Projecto de Pesquisa
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Universidade Unilicungo
Universidade Unilicungo
Índice
Capitulo I: Introdução............................................................................................................................4
Introdução..............................................................................................................................................4
1.2. Tema...............................................................................................................................................5
1.4. Problema.........................................................................................................................................5
1.5. Justificativa.....................................................................................................................................6
1.6. Objectivos.......................................................................................................................................6
1.6.1. Geral............................................................................................................................................6
1.6.2. Específicos...................................................................................................................................6
1.7. Hipóteses........................................................................................................................................7
3.8. Amostra........................................................................................................................................14
4
4. Cronograma.....................................................................................................................................15
5. Orçamentação..................................................................................................................................16
Bibliografia..........................................................................................................................................17
Apêndice..............................................................................................................................................18
5
Capitulo I: Introdução
Introdução
Nos últimos 15 anos, o sector da Educação, muito em particular o Subsistema do Ensino
Primário, tem vindo a testemunhar os resultados da Revisão Curricular de 2003, que entre
tantas inovações (disciplinas profissionalizantes, formação em exercício dos professores,
línguas nacionais e estrangeira, assim como a introdução das progressões automáticas nos
ciclos de aprendizagem), esta ultima, por sinal a principal de todas.
Embora as progressões tenham sido a grande inovação dessa revisão curricular, muitas são as
nuances resultantes da sua interpretação/implementação por parte dos professores,
consubstanciando em progressões arbitrárias e de certo modo depreciadoras do processo de
ensino e aprendizagem, que vem cumulativamente a certificar alunos graduados da do 3º
ciclo (7ª classe), com graves problemas de leitura, escrita, numeração.
Para um universo de 60 alunos (6ª e 7ª classe), assistidos por 3 professores, a nossa amostra
será constituída por 1/3 destes, ou seja, 20 alunos, 2 professores (director de turma e
professor de língua portuguesa), e o director adjunto pedagógico.
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1.2. Tema
Implicações pedagógicas da progressão automática, caso de alunos do 3º Ciclo (6ª a 7ª
classe), da Escola Primaria do 1º e 2º Grau de Macucune (2016-2018).
Por mais que as nossas atenções estejam voltadas para o caso dos alunos da 6ª classe, na
Escola Primaria do 1º e 2º Grau de Macucune, no Distrito de Ile, esta realidade pode estar na
ordem do dia de muitas escolas, pelo que é mister encontrar formas de superação deste
fracasso escolar.
1.4. Problema
De uma “pedagogia do oprimido1” para uma “pedagogia de emancipação” testemunhada na
virada do ano 2004, muitas foram as modificações verificadas no Subsistema de Ensino
Primário, a introdução de novas disciplinas 2, fusão de disciplinas (Geografia e História em
Ciencias Sociais), as progressões dentro dos ciclos de aprendizagem, esta ultima controversa
nos moldes da sua interpretação e aplicação na realidade do processo de ensino e
aprendizagem.
Muitas vezes, estas progressões visam responder apenas as aspirações estatísticas, e não
pedagógicas como tal, se não vejamos: vezes sem conta assiste-se a progressão de alunos até
o final de um ciclo, sem que para o efeito, as competências necessárias tenham sido
alcançadas, relegando-se esta concretização para a classe seguinte, e assim por diante, num
ciclo vicioso.
1
Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire (1987), apregoa a necessidade de se ensinar atraves da conscientizaçao,
visando a libertaçao dos homens da dominaçao instigada pelas classes sociais dominantes.
2
Educação Moral e Cívica, Ofícios, Inglês e Educação Musical surgem no ambito das reforma curricular do
ensino primario em 2003.
7
(leccionação), ou se aproximam das suas obrigações de forma não eficaz e eficiente. Diante
desta realidade, incumbe-nos questionar:
Que implicações pedagógicas estão por detrás das progressões automáticas nos alunos do 3º
ciclo (6ª e 7ª classe), na Escola Primaria do 1º e 2º Grau de Macucune?
1.5. Justificativa
As progressões automáticas fazem parte do conjunto das inovações trazidas pelas reformas
curriculares havidas em 2004, em resposta por um lado, do acentuado índice de reprovações e
por outro, da redução do período de permanência do aluno até ao comprimento do ensino
primário, assegurando a motivação com a possibilidade deste alcançar as competências em
falta da classe anterior na classe seguinte (INDE/MINED, 2003).
