APL IPARDES - Porcelanas - Campo - Largo
APL IPARDES - Porcelanas - Campo - Largo
APL IPARDES - Porcelanas - Campo - Largo
PARANA
SECRETARIA DE ESTADO
DO PLANEJAMENTO E
COORDENAÇÃO GERAL
ESTUDO DE CASO
SEC RETARIA D E ESTAD O
DO PLAN EJAM ENTO
+
+,--.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
Roberto Requião - Governador
Coordenação
Cesar Rissete (SEPL)
Gracia Maria Viecelli Besen (IPARDES)
Paulo Delgado (IPARDES)
Equipe Técnica
Hermes Yukio Higachi (UEPG/Departamento de Economia) - Coordenador
Milton Xavier Brollo (UEPG/Departamento de Economia)
Hemmile Graciani Pontes de Aguiar (UEPG) - Acadêmica de Economia
Editoração
Maria Laura Zocolotti - Coordenação
Cláudia Ortiz - Revisão de texto
Léia Rachel Castellar - Editoração eletrônica
Luiza Pilati Lourenço - Normalização bibliográfica
Lucrécia Zaninelli Rocha, Stella Maris Gazziero - Digitalização de Informações
CDU 666.5/.6(816.22)
SUMÁRIO
ii
LISTA DE QUADROS
iii
1
1 INTRODUÇÃO
Com base nos dados da RAIS, em 2004 havia 25 empresas formalmente estabe-
lecidas em Campo Largo – gerando um total de 1.447 empregos formais –, número superior
se comparado aos de 1995 e 2000 (24 e 23 estabelecimentos, respectivamente).
A estrutura de produção e a abrangência da cadeia produtiva do APL de Louças e
Porcelanas de Campo Largo têm o núcleo da atividade composto por apenas uma classe de
atividade econômica (CNAE 2649-2): Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários para
usos diversos.
Segundo os dados do Sindicato de Louças e Porcelanas de Campo Largo
(SINDLOUÇA), existiam na época da pesquisa de campo no município de Campo Largo
14 estabelecimentos (quadro 1) com vínculos empregatícios, sendo todos classificados na
CNAE 2649-2. Esse conjunto de empresas é representativo dos principais elos da cadeia de
produção local do segmento de cerâmica e porcelana utilitária e decorativa: modelagem;
produção de decalque e massa cerâmica; produção de bens finais (peças em cerâmica e
porcelana); e distribuição. Com efeito, esse conjunto de empresas foi selecionado para a
pesquisa de campo.
(1) NÚMERO DE
EMPRESA ANO DE FUNDAÇÃO PORTE
EMPREGADOS
1 1953 Pequena 24
8 1956 Grande 640
4 1958 Média 550
2 1964 Pequena 50
5 1984 Micro 20
6 1988 Pequena 22
11 1992 Micro 9
9 1993 Pequena 311
14 1994 Micro 40
12 1995 Micro 3
10 2001 Micro 52
7 2001 Pequena 16
3 2001 Micro 7
13 2003 Micro 7
FONTE: Pesquisa de campo - UEPG
(1) O porte da empresa foi definido pelo faturamento anual, seguindo a classificação da SEFA-PR para
micro e pequenas empresas, e a do BNDES para médias e grandes, resultando em nove intervalos de
classe com a seguinte estratificação: microempresa (até R$ 108.000,00; de R$ 108.001,00 a
R$ 216.000,00); pequena (de R$ 216.001,00 a R$ 576.000,00; de R$ 576.001,00 a
R$ 1.200.000,00; de R$ 1.200.001,00 a R$ 1.440.000,00; de R$ 1.440.001,00 a R$ 1.800.000,00;
de R$ 1.800.001,00 a R$ 10.500.000,00); média (de R$ 10.500.001,00 até R$ 60.000.000,00);
grande (acima de R$ 60.000.000,00).
3
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Mapa-regiao-metropolitana2.gif
5
A análise dos dados sobre população mostra que o município de Campo Largo
apresentou, entre 2000 e 2005, taxa de crescimento bem acima da média estadual –
respectivamente 2,6% e 1,4% –, indicando o dinamismo do município na retenção e/ou
atração de população.
POPULAÇÃO
MUNICÍPIO Taxa de crescimento
2000 2005
(% a.a.)
FONTE: IBGE
NOTA: Os dados para o ano de 2000 são censitários, e para os demais anos são estimativas.
1 Campo Largo foi um dos dez municípios brasileiros selecionados para participar do Programa Exporta
Cidade, do governo federal. O Programa prevê um conjunto de ações que fortalecerá a competitividade
exportadora desses municípios.
9
7.2 MÃO-DE-OBRA
EMPRESAS PESQUISADAS
PRODUTO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Decalque x
Massa cerâmica x
Peças ou jogos de cerâmica (pratos, xícaras,
x x x X x
canecas, travessas, bules, pratos para sobremesa)
Pratos, xícaras, travessas, leiteira, chaleira de
porcelana para jogo de mesa, linha hoteleira, x x
linha refratária e adornos (vasos)
Louças em cerâmica e porcelana, vasos e
x x x x X
estatuetas decorativas
ORDEM DE IMPORTÂNCIA
FATORES DECISIVOS NA COMERCIALIZAÇÃO
o o o
1. 2. 3.
