INEP (2014):

Novos alunosno 1. º ano da escola


TBA =
populaçã o em idade escolar teorica

O último ponto do perfil é a taxa de acesso ao último ano do ciclo, que mede a proporção de
crianças que alcançam esse ano. Para o nível primário, este é o indicador que melhor descreve
a conclusão do ciclo, mesmo que seja imperfeito já que considera as crianças que entram no
último ano do ciclo e não aquelas que efectivamente concluem esse ano ou passam no exame
final.

No entanto, a diferença entre o número de participantes no último ano e o número de


alunos que completaram o último ano é muitas vezes mínima dado que as estatísticas
escolares são frequentemente recolhidos a meio do ano lectivo. Além disso, as taxas
de sucesso do exame fornecem muitas vezes uma perspectiva errada da conclusão do
ciclo, em particular quando esses exames são utilizados como testes de admissão para
o ciclo seguinte.

6. Taxa de transição

Taxa de transição – é a relação entre o número de alunos que se matriculam pela primeira vez,
na classe de ingresso dos níveis subsequentes ao EP1, dividido pelo número de graduados do
nível precedente multiplicado por 100.

Segundo MEC (2008) “A Taxa Efectiva de Transição (entre dois ciclos) é a taxa de passagem
efectiva do primeiro nível para o seguinte”.
Em um sistema educacional é possível avaliar a progressão dos alunos a partir das taxas de
transição entre séries, isto é, para cada série existe um fluxo de entrada e um fluxo de saída.
Fluxo de entrada: alunos promovidos (alunos na série s no ano m , que estavam
matriculados no ano m -1 na série s-1) e alunos repetentes (alunos na série s no ano
m , que estavam matriculados no ano m -1, na série s); Em um sistema educacional é
possível avaliar a progressão dos alunos a partir das taxas de transição entre séries,
isto é, para cada série existe um fluxo de entrada e um fluxo de saída: Fluxo de saída:
alunos promovidos à série seguinte (alunos na série s +1 no ano m +1, que estavam
matriculados no ano m na série s), alunos repetentes (alunos na série s no ano m +1,
que estavam matriculados no ano m na série s) e alunos evadidos (INEP, 2004).
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A partir desta configuração, é possível o cálculo das taxas de transição entre séries
(promoção, repetência e evasão).
A informação relativa à matrícula inicial é extraída do Censo Escolar. O número de
promovidos, repetentes e evadidos é estimado de acordo com o modelo de fluxo escolar
proposto pela UNESCO-Análise e Projecções de Matrícula nos Países em Desenvolvimento.
7. Taxa de escolarização por idade específica

Taxa de escolarização por idade específica no EP1 - é a proporção entre os alunos que
frequentam o EP1 de uma determinada idade e a população com a mesma idade. O resultado
deve ser multiplicado por 100. (MINED, 2011).

8. Taxa de admissão por idade específica

Número total de novos ingressos na última classe primeiro nível do ensino secundário,
independentemente da idade, expresso em percentagem da população na idade de ingresso
pretendida para a última classe do ensino secundário, primeiro ciclo.

A idade oficial recomendada para a última classe do ensino secundário primeiro ciclo
é de 15 anos Embora não exista uma estrutura formal de validação dos dados, existe
um processo de verificação dos mesmos, desde a recolha até a divulgação. A
comparação entre dados de anos diferentes é um dos processos que permitem avaliar a
consistência dos dados (O MINEDH, 2014).

A idade de ingresso prevista para a última classe é a idade em que os alunos entrariam na
classe se iniciassem a escola na idade oficial de ingresso no primeiro ciclo do ensino
secundário, tenham estudado a tempo inteiro e tenham progredido sem repetir ou saltar uma
classe

Taxa bruta de admissão no EP1 - é a proporção entre o total de alunos que frequentam
a 1ª classe pela primeira vez (novos ingressos) e a população com a idade oficial para
ingressar na 1ª classe (6 anos). O resultado deve ser multiplicado por 100. (MINED,
2011).
10

Conclusão

Chegando aqui posso concluir que falar das Taxas Principais de Acesso na educação Os
indicadores educacionais são construídos para atribuir um valor estatístico à qualidade do
ensino de uma escola ou rede, atendo-se não somente ao desempenho dos alunos, mas
também ao contexto económico e social em que as escolas estão inseridas. Tais ferramentas
são úteis principalmente para o monitoramento dos sistemas educacionais, considerando o
acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos, contribuindo para a criação de
políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da educação e dos serviços oferecidos
à sociedade pela escola.
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Referência bibliográfica

MEC/INEP. (2004). Dicionário de indicadores educacionais, Brasília, Fevereiro.

MEC (2005) Estatística da Educação – Levantamento Escolar – 2005. Direcção de


Planificação, Ministério da Educação e Cultura, Maputo.

MEC (2008). Estatística da Educação – Levantamento Escolar – 2008. Direcção de


Planificação e Cooperação, Ministério da Educação e Cultura, Maputo.

MINED (2000). Estatística da Educação – Levantamento Escolar – 2000. Direcção de


Planificação e Cooperação, Ministério da Educação, Maputo.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. (2009).Construção de indicadores qualitativos para


avaliação de mudanças. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz.

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