Mais controversa do que consensual, tem sido a sua aplicação e os resultados que dela
emergem a médio e longo prazos no processo de ensino-aprendizagem, isto é, a adiamento da
reprovação deixa de ser acompanhada de uma forte dedicação por parte dos professores,
resultando no incumprimento das metas e na perpetuação das lacunas por parte dos alunos,
como são os casos de alunos com dificuldades de leitura, escrita e operações matemáticas.
1.6. Objectivos
1.6.1. Geral
Conhecer as diversas implicações pedagógicas resultantes da aplicação das progressões
automáticas.
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1.6.2. Específicos
o Referir as várias acepções da interpretação e aplicação das progressões automáticas.
o Apresentar as repercussões negativas advindas da aplicação indevida da progressão
automática.
o Descrever o papel dos intervenientes no processo de ensino no contexto das
progressões automáticas.
1.7. Hipóteses
o As reflexões em torno da aplicação das progressões automáticas no seio dos
professores, asseguraria uma maior compreensão, e por conseguinte a sua eficiência.
o Aprimoramento e contextualização dos métodos de ensino dos professores,
repercutiria numa progressão automática espectável.
o A reformulação de alguns princípios que norteia as progressões/retenções, ajudaria na
utilização sustentável daquelas classificações.
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Progressão semi - automática: é transição do aluno decorrente do período final de cada ciclo
ou grau, onde o nível de exigência por parte daquele é relativamente maior, ou seja é passível
que ocorra a retenção (reprovação), mediante justificação do professor.
Avaliação diagnostica: aquela cuja realização dá-se no início de uma aula, unidade temática,
do trimestre, do semestre ou do ano, com vista a aferir o nível de conhecimentos prévios por
parte dos alunos.
Ainda na mesma perspectiva, a consumação de uma progressão não pode, e nem deve
constituir uma acção pedagógica isolada, isto é, ela deve reflectir a combinação de factores
plasmados na “estratégia de implementação do currículo” a considerar: a formação dos
professores (inicial e em exercício), capacitações regulares através da difusão das principais
inovações do (INDE/MINED, 2003).
3
O 1º grau, está dividido em 2 ciclos, sendo o 1º correspondente à 1ª e 2ª classes e o 2º, a 3ª, 4ª e 5ª classes. O 2º
grau compreende a 6ª e 7ª classes correspondentes ao 3º ciclo.
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Como não podia deixar de ser, este posicionamento político, estratégico - pedagógico, contra-
ataca seriamente as “retenções” (reprovações), ao longo e no final de cada classe, ciclo ou até
grau, por alegadamente trazer mais desvantagens do que vantagens, deduzindo-se que o
intuito das promoções nos ciclos de aprendizagem, priorizam as metas mais do que a
qualidade do graduado.
Hoje, volvidos 15 anos após a revisão curricular do ensino primário em 2003 (com o aumento
da rede escolar, de profissionais qualificados, e das condições técnicas e materiais), as
dificuldades relativas a materialização da estratégia curricular por parte dos professores,
consubstanciada num modelo de ensino automático e pouco rigoroso, onde a baixa qualidade
do ensino, as revisões recorrentes que dominam o status quo são inconfundíveis.
Dai que é mister assegurar o rigor do ensino, e encarar as progressões e retenções dentro dos
ciclos de aprendizagem, como parte da mesma moeda, onde uma não se sobrepõe a outra,
devendo ambas serem equitativamente utilizadas, e que o professor tomasse dianteira no
destino dos seus alunos.
4
Sistema Nacional de Estatística: instrumento de lei, que regula a política de concepção, funcionamento,
estruturação.
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A realidade educativa nos últimos anos é deveras preocupante, muito por conta das
interpretações inflamadas sobre a progressão automática, a perda de autoridade dos
professores na classificação final dos alunos, as batalhas estatísticas que ornamentam os
relatórios pedagógicos trimestrais.
A questão das “competências mínimas necessárias” por parte dos alunos, como condicionante
para a progressão dos alunos de uma classe, ciclo ou grau para outra classe, ciclo ou grau
seguinte, gera alguma ambiguidade, pelo que, em função da realidade adversa a que o ensino
está sujeito nos pais, de aluno para aluno. Se não vejamos, é recorrente assistir-se promoções
de uma classe para outra alcançarem a fasquia dos 70%, 80% até 90%, e a pergunta que se
coloca é: o que tais alunos progredidos aprenderam? Não lêem, não escrevem, não copiam e
muito menos operam, e ciclicamente o cenário se repete.
Nas palavras de Souza (1996), citado em Rossato (2013), a questão do fracasso escolar
depreende-se com 3 (três) variáveis interligadas: ambiental (a criança pode estar sujeita a
sentimento de inferioridade, frustração e perturbação emocional, tornando a sua imagem nula,
muito quando esta situação é originaria de casa), psicológica (quando muito se associa o
fracasso aos aspectos patológicos cognitivos) e metodológica (esta flectido na dimensão da
abordagem pedagógica do ensino).