Preço 9 3 2
Qualidade 2 3
Marca e tradição da empresa 1 4 3
Prazos e confiabilidade 1 5
Promoções e propaganda 3 1
A grande maioria dos resíduos deste setor são classificados como não-perigosos.
Os resíduos da indústria cerâmica são em sua maior porcentagem constituídos de moldes
de gesso que já atingiram sua vida útil, bem como de cacos cozidos, ou seja, peças que
foram danificadas no decurso da operação de secagem, no transporte ou na embalagem.
Estes resíduos não podem ser reintegrados, em sua totalidade, ao processo de produção,
sendo na sua grande maioria aproveitados para a pavimentação de estradas, para a fabri-
cação de cimento e, em alguns casos, depositados em solos que pertencem às unidades
fabris que os geraram. Existem, no entanto, algumas empresas que realizam a trituração
destes resíduos, reutilizando-os posteriormente, em diversas porcentagens, no processo de
produção (INETI, 2001).
Confirmando a experiência internacional, a maioria das empresas (79%) afirmou
que não faz uso de material poluente no processo de produção e sugeriu que a produção de
cerâmica e porcelana utilitárias e decorativas não gera resíduos tóxicos, que venham a
afetar a fauna, a flora e a saúde dos trabalhadores. Os principais resíduos sólidos são o gesso
quebrado, que é levado ao aterro sanitário, e o biscoito que é usado como cascalho na
pavimentação de estradas.
Por outro lado, as empresas que afirmaram usar material potencialmente poluente,
destacaram apenas o fenol isolado, que é o resíduo do carvão, a tinta queimada e o solvente
para limpeza de telas.
Entre as principais medidas preventivas e corretivas adotadas pelas empresas para
as questões ambientais, destacam-se: o controle, recuperação ou reciclagem das descargas
líquidas da atividade industrial; o controle de ruídos e vibrações; e a disposição adequada
de resíduos sólidos (lixos) da atividade industrial. O percentual do faturamento destinado
aos procedimentos adotados para enfrentar a questão ambiental, para a maioria das empresas,
é igual ou próximo de zero.
21
7.11 FINANCIAMENTO
Filtro-prensa
Máquinas para a produção de pratos
Máquinas para a produção de peças maiores como as “sopeiras”
Ampliação de instalações
Aumento da qualidade da matéria-prima
Frascos de cerâmica para perfume para exportação
Compra de forno
Melhoria na produção (desenvolvimento da monoqueima)
Melhoria na qualidade da matéria-prima (argila, terra vermelha) para o artesanato
8.2 O SINDLOUÇA
8.3 TECPAR
8.4 LACTEC
8.5 SEBRAE
3As
informações sobre TECPAR, LACTEC e SEBRAE foram extraídas da pesquisa de campo e
ARRANJO, 2006a.
24
8.6 BRDE
Neste trabalho, foi visto que as atividades de cooperação das empresas do APL
são muito fracas no que tange à troca de idéias e à discussão de problemas e estratégias
comuns, e também quanto à interação social entre os empresários em atividades recreativas,
esportivas e culturais.
Nesse ponto, falta ainda consolidar uma estratégia de mobilização que proporcione
maior comunicação entre os agentes do APL, para poderem tanto discutir suas necessidades
e reivindicações como compartilhar os benefícios provenientes da união de suas forças.
Além disso, as instituições de apoio local têm papel praticamente nulo na definição
de objetivos comuns ao APL como:
a) auxílio na definição de ações estratégicas;
b) disponibilização de informações sobre matérias-primas;
c) abertura de canais de comercialização (interna e externa);
d) prospecção sobre tendências de mercado e produtos;
e) promoção de ações dirigidas à capacitação tecnológica das empresas.
Por outro lado, a prefeitura de Campo Largo, com o apoio do SINDLOUÇA, está
iniciando um trabalho específico para o desenvolvimento do APL local através:
a) da criação de uma escola técnica de cerâmica;
b) de um centro comercial;
c) da reativação da Rota da Louça visando explorar o turismo regional envolvendo
o maior número de empresas do APL.
QUADRO 11 - PRINCIPAIS DEMANDAS, SEGUNDO OS EMPRESÁRIOS, PARA COMPOR UMA AGENDA DE POLÍTICAS
PÚBLICAS PARA O APL DE LOUÇAS E PORCELANAS DE CAMPO LARGO - 2006
NÚMERO DE
N.º PRINCIPAIS DEMANDAS
EMPRESAS
Uma das principais dificuldades do APL é a ausência de uma escola técnica para
a formação de mão-de-obra especializada nas áreas de produção, que vão desde o design
das peças, os testes de qualidade da matéria-prima, da massa cerâmica, até o acabamento
final de peças de cerâmica e porcelana, que envolve a pintura e a decoração. Todas as
empresas do APL treinam a sua mão-de-obra no próprio ambiente de trabalho, e as empresas
maiores, algumas vezes, contratam a mão-de-obra já treinada das empresas menores,
dificultando o crescimento destas.
Outra dificuldade é a ausência de um centro comercial que possibilite a exposição,
em um mesmo espaço físico, dos produtos de vários fabricantes de cerâmica, porcelana e
28
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARRANJO produtivo local de metais sanitários de Loanda e região: estudo de caso: versão
preliminar. Curitiba: IPARDES: SEPL, 2006b.