13
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Observação de acordo com Marconi e Lakatos (2003), é a técnica de colecta de dados que se
socorre dos sentidos (ver e ouvir) no acto da averiguação dos factos ou fenómenos que se
desejam estudar, ou até a utilização de sentidos para adquirir conhecimentos necessários (Gil,
2008). Ela pode ser sistemática, na medida em que for concebida na base de objectivos
preciso, guião específico, e o consequente registo e utilização das informações.
Nas palavras de Gil (2008), entrevista é “técnica em que o investigador se apresenta frente ao
investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à
investigação” (p. 109). Não distante desta ideia, está Goode e Hatt (1969, p. 237 citado em
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3.8. Amostra
Amostra é a parte representativa de uma população, o que representará 1/3 do universo, neste
caso 20 alunos, 3 professores, 1 director adjunto pedagógico. E do ponto de vista selectivo,
adoptar-se-á a amostra aleatória simples (consiste em atribuir a cada elemento da população
um número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual)
Nesta linha, as informações que se propõem trabalhar nesta pesquisa, dispor-se-ão no estilo
triangulado (categorização, tabulação, analise estatística, generalização, relação casuística):
Análise estatística dos dados é uma técnica indispensável, na medida em que permite maior
síntese dos dados, relação entre as variantes e a possível alargamento das conclusões
amostrais (generalização).
Esta analise e apresentação de dados não foge de longe, as propostas atrás referidas no
capítulo metodológico, contudo importa realçar alguns aspectos que julgamos reforçarem
ainda mais a compreensão dos dados ora em destaque…
16
3
0.8 0.15 1 0.05
9 9
11
4
3
2
0.1 0.55 0.15 0.2
14
0.7 1
0.05 0.25
Bibliografia
Assembleia da República (1992). Lei n.ͦ 6/92 de 6 de Maio, Sistema Nacional de Educação.
De-Masso, M.C.S & Cotta, M.A.C, Santos, M.A.P (2009). Ética em pesquisa científica:
conceito e finalidades.
Gil, A. Carlos (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo, Brasil:
Editora Atlas S.A.
MINED (2019). Diploma Ministerial n.ͦ 7/2019: Regulamento Geral de avaliação do ensino
primário, alfabetização, ensino de jovens e adultos, e ensino secundário geral. Boletim da
República.
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Apêndice
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Esta Entrevista, pretende compreender as taxas de progressão dos alunos (6ª/7ª classe) em
função do nível de assimilação dos conteúdos programáticos do 3º ciclo. Agradecemos
antecipadamente sua participação.
1. Nos últimos dois anos (2017/2018/2019), qual foi a percentagem de progressão de 5ª/6ª/7ª
classe?
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________
2. Em termos de aprendizagem dos alunos, estas estatísticas, o que significam?
a) Os alunos sabem ler, escrever, operar ( )
b) Os alunos não sabem ler, escrever, operar ( )
c) Os alunos estão a caminho de ler, escrever, operar ( )
3. O ideal da revisão curricular de 2003 do ensino primário foi: “que o aluno fizesse as 7
classes em 7 anos”. Esta medida eleva a qualidade de ensino? ______ Porquê?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4. A seu ver, o que seria uma progressão automática?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
“Um aproveitamento pedagógico abaixo de 70%, não é comum e muito menos aceitável
na vida escolar”. Este imperativo reflecte a realidade dos alunos?_______Porquê?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________
5. Ter alunos no 3º ciclo sem domínio de leitura, escrita e numeração ê no mínimo
controverso! Como gestor pedagógico, quais medidas propõe para superar esse facto?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6. Em que livro podemos encontrar as orientações do currículo?
________________________________________________________________________
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Fim
Este questionário, pretende compreender as taxas de progressão dos alunos (5ª/6ª/7ª classe)
em função do nível de assimilação dos conteúdos programáticos do 3º ciclo.
Fim
Este formulário, pretende compreender as taxas de progressão dos alunos (5ª/6ª/7ª classe) em
função do nível de assimilação dos conteúdos programáticos do 3º ciclo.
Uma vez ( )
Duas vezes ( )
Nunca ( )
2. COMPLETAÇÃO:
¿¿ × ¿ ¿¿ 500000=2
Leitura e escrita ( )
Uma vez ( )
Duas vezes ( )
Três vezes ( )
Nunca ( )
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Fim